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Departamento de Língua Portuguesa

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Departamento de Língua Portuguesa

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Documento do Departamento de Língua Portuguesa da Direcção-Geral da Tradução da Comissão Europeia — 1.ª edição: Novembro de 2009. Redacção e paginação: equipa de coordenação e apoio linguístico do departamento Edição impressa: oficinas gráficas do Serviço de Infra-Estruturas e Logística — Bruxelas Edição em linha: sítio DGT-Europa Contacto: [email protected] Os textos contidos nesta publicação podem ser reproduzidos mediante indicação da fonte.

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PREFÁCIO Os tradutores do Departamento de Língua Portuguesa da Direcção-Geral da Tradução elaboram textos que são lidos por um grande número de pessoas, quer devido ao seu carácter jurídico vinculativo (legislação publicada no Jornal Oficial da União Europeia) quer por se tratar de outros documentos relacionados com as múltiplas actividades da Comissão Europeia, neles se incluindo obras de divulgação destinadas ao público em geral. Uma vez que várias pessoas intervêm no processo de tradução dos textos das instituições comunitárias, afigura-se essencial estabelecer um conjunto de regras e orientações que permitam obter uma maior coerência entre estes textos. Assim, o Guia do Tradutor, ao mesmo tempo que constitui um instrumento de apoio para responder a questões de ordem prática que se colocam ao tradutor, pretende também conseguir uma maior harmonização das práticas no Departamento de Língua Portuguesa. É neste contexto que nele se insere um capítulo sobre o novo Acordo Ortográfico, o qual não deixará de ser útil a partir da entrada em vigor deste Acordo. O Guia do Tradutor, que adapta e desenvolve as regras constantes do Código de Redacção Interinstitucional, nasceu das acções de política de qualidade que têm vindo a ser aplicadas na Direcção-Geral da Tradução da Comissão Europeia e foi elaborado pela equipa linguística do departamento num curto espaço de tempo. Esta edição constitui um primeiro conjunto de orientações que deverão, pouco a pouco, ser melhoradas e completadas. Nesta perspectiva, o Guia não se resume a uma obra feita para os tradutores, mas conta com a colaboração destes para compilar e consolidar regras e orientações que permitam melhorar a qualidade dos textos produzidos no Departamento de Língua Portuguesa. A inserção do Guia na página wiki de língua portuguesa deverá permitir uma interacção permanente com os tradutores, pelo que deixo aqui o convite para que contribuam com comentários ou sugestões sobre o Guia por forma a melhorá-lo constantemente e, desse modo, os serviços que prestamos à comunidade de língua portuguesa.

Manuel de Oliveira Barata

Chefe do Departamento de Língua Portuguesa Direcção-Geral da Tradução

Comissão Europeia

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ÍNDICE INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1 1. REDIGIR EM PORTUGUÊS ................................................................................................ 3

1.0. Nota prévia ...................................................................................................................... 3 1.1. Acentuação gráfica.......................................................................................................... 4

1.1.1. Função dos acentos................................................................................................... 5 1.1.2. Regras de acentuação ............................................................................................... 5 1.1.3. Formas verbais ......................................................................................................... 7 1.1.4. Outras regras ............................................................................................................ 9

1.2. Divisão silábica ............................................................................................................. 10 1.3. Substantivos e adjetivos ................................................................................................ 10 1.4. Pontuação ...................................................................................................................... 10

1.4.1. Ponto ( . ) ................................................................................................................ 11 1.4.2. Vírgula ( , ) ............................................................................................................. 11 1.4.3. Ponto e vírgula ( ; )................................................................................................. 13 1.4.4. Dois pontos ( : ) ...................................................................................................... 13 1.4.5. Ponto de interrogação ( ? ) ..................................................................................... 14 1.4.6. Ponto de exclamação ou de admiração ( ! ) ........................................................... 14 1.4.7. Reticências ( ... )..................................................................................................... 15 1.4.8. Travessão ( — ) ...................................................................................................... 16 1.4.9. Parênteses [ ( ) ]...................................................................................................... 17 1.4.10. Aspas ( « » ) ......................................................................................................... 18 1.4.11. Barra (oblíqua) ( / )............................................................................................... 20

1.5. Hífen ou traço de união ( - ) .......................................................................................... 20 1.5.1. O hífen nos vocábulos formados por prefixação.................................................... 21 1.5.2. O hífen nos vocábulos com outros tipos de formação ........................................... 23 1.5.3. Guia prático para o uso do hífen ............................................................................ 26

1.6. Preposições.................................................................................................................... 30 1.7. Maiúsculas e minúsculas............................................................................................... 30

1.7.1. Maiúsculas.............................................................................................................. 30 1.7.1.1. Nos nomes próprios......................................................................................... 30 1.7.1.2. Na pontuação................................................................................................... 36

1.7.2. Minúsculas iniciais................................................................................................. 38 1.7.2.1. Nos nomes próprios......................................................................................... 38 1.7.2.2. Na pontuação................................................................................................... 41

1.8. Particularidades da linguagem ...................................................................................... 41 1.9. Nomes numerais (números) .......................................................................................... 41 1.10. Abreviaturas ................................................................................................................ 41 1.11. Siglas e acrónimos....................................................................................................... 41

2. TRADUZIR NA COMISSÃO EUROPEIA ........................................................................ 42 2.1. Actos legislativos .......................................................................................................... 42

2.1.1. Página de rosto e alteração da língua do documento ............................................. 43 2.1.2. Proposta/Projecto ................................................................................................... 44 2.1.3. Título ...................................................................................................................... 44 2.1.4. Título abreviado ..................................................................................................... 45 2.1.5. Epígrafe .................................................................................................................. 47 2.1.6. Vírgulas na citação da epígrafe .............................................................................. 47 2.1.7. Considerandos ........................................................................................................ 48 2.1.8. Dispositivo ............................................................................................................. 48

2.1.8.1. Tempo dos verbos na parte normativa ............................................................ 48 2.1.8.2. Divisão da parte normativa ............................................................................. 49

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2.1.8.3. Numeração dos artigos .................................................................................... 50 2.1.8.4. Título dos artigos............................................................................................. 50 2.1.8.5. Artigos aditados............................................................................................... 50 2.1.8.6. Subdivisões do artigo ...................................................................................... 52 2.1.8.7. Definições........................................................................................................ 54 2.1.8.8. Enumerações ................................................................................................... 55 2.1.8.9. Enumerações de actos ..................................................................................... 56 2.1.8.10. Indicação do início de validade de um acto .................................................. 57 2.1.8.11. Indicação do fim de validade de um acto...................................................... 59

2.1.9. Numeração dos anexos........................................................................................... 59 2.1.10. Regulamentos ....................................................................................................... 60 2.1.11. Decisões/Decisões sui generis ............................................................................. 64 2.1.12. Directivas ............................................................................................................. 72 2.1.13. Recomendações, pareceres e comunicações ........................................................ 81 2.1.14. Comitologia.......................................................................................................... 88

2.1.14.1. Procedimentos de comitologia ...................................................................... 88 2.1.14.2. Correcções efectuadas pelos peritos nacionais.............................................. 93

2.1.15. Alteração de actos legislativos ............................................................................. 94 2.1.16. Consolidação/codificação/reformulação/alteração e actualização simultâneas ... 96 2.1.17. Outras fórmulas frequentes nos actos legislativos comunitários ....................... 100 2.1.18. Processo de co-decisão....................................................................................... 101

2.2. Regras e convenções gerais......................................................................................... 102 2.2.1. Ordem de citação dos Estados-Membros ............................................................. 102 2.2.2. Ordem de citação das línguas dos Estados-Membros .......................................... 103 2.2.3. Línguas dos países candidatos à adesão............................................................... 104 2.2.4. Ordem das versões linguísticas ............................................................................ 104 2.2.5. Euro e cent............................................................................................................ 105

2.2.5.1. Forma de escrever euro e cent....................................................................... 105 2.2.5.2. Abreviatura de euro (código ISO)................................................................. 107 2.2.5.3. Euro/EUR: uso da forma extensa ou abreviada ............................................ 107 2.2.5.4. Abreviatura de cent ....................................................................................... 108

2.2.6. Outras moedas dos Estados-Membros ................................................................. 108 2.2.7. Antigas moedas dos países que participam na moeda única................................ 109 2.2.8. Área do euro ......................................................................................................... 109 2.2.9. Indicação das unidades monetárias nos quadros .................................................. 109 2.2.10. Forma de escrever os numerais .......................................................................... 110 2.2.11. Números, símbolos e espaços............................................................................. 113 2.2.12. Múltiplos de dez ................................................................................................. 114 2.2.13. Concordância em caso de percentagem ............................................................. 115 2.2.14. Abreviaturas ....................................................................................................... 116

2.2.14.1. Abreviatura de número................................................................................ 116 2.2.14.2. Abreviatura de Excelência .......................................................................... 116

2.2.15. Datas................................................................................................................... 117 2.2.16. Notas de pé de página ou de rodapé................................................................... 117 2.2.17. Referências ao Jornal Oficial ............................................................................. 117 2.2.18. Acórdãos do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Primeira Instância............... 118

2.2.18.1. Subdivisão dos acórdãos ............................................................................. 118 2.2.18.2. Referência aos acórdãos .............................................................................. 118

2.2.19. Aspas .................................................................................................................. 119 2.2.20. Correspondência................................................................................................. 120

2.2.20.1. Ofícios dirigidos ao Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia ..................................................................................................................... 120

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2.2.20.2. Outros exemplos de endereços e fórmulas de cortesia................................ 122 2.2.20.3. Carta/ofício.................................................................................................. 124 2.2.20.4. Rodapé na correspondência da Comissão Europeia.................................... 124

2.2.21. Livros verdes/Livros brancos ............................................................................. 125 2.2.22. Textos confidenciais........................................................................................... 126 2.2.23. Serviço das Publicações da União Europeia ...................................................... 127

ANEXO I — Quadro de síntese da utilização do hífen na prefixação ................................... 127 ANEXO II — Múltiplos e submúltiplos .................................................................................. 130

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INTRODUÇÃO O Guia do Tradutor é uma publicação elaborada pela equipa de coordenação e apoio linguístico (equipa linguística) do Departamento de Língua Portuguesa da Direcção-Geral da Tradução da Comissão Europeia com a colaboração dos colegas do departamento. O Guia pretende fornecer soluções práticas para problemas concretos que surgem durante o processo de tradução e ser um documento de referência e normalização ao serviço dos tradutores, assistentes e freelances. O Guia articula-se com os seguintes documentos de harmonização/normalização em uso nas instituições comunitárias:

• Código de Redacção Interinstitucional • Guia Prático Comum para a redacção de textos legislativos nas instituições

comunitárias O Guia do Tradutor procura completar estas publicações de referência, colmatando lacunas, desenvolvendo aspectos que aí apenas são abordados de uma forma geral e procurando contribuir, quando possível, para a sua evolução e aperfeiçoamento. O Guia reúne material anteriormente disperso em notas e artigos publicados pelos membros da equipa linguística no sítio intranet do departamento e no boletim «a folha» e acrescenta novos conteúdos expressamente criados para o efeito. Na elaboração do Guia, foram também tidos em conta documentos equivalentes de outros departamentos linguísticos da Direcção-Geral da Tradução e de instituições portuguesas. O Guia é, por natureza, um instrumento sujeito a permanente actualização em função das necessidades expressas pelos tradutores e das suas colaborações. A revisão regular do conteúdo do Guia é assegurada pela equipa linguística e resulta de um trabalho conjunto que conta com a participação de todo o departamento — tradutores, revisores, chefes de unidade, assim como gestores de conteúdos das bases terminológicas, memórias de tradução e dicionários de tradução automática. Estrutura No seu formato actual, o Guia do Tradutor divide-se em três grandes capítulos: «1. Redigir em Português»; «2. Traduzir na Comissão Europeia»; «3. Instrumentos de Trabalho — Conselhos Práticos». O capítulo Redigir em Português destina-se essencialmente a completar o disposto no capítulo 10 do Código de Redacção Interinstitucional (apresentação formal do texto). Porém, numa fase transitória de preparação para a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nas instituições comunitárias, e a título meramente informativo, inclui

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igualmente uma proposta de reformulação dos subcapítulos mais directamente abrangidos pelas alterações das regras da ortografia da norma europeia do português. O capítulo Traduzir na Comissão Europeia retoma as regras de base a respeitar na tradução de textos que se destinam a ser publicados no Jornal Oficial da União Europeia, assim como regras de carácter geral, no intuito de prestar um apoio permanente ao tradutor e, ao mesmo tempo, estabelecer uma série de convenções que contribuam para a harmonização e normalização dos textos traduzidos no departamento de língua portuguesa. O capítulo Instrumentos de Trabalho — Conselhos Práticos destina-se a dar resposta a questões muito simples, mas recorrentes, ligadas à utilização das várias ferramentas de trabalho postas à disposição de tradutores e assistentes no ambiente informático da DGT. Publicação Ao nível das instituições comunitárias, o Guia pode ser consultado no wiki de língua portuguesa, interface em actualização permanente destinada a recolher em primeira mão as contribuições dos utilizadores directos do Guia. A consolidação das contribuições é reflectida em actualizações regulares da edição publicada em papel e na intranet da Comissão Europeia. No servidor Europa, na Internet, está disponível uma versão mais reduzida, composta apenas pelos capítulos «Redigir em Português» e «Traduzir na Comissão Europeia». Contactos Os comentários e sugestões podem ser enviados para: [email protected]

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1. REDIGIR EM PORTUGUÊS

1.0. Nota prévia O capítulo «Redigir em Português» do Guia do Tradutor segue de perto o disposto no capítulo 10 do Código de Redacção Interinstitucional (apresentação formal do texto) e destina-se essencialmente a complementá-lo, esclarecendo, sempre que necessário, casos concretos que costumam suscitar dúvidas de interpretação e/ou de aplicação. Adoptou-se uma estrutura de organização dos subcapítulos o mais paralela possível à do Código de Redacção Interinstitucional. Numa fase transitória de preparação para a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nas instituições comunitárias, e a título meramente informativo, apresenta-se igualmente uma proposta de reformulação dos subcapítulos do Código de Redacção Interinstitucional abrangidos pelas alterações das regras da ortografia da norma europeia do português. A menção «Acordo Ortográfico de 1990» foi acrescentada às páginas escritas com a nova ortografia unificada. Em linhas gerais, além da supressão das consoantes mudas ou não articuladas em determinadas sequências consonânticas, o novo Acordo Ortográfico de 1990 elimina alguns acentos gráficos, simplifica e reformula as regras do uso do hífen e alarga o emprego da inicial minúscula. Nos casos em que o novo Acordo Ortográfico prevê usos opcionais, mantém-se o anteriormente estabelecido no Código de Redacção Interinstitucional. No caso de dúvidas relacionadas com a nova ortografia, deve ser consultado o texto original do Acordo Ortográfico de 1990 e os vocabulários ortográficos já disponíveis.

N.B.: O capítulo «Redigir em português» do Guia do Tradutor deve ser considerado um trabalho preparatório decorrente da eventual necessidade de aplicação, a breve trecho, das regras do Acordo Ortográfico de 1990 nos serviços de tradução das instituições comunitárias. O início da aplicação dessas regras está dependente da data decidida pelas autoridades portuguesas competentes para o Diário da República e outras publicações oficiais da República Portuguesa. Até à data de início da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nas instituições comunitárias, mantém-se em vigor o conteúdo do capítulo 10 do Código de Redacção Interinstitucional disponível em linha.

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1.1. Acentuação gráfica

N.B.: Até ser decidida a data de início da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nas instituições comunitárias, consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.1.

A acentuação é como uma anotação musical que determina graficamente o ritmo do vocábulo e o timbre da vogal — vómito, vomito; pé, pê — impondo-se o seu emprego como auxiliar da leitura, visto que da acentuação depende, por vezes, o sentido da palavra e da frase. As palavras podem ter uma ou mais sílabas, denominando-se, respetivamente, monossílabos ou polissílabos. No último caso, há uma sílaba na qual a voz é emitida com mais força ou intensidade; essa intensidade com que se pronuncia uma vogal chama-se acento tónico. A sílaba em que se encontra essa vogal denomina-se sílaba tónica. Os vocábulos podem ter mais de uma sílaba pronunciada fortemente, mas há sempre uma que predomina e é nessa que existe o acento tónico principal; as outras possuem apenas acentos secundários:

molhada (mó), pegada (pé), etc. As palavras não acentuadas chamam-se átonas:

o, da, mas, sem, pela, porque, etc. Segundo o acento tónico, as palavras classificam-se em: — palavras agudas, quando têm o acento tónico na última sílaba:

café, libré, pagão, paletó, etc.; — palavras graves, quando têm o acento tónico na penúltima sílaba:

fácil, hino, íbis, ónus, etc.; — palavras esdrúxulas, quando têm o acento tónico na antepenúltima sílaba:

hálito, lágrima, pífaro, etc. Em português existem quatro acentos gráficos: — o acento agudo (á), — o acento grave (à), — o acento circunflexo (â), — o til (ã).

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1.1.1. Função dos acentos Acento agudo — Indica uma vogal tónica aberta e emprega-se no «a», «e», «o» (abertos), «i» ou «u» ou para desfazer ditongos:

bebé, café, fácil, útil, caía, baú; etc. Acento grave — Emprega-se apenas para distinguir homógrafos com vogal átona aberta, resultantes de contração de preposição com artigos definidos ou pronomes demonstrativos:

à (a + a), àquele (a + aquele), etc. Acento circunflexo — Indica vogal tónica fechada e emprega-se sobre a vogal dominante da sílaba:

âmbar, cânhamo, mercê, recôndito, etc. Til — Indica vogal nasal, tónica ou não; usa-se nas vogais e ditongos nasais e representa acento tónico se não houver outro marcado na palavra:

avelã, bordão, guardiões, irmã, vãmente, etc.

1.1.2. Regras de acentuação Palavras agudas Acentuam-se as palavras agudas (oxítonas) quando terminam em «a», «e» ou «o», seguidas ou não de «s»: se abertas, com acento agudo, se fechadas, com acento circunflexo:

bisavó(s), cá, dossiê, irmã(s), maré(s), papá(s), trenó(s), pôs, você, etc. Levam acento agudo os polissílabos agudos terminados em «em» e «ens»:

alguém, armazém, parabéns, Santarém, vaivéns, vintém, etc. Palavras graves Acentuam-se as palavras graves terminadas em «i», «u», vogal nasal ou ditongo oral ou nasal (seguidos ou não de «s») ou em «l», «n», «r» ou «x»: a) com acento agudo, se a vogal da sílaba predominante for «i» ou «u» (pura ou acompanhada de qualquer letra), «a», «e» ou «o» abertos:

abdómen, acórdão, álbum, almíscar, bónus, cútis, dócil, fénix, férteis, íris, solúvel, tórax, túnel, Vénus, etc.

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b) com acento circunflexo, se a vogal da sílaba tónica for «a», «e» ou «o» fechada:

âmbar, bênção, cânon, lêsseis, têxtil, etc. As palavras graves terminadas em «em» e «ens» não são acentuadas:

desordem, imagem, jovens, origem, penugens, etc. Palavras esdrúxulas Acentuam-se graficamente todas as palavras esdrúxulas: a) com acento agudo as vogais: — «i» e «u» puras ou acompanhadas de qualquer letra:

áspero, ídolo, síndico, úbere, úmero, etc. — «a», «e» e «o», abertas ou seguidas de sílaba iniciada por «m» ou «n», se o seu timbre não for invariável:

áulico, cómodo, ébano, efémero, etc.

N.B.: Neste preceito encontram-se incluídos os vocábulos terminados em ditongos crescentes: côdea, idóneo, boémia, insónia, espécie, calvície, Eugénio, António, mágoa, amêndoa, água, légua, assíduo, etc. Alguns gramáticos consideram esdrúxulas estas palavras, outros afirmam que são graves. Todavia, precisam sempre de acento, para evitar uma leitura errada.

b) com acento circunflexo as vogais «a», «e» e «o» invariavelmente fechadas:

ângulo, câmara, côvado, estômago, êxodo, pêssego, etc. c) certas formas verbais:

éramos, fôssemos, fôramos, amávamos, deveríamos, devêssemos, partíamos, partíramos Passam, erradamente, por esdrúxulos, os seguintes vocábulos:

abside, alvedrio, carateres, celtibero, decano, difteria, epifania, hemopatia, juniores, leucemia, policromo, rubrica, seniores, septicemia, uremia, etc.

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Homógrafos Empregam-se os acentos agudo ou circunflexo em algumas palavras que têm vogal tónica aberta ou fechada e são homógrafas de vocábulos sem acento próprio:

ás (substantivo) as (artigo ou pronome) pôr (verbo) por (preposição) porquê (substantivo ou advérbio) porque (conjunção ou advérbio)

Não se empregam os acentos agudo ou circunflexo na maioria das palavras que têm vogal tónica aberta ou fechada e são homógrafas de vocábulos sem acento próprio:

para (preposição) para (verbo) pela (por + a) pela (verbo e substantivo) pelo (por + o) pelo (substantivo) pera (preposição) pera (substantivo) pero (por + isto) pero (substantivo) pode (verbo) pode (verbo) polo (por + o) polo (substantivo)

1.1.3. Formas verbais Acento agudo Emprega-se o acento agudo na penúltima sílaba da 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos regulares da 1.ª conjugação (ámos) para se diferenciar da sua homografia do presente do indicativo dos verbos (amos):

amámos amamos cantámos cantamos jogámos jogamos

O uso do acento agudo nos tempos dos verbos em «air» e «uir» tem importância e, por isso, vejamos como se conjugam esses verbos, tomando como exemplo cair e afluir:

presente: caímos, caís afluímos, afluís imperfeito: caía, caías, caía, caíamos, caíeis, caíam afluía, afluías, afluía, afluíamos, afluíeis, afluíam perfeito: caí, caíste, caiu, caímos, caístes, caíram afluí, afluíste, afluiu, afluímos, afluístes, afluíram mais-que-perfeito: caíra, caíras, etc. afluíra, afluíras, etc. presente do conjuntivo: caia, caias, etc. afluia, afluias, etc.

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imperfeito do conjuntivo: caísse, caísses, etc. afluísse, afluísses, etc. imperativo: cai, caí aflui, afluí particípio passado: caído afluído

Não se acentua o «i» nas formas do futuro do indicativo e do condicional:

cairei, cairás/afluirei, afluirás e cairia, cairias/afluiria, afluirias, etc. Os infinitos em «air» e «uir» nas suas formas reduzidas são acentuados:

contraí-lo, distribuí-lo-ei, etc. Certas formas verbais são esdrúxulas:

éramos, fôssemos, fôramos, amávamos, deveríamos, devêssemos, partíamos, partíramos Acento circunflexo Levam acento circunflexo os homógrafos verbais das terceiras pessoas do presente do conjuntivo das seguintes formas:

dêmos (presente do conjuntivo) e demos (pretérito perfeito), do verbo dar pôde e pode, do verbo poder

Levam acento circunflexo as formas da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter, vir e seus compostos, para as diferenciar das formas do singular:

tem têm vem vêm contém contêm provém provêm

Não se acentuam com acento circunflexo as terceiras pessoas do plural dos verbos crer, dar, ler e ver, quando possuem também acento na mesma pessoa do singular:

crê creem dê deem lê leem vê veem

Não levam acento circunflexo:

abençoo, condoo-me, enjoo, moo, remoo, etc.

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Não são acentuados com acento circunflexo os derivados do verbo pôr:

apor, compor, depor, repor, etc.

1.1.4. Outras regras Emprego do acento agudo Acentuam-se com acento agudo, quando tónicos, os ditongos «eu», «ei» e «oi», se «e» e «o» forem abertos: a) ditongo «éu»:

céu, chapéu, povoléu, réu, véu, etc. b) ditongo «éi» (no plural dos nomes terminados em «el» como sílaba predominante):

anel/anéis, cordel/cordéis, papel/papéis, etc. c) ditongo «ói» (no plural dos nomes terminados em «ol»):

caracol/caracóis, espanhol/espanhóis, farol/faróis, sol/sóis, etc. Assinala-se com acento agudo o «i» ou «u» tónicos, seguidos ou não de «s», quando não formarem ditongo com a vogal anterior:

aí, balaústre, baú, cafeína, faísca, juízes, peúga, saúde, etc. Não levam acento agudo: a) as terminações «eia» e «eico» em que é invariável o som do «e»:

assembleia, ideia, seborreico, etc. b) os prefixos paroxítonos terminados em «r» (hiper-, super-, inter-) quando ligados por hífen ao elemento imediato, por serem considerados elementos prefixais sem vida à parte:

hiper-humano, inter-resistente, super-homem, etc. c) a vogal tónica «i» quando precedida da vogal «u», que com ela não forma ditongo:

aguista, aquista, linguiça, linguista, etc.

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d) as vogais tónicas «i» e «u» nos seguintes casos: — quando, em vocábulos paroxítonos, forem precedidas de ditongo:

baiuca, tauismo, etc. — quando, precedidas de vogal, forem base dos ditongos «iu» e «ui»:

atraiu, caiu, contribuiu, pauis, etc. — quando, precedidas de vogal que com elas não formarem ditongo, se encontrem em sílaba terminada em «l», «m», «n», «r» ou «z» ou forem seguidas de «nh»:

adail, Caim, constituir, raiz, rainha, Raul, ruim, etc. e) as palavras graves que têm como sílaba tónica o ditongo «oi»:

asteroide, boia, comboio, dezoito, heroico, joia, etc. f) o «u» tónico precedido de «g» ou «q» e seguido de «e» ou «i»:

averigue, arguis, oblique, etc.

1.2. Divisão silábica

N.B.: Consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.2.

1.3. Substantivos e adjetivos

N.B.: Consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.3.

1.4. Pontuação

N.B.: Até ser decidida a data de início da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nas instituições comunitárias, consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.4.

A pontuação serve, antes de mais, para marcar o ritmo de um texto, para dar vida à palavra numa frase. Dependendo muito de cada indivíduo e do seu estado de espírito momentâneo, compreende-se que as variações sejam inúmeras, tanto no que respeita à escrita como à sua interpretação. Apesar de tanta flexibilidade, o emprego dos sinais de pontuação não pode, nem deve, ser arbitrário, esquecendo aquela que é a real função desses sinais: auxiliar a leitura e a clareza do discurso escrito.

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1.4.1. Ponto ( . ) O ponto final emprega-se para indicar o fim de uma frase de sentido completo, o fecho de um pensamento e a supressão de letra ou letras no meio ou no fim de uma palavra.

N.B.: As notas de pé de página levam sempre ponto final. Quando as frases se encadeiam, dando expressão contínua a um pensamento, os pontos sucedem-se uns aos outros na mesma linha. São chamados os pontos simples. Ao ponto que encerra um enunciado escrito dá-se o nome de ponto final. O ponto parágrafo indica uma mudança de linha e, portanto, de ideia. O ponto emprega-se também nas abreviaturas e, como faz parte do vocábulo que abrevia, pode ser seguido de qualquer outro sinal de pontuação (com exceção do ponto), sempre que o texto o exija:

O discurso de S. Ex.a, curto e incisivo, fez pasmar a assembleia. Usa-se ainda com os algarismos árabes quando estes são utilizados para numerar uma subdivisão do texto.

1.4.2. Vírgula ( , ) A vírgula indica uma breve pausa na leitura, com ligeira inflexão de voz, variando o seu emprego de autor para autor. No entanto, podemos considerar as seguintes regras sancionadas pelas gramáticas. 1. O predicado nunca deve ser separado do sujeito por uma vírgula:

«A graça de Girão não era a das anedotas: era a sua.» (Camilo C. Branco — Cancioneiro Alegre)

2. Nunca se separa por vírgula o verbo dos seus complementos:

«O dia de Páscoa era uma malhada para os padres.» (Aquilino Ribeiro — Terras do Demo) 3. O vocativo é sempre seguido de vírgula:

«Pai, eu quelo a tua olelha.» (Erico Veríssimo — Olhai os Lírios do Campo) 4. Os apostos ou continuados vão entre vírgulas:

«Aos tombos, apoiando a mão no chão a cada desequilíbrio, teimoso, roçando pelas paredes, subiu para o meio da vila.» (Manuel da Fonseca — «Névoa», Aldeia Nova)

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5. As frases começadas por gerúndio ou particípio passado independente separam-se da oração seguinte por vírgula:

Começando a chover, o passeio não se realizou. Dada a urgência, o filho foi logo operado.

6. O gerúndio dependente não é precedido de vírgula:

«O enfermo foi melhorando envolto nos olhares cariciosos de Felícia e em papas de linhaça.» (Camilo Castelo Branco — Eusébio Macário)

7. Separam-se por vírgulas todos os elementos de uma oração com idêntica natureza e valor funcional, não ligados por conjunção:

«O desordeiro provocou, insultou, maltratou quantos se aproximavam dele.» (Cândido de Figueiredo — Gramática Sintética da Língua Portuguesa)

8. Colocam-se entre vírgulas as palavras ou frases intercaladas:

«O Kurika, medroso mas deliciado, tremia. De vez em quando saltava nervosamente sobre as patas da frente, no mesmo lugar, ou escavava a areia.» (Henrique Galvão — Kurika)

9. Os advérbios sim e não são seguidos de vírgula quando começam uma oração e se referem à anterior:

« — Sim, a isso na minha terra chama-se o raleiro da madrugada.» (Aquilino Ribeiro — Lápides Partidas). « — Não, isso não faço eu.» (Aquilino Ribeiro — Lápides Partidas).

10. Antes do relativo que emprega-se a vírgula quando introduz uma oração:

Morreram muitos soldados, que fariam falta para o prosseguimento da luta. 11. Conjunções como embora, mas, etc., seguem a regra anterior:

Sentia os olhos cansados, mas ainda acabou o livro. 12. O pronome quem, acompanhado de preposição, é precedido de vírgula:

«Entre os membros daquela lustrosa companhia distinguia-se por seu porte altivo o conde de Barcelos, D. João Afonso Telo, tio de D. Leonor, a quem nos diplomas dessa época se dá por excelência o nome de fiel conselheiro.» (A. Herculano — Lendas e Narrativas)

13. O elemento ora em início de fase é, geralmente, seguido de vírgula:

Ora, as coisas não se passaram bem assim!

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14. Separam-se, na generalidade, por vírgulas as palavras aliás, contudo, enfim, isto é, pois, porém, talvez, todavia e outros elementos semelhantes:

«Os acontecimentos posteriores provaram, todavia, mais uma vez, quanto podem falhar as previsões humanas.» (A. Herculano — O Bobo).

15. A vírgula também serve para separar a designação de uma entidade ou de um lugar, quando se data um escrito:

Évora, 25 de abril de 1974 16. A vírgula emprega-se também para separar elementos de uma enumeração introduzidos por travessões ou por pontos:

As ações financiadas repartem-se da seguinte forma (em milhões de euros): — programas horizontais: 253, — abertura de programas comunitários: 3, — Phare «Democracia»: 11.

1.4.3. Ponto e vírgula ( ; ) O ponto e vírgula representa maior pausa do que a marcada pela vírgula e emprega-se: a) para separar orações coordenadas, quando um tanto longas:

«O presépio estava uma riqueza, tudo sedas, tudo rendas, que as freiras tinham bons dedos e vagar; as velas que ardiam, nem a luz do sol; era um cheiro a cera que agoniava; todo o mar de gente se prantara de joelhos.» (Aquilino Ribeiro — Terras do Demo)

b) para separar duas ou mais orações subordinadas dependentes da mesma principal, substituído pela vírgula se as orações coordenadas forem pouco extensas:

«Dantes o xaile era parte do traje; hoje é um detalhe resultante de intuições de puro gozo estético.» (Fernando Pessoa — Livro do Desassossego)

c) no fim de uma alínea introduzida por um número ou por uma letra minúscula.

1.4.4. Dois pontos ( : ) Os dois pontos denotam maior pausa que a do ponto e vírgula. Empregam-se: a) nas citações:

No preâmbulo do acórdão lia-se: «Os proventos auferidos pelo recorrente...»

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b) nas falas (discurso direto):

«Pilar chamou-o, lá de dentro, com firmeza: — Entre, Jacinto.» (Urbano Tavares Rodrigues — A Noite Roxa)

c) nas enumerações:

As principais cidades de Portugal são: Lisboa, Porto e Coimbra. d) para substituir o ponto e vírgula quando a segunda proposição explica ou confirma a ideia contida na primeira:

«Era isto em setembro: já as noites vinham mais cedo, com uma friagem fina e seca e uma escuridão aparatosa.» (Eça de Queirós — Contos).

1.4.5. Ponto de interrogação ( ? ) O ponto de interrogação coloca-se depois de frases interrogativas diretas:

«E beber? Sabes se ele bebe muito?» (Camilo Castelo Branco — A Corja) Seguido do ponto de exclamação serve para tornar exclamativa a frase interrogativa:

«Trinta e cinco dias e trinta e cinco noites sobre o mar. E que mar?!» (Manuel da Fonseca — «Sete-estrelo», Aldeia Nova)

Entre parênteses denota dúvida na afirmação.

1.4.6. Ponto de exclamação ou de admiração ( ! ) O ponto de exclamação ou de admiração coloca-se no fim das frases que exprimem comoção súbita, surpresa, sentimento de prazer, dor, etc.:

«Trago-te como um filho nos meus braços!» (Florbela Espanca — Sonetos) «Mas nesse momento ouvia-se nas outras ruas o som das trombetas portuguesas. — É meu pai! — bradou D. Lourenço.» (Pinheiro Chagas — A Joia do Vice-Rei)

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1.4.7. Reticências ( ... ) As reticências (ou pontos de reticência) indicam omissão de uma ou mais palavras:

«Rosa — disse-lhe ele —, o linhar não vale vinte e cinco libras, vale quarenta sem regateio [...] Por esse preço não vendas, que nem Deus te perdoa... Bem sei, estás com o baraço ao pescoço. É o dianho!... É o dianho!... E, olha lá, porque não vais ter com o padre?...» (Aquilino Ribeiro — Terras do Demo)

Quando se omite parte de um texto numa transcrição, as reticências colocam-se entre parênteses retos:

«Os funcionários públicos regem-se [...] pelo Estatuto do Funcionalismo Público.» Pontos elípticos Geralmente são três os pontos de reticência. No entanto, existem casos em que se podem multiplicar na parte omitida de qualquer citação de trecho que se transcreve. Empregam-se: 1. Pontos elípticos de três pontos para indicar vocábulo incompleto:

«Morrer! Mo... Mas eu não estou doente!» (Raul Brandão) 2. Pontos elípticos de cinco pontos para indicar parte de texto suprimido de um período:

«..... não acho texto algum da lei, ou sagrada ou profana, que obrigue as mulheres a serem tolas e não saberem falar.» (Luís António Verney)

3. Pontos elípticos em toda a linha para indicar supressão de versos ou de linhas de texto:

«Nesta, cuja memória esquece a Fama, Feira, que de Santarém vem de ano a ano, Jazia co’uma freira um franciscano; Eram de barro os dois, de barro a cama ............................................................ ............................................................ Não basta a felpa dos buréis opacos, Com que a carne rebelde anda ralada? ............................................................ O escandaloso par converte em cacos.» (M. M. Barbosa du Bocage)

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N.B.: Em MS Word, sempre que um grupo de três pontos é digitado ele é geralmente transformado em reticências com um espaçamento diferente. A diferença é mais notória quando se utilizam pontos elípticos em número não múltiplo de três:

3 pontos ou reticências ... … 5 pontos ou reticências + 2 pontos ..... ….. pontos em toda a linha ou reticências em toda a linha ............................ …………………

Convém desativar, em MS Word, a opção Replace … with … (verificar em Tools / AutoCorrect Options / AutoCorrect).

1.4.8. Travessão ( — ) O travessão (traço horizontal maior que o hífen) emprega-se: a) para chamar a atenção para a palavra ou as palavras que se seguem:

Só receava uma coisa — a morte. b) para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor:

— Não estou de acordo, Francisco. — Porquê? — perguntou este.

c) quando as falas do diálogo são interrompidas por palavras do escritor:

Sim — disse a Amélia —, vou. d) no lugar de parênteses:

As condições — ordenado e subvenções — eram boas. e) para separar vários assuntos que se escrevem seguidos:

Capítulo 3.º — Casas do Povo — Construção de habitações

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f) nas divisões de um texto (enumerações) depois de letra maiúscula e da numeração romana (nas subdivisões usar o ponto com os algarismos árabes e as letras minúsculas com parênteses) (consultar também o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 5.4.1.).

Capítulo I Capítulo I — Evolução das Comunidades EVOLUÇÃO DAS COMUNIDADES Secção I — Situação geral Secção I — Situação geral A — Poderes orçamentais A — Poderes orçamentais N.B.: Esta alínea f) é aplicável em todas as publicações exceto no Jornal Oficial.

N.B.: O travessão a utilizar corresponde ao travessão quadratim ou risca ( — ) e não ao hífen ( - ), nem ao travessão meio-quadratim ( – ), os quais estão graficamente ao mesmo nível do travessão, mas são mais curtos. Comparar:

— Verifica — dir-lhe-ei eu —, vê-se bem a diferença! – Verifica – dir-lhe-ei eu –, vê-se bem a diferença! - Verifica - dir-lhe-ei eu -, vê-se bem a diferença!

No entanto, graças aos atalhos de teclado, é sempre possível utilizar em qualquer circunstância o símbolo exato:

— travessão quadratim ou risca (—): «Ctrl» + «Alt» + «Num - » ou «Alt» + «0151» — travessão meio-quadratim ou meia-risca (–): «Ctrl» + «Num - » — hífen ou traço de união (-): -

Em MS Word, estando ativada a opção Replace hyphens (--) with dash (–) (verificar em Tools / AutoCorrect Options / AutoFormat) quando um hífen (ou dois) é introduzido, protegido por um espaço de cada lado, entre letras ou números, é geralmente transformado num travessão meio-quadratim (–). Idêntica automatização é impossível para o travessão quadratim.

1.4.9. Parênteses [ ( ) ] Os parênteses servem para separar da frase palavras intercaladas que, não pertencendo propriamente ao discurso, no entanto esclarecem o assunto:

As casas (todas de granito) estavam degradadas. Usam-se geralmente dois tipos de parênteses: os curvos e os retos. As frases dentro de parênteses não devem ser longas, mas devem manter a sua pontuação própria, para lá da pontuação normal do texto.

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Utilizam-se os parênteses curvos de fecho com letras minúsculas ou algarismos árabes quando representam uma subdivisão de um texto ou uma alínea (neste caso a frase termina com ponto e vírgula):

A enumeração apresenta-se do seguinte modo: 1) algarismos romanos: a) maiúsculos;

Os parênteses retos empregam-se para intercalar uma frase já dentro de parênteses (curvos) e para circundar as reticências quando estas substituem a parte do texto que se omitiu. Os parênteses retos também se utilizam para evidenciar uma intervenção do autor num texto que não seja de sua autoria:

«O Conselho queria [quer] tomar certas medidas...» «A Comissão propôs [propõe] ... um regulamento relativo...»

Antes do parênteses não deve colocar-se qualquer sinal de pontuação, exceto o ponto. Quando qualquer sinal de pontuação coincidir com o parêntese de abertura, deve colocar-se depois do de fecho.

1.4.10. Aspas ( « » ) As aspas, ou comas, utilizam-se: — para enquadrar as citações de textos originais ou indicar a transcrição rigorosa de um texto e colocam-se no princípio e no final da mesma transcrição:

«Nenhuma nação do Mundo fez coisas tão grandiosas como Portugal, relativamente à sua extensão e população.» (Leroy Beaulieu)

— nas palavras e expressões apostas:

os montantes compensatórios «de adesão» — nos termos a definir:

entende-se por «poluição» qualquer descarga... — nos termos e textos a acrescentar, a corrigir ou a substituir:

acrescentar o que se segue: «...» — nas designações abreviadas (as aspas não são retomadas posteriormente no texto):

o Comité Permanente do Emprego (a seguir, «Comité»)

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Também se chamam vírgulas dobradas ou simples e têm ainda outra utilidade: colocadas por debaixo de palavras ou de linhas, dizem-nos o mesmo que igual, idem, a mesma coisa. As vírgulas dobradas e simples usam-se quando se quer introduzir uma citação numa frase que já tem aspas:

«Os homens devem “ser compreensivos, ‘bons’, e respeitosos” dos seus iguais». A pontuação coloca-se antes da coma de fecho quando a expressão ou frase fica inteiramente abrangida pelas aspas. No caso contrário, coloca-se a pontuação a seguir à coma de fecho:

O chefe disse: «O Albino está despedido!» O artigo atrás mencionado diz que «as aspas vêm antes do ponto».

N.B.: O primeiro nível de aspas a utilizar corresponde às aspas angulares («»). Quando necessário, utilizam-se três níveis de aspas devidamente hierarquizadas:

«...» — as aspas angulares, “...” — as aspas curvas duplas ou vírgulas dobradas, ‘...’ — as aspas curvas simples ou vírgulas simples.

As aspas angulares têm tecla própria nos teclados portugueses. As aspas curvas não têm tecla própria, mas em MS Word pode ativar-se a opção Replace "straight quotes" with “smart quotes” (verificar em Tools / AutoCorrect Options / AutoFormat), utilizando nos teclados os símbolos " e ', transformados em “ ou ‘, se à esquerda de uma letra, algarismo ou espaço, ou em ” ou ’, se imediatamente à direita de uma letra ou algarismo. Excel e Outlook têm, porém, possibilidades de correção automática mais limitadas. No entanto, é possível utilizar em qualquer circunstância o símbolo exato: — aspas angulares duplas ou francesas esquerdas («) « ou «Alt» + «174» — aspas angulares duplas ou francesas direitas (») » ou «Alt» + «175» — aspas curvas duplas ou inglesas esquerdas (“) «Ctrl» + « ` » ou «Alt» + «0147» — aspas curvas duplas ou inglesas direitas (”) «Ctrl» + « ' » ou «Alt» + «0148» — aspas curvas simples esquerdas (‘) «Ctrl» + « ` » ou «Alt» + «0145» — aspas curvas simples direitas (’) «Ctrl» + « ' » ou «Alt» + «0146» — aspas retas duplas (") " (*) — aspas retas simples (') ' (*) (*) Utilizar os símbolos de Word ou desativar a correção automática.

Neste Guia, consultar no ponto 2.2.19. Aspas as regras específicas a utilizar em textos das instituições comunitárias.

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1.4.11. Barra (oblíqua) ( / ) A barra (oblíqua) emprega-se: — para separar o fim de números de telefone diferentes:

(351-2) 34 56 78 90/91/92/93 — para separar as diferentes partes num processo judicial e para marcar uma relação:

processo Varta/Bosch; processo Comissão/Bélgica a relação custo/eficácia

— na enumeração de regulamentos, diretivas, decretos, etc.:

Decisão 97/481/CE; Regulamento (CE) n.º 1025/97 do Conselho Decreto Regulamentar n.º 12/2009

— em períodos que abarcam uma parte do primeiro ano e outra parte do segundo, como os anos escolares e as campanhas agrícolas:

a campanha vitivinícola de 1988/1989 o ano académico de 1996/1997

Quando se trata de dois anos completos ou de um período de vários anos usa-se o hífen:

o programa para 1996-1997 (de 1 de janeiro de 1996 a 31 de dezembro de 1997) o período de 1993-1996

1.5. Hífen ou traço de união ( - )

N.B.: Até ser decidida a data de início da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nas instituições comunitárias, consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.4.12. e ponto 10.5.1.

O hífen serve para ligar, ocasionalmente, as partes de um vocábulo que se completa na linha seguinte e, fundamentalmente, para ligar vocábulos que, embora mantendo a sua independência fonética, se justapõem para formação de uma nova palavra. Coincidindo com a mudança de linha, o hífen repete-se na abertura da linha seguinte (consultar também o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.2.), para mostrar que esse elemento faz parte de um composto:

cor-de-//-rosa.

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N.B.: Em alternativa, pode utilizar-se o hífen não separável (nonbreaking hyphen) («Ctrl» + «Shift» + «-» (o sinal menos no teclado alfabético). As abreviaturas dos compostos mantêm o hífen do composto quando se abrevie com mais de uma letra:

sarj.-aj., ten.-cor., 2.ª-f., m.-q.-perfeito (mais-que-perfeito). Os prefixos, antes de uma maiúscula, levam sempre hífen.

1.5.1. O hífen nos vocábulos formados por prefixação A base XVI do Acordo Ortográfico de 1990 introduz simplificações no uso do hífen nas formações por prefixação (ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e também por recomposição, isto é, nas formações com pseudoprefixos de origem grega ou latina (aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.). Emprega-se o hífen: a) quando o segundo elemento da formação começa por h ou pela mesma vogal com que termina o prefixo ou pseudoprefixo (por exemplo: anti-higiénico, contra-almirante);

anti-higiénico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico, pan-helenismo, semi-hospitalar.

anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.

— Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc. O mesmo se verifica com outros prefixos como re- e trans- (por exemplo: reaver, transumano). — Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, cooperação, cooperar, coordenar, etc. O mesmo se verifica com os prefixos re- e pre- (por exemplo: reeleger, preexistir). b) quando o prefixo ou o falso prefixo termina em m ou n e o segundo elemento começa por vogal, m, n ou h (por exemplo: circum-murado, pan-africano);

circum-escolar, circum-navegação; pan-helénico, pan-mágico, pan-negritude.

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— Com o prefixo pan- utiliza-se igualmente hífen quando o segundo elemento começa por b ou p: pan-brasileiro, pan-psiquismo. c) nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por r (por exemplo: hiper-rancoroso);

hiper-requintado, hiper-resistente, hiper-ridículo, hiper-rugoso, inter-racial, inter-radial, inter-regional, inter-relação, inter-resistente, super-realismo, super-realista, super-requintado, super-revista.

d) nas formações com os prefixos ex-, sota- e soto-, vice- e vizo-; pós-, pré- e pró-;

ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei; pós-escrito, pós-graduação, pós-tónico; pré-escolar, pré-natal; pró-africano, pró-europeu, pró-forma.

e) nas formações com os prefixos ab-, ad-, ob-, sob- e sub-, quando combinados com elementos iniciados por r (por exemplo: ab-rogar).

ab-reação, ad-renal, ob-reptício, sob-roda, sub-raça. Não se emprega o hífen: a) nos casos em que o prefixo ou o pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, estas consoantes dobram-se (por exemplo: antirreligioso, microssistema);

antissemita, biorritmo, biossatélite, contrarregra, contrassenha, cosseno, eletrossiderurgia, extrarregular, infrassom, microrradiografia, minissaia.

b) nos casos em que o prefixo ou o pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente daquela, as duas formas aglutinam-se, sem hífen, como já sucede igualmente no vocabulário científico e técnico (por exemplo: aeroespacial, antiaéreo).

agroindustrial, autoaprendizagem, autoestrada, coeducação, extraescolar, hidroelétrico, plurianual, radioativo, termoeletricidade.

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1.5.2. O hífen nos vocábulos com outros tipos de formação Emprega-se o hífen: a) nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido:

ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto;

alcaide-mor, amor-perfeito, estado-maior, gato-pingado, guarda-noturno, todo-poderoso;

cabo-verdiano, mato-grossense, norte-americano, pele-vermelha, porto-alegrense, sul-africano, vila-realense;

belas-artes, livre-câmbio, má-criação;

afro-asiático, afro-luso-brasileiro, luso-brasileiro;

azul-escuro, verde-claro;

económico-social;

primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira;

matéria-prima;

conta-gotas, corta-mato, finca-pé, guarda-chuva, mata-borrão, troca-tintas;

deve-haver, esconde-esconde, puxa-puxa, ruge-ruge, tem-tem;

abaixo-assinado, a-propósito, bota-fora, joão-ninguém, sol-pôr;

— Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente:

girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.

N.B.: paraquedas, mas para-choques. — Deve utilizar-se o hífen em palavras formadas por justaposição, como: afro-americano, euro-mediterrânico, ibero-americano, luso-asiático. No entanto, não se emprega hífen em palavras formadas por prefixação: eurocético, eurodeputado, lusófono.

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b) nos topónimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo:

Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Idanha-a-Nova, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.

— Os outros topónimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen:

A dos Francos, América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc.

N.B.: Os topónimos Guiné-Bissau e Timor-Leste são, contudo, exceções consagradas pelo uso.

c) nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento:

abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer; andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, lesma-de-conchinha; bem-te-vi.

N.B.: Esta regra deve aplicar-se sempre que se refiram quaisquer seres vivos, incluindo fungos, como:

amanita-dos-césares, boleto-das-vinhas, tricoloma-de-são-jorge.

d) nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações:

bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).

N.B.: Em muitos compostos o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte:

benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.

e) nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem:

além-Atlântico, além-fronteiras; além-mar, aquém-mar, aquém-Pirenéus, aquém-Tejo; recém-casado, recém-criado, recém-nascido; sem-cerimónia, sem-número, sem-vergonha.

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f) para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares e combinações históricas ou ocasionais de topónimos:

a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique, Áustria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, o desafio Chaves-Académica, etc.

g) na ênclise e na tmese:

amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei, enviar-lhe-emos. — Usa-se também o hífen nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me, ei-lo) e ainda nas combinações de formas pronominais do tipo no-lo, vo-las, quando em próclise (por exemplo: esperamos que no-lo comprem). Não se emprega o hífen: a) nas ligações da preposição de às formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver:

hei de, hás de, há de, heis de, hão de. b) salvo em casos consagrados pelo uso, nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais: — Substantivas:

cabeça de motim, cão de guarda, criado de quarto, fim de semana, moço de recados, sala de jantar, sala de visitas;

N.B.: fim de semana, mas caminho-de-ferro, água-de-colónia, pé-de-meia.

— Adjetivas:

cor de açafrão, cor de café com leite, cor de laranja, cor de tijolo, cor de vinho;

N.B.: cor de laranja, mas cor-de-rosa («cor-de-rosa» não representa uma locução, mas um verdadeiro composto, por se haver tornado unidade semântica), do arco-da-velha, mais-que-perfeito.

— Pronominais:

cada um, ele próprio, nós mesmos, nós outros, quem quer que seja;

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— Adverbiais:

à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade (note-se o substantivo à-vontade), de mais (note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso;

N.B.: mas ao deus-dará, à queima-roupa.

— Prepositivas:

abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a;

— Conjuncionais:

a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que.

1.5.3. Guia prático para o uso do hífen Sendo difícil estabelecer uma lista completa de todas as partículas antepositivas utilizadas, apresenta-se aqui uma resenha das mais comuns com o único intuito de facilitar e promover uma melhor uniformização nos textos. Assinala-se, sempre que necessário, casos em que se abandonou o uso do hífen. Resumidamente, eis algumas das condições para o uso do hífen: ab — quando o segundo elemento começa por um r que não se liga foneticamente ao b anterior: ab-rogar; ad — quando o segundo elemento começa por um r que não se liga foneticamente ao d anterior: ad-renal; aero — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: aero-hidroterapia;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: aeroespacial, aerossinusite, aerossondagem;

além — por possuir acento gráfico: além-Atlântico, além-fronteiras, além-mar; agro — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: agro-hidrológico;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: agroalimentar, agroindústria, agropecuário;

ante — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por e ou h: ante-histórico, ante-hostilidade; anti — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou i: anti-herói, anti-inflamatório;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: antiaéreo, antirroubo, antissocial; aquém — por possuir acento gráfico: aquém-Douro, aquém-fronteiras, aquém-mar, aquém-Pirenéus; arqui — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou i: arqui-hipérbole, arqui-irmandade;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: arquioligarca, arquirrival, arquissecular;

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auto — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: auto-hipnose, auto-observação;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: autoajuda, autoestrada, autorretrato, autossatisfação;

bem — quando o segundo elemento começa por vogal ou h, ou, quando começa por consoante, mas está em perfeita evidência de sentido: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, bem-criado, bem-ditoso, bem-falante, bem-mandado, bem-nascido, bem-soante, bem-visto;

N.B.: em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida autónoma: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença;

bio — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: bio-historiador;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: bioacústica, biorritmo, biossíntese; ciber — quando o segundo elemento começa por h ou por um r que não se liga foneticamente ao r anterior: ciber-humano; circum — quando o segundo elemento começa por vogal, h, m ou n: circum-escolar, circum-hospitalar, circum-murado, circum-navegação; cis — quando o segundo elemento começa por h: cis-himalaico; co — quando o sentido é «a par» e o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h: co-herdeiro;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: coautor, codiretor, coocupante, coorganizar, correndeiro, corréu, copresidente;

com — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por vogal ou h: com-aluno, com-irmão, com-hospedado; contra — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: contra-almirante, contra-haste;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: contrainformação, contraordenação, contrarregra, contrassenha;

eletro — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: eletro-hidráulico, eletro-ótica;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: eletroíman, eletrorresistividade, eletrossíntese;

entre — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por e ou h: entre-eixo, entre-hostil; euro — nos casos de justaposição, como euro-africano, euro-americano, euro-mediterrânico, ou quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: euro-obrigação;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: eurocético, eurodeputado, euromercado; ex — quando este tem o sentido de estado anterior ou de cessamento: ex-almirante, ex-diretor, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; extra — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: extra-axilar, extra-hospitalar;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: extraeuropeu, extrarregimental, extrassecular;

geo — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: geo-hidrografia;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: geoecologia, georreferenciação, geossinclinal;

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hidro — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: hidro-haloisite, hidro-oligocitemia;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: hidroavião, hidrorrepelente, hidrossemeadura;

hiper — quando o segundo elemento começa por h ou por um r que não se liga foneticamente ao r anterior: hiper-humano, hiper-requintado, hiper-resistente; infra — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: infra-axilar, infra-hepático;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: infraestrutura, infraoitava, infrarrenal, infrassom;

inter — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou por um r que não se liga foneticamente ao r anterior: inter-humano, inter-resistente; intra — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: intra-auricular, intra-hepático;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: intraespecífico, intraocular, intrarraquidiano, intrassociedade, intrauterino;

mal — quando o segundo elemento começa por vogal, h ou l: mal-afortunado, mal-aventurado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo; macro — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: macro-hibridez;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: macroadenoma, macroeconómico, macroinstrução, macrorregião, macrossomático;

maxi — quando o segundo elemento começa por h ou i: maxi-harpa; N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: maxissaia;

mega — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: mega-análise, mega-hipnose;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: megaoperação, megassismo; micro — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: micro-habitat, micro-onda;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: microempresa, microrregional, microssegundo;

mini — quando o segundo elemento começa por h ou i: mini-harpa, mini-hídrica; N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: miniaventura, minirretrospetiva, minissérie;

multi — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou i: multi-idiomático;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: multirracial, multissecular, multiusos; neo — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: neo-helénico, neo-ortodoxo;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: neoescolástico, neoimpressionismo, neorromântico, neossocialista;

ob — quando o segundo elemento começa por um r que não se liga foneticamente ao b anterior: ob-reptício; pan — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por vogal, b, h, m, n ou p: pan-asiático, pan-brasileiro, pan-hispânico, pan-mágico, pan-negritude, pan-psiquismo; para — quando este exprime a noção de proteção: para-águas, para-brisas, para-lamas, para-vento;

N.B.: certos compostos, em relação aos quais se perdeu a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: paraquedas, paraquedista;

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para — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: para-apendicite; pluri — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou i: pluri-humoso, pluri-ideal; pós — por ter acento gráfico: pós-escolar, pós-graduação, pós-guerra, pós-romano, pós-terciário; pré — por ter acento gráfico: pré-aviso, pré-escolar, pré-helénico, pré-natal, pré-romano, pré-santificado; pró — por ter acento gráfico: pró-africano, pró-botânico, pró-europeu, pró-germânico, pró-profilaxia; proto — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: proto-história, proto-organismo;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: protoevangelho, protorromântico, protossulfureto;

pseudo — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: pseudo-herança, pseudo-occipital;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: pseudoapendicite, pseudorrevelação, pseudossábio;

recém — por ter acento gráfico: recém-casado, recém-chegado, recém-licenciado, recém-nascido; retro — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou o: retro-operar;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: retroalimentar, retrorreflexão, retrosseguir;

sem — quando este mantém a pronúncia própria e o segundo elemento tem vida autónoma: sem-cerimónia, sem-número, sem-razão, sem-sal, sem-vergonha; semi — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou i: semi-hospitalar, semi-inconsciente;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: semiaberto, semioficial, semirreta, semissábio;

sob — quando o segundo elemento começa por b, h ou por um r que não se liga foneticamente ao b anterior: sob-barba, sob-roda, sob-rojar; sobre — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por e ou h: sobre-exploração, sobre-humano; soto (ou sota) — quando o segundo elemento tem vida autónoma: soto-capitão, soto-piloto; sub — quando o segundo elemento começa por b, h ou por um r que não se liga foneticamente ao b anterior: sub-bibliotecário, sub-hepático, sub-raça, sub-região, sub-rogar; super — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por h ou por um r que não se liga foneticamente ao r anterior: super-homem, super-requintado; supra — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: supra-axilar, supra-hepático;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: supraestrutura, supraorbital, suprarrenal, suprassumo;

tele — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por e ou h: tele-educação;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: teleimpressão, telerradar, telerrecetor, telessismo, telessonda;

trans — quando o segundo elemento começa por h: trans-himalaico;

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ultra — quando o segundo elemento tem vida autónoma e começa por a ou h: ultra-aquecido, ultra-humano;

N.B.: não se emprega, pois, hífen em casos como: ultraesdrúxulo, ultraortodoxo, ultrarradical, ultrassom;

vice (ou vizo) — quando o segundo elemento tem vida autónoma: vice-cônsul, vice-presidente, vice-reitor.

Ver no ANEXO I — Quadro de síntese da utilização do hífen na prefixação um quadro de síntese das regras de utilização do hífen e no ANEXO II — Múltiplos e submúltiplos as mesmas regras para as partículas antepositivas expressando a ideia de múltiplo e submúltiplo.

1.6. Preposições

N.B.: Consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.6.

1.7. Maiúsculas e minúsculas

N.B.: Até ser decidida a data de início da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nas instituições comunitárias, consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.7.

1.7.1. Maiúsculas 1.7.1.1. Nos nomes próprios A letra maiúscula inicial é usada: a) nos antropónimos, reais ou fictícios:

António da Silva, Branca de Neve, Francisco, Pedro Marques, D. Quixote; — Nos nomes de raças, povos, tribos, castas, bem como habitantes ou naturais de planetas, continentes, regiões, estados, províncias e aglomerações considerados na sua totalidade (etnónimos):

Brasileiros, Escandinavos, Marcianos, Peles-Vermelhas, Portuenses, Trasmontanos;

N.B.: No entanto, emprega-se a inicial minúscula quando não se faz referência à totalidade, ou quando se trata de correspondentes comuns dos nomes étnicos:

os portugueses residentes no Luxemburgo, os angolanos venceram os camaroneses em jogo de futebol;

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— Em senhor e senhora, quando substituem nomes de pessoas:

Foi convidado o Senhor (Mário);

N.B.: No entanto, grafam-se com minúscula quando sinónimos de indivíduo, tipo, ou com valor pronominal.

— Nos antropónimos, quando são usados como apelativos e indicam uma classe de indivíduos semelhantes aos designados por aqueles nomes:

os Virgílios, os Camões, os Albuquerques; — Igualmente, nos nomes que designam uma filiação ou uma linhagem, de sangue ou adoção ou nos cognomes ou apodos (nomes qualificativos):

Afonsinos (descendentes de Afonso), Almorávidas (dinastia muçulmana), Antoninos (imperadores de Roma); o Africano (D. Afonso V), o Conquistador (D. Afonso Henriques), o Lavrador (D. Dinis); o Espadeiro (Lourenço Viegas), os Reis Católicos;

— Nos substantivos em que um sentido se exprime por excelência:

o Épico (Camões); — Nos adjetivos que, designando nacionalidade, naturalidade ou ideias afins, se juntam a nomes próprios:

Amato Lusitano, Júpiter Olímpico; — Nas formas pronominais e adjetivas que se refiram a entidades sagradas, ou a pessoas de alta hierarquia política, sempre que se deseje dar-lhes realce especial:

Ele é o amparo de todos nós (Ele = Deus), estamos sempre a invocá-Lo (Lo = Jesus Cristo); tenhamos fé n’Ela (Ela = a Mãe de Deus), dedico-Lhe grande culto (a Maria Santíssima); ... por Nossa autoridade, ... Nós, ... apraz-Nos; alegra-Nos enviar a Nossa bênção;

—Nos nomes de ideias personificadas:

Calúnia, Cobiça, Ira, Medo; — Nos nomes próprios de animais ou objetos, quando personificados:

Durindana (espada), Fiel (cão), Mimosa (gata); — Senhor Corvo, disse a Raposa.

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b) nos topónimos, reais ou fictícios:

Chaves, Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; África, Atlântida, Beira Alta, Hespéria; Estrela, Mondego, Pirenéus;

— Nos nomes comuns que acompanham os nomes geográficos quando constituem locuções onomásticas:

Império Romano, República Federativa do Brasil, República Portuguesa;

N.B.: No entanto, é usada minúscula inicial nos nomes comuns que acompanham os nomes geográficos:

distrito de Beja, estado do Maranhão, província do Minho; o império de Carlos Magno, a nação dos Tabajaras, o país das Amazonas, a república de Veneza; cabo da Roca, mar Mediterrâneo, península de Malaca;

— Nos nomes astronómicos:

a Lua (planeta) tem quatro fases, a Terra (planeta) gira em volta do Sol (astro), a Ursa Maior, a Via Láctea;

N.B.: No entanto, é usada minúscula inicial nos nomes astronómicos que também têm formas de substantivo comum:

lua (luz da Lua, luar): a lua entra-lhe pela janela; sol (luz ou calor do Sol): hoje não há sol; terra (solo): a terra está seca;

— Nos substantivos em que um sentido se exprime por excelência:

a Cidade (Roma); o Poema (Os Lusíadas).

c) nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos:

Adamastor; Neptuno; Diana, Dionísio, Mercúrio; Alá, o Criador, Inferno, Jeová, o Padre Eterno, Providência.

d) nos nomes que designam instituições:

Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social; Faculdade de Medicina, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Universidade de Coimbra; Escola Industrial Afonso Domingues, Liceu Pedro Nunes, Presidência da República; Companhia Geral de Exportação, Direção-Geral da Fazenda Pública;

— Nos substantivos que exprimem elevados conceitos religiosos, políticos ou nacionais, quando empregados sem qualificativos, ou seja, quando apresentam só por

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si, com relação a uma comunidade política, nacional ou religiosa, o mesmo sentido que teriam em conjunto com uma forma adjetiva ou adjetivo-pronominal.

a Administração (a administração pública), a Igreja (a igreja católica), a Nação (a nossa nação); Defendeu a Nação, serviu o Estado e divulgou a Fé (a fé cristã); o Socialismo, a República, a Igreja Ortodoxa.

e) nos nomes de festas e festividades:

Natal, Páscoa, Ramadão, Todos-os-Santos; Carnaval, Dionísias, Domingo Gordo, Saturnais, Sexta-Feira Santa;

— Nos nomes que pertencem aos calendários ou se relacionam com eras históricas e épocas célebres tradicionais:

Idade Média, Renascença;

N.B.: No entanto, utiliza-se minúscula inicial nos nomes dos dias, meses e estações do ano:

segunda-feira; outubro; primavera, estio;

— Nas designações de factos históricos ou acontecimentos importantes e de atos ou empreendimentos públicos:

Guerra Peninsular, Reforma, Restauração; f) nos títulos de publicações periódicas e bibliónimos, que retêm o itálico: Usam-se carateres itálicos num texto em romano (e, ao contrário, carateres romanos num texto em itálico) nos títulos de obras literárias, jornais, revistas e outras publicações similares desde que seja citado o seu nome completo:

Diário da República, Jornal Oficial da União Europeia; A Bola, Diário de Notícias, O Estado de São Paulo, Jornal de Notícias, Jours de France, O Primeiro de Janeiro, a revista Pública, Público, o Times; Árvore e Tambor, Castigador de Si Mesmo, O Homem Que Ri, Lendas e Narrativas, Os Lusíadas, Menino de Engenho, Prática de Oito Figuras, O Romance de Um Rapaz Pobre, Senhor do Paço de Ninães, O As Três Irmãs.

N.B.: Quando se cita conjuntamente o título de um artigo e o título da revista, da coletânea, etc., no qual o artigo é publicado, o título do artigo mantém-se em romano, entre aspas, ficando em itálico o título da obra.

N.B.: Há elementos que se empregam sempre com maiúscula inicial, tais como «se», «si», «que» e os «numerais», embora esta regra tenda a cair em desuso:

Quando Se Amava Assim, O Homem Que Ri, Prática de Oito Figuras, Castigador de Si Mesmo.

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— A forma curta e a forma abreviada de títulos de publicações periódicas não retêm o itálico:

Jornal Oficial, JO; DR, DN, JN.

— Igualmente em subtítulos de livros e de publicações periódicas mantêm-se as maiúsculas:

Leonor Teles — Flor de Altura, Portucale — Revista de Cultura. — Igualmente nos títulos de produções artísticas de qualquer género, que retêm o itálico:

O Desterrado (estátua de Soares dos Reis), O Fado (quadro de José Malhoa), Lohengrin (ópera de Wagner), Pôr-do-Sol (quadro a pastel do Rei D. Carlos), A Portuguesa (hino nacional português).

— Nas palavras que exprimem atos das autoridades dos Estados quando entram designações de diplomas ou documentos oficiais:

Lei de Meios para 1970, Portaria de 1 de setembro de 1911, Decreto-Lei n.º 146/2009.

N.B.: Quando qualquer destas palavras é citada sem ser seguida de data ou do número, usa-se a inicial minúscula. Escrevem-se com inicial maiúscula as palavras «regulamento», «código», «diretiva», «decisão» quando de referem a um documento identificado no texto.

N.B.: Opcionalmente no nome de programas e ações comunitários após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos.

g) nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente, e nas suas abreviaturas:

Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países; Nordeste, por nordeste do Brasil; Norte, por norte de Portugal; Ocidente, por ocidente europeu; Oriente, por oriente asiático; SW; NE;

h) em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas:

FAO, NATO, ONU, CEE, COST, FEDER; EUR, CVE, USD; H2O; Sr., V. Ex.ª, S. M., Ex.ma Sr.ª, D.; Fr., S., S. Ex.ª Rev.ma, Dr., Dr.a, Drs., Dr.as

N.B.: Exceções: sida.

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N.B.: A partir de seis letras (inclusive), as siglas e acrónimos (incluindo nomes de programas) escrevem-se apenas com maiúscula inicial, sem pontos nem acentos, salvo exceções, embora esta regra tenda a cair em desuso:

Cnuced, Esprit, Unesco, CCAMLR.

— Os símbolos das unidades e dos seus múltiplos e submúltiplos são impressos em carateres romanos direitos e em geral minúsculos. Contudo, se o nome da unidade deriva de um nome próprio, a primeira letra do símbolo é maiúscula. O mesmo se passa para fatores iguais ou superiores a um milhão (106), em que o múltiplo é expresso por uma maiúscula.

mega (M) equivale a um milhão (106), megawatt (MW); giga (G) equivale a mil milhões (109), gigapascal (GPa); tera (T) equivale a um bilião (1012), tera-hertz (THz).

Ver ANEXO II — Múltiplos e submúltiplos.

i) em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos ou em categorizações de: — logradouros públicos:

Avenida João XXI, a Baixa portuense, Campo Grande, Estrada da Circunvalação, Largo do Bonfim, Largo dos Leões, Pátio do Tijolo, Rotunda da Boavista, Rua do Bonjardim, Rua Direita, Rua da Liberdade, Travessa das Cebolas.

— templos:

Igreja do Bonfim, Templo do Apostolado Positivista. — edifícios:

Basílica da Estrela, Capelas Imperfeitas, Convento dos Capuchos, Edifício Azevedo Cunha, Palácio da Cultura.

j) e ainda: — nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas:

Línguas e Literaturas Modernas, Matemática, Português; leciona Álgebra, frequenta Anatomia, formado em História, doutorado em Medicina; cursou Direito, 1.º ano de Economia, cadeira de Latim, doutor em Letras; sempre teve muito boas notas em Português. a Arte, a Ciência, o Direito, a Justiça.

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— em nomes de relevo ou de especial deferência:

Bispo, Cardeal, Embaixador, Papa, Presidente da República. — na assinatura de documentos por altas personalidades e por deferência entre personalidades:

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral; Ao Magnífico Reitor da Universidade.

— nos nomes compostos ligados por hífen, a maiúscula no primeiro elemento obriga à maiúscula no segundo:

Ex.mo Sr. Contra-Almirante, o Demónio do Meio-Dia, Diretor-Geral, Estados-Membros. — quando o nome próprio tiver valor predominante num composto, escreve-se com maiúscula; e com minúscula quando não for predominante:

água-de-colónia, além-Atlântico, aquém-Tejo, folha de flandres, rainha-cláudia, os sem-Deus.

N.B.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica, bibliológica, botânica, geológica, química, zoológica, etc.), promanadas de entidades científicas ou normalizadoras reconhecidas internacionalmente. 1.7.1.2. Na pontuação A letra maiúscula inicial é usada: 1. no começo de um período:

«Cada concelho pagava em virtude de um contrato especial — a sua carta de foro.» (A. Herculano)

2. sempre depois de ponto. 3. depois de dois pontos: a) em começo de citação, que se deve escrever entre aspas:

«Quando sentiu inevitável a catástrofe pela alucinação de el-rei D. Sebastião, volta-se para ver João da Silva gritando: “Por que não havemos nós de prender este homem?”» (Conde de Sabugosa)

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b) no início de falas de interlocutores, que obrigam sempre a uma abertura de parágrafo:

«— De que gostas mais? — perguntou-lhe o pai. O menino sorriu levemente, confessou: — De tudo, de tudo, gostei mais foi do homem de anelão falso, o que sabia contar histórias...» (Jorge Amado)

c) no início de enumeração ou de alíneas com redação independente.

N.B.: Abrem-se por minúscula as enumerações ou alíneas que completam ou continuam a frase interrompida por dois pontos. Esta regra não se aplica, porém, a enumerações no dispositivo de atos destinados a publicação no Jornal Oficial da União Europeia — ver, neste Guia, o ponto 2.1.8.8. Enumerações.

4. depois de pontos de interrogação e de exclamação, exceto nas interrogações e exclamações coordenadas:

«Mas já consideraste no que ides fazer? Já? Comeis-me e depois?» (Aquilino Ribeiro) «Ó quimera de Vida! pois a Vida é isto? estes apertos de mão, esta mentira, este monólogo entrecortado de risos, de lágrimas e de infâmias? este sonho e esta lama? esta inveja e esta vaidade?» (Raul Brandão)

5. depois do travessão que abre as falas dos interlocutores:

«— Onde é que este homem vai parar? — diziam os principais da terra. — Ah! se nós tivéssemos apoiado os canjicas...» (Machado de Assis)

6. depois das reticências, exceto quando o vocábulo seguinte completar ou continuar a expressão interrompida:

«Eu, se fosse comigo... Mas, enfim, é irmão do meu compadre... não devo dizer nada.» (A. Garrett)

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1.7.2. Minúsculas iniciais 1.7.2.1. Nos nomes próprios A letra minúscula inicial é usada: a) nos nomes dos dias, meses, estações do ano:

segunda-feira; outubro; primavera;

N.B.: Utiliza-se maiúscula para os dias da semana, se formarem uma locução e o segundo elemento for um adjetivo:

Domingo Gordo, Sexta-Feira Santa.

N.B.: Porém, se o segundo elemento for um substantivo, mantêm a minúscula:

domingo de Páscoa, quinta-feira de Ascensão.

b) nos usos de fulano, sicrano, beltrano:

Sempre há cada fulano! Não compreendo o que a senhora (a fulana) quer.

c) nos pontos cardeais ou equivalentes (mas não nas suas abreviaturas):

norte (mas: N), sul (mas: S); sudoeste (mas: SW); oés-noroeste (mas: WNW), lés-nordeste (mas: ENE).

N.B.: Utiliza-se igualmente minúscula inicial nos nomes dos pontos cardeais ou colaterais se indicam direções ou limites geográficos:

Dirijam-se para norte; limitado ao sul pelo Mediterrâneo; povoação situada a oeste; vento norte, latitude sul.

d) nos axiónimos:

senhor, senhora; doutor, doutora; bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo, senhor doutor Joaquim da Silva.

N.B.: Emprega-se, porém, maiúscula inicial nos substantivos, adjetivos, pronomes e expressões que representem tratamento cortês ou de reverência quando vêm acompanhados de outra palavra a que se ligam diretamente, ou quando estão diretamente ligados a um ou mais nomes próprios ou a designativos de categoria, função ou qualidade:

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D. (Dom ou Dona), Excelência (Ex.ª), Ex.ma Sr.ª, Senhor (Sr.), Sua Majestade (S. M.); Fr. (Frei), S. (São, Santo ou Santa), S. Ex.ª Rev.ma (Sua Excelência Reverendíssima).

N.B.: Emprega-se, igualmente, maiúscula inicial nos títulos universitários (bacharel, doutor, licenciado), quando abreviados e antepostos a nomes de pessoas (estas formas podem ser escritas por extenso, se houver motivo de particular deferência):

o B.el José Lino de Sousa, o Dr. António Pimentel de Castro, a Dr.a Maria de Lurdes Almeida, as Dr.as …, os Drs. …, a Lic. Elvira do Carmo Barreto, o Lic. Gustavo Resende, os Lic. …

N.B.: Escrevem-se, porém, com minúscula inicial as palavras que se interpõem entre uma expressão de reverência e o termo a que ela se liga:

o meu Ex.mo e prezado Colega; meu caro Doutor.

— Emprega-se, igualmente, minúscula inicial nos nomes de cargos, postos ou dignidades hierárquicas, sejam quais forem os respetivos graus, bem como nos vocábulos que designam títulos, qualquer que seja a importância destes:

o presidente da República partiu para Coimbra; diretor-geral do Ensino; marechal Saldanha; entre a assistência via-se o rei D. Manuel II.

e) e ainda: — nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas, se forem empregados em sentido geral ou indeterminado:

a anatomia exige muito estudo; a música, linguagem inconfundível, é sempre compreendida pelas almas sensíveis; os homens cultos detestam a retórica balofa de certos oradores.

— nos nomes (antropónimos) comuns que, reproduzindo nomes próprios de indivíduos reais ou fabulosos, indicam, figuradamente, pessoas com qualidades ou características desses mesmos indivíduos:

um apolo (de Apolo); um hércules (de Hércules).

— nos substantivos que significam acidentes geográficos, seguidos ou não das designações que os especificam toponimicamente:

arquipélago (dos Açores); ilha (de Porto Santo); mar (das Caraíbas); rio (Mondego); serra (do Marão); vale (da Vilariça).

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N.B.: Só em casos particulares, regulados por normas já expostas (ver ponto 1.7.1. Maiúsculas), é que as palavras relativas a acidentes geográficos e seguidas de designações toponímicas se escrevem com maiúsculas iniciais:

Rua da Ilha do Faial; Uma Noite no Monte Calvo

— nos nomes étnicos, se não se faz referência à totalidade e se se trata de correspondentes comuns:

os portugueses residentes no Luxemburgo; os angolanos venceram os camaroneses em jogo de futebol.

— em certos nomes astronómicos que também têm formas de substantivo comum:

lua, terra, sol. — nos substantivos que designam organização política ou social ou que designam organização administrativa ou político-administrativa, mesmo seguidos de complementos toponímicos:

condado, domínio, ducado, grão-ducado, reino, república; cantão (de Berna); cidade (de Évora); concelho (de Amares); distrito (de Santarém); estado (de Nova Iorque); freguesia (de Paranhos); província (do Minho).

— nas palavras «capela» e «igreja», quando seguidas do nome do patrono:

capela das Almas, igreja da Amadora. — nas formas onomásticas (portuguesas ou aportuguesadas) que entram em palavras compostas de nomes próprios cujo valor não é predominante (ver ponto 1.7.1. Maiúsculas):

água-de-colónia; folha de flandres; tinta da china; vinho do porto.

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1.7.2.2. Na pontuação A letra minúscula inicial é usada: nas enumerações simples ou alíneas que completam ou continuam a frase interrompida por dois pontos (estas subdivisões das enumerações são separadas por ponto e vírgula, englobando subalíneas separadas por vírgulas).

N.B.: Exceções notáveis: — enumerações em que a complexidade dos elementos não permite o uso de minúsculas (ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 5.4.2.); — enumerações em que se aplicam as regras específicas do Jornal Oficial (ver ponto 2.1.8.8. Enumerações e Código de Redacção Interinstitucional, ponto 3.4.9.).

1.8. Particularidades da linguagem

N.B.: Consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.8.

1.9. Nomes numerais (números)

N.B.: Consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.9.

Neste Guia, ver ANEXO II — Múltiplos e submúltiplos e consultar nos pontos 2.2.10. Forma de escrever os numerais, 2.2.11. Números, símbolos e espaços e 2.2.12. Múltiplos de dez as regras específicas a utilizar em textos das instituições comunitárias.

1.10. Abreviaturas

N.B.: Consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.10.

Neste Guia, consultar no ponto 2.2.14. Abreviaturas as regras específicas a utilizar em textos das instituições comunitárias.

1.11. Siglas e acrónimos

N.B.: Consultar o Código de Redacção Interinstitucional, ponto 10.11.

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2. TRADUZIR NA COMISSÃO EUROPEIA

2.1. Actos legislativos Devido à sua posição no processo legislativo, cabe à Comissão elaborar as propostas legislativas. Uma vez que grande parte da terminologia é fixada nesta fase inicial do processo, os tradutores devem assegurar o rigor, a precisão e a clareza da terminologia escolhida, bem como a sua coerência com a legislação anterior. Além disso, devem atender aos aspectos formais impostos pela prática legislativa na Comissão. Para esse efeito, devem consultar o Código de Redacção Interinstitucional e o Guia Prático Comum para a redacção de textos legislativos nas instituições comunitárias. Por outro lado, devem assegurar uma harmonização/normalização das práticas de tradução, por forma a evitar que uma mesma expressão seja, injustificadamente, traduzida de formas diversas. A presente secção pretende prestar um apoio suplementar aos tradutores no que se refere aos aspectos formais a respeitar na tradução de actos legislativos, assim como à harmonização das práticas, dando especial relevo às situações encontradas com mais frequência na tradução deste tipo de actos. Liminarmente, recordam-se dois princípios essenciais a respeitar na redacção/tradução de actos legislativos, enunciados no Guia Prático Comum:

O redactor deve utilizar, na medida do possível, palavras da linguagem corrente, privilegiando a clareza do enunciado e não a beleza do estilo.

Deve, por exemplo, evitar utilizar sinónimos e frases diferentes para exprimir uma mesma ideia.

A terminologia utilizada deve ser coerente tanto entre disposições de um mesmo acto como entre esse acto e os actos já em vigor, especialmente na

mesma matéria.

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2.1.1. Página de rosto e alteração da língua do documento Quando o tradutor trabalha por cima de um original, a prática legiswrite requer que seja alterada a língua do documento. Esta operação é feita através do menu legiswrite. Contudo, quando, na página de rosto, aparece a indicação da língua por baixo do título do acto, esta não deve ser alterada. Com efeito, na margem esquerda do documento, as indicações legiswrite especificam que deve aqui ser mencionada a língua original do documento e não a língua do documento em si. Assim, no caso de a tradução ser feita a partir de um original inglês, será mantida a abreviatura «EN».

Exemplo:

Nos casos em que o tradutor recorre ao TWB, a língua do documento deve, de preferência, ser alterada no final da tradução (a fim de evitar que o original contenha partes em PT antes de passar o TWB pelo texto), mas pode sê-lo antes da limpeza dos códigos. No Word, abrir o menu legiswrite, utilities, change language, PT.

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2.1.2. Proposta/Projecto No início das propostas de actos legislativos, deve ser utilizada a expressão «Proposta de», em conformidade com os modelos legiswrite. Do mesmo modo, tratando-se de um projecto, deve ser utilizada a expressão «Projecto de».

2.1.3. Título O título dos actos legislativos inclui, regra geral: — a natureza do acto, — no caso dos regulamentos e directivas, assim como das decisões abrangidas pelo artigo 251.º do Tratado CE, um número e a indicação da sigla da Comunidade respectiva (no caso dos regulamentos, a sigla da Comunidade em causa é indicada entre parênteses), — o nome da instituição autora do acto, — a data de adopção do acto, — a epígrafe, que informa sobre o objecto do texto.

Exemplo: Regulamento (CE) n.º 26/2009 da Comissão, de 15 de Janeiro de 2009, que estabelece os valores forfetários de importação para a determinação do preço de entrada de certos frutos e produtos hortícolas

Se o acto tiver interesse para o EEE (Espaço Económico Europeu), é aposta, a seguir ao título, entre parênteses, a indicação:

(Texto relevante para efeitos do EEE) No caso das decisões, dos pareceres e das recomendações, se o acto não fizer fé em todas as línguas comunitárias, é aposta, a seguir ao título, mas antes da referência à relevância para o EEE, entre parênteses, a indicação:

(Apenas faz fé o texto em língua...) (Apenas fazem fé os textos nas línguas...)

As línguas são citadas por ordem alfabética das designações das línguas em português (ver ponto 2.2. Regras e convenções gerais).

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2.1.4. Título abreviado Em certos actos, é mencionado um título abreviado após o título do acto.

Exemplo: Directiva 2008/56/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Junho de 2008, que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política para o meio marinho (Directiva-Quadro Estratégia Marinha)

Acontece igualmente que, embora não seja mencionado no título do acto, o título abreviado seja criado posteriormente, de modo mais ou menos informal, noutros actos ou documentos da Comissão. O título abreviado contém, por regra, a indicação da natureza do acto, assim como elementos que identificam o acto o mais resumidamente possível. Para a tradução do título abreviado, devem ser aplicados três critérios, baseados no Código de Redacção Interinstitucional, no uso (DGT e outros serviços) e no Guia Prático Comum para a redacção de textos legislativos nas instituições comunitárias. Assim: • de acordo com o Código de Redacção Interinstitucional, tratando-se de actos legislativos definidos, o tipo de acto nos respectivos títulos deve ser grafado com maiúscula inicial; • o uso na DGT, e também em Portugal para os títulos abreviados de actos comunitários, consagra a omissão da preposição, contrariamente à tradição na legislação portuguesa; • de acordo com o Guia Prático Comum, e contrariamente à «escola francesa», não é necessário o uso de aspas para identificação da epígrafe; essa identificação é feita pelo uso de maiúsculas iniciais.

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Exemplos de títulos abreviados normalizados Títulos abreviados normalizados N.º CELEX N.º IATE Directiva Arquitectos 01985L0384 2250621 Directiva Aves 01979L0409 1225260 Directiva Habitats 01992L0043 132565 Directiva Interligação 01997L0033 1858796 Directiva IPPC 01996L0061 1270661 Directiva Mercados de Instrumentos Financeiros

02004L0039 2207845

Directiva Nitratos 01991L0676 1231056 Directiva Privacidade Electrónica 02002L0058 160609 Directiva-Quadro Estratégia Marinha 32008L0056 2245378 Directiva Regresso 52005PC0391 2249858 Directiva Seveso I 31982L0501 1085546 Directiva Seveso II 01996L0082 1874179 Directiva Telefonia Vocal 01998L0010 1858797 Directiva Televisão sem Fronteiras 31989L0552 1226552 Directiva Timeshare 31994L0047 384457 Directiva Veículos a Motor 01970L0156 2250617 Regulamento Bruxelas I 02001R0044 928323 Regulamento Bruxelas II 02000R1347 919561 Regulamento Bruxelas II A 02003R2201 933845 Regulamento Concentrações 01989R4064 146920

Ver artigo de Paulo Correia, Actos legislativos — títulos abreviados, em a folha, n.º 27, Verão de 2008, p. 1.

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2.1.5. Epígrafe As epígrafes informam sobre o conteúdo do acto e distinguem-no dos outros actos. Quando uma epígrafe informa sobre o conteúdo de um acto recorrendo a mais do que um verbo, preconiza-se, com uma preocupação de clareza, a repetição do pronome relativo «que».

Exemplo: Regulamento (CE) n.º 302/2009 do Conselho, de 6 de Abril de 2009, que estabelece um plano plurianual de recuperação do atum rabilho no Atlântico Este e no Mediterrâneo, que altera o Regulamento (CE) n.º 43/2009 e que revoga o Regulamento (CE) n.º 1559/2007

2.1.6. Vírgulas na citação da epígrafe Nos casos em que um acto legislativo é citado com a sua epígrafe, os modelos legiswrite nada indicam quanto à utilização de vírgulas. Contudo, o Código de Redacção Interinstitucional especifica que não só a data do acto como também os elementos com valor explicativo (epígrafe) devem ser colocados entre vírgulas. Esta prática permite, nomeadamente, contemplar os casos em que o título é muito longo ou contém segmentos entre vírgulas, requerendo uma vírgula no fim da epígrafe.

Exemplos: Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 881/2002 do Conselho, que institui certas medidas restritivas específicas contra determinadas pessoas e entidades associadas a Osama Bin Laden, à rede Al-Qaida e aos talibã e que revoga o Regulamento (CE) n.º 467/2001 do Conselho, que proíbe a exportação de certas mercadorias e de certos serviços para o Afeganistão, reforça a proibição de voos e prorroga o congelamento de fundos e de outros recursos financeiros aplicável aos talibã do Afeganistão, e, nomeadamente, o n.º 1, primeiro travessão, do seu artigo 7.º, Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 907/2008 da Comissão, de 18 de Setembro de 2008, que estabelece os valores forfetários de importação para a determinação do preço de entrada de certos frutos e produtos hortícolas, e, nomeadamente, o seu artigo 1.º,

De observar, porém, que, nos casos em que não é indicada a data do acto legislativo e a frase ou o segmento de frase termina após a epígrafe do acto, não deve ser colocada uma vírgula antes da epígrafe.

Exemplo: ....por força do artigo 4.º, n.os 4 e 5, e do artigo 6.º, n.os 1 e 2, da Directiva 92/43/CEE relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens.

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2.1.7. Considerandos Os considerandos são introduzidos pela fórmula «Considerando o seguinte:». Os considerandos começam sempre com uma maiúscula. Quando o acto contém um considerando único, este termina com uma vírgula e não é numerado. Quando o acto contém vários considerandos, estes são antecedidos por um número de ordem em algarismos árabes, indicado entre parênteses. Nesse caso, os considerandos terminam com um ponto final, com excepção do último considerando, que termina com uma vírgula. Os considerandos são citados do seguinte modo: EN FR PT recital 1 considérant 1 considerando 1 recital 2 considérant 2 considerando 2

Exemplo: Nos termos do considerando 67 do Regulamento (CE) n.º 1338/2002 e do considerando 46 do Regulamento (CE) n.º 1339/2002, considera-se adequado que a taxa do direito de compensação definitivo seja fixada em 7,1 % ad valorem.

2.1.8. Dispositivo O dispositivo constitui a parte normativa do acto, ou seja, a parte pela qual o legislador estabelece regras novas. O dispositivo contém, além disso, um certo número de disposições destinadas a conferir eventuais competências de execução, assegurar a concordância das regras novas com a regulamentação em vigor e fixar o momento da entrada em vigor ou, se for caso disso, da produção de efeitos do acto.

2.1.8.1. Tempo dos verbos na parte normativa De modo geral, quando os verbos exprimem disposições imperativas, as versões inglesas dos actos utilizam a fórmula shall seguida do infinitivo. Porém, nas versões portuguesas dos actos, usa-se o presente do indicativo, recorrendo, se for caso disso, a verbos auxiliares modais (dever, poder). Deve evitar-se o recurso ao futuro para exprimir disposições imperativas. Esta prática adere aos princípios enunciados na Resolução do Conselho de Ministros n.º 64/2006 relativa às regras portuguesas de legística.

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2.1.8.2. Divisão da parte normativa O artigo constitui a divisão de base da parte normativa dos actos coercivos. Se for simples e não se prestar a ser subdividido em vários artigos, o dispositivo contém um «artigo único». Caso contrário, os artigos são numerados. Os artigos podem ser agrupados em capítulos, que podem ser divididos em secções. Os capítulos podem ser agrupados em títulos, que, por sua vez, podem ser agrupados em partes. Ou seja, por ordem: Parte Título Capítulo Secção Artigo Quadro de correspondência EN PT Part I Parte I in Part I na parte I in Part One na primeira parte Title I Título I in Title I no título I Chapter I (or 1) Capítulo I (ou 1) in Chapter I (or 1) no capítulo I (ou 1) Section 1 Secção 1 in Section 1 na secção 1 Sole article Artigo único in the sole article no artigo único Article 1 Artigo 1.º in article 1 no artigo 1.º Article 1a Artigo 1.º-A in article 1a no artigo 1.º-A Certas recomendações, resoluções, declarações têm por divisão de base o ponto. EN PT Point I (or A) (or 1) ponto I (ou A) (ou 1) in point I (or A) (or 1) no ponto I (ou A) (ou 1)

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2.1.8.3. Numeração dos artigos A numeração dos artigos dos actos legislativos é feita em itálico e centrada. Os artigos são numerados com um ponto abreviativo.

Exemplo:

Artigo 1.º

2.1.8.4. Título dos artigos Quando é dado um título a um artigo, este é centrado por baixo do número do artigo e escrito em negrito.

Exemplo:

Artigo 1.º Objecto e âmbito de aplicação

2.1.8.5. Artigos aditados Quando são posteriormente inseridos artigos no dispositivo de um acto (alteração de um acto), estes são numerados acrescentando uma letra maiúscula, antecedida de um traço de união:

Exemplo:

Artigo 1.º-A

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Quadro de correspondência dos artigos aditados EN FR PT Article 1 a Article 1 bis Artigo 1.º-A Article 1 b Article 1 ter Artigo 1.º-B Article 1 c Article 1 quater Artigo 1.º-C Article 1 d Article 1 quinquies/quinto Artigo 1.º-D Article 1 e Article 1 sexies/sexto Artigo 1.º-E Article 1 f Article 1 septies/septimo Artigo 1.º-F Article 1 g Article 1 octies Artigo 1.º-G Article 1 h Article 1 nonies Artigo 1.º-H Article 1 i Article 1 decies Artigo 1.º-I Article 1 j Article 1 undecies Artigo 1.º-J Article 1 k Article 1 duodecies Artigo 1.º-K Article 1 l Article 1 terdecies Artigo 1.º-L Article 1 m Article 1 quaterdecies Artigo 1.º-M Article 1 n Article 1 quidecies Artigo 1.º-N Article 1 o Article 1 sexdecies Artigo 1.º-O Article 1 p Article 1 septdecies Artigo 1.º-P Article 1 q Article 1 octodecies Artigo 1.º-Q Article 1 r Article 1 novodecies Artigo 1.º-R Article 1 s Article 1 vicies Artigo 1.º-S Article 1 t Article 1 unvicies Artigo 1.º-T Article 1 u Article 1 duovicies Artigo 1.º-U Article 1 v Article 1 tervicies Artigo 1.º-V Article 1 w Article 1 quatervicies Artigo 1.º-W Article 1 x Article 1 quinvicies Artigo 1.º-X Article 1 y Article 1 sexvicies Artigo 1.º-Y Article 1 z Article 1 septvicies Artigo 1.º- Z Article 1 aa Article 1 bis bis Artigo 1.º-AA Article 1 ab Article 1 bis ter Artigo 1.º-AB Article 1 ac Article 1 bis quater Artigo 1.º-AC Article 1 al Article 1 bis terdecies Artigo 1.º-AL Article 34 ba Article 34 ter bis Artigo 34.º-BA Article 34 bb Article 34 ter ter Artigo 34.º-BB Article 34 bg Article 34 ter octies Artigo 34.º-BG Article 17 co Article 17 quater sexdecies Artigo 17.º-CO Article 125 ec Article 125 sexies quater Artigo 125.º-EC Article 37 nh Article 37 quidecies nonies Artigo 37.º-NH

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2.1.8.6. Subdivisões do artigo As subdivisões do artigo são citadas por ordem decrescente e separadas por uma vírgula. Se a frase não terminar no último elemento da citação, este é seguido de uma vírgula.

Exemplos: O artigo 1.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento [...] O artigo 1.º, n.º 1, e o artigo 2.º do Regulamento [...] O artigo 1.º e o artigo 2.º, n.º 1, do Regulamento [...] No artigo 1.º, n.º 1, alínea a), segundo travessão, do Regulamento [...] No artigo 1.º, n.º 1, o primeiro parágrafo passa a ter a seguinte redacção:

Quadro de correspondência EN FR PT article article artigo paragraph (numbered) paragraphe número in paragraph 1 au paragraphe 1 no n.º 1 in paragraph 1 of this article

au paragraphe 1 du présent article/ au paragraphe 1

no n.º 1 do presente artigo/no n.º 1

subparagraph alinéa parágrafo in the first subparagraph, second subparagraph, last subparagraph

au premier alinéa, deuxième alinéa, dernier alinéa

no primeiro parágrafo, segundo parágrafo, último parágrafo

in point (a) au point a) na alínea a) in point (1) au point 1) no ponto 1 in point (i) au point i) na subalínea i) indent tiret travessão in the first indent au premier tiret no primeiro travessão sentence phrase período in the first sentence à la première phrase no primeiro período introductory phrase, introductory sentence, introductory words

partie introductive, phrase liminaire, phrase introductive, texte liminaire, mots introductifs

proémio, parte introdutória, termos introdutórios

in article 1(1) à l'article 1, paragraphe 1 no artigo 1.º, n.º 1 in article 1(a) à l'article 1, point a) no artigo 1.º, alínea a) in article 1(1)(a) à l'article 1, paragraphe 1,

point a) no artigo 1.º, n.º 1, alínea a)

in article 1(1)(a)(i) à l'article 1, paragraphe 1, point a), point i)

no artigo 1.º, n.º 1, alínea a), subalínea i)

in article 1(1)(a), 2(a) and 2(b)

à l'article 1, paragraphe 1, point a), et paragraphe 2, points a) et b)

no artigo 1.º, n.º 1, alínea a), e n.º 2, alíneas a) e b)

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in article 1(1) to (4) and (5)(a), and article 2(3) to (5)

à l'article 1, paragraphes 1 à 4 et paragraphe 5, point a), et à l'article 2, paragraphes 3 à 5

no artigo 1.º, n.os 1 a 4 e n.º 5, alínea a), e no artigo 2.º, n.os 3 a 5

in Article 12(1), (2), (4)(a) and the second, third and fourth indents of (4)(b), (5), (6), (7) and (9)

à l'article 12, paragraphes 1, 2 et 4, points a) et b), deuxième, troisième et quatrième tirets, et paragraphes 5, 6, 7 et 9

no artigo 12.º, n.os 1, 2 e 4, alíneas a) e alínea b), segundo, terceiro e quarto travessões, e n.os 5, 6, 7 e 9

in the first subparagraph of article 1(1)(a)

à l'article 1, paragraphe 1, point a), premier alinéa

no artigo 1.º, n.º 1, alínea a), primeiro parágrafo

in the first indent of the first subparagraph of article 1(1)(a)

à l'article 1, paragraphe 1, point a), premier alinéa, premier tiret

no artigo 1.º, n.º 1, alínea a), primeiro parágrafo, primeiro travessão

Article 1a Article 1 bis Artigo 1.º-A in article 1a à l'article 1 bis no artigo 1.º-A in articles 1a to 1g aux articles 1 bis à 1 octies nos artigos 1.º-A a 1.º-G in Article 1a (1)(a) à l'article 1 bis, paragraphe

1, point a), no artigo 1.º-A, n.º 1, alínea a)

in article 1a(1)(a)(i) à l'article 1 bis, paragraphe 1, point a), point i)

no artigo 1.º-A, n.º 1, alínea a), subalínea i)

in article 5a(3)(c), (4)(b) and (4)(e)

à l'article 5 bis, paragraphe 3, point c), et paragraphe 4, points b) et e)

no artigo 5.°-A, n.º 3, alínea c), e n.º 4, alíneas b) e e)

in Article 14(2) and (3), Article 14a(2), (3) and (4), Article 14c(a) and Article 14e

à l'article 14, paragraphes 2 et 3, à l'article 14 bis, paragraphes 2, 3 et 4, à l'article 14 quater, point a), et à l'article 14 sexies

no artigo 14.º, n.os 2 e 3, no artigo 14.º-A, n.os 2, 3 e 4, no artigo 14.º-C, alínea a), e no artigo 14.º-E

in article 1(1)(a) and (b) à l'article 1, paragraphe 1, points a) et b)

no artigo 1.º, n.º 1, alíneas a) e b)

in article 1(1)(a)—(c) à l'article 1, paragraphe 1, points a) à c)

no artigo 1.º, n.º 1, alíneas a) a c)

in article 1(1), first subparagraph, point (a)

à l'article 1, paragraphe 1, premier alinéa, point a)

no artigo 1.º, n.º 1, primeiro parágrafo, alínea a)

in article 1(1) and (2) à l'article 1, paragraphes 1 et 2

no artigo 1.º, n.os 1 e 2

in article 1, paragraph 1 to 4

à l'article 1, paragraphes 1 à 4

no artigo 1.º, n.os 1 a 4

in article 1(1) and article 2 à l'article 1, paragraphe 1, et à l'article 2

no artigo 1.º, n.º 1, e no artigo 2.º

new article 1 nouvel article 1 novo artigo 1.º former article 1 ancien article 1 antigo artigo 1.º

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2.1.8.7. Definições Nos actos legislativos, as definições são introduzidas do seguinte modo: EN PT For the purposes of this [....], the following definitions shall apply: (a) '[….]' means [….]; (b) '[….]' means [….].

Para efeitos do/da presente [....], entende-se por: a) «[….]»: [….]; b) «[….]»: [….].

For the purposes of this [....]: (a) '[….]' shall mean [….]; (b) '[….]' shall mean [….].

Para efeitos do/da presente [....], entende-se por: a) «[….]»: [….]; b) «[….]»: [….].

The following definitions shall also apply: São igualmente aplicáveis as seguintes definições:

Os termos definidos são colocados entre aspas e seguidos de dois pontos ou de vírgula.

Exemplos: Artigo 2.º Para efeitos do presente regulamento, entende-se por: a) «Amido ou fécula»: o amido ou a fécula de base ou um produto derivado do amido ou da fécula, constantes do anexo II; b) «Produtos aprovados»: qualquer produto enumerado na lista que consta do anexo I; c) «Fabricante»: o utilizador do amido ou da fécula no fabrico de produtos aprovados.

Artigo 2.º Definições 1. Para efeitos do presente regulamento, são aplicáveis as definições constantes dos Regulamentos (CE) n.º 178/2002, (CE) n.º 1829/2003 e (CE) n.º 1333/2008. 2. São igualmente aplicáveis as seguintes definições: a) «Enzima alimentar», um produto obtido de vegetais, animais, microrganismos ou respectivos produtos, incluindo produtos obtidos por um processo de fermentação que utiliza microrganismos;

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2.1.8.8. Enumerações Os elementos de uma enumeração antecedidos de um algarismo ou letra começam com uma maiúscula e terminam com um ponto e vírgula.

Exemplo: As informações devem incluir, nomeadamente: a) O nome do navio; b) O número de registo do navio; c) O Estado de pavilhão do navio.

Os elementos de uma enumeração antecedidos de um travessão começam com uma minúscula e terminam com uma vírgula.

Exemplo: Os capitães dos navios de pesca comunitários comunicam: — os nomes dos navios de pesca que procederão aos transbordos, — os nomes dos navios receptores, — a tonelagem, por espécie, a transbordar, — o dia e o porto de transbordo.

Os elementos de uma enumeração antecedidos de uma subalínea começam com uma minúscula e terminam com uma vírgula.

Exemplo: Caso não possa remover todas as suas artes de pesca da água até ao momento do encerramento notificado, por motivos relacionados com: i) a segurança do navio e da tripulação, ii) limitações que possam decorrer de condições climáticas adversas, iii) camadas de gelo no mar, ou iv) a necessidade de proteger o ambiente marinho antárctico, o navio notifica a situação ao Estado-Membro em causa.

Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 3.4.9.

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2.1.8.9. Enumerações de actos

2.1.8.9.1. Enumerações de regulamentos Na enumeração de regulamentos, a natureza do acto (regulamento) é indicada uma única vez, mas a sigla do ou dos tratados é repetida antes da numeração.

Exemplos: Para efeitos do presente regulamento, são aplicáveis as definições constantes dos Regulamentos (CE) n.º 178/2002, (CE) n.º 1829/2003 e (CE) n.º 1333/2008. Para efeitos do presente regulamento, são aplicáveis as definições constantes dos Regulamentos (CE) n.º 1342/2008 e (CE) n.º 260/2009 do Conselho e do Regulamento (CE) n.º 631/2009 da Comissão.

2.1.8.9.2. Enumerações de directivas, decisões, recomendações Por analogia, na enumeração de directivas, decisões e recomendações, a natureza do acto é indicada uma única vez, sendo a sigla do ou dos tratados repetida na numeração.

Exemplo: A rotulagem e a embalagem devem cumprir o disposto no presente regulamento e não o disposto nas Directivas 67/548/CEE ou 1999/45/CE.

Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 3.4.9.

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2.1.8.10. Indicação do início de validade de um acto A indicação do início de validade de um acto consta das disposições finais (último artigo). EN FR PT [...] shall enter into force on [...] entre en vigueur le [...] entra em vigor em [...] shall enter into force on the day of its publication in the Official Journal of the European Union.

[...] entre en vigueur le jour de sa publication au Journal officiel de l’Union européenne.

[...] entra em vigor no dia da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

[...] shall enter into force on the day following its publication in the Official Journal of the European Union.

[...] entre en vigueur le jour suivant celui de sa publication au Journal officiel de l’Union européenne.

[...] entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

[...] shall enter into force on the [n] day following its publication in the Official Journal of the European Union.

[...] entre en vigueur le [n] jour suivant celui de sa publication au Journal officiel de l’Union européenne.

[...] entra em vigor no [n] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

It shall apply from [...]

Il s’applique à partir du [...]

[...] é aplicável a partir de [...] (Obs.: em PT, repete-se o sujeito: [O presente regulamento] [A presente decisão], etc.)

It shall apply from [...]

Il s’applique à compter du [...]

[...] é aplicável a partir de [...] (Obs.: em PT, repete-se o sujeito: [O presente regulamento] [A presente decisão], etc.)

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Exemplo:

Artigo 97.º Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor no dia da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. O presente regulamento é aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2009. Sempre que sejam fixados TAC relativos à Zona da CCAMLR para períodos com início antes de 1 de Janeiro de 2009, o artigo 40.º é aplicável com efeitos desde o início dos respectivos períodos de aplicação dos TAC. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros. Feito em Bruxelas, em 16 de Janeiro de 2009.

Nos casos em que a aplicação é diferida ou retroactiva, são por vezes utilizadas outras fórmulas num artigo que não o último: EN FR PT for the period … to … pendant la période du …

au … durante o período de … a …

from … to … à partir de … et jusqu'au …

a partir de [com efeitos desde] … e até …

with effect from … avec effet au [à partir de] …

com efeitos desde [a partir de] …

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2.1.8.11. Indicação do fim de validade de um acto O período de validade de um acto ou de uma sua disposição pode ser limitado no tempo. EN FR PT until jusqu'au até applicable until the entry into force of …, but at the latest until

applicable jusqu'à l'entrée en vigueur de ..., mais au plus tard jusqu'au

aplicável até à entrada em vigor de ..., mas, o mais tardar, até

from … to … du … au … de … a … expires on expire le caduca em shall end on prend fin le termina em shall be repealed on est abrogé le é revogado em shall cease to be applicable on

cesse d'être applicable le deixa de ser aplicável em

2.1.9. Numeração dos anexos Os anexos são numerados com algarismos romanos (I, II), letras (A, B) ou algarismos árabes (1, 2). Quando é posteriormente aditado um anexo, é acrescentada uma letra maiúscula antecedida de um traço de união: EN FR PT Annex I a Annexe I bis Anexo I-A Annex IV c Annexe IV quater Anexo IV-C

Ver ponto 2.1.8.5. Artigos aditados, quadro de correspondência dos artigos aditados

Quando um mesmo anexo tem várias partes, é, por vezes, acrescentada uma letra à numeração. Nesse caso, a letra acrescentada não é antecedida de um traço de união. EN FR PT Annex I A Annexe I A Anexo I A Annex I B Annexe I B Anexo I B

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2.1.10. Regulamentos Os regulamentos estabelecem normas directamente aplicáveis em todos os Estados-Membros. Nesse sentido, pode dizer-se que têm o mesmo efeito que uma lei nacional (aplicabilidade directa), mas a nível comunitário. Apresentam-se, em seguida, os modelos de: — Regulamento da Comissão, — Regulamento do Conselho, — Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho.

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Projecto de

REGULAMENTO (CE) N.º …/... DA COMISSÃO

de […]

relativo a […]/que […]

A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, Tendo em conta […] e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) As medidas previstas no presente regulamento estão em conformidade com o parecer do Comité […],

ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

O presente regulamento entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em […]

Pela Comissão […] Membro da Comissão

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Proposta de

REGULAMENTO DO CONSELHO

relativo a […]/que […]

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

O presente regulamento entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Conselho O Presidente […]

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Proposta de

REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

relativo a […]/que […]

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o seu artigo […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo 251.º do Tratado, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

ADOPTARAM O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

O presente regulamento entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho O Presidente O Presidente […] […]

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2.1.11. Decisões/Decisões sui generis Decisões Contrariamente aos regulamentos, as decisões aplicam-se a um número limitado de destinatários. As decisões designam um ou vários destinatários no último artigo e são obrigatórias em todos os seus elementos para os destinatários que designam (artigo 249.º do Tratado CE e artigo 161.º do Tratado EURATOM). Nas decisões, a fórmula de adopção é a seguinte: ADOPTOU A PRESENTE DECISÃO: Decisões sui generis As decisões sui generis não designam um destinatário no último artigo. Nas decisões sui generis, a fórmula de adopção é a seguinte: DECIDE: As decisões sui generis incluem, nomeadamente, as decisões que autorizam a Comissão a negociar acordos internacionais, as decisões relativas à celebração de acordos internacionais, as decisões relativas a Fundos, as decisões que instituem comités, certas decisões relativas a programas, as decisões de nomeação de pessoas, as decisões relativas ao pessoal das Comunidades, assim como outros tipos de decisões de forma mais ou menos livre. Apresentam-se, em seguida, os modelos de: — Decisão da Comissão, — Decisão da Comissão (sui generis), — Decisão do Conselho, — Decisão do Conselho (sui generis), — Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho, — Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho (sui generis), — Decisão do Comité Misto do EEE.

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Projecto de

DECISÃO DA COMISSÃO

de […]

relativa a […]/que […]

A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, Tendo em conta […] e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) As medidas previstas na presente decisão estão em conformidade com o parecer do Comité […],

ADOPTOU A PRESENTE DECISÃO:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

Os Estados-Membros são os destinatários da presente decisão.

Feito em Bruxelas, em […]

Pela Comissão […] Membro da Comissão

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Projecto de

DECISÃO DA COMISSÃO

de […]

relativa a […]/que […]

A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, Tendo em conta […] e, nomeadamente, o seu artigo […], Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

DECIDE:

Artigo 1.°

[…]

Artigo […]

[…]

Feito em Bruxelas, em […]

Pela Comissão […] Membro da Comissão

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Proposta de

DECISÃO DO CONSELHO

relativa a […]/que […]

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

ADOPTOU A PRESENTE DECISÃO:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

Os Estados-Membros são os destinatários da presente decisão.

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Conselho O Presidente […]

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Proposta de

DECISÃO DO CONSELHO

relativa a […]/que […]

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

DECIDE:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

[…]

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Conselho O Presidente […]

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Proposta de

DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

relativa a […]/que […]

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo 251.º do Tratado, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

ADOPTARAM A PRESENTE DECISÃO:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

A presente decisão entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo […] Os Estados-Membros são os destinatários da presente decisão.

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho O Presidente O Presidente […] […]

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70

Proposta de

DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

relativa a […]/que […]

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo 251.º do Tratado, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

DECIDEM:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

[…]

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho O Presidente O Presidente […] […]

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71

Proposta de

DECISÃO DO COMITÉ MISTO DO EEE N.º […] de […]

que altera […] do Acordo EEE

O COMITÉ MISTO DO EEE,

Tendo em conta o Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, a seguir designado por «Acordo», e, nomeadamente, o seu artigo […], Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

DECIDE:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

A presente decisão entra em vigor em […], desde que tenham sido efectuadas ao Comité Misto do EEE* todas as notificações em conformidade com o artigo 103.º, n.º 1, do Acordo.

Artigo […]

A presente decisão é publicada na Secção do EEE e no Suplemento do EEE do Jornal Oficial da União Europeia.

Feito em Bruxelas, em […].

Pelo Comité Misto do EEE O Presidente […] Os Secretários do Comité Misto do EEE […]

(*) [Não foram indicados requisitos constitucionais.] [Foram indicados requisitos constitucionais.]

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72

2.1.12. Directivas Nos termos do artigo 249.º do Tratado CE, «a Directiva vincula o Estado-Membro destinatário quanto ao resultado a alcançar, deixando, no entanto, às instâncias nacionais a competência quanto à forma e aos meios». Por conseguinte, as directivas fixam regras que devem ser incluídas pelos Estados-Membros no direito interno. Este processo é designado por transposição para o direito interno. Num grande número de casos, os Estados-Membros limitam-se a copiar na íntegra as directivas. Apresentam-se, em seguida, os modelos de: — Directiva da Comissão, — Directiva do Conselho, — Directiva do Parlamento Europeu e do Conselho.

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73

Projecto de

DIRECTIVA .../…/CE DA COMISSÃO

de […]

relativa a […]/que […]

A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, Tendo em conta […] e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) As medidas previstas na presente directiva estão em conformidade com o parecer do Comité […],

ADOPTOU A PRESENTE DIRECTIVA:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

Transposição

Modelo A 1. Os Estados-Membros põem em vigor as disposições legislativas, regulamentares e

administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva o mais tardar em […]. Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

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74

* * * Modelo B (se for essencial que as disposições nacionais se apliquem a partir da mesma data em todos os Estados-Membros)

1. Os Estados-Membros adoptam e publicam, o mais tardar em […], as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva. Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

Os Estados-Membros aplicam essas disposições a partir de […].

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

Artigo […]

A presente directiva entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo […]

Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva.

Feito em Bruxelas, em […]

Pela Comissão […] Membro da Comissão

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75

Proposta de

DIRECTIVA DO CONSELHO

relativa a […]/que […]

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

ADOPTOU A PRESENTE DIRECTIVA:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

Transposição

Modelo A 1. Os Estados-Membros põem em vigor as disposições legislativas, regulamentares e

administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva o mais tardar em […]. Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

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76

* * *

Modelo B (se for essencial que as disposições nacionais se apliquem a partir da mesma data em todos os Estados-Membros)

1. Os Estados-Membros adoptam e publicam, o mais tardar em […], as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva. Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

Os Estados-Membros aplicam essas disposições a partir de […].

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

Artigo […]

A presente directiva entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo […]

Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva.

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Conselho O Presidente […]

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77

Proposta de

DIRECTIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

relativa a […]/que […]

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seu(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo 251.° do Tratado, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

ADOPTARAM A PRESENTE DIRECTIVA:

Artigo 1.º

[…]

Artigo […]

Transposição

Modelo A 1. Os Estados-Membros põem em vigor as disposições legislativas, regulamentares e

administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva o mais tardar em […]. Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

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78

* * *

Modelo B (se for essencial que as disposições nacionais se apliquem a partir da mesma data em todos os Estados-Membros)

1. Os Estados-Membros adoptam e publicam, o mais tardar em […], as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva. Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

Os Estados-Membros aplicam essas disposições a partir de […].

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

Artigo […]

A presente directiva entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo […]

Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva.

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho O Presidente O Presidente […] […]

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Fórmulas utilizadas nas directivas EN PT RECITALS CONSIDERANDOS

This Directive should be without prejudice to the obligations of the Member States relating to the time-limits for transposition into national law of the Directives set out in Annex X, Part B,

A presente directiva não deve prejudicar as obrigações dos Estados-Membros relativas aos prazos de transposição para o direito interno das directivas indicadas no anexo X, parte B,

The measures provided for in this Directive are in conformity with the opinion of the Committee […],

As medidas previstas na presente directiva estão em conformidade com o parecer do Comité […],

ENACTING TERMS DISPOSITIVO Member States shall bring into force the laws, regulations and administrative provisions necessary to comply with this Directive by […] at the latest.

Os Estados-Membros põem em vigor as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva o mais tardar em […].

Member States shall adopt and publish, by […] at the latest, the laws, regulations and administrative provisions necessary to comply with this Directive.

Os Estados-Membros adoptam e publicam, o mais tardar em […], as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva.

They shall forthwith communicate to the Commission the text of those provisions and a correlation table between those provisions and this Directive.

Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

They shall apply these provisions from […] at the latest.

Os Estados-Membros aplicam essas disposições a partir de […].

When Member States adopt these measures, they shall contain a reference to this Directive or shall be accompanied by such a reference on the occasion of their official publication.

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial.

Member States shall determine how such a reference is to be made./The methods of making such reference shall be laid down by Member States.

As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

Member States shall communicate to the Commission the text of the main provisions of national law which they adopt in the field covered by this Directive.

Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

The Commission shall inform the other Member States thereof.

A Comissão informa do facto os outros Estados-Membros.

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Before […] Member States (, after consulting the Commission,) adopt and publish the provisions necessary to comply with this directive. They shall forthwith inform the Commission thereof.

Os Estados-Membros (,após consulta da Comissão,) adoptam e publicam antes de […] as disposições necessárias para dar cumprimento à presente directiva e informam imediatamente a Comissão desse facto.

Directive [...] of [...], as amended by the Directives listed in Annex N, Part A, is repealed with effect from [...], without prejudice to the obligations of the Member States relating to the time-limits for transposition into national law and application of the Directives set out in Annex N, Part B.

A Directiva [...], de [...], com a redacção que lhe foi dada pelas directivas constantes do anexo N, parte A, é revogada com efeitos a partir de [...], sem prejuízo das obrigações dos Estados-Membros relativas aos prazos de transposição para o direito interno e de aplicação das referidas directivas, indicados no anexo N, parte B.

References to the repealed Directive shall be construed as references to this Directive and shall be read in accordance with the correlation table in Annex O.

As referências à directiva revogada devem entender-se como sendo feitas à presente directiva e devem ser lidas de acordo com o quadro de correspondência constante do anexo O.

They shall also include a statement that references in existing laws, regulations and administrative provisions to the directive(s) repealed by this Directive shall be construed as references to this Directive.

Tais disposições devem igualmente precisar que as referências feitas, nas disposições legislativas, regulamentares e administrativas em vigor, à(s) directiva(s) revogada(s) pela presente directiva se consideram como sendo feitas à presente directiva.

Member States shall adopt and publish, by [...] at the latest, the laws, regulations and administrative provisions necessary to comply with Articles 1, 2 and 3 and Annex I.

Os Estados-Membros adoptam e publicam, o mais tardar em [...], as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento aos artigos 1.º, 2.º e 3.º, bem como ao anexo I .

This Directive is addressed to the Member States.

Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva.

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2.1.13. Recomendações, pareceres e comunicações Apresentam-se, em seguida, os modelos de: — Recomendação da Comissão, — Recomendação do Conselho, — Recomendação do Parlamento Europeu e do Conselho. — Parecer da Comissão nos termos do artigo 251.º, n.º 2, terceiro parágrafo, alínea c), do Tratado CE (co-decisão), — Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu nos termos do artigo 251.º, n.º 2, segundo parágrafo, do Tratado CE (co-decisão).

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82

Projecto de

RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO

de […]

relativa a […]/que […]

A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o seu artigo […], Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…];

(2) [Começar com maiúscula…],

RECOMENDA:

[…]

Feito em Bruxelas, em […]

Pela Comissão […] Membro da Comissão

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83

Proposta de

RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO

relativa a […]/que […]

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o(s) seus(s) artigo(s) […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

RECOMENDA:

[…]

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Conselho O Presidente […]

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Proposta de

RECOMENDAÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

relativa a […]

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o seu artigo […], Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões, Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo 251.º do Tratado, Considerando o seguinte:

(1) [Começar com maiúscula…].

(2) [Começar com maiúscula…],

RECOMENDAM:

[…]

Feito em Bruxelas, em […]

Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho O Presidente O Presidente […] […]

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COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

Bruxelas, […] COM([…]) […] final

[…]/[…] (COD)

PARECER DA COMISSÃO

nos termos do artigo 251.º, n.º 2, terceiro parágrafo, alínea c), do Tratado CE, sobre a[s] alteração[ções] do Parlamento Europeu

à posição comum do Conselho respeitante à proposta de

[…1] DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

[…2]

[QUE ALTERA A PROPOSTA DA COMISSÃO nos termos do artigo 250.º, n.º 2, do Tratado CE]

(1) Precisar o tipo de acto. (2) Indicar o título do acto.

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PARECER DA COMISSÃO

nos termos do artigo 251.º, n.º 2, terceiro parágrafo, alínea c), do Tratado CE, sobre a[s] alteração[ções] do Parlamento Europeu

à posição comum do Conselho respeitante à proposta de

[…1] DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO […2]

1. INTRODUÇÃO Nos termos do artigo 251.º, n.º 2, terceiro parágrafo, alínea c), do Tratado CE, a Comissão deve emitir parecer sobre as alterações propostas pelo Parlamento Europeu em segunda leitura. A Comissão emite parecer, como segue, sobre a[s] […] alteração[ções] proposta[s] pelo Parlamento. 2. ANTECEDENTES […] 3. OBJECTO DA PROPOSTA […] 4. PARECER DA COMISSÃO SOBRE A[S] ALTERAÇÃO[ÇÕES] DO PARLAMENTO EUROPEU [4.1. Alterações aceites pela Comissão]

• […]

[4.2. Alterações não aceites pela Comissão]

• […]

5. CONCLUSÃO [Nos termos do artigo 250.º, n.º 2, do Tratado CE, a Comissão altera a sua proposta nos referidos termos.] [Tendo em conta as considerações precedentes, a Comissão não altera a sua proposta.]

(1) Precisar o tipo de acto. (2) Indicar o título do acto.

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COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU

nos termos do artigo 251.º, n.º 2, segundo parágrafo, do Tratado CE respeitante à posição comum adoptada pelo Conselho tendo em vista a adopção da […]

1. HISTORIAL DO PROCESSO Data da apresentação da proposta ao PE e ao Conselho : (documento COM([…])[…] final – […]/[…]COD):

[…].

Data do parecer do Comité Económico e Social Europeu: […]. Data do parecer do Parlamento Europeu em primeira leitura: […]. Data da transmissão da proposta alterada: […]. Data da adopção da posição comum: […]. 2. OBJECTO DA PROPOSTA DA COMISSÃO […] 3. COMENTÁRIOS À POSIÇÃO COMUM […] 4. CONCLUSÃO […]

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2.1.14. Comitologia

2.1.14.1. Procedimentos de comitologia O artigo 202.º do Tratado que institui a Comunidade Europeia prevê que o Conselho atribua à Comissão a execução das normas por ele estabelecidas. No exercício dessas competências, a Comissão é frequentemente assistida por um Comité, que age de acordo com os procedimentos de «comitologia». Os comités são constituídos por representantes dos Estados-Membros e presididos pela Comissão. Os comités permitem à Comissão instaurar um diálogo com as administrações nacionais antes de adoptar medidas de execução. As regras do exercício das competências de execução atribuídas à Comissão são fixadas pela Decisão 1999/468/CE do Conselho, que estabelece quatro procedimentos de comitologia, nomeadamente: — o procedimento consultivo, — o procedimento de gestão, — o procedimento de regulamentação, — o procedimento de salvaguarda. Fórmulas utilizadas no procedimento consultivo EN PT RECITALS CONSIDERANDOS In accordance with Article 2 of Council Decision 1999/468/EC of 28 June 1999 laying down the procedures for the exercise of implementing powers conferred on the Commission, measures for the implementation of [this Regulation/ Directive/ Decision] should be adopted by use of the advisory procedure provided for in Article 3 of that Decision.

Em conformidade com o artigo 2.º da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão, é conveniente que as medidas de aplicação [do/ da] presente [regulamento/ directiva/ decisão] sejam adoptadas segundo o procedimento consultivo previsto no artigo 3.º da referida decisão.

ENACTING TERMS DISPOSITIVO The Commission shall be assisted by a committee, composed of representatives of the Member States and chaired by the representative of the Commission.

A Comissão é assistida por um comité composto por representantes dos Estados-Membros e presidido pelo representante da Comissão.

Where reference is made to this paragraph, the advisory procedure laid down in Article 3 of Decision 1999/468/EC shall apply, in compliance with Article 7 (3) [and Article 8] thereof.

Sempre que se faça referência ao presente número, é aplicável o procedimento consultivo previsto no artigo 3.º da Decisão 1999/468/CE, na observância do seu artigo 7.°, n.º 3, [e do seu artigo 8.°].

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Fórmulas utilizadas no procedimento de gestão EN PT RECITALS CONSIDERANDOS Since the measures necessary for the implementation of [this Regulation/ Directive/ Decision] are management measures within the meaning of Article 2 of Council Decision 1999/468/EC of 28 June 1999 laying down the procedures for the exercise of implementing powers conferred on the Commission, they should be adopted by use of the management procedure provided for in Article 4 of that Decision.

Sendo as medidas necessárias à execução [do/ da] presente [regulamento/ directiva/ decisão] medidas de gestão na acepção do artigo 2.º da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão, é conveniente que sejam adoptadas segundo o procedimento de gestão previsto no artigo 4.º da referida decisão.

ENACTING TERMS DISPOSITIVO The Commission shall be assisted by a committee, composed of representatives of the Member States and chaired by the representative of the Commission

A Comissão é assistida por um comité composto por representantes dos Estados Membros e presidido pelo representante da Comissão.

Where reference is made to this paragraph, the management procedure laid down in Article 4 of Decision 1999/468/EC shall apply, in compliance with Article 7 (3) [and Article 8] thereof.

Sempre que se faça referência ao presente número, é aplicável o procedimento de gestão previsto no artigo 4.º da Decisão 1999/468/CE, na observância do seu artigo 7.°, n.º 3, [e do seu artigo 8.°].

The period provided for in Article 4 (3) of Decision 1999/468/EC shall be […].

O prazo previsto no artigo 4.º, n.º 3, da Decisão 1999/468/CE é de […].

Fórmulas utilizadas no procedimento de regulamentação EN PT RECITALS CONSIDERANDOS Since the measures necessary for the implementation of [this Regulation/ Directive/ Decision] are measures of general scope within the meaning of Article 2 of Council Decision 1999/468/EC of 28 June 1999 laying down the procedures for the exercise of implementing powers conferred on the Commission, they should be adopted by use of the regulatory procedure provided for in Article 5 of that Decision.

Sendo as medidas necessárias à execução [do/ da] presente [regulamento/ directiva/ decisão] medidas de âmbito geral na acepção do artigo 2.º da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão, é conveniente que sejam adoptadas segundo o procedimento de regulamentação previsto no artigo 5.º da referida decisão.

ENACTING TERMS DISPOSITIVO The Commission shall be assisted by a committee, composed of representatives of the Member States and chaired by the representative of the Commission

A Comissão é assistida por um comité composto por representantes dos Estados-Membros e presidido pelo representante da Comissão.

Where reference is made to this paragraph, the regulatory procedure laid down in Article 5 of Decision 1999/468/EC shall apply, in compliance with Article 7 (3) [and Article 8] thereof.

Sempre que se faça referência ao presente número, é aplicável o procedimento de regulamentação previsto no artigo 5.º da Decisão 1999/468/CE, na observância do seu artigo 7.°, n.º 3, [e do seu artigo 8.°].

The period provided for in Article 5(6) of Decision 1999/468/EC shall be […] .

O prazo previsto no artigo 5.º, n.º 6, da Decisão 1999/468/CE é de […].

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A Decisão 2006/512/CE que altera a Decisão 1999/468/CE estabelece um quinto procedimento, que confere ao Parlamento Europeu o direito de se opor às medidas propostas e reforça a transparência dos trabalhos realizados pelos comités, nomeadamente: — o procedimento de regulamentação com controlo. Fórmulas utilizadas no procedimento de regulamentação com controlo EN PT RECITALS CONSIDERANDOS The measures necessary for the implementation of this […] (instrument in question) should be adopted in accordance with Council Decision 1999/468/EC of 28 June 1999 laying down the procedures for the exercise of implementing powers conferred on the Commission.

As medidas necessárias à execução do(a) presente […] (designação do acto) devem ser adoptadas nos termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão.

In particular power should be conferred on the Commission to establish/adopt/define the conditions under which […] /the criteria necessary for […] (description of the implementing measures concerned). Since those measures are of general scope and are designed to amend/delete non-essential elements of this … (instrument in question), [and/or: to supplement this […] (instrument in question) by the addition of new non-essential elements], they must be adopted in accordance with the regulatory procedure with scrutiny provided for in Article 5a of Decision 1999/468/EC.

Em especial, deve ser atribuída competência à Comissão para estabelecer/adoptar/definir as condições a que […] /os critérios necessários para […] (mencionar as medidas de execução em causa). Atendendo a que têm alcance geral e se destinam a alterar/suprimir elementos não essenciais do(a) presente […] (designação do acto), [e/ou: a completar o(a) presente […] (designação do acto) mediante o aditamento de novos elementos não essenciais], essas medidas devem ser adoptadas pelo procedimento de regulamentação com controlo previsto no artigo 5.°-A da Decisão 1999/468/CE.

1. Extension of time-limits 1. Prorrogação de prazos Because of the complexity of […], the normal time-limits for the regulatory procedure with scrutiny should be extended for the adoption of […].

Devido à complexidade de […], os prazos normalmente aplicáveis no âmbito do procedimento de regulamentação com controlo devem ser prorrogados para a adopção de […].

2. Curtailment of time-limits 2. Abreviação de prazos On grounds of efficiency, the normal time-limits for the regulatory procedure with scrutiny should be curtailed for the adoption of […] .

Por razões de eficácia, os prazos normalmente aplicáveis no âmbito do procedimento de regulamentação com controlo devem ser abreviados para a adopção de […].

3. Application of the urgency procedure 3. Aplicação do procedimento de urgência 3.1 Systematic application of the urgency procedure for the adoption of a measure

3.1 Aplicação sistemática do procedimento de urgência para a adopção de uma medida

On [the] grounds of [the] urgency […] it is necessary to apply the urgency procedure provided for in Article 5a(6) of Decision 1999/468/EC for the adoption of […] .

Por razões de urgência […], é necessário aplicar o procedimento de urgência previsto no artigo 5.°-A, n.º 6, da Decisão 1999/468/CE, para a adopção de […].

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3.2 Possibility of using the urgency procedure for the adoption of a measure

3.2 Faculdade de recorrer ao procedimento de urgência para a adopção de uma medida

When, on imperative grounds of urgency, the normal time-limits for the regulatory procedure with scrutiny cannot be complied with, the Commission should be able to use the urgency procedure provided for in Article 5a(6) of Decision 1999/468/EC for the adoption of […].

Quando, por imperativos de urgência, os prazos normalmente aplicáveis no âmbito do procedimento de regulamentação com controlo não possam ser cumpridos, a Comissão deve poder aplicar o procedimento de urgência previsto no artigo 5.°-A, n.º 6, da Decisão 1999/468/CE, para a adopção de […].

ENACTING TERMS DISPOSITIVO [Article X [Artigo X (Normal procedure) (Procedimento normal) The measures As medidas designed to amend non-essential elements of this […] (instrument in question) (in the case of formal amendments to provisions of the text or of the annexes)

que têm por objecto alterar elementos não essenciais do presente acto (caso de alterações formais de disposições do texto ou dos anexos)

or ou designed to amend non-essential elements of this …(instrument in question), by supplementing it ( in the case of addition of elements)

que têm por objecto alterar elementos não essenciais do presente acto, completando-o (caso de aditamentos)

or ou designed to amend non-essential elements of this …(instrument in question), inter alia by supplementing it (mixed cases)

que têm por objecto alterar elementos não essenciais do presente acto, nomeadamente completando-o (casos mistos)

relating to […] shall be adopted in accordance with the regulatory procedure with scrutiny referred to in Article Y(2). [If appropriate: On imperative grounds of urgency, the Commission may use the urgency procedure referred to in Article Y(5).]

relativas a […] são adoptadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o artigo Y, n.º 2. [Se for caso disso: Por imperativos de urgência, a Comissão pode recorrer ao procedimento de urgência a que se refere o artigo Y, n.º 5.]

and/or e/ou (Extension of time limits) (Prorrogação de prazos) The measures (designed to amend … one of the three options , see normal procedure) relating to … shall be adopted in accordance with the regulatory procedure with scrutiny referred to in Article Y(3). [If appropriate: On imperative grounds of urgency, the Commission may use the urgency procedure referred to in Article Y(5).]

As medidas (que têm por objecto alterar … uma das três opções, ver procedimento normal) relativas a … são adoptadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o artigo Y, n.º 3. [Se for caso disso: Por imperativos de urgência, a Comissão pode recorrer ao procedimento de urgência a que se refere o artigo Y, n.º 5.]

and/or e/ou (Curtailment of time-limits) (Abreviação de prazos) The measures (designed to amend … one of the three options, see normal procedure) relating to … shall be adopted in accordance with the regulatory procedure with scrutiny referred to in Article Y(4). [Where appropriate: On imperative grounds of

As medidas (que têm por objecto alterar … uma das três opções, ver procedimento normal) relativas a … são adoptadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o artigo Y, n.º 4. [Se for caso disso: Por imperativos de urgência, a

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urgency, the Commission may use the urgency procedure referred to in Article Y(5).]

Comissão pode recorrer ao procedimento de urgência a que se refere o artigo Y, n.º 5.]

and/or e/ou (Urgency) (Urgência) The measures (designed to amend … one of the three options, see normal procedure) relating to … shall be adopted in accordance with the regulatory procedure with scrutiny referred to in Article Y(5).]

As medidas (que têm por objecto alterar … uma das três opções, ver procedimento normal) relativas a … são aprovadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o artigo Y, n.º 5. ]

Article Y Artigo Y 1. The Commission shall be assisted by a [the] committee […(hereinafter referred to as “the Committee”)]

1. A Comissão é assistida por um [pelo] Comité [… (a seguir designado por «Comité»)].

(Normal procedure) (Procedimento normal) 2. Where reference is made to this paragraph, Article 5a(1) to (4), and Article 7 of Decision 1999/468/EC shall apply, having regard to the provisions of Article 8 thereof.

2. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis o artigo 5.°-A, n.os 1 a 4, e o artigo 7.° da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.°.

and/or e/ou (Extension of time-limits) (Prorrogação de prazos) 3. Where reference is made to this paragraph, Article 5a(1) to (4) and (5)(a), and Article 7 of Decision 1999/468/EC shall apply, having regard to the provisions of Article 8 thereof.

3. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis o artigo 5.°-A, n.os 1 a 4, e n.º 5, alínea a), e o artigo 7.° da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.°.

The time-limits laid down in Article 5a(3)(c), (4)(b) and (4(e) of Decision 1999/468/EC shall be…

Os prazos previstos no artigo 5.°-A, n.º 3, alínea c), n.º 4, alínea b), e n.º 4, alínea e), da Decisão 1999/468/CE são de…

and/or e/ou (Curtailment of time-limits) (Abreviação de prazos) 4. Where reference is made to this paragraph, Article 5a(1) to (4) and (5)(b), and Article 7 of Decision 1999/468/EC shall apply, having regard to the provisions of Article 8 thereof.

4. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis o artigo 5°-A, n.os 1 a 4, e n.º 5, alínea b), e o artigo 7.° da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.°.

The time-limits laid down in Article 5a(3)(c), (4)(b) and (4(e) of Decision 1999/468/EC shall be…

Os prazos previstos no artigo 5°-A, n.º 3, alínea c), e n.º 4, alíneas b) e e), da Decisão 1999/468/CE são de…

and/or e/ou (Urgency) (Urgência) 5. Where reference is made to this paragraph, Article 5a(1), (2), (4) and (6), and Article 7 of Decision 1999/468/EC shall apply, having regard to the provisions of Article 8 thereof.

5. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis o artigo 5.°-A, n.os 1, 2, 4 e 6, e o artigo 7.° da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.°.

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2.1.14.2. Correcções efectuadas pelos peritos nacionais No âmbito do procedimento de comitologia, acontece que os peritos nacionais se pronunciem sobre as traduções e proponham correcções. As correcções devem ser transmitidas pela Direcção-Geral responsável e incluir as coordenadas dos autores das correcções. Nos casos em que o nome dos peritos responsáveis pela leitura das traduções já é conhecido antes de ser iniciada a tradução, a Direcção-Geral interessada deve, numa situação ideal, fornecer as suas coordenadas simultaneamente com o pedido de tradução, designadamente quando o documento trata de domínios muito técnicos. Essa indicação não implica, porém, que os peritos devam ser consultados nem que os seus pareceres devam ser seguidos. Além de contribuírem para evitar rectificações posteriores e melhorar a qualidade das traduções, as correcções dos peritos reforçam a participação das administrações nacionais na elaboração da legislação comunitária. Contudo, a decisão final cabe sempre à Direcção-Geral da Tradução. Os tradutores devem ter em conta o facto de certas correcções propostas pelos peritos poderem ser incompatíveis com a terminologia comunitária existente ou com as normas de técnica legislativa ou se limitarem a alterações de estilo desnecessárias.

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2.1.15. Alteração de actos legislativos Quando um acto altera outro acto no respeitante a uma parte ou um ponto claramente identificáveis, o objecto da alteração é indicado na epígrafe e introduzido em português pela expressão «no respeitante a».

Exemplo: Regulamento (CE) n.º 472/2009 do Conselho, de 25 de Maio de 2009, que altera o Regulamento (CE) n.º 637/2008 no respeitante aos programas nacionais de reestruturação para o sector do algodão

Quadro de correspondência das instruções de alteração EN FR PT add ajouter aditar amend modifier alterar as amended by modifié par com a redacção que lhe foi

dada por as last amended by modifié en dernier lieu par com a última redacção que

lhe foi dada por shall be/is amended as follows:

est modifié(e) comme suit: é alterado/a do seguinte modo:

delete supprimer suprimir insert insérer inserir replace remplacer substituir shall be/is replaced by the following:

est remplacé par le/la [...] suivant(e):

passa a ter a seguinte redacção:

Fórmulas utilizadas na alteração de actos legislativos EN PT Regulation [….] is [hereby] amended as follows:

O Regulamento [….] é alterado do seguinte modo:

Article [….] [Paragraph …] shall be (is) amended as follows:

O artigo [….] [O n.º …] é alterado do seguinte modo:

Regulation/Decision/Directive […] shall be amended in accordance with the following articles [in accordance with this Regulation]

O Regulamento/A Decisão/A Directiva […] é alterado(a) em conformidade com os artigos que se seguem [em conformidade com o presente regulamento].

Article 1(1) shall be/is replaced by the following:

O artigo 1.º, n.º 1, passa a ter a seguinte redacção:

In article 1(1), the first subparagraph is replaced by the following:

No artigo 1.º, n.º 1, o primeiro parágrafo passa a ter a seguinte redacção:

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In Article 1 of Regulation […], paragraph 1 [the first subparagraph] shall be (is) replaced by the following:

No artigo 1.º do Regulamento […], o n.º 1 [o primeiro parágrafo] passa a ter a seguinte redacção:

In Article 1(1) of Regulation […], the introductory phrase [the introductory words] shall be/is replaced by the following:

No artigo 1.º, n.º 1, do Regulamento […], o proémio [os termos introdutórios] passa(m) a ter a seguinte redacção:

In Article 1(1) of Regulation […] the first subparagraph shall be (is) replaced by the following [by the following subparagraph]:

No artigo 1.º, n.º 1 do Regulamento […], o primeiro parágrafo passa a ter a seguinte redacção [é substituído pelo parágrafo seguinte]:

In […], the sentence [phrase] “…” shall be (is) replaced by the following: “…”.

No […], a frase «…» é substituída por [pela frase] «…».

In […], the word [term] “…” shall be (is) replaced by “……”.

No […], o termo «…» é substituído por [pelo termo «…»].

In […], the date […] shall be (is) replaced by that of […].

No […], a data de […] é substituída pela data de […].

Annex I to the Regulation […] shall be (is) replaced by the text appearing in the Annex to this Regulation.

O anexo I do Regulamento […] é substituído pelo texto que consta do anexo do presente regulamento.

In Article 1(1), the terms “…” shall be (are) deleted.

No artigo 1.º, n.º 1, são suprimidos os termos «…».

The following Article shall be (is) inserted in Regulation […]:

No Regulamento […], é inserido o seguinte artigo:

The following paragraph shall be (is) added to Article 1.º of Regulation […]:

Ao artigo 1.º do Regulamento […], é aditado o seguinte número:

The following subparagraph shall be (is) added to Article 1(1):

Ao artigo 1.º, n.º 1, é aditado o seguinte parágrafo:

Article 1 of Regulation […] shall be (is) deleted.

É suprimido o artigo 1.º do Regulamento […].

The first sentence of Article 1 of Regulation […] shall be (is) deleted.

No artigo 1.º do Regulamento […], é suprimido o primeiro período.

The following article shall be added: É aditado o seguinte artigo: The following subparagraph shall be added to Article 1, paragraph 1:

Ao artigo 1.º, n.º 1, é aditado o seguinte parágrafo:

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2.1.16. Consolidação/codificação/reformulação/alteração e actualização simultâneas As alterações sucessivas dos actos jurídicos dificultam a sua compreensão. Por outro lado, se for complexa e disser respeito a várias disposições de um acto, uma única alteração pode igualmente complicar a leitura de um acto. Para facilitar a sua compreensão pelos cidadãos e pelos profissionais, os actos jurídicos podem ser objecto dos seguintes procedimentos: — consolidação, — codificação, — reformulação, — alteração e actualização simultâneas. A consolidação consiste em reunir num único texto os fragmentos de um mesmo acto, por forma a evitar um trabalho de pesquisa e comparação de um número por vezes elevado de actos. A consolidação tem carácter informal e não produz efeitos jurídicos. Trata-se de um acto puramente técnico, realizado pelo Serviço das Publicações da União Europeia (OP). A codificação constitutiva ou oficial consiste na adopção de um acto novo que integra num texto único, sem alterar a substância, um acto anterior e as suas sucessivas alterações. O novo acto jurídico substitui e revoga o acto de base anterior. A codificação pode ser vertical (o novo acto substitui um único acto anterior) ou horizontal (o novo acto substitui vários actos anteriores que regem uma mesma matéria). A codificação resulta de um trabalho de colaboração entre o OP, a DG interessada e o Serviço Jurídico. A reformulação consiste em adoptar um novo acto jurídico que integra, num texto único, as disposições inalteradas de um acto anterior, assim como as alterações de fundo introduzidas nesse acto. A reformulação pode ser vertical (o novo acto substitui um único acto anterior) ou horizontal (o novo acto substitui vários actos anteriores que regem uma mesma matéria). A reformulação é feita pelas Direcções-Gerais interessadas a partir de uma dada versão linguística com base num texto consolidado transmitido pelo OP. O acto assim reformulado é, em seguida, transmitido à Direcção-Geral da Tradução para que os tradutores repercutam nas outras versões linguísticas as alterações indicadas no texto trabalhado pela Direcção-Geral. Para trabalhar na reformulação, os tradutores recorrem à barra «codification/refonte», acessível no Word a partir de qualquer documento legiswrite. Essa barra permite identificar claramente no novo texto todas as alterações, supressões e aditamentos.

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Fórmulas utilizadas na reformulação EN PT Commission/Council Directive/Decision [...] of [...] [title] has been substantially amended several times.

A Directiva/Decisão [...] da Comissão/do Conselho, de [...], [epígrafe], foi por várias vezes alterada de modo substancial.

Commission/Council Regulation [...] of [...] [title] has been substantially amended several times.

O Regulamento [...] da Comissão/do Conselho, de [...], [epígrafe], foi por várias vezes alterado de modo substancial.

Directive/Regulation [...] of the European Parliament and of the Council of [...] [title] has been substantially amended several times.

A Directiva/O Regulamento [...] do Parlamento Europeu e do Conselho, de [...], [epígrafe] foi por várias vezes alterada/alterado de modo substancial.

Since further amendments are to be made, it should be recast in the interests of clarity.

Devendo ser introduzidas novas alterações, é conveniente, com uma preocupação de clareza, proceder à reformulação da referida directiva/do referido regulamento/da referida decisão.

A number of substantial changes are to be made to Commission/Council Directive/Decision [...] of [...] [title].

A Directiva/Decisão [...] da Comissão/do Conselho, de [...], [epígrafe], deve ser substancialmente alterada.

A number of substantial changes are to be made to Commission/Council Regulation [...] of [...] [title].

O Regulamento [...] da Comissão/do Conselho, de [...], [epígrafe], deve ser substancialmente alterado.

A number of substantial changes are to be made to Directive/Regulation [...] of the European Parliament and of the Council of [...] [title].

A Directiva/O Regulamento [...] do Parlamento Europeu e do Conselho, de [...], [epígrafe], deve ser substancialmente alterada/alterado.

In the interests of clarity, that Directive/Regulation/Decision should be recast.

É conveniente, com uma preocupação de clareza, proceder à reformulação da referida directiva/do referido regulamento/da referida decisão.

The obligation to transpose this Directive into national law should be confined to those provisions which represent a substantive change as compared with the earlier Directive/Directives.

A obrigação de transpor a presente directiva para o direito interno deve limitar-se às disposições que tenham sofrido alterações de fundo relativamente à directiva anterior/às directivas anteriores.

The obligation to transpose the provisions which are unchanged arises under the earlier Directives.

A obrigação de transpor as disposições que não foram alteradas decorre das directivas anteriores.

This Directive should be without prejudice to the obligations of the Member States relating to the time-limits for transposition into national law and application of the Directives set out in Annex N, Part B.

A presente directiva não deve prejudicar as obrigações dos Estados-Membros relativas aos prazos de transposição para o direito interno e de aplicação das referidas directivas, indicados no anexo N, parte B.

TRANSPOSITION TRANSPOSIÇÃO Member States shall bring into force the laws, regulations and administrative provisions necessary to comply with Articles 2, 3 and 4 and Annex I by [...] at the latest.

Os Estados-Membros põem em vigor as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento aos artigos 2.º, 3.º e 4.º, bem como ao anexo I, o mais tardar em [...].

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They shall forthwith communicate to the Commission the text of those provisions and a correlation table between those provisions and this Directive.

Os Estados-Membros comunicam imediatamente à Comissão o texto dessas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

When Member States adopt those provisions, they shall contain a reference to this Directive or be accompanied by such a reference on the occasion of their official publication.

As disposições adoptadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial.

They shall also include a statement that references in existing laws, regulations and administrative provisions to the directive(s) repealed by this Directive shall be construed as references to this Directive.

Tais disposições devem igualmente precisar que as referências feitas, nas disposições legislativas, regulamentares e administrativas em vigor, à(s) directiva(s) revogada(s) pela presente directiva se consideram como sendo feitas à presente directiva.

Member States shall determine how such reference is to be made and how that statement is to be formulated.

As modalidades dessa referência são adoptadas pelos Estados-Membros.

Member States shall communicate to the Commission the text of the main provisions of national law which they adopt in the field covered by this Directive.

Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem no domínio abrangido pela presente directiva.

Member States shall adopt and publish, by [...] at the latest, the laws, regulations and administrative provisions necessary to comply with Articles 1, 2 and 3 and Annex I.

Os Estados-Membros adoptam e publicam, o mais tardar em [...], as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento aos artigos 1.º, 2.º e 3.º, bem como ao anexo I .

They shall apply those provisions from [...]. Os Estados-Membros aplicam essas disposições a partir de [...].

REPEAL REVOGAÇÃO Directive [...] of [...], as amended by the Directives listed in Annex N, Part A, is repealed with effect from [...], without prejudice to the obligations of the Member States relating to the time-limits for transposition into national law and application of the Directives set out in Annex N, Part B.

A Directiva [...], de [...], com a redacção que lhe foi dada pelas directivas constantes da parte A do anexo N, é revogada com efeitos a partir de [...], sem prejuízo das obrigações dos Estados-Membros relativas aos prazos de transposição para o direito interno e de aplicação das referidas directivas, indicados no anexo N, parte B.

References to the repealed Directive shall be construed as references to this Directive and shall be read in accordance with the correlation table in Annex O.

As referências à directiva revogada devem entender-se como sendo feitas à presente directiva e ser lidas de acordo com o quadro de correspondência constante do anexo O.

Regulation/Decision [...] is repealed. O Regulamento/A Decisão [...] é revogado/revogada.

References to the repealed Regulation/Decision shall be construed as references to this Regulation/Decision and shall be read in accordance with the correlation table in Annex O.

As referências ao regulamento revogado/à decisão revogada devem entender-se como sendo feitas ao presente regulamento/à presente decisão e ser lidas de acordo com o quadro de correspondência constante do anexo O.

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A alteração e actualização simultâneas consistem em adoptar um acto que determina as alterações a introduzir num acto anterior e fornece, no anexo, o texto desse acto actualizado, ou seja, com as alterações que acabam de ser introduzidas assim como eventuais alterações anteriores. Na alteração e actualização simultâneas de um acto, o acto modificador assemelha-se a qualquer outro acto modificador. As alterações, supressões e aditamentos são assinalados com a barra «codification/refonte» apenas no anexo, que actualiza o acto de acordo com as alterações identificadas no acto modificador e com eventuais alterações anteriores.

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2.1.17. Outras fórmulas frequentes nos actos legislativos comunitários O quadro seguinte foi estabelecido pela ordem alfabética das expressões inglesas. Para detectar mais facilmente a expressão procurada, é aconselhada a utilização da função Find («Ctrl» + «F»). Este quadro será completado progressivamente, à medida que for convencionada a tradução de fórmulas frequentes nos actos legislativos. EN PT Council Decision authorising the Commission to negotiate…

Decisão do Conselho que autoriza a Comissão a negociar...

duly empowered to this effect com os devidos poderes para o efeito Executive Summary Resumo For publication/To be published Para publicação in order to bind the Community a fim de vincular a Comunidade In order to ensure that the measures provided for in this Regulation are effective, this Regulation must enter into force immediately.

A fim de garantir a eficácia das medidas nele previstas, o presente regulamento deve entrar em vigor imediatamente.

in order to express the consent of the [European] Community to be bound

a fim de expressar o consentimento da Comunidade [Europeia] em ficar vinculada

Not for publication/Not to be published Não se destina a publicação Only the […] text is authentic Apenas faz fé o texto em língua [….] Only the […] texts are authentic Apenas fazem fé os textos nas línguas

[….] person empowered to sign pessoa com poderes para assinar Recommendation from the Commission to the Council to authorise the Commission to open negotiations…

Recomendação da Comissão ao Conselho no sentido de autorizar a Comissão a encetar negociações…

Summary of the Impact Assessment Resumo da Avaliação de Impacto (Text with EEA relevance) (Texto relevante para efeitos do EEE) This Regulation/Decision/Directive shall enter into force of the […] day following its publication in the Official Journal of the European Union.

[O/ A] presente regulamento/ decisão/ directiva entra em vigor no […] dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

This Regulation/Decision/Directive shall enter into force on the day of its publication in the Official Journal of the European Union.

[O/ A] presente regulamento/ decisão/ directiva entra em vigor no dia da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

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2.1.18. Processo de co-decisão O processo de co-decisão, introduzido pelo Tratado de Maastricht e reforçado pelo Tratado de Amesterdão, tem por objectivo assegurar que a legislação comunitária não possa ser adoptada sem o acordo comum do Parlamento Europeu e do Conselho. As disposições relativas ao processo de co-decisão constam do artigo 251.º do Tratado. A Declaração comum sobre as regras práticas do processo de co-decisão, adoptada pelas três instituições aquando da entrada em vigor do Tratado de Amesterdão, serve de quadro de referência prático para cada instituição quanto ao papel que deve desempenhar nas várias fases do processo.

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2.2. Regras e convenções gerais Embora de carácter mais geral, as regras enunciadas na presente secção são igualmente aplicáveis na tradução de actos legislativos. De observar que, com uma preocupação de simplificação, foram adoptadas certas regras de publicação a nível interinstitucional que são independentes das regras aplicadas a nível nacional. Essas regras são obrigatórias. Em caso de dúvida, há que consultar o Código de Redacção Interinstitucional ou o presente capítulo.

2.2.1. Ordem de citação dos Estados-Membros Tanto nos casos em que são mencionados na língua da publicação como nos casos em que o seu nome é referido na língua original, os Estados-Membros devem ser citados pela ordem protocolar, ou seja, pela ordem alfabética das designações oficiais dos nomes geográficos na língua original. Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta, Países Baixos, Áustria, Polónia, Portugal, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Finlândia, Suécia, Reino Unido Porém, se forem citados Estados-Membros em combinação com Estados terceiros, é adoptada a ordem alfabética portuguesa:

Exemplo: Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, China

Ver Código de Redacção Interinstitucional, pontos 7.1.1 e 7.1.2.

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2.2.2. Ordem de citação das línguas dos Estados-Membros

Quando é feita referência às línguas dos Estados-Membros, estas são citadas pela ordem alfabética portuguesa e não pela ordem protocolar como no caso dos Estados-Membros. alemão, búlgaro, checo, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, estónio, finlandês, francês, grego, húngaro, inglês, irlandês, italiano, letão, lituano, maltês, neerlandês, polaco, português, romeno, sueco

Exemplo: (Apenas fazem fé os textos nas línguas alemã, eslovaca, espanhola, grega e portuguesa)

Porém, nos textos plurilingues, que reúnem diferentes versões linguísticas, as línguas são citadas pela ordem alfabética comum das designações oficiais das línguas na sua grafia original. Български, español, čeština, dansk, Deutsch, eesti keel, ελληνικά, English, français, Gaeilge, italiano, latviešu valoda, lietuvių kalba, magyar, Malti, Nederlands, polski, português, română, slovenčina (slovenský jazyk), slovenščina (slovenski jezik), suomi, svenska

Observação: A língua espanhola é indicada de acordo com a ordem alfabética correspondente ao termo «castellano».

Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 7.2.2.

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2.2.3. Línguas dos países candidatos à adesão Designação original Designação PT Código ISO hrvatski croata hr македонски macedónio mk türkçe turco tk

2.2.4. Ordem das versões linguísticas A ordem de apresentação das versões linguísticas é a ordem alfabética comum das designações oficiais das línguas na sua grafia original, como indicada no ponto 2.2.2. Ordem de citação das línguas dos Estados-Membros. Contudo, no caso dos documentos plurilingues emitidos a nível nacional em consequência de textos adoptados pelo Conselho, a ordem pode ser determinada num acto do Conselho e segue, de modo geral, a ordem das línguas mais divulgadas no Estado-Membro em causa, ou seja: 1) Língua nacional; 2) Inglês; 3) Francês; 4) Outras línguas comunitárias pela ordem alfabética comum das designações oficiais das línguas na sua grafia original, como indicada no ponto 2.2.2. Ordem de citação das línguas dos Estados-Membros.

Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 7.2.1.

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2.2.5. Euro e cent O euro foi adoptado em 16 Estados-Membros da União Europeia: Bélgica, Alemanha, Grécia, Irlanda, Espanha, França, Itália, Chipre, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Áustria, Portugal, Eslovénia, Eslováquia e Finlândia. Nos termos do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 974/98 do Conselho, relativo à introdução do euro, «cada euro dividir-se-á em cem cents». Porém, no seu segundo considerando, o mesmo regulamento estabelece que «a definição da designação “cent” não impede a utilização de variantes deste termo que sejam de uso comum nos Estados-Membros», permitindo, assim, a utilização de outras designações a nível nacional. Em Portugal, a Comissão Nacional do Euro adoptou os termos «cêntimo» e «eurocêntimo» para designar a centésima parte do euro. Estas designações não devem, contudo, ser utilizadas em actos comunitários. Os tradutores limitam-se a utilizá-las em textos de divulgação geral, destinados ao público português.

2.2.5.1. Forma de escrever euro e cent Nos textos das instituições comunitárias, devem ser utilizadas as seguintes formas em português: euro euros cent cents notas de euro moedas de euro moedas de cent

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O quadro que se segue apresenta as formas usadas nos actos legislativos comunitários nas línguas dos Estados-Membros que adoptaram o euro, nos casos em que não deve ser utilizado o código ISO EUR (ver ponto 2.2.5.3. Euro/EUR: uso da forma extensa ou abreviada):

Expresso como montante Com o artigo definido Língua uma unidade várias unidades singular plural

es euro cent

euros cents

el euro el cent

los euros los cents

de Euro Cent

Euro Cent

der Euro der Cent

die Euro die Cent

el ευρώ λεπτό

ευρώ λεπτά

το ευρώ το λεπτό

τα ευρώ τα λεπτά

en euro cent

euro cent

the euro the cent

the euro the cent

fr euro cent

euros cents

l'euro le cent

les euros les cents

ga euro cent

euro cent

an euro an cent

na euro na cent

it euro cent

euro cent

l’euro il cent

gli euro i cent

mt euro ċenteżmu

euro ċenteżmu

l-euro Iċ-ċenteżmu

l-euro Iċ-ċenteżmi

nl euro cent

euro cent

de euro de cent

de euro’s de centen

pt euro cent

euros cents

o euro o cent

os euros os cents

sl euro cent

eurov centov

euro cent

euri centi

sk euro cent

euro centov

euro cent

eurá centy

fi euro sentti

euroa senttiä

euro sentti

eurot sentit

sv euro cent

euro cent

euron centen

eurorna centen

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2.2.5.2. Abreviatura de euro (código ISO) EUR (Código ISO 4217, obrigatório em todas as línguas comunitárias)

2.2.5.3. Euro/EUR: uso da forma extensa ou abreviada Nos textos das instituições comunitárias, a forma «euro/euros» deve ser utilizada quando não é antecedida de um número.

Exemplo: um montante expresso em euros

Quando a unidade monetária é acompanhada de um número, deve ser utilizado o código ISO «EUR». Em português, esse código é colocado depois do montante e dele separado por um espaço protegido.

Exemplo: 0,1 EUR 200 EUR 2 milhões de EUR 2 000 000 EUR

De observar que, embora a utilização do código EUR seja obrigatória nos textos legislativos, nas publicações de carácter geral, que não contenham muitos números, pode ser utilizada a forma por extenso («2 milhões de euros»). O símbolo «€» está reservado a representações gráficas ou obras de divulgação. O símbolo deve ser colocado após o montante e dele separado por um espaço protegido.

Exemplo: 200 € Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 7.3.3.

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2.2.5.4. Abreviatura de cent Não existe uma abreviatura oficial para o termo cent.

2.2.6. Outras moedas dos Estados-Membros No caso das moedas diferentes do euro, deve sempre utilizar-se a forma por extenso na primeira referência, seguida do código ISO entre parênteses. Em seguida, utiliza-se o código ISO.

Exemplo: Perante as informações comunicadas pelo Reino Unido, a Comissão deve tomar uma decisão sobre o auxílio de 5 397 000 libras esterlinas (GBP) destinado a cobrir perdas especiais de exploração da Longannet Mine, nomeadamente 2 190 000 GBP para o período compreendido entre 17 de Abril de 2000 e 31 de Dezembro de 2000 e 3 207 000 GBP para 2001.

Códigos ISO das moedas dos Estados-Membros que não participam no euro

Código ISO moeda plural DKK coroa dinamarquesa coroas dinamarquesas GBP libra esterlina libras esterlinas SEK coroa sueca coroas suecas CZK coroa checa coroas checas EEK coroa estónia coroas estónias HUF forint húngaro forints húngaros LTL litas lituano litas lituanos LVL lats letão lats letões PLN zlóti polaco zlótis polacos BGN lev búlgaro levs búlgaros RON leu romeno leus romenos

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2.2.7. Antigas moedas dos países que participam na moeda única Moeda Código ISO Taxa franco belga BEF 40,3399 marco alemão DEM 1,95583 libra irlandesa IEP 0,787564 dracma grego GRD 340,750 peseta espanhola ESP 166,386 franco francês FRF 6,55957 lira italiana ITL 1936,27 libra cipriota CYP 0,585274 franco luxemburguês LUF 40,3399 lira maltesa MTL 0,429300 florim neerlandês NLG 2,20371 xelim austríaco ATS 13,7603 escudo português PTE 200,482 tolar esloveno SIT 239,64 coroa eslovaca SKK 30,1260 markka finlandesa FIM 5,94573

2.2.8. Área do euro Para designar o conjunto dos países que possuem a moeda única, deve usar-se a expressão «área do euro» (ponto 7.3.1. do Código de Redacção Interinstitucional, Banco de Portugal). De observar, porém, que o Tratado de Nice e o Tratado de Lisboa (Protocolo relativo ao Eurogrupo) se referem à «zona euro», sendo esta também a expressão mais comummente usada em Portugal.

2.2.9. Indicação das unidades monetárias nos quadros Nos quadros, as unidades monetárias são indicadas à direita, no canto superior, entre parênteses e em itálico, através do respectivo código ISO:

(em EUR)

(em milhares de EUR) (em milhões de EUR)

(em mil milhões de EUR)

Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 7.3.3.

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2.2.10. Forma de escrever os numerais Nota preliminar: não existem regras específicas em português no respeitante à escrita de números em algarismos ou por extenso dentro de texto. Porém, no caso das publicações ou obras em que intervêm muitas pessoas, têm vindo a ser criadas regras próprias, que, na maior parte dos casos, aconselham a escrita dos números por extenso até nove ou dez, quando estes se encontram dentro de texto. A presente secção foi elaborada com base nas orientações enunciadas no Código de Redacção Interinstitucional e nas Regras de Legística a Observar na Elaboração de Actos Normativos da Assembleia da República. Pretende ser um simples instrumento de apoio ao tradutor e diz respeito apenas a documentos das instituições comunitárias. Em textos de outro tipo, por exemplo em textos literários, a escrita dos numerais será adaptada à natureza da mensagem que o autor pretende veicular. Números cardinais De 1 a 999 999 Com excepção dos casos descritos abaixo em que se usam algarismos, de um a dez (inclusive), os numerais cardinais são, regra geral, escritos por extenso quando se encontram dentro de texto. A partir de 11, usam-se algarismos, com excepção de cem e mil, que são escritos por extenso. Tratando-se de mil, usa-se a regra básica descrita acima para os números inteiros de milhares (dois mil, 15 mil, mas 7 500). Contudo, quando, um mesmo texto contém sequências de vários casos, é conveniente escrever os numerais todos da mesma forma (em vez de: «Comprei dois mil lápis, 7 500 envelopes e uma embalagem de 15 mil agrafes» poderá escrever-se «Comprei 2 000 lápis, 7 500 envelopes e uma embalagem de 15 000 agrafes»).

Exemplos: O inquérito deve ser concluído no prazo de nove meses a contar da data de publicação do presente aviso no Jornal Oficial da União Europeia. O inquérito deve ser concluído no prazo de 12 meses a contar da data de publicação do presente aviso no Jornal Oficial da União Europeia. Em Março de 1957, os seis Estados-Membros fundadores assinaram o Tratado Euratom. Comprei cem envelopes e cinco mil agrafes. Comprei 9 cadernos, 15 canetas, 100 envelopes, 150 etiquetas autocolantes e uma embalagem de 5 000 agrafes As bancadas do estádio de futebol acolheram cerca de 12 mil espectadores, que comeram perto de oito mil bifanas. O jogo foi transmitido para mais de 750 mil telespectadores.

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A lista seguinte resume a forma de grafar os números dentro de texto, nos casos que não requerem o uso exclusivo de algarismos descritos abaixo: um, dois, três, quatro..., dez, 11, 12, ..., 50, ..., 99, cem, 101, 102, ..., 150, ..., 200, ..., 999, mil, 1 001, ..., 1 999, dois mil, 2 001, ..., três mil, ..., 7 500, ..., 9 999, dez mil, 10 001, ..., 10 999, 11 mil, 11 001, ..., 12 mil, ..., 17 500, ..., 90 mil, ..., 99 999, cem mil ou 100 000, 100 001, ..., 200 mil ou 200 000, ..., 233 525, ..., 250 mil, ..., 250 050, ..., 750 mil, ..., 999 999. Usam-se algarismos nos seguintes casos: — anos (em 2009), — datas (3 de Janeiro de 2009, 3.1.2009), com excepção da fórmula final dos acordos internacionais, em que a data é escrita por extenso, — endereços e códigos postais, — pesos e medidas (5 kg, 2 km, 7 kW), — temperaturas (8 ºC), — horas (8h00, às 4 horas), — idades (6 anos), — população (100 000 habitantes), — percentagens e permilagens (1 %, 9 ‰), — graus, minutos e segundos de ângulo (20º50'46"), — valores monetários (100 EUR, 1 000 GBP), — quadros e enumerações, — numeração de anexos, páginas, — numeração de actos legislativos, — subdivisões de textos e subdivisões numeradas de actos legislativos (artigo 1.º), — números com casas decimais (4,34), — notação matemática (2 x 103), — fórmulas (GT t ≤ GT 03 - GT a - 0,35 GT 100 + GT s + ∆(GT-TAB)), — números de telefone. Porém, no início da frase, os números devem ser escritos por extenso. Se a explicitação do número por extenso for muito longa (por ex., quatrocentos e cinquenta e sete mil oitocentos e vinte e nove), procurar-se-á formular a frase por forma a que o número não se encontre no início da frase.

Exemplos:

Trinta e cinco por cento dos tradutores têm conhecimentos de alemão (mas «A percentagem de tradutores com conhecimentos de alemão é de 35 %.»).

Vinte e seis pessoas foram vítimas de queimaduras de segundo grau (mas «Sofreram queimaduras de segundo grau 26 pessoas.»).

O número premiado na lotaria foi o 457 829 (em vez de «Quatrocentos e cinquenta e sete mil oitocentos e vinte e nove foi o número premiado na lotaria.»).

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A partir do milhão No caso dos números superiores ao milhão, pode usar-se uma forma mista, como exemplificado na lista seguinte: 1 milhão ou um milhão, 1 000 001, 5 milhões ou cinco milhões, 5 000 001, 7 500 000, 9 999 999, 10 milhões ou dez milhões, 10 000 001, 11 milhões, 11 000 001, 50 000 000 ou 50 milhões, 50 000 001, 70 500 000, 99 999 999, 100 milhões ou cem milhões, 100 000 001, 200 milhões, 200 000 001, 250 milhões, 250 000 001, 300 milhões, 300 000 500, 999 999 999, 1 000 milhões ou mil milhões, 1 000 000 001, 7 000 milhões ou 7 mil milhões, 7 000 000 001, 7 500 milhões, 7 500 000 001...

Exemplos:

7 mil milhões de habitantes 350 milhões de habitantes 7 500 milhões de habitantes

Numerais ordinais Quando se encontram dentro de texto, os numerais ordinais escrevem-se por extenso até décimo. A partir de 11.º, escrevem-se em algarismos.

Exemplo: no primeiro parágrafo no 11.º parágrafo Ver também Código de Redacção Interinstitucional, pontos 10.9, 10.9.1 e 10.9.2.

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2.2.11. Números, símbolos e espaços As unidades são separadas das décimas por uma vírgula. As casas decimais são agrupadas num só bloco. Os milhares são separados das centenas por um espaço (1 500 páginas), com excepção da indicação de anos (2009) e de outros casos específicos como, por exemplo, os códigos postais. Os grupos sucessivos de três algarismos são separados por um espaço protegido («Ctrl» + «Shift» + «barra de espaço»).

Exemplo: 1 234 567,8901 Os sinais (%) e os símbolos das unidades são, de modo geral, separados dos valores numéricos por um espaço protegido («Ctrl» + «Shift» + «barra de espaço»). De observar que as regras em matéria de espaços aplicadas nas publicações comunitárias nem sempre seguem as regras aplicadas a nível nacional. O tradutor deve consultar as regras em matéria de espaços constantes do Código de Redacção Interinstitucional.

Exemplos: 25 % 125,25 kg 3 m

Ver também Código de Redacção Interinstitucional, ponto 6.4.

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2.2.12. Múltiplos de dez EN FR PT 103 1 000 thousand mille mil 106 1 000 000 million million milhão 109 1 000 000 000 billion milliard

mille millions mil milhões

1012 1 000 000 000 000 trillion billion mille milliards million de millions

bilião

1015 1 000 000 000 000 000 quadrillion mille billions million de milliards

mil biliões

1018 1 000 000 000 000 000 000 quintillion trillion milliard de milliards

trilião

1021 1 000 000 000 000 000 000 000 sextillion mille trillions mil triliões 1024 1 000 000 000 000 000 000 000 000 septillion quatrillion ou

quadrillion million de trillions

quatrilião

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2.2.13. Concordância em caso de percentagem No caso das percentagens, o verbo concorda com o termo preposicionado.

Exemplos de percentagens com um termo preposicionado singular:

0,75 % da receita reverte a favor dos membros do clube. 13 % da população está desempregada. Foi concedido 10 % do crédito solicitado. 90 % do auditório bateu palmas.

1 % da população está desempregada.

Exemplos de percentagens com um termo preposicionado plural: 1 % das alunas estão satisfeitas com as aulas. 50 % das alunas estão satisfeitas com as aulas. 0,50 % dos inquiridos não têm computador. 0 % dos inquiridos responderam negativamente à pergunta.

Quando a percentagem é antecedida do artigo «os», a concordância faz-se no plural:

Os 10 % de desconto não constam da factura.

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2.2.14. Abreviaturas As abreviaturas são habitualmente assinaladas com um ponto.

Exemplo: art. (artigo) Dr.

Quando o ponto substitui letras a meio da palavra, as últimas letras são, de modo geral, colocadas em expoente. Assim, a abreviatura de excelentíssimo é «Ex.mo», a abreviatura de excelentíssimos é «Ex.mos». Para colocar as letras em expoente, seleccioná-las e carregar nas teclas «Ctrl» + «+». De observar, contudo, que as regras em matéria de abreviaturas não são taxativas, sendo a forma de abreviar igualmente ditada pelo uso. Em caso de dúvida, há que consultar o Código de Redacção Interinstitucional ou os prontuários.

2.2.14.1. Abreviatura de número A abreviatura de número é «n.º», a abreviatura de números é «n.os». Para colocar «o» e «s» em expoente, seleccioná-los e carregar nas teclas «Ctrl» + «+».

2.2.14.2. Abreviatura de Excelência A abreviatura de Excelência é «Ex.a». Para colocar «a» em expoente, seleccioná-lo e carregar nas teclas «Ctrl» + «+». No teclado português, usar a tecla correspondente. A abreviatura de Vossa Excelência é «V. Ex.a». A utilização do tratamento por extenso ou da forma abreviada depende da posição na hierarquia do Estado. Utiliza-se a forma por extenso (Excelência, Vossa Excelência) para os presidentes da República, presidentes da Assembleia da República, primeiros-ministros, presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e presidentes do Tribunal Constitucional, presidentes do Supremo Tribunal Administrativo e presidentes do Tribunal de Contas e antigos presidentes da República. A forma abreviada aplica-se nos restantes casos.

Ver ponto 2.2.20.1. Ofícios dirigidos ao Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia e artigo de Paulo Correia, Fórmulas protocolares, em a folha, n.º 29, Primavera de 2009, p. 5.

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2.2.15. Datas Nas datas, não deve ser colocado um zero antes dos números de um só dígito:

Exemplo: EN OJ L 190, 14.07.1983, p. 25. PT JO L 190 de 14.7.1983, p. 25.

2.2.16. Notas de pé de página ou de rodapé Desde 1 de Setembro de 2008, as notas de rodapé constantes de qualquer texto comunitário referentes a actos publicados no Jornal Oficial limitam-se à referência de publicação do acto na sua versão inicial, sem indicação das alterações posteriores.

Exemplo: JO L 327 de 22.12.2000, p. 74. Em vez de: JO L 327 de 22.12.2000, p. 74. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Decisão 2007/729/CE da Comissão (JO L 294 de 13.11.2007, p. 26).

Se, no original do documento a traduzir, as notas de rodapé contiverem referências às alterações de um acto, o tradutor deve contactar o responsável pelo texto a fim de assinalar o problema e pedir uma nova versão.

2.2.17. Referências ao Jornal Oficial Forma extensa: Jornal Oficial da União Europeia (itálico) Forma curta: Jornal Oficial (dispensa o itálico) Forma abreviada: JO

Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 3.1.2.

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2.2.18. Acórdãos do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Primeira Instância

2.2.18.1. Subdivisão dos acórdãos Os acórdãos do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Primeira Instância subdividem-se em números. EN FR PT point point número point 1 point 1 n.º 1

Exemplos: No que toca à lista dos produtos e dos serviços abrangidos pelas classes 9 e 16 reivindicada no pedido de registo da marca comunitária, reproduzida nos n.os 3 do acórdão recorrido e 8 do presente acórdão, o Tribunal de Primeira Instância declarou, nesse mesmo n.º 62, que o domínio em causa no referido pedido de registo da marca comunitária é, quase exclusivamente, o das telecomunicações sob todas as suas formas. Ver n.os 113 a 119 do acórdão do Tribunal de Justiça de 15 de Dezembro de 2005 no processo C-148/04, Unicredito Italiano SpA/Agenzia delle Entrate, Ufficio Genova I, Colectânea 2005, p. I-11137.

2.2.18.2. Referência aos acórdãos As referências aos acórdãos do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Primeira Instância em publicações não pertencentes a estas instituições apresentam-se do seguinte modo:

Antes de 15 de Novembro de 1989:

acórdão de 15 de Janeiro de 1986 no processo 52/84, Comissão/Bélgica, n.º 12, Colectânea 1986, p. 16.

Após 15 de Novembro de 1989:

acórdão de 22 de Novembro de 2001 no processo C-53/00, Ferring/ACOSS, n.º 17, Colectânea 2001, p. I-9067.

acórdão de 15 de Janeiro de 2002 no processo C-43/00, Andersen og Jensen ApS/Skatteministeriet, n.º 34 e seguintes, Colectânea 2002, p. I-00379.

Ver Código de Redacção Interinstitucional, ponto 3.1.2.

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2.2.19. Aspas As aspas duplas são utilizadas para assinalar uma citação ou um título, assim como para realçar ou acentuar um termo ou uma expressão. Nas versões portuguesas das publicações comunitárias, são utilizadas as aspas angulares (« »), que são também as tradicionalmente mais usadas em Portugal. As aspas curvas (“ ”) devem ser utilizadas para assinalar citações internas dentro da citação, sendo as aspas simples (‘ ’) utilizadas no nível inferior de citação ou de destaque.

Exemplo: «Viviam felizes, “sonhando como num ‘jardim de rosas’ encantado”, sem se preocuparem com o futuro.»

Para os textos que não se destinam a ser publicados no Jornal Oficial da União Europeia, ver ponto 1.4.10. Aspas ( « » ).

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2.2.20. Correspondência

2.2.20.1. Ofícios dirigidos ao Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia Fórmula inicial de cortesia

Senhor Embaixador,

Não existem regras estritas em português em matéria de pontuação a seguir à fórmula inicial de cortesia, embora o uso da vírgula tenda a generalizar-se, em detrimento, por exemplo, dos dois pontos ou da ausência de pontuação. Na correspondência diplomática, é costume utilizar uma vírgula a seguir à fórmula inicial de cortesia.

Tratamento

Venho por este meio agradecer o ofício de V. Ex.a.

Deve ser deixado um espaço entre «V.» e «Ex.ª». Deve ser utilizada a forma abreviada de «Vossa Excelência».

Fórmula final de cortesia

Exemplo: Queira aceitar, Senhor Embaixador, os protestos da minha mais elevada consideração.

Endereço

S. Ex.ª o Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia Embaixador Manuel Lobo Antunes Avenue de Cortenbergh 12 1040 Bruxelles

O título «Sua Excelência» por extenso está reservado aos mais elevados cargos na hierarquia do Estado (Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e, mais recentemente, primeiro-ministro). Para os embaixadores, utiliza-se a forma abreviada «S. Ex.ª». O endereço que consta do lado esquerdo, no fundo da primeira lauda, não se destina a ser lido pelos correios, mas resulta de uma tradição segundo a qual um funcionário verifica a quem é dirigido o ofício. De observar que, de acordo com as regras dos correios belgas, não deve ser colocada uma vírgula entre o nome da rua e o número da porta; o termo «avenue» deve ser escrito por extenso.

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Exemplo de ofício dirigido ao Representante Permanente:

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2.2.20.2. Outros exemplos de endereços e fórmulas de cortesia Ministros Fórmula inicial de cortesia

Senhor Ministro, Tratamento

Venho por este meio agradecer o ofício de V. Ex.a.

Fórmula final de cortesia

Exemplo: Queira aceitar, Senhor Ministro, os protestos da minha mais elevada consideração.

Endereço

Exemplos:

S. Ex.ª o Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Dr. Jaime Silva Praça do Comércio 1149–010 Lisboa PORTUGAL S. Ex.ª o Ministro dos Negócios Estrangeiros Dr. Luís Amado Largo do Rilvas 1399–030 Lisboa PORTUGAL

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Directores-gerais — Generalidade Fórmula inicial de cortesia

Senhor Director-Geral, Tratamento

Venho por este meio agradecer o ofício de V. Ex.a.

Fórmula final de cortesia

Exemplo: Com os melhores cumprimentos.

Endereço

Exemplo:

Ex.mo Senhor Director-Geral dos Arquivos Dr. Silvestre de Almeida Lacerda Alameda da Universidade 1649–010 Lisboa PORTUGAL

— Caso específico dos directores-gerais do Ministério dos Negócios Estrangeiros Fórmula inicial de cortesia

Senhor Director-Geral, Tratamento

Venho por este meio agradecer o ofício de V. Ex.a.

Fórmula final de cortesia

Exemplo: Queira aceitar, Senhor Director-Geral, os protestos da minha mais elevada consideração.

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Endereço A maior parte dos directores-gerais do Ministério dos Negócios Estrangeiros tem o título de embaixador, devendo portanto a fórmula que antecede o cargo ser «S. Ex.a».

Exemplo: S. Ex.a o Director-Geral dos Assuntos Europeus Embaixador José de Freitas Ferraz Ministério dos Negócios Estrangeiros Palácio da Cova da Moura Rua da Cova da Moura, n.º 1 1350-115 Lisboa PORTUGAL

No caso dos directores-gerais do Ministério dos Negócios Estrangeiros que não possuem o título de embaixador, utiliza-se também a fórmula «S. Ex.a» antes do cargo, a fim de não criar uma diferenciação entre directores-gerais.

2.2.20.3. Carta/ofício As cartas não têm carácter oficial e não dizem respeito a assuntos de interesse público. Assim, a resposta da Comissão Europeia a uma pergunta colocada por um cidadão poderá ser feita através de carta. Os ofícios têm carácter oficial, dizem respeito a assuntos de interesse público e são, de modo geral, dirigidos a funcionários ou entidades públicas. Nos ofícios, o endereço é aposto do lado esquerdo, no fundo da primeira lauda.

2.2.20.4. Rodapé na correspondência da Comissão Europeia Na correspondência da Comissão Europeia, deve utilizar-se o modelo de rodapé previsto nos modelos disponíveis no menu Eurolook em WORD.

Exemplo: Commission européenne, B-1049 Bruxelles / Europese Commissie, B-1049 Brussel - Bélgica. Tel.: (32-2) 299 11 11. Escritório: BERL 05/25. Tel.: linha directa (32-2) 296.93.35. Fax: (32-2) 296.43.35.

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2.2.21. Livros verdes/Livros brancos A cor atribuída aos livros verdes e livros brancos nada tem a ver com a capa, mas sim com o conteúdo dos livros publicados pela Comissão Europeia. A designação das cores tem origem no Reino Unido em 1967, ano em que o Governo britânico apresenta um documento com um conjunto de propostas destinadas a ser debatidas na perspectiva da elaboração de uma política. Na altura, o documento tinha uma capa verde e, por isso, os jornais o designaram por livro verde. O livro branco surge um pouco mais tarde para designar o texto resultante dos debates iniciados no âmbito do livro verde. Estas duas designações tornaram-se termos genéricos, utilizados por um grande número de países e pela Comissão Europeia para designar estes dois tipos de documentos. Livros verdes Os livros verdes publicados pela Comissão Europeia têm por objectivo apresentar uma série de ideias com vista a lançar uma consulta à escala europeia e um debate sobre um tema específico. As partes interessadas são convidadas a transmitir por escrito, antes de uma data-limite, os seus pontos de vista sobre as propostas formuladas nos livros verdes. Por vezes, a consulta pode dar origem à edição de um Livro Branco.

Exemplos de livros verdes: Livro Verde sobre a mão-de-obra da União Europeia no sector da saúde Livro Verde sobre os serviços financeiros de retalho no Mercado Único Livro Verde – Para uma rede europeia de energia segura, sustentável e competitiva Livro Verde – O direito de autor na economia do conhecimento Livro Verde – Reforma da política comum das pescas Livro Verde – O crédito hipotecário na UE

Livros brancos Os livros brancos apresentam um conjunto de propostas de acção comunitária com vista ao lançamento de uma política europeia concertada num domínio específico.

Exemplos de livros brancos:

Livro Branco sobre uma estratégia para a Europa em matéria de problemas de saúde ligados à nutrição, ao excesso de peso e à obesidade Livro Branco sobre o desporto Livro Branco sobre a integração dos mercados de crédito hipotecário da EU

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Observação: A utilização de maiúsculas iniciais em «Livro Verde/Branco» permite a distinção do sentido comum «livro verde/branco» (livro de cor verde/branca). Na parte restante do título, usam-se minúsculas iniciais. Porém, se não houver qualquer elemento de ligação entre a designação de «Livro Verde/Branco» e o seu título, emprega-se o travessão seguido de maiúscula inicial.

Citação do título dos «Livros Verdes/Brancos» Na citação do título dos livros verdes/brancos, usa-se o itálico.

Exemplo:

A Comissão adoptou o Livro Verde – Para uma rede europeia de energia segura, sustentável e competitiva

Ver artigo de Noémie Josse, A referência a títulos de monografias em língua portuguesa: Livros Verdes/Brancos, em a folha, n.º 20, Outono de 2005, p. 11.

2.2.22. Textos confidenciais A página de rosto dos textos confidenciais contém uma das seguintes indicações em francês: RESTREINT UE CONFIDENTIEL UE SECRET UE TRES SECRET UE/TOP SECRET EU Estas indicações, que correspondem a graus diferentes de confidencialidade, não devem ser traduzidas.

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2.2.23. Serviço das Publicações da União Europeia Em 1 de Julho de 2009, o «Office des Publications officielles des Communautés européennes (OPOCE)» passou a ser designado por «Office des publications de l'Union européenne (OP)». As disposições relativas ao regime aplicável a este serviço constam da Decisão 2009/496/CE, Euratom relativa à organização e ao funcionamento do Serviço das Publicações da União Europeia. Forma extensa: Serviço das Publicações da União Europeia Forma curta: Serviço das Publicações Forma abreviada: OP

ANEXO I — Quadro de síntese da utilização do hífen na prefixação Exemplos: Ab antes de R Ad antes de R Aero antes de H — O Agro antes de H — O Além antes de qualquer elemento (por ter acento gráfico) Ante antes de E — H Anti antes de H — I Aquém antes de qualquer elemento (por ter acento gráfico) Arqui antes de H — I Auto antes de H — O Bem antes de qualquer elemento (quando há perfeita evidência de sentido) Bio antes de H — O Ciber antes de H — R Circum antes de vogal — H — M — N Cis antes de H Co antes de H Com antes de vogal — H Contra antes de A — H

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Eletro antes de H — O Entre antes de E — H Euro antes de H — O ou em palavras formadas por justaposição Ex antes de qualquer palavra (quando tem o sentido de estado anterior ou de

cessamento) Extra antes de A — H Geo antes de H — O Hidro antes de H — O Hiper antes de H — R Infra antes de A — H Inter antes de H — R Intra antes de A — H Macro antes de H — O Mal antes de vogal — H — L Maxi antes de H — I Mega antes de A — H Micro antes de H — O Mini antes de H — I Multi antes de H — I Neo antes de H — O Ob antes de R Pan antes de vogal — B — H — M — N — P Para antes de qualquer elemento (com o sentido de proteção) Para antes de A — H Pluri antes de H — I Pós antes de qualquer palavra (por ter acento gráfico) Pré antes de qualquer palavra (por ter acento gráfico) Pró antes de qualquer palavra (por ter acento gráfico) Proto antes de H — O Pseudo antes de H — O Recém antes de qualquer elemento (por ter acento gráfico) Retro antes de H — O Sem quando mantém a pronúncia própria e o segundo elemento tem vida autónoma Semi antes de H — I Sob antes de B — H — R Sobre antes de E — H Sota antes de qualquer palavra Soto antes de qualquer palavra Sub antes de B — H — R Super antes de H — R Supra antes de A — H

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Tele antes de E — H Trans antes de H Ultra antes de A — H Vice antes de qualquer palavra Vizo antes de qualquer palavra

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ANEXO II — Múltiplos e submúltiplos O uso do hífen para os prefixos de múltiplos e submúltiplos segue as regras gerais. Estes prefixos são comuns nas designações de unidades de medida ou de compostos químicos. Exemplos: Prefixo Uso do hífen Exemplos Símbolo Fator Semi antes de H — I ×0,5 Sesqui antes de H — I sesquissulfureto ×1,5 Di antes de H — I di-hidro ×2 Bi antes de H — I bifenilo ×2 Tri antes de H — I tri-halogenado; trissulfato ×3 Tetra antes de A — H tetra-acetato ×4 Penta antes de A — H pentaclorofenol ×5 Hexa antes de A — H hexa-álcool; hexafluorado;

hexa-hidrato ×6

Hepta antes de A — H heptadieno ×7 Octa antes de A — H octatetraeno ×8 Nona antes de A — H nonanoílo ×9 Deca antes de A — H deca-hidratação ×10 Undeca antes de A — H undecano ×11 Dodeca antes de A — H dodecano ×12 Iocto antes de H — O y ×10-24 Zepto antes de H — O z ×10-21 Ato antes de H — O a ×10-18 Fento antes de H — O f ×10-15 Pico antes de H — O p ×10-12 Nano antes de H — O n ×10-9 Micro antes de H — O µ ×10-6 Mili antes de H — I mili-henry; milissegundo m ×10-3 Centi antes de H — I c ×10-2 Deci antes de H — I d ×10-1 Deca antes de A — H da ×101 Hecto antes de H — O hectolitro (mas hectare) h ×102 Quilo antes de H — O quilo-ohm; quilovolt k ×103 Mega antes de A — H mega-hertz; megabyte;

megawatt M ×106

Giga antes de A — H giga-hertz; gigabyte; gigawatt

G ×109

Tera antes de A — H tera-hertz T ×1012 Peta antes de A — H P ×1015 Exa antes de A — H E ×1018 Zeta antes de A — H Z ×1021 Iota antes de A — H Y ×1024