departamento de ciencias sanitarias y médico-sociales

295
Departamento de Ciencias Sanitarias y Médico-Sociales MARKETING NOS SISTEMAS ARQUIVÍSTICOS PÚBLICOS. PLANIFICAÇAO E COMUNICAÇAO NOS SERVIÇOS DE EXTESAO CULTURAL. SUA APLICABILIDADE NO SISTEMA ARQUIVÍSTICO PORTUGUÉS: O SERVIÇO CULTURAL EDUCATIVO/EXTENSIÓN CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA. TESIS DOCTORAL SOFIA MARGARIDA DE CASTRO BARROS CORREIA DOS SANTOS Alcalá de Henares, 2012

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Page 1: Departamento de Ciencias Sanitarias y Médico-Sociales

Departamento de Ciencias Sanitarias y Meacutedico-Sociales

MARKETING NOS SISTEMAS ARQUIVIacuteSTICOS PUacuteBLICOS PLANIFICACcedilAO E

COMUNICACcedilAO NOS SERVICcedilOS DE EXTESAO CULTURAL SUA

APLICABILIDADE NO SISTEMA ARQUIVIacuteSTICO PORTUGUEacuteS O SERVICcedilO

CULTURAL EDUCATIVOEXTENSIOacuteN CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA

MADEIRA

TESIS DOCTORAL

SOFIA MARGARIDA DE CASTRO BARROS CORREIA DOS SANTOS

Alcalaacute de Henares 2012

2

Departamento de Ciencias Sanitarias y Meacutedico-Sociales

TESIS DOCTORAL

MARKETING NOS SISTEMAS ARQUIVIacuteSTICOS PUacuteBLICOS PLANIFICACcedilAO E

COMUNICACcedilAO NOS SERVICcedilOS DE EXTESAO CULTURAL SUA

APLICABILIDADE NO SISTEMA ARQUIVIacuteSTICO PORTUGUEacuteS O SERVICcedilO

CULTURAL EDUCATIVOEXTENSIOacuteN CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA

MADEIRA

Presentada por SOFIA MARGARIDA DE CASTRO BARROS CORREIA DOS SANTOS

Dirigida por

Dra Dordf Esperanza Martiacutenez Montalvo

Alcalaacute de Henares 2012

3

Dedico este trabalho aos meus Pais Maacuterio e Sofia

Um beijo cheio de saudade

4

Agradeccedilo ao Rui por estar sempre comigo a dar-me apoio nos momentos menos

bons e mais agradaacuteveis

Aos meus irmatildeos Mariacutelia Maacuterio e Fernando por tambeacutem sempre me apoiarem e

estarem sempre presentes nem que fosse com um simples olaacute

Agrave minha orientadora Professora Esperanza que mostrou-me que eacute agradaacutevel fazer

investigaccedilatildeo ainda para mais quando se gosta do tema proposto

Agradeccedilo tambeacutem a duas amigas Faacutetima Abreu e Faacutetima Barros por todo o apoio

demonstrado

A todos que responderam agraves minhas entrevistas em especial ao Professor Julio

Diaz Cerdaz

Um muito obrigado

5

RESUMEN (ESPANtildeOL)

La gestioacuten de una organizacioacuten con o sin aacutenimo de lucro representa un desafiacuteo

constante para quieacuten trabaja en ella Todo debe ser planificado y ejecutado de acuerdo

con los objetivos y competencias de cada servicio y sector El mareting debe estar

presente pues todo debe ser hecho para responder de forma eficiente y eficaz a las

necesidades tangibles e intangibles de los diferentes segmentos Soacutelo asiacute las empresas

pueden posicionarse en el mercado y se distinguen de la competencia

Partiendo de estas premisas de la contrastacioacuten de la bibliografiacutea existende

sobre marketing ademaacutes de nuestra experiencia profesional como archivera y

responsable del Servicio Educativo Extensioacuten Cultural del Archivo Regional de

Madeira y del anaacutelisis de las pesquisas efectuadas en los archivos de los diferentes

municipios de Portugal hay que destacar la importancia y necesidad de teorizar y

transpolar todos estos conceptos al aacutembito de los archivos puacuteblicos Esto es en el

contexto actual la supervivencia de estos sistemas de informacioacuten impusados por esta

sociedad de la informacioacuten y del conocimiento habraacute de pasar por el incremento de las

herramientas de marketing en el queacer diario como forma de imposicioacuten y

valorizacioacuten el amplio capital de informacioacuten que administramos en contra de la idea

popular de que son locales inacesibles frecuentados apenas por investigadores eruditos

y estudiantes Con la finalidad de poder alcanzar la transformacioacuten cualitativa deseada

habraacute que pasar tambieacuten por una planificacioacuten de todas y cada una de las actividades

para alcanzar la excelencia de los servicios bienes y productos de forma responsable y

respondiendo anticipadamente a los deseos y voluntades del cliente objetivo De este

modo a lo largo de este trabajo de investigacioacuten se ha ido analizando todo el completo

aacutembito de las estrategias de marketing al mismo tiempo que hemos ido sugiriendo

propuestas y formas de uso de las mismas en lo que se refiere a marketing interno e-

marketing marketing editorial marketing de informacioacuten marketing mix plano

estrateacutegico etc y siempre que ha sido posible acompantildeadas de ejemplos de buenas

praacutecticas y de entrevistas efectuadas en archivos puacuteblicos nacionales y extranjeros asi

como de la descripcioacuten de la implementacioacuten de un servicio educativo y cultural en este

caso concreto del Archivo Regional de Madeira ( Funchal)

Con los resultados de esta investigacioacuten deseariacuteamos contribuir al cambio de

pensamiento acerca de la organizacioacuten de los servicios prestados por los archivos

puacuteblicos de cara al usuario y respecto a su acercamiento a los mismos involucrando a

6

todos sus (clientes internos) y posibilitando a sus consumidores (clientes externos) una

nueva forma de ejercicio de ciudadania

7

RESUMO (PORTUGUEcircS)

A gestatildeo de uma organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem trabalhada nela Tudo tem de ser planeado e executado de acordo

com a matriz de objectivos e matriz de competecircncia de cada serviccedilo sector O

marketing tem de estar presente pois tudo eacute feito para responder de forma eficiente e

eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos diferentes segmentos Soacute assim as

empresas se posicionam no mercado e se distinguem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing da

nossa experiecircncia profissional como arquivista responsaacutevel pelo Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira da anaacutelise dos inqueacuteritos

efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal sobressaiu a importacircncia de reflectir e

teorizar sobre a transposiccedilatildeo destes conceitos aos Arquivos Puacuteblicos Isto eacute no contexto

actual a sobrevivecircncia destes Sistemas de Informaccedilatildeo impulsionados pela Sociedade

da Informaccedilatildeo e do Conhecimento passaraacute pelo incremento das ferramentas do

marketing no seu quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital

de informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando a ideia de serem locais inacessiacuteveis

frequentado apenas por investigadores eruditos e estudantes Para que se possa operar a

transformaccedilatildeo qualitativa desejada haacute tambeacutem que apostar na planificaccedilatildeo de todas as

actividades para atingir a excelecircncia dos serviccedilos bens produtos de forma a responder

antecipadamente aos desejos e vontades do cliente-indiviacuteduo Daiacute sugerirmos ao longo

do trabalho propostas e formas de utilizaccedilatildeo do marketing interno do e-marketing do

marketing editorial do marketing de informaccedilatildeo do marketing mix e do plano

estrateacutegico sempre que possiacutevel acompanhados de exemplos de boas praacuteticas e de

entrevistas efectuadas em arquivos puacuteblicos nacionais e estrangeiros bem como a

descriccedilatildeo da implementaccedilatildeo de um serviccedilo educativo e cultural no Arquivo Regional da

Madeira Funchal como estudo de caso

Do resultado desta investigaccedilatildeo gostariacuteamos de sentir que contribuiacutemos para

uma mudanccedila do pensamento na forma de organizaccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelos

Arquivos Puacuteblicos envolvendo todos os colaboradores (clientes internos)

possibilitando aos seus consumidores (clientes externos) uma nova forma de exerciacutecio

da cidadania

8

SUMAacuteRIO

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO 1

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo 10 1 2 Objecto de estudo 14 13 Metodologia Utilizada 15 14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas 17

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS ASSOCIADOS 20

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual 20 211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia 23

22 Conceito de marketing 25

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos 33 231 Outros compostos do marketing mix 43

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado 46

25 Plano Estrateacutegico de Marketing 49 251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing 50

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS UNIDADES DE

INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO 57

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS 73

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos 76 411 Mercado Interno 76

412 Mercado Externo 80 43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos 87

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e estatildeo

dispostos a adquirir 87 432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este produtoserviccedilo

98 433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o produtoserviccedilo

100

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo 101

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos 128 45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo 141

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO CULTURAL

DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA 144

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira 144 511 Principais fundos 147 512 Outros Serviccedilos do ARM 148

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos 148 5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental 149 5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees 149

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro 150 5124 Serviccedilo de Biblioteconomia 151 5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica 151

5125 Outros Serviccedilos 151 52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM 151

9

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo 156 531 Actividades pedagoacutegicas e culturais 160 532 Ediccedilotildees de Fontes 181

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada 184 534 Gestatildeo da loja 186 534 Siacutetio Web 189 534 Wisi ndash Intranet 191 535 Acolhimento 193

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO 195

BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INFORMACcedilAtildeO 199

Fontes de Referecircncia 199 Instrumentos de trabalho 207

Documentaccedilatildeo geral 213 Legislaccedilatildeo normas e sites consultadas 214

LISTA DE ABREVIATURAS 217

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS 218

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da Direcccedilatildeo-

Geral de Arquivos 223 Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web Design

Web amp Multimedia Navega Bem 227

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto 231 Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 234

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora236 Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel 240 Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a

Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha

256

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) 260 Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira 263

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo 270 Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico 277 Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas 279

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais 281 Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira 283 Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira

285 Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

290 Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio 293

10

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo

As unidades de informaccedilatildeo devem atender agraves necessidades emergentes da

Sociedade da Informaccedilatildeo As forccedilas da globalizaccedilatildeo e o despontar das novas

tecnologias estimulam as empresas a desenvolverem um conjunto de competecircncias

nesta aacuterea Este tipo de vivecircncia origina um novo tipo de cultura em que as pessoas satildeo

mais exigentes e sensiacuteveis face agrave qualidade de um produto de um serviccedilo ou mesmo agrave

qualidade de ensino e de vida Agraves organizaccedilotildees por sua vez exige-se flexibilidade

qualitativa e quantitativa de modo a que se adaptem agraves constantes mutaccedilotildees do

ambiente Para sua adaptaccedilatildeo torna-se urgente que as bibliotecas os centros de

documentaccedilatildeo e os arquivos ndash unidades de informaccedilatildeo ndash apliquem as teacutecnicas

mercadoloacutegicas de forma a conheceremidentificarem os diferentes segmentos onde

actuam Haacute que atender a todas as suas necessidades e demandas a partir do

cliente-indiviacuteduo razatildeo da existecircncia destes serviccedilos

Partindo destes pressupostos compete a estas Instituiccedilotildees divulgar o patrimoacutenio

documental que pertencem ao cidadatildeo e servem a populaccedilatildeo e constituem um

importante segmento do nosso patrimoacutenio cultural

Esta perspectiva de aproximaccedilatildeo ao utilizador leva-nos a propor como tema de

doutoramento a utilizaccedilatildeo do marketing nos Arquivos Puacuteblicos definidos como locais

que guardam a documentaccedilatildeo produzida laquopor uma pessoa de direito puacuteblicoraquo e

laquopropriedade de uma pessoa de direito puacuteblicoraquo1 e que satildeo mantidos pela

laquoadministraccedilatildeo federal ou central de um paiacutes identificado como o principal agente da

poliacutetica arquiviacutestica em seu acircmbitoraquo2 e ou mantidos pela laquoadministraccedilatildeo municipal

identificado como o principal agente da poliacutetica arquiviacutestica nesse acircmbitoraquo3

Deste grupo de arquivos a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos (DGARQ) entidade

coordenadora do sistema de arquivos portugueses considera que os Arquivos Puacuteblicos

se dividem em arquivos de acircmbito nacional regional e municipal4

1 Arquivos Puacuteblicos ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Dicionaacuterio de Terminologia

Arquiviacutestica Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro Lisboa 1993 ISBN 972-565-164-4 p10 2 Idem

3 Arquivos Puacuteblicos Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf 4 De acordo com o Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo as suas atribuiccedilotildees satildeo laquosalvaguarda do

patrimoacutenio arquiviacutestico e patrimoacutenio fotograacutefico bem como de valorizaccedilatildeo da missatildeo dos arquivos como

11

No primeiro caso fazem parte o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o

Centro de Fotografia Portuguecircs

Os arquivos de acircmbito regional satildeo dezasseis5

a) Arquivo distrital de Aveiro

b) Arquivo distrital de Beja

c) Arquivo distrital de Braganccedila

d) Arquivo distrital de Castelo Branco

e) Arquivo distrital de Eacutevora

f) Arquivo distrital de Faro

g) Arquivo distrital da Guarda

h) Arquivo distrital de Leiria

i) Arquivo distrital de Lisboa

j) Arquivo distrital de Portalegre

l) Arquivo distrital do Porto

m) Arquivo distrital de Santareacutem

n) Arquivo distrital de Setuacutebal

o) Arquivo distrital de Viana do Castelo

p) Arquivo distrital de Vila Real

q) Arquivo distrital de Viseu

O Arquivo Regional da Madeira6 e a Biblioteca Puacuteblica e Arquivo Regional de

Angra do Heroiacutesmo7 satildeo tambeacutem puacuteblicos mas por serem arquivos das regiotildees

autoacutenomas da Madeira e dos Accedilores natildeo fazem parte da rede de arquivos regionais

No que concerne a arquivos municipais cerca de trezentos no nosso paiacutes8

resultam das laquoactividades administrativas de um municiacutepioraquo eou laquoeacute responsaacutevel pela

aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos arquivos municipaisraquo9 A gestatildeo destes

arquivos eacute autoacutenoma mas obedecem aos princiacutepios da proveniecircncia e de ordem natural

bem como agraves regras de descriccedilatildeo para implementar instrumentos de trabalho como

repositoacuterio da memoacuteria colectiva sendo assim a entidade coordenadora do sistema nacional de arquivos

independentemente da forma e suporte de registoraquo Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa 5 Artigo 1ordm aliacutenea 2 do Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie Ministeacuterio da Cultura Lisboa

p 1914 e 1916 6 Para saber mais sobre este arquivo vide wwwarquivo-madeiraorg

7 No caso dos Accedilores consulte o site wwwbparahazoresgovpthtml

8 Para saber mais sobre os municiacutepios portugueses consulte o site wwwanmppt

9 Arquivos Municipais ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p9

12

planos de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo e relatoacuterios de massa

documental acumulada por exemplo

Outros factores explicam este estudo O facto de ser arquivista e responsaacutevel pelo

Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional Madeira (SEEC) que nos

permite ter contacto diaacuterio com todos os tipos de nichos e querer melhorar a qualidade

dos serviccedilos prestados e por outro lado por em princiacutepio se tratar da primeira

tentativa em Portugal de concretizaccedilatildeo de um projecto deste geacutenero Por isso a

elaboraccedilatildeo deste trabalho constitui logo agrave partida uma aventura Podemos mesmo

afirmar que haacute ainda pouca consciecircncia sobre a aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos

nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo Basta dizer que em termos de bibliografia nacional10

soacute

conseguimos encontrar dois trabalhos que abordam estas questotildees mas voltados para

bibliotecas uma tese de mestrado de Maria Leonor Cardoso Seacutergio Pinto apresentada

em 2006 na Universidade de Eacutevora denominado de laquoMarketing nas Bibliotecas

Puacuteblicas Portuguesasraquo e um artigo de Antoacutenio M Saacute Santos apresentado no 9ordm

Congresso da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas (APBAD)

realizado em 2007 nos Accedilores intitulado laquoComo atingir os nossos utilizadores o

marketing directo nas bibliotecas e serviccedilos de documentaccedilatildeoraquo Encontramos

igualmente artigos cientiacuteficos que abordam a importacircncia do estudo dos utilizadores e

dos serviccedilos prestados nos serviccedilos de referecircncia mas natildeo fazem qualquer alusatildeo

directa agrave aplicaccedilatildeo da ferramenta de marketing

Por consulta do programa de formaccedilatildeo da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas ndash httpwwwapbadptFormacaoformacaohtm e por

frequecircncia em algumas acccedilotildees de formaccedilatildeo11

podemos dizer que este organismo revela

jaacute uma preocupaccedilatildeo sobre a aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo ao

apostar presentemente em alguma formaccedilatildeo nesta aacuterea

10

Realizada pesquisa no cataacutelogo bibliograacutefico na Biblioteca Puacuteblica de Portugal e na Biblioteca Puacuteblica

Regional o resultado revelou-se infrutiacutefero Solicitada informaccedilatildeo agrave Associaccedilatildeo de Profissionais de

Marketing em Portugal quer por correio electroacutenico quer por telefone tambeacutem natildeo obtivemos qualquer

resposta Tambeacutem o director da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Dr Silvestre Lacerda em entrevista nos

confirmou que natildeo conhecia qualquer trabalho do geacutenero realizado no nosso paiacutes 11

As formaccedilotildees frequentadas foram laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em bibliotecas e arquivos ndash

moacutedulo organizaccedilatildeo montagem e avaliaccedilatildeo de exposiccedilotildeesraquo e laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em

bibliotecas e arquivos ndash moacutedulo marketing cultural imagem e identidade de uma instituiccedilatildeo culturalraquo

em 2004 e laquoSer e Aparecer eis a questatildeo marketing Comunicaccedilatildeo e Relaccedilotildees Puacuteblicas em Bibliotecasraquo

em 2006

13

Por outro lado a leccionaccedilatildeo da poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais

variante de Arquivo em Portugal jaacute denota uma preocupaccedilatildeo na abordagem desta

mateacuteria12

A niacutevel mundial o panorama sobre o estudo de marketing em arquivos revela

tambeacutem um certo marasmo e embora em Espanha exista um trabalho de investigaccedilatildeo

na aacuterea13

o nuacutemero de artigos cientiacuteficos encontrados satildeo em nuacutemero reduzido e de

diversas origens (figura nordm 1)

Autores Origem Ano Tiacutetulo

Jean-Yves

Rousseau Canadaacute 1982 Le marketing des archives agrave lUniversiteacute de

Montreacuteal Mireille

Miniggio Canadaacute 1989 Le marketing au service de larchivistique le cas de

projet de normalisation au niveau du fonds

darchives Pierre de

Longuemar Franccedila 1993 Faut-Il Exploiter Des Archives Bancaires Pour Le

Marketing Deux Colloques Sur les Archives

Historiques Des Banques Max Evans EUA 1998 Archives of the people by the people for the

people Daniel Corzo Peruacute 2001 La aplicacioacuten del marqueting en la archiviacutestica poacuter

que como y para queacute Elizabeth

Hallam Smith Inglaterra 2003 Customer Focus and Marketing in Archive Service

Delivery theory and practice 1

Geoffrey

Lecturer Yeo Inglaterra 2005 Understanding Users and Use a Market

segmentation approach

Vanderlei

Batista dos

Santos

Brasil 2007 Una propuesta de marketing para un archivo

institucional

Figura n ordm 1

Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Fonte Sofia Santos

Perante a escassez dos suportes teoacutericos e ainda natildeo satisfeitos encetamos

contacto com a American Marketing Association e com a Society of American

Archivists as quais afirmaram desconhecer a existecircncia de trabalhos deste geacutenero14

Mesmo a consulta da revista laquoAchivariusraquo de origem canadiana revelou-se infrutiacutefera

12

Foi leccionado na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais na Universidade da Madeira no ano

lectivo de 20062007 a cadeira laquoComunicaccedilatildeo da Informaccedilatildeoraquo em que noacutes jaacute abordamos a necessidade

de aplicar este tema nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo O mesmo curso ministrado na Universidade Lusoacutefona

Universidade Autoacutenoma de Lisboa Universidade Lusoacutefona e a Universidade Portucalense tambeacutem jaacute

abordam este tema 13

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Magraverquetin y Archivos Ediciones Trea SL Asturias 2006 Depoacutesito

Legal As 497-2006 ISBN 84-9704-218-2 14

Gonzalez Lee [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem An information for a PHD Dezembro de 2008

14

De troca de e-mials com Reacutejean SAVARD autor da obra de referecircncia laquoPrincipes

directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et

archivistesraquo referiu que natildeo existem muitas dissertaccedilotildees sobre este tema15

Apesar da situaccedilatildeo descrita decidimos optar por esta investigaccedilatildeo tentando

contribuir para um conhecimento mais rigoroso desta nova aacuterea do saber

1 2 Objecto de estudo

Uma vez expostas as razotildees da escolha do tema importa agora delimitar o seu

campo de estudo

Tal como jaacute afirmamos o nosso objecto desta dissertaccedilatildeo eacute a utilizaccedilatildeo dos

conceitos mercadoloacutegicos pelos Arquivos Puacuteblicos Para explicaccedilatildeo dos fundamentos

teoacutericos dividimos o estudo em trecircs partes

A primeira parte corresponde agrave compreensatildeo de diversos conceitos que estatildeo

associados ao marketing sua evoluccedilatildeo histoacuterica definiccedilatildeo e conceitos que lhe estatildeo

associados como o composto do marketing mix segmentaccedilatildeo de mercado e plano

estrateacutegico de marketing aspectos primordiais para se perceber o seu modo de

funcionamento

Como o objecto central satildeo os arquivos considera-se importante numa segunda

parte efectuar um enquadramento do marketing dentro das organizaccedilotildees sem fins

lucrativos Nesse sentido far-se-aacute uma apresentaccedilatildeo em simultacircneo com outras unidades

de informaccedilatildeo ndash bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo ndash no qual tentamos responder agraves

seguintes questotildees

a) Que problemas inerentes estatildeo na aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de

informaccedilatildeo

b) Haacute resistecircncia agrave sua aplicaccedilatildeoadopccedilatildeo

c) Qual dos compostos de marketing eacute o mais reconhecidoutilizado por estes

organismos

d) Quais satildeo as propostas que os bibliotecaacuterios e documentalistas propotildeem para

a mudanccedila da visatildeo da aplicaccedilatildeo do marketing

15

SAVARD Reacutejean [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem One question from PortugalDezembro de 2010

15

Para responder a estas e outras questotildees baseamo-nos nas leituras de publicaccedilotildees

americanas australianas brasileiras espanholas francesas inglesas peruanas e

portuguesas e que se debruccedilam sobre este tema

Numa terceira fase procuramos saber como se poderia aplicar nos arquivos

puacuteblicos

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que oferecem os arquivos aos utilizadoresclientesconsumidores para

satisfazerem as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em arquivos puacuteblicos

Seraacute que o marketing aplica-se nos Arquivos Distritais portugueses

Estes satildeo os problemas levantados e ao mesmo tempo que respondemos a esta

problemaacutetica apresentamos propostas para os arquivos melhorarem os seus serviccedilos

Como complemento deste capiacutetulo associamos entrevistas realizadas a arquivos

instituiccedilotildees culturais empresa de Web design e uma editora bem como a apresentaccedilatildeo

da anaacutelise dos resultados dos inqueacuteritos aplicados a arquivos distritais de Portugal

A uacuteltima parte da tese descreve o caso de aplicaccedilatildeo das estrateacutegias de marketing

no Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

13 Metodologia Utilizada

No desenvolvimento do estudo que agora se apresenta a componente

metodoloacutegica seguida nas vaacuterias fases da investigaccedilatildeo eacute o meacutetodo qualitativo As suas

principais caracteriacutesticas segundo BOGDAN e BIKLEN eacute a riqueza dos pormenores

descritos relativamente a pessoas locais e conversas16

Ainda nos dizem que

laquoos indiviacuteduos que fazem investigaccedilatildeo qualitativa possam vir a

seleccionar questotildees especiacuteficas agrave medida que recolhem os dados a

abordagem agrave investigaccedilatildeo natildeo eacute feita com o objectivo de responder a

questotildees preacutevias ou de testar hipoacuteteses Privilegiam essencialmente a

16

BOGDAN e BIKLEN - Investigaccedilatildeo Qualitativa em Educaccedilatildeo Uma introduccedilatildeo agrave teoria e aos

meacutetodos Porto Editora Porto 1994 ISBN 972-0-34112-2 p 16

16

compreensatildeo dos comportamentos a partir da perspectiva dos sujeitos da

investigaccedilatildeo (hellip) recolhem normalmente os dados em funccedilatildeo de um

contacto aprofundado com os indiviacuteduos nos seus contextos ecoloacutegicos e

naturaisraquo 17

A partir das leituras efectuadas na obra dos autores supracitados ndash laquoInvestigaccedilatildeo

Qualitativa em Educaccedilatildeo Introduccedilatildeo agrave teoria e aos meacutetodosraquo o nosso objecto de estudo

segue quatro linhas orientadoras

1 A fonte directa de dados eacute sempre o laquoambiente naturalraquo18

sendo um

investigador o instrumento principal Ou seja os proponentes introduzem-se no

espaccedilo de estudo (uma famiacutelia uma escola uma comunidade ou outro local)

recolhendo dados que depois revecircem Entende-se que os acontecimentos satildeo

compreendidos mais eficazmente quando observados no contexto onde ocorrem

No caso do SEEC do Arquivo Regional da Madeira a aproximaccedilatildeo aos sujeitos

e o conhecimento do seu quotidiano concretizou-se com facilidade uma vez que

fizemos parte da sua organizaccedilatildeo criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de iniciativas A

observaccedilatildeo organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo nas actividades desenvolvidas

privilegiaram um melhor entendimento do contexto envolvente Nesse sentido o

nosso objecto de estudo resulta de observaccedilatildeo directa

2 A investigaccedilatildeo qualitativa eacute descritiva histoacuterica e indutiva Os dados

recolhidos traduzem-se em palavras imagens e nunca em nuacutemeros Os

resultados incluem citaccedilotildees com base nas fontes consultadas fotografias

documentos pessoais ou registos oficiais Durante a fundamentaccedilatildeo teoacuterica do

Capiacutetulo II ao Capiacutetulo IV recorremos a documentaccedilatildeo geneacuterica e agrave nossa

experiecircncia profissional Daiacute afirmarmos que a componente epistemoloacutegica

tambeacutem estaacute presente

3 Os investigadores qualitativos natildeo pretendem confirmar hipoacuteteses construiacutedas

previamente mas elaborar uma teoria de acordo com a informaccedilatildeo recolhida

Nunca presumem que sabem o suficiente antes de comeccedilar a investigaccedilatildeo No

iniacutecio a recolha e anaacutelise dos dados pressupotildee muacuteltiplas opccedilotildees que partem do

17

BOGDAN e BIKLEN ndash Ob cit 18

Idem

17

geral (noccedilotildees geneacutericas sobre o marketing e os conceitos que lhe estatildeo

associados) ateacute ao particular (apresentaccedilatildeo do caso de estudo) e conclusatildeo

recomendaccedilotildees

4 O significado eacute fulcral na abordagem qualitativa Os investigadores que

seguem esse meacutetodo preocupam-se com as opiniotildees de todos os intervenientes

na sua dinacircmica interna Com esse objectivo em mente procuram um registo tatildeo

rigoroso quanto possiacutevel

A transcriccedilatildeo das entrevistas efectuadas a uma empresa de Web Design ndash Web

amp Multimedia Navega Bem a uma instituiccedilatildeo cultural ndash Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian atraveacutes do Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo a Arquivos ndash Arquivo

Municipal de Penafiel Centro de Fotografia Portuguecircs Arquivo Regional da Madeira

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha inqueacuteritos efectuados

aos arquivos distritais de Portugal e a uma editora ndash Editora Sextante aleacutem de

contribuiacuterem para o enriquecimento do trabalho contribuem ainda para testemunhar

exemplos de boas praacuteticas da utilizaccedilatildeo do marketing em diferentes aacutereas do saber

Estamos perante uma quinta linha orientadora do nosso trabalho a metodologia

quantitativa

14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas

A recolha da informaccedilatildeo necessaacuteria ao desenvolvimento deste estudo

processou-se em diversas etapas e teve como suporte diferentes fontes de informaccedilatildeo

Os dados de natureza histoacuterica relativos agrave evoluccedilatildeo do marketing bem como os

conceitos que lhe estatildeo associados foram compilados a partir de fontes bibliograacuteficas

(monografias e revistas) A instituiccedilatildeo onde efectuaacutemos a grande maioria das pesquisas

de tipo bibliograacutefico foi a Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e apesar de ser

abrangida pela lei do depoacutesito legal verificamos algumas lacunas relativas a

publicaccedilotildees de referecircncia Mediante esta situaccedilatildeo tivemos de recorrer ao empreacutestimo

inter-bibliotecaacuterio As obras solicitadas na sua maioria da autoria de Philip KOTLER

satildeo ediccedilotildees e traduccedilotildees brasileiras laquoMarketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o

lucroraquo laquoMarketingraquo laquoMarketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa

saberraquo e laquoMarketing para o seacuteculo XXIraquo satildeo alguns desses exemplos Do mesmo autor

18

foram ainda consultadas os laquoPrinciacutepios do marketingraquo laquoMarketing para serviccedilos

profissionaisraquo e laquoMarketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionaisraquo com co-autoria

de respectivamente Gary ARMSTRONG Paul N BLOOM e Karen FOX

A niacutevel de produccedilatildeo nacional foi consultado o livro laquoTeoria e praacutetica do

Marketing Mercator 2000raquo de Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim

RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA ndash Dicionaacuterio

de Marketing e em ficheiro electroacutenico a laquoRevista Portuguesa de Marketing On-lineraquo

Relativamente agrave informaccedilatildeo especiacutefica sobre estudos nas unidades de

informaccedilatildeo ela foi recolhida a niacutevel nacional pelos artigos publicados pela APBAD e

nas actas das jornadas laquoO Renascer da Informaccedilatildeo - os novos edifiacutecios de Arquivosraquo e

laquoServiccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecasraquo datadas de 2003 e 2006 A niacutevel

arquiviacutestico foram consultados artigos de Fernanda RIBEIRO portuguesa doutorada em

arquiviacutestica e o laquoDicionaacuterio de terminologia arquiviacutesticaraquo de Ivone ALVES Margarida

RAMOS entre outros

Uma vez esgotadas estas fontes tivemos de recorrer a bibliografia de natureza

teoacuterica e teacutecnica a niacutevel internacional

Consultaacutemos inuacutemeros artigos publicados pela International Federation of

Library Associations and Institutions (IFLA) e da Australian Librarian and

Information Assocation (ALIA) e artigos publicados no Brasil na sua maioria da

autoria de Sueacuteli Angeacutelica AMARAL doutorada em Ciecircncias da Informaccedilatildeo na vertente

de Bibliotecas Outras fontes utilizadas foram as actas dos congressos do Conselho

Internacional de Arquivos (CIA) e publicaccedilotildees da Unesco como a obra de Reacutejean

Savard laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistesraquo e artigos publicados pelo laquoJournal of Society of

Archivesraquo Foram ainda consultadas as ediccedilotildees de Ramoacuten Alberch i Fugueras Lurdes

Boix Llonch Nataacutelia Navarro Sastre e Susanna Vela Palomares laquoArchivos y cultura

manual de dinamizacioacuten e Antoni Tarreacutes ROSELL laquoMagraverquetin y Archivosraquo de origem

brasileira foi consultada laquoMarketing Cultural e Financiamento da Culturaraquo de Ana Carla

Fonseca REIS e laquoMarketing Cultural comunicaccedilatildeo dirigidaraquo de Roberto Muylaert

Como complemento destas informaccedilotildees foram ainda solicitados artigos na

Biblioteca del CIDA Centro de Informacioacuten Documental de Archivos Madrid e na

Universidade de Montreal Canadaacute sobre experiecircncias de marketing em arquivos

universitaacuterios e bancaacuterios

19

Natildeo queremos deixar de fazer referecircncia a outras bibliotecas espanholas (como a

Universidad Complutense e a Universidad de Alcalaacute de Henares e de outras como a

Universidad de Granada Muacutercia y Carlos III ndash de grande apoio e orientaccedilatildeo) e das

obras de Eileen Elliott de Saez laquoMarketing concepts for libraries and information

servicesraquo laquoMarketin decircs bibliotheacuteques et decircs centres de documentationraquo de Jean-

Michel SALAUumlN e laquoMarketing Library and Information Services International

Perspectivesraquo de Christie KOONTZ Angels MASSISIMO e Reacutejean SAVARD

Foram ainda consultadas exemplos de boas praacuteticas em museus como a obra

laquoEstrategias y marketing de museosraquo de Neil KOTLER e Philip KOTLER laquoEl turismo

cultural los museos y su planificacioacutenraquo de Manuel RAMOS LIZANA laquoLa

comunicacioacuten global del patrimoacutenio culturalraquo coordenado por Santos M MATEOS

RUSILLO entre outros

No caso de estudo de caso que seraacute apresentado no capiacutetulo V baseamo-nos em

informaccedilotildees internas circulares relatoacuterios e experiecircncia profissional

Quanto agraves referecircncias bibliograacuteficas seguimos a Norma Portuguesa 405-1 405-

2 405-3 e 405-4

As ediccedilotildees de referecircncia e a bibliografia utilizadas nesta dissertaccedilatildeo satildeo

mencionadas no final da mesma

20

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS

ASSOCIADOS

O presente estudo pretende contribuir para uma melhor compreensatildeo da filosofia

do marketing aplicado especificamente em organismos que natildeo visam o lucro como o

caso dos Arquivos Puacuteblicos Sob este prisma entendemos que eacute necessaacuterio efectuar uma

contextualizaccedilatildeo da histoacuteria do marketing seguido pela clarificaccedilatildeo do seu conceito e

explicaccedilatildeo de algumas ideias baacutesicas indissociaacuteveis do seu entendimento como o

composto de marketing segmentaccedilatildeo e posicionamento de mercado e plano estrateacutegico

de marketing

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual

Segundo vaacuterios autores o conceito de marketing existe desde que os homens

tiveram necessidade de vender o que produziam mas o seu verdadeiro impulso deu-se

com o advento da Revoluccedilatildeo Industrial no seacuteculo XIX

Esta eacutepoca designada de laquoera da produccedilatildeoraquo19

caracteriza-se pela produccedilatildeo em

massa de bens de primeira necessidade ao menor custo ndash como alimentaccedilatildeo vestuaacuterio e

utensiacutelios ndash e pela produccedilatildeo estandardizada passando a oferta a ser maior que a

procura Antes disso tudo que se produzia era vendido havendo pouca oferta e pouca

concorrecircncia

Com o avanccedilo das tecnologias e das produccedilotildees em seacuterie esta situaccedilatildeo muda

especialmente entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial20

que eacute caracterizada como

a laquoeacutepoca da abundacircnciaraquo21

ou a laquoera das vendasraquo22

A venda passa a ser o principal objectivo dos gestores das empresas que

comeccedilam a teorizar sobre as necessidades dos consumidores e sobre como cativaacute-los O

recurso agrave publicidade ndash em reclamos jornais paredes das cidades e ecratildes de cinema ndash

19

REIS Ana Carla Fonseca - Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira Satildeo

Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p19 20

Eacute precisamente entre as duas guerras mais concretamente em 1925 que em Portugal eacute fundada a

primeira agecircncia de publicidade a Empresa Central de Publicidade (McCann-Erickson) 21

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p26 22

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit

21

comeccedila a ser uma constante porque as empresas acreditam que o consumidor adquire o

que lhes eacute imposto pelo mercado

Com o fim da Segunda Guerra Mundial daacute-se a laquoera do marketingraquo23

e laquoo

consumidor eacute reiraquo24

Agora o objectivo dos fabricantes surge da resposta dada agrave

laquopercepccedilatildeo dos desejos e necessidades do seu puacuteblicoraquo25

no mercado

Natildeo eacute entatildeo de estranhar que o departamento de marketing passe a ocupar um

lugar de destaque nas direcccedilotildees a par do serviccedilo de financcedilas contabilidade e recursos

humanos

Eacute tambeacutem nesta era mais concretamente no ano de 1967 que Portugal utiliza

pela primeira vez o conceito formal do marketing com a criaccedilatildeo da APPM ndash Associaccedilatildeo

Portuguesa dos Profissionais de Marketing sob a designaccedilatildeo de Sociedade Portuguesa

de Comercializaccedilatildeo eacute efectuado o primeiro estudo de mercado e surge a primeira

licenciatura em Gestatildeo de Empresas (no Instituto Superior de Ciecircncias do Trabalho e da

Empresa e no Instituto Superior de Economia e Gestatildeo)

Apesar da mudanccedila da visatildeo das empresas o meio empresarial portuguecircs

continuava a caracterizar-se pela ausecircncia de grupos nacionais fortes e pela

preponderacircncia de pequenas e meacutedias empresas

Nos anos 70 a contribuiccedilatildeo do marketing no meio empresarial eacute tatildeo notoacuteria que

passa rapidamente a ser adoptado noutros sectores da actividade humana Entidades

religiosas governos organizaccedilotildees civis e partidos poliacuteticos passam a utilizar estrateacutegias

de marketing adaptando-as agraves suas realidades e necessidades

Na deacutecada de 90 surge a chamada laquoera do marketing de relacionamentoraquo ou do

CRM ndash Customer Relationship Management26

Sob a influecircncia dos avanccedilos

tecnoloacutegicos ndash como eacute o caso do comeacutercio electroacutenico que possibilita novas formas de

pagamento e de distribuiccedilatildeo de produtos ndash as organizaccedilotildees passam a ter no cliente o

motor da sua sobrevivecircncia Responder de forma satisfatoacuteria individualizada e

personalizada eacute hoje a base de todas as poliacuteticas de marketing nas organizaccedilotildees que

pretendem sobreviver na sociedade mercadoloacutegica Estamos perante a passagem de uma

visatildeo tradicionalista dos organismos que centravam a sua actuaccedilatildeo nos fornecedores de

23

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p20 24

Idem 25

Ibidem 26

FINGER Andrew Beheregarai CASTRO Gardeacutenia de COSTA Mariacutelia Damiani ndash Gestatildeo de

Bibliotecas Universitaacuterias com a implementaccedilatildeo do Customer Relationship Management (CRM) In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6p 47

22

capitais e mateacuterias-primas nos concorrentes e soacute depois nos consumidores (imagem da

esquerda) para uma empresa moderna centrada na satisfaccedilatildeo dos clientes (imagem da

direita) (figura nordm 2)

Figura nordm 2

Empresa com visatildeo comercial Empresa com visatildeo de marketing

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p28

No caso portuguecircs impulsionados pela integraccedilatildeo do paiacutes na Comunidade

Econoacutemica Europeia ndash actual Uniatildeo Europeia ndash as empresas e as entidades puacuteblicas

sofrem uma reestruturaccedilatildeo interna e beneficiados pelas estrateacutegias de marketing vecircem

aumentar os seus niacuteveis de produtividade e de qualificaccedilatildeo dos recursos humanos

laquoSatildeo criadas nesta deacutecada vaacuterias associaccedilotildees sectoriais (APAN AMD

APCE)27

bem como os primeiros cursos de marketing a niacutevel superior

As revistas de negoacutecios (Marketing e Publicidade Distribuiccedilatildeo Hoje e

Exame) surgem como veiacuteculos de divulgaccedilatildeo das novas poliacuteticas de

gestatildeo e dinamizaccedilatildeo de actividade econoacutemica e socialraquo28

A laquoera do marketing digitalraquo29

proporcionada pela democratizaccedilatildeo da Internet

utilizaccedilatildeo dos telemoacuteveis comeacutercio electroacutenico endereccedilos electroacutenicos

viacutedeo-conferecircncia segmentaccedilatildeo da TV Cabo entre outras inovaccedilotildees define a filosofia

do marketing que nos caracteriza actualmente Torna-se imperativo que os mercados

saibam responder de forma ainda mais eficiente e eficaz agraves novas exigecircncias dos

27

Significado dos acroacutenimos referidos APAN Associaccedilatildeo Portuguesa de Anunciante AMD Associaccedilatildeo

Portuguesa de marketing Directo APCE Associaccedilatildeo Portuguesa de Comunicaccedilatildeo de Empresa 28

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit p48 29

Idemp31

23

consumidores que cada vez estatildeo mais exigentes e sedentos de novos produtos A

proacutepria publicidade tradicional tambeacutem sofre alteraccedilotildees com o surgimento do

webmarketing e do buzz marketing por exemplo

211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

Na histoacuteria do marketing haacute autores e obras marcantes que explicam a sua evoluccedilatildeo

atraveacutes de vaacuterias ediccedilotildees que marcam difrentes eacutepocas

No ano de 1750 Adam Smith economista publica o livro laquoA riqueza das naccedilotildeesraquo

em que defende que os produtores devem orientar a sua produccedilatildeo para os bens

pretendidos pelos consumidores pois este eacute o uacutenico modo de fazer funcionar

harmoniosamente o sistema econoacutemico

Na era da produccedilatildeo surgem os primeiros estudos sobre o marketing nos Estados

Unidos da Ameacuterica da autoria de Walter Scott e as leis de gravitaccedilatildeo de William J

Reilly que questionam as teorias do mercado

Entretanto foram publicadas nas deacutecadas de 20 e 30 do seacuteculo XX vaacuterias ediccedilotildees

sobre este tema ainda que de forma natildeo consciente sobre o conceito mercadoloacutegico

aplicado a bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo Eacute o caso do livro laquoThe Library and

the Communityraquo escrito por Joseph Wheeler em 1924 e da obra do bibliotecaacuterio inglecircs

Lionel McColvin intitulada laquoLibrary Extension Work and Publicityraquo SRRanganathan

escreve em 1931 as laquoFive Laws of Library Scienceraquo

1 Livros satildeo para usar

2 Cada leitor(a) tem direito a um livro

3 Cada livro eacute um leitor

4 Tenha tempo para o utilizador

5 A biblioteca eacute um organismo laquovivoraquo30

No mesmo ano Greta Renborg publica um artigo na laquoEncyclopedia of Library and

Information Scienceraquo sobre laquoLibrary Public Relationsraquo

Eacute tambeacutem durante este periacuteodo que a extensatildeo cultural das bibliotecas bem como o

trabalho de relaccedilotildees puacuteblicas comeccedila a ser desenvolvido Surgem igualmente outros

artigos de referecircncia como eacute o caso de laquoThe missing three quarterraquo da autoria de Fred

Grenn e laquoA Manual for the Librarian and Studentraquo de Harold Jolliffe Outros artigos

30

Os tiacutetulos dos capiacutetulos satildeo traduccedilatildeo nossa

24

foram publicados neste periacuteodo laquoLa Propaganda y el Servicio Publico de bibliotecas en

los Estados Unidosraquo e laquoThe Public Library in the United Statesraquo da autoria

respectivamente de Lasso de La Vega e de Bostwiickacutes31

Em 1957 eacute editado o primeiro livro que descreve o marketing como uma ferramenta

de trabalho para quem quer sobreviver no mercado laquoA Praacutetica da Administraccedilatildeoraquo de

Peter Ducker

Theodore Levitt no artigo laquoMiopia de Marketingraquo em 1960 revela uma seacuterie de

erros de percepccedilatildeo do mercado e mostra a importacircncia da satisfaccedilatildeo dos clientes

transformando para sempre o mundo dos negoacutecios O vender a qualquer custo deu lugar

agrave satisfaccedilatildeo garantida

O livro laquoAdministraccedilatildeo de Marketingraquo de Philip Kotler consolida as bases do

marketing Este autor em conjunto com Sidney L Levy publica no laquoJournal of

Marketingraquo um artigo que aborda pela primeira vez o marketing em organizaccedilotildees sem

fins lucrativos

Sobre a transposiccedilatildeo dos conceitos comerciais para Sistemas de Informaccedilatildeo e

Documentaccedilatildeo foi necessaacuterio esperar cerca de vinte anos para que surgissem novos

estudos sobre este tema Em Espanha destacam-se os artigos laquoEl planeamiento

bibliotecaacuterio Una experiencia aprovechable el maacuterquetinraquo e laquoMaacuterquetin para

bibliotecaacuteriosraquo de Escolar Sobrino publicados em 1970 no laquoBoletin de la ANABAraquo

Eacute neste periacuteodo mais concretamente em 1974 no 15ordm Congresso Internacional

da Mesa Redonda dos Arquivos realizada em Otava Canadaacute que os Arquivos Puacuteblicos

abordam pela primeira vez questotildees relacionadas com os serviccedilos de relaccedilotildees puacuteblicas

Em 1979 Kotler publica a primeira obra de referecircncia do geacutenero - laquoMarketing

para organizaccedilotildees que natildeo visam lucroraquo que ainda hoje eacute utilizada como obra de

referecircncia

Ainda nesta deacutecada a norte-americana Betty Rice escreve laquoPublic Relations for

Public Librariesraquo e o britacircnico KC Harrison publica laquoPublic Relations for Librariansraquo

Na mesma altura Allan Angoff edita uma comunicaccedilatildeo intitulada laquoPublic Relations for

Librariesraquo

31

Refira-se a tiacutetulo de curiosidade que Agravengels Massiacutessimo e Joseacute-Antonio Goacutemez-Hernaacutendez advogam

que estes textos satildeo a base do estudo do marketing em bibliotecas espanholas MASSIacuteSSIMO Agravengels e

GOacuteMEZ-HERNAacuteNDEZ Joseacute-Antonio ndash Library Marketing in Spain State -of-Art In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-598-11753-4p52

25

Ainda na era do marketing em 1982 Tom Peters e Bob Waterman publicam a

obra laquoEm busca da Excelecircnciaraquo na qual apresentam ao mundo a aplicaccedilatildeo das

estrateacutegias de marketing centradas no cliente

Em 1988 Reacutejean Savard publica laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du

marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et archivistesraquo a primeira obra do

geacutenero que indica directrizes para o ensino do marketing nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo

Na deacutecada de 90 surgem outros artigos que Florence MUET classifica como

sendo o ponto de partida do estudo do marketing em bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo em Franccedila32

Satildeo eles laquoMarketing decircs bibliothegraveques et decircs Centres de

documentationraquo de Jean-Michel Salaiin e laquoLe marketing decircs services dacute information

pour un usage de lacuteinformation documentaireraquo de Eric Sutter33

O nascimento do marketing de permissatildeo de Seth Godin a conceptualizaccedilatildeo do

marketing boca-a-boca por George Silverman e a explosatildeo do buzz marketing e do

marketing viral pelos autores Russell Goldsmith e Mark Hughes corresponde agrave eacutepoca

actual e que se designa de laquomarketing de relacionamentoraquo e laquomarketing da era digitalraquo

22 Conceito de marketing

De origem anglo-saxoacutenica o termo marketing deriva do latim mercare

(mercadoria) que significa acto de comercializar produtos Em termos etimoloacutegicos

marketing deriva da aglutinaccedilatildeo de market (mercado) + ing (movimento ou em acccedilatildeo)34

Por ser uma palavra nitidamente estrangeira a expressatildeo adoptada em portuguecircs foi o

termo laquomercadoloacutegicoraquo Sobre o seu significado e funccedilotildees tecircm sido descritos ao longo

dos tempos

laquo(hellip) como um grupo de atividades de negoacutecios como um fenoacutemeno de

comeacutercio como um estado de espiacuterito como uma funccedilatildeo coordenadora

integradora na definiccedilatildeo de poliacuteticas como um senso de propoacutesito dos

negoacutecios como um processo econoacutemico como uma estrutura das

instituiccedilotildees como um processo de troca ou transferecircncia da propriedade

de produtos como um processo de concentraccedilatildeo equalizaccedilatildeo e

32

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentacion Services in France A Difficult

Integration In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-

598-11753-4p85 33

Idem 34

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 19

26

dispersatildeo como a criaccedilatildeo do tempo lugar e posse de coisas uacuteteis como

um processo de ajustamento da demanda e da oferta e muitas outras

coisasraquo35

Por outro lado verifica-se que o conceito de marketing ainda estaacute erroneamente

associado a vendas e a um departamento de uma empresa36

Esta ideia eacute comprovada

por Philip KOTLER e Karen FOX quando em 1994 aplicaram um inqueacuterito a 300

directores de estabelecimentos de ensino sobre laquoO que significa o termo marketingraquo

Nesse estudo 31 dos inquiridos responderam que marketing resulta de uma

combinaccedilatildeo de trecircs elementos chaves propaganda vendas e relaccedilotildees puacuteblicas Para

28 esta disciplina resulta do conjunto de dois dos elementos referidos Para os

restantes directores ndash uma minoria ndash marketing representa o conjunto de algumas

actividades como a avaliaccedilatildeo de necessidades pesquisas de marketing

desenvolvimento de produtos poliacuteticas de preccedilos e de distribuiccedilatildeo37

Mas na realidade o que se entende por marketing

Marketing para Aniacutebal PIRES

laquo(hellip) eacute o conjunto de actividades de anaacutelise planeamento

implementaccedilatildeo e controlo de programas de acccedilotildees destinadas a criar e

manter relaccedilotildees de troca mutuamente vantajosas com mercados-alvo e

de modo a atingir os objectivos da empresaraquo38

Alexander HIAM acrescenta que marketing eacute tambeacutem o

laquoprocesso social e empresarial pelo qual os indiviacuteduos e grupos obtecircm o

que necessitam e desejam atraveacutes da troca de produtos e da criaccedilatildeo de

valor com outrosraquo39

Para Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA marketing eacute

35

KOLTER Philip ndash Marketing Ediccedilatildeo Compacta Atlas Satildeo Paulo 1980 ISBN 978-85-230-0952-6p

30 36

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p35 e 36 37

KOTLER Philip e FOX Karen F A ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas

Satildeo Paulo 1994 ISBN 8522411166p23 38

PIRES Lima ndash O que eacute Marketing Difusatildeo Cultural Lisboa 1994 ISBN 972-709-184-

916-19 p 23 39

HIAM Alexander ndash Ferramentas de decisatildeo para executivos marketing Biblioteca Executiv Digest

Abril Control Jornal Linda-a-Velha 1995 ISBN 972-611-357-1p 252

27

laquoum processo de gestatildeo que consiste na identificaccedilatildeo antecipaccedilatildeo e

satisfaccedilatildeo dos desejos e necessidades dos clientes Uma operaccedilatildeo de

marketing de um produto requer tarefas tais como a previsatildeo de

alteraccedilotildees na procura (normalmente na base de pesquisa de marketing)

a promoccedilatildeo do produto assegurar que a qualidade a disponibilidade e o

preccedilo satisfaccedilam as necessidades do mercado e a promoccedilatildeo de serviccedilo

poacutes-vendaraquo40

Outros especialistas na aacuterea como KOTLER e FOX tambeacutem consideram que este

instrumento de trabalho resulta de planificaccedilotildees que permitem administrar relaccedilotildees de

troca da instituiccedilatildeo com os seus vaacuterios puacuteblicos41

O mesmo eacute reafirmado por KOTLER

e Gary ARMSTRONG quando definem marketing como sendo

laquoum processo administrativo e social pelo qual os indiviacuteduos e

organizaccedilotildees obtecircm o que necessitam e desejam por meio da criaccedilatildeo e

troca de valor com os outrosraquo42

Os mesmos autores afirmam ainda que no meio dos negoacutecios o marketing envolve

laquorelacionamentos lucrativos e de valor com os clientesraquo43

Jean-Yves ROSSEAU acrescenta o valor humano na actividade do marketing

entendendo que soacute daiacute adveacutem a satisfaccedilatildeo total dos consumidores44

Para existirem as trocas ou o chamado processo de marketing o arquivista

espanhol Antoni Tarreacutes ROSELL diz-nos que eacute necessaacuterio combinar cinco elementos45

laquo- Ha de haber al menos dos partes

- Cada parte haacute de disponer de alguna cosa que suponga valor para la

otra

- Cada parte ha de ser capaz de comunicar y de entregar

- Cada parte ha de ser libre de aceptar o rehazar la oferta

- Las dos partes han de estar dispuestas a realizar la transaccioacutenraquo

40

Marketing ALVES Caetano e BANDEIRA Siacutelvia ndash Dicionaacuterio de Marketing IPAM Porto 1998

ISBN 972-95293-2-9 p220 41

KOTLER Philip e FOX Karen ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas Satildeo

Paulo 1994 ISBN 978-85-230-0952-6 p33 42

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Princiacutepios do marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo

2007 ISBN 978-85-7605-123-7p4 43

Idem 44

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreal Association decircs

Archives du Quebeacutec 1982 p32 45

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Ob cit p 27 A combinaccedilatildeo destes cinco elementos eacute tambeacutem descrita

por Neil e Philip Kotler KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos

Editorial Ariel SA Barcelona ISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p89

28

Quanto ao valor dos produtos estes dividem-se em bens tangiacuteveis e bens natildeo

tangiacuteveis

Entenda-se por bens tangiacuteveis aqueles que se relacionam directamente com o

produto fiacutesico como por exemplo a compra de um carro e por intangiacuteveis todos os que

estatildeo directamente associados a serviccedilos e ao estatuto que adveacutem da sua aquisiccedilatildeo Eacute o

caso das caracteriacutesticas que o automoacutevel possui como o conforto e a seguranccedila

As caracteriacutesticas que diferenciam as acccedilotildees tangiacuteveis e intangiacuteveis satildeo

apresentadas por Pierre EIGLIER e Eric LANGEARD citando C H LOVELOCK na

seguinte tabela (figura nordm 3)

Qual a natureza do acto de

serviccedilo

QUEcirc OU QUEM Eacute O BENEFICIAacuteRIO DIRECTO DO SERVICcedilO

AS PESSOAS AS COISAS

Acccedilotildees tangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao fiacutesico

das pessoas

Serviccedilos destinados aos bens e

outras posses fiacutesicas

- Tratamento sauacutede

- Transporte pessoas

- Salatildeo de beleza

- Ginaacutesio

- Restaurante

- Cabeleireiro

- Transporte de carga

- Manutenccedilatildeo e reparaccedilatildeo

industrial

- Seguranccedila

- Limpeza lavagem

- Concepccedilatildeo manutenccedilatildeo de

parques

- Tratamento veterinaacuterio

Acccedilotildees intangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao espiacuterito

das pessoas

Serviccedilos destinados a posses

intangiacuteveis

- Educaccedilatildeo

- Emissotildees de raacutedio

- Serviccedilo de Informaccedilatildeo

- Teatros

- Museus

- Bancos

- Serviccedilo de ajuda geral

- Contabilidade

- Bolsa

Seguros

Figura nordm 3

Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Fonte EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Servuction A gestatildeo marketing de empresa de

serviccedilos McGraw-Hill Alfragide 1991 ISBN 972-9241-26-0p 3

29

Os resultados das estrateacutegias de marketing surgem directamente relacionadas com

o comportamento desejos motivos e necessidades dos clientes actuais e potenciais46

Quando uma necessidade natildeo eacute satisfeita o ser humano tenta reduzi-la ou procura outra

opccedilatildeo que o satisfaccedila47

Nesse sentido KOTLER escreve em 2001 que para se

satisfazer as necessidades humanas ndash que resultam de estados de carecircncia fiacutesica social e

individual ndash eacute necessaacuterio intervir no mercado sob trecircs prismas Satildeo eles48

a) marketing reactivo o consumidor ao comprar um determinado produto tem

de sentir que estaacute a adquirir natildeo soacute o objecto fiacutesico mas tambeacutem os benefiacutecios

que dele advecircm com a sua aquisiccedilatildeo

b) marketing antecipador as empresas tecircm de saber identificar com antecedecircncia

as vontades e desejos do homem

c) marketing criador estaacute associado agrave introduccedilatildeo de novos produtos nos haacutebitos

dos consumidores que nunca ningueacutem solicitou ou sentiu a sua necessidade

Estamos perante a criaccedilatildeo de novos mercados que geram novos produtos novos

serviccedilos e novos formatos empresariais Se tiveram sucesso haacute optimizaccedilatildeo dos

lucros permitindo agrave empresa assegurar a sua sobrevivecircncia e a sua expansatildeo

Esta ideia eacute sintetizada pelo mesmo autor quando assevera que a gestatildeo de

marketing resulta de

laquoUma funccedilatildeo empresarial que identifica as necessidades e desejos

insatisfeitos define e mede a sua magnitude e seu potencial de

rentabilidade especifica que mercados-alvo seratildeo mais bem atendidos

pela empresa decide sobre produtos serviccedilos e programas adequados

para servir a esses mercados seleccionados e convoca a todos na

organizaccedilatildeo para pensar no cliente e atender ao clienteraquo49

46

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p6 47

Idem 48

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p39-40 49

KOTLER Philip ndash Marketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa saber Editora

Campus Satildeo Paulo 2003 ISBN 13978-85-352-1165-8p11

30

Sueli Angeacutelica AMARAL citada por Wagner Junqueira de Arauacutejo defende a

mesma linha de pensamento quando considera que

laquoA principal tarefa da administraccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo orientada para

o marketing eacute determinar as necessidades e os desejos do mercado-alvo

para satisfazecirc-los com adequado design comunicaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo

apropriadas aleacutem de um preccedilo de oferta competitividade viaacutevel para os

produtos e serviccedilosraquo50

E quando advoga que marketing resulta do

laquobom senso aplicado ao negoacutecio e provisatildeo de produtos e serviccedilos aos

clientes a partir de identificaccedilatildeo das necessidades desses clientes e do

planejamento das atividades a serem desenvolvidas que resultaratildeo nos

produtos eou serviccedilos para atende-losraquo51

Face ao exposto podemos afirmar que o marketing aleacutem de ter o objectivo de

aumentar os lucros das empresas ndash atraveacutes de transacccedilotildees de bens eou de serviccedilos dos

bens tangiacuteveis e natildeo tangiacuteveis ndash realizam igualmente pesquisas de mercado que ajudam

a definir uma poliacutetica de distribuiccedilatildeo de divulgaccedilatildeo e de promoccedilatildeo de produtos de

forma a definir os resultados que pretende atingir junto dos seus clientes reais e

potenciais

Mais recentemente a American Marketing Association (AMA) refere-se ao

marketing como sendo

laquothe activity set of institutions and processes for creating

communicating delivering and exchanging offerings that have value

for customers clients partners and society at largeraquo52

Reforccedila-se uma vez mais que marketing natildeo eacute sinoacutenimo de venda ou de

propaganda A comunicaccedilatildeo e a entrega de valores aos clientes derivam de uma

combinaccedilatildeo de quatro elementos ndash produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo ndash e

de uma planificaccedilatildeo de actividades como iremos ver mais agrave frente Soacute a partir daqui eacute

que os profissionais de marketing recolhem os frutos do seu trabalho captaccedilatildeo e

fidelizaccedilatildeo de clientes e lucros a meacutedio e longo prazo

50

ARAUacuteJO Wagner Junqueira de ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo do portal rede governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 162 51

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit 52

Marketing [on line] [Consultado a 23 Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmarketingpowercomAboutAMAPagesDefinitionofMarketingaspxconsultafo

31

Muitas mais definiccedilotildees poderiam ser aqui apresentadas mas como afirma a

bibliotecaacuteria portuguesa Maria Leonor PINTO eacute possiacutevel apresentar vaacuterios elementos

comuns entre elas

laquo- Marketing eacute uma actividade intencionalmente planeada com o

objectivo de satisfazer necessidades ou desejos do consumidor

- Eacute uma actividade de coordenaccedilatildeo das capacidades da organizaccedilatildeo com

as necessidades dos clientes

- Eacute uma aacuterea de conhecimento que diz respeito agrave relaccedilatildeo existente entre

mercado e negoacutecioraquo53

Esta teoria tambeacutem se aplica agraves Ciecircncias da Informaccedilatildeo em que se incluem as

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos por isso eacute necessaacuterio aproximarmo-nos

da noccedilatildeo de marketing aplicado em organizaccedilotildees natildeo lucrativas que nos eacute dada por

Denis LINDON Jacques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO

laquo(hellip) eacute o conjunto dos meacutetodos e dos meios de que uma organizaccedilatildeo

dispotildee para promover nos puacuteblicos pelos quais se interessa os

comportamentos favoraacuteveis agrave realizaccedilatildeo dos seus proacuteprios

objectivosraquo54

Recorrendo uma vez mais a KOTLER encontramo-lo definido como sendo laquoum

processo social em que as necessidades materiais de uma sociedade satildeo identificadas

expandidas e servidas por um conjunto de instituiccedilotildeesraquo55

que resultam de programas

cuidadosamente planeados e estruturados sempre centrados no cliente e que este tipo de

organizaccedilotildees deve ter presente a ideia de laquotrocas voluntaacuterias de valoresraquo com

identificaccedilatildeo de mercados-alvos O resultado da sua aplicaccedilatildeo natildeo eacute o lucro mas sim laquoo

interesse puacuteblicoraquo56

Reacutejean SAVARD define marketing nas unidades de informaccedilatildeo como uma

filosofia de gestatildeo que consiste em satisfazer as demandas dos clientes reais e

potenciais ajustar a gestatildeo organizacional dos Sistemas de Informaccedilatildeo agraves necessidades

dos utilizadores estabelecer contactocomunicaccedilatildeo com o seu puacuteblico e estabelecer

53

PINTO Maria Leonor Cardoso Seacutergio ndash O marketing nas bibliotecas puacuteblicas portuguesas Ediccedilotildees

Colibri Lisboa 2007 ISBN 9789727726981 p49 54

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Ob cit p30 55

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 21 56

Idem

32

metas de mediccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do mercado-alvo57

O mesmo eacute referido por Jean-Yves

ROUSSEAU quando afirma que haacute que haver equiliacutebrio entre a oferta e a procura

como forma de satisfaccedilatildeo dos desejos e vontades dos seus puacuteblicos neste caso aplicado

aos Arquivos58

Em conclusatildeo apresentamos um diagrama que engloba as principais expressotildees

do marketing (figura nordm 4)

Figura nordm 4

Resumo do conceito de marketing

Fonte Sofia Santos

57

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l O

mesmo trabalho pode ser lido em castelhano com o tiacutetulo Directrizes para la ensentildeanza de la

comercilalizacion en la formacion de bibliotecarios documentalistas y archiveros

[on line][ Consultado a 28 de Novembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpunesdocunescoorgimages0007000798079824sopdf 58

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreacuteal InArchives

Association des Archives du Queacutebec Vol 143 Dezembro de 1982 p 32

33

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos

Compete ao profissional de marketing elaborar um plano de trabalho iacutentegro que

permita laquoidentificar servir e satisfazer em geral os seus clientes e organizaccedilotildees e os

consumidoresraquo59

Para a realizaccedilatildeo da sua actividade deveraacute recorrer-se do composto de

marketing ou de marketing-mix produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo

vulgarizado na deacutecada de 60 por E Jerome McCarthy60

Para KOTLER estas categorias ndash tambeacutem designadas de 4Ps ndash podem ser

enunciadas da seguinte forma (figura nordm 5)

Figura nordm 5

Composto do marketing mix

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p124

O produto resulta da combinaccedilatildeo de bens e de serviccedilos que a empresa oferece ao

mercado para satisfazer um desejo ou necessidade61

Os componentes principais satildeo de

natureza fiacutesica serviccedilos pessoas locais organizaccedilotildees e ideias Aliaacutes como referem

KOTLER e ARMSTRONG este item enquadra trecircs niacuteveis62

59

Artigo 2ordm do Coacutedigo de conduta do profissional de marketing [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URLhttpwwwappmptdocsappmCodigoCondutaAPPMpdf 60

Professor da Universidade de Michigan que definiu os 4 grandes grupos de actividades que

representariam os ingredientes do composto e que os separou em product price promotion e place 61

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p200 62

Idemp201

34

a) produto baacutesico que corresponde aos anseios e necessidades do consumidor

levando-o agrave sua aquisiccedilatildeo

b) produto tangiacutevel que corresponde ao estilo nome da marca aspecto e

qualidade

c) produto ampliado que representa a expectativa do cliente na sua aquisiccedilatildeo

Para sobrevivecircncia deste P dizem-nos KOTLER e Paul N BLOOM o serviccedilo

cumpre um ciclo de vida63

(figura nordm 6)

Figura nordm 6

Ciclo de vida do produto

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400p193

1 Introduccedilatildeo laquoperiacuteodo de baixo crescimento de faturamento quando o

serviccedilo eacute introduzido no mercadoraquo64

2 Crescimento laquoeacute um periacuteodo de aceitaccedilatildeo raacutepida pelo mercadoraquo65

3 Maturidade laquoeacute o periacuteodo de nivelamento no crescimento do faturamento

porque o serviccedilo atingiu a aceitaccedilatildeo da maioria dos clientes

potenciaisraquo66

63

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 64

Idem 65

Ibidem

35

4 Decliacutenio laquoeacute o periacuteodo em que o faturamento mostra forte tendecircncia

descendenteraquo67

O produto nas bibliotecas e Sistemas de informaccedilatildeo podem ser designados de

laquophisical resourcesraquo laquoservicesraquo laquoexperiencesraquo laquofacilitiesraquo como defende Dinesh K

GUPTA68

Entenda-se no primeiro caso ndash recursos fiacutesicos ndash o livro o jornal o CD e os

dados fornecidos on-line por serviccedilos o horaacuterio de atendimento cataacutelogos organizaccedilatildeo

de exposiccedilotildees newsletters pesquisa entrega de documentaccedilatildeo informaccedilatildeo fornecida

etc e por comodidades as condiccedilotildees fornecidas aos utilizadores como mobiliaacuterio o uso

de equipamento informaacutetico o ambiente em redor e proacutepria informaccedilatildeo69

O preccedilo resulta da relaccedilatildeo custo da produccedilatildeobenefiacutecio que os clientes pagam

para obter o produto fiacutesico e natildeo fiacutesico70

Lichtenstein Ridgway amp Netemeyer Seiders

amp Costley citados por Ana Pinto de MOURA acrescentam que este elemento eacute

laquo(hellip) sem duacutevida uma das variaacuteveis mais pertinentes na regulaccedilatildeo do mercado na

medida que influencia a decisatildeo de compra para os demais intervenientesraquo71

A afixaccedilatildeo do preccedilo de um produto eacute fundamental para a sobrevivecircncia da

empresa ou organizaccedilatildeo no mercado Normalmente o consumidor tem tendecircncia para

associar o preccedilo alto de um produto agrave sua alta qualidade e ao contraacuterio um preccedilo baixo

agrave pouca qualidade Por exemplo se uma empresa de luxo decide lanccedilar um novo

produto no mercado a um preccedilo baixo mais tarde quando tentam reverter essa

realidade a sua imagem jaacute estaraacute atingida72

Winer citado por MOURA refere que o preccedilo pode ainda ser determinado

pelas vivecircncias e estatuto social do mercado73

O consumidor faz uma comparaccedilatildeo entre

66

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 67

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 68

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p14 69

Idem 70

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 258 71

MOURA Ana ndash O conceito de preccedilo de referecircncia sua relaccedilatildeo com a sensibilidade do consumidor

face agraves promoccedilotildees de venda para bens de grande consumo Revista de Marketing Portuguesa [on line]

[Consultado a 10 Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=62 72

Idem 73

As Ciecircncias Sociais como Marketing e Psicologia Aplicada tecircm desenvolvido estudos sobre a

percepccedilatildeo do preccedilo pelo consumidor Neste trabalho fazemos uma pequena abordagem ao tema no ponto

laquo412 Mercado Externoraquo

36

o chamado laquopreccedilo objectivoraquo ndash o que o mercado estaacute disposto a pagar para obter o

produto ndash e o laquopreccedilo de referecircnciaraquo ndash preccedilo standard do produto que conhecem Desta

forma

laquoa probabilidade de compra do artigo eacute afectada pelo afastamento entre

o preccedilo observado do artigo e o preccedilo de referecircncia do consumidor

quanto maior for este afastamento menor seraacute a possibilidade da

compra se efectuarraquo74

A concorrecircncia deveraacute ser tambeacutem tida em consideraccedilatildeo na fixaccedilatildeo do preccedilo

Porquecirc Porque iraacute tentar antecipar a necessidade e procura do mercado-alvo

respondendo agraves questotildees o que se faz para quem se faz e porque se faz75

Daiacute ser

fundamental a relaccedilatildeo entre marketing segmentaccedilatildeo de mercados e plano estrateacutegico de

marketing que desenvolveremos no ponto 24 e 25 deste capiacutetulo

Para Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro

DIONIacuteSIO para elaborar a laquopoliacutetica de preccedilosraquo haacute que considerar trecircs elementos

custos da produccedilatildeo procura e concorrecircncia que resultam de diversos factores como se

observa a seguir (figura nordm 7)

Figura nordm 7

Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de preccedilo

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

74

MOURA Ana ndash Ob cit 75

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit

37

Nas unidades de informaccedilatildeo o preccedilo eacute obtido atraveacutes dos serviccedilos prestados ao

consumidorutilizador No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a nosso ver

pode resultar por exemplo do pagamento do empreacutestimo inter-bibliotecaacuterio pelo

utilizador No caso especiacutefico dos arquivos o preccedilo pode derivar da prestaccedilatildeo de um

serviccedilo puacuteblico como a emissatildeo de certidotildees Todavia Bob USHERWOOD escreve

que estes organismos puacuteblicos natildeo deveriam praticar este composto porque sobrevivem

com a ajuda financeira do Estado Logo a informaccedilatildeo eacute um bem puacuteblico que deveria ser

gratuito a toda a sociedade76

Quanto agrave aplicaccedilatildeo do preccedilo nestes espaccedilos Jean-Michel SALAUumlN substitui

este Pacute pela expressatildeo laquocontratraquo porque estes serviccedilos aplicam o laquoprix psychologiqueraquo

que eacute o mesmo que dizer laquo(hellip) la valeur marchande que le client accorde agrave lacuteusage du

produit et qui nacutea souvent qrsquo un report lointain avec les coucircts de production et de

commercialisationraquo Tambeacutem afirma que como as bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo fornecem agrave sociedade laquoproprieacuteteacute intellectuelleraquo torna-se difiacutecil de

avaliar ou de estabelecer um preccedilo ainda para mais a algo que as pessoas jaacute estatildeo

habituadas a usufruir gratuitamente77

Para a britacircnica EIlenn SAgraveEZ o preccedilo nos Sistemas de Informaccedilatildeo natildeo implica

necessariamente valor monetaacuterio78

A sua aplicaccedilatildeo nestes serviccedilos pode ser sinoacutenimo

de tempo gasto nos recursos materiais e humanos para responder agraves demandas

necessidades dos seus clientes Por outro lado a conjugaccedilatildeo destes recursos eacute que faz a

imagem da instituiccedilatildeo pois como eacute comummente sabido um cliente satisfeito volta

sempre A mesma autora remata a sua opiniatildeo ao afirmar que a atribuiccedilatildeo de valores

monetaacuterios eacute tambeacutem algo extremamente difiacutecil

A praccedila estaacute relacionada com os canais de distribuiccedilatildeo que permitem o acesso

dos produtos no mercado pelo consumidor79

Esta distribuiccedilatildeo pode ser feita de

diferentes formas

a) marketing directo o fabricante entrega directamente a mercadoria ao

consumidor Como eacute um canal que implica grandes custos para o

76

USHERWOOD Bob ndash A biblioteca puacuteblica como conhecimento puacuteblico Editora Editorial Caminho

Lisboa 1989 ISBN 972-21-1284-8 p 81-91 77

SALAUumlN Jean-Michel ndash Marketin decircs bibliothegraveques et decircs centres de documentation Eacutediciones du

Cercle de La Libraire Paris 1992 ISBN 2-7654-0507-7p114-115 78

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Marketing concepts for librarians and information services Facet Publishing

London 2002 ISBN 1-85604-426-2p67 79

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 307

38

produtor e lida com uma forccedila de venda proacutepria eacute mais comum entre

grandes empresas

b) niacutevel I do produtor os bens passam para o retalhista e soacute depois

chega ao consumidor Neste tipo de canal existem vaacuterios intermediaacuterios

o que implica subida do custo dos bens A vantagem deste sistema eacute o

contacto directo entre os vendedores e existecircncia de um esforccedilo

concentrado de vendas ajudado pela propaganda e pela promoccedilatildeo

c) niacutevel II do fabricante para o grossista deste para o retalhista e

finalmente para o consumidor Nesta cadeia todos os esforccedilos

concentram-se tambeacutem na venda mas os caminhos seguidos pelos

intervenientes poderatildeo ser diferentes entre si

d) niacutevel III do produtor para o grossista Deste parte para o grossista

regional especializado e seguidamente para o retalhista e o consumidor

Eacute o maior canal de distribuiccedilatildeo ateacute agora referido mas o objectivo eacute o

mesmo dos anteriores atingir um grande nuacutemero de clientes e obter

lucro Eacute mais comum em meacutedias e pequenas empresas (figura nordm 8)

Figura nordm 8

Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

39

No que concerne agraves unidades de informaccedilatildeo SALAUumlN substitui a expressatildeo a

praccediladistribuiccedilatildeo pelo termo laquoserviceservuctionraquo80

Isto eacute o mesmo que dizer serviccedilo

prestado ao puacuteblico com qualidade e de acordo com as necessidades de cada

indiviacuteduo81

Para SAacuteEZ a boa distribuiccedilatildeo resulta da acessibilidade aos serviccedilos Isto

significa que a praccedila estaacute directamente relacionada com a localizaccedilatildeo fiacutesica do edifiacutecio

existecircncia de redes de telecomunicaccedilotildees como correio telefone telefax e Internet e

com o horaacuterio do funcionamento que deve estar adequado agraves necessidades de todos os

clientes

A mesma autora afirma que na impossibilidade de todos os utilizadores se

deslocarem a estes organismos as bibliotecas podem e devem criar uma resposta

atraveacutes de serviccedilos moacuteveis82

O mesmo eacute referido por SALAUumlN que nos fala do

bibliobus No caso de arquivos poderiacuteamos referir o laquoarchivobusraquo83

que tem por

objectivo tornar itinerante quaisquer actividades pedagoacutegicas eou exposiccedilotildees dos

arquivos

A promoccedilatildeo tem a funccedilatildeo de comunicar ao consumidor os atributos do

produto84

Esta comunicaccedilatildeo deve ser feita de forma criativa bem pensada e planeada

para que o produto serviccedilo ou marca da empresa se imponham no mercado e lhes

permita um lugar de competitividade85

As ferramentas de comunicaccedilatildeo deste Pacute segundo KOTLER dividem-se em

cinco classes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas forccedila de vendas e

marketing directo86

Isto eacute constituem o chamado mix de promoccedilatildeo ou mix de

comunicaccedilotildees de marketing87

As formas mais comuns de promoccedilatildeo segundo o mesmo autor satildeo as que

demonstramos a seguir (figura nordm 9)

80

SALAUumlN Jean-Michel ndash Ob cit p113 81

Idem p113-114 82

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp60-67 83

Esta iniciativa baseia-se na experiecircncia dos museus e bibliotecas e foi dinamizada pela primeira vez em

Marselha ndash Franccedila Veja-se no site httpwwwarchivesdefranceculturegouvfraction-culturelleaction-

pedagogiqueoffre-basearchivobus a forma como os Arquivos Nacionais de Franccedila utilizam este

instrumento 84

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357 85

Aqui pode-se aplicar a velha teoria da comunicaccedilatildeo o emissor ndash que corresponde agrave empresa produtora

de produtosserviccedilos a mensagem para ser transmitida necessita de um canal distribuidor e de

comunicaccedilatildeo e o receptor ndash mercado-alvo que corresponde aos clientes actuais ou potenciais 86

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p136 87

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357

40

Figura nordm 9

Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p136

A publicidade ajuda a laquoconstruir uma imagem e ateacute um certo grau de

preferecircncia ou pelo menos de aceitaccedilatildeo da marcaraquo88

Se for usada sem criteacuterios e sem

criatividade o seu custo torna-se levado natildeo trazendo qualquer rentabilidade para a

empresa

Promoccedilatildeo de vendas estaacute relacionada com as actividades que apelam agrave compra

imediata dos bens Enquanto a publicidade actua sobre o comportamento do

consumidor a promoccedilatildeo de vendas tenta levar o cliente a adquirir o produto pela sua

valia Por outro lado KOTLER e KELLER afirmam que a laquopropaganda oferece uma

razatildeo para comprarraquo a promoccedilatildeo de vendas oferece um incentivo como por exemplo

amostras cupons reembolso descontos brindes preacutemios recompensas testes

gratuitos garantias promoccedilotildees combinadas promoccedilotildees cruzadas displays de ponto de

venda e demonstraccedilotildeesraquo89

As relaccedilotildees puacuteblicas satildeo todas as acccedilotildees de comunicaccedilatildeo que as empresas

disponibilizam no mercado sobre os seus recursos poliacutetica pessoal e programas para

88

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p137 89

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583

41

que os consumidores adquiram confianccedila nos seus produtos e serviccedilos90

As funccedilotildees do

profissional de relaccedilotildees puacuteblicas passam segundo os autores referidos por comunicar

natildeo soacute as estrateacutegias de marketing do seu departamento mas tambeacutem por divulgar as

acccedilotildees dos sectores financeiros e humanos entre outros As suas acccedilotildees estatildeo tambeacutem

associadas ao laquoapoio no lanccedilamento de novos produtosraquo laquoreposicionamento de um

produto maduroraquo laquocaptaccedilatildeo de interesse por uma categoria de produtosraquo laquoinfluecircncia

sobre grupos-alvos especiacuteficosraquo laquodefesa de produtos que enfrentam problemas

puacuteblicosraquo e construccedilatildeo de uma imagem corporativa que se reflicta favoravelmente nos

produtosraquo91

As ferramentas das relaccedilotildees puacuteblicas incluem as publicaccedilotildees em revistas da

empresa relatoacuterios anuais e brochuras os eventos atraveacutes de patrociacutenios de competiccedilotildees

desportivas actividades culturais e feiras de amostras as notiacutecias com informaccedilotildees

positivas sobre a empresa funcionaacuterios e produtos as actividades comunitaacuterias para

ajudar a colmatar necessidades da comunidade local pressatildeo na tentativa de influenciar

decisotildees de legisladores responsabilidade social para a empresa mostrar que possui

um comportamento socialmente responsaacutevel92

Ainda de acordo com KOTLER e KELLER os resultados do trabalho de

relaccedilotildees puacuteblicas podem ser muito rentaacuteveis quando bem estruturados e combinados

com os outros elementos do mix de promoccedilatildeo93

De forma geral a utilizaccedilatildeo de um serviccedilo de relaccedilotildees puacuteblicas estaacute destinado a

laquocriar e mostrar uma imagem positiva no mercado escolhido como alvoraquo94

A forccedila de vendas estaacute directamente relacionada com os vendedores Satildeo eles

que estabelecem uma relaccedilatildeo directa com o cliente fazendo com que muitas das vezes

prefira os produtos de uma determinada marca em vez de outra

Outra forma de reduccedilatildeo de vendas proacuteprias satildeo como nos diz KOTLER os

distribuidores que possuem laquoas suas proacuteprias forccedilas de vendasraquo95

Quando estes deixam

90

Kotler refere que relativamente a relaccedilotildees puacuteblicas existem sete ferramentas que o profissional de

marketing utiliza e que designa de PENCIL publications events news comunity involvement

activities identity media lobbying e social responsability KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo

XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p141 91

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583 92

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p141 93

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p593 94

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p142 95

Idem

42

de responder agraves necessidades do mercado a empresa produtora pode concluir laquoque eacute

mais barato dispor de forccedila de vendas proacutepria que substitua os distribuidoresraquo96

Outro problema que os vendedores de hoje enfrentam eacute a necessidade de

laquoautomaccedilatildeo das vendasraquo97

isto eacute a utilizaccedilatildeo e vulgarizaccedilatildeo das novas tecnologias

como o uso dos computadores e da Internet permitem agraves empresas expandir os seus

negoacutecios desenvolver o relacionamento com os consumidores e captar novos clientes

O marketing directo resulta da comunicaccedilatildeo directa entre o produtor de

bensserviccedilos e o consumidor98

As principais ferramentas utilizadas satildeo a mala-directa

os programas de resposta directa (ofertas em televisatildeo raacutedio e jornal) telemarketing

TV interactiva quiosques sites e telefones

Estas ferramentas satildeo cada vez mais comuns nas organizaccedilotildees que pretendem

laquoatingir com mais eficiecircncia os segmentos e os nichos mas tambeacutem chegar ao

consumidor individual aos segmentos de umraquo99

Santos M MATEOS RUSILL propotildee o plano estrateacutegico de comunicaccedilatildeo

tambeacutem designado de laquocoluna vertebralraquo100

dividido em quatro momentos a

investigaccedilatildeo a planificaccedilatildeo a criaccedilatildeo da actividade cultural e a sua

comunicaccedilatildeovisibilidade A sua descriccedilatildeo pode resumir-se no seguinte quadro (figura

nordm 10)

96

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p145 97

Idem 98

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p606 99

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p146 100

MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio cultural o coacutemo

potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28

43

Etapas Questotildees Conceitos

Investigaccedilatildeo Porquecirc

O quecirc

Quem

Fase correspondente agrave definiccedilatildeo das

finalidades objectivos gerais e

especiacuteficos da acccedilatildeo seguidos da

constituiccedilatildeo da equipa de trabalho e

distribuiccedilatildeo de tarefas

Planificaccedilatildeo Estrateacutegica Como

Onde

Quando

Correspondente agrave concretizaccedilatildeo do

plano Eacute aqui que se define o puacuteblico

real eou se deve ser alargado esse

leque a um grupo mais abrangente que

estaraacute em contacto com o produto

serviccedilo criado

Difusatildeo Cultural Porquecirc

O quecirc

Quem

Como

Uma vez definidos os clientes eacute preciso

saber como podemos influenciaacute-los e o

que fazer para atingir esse fim

Comunicaccedilatildeo Quem

O quecirc

Como

Corresponde agrave divulgaccedilatildeo O desenho

graacutefico das publicaccedilotildees serviccedilo de

relaccedilotildees puacuteblicas e publicidade satildeo

meios a ter em consideraccedilatildeo

Figura nordm 10

Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Fonte adaptada de MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio

cultural o coacutemo potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio

cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28-33

Os trecircs primeiros momentos correspondem quanto a noacutes agrave fase de estudo

verificaccedilatildeo experimentaccedilatildeo e validaccedilatildeo dos produtos criados no nicho seleccionado

Assim que estes itens estiverem definidos passamos agrave quarta parte da laquocolunaraquo

correspondente agraves ferramentas de comunicaccedilatildeo de KOTLER a publicidade a promoccedilatildeo

de vendas as relaccedilotildees puacuteblicas a forccedila de vendas e o marketing directo

No caso de aplicaccedilatildeo da promoccedilatildeo nas unidades de informaccedilatildeo eacute algo que os

autores consultados satildeo unacircnimes em afirmar que eacute um dos Pacutes mais utilizados nestes

serviccedilos como veremos mais agrave frente

231 Outros compostos do marketing mix

Outros autores como Raimer RICHERS101

KOTLER e Robert

LAUTENBORN102

criaram mais classificaccedilotildees do composto mix

No caso de RICHER este apresenta na deacutecada de 70 o composto dos 4 As

101

Richers fez parte da organizaccedilatildeo do primeiro de curso de Marketing no Brasil na Escola de

Administraccedilatildeo de Empresas de Satildeo Paulo ndash Fundaccedilatildeo Gertuacutelio Vargas 102

Lautenborn professor de Marketing nos Estados Unidos da Ameacuterica eacute outro teoacuterico que criou um

novo modelo mercadoloacutegico a poliacutetica dos 4 Cs customer needs and wants cost to the user convenience

e communication

44

a) anaacutelise de mercado estudopesquisa do mercado para responder agraves

necessidades do consumidor

b) adaptaccedilatildeo produccedilatildeo de produtos adequados agraves exigecircncias do

mercado-alvo de acordo com as pesquisas efectuadas

c) activaccedilatildeo criaccedilatildeo de canais de distribuiccedilatildeo e de comunicaccedilatildeo para que

os produtosserviccedilos cheguem ao puacuteblico

d) avaliaccedilatildeo medidas para avaliar a eficiecircncia e eficaacutecia dos resultados

obtidos

As aliacuteneas (a) e (b) correspondem agraves funccedilotildeesmeios das ferramentas de

marketing que ajudam a atingir os finsobjectivos do trabalho de marketing

representados pelos dois uacuteltimos pontos

KOTLER acrescenta em 1986 mais dois Ps

laquo Poliacutetica A actividade poliacutetica pode ter grande influecircncia nas vendas

A aprovaccedilatildeo das que proiacutebam a publicidade aos cigarros eacute prejudicial agraves

vendas de tabaco (hellip) Logo as empresas podem formar grupos de

pressatildeo e promover actividades poliacuteticas que afectam a procura

Puacuteblico A opiniatildeo puacuteblica eacute influenciada por modas e atitudes que

podem determinar o interesse das pessoas por certos produtos ou

serviccedilos Em alturas diferentes o puacuteblico americano deixou de

consumir carne de vaca (hellip) Financiam campanhas para convencer a

opiniatildeo puacuteblica a pensar que natildeo haacute perigo e que as pessoas devem

comprar e consumir os seus produtosraquo 103

Como complemento aos 4 Ps de McCarthy Robert Lautenborn cria na deacutecada de

90 os 4 Cs relacionados com os clientes

a) necessidades e desejos do consumidor

b) custo para o consumidor

103

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p123-124

45

c) conveniecircncia

d) comunicaccedilatildeo

Estes compostos estabelecem a ligaccedilatildeo entre as necessidades dos consumidores

e utilizadores de produtos e serviccedilos e os 4 Ps que apenas estatildeo vocacionados para os

gestores como verificamos a seguir (figura nordm 11)

4 Ps 4 Cs

Produtos Necessidades e Desejos do Consumidor

Preccedilo Custo para satisfazer o Consumidor

Praccedila (distribuiccedilatildeo) Conveniecircncia para comprar

Promoccedilatildeo Comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11

Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Fonte MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e

disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 123

Isto significa que

laquo(hellip) a uniatildeo das classificaccedilotildees propicia ao gerente conciliar os

interesses entre as organizaccedilotildees e os seus puacuteblico-alvos levando-os a

maximizar as ferramentas disponiacuteveis em suas matildeos de modo que

alcance a satisfaccedilatildeo de ambas as partes (hellip)raquo104

KOTLER defende mesmo que os profissionais de marketing devem primeiro ter

em atenccedilatildeo os Cs laquopara construiacuterem a plataforma de assentamento dos quatro laquoPeacutesraquo105

Barbara EWERS SAEZ106

e Gaynor AUSTEN107

acrescentam no que respeita

agraves bibliotecas e Sistemas de Informaccedilatildeo outros trecircs Pacutes que se relacionam com os

anteriores Vejamos

104

Idem 105

KOLTER Philip ndash KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p125 106

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp 53 57-70 107

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash A Framework for Market Orientation in Libraries In

GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information

Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p22

25 a 29

46

a) people (pessoas) estaacute directamente relacionada com a envolvecircncia de

toda a equipa que deve atenderservir satisfatoriamente os utilizadores

destes serviccedilos

b) physical evidence (meio fiacutesico) sinoacutenimo de praccedila tem a ver com o

conjunto de medidasmeios que estes espaccedilos disponibilizam SAEZ

daacute-nos o exemplo de brochuras como forma de divulgaccedilatildeo108

e

EWERS e AUSTEN109

falam-nos da existecircncia de salas de estudo e

espaccedilos de restauraccedilatildeo como veiacuteculo promotor de publicidade das

bibliotecas

c) process (processo) conjunto de serviccedilosprodutos prestados agrave

comunidade

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado

laquoO mercado eacute constituiacutedo de clientes que diferem uns dos outros

de uma ou mais maneiras Eles podem diferir em seus desejos

recursos localizaccedilotildees e atitudes e praacuteticas de compra Por meio

da segmentaccedilatildeo de mercado os profissionais de marketing devem

dividir mercados grandes e heterogeacuteneos em segmentos menores

que possam ser alcanccedilados de maneira mais eficiente e efetiva

com produtos e serviccedilos que correspondem agraves suas necessidades

especiacuteficasraquo110

Philip KOTLER e Gary AMSTRONG demonstram nestas palavras quanto o

mercado eacute heterogeacuteneo Para uma identificaccedilatildeo mais eficaz das necessidades individuais

do cliente para o desenvolvimento de um programa de composto de marketing

adequado agraves suas exigecircncias necessidades desejos valores ou comportamento de

compra semelhantes111

bem como posicionamento112

do produto no mercado haacute que

108

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob cit 109

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash Ob cit p26 110

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p164 111

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 112

Para KOTLER e KELLER o posicionamento resulta da forma como a empresa desenvolve a oferta e a

imagem do produto para que ocupem uma posiccedilatildeo competitiva e distinta nas mentes dos

consumidores-alvo LINDON e LENDREVIE completam esta ideia ao afirmar que o posicionamento

compreende dois aspectos complementares a identificaccedilatildeo - laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a

diferenciaccedilatildeo - laquoO que distingue dos outros produtos do mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER

Kevin ndash Ob cit p139

47

repartir os consumidores em grupos de acordo com as diferentes variaacuteveis como as

geograacuteficas demograacuteficas psicograacuteficas e comportamentais

A saber

a) a segmentaccedilatildeo demograacutefica consiste na divisatildeo do mercado de acordo

com as caracteriacutesticas da populaccedilatildeo As suas principais variaacuteveis satildeo

o sexo a idade a raccedila ou etnia o niacutevel de renda e padrotildees de

despesas a ocupaccedilatildeo o niacutevel de instruccedilatildeo o tamanho e composiccedilatildeo

da famiacutelia e o estaacutegio no ciclo da vida familiar

b) a segmentaccedilatildeo geograacutefica divide o mercado a partir de aacutereas

geograacuteficas tais como o paiacutes regiatildeo cidade bairro densidade

populacional e clima Normalmente a segmentaccedilatildeo geograacutefica eacute

usada em simultacircneo com outros criteacuterios de segmentaccedilatildeo

c) na segmentaccedilatildeo psicograacutefica as variaacuteveis a ter em consideraccedilatildeo satildeo o

estatuto social estilo de vida convicccedilotildees e personalidade A sua

utilizaccedilatildeo permite criar estrateacutegias de marketing canalizadas para

clientes potenciais

d) a segmentaccedilatildeo por comportamento divide o mercado com base no

conhecimento uso e comportamento do consumidor em relaccedilatildeo a

um produto especiacutefico Este criteacuterio eacute considerado por muitos autores

como o melhor ponto de partida para a segmentaccedilatildeo do mercado

Estatildeo entre as suas variaacuteveis a influecircncia na compra haacutebitos de

compra e intenccedilatildeo de compra

e) a segmentaccedilatildeo completa personaliza um produto e o seu programa de

marketing para cada cliente em particular

f) a segmentaccedilatildeo de criteacuterios caracteriza-se por conjugaccedilatildeo dos vaacuterios

segmentos pelos profissionais de marketing

As vantagens de segmentaccedilatildeo de mercado satildeo inuacutemeras O cliente eacute visto como

um indiviacuteduo permitindo agrave empresa delinear o perfil do consumidor para melhor

48

satisfazer as suas necessidades e elevar o potencial de mercado laquoo que gera custos mais

baixos ndash que por sua vez levam a preccedilos mais baixos ou a margens mais altasraquo113

Para concretizaccedilatildeo do processo de segmentaccedilatildeo de mercado este deveraacute

dividir-se em quatro partes114

a) laquoEscolha dos criteacuterios de segmentaccedilatildeoraquo consiste em identificar os

criteacuterios a partir dos quais o profissional de marketing vai dividir o

mercado As variaacuteveis mais comuns satildeo a idade o sexo e o niacutevel de

escolaridade

b) laquoDescriccedilatildeo das caracteriacutesticas de cada segmentoraquo apoacutes a escolha dos

criteacuterios cada segmento eacute caracterizado em funccedilatildeo da segmentaccedilatildeo

c) A escolha de um ou mais segmentos permite estabelecer os criteacuterios

de segmentaccedilatildeo que mais se adequam aos clientes

d) laquoDefiniccedilatildeo da poliacutetica de marketing para cada um dos segmentos

escolhidosraquo relaciona-se com a aplicaccedilatildeo do composto de marketing mix

a cada segmento

Em simultacircneo KOTLER e BLOOM referem que a segmentaccedilatildeo deve ser

mensuraacutevel ndash corresponde ao grau em que se mede o poder de compra e outras

caracteriacutesticas dos segmentos acessiacutevel ndash a partir de programas direccionados mede-se

a eficaacutecia com que os segmentos satildeo laquoatingidos e atendidosraquo importacircncia ndash estaacute

relacionada com a abrangecircncia do mercado nos diferentes segmentos e possibilidade de

acccedilatildeo ndash concretizaccedilatildeo de programas eficazes que possibilitem laquoatrair e atenderraquo os

segmentos Isto eacute a cada grupo corresponde um programa e elementos do marketing-

mix115

113

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 114

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p132 115

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 137

49

25 Plano Estrateacutegico de Marketing

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes a aplicaccedilatildeo do marketing nos dias de hoje estaacute

vocacionada para o cliente-indiviacuteduo As empresas para sobreviverem numa economia

mercantilista e competitiva tecircm de saber identificar os seus mercados-alvo e a forma

mais adequada de imporem os seus produtos na sociedade

Digamos que

laquo(hellip) conhecer o seu meio quer interno quer externo para

poder encontrar a melhor forma de se adaptar obtendo sinergias

A troca e o relacionamento permanente com o meio de forma a

criar uma visatildeo clara e compartilhada permitem uma melhor

percepccedilatildeo e conhecimento das necessidades desse ambiente

dos pontos fortes dos pontos fracos das ameaccedilas e das

oportunidades emergentes possibilitando uma melhor

adaptaccedilatildeo e resposta agrave mudanccedila constanteraquo116

reflecte as vantagens da utilizaccedilatildeo deste instrumento quer em organizaccedilotildees lucrativas

quer natildeo lucrativas

Para tal os profissionais de marketing aplicam um instrumento de trabalho

designado de plano estrateacutegico de marketing que eacute

laquoo processo utilizado para o estabelecimento de objetivos

alinhados com as poliacuteticas metas e princiacutepios bem como os

fatores de relevacircncia ao meio-ambiente organizacional

levando-se em conta o meio externoraquo117

KOTLER e KELLER acrescentam que plano de marketing

laquoeacute um documento escrito que resume o que o profissional de

marketing sabe sobre o mercado e que indica como a empresa

planeja alcanccedilar os seus objectivos Conteacutem directrizes taacuteticas

para os programas de marketing e para a alocaccedilatildeo de fundos ao

longo do periacuteodo de planejamentoraquo118

A mesma visatildeo eacute dada por KOTLER e BLOOM como

116

PEREIRA Elisabeth e FERNANDES Antoacutenio ndash O marketing como fonte de vantagem competitiva

Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=44 117

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363 118

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58

50

laquoo processo gerencial de desenvolver e manter uma direcatildeo

estrateacutegica que alinha as metas e os recursos da organizaccedilatildeo

com as suas mutantes oportunidades de mercadoraquo119

As ideias supracitadas podem ainda ser completadas por outra definiccedilatildeo dada

por KOTLER e Neil KOTLER

laquoLa planificacioacuten estrateacutegica orientada al mercado es el

processo de gestiiacuteon tendnete a desarrollar y mantener un ajuste

viable entre los objetivos y recursos de la organizacioacuten por una

parte y las oportunidades cambiantes de mercado

por outraraquo 120

251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing

Satildeo vaacuterios os autores que apresentam diferentes metodologias de trabalho para a

elaboraccedilatildeo do plano de marketing

Para Djalma de Pinho Rebouccedilas de OLIVEIRA citado por Ceacutelia

BARBALHO121

a estrateacutegia de marketing eacute dividida em quatro fases (figura nordm 12)

FIGURA nordm 12

Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

119

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 62 120

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob citp89 121

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

51

Segundo este autor o plano inicia-se com o diagnoacutestico estrateacutegico que

pressupotildee a anaacutelise interna e externa do meio envolvente da organizaccedilatildeo Esta anaacutelise

por sua vez corresponde agrave identificaccedilatildeo dos pontos fortes e fracos das empresas de

forma a estabelecer relaccedilotildees com os concorrentes directos laquona relaccedilatildeo

produto-mercadoraquo e acccedilotildees correctivas Tambeacutem identifica as ameaccedilas e oportunidades

no ambiente institucional

O mesmo autor refere exemplos que se podem aplicar na anaacutelise do ambiente

interno e externo (figura nordm 13)

Figura nordm 13

Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Numa segunda etapa eacute definida a missatildeo do organismo devendo identificar o

caminho e o objectivo ou objectivos a atingir

A utilizaccedilatildeo de instrumentos estabelecem desafios metas estrateacutegias poliacuteticas e

projectos que a instituiccedilatildeo se propotildee alcanccedilar Os instrumentos quantitativos

correspondem aos valores monetaacuterios que iratildeo ser gastos na produccedilatildeo de bens e

serviccedilos e o retorno que adveacutem com a sua aplicaccedilatildeo

A quarta e uacuteltima fase eacute a avaliaccedilatildeo do desempenho comparaccedilatildeo entre o que foi

proposto e os resultados obtidos identificaccedilatildeo dos desvios ao plano e medidas de

intervenccedilatildeo correctivas

Para MORAIS tambeacutem referido por BARBALHO122

a proposta de metodologia

reparte-se em cinco partes (figura nordm 14)

122

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

52

Figura nordm 14

Estrateacutegia de marketing de Morais

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Neste caso ao contraacuterio de Oliveira analisa-se primeiro a missatildeo visatildeo e

valores da instituiccedilatildeo seguido pelo diagnoacutestico ambiental Esta segunda parte aleacutem de

identificar as ameaccedilas e oportunidades e os pontos fortes e fracos cria o cenaacuterio

pessimista e o cenaacuterio optimista

De seguida satildeo delineadas estrateacutegias de actuaccedilatildeo no mercado que seratildeo

repartidas entre um ou mais planos de acccedilatildeo laquoos aspectos relevantes para a sua

implantaccedilatildeo ndash orccedilamentos cronogramas fluxogramas metodologias etc123

raquo

Por fim propotildee-se um acompanhamento deste processo para serem

identificados os planos operacionais os desvios e as intervenccedilotildees efectuadas

Quanto ao tipo de estrateacutegia a desenvolver KOLTLER apresenta seis tipos de

planos de marketing124

a) planos de marketing da marca para cada nova marca produzida numa

empresa eacute preparada uma nova estrateacutegia anual

123

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Ob Cit 124

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p205

53

b) plano de marketing para cada categoria de produtos para cada novo

produto eacute efectuado um novo plano No final esta estrateacutegia eacute

integrada laquono plano geral da respectiva categoria de produtoraquo

c) planos de novos produtos para cada nova marca ou novo produto eacute

efectuado laquoum plano de desenvolvimento e de lanccedilamentoraquo

d) planos dos segmentos de mercado se o produto ou marca satildeo

vendidos em diferentes segmentos haacute que criar um plano diferente

para cada um

e) planos geograacuteficos de mercado para cada paiacutes regiatildeo cidade e

bairro eacute necessaacuterio criar um plano proacuteprio

f) planos de clientes os gestores de contas devem laquopreparar um plano

para cada um dos clientes importantesraquo

Na praacutetica refere o autor estes planos estatildeo interligados entre si e conclui que

tecircm de ser elaborados de forma coerente e de faacutecil entendimento para a concretizaccedilatildeo de

todas as operaccedilotildees125

Esta ideia eacute completada por Tim BERRY e DOUG WILSON

citados por KOTLER e KELLER ao afirmarem que o plano deve responder agraves questotildees

laquoO plano eacute simplesraquo O plano eacute especiacuteficoraquo laquoO plano eacute realistaraquo laquoO plano eacute

completoraquo126

Os elementos que devem compor o plano de marketing segundo KOTLER satildeo

os seguintes anaacutelise da situaccedilatildeo objectivos e alvos de marketing estrateacutegia de

marketing plano de acccedilotildees de marketing e controlos de marketing127

A anaacutelise da situaccedilatildeo implica o estudo da laquovidaraquo do produto Eacute necessaacuterio

avaliar quantitativamente as vendas quotas de mercado preccedilos custos e lucros bem

como uma anaacutelise dos resultados obtidos pela concorrecircncia128

Soacute assim seratildeo

detectados os chamados laquofactores criacuteticos de sucessoraquo tambeacutem designados de pontos

125

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p205 126

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58 127

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206-207 128

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206

54

fortes ndash os quais deveratildeo ser destacados ndash e os pontos fracos cujos efeitos deveratildeo ser

minimizados ou corrigidos129

No ambiente externo deveraacute ser realizada uma auditoria ao meio envolvente da

empresa onde o produto eacute disponibilizado de forma a identificar as ameaccedilas e as

oportunidades que possam surgir Entre as condiccedilotildees externas a considerar estatildeo os

factores demograacuteficos econoacutemicos histoacutericos poliacuteticos sociais tecnoloacutegicos e legais

Numa etapa posterior eacute indicada a perspectiva futura para o produto

Na parte dos objectivos e alvos o gestor deveraacute estabelecer metas podendo

incluir o aumento de quota no mercado aumento de satisfaccedilatildeo do cliente e aumento de

margem e os alvos a atingir devendo ser laquomensuraacuteveisraquo

Na definiccedilatildeo da estrateacutegia KOTLER diz-nos que devemos seguir seis

aspectos130

que quanto a noacutes correspondem ao composto de mix

a) o laquomercado-alvoraquo divide-se em niacutevel primaacuterio os consumidores

que estatildeo prontos a adquirirem o produto niacutevel secundaacuterio satildeo os

clientes que podem adquirir o produto mas ainda natildeo

manifestaram interesse e o niacutevel terciaacuterio satildeo as pessoas que

querem comprar o produto mas de momento natildeo o podem ter Haacute

casos que os gestores incluem no plano o nome do cliente a

conquistar

b) o laquoposicionamento nuclearraquo relaciona-se com as vantagens que os

clientes vatildeo adquirir com a sua compra

c) o laquoposicionamento de preccediloraquo estaacute associado ao benefiacutecio nuclear

oferecido

d) a laquooferta total de valorraquo estaacute relacionada com antecipar as

demandas do cliente e prever a sua satisfaccedilatildeo total

129

laquoPonto forte eacute a diferenciaccedilatildeo conseguida pela empresa que lhe proporciona uma vantagem

operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel controlaacutevel O ponto fraco eacute uma situaccedilatildeo inadequada da

empresa que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel

controlaacutevelraquo PASA Carla Regina R - Planejamento estrateacutegico de uma induacutestria de plaacutesticos a

importacircncia da anaacutelise interna e externa - um caso praacutetico [on line] [Consultado a 10 de Setembro de

2008] Disponiacutevel em URL httpwwwabeproorgbrbibliotecaENEGEP1998_ART452pdf 130

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 Editorial Presenccedila

Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p213

55

e) a laquoestrateacutegia de distribuiccedilatildeoraquo satildeo os diferentes canais de

distribuiccedilatildeo do produto como televendas ou o computador

acrescenta KOTLER

f) a laquoestrateacutegia de comunicaccedilatildeoraquo relaciona-se com os gastos

financeiros na sua divulgaccedilatildeo

Apoacutes a sua conclusatildeo estes dados seratildeo entregues a uma equipa que

estabeleceraacute as laquodatas para a campanha de publicidade para as promoccedilotildees de venda

para a participaccedilatildeo em feiras e para lanccedilamento de novos produtosraquo131

Em simultacircneo eacute

efectuada a verificaccedilatildeo das acccedilotildees planeadas para se saber se estatildeo de acordo com o

estabelecido Caso haja um grande nuacutemero de aspectos em falta ou incorrectos deveratildeo

ser implementadas medidas correctivas no plano132

No que concerne ao plano estrateacutegico nas unidades de informaccedilatildeo Reacutejean

SAVARD propotildee um modelo que natildeo eacute muito diferente do anterior133

a) resumo do plano

b) anaacutelise interna e externa do mercado

c) identificaccedilatildeo da missatildeo e dos objectivos da unidade de informaccedilatildeo

d) elaboraccedilatildeo dos produtos e delineaccedilatildeo de estrateacutegias

e) definiccedilatildeo do orccedilamento

f) medidas de controlo de aplicaccedilatildeo do plano

Soacute com a sua implementaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e controlo eacute que os arquivos poderatildeo

evitar periacuteodos de carecircncia financeira que consequentemente originam a perda de

131

KOLTER Philip ndash ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p214 132

Idemp214-215 133

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l

56

clientes134

e que se conhece de forma efectiva e eficiente o meio onde pretendem

actuar

134

MINIGGIO Mireille - Le marketing au service de larchivistique le cas de projet de normalisation au

niveau du fonds darchives In Reflexiones archivistiques1989p 35

57

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS

UNIDADES DE INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO

No meio econoacutemico as organizaccedilotildees natildeo lucrativas satildeo identificadas como

pertencentes ao sector terciaacuterio e a sua aacuterea de actuaccedilatildeo eacute dividida em doze grupos

especiacuteficos135

(figura nordm 15)

Figura nordm 15

Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Fonte International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line]

[Consultado a 23 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

As suas principais caracteriacutesticas podem ser apresentadas da seguinte forma

a) natildeo perseguem lucros objectivos financeiros

135

Esta classificaccedilatildeo estaacute elaborada de acordo com o trabalho da Comissatildeo Europeia ndash DG XXII no

acircmbito do Targeted Socio-Economic Research Programme que adaptou a classificaccedilatildeo original

desenvolvida pelo John Hopkins Comparative Non- Profit Sector Project e denominada ICNPO -

International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line] [Consultado a 23

de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

58

b) o preccedilo eacute mensuraacutevel natildeo em termos monetaacuterios mas sim de forma

qualitativa e atraveacutes da avaliaccedilatildeo de desempenho dos serviccedilos

c) a sobrevivecircncia destes organismos natildeo depende do financiamento do

utilizador

d) o puacuteblico eacute bastante diversificado

e) tal como as organizaccedilotildees lucrativas o objectivo fim satildeo as trocas

para satisfaccedilatildeo do cliente Todavia neste caso sobrepotildeem-se as

necessidades da laquoaudiecircncia-alvoraquo e ou sociedaderaquo aos desejos e

vontades de ldquosobrevivecircncia e crescimento de empresasrdquoraquo136

f) a resposta dada aos puacuteblicos deve ser efectuada a curto e meacutedio

prazo

Por isso natildeo eacute de admirar que cada vez mais os serviccedilos puacuteblicos e instituiccedilotildees

sem fins lucrativos se sirvam do marketing para alcanccedilarem os seus objectivos

satisfaccedilatildeo das necessidades e desejos do mercado-alvo com resultados eficientes e

eficazes137

como escreve KOTLER O mesmo autor acrescenta que a principal razatildeo

destes grupos se interessarem laquopelos princiacutepios formais do marketing eacute que eles

permitem que a organizaccedilatildeo se torne mais eficaz na obtenccedilatildeo dos seus desejosraquo138

A aplicaccedilatildeo destes conceitos salienta traraacute quatro benefiacutecios139

laquoServiccedilo aprimorado normalmente uma orientaccedilatildeo de marketing leva a

um serviccedilo puacuteblico aprimorado A caracteriacutestica principal do conceito

moderno de marketing eacute a preocupaccedilatildeo com as necessidades e os

desejos de grupos que estatildeo sendo servidos por uma organizaccedilatildeo O

especialista de marketing forma sistemas para sentir servir e satisfazer

os diversos puacuteblicos Ele estaacute consciente de todas as forccedilas que

136

CARVALHO Joatildeo M Santos ndash Organizaccedilotildees natildeo lucrativas Aprendizagem organizacional

Orientaccedilatildeo de Mercado Planeamento Estrateacutegico e Desempenho Ediccedilotildees Siacutelabo Lisboa 2005 ISBN

972-618-366-9- Depoacutesito Legal 22467105p 20 137

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 24-25 138

Idemp25 139

Ibidemp 344-345 A mesma ideia tambeacutem estaacute presente em MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash

Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6 p 126

59

influenciam a satisfaccedilatildeo dos consumidores e dos puacuteblicos e seu

desempenho eacute mensurado em quatildeo bem ele constroacutei atitudes favoraacuteveis

para com a organizaccedilatildeo

Eficiecircncia aprimorada uma orientaccedilatildeo para marketing tende tambeacutem a

melhorar a eficiecircncia na realidade de diversas metas organizacionais

Agecircncia do governo poderaacute projetar seus produtos e serviccedilos em um

melhor relacionamento para com os padrotildees de compra e consumo dos

seus mercados A organizaccedilatildeo poderaacute coordenar suas actividades de

marketing para atingir alvos que poderiam natildeo ser alcanccedilados se fossem

perseguidos de maneira desordenada

Apoio legislativo aprimorado uma orientaccedilatildeo para o marketing

deveria tambeacutem ajudar na tarefa de assegurar maior apoio

legislativo Um puacuteblico importante de qualquer agecircncia eacute formado

por legisladores Na extensatildeo em que uma orientaccedilatildeo para o marketing aprimora os serviccedilos e a eficiecircncia puacuteblica de uma

organizaccedilatildeo forneceraacute um poderoso argumento para o apoio continuado

e generoso de suas atividades Aleacutem disso a mesma orientaccedilatildeo para o

marketing leva a organizaccedilatildeo a ser mais sensiacutevel com referecircncia aos

legisladores como se fossem um dos seus puacuteblicos e nesse sentido ela

poderaacute ser mais eficaz e aprimorar os seus serviccedilos de comunicaccedilatildeo

para esse grupo

Prestaccedilatildeo de contas aprimoradas finalmente a orientaccedilatildeo para o

marketing poderia ajudar a aprimorar a prestaccedilatildeo de contas puacuteblicas se

as actividades de marketing se tornarem expliacutecitas em vez de

permanecerem impliacutecitas e mais se forem colocadas sob a

responsabilidade de controle centralizada seraacute mais faacutecil realizar a

auditoria dessas actividades e avaliar os seus gastos e grau de satisfaccedilatildeo

Seria tambeacutem mas faacutecil para os auditores levantar questotildees concretas

sobre a actividade de marketing dirigindo-as agrave parte certaraquo

A transposiccedilatildeo das teacutecnicas mercadoloacutegicas do marketing para as unidades de

informaccedilatildeo ndash bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos ndash pertencentes ao

agrupamento 1 eacute algo que ainda hoje natildeo eacute consensual Tal como ainda hoje acontece

no meio empresarial muitas pessoas associam esta ferramenta a um departamento de

vendas cujo propoacutesito eacute laquotornar o ato de vender supeacuterfluoraquo como afirma Peter

DRUKER140

Por isso natildeo eacute de estranhar que muitos profissionais das Ciecircncias da

Informaccedilatildeo considerem que a sua utilizaccedilatildeo eacute inusitada e desadequada porque satildeo

organismos que prestam um serviccedilo cultural e natildeo vendem produtos e o seu objectivo

natildeo eacute o lucro No artigo laquoBiblioteacuteques et Marketing une valse a 3 temps repulsion

attirance adaptationraquo Marielle MIRIBEL citada por Sofia GALVAtildeO confirma este

ponto de vista141

Atraveacutes de um inqueacuterito apresentado agraves bibliotecas sobre o marketing

140

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p18 141

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 Existe um artigo semelhante com o nome laquoA importacircncia do estudo

60

encontrou dois tipos de reacccedilotildees as que consideram esta teacutecnica laquocomo um meio de

comunicaccedilatildeo interativa ferramenta de gestatildeoraquo e os que vecircem no marketing um meio de

venda e de comeacutercio que contraria a missatildeo da biblioteca142

Rajesh SINGH efectuou um estudo semelhante na Finlacircndia entre o ano de 2002 e

2003 A partir de cinco questotildees143

colocadas aos responsaacuteveis e seus colaboradores

concluiu que embora jaacute haja quem veja o marketing como uma mais valia nos seus

serviccedilos ainda haacute quem o veja - laquofewraquo144

- como uma actividade que apenas se aplica

em empresas com fins lucrativos

Para Sueli Angeacutelica do AMARAL satildeo vaacuterias as causas que explicam este

cepticismo145

a) descrenccedila e desconfianccedila dos profissionais da informaccedilatildeo relativamente ao

marketing

b) crenccedila que a informaccedilatildeo vale por si proacutepria

c) falta de importacircncia dada ao cliente como indiviacuteduo nas unidades de

informaccedilatildeo

d) falta de formaccedilatildeo do bibliotecaacuterio sobre esta mateacuteria

e) inexistecircncia eou escassez de literatura sobre o marketing em unidades de

informaccedilatildeo

sobre a imagem organizacional para as unidades de informaccedilatildeo e para os seus gestoresraquo que poderaacute ser

consultado em httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=995221 142

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 143

1Qual eacute a atitude dos bibliotecaacuterios face agrave aplicaccedilatildeo do marketing nos serviccedilosprodutos das

bibliotecas 2 Qual o niacutevel de conhecimento das conceitos e praacuteticas do marketing 3 Qual o

compromisso destes organismos com os seus utilizadores 4 Em que contexto o marketing se aplica nas

bibliotecas da Finlacircndia 5 Que tipo de implicaccedilotildees traz o marketing neste serviccedilos (traduccedilatildeo efectuada

por noacutes) SINGH Rajesh ndash Undersanding Marketing Culture in Finnish Libraries In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p68-69 144

SINGH Rajesh ndash Ob citp 69 145

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637

61

f) falta de aplicabilidade do conceito mercadoloacutegico nas bibliotecas

g) gratuidade dos produtos e serviccedilos prestados

h) desconhecimento dos conceitos comerciais e sobre a teoria econoacutemica da

informaccedilatildeo

Florence MUET bibliotecaacuteria francesa segue a mesma ideia mas aponta outras

causas para esta situaccedilatildeo146

a) embora a satisfaccedilatildeo dos utilizadores seja importante ainda haacute o culto do

documento em detrimento do cliente

b) os gestores de informaccedilatildeo natildeo aceitam a ideia de existecircncia de

segmentosnichos de puacuteblicos Todos os clientes satildeo vistos como um grupo

homogeacuteneo os quais tecircm o direito de aceder de forma idecircntica aos mesmos

produtosserviccedilos

c) o recurso agraves ferramentas do marketing soacute eacute lembrado em alturas de crise como

o caso de falta de leitores e falta de integraccedilatildeo destes organismos no meio

social onde se integram

Recorrendo mais uma vez a AMARAL esta autora refere no artigo laquoMarketing e

inteligecircncia competitiva aspectos complementares da gestatildeo da informaccedilatildeo e do

conhecimentoraquo que a utilizaccedilatildeo do marketing pelos gestores de informaccedilatildeo eacute comum

nos dias de hoje soacute que natildeo eacute feita de forma consciente e clara147

Este eacute o caso do Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da

Madeira que seraacute objecto de estudo no Capiacutetulo V deste trabalho

AMARAL tambeacutem enfatiza que a laquoaplicaccedilatildeo das teacutecnicas metodoloacutegicas de

anaacutelise e segmentaccedilatildeo do mercado anaacutelise do consumidor organizaccedilatildeo de um sistema

146

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentation Services in France In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 88-89 147

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 22

62

de informaccedilotildees de marketing realizaccedilatildeo de auditoria de marketingraquo148

nas unidades de

informaccedilatildeo obriga que estes organismos sejam vistos como um negoacutecio Isto acontece

porque

laquoquando eacute adotada a orientaccedilatildeo metodoloacutegica as actividades satildeo

desenvolvidas com base na realizaccedilatildeo de trocas e do efetivo

conhecimento do mercado interesses necessidades expectativas

desejos dos puacuteblicos desse mercadoraquo149

Desta forma Tony LEISNER150

e Sophia KAANE151

acrescentam que a boa

aplicaccedilatildeo do marketing obriga os serviccedilos a atingirem niacuteveis elevados de satisfaccedilatildeo dos

clientes e a aumentar o valor percebido como forma de assegurar a sobrevivecircncia das

suas respectivas instituiccedilotildees Isto significa que os gestores de informaccedilatildeo devem

imbuir-se do espiacuterito e raciociacutenio de um empresaacuterio para assegurar a sobrevivecircncia do

seu laquonegoacutecioraquo desenvolvendo estrateacutegias competitivas programas e projectos voltados

para os seus clientes

Soacute assim com o conhecimento e aplicaccedilatildeo dos conceitos do laquomundo dos

negoacuteciosraquo que a unidade de informaccedilatildeo passa tal como organizaccedilotildees lucrativas a obter

benefiacutecios fiacutesicos humanos e materiais necessaacuterios para a sua manutenccedilatildeo e

funcionamento152

Um outro aspecto a salientar neste capiacutetulo eacute que os organismos tecircm de ser vistos

como uma organizaccedilatildeo de serviccedilos que aplicam o composto de marketing mix

Embora como jaacute abordamos existam 4 elementos um dos aspectos mais visiacuteveis

da adopccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a aplicaccedilatildeo de um dos Ps a

promoccedilatildeo153

Heloiacutesa OTTONI bibliotecaacuteria brasileira tem esta visatildeo quando afirma

que marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a

148

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 33 149

Idem 150

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing - In 61st IFLA General Conference -

Conference Proceedings1995[on line] [Consultado a 01 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm 151

KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf 152

VERGUEIRO Waldomiro ndash Marketing e gestatildeo da qualidade em serviccedilos de informaccedilatildeo o

relacionamento com os clientes como espaccedilo de convergecircncia de conceitos e praacuteticas In AMARAL

Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-

230-0952-6 p 61 153

No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a praacutetica de divulgaccedilatildeo dos seus serviccedilos data da

segunda metade do seacuteculo XIX Foi em 1876 na Conferecircncia de ALA ndash Ameacuterica Libraries Associacion

ndash que Samuel Swett falou pela primeira vez sobre a relaccedilatildeo entre bibliotecaacuterios e leitores Vinte anos

63

laquo(hellip) filosofia de gestatildeo administrativa na qual todos os

esforccedilos convergem em promover com a maacutexima eficiecircncia

possiacutevel a satisfaccedilatildeo de quem precisa e de quem utiliza

produtos e serviccedilos de informaccedilatildeo Eacute o ato de intercacircmbio de

bens e satisfaccedilatildeo de necessidadesraquo154

Segundo AMARAL o facto eacute que quando haacute transposiccedilatildeo do marketing para as

unidades de informaccedilatildeo os conceitos mercadoloacutegicos ficam limitados a aspectos

promocionais como elaborar cartazes folhetos ou marcadores Eacute preciso fazer mais

sobre uso da comunicaccedilatildeo para laquoatrair novos consumidores vender ideias fortalecer

marcasraquo155

Daiacute propor o uso da promoccedilatildeo sob cinco prismas156

laquoa) Tornar a organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos conhecidos

pelos usuaacuterios potenciais

b) Tornar o ambiente da organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos

atraentes para os usuaacuterios potenciais

c) Mostrar aos usuaacuterios reais como usar os produtos e os

serviccedilos

d) Evidenciar os benefiacutecios dos produtos e serviccedilos oferecidos

e) Manter os usuaacuterios reais constantemente bem informados

sobre a atuaccedilatildeo da organizaccedilatildeo seus produtos e serviccedilosraquo

Esta ideia vem ao encontro da sua definiccedilatildeo de marketing

laquoMarketing pressupotildee a compreensatildeo das necessidades

percepccedilotildees preferecircncias e interesse pela satisfaccedilatildeo e pelos

padrotildees de comportamento da audiecircncia-alvo aleacutem da

adequaccedilatildeo das mensagens da miacutedia dos custos e das

facilidades a fim de maximizar suas atividades na aacuterea em que

eacute aplicadoraquo 157

A bibliotecaacuteria Sofia GALVAtildeO utilizando uma vez mais a pesquisa de Miribel

diz-nos que uma das grandes preocupaccedilotildees dos gestores da informaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao

mais tarde tambeacutem na conferecircncia de bibliotecaacuterios americanos Lutie Stearns introduziu no vocabulaacuterio

dos bibliotecaacuterios o termo advertising que traduzido simboliza publicidade 154

OTTONI Heloiacutesa Maria ndash Bases do marketing para unidades de informaccedilatildeo [on line] [Consultado a

20 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httprevistaibictbrindexphpciinfarticleviewPDFInterstitial433391 155

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637 156

WEINGAND Darlene E ndash Serviccedilos aos clientes um imperativo de marketing In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6p 34-35 157

Idem p34

64

marketing eacute tambeacutem a promoccedilatildeo mas voltada para a imagem158

Imagem enquanto

instituiccedilatildeo e imagem enquanto profissional159

De forma geral refere a autora brasileira a imagem que as unidades de

informaccedilatildeo transmitem eacute que estas entidades nem sempre criamprojectam para o

mercado-alvo o que o utilizador pretende ou necessita

Autores como Sophia KAANE Hilkka ORAVA e Ar ANDREWS defendem a

mesma ideia Vejamos

KAANE no Congresso da IFLA (Internacional Federation of Librarian

Associations and Institutions) em 2006 apresenta no seu trabalho o resultado de um

inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios onde uma das questotildees que se colocava era se a

utilizaccedilatildeo do marketing de referecircncia nos serviccedilos das bibliotecas modificaria a sua

imagem na comunidade Os resultados obtidos foram positivos a maioria dos

inquiridos 68 respondeu afirmativamente como se comprova no graacutefico a seguir

apresentado160

(figura nordm 16)

Figura nordm 16

Resultado do inqueacuteritoefectuado a bibliotecaacuterios

Fonte KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf

158

LAUNO citada por GALVAtildeO refere que a imagem resulta de uma relaccedilatildeo qualitativa que permite

fidelizar e atrair novos utilizadores Para KOTLER eacute laquo(hellip) um conjunto de crenccedilas ideias e impressotildees

que uma pessoa manteacutem em relaccedilatildeo a um objecto As atitudes e acccedilotildees de uma pessoa em relaccedilatildeo a um

objecto satildeo amplamente condicionadas pela imagem desse objectoraquo GALVAtildeO Sofia

Baptista Ob cit p85 159

Nas deacutecadas de 30 a 70 do seacuteculo XX como jaacute referimos foram escritas diversas obras e um conjunto

de artigos sobre as formas de divulgaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo dos seus serviccedilos que permitiram a divulgaccedilatildeo

dos produtosserviccedilos das bibliotecas 160

KAANE Sophia ndash Ob citp 6

65

Esta situaccedilatildeo segundo a mesma autora contrasta com o trabalho de Snoj e

Petermanec que afirmam que a aplicaccedilatildeo da filosofia do marketing nestas organizaccedilotildees

natildeo lucrativas soacute se aplica para quem se quer demarcar no negoacutecio competitivo Jaacute

Shamel considera beneacutefica a utilizaccedilatildeo do marketing como instrumento de mudanccedila de

imagem das bibliotecas como forma de melhorar o seu espoacutelio bibliograacutefico aumentar

o nuacutemero de utilizadores e de serviccedilos prestados educar os clientes e natildeo clientes

culminando tudo isto na mudanccedila da reputaccedilatildeo da biblioteca e dos seus teacutecnicos161

No caso especiacutefico dos arquivos eacute urgente aplicar os conceitos de marketing para

que a sociedade mude a imagem que tem destas instituiccedilotildees culturais Esta situaccedilatildeo estaacute

bem explicita no relatoacuterio final apresentado na Mesa Redonda de Arquivos realizada

em 1999 no Arquivo Nacional do Brasil quando conclui que

laquo[hellip] para o cidadatildeo em geral o termo arquivo ainda estaacute

associado a depoacutesito de papeacuteis velhos e sem utilidade praacutetica

Para que possamos romper com esta imagem faz-se necessaacuterio

o planejamento e o desenvolvimento de campanha de

marketing em miacutedia impressa falada e televisiva sobre a

importacircncia dos arquivos para a cidadania e para a identidade

nacional o que poderaacute abrir caminhos para a modernizaccedilatildeo e

melhoria das condiccedilotildees materiais e de recursos humanos natildeo soacute

das instituiccedilotildees arquiviacutesticas puacuteblicas como tambeacutem dos

serviccedilos de arquivos da administraccedilatildeo puacuteblicaraquo162

Ramoacuten ALBERCH apresenta no livro laquoArchivos y Cultura manual de

dinamizacioacutenraquo a mesma noccedilatildeo

laquoLa otra visoacuten no es en ninguacuten caso mas optimista los archivos

permanecen en el olvido en el marco de un desconocimiento

general sobre sus objetivos y funciones En este sentido cabe

sentildealar que el ciudadano pero tambieacuten una parte sustancial de

los gestores y poliacuteticos tienen grandes dificultades para

establecer por ejemplo una correlacioacuten positiva entre sus

necesidades de informacioacuten ndash de todo o tipo administrativa o

cultural ndash y la existencia de un servicio de archivos aacutegil y

eficazraquo163

161

KAANE Sophia ndash Ob citp6 162

AMARAL Sueli Angeacutelica - Relatoacuterio geral apresentado na sessatildeo solene de encerramento In

Congresso Internacional de Arquivos Bibliotecas Centros de documentaccedilatildeo e Museus Federaccedilatildeo

Brasileira de Associaccedilotildees de Bibliotecaacuterios Cientistas da Informaccedilatildeo e Instituiccedilotildees Satildeo Paulo 2006 163

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Ob cit p27

66

O mesmo eacute dito por Julio DIacuteAZ CERDAacute

laquoEl archivo es sin duda el maacutes desconocido y menos utilizado

de los servicios de informacioacuten La razoacuten de este desencuentro

hay que buscarlo principal-mente en la propia singularidad

complejidad y diversidad de su objeto de es-tudio los

documentos En tanto que se trata de informacioacuten no elaborado

es el resultado de una determinada actuacioacuten administrativa

pueden presentar problemas de comprensioacuten para quienes

esperan una agradable y sencilla lec-turaraquo164

Da nossa experiecircncia enquanto arquivista e responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo

e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira concluiacutemos como estes autores

que a noccedilatildeo que as pessoas tecircm de arquivo eacute de ser um local laquomortoraquo onde se guardam

papeacuteis velhos com interesse apenas para alguns investigadores e estudiosos

Daiacute Mireille MINIGGIO nos dizer que a promoccedilatildeo eacute a face mais visiacutevel dos

arquivos sobretudo atraveacutes da publicidade165

No que concerne agrave imagem dos profissionais de bibliotecas Ar ANDREW166

e

ORAVA167

afirmam que de forma geral a sociedade continua a ver os bibliotecaacuterios

como laquobichos-do-matoraquo com um ar cinzento e sisudo que mandam sempre calar os

seus leitores Para modificar esta noccedilatildeo torna-se pertinente que estes gestores saibam

distinguir identidade que resulta da laquomedida que uma organizaccedilatildeo toma para se

posicionar no mercadoraquo de imagem laquoeacute aquilo que o puacuteblico perceberaquo168

Torna-se

entatildeo necessaacuterio que o bibliotecaacuterio tenha uma visatildeo exacta do trabalho que desenvolve

dentro e fora do espaccedilo do seu serviccedilo

A imagem do arquivista necessita tambeacutem ser melhorada169

Diz-nos a arquivista

Fernanda RIBEIRO que os

164

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a de 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 165

MINIGGIO Mireille ndash Ob cit p39 166

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado a 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 167

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado el 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 168

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob citp315 169

Ao contraacuterio dos seus congeacuteneres das unidades da informaccedilatildeo que falaram pela primeira vez de

promoccedilatildeo em 1876 a arquiviacutestica soacute haacute cerca de trinta anos eacute que abordou pela primeira vez a questatildeo da

importacircncia das relaccedilotildees puacuteblicas nestes organismos Foi no 15ordm Congresso Internacional da Mesa

Redonda dos Arquivos realizado em Otava Atraveacutes de um questionaacuterio enviado a arquivos nacionais e

municipais de 41 paiacuteses tentou-se identificar trecircs aspectos acervo e funccedilotildees dos Arquivos recursos

67

laquo[hellip] arquivistas tradicionais ligados aos ldquoarquivos

histoacutericosrdquo continuavam na linha erudita e historicista

desenvolvendo uma actividade mais conotada com a cultura e o

patrimoacutenio do que com a dinacircmica da informaccedilatildeo por outro

porque os gestores de documentos nos contextos

organizacionais estavam muito marcados por uma visatildeo

administrativista e documental natildeo fazendo tambeacutem a

aproximaccedilatildeo com o mundo da informaccedilatildeoraquo170

Isto significa que haacute uma separaccedilatildeo entre os arquivistas e os restantes

profissionais da Ciecircncia da Informaccedilatildeo agravada pelo Conselho Internacional de

Arquivos em 1999 porque laquoeste organismo favoreceu um certo corporativismo entre

este grupo profissional unido em torno de questotildees teacutecnicas e de poliacuteticas de

conservaccedilatildeo do patrimoacutenio documentalraquo171

Numa primeira fase eacute indispensaacutevel que estes profissionais faccedilam as pazes com

os seus congeacuteneres porque todos trabalham para um fim comum preservar conservar

tratar comunicar e divulgar o patrimoacutenio documental contribuindo para a designada

educaccedilatildeo natildeo formal Apoacutes a mudanccedila desta imagem o arquivista deveraacute chegar mais

proacuteximo do seu cliente que normalmente os vecirc como algueacutem petulante e arrogante que

raramente laquoreconhece o valor do nosso contributo e do nosso conhecimentoraquo172

Natildeo nos podemos igualmente esquecer que o facto de nos inserirmos na

Sociedade de Informaccedilatildeo tambeacutem designada Era da Informaccedilatildeo da Sociedade

humanos e logiacutesticos existentes nuacutemero de visitantes e actividades culturais desenvolvidas como eacute o

caso das exposiccedilotildees actividades educativas e publicaccedilotildees como forma de cativar utilizadores A

conclusatildeo a que os seus organizadores chegaram eacute que o serviccedilo de Relaccedilotildees Puacuteblicas natildeo existe na

maior parte dos Arquivos inquiridos e os que afirmam a sua existecircncia afirmam-no como laquoacessoacuterio da

comunicaccedilatildeoraquo ou entatildeo como oacutergatildeo dependente de outros organismos oficiais que natildeo arquivos Isto

significa que os arquivistas ainda estatildeo na fase em que acreditam que a informaccedilatildeo existente vale por si

soacute e que por isso natildeo eacute necessaacuteria promoccedilatildeo para atrair e cativar novos utilizadores Actes de la

quinziegraveme conferereacutence internacionale de la Table Rondes decircs Archives Le archives et les relationes

publiques Conseil International decircs Archives Paris 1977

Tambeacutem enquanto na aacuterea da biblioteconomia se nota principalmente a partir da deacutecada de 90 do seacuteculo

XX um aumento substancial sobre a literatura relacionada com a aplicaccedilatildeo do marketing no caso da

arquiviacutestica a produccedilatildeo manteacutem-se completamente nula Veja-se Capiacutetulo II 211 A histoacuteria do

marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

As razotildees que talvez possam explicar essa lacuna poderatildeo estar relacionadas com a imagem do arquivo e

dos arquivistas bem como com a relutacircncia em aceitar o marketing nos seus serviccedilos 170

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 171

Idem 172

HENRIQUE Ceciacutelia ndash Construindo a nova administraccedilatildeo (reflexotildees de uma arquivista) [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwapbadptCadernosBADCaderno22006CHenriquesCBAD206pdf

68

Poacutes-industrial Sociedade do Conhecimento eou Sociedade Inteligente173

obriga agrave

alteraccedilatildeo do perfil deste profissional que deve abandonar a postura de laquoum guardador de

documentosraquo174

e assumir a de laquogestor de informaccedilatildeo em qualquer contexto orgacircnico

produtor de fluxo informacionalraquo175

Corroborando essa ideia Heloiacutesa Liberalli

BELLOTO afirma que

laquoBasta que os arquivistas reconheccedilam que o puacuteblico vai aleacutem

dos que vecircm ao recinto do arquivo sobretudo os historiadores e

perpassa por todos os componentes da comunidade mesmo

aqueles que nem sequer sabem o que seja o arquivo todo um

puacuteblico potencial a conquistar

Ademais eacute preciso dar mais transparecircncia ao arquivo e ao

arquivista fazer reconhecer o que satildeo e o que fazemraquo176

e estar preparados para laquoLa irrupciacuteon de nuevos suportes documentales y

principalmente las nuevas viacuteas telemaacuteticas de accesoraquo do seacuteculo XXI177

O mesmo repto

eacute descrito por Antoacutenio Maranhatildeo PEIXOTO sobre os Arquivos Municipais portugueses

quando diz

laquo[hellip] temos assistido agrave implementaccedilatildeo de tecnologias da

informaccedilatildeo ao serviccedilo da Administraccedilatildeo para que de uma

forma moderna satisfaccedila as necessidades do cidadatildeo Aleacutem de

parceria essencial no processo administrativo os Arquivos

Municipais como sistemas de informaccedilatildeo tecircm que assegurar de

173

laquoO Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo em Portugalraquo define a expressatildeo Sociedade da

Informaccedilatildeo como laquoum modo de desenvolvimento social e econoacutemico em que a aquisiccedilatildeo

armazenamento processamento valorizaccedilatildeo transmissatildeo distribuiccedilatildeo e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeo

conducente agrave criaccedilatildeo de conhecimento e satisfaccedilatildeo das necessidades dos cidadatildeos e das empresas

desempenha um papel central na actividade econoacutemica na criaccedilatildeo de riqueza na definiccedilatildeo da qualidade

de vida dos cidadatildeos e das suas praacuteticas culturaisraquo Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo [on

line] [Consultado a 20 de Jul de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwposcmctesptdocumentospdfLivroVerdepdf 174

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 175

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 176

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash Acervo Documental como patrimoacutenio histoacuterico cultural In Semana

dos 150 anos do Arquivo Puacuteblico do Estado do Paranaacute (1855-2005) Curitiba Paranaacute 4 a 7 de Abril de

2005 177

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf O mesmo eacute referido por Joseacute A

MOREIRO GONZAacuteLEZ nas IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten laquoNuevos perfiles profesionales y

formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de informacioacutenraquo MOREIRO GONZAacuteLEZ Joseacute

A ndash Nuevos perfiles profesionales y formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de

informacioacuten In Actas de las IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid

2007 [on line] [Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL httpwwwsedicesIX-

Jornadas_Jose-Antonio-Moreiropdf

69

maneira eficiente e eficaz a gestatildeo de todo um conjunto de

questotildees relacionadas com o tratamento acesso controle e

manuseamento bem como a pesquisa e difusatildeo da informaccedilatildeo

que abrangemraquo178

e contribuir

laquopara a agilizaccedilatildeo administrativa isto eacute na melhoria da

qualidade da informaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo dos tempos de

resposta ao cidadatildeo contribuindo na organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo

e do seu alcance nos serviccedilosraquo179

O caminho a seguir passa pela resposta do arquivista a estes novos desafios

pois como jaacute foi dito antes as empresas vencedoras satildeo aquelas que conseguem atender

agraves necessidades dos clientes em tempo uacutetil e conveniente com comunicaccedilatildeo efectiva180

Sem isto como afirma Joseacute Ramoacuten MUNDET acabamos por desaparecer e morrer181

Para atingir os objectivos de divulgaccedilatildeo dos nossos arquivos diz-nos ainda

BELLOTO haacute que compreender que laquoa interligaccedilatildeo entre arquivo e sociedade passa

pela relaccedilatildeo entre arquivos e governo arquivos e patrimoacutenio cultural pesquisa histoacuterica

e entre arquivos e cidadaniaraquo182

Perante esta ideia pode-se concluir que o

desenvolvimento das funccedilotildees culturais dos arquivos e a formaccedilatildeo de utilizadores183

ajudam a mudar a imagem e a marcar sua posiccedilatildeo no mercado como forma de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos puacuteblicos

Da siacutentese dos artigos apresentados nas Conferecircncias Anuais da IFLA184

e pela

Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios da Austraacutelia185

mas cujos resultados podem igualmente

ser aplicados a arquivos puacuteblicos resultam as seguintes propostasestrateacutegias a seguir

178

PEIXOTO Antoacutenio Maranhatildeo ndash Os arquivos municipais no dealbar do seacuteculo XXI In Actas do 9ordm

Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008]

Disponiacutevel URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM103pdf 179

Idem 180

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob cit p18 181

CRUZ MUNDET Joseacute Ramoacuten ndash Pasado y futuro de la profeacutesioacuten de archivero [on line] [Consultado

a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpeprintsrclisorg23561A12-02pdf 182

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash O arquivista na sociedade contemporacircnea [on line] [Consultado a

02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmariliaunespbrHomeExtensaoCEDHUMtexto01pdf 183

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 184

ASHCROFT Linda - Marketing strategies for visibility and indispensability In 73ordm Congresso da

IFLA 2007 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httparchiveiflaorgIVifla73papers115-Ashcroft-enpdf

ARAHOVA Antonia e KAPIDAKIS Sarantos - Marketing partnerships in Greece between libraries

archives and museums A new age has just started In 72 ordm Congresso da IFLA 2006 [on line]

70

a) conhecer de forma individual os leitores os quais devem ser atendidos com

simpatiaamabilidade prontidatildeo disponibilidade e cortesia Um cliente bem

atendido volta sempre mesmo quando os bens satildeo intangiacuteveis186

Mas isto natildeo eacute

suficiente pois como refere LEISNER por muito que os teacutecnicos sejam bons

profissionais se natildeo conseguirem corresponder agraves expectativas dos seus

utilizadores estes natildeo ficam satisfeitos187

Eacute necessaacuterio responder

antecipadamente agraves suas necessidades ou conhecer o produto desejado de forma

a prestar um serviccedilo que os distinga da concorrecircncia

b) aplicar o marketing como forma de promoccedilatildeo das unidades de informaccedilatildeo

para o exterior sem esquecer os colaboradores internos Eacute primordial criar

espiacuterito de equipa para que se possa satisfazer os clientes internos (teacutecnicos) e os

clientes externos (leitores)

c) envolver uma vez mais toda a equipa nas tomadas de decisotildees de forma a

tomarem consciecircncia do seu envolvimento no trabalho que desempenham dentro

e fora da instituiccedilatildeo

d) os profissionais da informaccedilatildeo natildeo devem recear demonstrar os seus

conhecimentos aos seus superiores e colaboradores porque o importante eacute fazer

trabalho com qualidade de forma a manter e aumentar o nuacutemero de utilizadores

e) com a popularizaccedilatildeo das TIC ndash Tecnologias da Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo ndash

o bibliotecaacuterio e o arquivista devem ajudar os seus clientes a atingir os seus

[Consultado a 04 de Octubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-

Arahova_Kapidakis-enpdf

CREMER Monika - The Image of Libraries in the Internet In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on line]

[Consultado a 04 de Octubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla64179-117ehtm

JAAFAR Shahar Banun - Marketing Information Technology (IT)

Products and Services Through Libraries Malaysian Experiences In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on

line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla64126-

86ehtm 185

BUNDY Alan - The 21st century profession one mission one voice one future [on line]

[Consultado a 10 de Novembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaquem20somoshtm

CUMMINGS L - Virtual training for virtual clients [on line] [Consultado a 10 de Novembro de

2008]Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaclinets20virtuauishtm 186

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p35 187

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing In 61ordm Congresso da IFLA 1995 [on line]

[Consultado a04 de Octubro de 2008]] Disponible URL fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm

71

objectivos no trabalho de pesquisa Tambeacutem deveratildeo estar preparados para os

ajudar os seus clientes a pesquisar na Internet quando estes tecircm duacutevidas eou

quando natildeo sabem explorar as bases de dados ou utilizar os equipamentos

informaacuteticos Devem ainda estar a par das novas tecnologias para apostar na

digitalizaccedilatildeo dos documentos As vantagens satildeo enormes um maior nuacutemero de

clientes teraacute acesso agrave informaccedilatildeo

f) deveratildeo tambeacutem apostar na formaccedilatildeo de utilizadores de modo a dar a

conhecer melhor os serviccedilos de que dispotildeem

g) a imagem que os organismos tecircm na sociedade eacute construiacuteda pelos seus

colaboradores Haacute sempre que ajudar os clientes a saiacuterem satisfeitos mesmo que

os serviccedilos apresentados natildeo correspondam agraves suas demandas numa fase inicial

h) ter sempre um site188

actualizado dos seus serviccedilos e enviar regularmente

newsletters sobre novos serviccedilos que tecircm sido criados e promover todas as

iniciativas tomadas como mostras documentais e exposiccedilotildees e novas

publicaccedilotildees Criar tambeacutem notas de imprensa e enviar para a comunicaccedilatildeo social

local

i) se possiacutevel estabelecer boas relaccedilotildees com a comunicaccedilatildeo social para ser mais

faacutecil divulgar as actividades de extensatildeo cultural

j) o profissional de informaccedilatildeo deve estar atento a todas as mudanccedilas que se

passam na sua carreira devendo apostar na formaccedilatildeo contiacutenua

l) promover a carreira das Ciecircncias da Informaccedilatildeo atraveacutes de acccedilotildees de

sensibilizaccedilatildeo junto da comunidade juvenil e estudantil e populaccedilatildeo em geral

Um exemplo tambeacutem a ser explorado pelos arquivistas eacute o programa informaacutetico

desenvolvido pela IFLA o MatPromo em que MASSIgraveSSIMO e Jorge

FRANGANILLO no artigo laquoThe ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM Section

188

Sobre as vantagens da utilizaccedilatildeo da Internet como deve ser um site nas unidades de informaccedilatildeo a IFLA

indica algumas directrizes a serem seguidas Vide wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto No caso

portuguecircs a qualidade dos sites de organismos da administraccedilatildeo puacuteblica devem seguir a Resoluccedilatildeo do

Conselho de Ministros nordm 22 2001 de 27 de Fevereiro Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 49 2001 - I Seacuterie-B

72

Projectraquo partilham entre os gestores de informaccedilatildeo exemplos de boas praacuteticas de

promoccedilatildeo como marcadores cartazes logoacutetipos flyers e objectos de merchadising189

189

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e FRANGANILLO Jorge - The ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM

Section Project In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-

598-11753-4p383 Pode-se consultar igualmente um artigo idecircntico no endereccedilo

httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=1198758 intitulado laquoLa base de datos MatPromo una

ayuda de IFLA para la promocioacuten de las bibliotecasraquo

73

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS

Com o tiacutetulo laquoMarketing em Arquivos Puacuteblicosraquo vamos reflectir e teorizar sobre a

aplicaccedilatildeo do laquonegoacutecio da informaccedilatildeoraquo nos produtos e serviccedilos aiacute prestados

Inseridas na sociedade global a sobrevivecircncia destas instituiccedilotildees natildeo lucrativas

dependem do reconhecimento puacuteblico das suas funccedilotildees e da importacircncia dos seus

serviccedilos na comunidade em que se integram Estas devem ser encaradas como empresas

com clientes internos e clientes externos cujo objectivo principal eacute obter lucro na

prestaccedilatildeo dos serviccedilos qualitativo e natildeo quantitativo

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que tecircm os arquivos para oferecer aos utilizadoresclientesconsumidores que

satisfaccedila as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em Arquivos

Seraacute que o conceito de marketing se pode aplicar aos Arquivos Distritais

portugueses

Satildeo questotildees que vamos tentar responder neste capiacutetulo associando as respostas

numa primeira fase agrave triacuteade Arquivo-Documento-Informaccedilatildeo

De acordo com o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo o Arquivo pode ser

definido como

laquoConjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de prova

ou informaccedilatildeoraquo190

e como uma laquoInstituiccedilatildeo ou serviccedilo responsaacutevel pela aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo

organizaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos documentos de arquivoraquo 191

190

Arquivo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p7 191

Idem

74

Para a arquivista espanhola Heacuteredia HERRERA o arquivo eacute

laquoum ou mais conjunto de documentos seja qual for a sua data forma e

suporte material acumulados num processo natural por uma pessoa ou

instituiccedilatildeo puacuteblica e privada no decorrer da sua gestatildeo conservados

respeitando a sua ordem natural para servir como testemunho e

informaccedilatildeo para a pessoa ou instituiccedilatildeo que os produz para os cidadatildeos

ou para servir como fonte para a Histoacuteriaraquo192

Jaacute a laquoNorma Portuguesa 40412005raquo entende Arquivo como um

laquoconjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado ou no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de

prova ou informaccedilatildeoraquo193

A sua documentaccedilatildeo pode ser designada de tipo textual ndash informaccedilatildeo transmitida

pela escrita iconograacutefica ndash informaccedilatildeo laquoatraveacutes de imagens (a duas ou trecircs dimensotildees)

como desenho fotografia gravura maquete etcraquo electroacutenica audiovisual sonora e

virtual e de meta-informaccedilatildeo194

O documento de arquivo eacute laquoproduzido a fim de provar eou informar um

procedimento administrativo ou judicial Eacute a mais pequena unidade arquiviacutestica

indivisiacutevel do ponto de vista funcional Pode ser constituiacutedo por um ou mais

documentos simplesraquo195

O patrimoacutenio arquiviacutestico seraacute entatildeo constituiacutedo pelo conjunto laquodos arquivos com

interesse cultural relevante para a memoacuteria identidade e conhecimento de um paiacutes A

conservaccedilatildeo deste patrimoacutenio estaacute sujeita a disposiccedilotildees legais proacutepriasraquo196

Da anaacutelise das noccedilotildees apresentadas decorre que o principal produto da

arquiviacutestica eacute a Informaccedilatildeo que pode ser definida como laquoelemento referencial noccedilatildeo

ideacuteia ou mensagem contida num documentoraquo197

eou eacute um

192

HEREDIA Herrera Antoacutenia ndash Archiviacutestica General Teoria y Practica Camas Sevilha 1995 ISBN

978-84-505-4784-9 p59 193

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos baacutesicos IPQ

Lisboa p 5 194

Idem P7 195

Informaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndashOb cit p38 196

Idem p21 197

Informaccedilatildeo Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro de

2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

75

laquoconjunto estruturado de representaccedilotildees mentais codificadas (siacutembolos

significantes) socialmente contextualizadas e passiacuteveis de serem

registadas num qualquer suporte material (papel filme banda

magneacutetica disco compacto etc) e portanto comunicadas de forma

assiacutencrona e multi-direccionadaraquo198

Esta uacuteltima ideia eacute a que mais se identifica com o arquivista que tem nos

documentos a base do seu trabalho199

e enquadra-se na definiccedilatildeo de marketing da

informaccedilatildeo referida por AMARAL

laquoMarketing da informaccedilatildeo eacute o processo gerencial de todo o tipo de

informaccedilatildeo (tecnoloacutegica cientiacutefica comunitaacuteria utilitaacuteria arquiviacutestica

organizacional ou para negoacutecios) em uma organizaccedilatildeo um sistema um

produto ou um serviccedilo sob a oacutetica de marketing para alcanccedilar a

satisfaccedilatildeo dos diversos puacuteblicos da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo quando satildeo utilizadas teacutecnicas na realizaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo das

trocas de valores beneficiando todos os elementos que interagem na

troca para garantir a sobrevivecircncia da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo no seu mercado de negoacutecioraquo 200

Partindo destas premissas verificamos que os arquivos tal como as bibliotecas e

os centros de documentaccedilatildeo estatildeo envolvidos no processo de marketing de informaccedilatildeo

e envolvem quer capital humano quer produtos tangiacuteveis e intangiacuteveis imperativos

necessaacuterios para marcar a diferenccedila no mercado e cujo objectivo uacuteltimo satildeo as

relaccedilotildees de troca e satisfaccedilatildeo final dos seus utilizadores internos e externos Haacute tambeacutem

que saber mantecirc-los pois como todos jaacute ouvimos falar eacute mais barato manter um cliente

do que conquistar um novo

Isto pressupotildee uma anaacutelise do mercado que KOTLER em 1978 define como

laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que tecircm recursos que querem trocar ou

que poderatildeo concebivelmente trocar por benefiacutecios distintosraquo201

O mesmo autor

198

RIBEIRO Fernanda ndash A informaccedilatildeo nos arquivos A gestatildeo dos meios de acesso e pesquisa In

Comunicaccedilotildees de Bibliotecas Multiculturismo 5ordm Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e

Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas Lisboa 1994 p 72 199

Embora natildeo seja nosso propoacutesito desenvolver este aspecto gostariacuteamos de realccedilar que a informaccedilatildeo eacute

um elemento coadjuvante na tomada de decisotildees do ser humano e o estudo da documentaccedilatildeo existente

nos arquivos pode tornar-se elemento decisivo em questotildees poliacuteticas como refere o artigo laquoLa gestion des

archives et des documents au service des deacutecideurs une eacutetude RAMPraquo publicado pela UNESCO em

1985 200

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p21 201

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p33

76

define puacuteblico como sendo laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que

possuem um interesse real ou potencial e ouum impacto sobre uma organizaccedilatildeoraquo202

A junccedilatildeo dos conceitos supracitados bem como as noccedilotildees

arquivo-documento-informaccedilatildeo leva-nos a tentar identificar o mercado-alvo dos

arquivos

Nesse sentido importa analisar o mercado interno e o mercado externo onde os

arquivos puacuteblicos actuam

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos

411 Mercado Interno

A anaacutelise do mercado interno permite determinar quais satildeo os recursos de que as

instituiccedilotildees dispotildeem as suas fraquezas eou limitaccedilotildees que lhes permita estabelecer

metas etapas na sua missatildeo visatildeo e valores Verifica-se tambeacutem que as empresas aleacutem

de se centrarem no cliente comeccedilam a dar maior importacircncia aos recursos humanos

departamento da logiacutestica (equipamentos instalaccedilotildees maacutequinas e moacuteveis) recursos

financeiros e materiais e sistemas administrativos e gerecircncias (disciplinas e normas de

produccedilatildeo)203

como forma de ajudar as empresas a atingirem as suas metas de trabalho

Agrave comunicaccedilatildeo interna das organizaccedilotildees Saul BEKIN daacute o nome de

endomarketing204

Isto significa que a transposiccedilatildeo deste sistema para as Ciecircncias de

Informaccedilatildeo envolve todos os colaboradores da instituiccedilatildeo designados de clientes

internos para uma visatildeo comum sobre a instituiccedilatildeo bem como as metas resultados

produtos serviccedilos e objectivos a atingir laquoO processo de comunicaccedilatildeo da informaccedilatildeo de

uma empresa eacute algo que deve ser trabalhado em todos os seus setores tanto no sentido

horizontal quanto no verticalraquo205

isto eacute incentivar o diaacutelogo entre os teacutecnicos de niacutevel

superior (os gestores) e os funcionaacuterios que estatildeo mais abaixo (os executores) Assim

se num Arquivo se conseguir a participaccedilatildeo efectiva de toda a equipa interna ndash desde os

gestores de topo como directores chefes de divisatildeo e outros colaboradores como

202

VAZ Gil Nuno ndash Marketing institucional O mercado de ideias e imagens Editora Pioneira Satildeo

Paulo 2000 p76 203

VAZ Gil Nuno ndash Ob Cit 204

O termo endomarketing eacute uma expressatildeo brasileira referida pela primeira vez em 1995 por Saul Bekin

no livro laquoConversando sobre endomarketingraquo 205

CAMPOS Seacutergio Emiacutedio de Azevedo GAMA LAENE Pedro [et al] ndash Gestatildeo da comunicaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para clientes de organizaccedilotildees hospitalares In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na

Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p208

77

teacutecnicos de arquivo teacutecnicos de informaacutetica teacutecnicos de microfilmagem

conservadores restauradores administrativos bem como dos mecenas patronos e

voluntaacuterios206

desde o iniacutecio do processo de instalaccedilatildeo ou mudanccedila de serviccedilos a

planificaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de futuras actividades seraacute mais faacutecil no mercado Por

sua vez este processo obriga a que o funcionaacuterio demonstre ser

laquoCriativo Busca desafios novas estrateacutegias para chamar atenccedilatildeo

Destemido Ser corajosoacreditar no que fazvestir a camisa

Honesto Prometer as coisas e cumpri -las

Humano O produto eacute a empresa cada departamento vende seu produto

a outros departamentos todos devem saber as necessidades de cada um

Integrado Visa o bom relacionamento entre as aacutereas

Poliacutetico Saber dar e receber concessotildees

Realista Busca a realidadetrabalha em cima da verdaderaquo207

A aplicaccedilatildeo dos designados 5Cs de BRUM - laquoos princiacutepios criativosraquo208 para

responder de forma eficiente agraves solicitaccedilotildees satildeo igualmente pedidos

laquoCapacidade mostrando a importacircncia do preparo teacutecnico da

formaccedilatildeo do aperfeiccediloamento independente de cargo ou funccedilatildeo

Atraveacutes desse princiacutepio poderaacute ser evidenciada a preferecircncia da atual

gestatildeo por pessoas capacitadas

Competecircncia evidenciada em dois sentidos na importacircncia de fazer

bem feito (sou competente) e de assumir responsabilidades (eacute da minha

competecircncia)

Coragem de enfrentar os desafios e correr riscos necessaacuterios para o

desenvolvimento de um determinado projeto ou tarefa Mostrar que o

sucesso estaacute diretamente ligado agrave capacidade da pessoa correr riscos

Criatividade para encontrar soluccedilotildees saiacutedas e alternativas para as mais

diversas questotildees internas e externas da empresa Desmistificar a

criatividade mostrando que todos podem encontrar novas formas de

como fazer

Coraccedilatildeo ressaltando a importacircncia de as pessoas envolverem-se

verdadeiramente com aquilo que fazem com a empresa na qual

trabalham e com os colegas com os quais convivem Este princiacutepio

serve para mostrar tambeacutem o envolvimento da empresa com a nova

gestatildeoraquo

Da nossa experiecircncia satildeo vaacuterias as metodologias que os arquivos puacuteblicos

podem e devem adoptar das organizaccedilotildees lucrativas para melhorar o seu funcionamento

interno

206

Os mecenas patrocinadores e voluntaacuterios embora sejam um segmento externo acabam por exercer

uma forte pressatildeo interna no funcionamento dos diferentes organismos Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit

p91-92 Na realidade face agrave actual conjuntura econoacutemica a sobrevivecircncia e o bem-estar dos Arquivos

Puacuteblicos passa quanto a noacutes por estabelecer por estabelecer parcerias com estes consumidores internos 207

PARDINI Maria Aparecida - Marketing interno fator gerador da satisfaccedilatildeo do cliente externo [on

line] [Consultado a 05 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwufpebrsnbudocs88apdf 208

Idem

78

Para os funcionaacuterios que jaacute trabalham na instituiccedilatildeo se sentirem integrados

propotildee-se a elaboraccedilatildeo de planos anuais de actividades para o ano corrente

especificando os objectivos estrateacutegicos do arquivo os objectivos operacionais os

indicadores de desempenho os planos de acccedilatildeo os responsaacuteveis pela sua execuccedilatildeo os

prazos de execuccedilatildeo o controlo de execuccedilatildeo do plano a data da conclusatildeo e a indicaccedilatildeo

se a acccedilatildeo foi ou natildeo eficaz Para que este trabalho seja mantido actualizado e em

constante melhoria propotildee-se ainda a realizaccedilatildeo de reuniotildees mensais com a equipa

responsaacutevel pelos projectos

Outra forma dos funcionaacuterios dos arquivos receberem informaccedilotildees sempre

actualizadas e pertinentes sobre os serviccedilos eacute a criaccedilatildeo da Intranet209

Isto implica uma

nova cultura organizacional que promove uma maior interacccedilatildeo entre os diversos

departamentos passam a interagir mais entre si permite aceder a informaccedilotildees

actualizadas e saber o que se passa a niacutevel interno em termos de decisotildees aleacutem de

diminuir o fluxo do papel A Intranet promove igualmente a uniatildeo dos colaboradores

que passam a trabalhar mais proacuteximo e para um objectivo comum o sucesso e a

economia da empresa Salientamos ainda que o seu manuseamento deveraacute respeitar as

normas de acessibilidade e usabilidade ndash designado pelos informaacuteticos de W3c ndash sendo

conveniente um visual da paacutegina da Intranet apelativo e se possiacutevel que esteja de

acordo com o site do organismo

Para os novos colaboradores o laquoManual de Acolhimentoraquo eacute o instrumento de

trabalho ideal para integrar um novo teacutecnico que inicie o seu serviccedilo

Deste manual poderatildeo constar os seguintes pontos

a) nota introdutoacuteria da direcccedilatildeo a dar as boas vindas ao novo

colaborador

b) para que serve o manual de acolhimento

objectivos

puacuteblico-alvo

209

Veja-se as etapas de aplicaccedilatildeo da Intranet na Cacircmara Municipal de Madrid descrita por Esperanza

Garcia Paso Goacutemez PASO GOacuteMEZ Esperanza Garciacutea de ndash La definicioacuten de un modelo estrateacutegico de

desarrollo para intranets corporativas en grandes organizaciones El caso del Ayuntamiento de Madrid In

Actas de las VIII Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid 2006 [on line]

[Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL

httpeprintsrclisorg78941Sesion_2_comunicacion_1_Garciapdf

79

c) o que se faz no Acolhimento e Integraccedilatildeo de Novos colaboradores

(depende de cada serviccedilo)

d) apresentaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

missatildeo

visatildeo

valores

poliacutetica da qualidade (se o serviccedilo tiver)

e) serviccedilos e competecircncias que lhes satildeo atribuiacutedas

f) apresentaccedilatildeo de todos os colaboradores

seus contactos internos e endereccedilo electroacutenico do serviccedilo

g) natureza juriacutedica do Arquivo

h) subordinaccedilatildeo administrativa

i) normas e procedimentos do serviccedilo

horaacuterio de trabalho

legislaccedilatildeo pessoal

recursos informaacuteticos

j) informaccedilotildees gerais

planta do edifiacutecio

correspondecircncia recebida e expedida (percurso da mesma e

indicar se pode natildeo haver correio particular por exemplo)

infra-estruturas

contactos

transportes puacuteblicos urbanos

feriados nacionais e regionais

Conveacutem realccedilar que esta ferramenta natildeo eacute fechada sobre si isto eacute deve estar em

permanente actualizaccedilatildeo face agraves mudanccedilas internas reflectindo a dinacircmica do serviccedilo o

espiacuterito e a missatildeo do organismo

80

Paralelamente a boa integraccedilatildeo do colaborador passaraacute pela apresentaccedilatildeo a

todos os colegas sem excepccedilatildeo porque assim toda a equipa sabe quem eacute quem e quais

seratildeo as suas funccedilotildees

Outro aspecto a ter em consideraccedilatildeo eacute o das infra-estruturas muitas das vezes

consideradas sinoacutenimas de bem-estar dos funcionaacuterios210

edifiacutecio adequado com boas

acessibilidades mobiliaacuterio confortaacutevel bons gabinetes teacutecnicos bons equipamentos e

bons recursos materiais Estes aspectos satildeo igualmente condicionantes para motivar os

funcionaacuterios aumentando a produtividade tanto quantitativa como qualitativa do

trabalho

Toda esta gestatildeo organizacional eacute feita a pensar de dentro para fora dos

Arquivos para laquobem servirraquo211

o cliente externo como vamos ver a seguir

412 Mercado Externo

O mercado externo estaacute directamente relacionado com o micro-ambiente e com

o macro-ambiente

O meio envolvente do microndashambiente das empresas relaciona-se com os

fornecedores distribuidores e concorrentes da empresa

Os fornecedores dos arquivos satildeo no nosso entender classificados de duas

formas

- fornecedores de bens culturais como fundos documentais provenientes

de organismos puacuteblicos e privados dependendo da missatildeo de cada um

- fornecedores de bens para o bom funcionamento do arquivo tais como

contratos de assistecircncia teacutecnica ou actualizaccedilatildeo de aplicaccedilotildees

informaacuteticas com as respectivas renovaccedilotildees e material necessaacuterio para o

quotidiano como esferograacuteficas laacutepis agrafadores resmas de papel etc

Os distribuidores satildeo todos os colaboradores dos arquivos que ajudam os leitores

a acederem agrave documentaccedilatildeo quer seja atraveacutes da criaccedilatildeo de portarias de avaliaccedilatildeo

210

Propomos como complemento destas ideias a leitura do artigo publicado no jornal laquoPuacuteblicoraquo em 2007

intitulado laquoOs segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuteriosraquo SANTOS Nuno Ferreira

ndash Os segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuterios In Puacuteblico Lisboa 9 de Marccedilo de

2007 p18-19 211

BEKIN Saul Faingus ndash Conversando sobre endomarketing Editora MaKron Satildeo Paulo 1995 ISBN

8534603405 p5-7

81

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa autos de

eliminaccedilatildeo roteiros topograacuteficos instrumentos de descriccedilatildeo documental (guias

inventaacuterios cataacutelogos registos e iacutendices) seja atraveacutes de mostras e exposiccedilotildees

documentais eou atraveacutes de actividades educativas Dentro deste grupo acrescentamos

a comunicaccedilatildeo social ndash que daacute a conhecer o trabalho efectuado nestes serviccedilos a

associaccedilatildeo dos amigos dos arquivos os mecenas os patronos e os voluntaacuterios212

Identificar os concorrentes permite a estes organismos criar estrateacutegias de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos consumidores uma vez que satildeo a essecircncia destes

serviccedilos213

Isto eacute ao identificarem o meio envolvente onde se inserem saberatildeo indicar

se outras instituiccedilotildees como bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e museus respondem

agraves necessidades dos clientes ou entatildeo se existem espaccedilos de Internet que o puacuteblico

considere ser a forma mais faacutecil de adquirir informaccedilatildeo Estamos perante a anaacutelise

SWOT cujo acroacutenimo significa forccedilas (Strengths) fraquezas (Weaknesses)

oportunidades (Opportunities) e Ameaccedilas (Threats) como explicaremos mais agrave frente

O macro-ambiente relaciona-se com factores econoacutemicos sociais educacionais

tecnoloacutegicos legais e culturais elementos decisores do comportamento dos

consumidores Philip KOTLER e Kevin KELLER utilizam as teorias das motivaccedilotildees

humanas de Abraham Maslow para explicarem as necessidades do consumidor numa

hierarquia de importacircncia fisioloacutegica seguranccedila social estima e auto-realizaccedilatildeo

Todas estas necessidades podem ocorrer de forma alternativa dependendo de cada caso

Mediante o exposto os autores supracitados esquematizam as necessidades humanas

nos serviccedilos da seguinte forma (figura nordm 17)

Figura nordm 17

Piracircmide de Maslow

Fonte KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash

Administraccedilatildeo de marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo 2006ISBN 85-7605-001-3p184

212

No ponto 434 Promoccedilatildeo (Comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o produto

serviccedilo definiremos cada um destes distribuidores 213

ROUSSEAU Jean-Yves ndash Ob cit p34

82

Ao conjugar-se as funccedilotildees internas com as funccedilotildees externas que influenciam as

escolhas individuais do clienteconsumidorutilizador a transposiccedilatildeo do marketing para

os arquivos puacuteblicos reforccedila a vantagem competitiva e vital para a sua sobrevivecircncia

num mercado cada vez mais complexo

Para tal o arquivista deveraacute criar metodologias que permitam fidelizar e captar

novos clientes pois como afirma Darlene WEINGAND o cliente deixa de ser laquouma

entidade homogeacutenearaquo para passar a ser uma laquocolecccedilatildeo de indiviacuteduosraquo214

BANDING

citado pela mesma autora acrescenta que

laquoEacute importante imprimir sem rosto tanto na equipe de biblioteca quanto

na do planejamento a ideia de que todos satildeo indiviacuteduos guiados por

motivos semelhantes no desejo de sucesso nos seus empregos desejo e

seguranccedila aos seus proacuteprios para suas famiacutelias e para eles proacuteprios

desejo de reconhecimento seguranccedila ou autopreservaccedilatildeoraquo215

E Elizabeh SMITH afirma tambeacutem que

laquoIt is vital that we understand and use them alongside other new skills

in electronic records management and digital preservation in order to

assure the future standing reputation and viability of the archival

profession and the long-term survival of the archives in our careraquo216

Assim os arquivos com orientaccedilatildeo de marketing deveratildeo centrar-se na

satisfaccedilatildeo e desejos de seus consumidores atraveacutes de programas e serviccedilos apropriados

e competitivamente viaacuteveis Daiacute SMITH217

aconselhar o uso das teacutecnicas de anaacutelise dos

consumidores nos estudos dos clientes externos das unidades de informaccedilatildeo como uma

das formas mais eficazes e notoacuterias para que os profissionais se apercebam das

vantagens da inovaccedilatildeo do seu meacutetodo de trabalho Soacute assim como tambeacutem defende

AMARAL se entende laquocomo e porquecirc os consumidores escolhem engajam-se

contratam mantecircm comissionam comprometem-se com a prestaccedilatildeo de um serviccedilo

compram pagam ou tomam decisotildeesraquo218

214

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p 37 215

Idem 216

SMITH Elizabeth - Customer Focus and Marketing in Archive Service Delivery theory and practice

In Journal of Society of Archivists Vol 24 n ordm1 2003 p35 217

Idem p38 218

AMARAL Sueli Angeacutelica - Anaacutelise do consumidor brasileiro do setor de informaccedilatildeo aspectos

culturais sociais psicoloacutegicos e poliacuteticos [on line][Consultado a 08 de Janeiro de 2009] Disponiacutevel

URL httpwwweciufmgbrpcionlineindexphppciarticleview641429

83

E qual o melhor siacutetio para se proceder a este estudo Todos os serviccedilos que

impliquem contacto directo com o puacuteblico como os serviccedilos de incorporaccedilotildees e de

aquisiccedilotildees de fundos documentais os serviccedilos de referecircncia os serviccedilos de apoio

teacutecnico prestado a entidades externas os serviccedilos educativos e de extensatildeo cultural os

serviccedilos administrativos e o site Para tal poder-se-aacute apresentar inqueacuteritos que permitam

identificar o mercado-alvo e as suas expectativas e avaliar o grau de satisfaccedilatildeo com os

serviccedilos prestadosprodutos como forma de implementar melhorias contiacutenuas nos

serviccedilos219

Conhecer o meio envolvente eacute tambeacutem de extrema importacircncia para os arquivos

que tecircm a funccedilatildeo de recolha de documentaccedilatildeo Muitas das vezes soacute com a aplicaccedilatildeo

deste instrumento eacute que os profissionais de informaccedilatildeo se apercebem do acervo

documental de caraacutecter puacuteblico e privado existente na sua aacuterea de actuaccedilatildeo

Nesta perspectiva apresentamos a seguir os seus principais utilizadores

baseados na leitura de artigos de arquivistas espanhoacuteis franceses ingleses portugueses

e brasileiros220

(figura nordm 18)

Autores

Identificaccedilatildeo dos clientes

Administrativos

Investigadores

cientiacuteficos

Estudiantes

Universitarios

Ciudadanos

en general

Poblacioacuten

estudiantil

Antoni Tarreacutes ∆ ∆ ∆ ∆

219

No resultado do inqueacuterito aos utilizadores no Arquivo Nacional de Inglaterra realizado em 1990

SMITH afirma que as propostas sugeridas como o alargamento do horaacuterio de serviccedilo novas colecccedilotildees e

fundos documentais novos IDDs em suporte de papel e electroacutenico enciclopeacutedias de referecircncia bem

como um serviccedilo educativo mais activo e actividades culturais foram concretizadas E como resultado

destas acccedilotildees o nuacutemero de clientes aumentou SMITH Elizabeth- Ob Cit p40-49 220

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Les usagers decircs archives municipales In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p75-78 CERDAacute DIacuteAZ Juacutelio Los espacios de la memoria Claves para aprender desde el archivo

In Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultadoa 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf ERMISSE Geacuterard ndash Lacuteeacutetude sur

les publics decircs Archives de France In Proceedings of the XXXVIth Conference of the Round Table on

Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash 1895 p 67-73 OLIVEIRA Maria Izabel ndash

Les Archives Nacionales du Breacutesil une instituition au service de la citoyenneteacute In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p 165-170 PENTEADO Pedro ndash Serviccedilo de Referecircncia em Arquivos Definitivos Alguns aspectos

teoacutericos In Cadernos Bad Lisboa 1995 p19-41 RODRIGUEZ Julia ndash El Archivo Municipal de

Alcobendas y la funcioacuten Cultural experiencias y problemas In Archivos Ciudadanos y Cultura Textos

de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999 Vol ISBN 84-920905-7-X p 79-87 TARREgraveS

ROSELL Antoni ndash Ob cit p138 SMITH Elizabeth Ob cit p 34-52 YEO Geofry ndash Undersanting

Users and Use la market segmentation aproach In Journal of the Society of Archives Vol 26 nordm 1

Abril de 2005 p25-53

84

Rosell

Elizabeth

Smith

∆ ∆ ∆ ∆

Felicidad

Lorente

∆ ∆ ∆

Geoffrey

Lecturer Yeo

∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Geacuterard

Ermisse

∆ ∆ ∆ ∆

Julia

Rodriacuteguez ∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Juacutelio Cerdaacute

Diacuteas ∆ ∆ ∆ ∆

Maria Izabel

Oliveira

∆ ∆ ∆ ∆

Pedro

Penteado

∆ ∆

Ramoacuten Alberh

I Fugueras

∆ ∆ ∆ ∆

Figura nordm 18

Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

Atraveacutes do quadro conclui-se que os utilizadores dos arquivos puacuteblicos se

dividem em cinco grupos

a) laquoclieacutentele scientifiqueraquo e o laquoclieacutentele decircs geacuteneacutealogistesraquo221

- englobam os

investigadores cientiacuteficos ndash os laquoinvestigadores professionalesraquo222

os

socioacutelogos historiadores e os genealogistas Geacuterard ERMISSE no artigo

laquoLacuteeacutetude sur les publics des Archives de Franceraquo vai mais longe ao

identificar o sexo que predomina na investigaccedilatildeo o masculino - cerca de 209

consumidores - contra 191 leitores do sexo feminino SMITH identifica os

documentos mais consultados no Arquivo Nacional de Londres a Magna

221

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70-71 222

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro

de 2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf

85

b) Carta e o Domesday Book documentaccedilatildeo relacionada com a histoacuteria da

famiacutelia ou simplesmente consultar documentaccedilatildeo por lazer (os curiosos)223

c) o item de estudantes universitaacuterios aleacutem de incluir os proacuteprios estudantes

que efectuam trabalhos acadeacutemicos engloba os mestrandos e os

doutorandos

d) a populaccedilatildeo em geral - laquociudadanos sin formacioacuten cientiacuteficaraquo224

ou

laquoclieacutentele citoyeneraquo225

- diz respeito a toda a sociedade que consulta a

documentaccedilatildeo por motivos juriacutedicos ou administrativos com caraacutecter

pontual Recorrendo uma vez mais ao exemplo francecircs ERMISSE identifica

dentro deste grupo agricultores empregados por conta de outreacutem

trabalhadores e profissionais liberais226

e) a populaccedilatildeo estudantil varia entre o puacuteblico do ensino primaacuterio e do

secundaacuterio que frequentam o Arquivo a partir de actividades do Serviccedilo

Educativo

f) por uacuteltimo identificamos os administrativos Julia RODRIGUEZ designa

este grupo como laquousuarios naturalesraquo227

porque fazem parte dos produtores

da proacutepria documentaccedilatildeo e como tal no exerciacutecio das suas funccedilotildees

laquonecessitam datos informaciacuteon antecedentes hellip para resolver cualquiera

assuntoraquo228

Estes clientes fazem parte dos chamados Arquivos Municipais

que Ramoacuten ALBERCH identifica no artigo laquoLes usagers des Archives

Municipalesraquo229

Pelo exposto podemos ainda afirmar que os grupos apresentados satildeo os

chamados utilizadores tradicionais de arquivo prendendo-se esta realidade com a visatildeo

distorcida que normalmente as pessoas tecircm sobre estes organismos e que jaacute abordamos

223

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 45-47 224

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Ob cit 225

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70 226

Idem p68 227

RODRIGUEZ Julia ndash Ob cit p81 228

Idem 229

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit

86

no Capiacutetulo III Satildeo excepccedilatildeo os novos consumidores que comeccedilam a surgir neste meio

cativados pelas actividades do Serviccedilo Educativo

A partir da nossa experiecircncia podemos ainda identificar os utilizadores dos

arquivos puacuteblicos de acordo com as trecircs idades do arquivo (figura nordm 19)

Idade do

Arquivo

Identificaccedilatildeo dos

Utilizadores

Sua Descriccedilatildeo

Arquivo

Corrente

(fase activa)

Utilizadores internos Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos

Arquivo

Intermeacutedio

(fase

semi-inactiva)

Utilizadores internos

e utilizador externos -

(investigadores)

Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos juriacutedicos e de

investigaccedilatildeo

Arquivo

Definitivo

(fase inactiva)

Utilizador externo -

Investigador

Especializado

Utilizador com formaccedilatildeo superior que

normalmente conhece bem a missatildeo e os fundos dos

arquivos e sabe utilizar os Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs)

Utilizador externo -

Estudante

Universitaacuterio

Utilizador que usufrui do arquivo para elaboraccedilatildeo

de trabalhos acadeacutemicos A maior parte das vezes eacute

estudante da aacuterea das Ciecircncias Sociais (Histoacuteria

Liacutenguas Antropologia Arqueologia por exemplo)

Utilizador externo -

Curioso ou

populaccedilatildeo em geral

Utilizador dos seus serviccedilos e produtos

esporadicamente sem grande noccedilatildeo do trabalho

realizado por organismos deste tipo Constituem a

maior parte dos seus visitantes

Figura nordm 19

Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo (arquivo corrente intermeacutedio

e definitivo)

Fonte Sofia Santos

Quanto aos motivos de pesquisa no serviccedilo de referecircncia ERMISSE230

refere

que estatildeo relacionados com questotildees pessoais actividade profissional estudo da

genealogia e histoacuteria da famiacutelia preparaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos e teses Outros

motivos relacionam-se com questotildees comerciais juriacutedicas e administrativas

230

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p71-72

87

principalmente no caso de arquivos municipais como referem FUGUEgraveRAS231

SMITH232

43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes o composto de mix eacute constituiacutedo pelo produto

praccedila (distribuiccedilatildeo) preccedilo e promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) A questatildeo que se coloca eacute como

esta vertente do marketing se aplica nos arquivos puacuteblicos Como complemento deste

ponto apresentamos o resultado de um inqueacuterito efectuado aos Arquivos Distritais

Portugueses Refira-se que dos dezasseis arquivos distritais portugueses existentes

apenas 10 responderam ao nosso pedido Respondeu ainda a Biblioteca Puacuteblica e

Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo que utilizamos para conhecer uma outra

realidade insular

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e

estatildeo dispostos a adquirir

Tendo em consideraccedilatildeo as especificidades dos Arquivos e partindo do

pressuposto que a sua funccedilatildeo primordial eacute recolher conservar tratar e difundir a

documentaccedilatildeo um dos seus principais produtos satildeo os fundos documentais

considerados laquola materia prima que en este caso son los documentos generados proacute la

organizacioacuten y procesados por los archiveros bajo las teacutecnicas archiviacutesticasraquo233

Da sua organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo resultam os chamados Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs) Para o arquivista espanhol Joaacuten BOADAS I RASET o

seu uso eacute bastante limitado pois a sua consulta eacute circunscrita agrave sala de leitura234

laquoConsequentemente el impacto de estos instrumentos sobre el conjunto de la poblacioacuten

al que pretendidamente van dirigidos es muy reducido y escasamente eficazraquo235

Aos

poucos esta ideia deveraacute desaparecer Com recurso agraves novas tecnologias poder-se-aacute

231

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit p78 232

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 233

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p9 234

Idem p8 235

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p8

88

inserir os IDDs no site do Arquivo e permitir a sua consulta em formato electroacutenico na

sala de leitura e no siacutetio do organismo

Ao facilitar e orientar o acesso agrave informaccedilatildeo (atraveacutes de colecccedilotildees de referecircncia

como enciclopeacutedias e dicionaacuterios bibliografia relacionada com a histoacuteria dos seus

fundos documentais cataacutelogos em fichas das monografias da biblioteca roteiros

topograacuteficos e bases de dados) e comunicar a forma da sua acessibilidade os

arquivistas estatildeo a servir o utilizador e a rentabilizar ao maacuteximo o seu acervo

documental atraveacutes do Serviccedilo de Referecircncia Mas como afirma Pedro PENTEADO

laquoo bom funcionamento de um serviccedilo de referecircncia natildeo depende apenas da aceitaccedilatildeo

destes pressupostosraquo236

Haacute ainda que ter a capacidade de resposta imediata e rigorosa e

de planificar

laquoo seu acircmbito e atribuiccedilotildees os recursos humanos financeiros e

tecnoloacutegicos (hellip) localizaccedilatildeo do serviccedilo e as condiccedilotildees ambientais que

devem ser ali criadas de forma a permitir uma boa interacccedilatildeo

arquivista-utilizador-documentaccedilatildeoraquo237

Tambeacutem como demonstra KAEENE238

a relaccedilatildeo entre os profissionais de

informaccedilatildeo e os recursos disponibilizados satildeo essenciais para manter e atrair novos

leitores O contacto directo com estes permite identificar de forma mais completa e

exacta as suas necessidades de informaccedilatildeo sendo fulcral a aplicaccedilatildeo de inqueacuteritos para

elaborar estrateacutegias de marketing como jaacute referimos

A elaboraccedilatildeo de manuais de arquivo ndash na qual se inclui o circuito de entradas

recepccedilatildeo de correspondecircncia confidencial ou restrita circuito de saiacutedas registo de

documentos internos plano de classificaccedilatildeo e instruccedilotildees de arquivo de documentos

pareceres teacutecnicos tabelas de selecccedilatildeo de documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo

acumulada constitui outro serviccedilo resultante da arquiviacutestica239

Outros produtos fornecidos agrave sociedade satildeo as certidotildees transcriccedilotildees

paleograacuteficas serviccedilos de restauro e de aluguer de espaccedilos como auditoacuterios e sala de

formaccedilotildees

236

PENTEADO Pedro ndash Ob citp 21 237

I dem 238

KAENNE Sophie ndash Ob cit 239

Em Portugal os uacutenicos arquivos que podem emitir pareceres teacutecnicos elaborar tabelas de selecccedilatildeo de

documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo acumulada eacute a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos oacutergatildeo detentor da

poliacutetica arquiviacutestica nacional o Arquivo Regional da Madeira da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira e a

Biblioteca Puacuteblica e Arquivo regional de Angra do Heroiacutesmo na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

89

Exposiccedilotildees e mostras documentais satildeo os serviccedilos que mais atraem o puacuteblico e

permitem aos Arquivos laquosalir del anonimatoraquo240

Boadas ALBERCH citado por

Susanna VELLA diz-nos ainda que

laquoUna exposicioacuten ha de ser considerada un medio y no como un

fine en siacute misma ha de ser un medio para acercar a la sociedad

el patrimonio documental el trabajo realizado desde el archivo

para sensibilizar a la ciudadaniacutea de su valor y de la necesidad de

su preservacioacutenraquo241

Para sua concepccedilatildeo e organizaccedilatildeo o marketing pode ser promovido de diversas

formas

a) antes da divulgaccedilatildeo dos fundos documentais eacute necessaacuterio

proceder a trabalho preacutevio arquiviacutestico organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo

da documentaccedilatildeo e claro obedecer sempre aos princiacutepios de

comunicabilidade

b) escolher o objecto de estudo a apresentar para garantir o

sucesso destes eventos conveacutem seleccionar documentaccedilatildeo que

tenha interesse para a histoacuteria local eou com datas

comemorativas permitindo ao puacuteblico conhecer melhor o

potencial do acervo arquiviacutestico e entrar em contacto mais

directo com a sua Histoacuteria laquovivaraquo

c) ponderar o tipo de investimento a ser efectuado e equacionar os

gastos humanos e materiais

d) identificar o segmento de mercado

e) definir o tipo de exposiccedilatildeo a realizar se permanente se

temporaacuteria ou itinerante relacionando-se com ela o tipo de

infra-estruturas e as formas de apresentaccedilatildeo a fim de criar um

ambiente atractivo e apelativo

f) criar meios de conservaccedilatildeo e de seguranccedila do material

apresentado

240

VELA Susanna ndash La organizacioacuten de expositiones In Archivos y cultura manual de dinamizacioacuten

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 85 241

Idem p87

90

g) para sua concretizaccedilatildeo propomos que seja preparada com um

ano de antecedecircncia

h) e para se optimizar os recursos humanos e logiacutesticos propomos

ainda que este tipo de iniciativas tenha uma duraccedilatildeo de trecircs

meses e sempre que possiacutevel sejam realizadas na mesma altura

do ano para fidelizar e atrair novos leitores e criar haacutebitos

regulares de visita e de pesquisa nos arquivos

Os aspectos considerados podem ser sintetizados na seguinte tabela (figura nordm 20)

Ficha teacutecnica da exposiccedilatildeo

Tiacutetulo

Tipo Iconograacutefica

Documental

Local da exposiccedilatildeo

Objectivos Objectivos gerais

Objectivos especiacuteficos

Datas Data da Inauguraccedilatildeo

Data da exposiccedilatildeo mostra

Enquadramento da exposiccedilatildeomostra Equipa nomeada (teacutecnico(s) de arquivo e outros

colaboradores destacados de acordo com a temaacutetica da

exposiccedilatildeo designers graacuteficos e recurso a uma empresa

graacutefica para conceber e executar a exposiccedilatildeo Comissaacuterio

Cientiacutefico (quando eacute convidado para organizar a

exposiccedilatildeo)

Autores dos textos

Breve Descriccedilatildeo Resumo do tema da exposiccedilatildeo mostra

Ficha teacutecnica

Organizaccedilatildeo

Coordenaccedilatildeo

Textos

Revisatildeo

Concepccedilatildeo e design

Montagem

Fotografia

Digitalizaccedilatildeo e impressatildeo de paineacuteis

Preparaccedilatildeo de vitrines

Impressatildeo do cataacutelogo guiatildeo da exposiccedilatildeo e cartazes

Actividades Educativas

Tipo de suporte Impressatildeo em papel tela

Tipo de estrutura expositiva nuacutemero medidas das peccedilas

Vitrines (quantidade e modelo)

Orccedilamento Contacto com diversas empresas de concepccedilatildeo execuccedilatildeo

graacutefica de exposiccedilotildees e equipamentos inerentes resolver

questotildees orccedilamentais e de cabimentaccedilatildeo de despesas

empreacutestimos acondicionamento patrocinadores

Cataacutelogo Caderno de encargos nuacutemero de paacuteginas gramagem das

folhas modelo das folhas

Actividades de divulgaccedilatildeo Puacuteblico-alvo

Data de actividades pedagoacutegicas

Iniciativas desenvolvidas

Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 20

Fonte Sofia Santos

91

As publicaccedilotildees satildeo outro dos produtos dos arquivos A nosso ver as suas ediccedilotildees

satildeo primordiais pois perpetuam o trabalho arquiviacutestico prestam um serviccedilo puacuteblico e

chegam tambeacutem a um maior nuacutemero de cidadatildeos que natildeo apenas aos leitores

tradicionais Dentro deste produto podemos apresentar os IDDs jaacute referidos os

cataacutelogos que resultam das actividades culturais242

boletins brochuras jornais

publicaccedilotildees contendo material didaacutectico organizado no arquivo como cadernos e

dossiecircs pedagoacutegicos Outros serviccedilos satildeo fornecidos pelos serviccedilos educativos243

palestras visitas orientadas maletas pedagoacutegicas concursos elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo

de reproduccedilotildees de documentos por exemplo

As acccedilotildees de formaccedilatildeo fornecidas pelos Arquivos Puacuteblicos visam o cliente interno

e externo Para sua concretizaccedilatildeo primeiramente deveraacute ser efectuado um estudo das

reais necessidades do mercado com a utilizaccedilatildeo por exemplo de inqueacuteritos caixa eou

livro de sugestotildees e livro de reclamaccedilotildees

Quanto aos objectivos estes satildeo distintos

No caso interno a possibilidade de formaccedilatildeo contiacutenua eacute uma mais-valia porque

contribui para um serviccedilo qualificado e distinto no mercado e para a criaccedilatildeo de um

ambiente propiacutecio agrave rentabilidade do trabalho

As formaccedilotildees ministradas para o exterior aleacutem de serem um excelente canal

difusor dos produtosserviccedilos destes organismos possibilitam o contacto entre

SociedadeArquivo fundamental para a melhoria da sua imagem e integraccedilatildeo no meio

envolvente

O site eacute outro serviccedilo que os arquivos devem colocar agrave disposiccedilatildeo do mundo244

A sua natildeo existecircncia eacute nos dias de hoje sinoacutenimo de invisibilidade Por isso a

sobrevivecircncia e posicionamento no mercado destes organismos estaacute dependente do

242

O cataacutelogo eacute um dos elementos mais importantes das exposiccedilotildees porque eacute o que apoacutes o seu teacutermino a

prolonga no tempo e no espaccedilo Ou seja se por um lado eacute um canal privilegiado para a disseminaccedilatildeo de

conhecimento por outro lado eacute o que fica em termos de memoacuteria deste tipo de eventos 243

Os serviccedilos educativos dos arquivos podem ser definidos como um laquoconjunto de actividades

pedagoacutegicas realizadas com o objectivo de divulgar o acervo e iniciar o puacuteblico na sua utilizaccedilatildeoraquo

Serviccedilo Educativo Subsiacutedios para um Dicionaacuterio Brasileiro de Terminologia Arquiviacutestica [on line]

[Consultado a 10 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf Poderatildeo ser vaacuterios os objectivos a

atingir promover a identidade do Arquivo dar a conhecer fontes primaacuterias (ilustrar o ensino histoacuteria

poliacutetica geografia de uma eacutepoca ou zona concreta) incentivar para a preservaccedilatildeoconservaccedilatildeo das fontes

primaacuterias promover o apoio agrave exploraccedilatildeo de programas de ensino contribuir para o reforccedilo da coesatildeo

social promover a qualidade de vida dos cidadatildeos e sua formaccedilatildeo ciacutevica formar futuros clientes

externosutilizadores 244

Sobre a importacircncia da Internet nos serviccedilos efectuamos uma entrevista agrave empresa madeirense Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem Anexo 2

92

investimento em siacutetios proacuteprios com imagem dinacircmica moderna inovadora e

informaccedilatildeo actualizada e interface amigaacutevel (natildeo estar muito cheioconfuso ser

praacutetico raacutepido) e que esteja de acordo com a filosofia administrativa dos arquivos

puacuteblicos Esta ideia eacute tambeacutem realccedilada por Teresa CIRNE no Congresso da APBAD em

2007 citando Sarita ALBAGLI e Maria Luacutecia MACIEL quando observa que

laquoA difusatildeo e a partilha da informaccedilatildeo e do saber requerem conexatildeo

entre os agentes ou actores bem como canais de comunicaccedilatildeo que

propiciem o fluxo informacional a interacccedilatildeo a cooperaccedilatildeo a difusatildeo e

o intercacircmbio de diferentes tipos de informaccedilatildeo conhecimento e

inovaccedilatildeoraquo245

Estamos perante o E-marketing ou webmarketing definido como sendo

laquothe art of e-businesshellipadding value to products widening

distribution channels bosting sales and after-sales service

while getting closer to costumers and understanding them

betterraquo246

e

laquocomo o processo destinado a satisfazer os desejos e as

necessidades das pessoas por informaccedilotildees serviccedilos ou

produtos utilizando a Internet como canal de comunicaccedilatildeo ou

distribuiccedilatildeoraquo247

A sua utilizaccedilatildeo eacute vantajosa sobretudo como veiacuteculo de comunicaccedilatildeo como

veremos mais agrave frente e porque permite identificar o cliente-indiviacuteduo neste caso o

ciber-cliente Soacute assim atraveacutes da anaacutelise dos e-mails recebidos salas de conversaccedilatildeo e

iacutendice de venda de produtos248

se consegue satisfazer as suas expectativas anseios de

bens serviccedilos e informaccedilotildees segundo a piracircmide de Maslow

O recurso ao arquivo digital249

como a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos dispotildee no

siacutetio httpanttdgarqgovptpesquisar-na-torre-do-tombott-online constitui outro

245

A plataforma informacional na dinamizaccedilatildeo cultural e educativa do paiacutes In Actas do 9ordm Congresso

Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e

Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008] Disponiacutevel

URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM71pdf 246

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash EMarketing EXcellense The Heart of eBUsiness Ediccedilotildees

Butterworth Heinemann Oxford 2003 ISBN 0750653353 p10 247

ARAUgraveJO Wagner Junqueira de ndash Ob cit p164 248

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash Ob citp12 249

O arquivo digital permite o acesso a documentos que mantecircm as suas propriedades baacutesicas ndash

integridade fidedignidade e autenticidade

93

produto que os arquivos podem e devem disponibilizar250

Neste caso por exemplo

podem ser disponibilizados IDDs imagens iconograacuteficas e publicaccedilotildees electroacutenicas

Podemos igualmente afirmar que o uso da Internet revoluciona a forma de acesso agrave

informaccedilatildeo pois num curto espaccedilo de tempo pode-se aceder a todo o tipo de conteuacutedos

Na realidade o seu uso de forma consciente permite chegar a toda a comunidade quer

seja leitor ou natildeo como afirma Sissel NILSEN251

Do acesso massivo agrave Internet pelo cidadatildeo comum verificado em meados da

deacutecada de 90 do seacuteculo passado que a forma como acedemos agrave rede global natildeo paacutera de

evoluir Este eacute o caso do aparecimento e desenvolvimento das redes sociais que seraacute

porventura o expoente maacuteximo da utilizaccedilatildeo das ferramentas Web 20252

A sua

utilizaccedilatildeo traz vaacuterias vantagens nos serviccedilos puacuteblicos e privados253

a que as unidades de

informaccedilatildeo nomeadamente os arquivos254

natildeo devem deixar passar ao lado255

Satildeo

elas

250

A concretizaccedilatildeo de um arquivo digital pelo Arquivo Regional da Madeira passa a ser a resposta mais

eficiente e pertinente para salvaguardar os documentos graacuteficos porque permite

- Preservar e garantir a integridade do patrimoacutenio arquiviacutestico atraveacutes da substituiccedilatildeo de suporte

evitando a degradaccedilatildeo progressiva do mesmo

- Possibilidade de criar estruturas indexadas de armazenamento de informaccedilatildeo sobre as quais eacute

permitido efectuar pesquisas ou armazenar novos dados

- Facilitar o acesso agrave informaccedilatildeo (pesquisa automaacutetica) aos utentes do ARM possibilitando

tambeacutem o acesso simultacircneo atraveacutes da distribuiccedilatildeo em rede

- Usufruir de uma tecnologia que permita criar uma imagem digital com melhores caracteriacutesticas

de legibilidade face ao original facilitando a multiplicaccedilatildeo das coacutepias com qualidade

O criteacuterio utilizado para a escolha e prioridade dos documentos a digitalizar eacute a frequecircncia com

que satildeo consultados Isto eacute os documentos mais consultados deveratildeo ser digitalizados com prioridade

para que se reduza o desgaste e os danos infligidos aos seus originais Assim os primeiros documentos a

escolher para digitalizaccedilatildeo foram os fundos dos Registos Paroquiais Colecccedilatildeo de Perioacutedicos

Microfilmes do Diaacuterio de Noticias e a Colecccedilatildeo Iconograacutefica (fotografias provas de contacto postais e

cartografia) SANTOS Sofia ndash Projecto de digitalizaccedilatildeo do Arquivo Regional da Madeira Junhode 2008

p 4 251

NISSEL Sissel ndash Marketing LIS in Norway ndash An Overviem In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO

Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services Internacional Perpectives

Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p47 252

Termo criado pela empresa norte-americana OReilly Media e que significa a interacccedilatildeo do utilizador

com as plataformas informaacuteticas atraveacutes de redes sociais e globais como o caso do facebook twitter

skipe flickr entre outros 253

A tiacutetulo de curiosidade refira-se que Portugal eacute o quarto paiacutes da Uniatildeo Europeia em serviccedilos puacuteblicos

on-line 254

Sugere-se a consulta do Facebook da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos com o endereccedilo

httpwwwfacebookcompagesArquivo-Nacional-da-Torre-do-Tombo139016636116919 Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha httpwwwfacebookcomTheNationalArchives Arquivo NAcional dos

Estados Unidos da Ameacuterica httpwwwfacebookcomusnationalarchives do Arquivo Nacional da

Austraacutelia httpwwwfacebookcompagesNational-Archives-of-Australia40641767696v=wallampref=ts

e do Arquivo Nacional de Espanha httpwwwfacebookcomtopicphpuid=38362124865amptopic=6802 255

Sobre o impacto da utilizaccedilatildeo da Web 20 aconselhamos a leitura do estudo efectuado pelo Institute for

Prospective Technological Studies (IPTS) da Comissatildeo Europeia intitulado laquoPublic services 20 the

impact of social computing on public services raquo Pode ser encontrado no link

httpcedoinaptindexphpoption=com_contentampview=articleampid=237uniao-europeia-os-servicos-

publicos-e-a-web-20ampcatid=1ampItemid=119

94

a) o modo como eacute possiacutevel efectuar downloads uploads e visionar ficheiros de

viacutedeo de muacutesica animaccedilotildees altamente dinacircmicas de uma maneira muito mais

intuitiva e ceacutelere para plataformas informaacuteticas ligadas em rede eacute feito de forma

ceacutelere e faacutecil

b) conhecer linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade promovendo

a integraccedilatildeo soacutecio-educativa a cidadania e a criatividade (educaccedilatildeo formal) De

seguida poderaacute ser estabelecida a ponte agraves famiacutelias (educaccedilatildeo informal) e agraves

escolas (educaccedilatildeo formal) - formaccedilatildeo ao longo da vida

c) criar novas perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais recorrendo agraves redes sociais alcanccedilar um grupo

mais heterogeacuteneo e alargado que de outra forma nunca ouviria falar destes

organismos

d) tendo em consideraccedilatildeo os quatro pilares da educaccedilatildeo ndash aprender a aprender

aprender a fazer aprender a conviver e aprender a ser ndash a utilizaccedilatildeo das redes

sociais nos Sistemas de Informaccedilatildeo contribui ainda que a meacutedio e longo prazo

para a preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do patrimoacutenio bibliograacutefico e documental que

pertence agrave sociedade

e) o facto de estarmos ligados a uma comunidade virtual torna-se possiacutevel

identificar os clientes-indiviacuteduos responder de forma efectiva e eficiente agraves suas

necessidades e captar a necessidade novos serviccedilos bens e produtos e

identificaccedilatildeo dos diferentes segmentos onde actuam256

Recentemente com o desenvolvimento de telemoacuteveis mais potentes e

multifuncionais os Smartphones e tablets surge uma nova oportunidade para o Web

256

Em Agosto de 2010 a IFLA organizou em Estocolmo um congresso que versava sobre laquo Marketing

Libraries in a Web 20 Worldraquo estando disponiacuteveis alguns PDFs em

httpwwwsubsuseiflaprogramhtm

95

20 se expandir universalmente uma vez que ligado agrave rede global um telemoacutevel pode

aceder e gerir conteuacutedos graacuteficos (e natildeo soacute) em qualquer lugar do mundo

Apoacutes a apresentaccedilatildeo deste Pacute interrogamo-nos sobre o que os Arquivos

Distritais portugueses oferecem agrave comunidade

Os dezasseis inqueacuteritos257

provenientes dos arquivos de Beja Castelo Branco

Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

constituiem a base desta anaacutelise (figura nordm 22) Mas optaacutemos por inquirir ainda a

Biblioteca e Arquivo de Angra do Heroiacutesmo que embora natildeo sendo distrital nos deu a

oportunidade de conhecermos um pouco mais do que faz um outro arquivo das regiotildees

autoacutenomas de portuguesas

257

Os inqueacuteritos foram enviados entre o mecircs de Agosto e de Setembro de 2009 Para os que natildeo

responderam reenviamos o mesmo inqueacuterito outras duas ou trecircs vezes mas os Arquivos Distritais de

Aveiro Braganccedila Porto Lisboa e Viseu continuaram sem dar resposta

96

Figura nordm 22

Exemplo do inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Fonte Sofia Santos

Da anaacutelise do quadro abaixo (figura nordm 23) podemos afirmar que relativamente

aos serviccedilosprodutos prestados agrave comunidade todos eles se destinam aos clientes

externos atraveacutes dos Serviccedilos de Leitura e de Certidotildees e no apoio a arquivos correntes

e intermeacutedios As mostras e exposiccedilotildees documentais aleacutem de permitirem o contacto

com o puacuteblico tambeacutem constituem outros serviccedilos prestados agrave comunidade

Relativamente agraves actividades educativas e pedagoacutegicas e agraves ediccedilotildees elas satildeo apenas

referidas nos arquivos de Castelo Branco Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem

Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

Figura nordm 23

Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Fonte Sofia Santos

Grupo III - 3 Produtos Serviccedilos prestados

Identificaccedilatildeo

do Arquivo

Distrital

Serviccedilo de

Leitura

Serviccedilo

de

Certidotildees

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo e

descriccedilatildeo de

fundos)

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo de

arquivos correntes

intermeacutedios ndash apoio

externo)

Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

e Restauro

Serviccedilos Educativos

(concepccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas)

Extensatildeo

Cultural

(exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Extensatildeo

Cultural

(ediccedilotildees)

Site do

Organismo

Endereccedilo

electroacutenico

Outros

meios

(indique

quais)

Angra do

Heroiacutesmo -

Accedilores

X X X X X

X

X X

Beja X X X X

X X

Castelo Branco X X X X

X X X X

Eacutevora X X X X

X X X X X

Guarda X X X X X X X X X X

Leiria X X X X X X X X X X

Portalegre X X X X

X X X X X

Santareacutem X X X X X X X X X X

Setuacutebal X X X X X X X X X X

Viana do

Castelo X X X X X X X X X X

Vila Real X X X X X X X X X X

432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este

produtoserviccedilo

Como jaacute referimos haacute autores que defendem que os serviccedilos prestados pelas

unidades de informaccedilatildeo puacuteblicas natildeo devem cobrar pelos seus preacutestimos

Seguindo esta loacutegica e adaptando o conceito de Dinesh K GUPTA este Pacutepode

ser cobrado em termos de tempo recurso de esforccedilos e de cobranccedila monetaacuteria258

No que concerne ao primeiro caso satildeo vaacuterias as questotildees que devemos ter em

atenccedilatildeo

a) tempo gasto na incorporaccedilatildeoaquisiccedilatildeo de nuacutecleos documentais

b) tempo de espera da documentaccedilatildeo desde a incorporaccedilatildeo no arquivo ateacute agrave

sua chegada aos depoacutesitos

c) nuacutemero de horas gastas na organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo dos fundos

documentais

d) tempo de efectuar o levantamento de documentaccedilatildeo acumulada

e) tempo de recolher informaccedilatildeo na folha de recolha de dados elaborar o

manual de arquivo plano de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo e

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada

f) tempo utilizado na preparaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas e sua

dinamizaccedilatildeo

g) tempo disponibilizado para estabelecer contactosparcerias com

escolasassociaccedilotildees e instituiccedilotildees para a dinamizaccedilatildeo de actividades

pedagoacutegicas e de extensatildeo cultural

h) tempo disponibilizado para arrumaccedilatildeo da documentaccedilatildeo nos depoacutesitos

258

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 17-18

99

i) recursos humanos disponibilizados para a arquiviacutestica restauro e

conservaccedilatildeo serviccedilos educativos e extensatildeo cultural e de serviccedilos de

referecircncia

j) tempo de restauro e conservaccedilatildeo de um documento

k) tempo para a actualizaccedilatildeo do site do organismo

l) tempo gasto na elaboraccedilatildeo de notas de imprensa

m) tempo que medeia entre a saiacuteda da nota de imprensa e a sua chegada agrave

comunicaccedilatildeo social

n) tempo de resposta dada aos pedidos de leitores tais como pesquisa de

certidotildees transcriccedilotildees paleograacuteficas e atendimentos na sala de leitura

o) tempo de preparaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo de auditoacuterios e salas de formaccedilatildeo

p) periacuteodo de entregafornecimento de reproduccedilotildees de documentos (qualidade

de resposta)

Na cobranccedila monetaacuteria apresentamos os seguintes exemplos

a) custo da emissatildeo de certidotildees e de reproduccedilotildees de documentos259

b) valor cobrado na venda de publicaccedilotildees e de produtos

c) valor do aluguer de espaccedilos como auditoacuterios sala de exposiccedilotildees e

utilizaccedilatildeo de cacircmaras de expurgo

d) valor cobrado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo para o puacuteblico interno e externo

259

Na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira o preccedilo das fotocoacutepias autenticadas rege-se pela Portaria 672006

de 19 de Junho do Jornal Oficial da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira (JORAM) Os arquivos distritais na

cobranccedila de fotocoacutepias orientam-se pelo Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do

Arquivo Nacional da Torre do Tombo nas reproduccedilotildees paroquiais e judiciais aplicam os preccedilos

estabelecidos pelo artigo 11ordm do Decreto-Lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro e artigo 20ordm do Decreto de

lei nordm 322 ndash A2001 de 14 de Dezembro alterado pelo Decreto de lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro

As reproduccedilotildees dos fundos judiciais seguem o artigo 9ordm aliacutenea 3ordf do Decreto - Lei nordm 34 2008 de 26 de

Fevereiro

100

e) custo da dinamizaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas260

Sobre o preccedilo pouco ou nada podemos aferir dos inqueacuteritos Todavia ao

efectuarmos uma anaacutelise aos siacutetios dos arquivos inquiridos bem como dos Arquivos

Distritais de Aveiro Braganccedila Lisboa Porto e Viseu este composto eacute cobrado

monetariamente nos serviccedilos de reproduccedilatildeo de documentos emissatildeo de certidotildees e de

pesquisa Quanto aos restantes serviccedilos - exposiccedilotildees serviccedilos de leitura e actividades

educativas - o valor eacute apenas qualitativo

433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o

produtoserviccedilo

A distribuiccedilatildeo estaacute relacionada com os canais que se utiliza para fazer chegar a

informaccedilatildeo ao cliente externo Um dos primeiros aspectos a considerar eacute o edifiacutecio

tendo em consideraccedilatildeo a sua localizaccedilatildeo acessibilidade proximidade de centros

culturais universidades escolas etc

Outra forma de acesso eacute o siacutetio - que todos os arquivos distritais possuem - a

partir do qual os utilizadores podem requisitar documentos para sua consulta na sala de

leitura visitar exposiccedilotildees virtuais solicitar certidotildees e todo o tipo de informaccedilotildees

suplementares

A par do correio electroacutenico o correio o telefone e os telefaxes satildeo outros meios

que os consumidores recorrem para aceder agrave informaccedilatildeo como se confirma na tabela

mais abaixo (figura nordm 37)

Transpondo os canais de distribuiccedilatildeo existentes para a arquiviacutestica podemos

concluir que se aplica o marketing directo e o niacutevel 1 da rede de distribuiccedilatildeo e que jaacute

referimos no Capiacutetulo II - 23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo)

promoccedilatildeo e outros compostos Como O apoio teacutecnico - a arquivos correntes e

intermeacutedios aplicaccedilatildeo de vaacuterios instrumentos de trabalho como os planos e

260

Sobre este item conveacutem realccedilar que o facto dos organismos puacuteblicos estarem a passar actualmente por

uma grave crise financeira faz com que alguns destes serviccedilos sintam a necessidade de cobrar a

dinamizaccedilatildeo de actividades educativas No caso portuguecircs natildeo encontramos arquivos que cobrem este

tipo de actividades Mas nos serviccedilos educativos dos museus como o Oceanaacuterio de Lisboa Museu do

Oriente Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian entre outros esta praacutetica jaacute eacute corrente A niacutevel internacional

verificamos que Arquivo Nacional de Franccedila jaacute cobra estes serviccedilos Vide

httpwwwarchivesnationalesculturegouvfrchanchanmuseeaction_culturelleateliershtm

101

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa e autos de eliminaccedilatildeo - obriga a utilizaccedilatildeo

do marketing directo A equipa de arquivistas trabalharaacute directamente com a entidade

produtora dos documentos devendo dar conhecimento das etapas do seu trabalho e

posteriormente na altura da aplicaccedilatildeo destes materiais efectuar acccedilotildees de formaccedilatildeo

para a sua compreensatildeo e aplicaccedilatildeo no quotidiano administrativo No que concerne agrave

consulta efectuada pelos consumidores interessados o canal utilizado tambeacutem eacute o

mesmo A requisiccedilatildeo do acervo documental por procuradores juristas e notaacuterios entre

outros significa que algumas vezes a informaccedilatildeo passa na matildeo por intermediaacuterios ateacute

chegar ao cliente que a vai usufruir Estamos perante a rede de distribuiccedilatildeo

correspondente ao primeiro niacutevel e que tambeacutem encarece este tipo de bens serviccedilos

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo

Segundo o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo comunicaccedilatildeo

laquoconsiste em facultar aos utilizadores actuais ou

potenciais informaccedilotildees referecircncias e documentos de que

disponha e sobre os quais natildeo recaia qualquer restriccedilatildeo de

comunicabilidaderaquo261

Apesar desta definiccedilatildeo ser vaacutelida eacute redundante e restritiva se considerarmos que

comunicaccedilatildeo eacute o laquoacto ou efeito de comunicar troca de informaccedilatildeo entre indiviacuteduos

atraveacutes da fala da escrita de um coacutedigo comum ou do proacuteprio comportamentoraquo262

e a

promoccedilatildeo laquoengloba todos os instrumentos do composto do marketing cujo papel

principal eacute a comunicaccedilatildeo persuasivaraquo laquoisto eacute haacute apresentaccedilatildeo de mensagens agrave

audiecircncia-alvo criando interesse ou desejo pelo produtoraquo263

Assim a comunicaccedilatildeo dos

arquivos com os seus puacuteblicos aleacutem da acessibilidade aos fundos documentais impotildee a

existecircncia de estrateacutegias de trabalho que lhes permitam posicionarem-se264

no mercado

261

Comunicaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p 23 262

Comunicaccedilatildeo Dicionaacuterio de Liacutengua Portuguesa 2006 Porto Editora Porto Marccedilo de 2005 Depoacutesito

Legal 22101705 p404 263

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 210-211 264

Por posicionamento LINDON e LENDREVIE afirmam que compreende dois aspectos a identificaccedilatildeo

ndash laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a diferenciaccedilatildeo ndash laquoO que distingue dos outros produtos do

mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p139

102

pela criaccedilatildeo de uma imagem de marca e de qualidade e identidade que entre na mente

dos consumidores-alvos seus possiacuteveis clientes Haacute que cortar com a laquonatildeo

comunicaccedilatildeoraquo para

a) evitar que outros tomem o controlo sobre a divulgaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental pois laquoalguien lo haraacute por nosostros y no siempre en la direccioacuten

o el modo que deseamos ( quizaacute la competencia)raquo265

b) que os consumidores saibam da existecircncia dos produtosserviccedilos e das

caracteriacutesticas objectivas destes sistemas de informaccedilatildeo ndash funccedilatildeo de

persuasatildeo

c) que no momento de optar e apesar da concorrecircncia de outros serviccedilos

similares recorram aos produtos arquiviacutesticos Isto significa que o utilizador

jaacute assume no seu subconsciente a imagem e a marca dos arquivos puacuteblicos -

funccedilatildeo lembranccedila

d) que se orientem para a pesquisa e investigaccedilatildeo a fim de criar novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos educativos

formais e natildeo formais ndash funccedilatildeo educativa

Um dos primeiros exemplos que reforccedila a imagem e a personalidade de uma

empresa com ou sem fins lucrativos eacute a publicidade definida como

laquocualquier forma remunerada de presentacioacuten impersonal de productos

servicios ideas personas u organizaciones por parte de un patrocinador

identificadoraquo266

Dir-se-ia que o seu objectivo eacute fazer com que um vasto puacuteblico alcance uma

laquomensagem simples forte e uacutenicaraquo267

de um determinado produto ou marca controlada

em exclusivo pelo anunciante Eacute o laquofazer sabendoraquo laquofazer gostandoraquo e laquofazer agindoraquo

265

MATEOS RUSSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural o como

potenciar su uso fomentando su persevacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 35 266

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p261 267

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p338

103

da comunicaccedilatildeo publicitaacuteria como nos dizem Denis LINDON e Jacques LENDREVIE

entre outros268

Inserindo-se na arquiviacutestica uma das formas dos arquivos se posicionarem no

mercado seraacute atraveacutes dos logoacutetipos descritos pelo Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) como um

laquosinal adequado a identificar uma entidade que preste serviccedilos ou

comercialize produtos distinguindo-a das demais podendo ser

utilizado nomeadamente em estabelecimentos anuacutencios impressos ou

correspondecircncia Eacute o modo pelo qual determinada entidade pretende ser

conhecida junto do puacuteblicoraquo269

A sua representaccedilatildeo visual deveraacute ser original uacutenica compreensiacutevel faacutecil de

memorizar e com linguagem adequada para que se identifique com a instituiccedilatildeo e

promova a venda de produtos e de serviccedilos270

Para usar correctamente e de forma

exclusiva este siacutembolo eacute aconselhaacutevel o registo da sua patente271

pois garante

laquoUm monopoacutelio legal permitindo ao titular impedir que algueacutem utilize

sem o seu consentimento sinal igual ou semelhante confere o direito

de usar siacutembolos que dissuadem a violaccedilatildeo como ldquoLogoacutetipo registadordquo

ldquoLog Registadordquo ou das iniciais ldquoLRrdquo imprime maior seguranccedila aos

investimentos implicando a presunccedilatildeo de que natildeo existem direitos

anteriores que inviabilizem a monopolizaccedilatildeo do logoacutetiporaquo272

Figura nordm 24 - Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira273

268

Idem p347 269

Logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de

2009] Disponiacutevel URL httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=154 270

MARCA FRANCEgraveS Guillem ndash Marcas y patrimonio cultural tangibilizacioacuten de la comunicacioacuten In

La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-

374-8 P162 271

No caso portuguecircs segundo o Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143

2008 ndash I Seacuterie do Ministeacuterio da Justiccedila essa funccedilatildeo compete ao Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) Para saber mais informaccedilotildees sobre este organismo vide

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=40 272

Qual a vantagem de registar um logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line]

[Consultado a 8 de Dezembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=161 273

O logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira conteacutem entre outros elementos o brasatildeo de armas do

Funchal Desde a sua elevaccedilatildeo a Cidade no seacuteculo XVI que o Funchal deteacutem um brasatildeo de armas que

104

Satildeo vaacuterios os exemplos que podem demonstrar os diferentes usos da sua

utilizaccedilatildeo

a) renovaccedilatildeo da imagem dos Sistemas de Informaccedilatildeo Antony BREWERTON

aquando da renovaccedilatildeo da imagem da biblioteca universitaacuteria de Oxford

Brookes e apoacutes um trabalho de branding com equipa de marketing concluiu

que uma das primeiras tarefas a realizar seria a mudanccedila do logoacutetipo E um

siacutembolo composto pela palavra laquoLibraryraquo repetida cinco vezes deu lugar em

2000 a um iacutecone que conjuga o passado com o futuro facilmente adaptaacutevel

agraves diferentes ferramentas de promoccedilatildeo como eacute o caso da laquoLibrary Newsraquo

das publicaccedilotildees e do site da universidade274

b) mudanccedila de competecircncias A concentraccedilatildeo da gestatildeo arquiviacutestica nacional

na Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Nacional em 2007 levou ao aparecimento

de um novo padratildeo visual que reflecte uma nova etapa deste organismo

(figuras nordm 25 e 26)

Figura nordm 25

Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos 275

Figura nordm 26

Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

reflecte o Grande Ciclo do Accediluacutecar (SeacutecXV-XVI) Ao centro da cartela encimada pela Cruz de Cristo

temos cinco formas ou patildees de accediluacutecar acompanhadas por duas canas de sacarinas Foi registado em 2005

com o nuacutemero 6461 274

BREWERTON Antony ndash Marketing Academic Libraries in the UK the Oxford Brookes Universety

Library Approach In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing

Library and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13

978-3-598-11753-4p 338-339 275

Este logoacutetipo foi concebido por Henrique Cayatte da empresa BBDO

105

c) destaque de outros serviccedilos dentro da mesma instituiccedilatildeo A DGARQ

destaca a divulgaccedilatildeo e disponibilizaccedilatildeo na Internet das suas principais

fontes arquiviacutesticas atraveacutes do projecto laquoTTonlineraquo (Figura nordm 27) O

Arquivo Regional da Madeira destaca o Serviccedilo EducativoExtensatildeo

Cultural com o laquoAprendiz de Arquivoraquo276

Figura nordm 27

Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Noutras situaccedilotildees os arquivos optam por destacar alguns serviccedilos de forma

individualizada com recurso a uma imagem de forma a influenciar o puacuteblico a

adquiri-lousufrui-lo Exemplos disso satildeo as actividades pedagoacutegicas representadas pelo

laquoKivoraquo - Arquivo Distrital de Lisboa o laquoLunetasraquo - Arquivo Municipal da Poacutevoa de

Varzim e o laquoArquivo Alegreraquo da Casa do Infante Arquivo Histoacuterico Municipal do

Porto (figura nordm 29)

Figura nordm 28

Marcas do Serviccedilo Educativo do Arquivo Municipal de Lisboa (esquerda) Casa do

Infante (centro) e Arquivo da Poacutevoa de Varzim (direira)

A sua utilizaccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser elemento de marca nos produtos de

merchadising definida como

276

Consulte o Capiacutetulo V ndash Estudo de caso ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional

da Madeira p 154

106

laquouma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de

teacutecnicas que colocam o produto ao alcance do consumidor de

uma forma destacada dando-lhe maior visibilidade e

possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo

de motivar e influenciar as decisotildees de quem compraraquo277

como nos diz Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e

Comunicaccedilatildeo do Centro de Fotografia do Porto (CPF)

Para o Institut Franccedilais du Merchandising esta palavra se define

laquoo conjunto de estudos e teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que satildeo postos

em praacutetica separada ou conjuntamente por distribuidores e

produtores com o fim de aumentar a rendibilidade do ponto de

venda e a circulaccedilatildeo dos produtos atraveacutes de uma adaptaccedilatildeo

permanente do sortido agraves necessidades do mercado e de uma

apresentaccedilatildeo apropriada do produtoraquo278

Esta praacutetica jaacute eacute comum nos museus e para quem os visita sabe que as suas

lojas estatildeo situadas em lugares privilegiados incentivando todos os seus visitantes a

circularem nestes espaccedilos e a comprar um determinado produto279

No caso dos

277

Consulte a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Anexo 3 278

CAETANO Joaquim ndash Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing

Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129 279

Segundo Maacuterio Beirolas e Rui Almeida citados por Joaquim Caetano haacute vaacuterios factores que levam

motivam o cliente a comprar nas lojas

a) sensibilidade que se relaciona com o ambiente movimento ruiacutedo geral higiene limpeza

iluminaccedilatildeo comportamento dos funcionaacuterios na prestaccedilatildeo de serviccedilos implementaccedilatildeo dos produtos nos

lineares de venda

b) entusiasmo pelo ambiente existecircncia de produtos complementares apelativos e inovadores mistura de

produtos de primeira necessidade e produtos impulsivos niacutevel de exposiccedilatildeo tipo de publicidade

promoccedilatildeo e informaccedilatildeo correcta sinalizaccedilatildeo das secccedilotildees conhecimento da utilidade do produto

c) utilidade e rentabilidade tipos de produtos em exposiccedilatildeo localizaccedilatildeo dos produtos junto a produtos

complementares rotaccedilatildeo dos produtos atraveacutes da seguranccedila nos prazos de validade tipo de publicidade e

promoccedilatildeo desenvolvida no ponto de venda

d) conforto e seguranccedila espaccedilo disponiacutevel alimentaccedilatildeo cores iluminaccedilatildeocorrecto enquadramento do

produto no espaccedilo de venda informaccedilatildeo sobre os produtos

e) limpeza e arrumaccedilatildeo clima de descontracccedilatildeo creacutedito nos produtos expostos diminuiccedilatildeo da

importacircncia normalmente atribuiacuteda ao preccedilo credibilidade no ponto de venda

f) informaccedilatildeo e apoio funcionaacuterios do ponto de venda (serviccedilo prestado) aproximaccedilatildeo do produto ao

cliente (rotulagem dos produtos e panfletoscartazes)

g) economia e versatilidade boa manutenccedilatildeo do linear boa exposiccedilatildeo e imagem de marca de modo a

transportar a noccedilatildeo de rendibilidade ateacute ao cliente

h) novidade e inovaccedilatildeo associa a existecircncia de novos produtos ao ponto de venda

i) transparecircncia e marcaccedilatildeo clara dos preccedilos

j) rendibilidade clareza no registo dos produtos nas caixas animaccedilatildeo do ponto de venda muacutesica

h) emoccedilatildeo e dinacircmica ambiente publicidade e campanhas de promoccedilatildeo CAETANO Joaquim ndash

Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado

a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129

107

arquivos e como nos diz Alberch RAacuteMON esta realidade eacute desoladora pois continua a

persistir a ideia que o patrimoacutenio documental natildeo deve seguir a via comercial280

O

mesmo autor reafirma que o seu uso eacute prioritaacuterio

laquocomo una forma para dar a conocer los materiales de archivo y

contribuir a su difusioacuten en segundo lugar abre la puerta a una

posibilidad que inicialmente se percibiacutea como poco

esperanzadora incrementar los recursos econoacutemicos del

archivoraquo281

Vejamos alguns exemplos

Os produtos de merchadising que vendem a imagem da Direcccedilatildeo-Geral de

Arquivos resultam do estudo da sua documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens

estampadas do logoacutetipo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas

e uma colecccedilatildeo de bijutaria Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de

ourivesaria efectuam-se peccedilas de ourives com pormenores de desenhos de imagens

iconograacuteficas282

A loja do CFP tem por objectivo

laquodivulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e

sensibilizaccedilatildeo do puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece

tambeacutem a cada visitante a oportunidade de conhecer e adquirir outras

produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e outros

produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito)

direccionados para puacuteblicos infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF

para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas caracteriacutesticas

especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em

geral bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postaisraquo283

280

RAMOacuteN Alberch ndash Imagen marketing y comunicacioacuten In Archivos y cultura manual de

dinamizacioacuten Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5p 38 e 39 281

Idemp39 282

Informaccedilatildeo fornecida pelo Dr Silvestre Lacerda a 27 de Janeiro de 2009 Viacutede a totalidade da

entrevista no anexo 1 283

Idem

108

Figura nordm 29

Blocos de notas do Centro de Fotografia do Porto

Outros produtos poderiam ser comercializados pins calendaacuterios agendas laacutepis

reproduccedilotildees de selos imagens iconograacuteficas laacutepis gomas e marcadores284

Quanto agrave forma como datildeo a conhecer os seus produtos e que podem ser

seguidos como procedimentos noutros arquivos CARVALHO diz o seguinte

laquoPodem tambeacutem ser adquiridos em algumas lojas de organismos do

Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias Relativamente agrave

dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito

cultural da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em

que satildeo disponibilizadas ao puacuteblico recensotildees mensais de livros de

Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de sugestotildees mensais de

leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo

com referecircncia tambeacutem a outras publicaccedilotildees associadas em termos de

autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as recensotildees as mesmas satildeo

apresentadas sob a forma de breves dossiers

disponiacuteveis para consultaraquo 285

A forma como se concebe a imagem graacutefica286

dos IDDs produtos informativos

flyers folhetins jornais marcadores e cartazes condiciona tambeacutem a visatildeo da sociedade

sobre estes espaccedilos e serviccedilos

Os IDDs que ainda hoje resultam de um aglomerado de fotocoacutepias sem cuidados

esteacuteticos e sem consideraccedilatildeo pelo mercado-alvo287

fazem com que seja necessaacuterio

284

RAMOacuteN Alberch ndash Ob cit p39 285

Consulte-se uma vez mais a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Como complemento

destas ideias propomos a leitura do anexo 4 conversa efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do

Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 286

Rom citado por Gabriel Diacuteaz Meyer define concepccedilatildeo graacutefica como uma laquoteacutecnica de comunicacioacuten

que se expresa atraveacutes de un lenguaje icoacutenico verbal esencialmente visual Por esto se tiende a hablar de

disentildeo graacutefico y comunicacioacuten visual como actividades ideacutenticasraquo DIgraveAZ MEYER Gabriel ndash Aspectos de

la comunicacioacuten visual y graacutefica en la comunicacioacuten del patrimoacutenio cultural In La comunicacioacuten global

del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 178 O

profissional que trabalha nesta aacuterea designa-se de designer graacutefico e todo o seu trabalho deveraacute resultar

de um esforccedilo de equipa com os arquivistas responsaacuteveis pelos projectos que querem dar a conhecer no

mercado-alvo

109

sensibilizar os gestores de informaccedilatildeo para melhorarem e normalizarem a concepccedilatildeo

graacutefica deste produto288

Para as restantes publicaccedilotildees que resultam do trabalho

arquiviacutestico acima referidas propotildee-se que se considere sempre um bom desenho uma

boa fonte de impressatildeo e uma boa imagem aliada a um bom conteuacutedo Porquecirc Porque

satildeo produtos informativos que divulgam e publicitam informaccedilotildees sobre os arquivos e

muitas das vezes eacute a partir deles que os clientes entram pela primeira vez em contacto

com os seus serviccedilos tangiacuteveis - que se relacionam com os fundos arquiviacutesticos e

intangiacuteveis - relacionados com a qualidade do serviccedilo prestado

No caso das publicaccedilotildees289

cremos ainda que prevalece o conceito de que os

livros vendem por si soacute e que as ediccedilotildees dos arquivos satildeo um objecto cultural e

cientiacutefico Para chegar a um maior nuacutemero de intermediaacuterios e de leitores tal como

287

BOADAS I RASET Joan ndash Ob cit 288

Este eacute o caso do Arquivo Regional da Madeira que possui um manual de procedimentos para a

normalizaccedilatildeo dos IDDs Todavia temos consciecircncia que para se ter a certeza desta mudanccedila teriacuteamos

que efectuar um inqueacuterito a niacutevel nacional apenas sobre este item ou efectuar uma pesquisa directa sobre

os instrumentos criados nos arquivos municipais e distritais 289

Todas e quaisquer publicaccedilotildees devem solicitar agrave Agecircncia Nacional do ISBN (Inscriccedilatildeo e Aacutereas de

Especializaccedilatildeo) o ISBN- International Standard Book Number O ISBN eacute um nuacutemero internacional

gratuito atribuiacutedo a uma uacutenica publicaccedilatildeo de um determinado editor Por outras palavras se a obra for

impressa com diferentes tipos de capa (por exemplo brochada e encadernada) cada ediccedilatildeo receberaacute um

ISBN diferente No caso em que a obra esgote o ISBN nunca poderaacute ser aplicado noutra publicaccedilatildeo Para

os editores definidos como os proprietaacuterios dos livros seja uma empresa ou uma ediccedilatildeo de autor esta

inscriccedilatildeo eacute feita uma uacutenica vez para que lhes seja atribuiacutedo um prefixo de editor nuacutemero que tem a ver

com a produccedilatildeo de cada editor quanto maior for a produccedilatildeo menos seraacute o prefixo a atribuir

Realccedile-se ainda que cada paiacutes tem os seus proacuteprios prefixos para fornecer aos editores Para saberem

mais vide o site httpwwwapelptpageviewaspxpageid=217amplangid=1 Como complemento deste

nuacutemero deveraacute ser solicitado agrave Biblioteca Nacional de Portugal o depoacutesito legal (DL) Atraveacutes da consulta

do site da Biblioteca Nacional os procedimentos podem ser sintetizados em seis partes 1 O nuacutemero de

registo de depoacutesito legal eacute atribuiacutedo a ldquomonografias e perioacutedicosrdquo segundo o artigo 13ordm do Decreto-Lei

7482 de 3 de Marccedilo httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl7482pdf 2 O

pedido de atribuiccedilatildeo de nuacutemero de depoacutesito agraves publicaccedilotildees eacute da responsabilidade da tipografia que

imprime a obra desde que esta seja portuguesa Se a impressatildeo for feita no estrangeiro deve ser o editor

(com domiciacutelio em Portugal) a solicitar o nuacutemero de registo de depoacutesito legal 3O nuacutemero eacute pedido

mediante o envio do formulaacuterio respectivo (monografias ou publicaccedilotildees perioacutedicas) devidamente

preenchido para dlbnportugalpt Os formulaacuterios estatildeo disponiacuteveis no siacutetio web da BNP

httpwwwbnportugalpt 4 A entidade que solicita o registo fica responsaacutevel pela entrega dos

exemplares para cumprimento do depoacutesito legal (11 exemplares para tiragens superiores a 100 e 1

exemplar para tiragens ateacute 100) Existe tambeacutem um formulaacuterio para acompanhar os exemplares enviados

agrave BNP tambeacutem disponiacutevel no mesmo siacutetio 5 De acordo com o capitulo III artigo 4ordm aliacutenea 2 - do

mesmo Decreto-Lei laquoEacute nomeadamente obrigatoacuterio o depoacutesito de (hellip) separatas atlas e cartas

geograacuteficas mapas (hellip)raquo apesar de estes documentos natildeo estarem sujeitos agrave atribuiccedilatildeo de nuacutemero de

DL 6 Dos 11 exemplares depositados 2 satildeo integrados nas colecccedilotildees da Biblioteca Nacional de Portugal

(BNP) e os restantes satildeo distribuiacutedos pelas seguintes bibliotecas beneficiaacuterias do depoacutesito legal

Biblioteca Municipal de Coimbra Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra Biblioteca Municipal de

Lisboa Biblioteca Puacuteblica de Eacutevora Biblioteca Puacuteblica Municipal do Porto Biblioteca Puacuteblica de Braga

Biblioteca Publica e Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e

Real Gabinete Portuguecircs de Leitura do Rio de Janeiro As teses de mestrado e de doutoramento bem como outros trabalhos acadeacutemicos apesar de natildeo lhes ser

atribuiacutedo nuacutemero de depoacutesito legal tambeacutem satildeo depositados na BNP (apenas 1 exemplar) ao abrigo do

Decreto-Lei 36286 de 28 de Outubro

httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl36286pdf

110

acontece nas editoras com fins mercadoloacutegicos os gestores da informaccedilatildeo tecircm de ver

este produto como um objecto comercial desde o momento que eacute concebido ateacute chegar

ao mercado Para aumentar as vendas do Arquivo ou entatildeo aumentar o nuacutemero de

consultas in loco e virtuais haacute que criar estrateacutegias de comunicaccedilatildeo Partindo do

princiacutepio que existe um mecanismo psicoloacutegico que atrai o indiviacuteduo para o belo para o

bem apresentado para um determinado conjunto de cores que combinam haacute que

investir numa primeira fase no aspecto fiacutesico da obra O tipo de capa das publicaccedilotildees

qualidade do papel nuacutemero das paacuteginas gramagem acabamento impressatildeo e

dimensatildeo satildeo factores que se tornam apelativos Esta ideia eacute defendida pelo jornalista

Pedro Mexia no artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo290

quando escreve que laquoum livro

com uma bela capa jaacute eacute um objecto fascinante ainda que a prosa ou a poesia laacute dentro

sejam fracasraquo291

e pelo editor da Sextante Editora Joatildeo Rodrigues que em

entrevista292

nos diz que laquoA capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo

procurando sempre manter uma imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo

logo)raquo293

Tudo isto seraacute posteriormente indissociaacutevel de um bom tiacutetulo e subtiacutetulo294

a um bom conteuacutedo com expressatildeo escrita adaptada ao puacuteblico-alvo tipo e tamanho de

letra margens e ilustraccedilotildees se eacute agrafado ou cozido (depende do nuacutemero de paacuteginas o

formato se deve ou natildeo ter uma prova de cor oue uma prova final (figura nordm 30)

290

Sobre a importacircncia das capas propomos a leitura do artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo e mais

recentemente laquoPode-se julgar um livro pela caparaquo respectivamente MEXIA Pedro ndash Julgar um livro pela

capa In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 14 de Novembro de 2009 e de VELUDO Fernando ndash

Pode-se julgar um livro pela capa In Puacuteblico Suplemento Iacutepsilon Lisboa 17 de Dezembro de 2010 p18

- 20 291

MEXIA Pedro ndash Ob cit 292

Na preparaccedilatildeo do plano propomos a leitura do anexo 5 entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues editor

da Sextante Editora 293

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada agrave Editora Sextante 294

TORRES Eduardo Cintra ndash Este livro tem um verbo In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 31 de

Outubro de 2009 p12

111

PUBLICACcedilAtildeO TIPO LIVRO DESDOBRAacuteVEL FOLHETO

Miolo

Dimensotildees da paacutegina ex 21x 297 cm

Nuacutemero de paacuteginas

Papel das paacuteginas exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem das paacuteginasmiolo exemplo 170g

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Descriccedilatildeo geral

Folheto ou desdobraacutevel no formato aberto

299 x 21 cm fechado com 2 dobras (3 laudas

ndash vincos tipograacuteficos) para o formato 21x10

cm

Capa

Tipo de papel exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo 350 g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Dimensotildees

Exemplo 299 x 21cm (aberto) 21 x 10 cm

(fechado)

Tipo de papel exemplo mate brilhante semi-

brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo150g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Figura nordm 30

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos de publicaccedilotildees

folhetosdesdobraacuteveis

Fonte Sofia Santos

Estamos perante o marketing editorial que segundo Joatildeo Rodrigues pode ser

definido como

laquoOs editores satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de

saber comunicar com todos os intermediaacuterios e com os leitores

Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e contacto

directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo

essenciais Tudo isto tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada

livro eacute um produto diferente e que exige diferentes esforccedilosraquo295

295

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues da Editora Sextante

112

Por outras palavras uma das primeiras acccedilotildees a efectuar seraacute no lanccedilamento das

publicaccedilotildees ou durante o periacuteodo em que decorre o evento a que estaacute ssociado optar por

um desconto nas ediccedilotildees (promoccedilatildeo de vendas) A mesma promoccedilatildeo poderaacute ser

efectuada nas acccedilotildees educativas cujo o melhor trabalho apresentado sobre o livro em

questatildeo teraacute direito por exemplo a usufruir de uma visita orientada ao arquivo ter o

seu trabalho publicado no site ou numa brochurajornal como forma de recompensa No

caso de um novo instrumento descritivo a sua disseminaccedilatildeo poderaacute ser concretizada

entre utilizadores jaacute fidelizados e entre os que estatildeo a dar os primeiros passos de

pesquisa nos arquivos e que natildeo conhecem ainda bem o acervo existente nestes espaccedilos

O sucesso destes produtos tambeacutem se define pela forma como passa a sua

mensagem ao puacuteblico-alvo o que tambeacutem eacute indissociaacutevel da forma de distribuiccedilatildeo

Existem vaacuterias possibilidades

a) por correio a partir da lista protocolar pode-se efectuar uma listagem das

pessoasassociaccedilotildeesserviccedilosinstituiccedilotildees a quem os arquivos pretendem

oferecer as suas ediccedilotildees Estes podem ser acompanhados de cartas

personalizadas consoante o grupo ou pessoa

b) venda nas lojas dos arquivos quando existem eou atraveacutes de parcerias que

permitem colocar estas publicaccedilotildees em livrarias de localidade lojas de

organismos semelhantes como museus bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo

c) distribuiccedilatildeo matildeo a matildeo em locais previamente pensados frequentados

pelos consumidores

d) utilizaccedilatildeo de parcerias com organismos privados com e sem fins culturais

e do Postal Free

Como elemento integrante da publicidade temos a divulgaccedilatildeo das funccedilotildees e das

actividades dos arquivos na comunicaccedilatildeo social como veremos jaacute a seguir interligada

agraves acccedilotildees de relaccedilotildees puacuteblicas

Outra forma dos arquivos se distinguirem das restantes unidades de informaccedilatildeo

aleacutem do proacuteprio acervo arquiviacutestico das colecccedilotildees de referecircncia dos instrumentos de

113

descriccedilatildeo documental e dos desdobraacuteveis seraacute a existecircncia de quadros qualificados para

prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais eficiente e rigoroso

Como eacute comummente sabido um lugar eacute feito por e pelas pessoas Por isso haacute

que saber comunicartransmitir de forma correcta a imagem destes espaccedilos e ter

determinadas atitudes pessoais como o bom humor para contribuir para o

desenvolvimento da dimensatildeo pessoal e emotiva o tempo e a qualidade de resposta

fornecida e a forma como se atende uma chamada e o tempo de atendimento por

exemplo Quando esse apoio eacute feito agrave distacircncia como na Internet natildeo invalida a

importacircncia do trabalho executado pelos profissionais da informaccedilatildeo296

No caso de apoio a entidades puacuteblicas e privadas todo o material produzido

pode ser dado a conhecer atraveacutes de reuniotildees e relatoacuterios perioacutedicos para que tambeacutem

se efectuem avaliaccedilotildees pontuais sobre o serviccedilo efectuado

Nas exposiccedilotildees para aleacutem dos cuidados da sua montagem e identificaccedilatildeo do

puacuteblico-alvo haacute que conceber a imagem global do projecto que deveraacute ser atraente de

forma a cativar o mercado fiel e potencial Outros cuidados a ter em nossa opiniatildeo seraacute

o tipo a cor e o tamanho de letra espaccedilamento do texto aliado agrave relaccedilatildeo entre texto e

imagem forma de impressatildeo e suporte (figura nordm 31)

Proposta de textos para telas

Texto Introdutoacuterio GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Tiacutetulo GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Texto GILL SANS LIGHT Tamanho 48 PT

Citaccedilatildeo GILL SANS LIGHT Tamanho 40 PT

Legendas GILL SANS LIGHT Tamanho 25 P

Espaccedilamento duplo

Figura nordm 31

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo mostra documental

Fonte Sofia Santos

Tudo isto contribui uma vez mais para a comunicaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental Para que estes projectos natildeo morram agrave nascenccedila alia-se laquouna adecuada

296

Em 2000 a CNN lanccedilou um inqueacuterito nos Estados Unidos da Ameacuterica com a seguinte questatildeo

laquoPodemos afirmar que se encontra tudo na Internet Ainda necessita de bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo A

resposta foi claramente esclarecedora com 86 dos votos para a resposta laquoSim o sistema decimal

Dewey ainda se encontra actual eu utilizo bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo [on line] [Consultado a 8 de

Fevereiro de 2007] Disponiacutevel URL httpwwwcnncom2000CAREERtrends1128librarians

114

poliacutetica (hellip) que permita una relacioacuten planificada continuada y profesional com los

medios de comunicacion sea prensa radio o televisioneraquo297

Seraacute entatildeo necessaacuterio dividir a sua divulgaccedilatildeo em trecircs etapas

Num primeiro momento procede-se ao envio de convites para a inauguraccedilatildeo da

exposiccedilatildeo de acordo com lista protocolar que deve estar sempre actualizada envio de

material graacutefico agraves entidades do exterior (cartazes cataacutelogos e desdobraacuteveis da

exposiccedilatildeo etc) O envio de newslleters revela-se eficaz aleacutem de econoacutemico e amigo do

ambiente porque chega a um leque grande de pessoas num curto espaccedilo de tempo

exige poucos reursos humanos e a informaccedilatildeo existente eacute concisa e directa

Numa segunda fase estabelece-se ligaccedilatildeo com os oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Para o efeito propotildee-se o envio de nota de imprensa ndash referente apenas a um uacutenico

assunto ndash com cerca de trecircs meses de antecedecircncia quando eacute imprensa nacional e entre

quinze a oito dias na imprensa local ou regional Posteriormente o responsaacutevel pela

comunicaccedilatildeo deveraacute entrar em contacto com o jornalista para garantir que entendeu a

mensagem se tem interesse e quando vai sair a notiacutecia

Um dia antes do evento ou no proacuteprio dia poderaacute ser convocada uma

conferecircncia de imprensa para apresentar aos jornalistas um dossiecirc de imprensa ndash

briefing ndash contendo uma breve sinopse do projecto ficha teacutecnica (tema da exposiccedilatildeo e

nome de todos os colaboradores) objectivos gerais e especiacuteficos datas horaacuterios e local

da exposiccedilatildeo iniciativas educativas caso existam o cataacutelogo e o preccedilo se for esse o

caso que poderaacute ser tambeacutem entregue em CD com imagens digitalizadas Normalmente

este tipo de iniciativa eacute realizada ao final da tarde mas eventualmente pode-se optar por

uma hora que seja mais conveniente a todos O local de apresentaccedilatildeo neste caso seraacute

onde estaacute patente a exposiccedilatildeo

Ainda sobre a imprensa escrita conveacutem conhecer bem as temaacuteticas dos

perioacutedicos pois nem todos datildeo igual importacircncia agrave mesma notiacutecia Aos jornais ditos

culturais a forma como eacute explicada a exposiccedilatildeo deveraacute ser mais ampla do que aos

jornais geneacutericos Mas uma coisa eacute certa os artigos criados devem responder sempre

quem o quecirc quando onde porquecirc e para quecirc

Os arquivistas podem recorrer a outros meios de comunicaccedilatildeo social como agrave

televisatildeo e agraves raacutedios regionais e locais298

Destes recursos as raacutedios regionais e locais

297

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Obcit p 29

115

revelam-se vantajosas porque tecircm largas audiecircncias proporcionando uma publicidade

gratuita das actividades que se querem divulgar Anunciar regularmente os eventos pode

ser uma soluccedilatildeo a seguir

Outra forma gratuita de divulgaccedilatildeo eacute o uso das agendas culturais das cacircmaras

municipais eou das direcccedilotildees regionais da cultura os blogues e as redes sociais que

por norma atraem um puacuteblico que agrave partida nunca visitaria um arquivo

Paralelamente a estas formas de comunicaccedilatildeo natildeo podemos deixar de referir

que a utilizaccedilatildeo do site da instituiccedilatildeo eacute fundamental Caso os clientes natildeo se possam

deslocar ao espaccedilo fiacutesico deveremos facultar-lhes o projecto atraveacutes de uma visita

virtual ou entatildeo elaborar um PDF com textos e imagens sobre a mesma

Deste tipo de iniciativas enquanto o evento estiver patente decorrem outras

formas de divulgaccedilatildeo guiasroteiros da exposiccedilatildeo (que deveratildeo ser elaborados a pensar

em dois segmentos puacuteblico em geral e populaccedilatildeo estudantil e com uma linguagem

adequada a cada um destes nichos) cartazes e convites com visual semelhante ao da

exposiccedilatildeo

Apoacutes o seu teacutermino ndash terceiro momento - poderaacute escrever-se um novo artigo

para a comunicaccedilatildeo social e para o site do arquivo com a divulgaccedilatildeo dos resultados

estatiacutesticos e qualitativos da exposiccedilatildeo Esta seraacute uma forma de perpetuar a informaccedilatildeo

sobre projectos deste tipo e sensibilizar um maior nuacutemero de pessoas para os serviccedilos

prestados pelos arquivos

Agrave volta de um evento os Serviccedilos Educativos podem ainda conceber e

dinamizar actividades pedagoacutegicas que contribuem igualmente para o conhecimento do

acervo e das funccedilotildees dos arquivos A forma de comunicaccedilatildeo destas actividades mesmo

que estas sejam autoacutenomas poderaacute ser por

a) convite directo junto das escolas associaccedilotildees ofiacutecio telefone fax e-mail ndash

eacute a adaptaccedilatildeo da chamada forccedila de venda

b) reuniotildees com as entidades requerentes acompanhadas por dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das actividades com visual graacutefico e mensagem adaptada ao

grupo pretendido ndash aplicaccedilatildeo do marketing directo

298

Em Portugal os programas culturais transmitidos satildeo em nuacutemero reduzido e os que haacute se calhar

tendo em consideraccedilatildeo o grande nuacutemero de informaccedilotildees enviadas optam apenas por mencionar estas

iniciativas numa breve nota de rodapeacute

116

c) envio de notas de imprensa divulgaccedilatildeo no site newsletters ndash publicidade e

marketing directo

d) envio do programa educativo no iniacutecio do ano lectivo ndash tambeacutem marketing

directo

Aquando da dinamizaccedilatildeo das suas acccedilotildees pedagoacutegicas propomos igualmente

que o teacutecnico adequacutee a expressatildeo oral e corporal ao nicho presente Soacute assim uma vez

mais se consegue apresentar um trabalho com qualidade e rigor

Os organismos culturais podem ainda fazer uso de viacutedeos de cartazes e do

mobiliaacuterio urbano ndash placards e paragens de autocarro como forma de divulgaccedilatildeo destas

iniciativas De facto esta divulgaccedilatildeo consoante a sua qualidade venderaacute uma imagem

negativa ou positiva dos mesmos resultando daqui comentaacuterios que os utilizadores

trocaratildeo entre si Estamos perante o buzz marketing que eacute a passagem de informaccedilatildeo de

boca-a-orelha laquoNo iniacutecio o cliente experimenta o serviccedilo falando em seguida dele agrave

sua famiacutelia amigos ou relaccedilotildees as pessoas A e Braquo299

Outro aspecto que devemos ter em atenccedilatildeo quanto agrave promoccedilatildeo dos organismos eacute

a Internet Dentro das suas ferramentas mais comuns apresentamos a seguir um quadro

efectuado por Wagner Junqueira de ARAUgraveJO sobre as suas caracteriacutesticas e cuidados a

ter com o seu uso (figura nordm 32)

299

EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Ob cit p103

117

Ferramenta Utilizaccedilatildeo

Precauccedilotildees

Banner Normalmente utilizado nas

paacuteginas iniciais de portais ou

sites Natildeo existem restriccedilotildees

agrave sua utilizaccedilatildeo Eacute uma das

ferramentas mais efectivas

para a promoccedilatildeo do site

Pode ser utilizado em qualquer parte d uma

paacutegina Web mas eacute preciso tomar cuidado

para natildeo causar poluiccedilatildeo visual no site Eacute

necessaacuterio evitar a utilizaccedilatildeo excessiva de

banners bem como as cores muito fortes

Correio electroacutenico Pode gerar os melhores

iacutendices de retorno Deve ser

utilizado para promoccedilatildeo

quando as listas de

distribuiccedilatildeo satildeo de grupos de

interesses comuns e o item a

ser promovido deve fazer

parte do contexto de interesse

do grupo

Um ponto importante ao se utilizar e-mail eacute

possuir uma estrutura para responder de

maneira raacutepida agraves mensagens recebidas

pois a accedilatildeo de enviar um e-mail pode gerar

um e-mail resposta do destinataacuterio Para

ampliar a receptividade ao e-mail

promocional eacute recomendado que se

obtenha permissatildeo do destinataacuterio Utilizar o e-mail em listas de grupos

heterogeacuteneos natildeo apresenta bons resultados Pop-up Pode ser utilizado para

promover um produto item

ou determinada aacuterea de um

site ou portal Web Sua

utilizaccedilatildeo deve ser

esporaacutedica

Natildeo se deve utilizar o pop-up de forma

contiacutenua pois a exposiccedilatildeo pode fazer com

que o usuaacuterio feche a janela antes mesmo

de visualizar o seu conteuacutedo

Webcasting Utilizaccedilatildeo semelhante agrave

pop-up no entanto deve ser

utilizado quando a promoccedilatildeo

exige um apelo visual mais

forte

Eacute necessaacuterio que o puacuteblico-alvo possua

acesso raacutepido agrave Internet e bom

equipamento pois consome muito recursos

de processamento de estaccedilatildeo de trabalho e

rede de computadores Nem todos os

browsers suportam esta aplicaccedilatildeo Site Web Pode ser utilizado para

promover produtos ou

empresas A utilizaccedilatildeo de um

site como folder promocional

eacute a forma mais antiga e

primaacuteria de se utilizar a Web

como canal de promoccedilatildeo

As informaccedilotildees devem ser constantemente

actualizadas Informaccedilotildees desatualizadas

desabilitam a funccedilatildeo do site como canal de

divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees

Ferramentas de busca Podem ser utilizadas quando

se deseja promover um site

ou portal

Seu retorno nem sempre eacute dos melhores por

causa da quantidade de informaccedilotildees jaacute

existentes na Web Figura nordm 32

Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Fonte ARAUgraveJO Wagner Junqueiro ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo no portal Rede Governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p165

O apoio a iniciativas de iacutendole cientiacutefica e cultural como acccedilotildees de formaccedilatildeo

coloacutequios seminaacuterios mesas redondas debates e publicaccedilotildees de artigos em revistas

118

especializadas na aacuterea das Ciecircncias de Informaccedilatildeo constituem outra forma de difusatildeo e

de promoccedilatildeo do conhecimento deste tipo de instituiccedilotildees

Estabelecer parcerias entre organismos privados e puacuteblicos com instituiccedilotildees

congeacuteneres ou distintas permite tambeacutem divulgar as funccedilotildees fim dos arquivos Daqui

pode resultar o patrociacutenio300

eou o mecenato considerada a laquoprimeira forma de

associaccedilatildeo entre capital e culturaraquo301

(figura nordm 33)

Tipo de actividade Patrociacutenio Mecenato

Motivaccedilatildeo Comercial Social ou pessoal

Objectivos Notoriedade imagem de marca

endomarketing relacionamento

com a sociedade etc

Participaccedilatildeo social da satisfaccedilatildeo

pessoal do mecenas

Contrapartida Comercial (investimento na

marca empresa)

Social (investimento na

sociedade)

Exploraccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo

Sim Natildeo

Continuidade Fundamental Desejaacutevel

Inter-relaccedilotildees Com as demais ferramentas de

comunicaccedilatildeo da empresa

Com o programa de

responsabilidade social da

empresa Figura nordm 33

Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Fonte REIS Ana Carla Fonseca ndash Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira

Satildeo Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p14

Relativamente ao patrociacutenio os arquivos puacuteblicos podem conquistar as empresas

privadas para as suas actividades atraveacutes da elaboraccedilatildeo de uma estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo dirigida Para tal os arquivistas poderatildeo apresentar agraves empresas um dossiecirc

de parcerias em que conste

a) o enquadramento histoacuterico-institucional da instituiccedilatildeo definindo bem a sua

missatildeo visatildeo e valores Este eacute um ponto forte para que os arquivos

demonstrem o seu valor social enquanto preservadoresconservadores do

patrimoacutenio documental

b) a apresentaccedilatildeo do projecto A finalidade objectivos gerais e objectivos

especiacuteficos e as vantagens desta iniciativa satildeo pontos a constar Deve-se

300

FUGUEgraveRAS daacute-nos um exemplo de patrociacutenio feito pelo Instituto Municipal del Paisage Urbano y

Calidadde Vida em 2001 ao Arquivo Municipal de Barcelona laquoBarcelona hagamos memoriaraquo

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Imagen Marketing y Comunicacioacuten In Archivos y cultura manual

de dinamizacioacuten Ediocines Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 35 301

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 4

119

igualmente demonstrar o que seraacute vendido o retorno do investimento

previsto e as vantagens comparativas de investimento face a outras

ferramentas de comunicaccedilatildeo (publicidade promoccedilotildees)

c) identificar a equipa que faz parte do evento ou seja indicar laquoquem eacute quemraquo

e as suas funccedilotildees Se por exemplo na organizaccedilatildeo de uma exposiccedilatildeo o

Comissaacuterio Cientiacutefico for de renome o trabalho que estaacute a ser executado

ficaraacute ainda mais valorizado

d) apresentar uma lista pormenorizada dos bens necessaacuterios a adquirir

indicando os respectivos custos e fornecedores

e) enunciar os benefiacutecios econoacutemicos financeiros e sociais que podem advir

das parcerias com estes organismos culturais

f) Outras motivaccedilotildees podem ser demonstradas

120

Motivos para patrocinar

Explicaccedilatildeo

Aumento da fidelidade agrave marca Num ambiente de negoacutecio cada vez mais competitivo

torna-se fundamental as empresas imporem-se no

mercado para sobreviverem Darem-se a conhecer

atraveacutes de organismos culturais proporciona formas de

incremento da sua marca e aumento da lealdade dos

clientes aos seus produtosserviccedilos

Criar visibilidade Sempre que apoiam as actividades dos arquivos o

nome da empresa aparece permitindo uma ainda maior

visibilidade das empresas patrocinadoras Ou seja

deixam de recorrer apenas agrave publicidade tradicional

para se darem a conhecer atraveacutes de outras empresas

Mudar ou reforccedilar imagem Para alargar as vantagens competitivas credibilizar e

reforccedilar a sua mensagem o estabelecer parcerias

poderaacute ser uma forma de ampliar os seus lucros a

meacutedio e longo prazo ao fidelizar e conquistar novos

puacuteblicos

Responsabilidade social Contribuir para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico como parte integrante da memoacuteria

colectiva local regional e nacional

Incentivar vendas Associar o patrociacutenio aos arquivos poderaacute originar o

aumento de vendas e divulgaccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Reforccedilar atributos da marca e

diferenciaccedilatildeo

O estabelecer parcerias permite melhorar os laccedilos com

os consumidores posicionar a sua marca no mercado e

impulsionar as vendas A sua imagem puacuteblica sai

igualmente reforccedilada permitindo distinguir-se no meio

social

Entreter clientes De acordo com as listas protocolares seratildeo enviados

convites sobre as principais actividades dos arquivos

como exposiccedilotildees incorporaccedilotildees e lanccedilamento de

publicaccedilotildees permitindo o conviacutevio entre estes os

funcionaacuterios da empresa patrocinadora e clientes

Recrutar reter colaboradores A empresa patrocinadora poderaacute premiar os seus

clientes internos ao dar convites para exposiccedilotildees

visitas orientadas acccedilotildees de formaccedilatildeo descontos nas

lojas destes espaccedilos e contacto directo com as fontes

primaacuterias mas respeitando sempre os princiacutepios de

comunicabilidade

Oportunidades de merchandising Mostrar o produto eacute fazer merchandising Por outras

palavras ao promover bens no ponto-de-venda

com referecircncia agrave sua parceria com Arquivos estaraacute a

dar destaque agrave sua actividade enquanto entidade

patrocinadora Tudo isto pode influenciar o

consumidor na altura de decidir a aquisiccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Combater maiores orccedilamentos Pequenas e meacutedias empresas tambeacutem podem ser

patrocinadoras Este tipo de parcerias poderaacute mesmo

ser um veiacuteculo difusor da sua imagem e marca para

combater multinacionais com orccedilamentos

completamente gigantescos

Figura nordm 34

Exemplos de motivos para patrocinar

Fonte Sofia Santos

121

Acerca do mecenato cultural no caso portuguecircs este encontra-se regulamentado

nos termos do Capiacutetulo X do Estatuto dos Benefiacutecios Fiscais (Benefiacutecios Fiscais

Relativos ao Mecenato) diploma aprovado pelo Decreto-Lei nordm 21589 de 1 de Julho

na redacccedilatildeo dada pela Lei nordm 53-A2006 de 29 de Dezembro e na redacccedilatildeo dada pelo

Decreto-Lei nordm 1082008 de 26 de Junho

Saliente-se que os pedidos para enquadramento no Estatuto dos Benefiacutecios

FiscaisMecenato se reportam aos agentes culturais privados devendo anteceder a fase

negocial para captaccedilatildeo dos donativos junto dos potenciais mecenas (pessoas colectivas

eou individuais) e devem ser dirigidos agrave Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Relaccedilotildees Puacuteblicas

Documentaccedilatildeo e Arquivo desta Secretaria-Geral (Lisboa) ou junto das Direcccedilotildees

Regionais da Cultura (Regiotildees Autoacutenomas) As pessoas colectivas sujeitas agrave

administraccedilatildeo directa do Estado estatildeo isentas deste tipo de reconhecimento302

Neste contexto surge o marketing cultural que usa a cultura como laquobase e

instrumento para transmitir determinada mensagem (e a longo prazo desenvolver um

relacionamento) a um puacuteblico especiacutefico sem que a cultura seja a atividade fim da

empresaraquo303

A niacutevel puacuteblico a legislaccedilatildeo vigente sobre financiamento de projectos culturais

eacute explicitada no Decreto-Lei nordm 2252006 de 13 de Novembro diploma que estabelece

o regime de atribuiccedilatildeo de apoios financeiros do Estado atraveacutes do Ministeacuterio da

Cultura agraves Artes304

Na Uniatildeo Europeia por Decisatildeo da Comissatildeo de 20 de Abril de

2009 que institui a laquoAgecircncia de Execuccedilatildeo relativa agrave Educaccedilatildeo ao Audiovisual e agrave

Culturaraquo para a gestatildeo da acccedilatildeo comunitaacuteria nos domiacutenios da educaccedilatildeo do audiovisual

e da cultura em aplicaccedilatildeo do Regulamento (Comissatildeo Europeia) nordm 582003 do

Conselho (2009336CE) e a Decisatildeo nordm 13522008CE do Parlamento Europeu e do

Conselho de 16 de Dezembro de 2008 que altera a Decisatildeo nordm 18552006CE que

302

A legislaccedilatildeo sobre mecenato e outra informaccedilatildeo complementar sobre este assunto pode ser consultada

em httpwwwportaldaculturagovptprogramasapoiosPagesmecenatoaspx paacutegina oficial do

Ministeacuterio da Cultura 303

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 12 304

Existe mais legislaccedilatildeo especiacutefica sobre a promoccedilatildeo de sistemas de apoios financeiros em actividades

profissionais nos mais diversos domiacutenios das Artes do Espectaacuteculo Artesanato Artes Plaacutesticas Cinema

Multimeacutedia Recintos Culturais entre outras Aconselhamos ainda a consulta dos sites especiacuteficos de

vaacuterios organismos sob tutela do Ministeacuterio da Cultura designadamente Direcccedilatildeo-Geral das Artes

Direcccedilatildeo-Geral do Livro e das Bibliotecas Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Instituto do Cinema e do

Audiovisual Inspecccedilatildeo-Geral de Actividades Culturais outros (wwwportaldaculturapt)

122

institui o Programa laquoCulturaraquo (2007-2013) eacute legislaccedilatildeo que tambeacutem deve ser

consultada para efeitos de apoios monetaacuterios

Outra forma de publicitaccedilatildeo reconhecimento dos arquivos puacuteblicos e dos seus

profissionais e captaccedilatildeo de recursos financeiros seraacute a existecircncia de uma Associaccedilatildeo de

Amigos do Arquivo Da pesquisa efectuada em Portugal existem trecircs associaccedilotildees do

geacutenero a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel305

que foi

pioneira a Associaccedilatildeo dos Amigos da Torre do Tombo criada em 2004 e formada em

iniacutecio de 2009 a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Distrital do Porto Sobre os

objectivos destas associaccedilotildees sintetizamos a informaccedilatildeo na seguinte tabela (figura nordm

35)

305

No anexo 6 transcrevemos a entrevista efectuada a Paula Fernandes arquivista responsaacutevel pela

criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

123

Identificaccedilatildeo da

Associaccedilatildeo

Ano da

constituiccedilatildeo

Missatildeo

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Municipal

de Penafiel (AAP)

2003 1 ndash Os Amigos tecircm como objectivo o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel

e regiatildeo e do Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se

nomeadamente

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de

recuperaccedilatildeo da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio

arquiviacutestico do concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou

de depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais

teacutecnicos ou de contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que

o Arquivo necessite para seu funcionamento nomeadamente material

necessaacuterio ao tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos

fundos arquiviacutesticos pertenccedilas do Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal

bem como a realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais

ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe

seja solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios

ou seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a

realizaccedilatildeo dos fins que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios

jornadas e cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do

Concelho e regiatildeo com a Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e

do Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Associaccedilatildeo dos

Amigos da Torre

do Tombo (AATT)

2004 1 Cooperar com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e apoiaacute-lo na

promoccedilatildeo realizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos seus objectivos culturais

2 Realizar um programa anual de iniciativas a levar a efeito no acircmbito

dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

3 Editar e apoiar a ediccedilatildeo de trabalhos de investigaccedilatildeo que tenham

como fonte principal os fundos documentais guardados no Arquivo

Nacional da Torre do Tombo

4 Contribuir para o melhor conhecimento e para a valorizaccedilatildeo dos

fundos do Arquivo

5 Dar apoios e fornecer informaccedilatildeo a investigadores que trabalhem no

acircmbito dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do

Tombo

Nota os seus estatutos e site satildeo autoacutenomos da DGARQ

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Distrital

do Porto

(AAADD)

2009 - Contribuir para a promoccedilatildeo salvaguarda e divulgaccedilatildeo do acervo

patrimonial do Arquivo Distrital do Porto respeitando as poliacuteticas

arquiviacutesticas emanadas pela tutela do arquivoraquo

Figura nordm 35

Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos portugueses

Fonte Sofia Santos

124

A niacutevel internacional destacamos a Friends of the Nacional Archives Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha fundada em 1998 que tal como as nossas associaccedilotildees tem

por missatildeo a salvaguarda conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo da documentaccedilatildeo da Inglaterra306

Da anaacutelise das suas funccedilotildees damos a conhecer os trabalhos que tecircm sido

desenvolvidos

a) trabalhos de conservaccedilatildeo e restauro de documentos

b) ediccedilatildeo de cataacutelogos produtos informativos brochuras jornais e instrumentos

de descriccedilatildeo documental

c) realizaccedilatildeo de congressos conferecircncias mesas redondas e workshops

d) dinamizaccedilatildeo de actividades educativas e de extensatildeo cultural

e) acessibilidade de bases de dados

Sobre as vantagens em ser-se amigo de um arquivo seraacute como acontece nos

museus desconto nos produtos das respectivas lojas nas conferecircncias e na restauraccedilatildeo

acesso a visitas exclusivas agraves aacutereas teacutecnicas contactos directos com alguns novos

fundos incorporados desde que seja respeitado o princiacutepio da comunicabilidade ofertas

de boletins e cataacutelogos das exposiccedilotildees oferta do cartatildeo de leitor parque de

estacionamento gratuito e convites para a inauguraccedilatildeo de exposiccedilotildeesmostras

Natildeo podemos deixar de referir que uma das formas que promove bem estes

espaccedilos tal como acontece no Museu de Soares dos Reis no Porto e no Museu de Arte

Sacra em Lisboa eacute a zona de restauraccedilatildeo Este serviccedilo quando eacute bom atrai um leque de

puacuteblico bastante diversificado que se calhar de outra forma nunca frequentariam ou

saberiam sobre a existecircncia destes organismos e das suas funccedilotildees

Perante a descriccedilatildeo do Pacutede promoccedilatildeo concordamos com Neil KOTLER e Philip

KOTLER307

quando afirmam que as ferramentas de comunicaccedilatildeo podem ser divididas

306

Para saber mais sobre o trabalho que tem vindo a ser efectuado sugerimos a consulta do site

httpwwwnationalarchivesgovukget-involvedfriendshtm Sugerimos tambeacutem a consulta do anexo 7

entrevista realizada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a Chris Mumby - Head of

Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha para saber como este arquivo aplica o

marketing 307

KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p262

125

em quatro partes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas e marketing

directo Vejamos a sua siacutentese (figura nordm 35)

Publicidade Promoccedilatildeo de

vendas Relaccedilotildees

Puacuteblicas Marketing

directo Logoacutetipos

Produtos

Informativos

Marcadores

Cartazes

Flyers

Ediccedilotildees

Viacutedeos

institucionais

Internet

Comunicaccedilatildeo

Social (raacutedio

imprensa

televisatildeo)

Redes de mupies

Spots de TV e

Raacutedio

Ediccedilotildees

Merchadising

Mostras e

exposiccedilotildees

documentais

Descontos nas

ediccedilotildees

Preacutemios na

participaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas

(publicaccedilotildees em

jornais

exposiccedilotildees

visitas

orientadas

sugestotildees)

Equipa

qualificada

Actividades

educativas e

culturais

Reuniotildees e

relatoacuterios de

actividades

Dossiecircs de

actividades e de

imprensa

Mecenato

Associaccedilatildeo dos

Amigos dos

Arquivos

Contactos

individuais (cara-

a-cara)

Ofiacutecios

Telefone

Fax

Newsletter

E-mail

Figura nordm 36

Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

E os arquivos distritais portugueses aplicaratildeo estas quatro ferramentas da

comunicaccedilatildeo Pela observaccedilatildeo dos inqueacuteritos podemos dizer que natildeo O convite

directo o site e o uso dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social eacute comum a todos os arquivos

distritais mas os ofiacutecios e circulares apenas satildeo mencionados nos inqueacuteritos de Castelo

Branco Eacutevora Portalegre Santareacutem e Vila Real e o mailing list e as newsletters nos

arquivos de Guarda e de Leiria

Grupo IV 4 Como datildeo a conhecer as acccedilotildees desenvolvidas pelo vosso Arquivo

126

Figura nordm 37

Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

A partir da aplicaccedilatildeo dos inqueacuteritos afirmamos que os conceitos mercadoloacutegicos

natildeo satildeo utilizados de forma consciente ou por vezes satildeo confundidos Este eacute o caso do

Arquivo Distrital de Beja que afirma formas de divulgaccedilatildeo das suas iniciativas e

serviccedilos mas que natildeo aplica o marketing por existecircncia de um nuacutemero reduzido de

funcionaacuterios (apenas 2 teacutecnicos superiores e 3 teacutecnicos profissionais de arquivo)

Outros apenas associam o marketing agrave divulgaccedilatildeo de actividades como eacute o caso

dos Arquivos Distritais de Setuacutebal e de Vila Real

A Drordf Leonor Lopes directora do Arquivo de Santareacutem apresenta uma opiniatildeo

diferente Esta colega considera que mesmo que natildeo queiramos o marketing estaacute

presente nos nossos serviccedilos Neste caso apesar das carecircncias orccedilamentais o marketing

pode sempre ser utilizado ainda que o seja de uma forma empiacuterica (figura nordm 38)

Figura nordm 38

Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

Identificaccedilatildeo do

Arquivo Distrital Sim Natildeo Justificaccedilatildeo

Angra do Heroiacutesmo

- Accedilores

Ap

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as

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ivo

X Natildeo justifica

Beja

X Dado o reduzido nuacutemero de funcionaacuterios o arquivo distrital de Beja natildeo possui serviccedilos de preservaccedilatildeo ou educativos

mas aacutereas de actuaccedilatildeo nesses campos

Castelo Branco

X Natildeo justifica

Eacutevora

X Sim atraveacutes de publicitaccedilatildeo nos oacutergatildeos regionais de comunicaccedilatildeo social

Guarda X

Atraveacutes da paacutegina Web da newsletter de folhetos de divulgaccedilatildeo informaccedilatildeo de serviccedilos

Leiria

Natildeo responde

Portalegre X

Atraveacutes do site institucional intranet da DGARQ e ofiacutecios e informaccedilotildees

Santareacutem X

O Marketing eacute uma aacuterea muito vasta e eacute difiacutecil natildeo utilizar uma ou outra ferramenta Este arquivo devido agraves suas

limitaccedilotildees financeiras e de pessoal teacutecnico tem algumas dificuldades em aplicar algumas das que melhor nos serviriam

por exemplo soacute no ano passado conseguimos destacar do nosso orccedilamento verbas para podermos imprimir cartotildees de

cumprimentos e de visita Muitas das acccedilotildees que desenvolvemos satildeo divulgadas em parceria com outros organismos

Existem no entanto algumas como a elaboraccedilatildeo de uma newsletter que satildeo ainda possiacuteveis de utilizar mesmo com tais

constrangimentos e que ainda natildeo desenvolvemos

Setuacutebal

X Considero que seria conveniente e interessante a sua aplicaccedilatildeo com vista agrave divulgaccedilatildeo e difusatildeo das actividades do

Arquivo Distrital

Viana do Castelo X

O Arquivo Distrital de Viana do Castelo utiliza ferramentas de caraacutecter analiacutetico no acircmbito dos sistemas de

informaccedilatildeo de marketing

As ferramentas mais utilizadas satildeo planos de comunicaccedilatildeo a partir de estudos do perfil do utilizador

Os indicadores a que se recorre mais frequentemente satildeo a medida do grau de satisfaccedilatildeo dos clientes e a anaacutelise da

eficaacutecia de resposta mediante o produto ou serviccedilo prestado

Vila Real X

O Arquivo Distrital de Vila Real utiliza o seu Web site como ferramenta de marketing fornecendo informaccedilotildees gerais e

dando conhecimento das suas actividades

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos

A aplicaccedilatildeo e os itens de um plano estrateacutegico de marketing podem variar de

acordo com as circunstacircnciassituaccedilatildeo de cada organismo como jaacute foi referido

A partir do processo de planificaccedilatildeo apresentado por Neil e Philip KOTLER no

livro laquoEstrateacutegias y marketing de museosraquo - figura nordm 39 ndash decidimos agrave luz do estudo

realizado analisar interpretar e exemplificar cada uma das etapas sempre que possiacutevel

acompanhando-as de exemplos praacuteticos de acordo com o nosso objecto de estudo os

arquivos puacuteblicos

SISTEMA DE PLANIFICACIIacuteON

ESTRATEacuteGICA DE MERCADO

Anaacutelisis del entorno

Entorno interno

Entorno de mercado

Entorno regulador

Entorno de la competencia

Macroentorno

darr

Anaacutelisis de recursos internos

(anaacutelisis de fuerzas y debilidades)

darr

Formulacioacuten de la misioacuten y las metas

Misioacuten

Objetivos

Metas

darr

Formulacioacuten de la estrategia

darr

DISENtildeO ORGANIZATIVO

darr

DISENtildeO DE SISTEMAS

Sistema de informacioacuten de marketing

Sistema de planificaciacuteon de marketing

Sistema de control de marketing

Figura nordm 39

Proceso de planificacioacuten estrateacutegica de mercado

129

Fuente KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos Editorial Ariel SA

BarcelonaISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p91

Analisar o ambiente interno e externo da organizaccedilatildeo eacute a primeira etapa que se

impotildee na implementaccedilatildeo do plano estrateacutegico do nosso trabajo do trabalho de um

arquivo puacuteblico

A partir daqui e mediante o que jaacute foi referido no Capiacutetulo IV podemos afirmar

que o ambiente dos Arquivos Puacuteblicos se constitui por dois tipos de stakeholders ou

clientes os internos e os externos

Nos internos correspondente ao marketing interno integram-se

1 o director(es) (entidade(s) maacutexima(s) deste oacutergatildeo) responsaacuteveis de serviccedilos

2 os funcionaacuterios geralmente divididos por serviccedilos

3 os mecenas e patrocinadores

4 os voluntaacuterios

Os externos relacionados com o micro-ambiente satildeo

1 os fornecedores ndash prestadores de bens materiais e culturais Quem sao estes

2 os clientes da organizaccedilatildeo (estudantes investigadores curiosos populaccedilatildeo em

geral e participantes das actividades educativas e culturais)

3 a comunicaccedilatildeo social (divulgaccedilatildeo das actividades)

5 os amigos dos arquivos

Neste grupo inclui-se ainda o macro ndash ambiente representado pelos oacutergatildeos da

administraccedilatildeo central regional e local

Para se perceber melhor como estes stakeholders (SH) internos e externos

interagem no seu ambiente com os Arquivos Puacuteblicos sintetizamos esta ideia na tabela

abaixo representada (figura nordm 40)

130

Stakeholders (SH) O que esperam os SH

dos Arquivos

O que esperam os

Arquivos dos SH

Internos

Director

Responsaacuteveis de

Serviccedilos

Bom desempenho e

inovaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Funcionaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

credenciaccedilatildeo e

formaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Voluntaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Mecenas e

Patrocinadores

Imagem

Marca

Desenvolvimento de

parcerias para

divulgar ainda mais

estes serviccedilos e

propiciar mais

produtos informaccedilotildees

Externos

Fornecedores de bens

materiais

Celeridade dos

pagamentos

Entrega dos bens em

tempo uacutetil e com

qualidade

Fornecedores de bens

culturais

Acessibilidade

conservaccedilatildeo e

preservaccedilatildeo da

documentaccedilatildeo

Valorizaccedilatildeo dos fundos

e colecccedilotildees

documentais

Clientes Externos Eficiecircncia

Eficaacutecia

Atendimento

personalizado

Acessibilidade

Utilizaccedilatildeo preferencial

dos serviccedilos

oferecidos e

correspondente

divulgaccedilatildeo

Oacutergatildeos da

administraccedilatildeo

Central Regional e

Local

Legibilidade

Boas praacuteticas

Imparcialidade

Equidade

Atribuiccedilatildeo de forma

racional de recursos e

cooperaccedilatildeo

institucional

Amigos dos Arquivos Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Comunicaccedilatildeo Social Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Figura nordm 40

Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Fonte Sofia Santos

131

Considerando ainda as expectativas associadas a cada segmentocliente interno e

externo julga-se uacutetil a apresentaccedilatildeo de uma matriz que resuma a estrateacutegia a aplicar por

estes organismos (figura nordm 43)

NIacuteVEL DE INTERESSE DOS Clientes Internos e Externo

Baixo Alto

PODER

Pouco

Esforccedilo miacutenimo

Fornecedores de bens

materiais

Manter informado

Mecenas e Patrocinadores

Amigos dos Arquivos

Voluntaacuterios

Muito

Manter satisfeito Comunicaccedilatildeo Social

Gerir em proximidade Director Responsaacuteveis de Serviccedilo

Funcionaacuterios

Clientes

Oacutergatildeo da Administraccedilatildeo Central

Regional e Local

Fornecedores de bens culturais

Figura nordm 43

Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Fonte Sofia Santos

Com reduzido interesse nas actividades dos Arquivos e pouco poder sobre as

acccedilotildees desenvolvidas encontramos por um lado os fornecedores de bens materiais

que apenas contribuem (de uma forma desligada e comercial) para manter o

funcionamento quotidiano do serviccedilo Numa conjuntura econoacutemica desfavoraacutevel a sua

forccedila eacute inversa pois sem miacutenimas condiccedilotildees de trabalho os projectos podem natildeo

concretizar-se devido agrave desmotivaccedilatildeo por parte dos funcionaacuterios O campo de actuaccedilatildeo

a comunicaccedilatildeo social eacute de baixo poder mas embora natildeo influencie directamente a

dinacircmica destes espaccedilos eacute utilizado como um veiacuteculo difusor das iniciativas permitindo

que a mensagem chegue a um leque mais alargado de utilizadores

Por contraposiccedilatildeo a estes SH os directores os responsaacuteveis de serviccedilos e seus

colaboradores devem estar envolvidos em todo o processo de trabalho de forma a

distinguirem-se qualitativamente de outros organismos congeacuteneres Daqui resultaraacute

para o exterior a imagem de uma equipa dinacircmica que trabalha com um objectivo

comum satisfazer as necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis de todos os clientes externos

associada a uma poliacutetica inovadora e de melhoria contiacutenua Este conjunto de SH tem

por conseguinte um niacutevel de interesse muito alto e com muito poder O mesmo grau de

satisfaccedilatildeo eacute tambeacutem sentido na administraccedilatildeo puacuteblica pois eacute dela que os arquivos

132

puacuteblicos dependem Daiacute a necessidade de dar a conhecer as suas planificaccedilotildees e

indicadores de desempenho de forma a canalizar mais e melhores recursos financeiros

humanos e logiacutesticos Por outro lado como jaacute escrevemos para sobrevirem na era

global e econoacutemica o caminho passaraacute cada vez pelas parcerias quer seja atraveacutes de

mecenato ou de patrociacutenio quer seja atraveacutes de candidaturas a financiamentos de

projectos culturais Haacute que mantecirc-los informados bem como aos voluntaacuterios da acccedilatildeo

do Arquivo Puacuteblico da aacuterea a que respeitam de forma a garantir e manter parcerias que

permitam promover e credibilizar a imagem dos arquivos dando-lhes notoriedade com

vista ao alargamento e fidelizaccedilatildeo de novos puacuteblicos Estamos com um grupo de

interesse alto que no entanto revela pouco poder no interesse que tecircm para estas

instituiccedilotildees porque geralmente todas as acccedilotildees reflectem sobretudo as vontades dos

colaboradores internos destes espaccedilos Quanto aos fornecedores de fundos

documentais atraveacutes de legados vendas incorporaccedilotildees permutas transferecircncias e

reintegraccedilatildeo fornecem aos arquivos conjuntos documentais de referecircncia tambeacutem

devem ser cativados pelos arquivos e pelos arquivistas pois satildeo eles tal como jaacute

referimos que o enriquecem diversificando a sua documentaccedilatildeo

Identificados os SH passamos agrave anaacutelise dos recursos internos ndash as forccedilas e as fraquezas

ndash para entatildeo estabelecerdefinir o puacuteblico-alvo deste tipo de instituiccedilotildees os seus

objectivos gerais e especiacuteficos os recursos necessaacuterios (humanos materiais

financeiros) e o seu plano de controlo de concepccedilatildeo e divulgaccedilatildeo a fim de se

posicionarem no meio social a que respondem de modo criativo e captativo que

promova a diferenciaccedilatildeo dos seus pares complementando-os Agrave medida que o projecto

avanccedila haacute que verificar e validar as acccedilotildees realizadas e identificar eventuais desvios agrave

sua concretizaccedilatildeo As auditorias que controlam e promovem as melhorias e observam a

sua prossecuccedilatildeo tecircm aqui um importante papel

Esta fase corresponde para noacutes ao diagnoacutestico das fraquezas

- Quais satildeo os obstaacuteculos que impedem a concretizaccedilatildeo dos projectos

Desconhecimento das funccedilotildees e acervo dos arquivos constrangimentos

financeiros causados por falta de autonomia financeira eventualmente agravada

com crises econoacutemicas carecircncia de nuacutemero de funcionaacuterios e com habilitaccedilotildees

adequadas falta de procedimentos internos satildeo alguns dos exemplos possiacuteveis

- O que fazemos mal Teraacute a ver com desconhecimento sobre quem satildeo os seus

verdadeiros utilizadores o nuacutemero de instrumentos de trabalho criados satildeo em

133

nuacutemero reduzido e natildeo correspondem agraves necessidades de quem os usufrui em

termos qualitativos

- Em que somos piores do que os nossos pares O atendimento o tempo de

resposta dada aos pedidos o horaacuterio ou a localizaccedilatildeo do Arquivo seratildeo questotildees

a ponderar

- O que ainda natildeo se fez para conquistar novos puacuteblicos-alvo Haacute que estudar o

meio envolvente para perceber o que estaacute a falhar na resposta das organizaccedilotildees

- Como transformar uma fraqueza numa oportunidade Apesar das fragilidades

demonstradas seraacute que eacute possiacutevel encontrar uma soluccedilatildeo viaacutevel Seratildeo questotildees

que poderatildeo ser resolvidas com uma equipa de trabalho coesa e competente e

com apresentaccedilatildeo de produtos novos ou mesmo uma reajustamento face agrave

procura

E tambeacutem ao diagnoacutestico das forccedilas

- Como estaacute organizado o serviccedilo(s) A implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho eacute uma mais-valia para perceber quais satildeo os objetivos fins da missatildeo

visatildeo e valores da instituiccedilatildeo que aplica as ferramentas de marketing

- O que fazemos bem Haacute que saber bem definir o composto de marketing para

os gestores e informaccedilatildeo se aperceberem quais satildeo as principais linhas

orientadoras dos seus serviccedilos

- Em que somos melhores que instituiccedilotildees nossas similares Esta questatildeo

significa mesmo o que temos para oferecer de diferente dos nossos

- Quem eacute o nosso cliente O estudo do meio ambiente eacute fulcral para uma vez

mais satisfazer os diferentes nichos internos e externos

Esta reflexatildeo que deve ser feita regularmente e obriga a uma constante

interacccedilatildeo entre os diferentes agentes coloca-nos perante a matriz SWOT que poderaacute

ser exemplificada como se demonstra a seguir (figura nordm 41)

134

Figura nordm 41

Matriz SWOT

Legenda (-) Interacccedilatildeo negativa potencia a Ameaccedila ou desperdiccedila a Oportunidade

(+) Interacccedilatildeo positiva combate a Ameaccedila ou aproveita a Oportunidade

Fonte Sofia Santos

PONTOS FRACOS PONTOS FORTES

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TE

AMEACcedilAS

FALTA DE

AUTONOMIA

ADMINISTRATIVA E

FINANCEIRA - -

CONJUNTURA

ECONOacuteMICA

DESFAVORAacuteVEL - - - - + + + + +

DESCONHECIMENTO

DAS ACTIVIDADES

PELOS CIDADAtildeOS - - + + + + +

CONCORREcircNCIA DE

ARQUIVOS

BIBLIOTECAS

CENTROS DE

DOCUMENTACcedilAtildeO E

ESPACcedilOS DE LAZER - - -

MAacute LOCALIZACcedilAtildeO

ACESSIBILIDADE DA

INSTITUICcedilAtildeO -

HORAacuteRIO

DESADEQUADO -

OPORTUNIDADES

AMBIENTE

EXTERNO

FAVORAacuteVEL Agrave

IMPLEMENTACcedilAtildeO

DE POLIacuteTICAS DE

QUALIDADE + + + IDENTIFICACcedilAtildeO DE

NOVOS CLIENTES

EXTERNOS E

FIDELIZACcedilAtildeO DE

UTILIZADORES

REAIS + + + + + + IMPLEMENTACcedilAtildeO DE

POLIacuteTICAS DE

MARKETING

IMPOSICcedilAtildeO DE

IMAGEM E DE

MARCA NO

MERCADO + + + + + + +

135

Da anaacutelise desta matriz concluiacutemos que

a) a falta de recursos financeiros o nuacutemero insuficiente de

colaboradores e a falta de autonomia administrativa e financeira

aumentam as fragilidades destas instituiccedilotildees Esta situaccedilatildeo agrava-se

em tempos em que a conjuntura econoacutemica seja desfavoraacutevel A

pressatildeo desta fraqueza sobre o planeamento anual de um arquivo

puacuteblico pode ser contornada com a oferta de produtos serviccedilos e

informaccedilotildees que lhes permita alcanccedilar o interesse de novos puacuteblicos

pela diversificaccedilatildeo da oferta Eacute o caso da divulgaccedilatildeo das

incorporaccedilotildees que os arquivos puacuteblicos fazem com alguma

regularidade atraveacutes de mostras documentais acompanhadas por

novos instrumentos de descriccedilatildeo documental da criaccedilatildeo de oficinas

pedagoacutegicas sobre temas existentes associados aos conteuacutedos

programaacuteticos escolares cativando esse puacuteblico antes de chegar agrave sua

formaccedilatildeo universitaacuteria Retiramos do que fica dito que de uma

ameaccedilafraqueza quando esta seja objecto de anaacutelise podem surgir e

geralmente surgem factores de melhoria nos serviccedilos

b) satildeo entendidos por concorrentes directos dos arquivos puacuteblicos os

organismos que tecircm como alvos os mesmos segmentos de mercado

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo museus e outros arquivos no

meio envolvente A vantagem competitiva entre estes que poderaacute ateacute

ser antes de complementaridade na formaccedilatildeo dos cidadatildeos seraacute uma

vez mais a oferta e a diferenciaccedilatildeo de produtos que satisfaccedilam a sua

procura a praccedila isto eacute localizaccedilatildeo acessibilidade e horaacuterio de

serviccedilos prestados preccedilo relacionado com o tempo de resposta dada

ao requerente promoccedilatildeo a forma como se daacute a conhecer as suas

funccedilotildees e acervo

c) a imposiccedilatildeo de marca e da imagem dos arquivos no mercado estaacute

entre outros factores na qualificaccedilatildeo profissional dos seus arquivistas

e na aposta na formaccedilatildeo contiacutenua (que muitas vezes natildeo eacute possiacutevel

devido agrave falta de recursos financeiros da instituiccedilatildeo ou agraves opccedilotildees da

sua gestatildeo) bom atendimento (sempre a pensar no cliente-indiviacuteduo)

da resposta raacutepida e da oferta de uma boa colecccedilatildeo de referecircncia e

bons fundos documentais (organizaccedilatildeo e facilidade de consulta) a

136

acessibilidade da documentaccedilatildeo facilitada pelos manuais de

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada instrumentos descritivos roteiros

topograacuteficos e um site institucional sempre actualizado satildeo factores

que demarcam este tipo de serviccedilos

e) perante as ameaccedilasfraquezas e oportunidadesforccedilas enunciadas o

caminho a seguir passa pelo desenvolvimento de um serviccedilo eficiente e

eficaz em que se aplicam poliacuteticas de marketing e implementaccedilatildeo do

sistema de qualidade que origina a uniformizaccedilatildeo de procedimentos

internos e interdependecircncia maior entre os diversos departamentos sendo

direccionados para os clientes internos e clientes externos de forma a

atingir um serviccedilo que se distinga pela excelecircncia

A terceira etapa do processo de planificaccedilatildeo de um arquivo passa pela

definiccedilatildeo da sua missatildeo ndash que consiste em identificar o porquecirc e o para quecirc da sua

existecircncia da sua visatildeo ndash que identifica a forma como a organizaccedilatildeo pretende cumprir a

missatildeo estabelecida traduzindo aquilo que ela pretende ser no futuro e dos seus valores

- satildeo crenccedilas enraizadas que influenciam as atitudes as acccedilotildees dos elementos que a

compotildeem Poderiacuteamos afirmar que as questotildees poderiam ser estas 1 Que lugar os

Arquivos Puacuteblicos ocupam no meio envolvente (ambiente interno e ambiente externo

(micro e macro ambiente) 2 Como estes espaccedilos podem posicionar-se como

elementos integrantes do quotidiano do ser humano 3 Que imagem papel poderatildeo os

Arquivos Puacuteblicos ter como parceiro social e cultural na sociedade 4 Que importacircncia

tecircm na preservaccedilatildeo do patrimoacutenio documental 5 Qual o papel que esta unidade de

informaccedilatildeo tem na formaccedilatildeo de cidadatildeos activos e participantes e na influecircncia no

comportamento humano308

Generalizando optamos por demonstrar o que se passa em outros arquivos

nacionais regionais e municipais noutros paiacuteses Canadaacute Espanha EUA Estoacutenia

Finlacircndia e Portugal (figura nordm 42)

308

Adaptado de KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p113

137

Missatildeo visatildeo e valores

Canadaacute NATIONAL ARCHIVES OF CANADA

Missatildeo To preserve the collective memory of the nation and the government of Canada

and to contribute to the protection of rights and the enhancement of a sense of

national identity

by acquiring conserving and facilitating access to private and public

records of national significance and serving as the permanent repository

of records of federal government institutions and ministerial records

by facilitating the management of records of federal government

institutions and ministerial records

and encouraging archival activities and the archival community

Fonte httpwwwcollectionscanadaca

Espanha ARCHIVO HISTOacuteRICO NACIONAL

Missatildeo

Sus funciones son conservar y proteger el patrimonio histoacuterico documental que

ya custodia y el que deberiacutea seguir llegando (puesto que es un archivo abierto)

describir los contenidos informativos de los documentos y hacer accesible tanto

al investigador como al ciudadano los fondos documentales asiacute como potenciar

la difusioacuten cultural de los mismos El Archivo Histoacuterico Nacional es la institucioacuten

que conserva y custodia la documentacioacuten producida y recibida por los

organismos que conforman el aparato administrativo del Estado espantildeol desde la

Edad Moderna asiacute como otros fondos documentales de instituciones puacuteblicas y

privadas desde la Edad Media

Fonte httpwwwmcuesarchivosMCAHNPresentacionhtml

EUA US NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION

Visatildeo

As the nationrsquos record keeper it is our vision that all Americans will understand

the vital role records play in a democracy and their own personal stake in the

National Archives Our holdings and diverse programs will be available to more

people than ever before through modern technology and dynamic partnerships

The stories of our nation and our people are told in the records and artifacts

cared for in NARA facilities around the country We want all Americans to be

inspired to explore the records of their country

Missatildeo

The National Archives and Records Administration serves American democracy

by safeguarding and preserving the records of our Government ensuring that the

people can discover use and learn from this documentary heritage We ensure

continuing access to the essential documentation of the rights of American citizens

and the actions of their government We support democracy promote civic

education and facilitate historical understanding of our national experience

Fonte httpwwwarchivesgov

Estoacutenia RAHVUSARHIIV (Arquivos Nacionais da Estoacutenia)

Missatildeo

The National Archives of Estonia collects and preserves Estonias historical

cultural state and societal archival documentation irrespective of time place and

nature of the creation of the informational units

The National Archives of Estonia consolidates persistence of economic political

138

and social rights information in an established capacity and time required by law

The Archives allows clients to use fonds and information for legal socio-political

cultural educational and scientific research both at local services level for

traditional researchers and readers and virtual services level with the help of new

information technologies The personnel of the Archives are guided in their work

by common values as well as archivist and professional ethics to serve clients in

best tradition

Fonte httpwwwraee

Finlacircndia ARKISTOLAITOS ARKKIVERKET (Serviccedilo Nacional de Arquivos da

Finlacircndia)

Visatildeo

The National Archives Service is the most important expert organisation in

Finland on records management in public sector long-term and permanent

preservation of documents and documentary cultural heritage and a nationally

significant information service institution whose expertise is internationally

esteemed

Missatildeo

The mission of the National Archives Service is to ensure the preservation and

availability of records belonging to the national cultural heritage to promote

research and to guide develop and research records and archives management

The National Archives Service has the right to normative action and it directs

archiving operations so that records creators can following good information

management practices handle the information services related to the documents

define their preservation value and dispose of unnecessary material The National

Archives Service supports the operations of public records creators and the right

of private individuals and communities to access public documents Operations

take into consideration the availability of documents as well as the due process of

law and the privacy of private individuals and communities

The key users of the National Archives Service are the public administration

researchers the media citizens requiring information for public or private

purposes and those interested in personal and local history

The National Archives are also the national heraldry agency where the expert

organ of the Heraldic Board works

Valores

Values form the basis of the National Archives Service operation and guide its

relationship to customers stakeholders and co-workers The values are based on

internationally accepted general human values and professional and ethical

principles in the archival field and scientific community

The core values of the National Archives Service are

1) Transparency and confidentiality

2) Equality

3) Independence

Transparency and confidentiality

Finnish and Nordic governance is based on the transparency of administration

and the openness of government activities In accordance with the principles of

good information management governance the National Archives Service

promotes the implementation of the openness principle as well as the

transparency of administration both in the guidance and training of records

management and in the use of the holdings of the National Archives Service

Improving the usability of archives and documents as well as efficient customer

service is an integral part of operational transparency

139

Legislation protecting the privacy of citizens is part of good information

management practice In using the archives rules agreed with the donor and

restrictions based on legislation are followed

Ensuring privacy and strict adherence to the conditions of donated private

archives creates a basis for trust in the National Archives Service and this in turn

ensures that private collections central to Finnish history society and culture can

be acquired in future

Equality

Material in different archives and repositories forms the basis of the image that

research creates of Finnish history culture and society in different eras

The National Archives Services acquisition policy ensures that in addition to

government and official archives the researchers have balanced adequate and

conclusive material from different sectors of society at their disposal

The National Archives Service serves all users equally Good customer service

and the publication of key materials over the Internet improve equal access to the

materials independent of time and place

Independence

The archive materials are part of Finnish and world cultural heritage In

collecting using and preserving this material the National Archives Services

main responsibility lies with future generations The professional activities of the

National Archives Service staff just be independent of any political religious

economic or other aims that might endanger confidence in the equality and

independence of the National Archives Service

The National Archives Service follows the Code of Ethics for archivists adopted by

the International Council on Archives as well as guidelines for best scientific

practices and handling of any infringements on these practices established by the

National Advisory Board on Research

Fonte httpwwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

Portugal Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

Missatildeo

A Administraccedilatildeo Puacuteblica produz e manteacutem documentos capazes de

fornecer prova adequada e suficiente das suas actividades provendo

responsabilidade organizacional e memoacuteria

Os documentos com valor arquiviacutestico satildeo identificados e preservados

enquanto fundamento da memoacuteria individual e colectiva factor de

identidade nacional e fonte de investigaccedilatildeo cientiacutefica

O acesso aos arquivos eacute garantido sem discriminaccedilotildees considerado requisito

para o exerciacutecio de uma cidadania responsaacutevel e factor de desenvolvimento da

democracia

Fonte httpwwwianttpt

BIBLIOTECA PUacuteBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA PONTA

DELGADA

Missatildeo

A missatildeo institucional da BPARPD eacute a de contribuir para o desenvolvimento do

niacutevel sociocultural da populaccedilatildeo de modo a que estes acompanhem as raacutepidas

mutaccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais impostas pela Sociedade do

Conhecimento e desenvolvam competecircncias individuais que contribuam para uma

maior autonomia e a participaccedilatildeo social Para tal a BPARPD disponibiliza um

conjunto apropriado e diversificado de serviccedilos e de actividades na aacuterea da

educaccedilatildeo da informaccedilatildeo da cultura e do lazer

140

Visatildeo

O futuro olharaacute para noacutes como uma autecircntica Comunidade participativa para a

construccedilatildeo democraacutetica

O serviccedilo de cidadania teraacute sempre presente as missotildees-chave da BPARPD

relacionadas com a informaccedilatildeo a alfabetizaccedilatildeo a educaccedilatildeo e a cultura

A nossa prestaccedilatildeo seraacute reconhecida pela Comunidade como um serviccedilo

personalizado dinacircmico criativo e como agente essencial para a promoccedilatildeo da

paz do bem-estar espiritual e do desenvolvimento e em permanente adaptaccedilatildeo agraves

necessidades dos utilizadoresclientes

Seremos reconhecidos pela nossa atitude proacute-activa de corresponsabilidade

eficiecircncia e eficaacutecia servindo como porta de acesso local ao conhecimento

A implementaccedilatildeo das relaccedilotildees interpessoais em contexto laboral seraacute a expressatildeo

de uma cultura transparente positiva e de respeito pela iniciativa individual

fomentando a auto-estima e empatia

Fonte httpwwwbparpdpt

ARQUIVO MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS

Missatildeo

A principal Missatildeo do Arquivo Municipal eacute prestar serviccedilos de gestatildeo

documental organizando os diversos fundos documentais e fornecendo a

documentaccedilatildeoinformaccedilatildeo aos clientes internos e externos da Cacircmara Municipal

de Torres Vedras

Visatildeo

A Visatildeo do Arquivo Municipal de Torres Vedras eacute implementar as melhores

praacuteticas de gestatildeo documental integrada num esforccedilo de melhoria contiacutenua

orientadas para o cliente com objectivos de eficaacutecia e eficiecircncia com vista agrave

satisfaccedilatildeo de todas as suas expectativas de qualidade

Valores

Eacutetica

Seguranccedila

Profissionalismo e Responsabilidade

Qualidade

Cooperaccedilatildeo Muacutetua

Inovaccedilatildeo

Fonte httpwwwarquivodetorresvedrasnet

Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 42

Fonte Sofia Santos

141

Estamos por isso perante a aplicaccedilatildeo do marketing mix cuja definiccedilatildeo e formas

de execuccedilatildeo estatildeo amplamente descritas e exemplificadas no Capiacutetulo 4 Marketing nos

Arquivos Puacuteblicos

Face ao supracitado os colaboradores devem anaacutelisar os produtos e os serviccedilos

disponibilizados indicando o que deve permanecer ser alterado eou eliminado novas

produccedilotildees novos segmentos e formas de imposiccedilatildeo no mercado309

Estamos na fase da

implementaccedilatildeo do desenho organizativo e desenho dos sistemas onde satildeo analisados os

sistemas de monitorizaccedilatildeo e de mediccedilatildeo aplicados por cada arquivo a cada serviccedilo e a

cada actividade Baseados na nossa experiecircncia a anaacutelise e consulta de inqueacuteritos de

satisfaccedilatildeo elogios caixa de sugestotildees livro de reclamaccedilotildees livros de honra trabalhos

efectuados pelos participantes nas actividades educativas etc cujas informaccedilotildees

constituem indicadores sobre os serviccedilos e produtos a melhorar desenvolver ou

implementar

Tambeacutem o controlo da execuccedilatildeo dos indicadores de desempenho definidos para

cada objectivo eacute fundamental para identificar a falta de cumprimento da execuccedilatildeo das

acccedilotildees planeadas conforme o estabelecido na matriz dos objectivos Assim se por

exemplo a equipa designada natildeo concluir a descriccedilatildeo de um determinado fundo numa

data prevista haacute que saber identificar o porquecirc deste desvio e as correcccedilotildees a efectuar

E da mesma forma em situaccedilotildees idecircnticas

Podemos deste modo afirmar que a concepccedilatildeo implementaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de

um organismo produto ou serviccedilo exige planificaccedilatildeo para atingir as metas a que se

propotildee Metas que dependem do motivo para que foi criado Mas o objetivo final eacute soacute

um satisfazer o cliente-indiviacuteduo com qualidade excelecircncia

45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo

Apoacutes a descriccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos nos Arquivos

Puacuteblicos constatamos que existe uma nova ramificaccedilatildeo no marketing o marketing

arquiviacutestico

Como o proacuteprio nome indica este conceito aplica-se no dia-a-dia da arquiviacutestica

a partir do momento em que se estabelece a missatildeo visatildeo e valores do Arquivo Uma

vez definido eacute possiacutevel criar um plano de actividades acompanhado de tabelas de

309

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p 122

142

controlo de execuccedilatildeo de cada serviccedilo para que as demandas e necessidades do cliente

interno e externo sejam satisfeitas de forma eficiente e eficaz Temos partir da ideia de

quando se procede a reuniotildees de trabalho perioacutedicas se desenvolve e consolidam

praacuteticas de avaliaccedilatildeo se identificam as necessidades de formaccedilatildeo se promovem e

desenvolvem competecircncias e satildeo equacionados os recursos materiais os funcionaacuterios

sentem-se motivados no seu desempenho profissional a niacutevel quantitativo e qualitativo

A partir daqui estatildeo criadasgarantidas as condiccedilotildees necessaacuterias para abertura dos

arquivos ao exterior Como Disponibilizando toda uma gama de serviccedilos de produtos

e de informaccedilotildees de forma a conquistar fidelizar e melhorar o relacionamento com os

utilizadores razatildeo da sua existecircncia Exemplo disso eacute o atendimento personalizado uma

boa colecccedilatildeo de referecircncia instrumentos descritivos actividades pedagoacutegicas e

culturais e um site institucional permanentemente actualizado Para satisfazer ainda

mais as expectativas tangiacuteveis e intangiacuteveis do cliente-indiviacuteduo natildeo haacute nada melhor

que a aplicaccedilatildeo e anaacutelise de inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo Outra forma de avaliaccedilatildeo das suas

expectativas seraacute a caixa de sugestotildees o livro de reclamaccedilotildees e a recolha de elogios

que chegam atraveacutes do site e-mail fax e ofiacutecios As criacuteticas construtivas devem ser

tambeacutem tidas em conta mas o marketing soacute existe se derem uma resposta a estas

sugestotildees

Como se pode verificar as teacutecnicas empresariais existem sempre ainda que de

forma subtil pois um cliente satisfeito volta sempre e por sua vez recomenda-o a

algueacutem

Os conceitos de marketing tambeacutem satildeo aplicados na apresentaccedilatildeo de qualquer

acccedilatildeoactividadepublicaccedilatildeo quando haacute cuidado na concepccedilatildeo graacutefica e na forma como

se transmite a informaccedilatildeo atraveacutes dos diferentes canais de comunicaccedilatildeo Ou seja a

linguagem utilizada deve estar na mesma sintonia que a fonte e ser perceptiacutevel pelo

grupo-alvo de forma que as mensagens sejam descodificadas interpretadas e absorvidas

por esse mercado Estamos perante a visibilidade posicionamento dos seus produtos

serviccedilos cuja difusatildeo passa pelo composto praccedila preccedilo e promoccedilatildeo de forma a se

destacarem e se diferenciarem no mercado para impor a sua marca Daiacute termos de

recorrer ao e-marketing ou webmarketing para comunicar o site ao marketing editorial

no cuidado graacutefico nas ediccedilotildees arquiviacutesticas e ao marketing cultural como soluccedilatildeo para

angariar patrociacutenio para aquisiccedilatildeo de novos fundos colecccedilotildees de referecircncia novas

publicaccedilotildees exposiccedilotildees actividades pedagoacutegicas acccedilotildees de formaccedilatildeo e organizaccedilatildeo de

eventos com caraacutecter cientiacutefico e cultural

143

Da junccedilatildeo destas ideias podemos concluir que o marketing arquiviacutestico resulta

de uma mescla mercadoloacutegica compreendendo o marketing interno designado de

endomarketing e marketing interno o e-marketing marketing editorial e marketing

cultural

144

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO

CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) presta na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira

(RAM) vaacuterios serviccedilos dos quais vamos estudar apenas a aplicaccedilatildeo da ferramenta de

marketing no Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural criado em 2005 entre esta data e o

ano 2008

O historial do ARM e dos seus fundos documentais e a descriccedilatildeo dos serviccedilos

existentes seratildeo o ponto de partida desta nossa abordagem A nossa atenccedilatildeo tambeacutem se

debruccedilaraacute sobre a importacircncia e as adversidades da implementaccedilatildeo do Sistema de

Gestatildeo da Qualidade Satildeo estes os aspectos que nos ocuparatildeo no desenvolvimento deste

capiacutetulo

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira

A contextualizaccedilatildeo desta instituiccedilatildeo passa por referenciar os grandes momentos da

sua histoacuteria e tambeacutem por referir as suas funccedilotildees e acervo Temos portanto de recuar a

1931 o momento da sua criaccedilatildeo No contexto de uma ampla reforma do sistema

arquiviacutestico portuguecircs o Arquivo Distrital do Funchal foi criado pelo decreto nordm 19952

de 27 de Junho de 1931 com rectificaccedilatildeo publicada em 30 de Julho sendo as suas

principais funccedilotildees recolher instalar inventariar e facultar agrave consulta dos estudiosos os

nuacutecleos documentais dispersos no respectivo distrito Posteriormente o decreto nordm

20690 de 30 de Dezembro de 1931 estabeleceu as condiccedilotildees para o funcionamento do

arquivo passando a administraccedilatildeo financeira para a Junta Geral do Distrito do Funchal

Tecnicamente dependia da Inspecccedilatildeo Geral das Bibliotecas e Arquivos integrada na

Direcccedilatildeo Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes do Ministeacuterio da Instruccedilatildeo

Puacuteblica Em Janeiro de 1932 o Arquivo Distrital foi instalado em dependecircncias do

Palaacutecio da Encarnaccedilatildeo No ano seguinte passou para o Palaacutecio de Satildeo Pedro em pleno

centro histoacuterico do Funchal Aiacute permaneceu durante mais de setenta anos ateacute agrave

inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio integrado no Madeira Tecnopoacutelo espaccedilo de urbanizaccedilatildeo

da cidade do Funchal onde satildeo promovidas a investigaccedilatildeo cientiacutefica tecnoloacutegica e

desportiva ainda em expansatildeo

145

Figura nordm 44

Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Na deacutecada de 80 e de 90 do seacuteculo XX este organismo entra numa nova fase

Primeiro com a publicaccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 28780 de 16 de Agosto o Arquivo

Distrital passa a ser designado de Arquivo Regional da Madeira e fica sob a tutela da

Secretaria Regional do Turismo e Cultura no acircmbito da Direcccedilatildeo Regional dos

Assuntos Culturais Depois na sequecircncia da publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo

Regional nordm 998 de 22 de Maio passa a ser o oacutergatildeo de gestatildeo da poliacutetica arquiviacutestica

regional do Arquivo Histoacuterico Puacuteblico e da Administraccedilatildeo Regional da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)310

Tem como principais funccedilotildees recolher tratar

conservar avaliar e difundir o seu acervo que documenta a Histoacuteria do arquipeacutelago da

Madeira desde o iniacutecio do povoamento ateacute ao seacuteculo XX

Segundo o artigo 25ordm do Decreto Regulamentar Regional nordm 22005M de 10 de

Fevereiro de 2005 eacute obrigatoriamente incorporada nos seus depoacutesitos a documentaccedilatildeo

dos serviccedilos do Governo Regional e das autarquias locais da RAM Recebe ainda

documentos com valor histoacuterico das conservatoacuterias do registo civil e paroacutequias das

conservatoacuterias dos registos e do notariado dos tribunais serviccedilos estatais cessantes ou

qualquer outra documentaccedilatildeo cuja incorporaccedilatildeo seja prescrita por disposiccedilatildeo legal

Na sequecircncia do laquoRelatoacuterio aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeiraraquo311

e de uma poliacutetica de abertura e valorizaccedilatildeo do Arquivo Regional

concretizou-se em 17 de Setembro de 2004 a inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio

310

Decreto Legislativo Regional nordm 9 98 de 22 de Maio 311

Em 1999 publicou-se o laquoRelatoacuterio do Inqueacuterito aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira (199697)raquo que teve como principal objectivo conhecer a realidade dos fundos documentais

arquivados nos serviccedilos da Administraccedilatildeo Regional Autoacutenoma Analisados os resultados as conclusotildees

foram as seguintes a falta de espaccedilo que impedia a boa organizaccedilatildeo e preservaccedilatildeo dos documentos

justificava a centralizaccedilatildeo da documentaccedilatildeo de conservaccedilatildeo permanente no Arquivo Regional da

Madeira A situaccedilatildeo revelada nessa anaacutelise tornava urgente a construccedilatildeo de um novo edifiacutecio para o

ARM O recrutamento e formaccedilatildeo de pessoal especializado a elaboraccedilatildeo de portarias de gestatildeo de

146

Figura nordm 45

Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

A preparaccedilatildeo para a mudanccedila de instalaccedilotildees implicou o desenvolvimento de

vaacuterios projectos designadamente laquoa higienizaccedilatildeo acondicionamento tratamento e

informatizaccedilatildeo dos fundos documentais por tratar e daqueles cuja assiduidade de

consulta estado de conservaccedilatildeo e previsatildeo de futuras incorporaccedilotildees inspiravam maiores

cuidados como os arquivos paroquiais judiciais e notariaisraquo312

Apoiado num reforccedilo e

formaccedilatildeo de novos teacutecnicos iniciou-se o levantamento organizaccedilatildeo e inventariaccedilatildeo dos

documentos da Junta Geral do Distrito do Funchal ainda na posse de diversos serviccedilos

do Governo Regional Em 2005 comeccedilou a transferecircncia do acervo um trabalho que

durou cerca de um ano e meio

Na opiniatildeo da actual directora Faacutetima Barros o edifiacutecio laquomarca o iniacutecio de uma

nova era para o Arquivo Regional e para a qualidade dos Arquivos da Regiatildeo

permitindo finalmente proceder agrave incorporaccedilatildeo da volumosa documentaccedilatildeo que haacute

muito deveria estar sob a sua custoacutediaraquo313

Em 2008 foi obtido o Projecto de Certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade

do ARM de acordo com a norma NP EN ISO 90012000314

documentos o aperfeiccediloamento das praacuteticas de gestatildeo dos arquivos administrativos o levantamento sobre

a situaccedilatildeo dos arquivos privados na Regiatildeo e a valorizaccedilatildeo do papel do ARM foram outros toacutepicos de

reflexatildeo sugeridos pelos autores do inqueacuterito Instrumentos descritivos Relatoacuterio do inqueacuterito aos

arquivos puacuteblicos na RAM Boletim nordm XXII Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral

dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 1999 Depoacutesito Legal 115025-

97449487 ISSN 0873-9048 p 451-505 312

Ediccedilatildeo comemorativa da inauguraccedilatildeo do edifiacutecio Arquivo Regional da Madeira Biblioteca Puacuteblica

Regional Secretaria Regional de Turismo e Cultura DRAC Funchal 2004ISBN 972-648-152-Xp 16

313Idem p 17 314

Actualmente o ARM rege-se pela NP EN ISO 90012008

147

511 Principais fundos

Figura nordm 46

Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Dos organismos e instituiccedilotildees representadas no acervo do Arquivo Regional da

Madeira destacam-se os arquivos das cacircmaras municipais designadamente a seacuterie de

vereaccedilotildees do fundo da Cacircmara Municipal do Funchal datadas entre 1470 e 1975 as

mais antigas do espaccedilo atlacircntico Estatildeo tambeacutem agrave guarda do ARM os fundos dos

Capitatildees-Gerais e do Governo Civil da Alfacircndega do Funchal da Junta Geral do

Distrito do Funchal do Juiacutezo dos Resiacuteduos e Provedoria das Capelas e a Santa Casa da

Misericoacuterdia do Funchal Porto Santo e Machico Os Arquivos Judiciais Notariais e

Paroquiais (que incluem registos de baptismos casamentos e oacutebitos entre 1538-1911)

Arquivos de Famiacutelia e Pessoais Colecccedilotildees de Legislaccedilatildeo e de Jornais (onde se inclui o

Patriota Funchalense primeiro perioacutedico publicado na Madeira) A Biblioteca Nuno

Porto O ARM incorpora ainda Colecccedilotildees de Postais e Fotografias contendo imagens

do patrimoacutenio urbano e artiacutestico dos seacuteculos XIX e XX

148

Deste acervo poderiam ainda fazer parte os fundos documentais transferidos para

Lisboa para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo por imposiccedilatildeo de um decreto de 2

de Outubro de 1862 e posterior portaria do Reino datada de 9 de Junho de 1886 de que

constam a Provedoria e Junta da Real Fazenda a Alfacircndega do Funchal o Cabido da

Seacute e o Convento de Nossa Senhora da Encarnaccedilatildeo A Direcccedilatildeo ndash Geral d Arquivos

guarda tambeacutem os documentos do Convento de Santa Clara onde se inclui um diploma

de 1447 o mais antigo produzido na Madeira

512 Outros Serviccedilos do ARM

Apesar de em 2009 terem sido criadas as divisotildees de serviccedilos do Arquivo

Regional315

como a Divisatildeo de Leitura e Certidotildees Divisatildeo de Serviccedilos Educativos

Formaccedilatildeo e Extensatildeo Cultural Divisatildeo de Apoio Teacutecnico e Administraccedilatildeo Geral e

Divisatildeo de Biblioteconomia vamos agora descrever como se encontram na praacutetica

divididos os serviccedilos no ARM

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos

Figura nordm 47

Locais de serviccedilo externo do ARM

As Funccedilotildees que lhes estatildeo atribuiacutedas incluem

1 elaboraccedilatildeo e aprovaccedilatildeo de Relatoacuterios de Avaliaccedilatildeo de Documentaccedilatildeo

Acumulada

2 elaboraccedilatildeo aprovaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de Portarias de Gestatildeo de

Documentos

315

Despacho nordm 352009 de 08 de Junho de 2009

149

3 emissatildeo de pareceres acerca da eliminaccedilatildeo de documentos que natildeo

tenham sido abrangidos por nenhum dos supracitados processos de

avaliaccedilatildeoselecccedilatildeo de documentos

4 elaboraccedilatildeo reformulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de planos de classificaccedilatildeo e

manuais de arquivo ndash optimizando recursos e modernizando a praacutetica

administrativa

5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental

Principais competecircncias

1 descriccedilatildeo documental e organizaccedilatildeo documental de arquivos

2 classificaccedilatildeo documental

3 elaboraccedilatildeo de instrumentos descritivos guia inventaacuterios cataacutelogos e

registos

4 incorporaccedilotildees de documentos e gestatildeo de depoacutesitos

5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees

Figura nordm 48

Aspectos da Sala de Leitura do ARM

150

Funccedilotildees que lhes competem

1 emissatildeo de certidotildees

2 serviccedilo de leitura

3 serviccedilos de referecircncia

4 transcriccedilotildees paleograacuteficas

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro

Figura nordm 49

Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Principais competecircncias

1 assegurar a preservaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos documentos agrave sua guarda e

disponibilizar mais e melhor informaccedilatildeo aos seus utilizadores atraveacutes do

controlo das condiccedilotildees ambientais e reproduccedilatildeo - microfilmagem ou

digitalizaccedilatildeo

2 promover a salvaguarda e acessibilidade da heranccedila cultural legada ao ARM

3 prestar consultoria ao niacutevel de condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo de

documentos de transferecircncia ou substituiccedilatildeo de suportes

151

5124 Serviccedilo de Biblioteconomia

Principais competecircncias

1gestatildeo de espeacutecies bibliograacuteficas

2 organizaccedilatildeo e tratamento de espeacutecies bibliograacuteficas

5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica

Principais competecircncias

1 apoio logiacutestico informaacutetico manutenccedilatildeo do site e da Intranet

5125 Outros Serviccedilos

1 Secretariado

2 Serviccedilos Administrativos e de Manutenccedilatildeo

Figura nordm 50

Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM

Em Janeiro de 2008 o Arquivo Regional da Madeira tornou-se a primeira

identidade do geacutenero em Portugal a obter a certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da

Qualidade de acordo com a norma Norma Portuguesa EN ISO 90012000 Na altura as

trecircs grandes linhas orientadoras da sua Poliacutetica de Qualidade foram

152

1 laquoAssegurar a salvaguarda valorizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos documentos

arquiviacutesticos e bibliograacuteficos na perspectiva dos interesses e das necessidades dos

Cidadatildeos e no cumprimento dos requisitos legais aplicaacuteveis agraves actividades da

Organizaccedilatildeo

2 Afirmar o Arquivo Regional da Madeira como instituiccedilatildeo de referecircncia na

gestatildeo e organizaccedilatildeo de arquivos assegurando para tal a manutenccedilatildeo de elevadas

competecircncias dos colaboradores atraveacutes da formaccedilatildeo da partilha de experiecircncias

e soluccedilotildees do trabalho em grupo e da comunicaccedilatildeo

3 Assegurar a melhoria contiacutenua do desempenho dos processos de prestaccedilatildeo de

serviccedilo do Arquivo Regional da Madeira atraveacutes da utilizaccedilatildeo dos Indicadores de

Desempenho e da sua conjugaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de acccedilotildees correctivas e

preventivas adequadasraquo316

Para compreensatildeo das etapas da sua implementaccedilatildeo dificuldades e vantagens e

para que possa seguir de modelo para outros organismos optaacutemos por entrevistar a

pessoa que orientou este projecto a Drordf Faacutetima Barros317

Sofia Santos (SS) O que significa para si a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo ao ARM

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

316

Missatildeo Visatildeo e Poliacutetica da Qualidade - Manual da qualidade do Arquivo Regional da Madeira ARM

Funchal 2007p8 317

Veja-se a integridade da entrevista no anexo 8

153

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM) e o oacutergatildeo de gestatildeo dos arquivos da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

SS Quais satildeo as vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no

ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute no ano passado entraram cerca de 4 km de documentaccedilatildeo E por outro

lado os nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Quais satildeo os objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

da qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos colaboradores nos objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tambeacutem objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

154

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novos

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a sua melhoria apresentando

sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema implica

avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

1 Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o

ldquoEQA ndash European Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European

Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash Common Assessment

Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia-a-dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o quotidiano da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo

155

do SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nuacutemero de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem Sugestotildees de Melhoria Porque

incentivamos os leitores a fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos

um maior cuidado na apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A

partir dos dados recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo

estatiacutesticos) reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre

recebidos via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

156

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo

Comunicar e valorizar o patrimoacutenio arquiviacutestico da Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira foram desde sempre objectivos primordiais do Arquivo Regional da Madeira

Segundo aliacutenea s) do Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M eacute da sua

competecircncia

laquoPromover e participar em acccedilotildees de acircmbito cultural ou cientiacutefico

de forma a divulgar o seu acervo documental especialmente

ediccedilotildees exposiccedilotildees visitas de estudo serviccedilos educativos e

outrosraquo318

Promover significa319

a) criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do Arquivo Regional e

reconhecimento dos seus profissionais

b) desenvolver um conjunto de acccedilotildees informativas e formativas ndash como

exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas

ndash que valorizem e divulguem o espoacutelio documental que testemunha a

memoacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira ao longo de mais de cinco

seacuteculos de Histoacuteria

c) contribuir para uma mais soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto

cidadatildeos participantes

d) ter a capacidade de incentivar haacutebitos de pesquisa e de cativar novos

puacuteblicos outros tipos de puacuteblicos natildeo habituados aos nossos serviccedilos

Neste acircmbito e ainda aliada agraves modernas e adequadas condiccedilotildees proporcionadas

pelo novo edifiacutecio320

foi implementado em 2005 um novo serviccedilo no Arquivo Regional

da Madeira o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural (SEEC)

318

Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M aliacutenea p 3828 319

Este ponto foi baseado no artigo de SANTOS Sofia ndash O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da

Madeira In Jornadas Serviccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecas Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel p1

157

A sua criaccedilatildeo de facto proveacutem do iniacutecio de 2004321

com a delineaccedilatildeo da

estrateacutegia de trabalho com o apoio e colaboraccedilatildeo de Faacutetima Barros (directora de

serviccedilos do ARM) e de Sofia Santos (responsaacutevel por este serviccedilo) Primeiro procedeu-

se agrave pesquisa e estudo de literatura relacionada com a educaccedilatildeo e extensatildeo cultural em

instituiccedilotildees culturais sobretudo experiecircncias em museus do Continente322

depois numa

segunda fase apostou-se na visita a diversos arquivos municipais e distritais museus e

bibliotecas e em formaccedilatildeo na aacuterea

De seguida as questotildees que se colocaram foram Como comeccedilar Que

mercado-alvo a trabalhar Que actividades criar Um aspecto esteve sempre presente

laquoo novo serviccedilo do ARM tinha de ser cuidadosamente pensado e estruturado com um

crescimento proporcional aos recursos e agrave procura suscitada de forma a destacar-se a

niacutevel regional e ateacute nacionalraquo323

Ainda sem a plena consciecircncia da segmentaccedilatildeo de mercado e da matriz SWOT

comeccedilaacutemos pela realizaccedilatildeo de um levantamento no ambiente envolvente do ARM

Neste estudo verificamos que no Arquipeacutelago da Madeira aleacutem do Arquivo Regional

soacute existem arquivos municipais que natildeo desenvolvem quaisquer actividades de

dinamizaccedilatildeo cultural Tambeacutem na altura do estudo das boas praacuteticas dos serviccedilos

educativos dos museus e bibliotecas regionais324

verificaacutemos que os seus principais

puacuteblicos estavam restritos ao ensino preacute-escolar ensino baacutesico segundo e terceiro ciclo

Havia uma lacuna geral ndash os alunos do secundaacuterio e das universidades ndash estavam

completamente esquecidos A partir da identificaccedilatildeo desta realidade ficou estabelecido

que o nosso puacuteblico seria mesmo esse Quanto aos discentes universitaacuterios e tendo em

consideraccedilatildeo que os cursos das Ciecircncias Sociais possuem poucos estudantes na

Universidade da Madeira (UMa) e a fim de contribuir para um aumento do nuacutemero de

interessados nesta aacuterea havia que apostar em forccedila na divulgaccedilatildeo do acervo e funccedilotildees

do ARM entre estes grupos

320

Para o SEEC foram destinados gabinetes de trabalho um ateliecirc de serviccedilo educativo De utilizaccedilatildeo

pontual foi igualmente cedida a sala de formaccedilatildeo (que actualmente jaacute natildeo existe) e o auditoacuterio 321

Em 1997 o ARM jaacute tinha dado iniacutecio a um conjunto de iniciativas junto da comunidade escolar mas a

o insuficiente nuacutemero de teacutecnicos as inadequadas instalaccedilotildees bem como a prioridade dada a outros

serviccedilos inviabilizou este projecto ateacute ao ano de 2005 322

Em Portugal Continental foram efectuadas visitas aos serviccedilos da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Biblioteca Nacional de Portugal Museu de Serralves Arquivo Municipal de Penafiel e do Porto Arquivo

Distrital de Viseu e do Porto 323

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

324 Na Madeira foram efectuadas visitas aos Serviccedilos Educativos do Museu Frederico de Freitas Museu

de Artes Sacra Nuacutecleo Museoloacutegico do Accediluacutecar entre outros Na altura deste estudo a Biblioteca Puacuteblica

Regional e a Biblioteca Municipal do Funchal natildeo desenvolviam actividades pedagoacutegicas

158

Mediante a anaacutelise efectuada e tendo em consideraccedilatildeo a missatildeo do Arquivo

ficou estabelecido que este serviccedilo seria constituiacutedo por um Teacutecnico Superior de

Arquivo (Sofia Santos) um licenciado em Belas-Artes com experiecircncia em serviccedilos

educativos de um museu (Marcela Costa) e duas colaboradoras (Nateacutercia Gouveia -

formada em Jornalismo e uma teacutecnica profissional de arquivo Regina Oliveira) Foi

tambeacutem destacado para este serviccedilo um designer graacutefico (Pedro Clode)325

Numa etapa

posterior foi criada uma linha graacutefica com cores apelativas e distintas dos restantes

produtos informativos do ARM Eacute o caso do logoacutetipo ndash o Aprendiz de Arquivo ndash cujo

processo de registo da patente teve iniacutecio em Marccedilo de 2005 finalizando em Maio do

mesmo ano sob o nuacutemero 391032 Este laquoaprendizraquo de leitura simples tem cores

apelativas e elementos identificativos caso do chapeacuteu do pergaminho e da pena como

instrumento de escrita simbolizando toda a comunidade que estaacute a aprender o que faz e

guarda esta Casa da Cultura Foi tambeacutem criado um desdobraacutevel e um marcador A sua

linha graacutefica tinha um objectivo mostrar agrave comunidade estudantil e populaccedilatildeo em geral

que existe um novo serviccedilo no Arquivo feito a pensar nos laquoAprendizes de Arquivoraquo

quebrando desta forma com a ideia que estes organismos estatildeo fechados sobre si

Figura nordm 51

Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

325 Em Setembro 2008 a equipa do SEEC foi alargada com a requisiccedilatildeo de dois docentes Dr

Constantino Teles licenciado em Educaccedilatildeo Fiacutesica e a Drordf Gabriela Queiroz licenciada em Histoacuteria via

ensino Em 2009 esses professores foram substituiacutedos por outros colegas Joatildeo Martins e Faacutetima Abreu

ambos licenciados em Histoacuteria

159

Figura nordm 52

Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53

Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Para a concretizaccedilatildeo das acccedilotildees educativas foram igualmente adquiridos

materiais proacuteprios tintas papeacuteis canetas marcadores pinceacuteis etc condiccedilotildees estas que

se garantiram nos orccedilamentos dos anos posteriores

Responder agrave questatildeo que produtosserviccedilos o ARM oferece atraveacutes do SEEC

foi algo que no iniacutecio se revelou difiacutecil Para isto delineou-se um plano de trabalhos ateacute

2008 e um manual de procedimentos Actualmente procede-se a planificaccedilotildees anuais

dos programas educativos e de extensatildeo cultural (ediccedilotildees alugueres de espaccedilos como

auditoacuterio sala de formaccedilatildeo e aacutetrio de entrada mostras exposiccedilotildees acccedilotildees de formaccedilatildeo

160

coloacutequios mesas redondas e workshop) de forma organizada e de acordo com os

trabalhos a decorrer no Arquivo

Um outro aspecto tambeacutem ficou aqui sedimentado a impossibilidade de isolar o

serviccedilo educativo da extensatildeo cultural e vice-versa pois como poderemos observar por

vezes as actividades complementam-se entre si

531 Actividades pedagoacutegicas e culturais

Desde o iniacutecio de SEEC do ARM ateacute 2008 foram vaacuterias as actividades

desenvolvidas326

e disponibilizadas agrave comunidade Todas e quaisquer etapas de

elaboraccedilatildeo das actividades satildeo sintetizadas de acordo com a laquoFicha de Concepccedilatildeo e

Planeamento das Actividades do Serviccedilo EducativoExtensatildeo Culturalraquo Eacute entatildeo

elaborada a especificaccedilatildeo e o planeamento da concepccedilatildeo e desenvolvimento do

produtoserviccedilo que identifica os objectivos a atingir os inputs e outputs da concepccedilatildeo

e desenvolvimento assim como os recursos necessaacuterios Serve igualmente para definir

as datas chave do processo de concepccedilatildeo e desenvolvimento (revisatildeo verificaccedilatildeo e

validaccedilatildeo) os responsaacuteveis pela sua realizaccedilatildeo bem como as acccedilotildees necessaacuterias agrave sua

prossecuccedilatildeo Para a concretizaccedilatildeo destes produtos toda a equipa do SEEC eacute envolvida

efectua-se uma revisatildeo perioacutedica dos instrumentos didaacutecticos e de intervenccedilatildeo com os

colaboradores e o Director podendo conduzir ou natildeo agrave alteraccedilatildeo do seu conteuacutedo Caso

o caraacutecter e a profundidade das alteraccedilotildees decorrentes da revisatildeo da concepccedilatildeo o

326

No laquoRelatoacuterio de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo de 2005 eacute enunciado o conjunto de a

caracteriacutestica a que as actividades educativas devem de obedecer

1 Todas as actividades devem ser antecedidas por uma apresentaccedilatildeo do Arquivo Regional da

Madeira um objectivo concretizado com a elaboraccedilatildeo de uma palestra introdutoacuteria

2 As actividades que impliquem a participaccedilatildeo e visita a aacutereas teacutecnicas do ARM deveratildeo ser em

nuacutemero reduzido de forma a natildeo interferir com o funcionamento dos serviccedilos

3 Pela mesma razatildeo as acccedilotildees de extensatildeo cultural organizadas em paralelo com exposiccedilotildees

deveratildeo decorrer sempre em espaccedilos puacuteblicos aacutetrio de entrada auditoacuterio e sala do Serviccedilo

Educativo

4 As visitas orientadas abertas agrave comunidade deveratildeo efectuar-se trimestralmente mediante

inscriccedilatildeo Esta intenccedilatildeo veio a ser cumprida com excepccedilatildeo de algumas solicitaccedilotildees de visitas

extraordinaacuterias destinadas por exemplo aos colegas arquivistas

5 Visitas teacutecnicas solicitadas por outras Instituiccedilotildees puacuteblicas ou privadas obrigam a um

agendamento preacutevio

7 O ARM estaacute aberto aos pedidos de acccedilotildees feitos pelas escolas no acircmbito dos respectivos

programas curriculares Contudo a resposta dependeraacute sempre da disponibilidade destes

serviccedilos

8 As actividades seratildeo preferencialmente dirigidas para os alunos a partir do 2ordm ciclo

9 No final de cada acccedilatildeo deveraacute sempre ser preenchido pelo responsaacutevel da turma um inqueacuterito

de satisfaccedilatildeo destinado agrave avaliaccedilatildeo da actividade SANTOS Sofia - Relatoacuterio do Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira Arquivo Regional da Madeira

ARM Funchal 2005p3-4

161

imponham o novo resultado da concepccedilatildeo eacute submetido a novo processo de revisatildeo ateacute agrave

sua aprovaccedilatildeo Depois de experimentadas em campo todas as actividades satildeo sujeitas a

um inqueacuterito de satisfaccedilatildeo tanto nas actividades educativas como de extensatildeo cultural

Posteriormente os resultados desse inqueacuterito satildeo tratados permitindo identificar os

aspectos mais positivos ou as suas fragilidades A equipa nomeada preenche igualmente

um relatoacuterio de actividade onde mostra o niacutevel de concretizaccedilatildeo dos objectivos as

dificuldades encontradas as alteraccedilotildees ao previsto No mesmo relatoacuterio daacute sugestotildees de

melhoria e avalia os trabalhos efectuados pelos discentes

Sobre as formas de promoccedilatildeo as ferramentas utilizadas satildeo as que jaacute referimos

ofiacutecios newslleter327

e o site Da nossa experiecircncia afirmamos que ainda hoje o

marketing directo (contacto com os professores328

comunidade estudantil e sociedade) e

o buzz marketing (passagem da informaccedilatildeo boca a boca) satildeo as formas que causam

maior impacto329

Todavia natildeo podemos deixar de referir que o puacuteblico tambeacutem nos

procura para conhecer o que temos para oferecer ao mercado

O envio das notas de imprensa para a comunicaccedilatildeo social eacute outro recurso

utilizado Na praacutetica este serviccedilo eacute elaborado pelo SEEC que o envia para o Gabinete

de Comunicaccedilatildeo da Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura da RAM que por sua

vez as reencaminha para jornais raacutedios e televisatildeo local sem haver um contacto directo

com as actividades Outra lacuna existente eacute a falta de jornalistas na Madeira com

especialidade em eventos culturais e falta de contactos com a imprensa do Continente

As actividades e projectos direccionados agrave comunidade estudantil e cidadatildeos em

geral podem enunciar-se d

o seguinte modo (figura nordm 54)

327

A tiacutetulo de curiosidade esta forma de divulgaccedilatildeo no ARM soacute teve iniacutecio em 2007 com a exposiccedilatildeo

realizada na Ponta do Sol 328

No contacto com a comunidade escolar optaacutemos por efectuar uma reuniatildeo com os docentes ndash no ARM

ou na Escola ndash antes da concretizaccedilatildeo das acccedilotildees Esta medida surgiu porque constatamos que quando os

docentes natildeo acompanhavam a totalidade dos projectos natildeo entendiam a mensagem que tentaacutevamos

transmitir Desta forma eacute-lhes entregue um dossier com a apresentaccedilatildeo do Arquivo e das acccedilotildees a

desenvolver e um laquoRegulamento de participaccedilatildeo nas actividades do Serviccedilo Educativoraquo No dia da

palestra eacute-lhes entregue um Compromisso Pedagoacutegico que serve para responsabilizar o que foi referido na

reuniatildeo Anexo 10 e 11 329

No ano lectivo de 20092010 as actividades do Serviccedilo Educativo comeccedilaram tambeacutem a serem

divulgadas atraveacutes de um laquoDossiecirc de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo Para termos certeza da

sua eficaacutecia junto das escolas optaacutemos por entregar pessoalmente este instrumento aos professores

Tambeacutem o disponibilizaacutemos no site do Arquivo Regional A nota de imprensa revelou-se igualmente

uacutetil pois o ARM tem sido contactado por docentes que nunca antes o tinham feito

162

Actividades

permanentes

destinadas a dar a

conhecer o ARM e o

nosso trabalho

Actividades

pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural

Puacuteblico-alvo Ano de criaccedilatildeo

Vamos conhecer o

Arquivo Regional da

Madeira hellip

2ordm e 3ordm ciclo 2005

Formaccedilatildeo de

utilizadores

3ordm ciclo e secundaacuterio 2005

Visitas Teacutecnicas e

acccedilotildees diversas

3ordm ciclo e secundaacuterio

e administrativos das

Secretarias Regionais

2006

Ateliecirc de Veratildeo laquoO

Aprendiz de

Arquivoraquo

Entre os 13 e 15 anos

de idade

2008

O Arquivo Regional

da Madeira eacute um

banco de dados

12ordm ano de

escolaridade

2008

Actividade

permanentes

destinadas a

explorar os arquivos

e aprofundar o

conhecimento da

histoacuteria regional e

local

O meu concelhohellip 6ordm e 11ordm ano de

escolaridade

2005

Genealogia e

Histoacuteria da Famiacutelia

2ordm ciclo 2006

Acccedilotildees de formaccedilatildeo

Docentes 2007

Site informativo e

interactivo ldquoO

arquivo e a escolardquo

Todos os interessados Em desenvolvimento

Actividades e

projectos destinados

a puacuteblicos

diferenciados

Dia Aberto agrave

Comunidade

A partir dos 16 anos

de idade e turmas a

partir do 9ordm ano de

escolaridade

2006

Actividades

esporaacutedicas

exposiccedilotildees

concursos

worshops palestras

e visitas orientadas

a grupos especiacuteficos

etc

Exposiccedilatildeo Luiz Peter

Clode e o espoacutelio

legado ao Arquivo

Regional da Madeira

6ordm ano de

escolaridade 3ordm

ciclo secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2005

Jornal Aprendiz de

Arquivo

Comunidade escolar

e populaccedilatildeo em geral

2006

Concurso de

escultura Box Parade

Universitaacuterios do

curso de Artes

Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo da

Universidade da

Madeira

20062007

exposiccedilatildeo laquoTerra de

Jornais a imprensa

pontassolense (1909-

1923)raquo

6ordm ano e 3ordm ciclo de

escolaridade

secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2007

Figura nordm 54

Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM de 2005 a 2008

Fonte Sofia Santos

163

1 Actividades permanentes destinadas a dar a conhecer o ARM e o nosso trabalho

11Vamos Conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellip330

damos a conhecer

agrave comunidade escolar o percurso da documentaccedilatildeo desde a sua entrada no

Arquivo ateacute agrave sua consulta na sala de leitura Esta acccedilatildeo eacute constituiacuteda por

visitas orientadas agraves aacutereas teacutecnicas com actividades praacuteticas331

Figura nordm 55

Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 56

Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de Arquivoraquo do SE332

330

Os principais objectivos destas acccedilotildees era laquocativar um puacuteblico mais vasto e alargado mas tambeacutem

promover o gosto pelo conhecimento da Histoacuteria Regional e Local incentivando o contacto com as fontes

primaacuterias e estimulando haacutebitos de pesquisa e visita ao Arquivoraquo SANTOS Sofia ndash Ob cit p5-6 331

A primeira escola que trabalhou com o ARM foi a Escola Baacutesica do 2ordm e 3ordm Ciclo de Satildeo Roque e a

sua escolha foi intencional pois faz parte do meio envolvente do ARM Ainda hoje eacute uma das que mais

procura os serviccedilos do SE do ARM 332

Cada desdobraacutevel tinha a fotografia do aluno e um resumo fotograacutefico com a sua participaccedilatildeo na acccedilatildeo

laquoVamos conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellipraquo

164

12Formaccedilatildeo de utilizadores para alunos do 3ordm ciclo e secundaacuterio Apoacutes uma

palestra sobre o acervo e funccedilotildees do ARM eacute concedida uma formaccedilatildeo de

utilizadores seguida de visita agrave Sala de leitura do Arquivo

Figura nordm 57

Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala de Leitura

13O Serviccedilo Educativo procede a Visitas Teacutecnicas solicitadas por outras

instituiccedilotildees e realiza Acccedilotildees a pedido das escolasuniversidade no acircmbito

dos respectivos programas e interesses curriculares Carecem de

agendamento e programaccedilatildeo preacutevia de acordo com a disponibilidade do

ARM

Figura nordm 58

Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

14Ateliecirc de Veratildeo laquoO Aprendiz de Arquivoraquo um grupo de oito estudantes

com idades compreendidas entre os 13 e 15 anos de idade acompanham

durante uma semana os arquivistas no seu trabalho diaacuterio

165

Figura nordm 59

laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de passaporte e a reintegraccedilatildeo de um

documento

15O Arquivo Regional da Madeira eacute um banco de dados Eacute uma proposta

que procura captar a atenccedilatildeo de estudantes do 12ordm ano de escolaridade para

uma experiecircncia de arquivo integrada na Aacuterea-projecto ndash espaccedilo curricular

natildeo disciplinar Os alunos conhecem os livros paroquiais e aprendem a fazer

a descriccedilatildeo dos seus registos O objectivo eacute proporcionar-lhes o

conhecimento de novas aacutereas de inserccedilatildeo no mercado de trabalho e alertar

para estas aacutereas do conhecimento No presente procura-se conjugar os

interesses do ARM das Escolas e das Orientaccedilotildees do Ministeacuterio da

Educaccedilatildeo Iniciou-se no lectivo 20082009 e continua no ano lectivo

20092010 20102011

Figura nordm 60

Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da

Serra

166

2 Actividades permanentes destinadas a explorar os arquivos e aprofundar o

conhecimento da histoacuteria regional e local

21O meu concelhohellip Actividade que prevecirc para cada ano a realizaccedilatildeo de dois

dossiecircs pedagoacutegicos directamente relacionados com um concelho da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira Cada dossiecirc corresponde a um niacutevel de ensino 6ordm e

10ordm ano de escolaridade Neste caso satildeo os teacutecnicos que se deslocam agrave

escola333

Figura nordm 61

Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

22Genealogia e Histoacuteria da Famiacutelia

O seu iniacutecio esteve associado ao lanccedilamento do caderno pedagoacutegico do Serviccedilo

Educativo laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo Este caderno aleacutem de estar

vocacionado para jovens leitores inclui o conto laquoA Aacutervore Maacutegicaraquo divulga

genealogistas madeirenses e daacute a conhecer arquivos particulares e pessoais

existentes no ARM Esta divulgaccedilatildeo inclui actividades luacutedicas334

333

O primeiro concelho a ser explorado foi o do Porto Santo Organizado em articulaccedilatildeo com o

lanccedilamento dos Iacutendices dos registos de casamentos e de baptismo do concelho do Porto Santo 1572-1911

e dos Documentos Histoacutericos da Ilha do Porto Santo realizou-se entre os dias 23 e 25 de Novembro de

2005 na ilha do Porto Santo a actividade laquoO meu concelhohellip Porto Santoraquo No ano lectivo de

20062007 o concelho explorado foi o do Porto do Moniz sendo o tema principal a emigraccedilatildeo Em 2007

foi explorado o concelho da Ponta do Sol em conjunto com a exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo Agora prepara-se a dinamizaccedilatildeo do concelho do Funchal 334

Para o seu lanccedilamento foi realizado entre os dias 26 e 28 de Abril de 2006 um Workshop em que foi

apresentada a peccedila de teatro baseada no conto referido a exploraccedilatildeo e a dinamizaccedilatildeo do caderno referido

por uma camada juvenil Para o puacuteblico em geral foi organizada uma formaccedilatildeo sobre laquoIntroduccedilatildeo agrave

Heraacuteldicaraquo

167

Figura nordm 62

Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA

aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes e Ofiacutecios

Dado o interesse que o tema da Histoacuteria da Famiacutelia desperta junto da

comunidade escolar associado agrave necessidade de motivar os jovens para a

conservaccedilatildeo dos arquivos pessoais e dos dados que remetem para os seus

ascendentes o Serviccedilo Educativo optou por criar em 2007 a sua primeira maleta

pedagoacutegica laquoOs eus escondidosraquo335

Figura nordm 63

335

Uma maleta eacute um material pedagoacutegico que visa dinamizar um tema especiacutefico dentro do tema

principal o que faz e conteacutem o Arquivo Regional da Madeira Eacute para ser transportaacutevel de modo a chegar

a puacuteblicos geograficamente distantes do Funchal e cujos escalotildees etaacuterios natildeo permitem qualquer visita ao

Arquivo (ao contraacuterio do que sucede nas bibliotecas) No presente caso a maleta laquoEus Escondidosraquo

desenvolve o tema da Histoacuteria da Famiacutelia Atraveacutes de jogos da expressatildeo plaacutestica e escrita os alunos

tomam contacto com os meios que devem utilizar para construir a sua aacutervore genealoacutegica a trecircs niacuteveis o

laquoeu aprendizraquo em que os alunos atraveacutes do jogo da laquoMemoacuteriaraquo abordam o que foi dito na palestra o laquoeu

socialraquo dinamizado pelo jogo da laquoGloacuteriaraquo adaptado agrave Histoacuteria da Famiacutelia e o laquoeu afectivoraquo em que se

apela agrave escrita criativa e expressatildeo plaacutestica A sua finalidade eacute sensibilizar para a preservaccedilatildeo dos

documentos pessoais e de uma forma mais abrangente sensibilizar para a importacircncia da salvaguarda do

patrimoacutenio cultural da Regiatildeo

168

Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Jogo da laquoMemoacuteriaraquo

laquoJogo da Gloacuteriaraquo

Exemplos de aacutervores dos costados feitos pelos alunos

Figura nordm 64

Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

23Acccedilotildees de formaccedilatildeo destinadas a docentes

As acccedilotildees de formaccedilatildeo no SEEC surgiram da necessidade de explicar aos

docentes o meacutetodo de trabalho dos serviccedilos educativos Na realidade agrave medida

que satildeo dados a conhecer os nossos projectos nas escolas constataacutemos que a

maior parte dos professores confundia o conceito de arquivo com bibliotecas e

museus Verificaacutemos igualmente que todos os agrupamentos natildeo efectuavam

pesquisas das fontes documentais inclusive os professores dos agrupamentos de

169

Histoacuteria (200 e 400) dos segundos e terceiro ciclos e ensino secundaacuterio

desconhecendo quase completamente a Histoacuteria Local e Regional da Madeira

Para colmatar esta lacuna criaacutemos uma formaccedilatildeo que ajude a resolver esta

falta336

Designada de laquoServiccedilo Educativo do Arquivo Regional ao encontro de

novos puacuteblicosraquo tem as seguintes metas

Objectivos gerais

Dar a conhecer as praacuteticas de educaccedilatildeo natildeo formal exercidas no

contexto do Serviccedilo Educativo do ARM

Habilitar para a criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de instrumentos pedagoacutegicos

baseados nas fontes documentais

Contribuir para a constituiccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo do caderno pedagoacutegico laquoO

Meu Concelhohellip Funchalraquo

Habilitar para a utilizaccedilatildeo autoacutenoma e sistemaacutetica dos serviccedilos

disponiacuteveis no ARM quer em termos educativos quer em termos da

proacutepria pesquisa

Objectivos especiacuteficos

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Enquadrar pedagogicamente o Serviccedilo Educativo nas funccedilotildees e

objectivos do ARM

Criar linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade

promovendo a integraccedilatildeo socio-educativa a cidadania e a criatividade

Orientar para a pesquisa e investigaccedilatildeo para que se criem novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais

336

Todas as acccedilotildees de formaccedilatildeo organizadas por este serviccedilo quando destinadas a docentes satildeo

apresentadas na Direcccedilatildeo Regional de Educaccedilatildeo da Madeira organismo da Secretaria Regional de

Educaccedilatildeo e Cultura da RAM para sua validaccedilatildeo A sua candidatura obedece a formulaacuterios existentes no

site httpwwwmadeira-eduptDefaultaspxalias=wwwmadeira-eduptdre

170

Facilitar a compreensatildeo do que constitui o acircmbito os objectivos e a

metodologia especiacutefica do Serviccedilo Educativo do ARM

Figura nordm 65

Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

A acccedilatildeo de formaccedilatildeo laquoConhecer e Utilizar o Arquivo Regional da Madeiraraquo

relacionada com a formaccedilatildeo de utilizadores surgiu em resultado da formaccedilatildeo

anterior Porquecirc Porque os formandos revelaram falta de autonomia de pesquisa

na sala de leitura Entatildeo como forma de colmatar essa lacuna foi desenvolvida

em Abril e Setembro de 2008 esta iniciativa com os objectivos que se seguem

Objectivos gerais

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Formar e cativar novos utilizadores

Contribuir para a formaccedilatildeo de uma comunidade mais criacutetica e atenta agrave

realidade circundante

Objectivos especiacuteficos

Habilitar para a pesquisa autoacutenoma dos serviccedilos disponiacuteveis na sala de

leitura do ARM

Sensibilizar para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio arquiviacutestico suporte da

memoacuteria colectiva

Promover o contacto e gosto pela histoacuteria e cultura madeirense

Estabelecer futuras parcerias com a comunidade escolar

Dentro dos trabalhos praacuteticos realizados os formandos solicitaram a mudanccedila do

impresso de requisiccedilatildeo de reproduccedilotildees na sala de leitura ndash o que jaacute foi

concretizado dinamizaccedilatildeo de mostras documentais no mesmo espaccedilo ndash o que

171

estaacute neste momento a ser estudado Tambeacutem foi proposto um laquoRegulamento de

utilizaccedilatildeo da Sala de Leitura e do Serviccedilo de Certidotildeesraquo mais simplificado

Figura nordm 66

Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

24Site informativo e interactivo ldquoO arquivo e a escolardquo ndash com uma selecccedilatildeo de

temas e documentos acompanhados das respectivas transcriccedilotildees com

verbetes explicativos e sugestotildees de utilizaccedilatildeo e actividades (em

desenvolvimento)

3 Actividades e projectos destinados a puacuteblicos diferenciados

31Actividades permanentes Dia Aberto agrave Comunidade ndash com periodicidade

trimestral visita orientada agraves aacutereas natildeo puacuteblicas do ARM Como forma de

agradecimento e de lembranccedila deste dia foi criado para oferecer aos

visitantes um desdobraacutevel com um resumo do circuito complementado com

um desafio de perguntaresposta sobre o evento

Figura nordm 67

Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Esta iniciativa resulta da curiosidade que o novo edifiacutecio do ARM causou e

ainda causa na RAM aspecto que se valorizou Porque um arquivo natildeo eacute um

172

museu que expotildee peccedilas houve a necessidade de criar circuitos para os

visitantes337

e para evitar a desconcentraccedilatildeo dos leitores e perturbaccedilatildeo dos

serviccedilos internos aleacutem de que inicialmente a actividade prioritaacuteria do ARM foi

a transferecircncia dos documentos do arquivo antigo para o novo e as novas

incorporaccedilotildees338

esta actividade fosse limitada duas visitas ao ano Apesar

destas condicionantes e dada a grande procura por parte das escolas e da

populaccedilatildeo em geral decidimos satisfazer a vontade dos utilizadores e fazer mais

um dia aberto estando as aacutereas teacutecnicas abertas ao puacuteblico trecircs vezes ao ano

4 Actividades esporaacutedicas exposiccedilotildees concursos worshops palestras e visitas

orientadas a grupos especiacuteficos etc

41 No que diz respeito a actividades temporaacuterias referimos as iniciativas que

surgiram em articulaccedilatildeo com a exposiccedilatildeo Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado

ao Arquivo Regional da Madeira339

a) visitas orientadas agrave exposiccedilatildeo antecedidas por uma palestra e exploraccedilatildeo das

bases em Access de registos de baptismo casamento e de passaportes Os

alunos mais novos (entre os 10 e os 11 anos de idade) tambeacutem elaboraram a sua

aacutervore de costados e expressaram plasticamente o que apreenderam nesta acccedilatildeo

337

Neste dia a visita eacute dividida em duas partes circuito do documento (cais de descarga recepccedilatildeo e

triagem higienizaccedilatildeo expurgo quarentena e preacute-arquivagem correspondente ao piso -1) Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro (fotografia microfilmagem acondicionamento laboratoacuterio

restauro e conservaccedilatildeo encadernaccedilatildeo ndash correspondente ao piso 0) gabinete teacutecnico onde eacute demonstrada a

forma de organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo e o leitor entra em contacto com documentos) e o circuito do leitor

(Sala de Leitura e Serviccedilo de Certidotildees ndash piso 2) 338

Em depoimento dado por Faacutetima Barros sobre o ARM afirma que laquoateacute haacute cerca de dois anos

entravam de trecircs em trecircs semanas cerca de 50 metros lineares de documentaccedilatildeo que necessita de ser

preservada e tratada para estar acessiacutevel ao cidadatildeo que precisa dessa documentaccedilatildeo para fazer prova dos

seus direitos patrimoniais por exemplo Satildeo necessidades praacuteticas e natildeo apenas de cariz culturalraquo

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

339Segundo o cataacutelogo da exposiccedilatildeo de Luiz Peter Clode a exposiccedilatildeo foi o meio escolhido pela direcccedilatildeo

do ARM para demonstrar o interesse e a gratidatildeo pelo cumprimento por parte da famiacutelia do legado feito

ao Arquivo Regional BARROS Faacutetima Barros ndash Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo

Regional da Madeira Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos

Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2005 Depoacutesito Legal 23308205 ISBN 972-648-

157-0 p5

173

b) criaccedilatildeo de um caderno pedagoacutegico intitulado Luiz Peter Clode o

Genealogista Foi explorado em sala de aula com turmas de escolas baacutesicas e

secundaacuterias do Funchal

Figura nordm 68

Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

c) para divulgaccedilatildeo da exposiccedilatildeo aleacutem das visitas orientadas o SEEC criou dois

guiotildees da exposiccedilatildeo um vocacionado para os alunos do segundo ciclo e o outro

para a populaccedilatildeo em geral

174

Figura nordm 69

Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

A linha graacutefica seguida como podem observar eacute diferente de acordo com os

diferentes clientes o desdobraacutevel de cima transmite um visual mais laquoadultoraquo

correspondendo aos niacuteveis etaacuterios dos alunos do 3ordm ciclo secundaacuterio

universitaacuterio e populaccedilatildeo em geral no produto informativo de baixo como eacute

dirigido ao puacuteblico do 2ordm ciclo optaacutemos por cores quentes e chamativas (figura

nordm 66) Importa aqui realccedilar que este material eacute efectuado de acordo com a

concepccedilatildeo graacutefica da exposiccedilatildeo

A estrateacutegia graacutefica foi a mesma teve-se em consideraccedilatildeo os mercados que a

equipa do serviccedilo educativo elegeu como puacuteblico-alvo O tipo de linguagem

utilizada nos instrumentos de trabalho referidos eacute tambeacutem adaptado aos

diferentes nichos Uma vez mais embora natildeo utilizando de forma consciente o

conceito de segmentaccedilatildeo de mercados o SE tentou prestar um serviccedilo que

permitisse a compreensatildeo da exposiccedilatildeo pelos diferentes puacuteblicos

Para sua promoccedilatildeo foram enviados

uma nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social local

convites de acordo com a lista protocolar do ARM

e convites directos para as escolas da regiatildeo

175

Fazendo aqui um parecircntese para a concretizaccedilatildeo da primeira exposiccedilatildeo no novo

edifiacutecio do ARM Faacutetima Barros sua directora optou por contratar uma empresa

que procedesse agrave criaccedilatildeo de um ambiente expositivo adaptado agraves diferentes

temaacuteticas permitindo dimensotildees e percursos variaacuteveis consoante o volume de

informaccedilatildeo e objectos a expor Para sua concretizaccedilatildeo os designers graacuteficos

visitaram o espaccedilo da exposiccedilatildeo ndash aacutetrio de entrada ndash reuniram-se vaacuterias vezes

com os autores dos textos e com a direcccedilatildeo a fim de se chegar a um consenso

sobre o que se pretendia mostrar e quem era o mercado-alvo A soluccedilatildeo

encontrada foi a aquisiccedilatildeo de vaacuterios tubos adaptaacuteveis em altura para suporte de

lonas com impressatildeo (figura nordm 70) A partir daqui foi criada uma imagem para a

exposiccedilatildeo que tambeacutem deu a forma ao cataacutelogo da mesma respectivos guiotildees e

convites Reforccedilava-se uma vez mais a vontade de cortar com a ideia instalada

de laquoarquivo mortoraquo e mostrava-se que o ARM estava aberto a todos os puacuteblicos

Figura nordm 70

Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

Paralelamente agrave sua montagem ficou estabelecido que para se retirar o maacuteximo

potencial deste tipo de acccedilotildees a exposiccedilatildeo estaria aberta durante trecircs meses E

foi levada em Outubro de 2006 agrave Casa da Cultura de Santa Cruz O objectivo

desta itineracircncia foi alargar o nicho de visitantes para aleacutem do Funchal e

potencializar os recursos materiais e financeiros gastos

42 Com o objectivo de divulgar o trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as

funccedilotildees e fundos do Arquivo Regional foi criado em 2006 o Jornal Aprendiz de

176

Arquivo340

As rubricas que a constituem satildeo laquoServiccedilos Teacutecnicosraquo em cada

ediccedilatildeo se descreve um serviccedilo do ARM e se datildeo algumas informaccedilotildees sobre os

seus colaboradores laquoGuia do ARMraquo de forma sucinta eacute feita uma descriccedilatildeo do

acervo existente laquoTema Centralraquo eacute elaborada uma fotoreportagem sobre as

principais iniciativas educativas laquoA Tua Escolaraquo paacutegina social com fotografias

representativas dos participantes laquoGeneralidadesraquo eacute constituiacuteda pela rubrica

ldquoAprendiz da Histoacuteriardquo em que damos a conhecer um pormenor da Histoacuteria da

Madeira seguida de uma sugestatildeo de actividade e por fim na oitava e uacuteltima

paacutegina apresentamos o item ldquoSabias que helliprdquo com curiosidades sobre os fundos

documentais actividades previstas para o ano lectivo novidades e propostas de

livros e de jogos didaacutecticos

Figura nordm 71

Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Esta publicaccedilatildeo bi-anual341

eacute distribuiacuteda gratuitamente e tambeacutem pode ser

consultado atraveacutes do nosso site wwwarquivo-madeiraorg Outra forma de

comunicaccedilatildeo deste instrumento passa obviamente primeiro pelo envio de

nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social regional (jornais raacutedio e RTPM) e

340

Este projecto tem por objectivo garantir a continuidade do trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as funccedilotildees e fundos do ARM

enquanto detentor de uma parcela importante da memoacuteria colectiva da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira 341

Actualmente jaacute vai na nona ediccedilatildeo mas por constrangimentos orccedilamentais a partir do nuacutemero seis de

uma tiragem de 2500 exemplares passou-se para apenas 500 exemplares

177

depois pelo envio por correio acompanhado por ofiacutecio a diversas entidades

como escolas associaccedilotildees arquivos bibliotecas centros de documentaccedilatildeo

leitores e sua distribuiccedilatildeo no aacutetrio de entrada do edifiacutecio

Realce-se aqui que todos os trabalhos que impliquem concepccedilatildeo graacutefica

como cataacutelogos cadernos e dossiecircs e maletas pedagoacutegicas produtos

informativos paineacuteis de exposiccedilotildees satildeo elaborados com uma linguagem e

grafismos adequados aos puacuteblicos alvos necessaacuterios para a criaccedilatildeo de uma

imagem de marca dos produtos serviccedilos prestados por este serviccedilo

43 Os discentes da Universidade da Madeira poucas vezes consultam os

serviccedilos do ARM Para mudar essa tendecircncia o ano lectivo de 20062007

ficou marcado por uma tentativa de conquista deste mercado Apoacutes um

convite directo agrave UMa e uma seacuterie de reuniotildees com o curso de Artes

Plaacutesticas e Design de Projecccedilatildeo da Universidade da Madeira o Arquivo

Regional atraveacutes do Serviccedilo Educativo promoveu o concurso de escultura

Box Parade

Os projectos a concurso tinham por base a reutilizaccedilatildeo de uma caixa de

zinco fornecida pelo ARM antigamente utilizada para guardar e

acondicionar documentos com valor histoacuterico A partir dela os concorrentes

deveriam explorar as suas potencialidades expressando uma visatildeo pessoal

sobre o Arquivo Regional da Madeira No final todos os projectos foram

expostos sendo igualmente dinamizadas uma seacuterie de iniciativas

pedagoacutegicas

Figura nordm 72

A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

178

Figura nordm 73

Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

44 Em 2007 foi realizada outra exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a imprensa

pontassolense (1909-1923)raquo que surgiu em parceria com o programa

laquoMuniciacutepio da Culturaraquo No acircmbito deste projecto o SEEC foi convidado a

participar na concepccedilatildeo graacutefica do cataacutelogo dos paineacuteis da exposiccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo pedagoacutegica

Figura nordm 74

Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

179

Figura nordm 75

Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Esteve patente durante trecircs meses no Centro Cultural John dos Passos

Questionamos agora Seraacute que o trabalho feito por este serviccedilo estaacute a conquistar

o seu mercado Estaraacute a ter impacto

Pela anaacutelise dos inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo342

apresentados no final de cada

iniciativa pedagoacutegica conversa com os participantes reacccedilotildees elogios entregues agrave

direcccedilatildeo e trabalhos efectuados pelos alunos343

concluiacutemos que um dos aspectos que

mais destaca o SEEC eacute a adequaccedilatildeo da linguagem ao puacuteblico-alvo novidade dos

assuntos amabilidade e simpatia dos teacutecnicos qualidade graacutefica e didaacutectica dos

materiais disponibilizados Todos os inquiridos na questatildeo laquoParticipariam noutras

iniciativas do Serviccedilo Educativoraquo 100 responde que sim

Sobre as exposiccedilotildees a partir do tratamento estatiacutestico do inqueacuterito de satisfaccedilatildeo

de exposiccedilotildeesmostras documentais344

- avaliaccedilatildeo quantitativa - e da suacutemula dos

testemunhos deixados pelos visitantes a partir do Livro de Honra - avaliaccedilatildeo qualitativa

concluiacutemos que devemos continuar a apostar neste tipo de iniciativas pois eacute uma forma

de aproximar o Arquivo Regional da populaccedilatildeo democratizando a cultura que vai ao

encontro de todas as pessoas

A partir da anaacutelise dos inqueacuteritos aplicados nas acccedilotildees de formaccedilatildeo referidas

estamos neste momento a preparar a proposta de formaccedilatildeo sobre a laquoGenealogia e

Histoacuteria da Famiacuteliaraquo E resultando da necessidade de cativar um novo puacuteblico o ARM

estaacute a virar-se agora para a terceira idade assim foi apresentada em Junho de 2008 agrave

342

No anexo 12 demonstramos o inqueacuterito de satisfaccedilatildeo do SE 343

Refira-se que entre os alunos do 4ordm ano e 11ordm ano de escolaridade os inqueacuteritos satildeo apenas entregues

aos docentes A forma de avaliaccedilatildeo das actividades por este puacuteblico satildeo os trabalhos que elaboram e que

posteriormente satildeo entregues ao SE 344

Vide inqueacuterito de satisfaccedilatildeo aplicado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo e exposiccedilotildees mostras documentais

Anexo 13

180

Universidade da Madeira uma formaccedilatildeo para a Universidade Seacutenior O nosso produto

laquoEducaccedilatildeo patrimonial fontes para a Histoacuteria do Arquipeacutelago da Madeiraraquo foi

apresentado ao oacutergatildeo competente e depois de uma reuniatildeo com a proacute-reitora foi

aprovado345

Estatildeo previstas e encontram-se em estudo outras formas de aproximar o ARM

do puacuteblico e de conquistar novos clientes externos tais como o projecto laquoAssociaccedilatildeo

dos Amigos do ARMraquo e projectos destinados agraves comunidades madeirenses da diaacutespora

e site informativo e interactivo laquoO Arquivo e as comunidades madeirenses

Quanto ao nuacutemero de participantes nas actividades educativas e culturais

apresentamos as suas estatiacutesticas ao longo de quatro anos (Graacutefico A)

Graacutefico A

Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Como se pode observar os anos de 2005 2006 e 2008 tecircm algumas nuances

entre si Salienta-se um boom em 2007 que se prende com o ano da conquista do

puacuteblico universitaacuterio da Universidade da Madeira do curso de Ciecircncias da Cultura

Ciecircncias da Educaccedilatildeo Animadores Soacutecio-Culturais e da Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias

Documentais bem como dos discentes do curso de Artes Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo em virtude do concurso jaacute referido Saliente-se ainda que o ano de 2008 ficou

345

O projecto que foi apresentado na Universidade da Madeira ateacute agrave data ndash Dezembro de 2010 ndash natildeo foi

possiacutevel concretizar devido agrave prioridade dada a outros projectos por parte do SEEC

1146 1076

2968

1636

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2005 2006 2007 2008

Nuacutemero de participantes nas actividades do Serviccedilo Educativo

181

caracterizado pelo trabalho realizado com os alunos do 12ordm ano de escolaridade em

virtude da aacuterea-projecto tambeacutem jaacute descrita

532 Ediccedilotildees de Fontes

No caso das publicaccedilotildees do ARM as suas origens remontam aos primoacuterdios da

histoacuteria deste organismo

A primeira colecccedilatildeo editada designa-se de laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo que ainda hoje sobrevive apesar das diferenccedilas de estrutura que lhe foram

sendo introduzidas pelas diversas direcccedilotildees

Os principais temas destas ediccedilotildees variam entre Genealogia e Histoacuteria da

Famiacutelia Histoacuteria da Vida Privada Histoacuteria Social Histoacuteria da Arte Histoacuteria da

Madeira Histoacuteria Religiosa Arte Sacra e Literatura Publicada sem regularidade

termina a sua primeira fase em 1974346

Figura nordm 76

Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Esta colecccedilatildeo foi retomada na deacutecada de 90 do seacuteculo XX (figura nordm 77)

346

Esta data coincide com a mudanccedila do regime poliacutetico portuguecircs que transita da Ditadura para a

Democracia O efeito administrativo do novo sistema poliacutetico para a Madeira foi tornar-se Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)

182

Figura nordm 77

Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da Madeiraraquo

Foram ainda criadas as seacuteries de laquoIacutendice de Registos Paroquiaisraquo laquoIacutendice de

Registos dos Passaportesraquo e laquoTranscriccedilotildees Documentaisraquo

Segundo o prefaacutecio da ediccedilatildeo nuacutemero 1 da seacuterie de laquoIacutendice de Registo

Paroquiaisraquo e da seacuterie de laquoIacutendice de Registos dos Passaportesraquo esses iacutendices surgem da

necessidade de responder em tempo uacutetil agraves solicitaccedilotildees de muitas certidotildees narrativas de

baptismo casamento oacutebitos e dos passaportes por necessidade de documentaccedilatildeo para

partilha de bens por parte de emigrantes que procuram naturalizar-se ou por parte de

183

interessados na histoacuteria da famiacutelia347

Nesse sentido o ARM enquanto arquivo histoacuterico

estaacute a cumprir o chamado serviccedilo puacuteblico Diremos mesmo que eacute sua funccedilatildeo laquoabrir e

promover a utilizaccedilatildeo do Arquivo Regionalraquo348

e que essa funccedilatildeo passa

obrigatoriamente laquopor democratizar universalizar e simplificar o contacto do puacuteblico

com os documentos histoacutericosraquo349

Em 2005 altura da inauguraccedilatildeo da exposiccedilatildeo documental sobre Luiz Peter

Clode foi criada uma nova colecccedilatildeo dedicada a este tipo de eventos (figura nordm 78)

Figura nordm 78

Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Mais recentemente aliada agrave renovaccedilatildeo da imagem deste organismo e com a

implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade a direcccedilatildeo do Arquivo sentiu-se

impelida a criar uma nova imagem graacutefica das suas colecccedilotildees Contratando uma

empresa especializada em design graacutefico foi delineada uma nova linha editorial A

soluccedilatildeo adoptada em termos graacuteficos tem uma base comum a todas elas em termos de

folha de rosto ficha teacutecnica iacutendice tiacutetulos texto corrido nuacutemero de paacutegina rodapeacutes

347

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos de casamentos do concelho de Machico Secretaria

Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira

Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048p BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de

Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais

Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p 11-12 348

Idem p11 349

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e

Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito

Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p9-10

184

notas separadores e grelha para inserccedilatildeo de imagens e das respectivas legendas (figura

nordm 79)

Figura nordm 79

Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

Como se pode observar na figura anterior haacute um rompimento total com a

imagem das ediccedilotildees anteriores em que se procura transmitir uma vez mais a ideia de

que o Arquivo Regional eacute uma instituiccedilatildeo dinacircmica e moderna disposta a abrir-se agrave

comunidade posicionando assim com facilidade os seus produtos no mercado

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada

O edifiacutecio que alberga o Arquivo Regional da Madeira (ARM) e Biblioteca

Puacuteblica Regional (BPR)350351

estaacute dividido em duas grandes aacutereas uma reservada ao

trabalho teacutecnico e aos depoacutesitos (inacessiacutevel ao puacuteblico) e outra composta pelas salas de

leitura de cada um dos organismos serviccedilo de certidotildees do ARM e por espaccedilos comuns

como aacutetrio auditoacuterio cafetaria secretaria e serviccedilo educativo

As aacutereas teacutecnicas incluem os depoacutesitos (sete pisos com elevadores e monta-cargas

em 4690 m2 capazes de comportar 32000 metros lineares de documentaccedilatildeo) uma casa

forte destinada a guardar a documentaccedilatildeo mais importante e a copa dos funcionaacuterios

Nas aacutereas puacuteblicas estaacute o aacutetrio o auditoacuterio e a cafetaria Incluem-se tambeacutem as Salas de

Leitura da BPR no piso 1 (com uma Sala de Leitura Geral Sala Infanto-Juvenil e Sala

de Leitura Especial) a Sala de Leitura do ARM no piso 2 e o espaccedilo criado para os

serviccedilos educativos de ambas as instituiccedilotildees O edifiacutecio possui ainda os sectores de

Recepccedilatildeo e Triagem Higienizaccedilatildeo e Expurgo de documentos no piso 01 bem como

um espaccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo Restauro e Encadernaccedilatildeo no piso 0 onde

350

Consulte a planta do edifiacutecio no anexo 14

185

tambeacutem se encontram as aacutereas de Fotografia Microfilmagem Reprografia e

Digitalizaccedilatildeo Nos pisos 01 e 02 os gabinetes de trabalho dos teacutecnicos e o gabinete da

Direcccedilatildeo Os serviccedilos de seguranccedila os postos de instalaccedilotildees eleacutectricas de instalaccedilatildeo de

ar condicionado e ventilaccedilatildeo fazem parte das aacutereas teacutecnicas de manutenccedilatildeo Foi tambeacutem

criado um sector destinado ao projecto de informaacutetica

A manutenccedilatildeo e gestatildeo dos espaccedilos comuns constituiacutedos pelo auditoacuterio e aacutetrio

de entrada satildeo da competecircncia do ARM Por decisatildeo da Secretaria Regional do Turismo

e Cultura Direcccedilatildeo Regional dos Assuntos Culturais e direcccedilatildeo do ARM ficou

estabelecido que para uma maior rentabilizaccedilatildeo dos recursos materiais e financeiros

estas infra-estruturas tambeacutem poderiam ser utilizadas por entidades externas Assim

mais um serviccediloproduto foi criado para este oacutergatildeo

A gestatildeo dos espaccedilos puacuteblicos coube ao SEEC que no iniacutecio apenas tinha a

funccedilatildeo de confirmar o aluguer destas estruturas e dar apoio logiacutestico

Agrave medida que o nuacutemero de clientes aumentou e o Sitema de Gestatildeo de

Qualidade foi introduzido tornou-se importante o contacto directo com as entidades e o

estabelecimento de metodologias de trabalho para o serviccedilo se tornar mais eficaz e

eficiente Eacute o caso da criaccedilatildeo de regulamentos de utilizaccedilatildeo dos espaccedilos fichas de

identificaccedilatildeo do evento requisiccedilatildeo do material e inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo

A maior parte dos requisitantes destas estruturas satildeo organismos puacuteblicos352

Esta situaccedilatildeo deve-se segundo a avaliaccedilatildeo dos inqueacuteritos agraves boas acessibilidades bons

recursos materiais e humanos353

e deve-se tambeacutem ao facto do uso deste espaccedilo ser

gratuito Desta satisfaccedilatildeo resulta actualmente a existecircncia de um grupo de clientes

fieacuteis como eacute o caso da Direcccedilatildeo de Enfermagem de Cuidados Intensivos

Apesar disso o nuacutemero de utilizaccedilotildees no caso do auditoacuterio decresceu entre

2006 e 2008 como observamos no graacutefico nordm II

352

Ateacute ao momento este espaccedilo soacute foi requisitado por duas entidades particulares Isto obrigaraacute a que no

futuro desenvolvamos um plano de marketing para atrair este tipo de mercado 353

Apenas em 2008 houve criacuteticas quanto ao ar condicionado consubstanciando-se estas no facto do

mesmo estar muito quente ou muito frio Para sua resoluccedilatildeo foram encetadas reuniotildees com a equipa de

manutenccedilatildeo do edifiacutecio que acabou por resolver o assunto

186

Graacutefico B

Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

A causa desta queda (de 22 requisiccedilotildees para 15) tem origem na prioridade dada

agraves actividades internas do Arquivo Regional da Madeira e da Biblioteca Puacuteblica

Regional porque a criaccedilatildeo de novas actividades educativas e culturais e a sua

dinamizaccedilatildeo se desenvolvem em maior nuacutemero dando-se maior espaccedilo a estas

Quanto ao aacutetrio de entrada apenas foi requisitado uma vez Esta situaccedilatildeo quanto

a noacutes prende-se com o facto de ser considerado um ponto de passagem e natildeo eacute um local

proacuteprio para exposiccedilotildees

534 Gestatildeo da loja

A loja do ARM teve desde sempre um problema de raiz o local onde se situa

passa despercebido ao leitor que entra no edifiacutecio Para chamar a atenccedilatildeo deste espaccedilo

foram colocadas vitrines de exposiccedilatildeo e sinaleacutetica a indicar a sua existecircncia Mas o seu

desconhecimento manteve-se Para melhorar a imagem e posicionamento desta

estrutura mais uma vez a direcccedilatildeo do ARM apostou na contrataccedilatildeo de uma empresa de

design graacutefico Apoacutes vaacuterias reuniotildees e visitas ao espaccedilo optou-se por criar duas telas

suspensas impressas com cores fortes e motivos do ARM mas em consonacircncia com o a

arquitectura do edifiacutecio site e outros produtos jaacute existentes no ARM que chamassem a

atenccedilatildeo dos utilizadores quando entrassem pelo aacutetrio de entrada ou quando descessem

pela escadaria principal para aquele equipamento

Iacutendice de Ocupaccedilatildeo do Auditoacuterio

0

5

10

15

20

25

2006 2007 2008

187

Figura nordm 80

Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Foram igualmente colocadas dois expositores Um deles ndash frente agrave montra ndash tem

a indicaccedilatildeo de loja e o logoacutetipo do Arquivo o outro em estrutura modular foi colocado

no meio da loja com livros e objectos de papelaria para que os consumidores possam

sentir maior proximidade ao produto

Apesar de se modificar a montra trimestralmente em termos praacuteticos e atraveacutes

da anaacutelise das estatiacutesticas mensais o nuacutemero de vendas natildeo aumentou A soluccedilatildeo a

meacutedio prazo passa por destacar estes produtos no site e disponibilizar a sua venda

atraveacutes do cartatildeo de creacutedito que ateacute o momento natildeo eacute possiacutevel pois estamos

dependentes da Tesouraria do Governo Regional da Madeira Todavia natildeo podemos

deixar de referir que o nuacutemero de visitantes aumentou

Quanto aos produtos existe uma pequena gama de ofertas Para aleacutem das

publicaccedilotildees A loja disponibiliza para venda desde 2007 um kit de blocos laacutepis de pau

e borrachas (figura nordm 81)

188

Figura nordm 81

Produtos de merchadinsing do ARM

Todos eles tecircm uma marca que os associa ao Arquivo a cor o traccedilo e o edifiacutecio

Poder-se-aacute dizer tambeacutem que estaacute a ser aplicado merchandising nestes produtos porque

todos eles estatildeo em destaque estando o logoacutetipo do ARM sempre presente ainda que

de forma discreta

Em 2008 foi elaborada pelo SEEC a laquoAgenda 2008raquo que foi colocada agrave venda

demasiado tarde (em Dezembro de 2008) Os potenciais clientes consideraram-na cara

Outros natildeo conheciam a loja O nuacutemero de vendas deste produto foi extremamente

baixo natildeo teve sucesso354

(figura nordm 82)

Figura nordm 82

Agenda 2008

354

Em Dezembro de 2009 e de 2010 o Serviccedilo de Preservaccedilatildeo do ARM criou a partir de reutilizaccedilatildeo de

materiais blocos e marcadores que foram colocados agrave venda na loja a um preccedilo baixo e tambeacutem como

elementos identificativos do Arquivo

189

534 Siacutetio Web

O Arquivo Regional da Madeira possui site disponiacutevel desde de 1999 com

endereccedilo electroacutenico wwwarquivo-madeiraorg

No iniacutecio a sua imagem foi associada a uma visatildeo claacutessica dos arquivos

predominando a cor creme Os conteuacutedos do homepage estavam relacionados com o

historial da instituiccedilatildeo guiatildeo dos fundos existentes bases de passaportes e de

casamentos base de pesquisa bibliograacutefica e serviccedilos prestados nomeadamente do

serviccedilo de certidotildees e da sala de leitura

Em 2001 a direcccedilatildeo considerou que a imagem e os conteuacutedos estavam a necessitar

de remodelaccedilotildees e nesse sentido foi criada pelo Engenheiro Informaacutetico Lino

Henriques em colaboraccedilatildeo com a directora Faacutetima Barros e a arquivista Sofia Santos

uma nova proposta que foi provisoacuteria ateacute finais de 2006

Figura nordm 83

Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Recorrendo a uma equipa de profissionais de informaccedilatildeo e segundo o relatoacuterio de

estaacutegio de Nateacutercia Gouveia reformulou-se o siacutetio na Internet no ano de 2006 sendo

apresentado ao puacuteblico em Janeiro de 2007 A nova versatildeo permaneceu disponiacutevel no

mesmo endereccedilo

190

laquoMais rubricas bases de dados actualizadas notiacutecias e uma

newsletter fizeram parte das novidades Aleacutem de um acreacutescimo

dos registos disponiacuteveis nas bases de dados os utilizadores

passaram a ter a possibilidade de solicitar certidotildees reproduccedilotildees

ou fazer requisiccedilotildees preacutevias de leitura on-line com recurso a

novos formulaacuterios disponiacuteveis no nosso siacutetioraquo355

foram as

alteraccedilotildees efectuadas

Figura nordm 84

Homepage actual do site do ARM

Nas rubricas de notiacutecias e destaques (actualizadas duas vezes por mecircs) satildeo

inseridas informaccedilotildees globais acerca das funccedilotildees actividades e projectos do ARM

Com a reestruturaccedilatildeo do siacutetio foi criada uma newsletter enviada mensalmente aos

leitores escolas serviccedilos puacuteblicos e casas da cultura com o objectivo de divulgar as

actividades da instituiccedilatildeo e transmitir informaccedilatildeo de interesse para os utilizadores A

newsletter acrescenta GOUVEIA laquopretende dar a conhecer natildeo soacute as potencialidades

oferecidas pelo novo siacutetio mas tambeacutem os serviccedilos e produtos disponiacuteveis no Arquivo

Regional da Madeiraraquo356

Os instrumentos descritivos do ARM contendo informaccedilotildees

sobre todos os fundos documentais estatildeo agora acessiacuteveis em formato pdf

Com esta reformulaccedilatildeo o Arquivo revelou-se uma vez mais preocupado em

responder aos clientes externos com uma resposta mais eficiente agraves solicitaccedilotildees que

chegam vindas de todo o mundo

Na mesma altura da renovaccedilatildeo do site foram criadas laquoInstruccedilotildees de Trabalhoraquo no

acircmbito da Certificaccedilatildeo de Qualidade e um laquoRegulamento Interno do Siteraquo onde eacute

apresentada a sua estrutura periodicidade e meacutetodo de alteraccedilatildeo de conteuacutedos recolha

validaccedilatildeo e salvaguarda de dados orientaccedilotildees sobre a newsletter versatildeo inglesa e

circuito de resoluccedilatildeo de natildeo conformidades e sugestotildees recebidas por essa mesma via

355

GOUVEIA Nateacutercia ndash Relatoacuterio de estaacutegio ARM Funchal 2008p 15 356

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob citp 16

191

Para sabermos mais sobre o nuacutemero de visitantes do site apresentamos a seguir os

dados estatiacutesticos da sua consulta entre os anos de 2007 e 2008

Figura nordm 85

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

A partir da observaccedilatildeo dos dados apresentados pode-se afirmar que desde a

reformulaccedilatildeo do site do ARM ateacute finais de 2008 o nuacutemero de visitantes aumentou em

cerca de 299 O nuacutemero de visitas diaacuterias tambeacutem reflecte esta tendecircncia sendo o mecircs

em que se assinalam mais visitas o de Dezembro em 2007 e o mecircs de Maio em 2008

534 Wisi ndash Intranet

No ano de 2007 foi apresentado no ARM o projecto da Intranet que ficou

designado por WISI As suas principais finalidades satildeo a laquomodernizaccedilatildeo e

requalificaccedilatildeo da Instituiccedilatildeoraquo357

e a disponibilizaccedilatildeo e funcionalidade da laquoinformaccedilatildeo

que interessa exclusivamente aos Serviccedilos e colaboradores do ARMraquo Noacutes diriacuteamos

mais o marketing interno passa a estar presente neste serviccedilo

laquoO primeiro passo eacute o registo de cada utilizador seguindo-se a

pesquisa e navegaccedilatildeo nos menus disponiacuteveis em Localizaccedilotildees

encontram-se dados sobre cada serviccedilo sala e telefone de cada

357

Nota de Direcccedilatildeo do ARM ARM Funchal Maio de 2007

192

colaborador O menu Qualidade integra o Manual da Qualidade e a

Aacutervore da Qualidade contendo os Procedimentos e os Impressos da

Gestatildeo da Qualidade O menu Serviccedilos de Suporte permite a pesquisa

em Pessoal (feacuterias faltas ou licenccedilas) dando acesso a uma explicaccedilatildeo

sobre direitos e deveres do funcionaacuterio e aos formulaacuterios necessaacuterios

para requerer ou justificar algo No Aprovisionamento podem ser

requeridos os materiais on-line A requisiccedilatildeo dos documentos ao

depoacutesito e a reproduccedilatildeo de documentos tambeacutem eacute feita atraveacutes do Wisi

No SOS Informaacutetica ou SOS Restauro registam-se os problemas

ocorridos No menu Serviccedilos Especiacuteficos encontram-se as informaccedilotildees

e documentos relacionadas com cada Serviccedilo Estatildeo tambeacutem

disponiacuteveis a Legislaccedilatildeo e as Estatiacutesticas do ARMraquo358

As notiacutecias e os destaques satildeo outro dos pontos importantes da nova Intranet

substituindo muitas vezes o quadro de avisos Todas as novidades alteraccedilotildees de

impressos formaccedilotildees ou outros assuntos de interesse satildeo disponibilizados na paacutegina

principal do Wisi359

Para percebermos a sua utilizaccedilatildeo pelo ARM mostramos os dados estatiacutesticos

desde Maio de 2007 data da sua concretizaccedilatildeo a 2008

Figura nordm 87

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

358

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob cit 359

Registos mensais estatiacutesticos do SEEC do ARM 2007 e 2008 Relatoacuterio de actividades do ARM de

2007 e de 2008 ARM Funchal

193

Como se pode observar a sua consulta tanto diaacuteria como mensal eacute bastante

grande A mudanccedila de nuacutemero de um ano para outro tem mesmo a ver com a habituaccedilatildeo

de utilizaccedilatildeo da Intranet fazendo parte do quotidiano do trabalho

535 Acolhimento

A niacutevel interno o ARM aposta na integraccedilatildeo de todos os funcionaacuterios O

acolhimento eacute feito pelo responsaacutevel do SEEC ao qual eacute dado conhecimento do novo

colaborador pela direcccedilatildeo No primeiro dia eacute efectuada uma visita orientada agraves aacutereas

teacutecnicas do Arquivo Regional e apresentado a todos os colegas No final eacute apresentado agrave

direcccedilatildeo que lhe daacute as boas-vindas

Posteriormente eacute feita uma apresentaccedilatildeo em Power Point sobre o espoacutelio e

funccedilotildees do ARM eacute tambeacutem dada a conhecer a politica da qualidade praticada e as

instruccedilotildees necessaacuterias para efectuar o seu registo e tomar contacto com o seu modo de

funcionamento No dia seguinte eacute integrado no serviccedilo no qual iraacute desempenhar as suas

funccedilotildees

Em 2008 foi criado o laquoManual de Acolhimento do ARMraquo que pretende ser mais

um instrumento de ajuda para integraccedilatildeo dos novos teacutecnicos

Concluindo podemos questionar O Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do

ARM utiliza o marketing no seu quotidiano

Claro que sim Desde o iniacutecio deste serviccedilo que fomos agrave procura do nosso

mercado A sua conquista caracterizou-se pela implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho aperfeiccediloados posteriormente com a implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade e a criaccedilatildeo de instrumentos que se destacam pelos conteuacutedos imagem

graacutefica e forma como satildeo transmitidos comunicados Tudo eacute feito a pensar no puacuteblico

Os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo as reuniotildees mensais do serviccedilo a avaliaccedilatildeo dos trabalhos

enviados pelos alunos e o contacto directo com os nossos clientes satildeo a forma de

responder agraves suas expectativas Exemplo disso foi a abertura das aacutereas teacutecnicas trecircs

vezes ao ano na actividade laquoDia Aberto agrave Comunidaderaquo a criaccedilatildeo da maleta

pedagoacutegica dedicada agrave Histoacuteria da Famiacutelia as formaccedilotildees dadas aos docentes com a

finalidade de transmitir os conhecimentos e ferramentas necessaacuterias agrave selecccedilatildeo dos

documentos de arquivo e potenciar a utilizaccedilatildeo das actividades e instrumentos

pedagoacutegicos concebidos pelo SE

Muito mais haacute a fazer para continuar a conquistar novos puacuteblicos sensibilizar a

comunidade educativa e sociedade para a importacircncia da pesquisa e da consulta das

194

fontes primaacuterias360

Todavia temos uma certeza haacute jaacute um grande nuacutemero de pessoas que

conhece o nosso acervo serviccedilos e ateacute reconhece a nossa profissatildeo O nuacutemero de

leitores aumentou nomeadamente docentes e temos um puacuteblico fidelizado que por sua

vez ajuda a divulgar este serviccedilo e Arquivo

Quanto ao composto mix neste serviccedilo podemos exemplificar da seguinte

forma

Produtos Praccedila Preccedilo Promoccedilatildeo

Instrumentos

pedagoacutegicos

Dinamizaccedilatildeo de

actividades

Exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Formaccedilotildees

Palestras

Visitas teacutecnicas e

visitas

orientadas

Formaccedilotildees

Site

Acolhimento

Intranet (wisi)

Gestatildeo de

espaccedilos puacuteblicos

Publicaccedilotildees

Do ARM para a

comunidade

Serviccedilo puacuteblico

Tempo de preparaccedilatildeo

das actividades

preparaccedilatildeo dos

espaccedilos puacuteblicos

Tempo de resposta

aos

pedidossolicitaccedilotildees

Newsletters

Dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das

actividades

Logoacutetipo do SE e

do ARM

Brochuras

Guiotildees das

exposiccedilotildees

Produtos

informativos

Notas de imprensa

Marcadores

Figura nordm 89

Composto mix do ARM

Fonte Sofia Santos

360

Um dos nossos grandes objectivos no primeiro trimestre de 2011 eacute a concretizaccedilatildeo de um caderno

pedagoacutegico sobre o Centenaacuterio da Implantaccedilatildeo da Repuacuteblica em Portugal para ser dinamizado no ano

lectivo de 20102011

195

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO

A gestatildeo de qualquer organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem nela trabalha Tudo deve ser planeado executado e implementado

de acordo com as matrizes de objectivos e de competecircncias de cada serviccedilosector de

forma a obter uma resposta eficiente e eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos

diferentes segmentos da organizaccedilatildeo Assim enquadrando-se os Arquivos Puacuteblicos

neste tipo de instituiccedilotildees o marketing contribui para posicionem o seu negoacutecio no

mercado com o fito de se distinguirem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing em geral e os

casos das bibliotecas da nossa experiecircncia profissional enquanto arquivista e

responsaacutevel pelo Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

e da anaacutelise dos inqueacuteritos efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal concluiacutemos

que

1 Os arquivos satildeo instituiccedilotildees geralmente consideradas inacessiacuteveis e fechadas ao

cidadatildeo comum universo no qual predomina ainda a ideia de lsquolugar escurorsquo

soturno frequentado apenas por investigadores eruditos estudantes

universitaacuterios e alguns curiosos Na verdade e na praacutetica esta ideia natildeo se

enquadra na sociedade actual comummente designada de Sociedade da

Informaccedilatildeo eou do Conhecimento

2 Se partirmos da ideia que um arquivo tem por objectivo preservar e conservar a

memoacuteria colectiva documental de uma instituiccedilatildeo de um local de uma regiatildeo

eou de um paiacutes a sua sobrevivecircncia nos dias de hoje passa igualmente por

identificar e criar um conjunto de bens serviccedilos e informaccedilotildees que vatildeo ao

encontro das necessidades da comunidade que serve

3 No contexto da sociedade global e mercantilista a sobrevivecircncia destes

organismos deve passar pelo incremento das ferramentas do marketing no seu

quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital de

informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando aquela ideia antes apontada de

serem os arquivos socialmente aceites como locais inacessiacuteveis como

demonstra o estudo de caso sobre o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do

Arquivo Regional da Madeira

4 Para contrariar a lsquoameaccedilarsquo que constitui o desconhecimento do acervo e das

funccedilotildees de raiz foi aliada a criaccedilatildeo de uma marca e produtos informativos que

196

permitiram criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do arquivo o

reconhecimento dos seus profissionais que dele usufruem como clientes externos

ou internos desenvolver um conjunto de accedilotildees formativas e informativas ndash

como exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas ndash

que valorizam e divulgam o seu espoacutelio documental testemunho da memoacuteria da

Regiatildeo ao longo de mais de cinco seacuteculos de Histoacuteria contribuir para uma mais

soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto cidadatildeos participantes incentivar

haacutebitos de pesquisa e cativar novos puacuteblicos natildeo habituados aos nossos

serviccedilos Conclusatildeo bem diferente eacute retirada da anaacutelise aos dez arquivos

distritais portugueses

5 Os inquiridos acreditam que para se utilizar o marketing haacute que ter recursos

financeiros e uma equipa mais ampla do que possuem actualmente Tal natildeo eacute

verdade se considerarmos que um bom atendimento ou resposta em tempo uacutetil

dos serviccedilos solicitados faz sempre um cliente satisfeito Esta situaccedilatildeo origina

por sua vez a passagem de informaccedilatildeo a outros e assim sucessivamente

acabando por trazer novos leitores

6 Para um arquivo puacuteblico atingir um grau de satisfaccedilatildeo elevado para os

leitoresutilizadores em bens informaccedilotildees e serviccedilos prestados eacute imperioso que

aposte numa equipa de trabalho coesa que deveraacute ser incentivada agrave planificaccedilatildeo

de todo o seu trabalho agrave formaccedilatildeo contiacutenua agrave participaccedilatildeo e intervenccedilatildeo com

novas ideias e agrave constante informaccedilatildeo sobre o que se passa no interior da

instituiccedilatildeo atraveacutes da participaccedilatildeo em reuniotildees perioacutedicas onde colegas e

superiores partilham conhecimento

7 Nesta medida anterior devem ser bem acolhidosincluiacutedos os novos funcionaacuterios

havendo a necessidade de utilizar um lsquomanual de acolhimentorsquo para em

qualquer momento se saber quem eacute quem e quais os serviccedilos prestados A

aposta no ambiente interno eacute essencial a bem servir o exterior Recorrendo uma

vez mais ao estudo de caso - SEEC as suas equipas tecircm-se revelado um factor

essencial ao seu sucesso por se complementarem entre si Jaacute no caso dos

arquivos distritais do paiacutes o nuacutemero de colaboradores do quadro (entre quatro e

cinco funcionaacuterios) dificulta o desenvolvimento deste tipo de iniciativas Jaacute para

os arquivos distritais todo o trabalho eacute feito puramente a pensar no cliente

externo sendo o marketing interno posto de lado

197

8 Para que os arquivos puacuteblicos possam operar a transformaccedilatildeo qualitativa

desejada eacute necessaacuterio que essa planificaccedilatildeo e definiccedilatildeo de estrateacutegias de

trabalho seja feita de acordo com a missatildeo visatildeo e valores do arquivo Nesse

sentido eacute tambeacutem necessaacuteria a identificaccedilatildeo do micro e do macro-ambiente e do

ambiente externo

9 Tomando o resultado da anaacutelise da arquiviacutestica os fornecedores de fundos

documentais e de bens materiais satildeo tambeacutem os do SE eacute distribuidora a equipa

teacutecnica que concebe implementa e dinamiza as actividades pedagoacutegicas e

culturais relacionando-se com a comunicaccedilatildeo social local que divulga as

iniciativas Neste grupo podem ainda ser incluiacutedos os mecenas patrocinadores e

voluntaacuterios que em tempos de dificuldades econoacutemicas satildeo fundamentais para

fazer chegar os produtos agrave comunidade

10 O estabelecimento de parcerias eacute tambeacutem essencial para os arquivos se

posicionarem na sociedade Quanto aos concorrentes natildeo considerariacuteamos numa

perspectiva economicista porque as empresas congeacuteneres - bibliotecas centros

de documentaccedilatildeo e outros arquivos ndash complementam entre si o serviccedilo prestado

aos leitores Todavia natildeo podemos deixar de frisar que a anaacutelise constante dos

clientes externos permite responder em tempo uacutetil agraves necessidades tangiacuteveis e

intangiacuteveis de novos puacuteblicos

11 O macro-ambiente relaciona-se com factores externos que interferem no

funcionamento interno das instituiccedilotildees Assim por exemplo em eacutepocas de crise

econoacutemica e financeira os arquivos sobretudo os que estatildeo sob a tutela

administrativa do estado geralmente lutam com constrangimentos orccedilamentais

12 Nos arquivos a conjugaccedilatildeo dos factores internos e externos referidos

influenciam as escolhas individuais dos utilizadoresclientesconsumidores e

reforccedilam a sua vantagem competitiva num mercado cada vez mais exigente A

fim de garantir-lhes uma vida dinacircmica e de acordo com as suas funccedilotildees e

recursos tornam-se necessaacuterias avaliaccedilotildeesdiagnoacutestico regulares que permitam

identificar os seus pontos fortes e fracos o que permitiraacute perceber quais os

principais obstaacuteculos agrave sua evoluccedilatildeo dando resposta aos vaacuterios nichos de

clientes

13 No caso do ARM o edifiacutecio eacute adequado agrave sua missatildeo primordial mas estaacute

localizado fora do centro da cidade num lugar onde natildeo haacute nuacutemero significativo

de transportes puacuteblicos razatildeo que dificulta a expansatildeo do nuacutemero de acccedilotildees no

198

seu espaccedilo Pelo que o SE do ARM tem procurado respostas de aproximaccedilatildeo agrave

sociedade Assim das ameaccedilas surgem oportunidades

14 Por tudo o que jaacute foi mencionado as forccedilas distinguem-se pela caracterizaccedilatildeo

do puacuteblico-alvo e pela aplicaccedilatildeo teoacuterica do marketing mix isto eacute os quatro

vectores que promoveratildeo o sucesso da instituiccedilatildeo produto praccedila preccedilo e

promoccedilatildeo traduzidos no esforccedilo comum da equipa de colaboradores (gestores e

executores) que ao idealizarem os bens serviccedilos e informaccedilotildees com imagem

cuidada design graacutefico aliados a bons conteuacutedos e agrave sua adequada divulgaccedilatildeo

(comunicaccedilatildeo) constituem factores que conduzem agrave excelecircncia destes serviccedilos

15 Mais uma vez recorrendo ao nosso objecto de estudo haacute que lembrar que esta

estrateacutegia eacute complementada pelo Sistema de Implementaccedilatildeo da Qualidade a

qual originou uma forccedila de trabalho a padronizaccedilatildeo dos seus procedimentos

que haacute que cuidar para natildeo cairem em efeitos perversos tornam-do-se ponto

fraco pelos efeitos nocivos no ambiente de trabalho

16 Um uacuteltimo aspecto a referir para o do arquivo seraacute a avaliaccedilatildeo dos projectos

Todas as actividades criadas deveratildeo ser verificadas internamente ndash

identificando-se o que estaacute bem e o que carece ser melhorado ndash o projecto eacute

validado ndash quando utilizado pelo puacuteblico que lhe daacute a sua aprovaccedilatildeo Daiacute ser

deveras importante aplicar e avaliar os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo que todos os

arquivos distritais portugueses aplicam na Sala de Leitura caixas de sugestotildees

livros de reclamaccedilotildees

199

BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INFORMACcedilAtildeO

Fontes de Referecircncia

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Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] Disponiacutevel URL

httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line] [Consultado a 23 de Setembro de 2008]

Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-estudosfilesII_Enquadramentopdf

HEREDIA HERRERA Antoacutenia ndash Archiviacutestica General Teoria y Practica Camas

Sevilha 1995 978-84-505-4784-9

Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo [on line] [Consultado a 20 de Julho de

2008] Disponiacutevel URL httpwwwposcmctesptdocumentospdfLivroVerdepdf

RIBEIRO Fernanda ndash A informaccedilatildeo nos arquivos A gestatildeo dos meios de acesso e

pesquisa In Comunicaccedilotildees de Bibliotecas Multiculturismo 5ordm Congresso Nacional de

Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e

Documentalistas Lisboa 1994Vol II ISBN 972-9067-20-1 p171-180

214

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo

[on line] [Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacuteble URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF

Subsiacutedios para um Dicionaacuterio Brasileiro de Terminologia Arquiviacutestica [on line]

[Consultado a 10 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

USHERWOOD Bob ndash A biblioteca puacuteblica como conhecimento puacuteblico Editora

Editorial Caminho Lisboa 1989 ISBN 972-21-1284-8

Legislaccedilatildeo normas e sites consultadas

Decreto de lei nordm 322 ndash A2001 de 14 de Dezembro alterado pelo Decreto de lei nordm

324 2007 de 28 de Setembro As reproduccedilotildees dos fundos judiciais seguem o artigo 9ordm

aliacutenea 3ordf do Decreto de Lei nordm 34 2008 de 26 de Fevereiro

Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 63 2007 I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa

Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143 2008 ndash I Seacuterie do

Ministeacuterio da Justiccedila

Decreto de Lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro

Decreto-Lei 7482 de 3 de Marccedilo da Biblioteca Nacional de Portugal

Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do Arquivo Nacional da Torre

do Tombo

Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M

215

Estatuto dos Benefiacutecios Fiscais (Benefiacutecios Fiscais Relativos ao Mecenato) diploma

aprovado pelo Decreto-Lei nordm 21589 de 1 de Julho na redacccedilatildeo dada pela Lei nordm 53-

A2006 de 29 de Dezembro e na redacccedilatildeo dada pelo Decreto-Lei nordm 1082008 de 26 de

Junho

Norma Portuguesa 405-1 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

1995 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-2 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Materiais natildeo livro 1998 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-3 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos natildeo publicados2000 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-4 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos electroacutenicos 2002 IPQ Lisboa

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos

baacutesicos IPQ Lisboa

Resoluccedilatildeo do Conselho de Ministros nordm 22 2001 de 27 de Fevereiro Diaacuterio da

Repuacuteblica nordm 49 2001 - I Seacuterie-B

wwwarchivesgov

wwwarchivesdefranceculturegouvfraction-culturelleaction-pedagogiqueoffre-basearchivobus

wwwarquivo-madeiraorg

wwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

wwwarquivodetorresvedrasnet

wwwarchivesnationalesculturegouvfrchanchanmuseeaction_culturelleateliershtm

wwwbparahazoresgovpthtml

216

wwwcfppt

wwwcollectionscanadaca

wwwdgarqpt

wwwianttpt

wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto

wwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

wwwnationalarchivesgovukget-involvedfriendshtm

wwwraee

217

LISTA DE ABREVIATURAS

ALIA - Australian Librarian and Information Association

ARM ndash Arquivo Regional da Madeira

BN ndash Biblioteca Nacional

CIA ndash Conselho Internacional de Arquivos

DL ndash Decreto-Lei

DGARQ ndash Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

IFLA ndash International Federation of Library Associations and Institutions

Nordm ndash Nuacutemero

P - paacutegina

SEEC ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

SH - Stakeholders

SP - Sem paginaccedilatildeo

SWOT - Strengths Weaknesses Opportunities Threats

218

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS

Figura n ordm 1 - Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Figura nordm 2 - Empresa com visatildeo comercial e Empresa com visatildeo de marketing

Figura nordm 3 - Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Figura nordm 4 - Resumo do conceito de marketing

Figura nordm 5 - Composto do marketing mix

Figura nordm 6 - Ciclo de vida do produto

Figura nordm 7 -Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de

preccedilo

Figura nordm 8 - Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Figura nordm 9 - Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Figura nordm 10 -Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11- Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Figura nordm 12 -Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Figura nordm 13 - Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Figura nordm 14 -Estrateacutegia de marketing de Morais

Figura nordm 15 -Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Figura nordm 16 -Resultado do inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios

Figura nordm 17 -Piracircmide de Maslow

Figura nordm 18 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 19 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo

(arquivo corrente intermeacutedio e definitivo)

Figura nordm 20 - Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 22 - Exemplo do Inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Figura nordm 23 -Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Figura nordm 24 -Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 25 -Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos

Figura nordm 26 - Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Figura nordm 27 -Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Figura nordm 28 -Marcas dos Serviccedilos Educativos do Arquivo Municipal de Lisboa

Casa do Infante e Arquivo da Poacutevoa de Varzim

Figura nordm 29 - Bloco de notas do Centro de Fotografia do Porto

219

Figura nordm 30 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos

de publicaccedilotildees folhetosdesdobraacuteveis

Figura nordm 31 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo

mostra documental

Figura nordm 32 -Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Figura nordm 33 -Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Figura nordm 34 -Exemplos de motivos para patrocinar

Figura nordm 35 -Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos

portugueses

Figura nordm 36 -Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 37 -Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Figura nordm 38 -Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos

Distritais

Figura nordm 39 - Processo de planificaccedilatildeo estrateacutegica de mercado

Figura nordm 40 -Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Figura nordm 41- Matriz SWOT

Figura nordm 42 -Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 43 -Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Figura nordm 44 -Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 45 -Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 46 -Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Figura nordm 47 - Locais de serviccedilo externo do ARM

Figura nordm 48 -Aspectos da Sala de Leitura do ARM

Figura nordm 49 -Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Figura nordm 50- Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

Figura nordm 51 - Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 52 -Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53 -Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 54 -Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM

de 2005 a 2008

Figura nordm 55 -Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo

Regional da Madeira

220

Figura nordm 56 -Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de

Arquivoraquo do SE

Figura nordm 57 -Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala

de Leitura

Figura nordm 58 -Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

Figura nordm 59 - laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de

passaporte e a reintegraccedilatildeo de um documento

Figura nordm 60 -Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da Serra

Figura nordm 61 -Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

Figura nordm 62 - Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e

apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes

e Ofiacutecios

Figura nordm 63 -Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Figura nordm 64 -Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

Figura nordm 65 -Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

Figura nordm 66 -Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

Figura nordm 67 - Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Figura nordm 68 - Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

Figura nordm 69 - Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao

Arquivo Regional da Madeiraraquo

Figura nordm 70 -Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional

da Madeiraraquo

Figura nordm 71 -Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 72 -A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

Figura nordm 73 -Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

Figura nordm 74 -Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

Figura nordm 75 -Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Figura nordm 76 - Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Figura nordm 77 -Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo

Figura nordm 78 -Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Figura nordm 79 -Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

221

Figura nordm 80 -Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Figura nordm 81 -Produtos de merchadinsing do ARM

Figura nordm 82 - Agenda 2008

Figura nordm 83 -Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Figura nordm 84 -Homepage actual do site do ARM

Figura nordm 85 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

Figura nordm 87- Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

Figura nordm 89 - Composto mix do ARM

Graacutefico A -Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Graacutefico B -Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

222

ANEXO

223

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

Local Lisboa

Data 27 de Janeiro de 2009

224

No dia 27 de Janeiro de 2009 contactamos com o Dr Silvestre Lacerda director de

serviccedilos da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Do resultado dessa reuniatildeo transcrevemos

uma suacutemula da nossa conversa dividida em cinco partes

Parte 1 Apresentaccedilatildeo da Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

laquoA Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos rege-se pelo Diaacuterio da Repuacuteblica I Seacuterie nuacutemero 63

de 29 de Marccedilo de 2007 Eacute o oacutergatildeo gestor da poliacutetica arquiviacutestica nacional sob a

jurisdiccedilatildeo do Ministeacuterio da Cultura e tem sob a sua tutela os arquivos distritais o centro

de Fotografia Portuguecircs e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo Eacute um serviccedilo central

da administraccedilatildeo directa do Estado sob a dependecircncia do Ministeacuterio da Cultura mas

dotado de autonomia administrativa usufruindo ainda de autonomia cientiacutefica e teacutecnica

na prossecuccedilatildeo das suas atribuiccedilotildees

De forma resumida podemos objectivar a missatildeo visatildeo e valores da seguinte forma

a) ldquoEstruturar promover e acompanhar de forma dinacircmica e sistemaacutetica a intervenccedilatildeo

do Estado no acircmbito da poliacutetica arquiviacutestica administrar as medidas adequadas agrave

concretizaccedilatildeo da poliacutetica e do regime de protecccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural

promover a salvaguarda valorizaccedilatildeo divulgaccedilatildeo acesso e fruiccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico e garantir os direitos do Estado e dos cidadatildeos nele consubstanciados a sua

utilizaccedilatildeo como recurso da actividade administrativa e fundamento da memoacuteria

colectiva e individualrdquo

b) ldquoO compromisso de se constituir como organismo de excelecircncia e de referecircncia a

niacutevel nacional e internacional apostando na constante valorizaccedilatildeo dos seus recursos

humanos e na qualidade dos produtos e serviccedilos prestados aos seus clientesrdquo

c) A sua aacuterea de actuaccedilatildeo relaciona-se com a qualificaccedilatildeo da rede e sistemas de

arquivos salvaguarda e classificaccedilatildeo de patrimoacutenio preservaccedilatildeo de documentos

(convencionais e digitais) e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeoraquo

Parte 2 Grupos-alvos e satisfaccedilatildeo das suas necessidades

laquoToda e qualquer populaccedilatildeo que esteja interessado em consultar os nossos fundos

documentais quer por motivos pessoais quer por motivos profissionais O acesso agrave

informaccedilatildeo eacute fundamental para a formaccedilatildeo de uma sociedade mais democraacutetica e atenta

ao meio em que se inserem Por isso haacute que estar atento agraves suas necessidades Nesse

sentido a DGARQ efectua tratamento teacutecnico de documentos de forma a disponibilizar

225

informaccedilatildeo para o cidadatildeo organiza e manteacutem programas intensivos de digitalizaccedilatildeo de

forma a produzir imagens dos documentos que satildeo disponibilizadas na internet Aleacutem

disso atraveacutes dos nossos serviccedilos centrais e dos arquivos dependentes disponibilizamos

ao utilizador a possibilidade de apoio na pesquisa e referecircncia serviccedilos de reproduccedilatildeo e

certificaccedilatildeo de documentos A nossa proacutexima etapa de satisfaccedilatildeo dos clientes eacute o portal

de arquivos projecto este que decorreraacute neste ano (2009) para facilitar um acesso aos

documentos de forma mais abrangente

Hoje tambeacutem apostamos no Serviccedilo Educativo cujas actividades satildeo desenvolvidas por

docentes com profissionalizaccedilatildeo via ensino para conquistar novos puacuteblicos

Efectuam-se visitas guiadas e exposiccedilotildees temaacuteticas

Como sabemos o que as pessoas querem percepccedilotildees atitudes A sua satisfaccedilatildeo pode

ser analisada atraveacutes de inqueacuteritos presenciais e disponibilizados no siteraquo

Parte 3 Produtos serviccedilos e informaccedilotildees disponibilizadas Formas de

disseminaccedilatildeo

laquoA DGARQ faz tanta coisahellipTentemos sintetizar site permanentemente actualizado

com informaccedilotildees de interesse sobre o organismo funccedilotildees notiacutecias etc Se consultarem

o nosso siacutetio ndash dgarqgovpt ndash poderatildeo ver tudo Fazemos consultorias auditorias

procedemos a transferecircncia de suportes disponibilizamos um site com imagens

digitalizadas classificamos o patrimoacutenio documental isto eacute registamos os bens de

interesse nacional ou tesouros nacionais como bens de interesse puacuteblico efectuamos

visitar agraves instalaccedilotildees mediante marcaccedilatildeo preacutevia transferimos suportes para salvaguardar

o nosso patrimoacutenio garantindo os direitos do Estado e dos cidadatildeos bem como o

acesso reproduccedilatildeo e apoio agrave pesquisa aos fundos documentais que possui etc etc etc

Aleacutem de que damos apoio teacutecnico aos arquivos sob a nossa dependecircncia e formaccedilatildeo agrave

nossa equipa

Procedemos ainda a ediccedilotildees como o Boletim da DGARQ distribuiacutedo em papel e

divulgado no nosso site Publicamos ainda actas de congressos documentos teacutecnicos

cataacutelogos e guias de exposiccedilotildees guias de Fundos estudos e documentos e inventaacuterio do

patrimoacutenio cultural

Efectuamos tambeacutem exposiccedilotildees

As formaccedilotildees para o puacuteblico externo como faziacuteamos e que eram pagos no tempo do

Instituto do Arquivo nacional da Torre do Tombo deixaram de ser feitas por falta de

226

puacuteblico Mas claro que continuamos a apostar em exposiccedilotildees e mostras seminaacuterios

teacutecnicos ou de divulgaccedilatildeo

Cedemos ainda o auditoacuterio procedemos a parcerias e emprestamos documentos caro de

acordo desde que o seu estado de conservaccedilatildeo o permita que a entidade organizadora

da exposiccedilatildeo decirc garantias de cumprimento das condiccedilotildees gerais e especiacuteficas previstas

neste Regulamento e que a iniciativa seja considerada pela DGARQ de relevante

interesse cultural e cientiacutefico

Tudo isto eacute divulgado na comunicaccedilatildeo social Internet e de acordo com a lista

protocolarraquo

Parte 4 Merchandising

laquoOs produtos que a DJARQ disponibiliza para venda resultam do estudo da sua

documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens estampadas do logoacutetipo do Arquivo

Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas e uma colecccedilatildeo de bijutaria

Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de ourivesaria efectuam-se peccedilas

de ourives com pormenores de desenhos de imagens iconograacuteficas Colocamos tambeacutem

agrave disposiccedilatildeo do leitor as nossas ediccedilotildees e que jaacute referimos

Um exemplo que deve ser observado no caso de merchandising aplicado nos Arquivos

Puacuteblicos eacute o projecto desenvolvido pelo Centro de Fotografia Portuguecircsraquo

Parte 5 Marketing na DGARQ

laquoSe aplicamos os conceitos mercadoloacutegicos na DGARQ Sim Todas e quaisquer

actividades realizadas por noacutes eacute efectuado um estudo preacutevio ou seja elaboramos um

plano de trabalho com objectivos etapas prazos de execuccedilatildeo indicadores de

desempenho custos e definimos quem eacute a equipa responsaacutevel pela sua concretizaccedilatildeo

No final avaliamos se a actividade foi ou natildeo eficaz e o que se pode melhorar Nada eacute

feito ao acasoraquo

227

Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem

Local Funchal

Data 30 de Janeiro de 2009

228

Para melhor conhecermos a importacircncia da Internet como produto nos Arquivos

Puacuteblicos propomos a leitura de uma entrevista efectuada a Sara Lomelino designer da

empresa madeirense de Web amp Multimedia Navega Bem Vejamos o seu modo de

funcionamento

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Navega Bem Quando foi criada visatildeo

missatildeo e valores

Sara Lomelino (SL) A Navega Bem web Design como o proacuteprio nome indica eacute uma

empresa que se afirma num bom design e numa aposta de qualidade de imagemserviccedilo

A nossa missatildeo eacute fornecer um serviccedilo de qualidade a todos os nossos clientes

Melhorando a imagem visual em trecircs princiacutepios fundamentais consultadoria

planificaccedilatildeo e marketing Soluccedilotildees de web design que satildeo adaptadas para servir as

necessidades e disponibilidade financeira do cliente

Foi criada em Agosto 2006

Visatildeo ndash eacute uma empresa cujo objectivo principal eacute desempenhar um bom trabalho na

aldeia global que eacute a Internet os nossos clientes estatildeo agrave distacircncia que estamos do

monitor

Valores ndash os nossos valores baseiam-se satisfazer os clientes com sites profissionais

tentar ir sempre de encontro com os seus ideais e incutir as novas tecnologias como um

importante meio de comunicaccedilatildeo

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

SL Trabalhamos em equipa sem departamento de marketing Somos 6 elementos 3

Programadores 2 designers 1 gestor de projectos

Gestor de Projectos - gerir os projectos desde o primeiro contacto com o cliente

passando pela distribuiccedilatildeo dos trabalhos pelos colegas e finalmente a verificaccedilatildeo de

erros e entrega final

Designers ndash criarestudar o design de todos os projectos assim como tambeacutem trabalhar

o conteuacutedo dos mesmos e dar formaccedilatildeo

Programadores ndash programar ldquoconstruirrdquo os sites dar assistecircncia teacutecnica e formaccedilatildeo aos

clientes

229

SS Quando vos pedem para realizar um site quais satildeo os cuidados que tecircm para a

sua concretizaccedilatildeo Fazem estudo da empresa e do mercado-alvo Que etapas

seguem Estudam os nichos de mercado

SL Em primeiro lugar ldquoestudamos o clienterdquo mas o maior cuidado que temos eacute sempre

tentar ir de encontro com o ideal do cliente Eacute muito importante sabermos todos os

pormenores e entatildeo depois fazemos uma pesquisa de mercado Damos a nossa

opiniatildeosugestatildeo sem nunca esquecer a visatildeo do cliente

De forma sucinta os projectos de sites numa primeira fase passam pela gestora de

projectos agrave qual acerta os pormenores ldquoburocraacuteticosrdquo e atribui os mesmos aos colegas

de design e programaccedilatildeo

Em seguida eacute criado o design e posteriormente passa agrave fase de programaccedilatildeo

Quando concluiacutedo antes de ser entregue ao cliente final todo o trabalho eacute verificado

afim de correcccedilatildeo de possiacuteveis erros

SS A imagem eacute importante para as empresas desenvolverem os seus negoacutecios

SL A primeira impressatildeo conta A primeira impressatildeo tem um enorme impacto na

maneira como as pessoas acedem ou ateacute como ficam ldquopresasrdquo a um website A Navega

Bem entende um site como sendo uacutenico cujo design eacute feito agrave medida e o coacutedigo

compatiacutevel com todos os browsers Um site numa empresa eacute como se fosse uma montra

de uma lojahellip ldquose nos cativar entramos caso contraacuterio nunca mais laacute voltamosrdquo

Cada vez mais as empresas apostam na imagem na Internet

SS Acham que eacute factor determinante para marcarem uma posiccedilatildeo no mercado

SL A imposiccedilatildeo de uma imagem de marca na internet eacute importante Cada empresa

reserva a sua posiccedilatildeo na internet para mostrar aquilo que faz e que vale e nos nossos

dias os sites satildeo cada vez mais profissionais e por sua vez mais crediacuteveis para os

consumidores

Na nossa opiniatildeo a ideia eacute que todas as empresas ou ateacute mesmo pessoas individuais

apostem em sites profissionais com uma imagem uacutenica e apelativa que vaacute de encontro

com os ideais e satisfaccedilam as necessidades dos utilizadores e dos empresaacuterios nos seus

negoacutecios

SS No caso de empresas natildeo lucrativas acham que devem transpor esta realidade

para o seu trabalho Que conselhos dariam

230

SL Claro que sim

Diriacuteamos que deveriam apostar na Internet pois o direito agrave web e o acesso agrave informaccedilatildeo

eacute muito importante para a nossa evoluccedilatildeo e para o auto conhecimento

A Internet eacute uma maneira das instituiccedilotildees chegarem a todo o lado de procurarem

apoios de fazer mostrar aquilo que fazem e dar exemplos a terceiros

A informaccedilatildeo na Internet eacute um direito que todos noacutes deveriacuteamos ter Por esta razatildeo a

Navega Bem - Web Design Madeira aposta fortemente em websites de Barreira-Livre

adaptando-se da melhor maneira agraves necessidades de cada instituiccedilatildeo empresa ou

particular

231

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto

Local Porto

Data Agosto de 2009

232

Merchandising nos Arquivos Puacuteblicos ainda natildeo eacute muito comum Para melhor

percebermos o que se fazer a este niacutevel optaacutemos por entrevistar Acircngela Carvalho

Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do

Porto que segundo o Dr Silvestre Lacerda Director-Geral dos Arquivos referiu-nos

em conversa como sendo um laquoexemplo a conhecerraquo Vejamos o testemunho deixado

Sofia Santos (SS) Diga-nos que entendem por merchandising

Acircngela Carvalho (AC) Eacute uma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de teacutecnicas

que colocam o produto ao alcance do consumidor de uma forma destacada dando-lhe maior

visibilidade e possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo de motivar e

influenciar as decisotildees de quem compra

SS Que tipo de produtos existem na vossa loja

AC A Loja do CPF como parte integrante do Centro de Exposiccedilotildees do Centro Portuguecircs de

Fotografia tem como objectivo divulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e sensibilizaccedilatildeo do

puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece tambeacutem a cada visitante a oportunidade de

conhecer e adquirir outras produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e

outros produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito) direccionados para puacuteblicos

infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas

caracteriacutesticas especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em geral

bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postais

SS Como eacute feita a selecccedilatildeo apresentaccedilatildeo dos mesmos Que criteacuterios foram utilizados

para a sua selecccedilatildeo

AC A produccedilatildeo editorial do CPF decorre assim por norma da sua programaccedilatildeo expositiva

Com efeito grande parte das publicaccedilotildees editadas algumas em co-produccedilatildeo com outras

instituiccedilotildees nacionais e estrangeiras (Centro de Arte Moderna Joseacute de Azeredo Perdigatildeo da

Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian Sprengel Museum Hannover Seattle Art Museum Centro

Cultural de Beleacutem Silo Espaccedilo Cultural Norte-Shopping Sociedade Portugal-Frankfurt) satildeo

cataacutelogos de exposiccedilotildees que estiveram patentes ao puacuteblico no edifiacutecio sede do CPF Existem

duas colecccedilotildees de livros Colecccedilatildeo Teorias e Praacuteticas e a Colecccedilatildeo de Bolso (com 9 tiacutetulos

editados) A par destas podem encontrar-se monografias como o ldquoManual do Cidadatildeo Aureacutelio

da Paz dos Reisrdquo um jornal ndash Ersatz ndash e duas publicaccedilotildees no campo dos audiovisuais

A aquisiccedilatildeo de outras publicaccedilotildees e produtos realiza-se de acordo com as possibilidades

orccedilamentais do serviccedilo e atendendo a criteacuterios de interesse esteacutetico e educativo

233

SS Como dinamizam esse espaccedilo Datildeo a conhecer os vossos produtos

AC As publicaccedilotildees e produtos satildeo divulgados atraveacutes do siacutetio do CPF (wwwcpfpt) natildeo

existindo agrave data nenhuma estrateacutegia concertada de difusatildeo Podem tambeacutem ser adquiridos em

algumas lojas de organismos do Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias

Relativamente agrave dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito cultural

da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em que satildeo disponibilizadas ao

puacuteblico recensotildees mensais de livros de Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de

sugestotildees mensais de leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo com referecircncia tambeacutem a

outras publicaccedilotildees associadas em termos de autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as

recensotildees as mesmas satildeo apresentadas sob a forma de breves dossiers disponiacuteveis para

consulta

SS Haacute receptividade por parte dos clientes internos e externos

AC Sim pode-se dizer que o CPF tem um puacuteblico receptivo agrave existecircncia de um ponto de

venda nas suas instalaccedilotildees sobretudo porque o visitante das exposiccedilotildees interessa-se pelo

menos em ver o cataacutelogo correspondente Conveacutem tambeacutem referir que o puacuteblico do CPF se

trata em grande parte de um puacuteblico estudantil sem grandes recursos financeiros para investir

em publicaccedilotildees e isso traduz-se inequivocamente nas receitas arrecadadas No entanto o

fenoacutemeno do turismo tambeacutem tem repercussotildees nesta aacuterea impulsionando de certa forma as

vendas Para isso tornou-se imprescindiacutevel a publicaccedilatildeo de livros cataacutelogos bilingues

234

Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Local Lisboa

Data Marccedilo de 2009

235

Para sabermos sobre as praacuteticas do marketing cultural e de merchadising o Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian atraveacutes da sua responsaacutevel

Drordf Susana Prudecircncio Com isto esperamos uma vez mais mostrar mais um exemplo

de boas praacuteticas do marketing numa instituiccedilatildeo cultural

Sofia Santos (SS) Dentro do trabalho desenvolvido na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian o que entende por marketing

Susana Prudecircncio (SS) Este Gabinete desenvolve algumas acccedilotildees de marketing

cultural que tecircm como principal objectivo promover a aproximaccedilatildeo a novos puacuteblicos e

por outro lado fidelizar os jaacute existentes

SS O vosso organismo pratica o chamado marketing cultural Quais satildeo as

vantagens da utilizaccedilatildeo deste tipo de ferramenta

SP Todas as acccedilotildees no acircmbito do marketing Cultural satildeo feitas quer atraveacutes de uma

melhor e actual divulgaccedilatildeo das exposiccedilotildees e eventos quer atraveacutes das lojas que satildeo

hoje em dia cada vez mais um veiacuteculo fundamental para a divulgaccedilatildeo das instituiccedilotildees

A escolha e execuccedilatildeo dos objectos para as lojas tecircm como base rigorosos criteacuterios de

esteacutetica de qualidade dos materiais utilizados e de preservaccedilatildeo da imagem da Fundaccedilatildeo

A procura de soluccedilotildees inovadoras tem-nos levado a efectuar parcerias com designers e

fornecedores visando ampliar e aprofundar a fruiccedilatildeo quer para coleccionadores quer

para uso proacuteprio ou como excelentes objectos para oferta

SS Em termos do merchadising que praticam quais satildeo os cuidados que tecircm

SP Os produtos agrave venda nas lojas da Fundaccedilatildeo satildeo produtos exclusivos e todos eles

inspirados nas obras da colecccedilatildeo do Museu do Centro de Arte Moderna ou nos Jardins

da Fundaccedilatildeo e por isso um excelente veiacuteculo de divulgaccedilatildeo

SS Para si haacute diferenccedilas entre patrociacutenio e mecenato na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian

SP Por uacuteltimo a grande diferenccedila entre Patrociacutenio e Mecenato eacute na minha perspectiva

o facto de num mecenato existir uma conjugaccedilatildeo de esforccedilos uma parceria que faz com

que um evento aconteccedila Num Patrociacutenio eacute dado um apoio que se traduz em

publicidade

236

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora

Local Lisboa

Data Fevereiro de 2009

237

Mediante a apresentaccedilatildeo de um programa de cultural na televisatildeo puacuteblica

portuguesa - Cacircmara Clara - tivemos conhecimento da Sextante Editora Entre os

vaacuterios assuntos abordados foi a questatildeo laquocomo dar conhecer um livroraquo A partir daiacute foi

elaborada uma entrevista a Joatildeo Rodrigues responsaacutevel da editora e que agora

transcrevemos como exemplo para os Arquivos Puacuteblico seguirem nas suas ediccedilotildees

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Sextante Editora Quando foi criada

visatildeo missatildeo e valores

Joatildeo Rodrigues (JR) A Sextante Editora eacute uma editora de cultura e parte em busca de

leitores pensantes acreditando que o melhor negoacutecio eacute um bom livro ndash jaacute que editar eacute

tambeacutem desde pelo menos haacute cinco seacuteculos um honroso negoacutecio Sem descurar os

tempos as mudanccedilas e os obstaacuteculos naturais eis-nos carregando felizes o fardo de

passadores da coisa escrita Cabeccedila nas nuvens e peacutes bem assentes no chatildeo como dizia

Giangiacomo Feltrinelli parece-nos uma boa atitude

Acreditamos que nos compete uma batalha de raiz cultural tendo como pilar central a

criaccedilatildeo literaacuteria em liacutengua portuguesa Natildeo se trata de dar exemplo As editoras natildeo tecircm

de ser todas iguais e respeitamos claramente as opccedilotildees dos editores que orientam o seu

cataacutelogo e as suas escolhas pelas modas e pelos desejos dos consumidores Mas noacutes

para os nossos livros na companhia de muitos outros editores do passado e de hoje

queremos leitores pensantes natildeo leitores abuacutelicos e preguiccedilosos procurando apenas

entretenimento passageiro

Sabemos que eacute difiacutecil esta escolha Mas temos opiniatildeo e queremos fazecirc-la saber A

nossa poliacutetica seraacute encontrar bons livros e saber vendecirc-los Natildeo se trata de todo de fazer

livros maccediladores e soacute possiacuteveis de ler por eruditos queremos que a grande criaccedilatildeo

aquela que move os leitores quer no campo da ensaiacutestica quer no do romance e da

poesia seja fruto apeteciacutevel e jovial digeriacutevel pela generalidade dos leitores Queremos

imodestamente fazer livros que durem geraccedilotildees

Os nossos esforccedilos estaratildeo sempre ao lado de quem se bate pelo alargamento da leitura

Sem isso natildeo nos parece fazer sentido editar livros num paiacutes onde provavelmente

metade da populaccedilatildeo adulta natildeo eacute capaz de ler uma histoacuteria de adormecer a uma

crianccedila

238

A Sextante seraacute pois casa de Leitura e de Cultura Como estamos nos confins da Europa

e falamos portuguecircs adoptaacutemos como lema palavras de Vergiacutelio Ferreira laquoDa minha

liacutengua vecirc-se o marraquo Faz sentido que esta liacutengua seja pilar da nossa acccedilatildeo

E assim seraacute a Sextante em primeiro lugar natildeo refuacutegio mas casa acolhedora para

autores que escrevem em portuguecircs De Portugal de Timor da Aacutefrica e do Brasil

E a Sextante seraacute tambeacutem poiso de aves migratoacuterias queremos escritores de outras

paragens consagrados ou natildeo que escrevem com alma que escrevem para fazer as

grandes perguntas para expor as grandes duacutevidas natildeo apenas para tranquilizar os

espiacuteritos

Satildeo livros assim que queremos colocar na mesinha-de-cabeceira dos leitores

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

JR Natildeo temos equipa de marketing Esta eacute uma empresa com trecircs pessoas e os

programas de marketing e comunicaccedilatildeo satildeo preparados e desenvolvidos por noacutes

editores em conjugaccedilatildeo com as chefias de vendas da distribuidora a Centralivros

Acreditamos muito na diferenccedila que faz um bom programa de MampC e procuramos

fazecirc-lo de forma profissional com a maacutexima qualidade quer no marketing para pontos

de venda quer na comunicaccedilatildeo social e no contacto directo com os leitores

SS Quando recebem um novo livro na vossa editora antes da sua publicaccedilatildeo

fazem estudo de mercado Se sim podem indicar as etapas deste trabalho

JR Natildeo fazemos propriamente estudos de mercado apenas consultas agrave equipa de

vendas e a alguns clientes mais importantes

SS Antes da sua ediccedilatildeo como projectam planeiam a sua imagem Que regras

seguem e que cuidados tecircm

JR Estudamos o livro que escolhemos e o caminho que ele pode fazer argumentos de

venda melhores oportunidades de colocaccedilatildeo no programa histoacuterico do autor etc A

capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo procurando sempre manter uma

imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo logo) mas tambeacutem sendo dentro

dessa grelha suficientemente maleaacuteveis para atingir niacuteveis elevados de contacto com os

leitores no ponto de venda

239

No caso de ediccedilotildees anteriores fazem algo para que o nuacutemero de vendas seja maior Ou

seja que tipo de iniciativas desenvolvem

A saiacuteda de tiacutetulos novos de um autor jaacute no cataacutelogo permite normalmente esforccedilos de

recolocaccedilatildeo de fundo eficazes Os preacutemios que os livros obtecircm tambeacutem Fazemos

tambeacutem campanhas de fundo e ateacute saldos em momentos especiais feiras do livro

periacuteodos de pico de vendas (Natal) aproveitamentos de datas comemorativas

relacionadas com livros etc

SS Como se definiria a vossa imagem editorial O que tem de diferente das

outras editoras

JR Literaacuteria cataacutelogo forte de autores portugueses com qualidade graacutefica e qualidade

de conteuacutedos natildeo enganando o puacuteblico leitor

SS Seraacute que esta realidade tambeacutem se pode aplicar a Arquivos puacuteblicos Porquecirc

Que tipo de laquodicasraquo sugeria a estes tipos de organismos

JR Estou muito longe da realidade dos arquivos puacuteblicos Creio que as bibliotecas

poderiam beneficiar da praacutetica de uma poliacutetica eficaz de comunicaccedilatildeo (e ateacute de

marketing) com os leitores potenciais da sua zona de influecircncia A relaccedilatildeo das

bibliotecas com os editores pode ser tambeacutem muito incrementada e com resultados

positivos Estaacute longe de se fazer o miacutenimo neste acircmbito

SS Para terminar o que entende por marketing editorial

JR Para mim marketing editorial eacute um trabalho indispensaacutevel no acircmbito desta

induacutestria Fazer livros sem um programa capaz de MampC eacute um desperdiacutecio Os editores

satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de saber comunicar com todos os

intermediaacuterios e com os leitores Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e

contacto directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo essenciais Tudo isto

tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada livro eacute um produto diferente e que exige

diferentes esforccedilos

240

Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel

Local Penafiel

Data Marccedilo de 2009

241

O Arquivo Municipal de Penafiel foi o primeiro organismo que em Portugal que criou a

Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo de Penafiel em 2003 Foi seguido posteriormente

pelos Amigos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e em 2009 pelo Arquivo

Distrital do Porto Deixamos aqui o testemunho dado pela responsaacutevel deste projecto

Drordf Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo Municipal de Penafiel

Sofia Santos (SS) Quais foram os motivos que levaram a agrave criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo

dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

Paula Sofia (SS) Os motivos para a criaccedilatildeo a Associaccedilatildeo de Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel deve-se a dois factores

- Em primeiro lugar aproximar do Arquivo sobretudo da sua vertente cultural e

educativa os utentes do arquivo bem como os proprietaacuterios de fundos documentais agrave

guarda do arquivo atraveacutes dos contratos de tratamento e digitalizaccedilatildeo e contratos de

depoacutesito Tornando-os desta forma participantes e intervenientes activos da difusatildeo

cultural Soacute pertencendo a uma Associaccedilatildeo destas as pessoas se co-responsabilizam por

esta vertente cultural Foi desta forma uma maneira de chamar os cidadatildeos a uma

vivecircncia cultural que faz parte da sua histoacuteria

Em 2ordm lugar a criaccedilatildeo de uma associaccedilatildeo cultural sem fins lucrativos permitindo

tambeacutem agilizar certos processos para a realizaccedilatildeo de eventos culturais como cursos

coloacutequios jornadas exposiccedilotildees e ateliers

SS Sobre a forma de conquista de amigos Neil KOTLER e Philip KOTLER no

livro laquoEstrategias e marketing de museosraquo dizem que haacute que criar um plano de

marketing massivo Isto eacute numa primeira fase enviam de forma indiscriminada

folhetos a explicar os objectivos da associaccedilatildeo Depois do resultado das respostas

obtidas define-se o puacuteblico que os museus querem como laquoamigos Foi esse o

caminho seguido por vocecircs Seraacute que nos pode indicar a sua planificaccedilatildeo etapa

para a sua constituiccedilatildeo

PS Natildeo natildeo foi esse caminho optado por noacutes As etapas para a constituiccedilatildeo da

Associaccedilatildeo ldquoAmigos do Arquivo de Penafielrdquo foram

1 Constituiccedilatildeo de uma Comissatildeo Instaladora

2 Marcaccedilatildeo de uma reuniatildeo com a Comissatildeo Instaladora e eventuais soacutecios

fundadores

3 Elaboraccedilatildeo de Estatutos

242

4 Pedido de atribuiccedilatildeo do nuacutemero provisoacuterio de Pessoa Colectiva

5 Registo da Associaccedilatildeo na Conservatoacuteria do Registo Notarial (formalizaccedilatildeo

legal da Associaccedilatildeo)

6 Publicaccedilatildeo em Diaacuterio da Republica da constituiccedilatildeo da Associaccedilatildeo

7 Marcaccedilatildeo de uma Assembleia-geral para aprovaccedilatildeo dos Estatutos

8 Eleiccedilatildeo dos Corpos Gerentes

SS Pode indicar-nos os estatutos desta associaccedilatildeo

PS Apresento-vos os nossos estatutos da seguinte forma

Estatutos dos Amigos do Arquivo de Penafiel

CAPITULO I

Princiacutepios Gerais

Artigo 1ordm

(Denominaccedilatildeo acircmbito e sede)

1 ndash Os Amigos do Arquivo de Penafiel adiante designada por Amigos ou pelas iniciais

(AAP) satildeo uma instituiccedilatildeo sem fins lucrativos que se regeraacute pelos presentes Estatutos

e nos casos omissos pela Lei Geral e em particular pelas leis das Associaccedilotildees

2 ndash Os Amigos exerceratildeo a sua actividade no concelho de Penafiel e na regiatildeo e seraacute

constituiacuteda pelos elementos que nela pretendam ingressar segundo as regras

estabelecidas no artigo 4ordm do presente estatuto

3 ndash Os Amigos tecircm sede nas instalaccedilotildees do Arquivo Municipal de Penafiel Quelho das

Castanhas Av Soares de Moura

Artigo 2ordm

(Fins)

1 ndash Os Amigos (AAP) tecircm como objectivos o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel e regiatildeo e do

Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se nomeadamente

243

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de recuperaccedilatildeo

da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio arquiviacutestico do

concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou de

depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais teacutecnicos ou de

contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que o Arquivo

necessite para seu funcionamento nomeadamente material necessaacuterio ao

tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos fundos arquiviacutesticos

pertenccedilas ao Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal bem como a

realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe seja

solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou

seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a realizaccedilatildeo dos fins

que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios jornadas e

cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do Concelho e regiatildeo com a

Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e do

Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Artigo 3ordm

(Receitas)

Satildeo receitas patrimoniais dos Amigos as provenientes de

a) As quotas dos associados

b) As doaccedilotildees subsiacutedios heranccedilas ou legados

c) Os resultados da venda de quaisquer publicaccedilotildees ou produccedilotildees por si

comercializados bem como os proveitos da realizaccedilatildeo de cursos e acccedilotildees de

formaccedilatildeo

d) Os rendimentos de bens proacuteprios

244

CAPIacuteTULO II

Associados

Artigo 4ordm

(Associados)

1 ndash Satildeo associados as pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiras que

querendo prosseguir os fins dos Amigos sejam admitidos pela Direcccedilatildeo

2 ndash Os associados podem ser

a) Efectivos

1) Individual

2) Famiacutelia

3) Pessoa colectiva ou entidade equiparada

b) Contribuintes

c) Honoraacuterios

3 ndash Os associados efectivos satildeo admitidos pela Direcccedilatildeo mediante proposta subscrita

por um associado e pelo interessado e colaboram efectivamente na vida dos Amigos

empenhando-se na prossecuccedilatildeo dos seus fins

a) Eacute associado efectivo Individual o associado em nome individual

b) Eacute associado efectivo Famiacutelia o associado cocircnjuge e filhos menores de 18

anos

c) Eacute associado efectivo toda a pessoa colectiva ou entidade equiparada

independentemente da sua qualificaccedilatildeo juriacutedica

4 ndash Satildeo associados Contribuintes aqueles que tenham oferecido documentos ou fundos

arquiviacutesticos ao Arquivo Municipal ou contribuiccedilotildees monetaacuterias de relevo nos termos

fixados pela Assembleia Geral

5 ndash Satildeo associados Honoraacuterios aqueles que pelos serviccedilos especiais prestados ao

Arquivo Municipal de Penafiel sejam considerados pela Assembleia Geral mediante

proposta da Direcccedilatildeo dignos de tal distinccedilatildeo

6 ndash Os associados efectivos Pessoa Colectiva ou entidade equiparada satildeo representados

por uma uacutenica pessoa mandatada por procuraccedilatildeo e indicada aos Amigos do Arquivo de

Penafiel

245

Artigo 5ordm

(Direitos dos Associados)

1 ndash Satildeo direitos dos associados efectivos

a) Participar nas reuniotildees da Assembleia Geral

b) Participar nas deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

c) Eleger e ser eleito para os oacutergatildeos associativos

d) Participar em todas as iniciativas dos Amigos

e) Obter desconto nas produccedilotildees do Arquivo Municipal em percentagens fixadas

pela Direcccedilatildeo

f) Ser informado sobre iniciativas do Arquivo Municipal

g) Ter acesso a visitas guiadas exclusivas para Amigos

2 ndash O primeiro titular dos Associados Famiacutelia goza de todos os direitos consignados no

nordm 1 Satildeo direitos dos restantes titulares os consignados nas aliacuteneas a) d) e) f) e g)

3 ndash Satildeo direitos dos associados contribuinte e honoraacuterios os referidos nas aliacuteneas a) d)

e) f) e g) do nuacutemero 1

Artigo 6ordm

(Deveres dos Associados)

1 ndash Satildeo deveres dos Associados

a) Exercer os cargos para os quais tenham sido eleitos

b) Pagar quota anual fixada e alterada pela Assembleia Geral

2 ndash Os associados Contribuintes e Honoraacuterios estatildeo isentos do pagamento da quota

Artigo 7ordm

(Cessaccedilatildeo da qualidade de associado)

Perde-se a qualidade de associado

a) Pela demissatildeo pedida pelo interessado

b) Por qualquer motivo que a Direcccedilatildeo considere como determinante dessa

exoneraccedilatildeo devidamente fundamentada a qual deve ser confirmada pela

Assembleia Geral por maioria de dois terccedilos

c) Pelo natildeo pagamento de quotas correspondente a um periacuteodo de dois anos

246

CAPIacuteTULO III

Oacutergatildeos da Associaccedilatildeo

Artigo 8ordm

(Oacutergatildeos)

Satildeo oacutergatildeos dos Amigos (AAP)

a) A Assembleia Geral

b) A Direcccedilatildeo

c) O Conselho Fiscal

Artigo 9ordm

(Mandato e reeleiccedilatildeo)

1 ndash O mandato dos titulares dos oacutergatildeos dos Amigos Mesa da Assembleia Geral

Direcccedilatildeo e Conselho Fiscal tem a duraccedilatildeo de trecircs anos e termina com a posse dos

novos titulares

2 ndash A duraccedilatildeo do mandato coincide com o ano civil e conta-se como completo o ano da

eleiccedilatildeo

3 ndash Os membros cooptados ou designados nos termos do disposto na aliacutenea g) nordm 1 do

artordm 17ordm satildeo-no apenas para completarem o mandato respectivo

SECCcedilAtildeO I

Assembleia Geral

Artigo 10ordm

(Assembleia Geral)

A Assembleia Geral eacute constituiacuteda por todos os associados no pleno gozo dos seus

direitos associativos

Artigo 11ordm

(Competecircncia)

Compete agrave Assembleia Geral

a) Eleger a mesa da Assembleia bem como a Direcccedilatildeo e o Conselho Fiscal

247

b) Apreciar discutir e votar o orccedilamento e o plano de actividades para o

exerciacutecio seguinte

c) Apreciar discutir e votar na primeira reuniatildeo anual o relatoacuterio e contas

apresentado pela Direcccedilatildeo depois de sujeitas ao parecer do Conselho Fiscal

relativa ao exerciacutecio anterior

d) Fixar o quantitativo das quotas a pagar pelos associados

e) Alterar e interpretar os presentes Estatutos

f) Deliberar sobre a dissoluccedilatildeo dos Amigos

g) Ratificar ou natildeo os actos referidos na aliacutenea c) e) f) e g) do nordm 1 do artordm 17

h) Pronunciar-se sobre qualquer assento de interesse para a realizaccedilatildeo dos

objectivos dos Amigos

i) Apreciar a actividade da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal

j) Aprovar e alterar o Regulamento Eleitoral

Artigo 12ordm

(Mesa da Assembleia Geral)

1 - A mesa da Assembleia Geral eacute constituiacuteda por quatro membros Presidente Vice-

Presidente e dois Secretaacuterios

2 ndash Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral

a) Convocar as Assembleias Gerais ordinaacuterias e extraordinaacuterias

b) Presidir agrave reuniatildeo da Assembleia Geral e orientar os trabalhos

c) Dar posse aos membros da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal no prazo de oito

dias apoacutes a realizaccedilatildeo da Assembleia Geral eleitoral

d) Assinar as actas das Assembleias e proceder agrave legalizaccedilatildeo do livro respeitante

agrave Assembleia Geral

Artigo 13ordm

(Reuniotildees da Assembleia Geral)

1 ndash A Assembleia Geral reuacutene ordinariamente duas vezes por ano no primeiro e no

uacuteltimo trimestre de cada ano para os fins constantes respectivamente das aliacuteneas c) e b)

do artordm 11ordm

248

2 ndash A Assembleia Geral reuacutene extraordinariamente nos termos e para os efeitos

previstos nestes Estatutos e na lei geral civil

Artigo 14ordm

(Convocaccedilatildeo)

1 ndash As Assembleias Gerais ordinaacuterias satildeo convocadas pelo Presidente da Mesa da

Assembleia Geral

2 ndash Ao Presidente da Mesa poderaacute ser requerida a convocaccedilatildeo extraordinaacuteria da

Assembleia Geral

a) Pela Direcccedilatildeo

b) Pelo Conselho Fiscal

c) Por um grupo de associados natildeo inferior agrave quinta parte do nuacutemero total de

associados invocando os assuntos a tratar

Paraacutegrafo uacutenico ndash Quando for requerido pelos associados a Assembleia Geral soacute poderaacute

funcionar com a presenccedila de dois terccedilos dos requerentes Se tal se natildeo verificar os

requerentes ficam inibidos de convocar nova Assembleia com idecircntica ordem de

trabalhos dentro do mesmo ano de exerciacutecio

3 ndash A Assembleia Geral eacute convocada por meio de aviso postal expedido para cada um

dos associados com a antecedecircncia miacutenima de quinze dias e ainda por meio de aviso

afixado na sede com a mesma antecedecircncia neles se indicando o dia a hora local da

reuniatildeo e respectiva ordem de trabalho

Artigo 15ordm

(Funcionamento)

1 ndash A Assembleia Geral considera-se validamente constituiacuteda estando presentes metade

mais um do nuacutemero total dos seus associados no pleno gozo dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash se agrave hora marcada natildeo se verificar a presenccedila daquele nuacutemero miacutenimo

de associados a Assembleia Geral reuniraacute meia hora depois com qualquer nuacutemero de

associados presentes

249

2 ndash As Assembleias Gerais que tenham por fim a alteraccedilatildeo dos Estatutos a autorizaccedilatildeo

para a sua integraccedilatildeo ou afastamento em Federaccedilotildees de organismos congeacuteneres ou a

representaccedilatildeo de qualquer destes soacute se considera validamente constituiacuteda em primeira

convocaccedilatildeo desde que esteja presente a maioria de dois terccedilos dos associados em

plenitude dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash Em segunda convocatoacuteria a Assembleia Geral poderaacute reunir para

estes fins com qualquer nuacutemero de associados presentes no pleno gozo dos seus

direitos

3 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria absoluta dos votos dos associados

presentes As que respeitam agrave alteraccedilatildeo dos Estatutos satildeo tomadas pelo voto favoraacutevel

de dois terccedilos do nuacutemero de associados presentes

4 ndash A deliberaccedilatildeo de dissoluccedilatildeo dos Amigos carece do voto favoraacutevel de dois terccedilos do

nuacutemero total de associados em plenitude dos seus direitos

5 ndash Para os casos de eleiccedilatildeo dos corpos sociais dos Amigos e de dissoluccedilatildeo dos mesmos

Amigos os associados exerceratildeo obrigatoriamente o seu direito de voto atraveacutes de

votaccedilatildeo secreta nominal o mesmo acontecendo sempre que assim seja previamente

deliberado pela Assembleia Geral

SECCcedilAtildeO II

Direcccedilatildeo

Artigo 16ordm

(Direcccedilatildeo)

A Direcccedilatildeo eacute constituiacuteda pelos seguintes membros Presidente Vice-Presidente

Tesoureiro Secretaacuterio e trecircs ou cinco Vogais

Artigo 17ordm

(Competecircncias)

1 ndash Compete agrave Direcccedilatildeo orientar as actividades dos Amigos administra-los e

representa-los em juiacutezo e fora dele e nomeadamente

a) Elaborar o plano de actividades e orccedilamento anuais dos Amigos

b) Pedir a convocaccedilatildeo das Assembleias Gerais extraordinaacuterias

c) Elaborar anualmente o relatoacuterio de actividades e relatoacuterios de contas dos

Amigos e submete-lo agrave apreciaccedilatildeo da Assembleia Geral acompanhado do

parecer do Conselho Fiscal

d) Executar as deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

250

e) Deliberar sobre a admissatildeo de associados

f) Deliberar sobre a exclusatildeo de associados prevista no artordm 7ordm aliacutenea b) destes

estatutos

g) Deliberar sobre o preenchimento de vagas que ocorram durante o trieacutenio na

proacutepria Direcccedilatildeo e ainda no Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia O

preenchimento de vagas na Direcccedilatildeo faz-se por cooptaccedilatildeo No conselho Fiscal e

Mesa da Assembleia Geral faz-se por designaccedilatildeo A cooptaccedilatildeo e a designaccedilatildeo

ficam sujeitas a ratificaccedilatildeo pela Assembleia Geral na primeira reuniatildeo

subsequente

h) Representar oficialmente os Amigos

i) Praticar tudo o que for necessaacuterio agrave realizaccedilatildeo dos objectivos dos Amigos

j) Facultar ao Conselho Fiscal todos os livros e demais documentos que este

possa requerer para exercer as suas funccedilotildees

l) Propor agrave Assembleia Geral o quantitativo das quotizaccedilotildees dos soacutecios

2 ndash Aos Amigos obriga-se pela assinatura conjunta de dois membros da Direcccedilatildeo

sendo um deles necessariamente o Presidente para os actos de mero expediente basta a

assinatura de um membro

Artigo 18ordm

(Presidente)

1 - Compete ao Presidente da Direcccedilatildeo

a) Presidir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo

b) Assinar com o Tesoureiro todos os documentos de receita e despesa e ordens

de pagamento

c) Rubricar os livros de secretaria e tesouraria

Artigo 19ordm

(Reuniotildees)

A Direcccedilatildeo reuacutene ordinariamente uma vez por mecircs e extraordinariamente sempre que

convocado pelo Presidente ou pela maioria dos seus membros

Artigo 20ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash A Direcccedilatildeo deliberaraacute quando estiver presente a maioria dos seus membros sendo

as deliberaccedilotildees tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

251

2 ndash O Presidente da Direcccedilatildeo em caso de empate tem voto de qualidade

SECCcedilAtildeO III

Conselho Fiscal

Artigo 21ordm

(Conselho Fiscal)

O Conselho Fiscal eacute constituiacutedo pelo Presidente e por dois Vogais

Artigo 22ordm

(Competecircncia)

Compete ao Conselho Fiscal o controlo e fiscalizaccedilatildeo dos Amigos (AAP) e

nomeadamente

a) Dar parecer sobre o relatoacuterio e contas anuais da Direcccedilatildeo

b) Verificar as contas e as legalidades e conformidades estatutaacuterias das despesas

c) Assistir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo sempre que o julgue conveniente ou quando

por ela convocado

d) Requerer nos termos destes Estatutos a convocaccedilatildeo de reuniotildees

extraordinaacuterias da Assembleia Geral

e) Dar parecer sobre as mateacuterias da sua competecircncia quando solicitado pela

Direcccedilatildeo

Artigo 23ordm

(Reuniotildees)

O Conselho Fiscal reuacutene ordinariamente uma vez por semestre e extraordinariamente

sempre que convocado nos termos destes estatutos

Artigo 24ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash O Conselho Fiscal eacute convocado pelo seu Presidente e soacute pode deliberar com a

presenccedila da maioria dos seus titulares

2 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

3 ndash O Presidente do Conselho Fiscal em caso de empate tem voto de qualidade

252

CAPIacuteTULO IV

Disposiccedilotildees Finais

Artigo 25ordm

(Responsabilidade)

Os Membros dos corpos sociais natildeo podem abster-se de votar nas deliberaccedilotildees tomadas

em reuniotildees em que estejam presentes e satildeo responsaacuteveis pelos prejuiacutezos delas

decorrentes salvo se houverem manifestado a sua discordacircncia atraveacutes de declaraccedilatildeo

voto de vencido constante da respectiva acta

Artigo 26ordm

(Exerciacutecio de Cargos)

Os membros da Mesa da Assembleia Geral da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal exerceratildeo

as suas funccedilotildees gratuitamente

Artigo 27ordm

(Filiaccedilatildeo)

Os Amigos do Arquivo poderatildeo filiar-se em organizaccedilotildees que pelo seu caraacutecter e

acircmbito possam garantir a sua projecccedilatildeo e dinacircmica

Artigo 28ordm

(Destino dos bens em caso de extinccedilatildeo)

1 ndash Em caso de extinccedilatildeo dos Amigos a Assembleia Geral na mesma reuniatildeo da tomada

de decisatildeo designaraacute de entre os seus associados os liquidataacuterios

2 ndash O activo dos Amigos livre de todos os encargos seraacute destinado ao patrimoacutenio do

Arquivo Municipal de Penafiel

Artigo 29ordm

(Integraccedilatildeo de lacunas dos Estatutos)

Os casos omissos seratildeo regulados pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel ou supridos na sua falta por

deliberaccedilatildeo da Assembleia Geral e na Lei Geral

Artigo 30ordm

(Disposiccedilatildeo transitoacuteria)

253

Uma comissatildeo instaladora procederaacute agrave gestatildeo dos Amigos ateacute agrave eleiccedilatildeo e tomada de

posse dos seus oacutergatildeos

SS Apoacutes a aprovaccedilatildeo dos estatutos que tipo de iniciativas tecircm desenvolvido ao

longo destes anos

PS A Associaccedilatildeo de Amigos tem desenvolvido vaacuterias iniciativas que podem ser

apresentadas em seis partes

1Ateliers

Carnaval

Paacutescoa

Dia do Pai

Dia da Matildee

Dia da Crianccedila

Dia dos Avoacutes

Agrave conversa com a Avozinha

Atelier de Natal

Curso de Doccedilaria Tradicional

Conservaccedilatildeo e Restauro de Documentos graacuteficos

Introduccedilatildeo agrave fotografia

Lavores

Etiqueta e Boas Maneiras

Olaria

Bijuteria

Reciclagem de Papel

Jogos tradicionais

Arquivista meacutedico dos livros

Scrapbooking

Ciclo do linho

Diaacuterio de Feacuterias

Construir uma maquete

Boneca de trapos

Expressatildeo Plaacutestica

Construccedilatildeo de flores

254

Atelier de Ajulejo

Caixinhas de surpresa

Origami Kirigami

Agravervore de Famiacutelia

2 Cursos de Formaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Iniciaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Aperfeiccediloamento

Curso de Paleografia seacutec XV a XVIII

Curso de Photoshop

3 Workshop`s

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota do Romacircnicordquo

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota dos Moinhosrdquo

4Jornadas

Jornadas ldquoExtensatildeo Cultural e Educativa em Arquivos e Bibliotecasrdquo

5Publicaccedilotildees

Revista Folium nuacutemero 0

Revista Folium nuacutemero 1

Revista Folium nuacutemero 2

6Exposiccedilotildees

Exposiccedilatildeo de Fotografia ldquoImagens de uma Velha Arrifanahelliprdquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoO presente do passadordquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoNa lucidez das cores com que se pode colorir a histoacuteriardquo

SS Que feedback retira dos projectos referidos

PS Todas as iniciativas que a Associaccedilatildeo se propocircs realizar tiveram uma grande

adesatildeo desde os ateliers aos cursos No momento temos cerca de oitenta associados o

que num concelho pequeno e com a existecircncia de trecircs anos eacute por noacutes considerado muito

bom

255

SS Consideraria que a Associaccedilatildeo deveria ser seguida por outros Arquivos

PS Sim claro Mas advirto que todas estas iniciativas e projectos datildeo muito trabalho

muitas vezes fora do horaacuterio laboral o que significa muita disponibilidade e boa

vontade em torno de uma causa em que se acredita Para aleacutem do mais tem que se lidar

com muitas pessoas de vaacuterios estratos sociais e culturais bem como faixas etaacuterias o

que implica alguma sensibilidade para saber conduzir as situaccedilotildees de forma a

atingirmos os objectivos pretendidos

256

Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e

a Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-

Bretanha

Agosto de 2009

257

Para complementar este trabalho consideramos fundamental exemplificar

formas de aplicaccedilatildeo de marketing noutros paiacuteses Apesar de termos solicitado o pedido

de resposta por e-mail ao Arquivo Histoacuterico Nacional de Espanha de Franccedila e de

Inglaterra soacute o Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha nos respondeu Fica aqui o

testemunho deixado por Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e de Chris

Mumby - Head of Commercial Delivery

Sofia Santos (SS) Do you apply consciously in your service tools of marketing

Andrew Payne (AP) We use a variety of tools and channels to market the services of

The National Archives to the public both online and in print format We integrate our

marketing and media activity to maximise the return on our investment

Our primary tool is PR and developing relations with the press ndash this gains us national

coverage and maintains a key presence both in newspapers and history related

magazines and also television We use a selection of online tools including search

engine optimisation a limited amount of pay per click activity on Google to support

specific campaigns driving traffic to our website along with using various social media

channels to expand our reach to new audiences We have developed and now maintain

a presence on YouTube Flickr and Facebook

We also work with partners and other heritage organisations to help promote the

archives for example the 1911 census was jointly launched with our partners Bright

Solid earlier this year

For visitors to The National Archives we used a variety of posters booklets and use of

plasma screens to promote specific publications and events taking place onsite

We also send out a monthly electronic newsletter to members of the public (170000

visitors) who have signed up to receive communications from ourselves We use this

tool to help inform them of new document releases available on line use themes to help

guide people through whatrsquos available such as resources to help with family history and

key historical dates etc where we have files on record We often guide members of the

public to specific resources developed online for teachers and pupils

SS If yes what are the objectives behind its implementation

AP Primary objectives are raising awareness of The National Archives encouraging

the public to use our online services and those of our partners keep existing visitors

informed and generate revenue

258

SS What are the results by the main changes noticed experienced by its

employees and users

AP When performing an exhibition documentary shows what are the criteria to

follow to achieve them It made a preliminary study You can tell in their steps

For education exhibitions (on the website) we aim to meet the criteria of the History

National Curriculum for England and Wales For further details please see the response

to question 5

SS In educational services which are concerns for the creation of educational

activities

AP We adopt a very clear approach to the development of resources as follows

We identify an area of the National Curriculum for History (England and Wales)

or examination syllabuses which we think we can develop interesting resources for

teachers and students

We research a large selection of material and identify the most interesting and

valuable documents for the target age of the students

We develop enquiry-led resources and workshops from these documents This

means that all of our resources and workshops have a key question which students must

investigate and they are required to use the documents supplied to develop their own

historical answer

SS In your site refers to a virtual store They also have a shop in your building

What are the precautions that have to keep the store alive and attractive

Chris Mumby (CM) Yes we have an on-site bookshop as well as an online version The

shop sells book titles closely linked to the themes of family history research general

history and military history We run themed promotions that last about 1 month to keep

people interested (for August it is ldquoUp to 70 off Summer Reading) and have just

started a Book of the Week promotion (single title at heavy discount for a week only)

which is proving popular

SS Which products offer the community How they make their choice

CM Products sold in the shop are closely aligned to the type of person that visits The

National Archives eg lots of Family History research books general social history

259

military history We also sell a small range of archive accessories (binders pockets

magnifiers etc) and for the parties of school children that visit us some small

giftsouvenir products

SS In the editorial service when do you want to launch a new book before its

publication do market research If yes may indicate the stages of this work

CM Our publishing has not been successful to date and we are currently in the process

of scaling back the operation There are no current plans to publish new titles at the

moment (apart from the 4 that are in mid-production)

SS Do you now whatacutes cultural marketing What does it men this concept for

you

AP e CM Our understanding is the use of various channels etc to market propositions

that are targeted to members of the public interested in history and culture

SS Does your Archive pratices Cultural Marketing How

AP The marketing activity above is very much targeted to members of the public

interested in history and culture This reflects the demand in the market place identified

by various types of research undertaken including surveying our visitors to our website

those who visit us at Kew and those that use our enewsletter and groups with specific

areas of interest such as family history

260

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid)

Fevereiro de 2009

261

Outros exemplos sobre a utilizaccedilatildeo do marketing em arquivos foram recolhidos

em Espanha Das vaacuterias entrevistas enviadas apenas deram-nos resposta o Archivo de

la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) na pessoa Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo

de Arquivo e Documentaccedilatildeo

Sofia Santos (SS) Caracterizaccedilatildeo do Arquivo definiccedilatildeo da missatildeo visatildeo e valores

da Instituiccedilatildeo

Julio Cerda Dias (JCD) Gestioacuten y difusioacuten del patrimonio documental de la ciudad de

Arganda del Rey (Madrid)

SS O seu arquivo aplica de forma consciente as ferramentas de marketing

JCD Siacute

SS Se sim quais satildeo os objectivos a atingir com a sua aplicaccedilatildeo

JCD Difusioacuten del patrimonio documental a traveacutes de diferentes estrategias que

permitan acercar el archivo y sus fondos a todo tipo de puacuteblico y sectores diferentes de

poblacioacuten

SS Acha que jaacute pode definir descrever resultados obtidos De que maneira

influenciam o comportamento atitudes da equipa teacutecnicas e dos utilizadores

JCD Conocimiento del servicio por parte de la poblacioacuten especialmente colectivos

cinculados con el mundo de la educacioacuten y la cultura

SS No caso de criaccedilatildeo de produtos - como ediccedilotildees actividades pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural (como mostras e exposiccedilotildees documentais) aplicam a matriz

SWAT Ou seja de que forma planificam as vossas actividades

JCD La planificacioacuten corresponde al Director del Servicio Cada antildeo existen 2-3

actuaciones programadas de extensioacuten cultural (exposiciones publicaciones

actividades etc) Naturalmente que se aplica la matriz SWAT DAFO en castellano y

siempre buscando tener el mayor impacto mediaacutetico buscando propuestas originales

novedosas y diferente y al mismo tiempo uacutetiles para el colectivo al que vaya dirigido

SSQue mais produtos oferecem agrave comunidade Como os divulgam e os impocircem

no mercado

262

JCD Exposiciones publicaciones talleres viacutedeos documentales actividades de ocio-

educativas certaacutemenes etc y la mayoriacutea con un acceso paralelo-complementario a

traveacutes de la web

SS Possuem um site do vosso Arquivo De que forma eacute feita a actualizaccedilatildeo dos

dados Que cuidados tecircm com a sua imagem

JCD Lo maacutes importante El edificio cuenta con unas excelentes instalaciones en un

edificio moderno e intentamos cuidad la imagen tambieacuten a traveacutes de la web No se

hacen actividades si no se cuenta con unos recursos adecuados

SS De que forma avaliam a satisfaccedilatildeo dos vosso clientes internos e externos

JCD No lo solemos hacer pero el eacutexito de puacuteblico y de opiniones o los comentarios

positivos en prensa son nuestro mejor sistema de evaluacioacuten El mejor indicador de

eacutexito es la retroalimentacioacuten si un proyecto ha salido bien en el siguiente no te ponen

problemas para darte recursos y asi sucesivamente hellip hasta lograr que casi no te

puedan negar ninguacuten nuevo proyecto

SS Como definiria o marketing em Arquivo E o marketing cultural

JCD Marketing hellipsin maacutes Conocer y aplciar estrategias de marketing garantiza el

mantenimiento y futuro del servicio y sinceramente creo que eso lo hacemos

razonablemente bien Siempre naturalmente que exista un proyecto bien concebido si

ademaacutes lo comunicas bien el ciacuterculo perfecto

263

Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira

Local Funchal

Data Fevereiro de 2009

264

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) eacute o primeiro organismo do geacutenero em

Portugal a ser certificado receber pelo Sistema de Gestatildeo da Qualidade do ARM de

acordo com a norma NP EN ISO 90012000 Tambeacutem o facto de ser o local onde

trabalhamos como responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

consideramos importante entrevistar a actual directora de serviccedilos Drordf Faacutetima Barros

para melhor compreendermos a linha orientadora desta Instituiccedilatildeo da Regiatildeo Autoacutenoma

da Madeira

Sofia Santos (SS) O que significa a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo NP EN ISO

90012000

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da RAM e o oacutergatildeo

de gestatildeo dos arquivo da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

265

SS Vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute o natildeo passado entraram km de documentaccedilatildeo E por outro lado os

nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e envolvecircncia dos colaboradores os objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tb objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novo

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

266

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a melhoria do sistema

apresentando sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema

implica avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

bull Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o ldquoEQA ndash European

Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash

Common Assessment Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia a dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o dia a dia da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do

SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

267

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nordm de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem SM Porque incentivamos os leitores a

fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos um maior cuidado na

apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A partir dos dados

recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo estatiacutesticos)

reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre recebidos

via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

SS Marketing O ARM aplica esta ferramenta de trabalho

Natildeo sei bem definir o que eacute marketing Relaciono esta palavra com imagem parecer

bem comunicaccedilatildeo puacuteblico qualidade profissionalismo Criar uma determinada

imagem institucional uma presenccedila qualificada eacute marketing Porque significa que se

pensou no que se quer fazer o que se pretende alcanccedilar que se compreendeu o que

esperam de noacutes Eacute uma relaccedilatildeo de troca com o puacuteblico De uma coisa estou certa natildeo

interessa apenas fazer bem eacute importante mostrar que a fazemos bem E sim se

marketing eacute tudo isso entatildeo o Arquivo Regional da Madeira aplica esta ferramenta de

trabalho embora soacute ocasionalmente nos tenhamos socorrido de profissionais de

informaccedilatildeo como se veraacute

Quando assumi a direcccedilatildeo do ARM quis tirar o ARM de um certo marasmo mostrando

que era uma instituiccedilatildeo uacutetil e importante no contexto cultural da Regiatildeo Isto eacute

extremamente importante ser uacutetil aacute comunidade Eacute por isso que hoje insisto na

prestaccedilatildeo de apoio teacutecnico na consultoria e formaccedilatildeo em detrimento da descriccedilatildeo dos

nossos fundos Ainda temos de mostrar quem somos Implicou definir novos rumos e

novas formas de actuaccedilatildeo Comeccedilando por uns trabalhos baacutesicos mas que seriam

268

importantiacutessimos para cimentar a nossa identidade institucional a descriccedilatildeo e

informatizaccedilatildeo dos nossos registos paroquiais e passaportes tarefa que teria uma

repercussatildeo inestimaacutevel junto dos nossos utilizadores Porque aiacute os nossos leitores

entenderam que nos preocupaacutevamos em ir de encontro aacutes suas necessidades Para tanto

natildeo foram necessaacuterios estudos de utilizador bastou que estudaacutessemos as nossas

estatiacutesticas Hoje as estatiacutesticas mostram-nos claramente que haacute uma grande incidecircncia

consulta dos jornais entatildeo organizamos a nossa colecccedilatildeo completamos as faltas

estamos a digitalizaacute-la Natildeo conheciacuteamos uma aacuterea de actuaccedilatildeo onde pretendiacuteamos

intervir a Administraccedilatildeo Puacuteblica Regional Entatildeo aiacute sim elaboramos um inqueacuterito para

melhor conhecer essa realidade Isto eacute marketing Provavelmente deveriacuteamos ter feito

um estudo de mercado antes de avanccedilar na definiccedilatildeo dos puacuteblicos a atingir quando

criamos o nosso SE Mas tambeacutem natildeo era difiacutecil perceber que os museus e bibliotecas

privilegiam os alunos do ensino baacutesico em detrimento do secundaacuterio e nem alcanccedilam o

universitaacuterio Fizemos um inqueacuterito aos privados para perceber o que esperam do

Arquivo Regional E em face das expectativas elevadas decidimos adiar a nossa

intervenccedilatildeo nesse sector pois os nossos recursos estatildeo concentrados no sector puacuteblico

Na verdade intencionalmente aplicamos estrateacutegias de marketing durante todos estes

anos Ao adquirir os serviccedilos de uma empresa especializada ndash Artlacircndia ndash para nos criar

a imagem do site da news letter (instrumentos estes poderosiacutessimos para alcanccedilar

puacuteblicos natildeo presenciais) da linha de merchandising da uniformizaccedilatildeo das ediccedilotildees do

ARM Em todos estes produtos haacute um traccedilo comum que identifica o arquivo o edifiacutecio

a cor os traccedilos Marketing tambeacutem eacute a preocupaccedilatildeo em qualificar os nossos serviccedilos e

produtos a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade foi um meio bastante

eficiente para alcanccedilar este objectivo Provar que se faz bem avaliando corrigindo

melhorando continuamente

Mais importante creio que conseguimos transmitir uma imagem de profissionalismo de

saber fazer de seriedade de confianccedila Perante a nossa tutela e perante os nossos

diferentes puacuteblicos A prova satildeo os inuacutemeros pedidos de consultoria e apoio que natildeo

conseguimos satisfazer A prova satildeo as doaccedilotildees e depoacutesitos de documentos por parte

dos privados E isso Sofia soacute se consegue com muito trabalho garanto natildeo haacute

estrateacutegias de marketing que superem o trabalho aacuterduo o esforccedilo e o profissionalismo

dos colaboradores do ARM que de forma global satildeo bastante qualificados e

interessados Mas compreendo que o marketing ajude a dar a conhecer e melhorar um

projecto estruturado como foi e eacute a renovaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do Arquivo Regional nos

269

uacuteltimos anos Foi o que fizemos mutas vezes sem nos apercebermos que o estaacutevamos a

fazer

270

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo

271

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

ANO LECTIVO 20082009

DOSSIEcirc DE APRESENTACcedilAtildeO

Maleta Pedagoacutegica

ldquoEus Escondidosrdquo

272

Apresentaccedilatildeo

Faz parte da Missatildeo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) aproximar a Comunidade

desta ldquoCasa da Memoacuteriardquo dando particular atenccedilatildeo agrave Comunidade Escolar Para o

efeito o Serviccedilo Educativo do ARM tem desenvolvido um trabalho de preparaccedilatildeo de

futuros leitores e investigadores junto dos estabelecimentos de ensino atraveacutes da

divulgaccedilatildeo do seu patrimoacutenio documental nomeadamente do que diz respeito agrave

Histoacuteria da Famiacutelia Neste campo a pesquisa natildeo soacute envolve a consulta dos registos

de baptismo casamento e oacutebito como a consulta dos arquivos pessoais que remetem

para a ascendecircncia do indiviacuteduo e que lhe permitiratildeo construir a sua Aacutervore

Genealoacutegica

Tendo em consideraccedilatildeo que a distacircncia geograacutefica entre o arquivo e as escolas pode

constituir um impedimento para a divulgaccedilatildeo do Arquivo e respectivos espoacutelio e

funccedilotildees o Serviccedilo Educativo (SE) aposta em actividades que permitem a deslocaccedilatildeo de

recursos humanos e materiais aos estabelecimentos de ensino Com esta finalidade

propotildee-se dinamizar uma Maleta Pedagoacutegica denominada ldquoEus Escondidosrdquo

instrumento educativo que permite desenvolver o tema da GenealogiaHistoacuteria da

Famiacutelia atraveacutes de actividades luacutedico-pedagoacutegicas Todas as fases da dita dinamizaccedilatildeo

contam com a presenccedila e o acompanhamento dos teacutecnicos do SE sempre em estreita

colaboraccedilatildeo com os docentes

A referida Maleta Pedagoacutegica eacute constituiacuteda por jogos e actividades de expressatildeo plaacutestica

e de escrita criativa sendo por isso bastante adaptada ao niacutevel etaacuterio que habitualmente

frequenta o 6ordm Ano de Escolaridade

A dinamizaccedilatildeo decorre segundo duas fases em dias diferentes

1 Palestra introdutoacuteria sobre o espoacutelio e funccedilotildees do ARM em PowerPoint e de

caraacutecter interactivo (60 minutos) com a presenccedila de 2 turmas no maacuteximo

2 Dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica com expressatildeo plaacutestica e escrita (uma

tardemanhatilde) sendo este trabalho desenvolvido com uma turma de cada vez

273

Objectivos

Aproximar a populaccedilatildeo estudantil do ARM

Divulgar os recursos documentais do ARM tais como as fontes

fornecedoras de elementos para a Aacutervore de Costados

Identificar as etapas essenciais para a realizaccedilatildeo de uma Aacutervore de

Costados (ou Aacutervore Genealoacutegica)

Incentivar o estudo e preservaccedilatildeo das fontes documentais relacionadas com

a genealogia

Contribuir para a formaccedilatildeo de futuros utilizadoresleitores

Ajudar a desenvolver haacutebitos de pesquisa

Calendarizaccedilatildeo (a preencher pelos docentes)

Nota importante a Palestra introdutoacuteria deveraacute acontecer em auditoacuterio ou noutro

espaccedilo equivalente A dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica ldquoEus Escondidosrdquo

poderaacute efectuar-se em sala de aula ou de preferecircncia na sala reservada agrave

expressatildeo plaacutestica

Palestra Introdutoacuteria

Turmas Dia Hora

Dinamizaccedilatildeo da Maleta (v material necessaacuterio)

274

Turmas Dia Hora

Cada aluno conforme as suas possibilidades deveraacute levar para a actividade de

dinamizaccedilatildeo da Maleta os seguintes elementos

Nomes dos ascendentes ateacute agrave 3ordf geraccedilatildeo

Fotografias

Outros documentos que complementem a informaccedilatildeo sobre a famiacutelia coacutepias de

BI de registos de nascimento casamentohellip

Outros documentos que complementem informaccedilotildees sobre o proacuteprio ceacutedula

pessoal BI cartatildeo de estudante etc

Outras observaccedilotildees

Os docentes que acompanham os alunos na palestra devem ser os mesmos que

os acompanham na dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica

Durante a dinamizaccedilatildeo os docentes devem auxiliar os teacutecnicos do Serviccedilo

Educativo de modo a assegurar o ecircxito da actividade

Qualquer atraso mudanccedila de horaacuterio e outras alteraccedilotildees ao previsto devem ser

comunicadas com a devida antecedecircncia ao referido Serviccedilo (de preferecircncia

com 48 horas de antecedecircncia)

Existe a hipoacutetese de a actividade ou parte dela ser adiada ou anulada devido agrave

falta de transporte por parte do ARM Neste caso tomar-se-atildeo as devidas

providecircncias para realizar a actividade sem prejuiacutezo para ambas as partes (ARM

e Escola)

O horaacuterio da actividade deveraacute ser preferencialmente entre as 9000 e as 1230

e a 1400 e as 1730

275

GALERIA DE FOTOS

Escola Baacutesica e Secundaacuteria

Padre Manuel Aacutelvares

Ano Lectivo 2007 2008

276

Marcaccedilotildees para a Maleta Pedagoacutegica

Telefone 291 708400

Marcela Costa extensatildeo 114 marcelacostaarquivo-madeiraorg

Constantino Teles extensatildeo 112 constantinotelesarquivo-madeiraorg

Contacto do Serviccedilo Educativo

Responsaacutevel Sofia Santos

sofiasantosarquivo-madeiraorg

eculturaleduarquivo-madeiraorg

Morada do Arquivo Regional da Madeira

Arquivo Regional da Madeira

Caminho dos Aacutelamos nordm35

Santo Antoacutenio

9020-064 FUNCHAL

Telefone 291 708400 Fax 291 7084002

277

Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico

278

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

COMPROMISSO PEDAGOacuteGICO

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) e a Escola hellip

representada pela turma hellip celebram o presente compromisso pedagoacutegico referente agrave

actividade laquohelliphellipraquo pelo qual ambos os oacutergatildeos educativos se comprometem o programa

abaixo indicada entre os meses helliphellip e hellip de hellip

Actividade Local

O Arquivo Regional da Madeira reserva-se o direito de anular em definitivo a

actividade junto da

da escola caso esta se mostre indisponiacutevel para o cumprimento da mesma dentro da

calendarizaccedilatildeo primeiramente estipulada uma vez que quaisquer alteraccedilotildees podem ter

implicaccedilotildees directas no bom funcionamento dos serviccedilos aleacutem de prejudicar os

objectivos delineados pelo serviccedilo Educativo

Ressalve-se igualmente que qualquer alteraccedilatildeo ou anulaccedilatildeo da actividade por qualquer

das partes envolvidas deve ser comunicada por escrito com a devida antecedecircncia aos

respectivos responsaacuteveis de modo a se delinearem estrateacutegias que visem em uacuteltimo

caso a continuidade da actividade dentro de uma calendarizaccedilatildeo alternativa

O presente documento deve ser assinado por ambos oacutergatildeo educativos

A responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo do ARM Os docentes responsaacuteveis

____________________________________

__________________________________

Sofia Santos

__________________________________

Funchal hellip de hellip de hellip

279

Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas

280

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo do Serviccedilo Educativo

Este inqueacuterito visa apurar o grau de satisfaccedilatildeo dos participantes das actividades do Serviccedilo Educativo

A sua opiniatildeo ajudar-nos-aacute a melhorar a nossa actuaccedilatildeo Por favor preencha os campos que lhe

indicamos

GRUPO I

1 Identificaccedilatildeo da Actividade e do Inquirido

Actividade Data

Nome (facultativo) Idade

GRUPO II

2 Como teve conhecimento da(s) referida(s) actividade(s)

Por convite directo do ARM Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Ao consultar o site do ARM

Atraveacutes de ofiacuteciocircular divulgado no estabelecimento de

ensino onde lecciono serviccedilo associaccedilatildeo instituiccedilatildeo etc

Outros meios (indique qual ou quais)

3 Em que qualidade participou nas actividades do Serviccedilo Educativo

Por minha proacutepria iniciativa

Na qualidade de professora acompanhante de um grupo escolar

Por me encontrar inseridoa num grupo (associaccedilatildeo grupo sindical ou outro)

GRUPO III

4 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M

Bom

Adequaccedilatildeo da linguagem aos indiviacuteduos grupo

O material informativo didaacutectico colocado agrave disposiccedilatildeo

A calendarizaccedilatildeo (dia e hora)

Duraccedilatildeo da actividade

A novidadeinteresse dos assuntos e conteuacutedos abordados

Forma de transmissatildeo dinamizaccedilatildeo dos temas

5 Participaria noutro tipo de actividades deste serviccedilo Sim Natildeo

6 O que mais lhe agradou da actividade

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

7 O que menos lhe agradou da actividade

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

8 Indique outras sugestotildees

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

281

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

282

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade das mostras documentais exposiccedilotildees realizadas pelo Arquivo Regional da Madeira (ARM) Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute possiacutevel melhorar e adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades Leia atentamente as perguntas e responda por favor

1 Identificaccedilatildeo da Mostra Exposiccedilatildeo e do Visitante

Nome da MostraExposiccedilatildeo Data

Nome (facultativo) Idade

2 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M Bom

A novidadeinteresse dos conteuacutedos abordados na mostra exposiccedilatildeo documental

O material informativo colocado agrave disposiccedilatildeo (desdobraacuteveis legendas textos dos paineacuteis)

Circuito da mostra exposiccedilatildeo

Qualidade graacutefica dos paineacuteis

3 Visitaria mais exposiccedilotildees organizadas pelo ARM Sim Natildeo

4 Indique outras sugestotildees

283

Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira

284

Legenda

Piso ndash 1

1 ndash Entrada na garagem 2 ndash Cais de descarga 3 ndash Sala de recepccedilatildeo e triagem 4 ndash Sala de higienizaccedilatildeo

5 ndash Cacircmaras de expurgo 6 ndash Sala de quarentena 7 ndash Sala de preacute-arquivagem

Piso 0

8 ndash Entrada do edifiacutecio 9 ndash Recepccedilatildeo 10 ndash Loja 11 ndash Hall de entrada 12 ndash Auditoacuterio 13 ndash Cafetaria

14 ndash Escadaria 15 ndash Digitalizaccedilatildeo 16 e 17 ndash Microfilmagem 18 ndash Laboratoacuterio 19 ndash Acondicionamento

20 ndash Restauro 21 ndash Encadernaccedilatildeo

Piso 1

22 ndash Sala de formaccedilatildeo 23 ndash Escadaria 24 ndash Sala do serviccedilo educativo

Piso 2 e 3

25 ndash Serviccedilo de certidotildees 26 ndash Serviccedilo de referecircncia 27 ndash Espaccedilo informal da sala de leitura

28 ndash Espaccedilo de leitura 29 ndash Sala de leitura de microfilmes 30 ndash Depoacutesitos

285

Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da

Madeira

286

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Regulamento de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

1 O aluguer do auditoacuterio do ARM poderaacute ser solicitado para realizaccedilatildeo de

actividades de iacutendole cultural e cientiacutefica designadamente conferecircncias congressos

e coloacutequios

2 O pedido de utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio deveraacute ser efectuado com alguma

antecedecircncia dirigido ao Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail fax ou

ofiacutecio Para isso deveraacute preencher uma Ficha de Requisiccedilatildeo onde deveraacute indicar

todo o tipo de equipamento e de material que necessita

3 A confirmaccedilatildeo eacute efectuada pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail

ofiacutecio ou fax

2 Todas as entidades requerentes deveratildeo efectuar uma visita ao Auditoacuterio que seraacute

acompanhada por algueacutem do Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural de forma a

verificarem as condiccedilotildees do espaccedilo e prepararem o material necessaacuterio para o

evento

4 O equipamento existente eacute o seguinte

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de

Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um

bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- DVD

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

287

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Auriculares

5 Capacidade maacutexima para 100 pessoas sentadas

6 A utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio eacute gratuita para todos os serviccedilos da Administraccedilatildeo

Puacuteblica

7 Para as entidades privadas tambeacutem de acordo com os objectivos desta instituiccedilatildeo

a utilizaccedilatildeo do auditoacuterio eacute paga

Preccedilaacuterio com equipamento completo

Preccedilo Preccedilo (em Euros)

Dia completo 20000euro

Meio dia 120 00euro

8 As formas de pagamento satildeo as seguintes

a) Presencialmente dinheiro cartatildeo de deacutebito cheques em Euros pagaacutevel ao

Arquivo Regional da Madeira

b) Agrave distacircncia

- Pagamento antecipado por cheque natildeo datado em euros ou outra

moeda estrangeira pagaacutevel ao Arquivo Regional da Madeira

Os pagamentos em moeda estrangeira deveratildeo ter em conta o valor do

cacircmbio no dia

c) Transferecircncia interbancaacuteria

Procedimentos

- Depoacutesito feito na conta do Governo Regional da Madeira (IBAN PT50

0019 0045 0020 51094) com despesas de transferecircncias a suportar pelo

requerente

- O requerente deveraacute enviar ao Arquivo Regional o comprovativo ou os

dados da transferecircncia efectuada por mail (eculturaleduarquivo-

madeiraorg) ou fax (291 708 402)

- O Arquivo soacute satisfaz o pedido apoacutes confirmaccedilatildeo da transferecircncia por

parte da Tesouraria do Governo Regional

9 A utilizaccedilatildeo da secretaria estaacute condicionada a congressos mais complexos O

serviccedilo de fotocoacutepias estaacute limitado a um maacuteximo de 10 coacutepias em A4 a preto e

288

branco O Serviccedilo de telefone estaacute condicionado a chamadas locais Para chamadas

de taacutexis poderaacute efectuar na cabine telefoacutenica existente no hall de entrada

10 Para a entrega de material necessaacuterio para o evento (tais como livros

desdobraacuteveis) a entidade promotora deveraacute avisar antecipadamente o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural a hora da entrega do material e sua discriminaccedilatildeo Em

caso de extravio natildeo eacute da responsabilidade do ARM

11 Informar a entidade promotora que a chegada dos conferencistas deve ser antes

do iniacutecio do evento de forma a dar tempo de preparar os materiais que iratildeo ser

projectados ou entatildeo solicitar o envio das palestras para o mail

eculturaleduarquivo-madeiraorg andyaguiararquivo-madeiraorg

12 Informar a entidade requerente que em caso de ensaio das intervenccedilotildees os

conferencistas deveratildeo entrar previamente em contacto com o Serviccedilo Educativo

Extensatildeo Cultural A marcaccedilatildeo do dia e da hora preferencialmente entre as 1000 e

as 1730 h poderaacute ser feita por e-mail fax ou telefone

13 Todas as acccedilotildees realizadas no ARM deveratildeo ter uma imagem da instituiccedilatildeo

organizadora para ser projectada no painel do auditoacuterio Caso natildeo tenham a

imagem projectada seraacute o logoacutetipo do ARM

14 A equipa responsaacutevel pela actividade deveraacute identificar-se junto do seguranccedila agrave

entrada do edifico e ser-lhe-aacute atribuiacutedo um cartatildeo de visitante de uso

obrigatoacuterio

15 A encomenda e as despesas com os arranjos florais e aacuteguas servidas na mesa de

honra responsabilidade da entidade promotora

16 Os convites para as exposiccedilotildees e lanccedilamentos de livros satildeo da responsabilidade

da entidade promotora dos eventos

17 Eacute ainda da responsabilidade da entidade promotora providenciar algueacutem para a

venda de produtos relacionados com as acccedilotildees bem como para apoio nas

289

conferecircncias nomeadamente na cedecircncia de microfones no periacuteodo de discussatildeo

poacutes- conferecircncia

18 A contrataccedilatildeo de tradutores eacute tambeacutem da competecircncia da entidade promotora do

evento

19 Caso a acccedilatildeo decorra antes das 1000 h eacute da competecircncia das entidades

requerentes suportar os encargos dos seguranccedilas excepto se o ARM dispuser de

horas creditadas junto da sua empresa de seguranccedila

20 O serviccedilo de coffee break eacute da inteira responsabilidade da entidade que promove

o evento devendo para o efeito acertar previamente pormenores com o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural O serviccedilo de refeiccedilotildees deveraacute ser fornecido pelo

adjudicatoacuterio da cafetaria do ARM

21 Todo o equipamento requisitado deveraacute ser deixado como quando foi entregue

aos responsaacuteveis pelo evento

22 Todos os espaccedilos cedidos ndash como hall de entrada secretaria (em caso de

encontros mais complexos) e auditoacuterio ndash deveratildeo ser deixados limpos e

arrumados pela entidade requerente

23 Existe um parque de estacionamento com capacidade para 44 lugares 4 dos

quais para deficientes

24 Natildeo estacionar nos locais reservados ao Arquivo Regional da Madeira e

Biblioteca Puacuteblica Regional

290

Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

291

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Ficha de identificaccedilatildeo do evento e requisiccedilatildeo do material do auditoacuterio

Identificaccedilatildeo

Nome da entidade__________________________________________________________________________

Responsaacutevel pelo evento____________________________________________________________________

Contacto

Telefone(s)_____________________ Fax________________________ Mail__________________________

Programa

Objectivo do evento ________________________________________________________________________

Dias do evento ____ ____ ______ a __________

____ ____ ______ a __________

Horaacuterio ___________________________________________________________________________________

Nordm de participantes previstos ________________________________________________________________

Nordm de pessoas na mesa de honra _____________________________________________________________

Pessoal de apoio da entidade requerente Nordm _____________

Nomes Funccedilatildeo

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

Material Requisitado

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

292

- DVD

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

Material complementar

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Cabines (maacuteximo 2)

- Auriculares

N ordm requisitado (maacuteximo

100)

Entrega de material

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Desmontagem

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Observaccedilotildees

293

Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

294

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo do auditoacuterio

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade dos serviccedilos prestados aos

utilizadores da Auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute

possiacutevel adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades

1 Identificaccedilatildeo do Evento e do Inquirido

Designaccedilatildeo_________________________________________________________________________

Data do evento _______________________________ Horaacuterio _____________________

Nome (facultativo) _ ________________________________________________

2 Como teve conhecimento deste serviccedilo

Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

a) Ao consultar o site do ARM

b) Atraveacutes dos nossos produtos informativos (desdobraacuteveis)

c) Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

d) Outros meios (indique qual ou quais)

_____________

3 Ambiente Fiacutesico

Muito Mau

Mau Suficiente

Bom Muito Bom

a) AcessibilidadeMobilidade

b) Conforto do mobiliaacuterio

c) Esteacutetica do espaccedilo

d) Seguranccedila (espaccedilo bens e pessoas)

295

e) Limpeza

f) Temperatura

g) Iluminaccedilatildeo

4 Equipamentos

Muito Mau Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Qualidade do material disponibilizado

b) Quantidade do material disponibilizado

c) Desempenho do equipamento teacutecnico

d) Adequaccedilatildeo ao evento

5 Atendimento

Muito Mau

Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Atendimento personalizado

b) Atitude dos teacutecnicos

c) Satisfaccedilatildeo das suas solicitaccedilotildees em tempo

uacutetil

d) Competecircncia dos teacutecnicos na utilizaccedilatildeo

dos equipamentosrecursos

6 Sugestotildees

Indique sugestotildeesobservaccedilotildees que achar pertinente

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

Page 2: Departamento de Ciencias Sanitarias y Médico-Sociales

2

Departamento de Ciencias Sanitarias y Meacutedico-Sociales

TESIS DOCTORAL

MARKETING NOS SISTEMAS ARQUIVIacuteSTICOS PUacuteBLICOS PLANIFICACcedilAO E

COMUNICACcedilAO NOS SERVICcedilOS DE EXTESAO CULTURAL SUA

APLICABILIDADE NO SISTEMA ARQUIVIacuteSTICO PORTUGUEacuteS O SERVICcedilO

CULTURAL EDUCATIVOEXTENSIOacuteN CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA

MADEIRA

Presentada por SOFIA MARGARIDA DE CASTRO BARROS CORREIA DOS SANTOS

Dirigida por

Dra Dordf Esperanza Martiacutenez Montalvo

Alcalaacute de Henares 2012

3

Dedico este trabalho aos meus Pais Maacuterio e Sofia

Um beijo cheio de saudade

4

Agradeccedilo ao Rui por estar sempre comigo a dar-me apoio nos momentos menos

bons e mais agradaacuteveis

Aos meus irmatildeos Mariacutelia Maacuterio e Fernando por tambeacutem sempre me apoiarem e

estarem sempre presentes nem que fosse com um simples olaacute

Agrave minha orientadora Professora Esperanza que mostrou-me que eacute agradaacutevel fazer

investigaccedilatildeo ainda para mais quando se gosta do tema proposto

Agradeccedilo tambeacutem a duas amigas Faacutetima Abreu e Faacutetima Barros por todo o apoio

demonstrado

A todos que responderam agraves minhas entrevistas em especial ao Professor Julio

Diaz Cerdaz

Um muito obrigado

5

RESUMEN (ESPANtildeOL)

La gestioacuten de una organizacioacuten con o sin aacutenimo de lucro representa un desafiacuteo

constante para quieacuten trabaja en ella Todo debe ser planificado y ejecutado de acuerdo

con los objetivos y competencias de cada servicio y sector El mareting debe estar

presente pues todo debe ser hecho para responder de forma eficiente y eficaz a las

necesidades tangibles e intangibles de los diferentes segmentos Soacutelo asiacute las empresas

pueden posicionarse en el mercado y se distinguen de la competencia

Partiendo de estas premisas de la contrastacioacuten de la bibliografiacutea existende

sobre marketing ademaacutes de nuestra experiencia profesional como archivera y

responsable del Servicio Educativo Extensioacuten Cultural del Archivo Regional de

Madeira y del anaacutelisis de las pesquisas efectuadas en los archivos de los diferentes

municipios de Portugal hay que destacar la importancia y necesidad de teorizar y

transpolar todos estos conceptos al aacutembito de los archivos puacuteblicos Esto es en el

contexto actual la supervivencia de estos sistemas de informacioacuten impusados por esta

sociedad de la informacioacuten y del conocimiento habraacute de pasar por el incremento de las

herramientas de marketing en el queacer diario como forma de imposicioacuten y

valorizacioacuten el amplio capital de informacioacuten que administramos en contra de la idea

popular de que son locales inacesibles frecuentados apenas por investigadores eruditos

y estudiantes Con la finalidad de poder alcanzar la transformacioacuten cualitativa deseada

habraacute que pasar tambieacuten por una planificacioacuten de todas y cada una de las actividades

para alcanzar la excelencia de los servicios bienes y productos de forma responsable y

respondiendo anticipadamente a los deseos y voluntades del cliente objetivo De este

modo a lo largo de este trabajo de investigacioacuten se ha ido analizando todo el completo

aacutembito de las estrategias de marketing al mismo tiempo que hemos ido sugiriendo

propuestas y formas de uso de las mismas en lo que se refiere a marketing interno e-

marketing marketing editorial marketing de informacioacuten marketing mix plano

estrateacutegico etc y siempre que ha sido posible acompantildeadas de ejemplos de buenas

praacutecticas y de entrevistas efectuadas en archivos puacuteblicos nacionales y extranjeros asi

como de la descripcioacuten de la implementacioacuten de un servicio educativo y cultural en este

caso concreto del Archivo Regional de Madeira ( Funchal)

Con los resultados de esta investigacioacuten deseariacuteamos contribuir al cambio de

pensamiento acerca de la organizacioacuten de los servicios prestados por los archivos

puacuteblicos de cara al usuario y respecto a su acercamiento a los mismos involucrando a

6

todos sus (clientes internos) y posibilitando a sus consumidores (clientes externos) una

nueva forma de ejercicio de ciudadania

7

RESUMO (PORTUGUEcircS)

A gestatildeo de uma organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem trabalhada nela Tudo tem de ser planeado e executado de acordo

com a matriz de objectivos e matriz de competecircncia de cada serviccedilo sector O

marketing tem de estar presente pois tudo eacute feito para responder de forma eficiente e

eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos diferentes segmentos Soacute assim as

empresas se posicionam no mercado e se distinguem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing da

nossa experiecircncia profissional como arquivista responsaacutevel pelo Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira da anaacutelise dos inqueacuteritos

efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal sobressaiu a importacircncia de reflectir e

teorizar sobre a transposiccedilatildeo destes conceitos aos Arquivos Puacuteblicos Isto eacute no contexto

actual a sobrevivecircncia destes Sistemas de Informaccedilatildeo impulsionados pela Sociedade

da Informaccedilatildeo e do Conhecimento passaraacute pelo incremento das ferramentas do

marketing no seu quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital

de informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando a ideia de serem locais inacessiacuteveis

frequentado apenas por investigadores eruditos e estudantes Para que se possa operar a

transformaccedilatildeo qualitativa desejada haacute tambeacutem que apostar na planificaccedilatildeo de todas as

actividades para atingir a excelecircncia dos serviccedilos bens produtos de forma a responder

antecipadamente aos desejos e vontades do cliente-indiviacuteduo Daiacute sugerirmos ao longo

do trabalho propostas e formas de utilizaccedilatildeo do marketing interno do e-marketing do

marketing editorial do marketing de informaccedilatildeo do marketing mix e do plano

estrateacutegico sempre que possiacutevel acompanhados de exemplos de boas praacuteticas e de

entrevistas efectuadas em arquivos puacuteblicos nacionais e estrangeiros bem como a

descriccedilatildeo da implementaccedilatildeo de um serviccedilo educativo e cultural no Arquivo Regional da

Madeira Funchal como estudo de caso

Do resultado desta investigaccedilatildeo gostariacuteamos de sentir que contribuiacutemos para

uma mudanccedila do pensamento na forma de organizaccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelos

Arquivos Puacuteblicos envolvendo todos os colaboradores (clientes internos)

possibilitando aos seus consumidores (clientes externos) uma nova forma de exerciacutecio

da cidadania

8

SUMAacuteRIO

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO 1

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo 10 1 2 Objecto de estudo 14 13 Metodologia Utilizada 15 14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas 17

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS ASSOCIADOS 20

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual 20 211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia 23

22 Conceito de marketing 25

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos 33 231 Outros compostos do marketing mix 43

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado 46

25 Plano Estrateacutegico de Marketing 49 251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing 50

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS UNIDADES DE

INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO 57

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS 73

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos 76 411 Mercado Interno 76

412 Mercado Externo 80 43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos 87

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e estatildeo

dispostos a adquirir 87 432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este produtoserviccedilo

98 433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o produtoserviccedilo

100

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo 101

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos 128 45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo 141

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO CULTURAL

DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA 144

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira 144 511 Principais fundos 147 512 Outros Serviccedilos do ARM 148

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos 148 5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental 149 5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees 149

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro 150 5124 Serviccedilo de Biblioteconomia 151 5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica 151

5125 Outros Serviccedilos 151 52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM 151

9

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo 156 531 Actividades pedagoacutegicas e culturais 160 532 Ediccedilotildees de Fontes 181

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada 184 534 Gestatildeo da loja 186 534 Siacutetio Web 189 534 Wisi ndash Intranet 191 535 Acolhimento 193

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO 195

BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INFORMACcedilAtildeO 199

Fontes de Referecircncia 199 Instrumentos de trabalho 207

Documentaccedilatildeo geral 213 Legislaccedilatildeo normas e sites consultadas 214

LISTA DE ABREVIATURAS 217

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS 218

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da Direcccedilatildeo-

Geral de Arquivos 223 Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web Design

Web amp Multimedia Navega Bem 227

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto 231 Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 234

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora236 Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel 240 Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a

Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha

256

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) 260 Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira 263

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo 270 Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico 277 Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas 279

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais 281 Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira 283 Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira

285 Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

290 Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio 293

10

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo

As unidades de informaccedilatildeo devem atender agraves necessidades emergentes da

Sociedade da Informaccedilatildeo As forccedilas da globalizaccedilatildeo e o despontar das novas

tecnologias estimulam as empresas a desenvolverem um conjunto de competecircncias

nesta aacuterea Este tipo de vivecircncia origina um novo tipo de cultura em que as pessoas satildeo

mais exigentes e sensiacuteveis face agrave qualidade de um produto de um serviccedilo ou mesmo agrave

qualidade de ensino e de vida Agraves organizaccedilotildees por sua vez exige-se flexibilidade

qualitativa e quantitativa de modo a que se adaptem agraves constantes mutaccedilotildees do

ambiente Para sua adaptaccedilatildeo torna-se urgente que as bibliotecas os centros de

documentaccedilatildeo e os arquivos ndash unidades de informaccedilatildeo ndash apliquem as teacutecnicas

mercadoloacutegicas de forma a conheceremidentificarem os diferentes segmentos onde

actuam Haacute que atender a todas as suas necessidades e demandas a partir do

cliente-indiviacuteduo razatildeo da existecircncia destes serviccedilos

Partindo destes pressupostos compete a estas Instituiccedilotildees divulgar o patrimoacutenio

documental que pertencem ao cidadatildeo e servem a populaccedilatildeo e constituem um

importante segmento do nosso patrimoacutenio cultural

Esta perspectiva de aproximaccedilatildeo ao utilizador leva-nos a propor como tema de

doutoramento a utilizaccedilatildeo do marketing nos Arquivos Puacuteblicos definidos como locais

que guardam a documentaccedilatildeo produzida laquopor uma pessoa de direito puacuteblicoraquo e

laquopropriedade de uma pessoa de direito puacuteblicoraquo1 e que satildeo mantidos pela

laquoadministraccedilatildeo federal ou central de um paiacutes identificado como o principal agente da

poliacutetica arquiviacutestica em seu acircmbitoraquo2 e ou mantidos pela laquoadministraccedilatildeo municipal

identificado como o principal agente da poliacutetica arquiviacutestica nesse acircmbitoraquo3

Deste grupo de arquivos a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos (DGARQ) entidade

coordenadora do sistema de arquivos portugueses considera que os Arquivos Puacuteblicos

se dividem em arquivos de acircmbito nacional regional e municipal4

1 Arquivos Puacuteblicos ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Dicionaacuterio de Terminologia

Arquiviacutestica Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro Lisboa 1993 ISBN 972-565-164-4 p10 2 Idem

3 Arquivos Puacuteblicos Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf 4 De acordo com o Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo as suas atribuiccedilotildees satildeo laquosalvaguarda do

patrimoacutenio arquiviacutestico e patrimoacutenio fotograacutefico bem como de valorizaccedilatildeo da missatildeo dos arquivos como

11

No primeiro caso fazem parte o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o

Centro de Fotografia Portuguecircs

Os arquivos de acircmbito regional satildeo dezasseis5

a) Arquivo distrital de Aveiro

b) Arquivo distrital de Beja

c) Arquivo distrital de Braganccedila

d) Arquivo distrital de Castelo Branco

e) Arquivo distrital de Eacutevora

f) Arquivo distrital de Faro

g) Arquivo distrital da Guarda

h) Arquivo distrital de Leiria

i) Arquivo distrital de Lisboa

j) Arquivo distrital de Portalegre

l) Arquivo distrital do Porto

m) Arquivo distrital de Santareacutem

n) Arquivo distrital de Setuacutebal

o) Arquivo distrital de Viana do Castelo

p) Arquivo distrital de Vila Real

q) Arquivo distrital de Viseu

O Arquivo Regional da Madeira6 e a Biblioteca Puacuteblica e Arquivo Regional de

Angra do Heroiacutesmo7 satildeo tambeacutem puacuteblicos mas por serem arquivos das regiotildees

autoacutenomas da Madeira e dos Accedilores natildeo fazem parte da rede de arquivos regionais

No que concerne a arquivos municipais cerca de trezentos no nosso paiacutes8

resultam das laquoactividades administrativas de um municiacutepioraquo eou laquoeacute responsaacutevel pela

aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos arquivos municipaisraquo9 A gestatildeo destes

arquivos eacute autoacutenoma mas obedecem aos princiacutepios da proveniecircncia e de ordem natural

bem como agraves regras de descriccedilatildeo para implementar instrumentos de trabalho como

repositoacuterio da memoacuteria colectiva sendo assim a entidade coordenadora do sistema nacional de arquivos

independentemente da forma e suporte de registoraquo Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa 5 Artigo 1ordm aliacutenea 2 do Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie Ministeacuterio da Cultura Lisboa

p 1914 e 1916 6 Para saber mais sobre este arquivo vide wwwarquivo-madeiraorg

7 No caso dos Accedilores consulte o site wwwbparahazoresgovpthtml

8 Para saber mais sobre os municiacutepios portugueses consulte o site wwwanmppt

9 Arquivos Municipais ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p9

12

planos de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo e relatoacuterios de massa

documental acumulada por exemplo

Outros factores explicam este estudo O facto de ser arquivista e responsaacutevel pelo

Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional Madeira (SEEC) que nos

permite ter contacto diaacuterio com todos os tipos de nichos e querer melhorar a qualidade

dos serviccedilos prestados e por outro lado por em princiacutepio se tratar da primeira

tentativa em Portugal de concretizaccedilatildeo de um projecto deste geacutenero Por isso a

elaboraccedilatildeo deste trabalho constitui logo agrave partida uma aventura Podemos mesmo

afirmar que haacute ainda pouca consciecircncia sobre a aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos

nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo Basta dizer que em termos de bibliografia nacional10

soacute

conseguimos encontrar dois trabalhos que abordam estas questotildees mas voltados para

bibliotecas uma tese de mestrado de Maria Leonor Cardoso Seacutergio Pinto apresentada

em 2006 na Universidade de Eacutevora denominado de laquoMarketing nas Bibliotecas

Puacuteblicas Portuguesasraquo e um artigo de Antoacutenio M Saacute Santos apresentado no 9ordm

Congresso da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas (APBAD)

realizado em 2007 nos Accedilores intitulado laquoComo atingir os nossos utilizadores o

marketing directo nas bibliotecas e serviccedilos de documentaccedilatildeoraquo Encontramos

igualmente artigos cientiacuteficos que abordam a importacircncia do estudo dos utilizadores e

dos serviccedilos prestados nos serviccedilos de referecircncia mas natildeo fazem qualquer alusatildeo

directa agrave aplicaccedilatildeo da ferramenta de marketing

Por consulta do programa de formaccedilatildeo da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas ndash httpwwwapbadptFormacaoformacaohtm e por

frequecircncia em algumas acccedilotildees de formaccedilatildeo11

podemos dizer que este organismo revela

jaacute uma preocupaccedilatildeo sobre a aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo ao

apostar presentemente em alguma formaccedilatildeo nesta aacuterea

10

Realizada pesquisa no cataacutelogo bibliograacutefico na Biblioteca Puacuteblica de Portugal e na Biblioteca Puacuteblica

Regional o resultado revelou-se infrutiacutefero Solicitada informaccedilatildeo agrave Associaccedilatildeo de Profissionais de

Marketing em Portugal quer por correio electroacutenico quer por telefone tambeacutem natildeo obtivemos qualquer

resposta Tambeacutem o director da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Dr Silvestre Lacerda em entrevista nos

confirmou que natildeo conhecia qualquer trabalho do geacutenero realizado no nosso paiacutes 11

As formaccedilotildees frequentadas foram laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em bibliotecas e arquivos ndash

moacutedulo organizaccedilatildeo montagem e avaliaccedilatildeo de exposiccedilotildeesraquo e laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em

bibliotecas e arquivos ndash moacutedulo marketing cultural imagem e identidade de uma instituiccedilatildeo culturalraquo

em 2004 e laquoSer e Aparecer eis a questatildeo marketing Comunicaccedilatildeo e Relaccedilotildees Puacuteblicas em Bibliotecasraquo

em 2006

13

Por outro lado a leccionaccedilatildeo da poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais

variante de Arquivo em Portugal jaacute denota uma preocupaccedilatildeo na abordagem desta

mateacuteria12

A niacutevel mundial o panorama sobre o estudo de marketing em arquivos revela

tambeacutem um certo marasmo e embora em Espanha exista um trabalho de investigaccedilatildeo

na aacuterea13

o nuacutemero de artigos cientiacuteficos encontrados satildeo em nuacutemero reduzido e de

diversas origens (figura nordm 1)

Autores Origem Ano Tiacutetulo

Jean-Yves

Rousseau Canadaacute 1982 Le marketing des archives agrave lUniversiteacute de

Montreacuteal Mireille

Miniggio Canadaacute 1989 Le marketing au service de larchivistique le cas de

projet de normalisation au niveau du fonds

darchives Pierre de

Longuemar Franccedila 1993 Faut-Il Exploiter Des Archives Bancaires Pour Le

Marketing Deux Colloques Sur les Archives

Historiques Des Banques Max Evans EUA 1998 Archives of the people by the people for the

people Daniel Corzo Peruacute 2001 La aplicacioacuten del marqueting en la archiviacutestica poacuter

que como y para queacute Elizabeth

Hallam Smith Inglaterra 2003 Customer Focus and Marketing in Archive Service

Delivery theory and practice 1

Geoffrey

Lecturer Yeo Inglaterra 2005 Understanding Users and Use a Market

segmentation approach

Vanderlei

Batista dos

Santos

Brasil 2007 Una propuesta de marketing para un archivo

institucional

Figura n ordm 1

Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Fonte Sofia Santos

Perante a escassez dos suportes teoacutericos e ainda natildeo satisfeitos encetamos

contacto com a American Marketing Association e com a Society of American

Archivists as quais afirmaram desconhecer a existecircncia de trabalhos deste geacutenero14

Mesmo a consulta da revista laquoAchivariusraquo de origem canadiana revelou-se infrutiacutefera

12

Foi leccionado na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais na Universidade da Madeira no ano

lectivo de 20062007 a cadeira laquoComunicaccedilatildeo da Informaccedilatildeoraquo em que noacutes jaacute abordamos a necessidade

de aplicar este tema nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo O mesmo curso ministrado na Universidade Lusoacutefona

Universidade Autoacutenoma de Lisboa Universidade Lusoacutefona e a Universidade Portucalense tambeacutem jaacute

abordam este tema 13

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Magraverquetin y Archivos Ediciones Trea SL Asturias 2006 Depoacutesito

Legal As 497-2006 ISBN 84-9704-218-2 14

Gonzalez Lee [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem An information for a PHD Dezembro de 2008

14

De troca de e-mials com Reacutejean SAVARD autor da obra de referecircncia laquoPrincipes

directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et

archivistesraquo referiu que natildeo existem muitas dissertaccedilotildees sobre este tema15

Apesar da situaccedilatildeo descrita decidimos optar por esta investigaccedilatildeo tentando

contribuir para um conhecimento mais rigoroso desta nova aacuterea do saber

1 2 Objecto de estudo

Uma vez expostas as razotildees da escolha do tema importa agora delimitar o seu

campo de estudo

Tal como jaacute afirmamos o nosso objecto desta dissertaccedilatildeo eacute a utilizaccedilatildeo dos

conceitos mercadoloacutegicos pelos Arquivos Puacuteblicos Para explicaccedilatildeo dos fundamentos

teoacutericos dividimos o estudo em trecircs partes

A primeira parte corresponde agrave compreensatildeo de diversos conceitos que estatildeo

associados ao marketing sua evoluccedilatildeo histoacuterica definiccedilatildeo e conceitos que lhe estatildeo

associados como o composto do marketing mix segmentaccedilatildeo de mercado e plano

estrateacutegico de marketing aspectos primordiais para se perceber o seu modo de

funcionamento

Como o objecto central satildeo os arquivos considera-se importante numa segunda

parte efectuar um enquadramento do marketing dentro das organizaccedilotildees sem fins

lucrativos Nesse sentido far-se-aacute uma apresentaccedilatildeo em simultacircneo com outras unidades

de informaccedilatildeo ndash bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo ndash no qual tentamos responder agraves

seguintes questotildees

a) Que problemas inerentes estatildeo na aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de

informaccedilatildeo

b) Haacute resistecircncia agrave sua aplicaccedilatildeoadopccedilatildeo

c) Qual dos compostos de marketing eacute o mais reconhecidoutilizado por estes

organismos

d) Quais satildeo as propostas que os bibliotecaacuterios e documentalistas propotildeem para

a mudanccedila da visatildeo da aplicaccedilatildeo do marketing

15

SAVARD Reacutejean [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem One question from PortugalDezembro de 2010

15

Para responder a estas e outras questotildees baseamo-nos nas leituras de publicaccedilotildees

americanas australianas brasileiras espanholas francesas inglesas peruanas e

portuguesas e que se debruccedilam sobre este tema

Numa terceira fase procuramos saber como se poderia aplicar nos arquivos

puacuteblicos

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que oferecem os arquivos aos utilizadoresclientesconsumidores para

satisfazerem as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em arquivos puacuteblicos

Seraacute que o marketing aplica-se nos Arquivos Distritais portugueses

Estes satildeo os problemas levantados e ao mesmo tempo que respondemos a esta

problemaacutetica apresentamos propostas para os arquivos melhorarem os seus serviccedilos

Como complemento deste capiacutetulo associamos entrevistas realizadas a arquivos

instituiccedilotildees culturais empresa de Web design e uma editora bem como a apresentaccedilatildeo

da anaacutelise dos resultados dos inqueacuteritos aplicados a arquivos distritais de Portugal

A uacuteltima parte da tese descreve o caso de aplicaccedilatildeo das estrateacutegias de marketing

no Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

13 Metodologia Utilizada

No desenvolvimento do estudo que agora se apresenta a componente

metodoloacutegica seguida nas vaacuterias fases da investigaccedilatildeo eacute o meacutetodo qualitativo As suas

principais caracteriacutesticas segundo BOGDAN e BIKLEN eacute a riqueza dos pormenores

descritos relativamente a pessoas locais e conversas16

Ainda nos dizem que

laquoos indiviacuteduos que fazem investigaccedilatildeo qualitativa possam vir a

seleccionar questotildees especiacuteficas agrave medida que recolhem os dados a

abordagem agrave investigaccedilatildeo natildeo eacute feita com o objectivo de responder a

questotildees preacutevias ou de testar hipoacuteteses Privilegiam essencialmente a

16

BOGDAN e BIKLEN - Investigaccedilatildeo Qualitativa em Educaccedilatildeo Uma introduccedilatildeo agrave teoria e aos

meacutetodos Porto Editora Porto 1994 ISBN 972-0-34112-2 p 16

16

compreensatildeo dos comportamentos a partir da perspectiva dos sujeitos da

investigaccedilatildeo (hellip) recolhem normalmente os dados em funccedilatildeo de um

contacto aprofundado com os indiviacuteduos nos seus contextos ecoloacutegicos e

naturaisraquo 17

A partir das leituras efectuadas na obra dos autores supracitados ndash laquoInvestigaccedilatildeo

Qualitativa em Educaccedilatildeo Introduccedilatildeo agrave teoria e aos meacutetodosraquo o nosso objecto de estudo

segue quatro linhas orientadoras

1 A fonte directa de dados eacute sempre o laquoambiente naturalraquo18

sendo um

investigador o instrumento principal Ou seja os proponentes introduzem-se no

espaccedilo de estudo (uma famiacutelia uma escola uma comunidade ou outro local)

recolhendo dados que depois revecircem Entende-se que os acontecimentos satildeo

compreendidos mais eficazmente quando observados no contexto onde ocorrem

No caso do SEEC do Arquivo Regional da Madeira a aproximaccedilatildeo aos sujeitos

e o conhecimento do seu quotidiano concretizou-se com facilidade uma vez que

fizemos parte da sua organizaccedilatildeo criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de iniciativas A

observaccedilatildeo organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo nas actividades desenvolvidas

privilegiaram um melhor entendimento do contexto envolvente Nesse sentido o

nosso objecto de estudo resulta de observaccedilatildeo directa

2 A investigaccedilatildeo qualitativa eacute descritiva histoacuterica e indutiva Os dados

recolhidos traduzem-se em palavras imagens e nunca em nuacutemeros Os

resultados incluem citaccedilotildees com base nas fontes consultadas fotografias

documentos pessoais ou registos oficiais Durante a fundamentaccedilatildeo teoacuterica do

Capiacutetulo II ao Capiacutetulo IV recorremos a documentaccedilatildeo geneacuterica e agrave nossa

experiecircncia profissional Daiacute afirmarmos que a componente epistemoloacutegica

tambeacutem estaacute presente

3 Os investigadores qualitativos natildeo pretendem confirmar hipoacuteteses construiacutedas

previamente mas elaborar uma teoria de acordo com a informaccedilatildeo recolhida

Nunca presumem que sabem o suficiente antes de comeccedilar a investigaccedilatildeo No

iniacutecio a recolha e anaacutelise dos dados pressupotildee muacuteltiplas opccedilotildees que partem do

17

BOGDAN e BIKLEN ndash Ob cit 18

Idem

17

geral (noccedilotildees geneacutericas sobre o marketing e os conceitos que lhe estatildeo

associados) ateacute ao particular (apresentaccedilatildeo do caso de estudo) e conclusatildeo

recomendaccedilotildees

4 O significado eacute fulcral na abordagem qualitativa Os investigadores que

seguem esse meacutetodo preocupam-se com as opiniotildees de todos os intervenientes

na sua dinacircmica interna Com esse objectivo em mente procuram um registo tatildeo

rigoroso quanto possiacutevel

A transcriccedilatildeo das entrevistas efectuadas a uma empresa de Web Design ndash Web

amp Multimedia Navega Bem a uma instituiccedilatildeo cultural ndash Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian atraveacutes do Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo a Arquivos ndash Arquivo

Municipal de Penafiel Centro de Fotografia Portuguecircs Arquivo Regional da Madeira

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha inqueacuteritos efectuados

aos arquivos distritais de Portugal e a uma editora ndash Editora Sextante aleacutem de

contribuiacuterem para o enriquecimento do trabalho contribuem ainda para testemunhar

exemplos de boas praacuteticas da utilizaccedilatildeo do marketing em diferentes aacutereas do saber

Estamos perante uma quinta linha orientadora do nosso trabalho a metodologia

quantitativa

14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas

A recolha da informaccedilatildeo necessaacuteria ao desenvolvimento deste estudo

processou-se em diversas etapas e teve como suporte diferentes fontes de informaccedilatildeo

Os dados de natureza histoacuterica relativos agrave evoluccedilatildeo do marketing bem como os

conceitos que lhe estatildeo associados foram compilados a partir de fontes bibliograacuteficas

(monografias e revistas) A instituiccedilatildeo onde efectuaacutemos a grande maioria das pesquisas

de tipo bibliograacutefico foi a Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e apesar de ser

abrangida pela lei do depoacutesito legal verificamos algumas lacunas relativas a

publicaccedilotildees de referecircncia Mediante esta situaccedilatildeo tivemos de recorrer ao empreacutestimo

inter-bibliotecaacuterio As obras solicitadas na sua maioria da autoria de Philip KOTLER

satildeo ediccedilotildees e traduccedilotildees brasileiras laquoMarketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o

lucroraquo laquoMarketingraquo laquoMarketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa

saberraquo e laquoMarketing para o seacuteculo XXIraquo satildeo alguns desses exemplos Do mesmo autor

18

foram ainda consultadas os laquoPrinciacutepios do marketingraquo laquoMarketing para serviccedilos

profissionaisraquo e laquoMarketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionaisraquo com co-autoria

de respectivamente Gary ARMSTRONG Paul N BLOOM e Karen FOX

A niacutevel de produccedilatildeo nacional foi consultado o livro laquoTeoria e praacutetica do

Marketing Mercator 2000raquo de Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim

RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA ndash Dicionaacuterio

de Marketing e em ficheiro electroacutenico a laquoRevista Portuguesa de Marketing On-lineraquo

Relativamente agrave informaccedilatildeo especiacutefica sobre estudos nas unidades de

informaccedilatildeo ela foi recolhida a niacutevel nacional pelos artigos publicados pela APBAD e

nas actas das jornadas laquoO Renascer da Informaccedilatildeo - os novos edifiacutecios de Arquivosraquo e

laquoServiccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecasraquo datadas de 2003 e 2006 A niacutevel

arquiviacutestico foram consultados artigos de Fernanda RIBEIRO portuguesa doutorada em

arquiviacutestica e o laquoDicionaacuterio de terminologia arquiviacutesticaraquo de Ivone ALVES Margarida

RAMOS entre outros

Uma vez esgotadas estas fontes tivemos de recorrer a bibliografia de natureza

teoacuterica e teacutecnica a niacutevel internacional

Consultaacutemos inuacutemeros artigos publicados pela International Federation of

Library Associations and Institutions (IFLA) e da Australian Librarian and

Information Assocation (ALIA) e artigos publicados no Brasil na sua maioria da

autoria de Sueacuteli Angeacutelica AMARAL doutorada em Ciecircncias da Informaccedilatildeo na vertente

de Bibliotecas Outras fontes utilizadas foram as actas dos congressos do Conselho

Internacional de Arquivos (CIA) e publicaccedilotildees da Unesco como a obra de Reacutejean

Savard laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistesraquo e artigos publicados pelo laquoJournal of Society of

Archivesraquo Foram ainda consultadas as ediccedilotildees de Ramoacuten Alberch i Fugueras Lurdes

Boix Llonch Nataacutelia Navarro Sastre e Susanna Vela Palomares laquoArchivos y cultura

manual de dinamizacioacuten e Antoni Tarreacutes ROSELL laquoMagraverquetin y Archivosraquo de origem

brasileira foi consultada laquoMarketing Cultural e Financiamento da Culturaraquo de Ana Carla

Fonseca REIS e laquoMarketing Cultural comunicaccedilatildeo dirigidaraquo de Roberto Muylaert

Como complemento destas informaccedilotildees foram ainda solicitados artigos na

Biblioteca del CIDA Centro de Informacioacuten Documental de Archivos Madrid e na

Universidade de Montreal Canadaacute sobre experiecircncias de marketing em arquivos

universitaacuterios e bancaacuterios

19

Natildeo queremos deixar de fazer referecircncia a outras bibliotecas espanholas (como a

Universidad Complutense e a Universidad de Alcalaacute de Henares e de outras como a

Universidad de Granada Muacutercia y Carlos III ndash de grande apoio e orientaccedilatildeo) e das

obras de Eileen Elliott de Saez laquoMarketing concepts for libraries and information

servicesraquo laquoMarketin decircs bibliotheacuteques et decircs centres de documentationraquo de Jean-

Michel SALAUumlN e laquoMarketing Library and Information Services International

Perspectivesraquo de Christie KOONTZ Angels MASSISIMO e Reacutejean SAVARD

Foram ainda consultadas exemplos de boas praacuteticas em museus como a obra

laquoEstrategias y marketing de museosraquo de Neil KOTLER e Philip KOTLER laquoEl turismo

cultural los museos y su planificacioacutenraquo de Manuel RAMOS LIZANA laquoLa

comunicacioacuten global del patrimoacutenio culturalraquo coordenado por Santos M MATEOS

RUSILLO entre outros

No caso de estudo de caso que seraacute apresentado no capiacutetulo V baseamo-nos em

informaccedilotildees internas circulares relatoacuterios e experiecircncia profissional

Quanto agraves referecircncias bibliograacuteficas seguimos a Norma Portuguesa 405-1 405-

2 405-3 e 405-4

As ediccedilotildees de referecircncia e a bibliografia utilizadas nesta dissertaccedilatildeo satildeo

mencionadas no final da mesma

20

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS

ASSOCIADOS

O presente estudo pretende contribuir para uma melhor compreensatildeo da filosofia

do marketing aplicado especificamente em organismos que natildeo visam o lucro como o

caso dos Arquivos Puacuteblicos Sob este prisma entendemos que eacute necessaacuterio efectuar uma

contextualizaccedilatildeo da histoacuteria do marketing seguido pela clarificaccedilatildeo do seu conceito e

explicaccedilatildeo de algumas ideias baacutesicas indissociaacuteveis do seu entendimento como o

composto de marketing segmentaccedilatildeo e posicionamento de mercado e plano estrateacutegico

de marketing

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual

Segundo vaacuterios autores o conceito de marketing existe desde que os homens

tiveram necessidade de vender o que produziam mas o seu verdadeiro impulso deu-se

com o advento da Revoluccedilatildeo Industrial no seacuteculo XIX

Esta eacutepoca designada de laquoera da produccedilatildeoraquo19

caracteriza-se pela produccedilatildeo em

massa de bens de primeira necessidade ao menor custo ndash como alimentaccedilatildeo vestuaacuterio e

utensiacutelios ndash e pela produccedilatildeo estandardizada passando a oferta a ser maior que a

procura Antes disso tudo que se produzia era vendido havendo pouca oferta e pouca

concorrecircncia

Com o avanccedilo das tecnologias e das produccedilotildees em seacuterie esta situaccedilatildeo muda

especialmente entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial20

que eacute caracterizada como

a laquoeacutepoca da abundacircnciaraquo21

ou a laquoera das vendasraquo22

A venda passa a ser o principal objectivo dos gestores das empresas que

comeccedilam a teorizar sobre as necessidades dos consumidores e sobre como cativaacute-los O

recurso agrave publicidade ndash em reclamos jornais paredes das cidades e ecratildes de cinema ndash

19

REIS Ana Carla Fonseca - Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira Satildeo

Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p19 20

Eacute precisamente entre as duas guerras mais concretamente em 1925 que em Portugal eacute fundada a

primeira agecircncia de publicidade a Empresa Central de Publicidade (McCann-Erickson) 21

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p26 22

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit

21

comeccedila a ser uma constante porque as empresas acreditam que o consumidor adquire o

que lhes eacute imposto pelo mercado

Com o fim da Segunda Guerra Mundial daacute-se a laquoera do marketingraquo23

e laquoo

consumidor eacute reiraquo24

Agora o objectivo dos fabricantes surge da resposta dada agrave

laquopercepccedilatildeo dos desejos e necessidades do seu puacuteblicoraquo25

no mercado

Natildeo eacute entatildeo de estranhar que o departamento de marketing passe a ocupar um

lugar de destaque nas direcccedilotildees a par do serviccedilo de financcedilas contabilidade e recursos

humanos

Eacute tambeacutem nesta era mais concretamente no ano de 1967 que Portugal utiliza

pela primeira vez o conceito formal do marketing com a criaccedilatildeo da APPM ndash Associaccedilatildeo

Portuguesa dos Profissionais de Marketing sob a designaccedilatildeo de Sociedade Portuguesa

de Comercializaccedilatildeo eacute efectuado o primeiro estudo de mercado e surge a primeira

licenciatura em Gestatildeo de Empresas (no Instituto Superior de Ciecircncias do Trabalho e da

Empresa e no Instituto Superior de Economia e Gestatildeo)

Apesar da mudanccedila da visatildeo das empresas o meio empresarial portuguecircs

continuava a caracterizar-se pela ausecircncia de grupos nacionais fortes e pela

preponderacircncia de pequenas e meacutedias empresas

Nos anos 70 a contribuiccedilatildeo do marketing no meio empresarial eacute tatildeo notoacuteria que

passa rapidamente a ser adoptado noutros sectores da actividade humana Entidades

religiosas governos organizaccedilotildees civis e partidos poliacuteticos passam a utilizar estrateacutegias

de marketing adaptando-as agraves suas realidades e necessidades

Na deacutecada de 90 surge a chamada laquoera do marketing de relacionamentoraquo ou do

CRM ndash Customer Relationship Management26

Sob a influecircncia dos avanccedilos

tecnoloacutegicos ndash como eacute o caso do comeacutercio electroacutenico que possibilita novas formas de

pagamento e de distribuiccedilatildeo de produtos ndash as organizaccedilotildees passam a ter no cliente o

motor da sua sobrevivecircncia Responder de forma satisfatoacuteria individualizada e

personalizada eacute hoje a base de todas as poliacuteticas de marketing nas organizaccedilotildees que

pretendem sobreviver na sociedade mercadoloacutegica Estamos perante a passagem de uma

visatildeo tradicionalista dos organismos que centravam a sua actuaccedilatildeo nos fornecedores de

23

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p20 24

Idem 25

Ibidem 26

FINGER Andrew Beheregarai CASTRO Gardeacutenia de COSTA Mariacutelia Damiani ndash Gestatildeo de

Bibliotecas Universitaacuterias com a implementaccedilatildeo do Customer Relationship Management (CRM) In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6p 47

22

capitais e mateacuterias-primas nos concorrentes e soacute depois nos consumidores (imagem da

esquerda) para uma empresa moderna centrada na satisfaccedilatildeo dos clientes (imagem da

direita) (figura nordm 2)

Figura nordm 2

Empresa com visatildeo comercial Empresa com visatildeo de marketing

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p28

No caso portuguecircs impulsionados pela integraccedilatildeo do paiacutes na Comunidade

Econoacutemica Europeia ndash actual Uniatildeo Europeia ndash as empresas e as entidades puacuteblicas

sofrem uma reestruturaccedilatildeo interna e beneficiados pelas estrateacutegias de marketing vecircem

aumentar os seus niacuteveis de produtividade e de qualificaccedilatildeo dos recursos humanos

laquoSatildeo criadas nesta deacutecada vaacuterias associaccedilotildees sectoriais (APAN AMD

APCE)27

bem como os primeiros cursos de marketing a niacutevel superior

As revistas de negoacutecios (Marketing e Publicidade Distribuiccedilatildeo Hoje e

Exame) surgem como veiacuteculos de divulgaccedilatildeo das novas poliacuteticas de

gestatildeo e dinamizaccedilatildeo de actividade econoacutemica e socialraquo28

A laquoera do marketing digitalraquo29

proporcionada pela democratizaccedilatildeo da Internet

utilizaccedilatildeo dos telemoacuteveis comeacutercio electroacutenico endereccedilos electroacutenicos

viacutedeo-conferecircncia segmentaccedilatildeo da TV Cabo entre outras inovaccedilotildees define a filosofia

do marketing que nos caracteriza actualmente Torna-se imperativo que os mercados

saibam responder de forma ainda mais eficiente e eficaz agraves novas exigecircncias dos

27

Significado dos acroacutenimos referidos APAN Associaccedilatildeo Portuguesa de Anunciante AMD Associaccedilatildeo

Portuguesa de marketing Directo APCE Associaccedilatildeo Portuguesa de Comunicaccedilatildeo de Empresa 28

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit p48 29

Idemp31

23

consumidores que cada vez estatildeo mais exigentes e sedentos de novos produtos A

proacutepria publicidade tradicional tambeacutem sofre alteraccedilotildees com o surgimento do

webmarketing e do buzz marketing por exemplo

211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

Na histoacuteria do marketing haacute autores e obras marcantes que explicam a sua evoluccedilatildeo

atraveacutes de vaacuterias ediccedilotildees que marcam difrentes eacutepocas

No ano de 1750 Adam Smith economista publica o livro laquoA riqueza das naccedilotildeesraquo

em que defende que os produtores devem orientar a sua produccedilatildeo para os bens

pretendidos pelos consumidores pois este eacute o uacutenico modo de fazer funcionar

harmoniosamente o sistema econoacutemico

Na era da produccedilatildeo surgem os primeiros estudos sobre o marketing nos Estados

Unidos da Ameacuterica da autoria de Walter Scott e as leis de gravitaccedilatildeo de William J

Reilly que questionam as teorias do mercado

Entretanto foram publicadas nas deacutecadas de 20 e 30 do seacuteculo XX vaacuterias ediccedilotildees

sobre este tema ainda que de forma natildeo consciente sobre o conceito mercadoloacutegico

aplicado a bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo Eacute o caso do livro laquoThe Library and

the Communityraquo escrito por Joseph Wheeler em 1924 e da obra do bibliotecaacuterio inglecircs

Lionel McColvin intitulada laquoLibrary Extension Work and Publicityraquo SRRanganathan

escreve em 1931 as laquoFive Laws of Library Scienceraquo

1 Livros satildeo para usar

2 Cada leitor(a) tem direito a um livro

3 Cada livro eacute um leitor

4 Tenha tempo para o utilizador

5 A biblioteca eacute um organismo laquovivoraquo30

No mesmo ano Greta Renborg publica um artigo na laquoEncyclopedia of Library and

Information Scienceraquo sobre laquoLibrary Public Relationsraquo

Eacute tambeacutem durante este periacuteodo que a extensatildeo cultural das bibliotecas bem como o

trabalho de relaccedilotildees puacuteblicas comeccedila a ser desenvolvido Surgem igualmente outros

artigos de referecircncia como eacute o caso de laquoThe missing three quarterraquo da autoria de Fred

Grenn e laquoA Manual for the Librarian and Studentraquo de Harold Jolliffe Outros artigos

30

Os tiacutetulos dos capiacutetulos satildeo traduccedilatildeo nossa

24

foram publicados neste periacuteodo laquoLa Propaganda y el Servicio Publico de bibliotecas en

los Estados Unidosraquo e laquoThe Public Library in the United Statesraquo da autoria

respectivamente de Lasso de La Vega e de Bostwiickacutes31

Em 1957 eacute editado o primeiro livro que descreve o marketing como uma ferramenta

de trabalho para quem quer sobreviver no mercado laquoA Praacutetica da Administraccedilatildeoraquo de

Peter Ducker

Theodore Levitt no artigo laquoMiopia de Marketingraquo em 1960 revela uma seacuterie de

erros de percepccedilatildeo do mercado e mostra a importacircncia da satisfaccedilatildeo dos clientes

transformando para sempre o mundo dos negoacutecios O vender a qualquer custo deu lugar

agrave satisfaccedilatildeo garantida

O livro laquoAdministraccedilatildeo de Marketingraquo de Philip Kotler consolida as bases do

marketing Este autor em conjunto com Sidney L Levy publica no laquoJournal of

Marketingraquo um artigo que aborda pela primeira vez o marketing em organizaccedilotildees sem

fins lucrativos

Sobre a transposiccedilatildeo dos conceitos comerciais para Sistemas de Informaccedilatildeo e

Documentaccedilatildeo foi necessaacuterio esperar cerca de vinte anos para que surgissem novos

estudos sobre este tema Em Espanha destacam-se os artigos laquoEl planeamiento

bibliotecaacuterio Una experiencia aprovechable el maacuterquetinraquo e laquoMaacuterquetin para

bibliotecaacuteriosraquo de Escolar Sobrino publicados em 1970 no laquoBoletin de la ANABAraquo

Eacute neste periacuteodo mais concretamente em 1974 no 15ordm Congresso Internacional

da Mesa Redonda dos Arquivos realizada em Otava Canadaacute que os Arquivos Puacuteblicos

abordam pela primeira vez questotildees relacionadas com os serviccedilos de relaccedilotildees puacuteblicas

Em 1979 Kotler publica a primeira obra de referecircncia do geacutenero - laquoMarketing

para organizaccedilotildees que natildeo visam lucroraquo que ainda hoje eacute utilizada como obra de

referecircncia

Ainda nesta deacutecada a norte-americana Betty Rice escreve laquoPublic Relations for

Public Librariesraquo e o britacircnico KC Harrison publica laquoPublic Relations for Librariansraquo

Na mesma altura Allan Angoff edita uma comunicaccedilatildeo intitulada laquoPublic Relations for

Librariesraquo

31

Refira-se a tiacutetulo de curiosidade que Agravengels Massiacutessimo e Joseacute-Antonio Goacutemez-Hernaacutendez advogam

que estes textos satildeo a base do estudo do marketing em bibliotecas espanholas MASSIacuteSSIMO Agravengels e

GOacuteMEZ-HERNAacuteNDEZ Joseacute-Antonio ndash Library Marketing in Spain State -of-Art In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-598-11753-4p52

25

Ainda na era do marketing em 1982 Tom Peters e Bob Waterman publicam a

obra laquoEm busca da Excelecircnciaraquo na qual apresentam ao mundo a aplicaccedilatildeo das

estrateacutegias de marketing centradas no cliente

Em 1988 Reacutejean Savard publica laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du

marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et archivistesraquo a primeira obra do

geacutenero que indica directrizes para o ensino do marketing nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo

Na deacutecada de 90 surgem outros artigos que Florence MUET classifica como

sendo o ponto de partida do estudo do marketing em bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo em Franccedila32

Satildeo eles laquoMarketing decircs bibliothegraveques et decircs Centres de

documentationraquo de Jean-Michel Salaiin e laquoLe marketing decircs services dacute information

pour un usage de lacuteinformation documentaireraquo de Eric Sutter33

O nascimento do marketing de permissatildeo de Seth Godin a conceptualizaccedilatildeo do

marketing boca-a-boca por George Silverman e a explosatildeo do buzz marketing e do

marketing viral pelos autores Russell Goldsmith e Mark Hughes corresponde agrave eacutepoca

actual e que se designa de laquomarketing de relacionamentoraquo e laquomarketing da era digitalraquo

22 Conceito de marketing

De origem anglo-saxoacutenica o termo marketing deriva do latim mercare

(mercadoria) que significa acto de comercializar produtos Em termos etimoloacutegicos

marketing deriva da aglutinaccedilatildeo de market (mercado) + ing (movimento ou em acccedilatildeo)34

Por ser uma palavra nitidamente estrangeira a expressatildeo adoptada em portuguecircs foi o

termo laquomercadoloacutegicoraquo Sobre o seu significado e funccedilotildees tecircm sido descritos ao longo

dos tempos

laquo(hellip) como um grupo de atividades de negoacutecios como um fenoacutemeno de

comeacutercio como um estado de espiacuterito como uma funccedilatildeo coordenadora

integradora na definiccedilatildeo de poliacuteticas como um senso de propoacutesito dos

negoacutecios como um processo econoacutemico como uma estrutura das

instituiccedilotildees como um processo de troca ou transferecircncia da propriedade

de produtos como um processo de concentraccedilatildeo equalizaccedilatildeo e

32

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentacion Services in France A Difficult

Integration In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-

598-11753-4p85 33

Idem 34

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 19

26

dispersatildeo como a criaccedilatildeo do tempo lugar e posse de coisas uacuteteis como

um processo de ajustamento da demanda e da oferta e muitas outras

coisasraquo35

Por outro lado verifica-se que o conceito de marketing ainda estaacute erroneamente

associado a vendas e a um departamento de uma empresa36

Esta ideia eacute comprovada

por Philip KOTLER e Karen FOX quando em 1994 aplicaram um inqueacuterito a 300

directores de estabelecimentos de ensino sobre laquoO que significa o termo marketingraquo

Nesse estudo 31 dos inquiridos responderam que marketing resulta de uma

combinaccedilatildeo de trecircs elementos chaves propaganda vendas e relaccedilotildees puacuteblicas Para

28 esta disciplina resulta do conjunto de dois dos elementos referidos Para os

restantes directores ndash uma minoria ndash marketing representa o conjunto de algumas

actividades como a avaliaccedilatildeo de necessidades pesquisas de marketing

desenvolvimento de produtos poliacuteticas de preccedilos e de distribuiccedilatildeo37

Mas na realidade o que se entende por marketing

Marketing para Aniacutebal PIRES

laquo(hellip) eacute o conjunto de actividades de anaacutelise planeamento

implementaccedilatildeo e controlo de programas de acccedilotildees destinadas a criar e

manter relaccedilotildees de troca mutuamente vantajosas com mercados-alvo e

de modo a atingir os objectivos da empresaraquo38

Alexander HIAM acrescenta que marketing eacute tambeacutem o

laquoprocesso social e empresarial pelo qual os indiviacuteduos e grupos obtecircm o

que necessitam e desejam atraveacutes da troca de produtos e da criaccedilatildeo de

valor com outrosraquo39

Para Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA marketing eacute

35

KOLTER Philip ndash Marketing Ediccedilatildeo Compacta Atlas Satildeo Paulo 1980 ISBN 978-85-230-0952-6p

30 36

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p35 e 36 37

KOTLER Philip e FOX Karen F A ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas

Satildeo Paulo 1994 ISBN 8522411166p23 38

PIRES Lima ndash O que eacute Marketing Difusatildeo Cultural Lisboa 1994 ISBN 972-709-184-

916-19 p 23 39

HIAM Alexander ndash Ferramentas de decisatildeo para executivos marketing Biblioteca Executiv Digest

Abril Control Jornal Linda-a-Velha 1995 ISBN 972-611-357-1p 252

27

laquoum processo de gestatildeo que consiste na identificaccedilatildeo antecipaccedilatildeo e

satisfaccedilatildeo dos desejos e necessidades dos clientes Uma operaccedilatildeo de

marketing de um produto requer tarefas tais como a previsatildeo de

alteraccedilotildees na procura (normalmente na base de pesquisa de marketing)

a promoccedilatildeo do produto assegurar que a qualidade a disponibilidade e o

preccedilo satisfaccedilam as necessidades do mercado e a promoccedilatildeo de serviccedilo

poacutes-vendaraquo40

Outros especialistas na aacuterea como KOTLER e FOX tambeacutem consideram que este

instrumento de trabalho resulta de planificaccedilotildees que permitem administrar relaccedilotildees de

troca da instituiccedilatildeo com os seus vaacuterios puacuteblicos41

O mesmo eacute reafirmado por KOTLER

e Gary ARMSTRONG quando definem marketing como sendo

laquoum processo administrativo e social pelo qual os indiviacuteduos e

organizaccedilotildees obtecircm o que necessitam e desejam por meio da criaccedilatildeo e

troca de valor com os outrosraquo42

Os mesmos autores afirmam ainda que no meio dos negoacutecios o marketing envolve

laquorelacionamentos lucrativos e de valor com os clientesraquo43

Jean-Yves ROSSEAU acrescenta o valor humano na actividade do marketing

entendendo que soacute daiacute adveacutem a satisfaccedilatildeo total dos consumidores44

Para existirem as trocas ou o chamado processo de marketing o arquivista

espanhol Antoni Tarreacutes ROSELL diz-nos que eacute necessaacuterio combinar cinco elementos45

laquo- Ha de haber al menos dos partes

- Cada parte haacute de disponer de alguna cosa que suponga valor para la

otra

- Cada parte ha de ser capaz de comunicar y de entregar

- Cada parte ha de ser libre de aceptar o rehazar la oferta

- Las dos partes han de estar dispuestas a realizar la transaccioacutenraquo

40

Marketing ALVES Caetano e BANDEIRA Siacutelvia ndash Dicionaacuterio de Marketing IPAM Porto 1998

ISBN 972-95293-2-9 p220 41

KOTLER Philip e FOX Karen ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas Satildeo

Paulo 1994 ISBN 978-85-230-0952-6 p33 42

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Princiacutepios do marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo

2007 ISBN 978-85-7605-123-7p4 43

Idem 44

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreal Association decircs

Archives du Quebeacutec 1982 p32 45

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Ob cit p 27 A combinaccedilatildeo destes cinco elementos eacute tambeacutem descrita

por Neil e Philip Kotler KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos

Editorial Ariel SA Barcelona ISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p89

28

Quanto ao valor dos produtos estes dividem-se em bens tangiacuteveis e bens natildeo

tangiacuteveis

Entenda-se por bens tangiacuteveis aqueles que se relacionam directamente com o

produto fiacutesico como por exemplo a compra de um carro e por intangiacuteveis todos os que

estatildeo directamente associados a serviccedilos e ao estatuto que adveacutem da sua aquisiccedilatildeo Eacute o

caso das caracteriacutesticas que o automoacutevel possui como o conforto e a seguranccedila

As caracteriacutesticas que diferenciam as acccedilotildees tangiacuteveis e intangiacuteveis satildeo

apresentadas por Pierre EIGLIER e Eric LANGEARD citando C H LOVELOCK na

seguinte tabela (figura nordm 3)

Qual a natureza do acto de

serviccedilo

QUEcirc OU QUEM Eacute O BENEFICIAacuteRIO DIRECTO DO SERVICcedilO

AS PESSOAS AS COISAS

Acccedilotildees tangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao fiacutesico

das pessoas

Serviccedilos destinados aos bens e

outras posses fiacutesicas

- Tratamento sauacutede

- Transporte pessoas

- Salatildeo de beleza

- Ginaacutesio

- Restaurante

- Cabeleireiro

- Transporte de carga

- Manutenccedilatildeo e reparaccedilatildeo

industrial

- Seguranccedila

- Limpeza lavagem

- Concepccedilatildeo manutenccedilatildeo de

parques

- Tratamento veterinaacuterio

Acccedilotildees intangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao espiacuterito

das pessoas

Serviccedilos destinados a posses

intangiacuteveis

- Educaccedilatildeo

- Emissotildees de raacutedio

- Serviccedilo de Informaccedilatildeo

- Teatros

- Museus

- Bancos

- Serviccedilo de ajuda geral

- Contabilidade

- Bolsa

Seguros

Figura nordm 3

Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Fonte EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Servuction A gestatildeo marketing de empresa de

serviccedilos McGraw-Hill Alfragide 1991 ISBN 972-9241-26-0p 3

29

Os resultados das estrateacutegias de marketing surgem directamente relacionadas com

o comportamento desejos motivos e necessidades dos clientes actuais e potenciais46

Quando uma necessidade natildeo eacute satisfeita o ser humano tenta reduzi-la ou procura outra

opccedilatildeo que o satisfaccedila47

Nesse sentido KOTLER escreve em 2001 que para se

satisfazer as necessidades humanas ndash que resultam de estados de carecircncia fiacutesica social e

individual ndash eacute necessaacuterio intervir no mercado sob trecircs prismas Satildeo eles48

a) marketing reactivo o consumidor ao comprar um determinado produto tem

de sentir que estaacute a adquirir natildeo soacute o objecto fiacutesico mas tambeacutem os benefiacutecios

que dele advecircm com a sua aquisiccedilatildeo

b) marketing antecipador as empresas tecircm de saber identificar com antecedecircncia

as vontades e desejos do homem

c) marketing criador estaacute associado agrave introduccedilatildeo de novos produtos nos haacutebitos

dos consumidores que nunca ningueacutem solicitou ou sentiu a sua necessidade

Estamos perante a criaccedilatildeo de novos mercados que geram novos produtos novos

serviccedilos e novos formatos empresariais Se tiveram sucesso haacute optimizaccedilatildeo dos

lucros permitindo agrave empresa assegurar a sua sobrevivecircncia e a sua expansatildeo

Esta ideia eacute sintetizada pelo mesmo autor quando assevera que a gestatildeo de

marketing resulta de

laquoUma funccedilatildeo empresarial que identifica as necessidades e desejos

insatisfeitos define e mede a sua magnitude e seu potencial de

rentabilidade especifica que mercados-alvo seratildeo mais bem atendidos

pela empresa decide sobre produtos serviccedilos e programas adequados

para servir a esses mercados seleccionados e convoca a todos na

organizaccedilatildeo para pensar no cliente e atender ao clienteraquo49

46

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p6 47

Idem 48

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p39-40 49

KOTLER Philip ndash Marketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa saber Editora

Campus Satildeo Paulo 2003 ISBN 13978-85-352-1165-8p11

30

Sueli Angeacutelica AMARAL citada por Wagner Junqueira de Arauacutejo defende a

mesma linha de pensamento quando considera que

laquoA principal tarefa da administraccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo orientada para

o marketing eacute determinar as necessidades e os desejos do mercado-alvo

para satisfazecirc-los com adequado design comunicaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo

apropriadas aleacutem de um preccedilo de oferta competitividade viaacutevel para os

produtos e serviccedilosraquo50

E quando advoga que marketing resulta do

laquobom senso aplicado ao negoacutecio e provisatildeo de produtos e serviccedilos aos

clientes a partir de identificaccedilatildeo das necessidades desses clientes e do

planejamento das atividades a serem desenvolvidas que resultaratildeo nos

produtos eou serviccedilos para atende-losraquo51

Face ao exposto podemos afirmar que o marketing aleacutem de ter o objectivo de

aumentar os lucros das empresas ndash atraveacutes de transacccedilotildees de bens eou de serviccedilos dos

bens tangiacuteveis e natildeo tangiacuteveis ndash realizam igualmente pesquisas de mercado que ajudam

a definir uma poliacutetica de distribuiccedilatildeo de divulgaccedilatildeo e de promoccedilatildeo de produtos de

forma a definir os resultados que pretende atingir junto dos seus clientes reais e

potenciais

Mais recentemente a American Marketing Association (AMA) refere-se ao

marketing como sendo

laquothe activity set of institutions and processes for creating

communicating delivering and exchanging offerings that have value

for customers clients partners and society at largeraquo52

Reforccedila-se uma vez mais que marketing natildeo eacute sinoacutenimo de venda ou de

propaganda A comunicaccedilatildeo e a entrega de valores aos clientes derivam de uma

combinaccedilatildeo de quatro elementos ndash produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo ndash e

de uma planificaccedilatildeo de actividades como iremos ver mais agrave frente Soacute a partir daqui eacute

que os profissionais de marketing recolhem os frutos do seu trabalho captaccedilatildeo e

fidelizaccedilatildeo de clientes e lucros a meacutedio e longo prazo

50

ARAUacuteJO Wagner Junqueira de ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo do portal rede governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 162 51

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit 52

Marketing [on line] [Consultado a 23 Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmarketingpowercomAboutAMAPagesDefinitionofMarketingaspxconsultafo

31

Muitas mais definiccedilotildees poderiam ser aqui apresentadas mas como afirma a

bibliotecaacuteria portuguesa Maria Leonor PINTO eacute possiacutevel apresentar vaacuterios elementos

comuns entre elas

laquo- Marketing eacute uma actividade intencionalmente planeada com o

objectivo de satisfazer necessidades ou desejos do consumidor

- Eacute uma actividade de coordenaccedilatildeo das capacidades da organizaccedilatildeo com

as necessidades dos clientes

- Eacute uma aacuterea de conhecimento que diz respeito agrave relaccedilatildeo existente entre

mercado e negoacutecioraquo53

Esta teoria tambeacutem se aplica agraves Ciecircncias da Informaccedilatildeo em que se incluem as

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos por isso eacute necessaacuterio aproximarmo-nos

da noccedilatildeo de marketing aplicado em organizaccedilotildees natildeo lucrativas que nos eacute dada por

Denis LINDON Jacques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO

laquo(hellip) eacute o conjunto dos meacutetodos e dos meios de que uma organizaccedilatildeo

dispotildee para promover nos puacuteblicos pelos quais se interessa os

comportamentos favoraacuteveis agrave realizaccedilatildeo dos seus proacuteprios

objectivosraquo54

Recorrendo uma vez mais a KOTLER encontramo-lo definido como sendo laquoum

processo social em que as necessidades materiais de uma sociedade satildeo identificadas

expandidas e servidas por um conjunto de instituiccedilotildeesraquo55

que resultam de programas

cuidadosamente planeados e estruturados sempre centrados no cliente e que este tipo de

organizaccedilotildees deve ter presente a ideia de laquotrocas voluntaacuterias de valoresraquo com

identificaccedilatildeo de mercados-alvos O resultado da sua aplicaccedilatildeo natildeo eacute o lucro mas sim laquoo

interesse puacuteblicoraquo56

Reacutejean SAVARD define marketing nas unidades de informaccedilatildeo como uma

filosofia de gestatildeo que consiste em satisfazer as demandas dos clientes reais e

potenciais ajustar a gestatildeo organizacional dos Sistemas de Informaccedilatildeo agraves necessidades

dos utilizadores estabelecer contactocomunicaccedilatildeo com o seu puacuteblico e estabelecer

53

PINTO Maria Leonor Cardoso Seacutergio ndash O marketing nas bibliotecas puacuteblicas portuguesas Ediccedilotildees

Colibri Lisboa 2007 ISBN 9789727726981 p49 54

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Ob cit p30 55

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 21 56

Idem

32

metas de mediccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do mercado-alvo57

O mesmo eacute referido por Jean-Yves

ROUSSEAU quando afirma que haacute que haver equiliacutebrio entre a oferta e a procura

como forma de satisfaccedilatildeo dos desejos e vontades dos seus puacuteblicos neste caso aplicado

aos Arquivos58

Em conclusatildeo apresentamos um diagrama que engloba as principais expressotildees

do marketing (figura nordm 4)

Figura nordm 4

Resumo do conceito de marketing

Fonte Sofia Santos

57

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l O

mesmo trabalho pode ser lido em castelhano com o tiacutetulo Directrizes para la ensentildeanza de la

comercilalizacion en la formacion de bibliotecarios documentalistas y archiveros

[on line][ Consultado a 28 de Novembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpunesdocunescoorgimages0007000798079824sopdf 58

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreacuteal InArchives

Association des Archives du Queacutebec Vol 143 Dezembro de 1982 p 32

33

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos

Compete ao profissional de marketing elaborar um plano de trabalho iacutentegro que

permita laquoidentificar servir e satisfazer em geral os seus clientes e organizaccedilotildees e os

consumidoresraquo59

Para a realizaccedilatildeo da sua actividade deveraacute recorrer-se do composto de

marketing ou de marketing-mix produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo

vulgarizado na deacutecada de 60 por E Jerome McCarthy60

Para KOTLER estas categorias ndash tambeacutem designadas de 4Ps ndash podem ser

enunciadas da seguinte forma (figura nordm 5)

Figura nordm 5

Composto do marketing mix

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p124

O produto resulta da combinaccedilatildeo de bens e de serviccedilos que a empresa oferece ao

mercado para satisfazer um desejo ou necessidade61

Os componentes principais satildeo de

natureza fiacutesica serviccedilos pessoas locais organizaccedilotildees e ideias Aliaacutes como referem

KOTLER e ARMSTRONG este item enquadra trecircs niacuteveis62

59

Artigo 2ordm do Coacutedigo de conduta do profissional de marketing [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URLhttpwwwappmptdocsappmCodigoCondutaAPPMpdf 60

Professor da Universidade de Michigan que definiu os 4 grandes grupos de actividades que

representariam os ingredientes do composto e que os separou em product price promotion e place 61

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p200 62

Idemp201

34

a) produto baacutesico que corresponde aos anseios e necessidades do consumidor

levando-o agrave sua aquisiccedilatildeo

b) produto tangiacutevel que corresponde ao estilo nome da marca aspecto e

qualidade

c) produto ampliado que representa a expectativa do cliente na sua aquisiccedilatildeo

Para sobrevivecircncia deste P dizem-nos KOTLER e Paul N BLOOM o serviccedilo

cumpre um ciclo de vida63

(figura nordm 6)

Figura nordm 6

Ciclo de vida do produto

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400p193

1 Introduccedilatildeo laquoperiacuteodo de baixo crescimento de faturamento quando o

serviccedilo eacute introduzido no mercadoraquo64

2 Crescimento laquoeacute um periacuteodo de aceitaccedilatildeo raacutepida pelo mercadoraquo65

3 Maturidade laquoeacute o periacuteodo de nivelamento no crescimento do faturamento

porque o serviccedilo atingiu a aceitaccedilatildeo da maioria dos clientes

potenciaisraquo66

63

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 64

Idem 65

Ibidem

35

4 Decliacutenio laquoeacute o periacuteodo em que o faturamento mostra forte tendecircncia

descendenteraquo67

O produto nas bibliotecas e Sistemas de informaccedilatildeo podem ser designados de

laquophisical resourcesraquo laquoservicesraquo laquoexperiencesraquo laquofacilitiesraquo como defende Dinesh K

GUPTA68

Entenda-se no primeiro caso ndash recursos fiacutesicos ndash o livro o jornal o CD e os

dados fornecidos on-line por serviccedilos o horaacuterio de atendimento cataacutelogos organizaccedilatildeo

de exposiccedilotildees newsletters pesquisa entrega de documentaccedilatildeo informaccedilatildeo fornecida

etc e por comodidades as condiccedilotildees fornecidas aos utilizadores como mobiliaacuterio o uso

de equipamento informaacutetico o ambiente em redor e proacutepria informaccedilatildeo69

O preccedilo resulta da relaccedilatildeo custo da produccedilatildeobenefiacutecio que os clientes pagam

para obter o produto fiacutesico e natildeo fiacutesico70

Lichtenstein Ridgway amp Netemeyer Seiders

amp Costley citados por Ana Pinto de MOURA acrescentam que este elemento eacute

laquo(hellip) sem duacutevida uma das variaacuteveis mais pertinentes na regulaccedilatildeo do mercado na

medida que influencia a decisatildeo de compra para os demais intervenientesraquo71

A afixaccedilatildeo do preccedilo de um produto eacute fundamental para a sobrevivecircncia da

empresa ou organizaccedilatildeo no mercado Normalmente o consumidor tem tendecircncia para

associar o preccedilo alto de um produto agrave sua alta qualidade e ao contraacuterio um preccedilo baixo

agrave pouca qualidade Por exemplo se uma empresa de luxo decide lanccedilar um novo

produto no mercado a um preccedilo baixo mais tarde quando tentam reverter essa

realidade a sua imagem jaacute estaraacute atingida72

Winer citado por MOURA refere que o preccedilo pode ainda ser determinado

pelas vivecircncias e estatuto social do mercado73

O consumidor faz uma comparaccedilatildeo entre

66

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 67

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 68

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p14 69

Idem 70

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 258 71

MOURA Ana ndash O conceito de preccedilo de referecircncia sua relaccedilatildeo com a sensibilidade do consumidor

face agraves promoccedilotildees de venda para bens de grande consumo Revista de Marketing Portuguesa [on line]

[Consultado a 10 Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=62 72

Idem 73

As Ciecircncias Sociais como Marketing e Psicologia Aplicada tecircm desenvolvido estudos sobre a

percepccedilatildeo do preccedilo pelo consumidor Neste trabalho fazemos uma pequena abordagem ao tema no ponto

laquo412 Mercado Externoraquo

36

o chamado laquopreccedilo objectivoraquo ndash o que o mercado estaacute disposto a pagar para obter o

produto ndash e o laquopreccedilo de referecircnciaraquo ndash preccedilo standard do produto que conhecem Desta

forma

laquoa probabilidade de compra do artigo eacute afectada pelo afastamento entre

o preccedilo observado do artigo e o preccedilo de referecircncia do consumidor

quanto maior for este afastamento menor seraacute a possibilidade da

compra se efectuarraquo74

A concorrecircncia deveraacute ser tambeacutem tida em consideraccedilatildeo na fixaccedilatildeo do preccedilo

Porquecirc Porque iraacute tentar antecipar a necessidade e procura do mercado-alvo

respondendo agraves questotildees o que se faz para quem se faz e porque se faz75

Daiacute ser

fundamental a relaccedilatildeo entre marketing segmentaccedilatildeo de mercados e plano estrateacutegico de

marketing que desenvolveremos no ponto 24 e 25 deste capiacutetulo

Para Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro

DIONIacuteSIO para elaborar a laquopoliacutetica de preccedilosraquo haacute que considerar trecircs elementos

custos da produccedilatildeo procura e concorrecircncia que resultam de diversos factores como se

observa a seguir (figura nordm 7)

Figura nordm 7

Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de preccedilo

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

74

MOURA Ana ndash Ob cit 75

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit

37

Nas unidades de informaccedilatildeo o preccedilo eacute obtido atraveacutes dos serviccedilos prestados ao

consumidorutilizador No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a nosso ver

pode resultar por exemplo do pagamento do empreacutestimo inter-bibliotecaacuterio pelo

utilizador No caso especiacutefico dos arquivos o preccedilo pode derivar da prestaccedilatildeo de um

serviccedilo puacuteblico como a emissatildeo de certidotildees Todavia Bob USHERWOOD escreve

que estes organismos puacuteblicos natildeo deveriam praticar este composto porque sobrevivem

com a ajuda financeira do Estado Logo a informaccedilatildeo eacute um bem puacuteblico que deveria ser

gratuito a toda a sociedade76

Quanto agrave aplicaccedilatildeo do preccedilo nestes espaccedilos Jean-Michel SALAUumlN substitui

este Pacute pela expressatildeo laquocontratraquo porque estes serviccedilos aplicam o laquoprix psychologiqueraquo

que eacute o mesmo que dizer laquo(hellip) la valeur marchande que le client accorde agrave lacuteusage du

produit et qui nacutea souvent qrsquo un report lointain avec les coucircts de production et de

commercialisationraquo Tambeacutem afirma que como as bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo fornecem agrave sociedade laquoproprieacuteteacute intellectuelleraquo torna-se difiacutecil de

avaliar ou de estabelecer um preccedilo ainda para mais a algo que as pessoas jaacute estatildeo

habituadas a usufruir gratuitamente77

Para a britacircnica EIlenn SAgraveEZ o preccedilo nos Sistemas de Informaccedilatildeo natildeo implica

necessariamente valor monetaacuterio78

A sua aplicaccedilatildeo nestes serviccedilos pode ser sinoacutenimo

de tempo gasto nos recursos materiais e humanos para responder agraves demandas

necessidades dos seus clientes Por outro lado a conjugaccedilatildeo destes recursos eacute que faz a

imagem da instituiccedilatildeo pois como eacute comummente sabido um cliente satisfeito volta

sempre A mesma autora remata a sua opiniatildeo ao afirmar que a atribuiccedilatildeo de valores

monetaacuterios eacute tambeacutem algo extremamente difiacutecil

A praccedila estaacute relacionada com os canais de distribuiccedilatildeo que permitem o acesso

dos produtos no mercado pelo consumidor79

Esta distribuiccedilatildeo pode ser feita de

diferentes formas

a) marketing directo o fabricante entrega directamente a mercadoria ao

consumidor Como eacute um canal que implica grandes custos para o

76

USHERWOOD Bob ndash A biblioteca puacuteblica como conhecimento puacuteblico Editora Editorial Caminho

Lisboa 1989 ISBN 972-21-1284-8 p 81-91 77

SALAUumlN Jean-Michel ndash Marketin decircs bibliothegraveques et decircs centres de documentation Eacutediciones du

Cercle de La Libraire Paris 1992 ISBN 2-7654-0507-7p114-115 78

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Marketing concepts for librarians and information services Facet Publishing

London 2002 ISBN 1-85604-426-2p67 79

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 307

38

produtor e lida com uma forccedila de venda proacutepria eacute mais comum entre

grandes empresas

b) niacutevel I do produtor os bens passam para o retalhista e soacute depois

chega ao consumidor Neste tipo de canal existem vaacuterios intermediaacuterios

o que implica subida do custo dos bens A vantagem deste sistema eacute o

contacto directo entre os vendedores e existecircncia de um esforccedilo

concentrado de vendas ajudado pela propaganda e pela promoccedilatildeo

c) niacutevel II do fabricante para o grossista deste para o retalhista e

finalmente para o consumidor Nesta cadeia todos os esforccedilos

concentram-se tambeacutem na venda mas os caminhos seguidos pelos

intervenientes poderatildeo ser diferentes entre si

d) niacutevel III do produtor para o grossista Deste parte para o grossista

regional especializado e seguidamente para o retalhista e o consumidor

Eacute o maior canal de distribuiccedilatildeo ateacute agora referido mas o objectivo eacute o

mesmo dos anteriores atingir um grande nuacutemero de clientes e obter

lucro Eacute mais comum em meacutedias e pequenas empresas (figura nordm 8)

Figura nordm 8

Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

39

No que concerne agraves unidades de informaccedilatildeo SALAUumlN substitui a expressatildeo a

praccediladistribuiccedilatildeo pelo termo laquoserviceservuctionraquo80

Isto eacute o mesmo que dizer serviccedilo

prestado ao puacuteblico com qualidade e de acordo com as necessidades de cada

indiviacuteduo81

Para SAacuteEZ a boa distribuiccedilatildeo resulta da acessibilidade aos serviccedilos Isto

significa que a praccedila estaacute directamente relacionada com a localizaccedilatildeo fiacutesica do edifiacutecio

existecircncia de redes de telecomunicaccedilotildees como correio telefone telefax e Internet e

com o horaacuterio do funcionamento que deve estar adequado agraves necessidades de todos os

clientes

A mesma autora afirma que na impossibilidade de todos os utilizadores se

deslocarem a estes organismos as bibliotecas podem e devem criar uma resposta

atraveacutes de serviccedilos moacuteveis82

O mesmo eacute referido por SALAUumlN que nos fala do

bibliobus No caso de arquivos poderiacuteamos referir o laquoarchivobusraquo83

que tem por

objectivo tornar itinerante quaisquer actividades pedagoacutegicas eou exposiccedilotildees dos

arquivos

A promoccedilatildeo tem a funccedilatildeo de comunicar ao consumidor os atributos do

produto84

Esta comunicaccedilatildeo deve ser feita de forma criativa bem pensada e planeada

para que o produto serviccedilo ou marca da empresa se imponham no mercado e lhes

permita um lugar de competitividade85

As ferramentas de comunicaccedilatildeo deste Pacute segundo KOTLER dividem-se em

cinco classes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas forccedila de vendas e

marketing directo86

Isto eacute constituem o chamado mix de promoccedilatildeo ou mix de

comunicaccedilotildees de marketing87

As formas mais comuns de promoccedilatildeo segundo o mesmo autor satildeo as que

demonstramos a seguir (figura nordm 9)

80

SALAUumlN Jean-Michel ndash Ob cit p113 81

Idem p113-114 82

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp60-67 83

Esta iniciativa baseia-se na experiecircncia dos museus e bibliotecas e foi dinamizada pela primeira vez em

Marselha ndash Franccedila Veja-se no site httpwwwarchivesdefranceculturegouvfraction-culturelleaction-

pedagogiqueoffre-basearchivobus a forma como os Arquivos Nacionais de Franccedila utilizam este

instrumento 84

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357 85

Aqui pode-se aplicar a velha teoria da comunicaccedilatildeo o emissor ndash que corresponde agrave empresa produtora

de produtosserviccedilos a mensagem para ser transmitida necessita de um canal distribuidor e de

comunicaccedilatildeo e o receptor ndash mercado-alvo que corresponde aos clientes actuais ou potenciais 86

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p136 87

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357

40

Figura nordm 9

Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p136

A publicidade ajuda a laquoconstruir uma imagem e ateacute um certo grau de

preferecircncia ou pelo menos de aceitaccedilatildeo da marcaraquo88

Se for usada sem criteacuterios e sem

criatividade o seu custo torna-se levado natildeo trazendo qualquer rentabilidade para a

empresa

Promoccedilatildeo de vendas estaacute relacionada com as actividades que apelam agrave compra

imediata dos bens Enquanto a publicidade actua sobre o comportamento do

consumidor a promoccedilatildeo de vendas tenta levar o cliente a adquirir o produto pela sua

valia Por outro lado KOTLER e KELLER afirmam que a laquopropaganda oferece uma

razatildeo para comprarraquo a promoccedilatildeo de vendas oferece um incentivo como por exemplo

amostras cupons reembolso descontos brindes preacutemios recompensas testes

gratuitos garantias promoccedilotildees combinadas promoccedilotildees cruzadas displays de ponto de

venda e demonstraccedilotildeesraquo89

As relaccedilotildees puacuteblicas satildeo todas as acccedilotildees de comunicaccedilatildeo que as empresas

disponibilizam no mercado sobre os seus recursos poliacutetica pessoal e programas para

88

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p137 89

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583

41

que os consumidores adquiram confianccedila nos seus produtos e serviccedilos90

As funccedilotildees do

profissional de relaccedilotildees puacuteblicas passam segundo os autores referidos por comunicar

natildeo soacute as estrateacutegias de marketing do seu departamento mas tambeacutem por divulgar as

acccedilotildees dos sectores financeiros e humanos entre outros As suas acccedilotildees estatildeo tambeacutem

associadas ao laquoapoio no lanccedilamento de novos produtosraquo laquoreposicionamento de um

produto maduroraquo laquocaptaccedilatildeo de interesse por uma categoria de produtosraquo laquoinfluecircncia

sobre grupos-alvos especiacuteficosraquo laquodefesa de produtos que enfrentam problemas

puacuteblicosraquo e construccedilatildeo de uma imagem corporativa que se reflicta favoravelmente nos

produtosraquo91

As ferramentas das relaccedilotildees puacuteblicas incluem as publicaccedilotildees em revistas da

empresa relatoacuterios anuais e brochuras os eventos atraveacutes de patrociacutenios de competiccedilotildees

desportivas actividades culturais e feiras de amostras as notiacutecias com informaccedilotildees

positivas sobre a empresa funcionaacuterios e produtos as actividades comunitaacuterias para

ajudar a colmatar necessidades da comunidade local pressatildeo na tentativa de influenciar

decisotildees de legisladores responsabilidade social para a empresa mostrar que possui

um comportamento socialmente responsaacutevel92

Ainda de acordo com KOTLER e KELLER os resultados do trabalho de

relaccedilotildees puacuteblicas podem ser muito rentaacuteveis quando bem estruturados e combinados

com os outros elementos do mix de promoccedilatildeo93

De forma geral a utilizaccedilatildeo de um serviccedilo de relaccedilotildees puacuteblicas estaacute destinado a

laquocriar e mostrar uma imagem positiva no mercado escolhido como alvoraquo94

A forccedila de vendas estaacute directamente relacionada com os vendedores Satildeo eles

que estabelecem uma relaccedilatildeo directa com o cliente fazendo com que muitas das vezes

prefira os produtos de uma determinada marca em vez de outra

Outra forma de reduccedilatildeo de vendas proacuteprias satildeo como nos diz KOTLER os

distribuidores que possuem laquoas suas proacuteprias forccedilas de vendasraquo95

Quando estes deixam

90

Kotler refere que relativamente a relaccedilotildees puacuteblicas existem sete ferramentas que o profissional de

marketing utiliza e que designa de PENCIL publications events news comunity involvement

activities identity media lobbying e social responsability KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo

XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p141 91

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583 92

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p141 93

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p593 94

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p142 95

Idem

42

de responder agraves necessidades do mercado a empresa produtora pode concluir laquoque eacute

mais barato dispor de forccedila de vendas proacutepria que substitua os distribuidoresraquo96

Outro problema que os vendedores de hoje enfrentam eacute a necessidade de

laquoautomaccedilatildeo das vendasraquo97

isto eacute a utilizaccedilatildeo e vulgarizaccedilatildeo das novas tecnologias

como o uso dos computadores e da Internet permitem agraves empresas expandir os seus

negoacutecios desenvolver o relacionamento com os consumidores e captar novos clientes

O marketing directo resulta da comunicaccedilatildeo directa entre o produtor de

bensserviccedilos e o consumidor98

As principais ferramentas utilizadas satildeo a mala-directa

os programas de resposta directa (ofertas em televisatildeo raacutedio e jornal) telemarketing

TV interactiva quiosques sites e telefones

Estas ferramentas satildeo cada vez mais comuns nas organizaccedilotildees que pretendem

laquoatingir com mais eficiecircncia os segmentos e os nichos mas tambeacutem chegar ao

consumidor individual aos segmentos de umraquo99

Santos M MATEOS RUSILL propotildee o plano estrateacutegico de comunicaccedilatildeo

tambeacutem designado de laquocoluna vertebralraquo100

dividido em quatro momentos a

investigaccedilatildeo a planificaccedilatildeo a criaccedilatildeo da actividade cultural e a sua

comunicaccedilatildeovisibilidade A sua descriccedilatildeo pode resumir-se no seguinte quadro (figura

nordm 10)

96

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p145 97

Idem 98

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p606 99

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p146 100

MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio cultural o coacutemo

potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28

43

Etapas Questotildees Conceitos

Investigaccedilatildeo Porquecirc

O quecirc

Quem

Fase correspondente agrave definiccedilatildeo das

finalidades objectivos gerais e

especiacuteficos da acccedilatildeo seguidos da

constituiccedilatildeo da equipa de trabalho e

distribuiccedilatildeo de tarefas

Planificaccedilatildeo Estrateacutegica Como

Onde

Quando

Correspondente agrave concretizaccedilatildeo do

plano Eacute aqui que se define o puacuteblico

real eou se deve ser alargado esse

leque a um grupo mais abrangente que

estaraacute em contacto com o produto

serviccedilo criado

Difusatildeo Cultural Porquecirc

O quecirc

Quem

Como

Uma vez definidos os clientes eacute preciso

saber como podemos influenciaacute-los e o

que fazer para atingir esse fim

Comunicaccedilatildeo Quem

O quecirc

Como

Corresponde agrave divulgaccedilatildeo O desenho

graacutefico das publicaccedilotildees serviccedilo de

relaccedilotildees puacuteblicas e publicidade satildeo

meios a ter em consideraccedilatildeo

Figura nordm 10

Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Fonte adaptada de MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio

cultural o coacutemo potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio

cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28-33

Os trecircs primeiros momentos correspondem quanto a noacutes agrave fase de estudo

verificaccedilatildeo experimentaccedilatildeo e validaccedilatildeo dos produtos criados no nicho seleccionado

Assim que estes itens estiverem definidos passamos agrave quarta parte da laquocolunaraquo

correspondente agraves ferramentas de comunicaccedilatildeo de KOTLER a publicidade a promoccedilatildeo

de vendas as relaccedilotildees puacuteblicas a forccedila de vendas e o marketing directo

No caso de aplicaccedilatildeo da promoccedilatildeo nas unidades de informaccedilatildeo eacute algo que os

autores consultados satildeo unacircnimes em afirmar que eacute um dos Pacutes mais utilizados nestes

serviccedilos como veremos mais agrave frente

231 Outros compostos do marketing mix

Outros autores como Raimer RICHERS101

KOTLER e Robert

LAUTENBORN102

criaram mais classificaccedilotildees do composto mix

No caso de RICHER este apresenta na deacutecada de 70 o composto dos 4 As

101

Richers fez parte da organizaccedilatildeo do primeiro de curso de Marketing no Brasil na Escola de

Administraccedilatildeo de Empresas de Satildeo Paulo ndash Fundaccedilatildeo Gertuacutelio Vargas 102

Lautenborn professor de Marketing nos Estados Unidos da Ameacuterica eacute outro teoacuterico que criou um

novo modelo mercadoloacutegico a poliacutetica dos 4 Cs customer needs and wants cost to the user convenience

e communication

44

a) anaacutelise de mercado estudopesquisa do mercado para responder agraves

necessidades do consumidor

b) adaptaccedilatildeo produccedilatildeo de produtos adequados agraves exigecircncias do

mercado-alvo de acordo com as pesquisas efectuadas

c) activaccedilatildeo criaccedilatildeo de canais de distribuiccedilatildeo e de comunicaccedilatildeo para que

os produtosserviccedilos cheguem ao puacuteblico

d) avaliaccedilatildeo medidas para avaliar a eficiecircncia e eficaacutecia dos resultados

obtidos

As aliacuteneas (a) e (b) correspondem agraves funccedilotildeesmeios das ferramentas de

marketing que ajudam a atingir os finsobjectivos do trabalho de marketing

representados pelos dois uacuteltimos pontos

KOTLER acrescenta em 1986 mais dois Ps

laquo Poliacutetica A actividade poliacutetica pode ter grande influecircncia nas vendas

A aprovaccedilatildeo das que proiacutebam a publicidade aos cigarros eacute prejudicial agraves

vendas de tabaco (hellip) Logo as empresas podem formar grupos de

pressatildeo e promover actividades poliacuteticas que afectam a procura

Puacuteblico A opiniatildeo puacuteblica eacute influenciada por modas e atitudes que

podem determinar o interesse das pessoas por certos produtos ou

serviccedilos Em alturas diferentes o puacuteblico americano deixou de

consumir carne de vaca (hellip) Financiam campanhas para convencer a

opiniatildeo puacuteblica a pensar que natildeo haacute perigo e que as pessoas devem

comprar e consumir os seus produtosraquo 103

Como complemento aos 4 Ps de McCarthy Robert Lautenborn cria na deacutecada de

90 os 4 Cs relacionados com os clientes

a) necessidades e desejos do consumidor

b) custo para o consumidor

103

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p123-124

45

c) conveniecircncia

d) comunicaccedilatildeo

Estes compostos estabelecem a ligaccedilatildeo entre as necessidades dos consumidores

e utilizadores de produtos e serviccedilos e os 4 Ps que apenas estatildeo vocacionados para os

gestores como verificamos a seguir (figura nordm 11)

4 Ps 4 Cs

Produtos Necessidades e Desejos do Consumidor

Preccedilo Custo para satisfazer o Consumidor

Praccedila (distribuiccedilatildeo) Conveniecircncia para comprar

Promoccedilatildeo Comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11

Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Fonte MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e

disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 123

Isto significa que

laquo(hellip) a uniatildeo das classificaccedilotildees propicia ao gerente conciliar os

interesses entre as organizaccedilotildees e os seus puacuteblico-alvos levando-os a

maximizar as ferramentas disponiacuteveis em suas matildeos de modo que

alcance a satisfaccedilatildeo de ambas as partes (hellip)raquo104

KOTLER defende mesmo que os profissionais de marketing devem primeiro ter

em atenccedilatildeo os Cs laquopara construiacuterem a plataforma de assentamento dos quatro laquoPeacutesraquo105

Barbara EWERS SAEZ106

e Gaynor AUSTEN107

acrescentam no que respeita

agraves bibliotecas e Sistemas de Informaccedilatildeo outros trecircs Pacutes que se relacionam com os

anteriores Vejamos

104

Idem 105

KOLTER Philip ndash KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p125 106

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp 53 57-70 107

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash A Framework for Market Orientation in Libraries In

GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information

Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p22

25 a 29

46

a) people (pessoas) estaacute directamente relacionada com a envolvecircncia de

toda a equipa que deve atenderservir satisfatoriamente os utilizadores

destes serviccedilos

b) physical evidence (meio fiacutesico) sinoacutenimo de praccedila tem a ver com o

conjunto de medidasmeios que estes espaccedilos disponibilizam SAEZ

daacute-nos o exemplo de brochuras como forma de divulgaccedilatildeo108

e

EWERS e AUSTEN109

falam-nos da existecircncia de salas de estudo e

espaccedilos de restauraccedilatildeo como veiacuteculo promotor de publicidade das

bibliotecas

c) process (processo) conjunto de serviccedilosprodutos prestados agrave

comunidade

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado

laquoO mercado eacute constituiacutedo de clientes que diferem uns dos outros

de uma ou mais maneiras Eles podem diferir em seus desejos

recursos localizaccedilotildees e atitudes e praacuteticas de compra Por meio

da segmentaccedilatildeo de mercado os profissionais de marketing devem

dividir mercados grandes e heterogeacuteneos em segmentos menores

que possam ser alcanccedilados de maneira mais eficiente e efetiva

com produtos e serviccedilos que correspondem agraves suas necessidades

especiacuteficasraquo110

Philip KOTLER e Gary AMSTRONG demonstram nestas palavras quanto o

mercado eacute heterogeacuteneo Para uma identificaccedilatildeo mais eficaz das necessidades individuais

do cliente para o desenvolvimento de um programa de composto de marketing

adequado agraves suas exigecircncias necessidades desejos valores ou comportamento de

compra semelhantes111

bem como posicionamento112

do produto no mercado haacute que

108

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob cit 109

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash Ob cit p26 110

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p164 111

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 112

Para KOTLER e KELLER o posicionamento resulta da forma como a empresa desenvolve a oferta e a

imagem do produto para que ocupem uma posiccedilatildeo competitiva e distinta nas mentes dos

consumidores-alvo LINDON e LENDREVIE completam esta ideia ao afirmar que o posicionamento

compreende dois aspectos complementares a identificaccedilatildeo - laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a

diferenciaccedilatildeo - laquoO que distingue dos outros produtos do mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER

Kevin ndash Ob cit p139

47

repartir os consumidores em grupos de acordo com as diferentes variaacuteveis como as

geograacuteficas demograacuteficas psicograacuteficas e comportamentais

A saber

a) a segmentaccedilatildeo demograacutefica consiste na divisatildeo do mercado de acordo

com as caracteriacutesticas da populaccedilatildeo As suas principais variaacuteveis satildeo

o sexo a idade a raccedila ou etnia o niacutevel de renda e padrotildees de

despesas a ocupaccedilatildeo o niacutevel de instruccedilatildeo o tamanho e composiccedilatildeo

da famiacutelia e o estaacutegio no ciclo da vida familiar

b) a segmentaccedilatildeo geograacutefica divide o mercado a partir de aacutereas

geograacuteficas tais como o paiacutes regiatildeo cidade bairro densidade

populacional e clima Normalmente a segmentaccedilatildeo geograacutefica eacute

usada em simultacircneo com outros criteacuterios de segmentaccedilatildeo

c) na segmentaccedilatildeo psicograacutefica as variaacuteveis a ter em consideraccedilatildeo satildeo o

estatuto social estilo de vida convicccedilotildees e personalidade A sua

utilizaccedilatildeo permite criar estrateacutegias de marketing canalizadas para

clientes potenciais

d) a segmentaccedilatildeo por comportamento divide o mercado com base no

conhecimento uso e comportamento do consumidor em relaccedilatildeo a

um produto especiacutefico Este criteacuterio eacute considerado por muitos autores

como o melhor ponto de partida para a segmentaccedilatildeo do mercado

Estatildeo entre as suas variaacuteveis a influecircncia na compra haacutebitos de

compra e intenccedilatildeo de compra

e) a segmentaccedilatildeo completa personaliza um produto e o seu programa de

marketing para cada cliente em particular

f) a segmentaccedilatildeo de criteacuterios caracteriza-se por conjugaccedilatildeo dos vaacuterios

segmentos pelos profissionais de marketing

As vantagens de segmentaccedilatildeo de mercado satildeo inuacutemeras O cliente eacute visto como

um indiviacuteduo permitindo agrave empresa delinear o perfil do consumidor para melhor

48

satisfazer as suas necessidades e elevar o potencial de mercado laquoo que gera custos mais

baixos ndash que por sua vez levam a preccedilos mais baixos ou a margens mais altasraquo113

Para concretizaccedilatildeo do processo de segmentaccedilatildeo de mercado este deveraacute

dividir-se em quatro partes114

a) laquoEscolha dos criteacuterios de segmentaccedilatildeoraquo consiste em identificar os

criteacuterios a partir dos quais o profissional de marketing vai dividir o

mercado As variaacuteveis mais comuns satildeo a idade o sexo e o niacutevel de

escolaridade

b) laquoDescriccedilatildeo das caracteriacutesticas de cada segmentoraquo apoacutes a escolha dos

criteacuterios cada segmento eacute caracterizado em funccedilatildeo da segmentaccedilatildeo

c) A escolha de um ou mais segmentos permite estabelecer os criteacuterios

de segmentaccedilatildeo que mais se adequam aos clientes

d) laquoDefiniccedilatildeo da poliacutetica de marketing para cada um dos segmentos

escolhidosraquo relaciona-se com a aplicaccedilatildeo do composto de marketing mix

a cada segmento

Em simultacircneo KOTLER e BLOOM referem que a segmentaccedilatildeo deve ser

mensuraacutevel ndash corresponde ao grau em que se mede o poder de compra e outras

caracteriacutesticas dos segmentos acessiacutevel ndash a partir de programas direccionados mede-se

a eficaacutecia com que os segmentos satildeo laquoatingidos e atendidosraquo importacircncia ndash estaacute

relacionada com a abrangecircncia do mercado nos diferentes segmentos e possibilidade de

acccedilatildeo ndash concretizaccedilatildeo de programas eficazes que possibilitem laquoatrair e atenderraquo os

segmentos Isto eacute a cada grupo corresponde um programa e elementos do marketing-

mix115

113

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 114

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p132 115

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 137

49

25 Plano Estrateacutegico de Marketing

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes a aplicaccedilatildeo do marketing nos dias de hoje estaacute

vocacionada para o cliente-indiviacuteduo As empresas para sobreviverem numa economia

mercantilista e competitiva tecircm de saber identificar os seus mercados-alvo e a forma

mais adequada de imporem os seus produtos na sociedade

Digamos que

laquo(hellip) conhecer o seu meio quer interno quer externo para

poder encontrar a melhor forma de se adaptar obtendo sinergias

A troca e o relacionamento permanente com o meio de forma a

criar uma visatildeo clara e compartilhada permitem uma melhor

percepccedilatildeo e conhecimento das necessidades desse ambiente

dos pontos fortes dos pontos fracos das ameaccedilas e das

oportunidades emergentes possibilitando uma melhor

adaptaccedilatildeo e resposta agrave mudanccedila constanteraquo116

reflecte as vantagens da utilizaccedilatildeo deste instrumento quer em organizaccedilotildees lucrativas

quer natildeo lucrativas

Para tal os profissionais de marketing aplicam um instrumento de trabalho

designado de plano estrateacutegico de marketing que eacute

laquoo processo utilizado para o estabelecimento de objetivos

alinhados com as poliacuteticas metas e princiacutepios bem como os

fatores de relevacircncia ao meio-ambiente organizacional

levando-se em conta o meio externoraquo117

KOTLER e KELLER acrescentam que plano de marketing

laquoeacute um documento escrito que resume o que o profissional de

marketing sabe sobre o mercado e que indica como a empresa

planeja alcanccedilar os seus objectivos Conteacutem directrizes taacuteticas

para os programas de marketing e para a alocaccedilatildeo de fundos ao

longo do periacuteodo de planejamentoraquo118

A mesma visatildeo eacute dada por KOTLER e BLOOM como

116

PEREIRA Elisabeth e FERNANDES Antoacutenio ndash O marketing como fonte de vantagem competitiva

Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=44 117

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363 118

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58

50

laquoo processo gerencial de desenvolver e manter uma direcatildeo

estrateacutegica que alinha as metas e os recursos da organizaccedilatildeo

com as suas mutantes oportunidades de mercadoraquo119

As ideias supracitadas podem ainda ser completadas por outra definiccedilatildeo dada

por KOTLER e Neil KOTLER

laquoLa planificacioacuten estrateacutegica orientada al mercado es el

processo de gestiiacuteon tendnete a desarrollar y mantener un ajuste

viable entre los objetivos y recursos de la organizacioacuten por una

parte y las oportunidades cambiantes de mercado

por outraraquo 120

251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing

Satildeo vaacuterios os autores que apresentam diferentes metodologias de trabalho para a

elaboraccedilatildeo do plano de marketing

Para Djalma de Pinho Rebouccedilas de OLIVEIRA citado por Ceacutelia

BARBALHO121

a estrateacutegia de marketing eacute dividida em quatro fases (figura nordm 12)

FIGURA nordm 12

Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

119

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 62 120

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob citp89 121

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

51

Segundo este autor o plano inicia-se com o diagnoacutestico estrateacutegico que

pressupotildee a anaacutelise interna e externa do meio envolvente da organizaccedilatildeo Esta anaacutelise

por sua vez corresponde agrave identificaccedilatildeo dos pontos fortes e fracos das empresas de

forma a estabelecer relaccedilotildees com os concorrentes directos laquona relaccedilatildeo

produto-mercadoraquo e acccedilotildees correctivas Tambeacutem identifica as ameaccedilas e oportunidades

no ambiente institucional

O mesmo autor refere exemplos que se podem aplicar na anaacutelise do ambiente

interno e externo (figura nordm 13)

Figura nordm 13

Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Numa segunda etapa eacute definida a missatildeo do organismo devendo identificar o

caminho e o objectivo ou objectivos a atingir

A utilizaccedilatildeo de instrumentos estabelecem desafios metas estrateacutegias poliacuteticas e

projectos que a instituiccedilatildeo se propotildee alcanccedilar Os instrumentos quantitativos

correspondem aos valores monetaacuterios que iratildeo ser gastos na produccedilatildeo de bens e

serviccedilos e o retorno que adveacutem com a sua aplicaccedilatildeo

A quarta e uacuteltima fase eacute a avaliaccedilatildeo do desempenho comparaccedilatildeo entre o que foi

proposto e os resultados obtidos identificaccedilatildeo dos desvios ao plano e medidas de

intervenccedilatildeo correctivas

Para MORAIS tambeacutem referido por BARBALHO122

a proposta de metodologia

reparte-se em cinco partes (figura nordm 14)

122

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

52

Figura nordm 14

Estrateacutegia de marketing de Morais

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Neste caso ao contraacuterio de Oliveira analisa-se primeiro a missatildeo visatildeo e

valores da instituiccedilatildeo seguido pelo diagnoacutestico ambiental Esta segunda parte aleacutem de

identificar as ameaccedilas e oportunidades e os pontos fortes e fracos cria o cenaacuterio

pessimista e o cenaacuterio optimista

De seguida satildeo delineadas estrateacutegias de actuaccedilatildeo no mercado que seratildeo

repartidas entre um ou mais planos de acccedilatildeo laquoos aspectos relevantes para a sua

implantaccedilatildeo ndash orccedilamentos cronogramas fluxogramas metodologias etc123

raquo

Por fim propotildee-se um acompanhamento deste processo para serem

identificados os planos operacionais os desvios e as intervenccedilotildees efectuadas

Quanto ao tipo de estrateacutegia a desenvolver KOLTLER apresenta seis tipos de

planos de marketing124

a) planos de marketing da marca para cada nova marca produzida numa

empresa eacute preparada uma nova estrateacutegia anual

123

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Ob Cit 124

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p205

53

b) plano de marketing para cada categoria de produtos para cada novo

produto eacute efectuado um novo plano No final esta estrateacutegia eacute

integrada laquono plano geral da respectiva categoria de produtoraquo

c) planos de novos produtos para cada nova marca ou novo produto eacute

efectuado laquoum plano de desenvolvimento e de lanccedilamentoraquo

d) planos dos segmentos de mercado se o produto ou marca satildeo

vendidos em diferentes segmentos haacute que criar um plano diferente

para cada um

e) planos geograacuteficos de mercado para cada paiacutes regiatildeo cidade e

bairro eacute necessaacuterio criar um plano proacuteprio

f) planos de clientes os gestores de contas devem laquopreparar um plano

para cada um dos clientes importantesraquo

Na praacutetica refere o autor estes planos estatildeo interligados entre si e conclui que

tecircm de ser elaborados de forma coerente e de faacutecil entendimento para a concretizaccedilatildeo de

todas as operaccedilotildees125

Esta ideia eacute completada por Tim BERRY e DOUG WILSON

citados por KOTLER e KELLER ao afirmarem que o plano deve responder agraves questotildees

laquoO plano eacute simplesraquo O plano eacute especiacuteficoraquo laquoO plano eacute realistaraquo laquoO plano eacute

completoraquo126

Os elementos que devem compor o plano de marketing segundo KOTLER satildeo

os seguintes anaacutelise da situaccedilatildeo objectivos e alvos de marketing estrateacutegia de

marketing plano de acccedilotildees de marketing e controlos de marketing127

A anaacutelise da situaccedilatildeo implica o estudo da laquovidaraquo do produto Eacute necessaacuterio

avaliar quantitativamente as vendas quotas de mercado preccedilos custos e lucros bem

como uma anaacutelise dos resultados obtidos pela concorrecircncia128

Soacute assim seratildeo

detectados os chamados laquofactores criacuteticos de sucessoraquo tambeacutem designados de pontos

125

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p205 126

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58 127

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206-207 128

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206

54

fortes ndash os quais deveratildeo ser destacados ndash e os pontos fracos cujos efeitos deveratildeo ser

minimizados ou corrigidos129

No ambiente externo deveraacute ser realizada uma auditoria ao meio envolvente da

empresa onde o produto eacute disponibilizado de forma a identificar as ameaccedilas e as

oportunidades que possam surgir Entre as condiccedilotildees externas a considerar estatildeo os

factores demograacuteficos econoacutemicos histoacutericos poliacuteticos sociais tecnoloacutegicos e legais

Numa etapa posterior eacute indicada a perspectiva futura para o produto

Na parte dos objectivos e alvos o gestor deveraacute estabelecer metas podendo

incluir o aumento de quota no mercado aumento de satisfaccedilatildeo do cliente e aumento de

margem e os alvos a atingir devendo ser laquomensuraacuteveisraquo

Na definiccedilatildeo da estrateacutegia KOTLER diz-nos que devemos seguir seis

aspectos130

que quanto a noacutes correspondem ao composto de mix

a) o laquomercado-alvoraquo divide-se em niacutevel primaacuterio os consumidores

que estatildeo prontos a adquirirem o produto niacutevel secundaacuterio satildeo os

clientes que podem adquirir o produto mas ainda natildeo

manifestaram interesse e o niacutevel terciaacuterio satildeo as pessoas que

querem comprar o produto mas de momento natildeo o podem ter Haacute

casos que os gestores incluem no plano o nome do cliente a

conquistar

b) o laquoposicionamento nuclearraquo relaciona-se com as vantagens que os

clientes vatildeo adquirir com a sua compra

c) o laquoposicionamento de preccediloraquo estaacute associado ao benefiacutecio nuclear

oferecido

d) a laquooferta total de valorraquo estaacute relacionada com antecipar as

demandas do cliente e prever a sua satisfaccedilatildeo total

129

laquoPonto forte eacute a diferenciaccedilatildeo conseguida pela empresa que lhe proporciona uma vantagem

operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel controlaacutevel O ponto fraco eacute uma situaccedilatildeo inadequada da

empresa que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel

controlaacutevelraquo PASA Carla Regina R - Planejamento estrateacutegico de uma induacutestria de plaacutesticos a

importacircncia da anaacutelise interna e externa - um caso praacutetico [on line] [Consultado a 10 de Setembro de

2008] Disponiacutevel em URL httpwwwabeproorgbrbibliotecaENEGEP1998_ART452pdf 130

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 Editorial Presenccedila

Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p213

55

e) a laquoestrateacutegia de distribuiccedilatildeoraquo satildeo os diferentes canais de

distribuiccedilatildeo do produto como televendas ou o computador

acrescenta KOTLER

f) a laquoestrateacutegia de comunicaccedilatildeoraquo relaciona-se com os gastos

financeiros na sua divulgaccedilatildeo

Apoacutes a sua conclusatildeo estes dados seratildeo entregues a uma equipa que

estabeleceraacute as laquodatas para a campanha de publicidade para as promoccedilotildees de venda

para a participaccedilatildeo em feiras e para lanccedilamento de novos produtosraquo131

Em simultacircneo eacute

efectuada a verificaccedilatildeo das acccedilotildees planeadas para se saber se estatildeo de acordo com o

estabelecido Caso haja um grande nuacutemero de aspectos em falta ou incorrectos deveratildeo

ser implementadas medidas correctivas no plano132

No que concerne ao plano estrateacutegico nas unidades de informaccedilatildeo Reacutejean

SAVARD propotildee um modelo que natildeo eacute muito diferente do anterior133

a) resumo do plano

b) anaacutelise interna e externa do mercado

c) identificaccedilatildeo da missatildeo e dos objectivos da unidade de informaccedilatildeo

d) elaboraccedilatildeo dos produtos e delineaccedilatildeo de estrateacutegias

e) definiccedilatildeo do orccedilamento

f) medidas de controlo de aplicaccedilatildeo do plano

Soacute com a sua implementaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e controlo eacute que os arquivos poderatildeo

evitar periacuteodos de carecircncia financeira que consequentemente originam a perda de

131

KOLTER Philip ndash ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p214 132

Idemp214-215 133

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l

56

clientes134

e que se conhece de forma efectiva e eficiente o meio onde pretendem

actuar

134

MINIGGIO Mireille - Le marketing au service de larchivistique le cas de projet de normalisation au

niveau du fonds darchives In Reflexiones archivistiques1989p 35

57

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS

UNIDADES DE INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO

No meio econoacutemico as organizaccedilotildees natildeo lucrativas satildeo identificadas como

pertencentes ao sector terciaacuterio e a sua aacuterea de actuaccedilatildeo eacute dividida em doze grupos

especiacuteficos135

(figura nordm 15)

Figura nordm 15

Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Fonte International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line]

[Consultado a 23 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

As suas principais caracteriacutesticas podem ser apresentadas da seguinte forma

a) natildeo perseguem lucros objectivos financeiros

135

Esta classificaccedilatildeo estaacute elaborada de acordo com o trabalho da Comissatildeo Europeia ndash DG XXII no

acircmbito do Targeted Socio-Economic Research Programme que adaptou a classificaccedilatildeo original

desenvolvida pelo John Hopkins Comparative Non- Profit Sector Project e denominada ICNPO -

International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line] [Consultado a 23

de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

58

b) o preccedilo eacute mensuraacutevel natildeo em termos monetaacuterios mas sim de forma

qualitativa e atraveacutes da avaliaccedilatildeo de desempenho dos serviccedilos

c) a sobrevivecircncia destes organismos natildeo depende do financiamento do

utilizador

d) o puacuteblico eacute bastante diversificado

e) tal como as organizaccedilotildees lucrativas o objectivo fim satildeo as trocas

para satisfaccedilatildeo do cliente Todavia neste caso sobrepotildeem-se as

necessidades da laquoaudiecircncia-alvoraquo e ou sociedaderaquo aos desejos e

vontades de ldquosobrevivecircncia e crescimento de empresasrdquoraquo136

f) a resposta dada aos puacuteblicos deve ser efectuada a curto e meacutedio

prazo

Por isso natildeo eacute de admirar que cada vez mais os serviccedilos puacuteblicos e instituiccedilotildees

sem fins lucrativos se sirvam do marketing para alcanccedilarem os seus objectivos

satisfaccedilatildeo das necessidades e desejos do mercado-alvo com resultados eficientes e

eficazes137

como escreve KOTLER O mesmo autor acrescenta que a principal razatildeo

destes grupos se interessarem laquopelos princiacutepios formais do marketing eacute que eles

permitem que a organizaccedilatildeo se torne mais eficaz na obtenccedilatildeo dos seus desejosraquo138

A aplicaccedilatildeo destes conceitos salienta traraacute quatro benefiacutecios139

laquoServiccedilo aprimorado normalmente uma orientaccedilatildeo de marketing leva a

um serviccedilo puacuteblico aprimorado A caracteriacutestica principal do conceito

moderno de marketing eacute a preocupaccedilatildeo com as necessidades e os

desejos de grupos que estatildeo sendo servidos por uma organizaccedilatildeo O

especialista de marketing forma sistemas para sentir servir e satisfazer

os diversos puacuteblicos Ele estaacute consciente de todas as forccedilas que

136

CARVALHO Joatildeo M Santos ndash Organizaccedilotildees natildeo lucrativas Aprendizagem organizacional

Orientaccedilatildeo de Mercado Planeamento Estrateacutegico e Desempenho Ediccedilotildees Siacutelabo Lisboa 2005 ISBN

972-618-366-9- Depoacutesito Legal 22467105p 20 137

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 24-25 138

Idemp25 139

Ibidemp 344-345 A mesma ideia tambeacutem estaacute presente em MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash

Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6 p 126

59

influenciam a satisfaccedilatildeo dos consumidores e dos puacuteblicos e seu

desempenho eacute mensurado em quatildeo bem ele constroacutei atitudes favoraacuteveis

para com a organizaccedilatildeo

Eficiecircncia aprimorada uma orientaccedilatildeo para marketing tende tambeacutem a

melhorar a eficiecircncia na realidade de diversas metas organizacionais

Agecircncia do governo poderaacute projetar seus produtos e serviccedilos em um

melhor relacionamento para com os padrotildees de compra e consumo dos

seus mercados A organizaccedilatildeo poderaacute coordenar suas actividades de

marketing para atingir alvos que poderiam natildeo ser alcanccedilados se fossem

perseguidos de maneira desordenada

Apoio legislativo aprimorado uma orientaccedilatildeo para o marketing

deveria tambeacutem ajudar na tarefa de assegurar maior apoio

legislativo Um puacuteblico importante de qualquer agecircncia eacute formado

por legisladores Na extensatildeo em que uma orientaccedilatildeo para o marketing aprimora os serviccedilos e a eficiecircncia puacuteblica de uma

organizaccedilatildeo forneceraacute um poderoso argumento para o apoio continuado

e generoso de suas atividades Aleacutem disso a mesma orientaccedilatildeo para o

marketing leva a organizaccedilatildeo a ser mais sensiacutevel com referecircncia aos

legisladores como se fossem um dos seus puacuteblicos e nesse sentido ela

poderaacute ser mais eficaz e aprimorar os seus serviccedilos de comunicaccedilatildeo

para esse grupo

Prestaccedilatildeo de contas aprimoradas finalmente a orientaccedilatildeo para o

marketing poderia ajudar a aprimorar a prestaccedilatildeo de contas puacuteblicas se

as actividades de marketing se tornarem expliacutecitas em vez de

permanecerem impliacutecitas e mais se forem colocadas sob a

responsabilidade de controle centralizada seraacute mais faacutecil realizar a

auditoria dessas actividades e avaliar os seus gastos e grau de satisfaccedilatildeo

Seria tambeacutem mas faacutecil para os auditores levantar questotildees concretas

sobre a actividade de marketing dirigindo-as agrave parte certaraquo

A transposiccedilatildeo das teacutecnicas mercadoloacutegicas do marketing para as unidades de

informaccedilatildeo ndash bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos ndash pertencentes ao

agrupamento 1 eacute algo que ainda hoje natildeo eacute consensual Tal como ainda hoje acontece

no meio empresarial muitas pessoas associam esta ferramenta a um departamento de

vendas cujo propoacutesito eacute laquotornar o ato de vender supeacuterfluoraquo como afirma Peter

DRUKER140

Por isso natildeo eacute de estranhar que muitos profissionais das Ciecircncias da

Informaccedilatildeo considerem que a sua utilizaccedilatildeo eacute inusitada e desadequada porque satildeo

organismos que prestam um serviccedilo cultural e natildeo vendem produtos e o seu objectivo

natildeo eacute o lucro No artigo laquoBiblioteacuteques et Marketing une valse a 3 temps repulsion

attirance adaptationraquo Marielle MIRIBEL citada por Sofia GALVAtildeO confirma este

ponto de vista141

Atraveacutes de um inqueacuterito apresentado agraves bibliotecas sobre o marketing

140

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p18 141

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 Existe um artigo semelhante com o nome laquoA importacircncia do estudo

60

encontrou dois tipos de reacccedilotildees as que consideram esta teacutecnica laquocomo um meio de

comunicaccedilatildeo interativa ferramenta de gestatildeoraquo e os que vecircem no marketing um meio de

venda e de comeacutercio que contraria a missatildeo da biblioteca142

Rajesh SINGH efectuou um estudo semelhante na Finlacircndia entre o ano de 2002 e

2003 A partir de cinco questotildees143

colocadas aos responsaacuteveis e seus colaboradores

concluiu que embora jaacute haja quem veja o marketing como uma mais valia nos seus

serviccedilos ainda haacute quem o veja - laquofewraquo144

- como uma actividade que apenas se aplica

em empresas com fins lucrativos

Para Sueli Angeacutelica do AMARAL satildeo vaacuterias as causas que explicam este

cepticismo145

a) descrenccedila e desconfianccedila dos profissionais da informaccedilatildeo relativamente ao

marketing

b) crenccedila que a informaccedilatildeo vale por si proacutepria

c) falta de importacircncia dada ao cliente como indiviacuteduo nas unidades de

informaccedilatildeo

d) falta de formaccedilatildeo do bibliotecaacuterio sobre esta mateacuteria

e) inexistecircncia eou escassez de literatura sobre o marketing em unidades de

informaccedilatildeo

sobre a imagem organizacional para as unidades de informaccedilatildeo e para os seus gestoresraquo que poderaacute ser

consultado em httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=995221 142

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 143

1Qual eacute a atitude dos bibliotecaacuterios face agrave aplicaccedilatildeo do marketing nos serviccedilosprodutos das

bibliotecas 2 Qual o niacutevel de conhecimento das conceitos e praacuteticas do marketing 3 Qual o

compromisso destes organismos com os seus utilizadores 4 Em que contexto o marketing se aplica nas

bibliotecas da Finlacircndia 5 Que tipo de implicaccedilotildees traz o marketing neste serviccedilos (traduccedilatildeo efectuada

por noacutes) SINGH Rajesh ndash Undersanding Marketing Culture in Finnish Libraries In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p68-69 144

SINGH Rajesh ndash Ob citp 69 145

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637

61

f) falta de aplicabilidade do conceito mercadoloacutegico nas bibliotecas

g) gratuidade dos produtos e serviccedilos prestados

h) desconhecimento dos conceitos comerciais e sobre a teoria econoacutemica da

informaccedilatildeo

Florence MUET bibliotecaacuteria francesa segue a mesma ideia mas aponta outras

causas para esta situaccedilatildeo146

a) embora a satisfaccedilatildeo dos utilizadores seja importante ainda haacute o culto do

documento em detrimento do cliente

b) os gestores de informaccedilatildeo natildeo aceitam a ideia de existecircncia de

segmentosnichos de puacuteblicos Todos os clientes satildeo vistos como um grupo

homogeacuteneo os quais tecircm o direito de aceder de forma idecircntica aos mesmos

produtosserviccedilos

c) o recurso agraves ferramentas do marketing soacute eacute lembrado em alturas de crise como

o caso de falta de leitores e falta de integraccedilatildeo destes organismos no meio

social onde se integram

Recorrendo mais uma vez a AMARAL esta autora refere no artigo laquoMarketing e

inteligecircncia competitiva aspectos complementares da gestatildeo da informaccedilatildeo e do

conhecimentoraquo que a utilizaccedilatildeo do marketing pelos gestores de informaccedilatildeo eacute comum

nos dias de hoje soacute que natildeo eacute feita de forma consciente e clara147

Este eacute o caso do Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da

Madeira que seraacute objecto de estudo no Capiacutetulo V deste trabalho

AMARAL tambeacutem enfatiza que a laquoaplicaccedilatildeo das teacutecnicas metodoloacutegicas de

anaacutelise e segmentaccedilatildeo do mercado anaacutelise do consumidor organizaccedilatildeo de um sistema

146

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentation Services in France In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 88-89 147

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 22

62

de informaccedilotildees de marketing realizaccedilatildeo de auditoria de marketingraquo148

nas unidades de

informaccedilatildeo obriga que estes organismos sejam vistos como um negoacutecio Isto acontece

porque

laquoquando eacute adotada a orientaccedilatildeo metodoloacutegica as actividades satildeo

desenvolvidas com base na realizaccedilatildeo de trocas e do efetivo

conhecimento do mercado interesses necessidades expectativas

desejos dos puacuteblicos desse mercadoraquo149

Desta forma Tony LEISNER150

e Sophia KAANE151

acrescentam que a boa

aplicaccedilatildeo do marketing obriga os serviccedilos a atingirem niacuteveis elevados de satisfaccedilatildeo dos

clientes e a aumentar o valor percebido como forma de assegurar a sobrevivecircncia das

suas respectivas instituiccedilotildees Isto significa que os gestores de informaccedilatildeo devem

imbuir-se do espiacuterito e raciociacutenio de um empresaacuterio para assegurar a sobrevivecircncia do

seu laquonegoacutecioraquo desenvolvendo estrateacutegias competitivas programas e projectos voltados

para os seus clientes

Soacute assim com o conhecimento e aplicaccedilatildeo dos conceitos do laquomundo dos

negoacuteciosraquo que a unidade de informaccedilatildeo passa tal como organizaccedilotildees lucrativas a obter

benefiacutecios fiacutesicos humanos e materiais necessaacuterios para a sua manutenccedilatildeo e

funcionamento152

Um outro aspecto a salientar neste capiacutetulo eacute que os organismos tecircm de ser vistos

como uma organizaccedilatildeo de serviccedilos que aplicam o composto de marketing mix

Embora como jaacute abordamos existam 4 elementos um dos aspectos mais visiacuteveis

da adopccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a aplicaccedilatildeo de um dos Ps a

promoccedilatildeo153

Heloiacutesa OTTONI bibliotecaacuteria brasileira tem esta visatildeo quando afirma

que marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a

148

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 33 149

Idem 150

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing - In 61st IFLA General Conference -

Conference Proceedings1995[on line] [Consultado a 01 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm 151

KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf 152

VERGUEIRO Waldomiro ndash Marketing e gestatildeo da qualidade em serviccedilos de informaccedilatildeo o

relacionamento com os clientes como espaccedilo de convergecircncia de conceitos e praacuteticas In AMARAL

Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-

230-0952-6 p 61 153

No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a praacutetica de divulgaccedilatildeo dos seus serviccedilos data da

segunda metade do seacuteculo XIX Foi em 1876 na Conferecircncia de ALA ndash Ameacuterica Libraries Associacion

ndash que Samuel Swett falou pela primeira vez sobre a relaccedilatildeo entre bibliotecaacuterios e leitores Vinte anos

63

laquo(hellip) filosofia de gestatildeo administrativa na qual todos os

esforccedilos convergem em promover com a maacutexima eficiecircncia

possiacutevel a satisfaccedilatildeo de quem precisa e de quem utiliza

produtos e serviccedilos de informaccedilatildeo Eacute o ato de intercacircmbio de

bens e satisfaccedilatildeo de necessidadesraquo154

Segundo AMARAL o facto eacute que quando haacute transposiccedilatildeo do marketing para as

unidades de informaccedilatildeo os conceitos mercadoloacutegicos ficam limitados a aspectos

promocionais como elaborar cartazes folhetos ou marcadores Eacute preciso fazer mais

sobre uso da comunicaccedilatildeo para laquoatrair novos consumidores vender ideias fortalecer

marcasraquo155

Daiacute propor o uso da promoccedilatildeo sob cinco prismas156

laquoa) Tornar a organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos conhecidos

pelos usuaacuterios potenciais

b) Tornar o ambiente da organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos

atraentes para os usuaacuterios potenciais

c) Mostrar aos usuaacuterios reais como usar os produtos e os

serviccedilos

d) Evidenciar os benefiacutecios dos produtos e serviccedilos oferecidos

e) Manter os usuaacuterios reais constantemente bem informados

sobre a atuaccedilatildeo da organizaccedilatildeo seus produtos e serviccedilosraquo

Esta ideia vem ao encontro da sua definiccedilatildeo de marketing

laquoMarketing pressupotildee a compreensatildeo das necessidades

percepccedilotildees preferecircncias e interesse pela satisfaccedilatildeo e pelos

padrotildees de comportamento da audiecircncia-alvo aleacutem da

adequaccedilatildeo das mensagens da miacutedia dos custos e das

facilidades a fim de maximizar suas atividades na aacuterea em que

eacute aplicadoraquo 157

A bibliotecaacuteria Sofia GALVAtildeO utilizando uma vez mais a pesquisa de Miribel

diz-nos que uma das grandes preocupaccedilotildees dos gestores da informaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao

mais tarde tambeacutem na conferecircncia de bibliotecaacuterios americanos Lutie Stearns introduziu no vocabulaacuterio

dos bibliotecaacuterios o termo advertising que traduzido simboliza publicidade 154

OTTONI Heloiacutesa Maria ndash Bases do marketing para unidades de informaccedilatildeo [on line] [Consultado a

20 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httprevistaibictbrindexphpciinfarticleviewPDFInterstitial433391 155

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637 156

WEINGAND Darlene E ndash Serviccedilos aos clientes um imperativo de marketing In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6p 34-35 157

Idem p34

64

marketing eacute tambeacutem a promoccedilatildeo mas voltada para a imagem158

Imagem enquanto

instituiccedilatildeo e imagem enquanto profissional159

De forma geral refere a autora brasileira a imagem que as unidades de

informaccedilatildeo transmitem eacute que estas entidades nem sempre criamprojectam para o

mercado-alvo o que o utilizador pretende ou necessita

Autores como Sophia KAANE Hilkka ORAVA e Ar ANDREWS defendem a

mesma ideia Vejamos

KAANE no Congresso da IFLA (Internacional Federation of Librarian

Associations and Institutions) em 2006 apresenta no seu trabalho o resultado de um

inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios onde uma das questotildees que se colocava era se a

utilizaccedilatildeo do marketing de referecircncia nos serviccedilos das bibliotecas modificaria a sua

imagem na comunidade Os resultados obtidos foram positivos a maioria dos

inquiridos 68 respondeu afirmativamente como se comprova no graacutefico a seguir

apresentado160

(figura nordm 16)

Figura nordm 16

Resultado do inqueacuteritoefectuado a bibliotecaacuterios

Fonte KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf

158

LAUNO citada por GALVAtildeO refere que a imagem resulta de uma relaccedilatildeo qualitativa que permite

fidelizar e atrair novos utilizadores Para KOTLER eacute laquo(hellip) um conjunto de crenccedilas ideias e impressotildees

que uma pessoa manteacutem em relaccedilatildeo a um objecto As atitudes e acccedilotildees de uma pessoa em relaccedilatildeo a um

objecto satildeo amplamente condicionadas pela imagem desse objectoraquo GALVAtildeO Sofia

Baptista Ob cit p85 159

Nas deacutecadas de 30 a 70 do seacuteculo XX como jaacute referimos foram escritas diversas obras e um conjunto

de artigos sobre as formas de divulgaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo dos seus serviccedilos que permitiram a divulgaccedilatildeo

dos produtosserviccedilos das bibliotecas 160

KAANE Sophia ndash Ob citp 6

65

Esta situaccedilatildeo segundo a mesma autora contrasta com o trabalho de Snoj e

Petermanec que afirmam que a aplicaccedilatildeo da filosofia do marketing nestas organizaccedilotildees

natildeo lucrativas soacute se aplica para quem se quer demarcar no negoacutecio competitivo Jaacute

Shamel considera beneacutefica a utilizaccedilatildeo do marketing como instrumento de mudanccedila de

imagem das bibliotecas como forma de melhorar o seu espoacutelio bibliograacutefico aumentar

o nuacutemero de utilizadores e de serviccedilos prestados educar os clientes e natildeo clientes

culminando tudo isto na mudanccedila da reputaccedilatildeo da biblioteca e dos seus teacutecnicos161

No caso especiacutefico dos arquivos eacute urgente aplicar os conceitos de marketing para

que a sociedade mude a imagem que tem destas instituiccedilotildees culturais Esta situaccedilatildeo estaacute

bem explicita no relatoacuterio final apresentado na Mesa Redonda de Arquivos realizada

em 1999 no Arquivo Nacional do Brasil quando conclui que

laquo[hellip] para o cidadatildeo em geral o termo arquivo ainda estaacute

associado a depoacutesito de papeacuteis velhos e sem utilidade praacutetica

Para que possamos romper com esta imagem faz-se necessaacuterio

o planejamento e o desenvolvimento de campanha de

marketing em miacutedia impressa falada e televisiva sobre a

importacircncia dos arquivos para a cidadania e para a identidade

nacional o que poderaacute abrir caminhos para a modernizaccedilatildeo e

melhoria das condiccedilotildees materiais e de recursos humanos natildeo soacute

das instituiccedilotildees arquiviacutesticas puacuteblicas como tambeacutem dos

serviccedilos de arquivos da administraccedilatildeo puacuteblicaraquo162

Ramoacuten ALBERCH apresenta no livro laquoArchivos y Cultura manual de

dinamizacioacutenraquo a mesma noccedilatildeo

laquoLa otra visoacuten no es en ninguacuten caso mas optimista los archivos

permanecen en el olvido en el marco de un desconocimiento

general sobre sus objetivos y funciones En este sentido cabe

sentildealar que el ciudadano pero tambieacuten una parte sustancial de

los gestores y poliacuteticos tienen grandes dificultades para

establecer por ejemplo una correlacioacuten positiva entre sus

necesidades de informacioacuten ndash de todo o tipo administrativa o

cultural ndash y la existencia de un servicio de archivos aacutegil y

eficazraquo163

161

KAANE Sophia ndash Ob citp6 162

AMARAL Sueli Angeacutelica - Relatoacuterio geral apresentado na sessatildeo solene de encerramento In

Congresso Internacional de Arquivos Bibliotecas Centros de documentaccedilatildeo e Museus Federaccedilatildeo

Brasileira de Associaccedilotildees de Bibliotecaacuterios Cientistas da Informaccedilatildeo e Instituiccedilotildees Satildeo Paulo 2006 163

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Ob cit p27

66

O mesmo eacute dito por Julio DIacuteAZ CERDAacute

laquoEl archivo es sin duda el maacutes desconocido y menos utilizado

de los servicios de informacioacuten La razoacuten de este desencuentro

hay que buscarlo principal-mente en la propia singularidad

complejidad y diversidad de su objeto de es-tudio los

documentos En tanto que se trata de informacioacuten no elaborado

es el resultado de una determinada actuacioacuten administrativa

pueden presentar problemas de comprensioacuten para quienes

esperan una agradable y sencilla lec-turaraquo164

Da nossa experiecircncia enquanto arquivista e responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo

e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira concluiacutemos como estes autores

que a noccedilatildeo que as pessoas tecircm de arquivo eacute de ser um local laquomortoraquo onde se guardam

papeacuteis velhos com interesse apenas para alguns investigadores e estudiosos

Daiacute Mireille MINIGGIO nos dizer que a promoccedilatildeo eacute a face mais visiacutevel dos

arquivos sobretudo atraveacutes da publicidade165

No que concerne agrave imagem dos profissionais de bibliotecas Ar ANDREW166

e

ORAVA167

afirmam que de forma geral a sociedade continua a ver os bibliotecaacuterios

como laquobichos-do-matoraquo com um ar cinzento e sisudo que mandam sempre calar os

seus leitores Para modificar esta noccedilatildeo torna-se pertinente que estes gestores saibam

distinguir identidade que resulta da laquomedida que uma organizaccedilatildeo toma para se

posicionar no mercadoraquo de imagem laquoeacute aquilo que o puacuteblico perceberaquo168

Torna-se

entatildeo necessaacuterio que o bibliotecaacuterio tenha uma visatildeo exacta do trabalho que desenvolve

dentro e fora do espaccedilo do seu serviccedilo

A imagem do arquivista necessita tambeacutem ser melhorada169

Diz-nos a arquivista

Fernanda RIBEIRO que os

164

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a de 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 165

MINIGGIO Mireille ndash Ob cit p39 166

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado a 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 167

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado el 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 168

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob citp315 169

Ao contraacuterio dos seus congeacuteneres das unidades da informaccedilatildeo que falaram pela primeira vez de

promoccedilatildeo em 1876 a arquiviacutestica soacute haacute cerca de trinta anos eacute que abordou pela primeira vez a questatildeo da

importacircncia das relaccedilotildees puacuteblicas nestes organismos Foi no 15ordm Congresso Internacional da Mesa

Redonda dos Arquivos realizado em Otava Atraveacutes de um questionaacuterio enviado a arquivos nacionais e

municipais de 41 paiacuteses tentou-se identificar trecircs aspectos acervo e funccedilotildees dos Arquivos recursos

67

laquo[hellip] arquivistas tradicionais ligados aos ldquoarquivos

histoacutericosrdquo continuavam na linha erudita e historicista

desenvolvendo uma actividade mais conotada com a cultura e o

patrimoacutenio do que com a dinacircmica da informaccedilatildeo por outro

porque os gestores de documentos nos contextos

organizacionais estavam muito marcados por uma visatildeo

administrativista e documental natildeo fazendo tambeacutem a

aproximaccedilatildeo com o mundo da informaccedilatildeoraquo170

Isto significa que haacute uma separaccedilatildeo entre os arquivistas e os restantes

profissionais da Ciecircncia da Informaccedilatildeo agravada pelo Conselho Internacional de

Arquivos em 1999 porque laquoeste organismo favoreceu um certo corporativismo entre

este grupo profissional unido em torno de questotildees teacutecnicas e de poliacuteticas de

conservaccedilatildeo do patrimoacutenio documentalraquo171

Numa primeira fase eacute indispensaacutevel que estes profissionais faccedilam as pazes com

os seus congeacuteneres porque todos trabalham para um fim comum preservar conservar

tratar comunicar e divulgar o patrimoacutenio documental contribuindo para a designada

educaccedilatildeo natildeo formal Apoacutes a mudanccedila desta imagem o arquivista deveraacute chegar mais

proacuteximo do seu cliente que normalmente os vecirc como algueacutem petulante e arrogante que

raramente laquoreconhece o valor do nosso contributo e do nosso conhecimentoraquo172

Natildeo nos podemos igualmente esquecer que o facto de nos inserirmos na

Sociedade de Informaccedilatildeo tambeacutem designada Era da Informaccedilatildeo da Sociedade

humanos e logiacutesticos existentes nuacutemero de visitantes e actividades culturais desenvolvidas como eacute o

caso das exposiccedilotildees actividades educativas e publicaccedilotildees como forma de cativar utilizadores A

conclusatildeo a que os seus organizadores chegaram eacute que o serviccedilo de Relaccedilotildees Puacuteblicas natildeo existe na

maior parte dos Arquivos inquiridos e os que afirmam a sua existecircncia afirmam-no como laquoacessoacuterio da

comunicaccedilatildeoraquo ou entatildeo como oacutergatildeo dependente de outros organismos oficiais que natildeo arquivos Isto

significa que os arquivistas ainda estatildeo na fase em que acreditam que a informaccedilatildeo existente vale por si

soacute e que por isso natildeo eacute necessaacuteria promoccedilatildeo para atrair e cativar novos utilizadores Actes de la

quinziegraveme conferereacutence internacionale de la Table Rondes decircs Archives Le archives et les relationes

publiques Conseil International decircs Archives Paris 1977

Tambeacutem enquanto na aacuterea da biblioteconomia se nota principalmente a partir da deacutecada de 90 do seacuteculo

XX um aumento substancial sobre a literatura relacionada com a aplicaccedilatildeo do marketing no caso da

arquiviacutestica a produccedilatildeo manteacutem-se completamente nula Veja-se Capiacutetulo II 211 A histoacuteria do

marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

As razotildees que talvez possam explicar essa lacuna poderatildeo estar relacionadas com a imagem do arquivo e

dos arquivistas bem como com a relutacircncia em aceitar o marketing nos seus serviccedilos 170

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 171

Idem 172

HENRIQUE Ceciacutelia ndash Construindo a nova administraccedilatildeo (reflexotildees de uma arquivista) [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwapbadptCadernosBADCaderno22006CHenriquesCBAD206pdf

68

Poacutes-industrial Sociedade do Conhecimento eou Sociedade Inteligente173

obriga agrave

alteraccedilatildeo do perfil deste profissional que deve abandonar a postura de laquoum guardador de

documentosraquo174

e assumir a de laquogestor de informaccedilatildeo em qualquer contexto orgacircnico

produtor de fluxo informacionalraquo175

Corroborando essa ideia Heloiacutesa Liberalli

BELLOTO afirma que

laquoBasta que os arquivistas reconheccedilam que o puacuteblico vai aleacutem

dos que vecircm ao recinto do arquivo sobretudo os historiadores e

perpassa por todos os componentes da comunidade mesmo

aqueles que nem sequer sabem o que seja o arquivo todo um

puacuteblico potencial a conquistar

Ademais eacute preciso dar mais transparecircncia ao arquivo e ao

arquivista fazer reconhecer o que satildeo e o que fazemraquo176

e estar preparados para laquoLa irrupciacuteon de nuevos suportes documentales y

principalmente las nuevas viacuteas telemaacuteticas de accesoraquo do seacuteculo XXI177

O mesmo repto

eacute descrito por Antoacutenio Maranhatildeo PEIXOTO sobre os Arquivos Municipais portugueses

quando diz

laquo[hellip] temos assistido agrave implementaccedilatildeo de tecnologias da

informaccedilatildeo ao serviccedilo da Administraccedilatildeo para que de uma

forma moderna satisfaccedila as necessidades do cidadatildeo Aleacutem de

parceria essencial no processo administrativo os Arquivos

Municipais como sistemas de informaccedilatildeo tecircm que assegurar de

173

laquoO Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo em Portugalraquo define a expressatildeo Sociedade da

Informaccedilatildeo como laquoum modo de desenvolvimento social e econoacutemico em que a aquisiccedilatildeo

armazenamento processamento valorizaccedilatildeo transmissatildeo distribuiccedilatildeo e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeo

conducente agrave criaccedilatildeo de conhecimento e satisfaccedilatildeo das necessidades dos cidadatildeos e das empresas

desempenha um papel central na actividade econoacutemica na criaccedilatildeo de riqueza na definiccedilatildeo da qualidade

de vida dos cidadatildeos e das suas praacuteticas culturaisraquo Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo [on

line] [Consultado a 20 de Jul de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwposcmctesptdocumentospdfLivroVerdepdf 174

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 175

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 176

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash Acervo Documental como patrimoacutenio histoacuterico cultural In Semana

dos 150 anos do Arquivo Puacuteblico do Estado do Paranaacute (1855-2005) Curitiba Paranaacute 4 a 7 de Abril de

2005 177

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf O mesmo eacute referido por Joseacute A

MOREIRO GONZAacuteLEZ nas IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten laquoNuevos perfiles profesionales y

formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de informacioacutenraquo MOREIRO GONZAacuteLEZ Joseacute

A ndash Nuevos perfiles profesionales y formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de

informacioacuten In Actas de las IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid

2007 [on line] [Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL httpwwwsedicesIX-

Jornadas_Jose-Antonio-Moreiropdf

69

maneira eficiente e eficaz a gestatildeo de todo um conjunto de

questotildees relacionadas com o tratamento acesso controle e

manuseamento bem como a pesquisa e difusatildeo da informaccedilatildeo

que abrangemraquo178

e contribuir

laquopara a agilizaccedilatildeo administrativa isto eacute na melhoria da

qualidade da informaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo dos tempos de

resposta ao cidadatildeo contribuindo na organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo

e do seu alcance nos serviccedilosraquo179

O caminho a seguir passa pela resposta do arquivista a estes novos desafios

pois como jaacute foi dito antes as empresas vencedoras satildeo aquelas que conseguem atender

agraves necessidades dos clientes em tempo uacutetil e conveniente com comunicaccedilatildeo efectiva180

Sem isto como afirma Joseacute Ramoacuten MUNDET acabamos por desaparecer e morrer181

Para atingir os objectivos de divulgaccedilatildeo dos nossos arquivos diz-nos ainda

BELLOTO haacute que compreender que laquoa interligaccedilatildeo entre arquivo e sociedade passa

pela relaccedilatildeo entre arquivos e governo arquivos e patrimoacutenio cultural pesquisa histoacuterica

e entre arquivos e cidadaniaraquo182

Perante esta ideia pode-se concluir que o

desenvolvimento das funccedilotildees culturais dos arquivos e a formaccedilatildeo de utilizadores183

ajudam a mudar a imagem e a marcar sua posiccedilatildeo no mercado como forma de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos puacuteblicos

Da siacutentese dos artigos apresentados nas Conferecircncias Anuais da IFLA184

e pela

Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios da Austraacutelia185

mas cujos resultados podem igualmente

ser aplicados a arquivos puacuteblicos resultam as seguintes propostasestrateacutegias a seguir

178

PEIXOTO Antoacutenio Maranhatildeo ndash Os arquivos municipais no dealbar do seacuteculo XXI In Actas do 9ordm

Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008]

Disponiacutevel URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM103pdf 179

Idem 180

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob cit p18 181

CRUZ MUNDET Joseacute Ramoacuten ndash Pasado y futuro de la profeacutesioacuten de archivero [on line] [Consultado

a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpeprintsrclisorg23561A12-02pdf 182

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash O arquivista na sociedade contemporacircnea [on line] [Consultado a

02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmariliaunespbrHomeExtensaoCEDHUMtexto01pdf 183

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 184

ASHCROFT Linda - Marketing strategies for visibility and indispensability In 73ordm Congresso da

IFLA 2007 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httparchiveiflaorgIVifla73papers115-Ashcroft-enpdf

ARAHOVA Antonia e KAPIDAKIS Sarantos - Marketing partnerships in Greece between libraries

archives and museums A new age has just started In 72 ordm Congresso da IFLA 2006 [on line]

70

a) conhecer de forma individual os leitores os quais devem ser atendidos com

simpatiaamabilidade prontidatildeo disponibilidade e cortesia Um cliente bem

atendido volta sempre mesmo quando os bens satildeo intangiacuteveis186

Mas isto natildeo eacute

suficiente pois como refere LEISNER por muito que os teacutecnicos sejam bons

profissionais se natildeo conseguirem corresponder agraves expectativas dos seus

utilizadores estes natildeo ficam satisfeitos187

Eacute necessaacuterio responder

antecipadamente agraves suas necessidades ou conhecer o produto desejado de forma

a prestar um serviccedilo que os distinga da concorrecircncia

b) aplicar o marketing como forma de promoccedilatildeo das unidades de informaccedilatildeo

para o exterior sem esquecer os colaboradores internos Eacute primordial criar

espiacuterito de equipa para que se possa satisfazer os clientes internos (teacutecnicos) e os

clientes externos (leitores)

c) envolver uma vez mais toda a equipa nas tomadas de decisotildees de forma a

tomarem consciecircncia do seu envolvimento no trabalho que desempenham dentro

e fora da instituiccedilatildeo

d) os profissionais da informaccedilatildeo natildeo devem recear demonstrar os seus

conhecimentos aos seus superiores e colaboradores porque o importante eacute fazer

trabalho com qualidade de forma a manter e aumentar o nuacutemero de utilizadores

e) com a popularizaccedilatildeo das TIC ndash Tecnologias da Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo ndash

o bibliotecaacuterio e o arquivista devem ajudar os seus clientes a atingir os seus

[Consultado a 04 de Octubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-

Arahova_Kapidakis-enpdf

CREMER Monika - The Image of Libraries in the Internet In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on line]

[Consultado a 04 de Octubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla64179-117ehtm

JAAFAR Shahar Banun - Marketing Information Technology (IT)

Products and Services Through Libraries Malaysian Experiences In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on

line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla64126-

86ehtm 185

BUNDY Alan - The 21st century profession one mission one voice one future [on line]

[Consultado a 10 de Novembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaquem20somoshtm

CUMMINGS L - Virtual training for virtual clients [on line] [Consultado a 10 de Novembro de

2008]Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaclinets20virtuauishtm 186

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p35 187

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing In 61ordm Congresso da IFLA 1995 [on line]

[Consultado a04 de Octubro de 2008]] Disponible URL fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm

71

objectivos no trabalho de pesquisa Tambeacutem deveratildeo estar preparados para os

ajudar os seus clientes a pesquisar na Internet quando estes tecircm duacutevidas eou

quando natildeo sabem explorar as bases de dados ou utilizar os equipamentos

informaacuteticos Devem ainda estar a par das novas tecnologias para apostar na

digitalizaccedilatildeo dos documentos As vantagens satildeo enormes um maior nuacutemero de

clientes teraacute acesso agrave informaccedilatildeo

f) deveratildeo tambeacutem apostar na formaccedilatildeo de utilizadores de modo a dar a

conhecer melhor os serviccedilos de que dispotildeem

g) a imagem que os organismos tecircm na sociedade eacute construiacuteda pelos seus

colaboradores Haacute sempre que ajudar os clientes a saiacuterem satisfeitos mesmo que

os serviccedilos apresentados natildeo correspondam agraves suas demandas numa fase inicial

h) ter sempre um site188

actualizado dos seus serviccedilos e enviar regularmente

newsletters sobre novos serviccedilos que tecircm sido criados e promover todas as

iniciativas tomadas como mostras documentais e exposiccedilotildees e novas

publicaccedilotildees Criar tambeacutem notas de imprensa e enviar para a comunicaccedilatildeo social

local

i) se possiacutevel estabelecer boas relaccedilotildees com a comunicaccedilatildeo social para ser mais

faacutecil divulgar as actividades de extensatildeo cultural

j) o profissional de informaccedilatildeo deve estar atento a todas as mudanccedilas que se

passam na sua carreira devendo apostar na formaccedilatildeo contiacutenua

l) promover a carreira das Ciecircncias da Informaccedilatildeo atraveacutes de acccedilotildees de

sensibilizaccedilatildeo junto da comunidade juvenil e estudantil e populaccedilatildeo em geral

Um exemplo tambeacutem a ser explorado pelos arquivistas eacute o programa informaacutetico

desenvolvido pela IFLA o MatPromo em que MASSIgraveSSIMO e Jorge

FRANGANILLO no artigo laquoThe ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM Section

188

Sobre as vantagens da utilizaccedilatildeo da Internet como deve ser um site nas unidades de informaccedilatildeo a IFLA

indica algumas directrizes a serem seguidas Vide wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto No caso

portuguecircs a qualidade dos sites de organismos da administraccedilatildeo puacuteblica devem seguir a Resoluccedilatildeo do

Conselho de Ministros nordm 22 2001 de 27 de Fevereiro Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 49 2001 - I Seacuterie-B

72

Projectraquo partilham entre os gestores de informaccedilatildeo exemplos de boas praacuteticas de

promoccedilatildeo como marcadores cartazes logoacutetipos flyers e objectos de merchadising189

189

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e FRANGANILLO Jorge - The ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM

Section Project In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-

598-11753-4p383 Pode-se consultar igualmente um artigo idecircntico no endereccedilo

httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=1198758 intitulado laquoLa base de datos MatPromo una

ayuda de IFLA para la promocioacuten de las bibliotecasraquo

73

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS

Com o tiacutetulo laquoMarketing em Arquivos Puacuteblicosraquo vamos reflectir e teorizar sobre a

aplicaccedilatildeo do laquonegoacutecio da informaccedilatildeoraquo nos produtos e serviccedilos aiacute prestados

Inseridas na sociedade global a sobrevivecircncia destas instituiccedilotildees natildeo lucrativas

dependem do reconhecimento puacuteblico das suas funccedilotildees e da importacircncia dos seus

serviccedilos na comunidade em que se integram Estas devem ser encaradas como empresas

com clientes internos e clientes externos cujo objectivo principal eacute obter lucro na

prestaccedilatildeo dos serviccedilos qualitativo e natildeo quantitativo

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que tecircm os arquivos para oferecer aos utilizadoresclientesconsumidores que

satisfaccedila as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em Arquivos

Seraacute que o conceito de marketing se pode aplicar aos Arquivos Distritais

portugueses

Satildeo questotildees que vamos tentar responder neste capiacutetulo associando as respostas

numa primeira fase agrave triacuteade Arquivo-Documento-Informaccedilatildeo

De acordo com o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo o Arquivo pode ser

definido como

laquoConjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de prova

ou informaccedilatildeoraquo190

e como uma laquoInstituiccedilatildeo ou serviccedilo responsaacutevel pela aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo

organizaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos documentos de arquivoraquo 191

190

Arquivo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p7 191

Idem

74

Para a arquivista espanhola Heacuteredia HERRERA o arquivo eacute

laquoum ou mais conjunto de documentos seja qual for a sua data forma e

suporte material acumulados num processo natural por uma pessoa ou

instituiccedilatildeo puacuteblica e privada no decorrer da sua gestatildeo conservados

respeitando a sua ordem natural para servir como testemunho e

informaccedilatildeo para a pessoa ou instituiccedilatildeo que os produz para os cidadatildeos

ou para servir como fonte para a Histoacuteriaraquo192

Jaacute a laquoNorma Portuguesa 40412005raquo entende Arquivo como um

laquoconjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado ou no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de

prova ou informaccedilatildeoraquo193

A sua documentaccedilatildeo pode ser designada de tipo textual ndash informaccedilatildeo transmitida

pela escrita iconograacutefica ndash informaccedilatildeo laquoatraveacutes de imagens (a duas ou trecircs dimensotildees)

como desenho fotografia gravura maquete etcraquo electroacutenica audiovisual sonora e

virtual e de meta-informaccedilatildeo194

O documento de arquivo eacute laquoproduzido a fim de provar eou informar um

procedimento administrativo ou judicial Eacute a mais pequena unidade arquiviacutestica

indivisiacutevel do ponto de vista funcional Pode ser constituiacutedo por um ou mais

documentos simplesraquo195

O patrimoacutenio arquiviacutestico seraacute entatildeo constituiacutedo pelo conjunto laquodos arquivos com

interesse cultural relevante para a memoacuteria identidade e conhecimento de um paiacutes A

conservaccedilatildeo deste patrimoacutenio estaacute sujeita a disposiccedilotildees legais proacutepriasraquo196

Da anaacutelise das noccedilotildees apresentadas decorre que o principal produto da

arquiviacutestica eacute a Informaccedilatildeo que pode ser definida como laquoelemento referencial noccedilatildeo

ideacuteia ou mensagem contida num documentoraquo197

eou eacute um

192

HEREDIA Herrera Antoacutenia ndash Archiviacutestica General Teoria y Practica Camas Sevilha 1995 ISBN

978-84-505-4784-9 p59 193

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos baacutesicos IPQ

Lisboa p 5 194

Idem P7 195

Informaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndashOb cit p38 196

Idem p21 197

Informaccedilatildeo Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro de

2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

75

laquoconjunto estruturado de representaccedilotildees mentais codificadas (siacutembolos

significantes) socialmente contextualizadas e passiacuteveis de serem

registadas num qualquer suporte material (papel filme banda

magneacutetica disco compacto etc) e portanto comunicadas de forma

assiacutencrona e multi-direccionadaraquo198

Esta uacuteltima ideia eacute a que mais se identifica com o arquivista que tem nos

documentos a base do seu trabalho199

e enquadra-se na definiccedilatildeo de marketing da

informaccedilatildeo referida por AMARAL

laquoMarketing da informaccedilatildeo eacute o processo gerencial de todo o tipo de

informaccedilatildeo (tecnoloacutegica cientiacutefica comunitaacuteria utilitaacuteria arquiviacutestica

organizacional ou para negoacutecios) em uma organizaccedilatildeo um sistema um

produto ou um serviccedilo sob a oacutetica de marketing para alcanccedilar a

satisfaccedilatildeo dos diversos puacuteblicos da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo quando satildeo utilizadas teacutecnicas na realizaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo das

trocas de valores beneficiando todos os elementos que interagem na

troca para garantir a sobrevivecircncia da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo no seu mercado de negoacutecioraquo 200

Partindo destas premissas verificamos que os arquivos tal como as bibliotecas e

os centros de documentaccedilatildeo estatildeo envolvidos no processo de marketing de informaccedilatildeo

e envolvem quer capital humano quer produtos tangiacuteveis e intangiacuteveis imperativos

necessaacuterios para marcar a diferenccedila no mercado e cujo objectivo uacuteltimo satildeo as

relaccedilotildees de troca e satisfaccedilatildeo final dos seus utilizadores internos e externos Haacute tambeacutem

que saber mantecirc-los pois como todos jaacute ouvimos falar eacute mais barato manter um cliente

do que conquistar um novo

Isto pressupotildee uma anaacutelise do mercado que KOTLER em 1978 define como

laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que tecircm recursos que querem trocar ou

que poderatildeo concebivelmente trocar por benefiacutecios distintosraquo201

O mesmo autor

198

RIBEIRO Fernanda ndash A informaccedilatildeo nos arquivos A gestatildeo dos meios de acesso e pesquisa In

Comunicaccedilotildees de Bibliotecas Multiculturismo 5ordm Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e

Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas Lisboa 1994 p 72 199

Embora natildeo seja nosso propoacutesito desenvolver este aspecto gostariacuteamos de realccedilar que a informaccedilatildeo eacute

um elemento coadjuvante na tomada de decisotildees do ser humano e o estudo da documentaccedilatildeo existente

nos arquivos pode tornar-se elemento decisivo em questotildees poliacuteticas como refere o artigo laquoLa gestion des

archives et des documents au service des deacutecideurs une eacutetude RAMPraquo publicado pela UNESCO em

1985 200

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p21 201

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p33

76

define puacuteblico como sendo laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que

possuem um interesse real ou potencial e ouum impacto sobre uma organizaccedilatildeoraquo202

A junccedilatildeo dos conceitos supracitados bem como as noccedilotildees

arquivo-documento-informaccedilatildeo leva-nos a tentar identificar o mercado-alvo dos

arquivos

Nesse sentido importa analisar o mercado interno e o mercado externo onde os

arquivos puacuteblicos actuam

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos

411 Mercado Interno

A anaacutelise do mercado interno permite determinar quais satildeo os recursos de que as

instituiccedilotildees dispotildeem as suas fraquezas eou limitaccedilotildees que lhes permita estabelecer

metas etapas na sua missatildeo visatildeo e valores Verifica-se tambeacutem que as empresas aleacutem

de se centrarem no cliente comeccedilam a dar maior importacircncia aos recursos humanos

departamento da logiacutestica (equipamentos instalaccedilotildees maacutequinas e moacuteveis) recursos

financeiros e materiais e sistemas administrativos e gerecircncias (disciplinas e normas de

produccedilatildeo)203

como forma de ajudar as empresas a atingirem as suas metas de trabalho

Agrave comunicaccedilatildeo interna das organizaccedilotildees Saul BEKIN daacute o nome de

endomarketing204

Isto significa que a transposiccedilatildeo deste sistema para as Ciecircncias de

Informaccedilatildeo envolve todos os colaboradores da instituiccedilatildeo designados de clientes

internos para uma visatildeo comum sobre a instituiccedilatildeo bem como as metas resultados

produtos serviccedilos e objectivos a atingir laquoO processo de comunicaccedilatildeo da informaccedilatildeo de

uma empresa eacute algo que deve ser trabalhado em todos os seus setores tanto no sentido

horizontal quanto no verticalraquo205

isto eacute incentivar o diaacutelogo entre os teacutecnicos de niacutevel

superior (os gestores) e os funcionaacuterios que estatildeo mais abaixo (os executores) Assim

se num Arquivo se conseguir a participaccedilatildeo efectiva de toda a equipa interna ndash desde os

gestores de topo como directores chefes de divisatildeo e outros colaboradores como

202

VAZ Gil Nuno ndash Marketing institucional O mercado de ideias e imagens Editora Pioneira Satildeo

Paulo 2000 p76 203

VAZ Gil Nuno ndash Ob Cit 204

O termo endomarketing eacute uma expressatildeo brasileira referida pela primeira vez em 1995 por Saul Bekin

no livro laquoConversando sobre endomarketingraquo 205

CAMPOS Seacutergio Emiacutedio de Azevedo GAMA LAENE Pedro [et al] ndash Gestatildeo da comunicaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para clientes de organizaccedilotildees hospitalares In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na

Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p208

77

teacutecnicos de arquivo teacutecnicos de informaacutetica teacutecnicos de microfilmagem

conservadores restauradores administrativos bem como dos mecenas patronos e

voluntaacuterios206

desde o iniacutecio do processo de instalaccedilatildeo ou mudanccedila de serviccedilos a

planificaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de futuras actividades seraacute mais faacutecil no mercado Por

sua vez este processo obriga a que o funcionaacuterio demonstre ser

laquoCriativo Busca desafios novas estrateacutegias para chamar atenccedilatildeo

Destemido Ser corajosoacreditar no que fazvestir a camisa

Honesto Prometer as coisas e cumpri -las

Humano O produto eacute a empresa cada departamento vende seu produto

a outros departamentos todos devem saber as necessidades de cada um

Integrado Visa o bom relacionamento entre as aacutereas

Poliacutetico Saber dar e receber concessotildees

Realista Busca a realidadetrabalha em cima da verdaderaquo207

A aplicaccedilatildeo dos designados 5Cs de BRUM - laquoos princiacutepios criativosraquo208 para

responder de forma eficiente agraves solicitaccedilotildees satildeo igualmente pedidos

laquoCapacidade mostrando a importacircncia do preparo teacutecnico da

formaccedilatildeo do aperfeiccediloamento independente de cargo ou funccedilatildeo

Atraveacutes desse princiacutepio poderaacute ser evidenciada a preferecircncia da atual

gestatildeo por pessoas capacitadas

Competecircncia evidenciada em dois sentidos na importacircncia de fazer

bem feito (sou competente) e de assumir responsabilidades (eacute da minha

competecircncia)

Coragem de enfrentar os desafios e correr riscos necessaacuterios para o

desenvolvimento de um determinado projeto ou tarefa Mostrar que o

sucesso estaacute diretamente ligado agrave capacidade da pessoa correr riscos

Criatividade para encontrar soluccedilotildees saiacutedas e alternativas para as mais

diversas questotildees internas e externas da empresa Desmistificar a

criatividade mostrando que todos podem encontrar novas formas de

como fazer

Coraccedilatildeo ressaltando a importacircncia de as pessoas envolverem-se

verdadeiramente com aquilo que fazem com a empresa na qual

trabalham e com os colegas com os quais convivem Este princiacutepio

serve para mostrar tambeacutem o envolvimento da empresa com a nova

gestatildeoraquo

Da nossa experiecircncia satildeo vaacuterias as metodologias que os arquivos puacuteblicos

podem e devem adoptar das organizaccedilotildees lucrativas para melhorar o seu funcionamento

interno

206

Os mecenas patrocinadores e voluntaacuterios embora sejam um segmento externo acabam por exercer

uma forte pressatildeo interna no funcionamento dos diferentes organismos Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit

p91-92 Na realidade face agrave actual conjuntura econoacutemica a sobrevivecircncia e o bem-estar dos Arquivos

Puacuteblicos passa quanto a noacutes por estabelecer por estabelecer parcerias com estes consumidores internos 207

PARDINI Maria Aparecida - Marketing interno fator gerador da satisfaccedilatildeo do cliente externo [on

line] [Consultado a 05 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwufpebrsnbudocs88apdf 208

Idem

78

Para os funcionaacuterios que jaacute trabalham na instituiccedilatildeo se sentirem integrados

propotildee-se a elaboraccedilatildeo de planos anuais de actividades para o ano corrente

especificando os objectivos estrateacutegicos do arquivo os objectivos operacionais os

indicadores de desempenho os planos de acccedilatildeo os responsaacuteveis pela sua execuccedilatildeo os

prazos de execuccedilatildeo o controlo de execuccedilatildeo do plano a data da conclusatildeo e a indicaccedilatildeo

se a acccedilatildeo foi ou natildeo eficaz Para que este trabalho seja mantido actualizado e em

constante melhoria propotildee-se ainda a realizaccedilatildeo de reuniotildees mensais com a equipa

responsaacutevel pelos projectos

Outra forma dos funcionaacuterios dos arquivos receberem informaccedilotildees sempre

actualizadas e pertinentes sobre os serviccedilos eacute a criaccedilatildeo da Intranet209

Isto implica uma

nova cultura organizacional que promove uma maior interacccedilatildeo entre os diversos

departamentos passam a interagir mais entre si permite aceder a informaccedilotildees

actualizadas e saber o que se passa a niacutevel interno em termos de decisotildees aleacutem de

diminuir o fluxo do papel A Intranet promove igualmente a uniatildeo dos colaboradores

que passam a trabalhar mais proacuteximo e para um objectivo comum o sucesso e a

economia da empresa Salientamos ainda que o seu manuseamento deveraacute respeitar as

normas de acessibilidade e usabilidade ndash designado pelos informaacuteticos de W3c ndash sendo

conveniente um visual da paacutegina da Intranet apelativo e se possiacutevel que esteja de

acordo com o site do organismo

Para os novos colaboradores o laquoManual de Acolhimentoraquo eacute o instrumento de

trabalho ideal para integrar um novo teacutecnico que inicie o seu serviccedilo

Deste manual poderatildeo constar os seguintes pontos

a) nota introdutoacuteria da direcccedilatildeo a dar as boas vindas ao novo

colaborador

b) para que serve o manual de acolhimento

objectivos

puacuteblico-alvo

209

Veja-se as etapas de aplicaccedilatildeo da Intranet na Cacircmara Municipal de Madrid descrita por Esperanza

Garcia Paso Goacutemez PASO GOacuteMEZ Esperanza Garciacutea de ndash La definicioacuten de un modelo estrateacutegico de

desarrollo para intranets corporativas en grandes organizaciones El caso del Ayuntamiento de Madrid In

Actas de las VIII Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid 2006 [on line]

[Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL

httpeprintsrclisorg78941Sesion_2_comunicacion_1_Garciapdf

79

c) o que se faz no Acolhimento e Integraccedilatildeo de Novos colaboradores

(depende de cada serviccedilo)

d) apresentaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

missatildeo

visatildeo

valores

poliacutetica da qualidade (se o serviccedilo tiver)

e) serviccedilos e competecircncias que lhes satildeo atribuiacutedas

f) apresentaccedilatildeo de todos os colaboradores

seus contactos internos e endereccedilo electroacutenico do serviccedilo

g) natureza juriacutedica do Arquivo

h) subordinaccedilatildeo administrativa

i) normas e procedimentos do serviccedilo

horaacuterio de trabalho

legislaccedilatildeo pessoal

recursos informaacuteticos

j) informaccedilotildees gerais

planta do edifiacutecio

correspondecircncia recebida e expedida (percurso da mesma e

indicar se pode natildeo haver correio particular por exemplo)

infra-estruturas

contactos

transportes puacuteblicos urbanos

feriados nacionais e regionais

Conveacutem realccedilar que esta ferramenta natildeo eacute fechada sobre si isto eacute deve estar em

permanente actualizaccedilatildeo face agraves mudanccedilas internas reflectindo a dinacircmica do serviccedilo o

espiacuterito e a missatildeo do organismo

80

Paralelamente a boa integraccedilatildeo do colaborador passaraacute pela apresentaccedilatildeo a

todos os colegas sem excepccedilatildeo porque assim toda a equipa sabe quem eacute quem e quais

seratildeo as suas funccedilotildees

Outro aspecto a ter em consideraccedilatildeo eacute o das infra-estruturas muitas das vezes

consideradas sinoacutenimas de bem-estar dos funcionaacuterios210

edifiacutecio adequado com boas

acessibilidades mobiliaacuterio confortaacutevel bons gabinetes teacutecnicos bons equipamentos e

bons recursos materiais Estes aspectos satildeo igualmente condicionantes para motivar os

funcionaacuterios aumentando a produtividade tanto quantitativa como qualitativa do

trabalho

Toda esta gestatildeo organizacional eacute feita a pensar de dentro para fora dos

Arquivos para laquobem servirraquo211

o cliente externo como vamos ver a seguir

412 Mercado Externo

O mercado externo estaacute directamente relacionado com o micro-ambiente e com

o macro-ambiente

O meio envolvente do microndashambiente das empresas relaciona-se com os

fornecedores distribuidores e concorrentes da empresa

Os fornecedores dos arquivos satildeo no nosso entender classificados de duas

formas

- fornecedores de bens culturais como fundos documentais provenientes

de organismos puacuteblicos e privados dependendo da missatildeo de cada um

- fornecedores de bens para o bom funcionamento do arquivo tais como

contratos de assistecircncia teacutecnica ou actualizaccedilatildeo de aplicaccedilotildees

informaacuteticas com as respectivas renovaccedilotildees e material necessaacuterio para o

quotidiano como esferograacuteficas laacutepis agrafadores resmas de papel etc

Os distribuidores satildeo todos os colaboradores dos arquivos que ajudam os leitores

a acederem agrave documentaccedilatildeo quer seja atraveacutes da criaccedilatildeo de portarias de avaliaccedilatildeo

210

Propomos como complemento destas ideias a leitura do artigo publicado no jornal laquoPuacuteblicoraquo em 2007

intitulado laquoOs segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuteriosraquo SANTOS Nuno Ferreira

ndash Os segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuterios In Puacuteblico Lisboa 9 de Marccedilo de

2007 p18-19 211

BEKIN Saul Faingus ndash Conversando sobre endomarketing Editora MaKron Satildeo Paulo 1995 ISBN

8534603405 p5-7

81

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa autos de

eliminaccedilatildeo roteiros topograacuteficos instrumentos de descriccedilatildeo documental (guias

inventaacuterios cataacutelogos registos e iacutendices) seja atraveacutes de mostras e exposiccedilotildees

documentais eou atraveacutes de actividades educativas Dentro deste grupo acrescentamos

a comunicaccedilatildeo social ndash que daacute a conhecer o trabalho efectuado nestes serviccedilos a

associaccedilatildeo dos amigos dos arquivos os mecenas os patronos e os voluntaacuterios212

Identificar os concorrentes permite a estes organismos criar estrateacutegias de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos consumidores uma vez que satildeo a essecircncia destes

serviccedilos213

Isto eacute ao identificarem o meio envolvente onde se inserem saberatildeo indicar

se outras instituiccedilotildees como bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e museus respondem

agraves necessidades dos clientes ou entatildeo se existem espaccedilos de Internet que o puacuteblico

considere ser a forma mais faacutecil de adquirir informaccedilatildeo Estamos perante a anaacutelise

SWOT cujo acroacutenimo significa forccedilas (Strengths) fraquezas (Weaknesses)

oportunidades (Opportunities) e Ameaccedilas (Threats) como explicaremos mais agrave frente

O macro-ambiente relaciona-se com factores econoacutemicos sociais educacionais

tecnoloacutegicos legais e culturais elementos decisores do comportamento dos

consumidores Philip KOTLER e Kevin KELLER utilizam as teorias das motivaccedilotildees

humanas de Abraham Maslow para explicarem as necessidades do consumidor numa

hierarquia de importacircncia fisioloacutegica seguranccedila social estima e auto-realizaccedilatildeo

Todas estas necessidades podem ocorrer de forma alternativa dependendo de cada caso

Mediante o exposto os autores supracitados esquematizam as necessidades humanas

nos serviccedilos da seguinte forma (figura nordm 17)

Figura nordm 17

Piracircmide de Maslow

Fonte KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash

Administraccedilatildeo de marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo 2006ISBN 85-7605-001-3p184

212

No ponto 434 Promoccedilatildeo (Comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o produto

serviccedilo definiremos cada um destes distribuidores 213

ROUSSEAU Jean-Yves ndash Ob cit p34

82

Ao conjugar-se as funccedilotildees internas com as funccedilotildees externas que influenciam as

escolhas individuais do clienteconsumidorutilizador a transposiccedilatildeo do marketing para

os arquivos puacuteblicos reforccedila a vantagem competitiva e vital para a sua sobrevivecircncia

num mercado cada vez mais complexo

Para tal o arquivista deveraacute criar metodologias que permitam fidelizar e captar

novos clientes pois como afirma Darlene WEINGAND o cliente deixa de ser laquouma

entidade homogeacutenearaquo para passar a ser uma laquocolecccedilatildeo de indiviacuteduosraquo214

BANDING

citado pela mesma autora acrescenta que

laquoEacute importante imprimir sem rosto tanto na equipe de biblioteca quanto

na do planejamento a ideia de que todos satildeo indiviacuteduos guiados por

motivos semelhantes no desejo de sucesso nos seus empregos desejo e

seguranccedila aos seus proacuteprios para suas famiacutelias e para eles proacuteprios

desejo de reconhecimento seguranccedila ou autopreservaccedilatildeoraquo215

E Elizabeh SMITH afirma tambeacutem que

laquoIt is vital that we understand and use them alongside other new skills

in electronic records management and digital preservation in order to

assure the future standing reputation and viability of the archival

profession and the long-term survival of the archives in our careraquo216

Assim os arquivos com orientaccedilatildeo de marketing deveratildeo centrar-se na

satisfaccedilatildeo e desejos de seus consumidores atraveacutes de programas e serviccedilos apropriados

e competitivamente viaacuteveis Daiacute SMITH217

aconselhar o uso das teacutecnicas de anaacutelise dos

consumidores nos estudos dos clientes externos das unidades de informaccedilatildeo como uma

das formas mais eficazes e notoacuterias para que os profissionais se apercebam das

vantagens da inovaccedilatildeo do seu meacutetodo de trabalho Soacute assim como tambeacutem defende

AMARAL se entende laquocomo e porquecirc os consumidores escolhem engajam-se

contratam mantecircm comissionam comprometem-se com a prestaccedilatildeo de um serviccedilo

compram pagam ou tomam decisotildeesraquo218

214

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p 37 215

Idem 216

SMITH Elizabeth - Customer Focus and Marketing in Archive Service Delivery theory and practice

In Journal of Society of Archivists Vol 24 n ordm1 2003 p35 217

Idem p38 218

AMARAL Sueli Angeacutelica - Anaacutelise do consumidor brasileiro do setor de informaccedilatildeo aspectos

culturais sociais psicoloacutegicos e poliacuteticos [on line][Consultado a 08 de Janeiro de 2009] Disponiacutevel

URL httpwwweciufmgbrpcionlineindexphppciarticleview641429

83

E qual o melhor siacutetio para se proceder a este estudo Todos os serviccedilos que

impliquem contacto directo com o puacuteblico como os serviccedilos de incorporaccedilotildees e de

aquisiccedilotildees de fundos documentais os serviccedilos de referecircncia os serviccedilos de apoio

teacutecnico prestado a entidades externas os serviccedilos educativos e de extensatildeo cultural os

serviccedilos administrativos e o site Para tal poder-se-aacute apresentar inqueacuteritos que permitam

identificar o mercado-alvo e as suas expectativas e avaliar o grau de satisfaccedilatildeo com os

serviccedilos prestadosprodutos como forma de implementar melhorias contiacutenuas nos

serviccedilos219

Conhecer o meio envolvente eacute tambeacutem de extrema importacircncia para os arquivos

que tecircm a funccedilatildeo de recolha de documentaccedilatildeo Muitas das vezes soacute com a aplicaccedilatildeo

deste instrumento eacute que os profissionais de informaccedilatildeo se apercebem do acervo

documental de caraacutecter puacuteblico e privado existente na sua aacuterea de actuaccedilatildeo

Nesta perspectiva apresentamos a seguir os seus principais utilizadores

baseados na leitura de artigos de arquivistas espanhoacuteis franceses ingleses portugueses

e brasileiros220

(figura nordm 18)

Autores

Identificaccedilatildeo dos clientes

Administrativos

Investigadores

cientiacuteficos

Estudiantes

Universitarios

Ciudadanos

en general

Poblacioacuten

estudiantil

Antoni Tarreacutes ∆ ∆ ∆ ∆

219

No resultado do inqueacuterito aos utilizadores no Arquivo Nacional de Inglaterra realizado em 1990

SMITH afirma que as propostas sugeridas como o alargamento do horaacuterio de serviccedilo novas colecccedilotildees e

fundos documentais novos IDDs em suporte de papel e electroacutenico enciclopeacutedias de referecircncia bem

como um serviccedilo educativo mais activo e actividades culturais foram concretizadas E como resultado

destas acccedilotildees o nuacutemero de clientes aumentou SMITH Elizabeth- Ob Cit p40-49 220

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Les usagers decircs archives municipales In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p75-78 CERDAacute DIacuteAZ Juacutelio Los espacios de la memoria Claves para aprender desde el archivo

In Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultadoa 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf ERMISSE Geacuterard ndash Lacuteeacutetude sur

les publics decircs Archives de France In Proceedings of the XXXVIth Conference of the Round Table on

Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash 1895 p 67-73 OLIVEIRA Maria Izabel ndash

Les Archives Nacionales du Breacutesil une instituition au service de la citoyenneteacute In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p 165-170 PENTEADO Pedro ndash Serviccedilo de Referecircncia em Arquivos Definitivos Alguns aspectos

teoacutericos In Cadernos Bad Lisboa 1995 p19-41 RODRIGUEZ Julia ndash El Archivo Municipal de

Alcobendas y la funcioacuten Cultural experiencias y problemas In Archivos Ciudadanos y Cultura Textos

de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999 Vol ISBN 84-920905-7-X p 79-87 TARREgraveS

ROSELL Antoni ndash Ob cit p138 SMITH Elizabeth Ob cit p 34-52 YEO Geofry ndash Undersanting

Users and Use la market segmentation aproach In Journal of the Society of Archives Vol 26 nordm 1

Abril de 2005 p25-53

84

Rosell

Elizabeth

Smith

∆ ∆ ∆ ∆

Felicidad

Lorente

∆ ∆ ∆

Geoffrey

Lecturer Yeo

∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Geacuterard

Ermisse

∆ ∆ ∆ ∆

Julia

Rodriacuteguez ∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Juacutelio Cerdaacute

Diacuteas ∆ ∆ ∆ ∆

Maria Izabel

Oliveira

∆ ∆ ∆ ∆

Pedro

Penteado

∆ ∆

Ramoacuten Alberh

I Fugueras

∆ ∆ ∆ ∆

Figura nordm 18

Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

Atraveacutes do quadro conclui-se que os utilizadores dos arquivos puacuteblicos se

dividem em cinco grupos

a) laquoclieacutentele scientifiqueraquo e o laquoclieacutentele decircs geacuteneacutealogistesraquo221

- englobam os

investigadores cientiacuteficos ndash os laquoinvestigadores professionalesraquo222

os

socioacutelogos historiadores e os genealogistas Geacuterard ERMISSE no artigo

laquoLacuteeacutetude sur les publics des Archives de Franceraquo vai mais longe ao

identificar o sexo que predomina na investigaccedilatildeo o masculino - cerca de 209

consumidores - contra 191 leitores do sexo feminino SMITH identifica os

documentos mais consultados no Arquivo Nacional de Londres a Magna

221

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70-71 222

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro

de 2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf

85

b) Carta e o Domesday Book documentaccedilatildeo relacionada com a histoacuteria da

famiacutelia ou simplesmente consultar documentaccedilatildeo por lazer (os curiosos)223

c) o item de estudantes universitaacuterios aleacutem de incluir os proacuteprios estudantes

que efectuam trabalhos acadeacutemicos engloba os mestrandos e os

doutorandos

d) a populaccedilatildeo em geral - laquociudadanos sin formacioacuten cientiacuteficaraquo224

ou

laquoclieacutentele citoyeneraquo225

- diz respeito a toda a sociedade que consulta a

documentaccedilatildeo por motivos juriacutedicos ou administrativos com caraacutecter

pontual Recorrendo uma vez mais ao exemplo francecircs ERMISSE identifica

dentro deste grupo agricultores empregados por conta de outreacutem

trabalhadores e profissionais liberais226

e) a populaccedilatildeo estudantil varia entre o puacuteblico do ensino primaacuterio e do

secundaacuterio que frequentam o Arquivo a partir de actividades do Serviccedilo

Educativo

f) por uacuteltimo identificamos os administrativos Julia RODRIGUEZ designa

este grupo como laquousuarios naturalesraquo227

porque fazem parte dos produtores

da proacutepria documentaccedilatildeo e como tal no exerciacutecio das suas funccedilotildees

laquonecessitam datos informaciacuteon antecedentes hellip para resolver cualquiera

assuntoraquo228

Estes clientes fazem parte dos chamados Arquivos Municipais

que Ramoacuten ALBERCH identifica no artigo laquoLes usagers des Archives

Municipalesraquo229

Pelo exposto podemos ainda afirmar que os grupos apresentados satildeo os

chamados utilizadores tradicionais de arquivo prendendo-se esta realidade com a visatildeo

distorcida que normalmente as pessoas tecircm sobre estes organismos e que jaacute abordamos

223

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 45-47 224

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Ob cit 225

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70 226

Idem p68 227

RODRIGUEZ Julia ndash Ob cit p81 228

Idem 229

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit

86

no Capiacutetulo III Satildeo excepccedilatildeo os novos consumidores que comeccedilam a surgir neste meio

cativados pelas actividades do Serviccedilo Educativo

A partir da nossa experiecircncia podemos ainda identificar os utilizadores dos

arquivos puacuteblicos de acordo com as trecircs idades do arquivo (figura nordm 19)

Idade do

Arquivo

Identificaccedilatildeo dos

Utilizadores

Sua Descriccedilatildeo

Arquivo

Corrente

(fase activa)

Utilizadores internos Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos

Arquivo

Intermeacutedio

(fase

semi-inactiva)

Utilizadores internos

e utilizador externos -

(investigadores)

Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos juriacutedicos e de

investigaccedilatildeo

Arquivo

Definitivo

(fase inactiva)

Utilizador externo -

Investigador

Especializado

Utilizador com formaccedilatildeo superior que

normalmente conhece bem a missatildeo e os fundos dos

arquivos e sabe utilizar os Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs)

Utilizador externo -

Estudante

Universitaacuterio

Utilizador que usufrui do arquivo para elaboraccedilatildeo

de trabalhos acadeacutemicos A maior parte das vezes eacute

estudante da aacuterea das Ciecircncias Sociais (Histoacuteria

Liacutenguas Antropologia Arqueologia por exemplo)

Utilizador externo -

Curioso ou

populaccedilatildeo em geral

Utilizador dos seus serviccedilos e produtos

esporadicamente sem grande noccedilatildeo do trabalho

realizado por organismos deste tipo Constituem a

maior parte dos seus visitantes

Figura nordm 19

Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo (arquivo corrente intermeacutedio

e definitivo)

Fonte Sofia Santos

Quanto aos motivos de pesquisa no serviccedilo de referecircncia ERMISSE230

refere

que estatildeo relacionados com questotildees pessoais actividade profissional estudo da

genealogia e histoacuteria da famiacutelia preparaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos e teses Outros

motivos relacionam-se com questotildees comerciais juriacutedicas e administrativas

230

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p71-72

87

principalmente no caso de arquivos municipais como referem FUGUEgraveRAS231

SMITH232

43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes o composto de mix eacute constituiacutedo pelo produto

praccedila (distribuiccedilatildeo) preccedilo e promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) A questatildeo que se coloca eacute como

esta vertente do marketing se aplica nos arquivos puacuteblicos Como complemento deste

ponto apresentamos o resultado de um inqueacuterito efectuado aos Arquivos Distritais

Portugueses Refira-se que dos dezasseis arquivos distritais portugueses existentes

apenas 10 responderam ao nosso pedido Respondeu ainda a Biblioteca Puacuteblica e

Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo que utilizamos para conhecer uma outra

realidade insular

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e

estatildeo dispostos a adquirir

Tendo em consideraccedilatildeo as especificidades dos Arquivos e partindo do

pressuposto que a sua funccedilatildeo primordial eacute recolher conservar tratar e difundir a

documentaccedilatildeo um dos seus principais produtos satildeo os fundos documentais

considerados laquola materia prima que en este caso son los documentos generados proacute la

organizacioacuten y procesados por los archiveros bajo las teacutecnicas archiviacutesticasraquo233

Da sua organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo resultam os chamados Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs) Para o arquivista espanhol Joaacuten BOADAS I RASET o

seu uso eacute bastante limitado pois a sua consulta eacute circunscrita agrave sala de leitura234

laquoConsequentemente el impacto de estos instrumentos sobre el conjunto de la poblacioacuten

al que pretendidamente van dirigidos es muy reducido y escasamente eficazraquo235

Aos

poucos esta ideia deveraacute desaparecer Com recurso agraves novas tecnologias poder-se-aacute

231

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit p78 232

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 233

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p9 234

Idem p8 235

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p8

88

inserir os IDDs no site do Arquivo e permitir a sua consulta em formato electroacutenico na

sala de leitura e no siacutetio do organismo

Ao facilitar e orientar o acesso agrave informaccedilatildeo (atraveacutes de colecccedilotildees de referecircncia

como enciclopeacutedias e dicionaacuterios bibliografia relacionada com a histoacuteria dos seus

fundos documentais cataacutelogos em fichas das monografias da biblioteca roteiros

topograacuteficos e bases de dados) e comunicar a forma da sua acessibilidade os

arquivistas estatildeo a servir o utilizador e a rentabilizar ao maacuteximo o seu acervo

documental atraveacutes do Serviccedilo de Referecircncia Mas como afirma Pedro PENTEADO

laquoo bom funcionamento de um serviccedilo de referecircncia natildeo depende apenas da aceitaccedilatildeo

destes pressupostosraquo236

Haacute ainda que ter a capacidade de resposta imediata e rigorosa e

de planificar

laquoo seu acircmbito e atribuiccedilotildees os recursos humanos financeiros e

tecnoloacutegicos (hellip) localizaccedilatildeo do serviccedilo e as condiccedilotildees ambientais que

devem ser ali criadas de forma a permitir uma boa interacccedilatildeo

arquivista-utilizador-documentaccedilatildeoraquo237

Tambeacutem como demonstra KAEENE238

a relaccedilatildeo entre os profissionais de

informaccedilatildeo e os recursos disponibilizados satildeo essenciais para manter e atrair novos

leitores O contacto directo com estes permite identificar de forma mais completa e

exacta as suas necessidades de informaccedilatildeo sendo fulcral a aplicaccedilatildeo de inqueacuteritos para

elaborar estrateacutegias de marketing como jaacute referimos

A elaboraccedilatildeo de manuais de arquivo ndash na qual se inclui o circuito de entradas

recepccedilatildeo de correspondecircncia confidencial ou restrita circuito de saiacutedas registo de

documentos internos plano de classificaccedilatildeo e instruccedilotildees de arquivo de documentos

pareceres teacutecnicos tabelas de selecccedilatildeo de documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo

acumulada constitui outro serviccedilo resultante da arquiviacutestica239

Outros produtos fornecidos agrave sociedade satildeo as certidotildees transcriccedilotildees

paleograacuteficas serviccedilos de restauro e de aluguer de espaccedilos como auditoacuterios e sala de

formaccedilotildees

236

PENTEADO Pedro ndash Ob citp 21 237

I dem 238

KAENNE Sophie ndash Ob cit 239

Em Portugal os uacutenicos arquivos que podem emitir pareceres teacutecnicos elaborar tabelas de selecccedilatildeo de

documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo acumulada eacute a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos oacutergatildeo detentor da

poliacutetica arquiviacutestica nacional o Arquivo Regional da Madeira da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira e a

Biblioteca Puacuteblica e Arquivo regional de Angra do Heroiacutesmo na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

89

Exposiccedilotildees e mostras documentais satildeo os serviccedilos que mais atraem o puacuteblico e

permitem aos Arquivos laquosalir del anonimatoraquo240

Boadas ALBERCH citado por

Susanna VELLA diz-nos ainda que

laquoUna exposicioacuten ha de ser considerada un medio y no como un

fine en siacute misma ha de ser un medio para acercar a la sociedad

el patrimonio documental el trabajo realizado desde el archivo

para sensibilizar a la ciudadaniacutea de su valor y de la necesidad de

su preservacioacutenraquo241

Para sua concepccedilatildeo e organizaccedilatildeo o marketing pode ser promovido de diversas

formas

a) antes da divulgaccedilatildeo dos fundos documentais eacute necessaacuterio

proceder a trabalho preacutevio arquiviacutestico organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo

da documentaccedilatildeo e claro obedecer sempre aos princiacutepios de

comunicabilidade

b) escolher o objecto de estudo a apresentar para garantir o

sucesso destes eventos conveacutem seleccionar documentaccedilatildeo que

tenha interesse para a histoacuteria local eou com datas

comemorativas permitindo ao puacuteblico conhecer melhor o

potencial do acervo arquiviacutestico e entrar em contacto mais

directo com a sua Histoacuteria laquovivaraquo

c) ponderar o tipo de investimento a ser efectuado e equacionar os

gastos humanos e materiais

d) identificar o segmento de mercado

e) definir o tipo de exposiccedilatildeo a realizar se permanente se

temporaacuteria ou itinerante relacionando-se com ela o tipo de

infra-estruturas e as formas de apresentaccedilatildeo a fim de criar um

ambiente atractivo e apelativo

f) criar meios de conservaccedilatildeo e de seguranccedila do material

apresentado

240

VELA Susanna ndash La organizacioacuten de expositiones In Archivos y cultura manual de dinamizacioacuten

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 85 241

Idem p87

90

g) para sua concretizaccedilatildeo propomos que seja preparada com um

ano de antecedecircncia

h) e para se optimizar os recursos humanos e logiacutesticos propomos

ainda que este tipo de iniciativas tenha uma duraccedilatildeo de trecircs

meses e sempre que possiacutevel sejam realizadas na mesma altura

do ano para fidelizar e atrair novos leitores e criar haacutebitos

regulares de visita e de pesquisa nos arquivos

Os aspectos considerados podem ser sintetizados na seguinte tabela (figura nordm 20)

Ficha teacutecnica da exposiccedilatildeo

Tiacutetulo

Tipo Iconograacutefica

Documental

Local da exposiccedilatildeo

Objectivos Objectivos gerais

Objectivos especiacuteficos

Datas Data da Inauguraccedilatildeo

Data da exposiccedilatildeo mostra

Enquadramento da exposiccedilatildeomostra Equipa nomeada (teacutecnico(s) de arquivo e outros

colaboradores destacados de acordo com a temaacutetica da

exposiccedilatildeo designers graacuteficos e recurso a uma empresa

graacutefica para conceber e executar a exposiccedilatildeo Comissaacuterio

Cientiacutefico (quando eacute convidado para organizar a

exposiccedilatildeo)

Autores dos textos

Breve Descriccedilatildeo Resumo do tema da exposiccedilatildeo mostra

Ficha teacutecnica

Organizaccedilatildeo

Coordenaccedilatildeo

Textos

Revisatildeo

Concepccedilatildeo e design

Montagem

Fotografia

Digitalizaccedilatildeo e impressatildeo de paineacuteis

Preparaccedilatildeo de vitrines

Impressatildeo do cataacutelogo guiatildeo da exposiccedilatildeo e cartazes

Actividades Educativas

Tipo de suporte Impressatildeo em papel tela

Tipo de estrutura expositiva nuacutemero medidas das peccedilas

Vitrines (quantidade e modelo)

Orccedilamento Contacto com diversas empresas de concepccedilatildeo execuccedilatildeo

graacutefica de exposiccedilotildees e equipamentos inerentes resolver

questotildees orccedilamentais e de cabimentaccedilatildeo de despesas

empreacutestimos acondicionamento patrocinadores

Cataacutelogo Caderno de encargos nuacutemero de paacuteginas gramagem das

folhas modelo das folhas

Actividades de divulgaccedilatildeo Puacuteblico-alvo

Data de actividades pedagoacutegicas

Iniciativas desenvolvidas

Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 20

Fonte Sofia Santos

91

As publicaccedilotildees satildeo outro dos produtos dos arquivos A nosso ver as suas ediccedilotildees

satildeo primordiais pois perpetuam o trabalho arquiviacutestico prestam um serviccedilo puacuteblico e

chegam tambeacutem a um maior nuacutemero de cidadatildeos que natildeo apenas aos leitores

tradicionais Dentro deste produto podemos apresentar os IDDs jaacute referidos os

cataacutelogos que resultam das actividades culturais242

boletins brochuras jornais

publicaccedilotildees contendo material didaacutectico organizado no arquivo como cadernos e

dossiecircs pedagoacutegicos Outros serviccedilos satildeo fornecidos pelos serviccedilos educativos243

palestras visitas orientadas maletas pedagoacutegicas concursos elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo

de reproduccedilotildees de documentos por exemplo

As acccedilotildees de formaccedilatildeo fornecidas pelos Arquivos Puacuteblicos visam o cliente interno

e externo Para sua concretizaccedilatildeo primeiramente deveraacute ser efectuado um estudo das

reais necessidades do mercado com a utilizaccedilatildeo por exemplo de inqueacuteritos caixa eou

livro de sugestotildees e livro de reclamaccedilotildees

Quanto aos objectivos estes satildeo distintos

No caso interno a possibilidade de formaccedilatildeo contiacutenua eacute uma mais-valia porque

contribui para um serviccedilo qualificado e distinto no mercado e para a criaccedilatildeo de um

ambiente propiacutecio agrave rentabilidade do trabalho

As formaccedilotildees ministradas para o exterior aleacutem de serem um excelente canal

difusor dos produtosserviccedilos destes organismos possibilitam o contacto entre

SociedadeArquivo fundamental para a melhoria da sua imagem e integraccedilatildeo no meio

envolvente

O site eacute outro serviccedilo que os arquivos devem colocar agrave disposiccedilatildeo do mundo244

A sua natildeo existecircncia eacute nos dias de hoje sinoacutenimo de invisibilidade Por isso a

sobrevivecircncia e posicionamento no mercado destes organismos estaacute dependente do

242

O cataacutelogo eacute um dos elementos mais importantes das exposiccedilotildees porque eacute o que apoacutes o seu teacutermino a

prolonga no tempo e no espaccedilo Ou seja se por um lado eacute um canal privilegiado para a disseminaccedilatildeo de

conhecimento por outro lado eacute o que fica em termos de memoacuteria deste tipo de eventos 243

Os serviccedilos educativos dos arquivos podem ser definidos como um laquoconjunto de actividades

pedagoacutegicas realizadas com o objectivo de divulgar o acervo e iniciar o puacuteblico na sua utilizaccedilatildeoraquo

Serviccedilo Educativo Subsiacutedios para um Dicionaacuterio Brasileiro de Terminologia Arquiviacutestica [on line]

[Consultado a 10 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf Poderatildeo ser vaacuterios os objectivos a

atingir promover a identidade do Arquivo dar a conhecer fontes primaacuterias (ilustrar o ensino histoacuteria

poliacutetica geografia de uma eacutepoca ou zona concreta) incentivar para a preservaccedilatildeoconservaccedilatildeo das fontes

primaacuterias promover o apoio agrave exploraccedilatildeo de programas de ensino contribuir para o reforccedilo da coesatildeo

social promover a qualidade de vida dos cidadatildeos e sua formaccedilatildeo ciacutevica formar futuros clientes

externosutilizadores 244

Sobre a importacircncia da Internet nos serviccedilos efectuamos uma entrevista agrave empresa madeirense Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem Anexo 2

92

investimento em siacutetios proacuteprios com imagem dinacircmica moderna inovadora e

informaccedilatildeo actualizada e interface amigaacutevel (natildeo estar muito cheioconfuso ser

praacutetico raacutepido) e que esteja de acordo com a filosofia administrativa dos arquivos

puacuteblicos Esta ideia eacute tambeacutem realccedilada por Teresa CIRNE no Congresso da APBAD em

2007 citando Sarita ALBAGLI e Maria Luacutecia MACIEL quando observa que

laquoA difusatildeo e a partilha da informaccedilatildeo e do saber requerem conexatildeo

entre os agentes ou actores bem como canais de comunicaccedilatildeo que

propiciem o fluxo informacional a interacccedilatildeo a cooperaccedilatildeo a difusatildeo e

o intercacircmbio de diferentes tipos de informaccedilatildeo conhecimento e

inovaccedilatildeoraquo245

Estamos perante o E-marketing ou webmarketing definido como sendo

laquothe art of e-businesshellipadding value to products widening

distribution channels bosting sales and after-sales service

while getting closer to costumers and understanding them

betterraquo246

e

laquocomo o processo destinado a satisfazer os desejos e as

necessidades das pessoas por informaccedilotildees serviccedilos ou

produtos utilizando a Internet como canal de comunicaccedilatildeo ou

distribuiccedilatildeoraquo247

A sua utilizaccedilatildeo eacute vantajosa sobretudo como veiacuteculo de comunicaccedilatildeo como

veremos mais agrave frente e porque permite identificar o cliente-indiviacuteduo neste caso o

ciber-cliente Soacute assim atraveacutes da anaacutelise dos e-mails recebidos salas de conversaccedilatildeo e

iacutendice de venda de produtos248

se consegue satisfazer as suas expectativas anseios de

bens serviccedilos e informaccedilotildees segundo a piracircmide de Maslow

O recurso ao arquivo digital249

como a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos dispotildee no

siacutetio httpanttdgarqgovptpesquisar-na-torre-do-tombott-online constitui outro

245

A plataforma informacional na dinamizaccedilatildeo cultural e educativa do paiacutes In Actas do 9ordm Congresso

Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e

Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008] Disponiacutevel

URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM71pdf 246

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash EMarketing EXcellense The Heart of eBUsiness Ediccedilotildees

Butterworth Heinemann Oxford 2003 ISBN 0750653353 p10 247

ARAUgraveJO Wagner Junqueira de ndash Ob cit p164 248

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash Ob citp12 249

O arquivo digital permite o acesso a documentos que mantecircm as suas propriedades baacutesicas ndash

integridade fidedignidade e autenticidade

93

produto que os arquivos podem e devem disponibilizar250

Neste caso por exemplo

podem ser disponibilizados IDDs imagens iconograacuteficas e publicaccedilotildees electroacutenicas

Podemos igualmente afirmar que o uso da Internet revoluciona a forma de acesso agrave

informaccedilatildeo pois num curto espaccedilo de tempo pode-se aceder a todo o tipo de conteuacutedos

Na realidade o seu uso de forma consciente permite chegar a toda a comunidade quer

seja leitor ou natildeo como afirma Sissel NILSEN251

Do acesso massivo agrave Internet pelo cidadatildeo comum verificado em meados da

deacutecada de 90 do seacuteculo passado que a forma como acedemos agrave rede global natildeo paacutera de

evoluir Este eacute o caso do aparecimento e desenvolvimento das redes sociais que seraacute

porventura o expoente maacuteximo da utilizaccedilatildeo das ferramentas Web 20252

A sua

utilizaccedilatildeo traz vaacuterias vantagens nos serviccedilos puacuteblicos e privados253

a que as unidades de

informaccedilatildeo nomeadamente os arquivos254

natildeo devem deixar passar ao lado255

Satildeo

elas

250

A concretizaccedilatildeo de um arquivo digital pelo Arquivo Regional da Madeira passa a ser a resposta mais

eficiente e pertinente para salvaguardar os documentos graacuteficos porque permite

- Preservar e garantir a integridade do patrimoacutenio arquiviacutestico atraveacutes da substituiccedilatildeo de suporte

evitando a degradaccedilatildeo progressiva do mesmo

- Possibilidade de criar estruturas indexadas de armazenamento de informaccedilatildeo sobre as quais eacute

permitido efectuar pesquisas ou armazenar novos dados

- Facilitar o acesso agrave informaccedilatildeo (pesquisa automaacutetica) aos utentes do ARM possibilitando

tambeacutem o acesso simultacircneo atraveacutes da distribuiccedilatildeo em rede

- Usufruir de uma tecnologia que permita criar uma imagem digital com melhores caracteriacutesticas

de legibilidade face ao original facilitando a multiplicaccedilatildeo das coacutepias com qualidade

O criteacuterio utilizado para a escolha e prioridade dos documentos a digitalizar eacute a frequecircncia com

que satildeo consultados Isto eacute os documentos mais consultados deveratildeo ser digitalizados com prioridade

para que se reduza o desgaste e os danos infligidos aos seus originais Assim os primeiros documentos a

escolher para digitalizaccedilatildeo foram os fundos dos Registos Paroquiais Colecccedilatildeo de Perioacutedicos

Microfilmes do Diaacuterio de Noticias e a Colecccedilatildeo Iconograacutefica (fotografias provas de contacto postais e

cartografia) SANTOS Sofia ndash Projecto de digitalizaccedilatildeo do Arquivo Regional da Madeira Junhode 2008

p 4 251

NISSEL Sissel ndash Marketing LIS in Norway ndash An Overviem In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO

Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services Internacional Perpectives

Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p47 252

Termo criado pela empresa norte-americana OReilly Media e que significa a interacccedilatildeo do utilizador

com as plataformas informaacuteticas atraveacutes de redes sociais e globais como o caso do facebook twitter

skipe flickr entre outros 253

A tiacutetulo de curiosidade refira-se que Portugal eacute o quarto paiacutes da Uniatildeo Europeia em serviccedilos puacuteblicos

on-line 254

Sugere-se a consulta do Facebook da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos com o endereccedilo

httpwwwfacebookcompagesArquivo-Nacional-da-Torre-do-Tombo139016636116919 Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha httpwwwfacebookcomTheNationalArchives Arquivo NAcional dos

Estados Unidos da Ameacuterica httpwwwfacebookcomusnationalarchives do Arquivo Nacional da

Austraacutelia httpwwwfacebookcompagesNational-Archives-of-Australia40641767696v=wallampref=ts

e do Arquivo Nacional de Espanha httpwwwfacebookcomtopicphpuid=38362124865amptopic=6802 255

Sobre o impacto da utilizaccedilatildeo da Web 20 aconselhamos a leitura do estudo efectuado pelo Institute for

Prospective Technological Studies (IPTS) da Comissatildeo Europeia intitulado laquoPublic services 20 the

impact of social computing on public services raquo Pode ser encontrado no link

httpcedoinaptindexphpoption=com_contentampview=articleampid=237uniao-europeia-os-servicos-

publicos-e-a-web-20ampcatid=1ampItemid=119

94

a) o modo como eacute possiacutevel efectuar downloads uploads e visionar ficheiros de

viacutedeo de muacutesica animaccedilotildees altamente dinacircmicas de uma maneira muito mais

intuitiva e ceacutelere para plataformas informaacuteticas ligadas em rede eacute feito de forma

ceacutelere e faacutecil

b) conhecer linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade promovendo

a integraccedilatildeo soacutecio-educativa a cidadania e a criatividade (educaccedilatildeo formal) De

seguida poderaacute ser estabelecida a ponte agraves famiacutelias (educaccedilatildeo informal) e agraves

escolas (educaccedilatildeo formal) - formaccedilatildeo ao longo da vida

c) criar novas perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais recorrendo agraves redes sociais alcanccedilar um grupo

mais heterogeacuteneo e alargado que de outra forma nunca ouviria falar destes

organismos

d) tendo em consideraccedilatildeo os quatro pilares da educaccedilatildeo ndash aprender a aprender

aprender a fazer aprender a conviver e aprender a ser ndash a utilizaccedilatildeo das redes

sociais nos Sistemas de Informaccedilatildeo contribui ainda que a meacutedio e longo prazo

para a preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do patrimoacutenio bibliograacutefico e documental que

pertence agrave sociedade

e) o facto de estarmos ligados a uma comunidade virtual torna-se possiacutevel

identificar os clientes-indiviacuteduos responder de forma efectiva e eficiente agraves suas

necessidades e captar a necessidade novos serviccedilos bens e produtos e

identificaccedilatildeo dos diferentes segmentos onde actuam256

Recentemente com o desenvolvimento de telemoacuteveis mais potentes e

multifuncionais os Smartphones e tablets surge uma nova oportunidade para o Web

256

Em Agosto de 2010 a IFLA organizou em Estocolmo um congresso que versava sobre laquo Marketing

Libraries in a Web 20 Worldraquo estando disponiacuteveis alguns PDFs em

httpwwwsubsuseiflaprogramhtm

95

20 se expandir universalmente uma vez que ligado agrave rede global um telemoacutevel pode

aceder e gerir conteuacutedos graacuteficos (e natildeo soacute) em qualquer lugar do mundo

Apoacutes a apresentaccedilatildeo deste Pacute interrogamo-nos sobre o que os Arquivos

Distritais portugueses oferecem agrave comunidade

Os dezasseis inqueacuteritos257

provenientes dos arquivos de Beja Castelo Branco

Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

constituiem a base desta anaacutelise (figura nordm 22) Mas optaacutemos por inquirir ainda a

Biblioteca e Arquivo de Angra do Heroiacutesmo que embora natildeo sendo distrital nos deu a

oportunidade de conhecermos um pouco mais do que faz um outro arquivo das regiotildees

autoacutenomas de portuguesas

257

Os inqueacuteritos foram enviados entre o mecircs de Agosto e de Setembro de 2009 Para os que natildeo

responderam reenviamos o mesmo inqueacuterito outras duas ou trecircs vezes mas os Arquivos Distritais de

Aveiro Braganccedila Porto Lisboa e Viseu continuaram sem dar resposta

96

Figura nordm 22

Exemplo do inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Fonte Sofia Santos

Da anaacutelise do quadro abaixo (figura nordm 23) podemos afirmar que relativamente

aos serviccedilosprodutos prestados agrave comunidade todos eles se destinam aos clientes

externos atraveacutes dos Serviccedilos de Leitura e de Certidotildees e no apoio a arquivos correntes

e intermeacutedios As mostras e exposiccedilotildees documentais aleacutem de permitirem o contacto

com o puacuteblico tambeacutem constituem outros serviccedilos prestados agrave comunidade

Relativamente agraves actividades educativas e pedagoacutegicas e agraves ediccedilotildees elas satildeo apenas

referidas nos arquivos de Castelo Branco Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem

Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

Figura nordm 23

Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Fonte Sofia Santos

Grupo III - 3 Produtos Serviccedilos prestados

Identificaccedilatildeo

do Arquivo

Distrital

Serviccedilo de

Leitura

Serviccedilo

de

Certidotildees

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo e

descriccedilatildeo de

fundos)

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo de

arquivos correntes

intermeacutedios ndash apoio

externo)

Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

e Restauro

Serviccedilos Educativos

(concepccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas)

Extensatildeo

Cultural

(exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Extensatildeo

Cultural

(ediccedilotildees)

Site do

Organismo

Endereccedilo

electroacutenico

Outros

meios

(indique

quais)

Angra do

Heroiacutesmo -

Accedilores

X X X X X

X

X X

Beja X X X X

X X

Castelo Branco X X X X

X X X X

Eacutevora X X X X

X X X X X

Guarda X X X X X X X X X X

Leiria X X X X X X X X X X

Portalegre X X X X

X X X X X

Santareacutem X X X X X X X X X X

Setuacutebal X X X X X X X X X X

Viana do

Castelo X X X X X X X X X X

Vila Real X X X X X X X X X X

432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este

produtoserviccedilo

Como jaacute referimos haacute autores que defendem que os serviccedilos prestados pelas

unidades de informaccedilatildeo puacuteblicas natildeo devem cobrar pelos seus preacutestimos

Seguindo esta loacutegica e adaptando o conceito de Dinesh K GUPTA este Pacutepode

ser cobrado em termos de tempo recurso de esforccedilos e de cobranccedila monetaacuteria258

No que concerne ao primeiro caso satildeo vaacuterias as questotildees que devemos ter em

atenccedilatildeo

a) tempo gasto na incorporaccedilatildeoaquisiccedilatildeo de nuacutecleos documentais

b) tempo de espera da documentaccedilatildeo desde a incorporaccedilatildeo no arquivo ateacute agrave

sua chegada aos depoacutesitos

c) nuacutemero de horas gastas na organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo dos fundos

documentais

d) tempo de efectuar o levantamento de documentaccedilatildeo acumulada

e) tempo de recolher informaccedilatildeo na folha de recolha de dados elaborar o

manual de arquivo plano de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo e

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada

f) tempo utilizado na preparaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas e sua

dinamizaccedilatildeo

g) tempo disponibilizado para estabelecer contactosparcerias com

escolasassociaccedilotildees e instituiccedilotildees para a dinamizaccedilatildeo de actividades

pedagoacutegicas e de extensatildeo cultural

h) tempo disponibilizado para arrumaccedilatildeo da documentaccedilatildeo nos depoacutesitos

258

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 17-18

99

i) recursos humanos disponibilizados para a arquiviacutestica restauro e

conservaccedilatildeo serviccedilos educativos e extensatildeo cultural e de serviccedilos de

referecircncia

j) tempo de restauro e conservaccedilatildeo de um documento

k) tempo para a actualizaccedilatildeo do site do organismo

l) tempo gasto na elaboraccedilatildeo de notas de imprensa

m) tempo que medeia entre a saiacuteda da nota de imprensa e a sua chegada agrave

comunicaccedilatildeo social

n) tempo de resposta dada aos pedidos de leitores tais como pesquisa de

certidotildees transcriccedilotildees paleograacuteficas e atendimentos na sala de leitura

o) tempo de preparaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo de auditoacuterios e salas de formaccedilatildeo

p) periacuteodo de entregafornecimento de reproduccedilotildees de documentos (qualidade

de resposta)

Na cobranccedila monetaacuteria apresentamos os seguintes exemplos

a) custo da emissatildeo de certidotildees e de reproduccedilotildees de documentos259

b) valor cobrado na venda de publicaccedilotildees e de produtos

c) valor do aluguer de espaccedilos como auditoacuterios sala de exposiccedilotildees e

utilizaccedilatildeo de cacircmaras de expurgo

d) valor cobrado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo para o puacuteblico interno e externo

259

Na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira o preccedilo das fotocoacutepias autenticadas rege-se pela Portaria 672006

de 19 de Junho do Jornal Oficial da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira (JORAM) Os arquivos distritais na

cobranccedila de fotocoacutepias orientam-se pelo Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do

Arquivo Nacional da Torre do Tombo nas reproduccedilotildees paroquiais e judiciais aplicam os preccedilos

estabelecidos pelo artigo 11ordm do Decreto-Lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro e artigo 20ordm do Decreto de

lei nordm 322 ndash A2001 de 14 de Dezembro alterado pelo Decreto de lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro

As reproduccedilotildees dos fundos judiciais seguem o artigo 9ordm aliacutenea 3ordf do Decreto - Lei nordm 34 2008 de 26 de

Fevereiro

100

e) custo da dinamizaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas260

Sobre o preccedilo pouco ou nada podemos aferir dos inqueacuteritos Todavia ao

efectuarmos uma anaacutelise aos siacutetios dos arquivos inquiridos bem como dos Arquivos

Distritais de Aveiro Braganccedila Lisboa Porto e Viseu este composto eacute cobrado

monetariamente nos serviccedilos de reproduccedilatildeo de documentos emissatildeo de certidotildees e de

pesquisa Quanto aos restantes serviccedilos - exposiccedilotildees serviccedilos de leitura e actividades

educativas - o valor eacute apenas qualitativo

433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o

produtoserviccedilo

A distribuiccedilatildeo estaacute relacionada com os canais que se utiliza para fazer chegar a

informaccedilatildeo ao cliente externo Um dos primeiros aspectos a considerar eacute o edifiacutecio

tendo em consideraccedilatildeo a sua localizaccedilatildeo acessibilidade proximidade de centros

culturais universidades escolas etc

Outra forma de acesso eacute o siacutetio - que todos os arquivos distritais possuem - a

partir do qual os utilizadores podem requisitar documentos para sua consulta na sala de

leitura visitar exposiccedilotildees virtuais solicitar certidotildees e todo o tipo de informaccedilotildees

suplementares

A par do correio electroacutenico o correio o telefone e os telefaxes satildeo outros meios

que os consumidores recorrem para aceder agrave informaccedilatildeo como se confirma na tabela

mais abaixo (figura nordm 37)

Transpondo os canais de distribuiccedilatildeo existentes para a arquiviacutestica podemos

concluir que se aplica o marketing directo e o niacutevel 1 da rede de distribuiccedilatildeo e que jaacute

referimos no Capiacutetulo II - 23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo)

promoccedilatildeo e outros compostos Como O apoio teacutecnico - a arquivos correntes e

intermeacutedios aplicaccedilatildeo de vaacuterios instrumentos de trabalho como os planos e

260

Sobre este item conveacutem realccedilar que o facto dos organismos puacuteblicos estarem a passar actualmente por

uma grave crise financeira faz com que alguns destes serviccedilos sintam a necessidade de cobrar a

dinamizaccedilatildeo de actividades educativas No caso portuguecircs natildeo encontramos arquivos que cobrem este

tipo de actividades Mas nos serviccedilos educativos dos museus como o Oceanaacuterio de Lisboa Museu do

Oriente Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian entre outros esta praacutetica jaacute eacute corrente A niacutevel internacional

verificamos que Arquivo Nacional de Franccedila jaacute cobra estes serviccedilos Vide

httpwwwarchivesnationalesculturegouvfrchanchanmuseeaction_culturelleateliershtm

101

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa e autos de eliminaccedilatildeo - obriga a utilizaccedilatildeo

do marketing directo A equipa de arquivistas trabalharaacute directamente com a entidade

produtora dos documentos devendo dar conhecimento das etapas do seu trabalho e

posteriormente na altura da aplicaccedilatildeo destes materiais efectuar acccedilotildees de formaccedilatildeo

para a sua compreensatildeo e aplicaccedilatildeo no quotidiano administrativo No que concerne agrave

consulta efectuada pelos consumidores interessados o canal utilizado tambeacutem eacute o

mesmo A requisiccedilatildeo do acervo documental por procuradores juristas e notaacuterios entre

outros significa que algumas vezes a informaccedilatildeo passa na matildeo por intermediaacuterios ateacute

chegar ao cliente que a vai usufruir Estamos perante a rede de distribuiccedilatildeo

correspondente ao primeiro niacutevel e que tambeacutem encarece este tipo de bens serviccedilos

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo

Segundo o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo comunicaccedilatildeo

laquoconsiste em facultar aos utilizadores actuais ou

potenciais informaccedilotildees referecircncias e documentos de que

disponha e sobre os quais natildeo recaia qualquer restriccedilatildeo de

comunicabilidaderaquo261

Apesar desta definiccedilatildeo ser vaacutelida eacute redundante e restritiva se considerarmos que

comunicaccedilatildeo eacute o laquoacto ou efeito de comunicar troca de informaccedilatildeo entre indiviacuteduos

atraveacutes da fala da escrita de um coacutedigo comum ou do proacuteprio comportamentoraquo262

e a

promoccedilatildeo laquoengloba todos os instrumentos do composto do marketing cujo papel

principal eacute a comunicaccedilatildeo persuasivaraquo laquoisto eacute haacute apresentaccedilatildeo de mensagens agrave

audiecircncia-alvo criando interesse ou desejo pelo produtoraquo263

Assim a comunicaccedilatildeo dos

arquivos com os seus puacuteblicos aleacutem da acessibilidade aos fundos documentais impotildee a

existecircncia de estrateacutegias de trabalho que lhes permitam posicionarem-se264

no mercado

261

Comunicaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p 23 262

Comunicaccedilatildeo Dicionaacuterio de Liacutengua Portuguesa 2006 Porto Editora Porto Marccedilo de 2005 Depoacutesito

Legal 22101705 p404 263

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 210-211 264

Por posicionamento LINDON e LENDREVIE afirmam que compreende dois aspectos a identificaccedilatildeo

ndash laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a diferenciaccedilatildeo ndash laquoO que distingue dos outros produtos do

mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p139

102

pela criaccedilatildeo de uma imagem de marca e de qualidade e identidade que entre na mente

dos consumidores-alvos seus possiacuteveis clientes Haacute que cortar com a laquonatildeo

comunicaccedilatildeoraquo para

a) evitar que outros tomem o controlo sobre a divulgaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental pois laquoalguien lo haraacute por nosostros y no siempre en la direccioacuten

o el modo que deseamos ( quizaacute la competencia)raquo265

b) que os consumidores saibam da existecircncia dos produtosserviccedilos e das

caracteriacutesticas objectivas destes sistemas de informaccedilatildeo ndash funccedilatildeo de

persuasatildeo

c) que no momento de optar e apesar da concorrecircncia de outros serviccedilos

similares recorram aos produtos arquiviacutesticos Isto significa que o utilizador

jaacute assume no seu subconsciente a imagem e a marca dos arquivos puacuteblicos -

funccedilatildeo lembranccedila

d) que se orientem para a pesquisa e investigaccedilatildeo a fim de criar novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos educativos

formais e natildeo formais ndash funccedilatildeo educativa

Um dos primeiros exemplos que reforccedila a imagem e a personalidade de uma

empresa com ou sem fins lucrativos eacute a publicidade definida como

laquocualquier forma remunerada de presentacioacuten impersonal de productos

servicios ideas personas u organizaciones por parte de un patrocinador

identificadoraquo266

Dir-se-ia que o seu objectivo eacute fazer com que um vasto puacuteblico alcance uma

laquomensagem simples forte e uacutenicaraquo267

de um determinado produto ou marca controlada

em exclusivo pelo anunciante Eacute o laquofazer sabendoraquo laquofazer gostandoraquo e laquofazer agindoraquo

265

MATEOS RUSSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural o como

potenciar su uso fomentando su persevacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 35 266

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p261 267

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p338

103

da comunicaccedilatildeo publicitaacuteria como nos dizem Denis LINDON e Jacques LENDREVIE

entre outros268

Inserindo-se na arquiviacutestica uma das formas dos arquivos se posicionarem no

mercado seraacute atraveacutes dos logoacutetipos descritos pelo Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) como um

laquosinal adequado a identificar uma entidade que preste serviccedilos ou

comercialize produtos distinguindo-a das demais podendo ser

utilizado nomeadamente em estabelecimentos anuacutencios impressos ou

correspondecircncia Eacute o modo pelo qual determinada entidade pretende ser

conhecida junto do puacuteblicoraquo269

A sua representaccedilatildeo visual deveraacute ser original uacutenica compreensiacutevel faacutecil de

memorizar e com linguagem adequada para que se identifique com a instituiccedilatildeo e

promova a venda de produtos e de serviccedilos270

Para usar correctamente e de forma

exclusiva este siacutembolo eacute aconselhaacutevel o registo da sua patente271

pois garante

laquoUm monopoacutelio legal permitindo ao titular impedir que algueacutem utilize

sem o seu consentimento sinal igual ou semelhante confere o direito

de usar siacutembolos que dissuadem a violaccedilatildeo como ldquoLogoacutetipo registadordquo

ldquoLog Registadordquo ou das iniciais ldquoLRrdquo imprime maior seguranccedila aos

investimentos implicando a presunccedilatildeo de que natildeo existem direitos

anteriores que inviabilizem a monopolizaccedilatildeo do logoacutetiporaquo272

Figura nordm 24 - Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira273

268

Idem p347 269

Logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de

2009] Disponiacutevel URL httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=154 270

MARCA FRANCEgraveS Guillem ndash Marcas y patrimonio cultural tangibilizacioacuten de la comunicacioacuten In

La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-

374-8 P162 271

No caso portuguecircs segundo o Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143

2008 ndash I Seacuterie do Ministeacuterio da Justiccedila essa funccedilatildeo compete ao Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) Para saber mais informaccedilotildees sobre este organismo vide

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=40 272

Qual a vantagem de registar um logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line]

[Consultado a 8 de Dezembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=161 273

O logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira conteacutem entre outros elementos o brasatildeo de armas do

Funchal Desde a sua elevaccedilatildeo a Cidade no seacuteculo XVI que o Funchal deteacutem um brasatildeo de armas que

104

Satildeo vaacuterios os exemplos que podem demonstrar os diferentes usos da sua

utilizaccedilatildeo

a) renovaccedilatildeo da imagem dos Sistemas de Informaccedilatildeo Antony BREWERTON

aquando da renovaccedilatildeo da imagem da biblioteca universitaacuteria de Oxford

Brookes e apoacutes um trabalho de branding com equipa de marketing concluiu

que uma das primeiras tarefas a realizar seria a mudanccedila do logoacutetipo E um

siacutembolo composto pela palavra laquoLibraryraquo repetida cinco vezes deu lugar em

2000 a um iacutecone que conjuga o passado com o futuro facilmente adaptaacutevel

agraves diferentes ferramentas de promoccedilatildeo como eacute o caso da laquoLibrary Newsraquo

das publicaccedilotildees e do site da universidade274

b) mudanccedila de competecircncias A concentraccedilatildeo da gestatildeo arquiviacutestica nacional

na Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Nacional em 2007 levou ao aparecimento

de um novo padratildeo visual que reflecte uma nova etapa deste organismo

(figuras nordm 25 e 26)

Figura nordm 25

Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos 275

Figura nordm 26

Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

reflecte o Grande Ciclo do Accediluacutecar (SeacutecXV-XVI) Ao centro da cartela encimada pela Cruz de Cristo

temos cinco formas ou patildees de accediluacutecar acompanhadas por duas canas de sacarinas Foi registado em 2005

com o nuacutemero 6461 274

BREWERTON Antony ndash Marketing Academic Libraries in the UK the Oxford Brookes Universety

Library Approach In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing

Library and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13

978-3-598-11753-4p 338-339 275

Este logoacutetipo foi concebido por Henrique Cayatte da empresa BBDO

105

c) destaque de outros serviccedilos dentro da mesma instituiccedilatildeo A DGARQ

destaca a divulgaccedilatildeo e disponibilizaccedilatildeo na Internet das suas principais

fontes arquiviacutesticas atraveacutes do projecto laquoTTonlineraquo (Figura nordm 27) O

Arquivo Regional da Madeira destaca o Serviccedilo EducativoExtensatildeo

Cultural com o laquoAprendiz de Arquivoraquo276

Figura nordm 27

Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Noutras situaccedilotildees os arquivos optam por destacar alguns serviccedilos de forma

individualizada com recurso a uma imagem de forma a influenciar o puacuteblico a

adquiri-lousufrui-lo Exemplos disso satildeo as actividades pedagoacutegicas representadas pelo

laquoKivoraquo - Arquivo Distrital de Lisboa o laquoLunetasraquo - Arquivo Municipal da Poacutevoa de

Varzim e o laquoArquivo Alegreraquo da Casa do Infante Arquivo Histoacuterico Municipal do

Porto (figura nordm 29)

Figura nordm 28

Marcas do Serviccedilo Educativo do Arquivo Municipal de Lisboa (esquerda) Casa do

Infante (centro) e Arquivo da Poacutevoa de Varzim (direira)

A sua utilizaccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser elemento de marca nos produtos de

merchadising definida como

276

Consulte o Capiacutetulo V ndash Estudo de caso ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional

da Madeira p 154

106

laquouma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de

teacutecnicas que colocam o produto ao alcance do consumidor de

uma forma destacada dando-lhe maior visibilidade e

possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo

de motivar e influenciar as decisotildees de quem compraraquo277

como nos diz Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e

Comunicaccedilatildeo do Centro de Fotografia do Porto (CPF)

Para o Institut Franccedilais du Merchandising esta palavra se define

laquoo conjunto de estudos e teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que satildeo postos

em praacutetica separada ou conjuntamente por distribuidores e

produtores com o fim de aumentar a rendibilidade do ponto de

venda e a circulaccedilatildeo dos produtos atraveacutes de uma adaptaccedilatildeo

permanente do sortido agraves necessidades do mercado e de uma

apresentaccedilatildeo apropriada do produtoraquo278

Esta praacutetica jaacute eacute comum nos museus e para quem os visita sabe que as suas

lojas estatildeo situadas em lugares privilegiados incentivando todos os seus visitantes a

circularem nestes espaccedilos e a comprar um determinado produto279

No caso dos

277

Consulte a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Anexo 3 278

CAETANO Joaquim ndash Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing

Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129 279

Segundo Maacuterio Beirolas e Rui Almeida citados por Joaquim Caetano haacute vaacuterios factores que levam

motivam o cliente a comprar nas lojas

a) sensibilidade que se relaciona com o ambiente movimento ruiacutedo geral higiene limpeza

iluminaccedilatildeo comportamento dos funcionaacuterios na prestaccedilatildeo de serviccedilos implementaccedilatildeo dos produtos nos

lineares de venda

b) entusiasmo pelo ambiente existecircncia de produtos complementares apelativos e inovadores mistura de

produtos de primeira necessidade e produtos impulsivos niacutevel de exposiccedilatildeo tipo de publicidade

promoccedilatildeo e informaccedilatildeo correcta sinalizaccedilatildeo das secccedilotildees conhecimento da utilidade do produto

c) utilidade e rentabilidade tipos de produtos em exposiccedilatildeo localizaccedilatildeo dos produtos junto a produtos

complementares rotaccedilatildeo dos produtos atraveacutes da seguranccedila nos prazos de validade tipo de publicidade e

promoccedilatildeo desenvolvida no ponto de venda

d) conforto e seguranccedila espaccedilo disponiacutevel alimentaccedilatildeo cores iluminaccedilatildeocorrecto enquadramento do

produto no espaccedilo de venda informaccedilatildeo sobre os produtos

e) limpeza e arrumaccedilatildeo clima de descontracccedilatildeo creacutedito nos produtos expostos diminuiccedilatildeo da

importacircncia normalmente atribuiacuteda ao preccedilo credibilidade no ponto de venda

f) informaccedilatildeo e apoio funcionaacuterios do ponto de venda (serviccedilo prestado) aproximaccedilatildeo do produto ao

cliente (rotulagem dos produtos e panfletoscartazes)

g) economia e versatilidade boa manutenccedilatildeo do linear boa exposiccedilatildeo e imagem de marca de modo a

transportar a noccedilatildeo de rendibilidade ateacute ao cliente

h) novidade e inovaccedilatildeo associa a existecircncia de novos produtos ao ponto de venda

i) transparecircncia e marcaccedilatildeo clara dos preccedilos

j) rendibilidade clareza no registo dos produtos nas caixas animaccedilatildeo do ponto de venda muacutesica

h) emoccedilatildeo e dinacircmica ambiente publicidade e campanhas de promoccedilatildeo CAETANO Joaquim ndash

Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado

a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129

107

arquivos e como nos diz Alberch RAacuteMON esta realidade eacute desoladora pois continua a

persistir a ideia que o patrimoacutenio documental natildeo deve seguir a via comercial280

O

mesmo autor reafirma que o seu uso eacute prioritaacuterio

laquocomo una forma para dar a conocer los materiales de archivo y

contribuir a su difusioacuten en segundo lugar abre la puerta a una

posibilidad que inicialmente se percibiacutea como poco

esperanzadora incrementar los recursos econoacutemicos del

archivoraquo281

Vejamos alguns exemplos

Os produtos de merchadising que vendem a imagem da Direcccedilatildeo-Geral de

Arquivos resultam do estudo da sua documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens

estampadas do logoacutetipo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas

e uma colecccedilatildeo de bijutaria Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de

ourivesaria efectuam-se peccedilas de ourives com pormenores de desenhos de imagens

iconograacuteficas282

A loja do CFP tem por objectivo

laquodivulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e

sensibilizaccedilatildeo do puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece

tambeacutem a cada visitante a oportunidade de conhecer e adquirir outras

produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e outros

produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito)

direccionados para puacuteblicos infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF

para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas caracteriacutesticas

especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em

geral bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postaisraquo283

280

RAMOacuteN Alberch ndash Imagen marketing y comunicacioacuten In Archivos y cultura manual de

dinamizacioacuten Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5p 38 e 39 281

Idemp39 282

Informaccedilatildeo fornecida pelo Dr Silvestre Lacerda a 27 de Janeiro de 2009 Viacutede a totalidade da

entrevista no anexo 1 283

Idem

108

Figura nordm 29

Blocos de notas do Centro de Fotografia do Porto

Outros produtos poderiam ser comercializados pins calendaacuterios agendas laacutepis

reproduccedilotildees de selos imagens iconograacuteficas laacutepis gomas e marcadores284

Quanto agrave forma como datildeo a conhecer os seus produtos e que podem ser

seguidos como procedimentos noutros arquivos CARVALHO diz o seguinte

laquoPodem tambeacutem ser adquiridos em algumas lojas de organismos do

Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias Relativamente agrave

dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito

cultural da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em

que satildeo disponibilizadas ao puacuteblico recensotildees mensais de livros de

Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de sugestotildees mensais de

leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo

com referecircncia tambeacutem a outras publicaccedilotildees associadas em termos de

autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as recensotildees as mesmas satildeo

apresentadas sob a forma de breves dossiers

disponiacuteveis para consultaraquo 285

A forma como se concebe a imagem graacutefica286

dos IDDs produtos informativos

flyers folhetins jornais marcadores e cartazes condiciona tambeacutem a visatildeo da sociedade

sobre estes espaccedilos e serviccedilos

Os IDDs que ainda hoje resultam de um aglomerado de fotocoacutepias sem cuidados

esteacuteticos e sem consideraccedilatildeo pelo mercado-alvo287

fazem com que seja necessaacuterio

284

RAMOacuteN Alberch ndash Ob cit p39 285

Consulte-se uma vez mais a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Como complemento

destas ideias propomos a leitura do anexo 4 conversa efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do

Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 286

Rom citado por Gabriel Diacuteaz Meyer define concepccedilatildeo graacutefica como uma laquoteacutecnica de comunicacioacuten

que se expresa atraveacutes de un lenguaje icoacutenico verbal esencialmente visual Por esto se tiende a hablar de

disentildeo graacutefico y comunicacioacuten visual como actividades ideacutenticasraquo DIgraveAZ MEYER Gabriel ndash Aspectos de

la comunicacioacuten visual y graacutefica en la comunicacioacuten del patrimoacutenio cultural In La comunicacioacuten global

del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 178 O

profissional que trabalha nesta aacuterea designa-se de designer graacutefico e todo o seu trabalho deveraacute resultar

de um esforccedilo de equipa com os arquivistas responsaacuteveis pelos projectos que querem dar a conhecer no

mercado-alvo

109

sensibilizar os gestores de informaccedilatildeo para melhorarem e normalizarem a concepccedilatildeo

graacutefica deste produto288

Para as restantes publicaccedilotildees que resultam do trabalho

arquiviacutestico acima referidas propotildee-se que se considere sempre um bom desenho uma

boa fonte de impressatildeo e uma boa imagem aliada a um bom conteuacutedo Porquecirc Porque

satildeo produtos informativos que divulgam e publicitam informaccedilotildees sobre os arquivos e

muitas das vezes eacute a partir deles que os clientes entram pela primeira vez em contacto

com os seus serviccedilos tangiacuteveis - que se relacionam com os fundos arquiviacutesticos e

intangiacuteveis - relacionados com a qualidade do serviccedilo prestado

No caso das publicaccedilotildees289

cremos ainda que prevalece o conceito de que os

livros vendem por si soacute e que as ediccedilotildees dos arquivos satildeo um objecto cultural e

cientiacutefico Para chegar a um maior nuacutemero de intermediaacuterios e de leitores tal como

287

BOADAS I RASET Joan ndash Ob cit 288

Este eacute o caso do Arquivo Regional da Madeira que possui um manual de procedimentos para a

normalizaccedilatildeo dos IDDs Todavia temos consciecircncia que para se ter a certeza desta mudanccedila teriacuteamos

que efectuar um inqueacuterito a niacutevel nacional apenas sobre este item ou efectuar uma pesquisa directa sobre

os instrumentos criados nos arquivos municipais e distritais 289

Todas e quaisquer publicaccedilotildees devem solicitar agrave Agecircncia Nacional do ISBN (Inscriccedilatildeo e Aacutereas de

Especializaccedilatildeo) o ISBN- International Standard Book Number O ISBN eacute um nuacutemero internacional

gratuito atribuiacutedo a uma uacutenica publicaccedilatildeo de um determinado editor Por outras palavras se a obra for

impressa com diferentes tipos de capa (por exemplo brochada e encadernada) cada ediccedilatildeo receberaacute um

ISBN diferente No caso em que a obra esgote o ISBN nunca poderaacute ser aplicado noutra publicaccedilatildeo Para

os editores definidos como os proprietaacuterios dos livros seja uma empresa ou uma ediccedilatildeo de autor esta

inscriccedilatildeo eacute feita uma uacutenica vez para que lhes seja atribuiacutedo um prefixo de editor nuacutemero que tem a ver

com a produccedilatildeo de cada editor quanto maior for a produccedilatildeo menos seraacute o prefixo a atribuir

Realccedile-se ainda que cada paiacutes tem os seus proacuteprios prefixos para fornecer aos editores Para saberem

mais vide o site httpwwwapelptpageviewaspxpageid=217amplangid=1 Como complemento deste

nuacutemero deveraacute ser solicitado agrave Biblioteca Nacional de Portugal o depoacutesito legal (DL) Atraveacutes da consulta

do site da Biblioteca Nacional os procedimentos podem ser sintetizados em seis partes 1 O nuacutemero de

registo de depoacutesito legal eacute atribuiacutedo a ldquomonografias e perioacutedicosrdquo segundo o artigo 13ordm do Decreto-Lei

7482 de 3 de Marccedilo httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl7482pdf 2 O

pedido de atribuiccedilatildeo de nuacutemero de depoacutesito agraves publicaccedilotildees eacute da responsabilidade da tipografia que

imprime a obra desde que esta seja portuguesa Se a impressatildeo for feita no estrangeiro deve ser o editor

(com domiciacutelio em Portugal) a solicitar o nuacutemero de registo de depoacutesito legal 3O nuacutemero eacute pedido

mediante o envio do formulaacuterio respectivo (monografias ou publicaccedilotildees perioacutedicas) devidamente

preenchido para dlbnportugalpt Os formulaacuterios estatildeo disponiacuteveis no siacutetio web da BNP

httpwwwbnportugalpt 4 A entidade que solicita o registo fica responsaacutevel pela entrega dos

exemplares para cumprimento do depoacutesito legal (11 exemplares para tiragens superiores a 100 e 1

exemplar para tiragens ateacute 100) Existe tambeacutem um formulaacuterio para acompanhar os exemplares enviados

agrave BNP tambeacutem disponiacutevel no mesmo siacutetio 5 De acordo com o capitulo III artigo 4ordm aliacutenea 2 - do

mesmo Decreto-Lei laquoEacute nomeadamente obrigatoacuterio o depoacutesito de (hellip) separatas atlas e cartas

geograacuteficas mapas (hellip)raquo apesar de estes documentos natildeo estarem sujeitos agrave atribuiccedilatildeo de nuacutemero de

DL 6 Dos 11 exemplares depositados 2 satildeo integrados nas colecccedilotildees da Biblioteca Nacional de Portugal

(BNP) e os restantes satildeo distribuiacutedos pelas seguintes bibliotecas beneficiaacuterias do depoacutesito legal

Biblioteca Municipal de Coimbra Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra Biblioteca Municipal de

Lisboa Biblioteca Puacuteblica de Eacutevora Biblioteca Puacuteblica Municipal do Porto Biblioteca Puacuteblica de Braga

Biblioteca Publica e Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e

Real Gabinete Portuguecircs de Leitura do Rio de Janeiro As teses de mestrado e de doutoramento bem como outros trabalhos acadeacutemicos apesar de natildeo lhes ser

atribuiacutedo nuacutemero de depoacutesito legal tambeacutem satildeo depositados na BNP (apenas 1 exemplar) ao abrigo do

Decreto-Lei 36286 de 28 de Outubro

httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl36286pdf

110

acontece nas editoras com fins mercadoloacutegicos os gestores da informaccedilatildeo tecircm de ver

este produto como um objecto comercial desde o momento que eacute concebido ateacute chegar

ao mercado Para aumentar as vendas do Arquivo ou entatildeo aumentar o nuacutemero de

consultas in loco e virtuais haacute que criar estrateacutegias de comunicaccedilatildeo Partindo do

princiacutepio que existe um mecanismo psicoloacutegico que atrai o indiviacuteduo para o belo para o

bem apresentado para um determinado conjunto de cores que combinam haacute que

investir numa primeira fase no aspecto fiacutesico da obra O tipo de capa das publicaccedilotildees

qualidade do papel nuacutemero das paacuteginas gramagem acabamento impressatildeo e

dimensatildeo satildeo factores que se tornam apelativos Esta ideia eacute defendida pelo jornalista

Pedro Mexia no artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo290

quando escreve que laquoum livro

com uma bela capa jaacute eacute um objecto fascinante ainda que a prosa ou a poesia laacute dentro

sejam fracasraquo291

e pelo editor da Sextante Editora Joatildeo Rodrigues que em

entrevista292

nos diz que laquoA capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo

procurando sempre manter uma imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo

logo)raquo293

Tudo isto seraacute posteriormente indissociaacutevel de um bom tiacutetulo e subtiacutetulo294

a um bom conteuacutedo com expressatildeo escrita adaptada ao puacuteblico-alvo tipo e tamanho de

letra margens e ilustraccedilotildees se eacute agrafado ou cozido (depende do nuacutemero de paacuteginas o

formato se deve ou natildeo ter uma prova de cor oue uma prova final (figura nordm 30)

290

Sobre a importacircncia das capas propomos a leitura do artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo e mais

recentemente laquoPode-se julgar um livro pela caparaquo respectivamente MEXIA Pedro ndash Julgar um livro pela

capa In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 14 de Novembro de 2009 e de VELUDO Fernando ndash

Pode-se julgar um livro pela capa In Puacuteblico Suplemento Iacutepsilon Lisboa 17 de Dezembro de 2010 p18

- 20 291

MEXIA Pedro ndash Ob cit 292

Na preparaccedilatildeo do plano propomos a leitura do anexo 5 entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues editor

da Sextante Editora 293

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada agrave Editora Sextante 294

TORRES Eduardo Cintra ndash Este livro tem um verbo In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 31 de

Outubro de 2009 p12

111

PUBLICACcedilAtildeO TIPO LIVRO DESDOBRAacuteVEL FOLHETO

Miolo

Dimensotildees da paacutegina ex 21x 297 cm

Nuacutemero de paacuteginas

Papel das paacuteginas exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem das paacuteginasmiolo exemplo 170g

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Descriccedilatildeo geral

Folheto ou desdobraacutevel no formato aberto

299 x 21 cm fechado com 2 dobras (3 laudas

ndash vincos tipograacuteficos) para o formato 21x10

cm

Capa

Tipo de papel exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo 350 g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Dimensotildees

Exemplo 299 x 21cm (aberto) 21 x 10 cm

(fechado)

Tipo de papel exemplo mate brilhante semi-

brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo150g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Figura nordm 30

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos de publicaccedilotildees

folhetosdesdobraacuteveis

Fonte Sofia Santos

Estamos perante o marketing editorial que segundo Joatildeo Rodrigues pode ser

definido como

laquoOs editores satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de

saber comunicar com todos os intermediaacuterios e com os leitores

Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e contacto

directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo

essenciais Tudo isto tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada

livro eacute um produto diferente e que exige diferentes esforccedilosraquo295

295

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues da Editora Sextante

112

Por outras palavras uma das primeiras acccedilotildees a efectuar seraacute no lanccedilamento das

publicaccedilotildees ou durante o periacuteodo em que decorre o evento a que estaacute ssociado optar por

um desconto nas ediccedilotildees (promoccedilatildeo de vendas) A mesma promoccedilatildeo poderaacute ser

efectuada nas acccedilotildees educativas cujo o melhor trabalho apresentado sobre o livro em

questatildeo teraacute direito por exemplo a usufruir de uma visita orientada ao arquivo ter o

seu trabalho publicado no site ou numa brochurajornal como forma de recompensa No

caso de um novo instrumento descritivo a sua disseminaccedilatildeo poderaacute ser concretizada

entre utilizadores jaacute fidelizados e entre os que estatildeo a dar os primeiros passos de

pesquisa nos arquivos e que natildeo conhecem ainda bem o acervo existente nestes espaccedilos

O sucesso destes produtos tambeacutem se define pela forma como passa a sua

mensagem ao puacuteblico-alvo o que tambeacutem eacute indissociaacutevel da forma de distribuiccedilatildeo

Existem vaacuterias possibilidades

a) por correio a partir da lista protocolar pode-se efectuar uma listagem das

pessoasassociaccedilotildeesserviccedilosinstituiccedilotildees a quem os arquivos pretendem

oferecer as suas ediccedilotildees Estes podem ser acompanhados de cartas

personalizadas consoante o grupo ou pessoa

b) venda nas lojas dos arquivos quando existem eou atraveacutes de parcerias que

permitem colocar estas publicaccedilotildees em livrarias de localidade lojas de

organismos semelhantes como museus bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo

c) distribuiccedilatildeo matildeo a matildeo em locais previamente pensados frequentados

pelos consumidores

d) utilizaccedilatildeo de parcerias com organismos privados com e sem fins culturais

e do Postal Free

Como elemento integrante da publicidade temos a divulgaccedilatildeo das funccedilotildees e das

actividades dos arquivos na comunicaccedilatildeo social como veremos jaacute a seguir interligada

agraves acccedilotildees de relaccedilotildees puacuteblicas

Outra forma dos arquivos se distinguirem das restantes unidades de informaccedilatildeo

aleacutem do proacuteprio acervo arquiviacutestico das colecccedilotildees de referecircncia dos instrumentos de

113

descriccedilatildeo documental e dos desdobraacuteveis seraacute a existecircncia de quadros qualificados para

prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais eficiente e rigoroso

Como eacute comummente sabido um lugar eacute feito por e pelas pessoas Por isso haacute

que saber comunicartransmitir de forma correcta a imagem destes espaccedilos e ter

determinadas atitudes pessoais como o bom humor para contribuir para o

desenvolvimento da dimensatildeo pessoal e emotiva o tempo e a qualidade de resposta

fornecida e a forma como se atende uma chamada e o tempo de atendimento por

exemplo Quando esse apoio eacute feito agrave distacircncia como na Internet natildeo invalida a

importacircncia do trabalho executado pelos profissionais da informaccedilatildeo296

No caso de apoio a entidades puacuteblicas e privadas todo o material produzido

pode ser dado a conhecer atraveacutes de reuniotildees e relatoacuterios perioacutedicos para que tambeacutem

se efectuem avaliaccedilotildees pontuais sobre o serviccedilo efectuado

Nas exposiccedilotildees para aleacutem dos cuidados da sua montagem e identificaccedilatildeo do

puacuteblico-alvo haacute que conceber a imagem global do projecto que deveraacute ser atraente de

forma a cativar o mercado fiel e potencial Outros cuidados a ter em nossa opiniatildeo seraacute

o tipo a cor e o tamanho de letra espaccedilamento do texto aliado agrave relaccedilatildeo entre texto e

imagem forma de impressatildeo e suporte (figura nordm 31)

Proposta de textos para telas

Texto Introdutoacuterio GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Tiacutetulo GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Texto GILL SANS LIGHT Tamanho 48 PT

Citaccedilatildeo GILL SANS LIGHT Tamanho 40 PT

Legendas GILL SANS LIGHT Tamanho 25 P

Espaccedilamento duplo

Figura nordm 31

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo mostra documental

Fonte Sofia Santos

Tudo isto contribui uma vez mais para a comunicaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental Para que estes projectos natildeo morram agrave nascenccedila alia-se laquouna adecuada

296

Em 2000 a CNN lanccedilou um inqueacuterito nos Estados Unidos da Ameacuterica com a seguinte questatildeo

laquoPodemos afirmar que se encontra tudo na Internet Ainda necessita de bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo A

resposta foi claramente esclarecedora com 86 dos votos para a resposta laquoSim o sistema decimal

Dewey ainda se encontra actual eu utilizo bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo [on line] [Consultado a 8 de

Fevereiro de 2007] Disponiacutevel URL httpwwwcnncom2000CAREERtrends1128librarians

114

poliacutetica (hellip) que permita una relacioacuten planificada continuada y profesional com los

medios de comunicacion sea prensa radio o televisioneraquo297

Seraacute entatildeo necessaacuterio dividir a sua divulgaccedilatildeo em trecircs etapas

Num primeiro momento procede-se ao envio de convites para a inauguraccedilatildeo da

exposiccedilatildeo de acordo com lista protocolar que deve estar sempre actualizada envio de

material graacutefico agraves entidades do exterior (cartazes cataacutelogos e desdobraacuteveis da

exposiccedilatildeo etc) O envio de newslleters revela-se eficaz aleacutem de econoacutemico e amigo do

ambiente porque chega a um leque grande de pessoas num curto espaccedilo de tempo

exige poucos reursos humanos e a informaccedilatildeo existente eacute concisa e directa

Numa segunda fase estabelece-se ligaccedilatildeo com os oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Para o efeito propotildee-se o envio de nota de imprensa ndash referente apenas a um uacutenico

assunto ndash com cerca de trecircs meses de antecedecircncia quando eacute imprensa nacional e entre

quinze a oito dias na imprensa local ou regional Posteriormente o responsaacutevel pela

comunicaccedilatildeo deveraacute entrar em contacto com o jornalista para garantir que entendeu a

mensagem se tem interesse e quando vai sair a notiacutecia

Um dia antes do evento ou no proacuteprio dia poderaacute ser convocada uma

conferecircncia de imprensa para apresentar aos jornalistas um dossiecirc de imprensa ndash

briefing ndash contendo uma breve sinopse do projecto ficha teacutecnica (tema da exposiccedilatildeo e

nome de todos os colaboradores) objectivos gerais e especiacuteficos datas horaacuterios e local

da exposiccedilatildeo iniciativas educativas caso existam o cataacutelogo e o preccedilo se for esse o

caso que poderaacute ser tambeacutem entregue em CD com imagens digitalizadas Normalmente

este tipo de iniciativa eacute realizada ao final da tarde mas eventualmente pode-se optar por

uma hora que seja mais conveniente a todos O local de apresentaccedilatildeo neste caso seraacute

onde estaacute patente a exposiccedilatildeo

Ainda sobre a imprensa escrita conveacutem conhecer bem as temaacuteticas dos

perioacutedicos pois nem todos datildeo igual importacircncia agrave mesma notiacutecia Aos jornais ditos

culturais a forma como eacute explicada a exposiccedilatildeo deveraacute ser mais ampla do que aos

jornais geneacutericos Mas uma coisa eacute certa os artigos criados devem responder sempre

quem o quecirc quando onde porquecirc e para quecirc

Os arquivistas podem recorrer a outros meios de comunicaccedilatildeo social como agrave

televisatildeo e agraves raacutedios regionais e locais298

Destes recursos as raacutedios regionais e locais

297

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Obcit p 29

115

revelam-se vantajosas porque tecircm largas audiecircncias proporcionando uma publicidade

gratuita das actividades que se querem divulgar Anunciar regularmente os eventos pode

ser uma soluccedilatildeo a seguir

Outra forma gratuita de divulgaccedilatildeo eacute o uso das agendas culturais das cacircmaras

municipais eou das direcccedilotildees regionais da cultura os blogues e as redes sociais que

por norma atraem um puacuteblico que agrave partida nunca visitaria um arquivo

Paralelamente a estas formas de comunicaccedilatildeo natildeo podemos deixar de referir

que a utilizaccedilatildeo do site da instituiccedilatildeo eacute fundamental Caso os clientes natildeo se possam

deslocar ao espaccedilo fiacutesico deveremos facultar-lhes o projecto atraveacutes de uma visita

virtual ou entatildeo elaborar um PDF com textos e imagens sobre a mesma

Deste tipo de iniciativas enquanto o evento estiver patente decorrem outras

formas de divulgaccedilatildeo guiasroteiros da exposiccedilatildeo (que deveratildeo ser elaborados a pensar

em dois segmentos puacuteblico em geral e populaccedilatildeo estudantil e com uma linguagem

adequada a cada um destes nichos) cartazes e convites com visual semelhante ao da

exposiccedilatildeo

Apoacutes o seu teacutermino ndash terceiro momento - poderaacute escrever-se um novo artigo

para a comunicaccedilatildeo social e para o site do arquivo com a divulgaccedilatildeo dos resultados

estatiacutesticos e qualitativos da exposiccedilatildeo Esta seraacute uma forma de perpetuar a informaccedilatildeo

sobre projectos deste tipo e sensibilizar um maior nuacutemero de pessoas para os serviccedilos

prestados pelos arquivos

Agrave volta de um evento os Serviccedilos Educativos podem ainda conceber e

dinamizar actividades pedagoacutegicas que contribuem igualmente para o conhecimento do

acervo e das funccedilotildees dos arquivos A forma de comunicaccedilatildeo destas actividades mesmo

que estas sejam autoacutenomas poderaacute ser por

a) convite directo junto das escolas associaccedilotildees ofiacutecio telefone fax e-mail ndash

eacute a adaptaccedilatildeo da chamada forccedila de venda

b) reuniotildees com as entidades requerentes acompanhadas por dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das actividades com visual graacutefico e mensagem adaptada ao

grupo pretendido ndash aplicaccedilatildeo do marketing directo

298

Em Portugal os programas culturais transmitidos satildeo em nuacutemero reduzido e os que haacute se calhar

tendo em consideraccedilatildeo o grande nuacutemero de informaccedilotildees enviadas optam apenas por mencionar estas

iniciativas numa breve nota de rodapeacute

116

c) envio de notas de imprensa divulgaccedilatildeo no site newsletters ndash publicidade e

marketing directo

d) envio do programa educativo no iniacutecio do ano lectivo ndash tambeacutem marketing

directo

Aquando da dinamizaccedilatildeo das suas acccedilotildees pedagoacutegicas propomos igualmente

que o teacutecnico adequacutee a expressatildeo oral e corporal ao nicho presente Soacute assim uma vez

mais se consegue apresentar um trabalho com qualidade e rigor

Os organismos culturais podem ainda fazer uso de viacutedeos de cartazes e do

mobiliaacuterio urbano ndash placards e paragens de autocarro como forma de divulgaccedilatildeo destas

iniciativas De facto esta divulgaccedilatildeo consoante a sua qualidade venderaacute uma imagem

negativa ou positiva dos mesmos resultando daqui comentaacuterios que os utilizadores

trocaratildeo entre si Estamos perante o buzz marketing que eacute a passagem de informaccedilatildeo de

boca-a-orelha laquoNo iniacutecio o cliente experimenta o serviccedilo falando em seguida dele agrave

sua famiacutelia amigos ou relaccedilotildees as pessoas A e Braquo299

Outro aspecto que devemos ter em atenccedilatildeo quanto agrave promoccedilatildeo dos organismos eacute

a Internet Dentro das suas ferramentas mais comuns apresentamos a seguir um quadro

efectuado por Wagner Junqueira de ARAUgraveJO sobre as suas caracteriacutesticas e cuidados a

ter com o seu uso (figura nordm 32)

299

EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Ob cit p103

117

Ferramenta Utilizaccedilatildeo

Precauccedilotildees

Banner Normalmente utilizado nas

paacuteginas iniciais de portais ou

sites Natildeo existem restriccedilotildees

agrave sua utilizaccedilatildeo Eacute uma das

ferramentas mais efectivas

para a promoccedilatildeo do site

Pode ser utilizado em qualquer parte d uma

paacutegina Web mas eacute preciso tomar cuidado

para natildeo causar poluiccedilatildeo visual no site Eacute

necessaacuterio evitar a utilizaccedilatildeo excessiva de

banners bem como as cores muito fortes

Correio electroacutenico Pode gerar os melhores

iacutendices de retorno Deve ser

utilizado para promoccedilatildeo

quando as listas de

distribuiccedilatildeo satildeo de grupos de

interesses comuns e o item a

ser promovido deve fazer

parte do contexto de interesse

do grupo

Um ponto importante ao se utilizar e-mail eacute

possuir uma estrutura para responder de

maneira raacutepida agraves mensagens recebidas

pois a accedilatildeo de enviar um e-mail pode gerar

um e-mail resposta do destinataacuterio Para

ampliar a receptividade ao e-mail

promocional eacute recomendado que se

obtenha permissatildeo do destinataacuterio Utilizar o e-mail em listas de grupos

heterogeacuteneos natildeo apresenta bons resultados Pop-up Pode ser utilizado para

promover um produto item

ou determinada aacuterea de um

site ou portal Web Sua

utilizaccedilatildeo deve ser

esporaacutedica

Natildeo se deve utilizar o pop-up de forma

contiacutenua pois a exposiccedilatildeo pode fazer com

que o usuaacuterio feche a janela antes mesmo

de visualizar o seu conteuacutedo

Webcasting Utilizaccedilatildeo semelhante agrave

pop-up no entanto deve ser

utilizado quando a promoccedilatildeo

exige um apelo visual mais

forte

Eacute necessaacuterio que o puacuteblico-alvo possua

acesso raacutepido agrave Internet e bom

equipamento pois consome muito recursos

de processamento de estaccedilatildeo de trabalho e

rede de computadores Nem todos os

browsers suportam esta aplicaccedilatildeo Site Web Pode ser utilizado para

promover produtos ou

empresas A utilizaccedilatildeo de um

site como folder promocional

eacute a forma mais antiga e

primaacuteria de se utilizar a Web

como canal de promoccedilatildeo

As informaccedilotildees devem ser constantemente

actualizadas Informaccedilotildees desatualizadas

desabilitam a funccedilatildeo do site como canal de

divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees

Ferramentas de busca Podem ser utilizadas quando

se deseja promover um site

ou portal

Seu retorno nem sempre eacute dos melhores por

causa da quantidade de informaccedilotildees jaacute

existentes na Web Figura nordm 32

Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Fonte ARAUgraveJO Wagner Junqueiro ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo no portal Rede Governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p165

O apoio a iniciativas de iacutendole cientiacutefica e cultural como acccedilotildees de formaccedilatildeo

coloacutequios seminaacuterios mesas redondas debates e publicaccedilotildees de artigos em revistas

118

especializadas na aacuterea das Ciecircncias de Informaccedilatildeo constituem outra forma de difusatildeo e

de promoccedilatildeo do conhecimento deste tipo de instituiccedilotildees

Estabelecer parcerias entre organismos privados e puacuteblicos com instituiccedilotildees

congeacuteneres ou distintas permite tambeacutem divulgar as funccedilotildees fim dos arquivos Daqui

pode resultar o patrociacutenio300

eou o mecenato considerada a laquoprimeira forma de

associaccedilatildeo entre capital e culturaraquo301

(figura nordm 33)

Tipo de actividade Patrociacutenio Mecenato

Motivaccedilatildeo Comercial Social ou pessoal

Objectivos Notoriedade imagem de marca

endomarketing relacionamento

com a sociedade etc

Participaccedilatildeo social da satisfaccedilatildeo

pessoal do mecenas

Contrapartida Comercial (investimento na

marca empresa)

Social (investimento na

sociedade)

Exploraccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo

Sim Natildeo

Continuidade Fundamental Desejaacutevel

Inter-relaccedilotildees Com as demais ferramentas de

comunicaccedilatildeo da empresa

Com o programa de

responsabilidade social da

empresa Figura nordm 33

Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Fonte REIS Ana Carla Fonseca ndash Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira

Satildeo Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p14

Relativamente ao patrociacutenio os arquivos puacuteblicos podem conquistar as empresas

privadas para as suas actividades atraveacutes da elaboraccedilatildeo de uma estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo dirigida Para tal os arquivistas poderatildeo apresentar agraves empresas um dossiecirc

de parcerias em que conste

a) o enquadramento histoacuterico-institucional da instituiccedilatildeo definindo bem a sua

missatildeo visatildeo e valores Este eacute um ponto forte para que os arquivos

demonstrem o seu valor social enquanto preservadoresconservadores do

patrimoacutenio documental

b) a apresentaccedilatildeo do projecto A finalidade objectivos gerais e objectivos

especiacuteficos e as vantagens desta iniciativa satildeo pontos a constar Deve-se

300

FUGUEgraveRAS daacute-nos um exemplo de patrociacutenio feito pelo Instituto Municipal del Paisage Urbano y

Calidadde Vida em 2001 ao Arquivo Municipal de Barcelona laquoBarcelona hagamos memoriaraquo

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Imagen Marketing y Comunicacioacuten In Archivos y cultura manual

de dinamizacioacuten Ediocines Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 35 301

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 4

119

igualmente demonstrar o que seraacute vendido o retorno do investimento

previsto e as vantagens comparativas de investimento face a outras

ferramentas de comunicaccedilatildeo (publicidade promoccedilotildees)

c) identificar a equipa que faz parte do evento ou seja indicar laquoquem eacute quemraquo

e as suas funccedilotildees Se por exemplo na organizaccedilatildeo de uma exposiccedilatildeo o

Comissaacuterio Cientiacutefico for de renome o trabalho que estaacute a ser executado

ficaraacute ainda mais valorizado

d) apresentar uma lista pormenorizada dos bens necessaacuterios a adquirir

indicando os respectivos custos e fornecedores

e) enunciar os benefiacutecios econoacutemicos financeiros e sociais que podem advir

das parcerias com estes organismos culturais

f) Outras motivaccedilotildees podem ser demonstradas

120

Motivos para patrocinar

Explicaccedilatildeo

Aumento da fidelidade agrave marca Num ambiente de negoacutecio cada vez mais competitivo

torna-se fundamental as empresas imporem-se no

mercado para sobreviverem Darem-se a conhecer

atraveacutes de organismos culturais proporciona formas de

incremento da sua marca e aumento da lealdade dos

clientes aos seus produtosserviccedilos

Criar visibilidade Sempre que apoiam as actividades dos arquivos o

nome da empresa aparece permitindo uma ainda maior

visibilidade das empresas patrocinadoras Ou seja

deixam de recorrer apenas agrave publicidade tradicional

para se darem a conhecer atraveacutes de outras empresas

Mudar ou reforccedilar imagem Para alargar as vantagens competitivas credibilizar e

reforccedilar a sua mensagem o estabelecer parcerias

poderaacute ser uma forma de ampliar os seus lucros a

meacutedio e longo prazo ao fidelizar e conquistar novos

puacuteblicos

Responsabilidade social Contribuir para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico como parte integrante da memoacuteria

colectiva local regional e nacional

Incentivar vendas Associar o patrociacutenio aos arquivos poderaacute originar o

aumento de vendas e divulgaccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Reforccedilar atributos da marca e

diferenciaccedilatildeo

O estabelecer parcerias permite melhorar os laccedilos com

os consumidores posicionar a sua marca no mercado e

impulsionar as vendas A sua imagem puacuteblica sai

igualmente reforccedilada permitindo distinguir-se no meio

social

Entreter clientes De acordo com as listas protocolares seratildeo enviados

convites sobre as principais actividades dos arquivos

como exposiccedilotildees incorporaccedilotildees e lanccedilamento de

publicaccedilotildees permitindo o conviacutevio entre estes os

funcionaacuterios da empresa patrocinadora e clientes

Recrutar reter colaboradores A empresa patrocinadora poderaacute premiar os seus

clientes internos ao dar convites para exposiccedilotildees

visitas orientadas acccedilotildees de formaccedilatildeo descontos nas

lojas destes espaccedilos e contacto directo com as fontes

primaacuterias mas respeitando sempre os princiacutepios de

comunicabilidade

Oportunidades de merchandising Mostrar o produto eacute fazer merchandising Por outras

palavras ao promover bens no ponto-de-venda

com referecircncia agrave sua parceria com Arquivos estaraacute a

dar destaque agrave sua actividade enquanto entidade

patrocinadora Tudo isto pode influenciar o

consumidor na altura de decidir a aquisiccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Combater maiores orccedilamentos Pequenas e meacutedias empresas tambeacutem podem ser

patrocinadoras Este tipo de parcerias poderaacute mesmo

ser um veiacuteculo difusor da sua imagem e marca para

combater multinacionais com orccedilamentos

completamente gigantescos

Figura nordm 34

Exemplos de motivos para patrocinar

Fonte Sofia Santos

121

Acerca do mecenato cultural no caso portuguecircs este encontra-se regulamentado

nos termos do Capiacutetulo X do Estatuto dos Benefiacutecios Fiscais (Benefiacutecios Fiscais

Relativos ao Mecenato) diploma aprovado pelo Decreto-Lei nordm 21589 de 1 de Julho

na redacccedilatildeo dada pela Lei nordm 53-A2006 de 29 de Dezembro e na redacccedilatildeo dada pelo

Decreto-Lei nordm 1082008 de 26 de Junho

Saliente-se que os pedidos para enquadramento no Estatuto dos Benefiacutecios

FiscaisMecenato se reportam aos agentes culturais privados devendo anteceder a fase

negocial para captaccedilatildeo dos donativos junto dos potenciais mecenas (pessoas colectivas

eou individuais) e devem ser dirigidos agrave Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Relaccedilotildees Puacuteblicas

Documentaccedilatildeo e Arquivo desta Secretaria-Geral (Lisboa) ou junto das Direcccedilotildees

Regionais da Cultura (Regiotildees Autoacutenomas) As pessoas colectivas sujeitas agrave

administraccedilatildeo directa do Estado estatildeo isentas deste tipo de reconhecimento302

Neste contexto surge o marketing cultural que usa a cultura como laquobase e

instrumento para transmitir determinada mensagem (e a longo prazo desenvolver um

relacionamento) a um puacuteblico especiacutefico sem que a cultura seja a atividade fim da

empresaraquo303

A niacutevel puacuteblico a legislaccedilatildeo vigente sobre financiamento de projectos culturais

eacute explicitada no Decreto-Lei nordm 2252006 de 13 de Novembro diploma que estabelece

o regime de atribuiccedilatildeo de apoios financeiros do Estado atraveacutes do Ministeacuterio da

Cultura agraves Artes304

Na Uniatildeo Europeia por Decisatildeo da Comissatildeo de 20 de Abril de

2009 que institui a laquoAgecircncia de Execuccedilatildeo relativa agrave Educaccedilatildeo ao Audiovisual e agrave

Culturaraquo para a gestatildeo da acccedilatildeo comunitaacuteria nos domiacutenios da educaccedilatildeo do audiovisual

e da cultura em aplicaccedilatildeo do Regulamento (Comissatildeo Europeia) nordm 582003 do

Conselho (2009336CE) e a Decisatildeo nordm 13522008CE do Parlamento Europeu e do

Conselho de 16 de Dezembro de 2008 que altera a Decisatildeo nordm 18552006CE que

302

A legislaccedilatildeo sobre mecenato e outra informaccedilatildeo complementar sobre este assunto pode ser consultada

em httpwwwportaldaculturagovptprogramasapoiosPagesmecenatoaspx paacutegina oficial do

Ministeacuterio da Cultura 303

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 12 304

Existe mais legislaccedilatildeo especiacutefica sobre a promoccedilatildeo de sistemas de apoios financeiros em actividades

profissionais nos mais diversos domiacutenios das Artes do Espectaacuteculo Artesanato Artes Plaacutesticas Cinema

Multimeacutedia Recintos Culturais entre outras Aconselhamos ainda a consulta dos sites especiacuteficos de

vaacuterios organismos sob tutela do Ministeacuterio da Cultura designadamente Direcccedilatildeo-Geral das Artes

Direcccedilatildeo-Geral do Livro e das Bibliotecas Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Instituto do Cinema e do

Audiovisual Inspecccedilatildeo-Geral de Actividades Culturais outros (wwwportaldaculturapt)

122

institui o Programa laquoCulturaraquo (2007-2013) eacute legislaccedilatildeo que tambeacutem deve ser

consultada para efeitos de apoios monetaacuterios

Outra forma de publicitaccedilatildeo reconhecimento dos arquivos puacuteblicos e dos seus

profissionais e captaccedilatildeo de recursos financeiros seraacute a existecircncia de uma Associaccedilatildeo de

Amigos do Arquivo Da pesquisa efectuada em Portugal existem trecircs associaccedilotildees do

geacutenero a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel305

que foi

pioneira a Associaccedilatildeo dos Amigos da Torre do Tombo criada em 2004 e formada em

iniacutecio de 2009 a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Distrital do Porto Sobre os

objectivos destas associaccedilotildees sintetizamos a informaccedilatildeo na seguinte tabela (figura nordm

35)

305

No anexo 6 transcrevemos a entrevista efectuada a Paula Fernandes arquivista responsaacutevel pela

criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

123

Identificaccedilatildeo da

Associaccedilatildeo

Ano da

constituiccedilatildeo

Missatildeo

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Municipal

de Penafiel (AAP)

2003 1 ndash Os Amigos tecircm como objectivo o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel

e regiatildeo e do Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se

nomeadamente

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de

recuperaccedilatildeo da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio

arquiviacutestico do concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou

de depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais

teacutecnicos ou de contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que

o Arquivo necessite para seu funcionamento nomeadamente material

necessaacuterio ao tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos

fundos arquiviacutesticos pertenccedilas do Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal

bem como a realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais

ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe

seja solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios

ou seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a

realizaccedilatildeo dos fins que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios

jornadas e cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do

Concelho e regiatildeo com a Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e

do Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Associaccedilatildeo dos

Amigos da Torre

do Tombo (AATT)

2004 1 Cooperar com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e apoiaacute-lo na

promoccedilatildeo realizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos seus objectivos culturais

2 Realizar um programa anual de iniciativas a levar a efeito no acircmbito

dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

3 Editar e apoiar a ediccedilatildeo de trabalhos de investigaccedilatildeo que tenham

como fonte principal os fundos documentais guardados no Arquivo

Nacional da Torre do Tombo

4 Contribuir para o melhor conhecimento e para a valorizaccedilatildeo dos

fundos do Arquivo

5 Dar apoios e fornecer informaccedilatildeo a investigadores que trabalhem no

acircmbito dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do

Tombo

Nota os seus estatutos e site satildeo autoacutenomos da DGARQ

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Distrital

do Porto

(AAADD)

2009 - Contribuir para a promoccedilatildeo salvaguarda e divulgaccedilatildeo do acervo

patrimonial do Arquivo Distrital do Porto respeitando as poliacuteticas

arquiviacutesticas emanadas pela tutela do arquivoraquo

Figura nordm 35

Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos portugueses

Fonte Sofia Santos

124

A niacutevel internacional destacamos a Friends of the Nacional Archives Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha fundada em 1998 que tal como as nossas associaccedilotildees tem

por missatildeo a salvaguarda conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo da documentaccedilatildeo da Inglaterra306

Da anaacutelise das suas funccedilotildees damos a conhecer os trabalhos que tecircm sido

desenvolvidos

a) trabalhos de conservaccedilatildeo e restauro de documentos

b) ediccedilatildeo de cataacutelogos produtos informativos brochuras jornais e instrumentos

de descriccedilatildeo documental

c) realizaccedilatildeo de congressos conferecircncias mesas redondas e workshops

d) dinamizaccedilatildeo de actividades educativas e de extensatildeo cultural

e) acessibilidade de bases de dados

Sobre as vantagens em ser-se amigo de um arquivo seraacute como acontece nos

museus desconto nos produtos das respectivas lojas nas conferecircncias e na restauraccedilatildeo

acesso a visitas exclusivas agraves aacutereas teacutecnicas contactos directos com alguns novos

fundos incorporados desde que seja respeitado o princiacutepio da comunicabilidade ofertas

de boletins e cataacutelogos das exposiccedilotildees oferta do cartatildeo de leitor parque de

estacionamento gratuito e convites para a inauguraccedilatildeo de exposiccedilotildeesmostras

Natildeo podemos deixar de referir que uma das formas que promove bem estes

espaccedilos tal como acontece no Museu de Soares dos Reis no Porto e no Museu de Arte

Sacra em Lisboa eacute a zona de restauraccedilatildeo Este serviccedilo quando eacute bom atrai um leque de

puacuteblico bastante diversificado que se calhar de outra forma nunca frequentariam ou

saberiam sobre a existecircncia destes organismos e das suas funccedilotildees

Perante a descriccedilatildeo do Pacutede promoccedilatildeo concordamos com Neil KOTLER e Philip

KOTLER307

quando afirmam que as ferramentas de comunicaccedilatildeo podem ser divididas

306

Para saber mais sobre o trabalho que tem vindo a ser efectuado sugerimos a consulta do site

httpwwwnationalarchivesgovukget-involvedfriendshtm Sugerimos tambeacutem a consulta do anexo 7

entrevista realizada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a Chris Mumby - Head of

Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha para saber como este arquivo aplica o

marketing 307

KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p262

125

em quatro partes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas e marketing

directo Vejamos a sua siacutentese (figura nordm 35)

Publicidade Promoccedilatildeo de

vendas Relaccedilotildees

Puacuteblicas Marketing

directo Logoacutetipos

Produtos

Informativos

Marcadores

Cartazes

Flyers

Ediccedilotildees

Viacutedeos

institucionais

Internet

Comunicaccedilatildeo

Social (raacutedio

imprensa

televisatildeo)

Redes de mupies

Spots de TV e

Raacutedio

Ediccedilotildees

Merchadising

Mostras e

exposiccedilotildees

documentais

Descontos nas

ediccedilotildees

Preacutemios na

participaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas

(publicaccedilotildees em

jornais

exposiccedilotildees

visitas

orientadas

sugestotildees)

Equipa

qualificada

Actividades

educativas e

culturais

Reuniotildees e

relatoacuterios de

actividades

Dossiecircs de

actividades e de

imprensa

Mecenato

Associaccedilatildeo dos

Amigos dos

Arquivos

Contactos

individuais (cara-

a-cara)

Ofiacutecios

Telefone

Fax

Newsletter

E-mail

Figura nordm 36

Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

E os arquivos distritais portugueses aplicaratildeo estas quatro ferramentas da

comunicaccedilatildeo Pela observaccedilatildeo dos inqueacuteritos podemos dizer que natildeo O convite

directo o site e o uso dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social eacute comum a todos os arquivos

distritais mas os ofiacutecios e circulares apenas satildeo mencionados nos inqueacuteritos de Castelo

Branco Eacutevora Portalegre Santareacutem e Vila Real e o mailing list e as newsletters nos

arquivos de Guarda e de Leiria

Grupo IV 4 Como datildeo a conhecer as acccedilotildees desenvolvidas pelo vosso Arquivo

126

Figura nordm 37

Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

A partir da aplicaccedilatildeo dos inqueacuteritos afirmamos que os conceitos mercadoloacutegicos

natildeo satildeo utilizados de forma consciente ou por vezes satildeo confundidos Este eacute o caso do

Arquivo Distrital de Beja que afirma formas de divulgaccedilatildeo das suas iniciativas e

serviccedilos mas que natildeo aplica o marketing por existecircncia de um nuacutemero reduzido de

funcionaacuterios (apenas 2 teacutecnicos superiores e 3 teacutecnicos profissionais de arquivo)

Outros apenas associam o marketing agrave divulgaccedilatildeo de actividades como eacute o caso

dos Arquivos Distritais de Setuacutebal e de Vila Real

A Drordf Leonor Lopes directora do Arquivo de Santareacutem apresenta uma opiniatildeo

diferente Esta colega considera que mesmo que natildeo queiramos o marketing estaacute

presente nos nossos serviccedilos Neste caso apesar das carecircncias orccedilamentais o marketing

pode sempre ser utilizado ainda que o seja de uma forma empiacuterica (figura nordm 38)

Figura nordm 38

Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

Identificaccedilatildeo do

Arquivo Distrital Sim Natildeo Justificaccedilatildeo

Angra do Heroiacutesmo

- Accedilores

Ap

lica

as

ferr

am

enta

s d

e m

ark

etin

g n

o s

eu a

rqu

ivo

X Natildeo justifica

Beja

X Dado o reduzido nuacutemero de funcionaacuterios o arquivo distrital de Beja natildeo possui serviccedilos de preservaccedilatildeo ou educativos

mas aacutereas de actuaccedilatildeo nesses campos

Castelo Branco

X Natildeo justifica

Eacutevora

X Sim atraveacutes de publicitaccedilatildeo nos oacutergatildeos regionais de comunicaccedilatildeo social

Guarda X

Atraveacutes da paacutegina Web da newsletter de folhetos de divulgaccedilatildeo informaccedilatildeo de serviccedilos

Leiria

Natildeo responde

Portalegre X

Atraveacutes do site institucional intranet da DGARQ e ofiacutecios e informaccedilotildees

Santareacutem X

O Marketing eacute uma aacuterea muito vasta e eacute difiacutecil natildeo utilizar uma ou outra ferramenta Este arquivo devido agraves suas

limitaccedilotildees financeiras e de pessoal teacutecnico tem algumas dificuldades em aplicar algumas das que melhor nos serviriam

por exemplo soacute no ano passado conseguimos destacar do nosso orccedilamento verbas para podermos imprimir cartotildees de

cumprimentos e de visita Muitas das acccedilotildees que desenvolvemos satildeo divulgadas em parceria com outros organismos

Existem no entanto algumas como a elaboraccedilatildeo de uma newsletter que satildeo ainda possiacuteveis de utilizar mesmo com tais

constrangimentos e que ainda natildeo desenvolvemos

Setuacutebal

X Considero que seria conveniente e interessante a sua aplicaccedilatildeo com vista agrave divulgaccedilatildeo e difusatildeo das actividades do

Arquivo Distrital

Viana do Castelo X

O Arquivo Distrital de Viana do Castelo utiliza ferramentas de caraacutecter analiacutetico no acircmbito dos sistemas de

informaccedilatildeo de marketing

As ferramentas mais utilizadas satildeo planos de comunicaccedilatildeo a partir de estudos do perfil do utilizador

Os indicadores a que se recorre mais frequentemente satildeo a medida do grau de satisfaccedilatildeo dos clientes e a anaacutelise da

eficaacutecia de resposta mediante o produto ou serviccedilo prestado

Vila Real X

O Arquivo Distrital de Vila Real utiliza o seu Web site como ferramenta de marketing fornecendo informaccedilotildees gerais e

dando conhecimento das suas actividades

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos

A aplicaccedilatildeo e os itens de um plano estrateacutegico de marketing podem variar de

acordo com as circunstacircnciassituaccedilatildeo de cada organismo como jaacute foi referido

A partir do processo de planificaccedilatildeo apresentado por Neil e Philip KOTLER no

livro laquoEstrateacutegias y marketing de museosraquo - figura nordm 39 ndash decidimos agrave luz do estudo

realizado analisar interpretar e exemplificar cada uma das etapas sempre que possiacutevel

acompanhando-as de exemplos praacuteticos de acordo com o nosso objecto de estudo os

arquivos puacuteblicos

SISTEMA DE PLANIFICACIIacuteON

ESTRATEacuteGICA DE MERCADO

Anaacutelisis del entorno

Entorno interno

Entorno de mercado

Entorno regulador

Entorno de la competencia

Macroentorno

darr

Anaacutelisis de recursos internos

(anaacutelisis de fuerzas y debilidades)

darr

Formulacioacuten de la misioacuten y las metas

Misioacuten

Objetivos

Metas

darr

Formulacioacuten de la estrategia

darr

DISENtildeO ORGANIZATIVO

darr

DISENtildeO DE SISTEMAS

Sistema de informacioacuten de marketing

Sistema de planificaciacuteon de marketing

Sistema de control de marketing

Figura nordm 39

Proceso de planificacioacuten estrateacutegica de mercado

129

Fuente KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos Editorial Ariel SA

BarcelonaISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p91

Analisar o ambiente interno e externo da organizaccedilatildeo eacute a primeira etapa que se

impotildee na implementaccedilatildeo do plano estrateacutegico do nosso trabajo do trabalho de um

arquivo puacuteblico

A partir daqui e mediante o que jaacute foi referido no Capiacutetulo IV podemos afirmar

que o ambiente dos Arquivos Puacuteblicos se constitui por dois tipos de stakeholders ou

clientes os internos e os externos

Nos internos correspondente ao marketing interno integram-se

1 o director(es) (entidade(s) maacutexima(s) deste oacutergatildeo) responsaacuteveis de serviccedilos

2 os funcionaacuterios geralmente divididos por serviccedilos

3 os mecenas e patrocinadores

4 os voluntaacuterios

Os externos relacionados com o micro-ambiente satildeo

1 os fornecedores ndash prestadores de bens materiais e culturais Quem sao estes

2 os clientes da organizaccedilatildeo (estudantes investigadores curiosos populaccedilatildeo em

geral e participantes das actividades educativas e culturais)

3 a comunicaccedilatildeo social (divulgaccedilatildeo das actividades)

5 os amigos dos arquivos

Neste grupo inclui-se ainda o macro ndash ambiente representado pelos oacutergatildeos da

administraccedilatildeo central regional e local

Para se perceber melhor como estes stakeholders (SH) internos e externos

interagem no seu ambiente com os Arquivos Puacuteblicos sintetizamos esta ideia na tabela

abaixo representada (figura nordm 40)

130

Stakeholders (SH) O que esperam os SH

dos Arquivos

O que esperam os

Arquivos dos SH

Internos

Director

Responsaacuteveis de

Serviccedilos

Bom desempenho e

inovaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Funcionaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

credenciaccedilatildeo e

formaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Voluntaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Mecenas e

Patrocinadores

Imagem

Marca

Desenvolvimento de

parcerias para

divulgar ainda mais

estes serviccedilos e

propiciar mais

produtos informaccedilotildees

Externos

Fornecedores de bens

materiais

Celeridade dos

pagamentos

Entrega dos bens em

tempo uacutetil e com

qualidade

Fornecedores de bens

culturais

Acessibilidade

conservaccedilatildeo e

preservaccedilatildeo da

documentaccedilatildeo

Valorizaccedilatildeo dos fundos

e colecccedilotildees

documentais

Clientes Externos Eficiecircncia

Eficaacutecia

Atendimento

personalizado

Acessibilidade

Utilizaccedilatildeo preferencial

dos serviccedilos

oferecidos e

correspondente

divulgaccedilatildeo

Oacutergatildeos da

administraccedilatildeo

Central Regional e

Local

Legibilidade

Boas praacuteticas

Imparcialidade

Equidade

Atribuiccedilatildeo de forma

racional de recursos e

cooperaccedilatildeo

institucional

Amigos dos Arquivos Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Comunicaccedilatildeo Social Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Figura nordm 40

Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Fonte Sofia Santos

131

Considerando ainda as expectativas associadas a cada segmentocliente interno e

externo julga-se uacutetil a apresentaccedilatildeo de uma matriz que resuma a estrateacutegia a aplicar por

estes organismos (figura nordm 43)

NIacuteVEL DE INTERESSE DOS Clientes Internos e Externo

Baixo Alto

PODER

Pouco

Esforccedilo miacutenimo

Fornecedores de bens

materiais

Manter informado

Mecenas e Patrocinadores

Amigos dos Arquivos

Voluntaacuterios

Muito

Manter satisfeito Comunicaccedilatildeo Social

Gerir em proximidade Director Responsaacuteveis de Serviccedilo

Funcionaacuterios

Clientes

Oacutergatildeo da Administraccedilatildeo Central

Regional e Local

Fornecedores de bens culturais

Figura nordm 43

Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Fonte Sofia Santos

Com reduzido interesse nas actividades dos Arquivos e pouco poder sobre as

acccedilotildees desenvolvidas encontramos por um lado os fornecedores de bens materiais

que apenas contribuem (de uma forma desligada e comercial) para manter o

funcionamento quotidiano do serviccedilo Numa conjuntura econoacutemica desfavoraacutevel a sua

forccedila eacute inversa pois sem miacutenimas condiccedilotildees de trabalho os projectos podem natildeo

concretizar-se devido agrave desmotivaccedilatildeo por parte dos funcionaacuterios O campo de actuaccedilatildeo

a comunicaccedilatildeo social eacute de baixo poder mas embora natildeo influencie directamente a

dinacircmica destes espaccedilos eacute utilizado como um veiacuteculo difusor das iniciativas permitindo

que a mensagem chegue a um leque mais alargado de utilizadores

Por contraposiccedilatildeo a estes SH os directores os responsaacuteveis de serviccedilos e seus

colaboradores devem estar envolvidos em todo o processo de trabalho de forma a

distinguirem-se qualitativamente de outros organismos congeacuteneres Daqui resultaraacute

para o exterior a imagem de uma equipa dinacircmica que trabalha com um objectivo

comum satisfazer as necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis de todos os clientes externos

associada a uma poliacutetica inovadora e de melhoria contiacutenua Este conjunto de SH tem

por conseguinte um niacutevel de interesse muito alto e com muito poder O mesmo grau de

satisfaccedilatildeo eacute tambeacutem sentido na administraccedilatildeo puacuteblica pois eacute dela que os arquivos

132

puacuteblicos dependem Daiacute a necessidade de dar a conhecer as suas planificaccedilotildees e

indicadores de desempenho de forma a canalizar mais e melhores recursos financeiros

humanos e logiacutesticos Por outro lado como jaacute escrevemos para sobrevirem na era

global e econoacutemica o caminho passaraacute cada vez pelas parcerias quer seja atraveacutes de

mecenato ou de patrociacutenio quer seja atraveacutes de candidaturas a financiamentos de

projectos culturais Haacute que mantecirc-los informados bem como aos voluntaacuterios da acccedilatildeo

do Arquivo Puacuteblico da aacuterea a que respeitam de forma a garantir e manter parcerias que

permitam promover e credibilizar a imagem dos arquivos dando-lhes notoriedade com

vista ao alargamento e fidelizaccedilatildeo de novos puacuteblicos Estamos com um grupo de

interesse alto que no entanto revela pouco poder no interesse que tecircm para estas

instituiccedilotildees porque geralmente todas as acccedilotildees reflectem sobretudo as vontades dos

colaboradores internos destes espaccedilos Quanto aos fornecedores de fundos

documentais atraveacutes de legados vendas incorporaccedilotildees permutas transferecircncias e

reintegraccedilatildeo fornecem aos arquivos conjuntos documentais de referecircncia tambeacutem

devem ser cativados pelos arquivos e pelos arquivistas pois satildeo eles tal como jaacute

referimos que o enriquecem diversificando a sua documentaccedilatildeo

Identificados os SH passamos agrave anaacutelise dos recursos internos ndash as forccedilas e as fraquezas

ndash para entatildeo estabelecerdefinir o puacuteblico-alvo deste tipo de instituiccedilotildees os seus

objectivos gerais e especiacuteficos os recursos necessaacuterios (humanos materiais

financeiros) e o seu plano de controlo de concepccedilatildeo e divulgaccedilatildeo a fim de se

posicionarem no meio social a que respondem de modo criativo e captativo que

promova a diferenciaccedilatildeo dos seus pares complementando-os Agrave medida que o projecto

avanccedila haacute que verificar e validar as acccedilotildees realizadas e identificar eventuais desvios agrave

sua concretizaccedilatildeo As auditorias que controlam e promovem as melhorias e observam a

sua prossecuccedilatildeo tecircm aqui um importante papel

Esta fase corresponde para noacutes ao diagnoacutestico das fraquezas

- Quais satildeo os obstaacuteculos que impedem a concretizaccedilatildeo dos projectos

Desconhecimento das funccedilotildees e acervo dos arquivos constrangimentos

financeiros causados por falta de autonomia financeira eventualmente agravada

com crises econoacutemicas carecircncia de nuacutemero de funcionaacuterios e com habilitaccedilotildees

adequadas falta de procedimentos internos satildeo alguns dos exemplos possiacuteveis

- O que fazemos mal Teraacute a ver com desconhecimento sobre quem satildeo os seus

verdadeiros utilizadores o nuacutemero de instrumentos de trabalho criados satildeo em

133

nuacutemero reduzido e natildeo correspondem agraves necessidades de quem os usufrui em

termos qualitativos

- Em que somos piores do que os nossos pares O atendimento o tempo de

resposta dada aos pedidos o horaacuterio ou a localizaccedilatildeo do Arquivo seratildeo questotildees

a ponderar

- O que ainda natildeo se fez para conquistar novos puacuteblicos-alvo Haacute que estudar o

meio envolvente para perceber o que estaacute a falhar na resposta das organizaccedilotildees

- Como transformar uma fraqueza numa oportunidade Apesar das fragilidades

demonstradas seraacute que eacute possiacutevel encontrar uma soluccedilatildeo viaacutevel Seratildeo questotildees

que poderatildeo ser resolvidas com uma equipa de trabalho coesa e competente e

com apresentaccedilatildeo de produtos novos ou mesmo uma reajustamento face agrave

procura

E tambeacutem ao diagnoacutestico das forccedilas

- Como estaacute organizado o serviccedilo(s) A implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho eacute uma mais-valia para perceber quais satildeo os objetivos fins da missatildeo

visatildeo e valores da instituiccedilatildeo que aplica as ferramentas de marketing

- O que fazemos bem Haacute que saber bem definir o composto de marketing para

os gestores e informaccedilatildeo se aperceberem quais satildeo as principais linhas

orientadoras dos seus serviccedilos

- Em que somos melhores que instituiccedilotildees nossas similares Esta questatildeo

significa mesmo o que temos para oferecer de diferente dos nossos

- Quem eacute o nosso cliente O estudo do meio ambiente eacute fulcral para uma vez

mais satisfazer os diferentes nichos internos e externos

Esta reflexatildeo que deve ser feita regularmente e obriga a uma constante

interacccedilatildeo entre os diferentes agentes coloca-nos perante a matriz SWOT que poderaacute

ser exemplificada como se demonstra a seguir (figura nordm 41)

134

Figura nordm 41

Matriz SWOT

Legenda (-) Interacccedilatildeo negativa potencia a Ameaccedila ou desperdiccedila a Oportunidade

(+) Interacccedilatildeo positiva combate a Ameaccedila ou aproveita a Oportunidade

Fonte Sofia Santos

PONTOS FRACOS PONTOS FORTES

CO

NS

TR

AN

GIM

EN

TO

S

FIN

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IRO

S

CA

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ET

EN

TE

AMEACcedilAS

FALTA DE

AUTONOMIA

ADMINISTRATIVA E

FINANCEIRA - -

CONJUNTURA

ECONOacuteMICA

DESFAVORAacuteVEL - - - - + + + + +

DESCONHECIMENTO

DAS ACTIVIDADES

PELOS CIDADAtildeOS - - + + + + +

CONCORREcircNCIA DE

ARQUIVOS

BIBLIOTECAS

CENTROS DE

DOCUMENTACcedilAtildeO E

ESPACcedilOS DE LAZER - - -

MAacute LOCALIZACcedilAtildeO

ACESSIBILIDADE DA

INSTITUICcedilAtildeO -

HORAacuteRIO

DESADEQUADO -

OPORTUNIDADES

AMBIENTE

EXTERNO

FAVORAacuteVEL Agrave

IMPLEMENTACcedilAtildeO

DE POLIacuteTICAS DE

QUALIDADE + + + IDENTIFICACcedilAtildeO DE

NOVOS CLIENTES

EXTERNOS E

FIDELIZACcedilAtildeO DE

UTILIZADORES

REAIS + + + + + + IMPLEMENTACcedilAtildeO DE

POLIacuteTICAS DE

MARKETING

IMPOSICcedilAtildeO DE

IMAGEM E DE

MARCA NO

MERCADO + + + + + + +

135

Da anaacutelise desta matriz concluiacutemos que

a) a falta de recursos financeiros o nuacutemero insuficiente de

colaboradores e a falta de autonomia administrativa e financeira

aumentam as fragilidades destas instituiccedilotildees Esta situaccedilatildeo agrava-se

em tempos em que a conjuntura econoacutemica seja desfavoraacutevel A

pressatildeo desta fraqueza sobre o planeamento anual de um arquivo

puacuteblico pode ser contornada com a oferta de produtos serviccedilos e

informaccedilotildees que lhes permita alcanccedilar o interesse de novos puacuteblicos

pela diversificaccedilatildeo da oferta Eacute o caso da divulgaccedilatildeo das

incorporaccedilotildees que os arquivos puacuteblicos fazem com alguma

regularidade atraveacutes de mostras documentais acompanhadas por

novos instrumentos de descriccedilatildeo documental da criaccedilatildeo de oficinas

pedagoacutegicas sobre temas existentes associados aos conteuacutedos

programaacuteticos escolares cativando esse puacuteblico antes de chegar agrave sua

formaccedilatildeo universitaacuteria Retiramos do que fica dito que de uma

ameaccedilafraqueza quando esta seja objecto de anaacutelise podem surgir e

geralmente surgem factores de melhoria nos serviccedilos

b) satildeo entendidos por concorrentes directos dos arquivos puacuteblicos os

organismos que tecircm como alvos os mesmos segmentos de mercado

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo museus e outros arquivos no

meio envolvente A vantagem competitiva entre estes que poderaacute ateacute

ser antes de complementaridade na formaccedilatildeo dos cidadatildeos seraacute uma

vez mais a oferta e a diferenciaccedilatildeo de produtos que satisfaccedilam a sua

procura a praccedila isto eacute localizaccedilatildeo acessibilidade e horaacuterio de

serviccedilos prestados preccedilo relacionado com o tempo de resposta dada

ao requerente promoccedilatildeo a forma como se daacute a conhecer as suas

funccedilotildees e acervo

c) a imposiccedilatildeo de marca e da imagem dos arquivos no mercado estaacute

entre outros factores na qualificaccedilatildeo profissional dos seus arquivistas

e na aposta na formaccedilatildeo contiacutenua (que muitas vezes natildeo eacute possiacutevel

devido agrave falta de recursos financeiros da instituiccedilatildeo ou agraves opccedilotildees da

sua gestatildeo) bom atendimento (sempre a pensar no cliente-indiviacuteduo)

da resposta raacutepida e da oferta de uma boa colecccedilatildeo de referecircncia e

bons fundos documentais (organizaccedilatildeo e facilidade de consulta) a

136

acessibilidade da documentaccedilatildeo facilitada pelos manuais de

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada instrumentos descritivos roteiros

topograacuteficos e um site institucional sempre actualizado satildeo factores

que demarcam este tipo de serviccedilos

e) perante as ameaccedilasfraquezas e oportunidadesforccedilas enunciadas o

caminho a seguir passa pelo desenvolvimento de um serviccedilo eficiente e

eficaz em que se aplicam poliacuteticas de marketing e implementaccedilatildeo do

sistema de qualidade que origina a uniformizaccedilatildeo de procedimentos

internos e interdependecircncia maior entre os diversos departamentos sendo

direccionados para os clientes internos e clientes externos de forma a

atingir um serviccedilo que se distinga pela excelecircncia

A terceira etapa do processo de planificaccedilatildeo de um arquivo passa pela

definiccedilatildeo da sua missatildeo ndash que consiste em identificar o porquecirc e o para quecirc da sua

existecircncia da sua visatildeo ndash que identifica a forma como a organizaccedilatildeo pretende cumprir a

missatildeo estabelecida traduzindo aquilo que ela pretende ser no futuro e dos seus valores

- satildeo crenccedilas enraizadas que influenciam as atitudes as acccedilotildees dos elementos que a

compotildeem Poderiacuteamos afirmar que as questotildees poderiam ser estas 1 Que lugar os

Arquivos Puacuteblicos ocupam no meio envolvente (ambiente interno e ambiente externo

(micro e macro ambiente) 2 Como estes espaccedilos podem posicionar-se como

elementos integrantes do quotidiano do ser humano 3 Que imagem papel poderatildeo os

Arquivos Puacuteblicos ter como parceiro social e cultural na sociedade 4 Que importacircncia

tecircm na preservaccedilatildeo do patrimoacutenio documental 5 Qual o papel que esta unidade de

informaccedilatildeo tem na formaccedilatildeo de cidadatildeos activos e participantes e na influecircncia no

comportamento humano308

Generalizando optamos por demonstrar o que se passa em outros arquivos

nacionais regionais e municipais noutros paiacuteses Canadaacute Espanha EUA Estoacutenia

Finlacircndia e Portugal (figura nordm 42)

308

Adaptado de KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p113

137

Missatildeo visatildeo e valores

Canadaacute NATIONAL ARCHIVES OF CANADA

Missatildeo To preserve the collective memory of the nation and the government of Canada

and to contribute to the protection of rights and the enhancement of a sense of

national identity

by acquiring conserving and facilitating access to private and public

records of national significance and serving as the permanent repository

of records of federal government institutions and ministerial records

by facilitating the management of records of federal government

institutions and ministerial records

and encouraging archival activities and the archival community

Fonte httpwwwcollectionscanadaca

Espanha ARCHIVO HISTOacuteRICO NACIONAL

Missatildeo

Sus funciones son conservar y proteger el patrimonio histoacuterico documental que

ya custodia y el que deberiacutea seguir llegando (puesto que es un archivo abierto)

describir los contenidos informativos de los documentos y hacer accesible tanto

al investigador como al ciudadano los fondos documentales asiacute como potenciar

la difusioacuten cultural de los mismos El Archivo Histoacuterico Nacional es la institucioacuten

que conserva y custodia la documentacioacuten producida y recibida por los

organismos que conforman el aparato administrativo del Estado espantildeol desde la

Edad Moderna asiacute como otros fondos documentales de instituciones puacuteblicas y

privadas desde la Edad Media

Fonte httpwwwmcuesarchivosMCAHNPresentacionhtml

EUA US NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION

Visatildeo

As the nationrsquos record keeper it is our vision that all Americans will understand

the vital role records play in a democracy and their own personal stake in the

National Archives Our holdings and diverse programs will be available to more

people than ever before through modern technology and dynamic partnerships

The stories of our nation and our people are told in the records and artifacts

cared for in NARA facilities around the country We want all Americans to be

inspired to explore the records of their country

Missatildeo

The National Archives and Records Administration serves American democracy

by safeguarding and preserving the records of our Government ensuring that the

people can discover use and learn from this documentary heritage We ensure

continuing access to the essential documentation of the rights of American citizens

and the actions of their government We support democracy promote civic

education and facilitate historical understanding of our national experience

Fonte httpwwwarchivesgov

Estoacutenia RAHVUSARHIIV (Arquivos Nacionais da Estoacutenia)

Missatildeo

The National Archives of Estonia collects and preserves Estonias historical

cultural state and societal archival documentation irrespective of time place and

nature of the creation of the informational units

The National Archives of Estonia consolidates persistence of economic political

138

and social rights information in an established capacity and time required by law

The Archives allows clients to use fonds and information for legal socio-political

cultural educational and scientific research both at local services level for

traditional researchers and readers and virtual services level with the help of new

information technologies The personnel of the Archives are guided in their work

by common values as well as archivist and professional ethics to serve clients in

best tradition

Fonte httpwwwraee

Finlacircndia ARKISTOLAITOS ARKKIVERKET (Serviccedilo Nacional de Arquivos da

Finlacircndia)

Visatildeo

The National Archives Service is the most important expert organisation in

Finland on records management in public sector long-term and permanent

preservation of documents and documentary cultural heritage and a nationally

significant information service institution whose expertise is internationally

esteemed

Missatildeo

The mission of the National Archives Service is to ensure the preservation and

availability of records belonging to the national cultural heritage to promote

research and to guide develop and research records and archives management

The National Archives Service has the right to normative action and it directs

archiving operations so that records creators can following good information

management practices handle the information services related to the documents

define their preservation value and dispose of unnecessary material The National

Archives Service supports the operations of public records creators and the right

of private individuals and communities to access public documents Operations

take into consideration the availability of documents as well as the due process of

law and the privacy of private individuals and communities

The key users of the National Archives Service are the public administration

researchers the media citizens requiring information for public or private

purposes and those interested in personal and local history

The National Archives are also the national heraldry agency where the expert

organ of the Heraldic Board works

Valores

Values form the basis of the National Archives Service operation and guide its

relationship to customers stakeholders and co-workers The values are based on

internationally accepted general human values and professional and ethical

principles in the archival field and scientific community

The core values of the National Archives Service are

1) Transparency and confidentiality

2) Equality

3) Independence

Transparency and confidentiality

Finnish and Nordic governance is based on the transparency of administration

and the openness of government activities In accordance with the principles of

good information management governance the National Archives Service

promotes the implementation of the openness principle as well as the

transparency of administration both in the guidance and training of records

management and in the use of the holdings of the National Archives Service

Improving the usability of archives and documents as well as efficient customer

service is an integral part of operational transparency

139

Legislation protecting the privacy of citizens is part of good information

management practice In using the archives rules agreed with the donor and

restrictions based on legislation are followed

Ensuring privacy and strict adherence to the conditions of donated private

archives creates a basis for trust in the National Archives Service and this in turn

ensures that private collections central to Finnish history society and culture can

be acquired in future

Equality

Material in different archives and repositories forms the basis of the image that

research creates of Finnish history culture and society in different eras

The National Archives Services acquisition policy ensures that in addition to

government and official archives the researchers have balanced adequate and

conclusive material from different sectors of society at their disposal

The National Archives Service serves all users equally Good customer service

and the publication of key materials over the Internet improve equal access to the

materials independent of time and place

Independence

The archive materials are part of Finnish and world cultural heritage In

collecting using and preserving this material the National Archives Services

main responsibility lies with future generations The professional activities of the

National Archives Service staff just be independent of any political religious

economic or other aims that might endanger confidence in the equality and

independence of the National Archives Service

The National Archives Service follows the Code of Ethics for archivists adopted by

the International Council on Archives as well as guidelines for best scientific

practices and handling of any infringements on these practices established by the

National Advisory Board on Research

Fonte httpwwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

Portugal Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

Missatildeo

A Administraccedilatildeo Puacuteblica produz e manteacutem documentos capazes de

fornecer prova adequada e suficiente das suas actividades provendo

responsabilidade organizacional e memoacuteria

Os documentos com valor arquiviacutestico satildeo identificados e preservados

enquanto fundamento da memoacuteria individual e colectiva factor de

identidade nacional e fonte de investigaccedilatildeo cientiacutefica

O acesso aos arquivos eacute garantido sem discriminaccedilotildees considerado requisito

para o exerciacutecio de uma cidadania responsaacutevel e factor de desenvolvimento da

democracia

Fonte httpwwwianttpt

BIBLIOTECA PUacuteBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA PONTA

DELGADA

Missatildeo

A missatildeo institucional da BPARPD eacute a de contribuir para o desenvolvimento do

niacutevel sociocultural da populaccedilatildeo de modo a que estes acompanhem as raacutepidas

mutaccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais impostas pela Sociedade do

Conhecimento e desenvolvam competecircncias individuais que contribuam para uma

maior autonomia e a participaccedilatildeo social Para tal a BPARPD disponibiliza um

conjunto apropriado e diversificado de serviccedilos e de actividades na aacuterea da

educaccedilatildeo da informaccedilatildeo da cultura e do lazer

140

Visatildeo

O futuro olharaacute para noacutes como uma autecircntica Comunidade participativa para a

construccedilatildeo democraacutetica

O serviccedilo de cidadania teraacute sempre presente as missotildees-chave da BPARPD

relacionadas com a informaccedilatildeo a alfabetizaccedilatildeo a educaccedilatildeo e a cultura

A nossa prestaccedilatildeo seraacute reconhecida pela Comunidade como um serviccedilo

personalizado dinacircmico criativo e como agente essencial para a promoccedilatildeo da

paz do bem-estar espiritual e do desenvolvimento e em permanente adaptaccedilatildeo agraves

necessidades dos utilizadoresclientes

Seremos reconhecidos pela nossa atitude proacute-activa de corresponsabilidade

eficiecircncia e eficaacutecia servindo como porta de acesso local ao conhecimento

A implementaccedilatildeo das relaccedilotildees interpessoais em contexto laboral seraacute a expressatildeo

de uma cultura transparente positiva e de respeito pela iniciativa individual

fomentando a auto-estima e empatia

Fonte httpwwwbparpdpt

ARQUIVO MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS

Missatildeo

A principal Missatildeo do Arquivo Municipal eacute prestar serviccedilos de gestatildeo

documental organizando os diversos fundos documentais e fornecendo a

documentaccedilatildeoinformaccedilatildeo aos clientes internos e externos da Cacircmara Municipal

de Torres Vedras

Visatildeo

A Visatildeo do Arquivo Municipal de Torres Vedras eacute implementar as melhores

praacuteticas de gestatildeo documental integrada num esforccedilo de melhoria contiacutenua

orientadas para o cliente com objectivos de eficaacutecia e eficiecircncia com vista agrave

satisfaccedilatildeo de todas as suas expectativas de qualidade

Valores

Eacutetica

Seguranccedila

Profissionalismo e Responsabilidade

Qualidade

Cooperaccedilatildeo Muacutetua

Inovaccedilatildeo

Fonte httpwwwarquivodetorresvedrasnet

Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 42

Fonte Sofia Santos

141

Estamos por isso perante a aplicaccedilatildeo do marketing mix cuja definiccedilatildeo e formas

de execuccedilatildeo estatildeo amplamente descritas e exemplificadas no Capiacutetulo 4 Marketing nos

Arquivos Puacuteblicos

Face ao supracitado os colaboradores devem anaacutelisar os produtos e os serviccedilos

disponibilizados indicando o que deve permanecer ser alterado eou eliminado novas

produccedilotildees novos segmentos e formas de imposiccedilatildeo no mercado309

Estamos na fase da

implementaccedilatildeo do desenho organizativo e desenho dos sistemas onde satildeo analisados os

sistemas de monitorizaccedilatildeo e de mediccedilatildeo aplicados por cada arquivo a cada serviccedilo e a

cada actividade Baseados na nossa experiecircncia a anaacutelise e consulta de inqueacuteritos de

satisfaccedilatildeo elogios caixa de sugestotildees livro de reclamaccedilotildees livros de honra trabalhos

efectuados pelos participantes nas actividades educativas etc cujas informaccedilotildees

constituem indicadores sobre os serviccedilos e produtos a melhorar desenvolver ou

implementar

Tambeacutem o controlo da execuccedilatildeo dos indicadores de desempenho definidos para

cada objectivo eacute fundamental para identificar a falta de cumprimento da execuccedilatildeo das

acccedilotildees planeadas conforme o estabelecido na matriz dos objectivos Assim se por

exemplo a equipa designada natildeo concluir a descriccedilatildeo de um determinado fundo numa

data prevista haacute que saber identificar o porquecirc deste desvio e as correcccedilotildees a efectuar

E da mesma forma em situaccedilotildees idecircnticas

Podemos deste modo afirmar que a concepccedilatildeo implementaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de

um organismo produto ou serviccedilo exige planificaccedilatildeo para atingir as metas a que se

propotildee Metas que dependem do motivo para que foi criado Mas o objetivo final eacute soacute

um satisfazer o cliente-indiviacuteduo com qualidade excelecircncia

45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo

Apoacutes a descriccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos nos Arquivos

Puacuteblicos constatamos que existe uma nova ramificaccedilatildeo no marketing o marketing

arquiviacutestico

Como o proacuteprio nome indica este conceito aplica-se no dia-a-dia da arquiviacutestica

a partir do momento em que se estabelece a missatildeo visatildeo e valores do Arquivo Uma

vez definido eacute possiacutevel criar um plano de actividades acompanhado de tabelas de

309

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p 122

142

controlo de execuccedilatildeo de cada serviccedilo para que as demandas e necessidades do cliente

interno e externo sejam satisfeitas de forma eficiente e eficaz Temos partir da ideia de

quando se procede a reuniotildees de trabalho perioacutedicas se desenvolve e consolidam

praacuteticas de avaliaccedilatildeo se identificam as necessidades de formaccedilatildeo se promovem e

desenvolvem competecircncias e satildeo equacionados os recursos materiais os funcionaacuterios

sentem-se motivados no seu desempenho profissional a niacutevel quantitativo e qualitativo

A partir daqui estatildeo criadasgarantidas as condiccedilotildees necessaacuterias para abertura dos

arquivos ao exterior Como Disponibilizando toda uma gama de serviccedilos de produtos

e de informaccedilotildees de forma a conquistar fidelizar e melhorar o relacionamento com os

utilizadores razatildeo da sua existecircncia Exemplo disso eacute o atendimento personalizado uma

boa colecccedilatildeo de referecircncia instrumentos descritivos actividades pedagoacutegicas e

culturais e um site institucional permanentemente actualizado Para satisfazer ainda

mais as expectativas tangiacuteveis e intangiacuteveis do cliente-indiviacuteduo natildeo haacute nada melhor

que a aplicaccedilatildeo e anaacutelise de inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo Outra forma de avaliaccedilatildeo das suas

expectativas seraacute a caixa de sugestotildees o livro de reclamaccedilotildees e a recolha de elogios

que chegam atraveacutes do site e-mail fax e ofiacutecios As criacuteticas construtivas devem ser

tambeacutem tidas em conta mas o marketing soacute existe se derem uma resposta a estas

sugestotildees

Como se pode verificar as teacutecnicas empresariais existem sempre ainda que de

forma subtil pois um cliente satisfeito volta sempre e por sua vez recomenda-o a

algueacutem

Os conceitos de marketing tambeacutem satildeo aplicados na apresentaccedilatildeo de qualquer

acccedilatildeoactividadepublicaccedilatildeo quando haacute cuidado na concepccedilatildeo graacutefica e na forma como

se transmite a informaccedilatildeo atraveacutes dos diferentes canais de comunicaccedilatildeo Ou seja a

linguagem utilizada deve estar na mesma sintonia que a fonte e ser perceptiacutevel pelo

grupo-alvo de forma que as mensagens sejam descodificadas interpretadas e absorvidas

por esse mercado Estamos perante a visibilidade posicionamento dos seus produtos

serviccedilos cuja difusatildeo passa pelo composto praccedila preccedilo e promoccedilatildeo de forma a se

destacarem e se diferenciarem no mercado para impor a sua marca Daiacute termos de

recorrer ao e-marketing ou webmarketing para comunicar o site ao marketing editorial

no cuidado graacutefico nas ediccedilotildees arquiviacutesticas e ao marketing cultural como soluccedilatildeo para

angariar patrociacutenio para aquisiccedilatildeo de novos fundos colecccedilotildees de referecircncia novas

publicaccedilotildees exposiccedilotildees actividades pedagoacutegicas acccedilotildees de formaccedilatildeo e organizaccedilatildeo de

eventos com caraacutecter cientiacutefico e cultural

143

Da junccedilatildeo destas ideias podemos concluir que o marketing arquiviacutestico resulta

de uma mescla mercadoloacutegica compreendendo o marketing interno designado de

endomarketing e marketing interno o e-marketing marketing editorial e marketing

cultural

144

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO

CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) presta na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira

(RAM) vaacuterios serviccedilos dos quais vamos estudar apenas a aplicaccedilatildeo da ferramenta de

marketing no Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural criado em 2005 entre esta data e o

ano 2008

O historial do ARM e dos seus fundos documentais e a descriccedilatildeo dos serviccedilos

existentes seratildeo o ponto de partida desta nossa abordagem A nossa atenccedilatildeo tambeacutem se

debruccedilaraacute sobre a importacircncia e as adversidades da implementaccedilatildeo do Sistema de

Gestatildeo da Qualidade Satildeo estes os aspectos que nos ocuparatildeo no desenvolvimento deste

capiacutetulo

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira

A contextualizaccedilatildeo desta instituiccedilatildeo passa por referenciar os grandes momentos da

sua histoacuteria e tambeacutem por referir as suas funccedilotildees e acervo Temos portanto de recuar a

1931 o momento da sua criaccedilatildeo No contexto de uma ampla reforma do sistema

arquiviacutestico portuguecircs o Arquivo Distrital do Funchal foi criado pelo decreto nordm 19952

de 27 de Junho de 1931 com rectificaccedilatildeo publicada em 30 de Julho sendo as suas

principais funccedilotildees recolher instalar inventariar e facultar agrave consulta dos estudiosos os

nuacutecleos documentais dispersos no respectivo distrito Posteriormente o decreto nordm

20690 de 30 de Dezembro de 1931 estabeleceu as condiccedilotildees para o funcionamento do

arquivo passando a administraccedilatildeo financeira para a Junta Geral do Distrito do Funchal

Tecnicamente dependia da Inspecccedilatildeo Geral das Bibliotecas e Arquivos integrada na

Direcccedilatildeo Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes do Ministeacuterio da Instruccedilatildeo

Puacuteblica Em Janeiro de 1932 o Arquivo Distrital foi instalado em dependecircncias do

Palaacutecio da Encarnaccedilatildeo No ano seguinte passou para o Palaacutecio de Satildeo Pedro em pleno

centro histoacuterico do Funchal Aiacute permaneceu durante mais de setenta anos ateacute agrave

inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio integrado no Madeira Tecnopoacutelo espaccedilo de urbanizaccedilatildeo

da cidade do Funchal onde satildeo promovidas a investigaccedilatildeo cientiacutefica tecnoloacutegica e

desportiva ainda em expansatildeo

145

Figura nordm 44

Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Na deacutecada de 80 e de 90 do seacuteculo XX este organismo entra numa nova fase

Primeiro com a publicaccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 28780 de 16 de Agosto o Arquivo

Distrital passa a ser designado de Arquivo Regional da Madeira e fica sob a tutela da

Secretaria Regional do Turismo e Cultura no acircmbito da Direcccedilatildeo Regional dos

Assuntos Culturais Depois na sequecircncia da publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo

Regional nordm 998 de 22 de Maio passa a ser o oacutergatildeo de gestatildeo da poliacutetica arquiviacutestica

regional do Arquivo Histoacuterico Puacuteblico e da Administraccedilatildeo Regional da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)310

Tem como principais funccedilotildees recolher tratar

conservar avaliar e difundir o seu acervo que documenta a Histoacuteria do arquipeacutelago da

Madeira desde o iniacutecio do povoamento ateacute ao seacuteculo XX

Segundo o artigo 25ordm do Decreto Regulamentar Regional nordm 22005M de 10 de

Fevereiro de 2005 eacute obrigatoriamente incorporada nos seus depoacutesitos a documentaccedilatildeo

dos serviccedilos do Governo Regional e das autarquias locais da RAM Recebe ainda

documentos com valor histoacuterico das conservatoacuterias do registo civil e paroacutequias das

conservatoacuterias dos registos e do notariado dos tribunais serviccedilos estatais cessantes ou

qualquer outra documentaccedilatildeo cuja incorporaccedilatildeo seja prescrita por disposiccedilatildeo legal

Na sequecircncia do laquoRelatoacuterio aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeiraraquo311

e de uma poliacutetica de abertura e valorizaccedilatildeo do Arquivo Regional

concretizou-se em 17 de Setembro de 2004 a inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio

310

Decreto Legislativo Regional nordm 9 98 de 22 de Maio 311

Em 1999 publicou-se o laquoRelatoacuterio do Inqueacuterito aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira (199697)raquo que teve como principal objectivo conhecer a realidade dos fundos documentais

arquivados nos serviccedilos da Administraccedilatildeo Regional Autoacutenoma Analisados os resultados as conclusotildees

foram as seguintes a falta de espaccedilo que impedia a boa organizaccedilatildeo e preservaccedilatildeo dos documentos

justificava a centralizaccedilatildeo da documentaccedilatildeo de conservaccedilatildeo permanente no Arquivo Regional da

Madeira A situaccedilatildeo revelada nessa anaacutelise tornava urgente a construccedilatildeo de um novo edifiacutecio para o

ARM O recrutamento e formaccedilatildeo de pessoal especializado a elaboraccedilatildeo de portarias de gestatildeo de

146

Figura nordm 45

Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

A preparaccedilatildeo para a mudanccedila de instalaccedilotildees implicou o desenvolvimento de

vaacuterios projectos designadamente laquoa higienizaccedilatildeo acondicionamento tratamento e

informatizaccedilatildeo dos fundos documentais por tratar e daqueles cuja assiduidade de

consulta estado de conservaccedilatildeo e previsatildeo de futuras incorporaccedilotildees inspiravam maiores

cuidados como os arquivos paroquiais judiciais e notariaisraquo312

Apoiado num reforccedilo e

formaccedilatildeo de novos teacutecnicos iniciou-se o levantamento organizaccedilatildeo e inventariaccedilatildeo dos

documentos da Junta Geral do Distrito do Funchal ainda na posse de diversos serviccedilos

do Governo Regional Em 2005 comeccedilou a transferecircncia do acervo um trabalho que

durou cerca de um ano e meio

Na opiniatildeo da actual directora Faacutetima Barros o edifiacutecio laquomarca o iniacutecio de uma

nova era para o Arquivo Regional e para a qualidade dos Arquivos da Regiatildeo

permitindo finalmente proceder agrave incorporaccedilatildeo da volumosa documentaccedilatildeo que haacute

muito deveria estar sob a sua custoacutediaraquo313

Em 2008 foi obtido o Projecto de Certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade

do ARM de acordo com a norma NP EN ISO 90012000314

documentos o aperfeiccediloamento das praacuteticas de gestatildeo dos arquivos administrativos o levantamento sobre

a situaccedilatildeo dos arquivos privados na Regiatildeo e a valorizaccedilatildeo do papel do ARM foram outros toacutepicos de

reflexatildeo sugeridos pelos autores do inqueacuterito Instrumentos descritivos Relatoacuterio do inqueacuterito aos

arquivos puacuteblicos na RAM Boletim nordm XXII Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral

dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 1999 Depoacutesito Legal 115025-

97449487 ISSN 0873-9048 p 451-505 312

Ediccedilatildeo comemorativa da inauguraccedilatildeo do edifiacutecio Arquivo Regional da Madeira Biblioteca Puacuteblica

Regional Secretaria Regional de Turismo e Cultura DRAC Funchal 2004ISBN 972-648-152-Xp 16

313Idem p 17 314

Actualmente o ARM rege-se pela NP EN ISO 90012008

147

511 Principais fundos

Figura nordm 46

Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Dos organismos e instituiccedilotildees representadas no acervo do Arquivo Regional da

Madeira destacam-se os arquivos das cacircmaras municipais designadamente a seacuterie de

vereaccedilotildees do fundo da Cacircmara Municipal do Funchal datadas entre 1470 e 1975 as

mais antigas do espaccedilo atlacircntico Estatildeo tambeacutem agrave guarda do ARM os fundos dos

Capitatildees-Gerais e do Governo Civil da Alfacircndega do Funchal da Junta Geral do

Distrito do Funchal do Juiacutezo dos Resiacuteduos e Provedoria das Capelas e a Santa Casa da

Misericoacuterdia do Funchal Porto Santo e Machico Os Arquivos Judiciais Notariais e

Paroquiais (que incluem registos de baptismos casamentos e oacutebitos entre 1538-1911)

Arquivos de Famiacutelia e Pessoais Colecccedilotildees de Legislaccedilatildeo e de Jornais (onde se inclui o

Patriota Funchalense primeiro perioacutedico publicado na Madeira) A Biblioteca Nuno

Porto O ARM incorpora ainda Colecccedilotildees de Postais e Fotografias contendo imagens

do patrimoacutenio urbano e artiacutestico dos seacuteculos XIX e XX

148

Deste acervo poderiam ainda fazer parte os fundos documentais transferidos para

Lisboa para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo por imposiccedilatildeo de um decreto de 2

de Outubro de 1862 e posterior portaria do Reino datada de 9 de Junho de 1886 de que

constam a Provedoria e Junta da Real Fazenda a Alfacircndega do Funchal o Cabido da

Seacute e o Convento de Nossa Senhora da Encarnaccedilatildeo A Direcccedilatildeo ndash Geral d Arquivos

guarda tambeacutem os documentos do Convento de Santa Clara onde se inclui um diploma

de 1447 o mais antigo produzido na Madeira

512 Outros Serviccedilos do ARM

Apesar de em 2009 terem sido criadas as divisotildees de serviccedilos do Arquivo

Regional315

como a Divisatildeo de Leitura e Certidotildees Divisatildeo de Serviccedilos Educativos

Formaccedilatildeo e Extensatildeo Cultural Divisatildeo de Apoio Teacutecnico e Administraccedilatildeo Geral e

Divisatildeo de Biblioteconomia vamos agora descrever como se encontram na praacutetica

divididos os serviccedilos no ARM

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos

Figura nordm 47

Locais de serviccedilo externo do ARM

As Funccedilotildees que lhes estatildeo atribuiacutedas incluem

1 elaboraccedilatildeo e aprovaccedilatildeo de Relatoacuterios de Avaliaccedilatildeo de Documentaccedilatildeo

Acumulada

2 elaboraccedilatildeo aprovaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de Portarias de Gestatildeo de

Documentos

315

Despacho nordm 352009 de 08 de Junho de 2009

149

3 emissatildeo de pareceres acerca da eliminaccedilatildeo de documentos que natildeo

tenham sido abrangidos por nenhum dos supracitados processos de

avaliaccedilatildeoselecccedilatildeo de documentos

4 elaboraccedilatildeo reformulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de planos de classificaccedilatildeo e

manuais de arquivo ndash optimizando recursos e modernizando a praacutetica

administrativa

5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental

Principais competecircncias

1 descriccedilatildeo documental e organizaccedilatildeo documental de arquivos

2 classificaccedilatildeo documental

3 elaboraccedilatildeo de instrumentos descritivos guia inventaacuterios cataacutelogos e

registos

4 incorporaccedilotildees de documentos e gestatildeo de depoacutesitos

5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees

Figura nordm 48

Aspectos da Sala de Leitura do ARM

150

Funccedilotildees que lhes competem

1 emissatildeo de certidotildees

2 serviccedilo de leitura

3 serviccedilos de referecircncia

4 transcriccedilotildees paleograacuteficas

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro

Figura nordm 49

Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Principais competecircncias

1 assegurar a preservaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos documentos agrave sua guarda e

disponibilizar mais e melhor informaccedilatildeo aos seus utilizadores atraveacutes do

controlo das condiccedilotildees ambientais e reproduccedilatildeo - microfilmagem ou

digitalizaccedilatildeo

2 promover a salvaguarda e acessibilidade da heranccedila cultural legada ao ARM

3 prestar consultoria ao niacutevel de condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo de

documentos de transferecircncia ou substituiccedilatildeo de suportes

151

5124 Serviccedilo de Biblioteconomia

Principais competecircncias

1gestatildeo de espeacutecies bibliograacuteficas

2 organizaccedilatildeo e tratamento de espeacutecies bibliograacuteficas

5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica

Principais competecircncias

1 apoio logiacutestico informaacutetico manutenccedilatildeo do site e da Intranet

5125 Outros Serviccedilos

1 Secretariado

2 Serviccedilos Administrativos e de Manutenccedilatildeo

Figura nordm 50

Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM

Em Janeiro de 2008 o Arquivo Regional da Madeira tornou-se a primeira

identidade do geacutenero em Portugal a obter a certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da

Qualidade de acordo com a norma Norma Portuguesa EN ISO 90012000 Na altura as

trecircs grandes linhas orientadoras da sua Poliacutetica de Qualidade foram

152

1 laquoAssegurar a salvaguarda valorizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos documentos

arquiviacutesticos e bibliograacuteficos na perspectiva dos interesses e das necessidades dos

Cidadatildeos e no cumprimento dos requisitos legais aplicaacuteveis agraves actividades da

Organizaccedilatildeo

2 Afirmar o Arquivo Regional da Madeira como instituiccedilatildeo de referecircncia na

gestatildeo e organizaccedilatildeo de arquivos assegurando para tal a manutenccedilatildeo de elevadas

competecircncias dos colaboradores atraveacutes da formaccedilatildeo da partilha de experiecircncias

e soluccedilotildees do trabalho em grupo e da comunicaccedilatildeo

3 Assegurar a melhoria contiacutenua do desempenho dos processos de prestaccedilatildeo de

serviccedilo do Arquivo Regional da Madeira atraveacutes da utilizaccedilatildeo dos Indicadores de

Desempenho e da sua conjugaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de acccedilotildees correctivas e

preventivas adequadasraquo316

Para compreensatildeo das etapas da sua implementaccedilatildeo dificuldades e vantagens e

para que possa seguir de modelo para outros organismos optaacutemos por entrevistar a

pessoa que orientou este projecto a Drordf Faacutetima Barros317

Sofia Santos (SS) O que significa para si a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo ao ARM

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

316

Missatildeo Visatildeo e Poliacutetica da Qualidade - Manual da qualidade do Arquivo Regional da Madeira ARM

Funchal 2007p8 317

Veja-se a integridade da entrevista no anexo 8

153

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM) e o oacutergatildeo de gestatildeo dos arquivos da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

SS Quais satildeo as vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no

ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute no ano passado entraram cerca de 4 km de documentaccedilatildeo E por outro

lado os nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Quais satildeo os objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

da qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos colaboradores nos objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tambeacutem objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

154

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novos

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a sua melhoria apresentando

sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema implica

avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

1 Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o

ldquoEQA ndash European Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European

Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash Common Assessment

Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia-a-dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o quotidiano da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo

155

do SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nuacutemero de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem Sugestotildees de Melhoria Porque

incentivamos os leitores a fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos

um maior cuidado na apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A

partir dos dados recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo

estatiacutesticos) reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre

recebidos via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

156

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo

Comunicar e valorizar o patrimoacutenio arquiviacutestico da Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira foram desde sempre objectivos primordiais do Arquivo Regional da Madeira

Segundo aliacutenea s) do Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M eacute da sua

competecircncia

laquoPromover e participar em acccedilotildees de acircmbito cultural ou cientiacutefico

de forma a divulgar o seu acervo documental especialmente

ediccedilotildees exposiccedilotildees visitas de estudo serviccedilos educativos e

outrosraquo318

Promover significa319

a) criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do Arquivo Regional e

reconhecimento dos seus profissionais

b) desenvolver um conjunto de acccedilotildees informativas e formativas ndash como

exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas

ndash que valorizem e divulguem o espoacutelio documental que testemunha a

memoacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira ao longo de mais de cinco

seacuteculos de Histoacuteria

c) contribuir para uma mais soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto

cidadatildeos participantes

d) ter a capacidade de incentivar haacutebitos de pesquisa e de cativar novos

puacuteblicos outros tipos de puacuteblicos natildeo habituados aos nossos serviccedilos

Neste acircmbito e ainda aliada agraves modernas e adequadas condiccedilotildees proporcionadas

pelo novo edifiacutecio320

foi implementado em 2005 um novo serviccedilo no Arquivo Regional

da Madeira o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural (SEEC)

318

Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M aliacutenea p 3828 319

Este ponto foi baseado no artigo de SANTOS Sofia ndash O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da

Madeira In Jornadas Serviccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecas Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel p1

157

A sua criaccedilatildeo de facto proveacutem do iniacutecio de 2004321

com a delineaccedilatildeo da

estrateacutegia de trabalho com o apoio e colaboraccedilatildeo de Faacutetima Barros (directora de

serviccedilos do ARM) e de Sofia Santos (responsaacutevel por este serviccedilo) Primeiro procedeu-

se agrave pesquisa e estudo de literatura relacionada com a educaccedilatildeo e extensatildeo cultural em

instituiccedilotildees culturais sobretudo experiecircncias em museus do Continente322

depois numa

segunda fase apostou-se na visita a diversos arquivos municipais e distritais museus e

bibliotecas e em formaccedilatildeo na aacuterea

De seguida as questotildees que se colocaram foram Como comeccedilar Que

mercado-alvo a trabalhar Que actividades criar Um aspecto esteve sempre presente

laquoo novo serviccedilo do ARM tinha de ser cuidadosamente pensado e estruturado com um

crescimento proporcional aos recursos e agrave procura suscitada de forma a destacar-se a

niacutevel regional e ateacute nacionalraquo323

Ainda sem a plena consciecircncia da segmentaccedilatildeo de mercado e da matriz SWOT

comeccedilaacutemos pela realizaccedilatildeo de um levantamento no ambiente envolvente do ARM

Neste estudo verificamos que no Arquipeacutelago da Madeira aleacutem do Arquivo Regional

soacute existem arquivos municipais que natildeo desenvolvem quaisquer actividades de

dinamizaccedilatildeo cultural Tambeacutem na altura do estudo das boas praacuteticas dos serviccedilos

educativos dos museus e bibliotecas regionais324

verificaacutemos que os seus principais

puacuteblicos estavam restritos ao ensino preacute-escolar ensino baacutesico segundo e terceiro ciclo

Havia uma lacuna geral ndash os alunos do secundaacuterio e das universidades ndash estavam

completamente esquecidos A partir da identificaccedilatildeo desta realidade ficou estabelecido

que o nosso puacuteblico seria mesmo esse Quanto aos discentes universitaacuterios e tendo em

consideraccedilatildeo que os cursos das Ciecircncias Sociais possuem poucos estudantes na

Universidade da Madeira (UMa) e a fim de contribuir para um aumento do nuacutemero de

interessados nesta aacuterea havia que apostar em forccedila na divulgaccedilatildeo do acervo e funccedilotildees

do ARM entre estes grupos

320

Para o SEEC foram destinados gabinetes de trabalho um ateliecirc de serviccedilo educativo De utilizaccedilatildeo

pontual foi igualmente cedida a sala de formaccedilatildeo (que actualmente jaacute natildeo existe) e o auditoacuterio 321

Em 1997 o ARM jaacute tinha dado iniacutecio a um conjunto de iniciativas junto da comunidade escolar mas a

o insuficiente nuacutemero de teacutecnicos as inadequadas instalaccedilotildees bem como a prioridade dada a outros

serviccedilos inviabilizou este projecto ateacute ao ano de 2005 322

Em Portugal Continental foram efectuadas visitas aos serviccedilos da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Biblioteca Nacional de Portugal Museu de Serralves Arquivo Municipal de Penafiel e do Porto Arquivo

Distrital de Viseu e do Porto 323

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

324 Na Madeira foram efectuadas visitas aos Serviccedilos Educativos do Museu Frederico de Freitas Museu

de Artes Sacra Nuacutecleo Museoloacutegico do Accediluacutecar entre outros Na altura deste estudo a Biblioteca Puacuteblica

Regional e a Biblioteca Municipal do Funchal natildeo desenvolviam actividades pedagoacutegicas

158

Mediante a anaacutelise efectuada e tendo em consideraccedilatildeo a missatildeo do Arquivo

ficou estabelecido que este serviccedilo seria constituiacutedo por um Teacutecnico Superior de

Arquivo (Sofia Santos) um licenciado em Belas-Artes com experiecircncia em serviccedilos

educativos de um museu (Marcela Costa) e duas colaboradoras (Nateacutercia Gouveia -

formada em Jornalismo e uma teacutecnica profissional de arquivo Regina Oliveira) Foi

tambeacutem destacado para este serviccedilo um designer graacutefico (Pedro Clode)325

Numa etapa

posterior foi criada uma linha graacutefica com cores apelativas e distintas dos restantes

produtos informativos do ARM Eacute o caso do logoacutetipo ndash o Aprendiz de Arquivo ndash cujo

processo de registo da patente teve iniacutecio em Marccedilo de 2005 finalizando em Maio do

mesmo ano sob o nuacutemero 391032 Este laquoaprendizraquo de leitura simples tem cores

apelativas e elementos identificativos caso do chapeacuteu do pergaminho e da pena como

instrumento de escrita simbolizando toda a comunidade que estaacute a aprender o que faz e

guarda esta Casa da Cultura Foi tambeacutem criado um desdobraacutevel e um marcador A sua

linha graacutefica tinha um objectivo mostrar agrave comunidade estudantil e populaccedilatildeo em geral

que existe um novo serviccedilo no Arquivo feito a pensar nos laquoAprendizes de Arquivoraquo

quebrando desta forma com a ideia que estes organismos estatildeo fechados sobre si

Figura nordm 51

Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

325 Em Setembro 2008 a equipa do SEEC foi alargada com a requisiccedilatildeo de dois docentes Dr

Constantino Teles licenciado em Educaccedilatildeo Fiacutesica e a Drordf Gabriela Queiroz licenciada em Histoacuteria via

ensino Em 2009 esses professores foram substituiacutedos por outros colegas Joatildeo Martins e Faacutetima Abreu

ambos licenciados em Histoacuteria

159

Figura nordm 52

Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53

Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Para a concretizaccedilatildeo das acccedilotildees educativas foram igualmente adquiridos

materiais proacuteprios tintas papeacuteis canetas marcadores pinceacuteis etc condiccedilotildees estas que

se garantiram nos orccedilamentos dos anos posteriores

Responder agrave questatildeo que produtosserviccedilos o ARM oferece atraveacutes do SEEC

foi algo que no iniacutecio se revelou difiacutecil Para isto delineou-se um plano de trabalhos ateacute

2008 e um manual de procedimentos Actualmente procede-se a planificaccedilotildees anuais

dos programas educativos e de extensatildeo cultural (ediccedilotildees alugueres de espaccedilos como

auditoacuterio sala de formaccedilatildeo e aacutetrio de entrada mostras exposiccedilotildees acccedilotildees de formaccedilatildeo

160

coloacutequios mesas redondas e workshop) de forma organizada e de acordo com os

trabalhos a decorrer no Arquivo

Um outro aspecto tambeacutem ficou aqui sedimentado a impossibilidade de isolar o

serviccedilo educativo da extensatildeo cultural e vice-versa pois como poderemos observar por

vezes as actividades complementam-se entre si

531 Actividades pedagoacutegicas e culturais

Desde o iniacutecio de SEEC do ARM ateacute 2008 foram vaacuterias as actividades

desenvolvidas326

e disponibilizadas agrave comunidade Todas e quaisquer etapas de

elaboraccedilatildeo das actividades satildeo sintetizadas de acordo com a laquoFicha de Concepccedilatildeo e

Planeamento das Actividades do Serviccedilo EducativoExtensatildeo Culturalraquo Eacute entatildeo

elaborada a especificaccedilatildeo e o planeamento da concepccedilatildeo e desenvolvimento do

produtoserviccedilo que identifica os objectivos a atingir os inputs e outputs da concepccedilatildeo

e desenvolvimento assim como os recursos necessaacuterios Serve igualmente para definir

as datas chave do processo de concepccedilatildeo e desenvolvimento (revisatildeo verificaccedilatildeo e

validaccedilatildeo) os responsaacuteveis pela sua realizaccedilatildeo bem como as acccedilotildees necessaacuterias agrave sua

prossecuccedilatildeo Para a concretizaccedilatildeo destes produtos toda a equipa do SEEC eacute envolvida

efectua-se uma revisatildeo perioacutedica dos instrumentos didaacutecticos e de intervenccedilatildeo com os

colaboradores e o Director podendo conduzir ou natildeo agrave alteraccedilatildeo do seu conteuacutedo Caso

o caraacutecter e a profundidade das alteraccedilotildees decorrentes da revisatildeo da concepccedilatildeo o

326

No laquoRelatoacuterio de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo de 2005 eacute enunciado o conjunto de a

caracteriacutestica a que as actividades educativas devem de obedecer

1 Todas as actividades devem ser antecedidas por uma apresentaccedilatildeo do Arquivo Regional da

Madeira um objectivo concretizado com a elaboraccedilatildeo de uma palestra introdutoacuteria

2 As actividades que impliquem a participaccedilatildeo e visita a aacutereas teacutecnicas do ARM deveratildeo ser em

nuacutemero reduzido de forma a natildeo interferir com o funcionamento dos serviccedilos

3 Pela mesma razatildeo as acccedilotildees de extensatildeo cultural organizadas em paralelo com exposiccedilotildees

deveratildeo decorrer sempre em espaccedilos puacuteblicos aacutetrio de entrada auditoacuterio e sala do Serviccedilo

Educativo

4 As visitas orientadas abertas agrave comunidade deveratildeo efectuar-se trimestralmente mediante

inscriccedilatildeo Esta intenccedilatildeo veio a ser cumprida com excepccedilatildeo de algumas solicitaccedilotildees de visitas

extraordinaacuterias destinadas por exemplo aos colegas arquivistas

5 Visitas teacutecnicas solicitadas por outras Instituiccedilotildees puacuteblicas ou privadas obrigam a um

agendamento preacutevio

7 O ARM estaacute aberto aos pedidos de acccedilotildees feitos pelas escolas no acircmbito dos respectivos

programas curriculares Contudo a resposta dependeraacute sempre da disponibilidade destes

serviccedilos

8 As actividades seratildeo preferencialmente dirigidas para os alunos a partir do 2ordm ciclo

9 No final de cada acccedilatildeo deveraacute sempre ser preenchido pelo responsaacutevel da turma um inqueacuterito

de satisfaccedilatildeo destinado agrave avaliaccedilatildeo da actividade SANTOS Sofia - Relatoacuterio do Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira Arquivo Regional da Madeira

ARM Funchal 2005p3-4

161

imponham o novo resultado da concepccedilatildeo eacute submetido a novo processo de revisatildeo ateacute agrave

sua aprovaccedilatildeo Depois de experimentadas em campo todas as actividades satildeo sujeitas a

um inqueacuterito de satisfaccedilatildeo tanto nas actividades educativas como de extensatildeo cultural

Posteriormente os resultados desse inqueacuterito satildeo tratados permitindo identificar os

aspectos mais positivos ou as suas fragilidades A equipa nomeada preenche igualmente

um relatoacuterio de actividade onde mostra o niacutevel de concretizaccedilatildeo dos objectivos as

dificuldades encontradas as alteraccedilotildees ao previsto No mesmo relatoacuterio daacute sugestotildees de

melhoria e avalia os trabalhos efectuados pelos discentes

Sobre as formas de promoccedilatildeo as ferramentas utilizadas satildeo as que jaacute referimos

ofiacutecios newslleter327

e o site Da nossa experiecircncia afirmamos que ainda hoje o

marketing directo (contacto com os professores328

comunidade estudantil e sociedade) e

o buzz marketing (passagem da informaccedilatildeo boca a boca) satildeo as formas que causam

maior impacto329

Todavia natildeo podemos deixar de referir que o puacuteblico tambeacutem nos

procura para conhecer o que temos para oferecer ao mercado

O envio das notas de imprensa para a comunicaccedilatildeo social eacute outro recurso

utilizado Na praacutetica este serviccedilo eacute elaborado pelo SEEC que o envia para o Gabinete

de Comunicaccedilatildeo da Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura da RAM que por sua

vez as reencaminha para jornais raacutedios e televisatildeo local sem haver um contacto directo

com as actividades Outra lacuna existente eacute a falta de jornalistas na Madeira com

especialidade em eventos culturais e falta de contactos com a imprensa do Continente

As actividades e projectos direccionados agrave comunidade estudantil e cidadatildeos em

geral podem enunciar-se d

o seguinte modo (figura nordm 54)

327

A tiacutetulo de curiosidade esta forma de divulgaccedilatildeo no ARM soacute teve iniacutecio em 2007 com a exposiccedilatildeo

realizada na Ponta do Sol 328

No contacto com a comunidade escolar optaacutemos por efectuar uma reuniatildeo com os docentes ndash no ARM

ou na Escola ndash antes da concretizaccedilatildeo das acccedilotildees Esta medida surgiu porque constatamos que quando os

docentes natildeo acompanhavam a totalidade dos projectos natildeo entendiam a mensagem que tentaacutevamos

transmitir Desta forma eacute-lhes entregue um dossier com a apresentaccedilatildeo do Arquivo e das acccedilotildees a

desenvolver e um laquoRegulamento de participaccedilatildeo nas actividades do Serviccedilo Educativoraquo No dia da

palestra eacute-lhes entregue um Compromisso Pedagoacutegico que serve para responsabilizar o que foi referido na

reuniatildeo Anexo 10 e 11 329

No ano lectivo de 20092010 as actividades do Serviccedilo Educativo comeccedilaram tambeacutem a serem

divulgadas atraveacutes de um laquoDossiecirc de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo Para termos certeza da

sua eficaacutecia junto das escolas optaacutemos por entregar pessoalmente este instrumento aos professores

Tambeacutem o disponibilizaacutemos no site do Arquivo Regional A nota de imprensa revelou-se igualmente

uacutetil pois o ARM tem sido contactado por docentes que nunca antes o tinham feito

162

Actividades

permanentes

destinadas a dar a

conhecer o ARM e o

nosso trabalho

Actividades

pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural

Puacuteblico-alvo Ano de criaccedilatildeo

Vamos conhecer o

Arquivo Regional da

Madeira hellip

2ordm e 3ordm ciclo 2005

Formaccedilatildeo de

utilizadores

3ordm ciclo e secundaacuterio 2005

Visitas Teacutecnicas e

acccedilotildees diversas

3ordm ciclo e secundaacuterio

e administrativos das

Secretarias Regionais

2006

Ateliecirc de Veratildeo laquoO

Aprendiz de

Arquivoraquo

Entre os 13 e 15 anos

de idade

2008

O Arquivo Regional

da Madeira eacute um

banco de dados

12ordm ano de

escolaridade

2008

Actividade

permanentes

destinadas a

explorar os arquivos

e aprofundar o

conhecimento da

histoacuteria regional e

local

O meu concelhohellip 6ordm e 11ordm ano de

escolaridade

2005

Genealogia e

Histoacuteria da Famiacutelia

2ordm ciclo 2006

Acccedilotildees de formaccedilatildeo

Docentes 2007

Site informativo e

interactivo ldquoO

arquivo e a escolardquo

Todos os interessados Em desenvolvimento

Actividades e

projectos destinados

a puacuteblicos

diferenciados

Dia Aberto agrave

Comunidade

A partir dos 16 anos

de idade e turmas a

partir do 9ordm ano de

escolaridade

2006

Actividades

esporaacutedicas

exposiccedilotildees

concursos

worshops palestras

e visitas orientadas

a grupos especiacuteficos

etc

Exposiccedilatildeo Luiz Peter

Clode e o espoacutelio

legado ao Arquivo

Regional da Madeira

6ordm ano de

escolaridade 3ordm

ciclo secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2005

Jornal Aprendiz de

Arquivo

Comunidade escolar

e populaccedilatildeo em geral

2006

Concurso de

escultura Box Parade

Universitaacuterios do

curso de Artes

Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo da

Universidade da

Madeira

20062007

exposiccedilatildeo laquoTerra de

Jornais a imprensa

pontassolense (1909-

1923)raquo

6ordm ano e 3ordm ciclo de

escolaridade

secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2007

Figura nordm 54

Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM de 2005 a 2008

Fonte Sofia Santos

163

1 Actividades permanentes destinadas a dar a conhecer o ARM e o nosso trabalho

11Vamos Conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellip330

damos a conhecer

agrave comunidade escolar o percurso da documentaccedilatildeo desde a sua entrada no

Arquivo ateacute agrave sua consulta na sala de leitura Esta acccedilatildeo eacute constituiacuteda por

visitas orientadas agraves aacutereas teacutecnicas com actividades praacuteticas331

Figura nordm 55

Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 56

Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de Arquivoraquo do SE332

330

Os principais objectivos destas acccedilotildees era laquocativar um puacuteblico mais vasto e alargado mas tambeacutem

promover o gosto pelo conhecimento da Histoacuteria Regional e Local incentivando o contacto com as fontes

primaacuterias e estimulando haacutebitos de pesquisa e visita ao Arquivoraquo SANTOS Sofia ndash Ob cit p5-6 331

A primeira escola que trabalhou com o ARM foi a Escola Baacutesica do 2ordm e 3ordm Ciclo de Satildeo Roque e a

sua escolha foi intencional pois faz parte do meio envolvente do ARM Ainda hoje eacute uma das que mais

procura os serviccedilos do SE do ARM 332

Cada desdobraacutevel tinha a fotografia do aluno e um resumo fotograacutefico com a sua participaccedilatildeo na acccedilatildeo

laquoVamos conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellipraquo

164

12Formaccedilatildeo de utilizadores para alunos do 3ordm ciclo e secundaacuterio Apoacutes uma

palestra sobre o acervo e funccedilotildees do ARM eacute concedida uma formaccedilatildeo de

utilizadores seguida de visita agrave Sala de leitura do Arquivo

Figura nordm 57

Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala de Leitura

13O Serviccedilo Educativo procede a Visitas Teacutecnicas solicitadas por outras

instituiccedilotildees e realiza Acccedilotildees a pedido das escolasuniversidade no acircmbito

dos respectivos programas e interesses curriculares Carecem de

agendamento e programaccedilatildeo preacutevia de acordo com a disponibilidade do

ARM

Figura nordm 58

Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

14Ateliecirc de Veratildeo laquoO Aprendiz de Arquivoraquo um grupo de oito estudantes

com idades compreendidas entre os 13 e 15 anos de idade acompanham

durante uma semana os arquivistas no seu trabalho diaacuterio

165

Figura nordm 59

laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de passaporte e a reintegraccedilatildeo de um

documento

15O Arquivo Regional da Madeira eacute um banco de dados Eacute uma proposta

que procura captar a atenccedilatildeo de estudantes do 12ordm ano de escolaridade para

uma experiecircncia de arquivo integrada na Aacuterea-projecto ndash espaccedilo curricular

natildeo disciplinar Os alunos conhecem os livros paroquiais e aprendem a fazer

a descriccedilatildeo dos seus registos O objectivo eacute proporcionar-lhes o

conhecimento de novas aacutereas de inserccedilatildeo no mercado de trabalho e alertar

para estas aacutereas do conhecimento No presente procura-se conjugar os

interesses do ARM das Escolas e das Orientaccedilotildees do Ministeacuterio da

Educaccedilatildeo Iniciou-se no lectivo 20082009 e continua no ano lectivo

20092010 20102011

Figura nordm 60

Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da

Serra

166

2 Actividades permanentes destinadas a explorar os arquivos e aprofundar o

conhecimento da histoacuteria regional e local

21O meu concelhohellip Actividade que prevecirc para cada ano a realizaccedilatildeo de dois

dossiecircs pedagoacutegicos directamente relacionados com um concelho da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira Cada dossiecirc corresponde a um niacutevel de ensino 6ordm e

10ordm ano de escolaridade Neste caso satildeo os teacutecnicos que se deslocam agrave

escola333

Figura nordm 61

Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

22Genealogia e Histoacuteria da Famiacutelia

O seu iniacutecio esteve associado ao lanccedilamento do caderno pedagoacutegico do Serviccedilo

Educativo laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo Este caderno aleacutem de estar

vocacionado para jovens leitores inclui o conto laquoA Aacutervore Maacutegicaraquo divulga

genealogistas madeirenses e daacute a conhecer arquivos particulares e pessoais

existentes no ARM Esta divulgaccedilatildeo inclui actividades luacutedicas334

333

O primeiro concelho a ser explorado foi o do Porto Santo Organizado em articulaccedilatildeo com o

lanccedilamento dos Iacutendices dos registos de casamentos e de baptismo do concelho do Porto Santo 1572-1911

e dos Documentos Histoacutericos da Ilha do Porto Santo realizou-se entre os dias 23 e 25 de Novembro de

2005 na ilha do Porto Santo a actividade laquoO meu concelhohellip Porto Santoraquo No ano lectivo de

20062007 o concelho explorado foi o do Porto do Moniz sendo o tema principal a emigraccedilatildeo Em 2007

foi explorado o concelho da Ponta do Sol em conjunto com a exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo Agora prepara-se a dinamizaccedilatildeo do concelho do Funchal 334

Para o seu lanccedilamento foi realizado entre os dias 26 e 28 de Abril de 2006 um Workshop em que foi

apresentada a peccedila de teatro baseada no conto referido a exploraccedilatildeo e a dinamizaccedilatildeo do caderno referido

por uma camada juvenil Para o puacuteblico em geral foi organizada uma formaccedilatildeo sobre laquoIntroduccedilatildeo agrave

Heraacuteldicaraquo

167

Figura nordm 62

Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA

aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes e Ofiacutecios

Dado o interesse que o tema da Histoacuteria da Famiacutelia desperta junto da

comunidade escolar associado agrave necessidade de motivar os jovens para a

conservaccedilatildeo dos arquivos pessoais e dos dados que remetem para os seus

ascendentes o Serviccedilo Educativo optou por criar em 2007 a sua primeira maleta

pedagoacutegica laquoOs eus escondidosraquo335

Figura nordm 63

335

Uma maleta eacute um material pedagoacutegico que visa dinamizar um tema especiacutefico dentro do tema

principal o que faz e conteacutem o Arquivo Regional da Madeira Eacute para ser transportaacutevel de modo a chegar

a puacuteblicos geograficamente distantes do Funchal e cujos escalotildees etaacuterios natildeo permitem qualquer visita ao

Arquivo (ao contraacuterio do que sucede nas bibliotecas) No presente caso a maleta laquoEus Escondidosraquo

desenvolve o tema da Histoacuteria da Famiacutelia Atraveacutes de jogos da expressatildeo plaacutestica e escrita os alunos

tomam contacto com os meios que devem utilizar para construir a sua aacutervore genealoacutegica a trecircs niacuteveis o

laquoeu aprendizraquo em que os alunos atraveacutes do jogo da laquoMemoacuteriaraquo abordam o que foi dito na palestra o laquoeu

socialraquo dinamizado pelo jogo da laquoGloacuteriaraquo adaptado agrave Histoacuteria da Famiacutelia e o laquoeu afectivoraquo em que se

apela agrave escrita criativa e expressatildeo plaacutestica A sua finalidade eacute sensibilizar para a preservaccedilatildeo dos

documentos pessoais e de uma forma mais abrangente sensibilizar para a importacircncia da salvaguarda do

patrimoacutenio cultural da Regiatildeo

168

Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Jogo da laquoMemoacuteriaraquo

laquoJogo da Gloacuteriaraquo

Exemplos de aacutervores dos costados feitos pelos alunos

Figura nordm 64

Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

23Acccedilotildees de formaccedilatildeo destinadas a docentes

As acccedilotildees de formaccedilatildeo no SEEC surgiram da necessidade de explicar aos

docentes o meacutetodo de trabalho dos serviccedilos educativos Na realidade agrave medida

que satildeo dados a conhecer os nossos projectos nas escolas constataacutemos que a

maior parte dos professores confundia o conceito de arquivo com bibliotecas e

museus Verificaacutemos igualmente que todos os agrupamentos natildeo efectuavam

pesquisas das fontes documentais inclusive os professores dos agrupamentos de

169

Histoacuteria (200 e 400) dos segundos e terceiro ciclos e ensino secundaacuterio

desconhecendo quase completamente a Histoacuteria Local e Regional da Madeira

Para colmatar esta lacuna criaacutemos uma formaccedilatildeo que ajude a resolver esta

falta336

Designada de laquoServiccedilo Educativo do Arquivo Regional ao encontro de

novos puacuteblicosraquo tem as seguintes metas

Objectivos gerais

Dar a conhecer as praacuteticas de educaccedilatildeo natildeo formal exercidas no

contexto do Serviccedilo Educativo do ARM

Habilitar para a criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de instrumentos pedagoacutegicos

baseados nas fontes documentais

Contribuir para a constituiccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo do caderno pedagoacutegico laquoO

Meu Concelhohellip Funchalraquo

Habilitar para a utilizaccedilatildeo autoacutenoma e sistemaacutetica dos serviccedilos

disponiacuteveis no ARM quer em termos educativos quer em termos da

proacutepria pesquisa

Objectivos especiacuteficos

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Enquadrar pedagogicamente o Serviccedilo Educativo nas funccedilotildees e

objectivos do ARM

Criar linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade

promovendo a integraccedilatildeo socio-educativa a cidadania e a criatividade

Orientar para a pesquisa e investigaccedilatildeo para que se criem novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais

336

Todas as acccedilotildees de formaccedilatildeo organizadas por este serviccedilo quando destinadas a docentes satildeo

apresentadas na Direcccedilatildeo Regional de Educaccedilatildeo da Madeira organismo da Secretaria Regional de

Educaccedilatildeo e Cultura da RAM para sua validaccedilatildeo A sua candidatura obedece a formulaacuterios existentes no

site httpwwwmadeira-eduptDefaultaspxalias=wwwmadeira-eduptdre

170

Facilitar a compreensatildeo do que constitui o acircmbito os objectivos e a

metodologia especiacutefica do Serviccedilo Educativo do ARM

Figura nordm 65

Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

A acccedilatildeo de formaccedilatildeo laquoConhecer e Utilizar o Arquivo Regional da Madeiraraquo

relacionada com a formaccedilatildeo de utilizadores surgiu em resultado da formaccedilatildeo

anterior Porquecirc Porque os formandos revelaram falta de autonomia de pesquisa

na sala de leitura Entatildeo como forma de colmatar essa lacuna foi desenvolvida

em Abril e Setembro de 2008 esta iniciativa com os objectivos que se seguem

Objectivos gerais

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Formar e cativar novos utilizadores

Contribuir para a formaccedilatildeo de uma comunidade mais criacutetica e atenta agrave

realidade circundante

Objectivos especiacuteficos

Habilitar para a pesquisa autoacutenoma dos serviccedilos disponiacuteveis na sala de

leitura do ARM

Sensibilizar para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio arquiviacutestico suporte da

memoacuteria colectiva

Promover o contacto e gosto pela histoacuteria e cultura madeirense

Estabelecer futuras parcerias com a comunidade escolar

Dentro dos trabalhos praacuteticos realizados os formandos solicitaram a mudanccedila do

impresso de requisiccedilatildeo de reproduccedilotildees na sala de leitura ndash o que jaacute foi

concretizado dinamizaccedilatildeo de mostras documentais no mesmo espaccedilo ndash o que

171

estaacute neste momento a ser estudado Tambeacutem foi proposto um laquoRegulamento de

utilizaccedilatildeo da Sala de Leitura e do Serviccedilo de Certidotildeesraquo mais simplificado

Figura nordm 66

Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

24Site informativo e interactivo ldquoO arquivo e a escolardquo ndash com uma selecccedilatildeo de

temas e documentos acompanhados das respectivas transcriccedilotildees com

verbetes explicativos e sugestotildees de utilizaccedilatildeo e actividades (em

desenvolvimento)

3 Actividades e projectos destinados a puacuteblicos diferenciados

31Actividades permanentes Dia Aberto agrave Comunidade ndash com periodicidade

trimestral visita orientada agraves aacutereas natildeo puacuteblicas do ARM Como forma de

agradecimento e de lembranccedila deste dia foi criado para oferecer aos

visitantes um desdobraacutevel com um resumo do circuito complementado com

um desafio de perguntaresposta sobre o evento

Figura nordm 67

Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Esta iniciativa resulta da curiosidade que o novo edifiacutecio do ARM causou e

ainda causa na RAM aspecto que se valorizou Porque um arquivo natildeo eacute um

172

museu que expotildee peccedilas houve a necessidade de criar circuitos para os

visitantes337

e para evitar a desconcentraccedilatildeo dos leitores e perturbaccedilatildeo dos

serviccedilos internos aleacutem de que inicialmente a actividade prioritaacuteria do ARM foi

a transferecircncia dos documentos do arquivo antigo para o novo e as novas

incorporaccedilotildees338

esta actividade fosse limitada duas visitas ao ano Apesar

destas condicionantes e dada a grande procura por parte das escolas e da

populaccedilatildeo em geral decidimos satisfazer a vontade dos utilizadores e fazer mais

um dia aberto estando as aacutereas teacutecnicas abertas ao puacuteblico trecircs vezes ao ano

4 Actividades esporaacutedicas exposiccedilotildees concursos worshops palestras e visitas

orientadas a grupos especiacuteficos etc

41 No que diz respeito a actividades temporaacuterias referimos as iniciativas que

surgiram em articulaccedilatildeo com a exposiccedilatildeo Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado

ao Arquivo Regional da Madeira339

a) visitas orientadas agrave exposiccedilatildeo antecedidas por uma palestra e exploraccedilatildeo das

bases em Access de registos de baptismo casamento e de passaportes Os

alunos mais novos (entre os 10 e os 11 anos de idade) tambeacutem elaboraram a sua

aacutervore de costados e expressaram plasticamente o que apreenderam nesta acccedilatildeo

337

Neste dia a visita eacute dividida em duas partes circuito do documento (cais de descarga recepccedilatildeo e

triagem higienizaccedilatildeo expurgo quarentena e preacute-arquivagem correspondente ao piso -1) Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro (fotografia microfilmagem acondicionamento laboratoacuterio

restauro e conservaccedilatildeo encadernaccedilatildeo ndash correspondente ao piso 0) gabinete teacutecnico onde eacute demonstrada a

forma de organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo e o leitor entra em contacto com documentos) e o circuito do leitor

(Sala de Leitura e Serviccedilo de Certidotildees ndash piso 2) 338

Em depoimento dado por Faacutetima Barros sobre o ARM afirma que laquoateacute haacute cerca de dois anos

entravam de trecircs em trecircs semanas cerca de 50 metros lineares de documentaccedilatildeo que necessita de ser

preservada e tratada para estar acessiacutevel ao cidadatildeo que precisa dessa documentaccedilatildeo para fazer prova dos

seus direitos patrimoniais por exemplo Satildeo necessidades praacuteticas e natildeo apenas de cariz culturalraquo

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

339Segundo o cataacutelogo da exposiccedilatildeo de Luiz Peter Clode a exposiccedilatildeo foi o meio escolhido pela direcccedilatildeo

do ARM para demonstrar o interesse e a gratidatildeo pelo cumprimento por parte da famiacutelia do legado feito

ao Arquivo Regional BARROS Faacutetima Barros ndash Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo

Regional da Madeira Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos

Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2005 Depoacutesito Legal 23308205 ISBN 972-648-

157-0 p5

173

b) criaccedilatildeo de um caderno pedagoacutegico intitulado Luiz Peter Clode o

Genealogista Foi explorado em sala de aula com turmas de escolas baacutesicas e

secundaacuterias do Funchal

Figura nordm 68

Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

c) para divulgaccedilatildeo da exposiccedilatildeo aleacutem das visitas orientadas o SEEC criou dois

guiotildees da exposiccedilatildeo um vocacionado para os alunos do segundo ciclo e o outro

para a populaccedilatildeo em geral

174

Figura nordm 69

Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

A linha graacutefica seguida como podem observar eacute diferente de acordo com os

diferentes clientes o desdobraacutevel de cima transmite um visual mais laquoadultoraquo

correspondendo aos niacuteveis etaacuterios dos alunos do 3ordm ciclo secundaacuterio

universitaacuterio e populaccedilatildeo em geral no produto informativo de baixo como eacute

dirigido ao puacuteblico do 2ordm ciclo optaacutemos por cores quentes e chamativas (figura

nordm 66) Importa aqui realccedilar que este material eacute efectuado de acordo com a

concepccedilatildeo graacutefica da exposiccedilatildeo

A estrateacutegia graacutefica foi a mesma teve-se em consideraccedilatildeo os mercados que a

equipa do serviccedilo educativo elegeu como puacuteblico-alvo O tipo de linguagem

utilizada nos instrumentos de trabalho referidos eacute tambeacutem adaptado aos

diferentes nichos Uma vez mais embora natildeo utilizando de forma consciente o

conceito de segmentaccedilatildeo de mercados o SE tentou prestar um serviccedilo que

permitisse a compreensatildeo da exposiccedilatildeo pelos diferentes puacuteblicos

Para sua promoccedilatildeo foram enviados

uma nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social local

convites de acordo com a lista protocolar do ARM

e convites directos para as escolas da regiatildeo

175

Fazendo aqui um parecircntese para a concretizaccedilatildeo da primeira exposiccedilatildeo no novo

edifiacutecio do ARM Faacutetima Barros sua directora optou por contratar uma empresa

que procedesse agrave criaccedilatildeo de um ambiente expositivo adaptado agraves diferentes

temaacuteticas permitindo dimensotildees e percursos variaacuteveis consoante o volume de

informaccedilatildeo e objectos a expor Para sua concretizaccedilatildeo os designers graacuteficos

visitaram o espaccedilo da exposiccedilatildeo ndash aacutetrio de entrada ndash reuniram-se vaacuterias vezes

com os autores dos textos e com a direcccedilatildeo a fim de se chegar a um consenso

sobre o que se pretendia mostrar e quem era o mercado-alvo A soluccedilatildeo

encontrada foi a aquisiccedilatildeo de vaacuterios tubos adaptaacuteveis em altura para suporte de

lonas com impressatildeo (figura nordm 70) A partir daqui foi criada uma imagem para a

exposiccedilatildeo que tambeacutem deu a forma ao cataacutelogo da mesma respectivos guiotildees e

convites Reforccedilava-se uma vez mais a vontade de cortar com a ideia instalada

de laquoarquivo mortoraquo e mostrava-se que o ARM estava aberto a todos os puacuteblicos

Figura nordm 70

Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

Paralelamente agrave sua montagem ficou estabelecido que para se retirar o maacuteximo

potencial deste tipo de acccedilotildees a exposiccedilatildeo estaria aberta durante trecircs meses E

foi levada em Outubro de 2006 agrave Casa da Cultura de Santa Cruz O objectivo

desta itineracircncia foi alargar o nicho de visitantes para aleacutem do Funchal e

potencializar os recursos materiais e financeiros gastos

42 Com o objectivo de divulgar o trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as

funccedilotildees e fundos do Arquivo Regional foi criado em 2006 o Jornal Aprendiz de

176

Arquivo340

As rubricas que a constituem satildeo laquoServiccedilos Teacutecnicosraquo em cada

ediccedilatildeo se descreve um serviccedilo do ARM e se datildeo algumas informaccedilotildees sobre os

seus colaboradores laquoGuia do ARMraquo de forma sucinta eacute feita uma descriccedilatildeo do

acervo existente laquoTema Centralraquo eacute elaborada uma fotoreportagem sobre as

principais iniciativas educativas laquoA Tua Escolaraquo paacutegina social com fotografias

representativas dos participantes laquoGeneralidadesraquo eacute constituiacuteda pela rubrica

ldquoAprendiz da Histoacuteriardquo em que damos a conhecer um pormenor da Histoacuteria da

Madeira seguida de uma sugestatildeo de actividade e por fim na oitava e uacuteltima

paacutegina apresentamos o item ldquoSabias que helliprdquo com curiosidades sobre os fundos

documentais actividades previstas para o ano lectivo novidades e propostas de

livros e de jogos didaacutecticos

Figura nordm 71

Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Esta publicaccedilatildeo bi-anual341

eacute distribuiacuteda gratuitamente e tambeacutem pode ser

consultado atraveacutes do nosso site wwwarquivo-madeiraorg Outra forma de

comunicaccedilatildeo deste instrumento passa obviamente primeiro pelo envio de

nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social regional (jornais raacutedio e RTPM) e

340

Este projecto tem por objectivo garantir a continuidade do trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as funccedilotildees e fundos do ARM

enquanto detentor de uma parcela importante da memoacuteria colectiva da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira 341

Actualmente jaacute vai na nona ediccedilatildeo mas por constrangimentos orccedilamentais a partir do nuacutemero seis de

uma tiragem de 2500 exemplares passou-se para apenas 500 exemplares

177

depois pelo envio por correio acompanhado por ofiacutecio a diversas entidades

como escolas associaccedilotildees arquivos bibliotecas centros de documentaccedilatildeo

leitores e sua distribuiccedilatildeo no aacutetrio de entrada do edifiacutecio

Realce-se aqui que todos os trabalhos que impliquem concepccedilatildeo graacutefica

como cataacutelogos cadernos e dossiecircs e maletas pedagoacutegicas produtos

informativos paineacuteis de exposiccedilotildees satildeo elaborados com uma linguagem e

grafismos adequados aos puacuteblicos alvos necessaacuterios para a criaccedilatildeo de uma

imagem de marca dos produtos serviccedilos prestados por este serviccedilo

43 Os discentes da Universidade da Madeira poucas vezes consultam os

serviccedilos do ARM Para mudar essa tendecircncia o ano lectivo de 20062007

ficou marcado por uma tentativa de conquista deste mercado Apoacutes um

convite directo agrave UMa e uma seacuterie de reuniotildees com o curso de Artes

Plaacutesticas e Design de Projecccedilatildeo da Universidade da Madeira o Arquivo

Regional atraveacutes do Serviccedilo Educativo promoveu o concurso de escultura

Box Parade

Os projectos a concurso tinham por base a reutilizaccedilatildeo de uma caixa de

zinco fornecida pelo ARM antigamente utilizada para guardar e

acondicionar documentos com valor histoacuterico A partir dela os concorrentes

deveriam explorar as suas potencialidades expressando uma visatildeo pessoal

sobre o Arquivo Regional da Madeira No final todos os projectos foram

expostos sendo igualmente dinamizadas uma seacuterie de iniciativas

pedagoacutegicas

Figura nordm 72

A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

178

Figura nordm 73

Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

44 Em 2007 foi realizada outra exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a imprensa

pontassolense (1909-1923)raquo que surgiu em parceria com o programa

laquoMuniciacutepio da Culturaraquo No acircmbito deste projecto o SEEC foi convidado a

participar na concepccedilatildeo graacutefica do cataacutelogo dos paineacuteis da exposiccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo pedagoacutegica

Figura nordm 74

Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

179

Figura nordm 75

Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Esteve patente durante trecircs meses no Centro Cultural John dos Passos

Questionamos agora Seraacute que o trabalho feito por este serviccedilo estaacute a conquistar

o seu mercado Estaraacute a ter impacto

Pela anaacutelise dos inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo342

apresentados no final de cada

iniciativa pedagoacutegica conversa com os participantes reacccedilotildees elogios entregues agrave

direcccedilatildeo e trabalhos efectuados pelos alunos343

concluiacutemos que um dos aspectos que

mais destaca o SEEC eacute a adequaccedilatildeo da linguagem ao puacuteblico-alvo novidade dos

assuntos amabilidade e simpatia dos teacutecnicos qualidade graacutefica e didaacutectica dos

materiais disponibilizados Todos os inquiridos na questatildeo laquoParticipariam noutras

iniciativas do Serviccedilo Educativoraquo 100 responde que sim

Sobre as exposiccedilotildees a partir do tratamento estatiacutestico do inqueacuterito de satisfaccedilatildeo

de exposiccedilotildeesmostras documentais344

- avaliaccedilatildeo quantitativa - e da suacutemula dos

testemunhos deixados pelos visitantes a partir do Livro de Honra - avaliaccedilatildeo qualitativa

concluiacutemos que devemos continuar a apostar neste tipo de iniciativas pois eacute uma forma

de aproximar o Arquivo Regional da populaccedilatildeo democratizando a cultura que vai ao

encontro de todas as pessoas

A partir da anaacutelise dos inqueacuteritos aplicados nas acccedilotildees de formaccedilatildeo referidas

estamos neste momento a preparar a proposta de formaccedilatildeo sobre a laquoGenealogia e

Histoacuteria da Famiacuteliaraquo E resultando da necessidade de cativar um novo puacuteblico o ARM

estaacute a virar-se agora para a terceira idade assim foi apresentada em Junho de 2008 agrave

342

No anexo 12 demonstramos o inqueacuterito de satisfaccedilatildeo do SE 343

Refira-se que entre os alunos do 4ordm ano e 11ordm ano de escolaridade os inqueacuteritos satildeo apenas entregues

aos docentes A forma de avaliaccedilatildeo das actividades por este puacuteblico satildeo os trabalhos que elaboram e que

posteriormente satildeo entregues ao SE 344

Vide inqueacuterito de satisfaccedilatildeo aplicado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo e exposiccedilotildees mostras documentais

Anexo 13

180

Universidade da Madeira uma formaccedilatildeo para a Universidade Seacutenior O nosso produto

laquoEducaccedilatildeo patrimonial fontes para a Histoacuteria do Arquipeacutelago da Madeiraraquo foi

apresentado ao oacutergatildeo competente e depois de uma reuniatildeo com a proacute-reitora foi

aprovado345

Estatildeo previstas e encontram-se em estudo outras formas de aproximar o ARM

do puacuteblico e de conquistar novos clientes externos tais como o projecto laquoAssociaccedilatildeo

dos Amigos do ARMraquo e projectos destinados agraves comunidades madeirenses da diaacutespora

e site informativo e interactivo laquoO Arquivo e as comunidades madeirenses

Quanto ao nuacutemero de participantes nas actividades educativas e culturais

apresentamos as suas estatiacutesticas ao longo de quatro anos (Graacutefico A)

Graacutefico A

Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Como se pode observar os anos de 2005 2006 e 2008 tecircm algumas nuances

entre si Salienta-se um boom em 2007 que se prende com o ano da conquista do

puacuteblico universitaacuterio da Universidade da Madeira do curso de Ciecircncias da Cultura

Ciecircncias da Educaccedilatildeo Animadores Soacutecio-Culturais e da Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias

Documentais bem como dos discentes do curso de Artes Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo em virtude do concurso jaacute referido Saliente-se ainda que o ano de 2008 ficou

345

O projecto que foi apresentado na Universidade da Madeira ateacute agrave data ndash Dezembro de 2010 ndash natildeo foi

possiacutevel concretizar devido agrave prioridade dada a outros projectos por parte do SEEC

1146 1076

2968

1636

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2005 2006 2007 2008

Nuacutemero de participantes nas actividades do Serviccedilo Educativo

181

caracterizado pelo trabalho realizado com os alunos do 12ordm ano de escolaridade em

virtude da aacuterea-projecto tambeacutem jaacute descrita

532 Ediccedilotildees de Fontes

No caso das publicaccedilotildees do ARM as suas origens remontam aos primoacuterdios da

histoacuteria deste organismo

A primeira colecccedilatildeo editada designa-se de laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo que ainda hoje sobrevive apesar das diferenccedilas de estrutura que lhe foram

sendo introduzidas pelas diversas direcccedilotildees

Os principais temas destas ediccedilotildees variam entre Genealogia e Histoacuteria da

Famiacutelia Histoacuteria da Vida Privada Histoacuteria Social Histoacuteria da Arte Histoacuteria da

Madeira Histoacuteria Religiosa Arte Sacra e Literatura Publicada sem regularidade

termina a sua primeira fase em 1974346

Figura nordm 76

Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Esta colecccedilatildeo foi retomada na deacutecada de 90 do seacuteculo XX (figura nordm 77)

346

Esta data coincide com a mudanccedila do regime poliacutetico portuguecircs que transita da Ditadura para a

Democracia O efeito administrativo do novo sistema poliacutetico para a Madeira foi tornar-se Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)

182

Figura nordm 77

Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da Madeiraraquo

Foram ainda criadas as seacuteries de laquoIacutendice de Registos Paroquiaisraquo laquoIacutendice de

Registos dos Passaportesraquo e laquoTranscriccedilotildees Documentaisraquo

Segundo o prefaacutecio da ediccedilatildeo nuacutemero 1 da seacuterie de laquoIacutendice de Registo

Paroquiaisraquo e da seacuterie de laquoIacutendice de Registos dos Passaportesraquo esses iacutendices surgem da

necessidade de responder em tempo uacutetil agraves solicitaccedilotildees de muitas certidotildees narrativas de

baptismo casamento oacutebitos e dos passaportes por necessidade de documentaccedilatildeo para

partilha de bens por parte de emigrantes que procuram naturalizar-se ou por parte de

183

interessados na histoacuteria da famiacutelia347

Nesse sentido o ARM enquanto arquivo histoacuterico

estaacute a cumprir o chamado serviccedilo puacuteblico Diremos mesmo que eacute sua funccedilatildeo laquoabrir e

promover a utilizaccedilatildeo do Arquivo Regionalraquo348

e que essa funccedilatildeo passa

obrigatoriamente laquopor democratizar universalizar e simplificar o contacto do puacuteblico

com os documentos histoacutericosraquo349

Em 2005 altura da inauguraccedilatildeo da exposiccedilatildeo documental sobre Luiz Peter

Clode foi criada uma nova colecccedilatildeo dedicada a este tipo de eventos (figura nordm 78)

Figura nordm 78

Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Mais recentemente aliada agrave renovaccedilatildeo da imagem deste organismo e com a

implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade a direcccedilatildeo do Arquivo sentiu-se

impelida a criar uma nova imagem graacutefica das suas colecccedilotildees Contratando uma

empresa especializada em design graacutefico foi delineada uma nova linha editorial A

soluccedilatildeo adoptada em termos graacuteficos tem uma base comum a todas elas em termos de

folha de rosto ficha teacutecnica iacutendice tiacutetulos texto corrido nuacutemero de paacutegina rodapeacutes

347

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos de casamentos do concelho de Machico Secretaria

Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira

Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048p BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de

Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais

Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p 11-12 348

Idem p11 349

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e

Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito

Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p9-10

184

notas separadores e grelha para inserccedilatildeo de imagens e das respectivas legendas (figura

nordm 79)

Figura nordm 79

Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

Como se pode observar na figura anterior haacute um rompimento total com a

imagem das ediccedilotildees anteriores em que se procura transmitir uma vez mais a ideia de

que o Arquivo Regional eacute uma instituiccedilatildeo dinacircmica e moderna disposta a abrir-se agrave

comunidade posicionando assim com facilidade os seus produtos no mercado

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada

O edifiacutecio que alberga o Arquivo Regional da Madeira (ARM) e Biblioteca

Puacuteblica Regional (BPR)350351

estaacute dividido em duas grandes aacutereas uma reservada ao

trabalho teacutecnico e aos depoacutesitos (inacessiacutevel ao puacuteblico) e outra composta pelas salas de

leitura de cada um dos organismos serviccedilo de certidotildees do ARM e por espaccedilos comuns

como aacutetrio auditoacuterio cafetaria secretaria e serviccedilo educativo

As aacutereas teacutecnicas incluem os depoacutesitos (sete pisos com elevadores e monta-cargas

em 4690 m2 capazes de comportar 32000 metros lineares de documentaccedilatildeo) uma casa

forte destinada a guardar a documentaccedilatildeo mais importante e a copa dos funcionaacuterios

Nas aacutereas puacuteblicas estaacute o aacutetrio o auditoacuterio e a cafetaria Incluem-se tambeacutem as Salas de

Leitura da BPR no piso 1 (com uma Sala de Leitura Geral Sala Infanto-Juvenil e Sala

de Leitura Especial) a Sala de Leitura do ARM no piso 2 e o espaccedilo criado para os

serviccedilos educativos de ambas as instituiccedilotildees O edifiacutecio possui ainda os sectores de

Recepccedilatildeo e Triagem Higienizaccedilatildeo e Expurgo de documentos no piso 01 bem como

um espaccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo Restauro e Encadernaccedilatildeo no piso 0 onde

350

Consulte a planta do edifiacutecio no anexo 14

185

tambeacutem se encontram as aacutereas de Fotografia Microfilmagem Reprografia e

Digitalizaccedilatildeo Nos pisos 01 e 02 os gabinetes de trabalho dos teacutecnicos e o gabinete da

Direcccedilatildeo Os serviccedilos de seguranccedila os postos de instalaccedilotildees eleacutectricas de instalaccedilatildeo de

ar condicionado e ventilaccedilatildeo fazem parte das aacutereas teacutecnicas de manutenccedilatildeo Foi tambeacutem

criado um sector destinado ao projecto de informaacutetica

A manutenccedilatildeo e gestatildeo dos espaccedilos comuns constituiacutedos pelo auditoacuterio e aacutetrio

de entrada satildeo da competecircncia do ARM Por decisatildeo da Secretaria Regional do Turismo

e Cultura Direcccedilatildeo Regional dos Assuntos Culturais e direcccedilatildeo do ARM ficou

estabelecido que para uma maior rentabilizaccedilatildeo dos recursos materiais e financeiros

estas infra-estruturas tambeacutem poderiam ser utilizadas por entidades externas Assim

mais um serviccediloproduto foi criado para este oacutergatildeo

A gestatildeo dos espaccedilos puacuteblicos coube ao SEEC que no iniacutecio apenas tinha a

funccedilatildeo de confirmar o aluguer destas estruturas e dar apoio logiacutestico

Agrave medida que o nuacutemero de clientes aumentou e o Sitema de Gestatildeo de

Qualidade foi introduzido tornou-se importante o contacto directo com as entidades e o

estabelecimento de metodologias de trabalho para o serviccedilo se tornar mais eficaz e

eficiente Eacute o caso da criaccedilatildeo de regulamentos de utilizaccedilatildeo dos espaccedilos fichas de

identificaccedilatildeo do evento requisiccedilatildeo do material e inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo

A maior parte dos requisitantes destas estruturas satildeo organismos puacuteblicos352

Esta situaccedilatildeo deve-se segundo a avaliaccedilatildeo dos inqueacuteritos agraves boas acessibilidades bons

recursos materiais e humanos353

e deve-se tambeacutem ao facto do uso deste espaccedilo ser

gratuito Desta satisfaccedilatildeo resulta actualmente a existecircncia de um grupo de clientes

fieacuteis como eacute o caso da Direcccedilatildeo de Enfermagem de Cuidados Intensivos

Apesar disso o nuacutemero de utilizaccedilotildees no caso do auditoacuterio decresceu entre

2006 e 2008 como observamos no graacutefico nordm II

352

Ateacute ao momento este espaccedilo soacute foi requisitado por duas entidades particulares Isto obrigaraacute a que no

futuro desenvolvamos um plano de marketing para atrair este tipo de mercado 353

Apenas em 2008 houve criacuteticas quanto ao ar condicionado consubstanciando-se estas no facto do

mesmo estar muito quente ou muito frio Para sua resoluccedilatildeo foram encetadas reuniotildees com a equipa de

manutenccedilatildeo do edifiacutecio que acabou por resolver o assunto

186

Graacutefico B

Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

A causa desta queda (de 22 requisiccedilotildees para 15) tem origem na prioridade dada

agraves actividades internas do Arquivo Regional da Madeira e da Biblioteca Puacuteblica

Regional porque a criaccedilatildeo de novas actividades educativas e culturais e a sua

dinamizaccedilatildeo se desenvolvem em maior nuacutemero dando-se maior espaccedilo a estas

Quanto ao aacutetrio de entrada apenas foi requisitado uma vez Esta situaccedilatildeo quanto

a noacutes prende-se com o facto de ser considerado um ponto de passagem e natildeo eacute um local

proacuteprio para exposiccedilotildees

534 Gestatildeo da loja

A loja do ARM teve desde sempre um problema de raiz o local onde se situa

passa despercebido ao leitor que entra no edifiacutecio Para chamar a atenccedilatildeo deste espaccedilo

foram colocadas vitrines de exposiccedilatildeo e sinaleacutetica a indicar a sua existecircncia Mas o seu

desconhecimento manteve-se Para melhorar a imagem e posicionamento desta

estrutura mais uma vez a direcccedilatildeo do ARM apostou na contrataccedilatildeo de uma empresa de

design graacutefico Apoacutes vaacuterias reuniotildees e visitas ao espaccedilo optou-se por criar duas telas

suspensas impressas com cores fortes e motivos do ARM mas em consonacircncia com o a

arquitectura do edifiacutecio site e outros produtos jaacute existentes no ARM que chamassem a

atenccedilatildeo dos utilizadores quando entrassem pelo aacutetrio de entrada ou quando descessem

pela escadaria principal para aquele equipamento

Iacutendice de Ocupaccedilatildeo do Auditoacuterio

0

5

10

15

20

25

2006 2007 2008

187

Figura nordm 80

Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Foram igualmente colocadas dois expositores Um deles ndash frente agrave montra ndash tem

a indicaccedilatildeo de loja e o logoacutetipo do Arquivo o outro em estrutura modular foi colocado

no meio da loja com livros e objectos de papelaria para que os consumidores possam

sentir maior proximidade ao produto

Apesar de se modificar a montra trimestralmente em termos praacuteticos e atraveacutes

da anaacutelise das estatiacutesticas mensais o nuacutemero de vendas natildeo aumentou A soluccedilatildeo a

meacutedio prazo passa por destacar estes produtos no site e disponibilizar a sua venda

atraveacutes do cartatildeo de creacutedito que ateacute o momento natildeo eacute possiacutevel pois estamos

dependentes da Tesouraria do Governo Regional da Madeira Todavia natildeo podemos

deixar de referir que o nuacutemero de visitantes aumentou

Quanto aos produtos existe uma pequena gama de ofertas Para aleacutem das

publicaccedilotildees A loja disponibiliza para venda desde 2007 um kit de blocos laacutepis de pau

e borrachas (figura nordm 81)

188

Figura nordm 81

Produtos de merchadinsing do ARM

Todos eles tecircm uma marca que os associa ao Arquivo a cor o traccedilo e o edifiacutecio

Poder-se-aacute dizer tambeacutem que estaacute a ser aplicado merchandising nestes produtos porque

todos eles estatildeo em destaque estando o logoacutetipo do ARM sempre presente ainda que

de forma discreta

Em 2008 foi elaborada pelo SEEC a laquoAgenda 2008raquo que foi colocada agrave venda

demasiado tarde (em Dezembro de 2008) Os potenciais clientes consideraram-na cara

Outros natildeo conheciam a loja O nuacutemero de vendas deste produto foi extremamente

baixo natildeo teve sucesso354

(figura nordm 82)

Figura nordm 82

Agenda 2008

354

Em Dezembro de 2009 e de 2010 o Serviccedilo de Preservaccedilatildeo do ARM criou a partir de reutilizaccedilatildeo de

materiais blocos e marcadores que foram colocados agrave venda na loja a um preccedilo baixo e tambeacutem como

elementos identificativos do Arquivo

189

534 Siacutetio Web

O Arquivo Regional da Madeira possui site disponiacutevel desde de 1999 com

endereccedilo electroacutenico wwwarquivo-madeiraorg

No iniacutecio a sua imagem foi associada a uma visatildeo claacutessica dos arquivos

predominando a cor creme Os conteuacutedos do homepage estavam relacionados com o

historial da instituiccedilatildeo guiatildeo dos fundos existentes bases de passaportes e de

casamentos base de pesquisa bibliograacutefica e serviccedilos prestados nomeadamente do

serviccedilo de certidotildees e da sala de leitura

Em 2001 a direcccedilatildeo considerou que a imagem e os conteuacutedos estavam a necessitar

de remodelaccedilotildees e nesse sentido foi criada pelo Engenheiro Informaacutetico Lino

Henriques em colaboraccedilatildeo com a directora Faacutetima Barros e a arquivista Sofia Santos

uma nova proposta que foi provisoacuteria ateacute finais de 2006

Figura nordm 83

Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Recorrendo a uma equipa de profissionais de informaccedilatildeo e segundo o relatoacuterio de

estaacutegio de Nateacutercia Gouveia reformulou-se o siacutetio na Internet no ano de 2006 sendo

apresentado ao puacuteblico em Janeiro de 2007 A nova versatildeo permaneceu disponiacutevel no

mesmo endereccedilo

190

laquoMais rubricas bases de dados actualizadas notiacutecias e uma

newsletter fizeram parte das novidades Aleacutem de um acreacutescimo

dos registos disponiacuteveis nas bases de dados os utilizadores

passaram a ter a possibilidade de solicitar certidotildees reproduccedilotildees

ou fazer requisiccedilotildees preacutevias de leitura on-line com recurso a

novos formulaacuterios disponiacuteveis no nosso siacutetioraquo355

foram as

alteraccedilotildees efectuadas

Figura nordm 84

Homepage actual do site do ARM

Nas rubricas de notiacutecias e destaques (actualizadas duas vezes por mecircs) satildeo

inseridas informaccedilotildees globais acerca das funccedilotildees actividades e projectos do ARM

Com a reestruturaccedilatildeo do siacutetio foi criada uma newsletter enviada mensalmente aos

leitores escolas serviccedilos puacuteblicos e casas da cultura com o objectivo de divulgar as

actividades da instituiccedilatildeo e transmitir informaccedilatildeo de interesse para os utilizadores A

newsletter acrescenta GOUVEIA laquopretende dar a conhecer natildeo soacute as potencialidades

oferecidas pelo novo siacutetio mas tambeacutem os serviccedilos e produtos disponiacuteveis no Arquivo

Regional da Madeiraraquo356

Os instrumentos descritivos do ARM contendo informaccedilotildees

sobre todos os fundos documentais estatildeo agora acessiacuteveis em formato pdf

Com esta reformulaccedilatildeo o Arquivo revelou-se uma vez mais preocupado em

responder aos clientes externos com uma resposta mais eficiente agraves solicitaccedilotildees que

chegam vindas de todo o mundo

Na mesma altura da renovaccedilatildeo do site foram criadas laquoInstruccedilotildees de Trabalhoraquo no

acircmbito da Certificaccedilatildeo de Qualidade e um laquoRegulamento Interno do Siteraquo onde eacute

apresentada a sua estrutura periodicidade e meacutetodo de alteraccedilatildeo de conteuacutedos recolha

validaccedilatildeo e salvaguarda de dados orientaccedilotildees sobre a newsletter versatildeo inglesa e

circuito de resoluccedilatildeo de natildeo conformidades e sugestotildees recebidas por essa mesma via

355

GOUVEIA Nateacutercia ndash Relatoacuterio de estaacutegio ARM Funchal 2008p 15 356

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob citp 16

191

Para sabermos mais sobre o nuacutemero de visitantes do site apresentamos a seguir os

dados estatiacutesticos da sua consulta entre os anos de 2007 e 2008

Figura nordm 85

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

A partir da observaccedilatildeo dos dados apresentados pode-se afirmar que desde a

reformulaccedilatildeo do site do ARM ateacute finais de 2008 o nuacutemero de visitantes aumentou em

cerca de 299 O nuacutemero de visitas diaacuterias tambeacutem reflecte esta tendecircncia sendo o mecircs

em que se assinalam mais visitas o de Dezembro em 2007 e o mecircs de Maio em 2008

534 Wisi ndash Intranet

No ano de 2007 foi apresentado no ARM o projecto da Intranet que ficou

designado por WISI As suas principais finalidades satildeo a laquomodernizaccedilatildeo e

requalificaccedilatildeo da Instituiccedilatildeoraquo357

e a disponibilizaccedilatildeo e funcionalidade da laquoinformaccedilatildeo

que interessa exclusivamente aos Serviccedilos e colaboradores do ARMraquo Noacutes diriacuteamos

mais o marketing interno passa a estar presente neste serviccedilo

laquoO primeiro passo eacute o registo de cada utilizador seguindo-se a

pesquisa e navegaccedilatildeo nos menus disponiacuteveis em Localizaccedilotildees

encontram-se dados sobre cada serviccedilo sala e telefone de cada

357

Nota de Direcccedilatildeo do ARM ARM Funchal Maio de 2007

192

colaborador O menu Qualidade integra o Manual da Qualidade e a

Aacutervore da Qualidade contendo os Procedimentos e os Impressos da

Gestatildeo da Qualidade O menu Serviccedilos de Suporte permite a pesquisa

em Pessoal (feacuterias faltas ou licenccedilas) dando acesso a uma explicaccedilatildeo

sobre direitos e deveres do funcionaacuterio e aos formulaacuterios necessaacuterios

para requerer ou justificar algo No Aprovisionamento podem ser

requeridos os materiais on-line A requisiccedilatildeo dos documentos ao

depoacutesito e a reproduccedilatildeo de documentos tambeacutem eacute feita atraveacutes do Wisi

No SOS Informaacutetica ou SOS Restauro registam-se os problemas

ocorridos No menu Serviccedilos Especiacuteficos encontram-se as informaccedilotildees

e documentos relacionadas com cada Serviccedilo Estatildeo tambeacutem

disponiacuteveis a Legislaccedilatildeo e as Estatiacutesticas do ARMraquo358

As notiacutecias e os destaques satildeo outro dos pontos importantes da nova Intranet

substituindo muitas vezes o quadro de avisos Todas as novidades alteraccedilotildees de

impressos formaccedilotildees ou outros assuntos de interesse satildeo disponibilizados na paacutegina

principal do Wisi359

Para percebermos a sua utilizaccedilatildeo pelo ARM mostramos os dados estatiacutesticos

desde Maio de 2007 data da sua concretizaccedilatildeo a 2008

Figura nordm 87

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

358

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob cit 359

Registos mensais estatiacutesticos do SEEC do ARM 2007 e 2008 Relatoacuterio de actividades do ARM de

2007 e de 2008 ARM Funchal

193

Como se pode observar a sua consulta tanto diaacuteria como mensal eacute bastante

grande A mudanccedila de nuacutemero de um ano para outro tem mesmo a ver com a habituaccedilatildeo

de utilizaccedilatildeo da Intranet fazendo parte do quotidiano do trabalho

535 Acolhimento

A niacutevel interno o ARM aposta na integraccedilatildeo de todos os funcionaacuterios O

acolhimento eacute feito pelo responsaacutevel do SEEC ao qual eacute dado conhecimento do novo

colaborador pela direcccedilatildeo No primeiro dia eacute efectuada uma visita orientada agraves aacutereas

teacutecnicas do Arquivo Regional e apresentado a todos os colegas No final eacute apresentado agrave

direcccedilatildeo que lhe daacute as boas-vindas

Posteriormente eacute feita uma apresentaccedilatildeo em Power Point sobre o espoacutelio e

funccedilotildees do ARM eacute tambeacutem dada a conhecer a politica da qualidade praticada e as

instruccedilotildees necessaacuterias para efectuar o seu registo e tomar contacto com o seu modo de

funcionamento No dia seguinte eacute integrado no serviccedilo no qual iraacute desempenhar as suas

funccedilotildees

Em 2008 foi criado o laquoManual de Acolhimento do ARMraquo que pretende ser mais

um instrumento de ajuda para integraccedilatildeo dos novos teacutecnicos

Concluindo podemos questionar O Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do

ARM utiliza o marketing no seu quotidiano

Claro que sim Desde o iniacutecio deste serviccedilo que fomos agrave procura do nosso

mercado A sua conquista caracterizou-se pela implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho aperfeiccediloados posteriormente com a implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade e a criaccedilatildeo de instrumentos que se destacam pelos conteuacutedos imagem

graacutefica e forma como satildeo transmitidos comunicados Tudo eacute feito a pensar no puacuteblico

Os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo as reuniotildees mensais do serviccedilo a avaliaccedilatildeo dos trabalhos

enviados pelos alunos e o contacto directo com os nossos clientes satildeo a forma de

responder agraves suas expectativas Exemplo disso foi a abertura das aacutereas teacutecnicas trecircs

vezes ao ano na actividade laquoDia Aberto agrave Comunidaderaquo a criaccedilatildeo da maleta

pedagoacutegica dedicada agrave Histoacuteria da Famiacutelia as formaccedilotildees dadas aos docentes com a

finalidade de transmitir os conhecimentos e ferramentas necessaacuterias agrave selecccedilatildeo dos

documentos de arquivo e potenciar a utilizaccedilatildeo das actividades e instrumentos

pedagoacutegicos concebidos pelo SE

Muito mais haacute a fazer para continuar a conquistar novos puacuteblicos sensibilizar a

comunidade educativa e sociedade para a importacircncia da pesquisa e da consulta das

194

fontes primaacuterias360

Todavia temos uma certeza haacute jaacute um grande nuacutemero de pessoas que

conhece o nosso acervo serviccedilos e ateacute reconhece a nossa profissatildeo O nuacutemero de

leitores aumentou nomeadamente docentes e temos um puacuteblico fidelizado que por sua

vez ajuda a divulgar este serviccedilo e Arquivo

Quanto ao composto mix neste serviccedilo podemos exemplificar da seguinte

forma

Produtos Praccedila Preccedilo Promoccedilatildeo

Instrumentos

pedagoacutegicos

Dinamizaccedilatildeo de

actividades

Exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Formaccedilotildees

Palestras

Visitas teacutecnicas e

visitas

orientadas

Formaccedilotildees

Site

Acolhimento

Intranet (wisi)

Gestatildeo de

espaccedilos puacuteblicos

Publicaccedilotildees

Do ARM para a

comunidade

Serviccedilo puacuteblico

Tempo de preparaccedilatildeo

das actividades

preparaccedilatildeo dos

espaccedilos puacuteblicos

Tempo de resposta

aos

pedidossolicitaccedilotildees

Newsletters

Dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das

actividades

Logoacutetipo do SE e

do ARM

Brochuras

Guiotildees das

exposiccedilotildees

Produtos

informativos

Notas de imprensa

Marcadores

Figura nordm 89

Composto mix do ARM

Fonte Sofia Santos

360

Um dos nossos grandes objectivos no primeiro trimestre de 2011 eacute a concretizaccedilatildeo de um caderno

pedagoacutegico sobre o Centenaacuterio da Implantaccedilatildeo da Repuacuteblica em Portugal para ser dinamizado no ano

lectivo de 20102011

195

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO

A gestatildeo de qualquer organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem nela trabalha Tudo deve ser planeado executado e implementado

de acordo com as matrizes de objectivos e de competecircncias de cada serviccedilosector de

forma a obter uma resposta eficiente e eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos

diferentes segmentos da organizaccedilatildeo Assim enquadrando-se os Arquivos Puacuteblicos

neste tipo de instituiccedilotildees o marketing contribui para posicionem o seu negoacutecio no

mercado com o fito de se distinguirem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing em geral e os

casos das bibliotecas da nossa experiecircncia profissional enquanto arquivista e

responsaacutevel pelo Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

e da anaacutelise dos inqueacuteritos efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal concluiacutemos

que

1 Os arquivos satildeo instituiccedilotildees geralmente consideradas inacessiacuteveis e fechadas ao

cidadatildeo comum universo no qual predomina ainda a ideia de lsquolugar escurorsquo

soturno frequentado apenas por investigadores eruditos estudantes

universitaacuterios e alguns curiosos Na verdade e na praacutetica esta ideia natildeo se

enquadra na sociedade actual comummente designada de Sociedade da

Informaccedilatildeo eou do Conhecimento

2 Se partirmos da ideia que um arquivo tem por objectivo preservar e conservar a

memoacuteria colectiva documental de uma instituiccedilatildeo de um local de uma regiatildeo

eou de um paiacutes a sua sobrevivecircncia nos dias de hoje passa igualmente por

identificar e criar um conjunto de bens serviccedilos e informaccedilotildees que vatildeo ao

encontro das necessidades da comunidade que serve

3 No contexto da sociedade global e mercantilista a sobrevivecircncia destes

organismos deve passar pelo incremento das ferramentas do marketing no seu

quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital de

informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando aquela ideia antes apontada de

serem os arquivos socialmente aceites como locais inacessiacuteveis como

demonstra o estudo de caso sobre o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do

Arquivo Regional da Madeira

4 Para contrariar a lsquoameaccedilarsquo que constitui o desconhecimento do acervo e das

funccedilotildees de raiz foi aliada a criaccedilatildeo de uma marca e produtos informativos que

196

permitiram criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do arquivo o

reconhecimento dos seus profissionais que dele usufruem como clientes externos

ou internos desenvolver um conjunto de accedilotildees formativas e informativas ndash

como exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas ndash

que valorizam e divulgam o seu espoacutelio documental testemunho da memoacuteria da

Regiatildeo ao longo de mais de cinco seacuteculos de Histoacuteria contribuir para uma mais

soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto cidadatildeos participantes incentivar

haacutebitos de pesquisa e cativar novos puacuteblicos natildeo habituados aos nossos

serviccedilos Conclusatildeo bem diferente eacute retirada da anaacutelise aos dez arquivos

distritais portugueses

5 Os inquiridos acreditam que para se utilizar o marketing haacute que ter recursos

financeiros e uma equipa mais ampla do que possuem actualmente Tal natildeo eacute

verdade se considerarmos que um bom atendimento ou resposta em tempo uacutetil

dos serviccedilos solicitados faz sempre um cliente satisfeito Esta situaccedilatildeo origina

por sua vez a passagem de informaccedilatildeo a outros e assim sucessivamente

acabando por trazer novos leitores

6 Para um arquivo puacuteblico atingir um grau de satisfaccedilatildeo elevado para os

leitoresutilizadores em bens informaccedilotildees e serviccedilos prestados eacute imperioso que

aposte numa equipa de trabalho coesa que deveraacute ser incentivada agrave planificaccedilatildeo

de todo o seu trabalho agrave formaccedilatildeo contiacutenua agrave participaccedilatildeo e intervenccedilatildeo com

novas ideias e agrave constante informaccedilatildeo sobre o que se passa no interior da

instituiccedilatildeo atraveacutes da participaccedilatildeo em reuniotildees perioacutedicas onde colegas e

superiores partilham conhecimento

7 Nesta medida anterior devem ser bem acolhidosincluiacutedos os novos funcionaacuterios

havendo a necessidade de utilizar um lsquomanual de acolhimentorsquo para em

qualquer momento se saber quem eacute quem e quais os serviccedilos prestados A

aposta no ambiente interno eacute essencial a bem servir o exterior Recorrendo uma

vez mais ao estudo de caso - SEEC as suas equipas tecircm-se revelado um factor

essencial ao seu sucesso por se complementarem entre si Jaacute no caso dos

arquivos distritais do paiacutes o nuacutemero de colaboradores do quadro (entre quatro e

cinco funcionaacuterios) dificulta o desenvolvimento deste tipo de iniciativas Jaacute para

os arquivos distritais todo o trabalho eacute feito puramente a pensar no cliente

externo sendo o marketing interno posto de lado

197

8 Para que os arquivos puacuteblicos possam operar a transformaccedilatildeo qualitativa

desejada eacute necessaacuterio que essa planificaccedilatildeo e definiccedilatildeo de estrateacutegias de

trabalho seja feita de acordo com a missatildeo visatildeo e valores do arquivo Nesse

sentido eacute tambeacutem necessaacuteria a identificaccedilatildeo do micro e do macro-ambiente e do

ambiente externo

9 Tomando o resultado da anaacutelise da arquiviacutestica os fornecedores de fundos

documentais e de bens materiais satildeo tambeacutem os do SE eacute distribuidora a equipa

teacutecnica que concebe implementa e dinamiza as actividades pedagoacutegicas e

culturais relacionando-se com a comunicaccedilatildeo social local que divulga as

iniciativas Neste grupo podem ainda ser incluiacutedos os mecenas patrocinadores e

voluntaacuterios que em tempos de dificuldades econoacutemicas satildeo fundamentais para

fazer chegar os produtos agrave comunidade

10 O estabelecimento de parcerias eacute tambeacutem essencial para os arquivos se

posicionarem na sociedade Quanto aos concorrentes natildeo considerariacuteamos numa

perspectiva economicista porque as empresas congeacuteneres - bibliotecas centros

de documentaccedilatildeo e outros arquivos ndash complementam entre si o serviccedilo prestado

aos leitores Todavia natildeo podemos deixar de frisar que a anaacutelise constante dos

clientes externos permite responder em tempo uacutetil agraves necessidades tangiacuteveis e

intangiacuteveis de novos puacuteblicos

11 O macro-ambiente relaciona-se com factores externos que interferem no

funcionamento interno das instituiccedilotildees Assim por exemplo em eacutepocas de crise

econoacutemica e financeira os arquivos sobretudo os que estatildeo sob a tutela

administrativa do estado geralmente lutam com constrangimentos orccedilamentais

12 Nos arquivos a conjugaccedilatildeo dos factores internos e externos referidos

influenciam as escolhas individuais dos utilizadoresclientesconsumidores e

reforccedilam a sua vantagem competitiva num mercado cada vez mais exigente A

fim de garantir-lhes uma vida dinacircmica e de acordo com as suas funccedilotildees e

recursos tornam-se necessaacuterias avaliaccedilotildeesdiagnoacutestico regulares que permitam

identificar os seus pontos fortes e fracos o que permitiraacute perceber quais os

principais obstaacuteculos agrave sua evoluccedilatildeo dando resposta aos vaacuterios nichos de

clientes

13 No caso do ARM o edifiacutecio eacute adequado agrave sua missatildeo primordial mas estaacute

localizado fora do centro da cidade num lugar onde natildeo haacute nuacutemero significativo

de transportes puacuteblicos razatildeo que dificulta a expansatildeo do nuacutemero de acccedilotildees no

198

seu espaccedilo Pelo que o SE do ARM tem procurado respostas de aproximaccedilatildeo agrave

sociedade Assim das ameaccedilas surgem oportunidades

14 Por tudo o que jaacute foi mencionado as forccedilas distinguem-se pela caracterizaccedilatildeo

do puacuteblico-alvo e pela aplicaccedilatildeo teoacuterica do marketing mix isto eacute os quatro

vectores que promoveratildeo o sucesso da instituiccedilatildeo produto praccedila preccedilo e

promoccedilatildeo traduzidos no esforccedilo comum da equipa de colaboradores (gestores e

executores) que ao idealizarem os bens serviccedilos e informaccedilotildees com imagem

cuidada design graacutefico aliados a bons conteuacutedos e agrave sua adequada divulgaccedilatildeo

(comunicaccedilatildeo) constituem factores que conduzem agrave excelecircncia destes serviccedilos

15 Mais uma vez recorrendo ao nosso objecto de estudo haacute que lembrar que esta

estrateacutegia eacute complementada pelo Sistema de Implementaccedilatildeo da Qualidade a

qual originou uma forccedila de trabalho a padronizaccedilatildeo dos seus procedimentos

que haacute que cuidar para natildeo cairem em efeitos perversos tornam-do-se ponto

fraco pelos efeitos nocivos no ambiente de trabalho

16 Um uacuteltimo aspecto a referir para o do arquivo seraacute a avaliaccedilatildeo dos projectos

Todas as actividades criadas deveratildeo ser verificadas internamente ndash

identificando-se o que estaacute bem e o que carece ser melhorado ndash o projecto eacute

validado ndash quando utilizado pelo puacuteblico que lhe daacute a sua aprovaccedilatildeo Daiacute ser

deveras importante aplicar e avaliar os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo que todos os

arquivos distritais portugueses aplicam na Sala de Leitura caixas de sugestotildees

livros de reclamaccedilotildees

199

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Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 63 2007 I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa

Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143 2008 ndash I Seacuterie do

Ministeacuterio da Justiccedila

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Decreto-Lei 7482 de 3 de Marccedilo da Biblioteca Nacional de Portugal

Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do Arquivo Nacional da Torre

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Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M

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Norma Portuguesa 405-2 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Materiais natildeo livro 1998 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-3 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos natildeo publicados2000 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-4 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos electroacutenicos 2002 IPQ Lisboa

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos

baacutesicos IPQ Lisboa

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wwwdgarqpt

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wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto

wwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

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wwwraee

217

LISTA DE ABREVIATURAS

ALIA - Australian Librarian and Information Association

ARM ndash Arquivo Regional da Madeira

BN ndash Biblioteca Nacional

CIA ndash Conselho Internacional de Arquivos

DL ndash Decreto-Lei

DGARQ ndash Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

IFLA ndash International Federation of Library Associations and Institutions

Nordm ndash Nuacutemero

P - paacutegina

SEEC ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

SH - Stakeholders

SP - Sem paginaccedilatildeo

SWOT - Strengths Weaknesses Opportunities Threats

218

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS

Figura n ordm 1 - Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Figura nordm 2 - Empresa com visatildeo comercial e Empresa com visatildeo de marketing

Figura nordm 3 - Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Figura nordm 4 - Resumo do conceito de marketing

Figura nordm 5 - Composto do marketing mix

Figura nordm 6 - Ciclo de vida do produto

Figura nordm 7 -Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de

preccedilo

Figura nordm 8 - Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Figura nordm 9 - Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Figura nordm 10 -Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11- Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Figura nordm 12 -Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Figura nordm 13 - Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Figura nordm 14 -Estrateacutegia de marketing de Morais

Figura nordm 15 -Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Figura nordm 16 -Resultado do inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios

Figura nordm 17 -Piracircmide de Maslow

Figura nordm 18 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 19 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo

(arquivo corrente intermeacutedio e definitivo)

Figura nordm 20 - Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 22 - Exemplo do Inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Figura nordm 23 -Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Figura nordm 24 -Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 25 -Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos

Figura nordm 26 - Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Figura nordm 27 -Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Figura nordm 28 -Marcas dos Serviccedilos Educativos do Arquivo Municipal de Lisboa

Casa do Infante e Arquivo da Poacutevoa de Varzim

Figura nordm 29 - Bloco de notas do Centro de Fotografia do Porto

219

Figura nordm 30 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos

de publicaccedilotildees folhetosdesdobraacuteveis

Figura nordm 31 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo

mostra documental

Figura nordm 32 -Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Figura nordm 33 -Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Figura nordm 34 -Exemplos de motivos para patrocinar

Figura nordm 35 -Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos

portugueses

Figura nordm 36 -Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 37 -Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Figura nordm 38 -Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos

Distritais

Figura nordm 39 - Processo de planificaccedilatildeo estrateacutegica de mercado

Figura nordm 40 -Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Figura nordm 41- Matriz SWOT

Figura nordm 42 -Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 43 -Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Figura nordm 44 -Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 45 -Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 46 -Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Figura nordm 47 - Locais de serviccedilo externo do ARM

Figura nordm 48 -Aspectos da Sala de Leitura do ARM

Figura nordm 49 -Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Figura nordm 50- Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

Figura nordm 51 - Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 52 -Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53 -Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 54 -Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM

de 2005 a 2008

Figura nordm 55 -Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo

Regional da Madeira

220

Figura nordm 56 -Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de

Arquivoraquo do SE

Figura nordm 57 -Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala

de Leitura

Figura nordm 58 -Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

Figura nordm 59 - laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de

passaporte e a reintegraccedilatildeo de um documento

Figura nordm 60 -Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da Serra

Figura nordm 61 -Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

Figura nordm 62 - Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e

apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes

e Ofiacutecios

Figura nordm 63 -Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Figura nordm 64 -Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

Figura nordm 65 -Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

Figura nordm 66 -Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

Figura nordm 67 - Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Figura nordm 68 - Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

Figura nordm 69 - Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao

Arquivo Regional da Madeiraraquo

Figura nordm 70 -Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional

da Madeiraraquo

Figura nordm 71 -Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 72 -A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

Figura nordm 73 -Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

Figura nordm 74 -Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

Figura nordm 75 -Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Figura nordm 76 - Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Figura nordm 77 -Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo

Figura nordm 78 -Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Figura nordm 79 -Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

221

Figura nordm 80 -Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Figura nordm 81 -Produtos de merchadinsing do ARM

Figura nordm 82 - Agenda 2008

Figura nordm 83 -Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Figura nordm 84 -Homepage actual do site do ARM

Figura nordm 85 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

Figura nordm 87- Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

Figura nordm 89 - Composto mix do ARM

Graacutefico A -Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Graacutefico B -Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

222

ANEXO

223

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

Local Lisboa

Data 27 de Janeiro de 2009

224

No dia 27 de Janeiro de 2009 contactamos com o Dr Silvestre Lacerda director de

serviccedilos da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Do resultado dessa reuniatildeo transcrevemos

uma suacutemula da nossa conversa dividida em cinco partes

Parte 1 Apresentaccedilatildeo da Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

laquoA Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos rege-se pelo Diaacuterio da Repuacuteblica I Seacuterie nuacutemero 63

de 29 de Marccedilo de 2007 Eacute o oacutergatildeo gestor da poliacutetica arquiviacutestica nacional sob a

jurisdiccedilatildeo do Ministeacuterio da Cultura e tem sob a sua tutela os arquivos distritais o centro

de Fotografia Portuguecircs e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo Eacute um serviccedilo central

da administraccedilatildeo directa do Estado sob a dependecircncia do Ministeacuterio da Cultura mas

dotado de autonomia administrativa usufruindo ainda de autonomia cientiacutefica e teacutecnica

na prossecuccedilatildeo das suas atribuiccedilotildees

De forma resumida podemos objectivar a missatildeo visatildeo e valores da seguinte forma

a) ldquoEstruturar promover e acompanhar de forma dinacircmica e sistemaacutetica a intervenccedilatildeo

do Estado no acircmbito da poliacutetica arquiviacutestica administrar as medidas adequadas agrave

concretizaccedilatildeo da poliacutetica e do regime de protecccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural

promover a salvaguarda valorizaccedilatildeo divulgaccedilatildeo acesso e fruiccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico e garantir os direitos do Estado e dos cidadatildeos nele consubstanciados a sua

utilizaccedilatildeo como recurso da actividade administrativa e fundamento da memoacuteria

colectiva e individualrdquo

b) ldquoO compromisso de se constituir como organismo de excelecircncia e de referecircncia a

niacutevel nacional e internacional apostando na constante valorizaccedilatildeo dos seus recursos

humanos e na qualidade dos produtos e serviccedilos prestados aos seus clientesrdquo

c) A sua aacuterea de actuaccedilatildeo relaciona-se com a qualificaccedilatildeo da rede e sistemas de

arquivos salvaguarda e classificaccedilatildeo de patrimoacutenio preservaccedilatildeo de documentos

(convencionais e digitais) e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeoraquo

Parte 2 Grupos-alvos e satisfaccedilatildeo das suas necessidades

laquoToda e qualquer populaccedilatildeo que esteja interessado em consultar os nossos fundos

documentais quer por motivos pessoais quer por motivos profissionais O acesso agrave

informaccedilatildeo eacute fundamental para a formaccedilatildeo de uma sociedade mais democraacutetica e atenta

ao meio em que se inserem Por isso haacute que estar atento agraves suas necessidades Nesse

sentido a DGARQ efectua tratamento teacutecnico de documentos de forma a disponibilizar

225

informaccedilatildeo para o cidadatildeo organiza e manteacutem programas intensivos de digitalizaccedilatildeo de

forma a produzir imagens dos documentos que satildeo disponibilizadas na internet Aleacutem

disso atraveacutes dos nossos serviccedilos centrais e dos arquivos dependentes disponibilizamos

ao utilizador a possibilidade de apoio na pesquisa e referecircncia serviccedilos de reproduccedilatildeo e

certificaccedilatildeo de documentos A nossa proacutexima etapa de satisfaccedilatildeo dos clientes eacute o portal

de arquivos projecto este que decorreraacute neste ano (2009) para facilitar um acesso aos

documentos de forma mais abrangente

Hoje tambeacutem apostamos no Serviccedilo Educativo cujas actividades satildeo desenvolvidas por

docentes com profissionalizaccedilatildeo via ensino para conquistar novos puacuteblicos

Efectuam-se visitas guiadas e exposiccedilotildees temaacuteticas

Como sabemos o que as pessoas querem percepccedilotildees atitudes A sua satisfaccedilatildeo pode

ser analisada atraveacutes de inqueacuteritos presenciais e disponibilizados no siteraquo

Parte 3 Produtos serviccedilos e informaccedilotildees disponibilizadas Formas de

disseminaccedilatildeo

laquoA DGARQ faz tanta coisahellipTentemos sintetizar site permanentemente actualizado

com informaccedilotildees de interesse sobre o organismo funccedilotildees notiacutecias etc Se consultarem

o nosso siacutetio ndash dgarqgovpt ndash poderatildeo ver tudo Fazemos consultorias auditorias

procedemos a transferecircncia de suportes disponibilizamos um site com imagens

digitalizadas classificamos o patrimoacutenio documental isto eacute registamos os bens de

interesse nacional ou tesouros nacionais como bens de interesse puacuteblico efectuamos

visitar agraves instalaccedilotildees mediante marcaccedilatildeo preacutevia transferimos suportes para salvaguardar

o nosso patrimoacutenio garantindo os direitos do Estado e dos cidadatildeos bem como o

acesso reproduccedilatildeo e apoio agrave pesquisa aos fundos documentais que possui etc etc etc

Aleacutem de que damos apoio teacutecnico aos arquivos sob a nossa dependecircncia e formaccedilatildeo agrave

nossa equipa

Procedemos ainda a ediccedilotildees como o Boletim da DGARQ distribuiacutedo em papel e

divulgado no nosso site Publicamos ainda actas de congressos documentos teacutecnicos

cataacutelogos e guias de exposiccedilotildees guias de Fundos estudos e documentos e inventaacuterio do

patrimoacutenio cultural

Efectuamos tambeacutem exposiccedilotildees

As formaccedilotildees para o puacuteblico externo como faziacuteamos e que eram pagos no tempo do

Instituto do Arquivo nacional da Torre do Tombo deixaram de ser feitas por falta de

226

puacuteblico Mas claro que continuamos a apostar em exposiccedilotildees e mostras seminaacuterios

teacutecnicos ou de divulgaccedilatildeo

Cedemos ainda o auditoacuterio procedemos a parcerias e emprestamos documentos caro de

acordo desde que o seu estado de conservaccedilatildeo o permita que a entidade organizadora

da exposiccedilatildeo decirc garantias de cumprimento das condiccedilotildees gerais e especiacuteficas previstas

neste Regulamento e que a iniciativa seja considerada pela DGARQ de relevante

interesse cultural e cientiacutefico

Tudo isto eacute divulgado na comunicaccedilatildeo social Internet e de acordo com a lista

protocolarraquo

Parte 4 Merchandising

laquoOs produtos que a DJARQ disponibiliza para venda resultam do estudo da sua

documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens estampadas do logoacutetipo do Arquivo

Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas e uma colecccedilatildeo de bijutaria

Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de ourivesaria efectuam-se peccedilas

de ourives com pormenores de desenhos de imagens iconograacuteficas Colocamos tambeacutem

agrave disposiccedilatildeo do leitor as nossas ediccedilotildees e que jaacute referimos

Um exemplo que deve ser observado no caso de merchandising aplicado nos Arquivos

Puacuteblicos eacute o projecto desenvolvido pelo Centro de Fotografia Portuguecircsraquo

Parte 5 Marketing na DGARQ

laquoSe aplicamos os conceitos mercadoloacutegicos na DGARQ Sim Todas e quaisquer

actividades realizadas por noacutes eacute efectuado um estudo preacutevio ou seja elaboramos um

plano de trabalho com objectivos etapas prazos de execuccedilatildeo indicadores de

desempenho custos e definimos quem eacute a equipa responsaacutevel pela sua concretizaccedilatildeo

No final avaliamos se a actividade foi ou natildeo eficaz e o que se pode melhorar Nada eacute

feito ao acasoraquo

227

Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem

Local Funchal

Data 30 de Janeiro de 2009

228

Para melhor conhecermos a importacircncia da Internet como produto nos Arquivos

Puacuteblicos propomos a leitura de uma entrevista efectuada a Sara Lomelino designer da

empresa madeirense de Web amp Multimedia Navega Bem Vejamos o seu modo de

funcionamento

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Navega Bem Quando foi criada visatildeo

missatildeo e valores

Sara Lomelino (SL) A Navega Bem web Design como o proacuteprio nome indica eacute uma

empresa que se afirma num bom design e numa aposta de qualidade de imagemserviccedilo

A nossa missatildeo eacute fornecer um serviccedilo de qualidade a todos os nossos clientes

Melhorando a imagem visual em trecircs princiacutepios fundamentais consultadoria

planificaccedilatildeo e marketing Soluccedilotildees de web design que satildeo adaptadas para servir as

necessidades e disponibilidade financeira do cliente

Foi criada em Agosto 2006

Visatildeo ndash eacute uma empresa cujo objectivo principal eacute desempenhar um bom trabalho na

aldeia global que eacute a Internet os nossos clientes estatildeo agrave distacircncia que estamos do

monitor

Valores ndash os nossos valores baseiam-se satisfazer os clientes com sites profissionais

tentar ir sempre de encontro com os seus ideais e incutir as novas tecnologias como um

importante meio de comunicaccedilatildeo

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

SL Trabalhamos em equipa sem departamento de marketing Somos 6 elementos 3

Programadores 2 designers 1 gestor de projectos

Gestor de Projectos - gerir os projectos desde o primeiro contacto com o cliente

passando pela distribuiccedilatildeo dos trabalhos pelos colegas e finalmente a verificaccedilatildeo de

erros e entrega final

Designers ndash criarestudar o design de todos os projectos assim como tambeacutem trabalhar

o conteuacutedo dos mesmos e dar formaccedilatildeo

Programadores ndash programar ldquoconstruirrdquo os sites dar assistecircncia teacutecnica e formaccedilatildeo aos

clientes

229

SS Quando vos pedem para realizar um site quais satildeo os cuidados que tecircm para a

sua concretizaccedilatildeo Fazem estudo da empresa e do mercado-alvo Que etapas

seguem Estudam os nichos de mercado

SL Em primeiro lugar ldquoestudamos o clienterdquo mas o maior cuidado que temos eacute sempre

tentar ir de encontro com o ideal do cliente Eacute muito importante sabermos todos os

pormenores e entatildeo depois fazemos uma pesquisa de mercado Damos a nossa

opiniatildeosugestatildeo sem nunca esquecer a visatildeo do cliente

De forma sucinta os projectos de sites numa primeira fase passam pela gestora de

projectos agrave qual acerta os pormenores ldquoburocraacuteticosrdquo e atribui os mesmos aos colegas

de design e programaccedilatildeo

Em seguida eacute criado o design e posteriormente passa agrave fase de programaccedilatildeo

Quando concluiacutedo antes de ser entregue ao cliente final todo o trabalho eacute verificado

afim de correcccedilatildeo de possiacuteveis erros

SS A imagem eacute importante para as empresas desenvolverem os seus negoacutecios

SL A primeira impressatildeo conta A primeira impressatildeo tem um enorme impacto na

maneira como as pessoas acedem ou ateacute como ficam ldquopresasrdquo a um website A Navega

Bem entende um site como sendo uacutenico cujo design eacute feito agrave medida e o coacutedigo

compatiacutevel com todos os browsers Um site numa empresa eacute como se fosse uma montra

de uma lojahellip ldquose nos cativar entramos caso contraacuterio nunca mais laacute voltamosrdquo

Cada vez mais as empresas apostam na imagem na Internet

SS Acham que eacute factor determinante para marcarem uma posiccedilatildeo no mercado

SL A imposiccedilatildeo de uma imagem de marca na internet eacute importante Cada empresa

reserva a sua posiccedilatildeo na internet para mostrar aquilo que faz e que vale e nos nossos

dias os sites satildeo cada vez mais profissionais e por sua vez mais crediacuteveis para os

consumidores

Na nossa opiniatildeo a ideia eacute que todas as empresas ou ateacute mesmo pessoas individuais

apostem em sites profissionais com uma imagem uacutenica e apelativa que vaacute de encontro

com os ideais e satisfaccedilam as necessidades dos utilizadores e dos empresaacuterios nos seus

negoacutecios

SS No caso de empresas natildeo lucrativas acham que devem transpor esta realidade

para o seu trabalho Que conselhos dariam

230

SL Claro que sim

Diriacuteamos que deveriam apostar na Internet pois o direito agrave web e o acesso agrave informaccedilatildeo

eacute muito importante para a nossa evoluccedilatildeo e para o auto conhecimento

A Internet eacute uma maneira das instituiccedilotildees chegarem a todo o lado de procurarem

apoios de fazer mostrar aquilo que fazem e dar exemplos a terceiros

A informaccedilatildeo na Internet eacute um direito que todos noacutes deveriacuteamos ter Por esta razatildeo a

Navega Bem - Web Design Madeira aposta fortemente em websites de Barreira-Livre

adaptando-se da melhor maneira agraves necessidades de cada instituiccedilatildeo empresa ou

particular

231

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto

Local Porto

Data Agosto de 2009

232

Merchandising nos Arquivos Puacuteblicos ainda natildeo eacute muito comum Para melhor

percebermos o que se fazer a este niacutevel optaacutemos por entrevistar Acircngela Carvalho

Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do

Porto que segundo o Dr Silvestre Lacerda Director-Geral dos Arquivos referiu-nos

em conversa como sendo um laquoexemplo a conhecerraquo Vejamos o testemunho deixado

Sofia Santos (SS) Diga-nos que entendem por merchandising

Acircngela Carvalho (AC) Eacute uma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de teacutecnicas

que colocam o produto ao alcance do consumidor de uma forma destacada dando-lhe maior

visibilidade e possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo de motivar e

influenciar as decisotildees de quem compra

SS Que tipo de produtos existem na vossa loja

AC A Loja do CPF como parte integrante do Centro de Exposiccedilotildees do Centro Portuguecircs de

Fotografia tem como objectivo divulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e sensibilizaccedilatildeo do

puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece tambeacutem a cada visitante a oportunidade de

conhecer e adquirir outras produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e

outros produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito) direccionados para puacuteblicos

infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas

caracteriacutesticas especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em geral

bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postais

SS Como eacute feita a selecccedilatildeo apresentaccedilatildeo dos mesmos Que criteacuterios foram utilizados

para a sua selecccedilatildeo

AC A produccedilatildeo editorial do CPF decorre assim por norma da sua programaccedilatildeo expositiva

Com efeito grande parte das publicaccedilotildees editadas algumas em co-produccedilatildeo com outras

instituiccedilotildees nacionais e estrangeiras (Centro de Arte Moderna Joseacute de Azeredo Perdigatildeo da

Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian Sprengel Museum Hannover Seattle Art Museum Centro

Cultural de Beleacutem Silo Espaccedilo Cultural Norte-Shopping Sociedade Portugal-Frankfurt) satildeo

cataacutelogos de exposiccedilotildees que estiveram patentes ao puacuteblico no edifiacutecio sede do CPF Existem

duas colecccedilotildees de livros Colecccedilatildeo Teorias e Praacuteticas e a Colecccedilatildeo de Bolso (com 9 tiacutetulos

editados) A par destas podem encontrar-se monografias como o ldquoManual do Cidadatildeo Aureacutelio

da Paz dos Reisrdquo um jornal ndash Ersatz ndash e duas publicaccedilotildees no campo dos audiovisuais

A aquisiccedilatildeo de outras publicaccedilotildees e produtos realiza-se de acordo com as possibilidades

orccedilamentais do serviccedilo e atendendo a criteacuterios de interesse esteacutetico e educativo

233

SS Como dinamizam esse espaccedilo Datildeo a conhecer os vossos produtos

AC As publicaccedilotildees e produtos satildeo divulgados atraveacutes do siacutetio do CPF (wwwcpfpt) natildeo

existindo agrave data nenhuma estrateacutegia concertada de difusatildeo Podem tambeacutem ser adquiridos em

algumas lojas de organismos do Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias

Relativamente agrave dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito cultural

da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em que satildeo disponibilizadas ao

puacuteblico recensotildees mensais de livros de Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de

sugestotildees mensais de leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo com referecircncia tambeacutem a

outras publicaccedilotildees associadas em termos de autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as

recensotildees as mesmas satildeo apresentadas sob a forma de breves dossiers disponiacuteveis para

consulta

SS Haacute receptividade por parte dos clientes internos e externos

AC Sim pode-se dizer que o CPF tem um puacuteblico receptivo agrave existecircncia de um ponto de

venda nas suas instalaccedilotildees sobretudo porque o visitante das exposiccedilotildees interessa-se pelo

menos em ver o cataacutelogo correspondente Conveacutem tambeacutem referir que o puacuteblico do CPF se

trata em grande parte de um puacuteblico estudantil sem grandes recursos financeiros para investir

em publicaccedilotildees e isso traduz-se inequivocamente nas receitas arrecadadas No entanto o

fenoacutemeno do turismo tambeacutem tem repercussotildees nesta aacuterea impulsionando de certa forma as

vendas Para isso tornou-se imprescindiacutevel a publicaccedilatildeo de livros cataacutelogos bilingues

234

Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Local Lisboa

Data Marccedilo de 2009

235

Para sabermos sobre as praacuteticas do marketing cultural e de merchadising o Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian atraveacutes da sua responsaacutevel

Drordf Susana Prudecircncio Com isto esperamos uma vez mais mostrar mais um exemplo

de boas praacuteticas do marketing numa instituiccedilatildeo cultural

Sofia Santos (SS) Dentro do trabalho desenvolvido na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian o que entende por marketing

Susana Prudecircncio (SS) Este Gabinete desenvolve algumas acccedilotildees de marketing

cultural que tecircm como principal objectivo promover a aproximaccedilatildeo a novos puacuteblicos e

por outro lado fidelizar os jaacute existentes

SS O vosso organismo pratica o chamado marketing cultural Quais satildeo as

vantagens da utilizaccedilatildeo deste tipo de ferramenta

SP Todas as acccedilotildees no acircmbito do marketing Cultural satildeo feitas quer atraveacutes de uma

melhor e actual divulgaccedilatildeo das exposiccedilotildees e eventos quer atraveacutes das lojas que satildeo

hoje em dia cada vez mais um veiacuteculo fundamental para a divulgaccedilatildeo das instituiccedilotildees

A escolha e execuccedilatildeo dos objectos para as lojas tecircm como base rigorosos criteacuterios de

esteacutetica de qualidade dos materiais utilizados e de preservaccedilatildeo da imagem da Fundaccedilatildeo

A procura de soluccedilotildees inovadoras tem-nos levado a efectuar parcerias com designers e

fornecedores visando ampliar e aprofundar a fruiccedilatildeo quer para coleccionadores quer

para uso proacuteprio ou como excelentes objectos para oferta

SS Em termos do merchadising que praticam quais satildeo os cuidados que tecircm

SP Os produtos agrave venda nas lojas da Fundaccedilatildeo satildeo produtos exclusivos e todos eles

inspirados nas obras da colecccedilatildeo do Museu do Centro de Arte Moderna ou nos Jardins

da Fundaccedilatildeo e por isso um excelente veiacuteculo de divulgaccedilatildeo

SS Para si haacute diferenccedilas entre patrociacutenio e mecenato na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian

SP Por uacuteltimo a grande diferenccedila entre Patrociacutenio e Mecenato eacute na minha perspectiva

o facto de num mecenato existir uma conjugaccedilatildeo de esforccedilos uma parceria que faz com

que um evento aconteccedila Num Patrociacutenio eacute dado um apoio que se traduz em

publicidade

236

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora

Local Lisboa

Data Fevereiro de 2009

237

Mediante a apresentaccedilatildeo de um programa de cultural na televisatildeo puacuteblica

portuguesa - Cacircmara Clara - tivemos conhecimento da Sextante Editora Entre os

vaacuterios assuntos abordados foi a questatildeo laquocomo dar conhecer um livroraquo A partir daiacute foi

elaborada uma entrevista a Joatildeo Rodrigues responsaacutevel da editora e que agora

transcrevemos como exemplo para os Arquivos Puacuteblico seguirem nas suas ediccedilotildees

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Sextante Editora Quando foi criada

visatildeo missatildeo e valores

Joatildeo Rodrigues (JR) A Sextante Editora eacute uma editora de cultura e parte em busca de

leitores pensantes acreditando que o melhor negoacutecio eacute um bom livro ndash jaacute que editar eacute

tambeacutem desde pelo menos haacute cinco seacuteculos um honroso negoacutecio Sem descurar os

tempos as mudanccedilas e os obstaacuteculos naturais eis-nos carregando felizes o fardo de

passadores da coisa escrita Cabeccedila nas nuvens e peacutes bem assentes no chatildeo como dizia

Giangiacomo Feltrinelli parece-nos uma boa atitude

Acreditamos que nos compete uma batalha de raiz cultural tendo como pilar central a

criaccedilatildeo literaacuteria em liacutengua portuguesa Natildeo se trata de dar exemplo As editoras natildeo tecircm

de ser todas iguais e respeitamos claramente as opccedilotildees dos editores que orientam o seu

cataacutelogo e as suas escolhas pelas modas e pelos desejos dos consumidores Mas noacutes

para os nossos livros na companhia de muitos outros editores do passado e de hoje

queremos leitores pensantes natildeo leitores abuacutelicos e preguiccedilosos procurando apenas

entretenimento passageiro

Sabemos que eacute difiacutecil esta escolha Mas temos opiniatildeo e queremos fazecirc-la saber A

nossa poliacutetica seraacute encontrar bons livros e saber vendecirc-los Natildeo se trata de todo de fazer

livros maccediladores e soacute possiacuteveis de ler por eruditos queremos que a grande criaccedilatildeo

aquela que move os leitores quer no campo da ensaiacutestica quer no do romance e da

poesia seja fruto apeteciacutevel e jovial digeriacutevel pela generalidade dos leitores Queremos

imodestamente fazer livros que durem geraccedilotildees

Os nossos esforccedilos estaratildeo sempre ao lado de quem se bate pelo alargamento da leitura

Sem isso natildeo nos parece fazer sentido editar livros num paiacutes onde provavelmente

metade da populaccedilatildeo adulta natildeo eacute capaz de ler uma histoacuteria de adormecer a uma

crianccedila

238

A Sextante seraacute pois casa de Leitura e de Cultura Como estamos nos confins da Europa

e falamos portuguecircs adoptaacutemos como lema palavras de Vergiacutelio Ferreira laquoDa minha

liacutengua vecirc-se o marraquo Faz sentido que esta liacutengua seja pilar da nossa acccedilatildeo

E assim seraacute a Sextante em primeiro lugar natildeo refuacutegio mas casa acolhedora para

autores que escrevem em portuguecircs De Portugal de Timor da Aacutefrica e do Brasil

E a Sextante seraacute tambeacutem poiso de aves migratoacuterias queremos escritores de outras

paragens consagrados ou natildeo que escrevem com alma que escrevem para fazer as

grandes perguntas para expor as grandes duacutevidas natildeo apenas para tranquilizar os

espiacuteritos

Satildeo livros assim que queremos colocar na mesinha-de-cabeceira dos leitores

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

JR Natildeo temos equipa de marketing Esta eacute uma empresa com trecircs pessoas e os

programas de marketing e comunicaccedilatildeo satildeo preparados e desenvolvidos por noacutes

editores em conjugaccedilatildeo com as chefias de vendas da distribuidora a Centralivros

Acreditamos muito na diferenccedila que faz um bom programa de MampC e procuramos

fazecirc-lo de forma profissional com a maacutexima qualidade quer no marketing para pontos

de venda quer na comunicaccedilatildeo social e no contacto directo com os leitores

SS Quando recebem um novo livro na vossa editora antes da sua publicaccedilatildeo

fazem estudo de mercado Se sim podem indicar as etapas deste trabalho

JR Natildeo fazemos propriamente estudos de mercado apenas consultas agrave equipa de

vendas e a alguns clientes mais importantes

SS Antes da sua ediccedilatildeo como projectam planeiam a sua imagem Que regras

seguem e que cuidados tecircm

JR Estudamos o livro que escolhemos e o caminho que ele pode fazer argumentos de

venda melhores oportunidades de colocaccedilatildeo no programa histoacuterico do autor etc A

capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo procurando sempre manter uma

imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo logo) mas tambeacutem sendo dentro

dessa grelha suficientemente maleaacuteveis para atingir niacuteveis elevados de contacto com os

leitores no ponto de venda

239

No caso de ediccedilotildees anteriores fazem algo para que o nuacutemero de vendas seja maior Ou

seja que tipo de iniciativas desenvolvem

A saiacuteda de tiacutetulos novos de um autor jaacute no cataacutelogo permite normalmente esforccedilos de

recolocaccedilatildeo de fundo eficazes Os preacutemios que os livros obtecircm tambeacutem Fazemos

tambeacutem campanhas de fundo e ateacute saldos em momentos especiais feiras do livro

periacuteodos de pico de vendas (Natal) aproveitamentos de datas comemorativas

relacionadas com livros etc

SS Como se definiria a vossa imagem editorial O que tem de diferente das

outras editoras

JR Literaacuteria cataacutelogo forte de autores portugueses com qualidade graacutefica e qualidade

de conteuacutedos natildeo enganando o puacuteblico leitor

SS Seraacute que esta realidade tambeacutem se pode aplicar a Arquivos puacuteblicos Porquecirc

Que tipo de laquodicasraquo sugeria a estes tipos de organismos

JR Estou muito longe da realidade dos arquivos puacuteblicos Creio que as bibliotecas

poderiam beneficiar da praacutetica de uma poliacutetica eficaz de comunicaccedilatildeo (e ateacute de

marketing) com os leitores potenciais da sua zona de influecircncia A relaccedilatildeo das

bibliotecas com os editores pode ser tambeacutem muito incrementada e com resultados

positivos Estaacute longe de se fazer o miacutenimo neste acircmbito

SS Para terminar o que entende por marketing editorial

JR Para mim marketing editorial eacute um trabalho indispensaacutevel no acircmbito desta

induacutestria Fazer livros sem um programa capaz de MampC eacute um desperdiacutecio Os editores

satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de saber comunicar com todos os

intermediaacuterios e com os leitores Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e

contacto directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo essenciais Tudo isto

tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada livro eacute um produto diferente e que exige

diferentes esforccedilos

240

Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel

Local Penafiel

Data Marccedilo de 2009

241

O Arquivo Municipal de Penafiel foi o primeiro organismo que em Portugal que criou a

Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo de Penafiel em 2003 Foi seguido posteriormente

pelos Amigos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e em 2009 pelo Arquivo

Distrital do Porto Deixamos aqui o testemunho dado pela responsaacutevel deste projecto

Drordf Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo Municipal de Penafiel

Sofia Santos (SS) Quais foram os motivos que levaram a agrave criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo

dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

Paula Sofia (SS) Os motivos para a criaccedilatildeo a Associaccedilatildeo de Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel deve-se a dois factores

- Em primeiro lugar aproximar do Arquivo sobretudo da sua vertente cultural e

educativa os utentes do arquivo bem como os proprietaacuterios de fundos documentais agrave

guarda do arquivo atraveacutes dos contratos de tratamento e digitalizaccedilatildeo e contratos de

depoacutesito Tornando-os desta forma participantes e intervenientes activos da difusatildeo

cultural Soacute pertencendo a uma Associaccedilatildeo destas as pessoas se co-responsabilizam por

esta vertente cultural Foi desta forma uma maneira de chamar os cidadatildeos a uma

vivecircncia cultural que faz parte da sua histoacuteria

Em 2ordm lugar a criaccedilatildeo de uma associaccedilatildeo cultural sem fins lucrativos permitindo

tambeacutem agilizar certos processos para a realizaccedilatildeo de eventos culturais como cursos

coloacutequios jornadas exposiccedilotildees e ateliers

SS Sobre a forma de conquista de amigos Neil KOTLER e Philip KOTLER no

livro laquoEstrategias e marketing de museosraquo dizem que haacute que criar um plano de

marketing massivo Isto eacute numa primeira fase enviam de forma indiscriminada

folhetos a explicar os objectivos da associaccedilatildeo Depois do resultado das respostas

obtidas define-se o puacuteblico que os museus querem como laquoamigos Foi esse o

caminho seguido por vocecircs Seraacute que nos pode indicar a sua planificaccedilatildeo etapa

para a sua constituiccedilatildeo

PS Natildeo natildeo foi esse caminho optado por noacutes As etapas para a constituiccedilatildeo da

Associaccedilatildeo ldquoAmigos do Arquivo de Penafielrdquo foram

1 Constituiccedilatildeo de uma Comissatildeo Instaladora

2 Marcaccedilatildeo de uma reuniatildeo com a Comissatildeo Instaladora e eventuais soacutecios

fundadores

3 Elaboraccedilatildeo de Estatutos

242

4 Pedido de atribuiccedilatildeo do nuacutemero provisoacuterio de Pessoa Colectiva

5 Registo da Associaccedilatildeo na Conservatoacuteria do Registo Notarial (formalizaccedilatildeo

legal da Associaccedilatildeo)

6 Publicaccedilatildeo em Diaacuterio da Republica da constituiccedilatildeo da Associaccedilatildeo

7 Marcaccedilatildeo de uma Assembleia-geral para aprovaccedilatildeo dos Estatutos

8 Eleiccedilatildeo dos Corpos Gerentes

SS Pode indicar-nos os estatutos desta associaccedilatildeo

PS Apresento-vos os nossos estatutos da seguinte forma

Estatutos dos Amigos do Arquivo de Penafiel

CAPITULO I

Princiacutepios Gerais

Artigo 1ordm

(Denominaccedilatildeo acircmbito e sede)

1 ndash Os Amigos do Arquivo de Penafiel adiante designada por Amigos ou pelas iniciais

(AAP) satildeo uma instituiccedilatildeo sem fins lucrativos que se regeraacute pelos presentes Estatutos

e nos casos omissos pela Lei Geral e em particular pelas leis das Associaccedilotildees

2 ndash Os Amigos exerceratildeo a sua actividade no concelho de Penafiel e na regiatildeo e seraacute

constituiacuteda pelos elementos que nela pretendam ingressar segundo as regras

estabelecidas no artigo 4ordm do presente estatuto

3 ndash Os Amigos tecircm sede nas instalaccedilotildees do Arquivo Municipal de Penafiel Quelho das

Castanhas Av Soares de Moura

Artigo 2ordm

(Fins)

1 ndash Os Amigos (AAP) tecircm como objectivos o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel e regiatildeo e do

Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se nomeadamente

243

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de recuperaccedilatildeo

da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio arquiviacutestico do

concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou de

depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais teacutecnicos ou de

contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que o Arquivo

necessite para seu funcionamento nomeadamente material necessaacuterio ao

tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos fundos arquiviacutesticos

pertenccedilas ao Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal bem como a

realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe seja

solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou

seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a realizaccedilatildeo dos fins

que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios jornadas e

cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do Concelho e regiatildeo com a

Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e do

Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Artigo 3ordm

(Receitas)

Satildeo receitas patrimoniais dos Amigos as provenientes de

a) As quotas dos associados

b) As doaccedilotildees subsiacutedios heranccedilas ou legados

c) Os resultados da venda de quaisquer publicaccedilotildees ou produccedilotildees por si

comercializados bem como os proveitos da realizaccedilatildeo de cursos e acccedilotildees de

formaccedilatildeo

d) Os rendimentos de bens proacuteprios

244

CAPIacuteTULO II

Associados

Artigo 4ordm

(Associados)

1 ndash Satildeo associados as pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiras que

querendo prosseguir os fins dos Amigos sejam admitidos pela Direcccedilatildeo

2 ndash Os associados podem ser

a) Efectivos

1) Individual

2) Famiacutelia

3) Pessoa colectiva ou entidade equiparada

b) Contribuintes

c) Honoraacuterios

3 ndash Os associados efectivos satildeo admitidos pela Direcccedilatildeo mediante proposta subscrita

por um associado e pelo interessado e colaboram efectivamente na vida dos Amigos

empenhando-se na prossecuccedilatildeo dos seus fins

a) Eacute associado efectivo Individual o associado em nome individual

b) Eacute associado efectivo Famiacutelia o associado cocircnjuge e filhos menores de 18

anos

c) Eacute associado efectivo toda a pessoa colectiva ou entidade equiparada

independentemente da sua qualificaccedilatildeo juriacutedica

4 ndash Satildeo associados Contribuintes aqueles que tenham oferecido documentos ou fundos

arquiviacutesticos ao Arquivo Municipal ou contribuiccedilotildees monetaacuterias de relevo nos termos

fixados pela Assembleia Geral

5 ndash Satildeo associados Honoraacuterios aqueles que pelos serviccedilos especiais prestados ao

Arquivo Municipal de Penafiel sejam considerados pela Assembleia Geral mediante

proposta da Direcccedilatildeo dignos de tal distinccedilatildeo

6 ndash Os associados efectivos Pessoa Colectiva ou entidade equiparada satildeo representados

por uma uacutenica pessoa mandatada por procuraccedilatildeo e indicada aos Amigos do Arquivo de

Penafiel

245

Artigo 5ordm

(Direitos dos Associados)

1 ndash Satildeo direitos dos associados efectivos

a) Participar nas reuniotildees da Assembleia Geral

b) Participar nas deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

c) Eleger e ser eleito para os oacutergatildeos associativos

d) Participar em todas as iniciativas dos Amigos

e) Obter desconto nas produccedilotildees do Arquivo Municipal em percentagens fixadas

pela Direcccedilatildeo

f) Ser informado sobre iniciativas do Arquivo Municipal

g) Ter acesso a visitas guiadas exclusivas para Amigos

2 ndash O primeiro titular dos Associados Famiacutelia goza de todos os direitos consignados no

nordm 1 Satildeo direitos dos restantes titulares os consignados nas aliacuteneas a) d) e) f) e g)

3 ndash Satildeo direitos dos associados contribuinte e honoraacuterios os referidos nas aliacuteneas a) d)

e) f) e g) do nuacutemero 1

Artigo 6ordm

(Deveres dos Associados)

1 ndash Satildeo deveres dos Associados

a) Exercer os cargos para os quais tenham sido eleitos

b) Pagar quota anual fixada e alterada pela Assembleia Geral

2 ndash Os associados Contribuintes e Honoraacuterios estatildeo isentos do pagamento da quota

Artigo 7ordm

(Cessaccedilatildeo da qualidade de associado)

Perde-se a qualidade de associado

a) Pela demissatildeo pedida pelo interessado

b) Por qualquer motivo que a Direcccedilatildeo considere como determinante dessa

exoneraccedilatildeo devidamente fundamentada a qual deve ser confirmada pela

Assembleia Geral por maioria de dois terccedilos

c) Pelo natildeo pagamento de quotas correspondente a um periacuteodo de dois anos

246

CAPIacuteTULO III

Oacutergatildeos da Associaccedilatildeo

Artigo 8ordm

(Oacutergatildeos)

Satildeo oacutergatildeos dos Amigos (AAP)

a) A Assembleia Geral

b) A Direcccedilatildeo

c) O Conselho Fiscal

Artigo 9ordm

(Mandato e reeleiccedilatildeo)

1 ndash O mandato dos titulares dos oacutergatildeos dos Amigos Mesa da Assembleia Geral

Direcccedilatildeo e Conselho Fiscal tem a duraccedilatildeo de trecircs anos e termina com a posse dos

novos titulares

2 ndash A duraccedilatildeo do mandato coincide com o ano civil e conta-se como completo o ano da

eleiccedilatildeo

3 ndash Os membros cooptados ou designados nos termos do disposto na aliacutenea g) nordm 1 do

artordm 17ordm satildeo-no apenas para completarem o mandato respectivo

SECCcedilAtildeO I

Assembleia Geral

Artigo 10ordm

(Assembleia Geral)

A Assembleia Geral eacute constituiacuteda por todos os associados no pleno gozo dos seus

direitos associativos

Artigo 11ordm

(Competecircncia)

Compete agrave Assembleia Geral

a) Eleger a mesa da Assembleia bem como a Direcccedilatildeo e o Conselho Fiscal

247

b) Apreciar discutir e votar o orccedilamento e o plano de actividades para o

exerciacutecio seguinte

c) Apreciar discutir e votar na primeira reuniatildeo anual o relatoacuterio e contas

apresentado pela Direcccedilatildeo depois de sujeitas ao parecer do Conselho Fiscal

relativa ao exerciacutecio anterior

d) Fixar o quantitativo das quotas a pagar pelos associados

e) Alterar e interpretar os presentes Estatutos

f) Deliberar sobre a dissoluccedilatildeo dos Amigos

g) Ratificar ou natildeo os actos referidos na aliacutenea c) e) f) e g) do nordm 1 do artordm 17

h) Pronunciar-se sobre qualquer assento de interesse para a realizaccedilatildeo dos

objectivos dos Amigos

i) Apreciar a actividade da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal

j) Aprovar e alterar o Regulamento Eleitoral

Artigo 12ordm

(Mesa da Assembleia Geral)

1 - A mesa da Assembleia Geral eacute constituiacuteda por quatro membros Presidente Vice-

Presidente e dois Secretaacuterios

2 ndash Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral

a) Convocar as Assembleias Gerais ordinaacuterias e extraordinaacuterias

b) Presidir agrave reuniatildeo da Assembleia Geral e orientar os trabalhos

c) Dar posse aos membros da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal no prazo de oito

dias apoacutes a realizaccedilatildeo da Assembleia Geral eleitoral

d) Assinar as actas das Assembleias e proceder agrave legalizaccedilatildeo do livro respeitante

agrave Assembleia Geral

Artigo 13ordm

(Reuniotildees da Assembleia Geral)

1 ndash A Assembleia Geral reuacutene ordinariamente duas vezes por ano no primeiro e no

uacuteltimo trimestre de cada ano para os fins constantes respectivamente das aliacuteneas c) e b)

do artordm 11ordm

248

2 ndash A Assembleia Geral reuacutene extraordinariamente nos termos e para os efeitos

previstos nestes Estatutos e na lei geral civil

Artigo 14ordm

(Convocaccedilatildeo)

1 ndash As Assembleias Gerais ordinaacuterias satildeo convocadas pelo Presidente da Mesa da

Assembleia Geral

2 ndash Ao Presidente da Mesa poderaacute ser requerida a convocaccedilatildeo extraordinaacuteria da

Assembleia Geral

a) Pela Direcccedilatildeo

b) Pelo Conselho Fiscal

c) Por um grupo de associados natildeo inferior agrave quinta parte do nuacutemero total de

associados invocando os assuntos a tratar

Paraacutegrafo uacutenico ndash Quando for requerido pelos associados a Assembleia Geral soacute poderaacute

funcionar com a presenccedila de dois terccedilos dos requerentes Se tal se natildeo verificar os

requerentes ficam inibidos de convocar nova Assembleia com idecircntica ordem de

trabalhos dentro do mesmo ano de exerciacutecio

3 ndash A Assembleia Geral eacute convocada por meio de aviso postal expedido para cada um

dos associados com a antecedecircncia miacutenima de quinze dias e ainda por meio de aviso

afixado na sede com a mesma antecedecircncia neles se indicando o dia a hora local da

reuniatildeo e respectiva ordem de trabalho

Artigo 15ordm

(Funcionamento)

1 ndash A Assembleia Geral considera-se validamente constituiacuteda estando presentes metade

mais um do nuacutemero total dos seus associados no pleno gozo dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash se agrave hora marcada natildeo se verificar a presenccedila daquele nuacutemero miacutenimo

de associados a Assembleia Geral reuniraacute meia hora depois com qualquer nuacutemero de

associados presentes

249

2 ndash As Assembleias Gerais que tenham por fim a alteraccedilatildeo dos Estatutos a autorizaccedilatildeo

para a sua integraccedilatildeo ou afastamento em Federaccedilotildees de organismos congeacuteneres ou a

representaccedilatildeo de qualquer destes soacute se considera validamente constituiacuteda em primeira

convocaccedilatildeo desde que esteja presente a maioria de dois terccedilos dos associados em

plenitude dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash Em segunda convocatoacuteria a Assembleia Geral poderaacute reunir para

estes fins com qualquer nuacutemero de associados presentes no pleno gozo dos seus

direitos

3 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria absoluta dos votos dos associados

presentes As que respeitam agrave alteraccedilatildeo dos Estatutos satildeo tomadas pelo voto favoraacutevel

de dois terccedilos do nuacutemero de associados presentes

4 ndash A deliberaccedilatildeo de dissoluccedilatildeo dos Amigos carece do voto favoraacutevel de dois terccedilos do

nuacutemero total de associados em plenitude dos seus direitos

5 ndash Para os casos de eleiccedilatildeo dos corpos sociais dos Amigos e de dissoluccedilatildeo dos mesmos

Amigos os associados exerceratildeo obrigatoriamente o seu direito de voto atraveacutes de

votaccedilatildeo secreta nominal o mesmo acontecendo sempre que assim seja previamente

deliberado pela Assembleia Geral

SECCcedilAtildeO II

Direcccedilatildeo

Artigo 16ordm

(Direcccedilatildeo)

A Direcccedilatildeo eacute constituiacuteda pelos seguintes membros Presidente Vice-Presidente

Tesoureiro Secretaacuterio e trecircs ou cinco Vogais

Artigo 17ordm

(Competecircncias)

1 ndash Compete agrave Direcccedilatildeo orientar as actividades dos Amigos administra-los e

representa-los em juiacutezo e fora dele e nomeadamente

a) Elaborar o plano de actividades e orccedilamento anuais dos Amigos

b) Pedir a convocaccedilatildeo das Assembleias Gerais extraordinaacuterias

c) Elaborar anualmente o relatoacuterio de actividades e relatoacuterios de contas dos

Amigos e submete-lo agrave apreciaccedilatildeo da Assembleia Geral acompanhado do

parecer do Conselho Fiscal

d) Executar as deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

250

e) Deliberar sobre a admissatildeo de associados

f) Deliberar sobre a exclusatildeo de associados prevista no artordm 7ordm aliacutenea b) destes

estatutos

g) Deliberar sobre o preenchimento de vagas que ocorram durante o trieacutenio na

proacutepria Direcccedilatildeo e ainda no Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia O

preenchimento de vagas na Direcccedilatildeo faz-se por cooptaccedilatildeo No conselho Fiscal e

Mesa da Assembleia Geral faz-se por designaccedilatildeo A cooptaccedilatildeo e a designaccedilatildeo

ficam sujeitas a ratificaccedilatildeo pela Assembleia Geral na primeira reuniatildeo

subsequente

h) Representar oficialmente os Amigos

i) Praticar tudo o que for necessaacuterio agrave realizaccedilatildeo dos objectivos dos Amigos

j) Facultar ao Conselho Fiscal todos os livros e demais documentos que este

possa requerer para exercer as suas funccedilotildees

l) Propor agrave Assembleia Geral o quantitativo das quotizaccedilotildees dos soacutecios

2 ndash Aos Amigos obriga-se pela assinatura conjunta de dois membros da Direcccedilatildeo

sendo um deles necessariamente o Presidente para os actos de mero expediente basta a

assinatura de um membro

Artigo 18ordm

(Presidente)

1 - Compete ao Presidente da Direcccedilatildeo

a) Presidir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo

b) Assinar com o Tesoureiro todos os documentos de receita e despesa e ordens

de pagamento

c) Rubricar os livros de secretaria e tesouraria

Artigo 19ordm

(Reuniotildees)

A Direcccedilatildeo reuacutene ordinariamente uma vez por mecircs e extraordinariamente sempre que

convocado pelo Presidente ou pela maioria dos seus membros

Artigo 20ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash A Direcccedilatildeo deliberaraacute quando estiver presente a maioria dos seus membros sendo

as deliberaccedilotildees tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

251

2 ndash O Presidente da Direcccedilatildeo em caso de empate tem voto de qualidade

SECCcedilAtildeO III

Conselho Fiscal

Artigo 21ordm

(Conselho Fiscal)

O Conselho Fiscal eacute constituiacutedo pelo Presidente e por dois Vogais

Artigo 22ordm

(Competecircncia)

Compete ao Conselho Fiscal o controlo e fiscalizaccedilatildeo dos Amigos (AAP) e

nomeadamente

a) Dar parecer sobre o relatoacuterio e contas anuais da Direcccedilatildeo

b) Verificar as contas e as legalidades e conformidades estatutaacuterias das despesas

c) Assistir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo sempre que o julgue conveniente ou quando

por ela convocado

d) Requerer nos termos destes Estatutos a convocaccedilatildeo de reuniotildees

extraordinaacuterias da Assembleia Geral

e) Dar parecer sobre as mateacuterias da sua competecircncia quando solicitado pela

Direcccedilatildeo

Artigo 23ordm

(Reuniotildees)

O Conselho Fiscal reuacutene ordinariamente uma vez por semestre e extraordinariamente

sempre que convocado nos termos destes estatutos

Artigo 24ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash O Conselho Fiscal eacute convocado pelo seu Presidente e soacute pode deliberar com a

presenccedila da maioria dos seus titulares

2 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

3 ndash O Presidente do Conselho Fiscal em caso de empate tem voto de qualidade

252

CAPIacuteTULO IV

Disposiccedilotildees Finais

Artigo 25ordm

(Responsabilidade)

Os Membros dos corpos sociais natildeo podem abster-se de votar nas deliberaccedilotildees tomadas

em reuniotildees em que estejam presentes e satildeo responsaacuteveis pelos prejuiacutezos delas

decorrentes salvo se houverem manifestado a sua discordacircncia atraveacutes de declaraccedilatildeo

voto de vencido constante da respectiva acta

Artigo 26ordm

(Exerciacutecio de Cargos)

Os membros da Mesa da Assembleia Geral da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal exerceratildeo

as suas funccedilotildees gratuitamente

Artigo 27ordm

(Filiaccedilatildeo)

Os Amigos do Arquivo poderatildeo filiar-se em organizaccedilotildees que pelo seu caraacutecter e

acircmbito possam garantir a sua projecccedilatildeo e dinacircmica

Artigo 28ordm

(Destino dos bens em caso de extinccedilatildeo)

1 ndash Em caso de extinccedilatildeo dos Amigos a Assembleia Geral na mesma reuniatildeo da tomada

de decisatildeo designaraacute de entre os seus associados os liquidataacuterios

2 ndash O activo dos Amigos livre de todos os encargos seraacute destinado ao patrimoacutenio do

Arquivo Municipal de Penafiel

Artigo 29ordm

(Integraccedilatildeo de lacunas dos Estatutos)

Os casos omissos seratildeo regulados pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel ou supridos na sua falta por

deliberaccedilatildeo da Assembleia Geral e na Lei Geral

Artigo 30ordm

(Disposiccedilatildeo transitoacuteria)

253

Uma comissatildeo instaladora procederaacute agrave gestatildeo dos Amigos ateacute agrave eleiccedilatildeo e tomada de

posse dos seus oacutergatildeos

SS Apoacutes a aprovaccedilatildeo dos estatutos que tipo de iniciativas tecircm desenvolvido ao

longo destes anos

PS A Associaccedilatildeo de Amigos tem desenvolvido vaacuterias iniciativas que podem ser

apresentadas em seis partes

1Ateliers

Carnaval

Paacutescoa

Dia do Pai

Dia da Matildee

Dia da Crianccedila

Dia dos Avoacutes

Agrave conversa com a Avozinha

Atelier de Natal

Curso de Doccedilaria Tradicional

Conservaccedilatildeo e Restauro de Documentos graacuteficos

Introduccedilatildeo agrave fotografia

Lavores

Etiqueta e Boas Maneiras

Olaria

Bijuteria

Reciclagem de Papel

Jogos tradicionais

Arquivista meacutedico dos livros

Scrapbooking

Ciclo do linho

Diaacuterio de Feacuterias

Construir uma maquete

Boneca de trapos

Expressatildeo Plaacutestica

Construccedilatildeo de flores

254

Atelier de Ajulejo

Caixinhas de surpresa

Origami Kirigami

Agravervore de Famiacutelia

2 Cursos de Formaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Iniciaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Aperfeiccediloamento

Curso de Paleografia seacutec XV a XVIII

Curso de Photoshop

3 Workshop`s

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota do Romacircnicordquo

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota dos Moinhosrdquo

4Jornadas

Jornadas ldquoExtensatildeo Cultural e Educativa em Arquivos e Bibliotecasrdquo

5Publicaccedilotildees

Revista Folium nuacutemero 0

Revista Folium nuacutemero 1

Revista Folium nuacutemero 2

6Exposiccedilotildees

Exposiccedilatildeo de Fotografia ldquoImagens de uma Velha Arrifanahelliprdquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoO presente do passadordquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoNa lucidez das cores com que se pode colorir a histoacuteriardquo

SS Que feedback retira dos projectos referidos

PS Todas as iniciativas que a Associaccedilatildeo se propocircs realizar tiveram uma grande

adesatildeo desde os ateliers aos cursos No momento temos cerca de oitenta associados o

que num concelho pequeno e com a existecircncia de trecircs anos eacute por noacutes considerado muito

bom

255

SS Consideraria que a Associaccedilatildeo deveria ser seguida por outros Arquivos

PS Sim claro Mas advirto que todas estas iniciativas e projectos datildeo muito trabalho

muitas vezes fora do horaacuterio laboral o que significa muita disponibilidade e boa

vontade em torno de uma causa em que se acredita Para aleacutem do mais tem que se lidar

com muitas pessoas de vaacuterios estratos sociais e culturais bem como faixas etaacuterias o

que implica alguma sensibilidade para saber conduzir as situaccedilotildees de forma a

atingirmos os objectivos pretendidos

256

Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e

a Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-

Bretanha

Agosto de 2009

257

Para complementar este trabalho consideramos fundamental exemplificar

formas de aplicaccedilatildeo de marketing noutros paiacuteses Apesar de termos solicitado o pedido

de resposta por e-mail ao Arquivo Histoacuterico Nacional de Espanha de Franccedila e de

Inglaterra soacute o Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha nos respondeu Fica aqui o

testemunho deixado por Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e de Chris

Mumby - Head of Commercial Delivery

Sofia Santos (SS) Do you apply consciously in your service tools of marketing

Andrew Payne (AP) We use a variety of tools and channels to market the services of

The National Archives to the public both online and in print format We integrate our

marketing and media activity to maximise the return on our investment

Our primary tool is PR and developing relations with the press ndash this gains us national

coverage and maintains a key presence both in newspapers and history related

magazines and also television We use a selection of online tools including search

engine optimisation a limited amount of pay per click activity on Google to support

specific campaigns driving traffic to our website along with using various social media

channels to expand our reach to new audiences We have developed and now maintain

a presence on YouTube Flickr and Facebook

We also work with partners and other heritage organisations to help promote the

archives for example the 1911 census was jointly launched with our partners Bright

Solid earlier this year

For visitors to The National Archives we used a variety of posters booklets and use of

plasma screens to promote specific publications and events taking place onsite

We also send out a monthly electronic newsletter to members of the public (170000

visitors) who have signed up to receive communications from ourselves We use this

tool to help inform them of new document releases available on line use themes to help

guide people through whatrsquos available such as resources to help with family history and

key historical dates etc where we have files on record We often guide members of the

public to specific resources developed online for teachers and pupils

SS If yes what are the objectives behind its implementation

AP Primary objectives are raising awareness of The National Archives encouraging

the public to use our online services and those of our partners keep existing visitors

informed and generate revenue

258

SS What are the results by the main changes noticed experienced by its

employees and users

AP When performing an exhibition documentary shows what are the criteria to

follow to achieve them It made a preliminary study You can tell in their steps

For education exhibitions (on the website) we aim to meet the criteria of the History

National Curriculum for England and Wales For further details please see the response

to question 5

SS In educational services which are concerns for the creation of educational

activities

AP We adopt a very clear approach to the development of resources as follows

We identify an area of the National Curriculum for History (England and Wales)

or examination syllabuses which we think we can develop interesting resources for

teachers and students

We research a large selection of material and identify the most interesting and

valuable documents for the target age of the students

We develop enquiry-led resources and workshops from these documents This

means that all of our resources and workshops have a key question which students must

investigate and they are required to use the documents supplied to develop their own

historical answer

SS In your site refers to a virtual store They also have a shop in your building

What are the precautions that have to keep the store alive and attractive

Chris Mumby (CM) Yes we have an on-site bookshop as well as an online version The

shop sells book titles closely linked to the themes of family history research general

history and military history We run themed promotions that last about 1 month to keep

people interested (for August it is ldquoUp to 70 off Summer Reading) and have just

started a Book of the Week promotion (single title at heavy discount for a week only)

which is proving popular

SS Which products offer the community How they make their choice

CM Products sold in the shop are closely aligned to the type of person that visits The

National Archives eg lots of Family History research books general social history

259

military history We also sell a small range of archive accessories (binders pockets

magnifiers etc) and for the parties of school children that visit us some small

giftsouvenir products

SS In the editorial service when do you want to launch a new book before its

publication do market research If yes may indicate the stages of this work

CM Our publishing has not been successful to date and we are currently in the process

of scaling back the operation There are no current plans to publish new titles at the

moment (apart from the 4 that are in mid-production)

SS Do you now whatacutes cultural marketing What does it men this concept for

you

AP e CM Our understanding is the use of various channels etc to market propositions

that are targeted to members of the public interested in history and culture

SS Does your Archive pratices Cultural Marketing How

AP The marketing activity above is very much targeted to members of the public

interested in history and culture This reflects the demand in the market place identified

by various types of research undertaken including surveying our visitors to our website

those who visit us at Kew and those that use our enewsletter and groups with specific

areas of interest such as family history

260

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid)

Fevereiro de 2009

261

Outros exemplos sobre a utilizaccedilatildeo do marketing em arquivos foram recolhidos

em Espanha Das vaacuterias entrevistas enviadas apenas deram-nos resposta o Archivo de

la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) na pessoa Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo

de Arquivo e Documentaccedilatildeo

Sofia Santos (SS) Caracterizaccedilatildeo do Arquivo definiccedilatildeo da missatildeo visatildeo e valores

da Instituiccedilatildeo

Julio Cerda Dias (JCD) Gestioacuten y difusioacuten del patrimonio documental de la ciudad de

Arganda del Rey (Madrid)

SS O seu arquivo aplica de forma consciente as ferramentas de marketing

JCD Siacute

SS Se sim quais satildeo os objectivos a atingir com a sua aplicaccedilatildeo

JCD Difusioacuten del patrimonio documental a traveacutes de diferentes estrategias que

permitan acercar el archivo y sus fondos a todo tipo de puacuteblico y sectores diferentes de

poblacioacuten

SS Acha que jaacute pode definir descrever resultados obtidos De que maneira

influenciam o comportamento atitudes da equipa teacutecnicas e dos utilizadores

JCD Conocimiento del servicio por parte de la poblacioacuten especialmente colectivos

cinculados con el mundo de la educacioacuten y la cultura

SS No caso de criaccedilatildeo de produtos - como ediccedilotildees actividades pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural (como mostras e exposiccedilotildees documentais) aplicam a matriz

SWAT Ou seja de que forma planificam as vossas actividades

JCD La planificacioacuten corresponde al Director del Servicio Cada antildeo existen 2-3

actuaciones programadas de extensioacuten cultural (exposiciones publicaciones

actividades etc) Naturalmente que se aplica la matriz SWAT DAFO en castellano y

siempre buscando tener el mayor impacto mediaacutetico buscando propuestas originales

novedosas y diferente y al mismo tiempo uacutetiles para el colectivo al que vaya dirigido

SSQue mais produtos oferecem agrave comunidade Como os divulgam e os impocircem

no mercado

262

JCD Exposiciones publicaciones talleres viacutedeos documentales actividades de ocio-

educativas certaacutemenes etc y la mayoriacutea con un acceso paralelo-complementario a

traveacutes de la web

SS Possuem um site do vosso Arquivo De que forma eacute feita a actualizaccedilatildeo dos

dados Que cuidados tecircm com a sua imagem

JCD Lo maacutes importante El edificio cuenta con unas excelentes instalaciones en un

edificio moderno e intentamos cuidad la imagen tambieacuten a traveacutes de la web No se

hacen actividades si no se cuenta con unos recursos adecuados

SS De que forma avaliam a satisfaccedilatildeo dos vosso clientes internos e externos

JCD No lo solemos hacer pero el eacutexito de puacuteblico y de opiniones o los comentarios

positivos en prensa son nuestro mejor sistema de evaluacioacuten El mejor indicador de

eacutexito es la retroalimentacioacuten si un proyecto ha salido bien en el siguiente no te ponen

problemas para darte recursos y asi sucesivamente hellip hasta lograr que casi no te

puedan negar ninguacuten nuevo proyecto

SS Como definiria o marketing em Arquivo E o marketing cultural

JCD Marketing hellipsin maacutes Conocer y aplciar estrategias de marketing garantiza el

mantenimiento y futuro del servicio y sinceramente creo que eso lo hacemos

razonablemente bien Siempre naturalmente que exista un proyecto bien concebido si

ademaacutes lo comunicas bien el ciacuterculo perfecto

263

Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira

Local Funchal

Data Fevereiro de 2009

264

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) eacute o primeiro organismo do geacutenero em

Portugal a ser certificado receber pelo Sistema de Gestatildeo da Qualidade do ARM de

acordo com a norma NP EN ISO 90012000 Tambeacutem o facto de ser o local onde

trabalhamos como responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

consideramos importante entrevistar a actual directora de serviccedilos Drordf Faacutetima Barros

para melhor compreendermos a linha orientadora desta Instituiccedilatildeo da Regiatildeo Autoacutenoma

da Madeira

Sofia Santos (SS) O que significa a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo NP EN ISO

90012000

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da RAM e o oacutergatildeo

de gestatildeo dos arquivo da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

265

SS Vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute o natildeo passado entraram km de documentaccedilatildeo E por outro lado os

nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e envolvecircncia dos colaboradores os objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tb objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novo

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

266

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a melhoria do sistema

apresentando sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema

implica avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

bull Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o ldquoEQA ndash European

Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash

Common Assessment Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia a dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o dia a dia da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do

SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

267

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nordm de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem SM Porque incentivamos os leitores a

fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos um maior cuidado na

apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A partir dos dados

recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo estatiacutesticos)

reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre recebidos

via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

SS Marketing O ARM aplica esta ferramenta de trabalho

Natildeo sei bem definir o que eacute marketing Relaciono esta palavra com imagem parecer

bem comunicaccedilatildeo puacuteblico qualidade profissionalismo Criar uma determinada

imagem institucional uma presenccedila qualificada eacute marketing Porque significa que se

pensou no que se quer fazer o que se pretende alcanccedilar que se compreendeu o que

esperam de noacutes Eacute uma relaccedilatildeo de troca com o puacuteblico De uma coisa estou certa natildeo

interessa apenas fazer bem eacute importante mostrar que a fazemos bem E sim se

marketing eacute tudo isso entatildeo o Arquivo Regional da Madeira aplica esta ferramenta de

trabalho embora soacute ocasionalmente nos tenhamos socorrido de profissionais de

informaccedilatildeo como se veraacute

Quando assumi a direcccedilatildeo do ARM quis tirar o ARM de um certo marasmo mostrando

que era uma instituiccedilatildeo uacutetil e importante no contexto cultural da Regiatildeo Isto eacute

extremamente importante ser uacutetil aacute comunidade Eacute por isso que hoje insisto na

prestaccedilatildeo de apoio teacutecnico na consultoria e formaccedilatildeo em detrimento da descriccedilatildeo dos

nossos fundos Ainda temos de mostrar quem somos Implicou definir novos rumos e

novas formas de actuaccedilatildeo Comeccedilando por uns trabalhos baacutesicos mas que seriam

268

importantiacutessimos para cimentar a nossa identidade institucional a descriccedilatildeo e

informatizaccedilatildeo dos nossos registos paroquiais e passaportes tarefa que teria uma

repercussatildeo inestimaacutevel junto dos nossos utilizadores Porque aiacute os nossos leitores

entenderam que nos preocupaacutevamos em ir de encontro aacutes suas necessidades Para tanto

natildeo foram necessaacuterios estudos de utilizador bastou que estudaacutessemos as nossas

estatiacutesticas Hoje as estatiacutesticas mostram-nos claramente que haacute uma grande incidecircncia

consulta dos jornais entatildeo organizamos a nossa colecccedilatildeo completamos as faltas

estamos a digitalizaacute-la Natildeo conheciacuteamos uma aacuterea de actuaccedilatildeo onde pretendiacuteamos

intervir a Administraccedilatildeo Puacuteblica Regional Entatildeo aiacute sim elaboramos um inqueacuterito para

melhor conhecer essa realidade Isto eacute marketing Provavelmente deveriacuteamos ter feito

um estudo de mercado antes de avanccedilar na definiccedilatildeo dos puacuteblicos a atingir quando

criamos o nosso SE Mas tambeacutem natildeo era difiacutecil perceber que os museus e bibliotecas

privilegiam os alunos do ensino baacutesico em detrimento do secundaacuterio e nem alcanccedilam o

universitaacuterio Fizemos um inqueacuterito aos privados para perceber o que esperam do

Arquivo Regional E em face das expectativas elevadas decidimos adiar a nossa

intervenccedilatildeo nesse sector pois os nossos recursos estatildeo concentrados no sector puacuteblico

Na verdade intencionalmente aplicamos estrateacutegias de marketing durante todos estes

anos Ao adquirir os serviccedilos de uma empresa especializada ndash Artlacircndia ndash para nos criar

a imagem do site da news letter (instrumentos estes poderosiacutessimos para alcanccedilar

puacuteblicos natildeo presenciais) da linha de merchandising da uniformizaccedilatildeo das ediccedilotildees do

ARM Em todos estes produtos haacute um traccedilo comum que identifica o arquivo o edifiacutecio

a cor os traccedilos Marketing tambeacutem eacute a preocupaccedilatildeo em qualificar os nossos serviccedilos e

produtos a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade foi um meio bastante

eficiente para alcanccedilar este objectivo Provar que se faz bem avaliando corrigindo

melhorando continuamente

Mais importante creio que conseguimos transmitir uma imagem de profissionalismo de

saber fazer de seriedade de confianccedila Perante a nossa tutela e perante os nossos

diferentes puacuteblicos A prova satildeo os inuacutemeros pedidos de consultoria e apoio que natildeo

conseguimos satisfazer A prova satildeo as doaccedilotildees e depoacutesitos de documentos por parte

dos privados E isso Sofia soacute se consegue com muito trabalho garanto natildeo haacute

estrateacutegias de marketing que superem o trabalho aacuterduo o esforccedilo e o profissionalismo

dos colaboradores do ARM que de forma global satildeo bastante qualificados e

interessados Mas compreendo que o marketing ajude a dar a conhecer e melhorar um

projecto estruturado como foi e eacute a renovaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do Arquivo Regional nos

269

uacuteltimos anos Foi o que fizemos mutas vezes sem nos apercebermos que o estaacutevamos a

fazer

270

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo

271

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

ANO LECTIVO 20082009

DOSSIEcirc DE APRESENTACcedilAtildeO

Maleta Pedagoacutegica

ldquoEus Escondidosrdquo

272

Apresentaccedilatildeo

Faz parte da Missatildeo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) aproximar a Comunidade

desta ldquoCasa da Memoacuteriardquo dando particular atenccedilatildeo agrave Comunidade Escolar Para o

efeito o Serviccedilo Educativo do ARM tem desenvolvido um trabalho de preparaccedilatildeo de

futuros leitores e investigadores junto dos estabelecimentos de ensino atraveacutes da

divulgaccedilatildeo do seu patrimoacutenio documental nomeadamente do que diz respeito agrave

Histoacuteria da Famiacutelia Neste campo a pesquisa natildeo soacute envolve a consulta dos registos

de baptismo casamento e oacutebito como a consulta dos arquivos pessoais que remetem

para a ascendecircncia do indiviacuteduo e que lhe permitiratildeo construir a sua Aacutervore

Genealoacutegica

Tendo em consideraccedilatildeo que a distacircncia geograacutefica entre o arquivo e as escolas pode

constituir um impedimento para a divulgaccedilatildeo do Arquivo e respectivos espoacutelio e

funccedilotildees o Serviccedilo Educativo (SE) aposta em actividades que permitem a deslocaccedilatildeo de

recursos humanos e materiais aos estabelecimentos de ensino Com esta finalidade

propotildee-se dinamizar uma Maleta Pedagoacutegica denominada ldquoEus Escondidosrdquo

instrumento educativo que permite desenvolver o tema da GenealogiaHistoacuteria da

Famiacutelia atraveacutes de actividades luacutedico-pedagoacutegicas Todas as fases da dita dinamizaccedilatildeo

contam com a presenccedila e o acompanhamento dos teacutecnicos do SE sempre em estreita

colaboraccedilatildeo com os docentes

A referida Maleta Pedagoacutegica eacute constituiacuteda por jogos e actividades de expressatildeo plaacutestica

e de escrita criativa sendo por isso bastante adaptada ao niacutevel etaacuterio que habitualmente

frequenta o 6ordm Ano de Escolaridade

A dinamizaccedilatildeo decorre segundo duas fases em dias diferentes

1 Palestra introdutoacuteria sobre o espoacutelio e funccedilotildees do ARM em PowerPoint e de

caraacutecter interactivo (60 minutos) com a presenccedila de 2 turmas no maacuteximo

2 Dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica com expressatildeo plaacutestica e escrita (uma

tardemanhatilde) sendo este trabalho desenvolvido com uma turma de cada vez

273

Objectivos

Aproximar a populaccedilatildeo estudantil do ARM

Divulgar os recursos documentais do ARM tais como as fontes

fornecedoras de elementos para a Aacutervore de Costados

Identificar as etapas essenciais para a realizaccedilatildeo de uma Aacutervore de

Costados (ou Aacutervore Genealoacutegica)

Incentivar o estudo e preservaccedilatildeo das fontes documentais relacionadas com

a genealogia

Contribuir para a formaccedilatildeo de futuros utilizadoresleitores

Ajudar a desenvolver haacutebitos de pesquisa

Calendarizaccedilatildeo (a preencher pelos docentes)

Nota importante a Palestra introdutoacuteria deveraacute acontecer em auditoacuterio ou noutro

espaccedilo equivalente A dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica ldquoEus Escondidosrdquo

poderaacute efectuar-se em sala de aula ou de preferecircncia na sala reservada agrave

expressatildeo plaacutestica

Palestra Introdutoacuteria

Turmas Dia Hora

Dinamizaccedilatildeo da Maleta (v material necessaacuterio)

274

Turmas Dia Hora

Cada aluno conforme as suas possibilidades deveraacute levar para a actividade de

dinamizaccedilatildeo da Maleta os seguintes elementos

Nomes dos ascendentes ateacute agrave 3ordf geraccedilatildeo

Fotografias

Outros documentos que complementem a informaccedilatildeo sobre a famiacutelia coacutepias de

BI de registos de nascimento casamentohellip

Outros documentos que complementem informaccedilotildees sobre o proacuteprio ceacutedula

pessoal BI cartatildeo de estudante etc

Outras observaccedilotildees

Os docentes que acompanham os alunos na palestra devem ser os mesmos que

os acompanham na dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica

Durante a dinamizaccedilatildeo os docentes devem auxiliar os teacutecnicos do Serviccedilo

Educativo de modo a assegurar o ecircxito da actividade

Qualquer atraso mudanccedila de horaacuterio e outras alteraccedilotildees ao previsto devem ser

comunicadas com a devida antecedecircncia ao referido Serviccedilo (de preferecircncia

com 48 horas de antecedecircncia)

Existe a hipoacutetese de a actividade ou parte dela ser adiada ou anulada devido agrave

falta de transporte por parte do ARM Neste caso tomar-se-atildeo as devidas

providecircncias para realizar a actividade sem prejuiacutezo para ambas as partes (ARM

e Escola)

O horaacuterio da actividade deveraacute ser preferencialmente entre as 9000 e as 1230

e a 1400 e as 1730

275

GALERIA DE FOTOS

Escola Baacutesica e Secundaacuteria

Padre Manuel Aacutelvares

Ano Lectivo 2007 2008

276

Marcaccedilotildees para a Maleta Pedagoacutegica

Telefone 291 708400

Marcela Costa extensatildeo 114 marcelacostaarquivo-madeiraorg

Constantino Teles extensatildeo 112 constantinotelesarquivo-madeiraorg

Contacto do Serviccedilo Educativo

Responsaacutevel Sofia Santos

sofiasantosarquivo-madeiraorg

eculturaleduarquivo-madeiraorg

Morada do Arquivo Regional da Madeira

Arquivo Regional da Madeira

Caminho dos Aacutelamos nordm35

Santo Antoacutenio

9020-064 FUNCHAL

Telefone 291 708400 Fax 291 7084002

277

Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico

278

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

COMPROMISSO PEDAGOacuteGICO

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) e a Escola hellip

representada pela turma hellip celebram o presente compromisso pedagoacutegico referente agrave

actividade laquohelliphellipraquo pelo qual ambos os oacutergatildeos educativos se comprometem o programa

abaixo indicada entre os meses helliphellip e hellip de hellip

Actividade Local

O Arquivo Regional da Madeira reserva-se o direito de anular em definitivo a

actividade junto da

da escola caso esta se mostre indisponiacutevel para o cumprimento da mesma dentro da

calendarizaccedilatildeo primeiramente estipulada uma vez que quaisquer alteraccedilotildees podem ter

implicaccedilotildees directas no bom funcionamento dos serviccedilos aleacutem de prejudicar os

objectivos delineados pelo serviccedilo Educativo

Ressalve-se igualmente que qualquer alteraccedilatildeo ou anulaccedilatildeo da actividade por qualquer

das partes envolvidas deve ser comunicada por escrito com a devida antecedecircncia aos

respectivos responsaacuteveis de modo a se delinearem estrateacutegias que visem em uacuteltimo

caso a continuidade da actividade dentro de uma calendarizaccedilatildeo alternativa

O presente documento deve ser assinado por ambos oacutergatildeo educativos

A responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo do ARM Os docentes responsaacuteveis

____________________________________

__________________________________

Sofia Santos

__________________________________

Funchal hellip de hellip de hellip

279

Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas

280

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo do Serviccedilo Educativo

Este inqueacuterito visa apurar o grau de satisfaccedilatildeo dos participantes das actividades do Serviccedilo Educativo

A sua opiniatildeo ajudar-nos-aacute a melhorar a nossa actuaccedilatildeo Por favor preencha os campos que lhe

indicamos

GRUPO I

1 Identificaccedilatildeo da Actividade e do Inquirido

Actividade Data

Nome (facultativo) Idade

GRUPO II

2 Como teve conhecimento da(s) referida(s) actividade(s)

Por convite directo do ARM Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Ao consultar o site do ARM

Atraveacutes de ofiacuteciocircular divulgado no estabelecimento de

ensino onde lecciono serviccedilo associaccedilatildeo instituiccedilatildeo etc

Outros meios (indique qual ou quais)

3 Em que qualidade participou nas actividades do Serviccedilo Educativo

Por minha proacutepria iniciativa

Na qualidade de professora acompanhante de um grupo escolar

Por me encontrar inseridoa num grupo (associaccedilatildeo grupo sindical ou outro)

GRUPO III

4 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M

Bom

Adequaccedilatildeo da linguagem aos indiviacuteduos grupo

O material informativo didaacutectico colocado agrave disposiccedilatildeo

A calendarizaccedilatildeo (dia e hora)

Duraccedilatildeo da actividade

A novidadeinteresse dos assuntos e conteuacutedos abordados

Forma de transmissatildeo dinamizaccedilatildeo dos temas

5 Participaria noutro tipo de actividades deste serviccedilo Sim Natildeo

6 O que mais lhe agradou da actividade

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

7 O que menos lhe agradou da actividade

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

8 Indique outras sugestotildees

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

281

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

282

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade das mostras documentais exposiccedilotildees realizadas pelo Arquivo Regional da Madeira (ARM) Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute possiacutevel melhorar e adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades Leia atentamente as perguntas e responda por favor

1 Identificaccedilatildeo da Mostra Exposiccedilatildeo e do Visitante

Nome da MostraExposiccedilatildeo Data

Nome (facultativo) Idade

2 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M Bom

A novidadeinteresse dos conteuacutedos abordados na mostra exposiccedilatildeo documental

O material informativo colocado agrave disposiccedilatildeo (desdobraacuteveis legendas textos dos paineacuteis)

Circuito da mostra exposiccedilatildeo

Qualidade graacutefica dos paineacuteis

3 Visitaria mais exposiccedilotildees organizadas pelo ARM Sim Natildeo

4 Indique outras sugestotildees

283

Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira

284

Legenda

Piso ndash 1

1 ndash Entrada na garagem 2 ndash Cais de descarga 3 ndash Sala de recepccedilatildeo e triagem 4 ndash Sala de higienizaccedilatildeo

5 ndash Cacircmaras de expurgo 6 ndash Sala de quarentena 7 ndash Sala de preacute-arquivagem

Piso 0

8 ndash Entrada do edifiacutecio 9 ndash Recepccedilatildeo 10 ndash Loja 11 ndash Hall de entrada 12 ndash Auditoacuterio 13 ndash Cafetaria

14 ndash Escadaria 15 ndash Digitalizaccedilatildeo 16 e 17 ndash Microfilmagem 18 ndash Laboratoacuterio 19 ndash Acondicionamento

20 ndash Restauro 21 ndash Encadernaccedilatildeo

Piso 1

22 ndash Sala de formaccedilatildeo 23 ndash Escadaria 24 ndash Sala do serviccedilo educativo

Piso 2 e 3

25 ndash Serviccedilo de certidotildees 26 ndash Serviccedilo de referecircncia 27 ndash Espaccedilo informal da sala de leitura

28 ndash Espaccedilo de leitura 29 ndash Sala de leitura de microfilmes 30 ndash Depoacutesitos

285

Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da

Madeira

286

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Regulamento de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

1 O aluguer do auditoacuterio do ARM poderaacute ser solicitado para realizaccedilatildeo de

actividades de iacutendole cultural e cientiacutefica designadamente conferecircncias congressos

e coloacutequios

2 O pedido de utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio deveraacute ser efectuado com alguma

antecedecircncia dirigido ao Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail fax ou

ofiacutecio Para isso deveraacute preencher uma Ficha de Requisiccedilatildeo onde deveraacute indicar

todo o tipo de equipamento e de material que necessita

3 A confirmaccedilatildeo eacute efectuada pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail

ofiacutecio ou fax

2 Todas as entidades requerentes deveratildeo efectuar uma visita ao Auditoacuterio que seraacute

acompanhada por algueacutem do Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural de forma a

verificarem as condiccedilotildees do espaccedilo e prepararem o material necessaacuterio para o

evento

4 O equipamento existente eacute o seguinte

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de

Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um

bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- DVD

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

287

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Auriculares

5 Capacidade maacutexima para 100 pessoas sentadas

6 A utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio eacute gratuita para todos os serviccedilos da Administraccedilatildeo

Puacuteblica

7 Para as entidades privadas tambeacutem de acordo com os objectivos desta instituiccedilatildeo

a utilizaccedilatildeo do auditoacuterio eacute paga

Preccedilaacuterio com equipamento completo

Preccedilo Preccedilo (em Euros)

Dia completo 20000euro

Meio dia 120 00euro

8 As formas de pagamento satildeo as seguintes

a) Presencialmente dinheiro cartatildeo de deacutebito cheques em Euros pagaacutevel ao

Arquivo Regional da Madeira

b) Agrave distacircncia

- Pagamento antecipado por cheque natildeo datado em euros ou outra

moeda estrangeira pagaacutevel ao Arquivo Regional da Madeira

Os pagamentos em moeda estrangeira deveratildeo ter em conta o valor do

cacircmbio no dia

c) Transferecircncia interbancaacuteria

Procedimentos

- Depoacutesito feito na conta do Governo Regional da Madeira (IBAN PT50

0019 0045 0020 51094) com despesas de transferecircncias a suportar pelo

requerente

- O requerente deveraacute enviar ao Arquivo Regional o comprovativo ou os

dados da transferecircncia efectuada por mail (eculturaleduarquivo-

madeiraorg) ou fax (291 708 402)

- O Arquivo soacute satisfaz o pedido apoacutes confirmaccedilatildeo da transferecircncia por

parte da Tesouraria do Governo Regional

9 A utilizaccedilatildeo da secretaria estaacute condicionada a congressos mais complexos O

serviccedilo de fotocoacutepias estaacute limitado a um maacuteximo de 10 coacutepias em A4 a preto e

288

branco O Serviccedilo de telefone estaacute condicionado a chamadas locais Para chamadas

de taacutexis poderaacute efectuar na cabine telefoacutenica existente no hall de entrada

10 Para a entrega de material necessaacuterio para o evento (tais como livros

desdobraacuteveis) a entidade promotora deveraacute avisar antecipadamente o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural a hora da entrega do material e sua discriminaccedilatildeo Em

caso de extravio natildeo eacute da responsabilidade do ARM

11 Informar a entidade promotora que a chegada dos conferencistas deve ser antes

do iniacutecio do evento de forma a dar tempo de preparar os materiais que iratildeo ser

projectados ou entatildeo solicitar o envio das palestras para o mail

eculturaleduarquivo-madeiraorg andyaguiararquivo-madeiraorg

12 Informar a entidade requerente que em caso de ensaio das intervenccedilotildees os

conferencistas deveratildeo entrar previamente em contacto com o Serviccedilo Educativo

Extensatildeo Cultural A marcaccedilatildeo do dia e da hora preferencialmente entre as 1000 e

as 1730 h poderaacute ser feita por e-mail fax ou telefone

13 Todas as acccedilotildees realizadas no ARM deveratildeo ter uma imagem da instituiccedilatildeo

organizadora para ser projectada no painel do auditoacuterio Caso natildeo tenham a

imagem projectada seraacute o logoacutetipo do ARM

14 A equipa responsaacutevel pela actividade deveraacute identificar-se junto do seguranccedila agrave

entrada do edifico e ser-lhe-aacute atribuiacutedo um cartatildeo de visitante de uso

obrigatoacuterio

15 A encomenda e as despesas com os arranjos florais e aacuteguas servidas na mesa de

honra responsabilidade da entidade promotora

16 Os convites para as exposiccedilotildees e lanccedilamentos de livros satildeo da responsabilidade

da entidade promotora dos eventos

17 Eacute ainda da responsabilidade da entidade promotora providenciar algueacutem para a

venda de produtos relacionados com as acccedilotildees bem como para apoio nas

289

conferecircncias nomeadamente na cedecircncia de microfones no periacuteodo de discussatildeo

poacutes- conferecircncia

18 A contrataccedilatildeo de tradutores eacute tambeacutem da competecircncia da entidade promotora do

evento

19 Caso a acccedilatildeo decorra antes das 1000 h eacute da competecircncia das entidades

requerentes suportar os encargos dos seguranccedilas excepto se o ARM dispuser de

horas creditadas junto da sua empresa de seguranccedila

20 O serviccedilo de coffee break eacute da inteira responsabilidade da entidade que promove

o evento devendo para o efeito acertar previamente pormenores com o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural O serviccedilo de refeiccedilotildees deveraacute ser fornecido pelo

adjudicatoacuterio da cafetaria do ARM

21 Todo o equipamento requisitado deveraacute ser deixado como quando foi entregue

aos responsaacuteveis pelo evento

22 Todos os espaccedilos cedidos ndash como hall de entrada secretaria (em caso de

encontros mais complexos) e auditoacuterio ndash deveratildeo ser deixados limpos e

arrumados pela entidade requerente

23 Existe um parque de estacionamento com capacidade para 44 lugares 4 dos

quais para deficientes

24 Natildeo estacionar nos locais reservados ao Arquivo Regional da Madeira e

Biblioteca Puacuteblica Regional

290

Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

291

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Ficha de identificaccedilatildeo do evento e requisiccedilatildeo do material do auditoacuterio

Identificaccedilatildeo

Nome da entidade__________________________________________________________________________

Responsaacutevel pelo evento____________________________________________________________________

Contacto

Telefone(s)_____________________ Fax________________________ Mail__________________________

Programa

Objectivo do evento ________________________________________________________________________

Dias do evento ____ ____ ______ a __________

____ ____ ______ a __________

Horaacuterio ___________________________________________________________________________________

Nordm de participantes previstos ________________________________________________________________

Nordm de pessoas na mesa de honra _____________________________________________________________

Pessoal de apoio da entidade requerente Nordm _____________

Nomes Funccedilatildeo

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

Material Requisitado

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

292

- DVD

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

Material complementar

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Cabines (maacuteximo 2)

- Auriculares

N ordm requisitado (maacuteximo

100)

Entrega de material

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Desmontagem

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Observaccedilotildees

293

Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

294

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo do auditoacuterio

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade dos serviccedilos prestados aos

utilizadores da Auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute

possiacutevel adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades

1 Identificaccedilatildeo do Evento e do Inquirido

Designaccedilatildeo_________________________________________________________________________

Data do evento _______________________________ Horaacuterio _____________________

Nome (facultativo) _ ________________________________________________

2 Como teve conhecimento deste serviccedilo

Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

a) Ao consultar o site do ARM

b) Atraveacutes dos nossos produtos informativos (desdobraacuteveis)

c) Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

d) Outros meios (indique qual ou quais)

_____________

3 Ambiente Fiacutesico

Muito Mau

Mau Suficiente

Bom Muito Bom

a) AcessibilidadeMobilidade

b) Conforto do mobiliaacuterio

c) Esteacutetica do espaccedilo

d) Seguranccedila (espaccedilo bens e pessoas)

295

e) Limpeza

f) Temperatura

g) Iluminaccedilatildeo

4 Equipamentos

Muito Mau Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Qualidade do material disponibilizado

b) Quantidade do material disponibilizado

c) Desempenho do equipamento teacutecnico

d) Adequaccedilatildeo ao evento

5 Atendimento

Muito Mau

Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Atendimento personalizado

b) Atitude dos teacutecnicos

c) Satisfaccedilatildeo das suas solicitaccedilotildees em tempo

uacutetil

d) Competecircncia dos teacutecnicos na utilizaccedilatildeo

dos equipamentosrecursos

6 Sugestotildees

Indique sugestotildeesobservaccedilotildees que achar pertinente

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

Page 3: Departamento de Ciencias Sanitarias y Médico-Sociales

3

Dedico este trabalho aos meus Pais Maacuterio e Sofia

Um beijo cheio de saudade

4

Agradeccedilo ao Rui por estar sempre comigo a dar-me apoio nos momentos menos

bons e mais agradaacuteveis

Aos meus irmatildeos Mariacutelia Maacuterio e Fernando por tambeacutem sempre me apoiarem e

estarem sempre presentes nem que fosse com um simples olaacute

Agrave minha orientadora Professora Esperanza que mostrou-me que eacute agradaacutevel fazer

investigaccedilatildeo ainda para mais quando se gosta do tema proposto

Agradeccedilo tambeacutem a duas amigas Faacutetima Abreu e Faacutetima Barros por todo o apoio

demonstrado

A todos que responderam agraves minhas entrevistas em especial ao Professor Julio

Diaz Cerdaz

Um muito obrigado

5

RESUMEN (ESPANtildeOL)

La gestioacuten de una organizacioacuten con o sin aacutenimo de lucro representa un desafiacuteo

constante para quieacuten trabaja en ella Todo debe ser planificado y ejecutado de acuerdo

con los objetivos y competencias de cada servicio y sector El mareting debe estar

presente pues todo debe ser hecho para responder de forma eficiente y eficaz a las

necesidades tangibles e intangibles de los diferentes segmentos Soacutelo asiacute las empresas

pueden posicionarse en el mercado y se distinguen de la competencia

Partiendo de estas premisas de la contrastacioacuten de la bibliografiacutea existende

sobre marketing ademaacutes de nuestra experiencia profesional como archivera y

responsable del Servicio Educativo Extensioacuten Cultural del Archivo Regional de

Madeira y del anaacutelisis de las pesquisas efectuadas en los archivos de los diferentes

municipios de Portugal hay que destacar la importancia y necesidad de teorizar y

transpolar todos estos conceptos al aacutembito de los archivos puacuteblicos Esto es en el

contexto actual la supervivencia de estos sistemas de informacioacuten impusados por esta

sociedad de la informacioacuten y del conocimiento habraacute de pasar por el incremento de las

herramientas de marketing en el queacer diario como forma de imposicioacuten y

valorizacioacuten el amplio capital de informacioacuten que administramos en contra de la idea

popular de que son locales inacesibles frecuentados apenas por investigadores eruditos

y estudiantes Con la finalidad de poder alcanzar la transformacioacuten cualitativa deseada

habraacute que pasar tambieacuten por una planificacioacuten de todas y cada una de las actividades

para alcanzar la excelencia de los servicios bienes y productos de forma responsable y

respondiendo anticipadamente a los deseos y voluntades del cliente objetivo De este

modo a lo largo de este trabajo de investigacioacuten se ha ido analizando todo el completo

aacutembito de las estrategias de marketing al mismo tiempo que hemos ido sugiriendo

propuestas y formas de uso de las mismas en lo que se refiere a marketing interno e-

marketing marketing editorial marketing de informacioacuten marketing mix plano

estrateacutegico etc y siempre que ha sido posible acompantildeadas de ejemplos de buenas

praacutecticas y de entrevistas efectuadas en archivos puacuteblicos nacionales y extranjeros asi

como de la descripcioacuten de la implementacioacuten de un servicio educativo y cultural en este

caso concreto del Archivo Regional de Madeira ( Funchal)

Con los resultados de esta investigacioacuten deseariacuteamos contribuir al cambio de

pensamiento acerca de la organizacioacuten de los servicios prestados por los archivos

puacuteblicos de cara al usuario y respecto a su acercamiento a los mismos involucrando a

6

todos sus (clientes internos) y posibilitando a sus consumidores (clientes externos) una

nueva forma de ejercicio de ciudadania

7

RESUMO (PORTUGUEcircS)

A gestatildeo de uma organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem trabalhada nela Tudo tem de ser planeado e executado de acordo

com a matriz de objectivos e matriz de competecircncia de cada serviccedilo sector O

marketing tem de estar presente pois tudo eacute feito para responder de forma eficiente e

eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos diferentes segmentos Soacute assim as

empresas se posicionam no mercado e se distinguem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing da

nossa experiecircncia profissional como arquivista responsaacutevel pelo Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira da anaacutelise dos inqueacuteritos

efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal sobressaiu a importacircncia de reflectir e

teorizar sobre a transposiccedilatildeo destes conceitos aos Arquivos Puacuteblicos Isto eacute no contexto

actual a sobrevivecircncia destes Sistemas de Informaccedilatildeo impulsionados pela Sociedade

da Informaccedilatildeo e do Conhecimento passaraacute pelo incremento das ferramentas do

marketing no seu quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital

de informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando a ideia de serem locais inacessiacuteveis

frequentado apenas por investigadores eruditos e estudantes Para que se possa operar a

transformaccedilatildeo qualitativa desejada haacute tambeacutem que apostar na planificaccedilatildeo de todas as

actividades para atingir a excelecircncia dos serviccedilos bens produtos de forma a responder

antecipadamente aos desejos e vontades do cliente-indiviacuteduo Daiacute sugerirmos ao longo

do trabalho propostas e formas de utilizaccedilatildeo do marketing interno do e-marketing do

marketing editorial do marketing de informaccedilatildeo do marketing mix e do plano

estrateacutegico sempre que possiacutevel acompanhados de exemplos de boas praacuteticas e de

entrevistas efectuadas em arquivos puacuteblicos nacionais e estrangeiros bem como a

descriccedilatildeo da implementaccedilatildeo de um serviccedilo educativo e cultural no Arquivo Regional da

Madeira Funchal como estudo de caso

Do resultado desta investigaccedilatildeo gostariacuteamos de sentir que contribuiacutemos para

uma mudanccedila do pensamento na forma de organizaccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelos

Arquivos Puacuteblicos envolvendo todos os colaboradores (clientes internos)

possibilitando aos seus consumidores (clientes externos) uma nova forma de exerciacutecio

da cidadania

8

SUMAacuteRIO

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO 1

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo 10 1 2 Objecto de estudo 14 13 Metodologia Utilizada 15 14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas 17

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS ASSOCIADOS 20

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual 20 211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia 23

22 Conceito de marketing 25

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos 33 231 Outros compostos do marketing mix 43

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado 46

25 Plano Estrateacutegico de Marketing 49 251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing 50

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS UNIDADES DE

INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO 57

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS 73

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos 76 411 Mercado Interno 76

412 Mercado Externo 80 43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos 87

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e estatildeo

dispostos a adquirir 87 432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este produtoserviccedilo

98 433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o produtoserviccedilo

100

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo 101

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos 128 45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo 141

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO CULTURAL

DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA 144

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira 144 511 Principais fundos 147 512 Outros Serviccedilos do ARM 148

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos 148 5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental 149 5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees 149

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro 150 5124 Serviccedilo de Biblioteconomia 151 5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica 151

5125 Outros Serviccedilos 151 52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM 151

9

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo 156 531 Actividades pedagoacutegicas e culturais 160 532 Ediccedilotildees de Fontes 181

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada 184 534 Gestatildeo da loja 186 534 Siacutetio Web 189 534 Wisi ndash Intranet 191 535 Acolhimento 193

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO 195

BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INFORMACcedilAtildeO 199

Fontes de Referecircncia 199 Instrumentos de trabalho 207

Documentaccedilatildeo geral 213 Legislaccedilatildeo normas e sites consultadas 214

LISTA DE ABREVIATURAS 217

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS 218

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da Direcccedilatildeo-

Geral de Arquivos 223 Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web Design

Web amp Multimedia Navega Bem 227

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto 231 Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 234

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora236 Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel 240 Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a

Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha

256

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) 260 Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira 263

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo 270 Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico 277 Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas 279

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais 281 Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira 283 Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira

285 Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

290 Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio 293

10

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo

As unidades de informaccedilatildeo devem atender agraves necessidades emergentes da

Sociedade da Informaccedilatildeo As forccedilas da globalizaccedilatildeo e o despontar das novas

tecnologias estimulam as empresas a desenvolverem um conjunto de competecircncias

nesta aacuterea Este tipo de vivecircncia origina um novo tipo de cultura em que as pessoas satildeo

mais exigentes e sensiacuteveis face agrave qualidade de um produto de um serviccedilo ou mesmo agrave

qualidade de ensino e de vida Agraves organizaccedilotildees por sua vez exige-se flexibilidade

qualitativa e quantitativa de modo a que se adaptem agraves constantes mutaccedilotildees do

ambiente Para sua adaptaccedilatildeo torna-se urgente que as bibliotecas os centros de

documentaccedilatildeo e os arquivos ndash unidades de informaccedilatildeo ndash apliquem as teacutecnicas

mercadoloacutegicas de forma a conheceremidentificarem os diferentes segmentos onde

actuam Haacute que atender a todas as suas necessidades e demandas a partir do

cliente-indiviacuteduo razatildeo da existecircncia destes serviccedilos

Partindo destes pressupostos compete a estas Instituiccedilotildees divulgar o patrimoacutenio

documental que pertencem ao cidadatildeo e servem a populaccedilatildeo e constituem um

importante segmento do nosso patrimoacutenio cultural

Esta perspectiva de aproximaccedilatildeo ao utilizador leva-nos a propor como tema de

doutoramento a utilizaccedilatildeo do marketing nos Arquivos Puacuteblicos definidos como locais

que guardam a documentaccedilatildeo produzida laquopor uma pessoa de direito puacuteblicoraquo e

laquopropriedade de uma pessoa de direito puacuteblicoraquo1 e que satildeo mantidos pela

laquoadministraccedilatildeo federal ou central de um paiacutes identificado como o principal agente da

poliacutetica arquiviacutestica em seu acircmbitoraquo2 e ou mantidos pela laquoadministraccedilatildeo municipal

identificado como o principal agente da poliacutetica arquiviacutestica nesse acircmbitoraquo3

Deste grupo de arquivos a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos (DGARQ) entidade

coordenadora do sistema de arquivos portugueses considera que os Arquivos Puacuteblicos

se dividem em arquivos de acircmbito nacional regional e municipal4

1 Arquivos Puacuteblicos ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Dicionaacuterio de Terminologia

Arquiviacutestica Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro Lisboa 1993 ISBN 972-565-164-4 p10 2 Idem

3 Arquivos Puacuteblicos Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf 4 De acordo com o Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo as suas atribuiccedilotildees satildeo laquosalvaguarda do

patrimoacutenio arquiviacutestico e patrimoacutenio fotograacutefico bem como de valorizaccedilatildeo da missatildeo dos arquivos como

11

No primeiro caso fazem parte o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o

Centro de Fotografia Portuguecircs

Os arquivos de acircmbito regional satildeo dezasseis5

a) Arquivo distrital de Aveiro

b) Arquivo distrital de Beja

c) Arquivo distrital de Braganccedila

d) Arquivo distrital de Castelo Branco

e) Arquivo distrital de Eacutevora

f) Arquivo distrital de Faro

g) Arquivo distrital da Guarda

h) Arquivo distrital de Leiria

i) Arquivo distrital de Lisboa

j) Arquivo distrital de Portalegre

l) Arquivo distrital do Porto

m) Arquivo distrital de Santareacutem

n) Arquivo distrital de Setuacutebal

o) Arquivo distrital de Viana do Castelo

p) Arquivo distrital de Vila Real

q) Arquivo distrital de Viseu

O Arquivo Regional da Madeira6 e a Biblioteca Puacuteblica e Arquivo Regional de

Angra do Heroiacutesmo7 satildeo tambeacutem puacuteblicos mas por serem arquivos das regiotildees

autoacutenomas da Madeira e dos Accedilores natildeo fazem parte da rede de arquivos regionais

No que concerne a arquivos municipais cerca de trezentos no nosso paiacutes8

resultam das laquoactividades administrativas de um municiacutepioraquo eou laquoeacute responsaacutevel pela

aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos arquivos municipaisraquo9 A gestatildeo destes

arquivos eacute autoacutenoma mas obedecem aos princiacutepios da proveniecircncia e de ordem natural

bem como agraves regras de descriccedilatildeo para implementar instrumentos de trabalho como

repositoacuterio da memoacuteria colectiva sendo assim a entidade coordenadora do sistema nacional de arquivos

independentemente da forma e suporte de registoraquo Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa 5 Artigo 1ordm aliacutenea 2 do Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie Ministeacuterio da Cultura Lisboa

p 1914 e 1916 6 Para saber mais sobre este arquivo vide wwwarquivo-madeiraorg

7 No caso dos Accedilores consulte o site wwwbparahazoresgovpthtml

8 Para saber mais sobre os municiacutepios portugueses consulte o site wwwanmppt

9 Arquivos Municipais ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p9

12

planos de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo e relatoacuterios de massa

documental acumulada por exemplo

Outros factores explicam este estudo O facto de ser arquivista e responsaacutevel pelo

Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional Madeira (SEEC) que nos

permite ter contacto diaacuterio com todos os tipos de nichos e querer melhorar a qualidade

dos serviccedilos prestados e por outro lado por em princiacutepio se tratar da primeira

tentativa em Portugal de concretizaccedilatildeo de um projecto deste geacutenero Por isso a

elaboraccedilatildeo deste trabalho constitui logo agrave partida uma aventura Podemos mesmo

afirmar que haacute ainda pouca consciecircncia sobre a aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos

nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo Basta dizer que em termos de bibliografia nacional10

soacute

conseguimos encontrar dois trabalhos que abordam estas questotildees mas voltados para

bibliotecas uma tese de mestrado de Maria Leonor Cardoso Seacutergio Pinto apresentada

em 2006 na Universidade de Eacutevora denominado de laquoMarketing nas Bibliotecas

Puacuteblicas Portuguesasraquo e um artigo de Antoacutenio M Saacute Santos apresentado no 9ordm

Congresso da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas (APBAD)

realizado em 2007 nos Accedilores intitulado laquoComo atingir os nossos utilizadores o

marketing directo nas bibliotecas e serviccedilos de documentaccedilatildeoraquo Encontramos

igualmente artigos cientiacuteficos que abordam a importacircncia do estudo dos utilizadores e

dos serviccedilos prestados nos serviccedilos de referecircncia mas natildeo fazem qualquer alusatildeo

directa agrave aplicaccedilatildeo da ferramenta de marketing

Por consulta do programa de formaccedilatildeo da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas ndash httpwwwapbadptFormacaoformacaohtm e por

frequecircncia em algumas acccedilotildees de formaccedilatildeo11

podemos dizer que este organismo revela

jaacute uma preocupaccedilatildeo sobre a aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo ao

apostar presentemente em alguma formaccedilatildeo nesta aacuterea

10

Realizada pesquisa no cataacutelogo bibliograacutefico na Biblioteca Puacuteblica de Portugal e na Biblioteca Puacuteblica

Regional o resultado revelou-se infrutiacutefero Solicitada informaccedilatildeo agrave Associaccedilatildeo de Profissionais de

Marketing em Portugal quer por correio electroacutenico quer por telefone tambeacutem natildeo obtivemos qualquer

resposta Tambeacutem o director da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Dr Silvestre Lacerda em entrevista nos

confirmou que natildeo conhecia qualquer trabalho do geacutenero realizado no nosso paiacutes 11

As formaccedilotildees frequentadas foram laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em bibliotecas e arquivos ndash

moacutedulo organizaccedilatildeo montagem e avaliaccedilatildeo de exposiccedilotildeesraquo e laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em

bibliotecas e arquivos ndash moacutedulo marketing cultural imagem e identidade de uma instituiccedilatildeo culturalraquo

em 2004 e laquoSer e Aparecer eis a questatildeo marketing Comunicaccedilatildeo e Relaccedilotildees Puacuteblicas em Bibliotecasraquo

em 2006

13

Por outro lado a leccionaccedilatildeo da poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais

variante de Arquivo em Portugal jaacute denota uma preocupaccedilatildeo na abordagem desta

mateacuteria12

A niacutevel mundial o panorama sobre o estudo de marketing em arquivos revela

tambeacutem um certo marasmo e embora em Espanha exista um trabalho de investigaccedilatildeo

na aacuterea13

o nuacutemero de artigos cientiacuteficos encontrados satildeo em nuacutemero reduzido e de

diversas origens (figura nordm 1)

Autores Origem Ano Tiacutetulo

Jean-Yves

Rousseau Canadaacute 1982 Le marketing des archives agrave lUniversiteacute de

Montreacuteal Mireille

Miniggio Canadaacute 1989 Le marketing au service de larchivistique le cas de

projet de normalisation au niveau du fonds

darchives Pierre de

Longuemar Franccedila 1993 Faut-Il Exploiter Des Archives Bancaires Pour Le

Marketing Deux Colloques Sur les Archives

Historiques Des Banques Max Evans EUA 1998 Archives of the people by the people for the

people Daniel Corzo Peruacute 2001 La aplicacioacuten del marqueting en la archiviacutestica poacuter

que como y para queacute Elizabeth

Hallam Smith Inglaterra 2003 Customer Focus and Marketing in Archive Service

Delivery theory and practice 1

Geoffrey

Lecturer Yeo Inglaterra 2005 Understanding Users and Use a Market

segmentation approach

Vanderlei

Batista dos

Santos

Brasil 2007 Una propuesta de marketing para un archivo

institucional

Figura n ordm 1

Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Fonte Sofia Santos

Perante a escassez dos suportes teoacutericos e ainda natildeo satisfeitos encetamos

contacto com a American Marketing Association e com a Society of American

Archivists as quais afirmaram desconhecer a existecircncia de trabalhos deste geacutenero14

Mesmo a consulta da revista laquoAchivariusraquo de origem canadiana revelou-se infrutiacutefera

12

Foi leccionado na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais na Universidade da Madeira no ano

lectivo de 20062007 a cadeira laquoComunicaccedilatildeo da Informaccedilatildeoraquo em que noacutes jaacute abordamos a necessidade

de aplicar este tema nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo O mesmo curso ministrado na Universidade Lusoacutefona

Universidade Autoacutenoma de Lisboa Universidade Lusoacutefona e a Universidade Portucalense tambeacutem jaacute

abordam este tema 13

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Magraverquetin y Archivos Ediciones Trea SL Asturias 2006 Depoacutesito

Legal As 497-2006 ISBN 84-9704-218-2 14

Gonzalez Lee [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem An information for a PHD Dezembro de 2008

14

De troca de e-mials com Reacutejean SAVARD autor da obra de referecircncia laquoPrincipes

directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et

archivistesraquo referiu que natildeo existem muitas dissertaccedilotildees sobre este tema15

Apesar da situaccedilatildeo descrita decidimos optar por esta investigaccedilatildeo tentando

contribuir para um conhecimento mais rigoroso desta nova aacuterea do saber

1 2 Objecto de estudo

Uma vez expostas as razotildees da escolha do tema importa agora delimitar o seu

campo de estudo

Tal como jaacute afirmamos o nosso objecto desta dissertaccedilatildeo eacute a utilizaccedilatildeo dos

conceitos mercadoloacutegicos pelos Arquivos Puacuteblicos Para explicaccedilatildeo dos fundamentos

teoacutericos dividimos o estudo em trecircs partes

A primeira parte corresponde agrave compreensatildeo de diversos conceitos que estatildeo

associados ao marketing sua evoluccedilatildeo histoacuterica definiccedilatildeo e conceitos que lhe estatildeo

associados como o composto do marketing mix segmentaccedilatildeo de mercado e plano

estrateacutegico de marketing aspectos primordiais para se perceber o seu modo de

funcionamento

Como o objecto central satildeo os arquivos considera-se importante numa segunda

parte efectuar um enquadramento do marketing dentro das organizaccedilotildees sem fins

lucrativos Nesse sentido far-se-aacute uma apresentaccedilatildeo em simultacircneo com outras unidades

de informaccedilatildeo ndash bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo ndash no qual tentamos responder agraves

seguintes questotildees

a) Que problemas inerentes estatildeo na aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de

informaccedilatildeo

b) Haacute resistecircncia agrave sua aplicaccedilatildeoadopccedilatildeo

c) Qual dos compostos de marketing eacute o mais reconhecidoutilizado por estes

organismos

d) Quais satildeo as propostas que os bibliotecaacuterios e documentalistas propotildeem para

a mudanccedila da visatildeo da aplicaccedilatildeo do marketing

15

SAVARD Reacutejean [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem One question from PortugalDezembro de 2010

15

Para responder a estas e outras questotildees baseamo-nos nas leituras de publicaccedilotildees

americanas australianas brasileiras espanholas francesas inglesas peruanas e

portuguesas e que se debruccedilam sobre este tema

Numa terceira fase procuramos saber como se poderia aplicar nos arquivos

puacuteblicos

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que oferecem os arquivos aos utilizadoresclientesconsumidores para

satisfazerem as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em arquivos puacuteblicos

Seraacute que o marketing aplica-se nos Arquivos Distritais portugueses

Estes satildeo os problemas levantados e ao mesmo tempo que respondemos a esta

problemaacutetica apresentamos propostas para os arquivos melhorarem os seus serviccedilos

Como complemento deste capiacutetulo associamos entrevistas realizadas a arquivos

instituiccedilotildees culturais empresa de Web design e uma editora bem como a apresentaccedilatildeo

da anaacutelise dos resultados dos inqueacuteritos aplicados a arquivos distritais de Portugal

A uacuteltima parte da tese descreve o caso de aplicaccedilatildeo das estrateacutegias de marketing

no Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

13 Metodologia Utilizada

No desenvolvimento do estudo que agora se apresenta a componente

metodoloacutegica seguida nas vaacuterias fases da investigaccedilatildeo eacute o meacutetodo qualitativo As suas

principais caracteriacutesticas segundo BOGDAN e BIKLEN eacute a riqueza dos pormenores

descritos relativamente a pessoas locais e conversas16

Ainda nos dizem que

laquoos indiviacuteduos que fazem investigaccedilatildeo qualitativa possam vir a

seleccionar questotildees especiacuteficas agrave medida que recolhem os dados a

abordagem agrave investigaccedilatildeo natildeo eacute feita com o objectivo de responder a

questotildees preacutevias ou de testar hipoacuteteses Privilegiam essencialmente a

16

BOGDAN e BIKLEN - Investigaccedilatildeo Qualitativa em Educaccedilatildeo Uma introduccedilatildeo agrave teoria e aos

meacutetodos Porto Editora Porto 1994 ISBN 972-0-34112-2 p 16

16

compreensatildeo dos comportamentos a partir da perspectiva dos sujeitos da

investigaccedilatildeo (hellip) recolhem normalmente os dados em funccedilatildeo de um

contacto aprofundado com os indiviacuteduos nos seus contextos ecoloacutegicos e

naturaisraquo 17

A partir das leituras efectuadas na obra dos autores supracitados ndash laquoInvestigaccedilatildeo

Qualitativa em Educaccedilatildeo Introduccedilatildeo agrave teoria e aos meacutetodosraquo o nosso objecto de estudo

segue quatro linhas orientadoras

1 A fonte directa de dados eacute sempre o laquoambiente naturalraquo18

sendo um

investigador o instrumento principal Ou seja os proponentes introduzem-se no

espaccedilo de estudo (uma famiacutelia uma escola uma comunidade ou outro local)

recolhendo dados que depois revecircem Entende-se que os acontecimentos satildeo

compreendidos mais eficazmente quando observados no contexto onde ocorrem

No caso do SEEC do Arquivo Regional da Madeira a aproximaccedilatildeo aos sujeitos

e o conhecimento do seu quotidiano concretizou-se com facilidade uma vez que

fizemos parte da sua organizaccedilatildeo criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de iniciativas A

observaccedilatildeo organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo nas actividades desenvolvidas

privilegiaram um melhor entendimento do contexto envolvente Nesse sentido o

nosso objecto de estudo resulta de observaccedilatildeo directa

2 A investigaccedilatildeo qualitativa eacute descritiva histoacuterica e indutiva Os dados

recolhidos traduzem-se em palavras imagens e nunca em nuacutemeros Os

resultados incluem citaccedilotildees com base nas fontes consultadas fotografias

documentos pessoais ou registos oficiais Durante a fundamentaccedilatildeo teoacuterica do

Capiacutetulo II ao Capiacutetulo IV recorremos a documentaccedilatildeo geneacuterica e agrave nossa

experiecircncia profissional Daiacute afirmarmos que a componente epistemoloacutegica

tambeacutem estaacute presente

3 Os investigadores qualitativos natildeo pretendem confirmar hipoacuteteses construiacutedas

previamente mas elaborar uma teoria de acordo com a informaccedilatildeo recolhida

Nunca presumem que sabem o suficiente antes de comeccedilar a investigaccedilatildeo No

iniacutecio a recolha e anaacutelise dos dados pressupotildee muacuteltiplas opccedilotildees que partem do

17

BOGDAN e BIKLEN ndash Ob cit 18

Idem

17

geral (noccedilotildees geneacutericas sobre o marketing e os conceitos que lhe estatildeo

associados) ateacute ao particular (apresentaccedilatildeo do caso de estudo) e conclusatildeo

recomendaccedilotildees

4 O significado eacute fulcral na abordagem qualitativa Os investigadores que

seguem esse meacutetodo preocupam-se com as opiniotildees de todos os intervenientes

na sua dinacircmica interna Com esse objectivo em mente procuram um registo tatildeo

rigoroso quanto possiacutevel

A transcriccedilatildeo das entrevistas efectuadas a uma empresa de Web Design ndash Web

amp Multimedia Navega Bem a uma instituiccedilatildeo cultural ndash Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian atraveacutes do Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo a Arquivos ndash Arquivo

Municipal de Penafiel Centro de Fotografia Portuguecircs Arquivo Regional da Madeira

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha inqueacuteritos efectuados

aos arquivos distritais de Portugal e a uma editora ndash Editora Sextante aleacutem de

contribuiacuterem para o enriquecimento do trabalho contribuem ainda para testemunhar

exemplos de boas praacuteticas da utilizaccedilatildeo do marketing em diferentes aacutereas do saber

Estamos perante uma quinta linha orientadora do nosso trabalho a metodologia

quantitativa

14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas

A recolha da informaccedilatildeo necessaacuteria ao desenvolvimento deste estudo

processou-se em diversas etapas e teve como suporte diferentes fontes de informaccedilatildeo

Os dados de natureza histoacuterica relativos agrave evoluccedilatildeo do marketing bem como os

conceitos que lhe estatildeo associados foram compilados a partir de fontes bibliograacuteficas

(monografias e revistas) A instituiccedilatildeo onde efectuaacutemos a grande maioria das pesquisas

de tipo bibliograacutefico foi a Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e apesar de ser

abrangida pela lei do depoacutesito legal verificamos algumas lacunas relativas a

publicaccedilotildees de referecircncia Mediante esta situaccedilatildeo tivemos de recorrer ao empreacutestimo

inter-bibliotecaacuterio As obras solicitadas na sua maioria da autoria de Philip KOTLER

satildeo ediccedilotildees e traduccedilotildees brasileiras laquoMarketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o

lucroraquo laquoMarketingraquo laquoMarketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa

saberraquo e laquoMarketing para o seacuteculo XXIraquo satildeo alguns desses exemplos Do mesmo autor

18

foram ainda consultadas os laquoPrinciacutepios do marketingraquo laquoMarketing para serviccedilos

profissionaisraquo e laquoMarketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionaisraquo com co-autoria

de respectivamente Gary ARMSTRONG Paul N BLOOM e Karen FOX

A niacutevel de produccedilatildeo nacional foi consultado o livro laquoTeoria e praacutetica do

Marketing Mercator 2000raquo de Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim

RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA ndash Dicionaacuterio

de Marketing e em ficheiro electroacutenico a laquoRevista Portuguesa de Marketing On-lineraquo

Relativamente agrave informaccedilatildeo especiacutefica sobre estudos nas unidades de

informaccedilatildeo ela foi recolhida a niacutevel nacional pelos artigos publicados pela APBAD e

nas actas das jornadas laquoO Renascer da Informaccedilatildeo - os novos edifiacutecios de Arquivosraquo e

laquoServiccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecasraquo datadas de 2003 e 2006 A niacutevel

arquiviacutestico foram consultados artigos de Fernanda RIBEIRO portuguesa doutorada em

arquiviacutestica e o laquoDicionaacuterio de terminologia arquiviacutesticaraquo de Ivone ALVES Margarida

RAMOS entre outros

Uma vez esgotadas estas fontes tivemos de recorrer a bibliografia de natureza

teoacuterica e teacutecnica a niacutevel internacional

Consultaacutemos inuacutemeros artigos publicados pela International Federation of

Library Associations and Institutions (IFLA) e da Australian Librarian and

Information Assocation (ALIA) e artigos publicados no Brasil na sua maioria da

autoria de Sueacuteli Angeacutelica AMARAL doutorada em Ciecircncias da Informaccedilatildeo na vertente

de Bibliotecas Outras fontes utilizadas foram as actas dos congressos do Conselho

Internacional de Arquivos (CIA) e publicaccedilotildees da Unesco como a obra de Reacutejean

Savard laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistesraquo e artigos publicados pelo laquoJournal of Society of

Archivesraquo Foram ainda consultadas as ediccedilotildees de Ramoacuten Alberch i Fugueras Lurdes

Boix Llonch Nataacutelia Navarro Sastre e Susanna Vela Palomares laquoArchivos y cultura

manual de dinamizacioacuten e Antoni Tarreacutes ROSELL laquoMagraverquetin y Archivosraquo de origem

brasileira foi consultada laquoMarketing Cultural e Financiamento da Culturaraquo de Ana Carla

Fonseca REIS e laquoMarketing Cultural comunicaccedilatildeo dirigidaraquo de Roberto Muylaert

Como complemento destas informaccedilotildees foram ainda solicitados artigos na

Biblioteca del CIDA Centro de Informacioacuten Documental de Archivos Madrid e na

Universidade de Montreal Canadaacute sobre experiecircncias de marketing em arquivos

universitaacuterios e bancaacuterios

19

Natildeo queremos deixar de fazer referecircncia a outras bibliotecas espanholas (como a

Universidad Complutense e a Universidad de Alcalaacute de Henares e de outras como a

Universidad de Granada Muacutercia y Carlos III ndash de grande apoio e orientaccedilatildeo) e das

obras de Eileen Elliott de Saez laquoMarketing concepts for libraries and information

servicesraquo laquoMarketin decircs bibliotheacuteques et decircs centres de documentationraquo de Jean-

Michel SALAUumlN e laquoMarketing Library and Information Services International

Perspectivesraquo de Christie KOONTZ Angels MASSISIMO e Reacutejean SAVARD

Foram ainda consultadas exemplos de boas praacuteticas em museus como a obra

laquoEstrategias y marketing de museosraquo de Neil KOTLER e Philip KOTLER laquoEl turismo

cultural los museos y su planificacioacutenraquo de Manuel RAMOS LIZANA laquoLa

comunicacioacuten global del patrimoacutenio culturalraquo coordenado por Santos M MATEOS

RUSILLO entre outros

No caso de estudo de caso que seraacute apresentado no capiacutetulo V baseamo-nos em

informaccedilotildees internas circulares relatoacuterios e experiecircncia profissional

Quanto agraves referecircncias bibliograacuteficas seguimos a Norma Portuguesa 405-1 405-

2 405-3 e 405-4

As ediccedilotildees de referecircncia e a bibliografia utilizadas nesta dissertaccedilatildeo satildeo

mencionadas no final da mesma

20

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS

ASSOCIADOS

O presente estudo pretende contribuir para uma melhor compreensatildeo da filosofia

do marketing aplicado especificamente em organismos que natildeo visam o lucro como o

caso dos Arquivos Puacuteblicos Sob este prisma entendemos que eacute necessaacuterio efectuar uma

contextualizaccedilatildeo da histoacuteria do marketing seguido pela clarificaccedilatildeo do seu conceito e

explicaccedilatildeo de algumas ideias baacutesicas indissociaacuteveis do seu entendimento como o

composto de marketing segmentaccedilatildeo e posicionamento de mercado e plano estrateacutegico

de marketing

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual

Segundo vaacuterios autores o conceito de marketing existe desde que os homens

tiveram necessidade de vender o que produziam mas o seu verdadeiro impulso deu-se

com o advento da Revoluccedilatildeo Industrial no seacuteculo XIX

Esta eacutepoca designada de laquoera da produccedilatildeoraquo19

caracteriza-se pela produccedilatildeo em

massa de bens de primeira necessidade ao menor custo ndash como alimentaccedilatildeo vestuaacuterio e

utensiacutelios ndash e pela produccedilatildeo estandardizada passando a oferta a ser maior que a

procura Antes disso tudo que se produzia era vendido havendo pouca oferta e pouca

concorrecircncia

Com o avanccedilo das tecnologias e das produccedilotildees em seacuterie esta situaccedilatildeo muda

especialmente entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial20

que eacute caracterizada como

a laquoeacutepoca da abundacircnciaraquo21

ou a laquoera das vendasraquo22

A venda passa a ser o principal objectivo dos gestores das empresas que

comeccedilam a teorizar sobre as necessidades dos consumidores e sobre como cativaacute-los O

recurso agrave publicidade ndash em reclamos jornais paredes das cidades e ecratildes de cinema ndash

19

REIS Ana Carla Fonseca - Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira Satildeo

Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p19 20

Eacute precisamente entre as duas guerras mais concretamente em 1925 que em Portugal eacute fundada a

primeira agecircncia de publicidade a Empresa Central de Publicidade (McCann-Erickson) 21

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p26 22

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit

21

comeccedila a ser uma constante porque as empresas acreditam que o consumidor adquire o

que lhes eacute imposto pelo mercado

Com o fim da Segunda Guerra Mundial daacute-se a laquoera do marketingraquo23

e laquoo

consumidor eacute reiraquo24

Agora o objectivo dos fabricantes surge da resposta dada agrave

laquopercepccedilatildeo dos desejos e necessidades do seu puacuteblicoraquo25

no mercado

Natildeo eacute entatildeo de estranhar que o departamento de marketing passe a ocupar um

lugar de destaque nas direcccedilotildees a par do serviccedilo de financcedilas contabilidade e recursos

humanos

Eacute tambeacutem nesta era mais concretamente no ano de 1967 que Portugal utiliza

pela primeira vez o conceito formal do marketing com a criaccedilatildeo da APPM ndash Associaccedilatildeo

Portuguesa dos Profissionais de Marketing sob a designaccedilatildeo de Sociedade Portuguesa

de Comercializaccedilatildeo eacute efectuado o primeiro estudo de mercado e surge a primeira

licenciatura em Gestatildeo de Empresas (no Instituto Superior de Ciecircncias do Trabalho e da

Empresa e no Instituto Superior de Economia e Gestatildeo)

Apesar da mudanccedila da visatildeo das empresas o meio empresarial portuguecircs

continuava a caracterizar-se pela ausecircncia de grupos nacionais fortes e pela

preponderacircncia de pequenas e meacutedias empresas

Nos anos 70 a contribuiccedilatildeo do marketing no meio empresarial eacute tatildeo notoacuteria que

passa rapidamente a ser adoptado noutros sectores da actividade humana Entidades

religiosas governos organizaccedilotildees civis e partidos poliacuteticos passam a utilizar estrateacutegias

de marketing adaptando-as agraves suas realidades e necessidades

Na deacutecada de 90 surge a chamada laquoera do marketing de relacionamentoraquo ou do

CRM ndash Customer Relationship Management26

Sob a influecircncia dos avanccedilos

tecnoloacutegicos ndash como eacute o caso do comeacutercio electroacutenico que possibilita novas formas de

pagamento e de distribuiccedilatildeo de produtos ndash as organizaccedilotildees passam a ter no cliente o

motor da sua sobrevivecircncia Responder de forma satisfatoacuteria individualizada e

personalizada eacute hoje a base de todas as poliacuteticas de marketing nas organizaccedilotildees que

pretendem sobreviver na sociedade mercadoloacutegica Estamos perante a passagem de uma

visatildeo tradicionalista dos organismos que centravam a sua actuaccedilatildeo nos fornecedores de

23

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p20 24

Idem 25

Ibidem 26

FINGER Andrew Beheregarai CASTRO Gardeacutenia de COSTA Mariacutelia Damiani ndash Gestatildeo de

Bibliotecas Universitaacuterias com a implementaccedilatildeo do Customer Relationship Management (CRM) In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6p 47

22

capitais e mateacuterias-primas nos concorrentes e soacute depois nos consumidores (imagem da

esquerda) para uma empresa moderna centrada na satisfaccedilatildeo dos clientes (imagem da

direita) (figura nordm 2)

Figura nordm 2

Empresa com visatildeo comercial Empresa com visatildeo de marketing

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p28

No caso portuguecircs impulsionados pela integraccedilatildeo do paiacutes na Comunidade

Econoacutemica Europeia ndash actual Uniatildeo Europeia ndash as empresas e as entidades puacuteblicas

sofrem uma reestruturaccedilatildeo interna e beneficiados pelas estrateacutegias de marketing vecircem

aumentar os seus niacuteveis de produtividade e de qualificaccedilatildeo dos recursos humanos

laquoSatildeo criadas nesta deacutecada vaacuterias associaccedilotildees sectoriais (APAN AMD

APCE)27

bem como os primeiros cursos de marketing a niacutevel superior

As revistas de negoacutecios (Marketing e Publicidade Distribuiccedilatildeo Hoje e

Exame) surgem como veiacuteculos de divulgaccedilatildeo das novas poliacuteticas de

gestatildeo e dinamizaccedilatildeo de actividade econoacutemica e socialraquo28

A laquoera do marketing digitalraquo29

proporcionada pela democratizaccedilatildeo da Internet

utilizaccedilatildeo dos telemoacuteveis comeacutercio electroacutenico endereccedilos electroacutenicos

viacutedeo-conferecircncia segmentaccedilatildeo da TV Cabo entre outras inovaccedilotildees define a filosofia

do marketing que nos caracteriza actualmente Torna-se imperativo que os mercados

saibam responder de forma ainda mais eficiente e eficaz agraves novas exigecircncias dos

27

Significado dos acroacutenimos referidos APAN Associaccedilatildeo Portuguesa de Anunciante AMD Associaccedilatildeo

Portuguesa de marketing Directo APCE Associaccedilatildeo Portuguesa de Comunicaccedilatildeo de Empresa 28

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit p48 29

Idemp31

23

consumidores que cada vez estatildeo mais exigentes e sedentos de novos produtos A

proacutepria publicidade tradicional tambeacutem sofre alteraccedilotildees com o surgimento do

webmarketing e do buzz marketing por exemplo

211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

Na histoacuteria do marketing haacute autores e obras marcantes que explicam a sua evoluccedilatildeo

atraveacutes de vaacuterias ediccedilotildees que marcam difrentes eacutepocas

No ano de 1750 Adam Smith economista publica o livro laquoA riqueza das naccedilotildeesraquo

em que defende que os produtores devem orientar a sua produccedilatildeo para os bens

pretendidos pelos consumidores pois este eacute o uacutenico modo de fazer funcionar

harmoniosamente o sistema econoacutemico

Na era da produccedilatildeo surgem os primeiros estudos sobre o marketing nos Estados

Unidos da Ameacuterica da autoria de Walter Scott e as leis de gravitaccedilatildeo de William J

Reilly que questionam as teorias do mercado

Entretanto foram publicadas nas deacutecadas de 20 e 30 do seacuteculo XX vaacuterias ediccedilotildees

sobre este tema ainda que de forma natildeo consciente sobre o conceito mercadoloacutegico

aplicado a bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo Eacute o caso do livro laquoThe Library and

the Communityraquo escrito por Joseph Wheeler em 1924 e da obra do bibliotecaacuterio inglecircs

Lionel McColvin intitulada laquoLibrary Extension Work and Publicityraquo SRRanganathan

escreve em 1931 as laquoFive Laws of Library Scienceraquo

1 Livros satildeo para usar

2 Cada leitor(a) tem direito a um livro

3 Cada livro eacute um leitor

4 Tenha tempo para o utilizador

5 A biblioteca eacute um organismo laquovivoraquo30

No mesmo ano Greta Renborg publica um artigo na laquoEncyclopedia of Library and

Information Scienceraquo sobre laquoLibrary Public Relationsraquo

Eacute tambeacutem durante este periacuteodo que a extensatildeo cultural das bibliotecas bem como o

trabalho de relaccedilotildees puacuteblicas comeccedila a ser desenvolvido Surgem igualmente outros

artigos de referecircncia como eacute o caso de laquoThe missing three quarterraquo da autoria de Fred

Grenn e laquoA Manual for the Librarian and Studentraquo de Harold Jolliffe Outros artigos

30

Os tiacutetulos dos capiacutetulos satildeo traduccedilatildeo nossa

24

foram publicados neste periacuteodo laquoLa Propaganda y el Servicio Publico de bibliotecas en

los Estados Unidosraquo e laquoThe Public Library in the United Statesraquo da autoria

respectivamente de Lasso de La Vega e de Bostwiickacutes31

Em 1957 eacute editado o primeiro livro que descreve o marketing como uma ferramenta

de trabalho para quem quer sobreviver no mercado laquoA Praacutetica da Administraccedilatildeoraquo de

Peter Ducker

Theodore Levitt no artigo laquoMiopia de Marketingraquo em 1960 revela uma seacuterie de

erros de percepccedilatildeo do mercado e mostra a importacircncia da satisfaccedilatildeo dos clientes

transformando para sempre o mundo dos negoacutecios O vender a qualquer custo deu lugar

agrave satisfaccedilatildeo garantida

O livro laquoAdministraccedilatildeo de Marketingraquo de Philip Kotler consolida as bases do

marketing Este autor em conjunto com Sidney L Levy publica no laquoJournal of

Marketingraquo um artigo que aborda pela primeira vez o marketing em organizaccedilotildees sem

fins lucrativos

Sobre a transposiccedilatildeo dos conceitos comerciais para Sistemas de Informaccedilatildeo e

Documentaccedilatildeo foi necessaacuterio esperar cerca de vinte anos para que surgissem novos

estudos sobre este tema Em Espanha destacam-se os artigos laquoEl planeamiento

bibliotecaacuterio Una experiencia aprovechable el maacuterquetinraquo e laquoMaacuterquetin para

bibliotecaacuteriosraquo de Escolar Sobrino publicados em 1970 no laquoBoletin de la ANABAraquo

Eacute neste periacuteodo mais concretamente em 1974 no 15ordm Congresso Internacional

da Mesa Redonda dos Arquivos realizada em Otava Canadaacute que os Arquivos Puacuteblicos

abordam pela primeira vez questotildees relacionadas com os serviccedilos de relaccedilotildees puacuteblicas

Em 1979 Kotler publica a primeira obra de referecircncia do geacutenero - laquoMarketing

para organizaccedilotildees que natildeo visam lucroraquo que ainda hoje eacute utilizada como obra de

referecircncia

Ainda nesta deacutecada a norte-americana Betty Rice escreve laquoPublic Relations for

Public Librariesraquo e o britacircnico KC Harrison publica laquoPublic Relations for Librariansraquo

Na mesma altura Allan Angoff edita uma comunicaccedilatildeo intitulada laquoPublic Relations for

Librariesraquo

31

Refira-se a tiacutetulo de curiosidade que Agravengels Massiacutessimo e Joseacute-Antonio Goacutemez-Hernaacutendez advogam

que estes textos satildeo a base do estudo do marketing em bibliotecas espanholas MASSIacuteSSIMO Agravengels e

GOacuteMEZ-HERNAacuteNDEZ Joseacute-Antonio ndash Library Marketing in Spain State -of-Art In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-598-11753-4p52

25

Ainda na era do marketing em 1982 Tom Peters e Bob Waterman publicam a

obra laquoEm busca da Excelecircnciaraquo na qual apresentam ao mundo a aplicaccedilatildeo das

estrateacutegias de marketing centradas no cliente

Em 1988 Reacutejean Savard publica laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du

marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et archivistesraquo a primeira obra do

geacutenero que indica directrizes para o ensino do marketing nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo

Na deacutecada de 90 surgem outros artigos que Florence MUET classifica como

sendo o ponto de partida do estudo do marketing em bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo em Franccedila32

Satildeo eles laquoMarketing decircs bibliothegraveques et decircs Centres de

documentationraquo de Jean-Michel Salaiin e laquoLe marketing decircs services dacute information

pour un usage de lacuteinformation documentaireraquo de Eric Sutter33

O nascimento do marketing de permissatildeo de Seth Godin a conceptualizaccedilatildeo do

marketing boca-a-boca por George Silverman e a explosatildeo do buzz marketing e do

marketing viral pelos autores Russell Goldsmith e Mark Hughes corresponde agrave eacutepoca

actual e que se designa de laquomarketing de relacionamentoraquo e laquomarketing da era digitalraquo

22 Conceito de marketing

De origem anglo-saxoacutenica o termo marketing deriva do latim mercare

(mercadoria) que significa acto de comercializar produtos Em termos etimoloacutegicos

marketing deriva da aglutinaccedilatildeo de market (mercado) + ing (movimento ou em acccedilatildeo)34

Por ser uma palavra nitidamente estrangeira a expressatildeo adoptada em portuguecircs foi o

termo laquomercadoloacutegicoraquo Sobre o seu significado e funccedilotildees tecircm sido descritos ao longo

dos tempos

laquo(hellip) como um grupo de atividades de negoacutecios como um fenoacutemeno de

comeacutercio como um estado de espiacuterito como uma funccedilatildeo coordenadora

integradora na definiccedilatildeo de poliacuteticas como um senso de propoacutesito dos

negoacutecios como um processo econoacutemico como uma estrutura das

instituiccedilotildees como um processo de troca ou transferecircncia da propriedade

de produtos como um processo de concentraccedilatildeo equalizaccedilatildeo e

32

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentacion Services in France A Difficult

Integration In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-

598-11753-4p85 33

Idem 34

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 19

26

dispersatildeo como a criaccedilatildeo do tempo lugar e posse de coisas uacuteteis como

um processo de ajustamento da demanda e da oferta e muitas outras

coisasraquo35

Por outro lado verifica-se que o conceito de marketing ainda estaacute erroneamente

associado a vendas e a um departamento de uma empresa36

Esta ideia eacute comprovada

por Philip KOTLER e Karen FOX quando em 1994 aplicaram um inqueacuterito a 300

directores de estabelecimentos de ensino sobre laquoO que significa o termo marketingraquo

Nesse estudo 31 dos inquiridos responderam que marketing resulta de uma

combinaccedilatildeo de trecircs elementos chaves propaganda vendas e relaccedilotildees puacuteblicas Para

28 esta disciplina resulta do conjunto de dois dos elementos referidos Para os

restantes directores ndash uma minoria ndash marketing representa o conjunto de algumas

actividades como a avaliaccedilatildeo de necessidades pesquisas de marketing

desenvolvimento de produtos poliacuteticas de preccedilos e de distribuiccedilatildeo37

Mas na realidade o que se entende por marketing

Marketing para Aniacutebal PIRES

laquo(hellip) eacute o conjunto de actividades de anaacutelise planeamento

implementaccedilatildeo e controlo de programas de acccedilotildees destinadas a criar e

manter relaccedilotildees de troca mutuamente vantajosas com mercados-alvo e

de modo a atingir os objectivos da empresaraquo38

Alexander HIAM acrescenta que marketing eacute tambeacutem o

laquoprocesso social e empresarial pelo qual os indiviacuteduos e grupos obtecircm o

que necessitam e desejam atraveacutes da troca de produtos e da criaccedilatildeo de

valor com outrosraquo39

Para Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA marketing eacute

35

KOLTER Philip ndash Marketing Ediccedilatildeo Compacta Atlas Satildeo Paulo 1980 ISBN 978-85-230-0952-6p

30 36

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p35 e 36 37

KOTLER Philip e FOX Karen F A ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas

Satildeo Paulo 1994 ISBN 8522411166p23 38

PIRES Lima ndash O que eacute Marketing Difusatildeo Cultural Lisboa 1994 ISBN 972-709-184-

916-19 p 23 39

HIAM Alexander ndash Ferramentas de decisatildeo para executivos marketing Biblioteca Executiv Digest

Abril Control Jornal Linda-a-Velha 1995 ISBN 972-611-357-1p 252

27

laquoum processo de gestatildeo que consiste na identificaccedilatildeo antecipaccedilatildeo e

satisfaccedilatildeo dos desejos e necessidades dos clientes Uma operaccedilatildeo de

marketing de um produto requer tarefas tais como a previsatildeo de

alteraccedilotildees na procura (normalmente na base de pesquisa de marketing)

a promoccedilatildeo do produto assegurar que a qualidade a disponibilidade e o

preccedilo satisfaccedilam as necessidades do mercado e a promoccedilatildeo de serviccedilo

poacutes-vendaraquo40

Outros especialistas na aacuterea como KOTLER e FOX tambeacutem consideram que este

instrumento de trabalho resulta de planificaccedilotildees que permitem administrar relaccedilotildees de

troca da instituiccedilatildeo com os seus vaacuterios puacuteblicos41

O mesmo eacute reafirmado por KOTLER

e Gary ARMSTRONG quando definem marketing como sendo

laquoum processo administrativo e social pelo qual os indiviacuteduos e

organizaccedilotildees obtecircm o que necessitam e desejam por meio da criaccedilatildeo e

troca de valor com os outrosraquo42

Os mesmos autores afirmam ainda que no meio dos negoacutecios o marketing envolve

laquorelacionamentos lucrativos e de valor com os clientesraquo43

Jean-Yves ROSSEAU acrescenta o valor humano na actividade do marketing

entendendo que soacute daiacute adveacutem a satisfaccedilatildeo total dos consumidores44

Para existirem as trocas ou o chamado processo de marketing o arquivista

espanhol Antoni Tarreacutes ROSELL diz-nos que eacute necessaacuterio combinar cinco elementos45

laquo- Ha de haber al menos dos partes

- Cada parte haacute de disponer de alguna cosa que suponga valor para la

otra

- Cada parte ha de ser capaz de comunicar y de entregar

- Cada parte ha de ser libre de aceptar o rehazar la oferta

- Las dos partes han de estar dispuestas a realizar la transaccioacutenraquo

40

Marketing ALVES Caetano e BANDEIRA Siacutelvia ndash Dicionaacuterio de Marketing IPAM Porto 1998

ISBN 972-95293-2-9 p220 41

KOTLER Philip e FOX Karen ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas Satildeo

Paulo 1994 ISBN 978-85-230-0952-6 p33 42

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Princiacutepios do marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo

2007 ISBN 978-85-7605-123-7p4 43

Idem 44

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreal Association decircs

Archives du Quebeacutec 1982 p32 45

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Ob cit p 27 A combinaccedilatildeo destes cinco elementos eacute tambeacutem descrita

por Neil e Philip Kotler KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos

Editorial Ariel SA Barcelona ISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p89

28

Quanto ao valor dos produtos estes dividem-se em bens tangiacuteveis e bens natildeo

tangiacuteveis

Entenda-se por bens tangiacuteveis aqueles que se relacionam directamente com o

produto fiacutesico como por exemplo a compra de um carro e por intangiacuteveis todos os que

estatildeo directamente associados a serviccedilos e ao estatuto que adveacutem da sua aquisiccedilatildeo Eacute o

caso das caracteriacutesticas que o automoacutevel possui como o conforto e a seguranccedila

As caracteriacutesticas que diferenciam as acccedilotildees tangiacuteveis e intangiacuteveis satildeo

apresentadas por Pierre EIGLIER e Eric LANGEARD citando C H LOVELOCK na

seguinte tabela (figura nordm 3)

Qual a natureza do acto de

serviccedilo

QUEcirc OU QUEM Eacute O BENEFICIAacuteRIO DIRECTO DO SERVICcedilO

AS PESSOAS AS COISAS

Acccedilotildees tangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao fiacutesico

das pessoas

Serviccedilos destinados aos bens e

outras posses fiacutesicas

- Tratamento sauacutede

- Transporte pessoas

- Salatildeo de beleza

- Ginaacutesio

- Restaurante

- Cabeleireiro

- Transporte de carga

- Manutenccedilatildeo e reparaccedilatildeo

industrial

- Seguranccedila

- Limpeza lavagem

- Concepccedilatildeo manutenccedilatildeo de

parques

- Tratamento veterinaacuterio

Acccedilotildees intangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao espiacuterito

das pessoas

Serviccedilos destinados a posses

intangiacuteveis

- Educaccedilatildeo

- Emissotildees de raacutedio

- Serviccedilo de Informaccedilatildeo

- Teatros

- Museus

- Bancos

- Serviccedilo de ajuda geral

- Contabilidade

- Bolsa

Seguros

Figura nordm 3

Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Fonte EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Servuction A gestatildeo marketing de empresa de

serviccedilos McGraw-Hill Alfragide 1991 ISBN 972-9241-26-0p 3

29

Os resultados das estrateacutegias de marketing surgem directamente relacionadas com

o comportamento desejos motivos e necessidades dos clientes actuais e potenciais46

Quando uma necessidade natildeo eacute satisfeita o ser humano tenta reduzi-la ou procura outra

opccedilatildeo que o satisfaccedila47

Nesse sentido KOTLER escreve em 2001 que para se

satisfazer as necessidades humanas ndash que resultam de estados de carecircncia fiacutesica social e

individual ndash eacute necessaacuterio intervir no mercado sob trecircs prismas Satildeo eles48

a) marketing reactivo o consumidor ao comprar um determinado produto tem

de sentir que estaacute a adquirir natildeo soacute o objecto fiacutesico mas tambeacutem os benefiacutecios

que dele advecircm com a sua aquisiccedilatildeo

b) marketing antecipador as empresas tecircm de saber identificar com antecedecircncia

as vontades e desejos do homem

c) marketing criador estaacute associado agrave introduccedilatildeo de novos produtos nos haacutebitos

dos consumidores que nunca ningueacutem solicitou ou sentiu a sua necessidade

Estamos perante a criaccedilatildeo de novos mercados que geram novos produtos novos

serviccedilos e novos formatos empresariais Se tiveram sucesso haacute optimizaccedilatildeo dos

lucros permitindo agrave empresa assegurar a sua sobrevivecircncia e a sua expansatildeo

Esta ideia eacute sintetizada pelo mesmo autor quando assevera que a gestatildeo de

marketing resulta de

laquoUma funccedilatildeo empresarial que identifica as necessidades e desejos

insatisfeitos define e mede a sua magnitude e seu potencial de

rentabilidade especifica que mercados-alvo seratildeo mais bem atendidos

pela empresa decide sobre produtos serviccedilos e programas adequados

para servir a esses mercados seleccionados e convoca a todos na

organizaccedilatildeo para pensar no cliente e atender ao clienteraquo49

46

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p6 47

Idem 48

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p39-40 49

KOTLER Philip ndash Marketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa saber Editora

Campus Satildeo Paulo 2003 ISBN 13978-85-352-1165-8p11

30

Sueli Angeacutelica AMARAL citada por Wagner Junqueira de Arauacutejo defende a

mesma linha de pensamento quando considera que

laquoA principal tarefa da administraccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo orientada para

o marketing eacute determinar as necessidades e os desejos do mercado-alvo

para satisfazecirc-los com adequado design comunicaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo

apropriadas aleacutem de um preccedilo de oferta competitividade viaacutevel para os

produtos e serviccedilosraquo50

E quando advoga que marketing resulta do

laquobom senso aplicado ao negoacutecio e provisatildeo de produtos e serviccedilos aos

clientes a partir de identificaccedilatildeo das necessidades desses clientes e do

planejamento das atividades a serem desenvolvidas que resultaratildeo nos

produtos eou serviccedilos para atende-losraquo51

Face ao exposto podemos afirmar que o marketing aleacutem de ter o objectivo de

aumentar os lucros das empresas ndash atraveacutes de transacccedilotildees de bens eou de serviccedilos dos

bens tangiacuteveis e natildeo tangiacuteveis ndash realizam igualmente pesquisas de mercado que ajudam

a definir uma poliacutetica de distribuiccedilatildeo de divulgaccedilatildeo e de promoccedilatildeo de produtos de

forma a definir os resultados que pretende atingir junto dos seus clientes reais e

potenciais

Mais recentemente a American Marketing Association (AMA) refere-se ao

marketing como sendo

laquothe activity set of institutions and processes for creating

communicating delivering and exchanging offerings that have value

for customers clients partners and society at largeraquo52

Reforccedila-se uma vez mais que marketing natildeo eacute sinoacutenimo de venda ou de

propaganda A comunicaccedilatildeo e a entrega de valores aos clientes derivam de uma

combinaccedilatildeo de quatro elementos ndash produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo ndash e

de uma planificaccedilatildeo de actividades como iremos ver mais agrave frente Soacute a partir daqui eacute

que os profissionais de marketing recolhem os frutos do seu trabalho captaccedilatildeo e

fidelizaccedilatildeo de clientes e lucros a meacutedio e longo prazo

50

ARAUacuteJO Wagner Junqueira de ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo do portal rede governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 162 51

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit 52

Marketing [on line] [Consultado a 23 Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmarketingpowercomAboutAMAPagesDefinitionofMarketingaspxconsultafo

31

Muitas mais definiccedilotildees poderiam ser aqui apresentadas mas como afirma a

bibliotecaacuteria portuguesa Maria Leonor PINTO eacute possiacutevel apresentar vaacuterios elementos

comuns entre elas

laquo- Marketing eacute uma actividade intencionalmente planeada com o

objectivo de satisfazer necessidades ou desejos do consumidor

- Eacute uma actividade de coordenaccedilatildeo das capacidades da organizaccedilatildeo com

as necessidades dos clientes

- Eacute uma aacuterea de conhecimento que diz respeito agrave relaccedilatildeo existente entre

mercado e negoacutecioraquo53

Esta teoria tambeacutem se aplica agraves Ciecircncias da Informaccedilatildeo em que se incluem as

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos por isso eacute necessaacuterio aproximarmo-nos

da noccedilatildeo de marketing aplicado em organizaccedilotildees natildeo lucrativas que nos eacute dada por

Denis LINDON Jacques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO

laquo(hellip) eacute o conjunto dos meacutetodos e dos meios de que uma organizaccedilatildeo

dispotildee para promover nos puacuteblicos pelos quais se interessa os

comportamentos favoraacuteveis agrave realizaccedilatildeo dos seus proacuteprios

objectivosraquo54

Recorrendo uma vez mais a KOTLER encontramo-lo definido como sendo laquoum

processo social em que as necessidades materiais de uma sociedade satildeo identificadas

expandidas e servidas por um conjunto de instituiccedilotildeesraquo55

que resultam de programas

cuidadosamente planeados e estruturados sempre centrados no cliente e que este tipo de

organizaccedilotildees deve ter presente a ideia de laquotrocas voluntaacuterias de valoresraquo com

identificaccedilatildeo de mercados-alvos O resultado da sua aplicaccedilatildeo natildeo eacute o lucro mas sim laquoo

interesse puacuteblicoraquo56

Reacutejean SAVARD define marketing nas unidades de informaccedilatildeo como uma

filosofia de gestatildeo que consiste em satisfazer as demandas dos clientes reais e

potenciais ajustar a gestatildeo organizacional dos Sistemas de Informaccedilatildeo agraves necessidades

dos utilizadores estabelecer contactocomunicaccedilatildeo com o seu puacuteblico e estabelecer

53

PINTO Maria Leonor Cardoso Seacutergio ndash O marketing nas bibliotecas puacuteblicas portuguesas Ediccedilotildees

Colibri Lisboa 2007 ISBN 9789727726981 p49 54

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Ob cit p30 55

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 21 56

Idem

32

metas de mediccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do mercado-alvo57

O mesmo eacute referido por Jean-Yves

ROUSSEAU quando afirma que haacute que haver equiliacutebrio entre a oferta e a procura

como forma de satisfaccedilatildeo dos desejos e vontades dos seus puacuteblicos neste caso aplicado

aos Arquivos58

Em conclusatildeo apresentamos um diagrama que engloba as principais expressotildees

do marketing (figura nordm 4)

Figura nordm 4

Resumo do conceito de marketing

Fonte Sofia Santos

57

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l O

mesmo trabalho pode ser lido em castelhano com o tiacutetulo Directrizes para la ensentildeanza de la

comercilalizacion en la formacion de bibliotecarios documentalistas y archiveros

[on line][ Consultado a 28 de Novembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpunesdocunescoorgimages0007000798079824sopdf 58

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreacuteal InArchives

Association des Archives du Queacutebec Vol 143 Dezembro de 1982 p 32

33

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos

Compete ao profissional de marketing elaborar um plano de trabalho iacutentegro que

permita laquoidentificar servir e satisfazer em geral os seus clientes e organizaccedilotildees e os

consumidoresraquo59

Para a realizaccedilatildeo da sua actividade deveraacute recorrer-se do composto de

marketing ou de marketing-mix produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo

vulgarizado na deacutecada de 60 por E Jerome McCarthy60

Para KOTLER estas categorias ndash tambeacutem designadas de 4Ps ndash podem ser

enunciadas da seguinte forma (figura nordm 5)

Figura nordm 5

Composto do marketing mix

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p124

O produto resulta da combinaccedilatildeo de bens e de serviccedilos que a empresa oferece ao

mercado para satisfazer um desejo ou necessidade61

Os componentes principais satildeo de

natureza fiacutesica serviccedilos pessoas locais organizaccedilotildees e ideias Aliaacutes como referem

KOTLER e ARMSTRONG este item enquadra trecircs niacuteveis62

59

Artigo 2ordm do Coacutedigo de conduta do profissional de marketing [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URLhttpwwwappmptdocsappmCodigoCondutaAPPMpdf 60

Professor da Universidade de Michigan que definiu os 4 grandes grupos de actividades que

representariam os ingredientes do composto e que os separou em product price promotion e place 61

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p200 62

Idemp201

34

a) produto baacutesico que corresponde aos anseios e necessidades do consumidor

levando-o agrave sua aquisiccedilatildeo

b) produto tangiacutevel que corresponde ao estilo nome da marca aspecto e

qualidade

c) produto ampliado que representa a expectativa do cliente na sua aquisiccedilatildeo

Para sobrevivecircncia deste P dizem-nos KOTLER e Paul N BLOOM o serviccedilo

cumpre um ciclo de vida63

(figura nordm 6)

Figura nordm 6

Ciclo de vida do produto

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400p193

1 Introduccedilatildeo laquoperiacuteodo de baixo crescimento de faturamento quando o

serviccedilo eacute introduzido no mercadoraquo64

2 Crescimento laquoeacute um periacuteodo de aceitaccedilatildeo raacutepida pelo mercadoraquo65

3 Maturidade laquoeacute o periacuteodo de nivelamento no crescimento do faturamento

porque o serviccedilo atingiu a aceitaccedilatildeo da maioria dos clientes

potenciaisraquo66

63

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 64

Idem 65

Ibidem

35

4 Decliacutenio laquoeacute o periacuteodo em que o faturamento mostra forte tendecircncia

descendenteraquo67

O produto nas bibliotecas e Sistemas de informaccedilatildeo podem ser designados de

laquophisical resourcesraquo laquoservicesraquo laquoexperiencesraquo laquofacilitiesraquo como defende Dinesh K

GUPTA68

Entenda-se no primeiro caso ndash recursos fiacutesicos ndash o livro o jornal o CD e os

dados fornecidos on-line por serviccedilos o horaacuterio de atendimento cataacutelogos organizaccedilatildeo

de exposiccedilotildees newsletters pesquisa entrega de documentaccedilatildeo informaccedilatildeo fornecida

etc e por comodidades as condiccedilotildees fornecidas aos utilizadores como mobiliaacuterio o uso

de equipamento informaacutetico o ambiente em redor e proacutepria informaccedilatildeo69

O preccedilo resulta da relaccedilatildeo custo da produccedilatildeobenefiacutecio que os clientes pagam

para obter o produto fiacutesico e natildeo fiacutesico70

Lichtenstein Ridgway amp Netemeyer Seiders

amp Costley citados por Ana Pinto de MOURA acrescentam que este elemento eacute

laquo(hellip) sem duacutevida uma das variaacuteveis mais pertinentes na regulaccedilatildeo do mercado na

medida que influencia a decisatildeo de compra para os demais intervenientesraquo71

A afixaccedilatildeo do preccedilo de um produto eacute fundamental para a sobrevivecircncia da

empresa ou organizaccedilatildeo no mercado Normalmente o consumidor tem tendecircncia para

associar o preccedilo alto de um produto agrave sua alta qualidade e ao contraacuterio um preccedilo baixo

agrave pouca qualidade Por exemplo se uma empresa de luxo decide lanccedilar um novo

produto no mercado a um preccedilo baixo mais tarde quando tentam reverter essa

realidade a sua imagem jaacute estaraacute atingida72

Winer citado por MOURA refere que o preccedilo pode ainda ser determinado

pelas vivecircncias e estatuto social do mercado73

O consumidor faz uma comparaccedilatildeo entre

66

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 67

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 68

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p14 69

Idem 70

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 258 71

MOURA Ana ndash O conceito de preccedilo de referecircncia sua relaccedilatildeo com a sensibilidade do consumidor

face agraves promoccedilotildees de venda para bens de grande consumo Revista de Marketing Portuguesa [on line]

[Consultado a 10 Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=62 72

Idem 73

As Ciecircncias Sociais como Marketing e Psicologia Aplicada tecircm desenvolvido estudos sobre a

percepccedilatildeo do preccedilo pelo consumidor Neste trabalho fazemos uma pequena abordagem ao tema no ponto

laquo412 Mercado Externoraquo

36

o chamado laquopreccedilo objectivoraquo ndash o que o mercado estaacute disposto a pagar para obter o

produto ndash e o laquopreccedilo de referecircnciaraquo ndash preccedilo standard do produto que conhecem Desta

forma

laquoa probabilidade de compra do artigo eacute afectada pelo afastamento entre

o preccedilo observado do artigo e o preccedilo de referecircncia do consumidor

quanto maior for este afastamento menor seraacute a possibilidade da

compra se efectuarraquo74

A concorrecircncia deveraacute ser tambeacutem tida em consideraccedilatildeo na fixaccedilatildeo do preccedilo

Porquecirc Porque iraacute tentar antecipar a necessidade e procura do mercado-alvo

respondendo agraves questotildees o que se faz para quem se faz e porque se faz75

Daiacute ser

fundamental a relaccedilatildeo entre marketing segmentaccedilatildeo de mercados e plano estrateacutegico de

marketing que desenvolveremos no ponto 24 e 25 deste capiacutetulo

Para Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro

DIONIacuteSIO para elaborar a laquopoliacutetica de preccedilosraquo haacute que considerar trecircs elementos

custos da produccedilatildeo procura e concorrecircncia que resultam de diversos factores como se

observa a seguir (figura nordm 7)

Figura nordm 7

Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de preccedilo

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

74

MOURA Ana ndash Ob cit 75

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit

37

Nas unidades de informaccedilatildeo o preccedilo eacute obtido atraveacutes dos serviccedilos prestados ao

consumidorutilizador No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a nosso ver

pode resultar por exemplo do pagamento do empreacutestimo inter-bibliotecaacuterio pelo

utilizador No caso especiacutefico dos arquivos o preccedilo pode derivar da prestaccedilatildeo de um

serviccedilo puacuteblico como a emissatildeo de certidotildees Todavia Bob USHERWOOD escreve

que estes organismos puacuteblicos natildeo deveriam praticar este composto porque sobrevivem

com a ajuda financeira do Estado Logo a informaccedilatildeo eacute um bem puacuteblico que deveria ser

gratuito a toda a sociedade76

Quanto agrave aplicaccedilatildeo do preccedilo nestes espaccedilos Jean-Michel SALAUumlN substitui

este Pacute pela expressatildeo laquocontratraquo porque estes serviccedilos aplicam o laquoprix psychologiqueraquo

que eacute o mesmo que dizer laquo(hellip) la valeur marchande que le client accorde agrave lacuteusage du

produit et qui nacutea souvent qrsquo un report lointain avec les coucircts de production et de

commercialisationraquo Tambeacutem afirma que como as bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo fornecem agrave sociedade laquoproprieacuteteacute intellectuelleraquo torna-se difiacutecil de

avaliar ou de estabelecer um preccedilo ainda para mais a algo que as pessoas jaacute estatildeo

habituadas a usufruir gratuitamente77

Para a britacircnica EIlenn SAgraveEZ o preccedilo nos Sistemas de Informaccedilatildeo natildeo implica

necessariamente valor monetaacuterio78

A sua aplicaccedilatildeo nestes serviccedilos pode ser sinoacutenimo

de tempo gasto nos recursos materiais e humanos para responder agraves demandas

necessidades dos seus clientes Por outro lado a conjugaccedilatildeo destes recursos eacute que faz a

imagem da instituiccedilatildeo pois como eacute comummente sabido um cliente satisfeito volta

sempre A mesma autora remata a sua opiniatildeo ao afirmar que a atribuiccedilatildeo de valores

monetaacuterios eacute tambeacutem algo extremamente difiacutecil

A praccedila estaacute relacionada com os canais de distribuiccedilatildeo que permitem o acesso

dos produtos no mercado pelo consumidor79

Esta distribuiccedilatildeo pode ser feita de

diferentes formas

a) marketing directo o fabricante entrega directamente a mercadoria ao

consumidor Como eacute um canal que implica grandes custos para o

76

USHERWOOD Bob ndash A biblioteca puacuteblica como conhecimento puacuteblico Editora Editorial Caminho

Lisboa 1989 ISBN 972-21-1284-8 p 81-91 77

SALAUumlN Jean-Michel ndash Marketin decircs bibliothegraveques et decircs centres de documentation Eacutediciones du

Cercle de La Libraire Paris 1992 ISBN 2-7654-0507-7p114-115 78

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Marketing concepts for librarians and information services Facet Publishing

London 2002 ISBN 1-85604-426-2p67 79

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 307

38

produtor e lida com uma forccedila de venda proacutepria eacute mais comum entre

grandes empresas

b) niacutevel I do produtor os bens passam para o retalhista e soacute depois

chega ao consumidor Neste tipo de canal existem vaacuterios intermediaacuterios

o que implica subida do custo dos bens A vantagem deste sistema eacute o

contacto directo entre os vendedores e existecircncia de um esforccedilo

concentrado de vendas ajudado pela propaganda e pela promoccedilatildeo

c) niacutevel II do fabricante para o grossista deste para o retalhista e

finalmente para o consumidor Nesta cadeia todos os esforccedilos

concentram-se tambeacutem na venda mas os caminhos seguidos pelos

intervenientes poderatildeo ser diferentes entre si

d) niacutevel III do produtor para o grossista Deste parte para o grossista

regional especializado e seguidamente para o retalhista e o consumidor

Eacute o maior canal de distribuiccedilatildeo ateacute agora referido mas o objectivo eacute o

mesmo dos anteriores atingir um grande nuacutemero de clientes e obter

lucro Eacute mais comum em meacutedias e pequenas empresas (figura nordm 8)

Figura nordm 8

Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

39

No que concerne agraves unidades de informaccedilatildeo SALAUumlN substitui a expressatildeo a

praccediladistribuiccedilatildeo pelo termo laquoserviceservuctionraquo80

Isto eacute o mesmo que dizer serviccedilo

prestado ao puacuteblico com qualidade e de acordo com as necessidades de cada

indiviacuteduo81

Para SAacuteEZ a boa distribuiccedilatildeo resulta da acessibilidade aos serviccedilos Isto

significa que a praccedila estaacute directamente relacionada com a localizaccedilatildeo fiacutesica do edifiacutecio

existecircncia de redes de telecomunicaccedilotildees como correio telefone telefax e Internet e

com o horaacuterio do funcionamento que deve estar adequado agraves necessidades de todos os

clientes

A mesma autora afirma que na impossibilidade de todos os utilizadores se

deslocarem a estes organismos as bibliotecas podem e devem criar uma resposta

atraveacutes de serviccedilos moacuteveis82

O mesmo eacute referido por SALAUumlN que nos fala do

bibliobus No caso de arquivos poderiacuteamos referir o laquoarchivobusraquo83

que tem por

objectivo tornar itinerante quaisquer actividades pedagoacutegicas eou exposiccedilotildees dos

arquivos

A promoccedilatildeo tem a funccedilatildeo de comunicar ao consumidor os atributos do

produto84

Esta comunicaccedilatildeo deve ser feita de forma criativa bem pensada e planeada

para que o produto serviccedilo ou marca da empresa se imponham no mercado e lhes

permita um lugar de competitividade85

As ferramentas de comunicaccedilatildeo deste Pacute segundo KOTLER dividem-se em

cinco classes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas forccedila de vendas e

marketing directo86

Isto eacute constituem o chamado mix de promoccedilatildeo ou mix de

comunicaccedilotildees de marketing87

As formas mais comuns de promoccedilatildeo segundo o mesmo autor satildeo as que

demonstramos a seguir (figura nordm 9)

80

SALAUumlN Jean-Michel ndash Ob cit p113 81

Idem p113-114 82

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp60-67 83

Esta iniciativa baseia-se na experiecircncia dos museus e bibliotecas e foi dinamizada pela primeira vez em

Marselha ndash Franccedila Veja-se no site httpwwwarchivesdefranceculturegouvfraction-culturelleaction-

pedagogiqueoffre-basearchivobus a forma como os Arquivos Nacionais de Franccedila utilizam este

instrumento 84

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357 85

Aqui pode-se aplicar a velha teoria da comunicaccedilatildeo o emissor ndash que corresponde agrave empresa produtora

de produtosserviccedilos a mensagem para ser transmitida necessita de um canal distribuidor e de

comunicaccedilatildeo e o receptor ndash mercado-alvo que corresponde aos clientes actuais ou potenciais 86

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p136 87

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357

40

Figura nordm 9

Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p136

A publicidade ajuda a laquoconstruir uma imagem e ateacute um certo grau de

preferecircncia ou pelo menos de aceitaccedilatildeo da marcaraquo88

Se for usada sem criteacuterios e sem

criatividade o seu custo torna-se levado natildeo trazendo qualquer rentabilidade para a

empresa

Promoccedilatildeo de vendas estaacute relacionada com as actividades que apelam agrave compra

imediata dos bens Enquanto a publicidade actua sobre o comportamento do

consumidor a promoccedilatildeo de vendas tenta levar o cliente a adquirir o produto pela sua

valia Por outro lado KOTLER e KELLER afirmam que a laquopropaganda oferece uma

razatildeo para comprarraquo a promoccedilatildeo de vendas oferece um incentivo como por exemplo

amostras cupons reembolso descontos brindes preacutemios recompensas testes

gratuitos garantias promoccedilotildees combinadas promoccedilotildees cruzadas displays de ponto de

venda e demonstraccedilotildeesraquo89

As relaccedilotildees puacuteblicas satildeo todas as acccedilotildees de comunicaccedilatildeo que as empresas

disponibilizam no mercado sobre os seus recursos poliacutetica pessoal e programas para

88

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p137 89

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583

41

que os consumidores adquiram confianccedila nos seus produtos e serviccedilos90

As funccedilotildees do

profissional de relaccedilotildees puacuteblicas passam segundo os autores referidos por comunicar

natildeo soacute as estrateacutegias de marketing do seu departamento mas tambeacutem por divulgar as

acccedilotildees dos sectores financeiros e humanos entre outros As suas acccedilotildees estatildeo tambeacutem

associadas ao laquoapoio no lanccedilamento de novos produtosraquo laquoreposicionamento de um

produto maduroraquo laquocaptaccedilatildeo de interesse por uma categoria de produtosraquo laquoinfluecircncia

sobre grupos-alvos especiacuteficosraquo laquodefesa de produtos que enfrentam problemas

puacuteblicosraquo e construccedilatildeo de uma imagem corporativa que se reflicta favoravelmente nos

produtosraquo91

As ferramentas das relaccedilotildees puacuteblicas incluem as publicaccedilotildees em revistas da

empresa relatoacuterios anuais e brochuras os eventos atraveacutes de patrociacutenios de competiccedilotildees

desportivas actividades culturais e feiras de amostras as notiacutecias com informaccedilotildees

positivas sobre a empresa funcionaacuterios e produtos as actividades comunitaacuterias para

ajudar a colmatar necessidades da comunidade local pressatildeo na tentativa de influenciar

decisotildees de legisladores responsabilidade social para a empresa mostrar que possui

um comportamento socialmente responsaacutevel92

Ainda de acordo com KOTLER e KELLER os resultados do trabalho de

relaccedilotildees puacuteblicas podem ser muito rentaacuteveis quando bem estruturados e combinados

com os outros elementos do mix de promoccedilatildeo93

De forma geral a utilizaccedilatildeo de um serviccedilo de relaccedilotildees puacuteblicas estaacute destinado a

laquocriar e mostrar uma imagem positiva no mercado escolhido como alvoraquo94

A forccedila de vendas estaacute directamente relacionada com os vendedores Satildeo eles

que estabelecem uma relaccedilatildeo directa com o cliente fazendo com que muitas das vezes

prefira os produtos de uma determinada marca em vez de outra

Outra forma de reduccedilatildeo de vendas proacuteprias satildeo como nos diz KOTLER os

distribuidores que possuem laquoas suas proacuteprias forccedilas de vendasraquo95

Quando estes deixam

90

Kotler refere que relativamente a relaccedilotildees puacuteblicas existem sete ferramentas que o profissional de

marketing utiliza e que designa de PENCIL publications events news comunity involvement

activities identity media lobbying e social responsability KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo

XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p141 91

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583 92

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p141 93

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p593 94

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p142 95

Idem

42

de responder agraves necessidades do mercado a empresa produtora pode concluir laquoque eacute

mais barato dispor de forccedila de vendas proacutepria que substitua os distribuidoresraquo96

Outro problema que os vendedores de hoje enfrentam eacute a necessidade de

laquoautomaccedilatildeo das vendasraquo97

isto eacute a utilizaccedilatildeo e vulgarizaccedilatildeo das novas tecnologias

como o uso dos computadores e da Internet permitem agraves empresas expandir os seus

negoacutecios desenvolver o relacionamento com os consumidores e captar novos clientes

O marketing directo resulta da comunicaccedilatildeo directa entre o produtor de

bensserviccedilos e o consumidor98

As principais ferramentas utilizadas satildeo a mala-directa

os programas de resposta directa (ofertas em televisatildeo raacutedio e jornal) telemarketing

TV interactiva quiosques sites e telefones

Estas ferramentas satildeo cada vez mais comuns nas organizaccedilotildees que pretendem

laquoatingir com mais eficiecircncia os segmentos e os nichos mas tambeacutem chegar ao

consumidor individual aos segmentos de umraquo99

Santos M MATEOS RUSILL propotildee o plano estrateacutegico de comunicaccedilatildeo

tambeacutem designado de laquocoluna vertebralraquo100

dividido em quatro momentos a

investigaccedilatildeo a planificaccedilatildeo a criaccedilatildeo da actividade cultural e a sua

comunicaccedilatildeovisibilidade A sua descriccedilatildeo pode resumir-se no seguinte quadro (figura

nordm 10)

96

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p145 97

Idem 98

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p606 99

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p146 100

MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio cultural o coacutemo

potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28

43

Etapas Questotildees Conceitos

Investigaccedilatildeo Porquecirc

O quecirc

Quem

Fase correspondente agrave definiccedilatildeo das

finalidades objectivos gerais e

especiacuteficos da acccedilatildeo seguidos da

constituiccedilatildeo da equipa de trabalho e

distribuiccedilatildeo de tarefas

Planificaccedilatildeo Estrateacutegica Como

Onde

Quando

Correspondente agrave concretizaccedilatildeo do

plano Eacute aqui que se define o puacuteblico

real eou se deve ser alargado esse

leque a um grupo mais abrangente que

estaraacute em contacto com o produto

serviccedilo criado

Difusatildeo Cultural Porquecirc

O quecirc

Quem

Como

Uma vez definidos os clientes eacute preciso

saber como podemos influenciaacute-los e o

que fazer para atingir esse fim

Comunicaccedilatildeo Quem

O quecirc

Como

Corresponde agrave divulgaccedilatildeo O desenho

graacutefico das publicaccedilotildees serviccedilo de

relaccedilotildees puacuteblicas e publicidade satildeo

meios a ter em consideraccedilatildeo

Figura nordm 10

Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Fonte adaptada de MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio

cultural o coacutemo potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio

cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28-33

Os trecircs primeiros momentos correspondem quanto a noacutes agrave fase de estudo

verificaccedilatildeo experimentaccedilatildeo e validaccedilatildeo dos produtos criados no nicho seleccionado

Assim que estes itens estiverem definidos passamos agrave quarta parte da laquocolunaraquo

correspondente agraves ferramentas de comunicaccedilatildeo de KOTLER a publicidade a promoccedilatildeo

de vendas as relaccedilotildees puacuteblicas a forccedila de vendas e o marketing directo

No caso de aplicaccedilatildeo da promoccedilatildeo nas unidades de informaccedilatildeo eacute algo que os

autores consultados satildeo unacircnimes em afirmar que eacute um dos Pacutes mais utilizados nestes

serviccedilos como veremos mais agrave frente

231 Outros compostos do marketing mix

Outros autores como Raimer RICHERS101

KOTLER e Robert

LAUTENBORN102

criaram mais classificaccedilotildees do composto mix

No caso de RICHER este apresenta na deacutecada de 70 o composto dos 4 As

101

Richers fez parte da organizaccedilatildeo do primeiro de curso de Marketing no Brasil na Escola de

Administraccedilatildeo de Empresas de Satildeo Paulo ndash Fundaccedilatildeo Gertuacutelio Vargas 102

Lautenborn professor de Marketing nos Estados Unidos da Ameacuterica eacute outro teoacuterico que criou um

novo modelo mercadoloacutegico a poliacutetica dos 4 Cs customer needs and wants cost to the user convenience

e communication

44

a) anaacutelise de mercado estudopesquisa do mercado para responder agraves

necessidades do consumidor

b) adaptaccedilatildeo produccedilatildeo de produtos adequados agraves exigecircncias do

mercado-alvo de acordo com as pesquisas efectuadas

c) activaccedilatildeo criaccedilatildeo de canais de distribuiccedilatildeo e de comunicaccedilatildeo para que

os produtosserviccedilos cheguem ao puacuteblico

d) avaliaccedilatildeo medidas para avaliar a eficiecircncia e eficaacutecia dos resultados

obtidos

As aliacuteneas (a) e (b) correspondem agraves funccedilotildeesmeios das ferramentas de

marketing que ajudam a atingir os finsobjectivos do trabalho de marketing

representados pelos dois uacuteltimos pontos

KOTLER acrescenta em 1986 mais dois Ps

laquo Poliacutetica A actividade poliacutetica pode ter grande influecircncia nas vendas

A aprovaccedilatildeo das que proiacutebam a publicidade aos cigarros eacute prejudicial agraves

vendas de tabaco (hellip) Logo as empresas podem formar grupos de

pressatildeo e promover actividades poliacuteticas que afectam a procura

Puacuteblico A opiniatildeo puacuteblica eacute influenciada por modas e atitudes que

podem determinar o interesse das pessoas por certos produtos ou

serviccedilos Em alturas diferentes o puacuteblico americano deixou de

consumir carne de vaca (hellip) Financiam campanhas para convencer a

opiniatildeo puacuteblica a pensar que natildeo haacute perigo e que as pessoas devem

comprar e consumir os seus produtosraquo 103

Como complemento aos 4 Ps de McCarthy Robert Lautenborn cria na deacutecada de

90 os 4 Cs relacionados com os clientes

a) necessidades e desejos do consumidor

b) custo para o consumidor

103

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p123-124

45

c) conveniecircncia

d) comunicaccedilatildeo

Estes compostos estabelecem a ligaccedilatildeo entre as necessidades dos consumidores

e utilizadores de produtos e serviccedilos e os 4 Ps que apenas estatildeo vocacionados para os

gestores como verificamos a seguir (figura nordm 11)

4 Ps 4 Cs

Produtos Necessidades e Desejos do Consumidor

Preccedilo Custo para satisfazer o Consumidor

Praccedila (distribuiccedilatildeo) Conveniecircncia para comprar

Promoccedilatildeo Comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11

Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Fonte MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e

disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 123

Isto significa que

laquo(hellip) a uniatildeo das classificaccedilotildees propicia ao gerente conciliar os

interesses entre as organizaccedilotildees e os seus puacuteblico-alvos levando-os a

maximizar as ferramentas disponiacuteveis em suas matildeos de modo que

alcance a satisfaccedilatildeo de ambas as partes (hellip)raquo104

KOTLER defende mesmo que os profissionais de marketing devem primeiro ter

em atenccedilatildeo os Cs laquopara construiacuterem a plataforma de assentamento dos quatro laquoPeacutesraquo105

Barbara EWERS SAEZ106

e Gaynor AUSTEN107

acrescentam no que respeita

agraves bibliotecas e Sistemas de Informaccedilatildeo outros trecircs Pacutes que se relacionam com os

anteriores Vejamos

104

Idem 105

KOLTER Philip ndash KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p125 106

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp 53 57-70 107

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash A Framework for Market Orientation in Libraries In

GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information

Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p22

25 a 29

46

a) people (pessoas) estaacute directamente relacionada com a envolvecircncia de

toda a equipa que deve atenderservir satisfatoriamente os utilizadores

destes serviccedilos

b) physical evidence (meio fiacutesico) sinoacutenimo de praccedila tem a ver com o

conjunto de medidasmeios que estes espaccedilos disponibilizam SAEZ

daacute-nos o exemplo de brochuras como forma de divulgaccedilatildeo108

e

EWERS e AUSTEN109

falam-nos da existecircncia de salas de estudo e

espaccedilos de restauraccedilatildeo como veiacuteculo promotor de publicidade das

bibliotecas

c) process (processo) conjunto de serviccedilosprodutos prestados agrave

comunidade

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado

laquoO mercado eacute constituiacutedo de clientes que diferem uns dos outros

de uma ou mais maneiras Eles podem diferir em seus desejos

recursos localizaccedilotildees e atitudes e praacuteticas de compra Por meio

da segmentaccedilatildeo de mercado os profissionais de marketing devem

dividir mercados grandes e heterogeacuteneos em segmentos menores

que possam ser alcanccedilados de maneira mais eficiente e efetiva

com produtos e serviccedilos que correspondem agraves suas necessidades

especiacuteficasraquo110

Philip KOTLER e Gary AMSTRONG demonstram nestas palavras quanto o

mercado eacute heterogeacuteneo Para uma identificaccedilatildeo mais eficaz das necessidades individuais

do cliente para o desenvolvimento de um programa de composto de marketing

adequado agraves suas exigecircncias necessidades desejos valores ou comportamento de

compra semelhantes111

bem como posicionamento112

do produto no mercado haacute que

108

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob cit 109

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash Ob cit p26 110

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p164 111

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 112

Para KOTLER e KELLER o posicionamento resulta da forma como a empresa desenvolve a oferta e a

imagem do produto para que ocupem uma posiccedilatildeo competitiva e distinta nas mentes dos

consumidores-alvo LINDON e LENDREVIE completam esta ideia ao afirmar que o posicionamento

compreende dois aspectos complementares a identificaccedilatildeo - laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a

diferenciaccedilatildeo - laquoO que distingue dos outros produtos do mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER

Kevin ndash Ob cit p139

47

repartir os consumidores em grupos de acordo com as diferentes variaacuteveis como as

geograacuteficas demograacuteficas psicograacuteficas e comportamentais

A saber

a) a segmentaccedilatildeo demograacutefica consiste na divisatildeo do mercado de acordo

com as caracteriacutesticas da populaccedilatildeo As suas principais variaacuteveis satildeo

o sexo a idade a raccedila ou etnia o niacutevel de renda e padrotildees de

despesas a ocupaccedilatildeo o niacutevel de instruccedilatildeo o tamanho e composiccedilatildeo

da famiacutelia e o estaacutegio no ciclo da vida familiar

b) a segmentaccedilatildeo geograacutefica divide o mercado a partir de aacutereas

geograacuteficas tais como o paiacutes regiatildeo cidade bairro densidade

populacional e clima Normalmente a segmentaccedilatildeo geograacutefica eacute

usada em simultacircneo com outros criteacuterios de segmentaccedilatildeo

c) na segmentaccedilatildeo psicograacutefica as variaacuteveis a ter em consideraccedilatildeo satildeo o

estatuto social estilo de vida convicccedilotildees e personalidade A sua

utilizaccedilatildeo permite criar estrateacutegias de marketing canalizadas para

clientes potenciais

d) a segmentaccedilatildeo por comportamento divide o mercado com base no

conhecimento uso e comportamento do consumidor em relaccedilatildeo a

um produto especiacutefico Este criteacuterio eacute considerado por muitos autores

como o melhor ponto de partida para a segmentaccedilatildeo do mercado

Estatildeo entre as suas variaacuteveis a influecircncia na compra haacutebitos de

compra e intenccedilatildeo de compra

e) a segmentaccedilatildeo completa personaliza um produto e o seu programa de

marketing para cada cliente em particular

f) a segmentaccedilatildeo de criteacuterios caracteriza-se por conjugaccedilatildeo dos vaacuterios

segmentos pelos profissionais de marketing

As vantagens de segmentaccedilatildeo de mercado satildeo inuacutemeras O cliente eacute visto como

um indiviacuteduo permitindo agrave empresa delinear o perfil do consumidor para melhor

48

satisfazer as suas necessidades e elevar o potencial de mercado laquoo que gera custos mais

baixos ndash que por sua vez levam a preccedilos mais baixos ou a margens mais altasraquo113

Para concretizaccedilatildeo do processo de segmentaccedilatildeo de mercado este deveraacute

dividir-se em quatro partes114

a) laquoEscolha dos criteacuterios de segmentaccedilatildeoraquo consiste em identificar os

criteacuterios a partir dos quais o profissional de marketing vai dividir o

mercado As variaacuteveis mais comuns satildeo a idade o sexo e o niacutevel de

escolaridade

b) laquoDescriccedilatildeo das caracteriacutesticas de cada segmentoraquo apoacutes a escolha dos

criteacuterios cada segmento eacute caracterizado em funccedilatildeo da segmentaccedilatildeo

c) A escolha de um ou mais segmentos permite estabelecer os criteacuterios

de segmentaccedilatildeo que mais se adequam aos clientes

d) laquoDefiniccedilatildeo da poliacutetica de marketing para cada um dos segmentos

escolhidosraquo relaciona-se com a aplicaccedilatildeo do composto de marketing mix

a cada segmento

Em simultacircneo KOTLER e BLOOM referem que a segmentaccedilatildeo deve ser

mensuraacutevel ndash corresponde ao grau em que se mede o poder de compra e outras

caracteriacutesticas dos segmentos acessiacutevel ndash a partir de programas direccionados mede-se

a eficaacutecia com que os segmentos satildeo laquoatingidos e atendidosraquo importacircncia ndash estaacute

relacionada com a abrangecircncia do mercado nos diferentes segmentos e possibilidade de

acccedilatildeo ndash concretizaccedilatildeo de programas eficazes que possibilitem laquoatrair e atenderraquo os

segmentos Isto eacute a cada grupo corresponde um programa e elementos do marketing-

mix115

113

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 114

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p132 115

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 137

49

25 Plano Estrateacutegico de Marketing

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes a aplicaccedilatildeo do marketing nos dias de hoje estaacute

vocacionada para o cliente-indiviacuteduo As empresas para sobreviverem numa economia

mercantilista e competitiva tecircm de saber identificar os seus mercados-alvo e a forma

mais adequada de imporem os seus produtos na sociedade

Digamos que

laquo(hellip) conhecer o seu meio quer interno quer externo para

poder encontrar a melhor forma de se adaptar obtendo sinergias

A troca e o relacionamento permanente com o meio de forma a

criar uma visatildeo clara e compartilhada permitem uma melhor

percepccedilatildeo e conhecimento das necessidades desse ambiente

dos pontos fortes dos pontos fracos das ameaccedilas e das

oportunidades emergentes possibilitando uma melhor

adaptaccedilatildeo e resposta agrave mudanccedila constanteraquo116

reflecte as vantagens da utilizaccedilatildeo deste instrumento quer em organizaccedilotildees lucrativas

quer natildeo lucrativas

Para tal os profissionais de marketing aplicam um instrumento de trabalho

designado de plano estrateacutegico de marketing que eacute

laquoo processo utilizado para o estabelecimento de objetivos

alinhados com as poliacuteticas metas e princiacutepios bem como os

fatores de relevacircncia ao meio-ambiente organizacional

levando-se em conta o meio externoraquo117

KOTLER e KELLER acrescentam que plano de marketing

laquoeacute um documento escrito que resume o que o profissional de

marketing sabe sobre o mercado e que indica como a empresa

planeja alcanccedilar os seus objectivos Conteacutem directrizes taacuteticas

para os programas de marketing e para a alocaccedilatildeo de fundos ao

longo do periacuteodo de planejamentoraquo118

A mesma visatildeo eacute dada por KOTLER e BLOOM como

116

PEREIRA Elisabeth e FERNANDES Antoacutenio ndash O marketing como fonte de vantagem competitiva

Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=44 117

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363 118

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58

50

laquoo processo gerencial de desenvolver e manter uma direcatildeo

estrateacutegica que alinha as metas e os recursos da organizaccedilatildeo

com as suas mutantes oportunidades de mercadoraquo119

As ideias supracitadas podem ainda ser completadas por outra definiccedilatildeo dada

por KOTLER e Neil KOTLER

laquoLa planificacioacuten estrateacutegica orientada al mercado es el

processo de gestiiacuteon tendnete a desarrollar y mantener un ajuste

viable entre los objetivos y recursos de la organizacioacuten por una

parte y las oportunidades cambiantes de mercado

por outraraquo 120

251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing

Satildeo vaacuterios os autores que apresentam diferentes metodologias de trabalho para a

elaboraccedilatildeo do plano de marketing

Para Djalma de Pinho Rebouccedilas de OLIVEIRA citado por Ceacutelia

BARBALHO121

a estrateacutegia de marketing eacute dividida em quatro fases (figura nordm 12)

FIGURA nordm 12

Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

119

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 62 120

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob citp89 121

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

51

Segundo este autor o plano inicia-se com o diagnoacutestico estrateacutegico que

pressupotildee a anaacutelise interna e externa do meio envolvente da organizaccedilatildeo Esta anaacutelise

por sua vez corresponde agrave identificaccedilatildeo dos pontos fortes e fracos das empresas de

forma a estabelecer relaccedilotildees com os concorrentes directos laquona relaccedilatildeo

produto-mercadoraquo e acccedilotildees correctivas Tambeacutem identifica as ameaccedilas e oportunidades

no ambiente institucional

O mesmo autor refere exemplos que se podem aplicar na anaacutelise do ambiente

interno e externo (figura nordm 13)

Figura nordm 13

Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Numa segunda etapa eacute definida a missatildeo do organismo devendo identificar o

caminho e o objectivo ou objectivos a atingir

A utilizaccedilatildeo de instrumentos estabelecem desafios metas estrateacutegias poliacuteticas e

projectos que a instituiccedilatildeo se propotildee alcanccedilar Os instrumentos quantitativos

correspondem aos valores monetaacuterios que iratildeo ser gastos na produccedilatildeo de bens e

serviccedilos e o retorno que adveacutem com a sua aplicaccedilatildeo

A quarta e uacuteltima fase eacute a avaliaccedilatildeo do desempenho comparaccedilatildeo entre o que foi

proposto e os resultados obtidos identificaccedilatildeo dos desvios ao plano e medidas de

intervenccedilatildeo correctivas

Para MORAIS tambeacutem referido por BARBALHO122

a proposta de metodologia

reparte-se em cinco partes (figura nordm 14)

122

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

52

Figura nordm 14

Estrateacutegia de marketing de Morais

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Neste caso ao contraacuterio de Oliveira analisa-se primeiro a missatildeo visatildeo e

valores da instituiccedilatildeo seguido pelo diagnoacutestico ambiental Esta segunda parte aleacutem de

identificar as ameaccedilas e oportunidades e os pontos fortes e fracos cria o cenaacuterio

pessimista e o cenaacuterio optimista

De seguida satildeo delineadas estrateacutegias de actuaccedilatildeo no mercado que seratildeo

repartidas entre um ou mais planos de acccedilatildeo laquoos aspectos relevantes para a sua

implantaccedilatildeo ndash orccedilamentos cronogramas fluxogramas metodologias etc123

raquo

Por fim propotildee-se um acompanhamento deste processo para serem

identificados os planos operacionais os desvios e as intervenccedilotildees efectuadas

Quanto ao tipo de estrateacutegia a desenvolver KOLTLER apresenta seis tipos de

planos de marketing124

a) planos de marketing da marca para cada nova marca produzida numa

empresa eacute preparada uma nova estrateacutegia anual

123

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Ob Cit 124

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p205

53

b) plano de marketing para cada categoria de produtos para cada novo

produto eacute efectuado um novo plano No final esta estrateacutegia eacute

integrada laquono plano geral da respectiva categoria de produtoraquo

c) planos de novos produtos para cada nova marca ou novo produto eacute

efectuado laquoum plano de desenvolvimento e de lanccedilamentoraquo

d) planos dos segmentos de mercado se o produto ou marca satildeo

vendidos em diferentes segmentos haacute que criar um plano diferente

para cada um

e) planos geograacuteficos de mercado para cada paiacutes regiatildeo cidade e

bairro eacute necessaacuterio criar um plano proacuteprio

f) planos de clientes os gestores de contas devem laquopreparar um plano

para cada um dos clientes importantesraquo

Na praacutetica refere o autor estes planos estatildeo interligados entre si e conclui que

tecircm de ser elaborados de forma coerente e de faacutecil entendimento para a concretizaccedilatildeo de

todas as operaccedilotildees125

Esta ideia eacute completada por Tim BERRY e DOUG WILSON

citados por KOTLER e KELLER ao afirmarem que o plano deve responder agraves questotildees

laquoO plano eacute simplesraquo O plano eacute especiacuteficoraquo laquoO plano eacute realistaraquo laquoO plano eacute

completoraquo126

Os elementos que devem compor o plano de marketing segundo KOTLER satildeo

os seguintes anaacutelise da situaccedilatildeo objectivos e alvos de marketing estrateacutegia de

marketing plano de acccedilotildees de marketing e controlos de marketing127

A anaacutelise da situaccedilatildeo implica o estudo da laquovidaraquo do produto Eacute necessaacuterio

avaliar quantitativamente as vendas quotas de mercado preccedilos custos e lucros bem

como uma anaacutelise dos resultados obtidos pela concorrecircncia128

Soacute assim seratildeo

detectados os chamados laquofactores criacuteticos de sucessoraquo tambeacutem designados de pontos

125

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p205 126

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58 127

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206-207 128

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206

54

fortes ndash os quais deveratildeo ser destacados ndash e os pontos fracos cujos efeitos deveratildeo ser

minimizados ou corrigidos129

No ambiente externo deveraacute ser realizada uma auditoria ao meio envolvente da

empresa onde o produto eacute disponibilizado de forma a identificar as ameaccedilas e as

oportunidades que possam surgir Entre as condiccedilotildees externas a considerar estatildeo os

factores demograacuteficos econoacutemicos histoacutericos poliacuteticos sociais tecnoloacutegicos e legais

Numa etapa posterior eacute indicada a perspectiva futura para o produto

Na parte dos objectivos e alvos o gestor deveraacute estabelecer metas podendo

incluir o aumento de quota no mercado aumento de satisfaccedilatildeo do cliente e aumento de

margem e os alvos a atingir devendo ser laquomensuraacuteveisraquo

Na definiccedilatildeo da estrateacutegia KOTLER diz-nos que devemos seguir seis

aspectos130

que quanto a noacutes correspondem ao composto de mix

a) o laquomercado-alvoraquo divide-se em niacutevel primaacuterio os consumidores

que estatildeo prontos a adquirirem o produto niacutevel secundaacuterio satildeo os

clientes que podem adquirir o produto mas ainda natildeo

manifestaram interesse e o niacutevel terciaacuterio satildeo as pessoas que

querem comprar o produto mas de momento natildeo o podem ter Haacute

casos que os gestores incluem no plano o nome do cliente a

conquistar

b) o laquoposicionamento nuclearraquo relaciona-se com as vantagens que os

clientes vatildeo adquirir com a sua compra

c) o laquoposicionamento de preccediloraquo estaacute associado ao benefiacutecio nuclear

oferecido

d) a laquooferta total de valorraquo estaacute relacionada com antecipar as

demandas do cliente e prever a sua satisfaccedilatildeo total

129

laquoPonto forte eacute a diferenciaccedilatildeo conseguida pela empresa que lhe proporciona uma vantagem

operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel controlaacutevel O ponto fraco eacute uma situaccedilatildeo inadequada da

empresa que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel

controlaacutevelraquo PASA Carla Regina R - Planejamento estrateacutegico de uma induacutestria de plaacutesticos a

importacircncia da anaacutelise interna e externa - um caso praacutetico [on line] [Consultado a 10 de Setembro de

2008] Disponiacutevel em URL httpwwwabeproorgbrbibliotecaENEGEP1998_ART452pdf 130

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 Editorial Presenccedila

Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p213

55

e) a laquoestrateacutegia de distribuiccedilatildeoraquo satildeo os diferentes canais de

distribuiccedilatildeo do produto como televendas ou o computador

acrescenta KOTLER

f) a laquoestrateacutegia de comunicaccedilatildeoraquo relaciona-se com os gastos

financeiros na sua divulgaccedilatildeo

Apoacutes a sua conclusatildeo estes dados seratildeo entregues a uma equipa que

estabeleceraacute as laquodatas para a campanha de publicidade para as promoccedilotildees de venda

para a participaccedilatildeo em feiras e para lanccedilamento de novos produtosraquo131

Em simultacircneo eacute

efectuada a verificaccedilatildeo das acccedilotildees planeadas para se saber se estatildeo de acordo com o

estabelecido Caso haja um grande nuacutemero de aspectos em falta ou incorrectos deveratildeo

ser implementadas medidas correctivas no plano132

No que concerne ao plano estrateacutegico nas unidades de informaccedilatildeo Reacutejean

SAVARD propotildee um modelo que natildeo eacute muito diferente do anterior133

a) resumo do plano

b) anaacutelise interna e externa do mercado

c) identificaccedilatildeo da missatildeo e dos objectivos da unidade de informaccedilatildeo

d) elaboraccedilatildeo dos produtos e delineaccedilatildeo de estrateacutegias

e) definiccedilatildeo do orccedilamento

f) medidas de controlo de aplicaccedilatildeo do plano

Soacute com a sua implementaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e controlo eacute que os arquivos poderatildeo

evitar periacuteodos de carecircncia financeira que consequentemente originam a perda de

131

KOLTER Philip ndash ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p214 132

Idemp214-215 133

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l

56

clientes134

e que se conhece de forma efectiva e eficiente o meio onde pretendem

actuar

134

MINIGGIO Mireille - Le marketing au service de larchivistique le cas de projet de normalisation au

niveau du fonds darchives In Reflexiones archivistiques1989p 35

57

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS

UNIDADES DE INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO

No meio econoacutemico as organizaccedilotildees natildeo lucrativas satildeo identificadas como

pertencentes ao sector terciaacuterio e a sua aacuterea de actuaccedilatildeo eacute dividida em doze grupos

especiacuteficos135

(figura nordm 15)

Figura nordm 15

Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Fonte International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line]

[Consultado a 23 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

As suas principais caracteriacutesticas podem ser apresentadas da seguinte forma

a) natildeo perseguem lucros objectivos financeiros

135

Esta classificaccedilatildeo estaacute elaborada de acordo com o trabalho da Comissatildeo Europeia ndash DG XXII no

acircmbito do Targeted Socio-Economic Research Programme que adaptou a classificaccedilatildeo original

desenvolvida pelo John Hopkins Comparative Non- Profit Sector Project e denominada ICNPO -

International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line] [Consultado a 23

de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

58

b) o preccedilo eacute mensuraacutevel natildeo em termos monetaacuterios mas sim de forma

qualitativa e atraveacutes da avaliaccedilatildeo de desempenho dos serviccedilos

c) a sobrevivecircncia destes organismos natildeo depende do financiamento do

utilizador

d) o puacuteblico eacute bastante diversificado

e) tal como as organizaccedilotildees lucrativas o objectivo fim satildeo as trocas

para satisfaccedilatildeo do cliente Todavia neste caso sobrepotildeem-se as

necessidades da laquoaudiecircncia-alvoraquo e ou sociedaderaquo aos desejos e

vontades de ldquosobrevivecircncia e crescimento de empresasrdquoraquo136

f) a resposta dada aos puacuteblicos deve ser efectuada a curto e meacutedio

prazo

Por isso natildeo eacute de admirar que cada vez mais os serviccedilos puacuteblicos e instituiccedilotildees

sem fins lucrativos se sirvam do marketing para alcanccedilarem os seus objectivos

satisfaccedilatildeo das necessidades e desejos do mercado-alvo com resultados eficientes e

eficazes137

como escreve KOTLER O mesmo autor acrescenta que a principal razatildeo

destes grupos se interessarem laquopelos princiacutepios formais do marketing eacute que eles

permitem que a organizaccedilatildeo se torne mais eficaz na obtenccedilatildeo dos seus desejosraquo138

A aplicaccedilatildeo destes conceitos salienta traraacute quatro benefiacutecios139

laquoServiccedilo aprimorado normalmente uma orientaccedilatildeo de marketing leva a

um serviccedilo puacuteblico aprimorado A caracteriacutestica principal do conceito

moderno de marketing eacute a preocupaccedilatildeo com as necessidades e os

desejos de grupos que estatildeo sendo servidos por uma organizaccedilatildeo O

especialista de marketing forma sistemas para sentir servir e satisfazer

os diversos puacuteblicos Ele estaacute consciente de todas as forccedilas que

136

CARVALHO Joatildeo M Santos ndash Organizaccedilotildees natildeo lucrativas Aprendizagem organizacional

Orientaccedilatildeo de Mercado Planeamento Estrateacutegico e Desempenho Ediccedilotildees Siacutelabo Lisboa 2005 ISBN

972-618-366-9- Depoacutesito Legal 22467105p 20 137

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 24-25 138

Idemp25 139

Ibidemp 344-345 A mesma ideia tambeacutem estaacute presente em MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash

Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6 p 126

59

influenciam a satisfaccedilatildeo dos consumidores e dos puacuteblicos e seu

desempenho eacute mensurado em quatildeo bem ele constroacutei atitudes favoraacuteveis

para com a organizaccedilatildeo

Eficiecircncia aprimorada uma orientaccedilatildeo para marketing tende tambeacutem a

melhorar a eficiecircncia na realidade de diversas metas organizacionais

Agecircncia do governo poderaacute projetar seus produtos e serviccedilos em um

melhor relacionamento para com os padrotildees de compra e consumo dos

seus mercados A organizaccedilatildeo poderaacute coordenar suas actividades de

marketing para atingir alvos que poderiam natildeo ser alcanccedilados se fossem

perseguidos de maneira desordenada

Apoio legislativo aprimorado uma orientaccedilatildeo para o marketing

deveria tambeacutem ajudar na tarefa de assegurar maior apoio

legislativo Um puacuteblico importante de qualquer agecircncia eacute formado

por legisladores Na extensatildeo em que uma orientaccedilatildeo para o marketing aprimora os serviccedilos e a eficiecircncia puacuteblica de uma

organizaccedilatildeo forneceraacute um poderoso argumento para o apoio continuado

e generoso de suas atividades Aleacutem disso a mesma orientaccedilatildeo para o

marketing leva a organizaccedilatildeo a ser mais sensiacutevel com referecircncia aos

legisladores como se fossem um dos seus puacuteblicos e nesse sentido ela

poderaacute ser mais eficaz e aprimorar os seus serviccedilos de comunicaccedilatildeo

para esse grupo

Prestaccedilatildeo de contas aprimoradas finalmente a orientaccedilatildeo para o

marketing poderia ajudar a aprimorar a prestaccedilatildeo de contas puacuteblicas se

as actividades de marketing se tornarem expliacutecitas em vez de

permanecerem impliacutecitas e mais se forem colocadas sob a

responsabilidade de controle centralizada seraacute mais faacutecil realizar a

auditoria dessas actividades e avaliar os seus gastos e grau de satisfaccedilatildeo

Seria tambeacutem mas faacutecil para os auditores levantar questotildees concretas

sobre a actividade de marketing dirigindo-as agrave parte certaraquo

A transposiccedilatildeo das teacutecnicas mercadoloacutegicas do marketing para as unidades de

informaccedilatildeo ndash bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos ndash pertencentes ao

agrupamento 1 eacute algo que ainda hoje natildeo eacute consensual Tal como ainda hoje acontece

no meio empresarial muitas pessoas associam esta ferramenta a um departamento de

vendas cujo propoacutesito eacute laquotornar o ato de vender supeacuterfluoraquo como afirma Peter

DRUKER140

Por isso natildeo eacute de estranhar que muitos profissionais das Ciecircncias da

Informaccedilatildeo considerem que a sua utilizaccedilatildeo eacute inusitada e desadequada porque satildeo

organismos que prestam um serviccedilo cultural e natildeo vendem produtos e o seu objectivo

natildeo eacute o lucro No artigo laquoBiblioteacuteques et Marketing une valse a 3 temps repulsion

attirance adaptationraquo Marielle MIRIBEL citada por Sofia GALVAtildeO confirma este

ponto de vista141

Atraveacutes de um inqueacuterito apresentado agraves bibliotecas sobre o marketing

140

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p18 141

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 Existe um artigo semelhante com o nome laquoA importacircncia do estudo

60

encontrou dois tipos de reacccedilotildees as que consideram esta teacutecnica laquocomo um meio de

comunicaccedilatildeo interativa ferramenta de gestatildeoraquo e os que vecircem no marketing um meio de

venda e de comeacutercio que contraria a missatildeo da biblioteca142

Rajesh SINGH efectuou um estudo semelhante na Finlacircndia entre o ano de 2002 e

2003 A partir de cinco questotildees143

colocadas aos responsaacuteveis e seus colaboradores

concluiu que embora jaacute haja quem veja o marketing como uma mais valia nos seus

serviccedilos ainda haacute quem o veja - laquofewraquo144

- como uma actividade que apenas se aplica

em empresas com fins lucrativos

Para Sueli Angeacutelica do AMARAL satildeo vaacuterias as causas que explicam este

cepticismo145

a) descrenccedila e desconfianccedila dos profissionais da informaccedilatildeo relativamente ao

marketing

b) crenccedila que a informaccedilatildeo vale por si proacutepria

c) falta de importacircncia dada ao cliente como indiviacuteduo nas unidades de

informaccedilatildeo

d) falta de formaccedilatildeo do bibliotecaacuterio sobre esta mateacuteria

e) inexistecircncia eou escassez de literatura sobre o marketing em unidades de

informaccedilatildeo

sobre a imagem organizacional para as unidades de informaccedilatildeo e para os seus gestoresraquo que poderaacute ser

consultado em httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=995221 142

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 143

1Qual eacute a atitude dos bibliotecaacuterios face agrave aplicaccedilatildeo do marketing nos serviccedilosprodutos das

bibliotecas 2 Qual o niacutevel de conhecimento das conceitos e praacuteticas do marketing 3 Qual o

compromisso destes organismos com os seus utilizadores 4 Em que contexto o marketing se aplica nas

bibliotecas da Finlacircndia 5 Que tipo de implicaccedilotildees traz o marketing neste serviccedilos (traduccedilatildeo efectuada

por noacutes) SINGH Rajesh ndash Undersanding Marketing Culture in Finnish Libraries In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p68-69 144

SINGH Rajesh ndash Ob citp 69 145

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637

61

f) falta de aplicabilidade do conceito mercadoloacutegico nas bibliotecas

g) gratuidade dos produtos e serviccedilos prestados

h) desconhecimento dos conceitos comerciais e sobre a teoria econoacutemica da

informaccedilatildeo

Florence MUET bibliotecaacuteria francesa segue a mesma ideia mas aponta outras

causas para esta situaccedilatildeo146

a) embora a satisfaccedilatildeo dos utilizadores seja importante ainda haacute o culto do

documento em detrimento do cliente

b) os gestores de informaccedilatildeo natildeo aceitam a ideia de existecircncia de

segmentosnichos de puacuteblicos Todos os clientes satildeo vistos como um grupo

homogeacuteneo os quais tecircm o direito de aceder de forma idecircntica aos mesmos

produtosserviccedilos

c) o recurso agraves ferramentas do marketing soacute eacute lembrado em alturas de crise como

o caso de falta de leitores e falta de integraccedilatildeo destes organismos no meio

social onde se integram

Recorrendo mais uma vez a AMARAL esta autora refere no artigo laquoMarketing e

inteligecircncia competitiva aspectos complementares da gestatildeo da informaccedilatildeo e do

conhecimentoraquo que a utilizaccedilatildeo do marketing pelos gestores de informaccedilatildeo eacute comum

nos dias de hoje soacute que natildeo eacute feita de forma consciente e clara147

Este eacute o caso do Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da

Madeira que seraacute objecto de estudo no Capiacutetulo V deste trabalho

AMARAL tambeacutem enfatiza que a laquoaplicaccedilatildeo das teacutecnicas metodoloacutegicas de

anaacutelise e segmentaccedilatildeo do mercado anaacutelise do consumidor organizaccedilatildeo de um sistema

146

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentation Services in France In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 88-89 147

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 22

62

de informaccedilotildees de marketing realizaccedilatildeo de auditoria de marketingraquo148

nas unidades de

informaccedilatildeo obriga que estes organismos sejam vistos como um negoacutecio Isto acontece

porque

laquoquando eacute adotada a orientaccedilatildeo metodoloacutegica as actividades satildeo

desenvolvidas com base na realizaccedilatildeo de trocas e do efetivo

conhecimento do mercado interesses necessidades expectativas

desejos dos puacuteblicos desse mercadoraquo149

Desta forma Tony LEISNER150

e Sophia KAANE151

acrescentam que a boa

aplicaccedilatildeo do marketing obriga os serviccedilos a atingirem niacuteveis elevados de satisfaccedilatildeo dos

clientes e a aumentar o valor percebido como forma de assegurar a sobrevivecircncia das

suas respectivas instituiccedilotildees Isto significa que os gestores de informaccedilatildeo devem

imbuir-se do espiacuterito e raciociacutenio de um empresaacuterio para assegurar a sobrevivecircncia do

seu laquonegoacutecioraquo desenvolvendo estrateacutegias competitivas programas e projectos voltados

para os seus clientes

Soacute assim com o conhecimento e aplicaccedilatildeo dos conceitos do laquomundo dos

negoacuteciosraquo que a unidade de informaccedilatildeo passa tal como organizaccedilotildees lucrativas a obter

benefiacutecios fiacutesicos humanos e materiais necessaacuterios para a sua manutenccedilatildeo e

funcionamento152

Um outro aspecto a salientar neste capiacutetulo eacute que os organismos tecircm de ser vistos

como uma organizaccedilatildeo de serviccedilos que aplicam o composto de marketing mix

Embora como jaacute abordamos existam 4 elementos um dos aspectos mais visiacuteveis

da adopccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a aplicaccedilatildeo de um dos Ps a

promoccedilatildeo153

Heloiacutesa OTTONI bibliotecaacuteria brasileira tem esta visatildeo quando afirma

que marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a

148

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 33 149

Idem 150

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing - In 61st IFLA General Conference -

Conference Proceedings1995[on line] [Consultado a 01 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm 151

KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf 152

VERGUEIRO Waldomiro ndash Marketing e gestatildeo da qualidade em serviccedilos de informaccedilatildeo o

relacionamento com os clientes como espaccedilo de convergecircncia de conceitos e praacuteticas In AMARAL

Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-

230-0952-6 p 61 153

No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a praacutetica de divulgaccedilatildeo dos seus serviccedilos data da

segunda metade do seacuteculo XIX Foi em 1876 na Conferecircncia de ALA ndash Ameacuterica Libraries Associacion

ndash que Samuel Swett falou pela primeira vez sobre a relaccedilatildeo entre bibliotecaacuterios e leitores Vinte anos

63

laquo(hellip) filosofia de gestatildeo administrativa na qual todos os

esforccedilos convergem em promover com a maacutexima eficiecircncia

possiacutevel a satisfaccedilatildeo de quem precisa e de quem utiliza

produtos e serviccedilos de informaccedilatildeo Eacute o ato de intercacircmbio de

bens e satisfaccedilatildeo de necessidadesraquo154

Segundo AMARAL o facto eacute que quando haacute transposiccedilatildeo do marketing para as

unidades de informaccedilatildeo os conceitos mercadoloacutegicos ficam limitados a aspectos

promocionais como elaborar cartazes folhetos ou marcadores Eacute preciso fazer mais

sobre uso da comunicaccedilatildeo para laquoatrair novos consumidores vender ideias fortalecer

marcasraquo155

Daiacute propor o uso da promoccedilatildeo sob cinco prismas156

laquoa) Tornar a organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos conhecidos

pelos usuaacuterios potenciais

b) Tornar o ambiente da organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos

atraentes para os usuaacuterios potenciais

c) Mostrar aos usuaacuterios reais como usar os produtos e os

serviccedilos

d) Evidenciar os benefiacutecios dos produtos e serviccedilos oferecidos

e) Manter os usuaacuterios reais constantemente bem informados

sobre a atuaccedilatildeo da organizaccedilatildeo seus produtos e serviccedilosraquo

Esta ideia vem ao encontro da sua definiccedilatildeo de marketing

laquoMarketing pressupotildee a compreensatildeo das necessidades

percepccedilotildees preferecircncias e interesse pela satisfaccedilatildeo e pelos

padrotildees de comportamento da audiecircncia-alvo aleacutem da

adequaccedilatildeo das mensagens da miacutedia dos custos e das

facilidades a fim de maximizar suas atividades na aacuterea em que

eacute aplicadoraquo 157

A bibliotecaacuteria Sofia GALVAtildeO utilizando uma vez mais a pesquisa de Miribel

diz-nos que uma das grandes preocupaccedilotildees dos gestores da informaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao

mais tarde tambeacutem na conferecircncia de bibliotecaacuterios americanos Lutie Stearns introduziu no vocabulaacuterio

dos bibliotecaacuterios o termo advertising que traduzido simboliza publicidade 154

OTTONI Heloiacutesa Maria ndash Bases do marketing para unidades de informaccedilatildeo [on line] [Consultado a

20 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httprevistaibictbrindexphpciinfarticleviewPDFInterstitial433391 155

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637 156

WEINGAND Darlene E ndash Serviccedilos aos clientes um imperativo de marketing In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6p 34-35 157

Idem p34

64

marketing eacute tambeacutem a promoccedilatildeo mas voltada para a imagem158

Imagem enquanto

instituiccedilatildeo e imagem enquanto profissional159

De forma geral refere a autora brasileira a imagem que as unidades de

informaccedilatildeo transmitem eacute que estas entidades nem sempre criamprojectam para o

mercado-alvo o que o utilizador pretende ou necessita

Autores como Sophia KAANE Hilkka ORAVA e Ar ANDREWS defendem a

mesma ideia Vejamos

KAANE no Congresso da IFLA (Internacional Federation of Librarian

Associations and Institutions) em 2006 apresenta no seu trabalho o resultado de um

inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios onde uma das questotildees que se colocava era se a

utilizaccedilatildeo do marketing de referecircncia nos serviccedilos das bibliotecas modificaria a sua

imagem na comunidade Os resultados obtidos foram positivos a maioria dos

inquiridos 68 respondeu afirmativamente como se comprova no graacutefico a seguir

apresentado160

(figura nordm 16)

Figura nordm 16

Resultado do inqueacuteritoefectuado a bibliotecaacuterios

Fonte KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf

158

LAUNO citada por GALVAtildeO refere que a imagem resulta de uma relaccedilatildeo qualitativa que permite

fidelizar e atrair novos utilizadores Para KOTLER eacute laquo(hellip) um conjunto de crenccedilas ideias e impressotildees

que uma pessoa manteacutem em relaccedilatildeo a um objecto As atitudes e acccedilotildees de uma pessoa em relaccedilatildeo a um

objecto satildeo amplamente condicionadas pela imagem desse objectoraquo GALVAtildeO Sofia

Baptista Ob cit p85 159

Nas deacutecadas de 30 a 70 do seacuteculo XX como jaacute referimos foram escritas diversas obras e um conjunto

de artigos sobre as formas de divulgaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo dos seus serviccedilos que permitiram a divulgaccedilatildeo

dos produtosserviccedilos das bibliotecas 160

KAANE Sophia ndash Ob citp 6

65

Esta situaccedilatildeo segundo a mesma autora contrasta com o trabalho de Snoj e

Petermanec que afirmam que a aplicaccedilatildeo da filosofia do marketing nestas organizaccedilotildees

natildeo lucrativas soacute se aplica para quem se quer demarcar no negoacutecio competitivo Jaacute

Shamel considera beneacutefica a utilizaccedilatildeo do marketing como instrumento de mudanccedila de

imagem das bibliotecas como forma de melhorar o seu espoacutelio bibliograacutefico aumentar

o nuacutemero de utilizadores e de serviccedilos prestados educar os clientes e natildeo clientes

culminando tudo isto na mudanccedila da reputaccedilatildeo da biblioteca e dos seus teacutecnicos161

No caso especiacutefico dos arquivos eacute urgente aplicar os conceitos de marketing para

que a sociedade mude a imagem que tem destas instituiccedilotildees culturais Esta situaccedilatildeo estaacute

bem explicita no relatoacuterio final apresentado na Mesa Redonda de Arquivos realizada

em 1999 no Arquivo Nacional do Brasil quando conclui que

laquo[hellip] para o cidadatildeo em geral o termo arquivo ainda estaacute

associado a depoacutesito de papeacuteis velhos e sem utilidade praacutetica

Para que possamos romper com esta imagem faz-se necessaacuterio

o planejamento e o desenvolvimento de campanha de

marketing em miacutedia impressa falada e televisiva sobre a

importacircncia dos arquivos para a cidadania e para a identidade

nacional o que poderaacute abrir caminhos para a modernizaccedilatildeo e

melhoria das condiccedilotildees materiais e de recursos humanos natildeo soacute

das instituiccedilotildees arquiviacutesticas puacuteblicas como tambeacutem dos

serviccedilos de arquivos da administraccedilatildeo puacuteblicaraquo162

Ramoacuten ALBERCH apresenta no livro laquoArchivos y Cultura manual de

dinamizacioacutenraquo a mesma noccedilatildeo

laquoLa otra visoacuten no es en ninguacuten caso mas optimista los archivos

permanecen en el olvido en el marco de un desconocimiento

general sobre sus objetivos y funciones En este sentido cabe

sentildealar que el ciudadano pero tambieacuten una parte sustancial de

los gestores y poliacuteticos tienen grandes dificultades para

establecer por ejemplo una correlacioacuten positiva entre sus

necesidades de informacioacuten ndash de todo o tipo administrativa o

cultural ndash y la existencia de un servicio de archivos aacutegil y

eficazraquo163

161

KAANE Sophia ndash Ob citp6 162

AMARAL Sueli Angeacutelica - Relatoacuterio geral apresentado na sessatildeo solene de encerramento In

Congresso Internacional de Arquivos Bibliotecas Centros de documentaccedilatildeo e Museus Federaccedilatildeo

Brasileira de Associaccedilotildees de Bibliotecaacuterios Cientistas da Informaccedilatildeo e Instituiccedilotildees Satildeo Paulo 2006 163

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Ob cit p27

66

O mesmo eacute dito por Julio DIacuteAZ CERDAacute

laquoEl archivo es sin duda el maacutes desconocido y menos utilizado

de los servicios de informacioacuten La razoacuten de este desencuentro

hay que buscarlo principal-mente en la propia singularidad

complejidad y diversidad de su objeto de es-tudio los

documentos En tanto que se trata de informacioacuten no elaborado

es el resultado de una determinada actuacioacuten administrativa

pueden presentar problemas de comprensioacuten para quienes

esperan una agradable y sencilla lec-turaraquo164

Da nossa experiecircncia enquanto arquivista e responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo

e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira concluiacutemos como estes autores

que a noccedilatildeo que as pessoas tecircm de arquivo eacute de ser um local laquomortoraquo onde se guardam

papeacuteis velhos com interesse apenas para alguns investigadores e estudiosos

Daiacute Mireille MINIGGIO nos dizer que a promoccedilatildeo eacute a face mais visiacutevel dos

arquivos sobretudo atraveacutes da publicidade165

No que concerne agrave imagem dos profissionais de bibliotecas Ar ANDREW166

e

ORAVA167

afirmam que de forma geral a sociedade continua a ver os bibliotecaacuterios

como laquobichos-do-matoraquo com um ar cinzento e sisudo que mandam sempre calar os

seus leitores Para modificar esta noccedilatildeo torna-se pertinente que estes gestores saibam

distinguir identidade que resulta da laquomedida que uma organizaccedilatildeo toma para se

posicionar no mercadoraquo de imagem laquoeacute aquilo que o puacuteblico perceberaquo168

Torna-se

entatildeo necessaacuterio que o bibliotecaacuterio tenha uma visatildeo exacta do trabalho que desenvolve

dentro e fora do espaccedilo do seu serviccedilo

A imagem do arquivista necessita tambeacutem ser melhorada169

Diz-nos a arquivista

Fernanda RIBEIRO que os

164

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a de 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 165

MINIGGIO Mireille ndash Ob cit p39 166

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado a 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 167

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado el 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 168

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob citp315 169

Ao contraacuterio dos seus congeacuteneres das unidades da informaccedilatildeo que falaram pela primeira vez de

promoccedilatildeo em 1876 a arquiviacutestica soacute haacute cerca de trinta anos eacute que abordou pela primeira vez a questatildeo da

importacircncia das relaccedilotildees puacuteblicas nestes organismos Foi no 15ordm Congresso Internacional da Mesa

Redonda dos Arquivos realizado em Otava Atraveacutes de um questionaacuterio enviado a arquivos nacionais e

municipais de 41 paiacuteses tentou-se identificar trecircs aspectos acervo e funccedilotildees dos Arquivos recursos

67

laquo[hellip] arquivistas tradicionais ligados aos ldquoarquivos

histoacutericosrdquo continuavam na linha erudita e historicista

desenvolvendo uma actividade mais conotada com a cultura e o

patrimoacutenio do que com a dinacircmica da informaccedilatildeo por outro

porque os gestores de documentos nos contextos

organizacionais estavam muito marcados por uma visatildeo

administrativista e documental natildeo fazendo tambeacutem a

aproximaccedilatildeo com o mundo da informaccedilatildeoraquo170

Isto significa que haacute uma separaccedilatildeo entre os arquivistas e os restantes

profissionais da Ciecircncia da Informaccedilatildeo agravada pelo Conselho Internacional de

Arquivos em 1999 porque laquoeste organismo favoreceu um certo corporativismo entre

este grupo profissional unido em torno de questotildees teacutecnicas e de poliacuteticas de

conservaccedilatildeo do patrimoacutenio documentalraquo171

Numa primeira fase eacute indispensaacutevel que estes profissionais faccedilam as pazes com

os seus congeacuteneres porque todos trabalham para um fim comum preservar conservar

tratar comunicar e divulgar o patrimoacutenio documental contribuindo para a designada

educaccedilatildeo natildeo formal Apoacutes a mudanccedila desta imagem o arquivista deveraacute chegar mais

proacuteximo do seu cliente que normalmente os vecirc como algueacutem petulante e arrogante que

raramente laquoreconhece o valor do nosso contributo e do nosso conhecimentoraquo172

Natildeo nos podemos igualmente esquecer que o facto de nos inserirmos na

Sociedade de Informaccedilatildeo tambeacutem designada Era da Informaccedilatildeo da Sociedade

humanos e logiacutesticos existentes nuacutemero de visitantes e actividades culturais desenvolvidas como eacute o

caso das exposiccedilotildees actividades educativas e publicaccedilotildees como forma de cativar utilizadores A

conclusatildeo a que os seus organizadores chegaram eacute que o serviccedilo de Relaccedilotildees Puacuteblicas natildeo existe na

maior parte dos Arquivos inquiridos e os que afirmam a sua existecircncia afirmam-no como laquoacessoacuterio da

comunicaccedilatildeoraquo ou entatildeo como oacutergatildeo dependente de outros organismos oficiais que natildeo arquivos Isto

significa que os arquivistas ainda estatildeo na fase em que acreditam que a informaccedilatildeo existente vale por si

soacute e que por isso natildeo eacute necessaacuteria promoccedilatildeo para atrair e cativar novos utilizadores Actes de la

quinziegraveme conferereacutence internacionale de la Table Rondes decircs Archives Le archives et les relationes

publiques Conseil International decircs Archives Paris 1977

Tambeacutem enquanto na aacuterea da biblioteconomia se nota principalmente a partir da deacutecada de 90 do seacuteculo

XX um aumento substancial sobre a literatura relacionada com a aplicaccedilatildeo do marketing no caso da

arquiviacutestica a produccedilatildeo manteacutem-se completamente nula Veja-se Capiacutetulo II 211 A histoacuteria do

marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

As razotildees que talvez possam explicar essa lacuna poderatildeo estar relacionadas com a imagem do arquivo e

dos arquivistas bem como com a relutacircncia em aceitar o marketing nos seus serviccedilos 170

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 171

Idem 172

HENRIQUE Ceciacutelia ndash Construindo a nova administraccedilatildeo (reflexotildees de uma arquivista) [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwapbadptCadernosBADCaderno22006CHenriquesCBAD206pdf

68

Poacutes-industrial Sociedade do Conhecimento eou Sociedade Inteligente173

obriga agrave

alteraccedilatildeo do perfil deste profissional que deve abandonar a postura de laquoum guardador de

documentosraquo174

e assumir a de laquogestor de informaccedilatildeo em qualquer contexto orgacircnico

produtor de fluxo informacionalraquo175

Corroborando essa ideia Heloiacutesa Liberalli

BELLOTO afirma que

laquoBasta que os arquivistas reconheccedilam que o puacuteblico vai aleacutem

dos que vecircm ao recinto do arquivo sobretudo os historiadores e

perpassa por todos os componentes da comunidade mesmo

aqueles que nem sequer sabem o que seja o arquivo todo um

puacuteblico potencial a conquistar

Ademais eacute preciso dar mais transparecircncia ao arquivo e ao

arquivista fazer reconhecer o que satildeo e o que fazemraquo176

e estar preparados para laquoLa irrupciacuteon de nuevos suportes documentales y

principalmente las nuevas viacuteas telemaacuteticas de accesoraquo do seacuteculo XXI177

O mesmo repto

eacute descrito por Antoacutenio Maranhatildeo PEIXOTO sobre os Arquivos Municipais portugueses

quando diz

laquo[hellip] temos assistido agrave implementaccedilatildeo de tecnologias da

informaccedilatildeo ao serviccedilo da Administraccedilatildeo para que de uma

forma moderna satisfaccedila as necessidades do cidadatildeo Aleacutem de

parceria essencial no processo administrativo os Arquivos

Municipais como sistemas de informaccedilatildeo tecircm que assegurar de

173

laquoO Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo em Portugalraquo define a expressatildeo Sociedade da

Informaccedilatildeo como laquoum modo de desenvolvimento social e econoacutemico em que a aquisiccedilatildeo

armazenamento processamento valorizaccedilatildeo transmissatildeo distribuiccedilatildeo e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeo

conducente agrave criaccedilatildeo de conhecimento e satisfaccedilatildeo das necessidades dos cidadatildeos e das empresas

desempenha um papel central na actividade econoacutemica na criaccedilatildeo de riqueza na definiccedilatildeo da qualidade

de vida dos cidadatildeos e das suas praacuteticas culturaisraquo Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo [on

line] [Consultado a 20 de Jul de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwposcmctesptdocumentospdfLivroVerdepdf 174

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 175

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 176

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash Acervo Documental como patrimoacutenio histoacuterico cultural In Semana

dos 150 anos do Arquivo Puacuteblico do Estado do Paranaacute (1855-2005) Curitiba Paranaacute 4 a 7 de Abril de

2005 177

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf O mesmo eacute referido por Joseacute A

MOREIRO GONZAacuteLEZ nas IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten laquoNuevos perfiles profesionales y

formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de informacioacutenraquo MOREIRO GONZAacuteLEZ Joseacute

A ndash Nuevos perfiles profesionales y formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de

informacioacuten In Actas de las IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid

2007 [on line] [Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL httpwwwsedicesIX-

Jornadas_Jose-Antonio-Moreiropdf

69

maneira eficiente e eficaz a gestatildeo de todo um conjunto de

questotildees relacionadas com o tratamento acesso controle e

manuseamento bem como a pesquisa e difusatildeo da informaccedilatildeo

que abrangemraquo178

e contribuir

laquopara a agilizaccedilatildeo administrativa isto eacute na melhoria da

qualidade da informaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo dos tempos de

resposta ao cidadatildeo contribuindo na organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo

e do seu alcance nos serviccedilosraquo179

O caminho a seguir passa pela resposta do arquivista a estes novos desafios

pois como jaacute foi dito antes as empresas vencedoras satildeo aquelas que conseguem atender

agraves necessidades dos clientes em tempo uacutetil e conveniente com comunicaccedilatildeo efectiva180

Sem isto como afirma Joseacute Ramoacuten MUNDET acabamos por desaparecer e morrer181

Para atingir os objectivos de divulgaccedilatildeo dos nossos arquivos diz-nos ainda

BELLOTO haacute que compreender que laquoa interligaccedilatildeo entre arquivo e sociedade passa

pela relaccedilatildeo entre arquivos e governo arquivos e patrimoacutenio cultural pesquisa histoacuterica

e entre arquivos e cidadaniaraquo182

Perante esta ideia pode-se concluir que o

desenvolvimento das funccedilotildees culturais dos arquivos e a formaccedilatildeo de utilizadores183

ajudam a mudar a imagem e a marcar sua posiccedilatildeo no mercado como forma de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos puacuteblicos

Da siacutentese dos artigos apresentados nas Conferecircncias Anuais da IFLA184

e pela

Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios da Austraacutelia185

mas cujos resultados podem igualmente

ser aplicados a arquivos puacuteblicos resultam as seguintes propostasestrateacutegias a seguir

178

PEIXOTO Antoacutenio Maranhatildeo ndash Os arquivos municipais no dealbar do seacuteculo XXI In Actas do 9ordm

Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008]

Disponiacutevel URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM103pdf 179

Idem 180

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob cit p18 181

CRUZ MUNDET Joseacute Ramoacuten ndash Pasado y futuro de la profeacutesioacuten de archivero [on line] [Consultado

a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpeprintsrclisorg23561A12-02pdf 182

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash O arquivista na sociedade contemporacircnea [on line] [Consultado a

02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmariliaunespbrHomeExtensaoCEDHUMtexto01pdf 183

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 184

ASHCROFT Linda - Marketing strategies for visibility and indispensability In 73ordm Congresso da

IFLA 2007 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httparchiveiflaorgIVifla73papers115-Ashcroft-enpdf

ARAHOVA Antonia e KAPIDAKIS Sarantos - Marketing partnerships in Greece between libraries

archives and museums A new age has just started In 72 ordm Congresso da IFLA 2006 [on line]

70

a) conhecer de forma individual os leitores os quais devem ser atendidos com

simpatiaamabilidade prontidatildeo disponibilidade e cortesia Um cliente bem

atendido volta sempre mesmo quando os bens satildeo intangiacuteveis186

Mas isto natildeo eacute

suficiente pois como refere LEISNER por muito que os teacutecnicos sejam bons

profissionais se natildeo conseguirem corresponder agraves expectativas dos seus

utilizadores estes natildeo ficam satisfeitos187

Eacute necessaacuterio responder

antecipadamente agraves suas necessidades ou conhecer o produto desejado de forma

a prestar um serviccedilo que os distinga da concorrecircncia

b) aplicar o marketing como forma de promoccedilatildeo das unidades de informaccedilatildeo

para o exterior sem esquecer os colaboradores internos Eacute primordial criar

espiacuterito de equipa para que se possa satisfazer os clientes internos (teacutecnicos) e os

clientes externos (leitores)

c) envolver uma vez mais toda a equipa nas tomadas de decisotildees de forma a

tomarem consciecircncia do seu envolvimento no trabalho que desempenham dentro

e fora da instituiccedilatildeo

d) os profissionais da informaccedilatildeo natildeo devem recear demonstrar os seus

conhecimentos aos seus superiores e colaboradores porque o importante eacute fazer

trabalho com qualidade de forma a manter e aumentar o nuacutemero de utilizadores

e) com a popularizaccedilatildeo das TIC ndash Tecnologias da Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo ndash

o bibliotecaacuterio e o arquivista devem ajudar os seus clientes a atingir os seus

[Consultado a 04 de Octubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-

Arahova_Kapidakis-enpdf

CREMER Monika - The Image of Libraries in the Internet In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on line]

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JAAFAR Shahar Banun - Marketing Information Technology (IT)

Products and Services Through Libraries Malaysian Experiences In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on

line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla64126-

86ehtm 185

BUNDY Alan - The 21st century profession one mission one voice one future [on line]

[Consultado a 10 de Novembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaquem20somoshtm

CUMMINGS L - Virtual training for virtual clients [on line] [Consultado a 10 de Novembro de

2008]Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaclinets20virtuauishtm 186

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p35 187

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing In 61ordm Congresso da IFLA 1995 [on line]

[Consultado a04 de Octubro de 2008]] Disponible URL fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm

71

objectivos no trabalho de pesquisa Tambeacutem deveratildeo estar preparados para os

ajudar os seus clientes a pesquisar na Internet quando estes tecircm duacutevidas eou

quando natildeo sabem explorar as bases de dados ou utilizar os equipamentos

informaacuteticos Devem ainda estar a par das novas tecnologias para apostar na

digitalizaccedilatildeo dos documentos As vantagens satildeo enormes um maior nuacutemero de

clientes teraacute acesso agrave informaccedilatildeo

f) deveratildeo tambeacutem apostar na formaccedilatildeo de utilizadores de modo a dar a

conhecer melhor os serviccedilos de que dispotildeem

g) a imagem que os organismos tecircm na sociedade eacute construiacuteda pelos seus

colaboradores Haacute sempre que ajudar os clientes a saiacuterem satisfeitos mesmo que

os serviccedilos apresentados natildeo correspondam agraves suas demandas numa fase inicial

h) ter sempre um site188

actualizado dos seus serviccedilos e enviar regularmente

newsletters sobre novos serviccedilos que tecircm sido criados e promover todas as

iniciativas tomadas como mostras documentais e exposiccedilotildees e novas

publicaccedilotildees Criar tambeacutem notas de imprensa e enviar para a comunicaccedilatildeo social

local

i) se possiacutevel estabelecer boas relaccedilotildees com a comunicaccedilatildeo social para ser mais

faacutecil divulgar as actividades de extensatildeo cultural

j) o profissional de informaccedilatildeo deve estar atento a todas as mudanccedilas que se

passam na sua carreira devendo apostar na formaccedilatildeo contiacutenua

l) promover a carreira das Ciecircncias da Informaccedilatildeo atraveacutes de acccedilotildees de

sensibilizaccedilatildeo junto da comunidade juvenil e estudantil e populaccedilatildeo em geral

Um exemplo tambeacutem a ser explorado pelos arquivistas eacute o programa informaacutetico

desenvolvido pela IFLA o MatPromo em que MASSIgraveSSIMO e Jorge

FRANGANILLO no artigo laquoThe ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM Section

188

Sobre as vantagens da utilizaccedilatildeo da Internet como deve ser um site nas unidades de informaccedilatildeo a IFLA

indica algumas directrizes a serem seguidas Vide wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto No caso

portuguecircs a qualidade dos sites de organismos da administraccedilatildeo puacuteblica devem seguir a Resoluccedilatildeo do

Conselho de Ministros nordm 22 2001 de 27 de Fevereiro Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 49 2001 - I Seacuterie-B

72

Projectraquo partilham entre os gestores de informaccedilatildeo exemplos de boas praacuteticas de

promoccedilatildeo como marcadores cartazes logoacutetipos flyers e objectos de merchadising189

189

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e FRANGANILLO Jorge - The ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM

Section Project In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-

598-11753-4p383 Pode-se consultar igualmente um artigo idecircntico no endereccedilo

httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=1198758 intitulado laquoLa base de datos MatPromo una

ayuda de IFLA para la promocioacuten de las bibliotecasraquo

73

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS

Com o tiacutetulo laquoMarketing em Arquivos Puacuteblicosraquo vamos reflectir e teorizar sobre a

aplicaccedilatildeo do laquonegoacutecio da informaccedilatildeoraquo nos produtos e serviccedilos aiacute prestados

Inseridas na sociedade global a sobrevivecircncia destas instituiccedilotildees natildeo lucrativas

dependem do reconhecimento puacuteblico das suas funccedilotildees e da importacircncia dos seus

serviccedilos na comunidade em que se integram Estas devem ser encaradas como empresas

com clientes internos e clientes externos cujo objectivo principal eacute obter lucro na

prestaccedilatildeo dos serviccedilos qualitativo e natildeo quantitativo

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que tecircm os arquivos para oferecer aos utilizadoresclientesconsumidores que

satisfaccedila as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em Arquivos

Seraacute que o conceito de marketing se pode aplicar aos Arquivos Distritais

portugueses

Satildeo questotildees que vamos tentar responder neste capiacutetulo associando as respostas

numa primeira fase agrave triacuteade Arquivo-Documento-Informaccedilatildeo

De acordo com o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo o Arquivo pode ser

definido como

laquoConjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de prova

ou informaccedilatildeoraquo190

e como uma laquoInstituiccedilatildeo ou serviccedilo responsaacutevel pela aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo

organizaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos documentos de arquivoraquo 191

190

Arquivo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p7 191

Idem

74

Para a arquivista espanhola Heacuteredia HERRERA o arquivo eacute

laquoum ou mais conjunto de documentos seja qual for a sua data forma e

suporte material acumulados num processo natural por uma pessoa ou

instituiccedilatildeo puacuteblica e privada no decorrer da sua gestatildeo conservados

respeitando a sua ordem natural para servir como testemunho e

informaccedilatildeo para a pessoa ou instituiccedilatildeo que os produz para os cidadatildeos

ou para servir como fonte para a Histoacuteriaraquo192

Jaacute a laquoNorma Portuguesa 40412005raquo entende Arquivo como um

laquoconjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado ou no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de

prova ou informaccedilatildeoraquo193

A sua documentaccedilatildeo pode ser designada de tipo textual ndash informaccedilatildeo transmitida

pela escrita iconograacutefica ndash informaccedilatildeo laquoatraveacutes de imagens (a duas ou trecircs dimensotildees)

como desenho fotografia gravura maquete etcraquo electroacutenica audiovisual sonora e

virtual e de meta-informaccedilatildeo194

O documento de arquivo eacute laquoproduzido a fim de provar eou informar um

procedimento administrativo ou judicial Eacute a mais pequena unidade arquiviacutestica

indivisiacutevel do ponto de vista funcional Pode ser constituiacutedo por um ou mais

documentos simplesraquo195

O patrimoacutenio arquiviacutestico seraacute entatildeo constituiacutedo pelo conjunto laquodos arquivos com

interesse cultural relevante para a memoacuteria identidade e conhecimento de um paiacutes A

conservaccedilatildeo deste patrimoacutenio estaacute sujeita a disposiccedilotildees legais proacutepriasraquo196

Da anaacutelise das noccedilotildees apresentadas decorre que o principal produto da

arquiviacutestica eacute a Informaccedilatildeo que pode ser definida como laquoelemento referencial noccedilatildeo

ideacuteia ou mensagem contida num documentoraquo197

eou eacute um

192

HEREDIA Herrera Antoacutenia ndash Archiviacutestica General Teoria y Practica Camas Sevilha 1995 ISBN

978-84-505-4784-9 p59 193

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos baacutesicos IPQ

Lisboa p 5 194

Idem P7 195

Informaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndashOb cit p38 196

Idem p21 197

Informaccedilatildeo Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro de

2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

75

laquoconjunto estruturado de representaccedilotildees mentais codificadas (siacutembolos

significantes) socialmente contextualizadas e passiacuteveis de serem

registadas num qualquer suporte material (papel filme banda

magneacutetica disco compacto etc) e portanto comunicadas de forma

assiacutencrona e multi-direccionadaraquo198

Esta uacuteltima ideia eacute a que mais se identifica com o arquivista que tem nos

documentos a base do seu trabalho199

e enquadra-se na definiccedilatildeo de marketing da

informaccedilatildeo referida por AMARAL

laquoMarketing da informaccedilatildeo eacute o processo gerencial de todo o tipo de

informaccedilatildeo (tecnoloacutegica cientiacutefica comunitaacuteria utilitaacuteria arquiviacutestica

organizacional ou para negoacutecios) em uma organizaccedilatildeo um sistema um

produto ou um serviccedilo sob a oacutetica de marketing para alcanccedilar a

satisfaccedilatildeo dos diversos puacuteblicos da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo quando satildeo utilizadas teacutecnicas na realizaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo das

trocas de valores beneficiando todos os elementos que interagem na

troca para garantir a sobrevivecircncia da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo no seu mercado de negoacutecioraquo 200

Partindo destas premissas verificamos que os arquivos tal como as bibliotecas e

os centros de documentaccedilatildeo estatildeo envolvidos no processo de marketing de informaccedilatildeo

e envolvem quer capital humano quer produtos tangiacuteveis e intangiacuteveis imperativos

necessaacuterios para marcar a diferenccedila no mercado e cujo objectivo uacuteltimo satildeo as

relaccedilotildees de troca e satisfaccedilatildeo final dos seus utilizadores internos e externos Haacute tambeacutem

que saber mantecirc-los pois como todos jaacute ouvimos falar eacute mais barato manter um cliente

do que conquistar um novo

Isto pressupotildee uma anaacutelise do mercado que KOTLER em 1978 define como

laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que tecircm recursos que querem trocar ou

que poderatildeo concebivelmente trocar por benefiacutecios distintosraquo201

O mesmo autor

198

RIBEIRO Fernanda ndash A informaccedilatildeo nos arquivos A gestatildeo dos meios de acesso e pesquisa In

Comunicaccedilotildees de Bibliotecas Multiculturismo 5ordm Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e

Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas Lisboa 1994 p 72 199

Embora natildeo seja nosso propoacutesito desenvolver este aspecto gostariacuteamos de realccedilar que a informaccedilatildeo eacute

um elemento coadjuvante na tomada de decisotildees do ser humano e o estudo da documentaccedilatildeo existente

nos arquivos pode tornar-se elemento decisivo em questotildees poliacuteticas como refere o artigo laquoLa gestion des

archives et des documents au service des deacutecideurs une eacutetude RAMPraquo publicado pela UNESCO em

1985 200

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p21 201

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p33

76

define puacuteblico como sendo laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que

possuem um interesse real ou potencial e ouum impacto sobre uma organizaccedilatildeoraquo202

A junccedilatildeo dos conceitos supracitados bem como as noccedilotildees

arquivo-documento-informaccedilatildeo leva-nos a tentar identificar o mercado-alvo dos

arquivos

Nesse sentido importa analisar o mercado interno e o mercado externo onde os

arquivos puacuteblicos actuam

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos

411 Mercado Interno

A anaacutelise do mercado interno permite determinar quais satildeo os recursos de que as

instituiccedilotildees dispotildeem as suas fraquezas eou limitaccedilotildees que lhes permita estabelecer

metas etapas na sua missatildeo visatildeo e valores Verifica-se tambeacutem que as empresas aleacutem

de se centrarem no cliente comeccedilam a dar maior importacircncia aos recursos humanos

departamento da logiacutestica (equipamentos instalaccedilotildees maacutequinas e moacuteveis) recursos

financeiros e materiais e sistemas administrativos e gerecircncias (disciplinas e normas de

produccedilatildeo)203

como forma de ajudar as empresas a atingirem as suas metas de trabalho

Agrave comunicaccedilatildeo interna das organizaccedilotildees Saul BEKIN daacute o nome de

endomarketing204

Isto significa que a transposiccedilatildeo deste sistema para as Ciecircncias de

Informaccedilatildeo envolve todos os colaboradores da instituiccedilatildeo designados de clientes

internos para uma visatildeo comum sobre a instituiccedilatildeo bem como as metas resultados

produtos serviccedilos e objectivos a atingir laquoO processo de comunicaccedilatildeo da informaccedilatildeo de

uma empresa eacute algo que deve ser trabalhado em todos os seus setores tanto no sentido

horizontal quanto no verticalraquo205

isto eacute incentivar o diaacutelogo entre os teacutecnicos de niacutevel

superior (os gestores) e os funcionaacuterios que estatildeo mais abaixo (os executores) Assim

se num Arquivo se conseguir a participaccedilatildeo efectiva de toda a equipa interna ndash desde os

gestores de topo como directores chefes de divisatildeo e outros colaboradores como

202

VAZ Gil Nuno ndash Marketing institucional O mercado de ideias e imagens Editora Pioneira Satildeo

Paulo 2000 p76 203

VAZ Gil Nuno ndash Ob Cit 204

O termo endomarketing eacute uma expressatildeo brasileira referida pela primeira vez em 1995 por Saul Bekin

no livro laquoConversando sobre endomarketingraquo 205

CAMPOS Seacutergio Emiacutedio de Azevedo GAMA LAENE Pedro [et al] ndash Gestatildeo da comunicaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para clientes de organizaccedilotildees hospitalares In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na

Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p208

77

teacutecnicos de arquivo teacutecnicos de informaacutetica teacutecnicos de microfilmagem

conservadores restauradores administrativos bem como dos mecenas patronos e

voluntaacuterios206

desde o iniacutecio do processo de instalaccedilatildeo ou mudanccedila de serviccedilos a

planificaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de futuras actividades seraacute mais faacutecil no mercado Por

sua vez este processo obriga a que o funcionaacuterio demonstre ser

laquoCriativo Busca desafios novas estrateacutegias para chamar atenccedilatildeo

Destemido Ser corajosoacreditar no que fazvestir a camisa

Honesto Prometer as coisas e cumpri -las

Humano O produto eacute a empresa cada departamento vende seu produto

a outros departamentos todos devem saber as necessidades de cada um

Integrado Visa o bom relacionamento entre as aacutereas

Poliacutetico Saber dar e receber concessotildees

Realista Busca a realidadetrabalha em cima da verdaderaquo207

A aplicaccedilatildeo dos designados 5Cs de BRUM - laquoos princiacutepios criativosraquo208 para

responder de forma eficiente agraves solicitaccedilotildees satildeo igualmente pedidos

laquoCapacidade mostrando a importacircncia do preparo teacutecnico da

formaccedilatildeo do aperfeiccediloamento independente de cargo ou funccedilatildeo

Atraveacutes desse princiacutepio poderaacute ser evidenciada a preferecircncia da atual

gestatildeo por pessoas capacitadas

Competecircncia evidenciada em dois sentidos na importacircncia de fazer

bem feito (sou competente) e de assumir responsabilidades (eacute da minha

competecircncia)

Coragem de enfrentar os desafios e correr riscos necessaacuterios para o

desenvolvimento de um determinado projeto ou tarefa Mostrar que o

sucesso estaacute diretamente ligado agrave capacidade da pessoa correr riscos

Criatividade para encontrar soluccedilotildees saiacutedas e alternativas para as mais

diversas questotildees internas e externas da empresa Desmistificar a

criatividade mostrando que todos podem encontrar novas formas de

como fazer

Coraccedilatildeo ressaltando a importacircncia de as pessoas envolverem-se

verdadeiramente com aquilo que fazem com a empresa na qual

trabalham e com os colegas com os quais convivem Este princiacutepio

serve para mostrar tambeacutem o envolvimento da empresa com a nova

gestatildeoraquo

Da nossa experiecircncia satildeo vaacuterias as metodologias que os arquivos puacuteblicos

podem e devem adoptar das organizaccedilotildees lucrativas para melhorar o seu funcionamento

interno

206

Os mecenas patrocinadores e voluntaacuterios embora sejam um segmento externo acabam por exercer

uma forte pressatildeo interna no funcionamento dos diferentes organismos Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit

p91-92 Na realidade face agrave actual conjuntura econoacutemica a sobrevivecircncia e o bem-estar dos Arquivos

Puacuteblicos passa quanto a noacutes por estabelecer por estabelecer parcerias com estes consumidores internos 207

PARDINI Maria Aparecida - Marketing interno fator gerador da satisfaccedilatildeo do cliente externo [on

line] [Consultado a 05 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwufpebrsnbudocs88apdf 208

Idem

78

Para os funcionaacuterios que jaacute trabalham na instituiccedilatildeo se sentirem integrados

propotildee-se a elaboraccedilatildeo de planos anuais de actividades para o ano corrente

especificando os objectivos estrateacutegicos do arquivo os objectivos operacionais os

indicadores de desempenho os planos de acccedilatildeo os responsaacuteveis pela sua execuccedilatildeo os

prazos de execuccedilatildeo o controlo de execuccedilatildeo do plano a data da conclusatildeo e a indicaccedilatildeo

se a acccedilatildeo foi ou natildeo eficaz Para que este trabalho seja mantido actualizado e em

constante melhoria propotildee-se ainda a realizaccedilatildeo de reuniotildees mensais com a equipa

responsaacutevel pelos projectos

Outra forma dos funcionaacuterios dos arquivos receberem informaccedilotildees sempre

actualizadas e pertinentes sobre os serviccedilos eacute a criaccedilatildeo da Intranet209

Isto implica uma

nova cultura organizacional que promove uma maior interacccedilatildeo entre os diversos

departamentos passam a interagir mais entre si permite aceder a informaccedilotildees

actualizadas e saber o que se passa a niacutevel interno em termos de decisotildees aleacutem de

diminuir o fluxo do papel A Intranet promove igualmente a uniatildeo dos colaboradores

que passam a trabalhar mais proacuteximo e para um objectivo comum o sucesso e a

economia da empresa Salientamos ainda que o seu manuseamento deveraacute respeitar as

normas de acessibilidade e usabilidade ndash designado pelos informaacuteticos de W3c ndash sendo

conveniente um visual da paacutegina da Intranet apelativo e se possiacutevel que esteja de

acordo com o site do organismo

Para os novos colaboradores o laquoManual de Acolhimentoraquo eacute o instrumento de

trabalho ideal para integrar um novo teacutecnico que inicie o seu serviccedilo

Deste manual poderatildeo constar os seguintes pontos

a) nota introdutoacuteria da direcccedilatildeo a dar as boas vindas ao novo

colaborador

b) para que serve o manual de acolhimento

objectivos

puacuteblico-alvo

209

Veja-se as etapas de aplicaccedilatildeo da Intranet na Cacircmara Municipal de Madrid descrita por Esperanza

Garcia Paso Goacutemez PASO GOacuteMEZ Esperanza Garciacutea de ndash La definicioacuten de un modelo estrateacutegico de

desarrollo para intranets corporativas en grandes organizaciones El caso del Ayuntamiento de Madrid In

Actas de las VIII Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid 2006 [on line]

[Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL

httpeprintsrclisorg78941Sesion_2_comunicacion_1_Garciapdf

79

c) o que se faz no Acolhimento e Integraccedilatildeo de Novos colaboradores

(depende de cada serviccedilo)

d) apresentaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

missatildeo

visatildeo

valores

poliacutetica da qualidade (se o serviccedilo tiver)

e) serviccedilos e competecircncias que lhes satildeo atribuiacutedas

f) apresentaccedilatildeo de todos os colaboradores

seus contactos internos e endereccedilo electroacutenico do serviccedilo

g) natureza juriacutedica do Arquivo

h) subordinaccedilatildeo administrativa

i) normas e procedimentos do serviccedilo

horaacuterio de trabalho

legislaccedilatildeo pessoal

recursos informaacuteticos

j) informaccedilotildees gerais

planta do edifiacutecio

correspondecircncia recebida e expedida (percurso da mesma e

indicar se pode natildeo haver correio particular por exemplo)

infra-estruturas

contactos

transportes puacuteblicos urbanos

feriados nacionais e regionais

Conveacutem realccedilar que esta ferramenta natildeo eacute fechada sobre si isto eacute deve estar em

permanente actualizaccedilatildeo face agraves mudanccedilas internas reflectindo a dinacircmica do serviccedilo o

espiacuterito e a missatildeo do organismo

80

Paralelamente a boa integraccedilatildeo do colaborador passaraacute pela apresentaccedilatildeo a

todos os colegas sem excepccedilatildeo porque assim toda a equipa sabe quem eacute quem e quais

seratildeo as suas funccedilotildees

Outro aspecto a ter em consideraccedilatildeo eacute o das infra-estruturas muitas das vezes

consideradas sinoacutenimas de bem-estar dos funcionaacuterios210

edifiacutecio adequado com boas

acessibilidades mobiliaacuterio confortaacutevel bons gabinetes teacutecnicos bons equipamentos e

bons recursos materiais Estes aspectos satildeo igualmente condicionantes para motivar os

funcionaacuterios aumentando a produtividade tanto quantitativa como qualitativa do

trabalho

Toda esta gestatildeo organizacional eacute feita a pensar de dentro para fora dos

Arquivos para laquobem servirraquo211

o cliente externo como vamos ver a seguir

412 Mercado Externo

O mercado externo estaacute directamente relacionado com o micro-ambiente e com

o macro-ambiente

O meio envolvente do microndashambiente das empresas relaciona-se com os

fornecedores distribuidores e concorrentes da empresa

Os fornecedores dos arquivos satildeo no nosso entender classificados de duas

formas

- fornecedores de bens culturais como fundos documentais provenientes

de organismos puacuteblicos e privados dependendo da missatildeo de cada um

- fornecedores de bens para o bom funcionamento do arquivo tais como

contratos de assistecircncia teacutecnica ou actualizaccedilatildeo de aplicaccedilotildees

informaacuteticas com as respectivas renovaccedilotildees e material necessaacuterio para o

quotidiano como esferograacuteficas laacutepis agrafadores resmas de papel etc

Os distribuidores satildeo todos os colaboradores dos arquivos que ajudam os leitores

a acederem agrave documentaccedilatildeo quer seja atraveacutes da criaccedilatildeo de portarias de avaliaccedilatildeo

210

Propomos como complemento destas ideias a leitura do artigo publicado no jornal laquoPuacuteblicoraquo em 2007

intitulado laquoOs segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuteriosraquo SANTOS Nuno Ferreira

ndash Os segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuterios In Puacuteblico Lisboa 9 de Marccedilo de

2007 p18-19 211

BEKIN Saul Faingus ndash Conversando sobre endomarketing Editora MaKron Satildeo Paulo 1995 ISBN

8534603405 p5-7

81

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa autos de

eliminaccedilatildeo roteiros topograacuteficos instrumentos de descriccedilatildeo documental (guias

inventaacuterios cataacutelogos registos e iacutendices) seja atraveacutes de mostras e exposiccedilotildees

documentais eou atraveacutes de actividades educativas Dentro deste grupo acrescentamos

a comunicaccedilatildeo social ndash que daacute a conhecer o trabalho efectuado nestes serviccedilos a

associaccedilatildeo dos amigos dos arquivos os mecenas os patronos e os voluntaacuterios212

Identificar os concorrentes permite a estes organismos criar estrateacutegias de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos consumidores uma vez que satildeo a essecircncia destes

serviccedilos213

Isto eacute ao identificarem o meio envolvente onde se inserem saberatildeo indicar

se outras instituiccedilotildees como bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e museus respondem

agraves necessidades dos clientes ou entatildeo se existem espaccedilos de Internet que o puacuteblico

considere ser a forma mais faacutecil de adquirir informaccedilatildeo Estamos perante a anaacutelise

SWOT cujo acroacutenimo significa forccedilas (Strengths) fraquezas (Weaknesses)

oportunidades (Opportunities) e Ameaccedilas (Threats) como explicaremos mais agrave frente

O macro-ambiente relaciona-se com factores econoacutemicos sociais educacionais

tecnoloacutegicos legais e culturais elementos decisores do comportamento dos

consumidores Philip KOTLER e Kevin KELLER utilizam as teorias das motivaccedilotildees

humanas de Abraham Maslow para explicarem as necessidades do consumidor numa

hierarquia de importacircncia fisioloacutegica seguranccedila social estima e auto-realizaccedilatildeo

Todas estas necessidades podem ocorrer de forma alternativa dependendo de cada caso

Mediante o exposto os autores supracitados esquematizam as necessidades humanas

nos serviccedilos da seguinte forma (figura nordm 17)

Figura nordm 17

Piracircmide de Maslow

Fonte KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash

Administraccedilatildeo de marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo 2006ISBN 85-7605-001-3p184

212

No ponto 434 Promoccedilatildeo (Comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o produto

serviccedilo definiremos cada um destes distribuidores 213

ROUSSEAU Jean-Yves ndash Ob cit p34

82

Ao conjugar-se as funccedilotildees internas com as funccedilotildees externas que influenciam as

escolhas individuais do clienteconsumidorutilizador a transposiccedilatildeo do marketing para

os arquivos puacuteblicos reforccedila a vantagem competitiva e vital para a sua sobrevivecircncia

num mercado cada vez mais complexo

Para tal o arquivista deveraacute criar metodologias que permitam fidelizar e captar

novos clientes pois como afirma Darlene WEINGAND o cliente deixa de ser laquouma

entidade homogeacutenearaquo para passar a ser uma laquocolecccedilatildeo de indiviacuteduosraquo214

BANDING

citado pela mesma autora acrescenta que

laquoEacute importante imprimir sem rosto tanto na equipe de biblioteca quanto

na do planejamento a ideia de que todos satildeo indiviacuteduos guiados por

motivos semelhantes no desejo de sucesso nos seus empregos desejo e

seguranccedila aos seus proacuteprios para suas famiacutelias e para eles proacuteprios

desejo de reconhecimento seguranccedila ou autopreservaccedilatildeoraquo215

E Elizabeh SMITH afirma tambeacutem que

laquoIt is vital that we understand and use them alongside other new skills

in electronic records management and digital preservation in order to

assure the future standing reputation and viability of the archival

profession and the long-term survival of the archives in our careraquo216

Assim os arquivos com orientaccedilatildeo de marketing deveratildeo centrar-se na

satisfaccedilatildeo e desejos de seus consumidores atraveacutes de programas e serviccedilos apropriados

e competitivamente viaacuteveis Daiacute SMITH217

aconselhar o uso das teacutecnicas de anaacutelise dos

consumidores nos estudos dos clientes externos das unidades de informaccedilatildeo como uma

das formas mais eficazes e notoacuterias para que os profissionais se apercebam das

vantagens da inovaccedilatildeo do seu meacutetodo de trabalho Soacute assim como tambeacutem defende

AMARAL se entende laquocomo e porquecirc os consumidores escolhem engajam-se

contratam mantecircm comissionam comprometem-se com a prestaccedilatildeo de um serviccedilo

compram pagam ou tomam decisotildeesraquo218

214

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p 37 215

Idem 216

SMITH Elizabeth - Customer Focus and Marketing in Archive Service Delivery theory and practice

In Journal of Society of Archivists Vol 24 n ordm1 2003 p35 217

Idem p38 218

AMARAL Sueli Angeacutelica - Anaacutelise do consumidor brasileiro do setor de informaccedilatildeo aspectos

culturais sociais psicoloacutegicos e poliacuteticos [on line][Consultado a 08 de Janeiro de 2009] Disponiacutevel

URL httpwwweciufmgbrpcionlineindexphppciarticleview641429

83

E qual o melhor siacutetio para se proceder a este estudo Todos os serviccedilos que

impliquem contacto directo com o puacuteblico como os serviccedilos de incorporaccedilotildees e de

aquisiccedilotildees de fundos documentais os serviccedilos de referecircncia os serviccedilos de apoio

teacutecnico prestado a entidades externas os serviccedilos educativos e de extensatildeo cultural os

serviccedilos administrativos e o site Para tal poder-se-aacute apresentar inqueacuteritos que permitam

identificar o mercado-alvo e as suas expectativas e avaliar o grau de satisfaccedilatildeo com os

serviccedilos prestadosprodutos como forma de implementar melhorias contiacutenuas nos

serviccedilos219

Conhecer o meio envolvente eacute tambeacutem de extrema importacircncia para os arquivos

que tecircm a funccedilatildeo de recolha de documentaccedilatildeo Muitas das vezes soacute com a aplicaccedilatildeo

deste instrumento eacute que os profissionais de informaccedilatildeo se apercebem do acervo

documental de caraacutecter puacuteblico e privado existente na sua aacuterea de actuaccedilatildeo

Nesta perspectiva apresentamos a seguir os seus principais utilizadores

baseados na leitura de artigos de arquivistas espanhoacuteis franceses ingleses portugueses

e brasileiros220

(figura nordm 18)

Autores

Identificaccedilatildeo dos clientes

Administrativos

Investigadores

cientiacuteficos

Estudiantes

Universitarios

Ciudadanos

en general

Poblacioacuten

estudiantil

Antoni Tarreacutes ∆ ∆ ∆ ∆

219

No resultado do inqueacuterito aos utilizadores no Arquivo Nacional de Inglaterra realizado em 1990

SMITH afirma que as propostas sugeridas como o alargamento do horaacuterio de serviccedilo novas colecccedilotildees e

fundos documentais novos IDDs em suporte de papel e electroacutenico enciclopeacutedias de referecircncia bem

como um serviccedilo educativo mais activo e actividades culturais foram concretizadas E como resultado

destas acccedilotildees o nuacutemero de clientes aumentou SMITH Elizabeth- Ob Cit p40-49 220

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Les usagers decircs archives municipales In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p75-78 CERDAacute DIacuteAZ Juacutelio Los espacios de la memoria Claves para aprender desde el archivo

In Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultadoa 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf ERMISSE Geacuterard ndash Lacuteeacutetude sur

les publics decircs Archives de France In Proceedings of the XXXVIth Conference of the Round Table on

Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash 1895 p 67-73 OLIVEIRA Maria Izabel ndash

Les Archives Nacionales du Breacutesil une instituition au service de la citoyenneteacute In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p 165-170 PENTEADO Pedro ndash Serviccedilo de Referecircncia em Arquivos Definitivos Alguns aspectos

teoacutericos In Cadernos Bad Lisboa 1995 p19-41 RODRIGUEZ Julia ndash El Archivo Municipal de

Alcobendas y la funcioacuten Cultural experiencias y problemas In Archivos Ciudadanos y Cultura Textos

de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999 Vol ISBN 84-920905-7-X p 79-87 TARREgraveS

ROSELL Antoni ndash Ob cit p138 SMITH Elizabeth Ob cit p 34-52 YEO Geofry ndash Undersanting

Users and Use la market segmentation aproach In Journal of the Society of Archives Vol 26 nordm 1

Abril de 2005 p25-53

84

Rosell

Elizabeth

Smith

∆ ∆ ∆ ∆

Felicidad

Lorente

∆ ∆ ∆

Geoffrey

Lecturer Yeo

∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Geacuterard

Ermisse

∆ ∆ ∆ ∆

Julia

Rodriacuteguez ∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Juacutelio Cerdaacute

Diacuteas ∆ ∆ ∆ ∆

Maria Izabel

Oliveira

∆ ∆ ∆ ∆

Pedro

Penteado

∆ ∆

Ramoacuten Alberh

I Fugueras

∆ ∆ ∆ ∆

Figura nordm 18

Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

Atraveacutes do quadro conclui-se que os utilizadores dos arquivos puacuteblicos se

dividem em cinco grupos

a) laquoclieacutentele scientifiqueraquo e o laquoclieacutentele decircs geacuteneacutealogistesraquo221

- englobam os

investigadores cientiacuteficos ndash os laquoinvestigadores professionalesraquo222

os

socioacutelogos historiadores e os genealogistas Geacuterard ERMISSE no artigo

laquoLacuteeacutetude sur les publics des Archives de Franceraquo vai mais longe ao

identificar o sexo que predomina na investigaccedilatildeo o masculino - cerca de 209

consumidores - contra 191 leitores do sexo feminino SMITH identifica os

documentos mais consultados no Arquivo Nacional de Londres a Magna

221

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70-71 222

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro

de 2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf

85

b) Carta e o Domesday Book documentaccedilatildeo relacionada com a histoacuteria da

famiacutelia ou simplesmente consultar documentaccedilatildeo por lazer (os curiosos)223

c) o item de estudantes universitaacuterios aleacutem de incluir os proacuteprios estudantes

que efectuam trabalhos acadeacutemicos engloba os mestrandos e os

doutorandos

d) a populaccedilatildeo em geral - laquociudadanos sin formacioacuten cientiacuteficaraquo224

ou

laquoclieacutentele citoyeneraquo225

- diz respeito a toda a sociedade que consulta a

documentaccedilatildeo por motivos juriacutedicos ou administrativos com caraacutecter

pontual Recorrendo uma vez mais ao exemplo francecircs ERMISSE identifica

dentro deste grupo agricultores empregados por conta de outreacutem

trabalhadores e profissionais liberais226

e) a populaccedilatildeo estudantil varia entre o puacuteblico do ensino primaacuterio e do

secundaacuterio que frequentam o Arquivo a partir de actividades do Serviccedilo

Educativo

f) por uacuteltimo identificamos os administrativos Julia RODRIGUEZ designa

este grupo como laquousuarios naturalesraquo227

porque fazem parte dos produtores

da proacutepria documentaccedilatildeo e como tal no exerciacutecio das suas funccedilotildees

laquonecessitam datos informaciacuteon antecedentes hellip para resolver cualquiera

assuntoraquo228

Estes clientes fazem parte dos chamados Arquivos Municipais

que Ramoacuten ALBERCH identifica no artigo laquoLes usagers des Archives

Municipalesraquo229

Pelo exposto podemos ainda afirmar que os grupos apresentados satildeo os

chamados utilizadores tradicionais de arquivo prendendo-se esta realidade com a visatildeo

distorcida que normalmente as pessoas tecircm sobre estes organismos e que jaacute abordamos

223

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 45-47 224

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Ob cit 225

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70 226

Idem p68 227

RODRIGUEZ Julia ndash Ob cit p81 228

Idem 229

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit

86

no Capiacutetulo III Satildeo excepccedilatildeo os novos consumidores que comeccedilam a surgir neste meio

cativados pelas actividades do Serviccedilo Educativo

A partir da nossa experiecircncia podemos ainda identificar os utilizadores dos

arquivos puacuteblicos de acordo com as trecircs idades do arquivo (figura nordm 19)

Idade do

Arquivo

Identificaccedilatildeo dos

Utilizadores

Sua Descriccedilatildeo

Arquivo

Corrente

(fase activa)

Utilizadores internos Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos

Arquivo

Intermeacutedio

(fase

semi-inactiva)

Utilizadores internos

e utilizador externos -

(investigadores)

Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos juriacutedicos e de

investigaccedilatildeo

Arquivo

Definitivo

(fase inactiva)

Utilizador externo -

Investigador

Especializado

Utilizador com formaccedilatildeo superior que

normalmente conhece bem a missatildeo e os fundos dos

arquivos e sabe utilizar os Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs)

Utilizador externo -

Estudante

Universitaacuterio

Utilizador que usufrui do arquivo para elaboraccedilatildeo

de trabalhos acadeacutemicos A maior parte das vezes eacute

estudante da aacuterea das Ciecircncias Sociais (Histoacuteria

Liacutenguas Antropologia Arqueologia por exemplo)

Utilizador externo -

Curioso ou

populaccedilatildeo em geral

Utilizador dos seus serviccedilos e produtos

esporadicamente sem grande noccedilatildeo do trabalho

realizado por organismos deste tipo Constituem a

maior parte dos seus visitantes

Figura nordm 19

Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo (arquivo corrente intermeacutedio

e definitivo)

Fonte Sofia Santos

Quanto aos motivos de pesquisa no serviccedilo de referecircncia ERMISSE230

refere

que estatildeo relacionados com questotildees pessoais actividade profissional estudo da

genealogia e histoacuteria da famiacutelia preparaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos e teses Outros

motivos relacionam-se com questotildees comerciais juriacutedicas e administrativas

230

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p71-72

87

principalmente no caso de arquivos municipais como referem FUGUEgraveRAS231

SMITH232

43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes o composto de mix eacute constituiacutedo pelo produto

praccedila (distribuiccedilatildeo) preccedilo e promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) A questatildeo que se coloca eacute como

esta vertente do marketing se aplica nos arquivos puacuteblicos Como complemento deste

ponto apresentamos o resultado de um inqueacuterito efectuado aos Arquivos Distritais

Portugueses Refira-se que dos dezasseis arquivos distritais portugueses existentes

apenas 10 responderam ao nosso pedido Respondeu ainda a Biblioteca Puacuteblica e

Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo que utilizamos para conhecer uma outra

realidade insular

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e

estatildeo dispostos a adquirir

Tendo em consideraccedilatildeo as especificidades dos Arquivos e partindo do

pressuposto que a sua funccedilatildeo primordial eacute recolher conservar tratar e difundir a

documentaccedilatildeo um dos seus principais produtos satildeo os fundos documentais

considerados laquola materia prima que en este caso son los documentos generados proacute la

organizacioacuten y procesados por los archiveros bajo las teacutecnicas archiviacutesticasraquo233

Da sua organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo resultam os chamados Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs) Para o arquivista espanhol Joaacuten BOADAS I RASET o

seu uso eacute bastante limitado pois a sua consulta eacute circunscrita agrave sala de leitura234

laquoConsequentemente el impacto de estos instrumentos sobre el conjunto de la poblacioacuten

al que pretendidamente van dirigidos es muy reducido y escasamente eficazraquo235

Aos

poucos esta ideia deveraacute desaparecer Com recurso agraves novas tecnologias poder-se-aacute

231

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit p78 232

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 233

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p9 234

Idem p8 235

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p8

88

inserir os IDDs no site do Arquivo e permitir a sua consulta em formato electroacutenico na

sala de leitura e no siacutetio do organismo

Ao facilitar e orientar o acesso agrave informaccedilatildeo (atraveacutes de colecccedilotildees de referecircncia

como enciclopeacutedias e dicionaacuterios bibliografia relacionada com a histoacuteria dos seus

fundos documentais cataacutelogos em fichas das monografias da biblioteca roteiros

topograacuteficos e bases de dados) e comunicar a forma da sua acessibilidade os

arquivistas estatildeo a servir o utilizador e a rentabilizar ao maacuteximo o seu acervo

documental atraveacutes do Serviccedilo de Referecircncia Mas como afirma Pedro PENTEADO

laquoo bom funcionamento de um serviccedilo de referecircncia natildeo depende apenas da aceitaccedilatildeo

destes pressupostosraquo236

Haacute ainda que ter a capacidade de resposta imediata e rigorosa e

de planificar

laquoo seu acircmbito e atribuiccedilotildees os recursos humanos financeiros e

tecnoloacutegicos (hellip) localizaccedilatildeo do serviccedilo e as condiccedilotildees ambientais que

devem ser ali criadas de forma a permitir uma boa interacccedilatildeo

arquivista-utilizador-documentaccedilatildeoraquo237

Tambeacutem como demonstra KAEENE238

a relaccedilatildeo entre os profissionais de

informaccedilatildeo e os recursos disponibilizados satildeo essenciais para manter e atrair novos

leitores O contacto directo com estes permite identificar de forma mais completa e

exacta as suas necessidades de informaccedilatildeo sendo fulcral a aplicaccedilatildeo de inqueacuteritos para

elaborar estrateacutegias de marketing como jaacute referimos

A elaboraccedilatildeo de manuais de arquivo ndash na qual se inclui o circuito de entradas

recepccedilatildeo de correspondecircncia confidencial ou restrita circuito de saiacutedas registo de

documentos internos plano de classificaccedilatildeo e instruccedilotildees de arquivo de documentos

pareceres teacutecnicos tabelas de selecccedilatildeo de documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo

acumulada constitui outro serviccedilo resultante da arquiviacutestica239

Outros produtos fornecidos agrave sociedade satildeo as certidotildees transcriccedilotildees

paleograacuteficas serviccedilos de restauro e de aluguer de espaccedilos como auditoacuterios e sala de

formaccedilotildees

236

PENTEADO Pedro ndash Ob citp 21 237

I dem 238

KAENNE Sophie ndash Ob cit 239

Em Portugal os uacutenicos arquivos que podem emitir pareceres teacutecnicos elaborar tabelas de selecccedilatildeo de

documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo acumulada eacute a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos oacutergatildeo detentor da

poliacutetica arquiviacutestica nacional o Arquivo Regional da Madeira da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira e a

Biblioteca Puacuteblica e Arquivo regional de Angra do Heroiacutesmo na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

89

Exposiccedilotildees e mostras documentais satildeo os serviccedilos que mais atraem o puacuteblico e

permitem aos Arquivos laquosalir del anonimatoraquo240

Boadas ALBERCH citado por

Susanna VELLA diz-nos ainda que

laquoUna exposicioacuten ha de ser considerada un medio y no como un

fine en siacute misma ha de ser un medio para acercar a la sociedad

el patrimonio documental el trabajo realizado desde el archivo

para sensibilizar a la ciudadaniacutea de su valor y de la necesidad de

su preservacioacutenraquo241

Para sua concepccedilatildeo e organizaccedilatildeo o marketing pode ser promovido de diversas

formas

a) antes da divulgaccedilatildeo dos fundos documentais eacute necessaacuterio

proceder a trabalho preacutevio arquiviacutestico organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo

da documentaccedilatildeo e claro obedecer sempre aos princiacutepios de

comunicabilidade

b) escolher o objecto de estudo a apresentar para garantir o

sucesso destes eventos conveacutem seleccionar documentaccedilatildeo que

tenha interesse para a histoacuteria local eou com datas

comemorativas permitindo ao puacuteblico conhecer melhor o

potencial do acervo arquiviacutestico e entrar em contacto mais

directo com a sua Histoacuteria laquovivaraquo

c) ponderar o tipo de investimento a ser efectuado e equacionar os

gastos humanos e materiais

d) identificar o segmento de mercado

e) definir o tipo de exposiccedilatildeo a realizar se permanente se

temporaacuteria ou itinerante relacionando-se com ela o tipo de

infra-estruturas e as formas de apresentaccedilatildeo a fim de criar um

ambiente atractivo e apelativo

f) criar meios de conservaccedilatildeo e de seguranccedila do material

apresentado

240

VELA Susanna ndash La organizacioacuten de expositiones In Archivos y cultura manual de dinamizacioacuten

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 85 241

Idem p87

90

g) para sua concretizaccedilatildeo propomos que seja preparada com um

ano de antecedecircncia

h) e para se optimizar os recursos humanos e logiacutesticos propomos

ainda que este tipo de iniciativas tenha uma duraccedilatildeo de trecircs

meses e sempre que possiacutevel sejam realizadas na mesma altura

do ano para fidelizar e atrair novos leitores e criar haacutebitos

regulares de visita e de pesquisa nos arquivos

Os aspectos considerados podem ser sintetizados na seguinte tabela (figura nordm 20)

Ficha teacutecnica da exposiccedilatildeo

Tiacutetulo

Tipo Iconograacutefica

Documental

Local da exposiccedilatildeo

Objectivos Objectivos gerais

Objectivos especiacuteficos

Datas Data da Inauguraccedilatildeo

Data da exposiccedilatildeo mostra

Enquadramento da exposiccedilatildeomostra Equipa nomeada (teacutecnico(s) de arquivo e outros

colaboradores destacados de acordo com a temaacutetica da

exposiccedilatildeo designers graacuteficos e recurso a uma empresa

graacutefica para conceber e executar a exposiccedilatildeo Comissaacuterio

Cientiacutefico (quando eacute convidado para organizar a

exposiccedilatildeo)

Autores dos textos

Breve Descriccedilatildeo Resumo do tema da exposiccedilatildeo mostra

Ficha teacutecnica

Organizaccedilatildeo

Coordenaccedilatildeo

Textos

Revisatildeo

Concepccedilatildeo e design

Montagem

Fotografia

Digitalizaccedilatildeo e impressatildeo de paineacuteis

Preparaccedilatildeo de vitrines

Impressatildeo do cataacutelogo guiatildeo da exposiccedilatildeo e cartazes

Actividades Educativas

Tipo de suporte Impressatildeo em papel tela

Tipo de estrutura expositiva nuacutemero medidas das peccedilas

Vitrines (quantidade e modelo)

Orccedilamento Contacto com diversas empresas de concepccedilatildeo execuccedilatildeo

graacutefica de exposiccedilotildees e equipamentos inerentes resolver

questotildees orccedilamentais e de cabimentaccedilatildeo de despesas

empreacutestimos acondicionamento patrocinadores

Cataacutelogo Caderno de encargos nuacutemero de paacuteginas gramagem das

folhas modelo das folhas

Actividades de divulgaccedilatildeo Puacuteblico-alvo

Data de actividades pedagoacutegicas

Iniciativas desenvolvidas

Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 20

Fonte Sofia Santos

91

As publicaccedilotildees satildeo outro dos produtos dos arquivos A nosso ver as suas ediccedilotildees

satildeo primordiais pois perpetuam o trabalho arquiviacutestico prestam um serviccedilo puacuteblico e

chegam tambeacutem a um maior nuacutemero de cidadatildeos que natildeo apenas aos leitores

tradicionais Dentro deste produto podemos apresentar os IDDs jaacute referidos os

cataacutelogos que resultam das actividades culturais242

boletins brochuras jornais

publicaccedilotildees contendo material didaacutectico organizado no arquivo como cadernos e

dossiecircs pedagoacutegicos Outros serviccedilos satildeo fornecidos pelos serviccedilos educativos243

palestras visitas orientadas maletas pedagoacutegicas concursos elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo

de reproduccedilotildees de documentos por exemplo

As acccedilotildees de formaccedilatildeo fornecidas pelos Arquivos Puacuteblicos visam o cliente interno

e externo Para sua concretizaccedilatildeo primeiramente deveraacute ser efectuado um estudo das

reais necessidades do mercado com a utilizaccedilatildeo por exemplo de inqueacuteritos caixa eou

livro de sugestotildees e livro de reclamaccedilotildees

Quanto aos objectivos estes satildeo distintos

No caso interno a possibilidade de formaccedilatildeo contiacutenua eacute uma mais-valia porque

contribui para um serviccedilo qualificado e distinto no mercado e para a criaccedilatildeo de um

ambiente propiacutecio agrave rentabilidade do trabalho

As formaccedilotildees ministradas para o exterior aleacutem de serem um excelente canal

difusor dos produtosserviccedilos destes organismos possibilitam o contacto entre

SociedadeArquivo fundamental para a melhoria da sua imagem e integraccedilatildeo no meio

envolvente

O site eacute outro serviccedilo que os arquivos devem colocar agrave disposiccedilatildeo do mundo244

A sua natildeo existecircncia eacute nos dias de hoje sinoacutenimo de invisibilidade Por isso a

sobrevivecircncia e posicionamento no mercado destes organismos estaacute dependente do

242

O cataacutelogo eacute um dos elementos mais importantes das exposiccedilotildees porque eacute o que apoacutes o seu teacutermino a

prolonga no tempo e no espaccedilo Ou seja se por um lado eacute um canal privilegiado para a disseminaccedilatildeo de

conhecimento por outro lado eacute o que fica em termos de memoacuteria deste tipo de eventos 243

Os serviccedilos educativos dos arquivos podem ser definidos como um laquoconjunto de actividades

pedagoacutegicas realizadas com o objectivo de divulgar o acervo e iniciar o puacuteblico na sua utilizaccedilatildeoraquo

Serviccedilo Educativo Subsiacutedios para um Dicionaacuterio Brasileiro de Terminologia Arquiviacutestica [on line]

[Consultado a 10 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf Poderatildeo ser vaacuterios os objectivos a

atingir promover a identidade do Arquivo dar a conhecer fontes primaacuterias (ilustrar o ensino histoacuteria

poliacutetica geografia de uma eacutepoca ou zona concreta) incentivar para a preservaccedilatildeoconservaccedilatildeo das fontes

primaacuterias promover o apoio agrave exploraccedilatildeo de programas de ensino contribuir para o reforccedilo da coesatildeo

social promover a qualidade de vida dos cidadatildeos e sua formaccedilatildeo ciacutevica formar futuros clientes

externosutilizadores 244

Sobre a importacircncia da Internet nos serviccedilos efectuamos uma entrevista agrave empresa madeirense Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem Anexo 2

92

investimento em siacutetios proacuteprios com imagem dinacircmica moderna inovadora e

informaccedilatildeo actualizada e interface amigaacutevel (natildeo estar muito cheioconfuso ser

praacutetico raacutepido) e que esteja de acordo com a filosofia administrativa dos arquivos

puacuteblicos Esta ideia eacute tambeacutem realccedilada por Teresa CIRNE no Congresso da APBAD em

2007 citando Sarita ALBAGLI e Maria Luacutecia MACIEL quando observa que

laquoA difusatildeo e a partilha da informaccedilatildeo e do saber requerem conexatildeo

entre os agentes ou actores bem como canais de comunicaccedilatildeo que

propiciem o fluxo informacional a interacccedilatildeo a cooperaccedilatildeo a difusatildeo e

o intercacircmbio de diferentes tipos de informaccedilatildeo conhecimento e

inovaccedilatildeoraquo245

Estamos perante o E-marketing ou webmarketing definido como sendo

laquothe art of e-businesshellipadding value to products widening

distribution channels bosting sales and after-sales service

while getting closer to costumers and understanding them

betterraquo246

e

laquocomo o processo destinado a satisfazer os desejos e as

necessidades das pessoas por informaccedilotildees serviccedilos ou

produtos utilizando a Internet como canal de comunicaccedilatildeo ou

distribuiccedilatildeoraquo247

A sua utilizaccedilatildeo eacute vantajosa sobretudo como veiacuteculo de comunicaccedilatildeo como

veremos mais agrave frente e porque permite identificar o cliente-indiviacuteduo neste caso o

ciber-cliente Soacute assim atraveacutes da anaacutelise dos e-mails recebidos salas de conversaccedilatildeo e

iacutendice de venda de produtos248

se consegue satisfazer as suas expectativas anseios de

bens serviccedilos e informaccedilotildees segundo a piracircmide de Maslow

O recurso ao arquivo digital249

como a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos dispotildee no

siacutetio httpanttdgarqgovptpesquisar-na-torre-do-tombott-online constitui outro

245

A plataforma informacional na dinamizaccedilatildeo cultural e educativa do paiacutes In Actas do 9ordm Congresso

Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e

Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008] Disponiacutevel

URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM71pdf 246

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash EMarketing EXcellense The Heart of eBUsiness Ediccedilotildees

Butterworth Heinemann Oxford 2003 ISBN 0750653353 p10 247

ARAUgraveJO Wagner Junqueira de ndash Ob cit p164 248

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash Ob citp12 249

O arquivo digital permite o acesso a documentos que mantecircm as suas propriedades baacutesicas ndash

integridade fidedignidade e autenticidade

93

produto que os arquivos podem e devem disponibilizar250

Neste caso por exemplo

podem ser disponibilizados IDDs imagens iconograacuteficas e publicaccedilotildees electroacutenicas

Podemos igualmente afirmar que o uso da Internet revoluciona a forma de acesso agrave

informaccedilatildeo pois num curto espaccedilo de tempo pode-se aceder a todo o tipo de conteuacutedos

Na realidade o seu uso de forma consciente permite chegar a toda a comunidade quer

seja leitor ou natildeo como afirma Sissel NILSEN251

Do acesso massivo agrave Internet pelo cidadatildeo comum verificado em meados da

deacutecada de 90 do seacuteculo passado que a forma como acedemos agrave rede global natildeo paacutera de

evoluir Este eacute o caso do aparecimento e desenvolvimento das redes sociais que seraacute

porventura o expoente maacuteximo da utilizaccedilatildeo das ferramentas Web 20252

A sua

utilizaccedilatildeo traz vaacuterias vantagens nos serviccedilos puacuteblicos e privados253

a que as unidades de

informaccedilatildeo nomeadamente os arquivos254

natildeo devem deixar passar ao lado255

Satildeo

elas

250

A concretizaccedilatildeo de um arquivo digital pelo Arquivo Regional da Madeira passa a ser a resposta mais

eficiente e pertinente para salvaguardar os documentos graacuteficos porque permite

- Preservar e garantir a integridade do patrimoacutenio arquiviacutestico atraveacutes da substituiccedilatildeo de suporte

evitando a degradaccedilatildeo progressiva do mesmo

- Possibilidade de criar estruturas indexadas de armazenamento de informaccedilatildeo sobre as quais eacute

permitido efectuar pesquisas ou armazenar novos dados

- Facilitar o acesso agrave informaccedilatildeo (pesquisa automaacutetica) aos utentes do ARM possibilitando

tambeacutem o acesso simultacircneo atraveacutes da distribuiccedilatildeo em rede

- Usufruir de uma tecnologia que permita criar uma imagem digital com melhores caracteriacutesticas

de legibilidade face ao original facilitando a multiplicaccedilatildeo das coacutepias com qualidade

O criteacuterio utilizado para a escolha e prioridade dos documentos a digitalizar eacute a frequecircncia com

que satildeo consultados Isto eacute os documentos mais consultados deveratildeo ser digitalizados com prioridade

para que se reduza o desgaste e os danos infligidos aos seus originais Assim os primeiros documentos a

escolher para digitalizaccedilatildeo foram os fundos dos Registos Paroquiais Colecccedilatildeo de Perioacutedicos

Microfilmes do Diaacuterio de Noticias e a Colecccedilatildeo Iconograacutefica (fotografias provas de contacto postais e

cartografia) SANTOS Sofia ndash Projecto de digitalizaccedilatildeo do Arquivo Regional da Madeira Junhode 2008

p 4 251

NISSEL Sissel ndash Marketing LIS in Norway ndash An Overviem In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO

Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services Internacional Perpectives

Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p47 252

Termo criado pela empresa norte-americana OReilly Media e que significa a interacccedilatildeo do utilizador

com as plataformas informaacuteticas atraveacutes de redes sociais e globais como o caso do facebook twitter

skipe flickr entre outros 253

A tiacutetulo de curiosidade refira-se que Portugal eacute o quarto paiacutes da Uniatildeo Europeia em serviccedilos puacuteblicos

on-line 254

Sugere-se a consulta do Facebook da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos com o endereccedilo

httpwwwfacebookcompagesArquivo-Nacional-da-Torre-do-Tombo139016636116919 Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha httpwwwfacebookcomTheNationalArchives Arquivo NAcional dos

Estados Unidos da Ameacuterica httpwwwfacebookcomusnationalarchives do Arquivo Nacional da

Austraacutelia httpwwwfacebookcompagesNational-Archives-of-Australia40641767696v=wallampref=ts

e do Arquivo Nacional de Espanha httpwwwfacebookcomtopicphpuid=38362124865amptopic=6802 255

Sobre o impacto da utilizaccedilatildeo da Web 20 aconselhamos a leitura do estudo efectuado pelo Institute for

Prospective Technological Studies (IPTS) da Comissatildeo Europeia intitulado laquoPublic services 20 the

impact of social computing on public services raquo Pode ser encontrado no link

httpcedoinaptindexphpoption=com_contentampview=articleampid=237uniao-europeia-os-servicos-

publicos-e-a-web-20ampcatid=1ampItemid=119

94

a) o modo como eacute possiacutevel efectuar downloads uploads e visionar ficheiros de

viacutedeo de muacutesica animaccedilotildees altamente dinacircmicas de uma maneira muito mais

intuitiva e ceacutelere para plataformas informaacuteticas ligadas em rede eacute feito de forma

ceacutelere e faacutecil

b) conhecer linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade promovendo

a integraccedilatildeo soacutecio-educativa a cidadania e a criatividade (educaccedilatildeo formal) De

seguida poderaacute ser estabelecida a ponte agraves famiacutelias (educaccedilatildeo informal) e agraves

escolas (educaccedilatildeo formal) - formaccedilatildeo ao longo da vida

c) criar novas perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais recorrendo agraves redes sociais alcanccedilar um grupo

mais heterogeacuteneo e alargado que de outra forma nunca ouviria falar destes

organismos

d) tendo em consideraccedilatildeo os quatro pilares da educaccedilatildeo ndash aprender a aprender

aprender a fazer aprender a conviver e aprender a ser ndash a utilizaccedilatildeo das redes

sociais nos Sistemas de Informaccedilatildeo contribui ainda que a meacutedio e longo prazo

para a preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do patrimoacutenio bibliograacutefico e documental que

pertence agrave sociedade

e) o facto de estarmos ligados a uma comunidade virtual torna-se possiacutevel

identificar os clientes-indiviacuteduos responder de forma efectiva e eficiente agraves suas

necessidades e captar a necessidade novos serviccedilos bens e produtos e

identificaccedilatildeo dos diferentes segmentos onde actuam256

Recentemente com o desenvolvimento de telemoacuteveis mais potentes e

multifuncionais os Smartphones e tablets surge uma nova oportunidade para o Web

256

Em Agosto de 2010 a IFLA organizou em Estocolmo um congresso que versava sobre laquo Marketing

Libraries in a Web 20 Worldraquo estando disponiacuteveis alguns PDFs em

httpwwwsubsuseiflaprogramhtm

95

20 se expandir universalmente uma vez que ligado agrave rede global um telemoacutevel pode

aceder e gerir conteuacutedos graacuteficos (e natildeo soacute) em qualquer lugar do mundo

Apoacutes a apresentaccedilatildeo deste Pacute interrogamo-nos sobre o que os Arquivos

Distritais portugueses oferecem agrave comunidade

Os dezasseis inqueacuteritos257

provenientes dos arquivos de Beja Castelo Branco

Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

constituiem a base desta anaacutelise (figura nordm 22) Mas optaacutemos por inquirir ainda a

Biblioteca e Arquivo de Angra do Heroiacutesmo que embora natildeo sendo distrital nos deu a

oportunidade de conhecermos um pouco mais do que faz um outro arquivo das regiotildees

autoacutenomas de portuguesas

257

Os inqueacuteritos foram enviados entre o mecircs de Agosto e de Setembro de 2009 Para os que natildeo

responderam reenviamos o mesmo inqueacuterito outras duas ou trecircs vezes mas os Arquivos Distritais de

Aveiro Braganccedila Porto Lisboa e Viseu continuaram sem dar resposta

96

Figura nordm 22

Exemplo do inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Fonte Sofia Santos

Da anaacutelise do quadro abaixo (figura nordm 23) podemos afirmar que relativamente

aos serviccedilosprodutos prestados agrave comunidade todos eles se destinam aos clientes

externos atraveacutes dos Serviccedilos de Leitura e de Certidotildees e no apoio a arquivos correntes

e intermeacutedios As mostras e exposiccedilotildees documentais aleacutem de permitirem o contacto

com o puacuteblico tambeacutem constituem outros serviccedilos prestados agrave comunidade

Relativamente agraves actividades educativas e pedagoacutegicas e agraves ediccedilotildees elas satildeo apenas

referidas nos arquivos de Castelo Branco Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem

Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

Figura nordm 23

Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Fonte Sofia Santos

Grupo III - 3 Produtos Serviccedilos prestados

Identificaccedilatildeo

do Arquivo

Distrital

Serviccedilo de

Leitura

Serviccedilo

de

Certidotildees

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo e

descriccedilatildeo de

fundos)

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo de

arquivos correntes

intermeacutedios ndash apoio

externo)

Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

e Restauro

Serviccedilos Educativos

(concepccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas)

Extensatildeo

Cultural

(exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Extensatildeo

Cultural

(ediccedilotildees)

Site do

Organismo

Endereccedilo

electroacutenico

Outros

meios

(indique

quais)

Angra do

Heroiacutesmo -

Accedilores

X X X X X

X

X X

Beja X X X X

X X

Castelo Branco X X X X

X X X X

Eacutevora X X X X

X X X X X

Guarda X X X X X X X X X X

Leiria X X X X X X X X X X

Portalegre X X X X

X X X X X

Santareacutem X X X X X X X X X X

Setuacutebal X X X X X X X X X X

Viana do

Castelo X X X X X X X X X X

Vila Real X X X X X X X X X X

432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este

produtoserviccedilo

Como jaacute referimos haacute autores que defendem que os serviccedilos prestados pelas

unidades de informaccedilatildeo puacuteblicas natildeo devem cobrar pelos seus preacutestimos

Seguindo esta loacutegica e adaptando o conceito de Dinesh K GUPTA este Pacutepode

ser cobrado em termos de tempo recurso de esforccedilos e de cobranccedila monetaacuteria258

No que concerne ao primeiro caso satildeo vaacuterias as questotildees que devemos ter em

atenccedilatildeo

a) tempo gasto na incorporaccedilatildeoaquisiccedilatildeo de nuacutecleos documentais

b) tempo de espera da documentaccedilatildeo desde a incorporaccedilatildeo no arquivo ateacute agrave

sua chegada aos depoacutesitos

c) nuacutemero de horas gastas na organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo dos fundos

documentais

d) tempo de efectuar o levantamento de documentaccedilatildeo acumulada

e) tempo de recolher informaccedilatildeo na folha de recolha de dados elaborar o

manual de arquivo plano de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo e

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada

f) tempo utilizado na preparaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas e sua

dinamizaccedilatildeo

g) tempo disponibilizado para estabelecer contactosparcerias com

escolasassociaccedilotildees e instituiccedilotildees para a dinamizaccedilatildeo de actividades

pedagoacutegicas e de extensatildeo cultural

h) tempo disponibilizado para arrumaccedilatildeo da documentaccedilatildeo nos depoacutesitos

258

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 17-18

99

i) recursos humanos disponibilizados para a arquiviacutestica restauro e

conservaccedilatildeo serviccedilos educativos e extensatildeo cultural e de serviccedilos de

referecircncia

j) tempo de restauro e conservaccedilatildeo de um documento

k) tempo para a actualizaccedilatildeo do site do organismo

l) tempo gasto na elaboraccedilatildeo de notas de imprensa

m) tempo que medeia entre a saiacuteda da nota de imprensa e a sua chegada agrave

comunicaccedilatildeo social

n) tempo de resposta dada aos pedidos de leitores tais como pesquisa de

certidotildees transcriccedilotildees paleograacuteficas e atendimentos na sala de leitura

o) tempo de preparaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo de auditoacuterios e salas de formaccedilatildeo

p) periacuteodo de entregafornecimento de reproduccedilotildees de documentos (qualidade

de resposta)

Na cobranccedila monetaacuteria apresentamos os seguintes exemplos

a) custo da emissatildeo de certidotildees e de reproduccedilotildees de documentos259

b) valor cobrado na venda de publicaccedilotildees e de produtos

c) valor do aluguer de espaccedilos como auditoacuterios sala de exposiccedilotildees e

utilizaccedilatildeo de cacircmaras de expurgo

d) valor cobrado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo para o puacuteblico interno e externo

259

Na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira o preccedilo das fotocoacutepias autenticadas rege-se pela Portaria 672006

de 19 de Junho do Jornal Oficial da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira (JORAM) Os arquivos distritais na

cobranccedila de fotocoacutepias orientam-se pelo Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do

Arquivo Nacional da Torre do Tombo nas reproduccedilotildees paroquiais e judiciais aplicam os preccedilos

estabelecidos pelo artigo 11ordm do Decreto-Lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro e artigo 20ordm do Decreto de

lei nordm 322 ndash A2001 de 14 de Dezembro alterado pelo Decreto de lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro

As reproduccedilotildees dos fundos judiciais seguem o artigo 9ordm aliacutenea 3ordf do Decreto - Lei nordm 34 2008 de 26 de

Fevereiro

100

e) custo da dinamizaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas260

Sobre o preccedilo pouco ou nada podemos aferir dos inqueacuteritos Todavia ao

efectuarmos uma anaacutelise aos siacutetios dos arquivos inquiridos bem como dos Arquivos

Distritais de Aveiro Braganccedila Lisboa Porto e Viseu este composto eacute cobrado

monetariamente nos serviccedilos de reproduccedilatildeo de documentos emissatildeo de certidotildees e de

pesquisa Quanto aos restantes serviccedilos - exposiccedilotildees serviccedilos de leitura e actividades

educativas - o valor eacute apenas qualitativo

433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o

produtoserviccedilo

A distribuiccedilatildeo estaacute relacionada com os canais que se utiliza para fazer chegar a

informaccedilatildeo ao cliente externo Um dos primeiros aspectos a considerar eacute o edifiacutecio

tendo em consideraccedilatildeo a sua localizaccedilatildeo acessibilidade proximidade de centros

culturais universidades escolas etc

Outra forma de acesso eacute o siacutetio - que todos os arquivos distritais possuem - a

partir do qual os utilizadores podem requisitar documentos para sua consulta na sala de

leitura visitar exposiccedilotildees virtuais solicitar certidotildees e todo o tipo de informaccedilotildees

suplementares

A par do correio electroacutenico o correio o telefone e os telefaxes satildeo outros meios

que os consumidores recorrem para aceder agrave informaccedilatildeo como se confirma na tabela

mais abaixo (figura nordm 37)

Transpondo os canais de distribuiccedilatildeo existentes para a arquiviacutestica podemos

concluir que se aplica o marketing directo e o niacutevel 1 da rede de distribuiccedilatildeo e que jaacute

referimos no Capiacutetulo II - 23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo)

promoccedilatildeo e outros compostos Como O apoio teacutecnico - a arquivos correntes e

intermeacutedios aplicaccedilatildeo de vaacuterios instrumentos de trabalho como os planos e

260

Sobre este item conveacutem realccedilar que o facto dos organismos puacuteblicos estarem a passar actualmente por

uma grave crise financeira faz com que alguns destes serviccedilos sintam a necessidade de cobrar a

dinamizaccedilatildeo de actividades educativas No caso portuguecircs natildeo encontramos arquivos que cobrem este

tipo de actividades Mas nos serviccedilos educativos dos museus como o Oceanaacuterio de Lisboa Museu do

Oriente Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian entre outros esta praacutetica jaacute eacute corrente A niacutevel internacional

verificamos que Arquivo Nacional de Franccedila jaacute cobra estes serviccedilos Vide

httpwwwarchivesnationalesculturegouvfrchanchanmuseeaction_culturelleateliershtm

101

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa e autos de eliminaccedilatildeo - obriga a utilizaccedilatildeo

do marketing directo A equipa de arquivistas trabalharaacute directamente com a entidade

produtora dos documentos devendo dar conhecimento das etapas do seu trabalho e

posteriormente na altura da aplicaccedilatildeo destes materiais efectuar acccedilotildees de formaccedilatildeo

para a sua compreensatildeo e aplicaccedilatildeo no quotidiano administrativo No que concerne agrave

consulta efectuada pelos consumidores interessados o canal utilizado tambeacutem eacute o

mesmo A requisiccedilatildeo do acervo documental por procuradores juristas e notaacuterios entre

outros significa que algumas vezes a informaccedilatildeo passa na matildeo por intermediaacuterios ateacute

chegar ao cliente que a vai usufruir Estamos perante a rede de distribuiccedilatildeo

correspondente ao primeiro niacutevel e que tambeacutem encarece este tipo de bens serviccedilos

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo

Segundo o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo comunicaccedilatildeo

laquoconsiste em facultar aos utilizadores actuais ou

potenciais informaccedilotildees referecircncias e documentos de que

disponha e sobre os quais natildeo recaia qualquer restriccedilatildeo de

comunicabilidaderaquo261

Apesar desta definiccedilatildeo ser vaacutelida eacute redundante e restritiva se considerarmos que

comunicaccedilatildeo eacute o laquoacto ou efeito de comunicar troca de informaccedilatildeo entre indiviacuteduos

atraveacutes da fala da escrita de um coacutedigo comum ou do proacuteprio comportamentoraquo262

e a

promoccedilatildeo laquoengloba todos os instrumentos do composto do marketing cujo papel

principal eacute a comunicaccedilatildeo persuasivaraquo laquoisto eacute haacute apresentaccedilatildeo de mensagens agrave

audiecircncia-alvo criando interesse ou desejo pelo produtoraquo263

Assim a comunicaccedilatildeo dos

arquivos com os seus puacuteblicos aleacutem da acessibilidade aos fundos documentais impotildee a

existecircncia de estrateacutegias de trabalho que lhes permitam posicionarem-se264

no mercado

261

Comunicaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p 23 262

Comunicaccedilatildeo Dicionaacuterio de Liacutengua Portuguesa 2006 Porto Editora Porto Marccedilo de 2005 Depoacutesito

Legal 22101705 p404 263

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 210-211 264

Por posicionamento LINDON e LENDREVIE afirmam que compreende dois aspectos a identificaccedilatildeo

ndash laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a diferenciaccedilatildeo ndash laquoO que distingue dos outros produtos do

mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p139

102

pela criaccedilatildeo de uma imagem de marca e de qualidade e identidade que entre na mente

dos consumidores-alvos seus possiacuteveis clientes Haacute que cortar com a laquonatildeo

comunicaccedilatildeoraquo para

a) evitar que outros tomem o controlo sobre a divulgaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental pois laquoalguien lo haraacute por nosostros y no siempre en la direccioacuten

o el modo que deseamos ( quizaacute la competencia)raquo265

b) que os consumidores saibam da existecircncia dos produtosserviccedilos e das

caracteriacutesticas objectivas destes sistemas de informaccedilatildeo ndash funccedilatildeo de

persuasatildeo

c) que no momento de optar e apesar da concorrecircncia de outros serviccedilos

similares recorram aos produtos arquiviacutesticos Isto significa que o utilizador

jaacute assume no seu subconsciente a imagem e a marca dos arquivos puacuteblicos -

funccedilatildeo lembranccedila

d) que se orientem para a pesquisa e investigaccedilatildeo a fim de criar novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos educativos

formais e natildeo formais ndash funccedilatildeo educativa

Um dos primeiros exemplos que reforccedila a imagem e a personalidade de uma

empresa com ou sem fins lucrativos eacute a publicidade definida como

laquocualquier forma remunerada de presentacioacuten impersonal de productos

servicios ideas personas u organizaciones por parte de un patrocinador

identificadoraquo266

Dir-se-ia que o seu objectivo eacute fazer com que um vasto puacuteblico alcance uma

laquomensagem simples forte e uacutenicaraquo267

de um determinado produto ou marca controlada

em exclusivo pelo anunciante Eacute o laquofazer sabendoraquo laquofazer gostandoraquo e laquofazer agindoraquo

265

MATEOS RUSSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural o como

potenciar su uso fomentando su persevacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 35 266

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p261 267

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p338

103

da comunicaccedilatildeo publicitaacuteria como nos dizem Denis LINDON e Jacques LENDREVIE

entre outros268

Inserindo-se na arquiviacutestica uma das formas dos arquivos se posicionarem no

mercado seraacute atraveacutes dos logoacutetipos descritos pelo Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) como um

laquosinal adequado a identificar uma entidade que preste serviccedilos ou

comercialize produtos distinguindo-a das demais podendo ser

utilizado nomeadamente em estabelecimentos anuacutencios impressos ou

correspondecircncia Eacute o modo pelo qual determinada entidade pretende ser

conhecida junto do puacuteblicoraquo269

A sua representaccedilatildeo visual deveraacute ser original uacutenica compreensiacutevel faacutecil de

memorizar e com linguagem adequada para que se identifique com a instituiccedilatildeo e

promova a venda de produtos e de serviccedilos270

Para usar correctamente e de forma

exclusiva este siacutembolo eacute aconselhaacutevel o registo da sua patente271

pois garante

laquoUm monopoacutelio legal permitindo ao titular impedir que algueacutem utilize

sem o seu consentimento sinal igual ou semelhante confere o direito

de usar siacutembolos que dissuadem a violaccedilatildeo como ldquoLogoacutetipo registadordquo

ldquoLog Registadordquo ou das iniciais ldquoLRrdquo imprime maior seguranccedila aos

investimentos implicando a presunccedilatildeo de que natildeo existem direitos

anteriores que inviabilizem a monopolizaccedilatildeo do logoacutetiporaquo272

Figura nordm 24 - Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira273

268

Idem p347 269

Logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de

2009] Disponiacutevel URL httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=154 270

MARCA FRANCEgraveS Guillem ndash Marcas y patrimonio cultural tangibilizacioacuten de la comunicacioacuten In

La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-

374-8 P162 271

No caso portuguecircs segundo o Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143

2008 ndash I Seacuterie do Ministeacuterio da Justiccedila essa funccedilatildeo compete ao Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) Para saber mais informaccedilotildees sobre este organismo vide

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=40 272

Qual a vantagem de registar um logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line]

[Consultado a 8 de Dezembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=161 273

O logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira conteacutem entre outros elementos o brasatildeo de armas do

Funchal Desde a sua elevaccedilatildeo a Cidade no seacuteculo XVI que o Funchal deteacutem um brasatildeo de armas que

104

Satildeo vaacuterios os exemplos que podem demonstrar os diferentes usos da sua

utilizaccedilatildeo

a) renovaccedilatildeo da imagem dos Sistemas de Informaccedilatildeo Antony BREWERTON

aquando da renovaccedilatildeo da imagem da biblioteca universitaacuteria de Oxford

Brookes e apoacutes um trabalho de branding com equipa de marketing concluiu

que uma das primeiras tarefas a realizar seria a mudanccedila do logoacutetipo E um

siacutembolo composto pela palavra laquoLibraryraquo repetida cinco vezes deu lugar em

2000 a um iacutecone que conjuga o passado com o futuro facilmente adaptaacutevel

agraves diferentes ferramentas de promoccedilatildeo como eacute o caso da laquoLibrary Newsraquo

das publicaccedilotildees e do site da universidade274

b) mudanccedila de competecircncias A concentraccedilatildeo da gestatildeo arquiviacutestica nacional

na Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Nacional em 2007 levou ao aparecimento

de um novo padratildeo visual que reflecte uma nova etapa deste organismo

(figuras nordm 25 e 26)

Figura nordm 25

Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos 275

Figura nordm 26

Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

reflecte o Grande Ciclo do Accediluacutecar (SeacutecXV-XVI) Ao centro da cartela encimada pela Cruz de Cristo

temos cinco formas ou patildees de accediluacutecar acompanhadas por duas canas de sacarinas Foi registado em 2005

com o nuacutemero 6461 274

BREWERTON Antony ndash Marketing Academic Libraries in the UK the Oxford Brookes Universety

Library Approach In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing

Library and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13

978-3-598-11753-4p 338-339 275

Este logoacutetipo foi concebido por Henrique Cayatte da empresa BBDO

105

c) destaque de outros serviccedilos dentro da mesma instituiccedilatildeo A DGARQ

destaca a divulgaccedilatildeo e disponibilizaccedilatildeo na Internet das suas principais

fontes arquiviacutesticas atraveacutes do projecto laquoTTonlineraquo (Figura nordm 27) O

Arquivo Regional da Madeira destaca o Serviccedilo EducativoExtensatildeo

Cultural com o laquoAprendiz de Arquivoraquo276

Figura nordm 27

Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Noutras situaccedilotildees os arquivos optam por destacar alguns serviccedilos de forma

individualizada com recurso a uma imagem de forma a influenciar o puacuteblico a

adquiri-lousufrui-lo Exemplos disso satildeo as actividades pedagoacutegicas representadas pelo

laquoKivoraquo - Arquivo Distrital de Lisboa o laquoLunetasraquo - Arquivo Municipal da Poacutevoa de

Varzim e o laquoArquivo Alegreraquo da Casa do Infante Arquivo Histoacuterico Municipal do

Porto (figura nordm 29)

Figura nordm 28

Marcas do Serviccedilo Educativo do Arquivo Municipal de Lisboa (esquerda) Casa do

Infante (centro) e Arquivo da Poacutevoa de Varzim (direira)

A sua utilizaccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser elemento de marca nos produtos de

merchadising definida como

276

Consulte o Capiacutetulo V ndash Estudo de caso ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional

da Madeira p 154

106

laquouma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de

teacutecnicas que colocam o produto ao alcance do consumidor de

uma forma destacada dando-lhe maior visibilidade e

possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo

de motivar e influenciar as decisotildees de quem compraraquo277

como nos diz Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e

Comunicaccedilatildeo do Centro de Fotografia do Porto (CPF)

Para o Institut Franccedilais du Merchandising esta palavra se define

laquoo conjunto de estudos e teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que satildeo postos

em praacutetica separada ou conjuntamente por distribuidores e

produtores com o fim de aumentar a rendibilidade do ponto de

venda e a circulaccedilatildeo dos produtos atraveacutes de uma adaptaccedilatildeo

permanente do sortido agraves necessidades do mercado e de uma

apresentaccedilatildeo apropriada do produtoraquo278

Esta praacutetica jaacute eacute comum nos museus e para quem os visita sabe que as suas

lojas estatildeo situadas em lugares privilegiados incentivando todos os seus visitantes a

circularem nestes espaccedilos e a comprar um determinado produto279

No caso dos

277

Consulte a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Anexo 3 278

CAETANO Joaquim ndash Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing

Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129 279

Segundo Maacuterio Beirolas e Rui Almeida citados por Joaquim Caetano haacute vaacuterios factores que levam

motivam o cliente a comprar nas lojas

a) sensibilidade que se relaciona com o ambiente movimento ruiacutedo geral higiene limpeza

iluminaccedilatildeo comportamento dos funcionaacuterios na prestaccedilatildeo de serviccedilos implementaccedilatildeo dos produtos nos

lineares de venda

b) entusiasmo pelo ambiente existecircncia de produtos complementares apelativos e inovadores mistura de

produtos de primeira necessidade e produtos impulsivos niacutevel de exposiccedilatildeo tipo de publicidade

promoccedilatildeo e informaccedilatildeo correcta sinalizaccedilatildeo das secccedilotildees conhecimento da utilidade do produto

c) utilidade e rentabilidade tipos de produtos em exposiccedilatildeo localizaccedilatildeo dos produtos junto a produtos

complementares rotaccedilatildeo dos produtos atraveacutes da seguranccedila nos prazos de validade tipo de publicidade e

promoccedilatildeo desenvolvida no ponto de venda

d) conforto e seguranccedila espaccedilo disponiacutevel alimentaccedilatildeo cores iluminaccedilatildeocorrecto enquadramento do

produto no espaccedilo de venda informaccedilatildeo sobre os produtos

e) limpeza e arrumaccedilatildeo clima de descontracccedilatildeo creacutedito nos produtos expostos diminuiccedilatildeo da

importacircncia normalmente atribuiacuteda ao preccedilo credibilidade no ponto de venda

f) informaccedilatildeo e apoio funcionaacuterios do ponto de venda (serviccedilo prestado) aproximaccedilatildeo do produto ao

cliente (rotulagem dos produtos e panfletoscartazes)

g) economia e versatilidade boa manutenccedilatildeo do linear boa exposiccedilatildeo e imagem de marca de modo a

transportar a noccedilatildeo de rendibilidade ateacute ao cliente

h) novidade e inovaccedilatildeo associa a existecircncia de novos produtos ao ponto de venda

i) transparecircncia e marcaccedilatildeo clara dos preccedilos

j) rendibilidade clareza no registo dos produtos nas caixas animaccedilatildeo do ponto de venda muacutesica

h) emoccedilatildeo e dinacircmica ambiente publicidade e campanhas de promoccedilatildeo CAETANO Joaquim ndash

Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado

a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129

107

arquivos e como nos diz Alberch RAacuteMON esta realidade eacute desoladora pois continua a

persistir a ideia que o patrimoacutenio documental natildeo deve seguir a via comercial280

O

mesmo autor reafirma que o seu uso eacute prioritaacuterio

laquocomo una forma para dar a conocer los materiales de archivo y

contribuir a su difusioacuten en segundo lugar abre la puerta a una

posibilidad que inicialmente se percibiacutea como poco

esperanzadora incrementar los recursos econoacutemicos del

archivoraquo281

Vejamos alguns exemplos

Os produtos de merchadising que vendem a imagem da Direcccedilatildeo-Geral de

Arquivos resultam do estudo da sua documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens

estampadas do logoacutetipo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas

e uma colecccedilatildeo de bijutaria Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de

ourivesaria efectuam-se peccedilas de ourives com pormenores de desenhos de imagens

iconograacuteficas282

A loja do CFP tem por objectivo

laquodivulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e

sensibilizaccedilatildeo do puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece

tambeacutem a cada visitante a oportunidade de conhecer e adquirir outras

produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e outros

produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito)

direccionados para puacuteblicos infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF

para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas caracteriacutesticas

especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em

geral bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postaisraquo283

280

RAMOacuteN Alberch ndash Imagen marketing y comunicacioacuten In Archivos y cultura manual de

dinamizacioacuten Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5p 38 e 39 281

Idemp39 282

Informaccedilatildeo fornecida pelo Dr Silvestre Lacerda a 27 de Janeiro de 2009 Viacutede a totalidade da

entrevista no anexo 1 283

Idem

108

Figura nordm 29

Blocos de notas do Centro de Fotografia do Porto

Outros produtos poderiam ser comercializados pins calendaacuterios agendas laacutepis

reproduccedilotildees de selos imagens iconograacuteficas laacutepis gomas e marcadores284

Quanto agrave forma como datildeo a conhecer os seus produtos e que podem ser

seguidos como procedimentos noutros arquivos CARVALHO diz o seguinte

laquoPodem tambeacutem ser adquiridos em algumas lojas de organismos do

Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias Relativamente agrave

dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito

cultural da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em

que satildeo disponibilizadas ao puacuteblico recensotildees mensais de livros de

Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de sugestotildees mensais de

leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo

com referecircncia tambeacutem a outras publicaccedilotildees associadas em termos de

autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as recensotildees as mesmas satildeo

apresentadas sob a forma de breves dossiers

disponiacuteveis para consultaraquo 285

A forma como se concebe a imagem graacutefica286

dos IDDs produtos informativos

flyers folhetins jornais marcadores e cartazes condiciona tambeacutem a visatildeo da sociedade

sobre estes espaccedilos e serviccedilos

Os IDDs que ainda hoje resultam de um aglomerado de fotocoacutepias sem cuidados

esteacuteticos e sem consideraccedilatildeo pelo mercado-alvo287

fazem com que seja necessaacuterio

284

RAMOacuteN Alberch ndash Ob cit p39 285

Consulte-se uma vez mais a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Como complemento

destas ideias propomos a leitura do anexo 4 conversa efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do

Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 286

Rom citado por Gabriel Diacuteaz Meyer define concepccedilatildeo graacutefica como uma laquoteacutecnica de comunicacioacuten

que se expresa atraveacutes de un lenguaje icoacutenico verbal esencialmente visual Por esto se tiende a hablar de

disentildeo graacutefico y comunicacioacuten visual como actividades ideacutenticasraquo DIgraveAZ MEYER Gabriel ndash Aspectos de

la comunicacioacuten visual y graacutefica en la comunicacioacuten del patrimoacutenio cultural In La comunicacioacuten global

del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 178 O

profissional que trabalha nesta aacuterea designa-se de designer graacutefico e todo o seu trabalho deveraacute resultar

de um esforccedilo de equipa com os arquivistas responsaacuteveis pelos projectos que querem dar a conhecer no

mercado-alvo

109

sensibilizar os gestores de informaccedilatildeo para melhorarem e normalizarem a concepccedilatildeo

graacutefica deste produto288

Para as restantes publicaccedilotildees que resultam do trabalho

arquiviacutestico acima referidas propotildee-se que se considere sempre um bom desenho uma

boa fonte de impressatildeo e uma boa imagem aliada a um bom conteuacutedo Porquecirc Porque

satildeo produtos informativos que divulgam e publicitam informaccedilotildees sobre os arquivos e

muitas das vezes eacute a partir deles que os clientes entram pela primeira vez em contacto

com os seus serviccedilos tangiacuteveis - que se relacionam com os fundos arquiviacutesticos e

intangiacuteveis - relacionados com a qualidade do serviccedilo prestado

No caso das publicaccedilotildees289

cremos ainda que prevalece o conceito de que os

livros vendem por si soacute e que as ediccedilotildees dos arquivos satildeo um objecto cultural e

cientiacutefico Para chegar a um maior nuacutemero de intermediaacuterios e de leitores tal como

287

BOADAS I RASET Joan ndash Ob cit 288

Este eacute o caso do Arquivo Regional da Madeira que possui um manual de procedimentos para a

normalizaccedilatildeo dos IDDs Todavia temos consciecircncia que para se ter a certeza desta mudanccedila teriacuteamos

que efectuar um inqueacuterito a niacutevel nacional apenas sobre este item ou efectuar uma pesquisa directa sobre

os instrumentos criados nos arquivos municipais e distritais 289

Todas e quaisquer publicaccedilotildees devem solicitar agrave Agecircncia Nacional do ISBN (Inscriccedilatildeo e Aacutereas de

Especializaccedilatildeo) o ISBN- International Standard Book Number O ISBN eacute um nuacutemero internacional

gratuito atribuiacutedo a uma uacutenica publicaccedilatildeo de um determinado editor Por outras palavras se a obra for

impressa com diferentes tipos de capa (por exemplo brochada e encadernada) cada ediccedilatildeo receberaacute um

ISBN diferente No caso em que a obra esgote o ISBN nunca poderaacute ser aplicado noutra publicaccedilatildeo Para

os editores definidos como os proprietaacuterios dos livros seja uma empresa ou uma ediccedilatildeo de autor esta

inscriccedilatildeo eacute feita uma uacutenica vez para que lhes seja atribuiacutedo um prefixo de editor nuacutemero que tem a ver

com a produccedilatildeo de cada editor quanto maior for a produccedilatildeo menos seraacute o prefixo a atribuir

Realccedile-se ainda que cada paiacutes tem os seus proacuteprios prefixos para fornecer aos editores Para saberem

mais vide o site httpwwwapelptpageviewaspxpageid=217amplangid=1 Como complemento deste

nuacutemero deveraacute ser solicitado agrave Biblioteca Nacional de Portugal o depoacutesito legal (DL) Atraveacutes da consulta

do site da Biblioteca Nacional os procedimentos podem ser sintetizados em seis partes 1 O nuacutemero de

registo de depoacutesito legal eacute atribuiacutedo a ldquomonografias e perioacutedicosrdquo segundo o artigo 13ordm do Decreto-Lei

7482 de 3 de Marccedilo httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl7482pdf 2 O

pedido de atribuiccedilatildeo de nuacutemero de depoacutesito agraves publicaccedilotildees eacute da responsabilidade da tipografia que

imprime a obra desde que esta seja portuguesa Se a impressatildeo for feita no estrangeiro deve ser o editor

(com domiciacutelio em Portugal) a solicitar o nuacutemero de registo de depoacutesito legal 3O nuacutemero eacute pedido

mediante o envio do formulaacuterio respectivo (monografias ou publicaccedilotildees perioacutedicas) devidamente

preenchido para dlbnportugalpt Os formulaacuterios estatildeo disponiacuteveis no siacutetio web da BNP

httpwwwbnportugalpt 4 A entidade que solicita o registo fica responsaacutevel pela entrega dos

exemplares para cumprimento do depoacutesito legal (11 exemplares para tiragens superiores a 100 e 1

exemplar para tiragens ateacute 100) Existe tambeacutem um formulaacuterio para acompanhar os exemplares enviados

agrave BNP tambeacutem disponiacutevel no mesmo siacutetio 5 De acordo com o capitulo III artigo 4ordm aliacutenea 2 - do

mesmo Decreto-Lei laquoEacute nomeadamente obrigatoacuterio o depoacutesito de (hellip) separatas atlas e cartas

geograacuteficas mapas (hellip)raquo apesar de estes documentos natildeo estarem sujeitos agrave atribuiccedilatildeo de nuacutemero de

DL 6 Dos 11 exemplares depositados 2 satildeo integrados nas colecccedilotildees da Biblioteca Nacional de Portugal

(BNP) e os restantes satildeo distribuiacutedos pelas seguintes bibliotecas beneficiaacuterias do depoacutesito legal

Biblioteca Municipal de Coimbra Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra Biblioteca Municipal de

Lisboa Biblioteca Puacuteblica de Eacutevora Biblioteca Puacuteblica Municipal do Porto Biblioteca Puacuteblica de Braga

Biblioteca Publica e Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e

Real Gabinete Portuguecircs de Leitura do Rio de Janeiro As teses de mestrado e de doutoramento bem como outros trabalhos acadeacutemicos apesar de natildeo lhes ser

atribuiacutedo nuacutemero de depoacutesito legal tambeacutem satildeo depositados na BNP (apenas 1 exemplar) ao abrigo do

Decreto-Lei 36286 de 28 de Outubro

httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl36286pdf

110

acontece nas editoras com fins mercadoloacutegicos os gestores da informaccedilatildeo tecircm de ver

este produto como um objecto comercial desde o momento que eacute concebido ateacute chegar

ao mercado Para aumentar as vendas do Arquivo ou entatildeo aumentar o nuacutemero de

consultas in loco e virtuais haacute que criar estrateacutegias de comunicaccedilatildeo Partindo do

princiacutepio que existe um mecanismo psicoloacutegico que atrai o indiviacuteduo para o belo para o

bem apresentado para um determinado conjunto de cores que combinam haacute que

investir numa primeira fase no aspecto fiacutesico da obra O tipo de capa das publicaccedilotildees

qualidade do papel nuacutemero das paacuteginas gramagem acabamento impressatildeo e

dimensatildeo satildeo factores que se tornam apelativos Esta ideia eacute defendida pelo jornalista

Pedro Mexia no artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo290

quando escreve que laquoum livro

com uma bela capa jaacute eacute um objecto fascinante ainda que a prosa ou a poesia laacute dentro

sejam fracasraquo291

e pelo editor da Sextante Editora Joatildeo Rodrigues que em

entrevista292

nos diz que laquoA capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo

procurando sempre manter uma imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo

logo)raquo293

Tudo isto seraacute posteriormente indissociaacutevel de um bom tiacutetulo e subtiacutetulo294

a um bom conteuacutedo com expressatildeo escrita adaptada ao puacuteblico-alvo tipo e tamanho de

letra margens e ilustraccedilotildees se eacute agrafado ou cozido (depende do nuacutemero de paacuteginas o

formato se deve ou natildeo ter uma prova de cor oue uma prova final (figura nordm 30)

290

Sobre a importacircncia das capas propomos a leitura do artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo e mais

recentemente laquoPode-se julgar um livro pela caparaquo respectivamente MEXIA Pedro ndash Julgar um livro pela

capa In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 14 de Novembro de 2009 e de VELUDO Fernando ndash

Pode-se julgar um livro pela capa In Puacuteblico Suplemento Iacutepsilon Lisboa 17 de Dezembro de 2010 p18

- 20 291

MEXIA Pedro ndash Ob cit 292

Na preparaccedilatildeo do plano propomos a leitura do anexo 5 entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues editor

da Sextante Editora 293

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada agrave Editora Sextante 294

TORRES Eduardo Cintra ndash Este livro tem um verbo In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 31 de

Outubro de 2009 p12

111

PUBLICACcedilAtildeO TIPO LIVRO DESDOBRAacuteVEL FOLHETO

Miolo

Dimensotildees da paacutegina ex 21x 297 cm

Nuacutemero de paacuteginas

Papel das paacuteginas exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem das paacuteginasmiolo exemplo 170g

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Descriccedilatildeo geral

Folheto ou desdobraacutevel no formato aberto

299 x 21 cm fechado com 2 dobras (3 laudas

ndash vincos tipograacuteficos) para o formato 21x10

cm

Capa

Tipo de papel exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo 350 g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Dimensotildees

Exemplo 299 x 21cm (aberto) 21 x 10 cm

(fechado)

Tipo de papel exemplo mate brilhante semi-

brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo150g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Figura nordm 30

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos de publicaccedilotildees

folhetosdesdobraacuteveis

Fonte Sofia Santos

Estamos perante o marketing editorial que segundo Joatildeo Rodrigues pode ser

definido como

laquoOs editores satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de

saber comunicar com todos os intermediaacuterios e com os leitores

Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e contacto

directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo

essenciais Tudo isto tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada

livro eacute um produto diferente e que exige diferentes esforccedilosraquo295

295

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues da Editora Sextante

112

Por outras palavras uma das primeiras acccedilotildees a efectuar seraacute no lanccedilamento das

publicaccedilotildees ou durante o periacuteodo em que decorre o evento a que estaacute ssociado optar por

um desconto nas ediccedilotildees (promoccedilatildeo de vendas) A mesma promoccedilatildeo poderaacute ser

efectuada nas acccedilotildees educativas cujo o melhor trabalho apresentado sobre o livro em

questatildeo teraacute direito por exemplo a usufruir de uma visita orientada ao arquivo ter o

seu trabalho publicado no site ou numa brochurajornal como forma de recompensa No

caso de um novo instrumento descritivo a sua disseminaccedilatildeo poderaacute ser concretizada

entre utilizadores jaacute fidelizados e entre os que estatildeo a dar os primeiros passos de

pesquisa nos arquivos e que natildeo conhecem ainda bem o acervo existente nestes espaccedilos

O sucesso destes produtos tambeacutem se define pela forma como passa a sua

mensagem ao puacuteblico-alvo o que tambeacutem eacute indissociaacutevel da forma de distribuiccedilatildeo

Existem vaacuterias possibilidades

a) por correio a partir da lista protocolar pode-se efectuar uma listagem das

pessoasassociaccedilotildeesserviccedilosinstituiccedilotildees a quem os arquivos pretendem

oferecer as suas ediccedilotildees Estes podem ser acompanhados de cartas

personalizadas consoante o grupo ou pessoa

b) venda nas lojas dos arquivos quando existem eou atraveacutes de parcerias que

permitem colocar estas publicaccedilotildees em livrarias de localidade lojas de

organismos semelhantes como museus bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo

c) distribuiccedilatildeo matildeo a matildeo em locais previamente pensados frequentados

pelos consumidores

d) utilizaccedilatildeo de parcerias com organismos privados com e sem fins culturais

e do Postal Free

Como elemento integrante da publicidade temos a divulgaccedilatildeo das funccedilotildees e das

actividades dos arquivos na comunicaccedilatildeo social como veremos jaacute a seguir interligada

agraves acccedilotildees de relaccedilotildees puacuteblicas

Outra forma dos arquivos se distinguirem das restantes unidades de informaccedilatildeo

aleacutem do proacuteprio acervo arquiviacutestico das colecccedilotildees de referecircncia dos instrumentos de

113

descriccedilatildeo documental e dos desdobraacuteveis seraacute a existecircncia de quadros qualificados para

prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais eficiente e rigoroso

Como eacute comummente sabido um lugar eacute feito por e pelas pessoas Por isso haacute

que saber comunicartransmitir de forma correcta a imagem destes espaccedilos e ter

determinadas atitudes pessoais como o bom humor para contribuir para o

desenvolvimento da dimensatildeo pessoal e emotiva o tempo e a qualidade de resposta

fornecida e a forma como se atende uma chamada e o tempo de atendimento por

exemplo Quando esse apoio eacute feito agrave distacircncia como na Internet natildeo invalida a

importacircncia do trabalho executado pelos profissionais da informaccedilatildeo296

No caso de apoio a entidades puacuteblicas e privadas todo o material produzido

pode ser dado a conhecer atraveacutes de reuniotildees e relatoacuterios perioacutedicos para que tambeacutem

se efectuem avaliaccedilotildees pontuais sobre o serviccedilo efectuado

Nas exposiccedilotildees para aleacutem dos cuidados da sua montagem e identificaccedilatildeo do

puacuteblico-alvo haacute que conceber a imagem global do projecto que deveraacute ser atraente de

forma a cativar o mercado fiel e potencial Outros cuidados a ter em nossa opiniatildeo seraacute

o tipo a cor e o tamanho de letra espaccedilamento do texto aliado agrave relaccedilatildeo entre texto e

imagem forma de impressatildeo e suporte (figura nordm 31)

Proposta de textos para telas

Texto Introdutoacuterio GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Tiacutetulo GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Texto GILL SANS LIGHT Tamanho 48 PT

Citaccedilatildeo GILL SANS LIGHT Tamanho 40 PT

Legendas GILL SANS LIGHT Tamanho 25 P

Espaccedilamento duplo

Figura nordm 31

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo mostra documental

Fonte Sofia Santos

Tudo isto contribui uma vez mais para a comunicaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental Para que estes projectos natildeo morram agrave nascenccedila alia-se laquouna adecuada

296

Em 2000 a CNN lanccedilou um inqueacuterito nos Estados Unidos da Ameacuterica com a seguinte questatildeo

laquoPodemos afirmar que se encontra tudo na Internet Ainda necessita de bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo A

resposta foi claramente esclarecedora com 86 dos votos para a resposta laquoSim o sistema decimal

Dewey ainda se encontra actual eu utilizo bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo [on line] [Consultado a 8 de

Fevereiro de 2007] Disponiacutevel URL httpwwwcnncom2000CAREERtrends1128librarians

114

poliacutetica (hellip) que permita una relacioacuten planificada continuada y profesional com los

medios de comunicacion sea prensa radio o televisioneraquo297

Seraacute entatildeo necessaacuterio dividir a sua divulgaccedilatildeo em trecircs etapas

Num primeiro momento procede-se ao envio de convites para a inauguraccedilatildeo da

exposiccedilatildeo de acordo com lista protocolar que deve estar sempre actualizada envio de

material graacutefico agraves entidades do exterior (cartazes cataacutelogos e desdobraacuteveis da

exposiccedilatildeo etc) O envio de newslleters revela-se eficaz aleacutem de econoacutemico e amigo do

ambiente porque chega a um leque grande de pessoas num curto espaccedilo de tempo

exige poucos reursos humanos e a informaccedilatildeo existente eacute concisa e directa

Numa segunda fase estabelece-se ligaccedilatildeo com os oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Para o efeito propotildee-se o envio de nota de imprensa ndash referente apenas a um uacutenico

assunto ndash com cerca de trecircs meses de antecedecircncia quando eacute imprensa nacional e entre

quinze a oito dias na imprensa local ou regional Posteriormente o responsaacutevel pela

comunicaccedilatildeo deveraacute entrar em contacto com o jornalista para garantir que entendeu a

mensagem se tem interesse e quando vai sair a notiacutecia

Um dia antes do evento ou no proacuteprio dia poderaacute ser convocada uma

conferecircncia de imprensa para apresentar aos jornalistas um dossiecirc de imprensa ndash

briefing ndash contendo uma breve sinopse do projecto ficha teacutecnica (tema da exposiccedilatildeo e

nome de todos os colaboradores) objectivos gerais e especiacuteficos datas horaacuterios e local

da exposiccedilatildeo iniciativas educativas caso existam o cataacutelogo e o preccedilo se for esse o

caso que poderaacute ser tambeacutem entregue em CD com imagens digitalizadas Normalmente

este tipo de iniciativa eacute realizada ao final da tarde mas eventualmente pode-se optar por

uma hora que seja mais conveniente a todos O local de apresentaccedilatildeo neste caso seraacute

onde estaacute patente a exposiccedilatildeo

Ainda sobre a imprensa escrita conveacutem conhecer bem as temaacuteticas dos

perioacutedicos pois nem todos datildeo igual importacircncia agrave mesma notiacutecia Aos jornais ditos

culturais a forma como eacute explicada a exposiccedilatildeo deveraacute ser mais ampla do que aos

jornais geneacutericos Mas uma coisa eacute certa os artigos criados devem responder sempre

quem o quecirc quando onde porquecirc e para quecirc

Os arquivistas podem recorrer a outros meios de comunicaccedilatildeo social como agrave

televisatildeo e agraves raacutedios regionais e locais298

Destes recursos as raacutedios regionais e locais

297

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Obcit p 29

115

revelam-se vantajosas porque tecircm largas audiecircncias proporcionando uma publicidade

gratuita das actividades que se querem divulgar Anunciar regularmente os eventos pode

ser uma soluccedilatildeo a seguir

Outra forma gratuita de divulgaccedilatildeo eacute o uso das agendas culturais das cacircmaras

municipais eou das direcccedilotildees regionais da cultura os blogues e as redes sociais que

por norma atraem um puacuteblico que agrave partida nunca visitaria um arquivo

Paralelamente a estas formas de comunicaccedilatildeo natildeo podemos deixar de referir

que a utilizaccedilatildeo do site da instituiccedilatildeo eacute fundamental Caso os clientes natildeo se possam

deslocar ao espaccedilo fiacutesico deveremos facultar-lhes o projecto atraveacutes de uma visita

virtual ou entatildeo elaborar um PDF com textos e imagens sobre a mesma

Deste tipo de iniciativas enquanto o evento estiver patente decorrem outras

formas de divulgaccedilatildeo guiasroteiros da exposiccedilatildeo (que deveratildeo ser elaborados a pensar

em dois segmentos puacuteblico em geral e populaccedilatildeo estudantil e com uma linguagem

adequada a cada um destes nichos) cartazes e convites com visual semelhante ao da

exposiccedilatildeo

Apoacutes o seu teacutermino ndash terceiro momento - poderaacute escrever-se um novo artigo

para a comunicaccedilatildeo social e para o site do arquivo com a divulgaccedilatildeo dos resultados

estatiacutesticos e qualitativos da exposiccedilatildeo Esta seraacute uma forma de perpetuar a informaccedilatildeo

sobre projectos deste tipo e sensibilizar um maior nuacutemero de pessoas para os serviccedilos

prestados pelos arquivos

Agrave volta de um evento os Serviccedilos Educativos podem ainda conceber e

dinamizar actividades pedagoacutegicas que contribuem igualmente para o conhecimento do

acervo e das funccedilotildees dos arquivos A forma de comunicaccedilatildeo destas actividades mesmo

que estas sejam autoacutenomas poderaacute ser por

a) convite directo junto das escolas associaccedilotildees ofiacutecio telefone fax e-mail ndash

eacute a adaptaccedilatildeo da chamada forccedila de venda

b) reuniotildees com as entidades requerentes acompanhadas por dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das actividades com visual graacutefico e mensagem adaptada ao

grupo pretendido ndash aplicaccedilatildeo do marketing directo

298

Em Portugal os programas culturais transmitidos satildeo em nuacutemero reduzido e os que haacute se calhar

tendo em consideraccedilatildeo o grande nuacutemero de informaccedilotildees enviadas optam apenas por mencionar estas

iniciativas numa breve nota de rodapeacute

116

c) envio de notas de imprensa divulgaccedilatildeo no site newsletters ndash publicidade e

marketing directo

d) envio do programa educativo no iniacutecio do ano lectivo ndash tambeacutem marketing

directo

Aquando da dinamizaccedilatildeo das suas acccedilotildees pedagoacutegicas propomos igualmente

que o teacutecnico adequacutee a expressatildeo oral e corporal ao nicho presente Soacute assim uma vez

mais se consegue apresentar um trabalho com qualidade e rigor

Os organismos culturais podem ainda fazer uso de viacutedeos de cartazes e do

mobiliaacuterio urbano ndash placards e paragens de autocarro como forma de divulgaccedilatildeo destas

iniciativas De facto esta divulgaccedilatildeo consoante a sua qualidade venderaacute uma imagem

negativa ou positiva dos mesmos resultando daqui comentaacuterios que os utilizadores

trocaratildeo entre si Estamos perante o buzz marketing que eacute a passagem de informaccedilatildeo de

boca-a-orelha laquoNo iniacutecio o cliente experimenta o serviccedilo falando em seguida dele agrave

sua famiacutelia amigos ou relaccedilotildees as pessoas A e Braquo299

Outro aspecto que devemos ter em atenccedilatildeo quanto agrave promoccedilatildeo dos organismos eacute

a Internet Dentro das suas ferramentas mais comuns apresentamos a seguir um quadro

efectuado por Wagner Junqueira de ARAUgraveJO sobre as suas caracteriacutesticas e cuidados a

ter com o seu uso (figura nordm 32)

299

EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Ob cit p103

117

Ferramenta Utilizaccedilatildeo

Precauccedilotildees

Banner Normalmente utilizado nas

paacuteginas iniciais de portais ou

sites Natildeo existem restriccedilotildees

agrave sua utilizaccedilatildeo Eacute uma das

ferramentas mais efectivas

para a promoccedilatildeo do site

Pode ser utilizado em qualquer parte d uma

paacutegina Web mas eacute preciso tomar cuidado

para natildeo causar poluiccedilatildeo visual no site Eacute

necessaacuterio evitar a utilizaccedilatildeo excessiva de

banners bem como as cores muito fortes

Correio electroacutenico Pode gerar os melhores

iacutendices de retorno Deve ser

utilizado para promoccedilatildeo

quando as listas de

distribuiccedilatildeo satildeo de grupos de

interesses comuns e o item a

ser promovido deve fazer

parte do contexto de interesse

do grupo

Um ponto importante ao se utilizar e-mail eacute

possuir uma estrutura para responder de

maneira raacutepida agraves mensagens recebidas

pois a accedilatildeo de enviar um e-mail pode gerar

um e-mail resposta do destinataacuterio Para

ampliar a receptividade ao e-mail

promocional eacute recomendado que se

obtenha permissatildeo do destinataacuterio Utilizar o e-mail em listas de grupos

heterogeacuteneos natildeo apresenta bons resultados Pop-up Pode ser utilizado para

promover um produto item

ou determinada aacuterea de um

site ou portal Web Sua

utilizaccedilatildeo deve ser

esporaacutedica

Natildeo se deve utilizar o pop-up de forma

contiacutenua pois a exposiccedilatildeo pode fazer com

que o usuaacuterio feche a janela antes mesmo

de visualizar o seu conteuacutedo

Webcasting Utilizaccedilatildeo semelhante agrave

pop-up no entanto deve ser

utilizado quando a promoccedilatildeo

exige um apelo visual mais

forte

Eacute necessaacuterio que o puacuteblico-alvo possua

acesso raacutepido agrave Internet e bom

equipamento pois consome muito recursos

de processamento de estaccedilatildeo de trabalho e

rede de computadores Nem todos os

browsers suportam esta aplicaccedilatildeo Site Web Pode ser utilizado para

promover produtos ou

empresas A utilizaccedilatildeo de um

site como folder promocional

eacute a forma mais antiga e

primaacuteria de se utilizar a Web

como canal de promoccedilatildeo

As informaccedilotildees devem ser constantemente

actualizadas Informaccedilotildees desatualizadas

desabilitam a funccedilatildeo do site como canal de

divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees

Ferramentas de busca Podem ser utilizadas quando

se deseja promover um site

ou portal

Seu retorno nem sempre eacute dos melhores por

causa da quantidade de informaccedilotildees jaacute

existentes na Web Figura nordm 32

Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Fonte ARAUgraveJO Wagner Junqueiro ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo no portal Rede Governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p165

O apoio a iniciativas de iacutendole cientiacutefica e cultural como acccedilotildees de formaccedilatildeo

coloacutequios seminaacuterios mesas redondas debates e publicaccedilotildees de artigos em revistas

118

especializadas na aacuterea das Ciecircncias de Informaccedilatildeo constituem outra forma de difusatildeo e

de promoccedilatildeo do conhecimento deste tipo de instituiccedilotildees

Estabelecer parcerias entre organismos privados e puacuteblicos com instituiccedilotildees

congeacuteneres ou distintas permite tambeacutem divulgar as funccedilotildees fim dos arquivos Daqui

pode resultar o patrociacutenio300

eou o mecenato considerada a laquoprimeira forma de

associaccedilatildeo entre capital e culturaraquo301

(figura nordm 33)

Tipo de actividade Patrociacutenio Mecenato

Motivaccedilatildeo Comercial Social ou pessoal

Objectivos Notoriedade imagem de marca

endomarketing relacionamento

com a sociedade etc

Participaccedilatildeo social da satisfaccedilatildeo

pessoal do mecenas

Contrapartida Comercial (investimento na

marca empresa)

Social (investimento na

sociedade)

Exploraccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo

Sim Natildeo

Continuidade Fundamental Desejaacutevel

Inter-relaccedilotildees Com as demais ferramentas de

comunicaccedilatildeo da empresa

Com o programa de

responsabilidade social da

empresa Figura nordm 33

Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Fonte REIS Ana Carla Fonseca ndash Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira

Satildeo Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p14

Relativamente ao patrociacutenio os arquivos puacuteblicos podem conquistar as empresas

privadas para as suas actividades atraveacutes da elaboraccedilatildeo de uma estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo dirigida Para tal os arquivistas poderatildeo apresentar agraves empresas um dossiecirc

de parcerias em que conste

a) o enquadramento histoacuterico-institucional da instituiccedilatildeo definindo bem a sua

missatildeo visatildeo e valores Este eacute um ponto forte para que os arquivos

demonstrem o seu valor social enquanto preservadoresconservadores do

patrimoacutenio documental

b) a apresentaccedilatildeo do projecto A finalidade objectivos gerais e objectivos

especiacuteficos e as vantagens desta iniciativa satildeo pontos a constar Deve-se

300

FUGUEgraveRAS daacute-nos um exemplo de patrociacutenio feito pelo Instituto Municipal del Paisage Urbano y

Calidadde Vida em 2001 ao Arquivo Municipal de Barcelona laquoBarcelona hagamos memoriaraquo

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Imagen Marketing y Comunicacioacuten In Archivos y cultura manual

de dinamizacioacuten Ediocines Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 35 301

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 4

119

igualmente demonstrar o que seraacute vendido o retorno do investimento

previsto e as vantagens comparativas de investimento face a outras

ferramentas de comunicaccedilatildeo (publicidade promoccedilotildees)

c) identificar a equipa que faz parte do evento ou seja indicar laquoquem eacute quemraquo

e as suas funccedilotildees Se por exemplo na organizaccedilatildeo de uma exposiccedilatildeo o

Comissaacuterio Cientiacutefico for de renome o trabalho que estaacute a ser executado

ficaraacute ainda mais valorizado

d) apresentar uma lista pormenorizada dos bens necessaacuterios a adquirir

indicando os respectivos custos e fornecedores

e) enunciar os benefiacutecios econoacutemicos financeiros e sociais que podem advir

das parcerias com estes organismos culturais

f) Outras motivaccedilotildees podem ser demonstradas

120

Motivos para patrocinar

Explicaccedilatildeo

Aumento da fidelidade agrave marca Num ambiente de negoacutecio cada vez mais competitivo

torna-se fundamental as empresas imporem-se no

mercado para sobreviverem Darem-se a conhecer

atraveacutes de organismos culturais proporciona formas de

incremento da sua marca e aumento da lealdade dos

clientes aos seus produtosserviccedilos

Criar visibilidade Sempre que apoiam as actividades dos arquivos o

nome da empresa aparece permitindo uma ainda maior

visibilidade das empresas patrocinadoras Ou seja

deixam de recorrer apenas agrave publicidade tradicional

para se darem a conhecer atraveacutes de outras empresas

Mudar ou reforccedilar imagem Para alargar as vantagens competitivas credibilizar e

reforccedilar a sua mensagem o estabelecer parcerias

poderaacute ser uma forma de ampliar os seus lucros a

meacutedio e longo prazo ao fidelizar e conquistar novos

puacuteblicos

Responsabilidade social Contribuir para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico como parte integrante da memoacuteria

colectiva local regional e nacional

Incentivar vendas Associar o patrociacutenio aos arquivos poderaacute originar o

aumento de vendas e divulgaccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Reforccedilar atributos da marca e

diferenciaccedilatildeo

O estabelecer parcerias permite melhorar os laccedilos com

os consumidores posicionar a sua marca no mercado e

impulsionar as vendas A sua imagem puacuteblica sai

igualmente reforccedilada permitindo distinguir-se no meio

social

Entreter clientes De acordo com as listas protocolares seratildeo enviados

convites sobre as principais actividades dos arquivos

como exposiccedilotildees incorporaccedilotildees e lanccedilamento de

publicaccedilotildees permitindo o conviacutevio entre estes os

funcionaacuterios da empresa patrocinadora e clientes

Recrutar reter colaboradores A empresa patrocinadora poderaacute premiar os seus

clientes internos ao dar convites para exposiccedilotildees

visitas orientadas acccedilotildees de formaccedilatildeo descontos nas

lojas destes espaccedilos e contacto directo com as fontes

primaacuterias mas respeitando sempre os princiacutepios de

comunicabilidade

Oportunidades de merchandising Mostrar o produto eacute fazer merchandising Por outras

palavras ao promover bens no ponto-de-venda

com referecircncia agrave sua parceria com Arquivos estaraacute a

dar destaque agrave sua actividade enquanto entidade

patrocinadora Tudo isto pode influenciar o

consumidor na altura de decidir a aquisiccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Combater maiores orccedilamentos Pequenas e meacutedias empresas tambeacutem podem ser

patrocinadoras Este tipo de parcerias poderaacute mesmo

ser um veiacuteculo difusor da sua imagem e marca para

combater multinacionais com orccedilamentos

completamente gigantescos

Figura nordm 34

Exemplos de motivos para patrocinar

Fonte Sofia Santos

121

Acerca do mecenato cultural no caso portuguecircs este encontra-se regulamentado

nos termos do Capiacutetulo X do Estatuto dos Benefiacutecios Fiscais (Benefiacutecios Fiscais

Relativos ao Mecenato) diploma aprovado pelo Decreto-Lei nordm 21589 de 1 de Julho

na redacccedilatildeo dada pela Lei nordm 53-A2006 de 29 de Dezembro e na redacccedilatildeo dada pelo

Decreto-Lei nordm 1082008 de 26 de Junho

Saliente-se que os pedidos para enquadramento no Estatuto dos Benefiacutecios

FiscaisMecenato se reportam aos agentes culturais privados devendo anteceder a fase

negocial para captaccedilatildeo dos donativos junto dos potenciais mecenas (pessoas colectivas

eou individuais) e devem ser dirigidos agrave Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Relaccedilotildees Puacuteblicas

Documentaccedilatildeo e Arquivo desta Secretaria-Geral (Lisboa) ou junto das Direcccedilotildees

Regionais da Cultura (Regiotildees Autoacutenomas) As pessoas colectivas sujeitas agrave

administraccedilatildeo directa do Estado estatildeo isentas deste tipo de reconhecimento302

Neste contexto surge o marketing cultural que usa a cultura como laquobase e

instrumento para transmitir determinada mensagem (e a longo prazo desenvolver um

relacionamento) a um puacuteblico especiacutefico sem que a cultura seja a atividade fim da

empresaraquo303

A niacutevel puacuteblico a legislaccedilatildeo vigente sobre financiamento de projectos culturais

eacute explicitada no Decreto-Lei nordm 2252006 de 13 de Novembro diploma que estabelece

o regime de atribuiccedilatildeo de apoios financeiros do Estado atraveacutes do Ministeacuterio da

Cultura agraves Artes304

Na Uniatildeo Europeia por Decisatildeo da Comissatildeo de 20 de Abril de

2009 que institui a laquoAgecircncia de Execuccedilatildeo relativa agrave Educaccedilatildeo ao Audiovisual e agrave

Culturaraquo para a gestatildeo da acccedilatildeo comunitaacuteria nos domiacutenios da educaccedilatildeo do audiovisual

e da cultura em aplicaccedilatildeo do Regulamento (Comissatildeo Europeia) nordm 582003 do

Conselho (2009336CE) e a Decisatildeo nordm 13522008CE do Parlamento Europeu e do

Conselho de 16 de Dezembro de 2008 que altera a Decisatildeo nordm 18552006CE que

302

A legislaccedilatildeo sobre mecenato e outra informaccedilatildeo complementar sobre este assunto pode ser consultada

em httpwwwportaldaculturagovptprogramasapoiosPagesmecenatoaspx paacutegina oficial do

Ministeacuterio da Cultura 303

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 12 304

Existe mais legislaccedilatildeo especiacutefica sobre a promoccedilatildeo de sistemas de apoios financeiros em actividades

profissionais nos mais diversos domiacutenios das Artes do Espectaacuteculo Artesanato Artes Plaacutesticas Cinema

Multimeacutedia Recintos Culturais entre outras Aconselhamos ainda a consulta dos sites especiacuteficos de

vaacuterios organismos sob tutela do Ministeacuterio da Cultura designadamente Direcccedilatildeo-Geral das Artes

Direcccedilatildeo-Geral do Livro e das Bibliotecas Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Instituto do Cinema e do

Audiovisual Inspecccedilatildeo-Geral de Actividades Culturais outros (wwwportaldaculturapt)

122

institui o Programa laquoCulturaraquo (2007-2013) eacute legislaccedilatildeo que tambeacutem deve ser

consultada para efeitos de apoios monetaacuterios

Outra forma de publicitaccedilatildeo reconhecimento dos arquivos puacuteblicos e dos seus

profissionais e captaccedilatildeo de recursos financeiros seraacute a existecircncia de uma Associaccedilatildeo de

Amigos do Arquivo Da pesquisa efectuada em Portugal existem trecircs associaccedilotildees do

geacutenero a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel305

que foi

pioneira a Associaccedilatildeo dos Amigos da Torre do Tombo criada em 2004 e formada em

iniacutecio de 2009 a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Distrital do Porto Sobre os

objectivos destas associaccedilotildees sintetizamos a informaccedilatildeo na seguinte tabela (figura nordm

35)

305

No anexo 6 transcrevemos a entrevista efectuada a Paula Fernandes arquivista responsaacutevel pela

criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

123

Identificaccedilatildeo da

Associaccedilatildeo

Ano da

constituiccedilatildeo

Missatildeo

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Municipal

de Penafiel (AAP)

2003 1 ndash Os Amigos tecircm como objectivo o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel

e regiatildeo e do Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se

nomeadamente

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de

recuperaccedilatildeo da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio

arquiviacutestico do concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou

de depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais

teacutecnicos ou de contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que

o Arquivo necessite para seu funcionamento nomeadamente material

necessaacuterio ao tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos

fundos arquiviacutesticos pertenccedilas do Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal

bem como a realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais

ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe

seja solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios

ou seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a

realizaccedilatildeo dos fins que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios

jornadas e cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do

Concelho e regiatildeo com a Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e

do Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Associaccedilatildeo dos

Amigos da Torre

do Tombo (AATT)

2004 1 Cooperar com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e apoiaacute-lo na

promoccedilatildeo realizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos seus objectivos culturais

2 Realizar um programa anual de iniciativas a levar a efeito no acircmbito

dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

3 Editar e apoiar a ediccedilatildeo de trabalhos de investigaccedilatildeo que tenham

como fonte principal os fundos documentais guardados no Arquivo

Nacional da Torre do Tombo

4 Contribuir para o melhor conhecimento e para a valorizaccedilatildeo dos

fundos do Arquivo

5 Dar apoios e fornecer informaccedilatildeo a investigadores que trabalhem no

acircmbito dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do

Tombo

Nota os seus estatutos e site satildeo autoacutenomos da DGARQ

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Distrital

do Porto

(AAADD)

2009 - Contribuir para a promoccedilatildeo salvaguarda e divulgaccedilatildeo do acervo

patrimonial do Arquivo Distrital do Porto respeitando as poliacuteticas

arquiviacutesticas emanadas pela tutela do arquivoraquo

Figura nordm 35

Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos portugueses

Fonte Sofia Santos

124

A niacutevel internacional destacamos a Friends of the Nacional Archives Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha fundada em 1998 que tal como as nossas associaccedilotildees tem

por missatildeo a salvaguarda conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo da documentaccedilatildeo da Inglaterra306

Da anaacutelise das suas funccedilotildees damos a conhecer os trabalhos que tecircm sido

desenvolvidos

a) trabalhos de conservaccedilatildeo e restauro de documentos

b) ediccedilatildeo de cataacutelogos produtos informativos brochuras jornais e instrumentos

de descriccedilatildeo documental

c) realizaccedilatildeo de congressos conferecircncias mesas redondas e workshops

d) dinamizaccedilatildeo de actividades educativas e de extensatildeo cultural

e) acessibilidade de bases de dados

Sobre as vantagens em ser-se amigo de um arquivo seraacute como acontece nos

museus desconto nos produtos das respectivas lojas nas conferecircncias e na restauraccedilatildeo

acesso a visitas exclusivas agraves aacutereas teacutecnicas contactos directos com alguns novos

fundos incorporados desde que seja respeitado o princiacutepio da comunicabilidade ofertas

de boletins e cataacutelogos das exposiccedilotildees oferta do cartatildeo de leitor parque de

estacionamento gratuito e convites para a inauguraccedilatildeo de exposiccedilotildeesmostras

Natildeo podemos deixar de referir que uma das formas que promove bem estes

espaccedilos tal como acontece no Museu de Soares dos Reis no Porto e no Museu de Arte

Sacra em Lisboa eacute a zona de restauraccedilatildeo Este serviccedilo quando eacute bom atrai um leque de

puacuteblico bastante diversificado que se calhar de outra forma nunca frequentariam ou

saberiam sobre a existecircncia destes organismos e das suas funccedilotildees

Perante a descriccedilatildeo do Pacutede promoccedilatildeo concordamos com Neil KOTLER e Philip

KOTLER307

quando afirmam que as ferramentas de comunicaccedilatildeo podem ser divididas

306

Para saber mais sobre o trabalho que tem vindo a ser efectuado sugerimos a consulta do site

httpwwwnationalarchivesgovukget-involvedfriendshtm Sugerimos tambeacutem a consulta do anexo 7

entrevista realizada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a Chris Mumby - Head of

Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha para saber como este arquivo aplica o

marketing 307

KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p262

125

em quatro partes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas e marketing

directo Vejamos a sua siacutentese (figura nordm 35)

Publicidade Promoccedilatildeo de

vendas Relaccedilotildees

Puacuteblicas Marketing

directo Logoacutetipos

Produtos

Informativos

Marcadores

Cartazes

Flyers

Ediccedilotildees

Viacutedeos

institucionais

Internet

Comunicaccedilatildeo

Social (raacutedio

imprensa

televisatildeo)

Redes de mupies

Spots de TV e

Raacutedio

Ediccedilotildees

Merchadising

Mostras e

exposiccedilotildees

documentais

Descontos nas

ediccedilotildees

Preacutemios na

participaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas

(publicaccedilotildees em

jornais

exposiccedilotildees

visitas

orientadas

sugestotildees)

Equipa

qualificada

Actividades

educativas e

culturais

Reuniotildees e

relatoacuterios de

actividades

Dossiecircs de

actividades e de

imprensa

Mecenato

Associaccedilatildeo dos

Amigos dos

Arquivos

Contactos

individuais (cara-

a-cara)

Ofiacutecios

Telefone

Fax

Newsletter

E-mail

Figura nordm 36

Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

E os arquivos distritais portugueses aplicaratildeo estas quatro ferramentas da

comunicaccedilatildeo Pela observaccedilatildeo dos inqueacuteritos podemos dizer que natildeo O convite

directo o site e o uso dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social eacute comum a todos os arquivos

distritais mas os ofiacutecios e circulares apenas satildeo mencionados nos inqueacuteritos de Castelo

Branco Eacutevora Portalegre Santareacutem e Vila Real e o mailing list e as newsletters nos

arquivos de Guarda e de Leiria

Grupo IV 4 Como datildeo a conhecer as acccedilotildees desenvolvidas pelo vosso Arquivo

126

Figura nordm 37

Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

A partir da aplicaccedilatildeo dos inqueacuteritos afirmamos que os conceitos mercadoloacutegicos

natildeo satildeo utilizados de forma consciente ou por vezes satildeo confundidos Este eacute o caso do

Arquivo Distrital de Beja que afirma formas de divulgaccedilatildeo das suas iniciativas e

serviccedilos mas que natildeo aplica o marketing por existecircncia de um nuacutemero reduzido de

funcionaacuterios (apenas 2 teacutecnicos superiores e 3 teacutecnicos profissionais de arquivo)

Outros apenas associam o marketing agrave divulgaccedilatildeo de actividades como eacute o caso

dos Arquivos Distritais de Setuacutebal e de Vila Real

A Drordf Leonor Lopes directora do Arquivo de Santareacutem apresenta uma opiniatildeo

diferente Esta colega considera que mesmo que natildeo queiramos o marketing estaacute

presente nos nossos serviccedilos Neste caso apesar das carecircncias orccedilamentais o marketing

pode sempre ser utilizado ainda que o seja de uma forma empiacuterica (figura nordm 38)

Figura nordm 38

Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

Identificaccedilatildeo do

Arquivo Distrital Sim Natildeo Justificaccedilatildeo

Angra do Heroiacutesmo

- Accedilores

Ap

lica

as

ferr

am

enta

s d

e m

ark

etin

g n

o s

eu a

rqu

ivo

X Natildeo justifica

Beja

X Dado o reduzido nuacutemero de funcionaacuterios o arquivo distrital de Beja natildeo possui serviccedilos de preservaccedilatildeo ou educativos

mas aacutereas de actuaccedilatildeo nesses campos

Castelo Branco

X Natildeo justifica

Eacutevora

X Sim atraveacutes de publicitaccedilatildeo nos oacutergatildeos regionais de comunicaccedilatildeo social

Guarda X

Atraveacutes da paacutegina Web da newsletter de folhetos de divulgaccedilatildeo informaccedilatildeo de serviccedilos

Leiria

Natildeo responde

Portalegre X

Atraveacutes do site institucional intranet da DGARQ e ofiacutecios e informaccedilotildees

Santareacutem X

O Marketing eacute uma aacuterea muito vasta e eacute difiacutecil natildeo utilizar uma ou outra ferramenta Este arquivo devido agraves suas

limitaccedilotildees financeiras e de pessoal teacutecnico tem algumas dificuldades em aplicar algumas das que melhor nos serviriam

por exemplo soacute no ano passado conseguimos destacar do nosso orccedilamento verbas para podermos imprimir cartotildees de

cumprimentos e de visita Muitas das acccedilotildees que desenvolvemos satildeo divulgadas em parceria com outros organismos

Existem no entanto algumas como a elaboraccedilatildeo de uma newsletter que satildeo ainda possiacuteveis de utilizar mesmo com tais

constrangimentos e que ainda natildeo desenvolvemos

Setuacutebal

X Considero que seria conveniente e interessante a sua aplicaccedilatildeo com vista agrave divulgaccedilatildeo e difusatildeo das actividades do

Arquivo Distrital

Viana do Castelo X

O Arquivo Distrital de Viana do Castelo utiliza ferramentas de caraacutecter analiacutetico no acircmbito dos sistemas de

informaccedilatildeo de marketing

As ferramentas mais utilizadas satildeo planos de comunicaccedilatildeo a partir de estudos do perfil do utilizador

Os indicadores a que se recorre mais frequentemente satildeo a medida do grau de satisfaccedilatildeo dos clientes e a anaacutelise da

eficaacutecia de resposta mediante o produto ou serviccedilo prestado

Vila Real X

O Arquivo Distrital de Vila Real utiliza o seu Web site como ferramenta de marketing fornecendo informaccedilotildees gerais e

dando conhecimento das suas actividades

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos

A aplicaccedilatildeo e os itens de um plano estrateacutegico de marketing podem variar de

acordo com as circunstacircnciassituaccedilatildeo de cada organismo como jaacute foi referido

A partir do processo de planificaccedilatildeo apresentado por Neil e Philip KOTLER no

livro laquoEstrateacutegias y marketing de museosraquo - figura nordm 39 ndash decidimos agrave luz do estudo

realizado analisar interpretar e exemplificar cada uma das etapas sempre que possiacutevel

acompanhando-as de exemplos praacuteticos de acordo com o nosso objecto de estudo os

arquivos puacuteblicos

SISTEMA DE PLANIFICACIIacuteON

ESTRATEacuteGICA DE MERCADO

Anaacutelisis del entorno

Entorno interno

Entorno de mercado

Entorno regulador

Entorno de la competencia

Macroentorno

darr

Anaacutelisis de recursos internos

(anaacutelisis de fuerzas y debilidades)

darr

Formulacioacuten de la misioacuten y las metas

Misioacuten

Objetivos

Metas

darr

Formulacioacuten de la estrategia

darr

DISENtildeO ORGANIZATIVO

darr

DISENtildeO DE SISTEMAS

Sistema de informacioacuten de marketing

Sistema de planificaciacuteon de marketing

Sistema de control de marketing

Figura nordm 39

Proceso de planificacioacuten estrateacutegica de mercado

129

Fuente KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos Editorial Ariel SA

BarcelonaISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p91

Analisar o ambiente interno e externo da organizaccedilatildeo eacute a primeira etapa que se

impotildee na implementaccedilatildeo do plano estrateacutegico do nosso trabajo do trabalho de um

arquivo puacuteblico

A partir daqui e mediante o que jaacute foi referido no Capiacutetulo IV podemos afirmar

que o ambiente dos Arquivos Puacuteblicos se constitui por dois tipos de stakeholders ou

clientes os internos e os externos

Nos internos correspondente ao marketing interno integram-se

1 o director(es) (entidade(s) maacutexima(s) deste oacutergatildeo) responsaacuteveis de serviccedilos

2 os funcionaacuterios geralmente divididos por serviccedilos

3 os mecenas e patrocinadores

4 os voluntaacuterios

Os externos relacionados com o micro-ambiente satildeo

1 os fornecedores ndash prestadores de bens materiais e culturais Quem sao estes

2 os clientes da organizaccedilatildeo (estudantes investigadores curiosos populaccedilatildeo em

geral e participantes das actividades educativas e culturais)

3 a comunicaccedilatildeo social (divulgaccedilatildeo das actividades)

5 os amigos dos arquivos

Neste grupo inclui-se ainda o macro ndash ambiente representado pelos oacutergatildeos da

administraccedilatildeo central regional e local

Para se perceber melhor como estes stakeholders (SH) internos e externos

interagem no seu ambiente com os Arquivos Puacuteblicos sintetizamos esta ideia na tabela

abaixo representada (figura nordm 40)

130

Stakeholders (SH) O que esperam os SH

dos Arquivos

O que esperam os

Arquivos dos SH

Internos

Director

Responsaacuteveis de

Serviccedilos

Bom desempenho e

inovaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Funcionaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

credenciaccedilatildeo e

formaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Voluntaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Mecenas e

Patrocinadores

Imagem

Marca

Desenvolvimento de

parcerias para

divulgar ainda mais

estes serviccedilos e

propiciar mais

produtos informaccedilotildees

Externos

Fornecedores de bens

materiais

Celeridade dos

pagamentos

Entrega dos bens em

tempo uacutetil e com

qualidade

Fornecedores de bens

culturais

Acessibilidade

conservaccedilatildeo e

preservaccedilatildeo da

documentaccedilatildeo

Valorizaccedilatildeo dos fundos

e colecccedilotildees

documentais

Clientes Externos Eficiecircncia

Eficaacutecia

Atendimento

personalizado

Acessibilidade

Utilizaccedilatildeo preferencial

dos serviccedilos

oferecidos e

correspondente

divulgaccedilatildeo

Oacutergatildeos da

administraccedilatildeo

Central Regional e

Local

Legibilidade

Boas praacuteticas

Imparcialidade

Equidade

Atribuiccedilatildeo de forma

racional de recursos e

cooperaccedilatildeo

institucional

Amigos dos Arquivos Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Comunicaccedilatildeo Social Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Figura nordm 40

Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Fonte Sofia Santos

131

Considerando ainda as expectativas associadas a cada segmentocliente interno e

externo julga-se uacutetil a apresentaccedilatildeo de uma matriz que resuma a estrateacutegia a aplicar por

estes organismos (figura nordm 43)

NIacuteVEL DE INTERESSE DOS Clientes Internos e Externo

Baixo Alto

PODER

Pouco

Esforccedilo miacutenimo

Fornecedores de bens

materiais

Manter informado

Mecenas e Patrocinadores

Amigos dos Arquivos

Voluntaacuterios

Muito

Manter satisfeito Comunicaccedilatildeo Social

Gerir em proximidade Director Responsaacuteveis de Serviccedilo

Funcionaacuterios

Clientes

Oacutergatildeo da Administraccedilatildeo Central

Regional e Local

Fornecedores de bens culturais

Figura nordm 43

Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Fonte Sofia Santos

Com reduzido interesse nas actividades dos Arquivos e pouco poder sobre as

acccedilotildees desenvolvidas encontramos por um lado os fornecedores de bens materiais

que apenas contribuem (de uma forma desligada e comercial) para manter o

funcionamento quotidiano do serviccedilo Numa conjuntura econoacutemica desfavoraacutevel a sua

forccedila eacute inversa pois sem miacutenimas condiccedilotildees de trabalho os projectos podem natildeo

concretizar-se devido agrave desmotivaccedilatildeo por parte dos funcionaacuterios O campo de actuaccedilatildeo

a comunicaccedilatildeo social eacute de baixo poder mas embora natildeo influencie directamente a

dinacircmica destes espaccedilos eacute utilizado como um veiacuteculo difusor das iniciativas permitindo

que a mensagem chegue a um leque mais alargado de utilizadores

Por contraposiccedilatildeo a estes SH os directores os responsaacuteveis de serviccedilos e seus

colaboradores devem estar envolvidos em todo o processo de trabalho de forma a

distinguirem-se qualitativamente de outros organismos congeacuteneres Daqui resultaraacute

para o exterior a imagem de uma equipa dinacircmica que trabalha com um objectivo

comum satisfazer as necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis de todos os clientes externos

associada a uma poliacutetica inovadora e de melhoria contiacutenua Este conjunto de SH tem

por conseguinte um niacutevel de interesse muito alto e com muito poder O mesmo grau de

satisfaccedilatildeo eacute tambeacutem sentido na administraccedilatildeo puacuteblica pois eacute dela que os arquivos

132

puacuteblicos dependem Daiacute a necessidade de dar a conhecer as suas planificaccedilotildees e

indicadores de desempenho de forma a canalizar mais e melhores recursos financeiros

humanos e logiacutesticos Por outro lado como jaacute escrevemos para sobrevirem na era

global e econoacutemica o caminho passaraacute cada vez pelas parcerias quer seja atraveacutes de

mecenato ou de patrociacutenio quer seja atraveacutes de candidaturas a financiamentos de

projectos culturais Haacute que mantecirc-los informados bem como aos voluntaacuterios da acccedilatildeo

do Arquivo Puacuteblico da aacuterea a que respeitam de forma a garantir e manter parcerias que

permitam promover e credibilizar a imagem dos arquivos dando-lhes notoriedade com

vista ao alargamento e fidelizaccedilatildeo de novos puacuteblicos Estamos com um grupo de

interesse alto que no entanto revela pouco poder no interesse que tecircm para estas

instituiccedilotildees porque geralmente todas as acccedilotildees reflectem sobretudo as vontades dos

colaboradores internos destes espaccedilos Quanto aos fornecedores de fundos

documentais atraveacutes de legados vendas incorporaccedilotildees permutas transferecircncias e

reintegraccedilatildeo fornecem aos arquivos conjuntos documentais de referecircncia tambeacutem

devem ser cativados pelos arquivos e pelos arquivistas pois satildeo eles tal como jaacute

referimos que o enriquecem diversificando a sua documentaccedilatildeo

Identificados os SH passamos agrave anaacutelise dos recursos internos ndash as forccedilas e as fraquezas

ndash para entatildeo estabelecerdefinir o puacuteblico-alvo deste tipo de instituiccedilotildees os seus

objectivos gerais e especiacuteficos os recursos necessaacuterios (humanos materiais

financeiros) e o seu plano de controlo de concepccedilatildeo e divulgaccedilatildeo a fim de se

posicionarem no meio social a que respondem de modo criativo e captativo que

promova a diferenciaccedilatildeo dos seus pares complementando-os Agrave medida que o projecto

avanccedila haacute que verificar e validar as acccedilotildees realizadas e identificar eventuais desvios agrave

sua concretizaccedilatildeo As auditorias que controlam e promovem as melhorias e observam a

sua prossecuccedilatildeo tecircm aqui um importante papel

Esta fase corresponde para noacutes ao diagnoacutestico das fraquezas

- Quais satildeo os obstaacuteculos que impedem a concretizaccedilatildeo dos projectos

Desconhecimento das funccedilotildees e acervo dos arquivos constrangimentos

financeiros causados por falta de autonomia financeira eventualmente agravada

com crises econoacutemicas carecircncia de nuacutemero de funcionaacuterios e com habilitaccedilotildees

adequadas falta de procedimentos internos satildeo alguns dos exemplos possiacuteveis

- O que fazemos mal Teraacute a ver com desconhecimento sobre quem satildeo os seus

verdadeiros utilizadores o nuacutemero de instrumentos de trabalho criados satildeo em

133

nuacutemero reduzido e natildeo correspondem agraves necessidades de quem os usufrui em

termos qualitativos

- Em que somos piores do que os nossos pares O atendimento o tempo de

resposta dada aos pedidos o horaacuterio ou a localizaccedilatildeo do Arquivo seratildeo questotildees

a ponderar

- O que ainda natildeo se fez para conquistar novos puacuteblicos-alvo Haacute que estudar o

meio envolvente para perceber o que estaacute a falhar na resposta das organizaccedilotildees

- Como transformar uma fraqueza numa oportunidade Apesar das fragilidades

demonstradas seraacute que eacute possiacutevel encontrar uma soluccedilatildeo viaacutevel Seratildeo questotildees

que poderatildeo ser resolvidas com uma equipa de trabalho coesa e competente e

com apresentaccedilatildeo de produtos novos ou mesmo uma reajustamento face agrave

procura

E tambeacutem ao diagnoacutestico das forccedilas

- Como estaacute organizado o serviccedilo(s) A implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho eacute uma mais-valia para perceber quais satildeo os objetivos fins da missatildeo

visatildeo e valores da instituiccedilatildeo que aplica as ferramentas de marketing

- O que fazemos bem Haacute que saber bem definir o composto de marketing para

os gestores e informaccedilatildeo se aperceberem quais satildeo as principais linhas

orientadoras dos seus serviccedilos

- Em que somos melhores que instituiccedilotildees nossas similares Esta questatildeo

significa mesmo o que temos para oferecer de diferente dos nossos

- Quem eacute o nosso cliente O estudo do meio ambiente eacute fulcral para uma vez

mais satisfazer os diferentes nichos internos e externos

Esta reflexatildeo que deve ser feita regularmente e obriga a uma constante

interacccedilatildeo entre os diferentes agentes coloca-nos perante a matriz SWOT que poderaacute

ser exemplificada como se demonstra a seguir (figura nordm 41)

134

Figura nordm 41

Matriz SWOT

Legenda (-) Interacccedilatildeo negativa potencia a Ameaccedila ou desperdiccedila a Oportunidade

(+) Interacccedilatildeo positiva combate a Ameaccedila ou aproveita a Oportunidade

Fonte Sofia Santos

PONTOS FRACOS PONTOS FORTES

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AMEACcedilAS

FALTA DE

AUTONOMIA

ADMINISTRATIVA E

FINANCEIRA - -

CONJUNTURA

ECONOacuteMICA

DESFAVORAacuteVEL - - - - + + + + +

DESCONHECIMENTO

DAS ACTIVIDADES

PELOS CIDADAtildeOS - - + + + + +

CONCORREcircNCIA DE

ARQUIVOS

BIBLIOTECAS

CENTROS DE

DOCUMENTACcedilAtildeO E

ESPACcedilOS DE LAZER - - -

MAacute LOCALIZACcedilAtildeO

ACESSIBILIDADE DA

INSTITUICcedilAtildeO -

HORAacuteRIO

DESADEQUADO -

OPORTUNIDADES

AMBIENTE

EXTERNO

FAVORAacuteVEL Agrave

IMPLEMENTACcedilAtildeO

DE POLIacuteTICAS DE

QUALIDADE + + + IDENTIFICACcedilAtildeO DE

NOVOS CLIENTES

EXTERNOS E

FIDELIZACcedilAtildeO DE

UTILIZADORES

REAIS + + + + + + IMPLEMENTACcedilAtildeO DE

POLIacuteTICAS DE

MARKETING

IMPOSICcedilAtildeO DE

IMAGEM E DE

MARCA NO

MERCADO + + + + + + +

135

Da anaacutelise desta matriz concluiacutemos que

a) a falta de recursos financeiros o nuacutemero insuficiente de

colaboradores e a falta de autonomia administrativa e financeira

aumentam as fragilidades destas instituiccedilotildees Esta situaccedilatildeo agrava-se

em tempos em que a conjuntura econoacutemica seja desfavoraacutevel A

pressatildeo desta fraqueza sobre o planeamento anual de um arquivo

puacuteblico pode ser contornada com a oferta de produtos serviccedilos e

informaccedilotildees que lhes permita alcanccedilar o interesse de novos puacuteblicos

pela diversificaccedilatildeo da oferta Eacute o caso da divulgaccedilatildeo das

incorporaccedilotildees que os arquivos puacuteblicos fazem com alguma

regularidade atraveacutes de mostras documentais acompanhadas por

novos instrumentos de descriccedilatildeo documental da criaccedilatildeo de oficinas

pedagoacutegicas sobre temas existentes associados aos conteuacutedos

programaacuteticos escolares cativando esse puacuteblico antes de chegar agrave sua

formaccedilatildeo universitaacuteria Retiramos do que fica dito que de uma

ameaccedilafraqueza quando esta seja objecto de anaacutelise podem surgir e

geralmente surgem factores de melhoria nos serviccedilos

b) satildeo entendidos por concorrentes directos dos arquivos puacuteblicos os

organismos que tecircm como alvos os mesmos segmentos de mercado

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo museus e outros arquivos no

meio envolvente A vantagem competitiva entre estes que poderaacute ateacute

ser antes de complementaridade na formaccedilatildeo dos cidadatildeos seraacute uma

vez mais a oferta e a diferenciaccedilatildeo de produtos que satisfaccedilam a sua

procura a praccedila isto eacute localizaccedilatildeo acessibilidade e horaacuterio de

serviccedilos prestados preccedilo relacionado com o tempo de resposta dada

ao requerente promoccedilatildeo a forma como se daacute a conhecer as suas

funccedilotildees e acervo

c) a imposiccedilatildeo de marca e da imagem dos arquivos no mercado estaacute

entre outros factores na qualificaccedilatildeo profissional dos seus arquivistas

e na aposta na formaccedilatildeo contiacutenua (que muitas vezes natildeo eacute possiacutevel

devido agrave falta de recursos financeiros da instituiccedilatildeo ou agraves opccedilotildees da

sua gestatildeo) bom atendimento (sempre a pensar no cliente-indiviacuteduo)

da resposta raacutepida e da oferta de uma boa colecccedilatildeo de referecircncia e

bons fundos documentais (organizaccedilatildeo e facilidade de consulta) a

136

acessibilidade da documentaccedilatildeo facilitada pelos manuais de

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada instrumentos descritivos roteiros

topograacuteficos e um site institucional sempre actualizado satildeo factores

que demarcam este tipo de serviccedilos

e) perante as ameaccedilasfraquezas e oportunidadesforccedilas enunciadas o

caminho a seguir passa pelo desenvolvimento de um serviccedilo eficiente e

eficaz em que se aplicam poliacuteticas de marketing e implementaccedilatildeo do

sistema de qualidade que origina a uniformizaccedilatildeo de procedimentos

internos e interdependecircncia maior entre os diversos departamentos sendo

direccionados para os clientes internos e clientes externos de forma a

atingir um serviccedilo que se distinga pela excelecircncia

A terceira etapa do processo de planificaccedilatildeo de um arquivo passa pela

definiccedilatildeo da sua missatildeo ndash que consiste em identificar o porquecirc e o para quecirc da sua

existecircncia da sua visatildeo ndash que identifica a forma como a organizaccedilatildeo pretende cumprir a

missatildeo estabelecida traduzindo aquilo que ela pretende ser no futuro e dos seus valores

- satildeo crenccedilas enraizadas que influenciam as atitudes as acccedilotildees dos elementos que a

compotildeem Poderiacuteamos afirmar que as questotildees poderiam ser estas 1 Que lugar os

Arquivos Puacuteblicos ocupam no meio envolvente (ambiente interno e ambiente externo

(micro e macro ambiente) 2 Como estes espaccedilos podem posicionar-se como

elementos integrantes do quotidiano do ser humano 3 Que imagem papel poderatildeo os

Arquivos Puacuteblicos ter como parceiro social e cultural na sociedade 4 Que importacircncia

tecircm na preservaccedilatildeo do patrimoacutenio documental 5 Qual o papel que esta unidade de

informaccedilatildeo tem na formaccedilatildeo de cidadatildeos activos e participantes e na influecircncia no

comportamento humano308

Generalizando optamos por demonstrar o que se passa em outros arquivos

nacionais regionais e municipais noutros paiacuteses Canadaacute Espanha EUA Estoacutenia

Finlacircndia e Portugal (figura nordm 42)

308

Adaptado de KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p113

137

Missatildeo visatildeo e valores

Canadaacute NATIONAL ARCHIVES OF CANADA

Missatildeo To preserve the collective memory of the nation and the government of Canada

and to contribute to the protection of rights and the enhancement of a sense of

national identity

by acquiring conserving and facilitating access to private and public

records of national significance and serving as the permanent repository

of records of federal government institutions and ministerial records

by facilitating the management of records of federal government

institutions and ministerial records

and encouraging archival activities and the archival community

Fonte httpwwwcollectionscanadaca

Espanha ARCHIVO HISTOacuteRICO NACIONAL

Missatildeo

Sus funciones son conservar y proteger el patrimonio histoacuterico documental que

ya custodia y el que deberiacutea seguir llegando (puesto que es un archivo abierto)

describir los contenidos informativos de los documentos y hacer accesible tanto

al investigador como al ciudadano los fondos documentales asiacute como potenciar

la difusioacuten cultural de los mismos El Archivo Histoacuterico Nacional es la institucioacuten

que conserva y custodia la documentacioacuten producida y recibida por los

organismos que conforman el aparato administrativo del Estado espantildeol desde la

Edad Moderna asiacute como otros fondos documentales de instituciones puacuteblicas y

privadas desde la Edad Media

Fonte httpwwwmcuesarchivosMCAHNPresentacionhtml

EUA US NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION

Visatildeo

As the nationrsquos record keeper it is our vision that all Americans will understand

the vital role records play in a democracy and their own personal stake in the

National Archives Our holdings and diverse programs will be available to more

people than ever before through modern technology and dynamic partnerships

The stories of our nation and our people are told in the records and artifacts

cared for in NARA facilities around the country We want all Americans to be

inspired to explore the records of their country

Missatildeo

The National Archives and Records Administration serves American democracy

by safeguarding and preserving the records of our Government ensuring that the

people can discover use and learn from this documentary heritage We ensure

continuing access to the essential documentation of the rights of American citizens

and the actions of their government We support democracy promote civic

education and facilitate historical understanding of our national experience

Fonte httpwwwarchivesgov

Estoacutenia RAHVUSARHIIV (Arquivos Nacionais da Estoacutenia)

Missatildeo

The National Archives of Estonia collects and preserves Estonias historical

cultural state and societal archival documentation irrespective of time place and

nature of the creation of the informational units

The National Archives of Estonia consolidates persistence of economic political

138

and social rights information in an established capacity and time required by law

The Archives allows clients to use fonds and information for legal socio-political

cultural educational and scientific research both at local services level for

traditional researchers and readers and virtual services level with the help of new

information technologies The personnel of the Archives are guided in their work

by common values as well as archivist and professional ethics to serve clients in

best tradition

Fonte httpwwwraee

Finlacircndia ARKISTOLAITOS ARKKIVERKET (Serviccedilo Nacional de Arquivos da

Finlacircndia)

Visatildeo

The National Archives Service is the most important expert organisation in

Finland on records management in public sector long-term and permanent

preservation of documents and documentary cultural heritage and a nationally

significant information service institution whose expertise is internationally

esteemed

Missatildeo

The mission of the National Archives Service is to ensure the preservation and

availability of records belonging to the national cultural heritage to promote

research and to guide develop and research records and archives management

The National Archives Service has the right to normative action and it directs

archiving operations so that records creators can following good information

management practices handle the information services related to the documents

define their preservation value and dispose of unnecessary material The National

Archives Service supports the operations of public records creators and the right

of private individuals and communities to access public documents Operations

take into consideration the availability of documents as well as the due process of

law and the privacy of private individuals and communities

The key users of the National Archives Service are the public administration

researchers the media citizens requiring information for public or private

purposes and those interested in personal and local history

The National Archives are also the national heraldry agency where the expert

organ of the Heraldic Board works

Valores

Values form the basis of the National Archives Service operation and guide its

relationship to customers stakeholders and co-workers The values are based on

internationally accepted general human values and professional and ethical

principles in the archival field and scientific community

The core values of the National Archives Service are

1) Transparency and confidentiality

2) Equality

3) Independence

Transparency and confidentiality

Finnish and Nordic governance is based on the transparency of administration

and the openness of government activities In accordance with the principles of

good information management governance the National Archives Service

promotes the implementation of the openness principle as well as the

transparency of administration both in the guidance and training of records

management and in the use of the holdings of the National Archives Service

Improving the usability of archives and documents as well as efficient customer

service is an integral part of operational transparency

139

Legislation protecting the privacy of citizens is part of good information

management practice In using the archives rules agreed with the donor and

restrictions based on legislation are followed

Ensuring privacy and strict adherence to the conditions of donated private

archives creates a basis for trust in the National Archives Service and this in turn

ensures that private collections central to Finnish history society and culture can

be acquired in future

Equality

Material in different archives and repositories forms the basis of the image that

research creates of Finnish history culture and society in different eras

The National Archives Services acquisition policy ensures that in addition to

government and official archives the researchers have balanced adequate and

conclusive material from different sectors of society at their disposal

The National Archives Service serves all users equally Good customer service

and the publication of key materials over the Internet improve equal access to the

materials independent of time and place

Independence

The archive materials are part of Finnish and world cultural heritage In

collecting using and preserving this material the National Archives Services

main responsibility lies with future generations The professional activities of the

National Archives Service staff just be independent of any political religious

economic or other aims that might endanger confidence in the equality and

independence of the National Archives Service

The National Archives Service follows the Code of Ethics for archivists adopted by

the International Council on Archives as well as guidelines for best scientific

practices and handling of any infringements on these practices established by the

National Advisory Board on Research

Fonte httpwwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

Portugal Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

Missatildeo

A Administraccedilatildeo Puacuteblica produz e manteacutem documentos capazes de

fornecer prova adequada e suficiente das suas actividades provendo

responsabilidade organizacional e memoacuteria

Os documentos com valor arquiviacutestico satildeo identificados e preservados

enquanto fundamento da memoacuteria individual e colectiva factor de

identidade nacional e fonte de investigaccedilatildeo cientiacutefica

O acesso aos arquivos eacute garantido sem discriminaccedilotildees considerado requisito

para o exerciacutecio de uma cidadania responsaacutevel e factor de desenvolvimento da

democracia

Fonte httpwwwianttpt

BIBLIOTECA PUacuteBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA PONTA

DELGADA

Missatildeo

A missatildeo institucional da BPARPD eacute a de contribuir para o desenvolvimento do

niacutevel sociocultural da populaccedilatildeo de modo a que estes acompanhem as raacutepidas

mutaccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais impostas pela Sociedade do

Conhecimento e desenvolvam competecircncias individuais que contribuam para uma

maior autonomia e a participaccedilatildeo social Para tal a BPARPD disponibiliza um

conjunto apropriado e diversificado de serviccedilos e de actividades na aacuterea da

educaccedilatildeo da informaccedilatildeo da cultura e do lazer

140

Visatildeo

O futuro olharaacute para noacutes como uma autecircntica Comunidade participativa para a

construccedilatildeo democraacutetica

O serviccedilo de cidadania teraacute sempre presente as missotildees-chave da BPARPD

relacionadas com a informaccedilatildeo a alfabetizaccedilatildeo a educaccedilatildeo e a cultura

A nossa prestaccedilatildeo seraacute reconhecida pela Comunidade como um serviccedilo

personalizado dinacircmico criativo e como agente essencial para a promoccedilatildeo da

paz do bem-estar espiritual e do desenvolvimento e em permanente adaptaccedilatildeo agraves

necessidades dos utilizadoresclientes

Seremos reconhecidos pela nossa atitude proacute-activa de corresponsabilidade

eficiecircncia e eficaacutecia servindo como porta de acesso local ao conhecimento

A implementaccedilatildeo das relaccedilotildees interpessoais em contexto laboral seraacute a expressatildeo

de uma cultura transparente positiva e de respeito pela iniciativa individual

fomentando a auto-estima e empatia

Fonte httpwwwbparpdpt

ARQUIVO MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS

Missatildeo

A principal Missatildeo do Arquivo Municipal eacute prestar serviccedilos de gestatildeo

documental organizando os diversos fundos documentais e fornecendo a

documentaccedilatildeoinformaccedilatildeo aos clientes internos e externos da Cacircmara Municipal

de Torres Vedras

Visatildeo

A Visatildeo do Arquivo Municipal de Torres Vedras eacute implementar as melhores

praacuteticas de gestatildeo documental integrada num esforccedilo de melhoria contiacutenua

orientadas para o cliente com objectivos de eficaacutecia e eficiecircncia com vista agrave

satisfaccedilatildeo de todas as suas expectativas de qualidade

Valores

Eacutetica

Seguranccedila

Profissionalismo e Responsabilidade

Qualidade

Cooperaccedilatildeo Muacutetua

Inovaccedilatildeo

Fonte httpwwwarquivodetorresvedrasnet

Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 42

Fonte Sofia Santos

141

Estamos por isso perante a aplicaccedilatildeo do marketing mix cuja definiccedilatildeo e formas

de execuccedilatildeo estatildeo amplamente descritas e exemplificadas no Capiacutetulo 4 Marketing nos

Arquivos Puacuteblicos

Face ao supracitado os colaboradores devem anaacutelisar os produtos e os serviccedilos

disponibilizados indicando o que deve permanecer ser alterado eou eliminado novas

produccedilotildees novos segmentos e formas de imposiccedilatildeo no mercado309

Estamos na fase da

implementaccedilatildeo do desenho organizativo e desenho dos sistemas onde satildeo analisados os

sistemas de monitorizaccedilatildeo e de mediccedilatildeo aplicados por cada arquivo a cada serviccedilo e a

cada actividade Baseados na nossa experiecircncia a anaacutelise e consulta de inqueacuteritos de

satisfaccedilatildeo elogios caixa de sugestotildees livro de reclamaccedilotildees livros de honra trabalhos

efectuados pelos participantes nas actividades educativas etc cujas informaccedilotildees

constituem indicadores sobre os serviccedilos e produtos a melhorar desenvolver ou

implementar

Tambeacutem o controlo da execuccedilatildeo dos indicadores de desempenho definidos para

cada objectivo eacute fundamental para identificar a falta de cumprimento da execuccedilatildeo das

acccedilotildees planeadas conforme o estabelecido na matriz dos objectivos Assim se por

exemplo a equipa designada natildeo concluir a descriccedilatildeo de um determinado fundo numa

data prevista haacute que saber identificar o porquecirc deste desvio e as correcccedilotildees a efectuar

E da mesma forma em situaccedilotildees idecircnticas

Podemos deste modo afirmar que a concepccedilatildeo implementaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de

um organismo produto ou serviccedilo exige planificaccedilatildeo para atingir as metas a que se

propotildee Metas que dependem do motivo para que foi criado Mas o objetivo final eacute soacute

um satisfazer o cliente-indiviacuteduo com qualidade excelecircncia

45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo

Apoacutes a descriccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos nos Arquivos

Puacuteblicos constatamos que existe uma nova ramificaccedilatildeo no marketing o marketing

arquiviacutestico

Como o proacuteprio nome indica este conceito aplica-se no dia-a-dia da arquiviacutestica

a partir do momento em que se estabelece a missatildeo visatildeo e valores do Arquivo Uma

vez definido eacute possiacutevel criar um plano de actividades acompanhado de tabelas de

309

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p 122

142

controlo de execuccedilatildeo de cada serviccedilo para que as demandas e necessidades do cliente

interno e externo sejam satisfeitas de forma eficiente e eficaz Temos partir da ideia de

quando se procede a reuniotildees de trabalho perioacutedicas se desenvolve e consolidam

praacuteticas de avaliaccedilatildeo se identificam as necessidades de formaccedilatildeo se promovem e

desenvolvem competecircncias e satildeo equacionados os recursos materiais os funcionaacuterios

sentem-se motivados no seu desempenho profissional a niacutevel quantitativo e qualitativo

A partir daqui estatildeo criadasgarantidas as condiccedilotildees necessaacuterias para abertura dos

arquivos ao exterior Como Disponibilizando toda uma gama de serviccedilos de produtos

e de informaccedilotildees de forma a conquistar fidelizar e melhorar o relacionamento com os

utilizadores razatildeo da sua existecircncia Exemplo disso eacute o atendimento personalizado uma

boa colecccedilatildeo de referecircncia instrumentos descritivos actividades pedagoacutegicas e

culturais e um site institucional permanentemente actualizado Para satisfazer ainda

mais as expectativas tangiacuteveis e intangiacuteveis do cliente-indiviacuteduo natildeo haacute nada melhor

que a aplicaccedilatildeo e anaacutelise de inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo Outra forma de avaliaccedilatildeo das suas

expectativas seraacute a caixa de sugestotildees o livro de reclamaccedilotildees e a recolha de elogios

que chegam atraveacutes do site e-mail fax e ofiacutecios As criacuteticas construtivas devem ser

tambeacutem tidas em conta mas o marketing soacute existe se derem uma resposta a estas

sugestotildees

Como se pode verificar as teacutecnicas empresariais existem sempre ainda que de

forma subtil pois um cliente satisfeito volta sempre e por sua vez recomenda-o a

algueacutem

Os conceitos de marketing tambeacutem satildeo aplicados na apresentaccedilatildeo de qualquer

acccedilatildeoactividadepublicaccedilatildeo quando haacute cuidado na concepccedilatildeo graacutefica e na forma como

se transmite a informaccedilatildeo atraveacutes dos diferentes canais de comunicaccedilatildeo Ou seja a

linguagem utilizada deve estar na mesma sintonia que a fonte e ser perceptiacutevel pelo

grupo-alvo de forma que as mensagens sejam descodificadas interpretadas e absorvidas

por esse mercado Estamos perante a visibilidade posicionamento dos seus produtos

serviccedilos cuja difusatildeo passa pelo composto praccedila preccedilo e promoccedilatildeo de forma a se

destacarem e se diferenciarem no mercado para impor a sua marca Daiacute termos de

recorrer ao e-marketing ou webmarketing para comunicar o site ao marketing editorial

no cuidado graacutefico nas ediccedilotildees arquiviacutesticas e ao marketing cultural como soluccedilatildeo para

angariar patrociacutenio para aquisiccedilatildeo de novos fundos colecccedilotildees de referecircncia novas

publicaccedilotildees exposiccedilotildees actividades pedagoacutegicas acccedilotildees de formaccedilatildeo e organizaccedilatildeo de

eventos com caraacutecter cientiacutefico e cultural

143

Da junccedilatildeo destas ideias podemos concluir que o marketing arquiviacutestico resulta

de uma mescla mercadoloacutegica compreendendo o marketing interno designado de

endomarketing e marketing interno o e-marketing marketing editorial e marketing

cultural

144

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO

CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) presta na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira

(RAM) vaacuterios serviccedilos dos quais vamos estudar apenas a aplicaccedilatildeo da ferramenta de

marketing no Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural criado em 2005 entre esta data e o

ano 2008

O historial do ARM e dos seus fundos documentais e a descriccedilatildeo dos serviccedilos

existentes seratildeo o ponto de partida desta nossa abordagem A nossa atenccedilatildeo tambeacutem se

debruccedilaraacute sobre a importacircncia e as adversidades da implementaccedilatildeo do Sistema de

Gestatildeo da Qualidade Satildeo estes os aspectos que nos ocuparatildeo no desenvolvimento deste

capiacutetulo

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira

A contextualizaccedilatildeo desta instituiccedilatildeo passa por referenciar os grandes momentos da

sua histoacuteria e tambeacutem por referir as suas funccedilotildees e acervo Temos portanto de recuar a

1931 o momento da sua criaccedilatildeo No contexto de uma ampla reforma do sistema

arquiviacutestico portuguecircs o Arquivo Distrital do Funchal foi criado pelo decreto nordm 19952

de 27 de Junho de 1931 com rectificaccedilatildeo publicada em 30 de Julho sendo as suas

principais funccedilotildees recolher instalar inventariar e facultar agrave consulta dos estudiosos os

nuacutecleos documentais dispersos no respectivo distrito Posteriormente o decreto nordm

20690 de 30 de Dezembro de 1931 estabeleceu as condiccedilotildees para o funcionamento do

arquivo passando a administraccedilatildeo financeira para a Junta Geral do Distrito do Funchal

Tecnicamente dependia da Inspecccedilatildeo Geral das Bibliotecas e Arquivos integrada na

Direcccedilatildeo Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes do Ministeacuterio da Instruccedilatildeo

Puacuteblica Em Janeiro de 1932 o Arquivo Distrital foi instalado em dependecircncias do

Palaacutecio da Encarnaccedilatildeo No ano seguinte passou para o Palaacutecio de Satildeo Pedro em pleno

centro histoacuterico do Funchal Aiacute permaneceu durante mais de setenta anos ateacute agrave

inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio integrado no Madeira Tecnopoacutelo espaccedilo de urbanizaccedilatildeo

da cidade do Funchal onde satildeo promovidas a investigaccedilatildeo cientiacutefica tecnoloacutegica e

desportiva ainda em expansatildeo

145

Figura nordm 44

Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Na deacutecada de 80 e de 90 do seacuteculo XX este organismo entra numa nova fase

Primeiro com a publicaccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 28780 de 16 de Agosto o Arquivo

Distrital passa a ser designado de Arquivo Regional da Madeira e fica sob a tutela da

Secretaria Regional do Turismo e Cultura no acircmbito da Direcccedilatildeo Regional dos

Assuntos Culturais Depois na sequecircncia da publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo

Regional nordm 998 de 22 de Maio passa a ser o oacutergatildeo de gestatildeo da poliacutetica arquiviacutestica

regional do Arquivo Histoacuterico Puacuteblico e da Administraccedilatildeo Regional da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)310

Tem como principais funccedilotildees recolher tratar

conservar avaliar e difundir o seu acervo que documenta a Histoacuteria do arquipeacutelago da

Madeira desde o iniacutecio do povoamento ateacute ao seacuteculo XX

Segundo o artigo 25ordm do Decreto Regulamentar Regional nordm 22005M de 10 de

Fevereiro de 2005 eacute obrigatoriamente incorporada nos seus depoacutesitos a documentaccedilatildeo

dos serviccedilos do Governo Regional e das autarquias locais da RAM Recebe ainda

documentos com valor histoacuterico das conservatoacuterias do registo civil e paroacutequias das

conservatoacuterias dos registos e do notariado dos tribunais serviccedilos estatais cessantes ou

qualquer outra documentaccedilatildeo cuja incorporaccedilatildeo seja prescrita por disposiccedilatildeo legal

Na sequecircncia do laquoRelatoacuterio aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeiraraquo311

e de uma poliacutetica de abertura e valorizaccedilatildeo do Arquivo Regional

concretizou-se em 17 de Setembro de 2004 a inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio

310

Decreto Legislativo Regional nordm 9 98 de 22 de Maio 311

Em 1999 publicou-se o laquoRelatoacuterio do Inqueacuterito aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira (199697)raquo que teve como principal objectivo conhecer a realidade dos fundos documentais

arquivados nos serviccedilos da Administraccedilatildeo Regional Autoacutenoma Analisados os resultados as conclusotildees

foram as seguintes a falta de espaccedilo que impedia a boa organizaccedilatildeo e preservaccedilatildeo dos documentos

justificava a centralizaccedilatildeo da documentaccedilatildeo de conservaccedilatildeo permanente no Arquivo Regional da

Madeira A situaccedilatildeo revelada nessa anaacutelise tornava urgente a construccedilatildeo de um novo edifiacutecio para o

ARM O recrutamento e formaccedilatildeo de pessoal especializado a elaboraccedilatildeo de portarias de gestatildeo de

146

Figura nordm 45

Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

A preparaccedilatildeo para a mudanccedila de instalaccedilotildees implicou o desenvolvimento de

vaacuterios projectos designadamente laquoa higienizaccedilatildeo acondicionamento tratamento e

informatizaccedilatildeo dos fundos documentais por tratar e daqueles cuja assiduidade de

consulta estado de conservaccedilatildeo e previsatildeo de futuras incorporaccedilotildees inspiravam maiores

cuidados como os arquivos paroquiais judiciais e notariaisraquo312

Apoiado num reforccedilo e

formaccedilatildeo de novos teacutecnicos iniciou-se o levantamento organizaccedilatildeo e inventariaccedilatildeo dos

documentos da Junta Geral do Distrito do Funchal ainda na posse de diversos serviccedilos

do Governo Regional Em 2005 comeccedilou a transferecircncia do acervo um trabalho que

durou cerca de um ano e meio

Na opiniatildeo da actual directora Faacutetima Barros o edifiacutecio laquomarca o iniacutecio de uma

nova era para o Arquivo Regional e para a qualidade dos Arquivos da Regiatildeo

permitindo finalmente proceder agrave incorporaccedilatildeo da volumosa documentaccedilatildeo que haacute

muito deveria estar sob a sua custoacutediaraquo313

Em 2008 foi obtido o Projecto de Certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade

do ARM de acordo com a norma NP EN ISO 90012000314

documentos o aperfeiccediloamento das praacuteticas de gestatildeo dos arquivos administrativos o levantamento sobre

a situaccedilatildeo dos arquivos privados na Regiatildeo e a valorizaccedilatildeo do papel do ARM foram outros toacutepicos de

reflexatildeo sugeridos pelos autores do inqueacuterito Instrumentos descritivos Relatoacuterio do inqueacuterito aos

arquivos puacuteblicos na RAM Boletim nordm XXII Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral

dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 1999 Depoacutesito Legal 115025-

97449487 ISSN 0873-9048 p 451-505 312

Ediccedilatildeo comemorativa da inauguraccedilatildeo do edifiacutecio Arquivo Regional da Madeira Biblioteca Puacuteblica

Regional Secretaria Regional de Turismo e Cultura DRAC Funchal 2004ISBN 972-648-152-Xp 16

313Idem p 17 314

Actualmente o ARM rege-se pela NP EN ISO 90012008

147

511 Principais fundos

Figura nordm 46

Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Dos organismos e instituiccedilotildees representadas no acervo do Arquivo Regional da

Madeira destacam-se os arquivos das cacircmaras municipais designadamente a seacuterie de

vereaccedilotildees do fundo da Cacircmara Municipal do Funchal datadas entre 1470 e 1975 as

mais antigas do espaccedilo atlacircntico Estatildeo tambeacutem agrave guarda do ARM os fundos dos

Capitatildees-Gerais e do Governo Civil da Alfacircndega do Funchal da Junta Geral do

Distrito do Funchal do Juiacutezo dos Resiacuteduos e Provedoria das Capelas e a Santa Casa da

Misericoacuterdia do Funchal Porto Santo e Machico Os Arquivos Judiciais Notariais e

Paroquiais (que incluem registos de baptismos casamentos e oacutebitos entre 1538-1911)

Arquivos de Famiacutelia e Pessoais Colecccedilotildees de Legislaccedilatildeo e de Jornais (onde se inclui o

Patriota Funchalense primeiro perioacutedico publicado na Madeira) A Biblioteca Nuno

Porto O ARM incorpora ainda Colecccedilotildees de Postais e Fotografias contendo imagens

do patrimoacutenio urbano e artiacutestico dos seacuteculos XIX e XX

148

Deste acervo poderiam ainda fazer parte os fundos documentais transferidos para

Lisboa para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo por imposiccedilatildeo de um decreto de 2

de Outubro de 1862 e posterior portaria do Reino datada de 9 de Junho de 1886 de que

constam a Provedoria e Junta da Real Fazenda a Alfacircndega do Funchal o Cabido da

Seacute e o Convento de Nossa Senhora da Encarnaccedilatildeo A Direcccedilatildeo ndash Geral d Arquivos

guarda tambeacutem os documentos do Convento de Santa Clara onde se inclui um diploma

de 1447 o mais antigo produzido na Madeira

512 Outros Serviccedilos do ARM

Apesar de em 2009 terem sido criadas as divisotildees de serviccedilos do Arquivo

Regional315

como a Divisatildeo de Leitura e Certidotildees Divisatildeo de Serviccedilos Educativos

Formaccedilatildeo e Extensatildeo Cultural Divisatildeo de Apoio Teacutecnico e Administraccedilatildeo Geral e

Divisatildeo de Biblioteconomia vamos agora descrever como se encontram na praacutetica

divididos os serviccedilos no ARM

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos

Figura nordm 47

Locais de serviccedilo externo do ARM

As Funccedilotildees que lhes estatildeo atribuiacutedas incluem

1 elaboraccedilatildeo e aprovaccedilatildeo de Relatoacuterios de Avaliaccedilatildeo de Documentaccedilatildeo

Acumulada

2 elaboraccedilatildeo aprovaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de Portarias de Gestatildeo de

Documentos

315

Despacho nordm 352009 de 08 de Junho de 2009

149

3 emissatildeo de pareceres acerca da eliminaccedilatildeo de documentos que natildeo

tenham sido abrangidos por nenhum dos supracitados processos de

avaliaccedilatildeoselecccedilatildeo de documentos

4 elaboraccedilatildeo reformulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de planos de classificaccedilatildeo e

manuais de arquivo ndash optimizando recursos e modernizando a praacutetica

administrativa

5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental

Principais competecircncias

1 descriccedilatildeo documental e organizaccedilatildeo documental de arquivos

2 classificaccedilatildeo documental

3 elaboraccedilatildeo de instrumentos descritivos guia inventaacuterios cataacutelogos e

registos

4 incorporaccedilotildees de documentos e gestatildeo de depoacutesitos

5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees

Figura nordm 48

Aspectos da Sala de Leitura do ARM

150

Funccedilotildees que lhes competem

1 emissatildeo de certidotildees

2 serviccedilo de leitura

3 serviccedilos de referecircncia

4 transcriccedilotildees paleograacuteficas

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro

Figura nordm 49

Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Principais competecircncias

1 assegurar a preservaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos documentos agrave sua guarda e

disponibilizar mais e melhor informaccedilatildeo aos seus utilizadores atraveacutes do

controlo das condiccedilotildees ambientais e reproduccedilatildeo - microfilmagem ou

digitalizaccedilatildeo

2 promover a salvaguarda e acessibilidade da heranccedila cultural legada ao ARM

3 prestar consultoria ao niacutevel de condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo de

documentos de transferecircncia ou substituiccedilatildeo de suportes

151

5124 Serviccedilo de Biblioteconomia

Principais competecircncias

1gestatildeo de espeacutecies bibliograacuteficas

2 organizaccedilatildeo e tratamento de espeacutecies bibliograacuteficas

5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica

Principais competecircncias

1 apoio logiacutestico informaacutetico manutenccedilatildeo do site e da Intranet

5125 Outros Serviccedilos

1 Secretariado

2 Serviccedilos Administrativos e de Manutenccedilatildeo

Figura nordm 50

Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM

Em Janeiro de 2008 o Arquivo Regional da Madeira tornou-se a primeira

identidade do geacutenero em Portugal a obter a certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da

Qualidade de acordo com a norma Norma Portuguesa EN ISO 90012000 Na altura as

trecircs grandes linhas orientadoras da sua Poliacutetica de Qualidade foram

152

1 laquoAssegurar a salvaguarda valorizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos documentos

arquiviacutesticos e bibliograacuteficos na perspectiva dos interesses e das necessidades dos

Cidadatildeos e no cumprimento dos requisitos legais aplicaacuteveis agraves actividades da

Organizaccedilatildeo

2 Afirmar o Arquivo Regional da Madeira como instituiccedilatildeo de referecircncia na

gestatildeo e organizaccedilatildeo de arquivos assegurando para tal a manutenccedilatildeo de elevadas

competecircncias dos colaboradores atraveacutes da formaccedilatildeo da partilha de experiecircncias

e soluccedilotildees do trabalho em grupo e da comunicaccedilatildeo

3 Assegurar a melhoria contiacutenua do desempenho dos processos de prestaccedilatildeo de

serviccedilo do Arquivo Regional da Madeira atraveacutes da utilizaccedilatildeo dos Indicadores de

Desempenho e da sua conjugaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de acccedilotildees correctivas e

preventivas adequadasraquo316

Para compreensatildeo das etapas da sua implementaccedilatildeo dificuldades e vantagens e

para que possa seguir de modelo para outros organismos optaacutemos por entrevistar a

pessoa que orientou este projecto a Drordf Faacutetima Barros317

Sofia Santos (SS) O que significa para si a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo ao ARM

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

316

Missatildeo Visatildeo e Poliacutetica da Qualidade - Manual da qualidade do Arquivo Regional da Madeira ARM

Funchal 2007p8 317

Veja-se a integridade da entrevista no anexo 8

153

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM) e o oacutergatildeo de gestatildeo dos arquivos da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

SS Quais satildeo as vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no

ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute no ano passado entraram cerca de 4 km de documentaccedilatildeo E por outro

lado os nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Quais satildeo os objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

da qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos colaboradores nos objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tambeacutem objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

154

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novos

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a sua melhoria apresentando

sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema implica

avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

1 Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o

ldquoEQA ndash European Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European

Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash Common Assessment

Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia-a-dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o quotidiano da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo

155

do SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nuacutemero de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem Sugestotildees de Melhoria Porque

incentivamos os leitores a fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos

um maior cuidado na apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A

partir dos dados recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo

estatiacutesticos) reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre

recebidos via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

156

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo

Comunicar e valorizar o patrimoacutenio arquiviacutestico da Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira foram desde sempre objectivos primordiais do Arquivo Regional da Madeira

Segundo aliacutenea s) do Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M eacute da sua

competecircncia

laquoPromover e participar em acccedilotildees de acircmbito cultural ou cientiacutefico

de forma a divulgar o seu acervo documental especialmente

ediccedilotildees exposiccedilotildees visitas de estudo serviccedilos educativos e

outrosraquo318

Promover significa319

a) criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do Arquivo Regional e

reconhecimento dos seus profissionais

b) desenvolver um conjunto de acccedilotildees informativas e formativas ndash como

exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas

ndash que valorizem e divulguem o espoacutelio documental que testemunha a

memoacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira ao longo de mais de cinco

seacuteculos de Histoacuteria

c) contribuir para uma mais soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto

cidadatildeos participantes

d) ter a capacidade de incentivar haacutebitos de pesquisa e de cativar novos

puacuteblicos outros tipos de puacuteblicos natildeo habituados aos nossos serviccedilos

Neste acircmbito e ainda aliada agraves modernas e adequadas condiccedilotildees proporcionadas

pelo novo edifiacutecio320

foi implementado em 2005 um novo serviccedilo no Arquivo Regional

da Madeira o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural (SEEC)

318

Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M aliacutenea p 3828 319

Este ponto foi baseado no artigo de SANTOS Sofia ndash O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da

Madeira In Jornadas Serviccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecas Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel p1

157

A sua criaccedilatildeo de facto proveacutem do iniacutecio de 2004321

com a delineaccedilatildeo da

estrateacutegia de trabalho com o apoio e colaboraccedilatildeo de Faacutetima Barros (directora de

serviccedilos do ARM) e de Sofia Santos (responsaacutevel por este serviccedilo) Primeiro procedeu-

se agrave pesquisa e estudo de literatura relacionada com a educaccedilatildeo e extensatildeo cultural em

instituiccedilotildees culturais sobretudo experiecircncias em museus do Continente322

depois numa

segunda fase apostou-se na visita a diversos arquivos municipais e distritais museus e

bibliotecas e em formaccedilatildeo na aacuterea

De seguida as questotildees que se colocaram foram Como comeccedilar Que

mercado-alvo a trabalhar Que actividades criar Um aspecto esteve sempre presente

laquoo novo serviccedilo do ARM tinha de ser cuidadosamente pensado e estruturado com um

crescimento proporcional aos recursos e agrave procura suscitada de forma a destacar-se a

niacutevel regional e ateacute nacionalraquo323

Ainda sem a plena consciecircncia da segmentaccedilatildeo de mercado e da matriz SWOT

comeccedilaacutemos pela realizaccedilatildeo de um levantamento no ambiente envolvente do ARM

Neste estudo verificamos que no Arquipeacutelago da Madeira aleacutem do Arquivo Regional

soacute existem arquivos municipais que natildeo desenvolvem quaisquer actividades de

dinamizaccedilatildeo cultural Tambeacutem na altura do estudo das boas praacuteticas dos serviccedilos

educativos dos museus e bibliotecas regionais324

verificaacutemos que os seus principais

puacuteblicos estavam restritos ao ensino preacute-escolar ensino baacutesico segundo e terceiro ciclo

Havia uma lacuna geral ndash os alunos do secundaacuterio e das universidades ndash estavam

completamente esquecidos A partir da identificaccedilatildeo desta realidade ficou estabelecido

que o nosso puacuteblico seria mesmo esse Quanto aos discentes universitaacuterios e tendo em

consideraccedilatildeo que os cursos das Ciecircncias Sociais possuem poucos estudantes na

Universidade da Madeira (UMa) e a fim de contribuir para um aumento do nuacutemero de

interessados nesta aacuterea havia que apostar em forccedila na divulgaccedilatildeo do acervo e funccedilotildees

do ARM entre estes grupos

320

Para o SEEC foram destinados gabinetes de trabalho um ateliecirc de serviccedilo educativo De utilizaccedilatildeo

pontual foi igualmente cedida a sala de formaccedilatildeo (que actualmente jaacute natildeo existe) e o auditoacuterio 321

Em 1997 o ARM jaacute tinha dado iniacutecio a um conjunto de iniciativas junto da comunidade escolar mas a

o insuficiente nuacutemero de teacutecnicos as inadequadas instalaccedilotildees bem como a prioridade dada a outros

serviccedilos inviabilizou este projecto ateacute ao ano de 2005 322

Em Portugal Continental foram efectuadas visitas aos serviccedilos da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Biblioteca Nacional de Portugal Museu de Serralves Arquivo Municipal de Penafiel e do Porto Arquivo

Distrital de Viseu e do Porto 323

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

324 Na Madeira foram efectuadas visitas aos Serviccedilos Educativos do Museu Frederico de Freitas Museu

de Artes Sacra Nuacutecleo Museoloacutegico do Accediluacutecar entre outros Na altura deste estudo a Biblioteca Puacuteblica

Regional e a Biblioteca Municipal do Funchal natildeo desenvolviam actividades pedagoacutegicas

158

Mediante a anaacutelise efectuada e tendo em consideraccedilatildeo a missatildeo do Arquivo

ficou estabelecido que este serviccedilo seria constituiacutedo por um Teacutecnico Superior de

Arquivo (Sofia Santos) um licenciado em Belas-Artes com experiecircncia em serviccedilos

educativos de um museu (Marcela Costa) e duas colaboradoras (Nateacutercia Gouveia -

formada em Jornalismo e uma teacutecnica profissional de arquivo Regina Oliveira) Foi

tambeacutem destacado para este serviccedilo um designer graacutefico (Pedro Clode)325

Numa etapa

posterior foi criada uma linha graacutefica com cores apelativas e distintas dos restantes

produtos informativos do ARM Eacute o caso do logoacutetipo ndash o Aprendiz de Arquivo ndash cujo

processo de registo da patente teve iniacutecio em Marccedilo de 2005 finalizando em Maio do

mesmo ano sob o nuacutemero 391032 Este laquoaprendizraquo de leitura simples tem cores

apelativas e elementos identificativos caso do chapeacuteu do pergaminho e da pena como

instrumento de escrita simbolizando toda a comunidade que estaacute a aprender o que faz e

guarda esta Casa da Cultura Foi tambeacutem criado um desdobraacutevel e um marcador A sua

linha graacutefica tinha um objectivo mostrar agrave comunidade estudantil e populaccedilatildeo em geral

que existe um novo serviccedilo no Arquivo feito a pensar nos laquoAprendizes de Arquivoraquo

quebrando desta forma com a ideia que estes organismos estatildeo fechados sobre si

Figura nordm 51

Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

325 Em Setembro 2008 a equipa do SEEC foi alargada com a requisiccedilatildeo de dois docentes Dr

Constantino Teles licenciado em Educaccedilatildeo Fiacutesica e a Drordf Gabriela Queiroz licenciada em Histoacuteria via

ensino Em 2009 esses professores foram substituiacutedos por outros colegas Joatildeo Martins e Faacutetima Abreu

ambos licenciados em Histoacuteria

159

Figura nordm 52

Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53

Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Para a concretizaccedilatildeo das acccedilotildees educativas foram igualmente adquiridos

materiais proacuteprios tintas papeacuteis canetas marcadores pinceacuteis etc condiccedilotildees estas que

se garantiram nos orccedilamentos dos anos posteriores

Responder agrave questatildeo que produtosserviccedilos o ARM oferece atraveacutes do SEEC

foi algo que no iniacutecio se revelou difiacutecil Para isto delineou-se um plano de trabalhos ateacute

2008 e um manual de procedimentos Actualmente procede-se a planificaccedilotildees anuais

dos programas educativos e de extensatildeo cultural (ediccedilotildees alugueres de espaccedilos como

auditoacuterio sala de formaccedilatildeo e aacutetrio de entrada mostras exposiccedilotildees acccedilotildees de formaccedilatildeo

160

coloacutequios mesas redondas e workshop) de forma organizada e de acordo com os

trabalhos a decorrer no Arquivo

Um outro aspecto tambeacutem ficou aqui sedimentado a impossibilidade de isolar o

serviccedilo educativo da extensatildeo cultural e vice-versa pois como poderemos observar por

vezes as actividades complementam-se entre si

531 Actividades pedagoacutegicas e culturais

Desde o iniacutecio de SEEC do ARM ateacute 2008 foram vaacuterias as actividades

desenvolvidas326

e disponibilizadas agrave comunidade Todas e quaisquer etapas de

elaboraccedilatildeo das actividades satildeo sintetizadas de acordo com a laquoFicha de Concepccedilatildeo e

Planeamento das Actividades do Serviccedilo EducativoExtensatildeo Culturalraquo Eacute entatildeo

elaborada a especificaccedilatildeo e o planeamento da concepccedilatildeo e desenvolvimento do

produtoserviccedilo que identifica os objectivos a atingir os inputs e outputs da concepccedilatildeo

e desenvolvimento assim como os recursos necessaacuterios Serve igualmente para definir

as datas chave do processo de concepccedilatildeo e desenvolvimento (revisatildeo verificaccedilatildeo e

validaccedilatildeo) os responsaacuteveis pela sua realizaccedilatildeo bem como as acccedilotildees necessaacuterias agrave sua

prossecuccedilatildeo Para a concretizaccedilatildeo destes produtos toda a equipa do SEEC eacute envolvida

efectua-se uma revisatildeo perioacutedica dos instrumentos didaacutecticos e de intervenccedilatildeo com os

colaboradores e o Director podendo conduzir ou natildeo agrave alteraccedilatildeo do seu conteuacutedo Caso

o caraacutecter e a profundidade das alteraccedilotildees decorrentes da revisatildeo da concepccedilatildeo o

326

No laquoRelatoacuterio de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo de 2005 eacute enunciado o conjunto de a

caracteriacutestica a que as actividades educativas devem de obedecer

1 Todas as actividades devem ser antecedidas por uma apresentaccedilatildeo do Arquivo Regional da

Madeira um objectivo concretizado com a elaboraccedilatildeo de uma palestra introdutoacuteria

2 As actividades que impliquem a participaccedilatildeo e visita a aacutereas teacutecnicas do ARM deveratildeo ser em

nuacutemero reduzido de forma a natildeo interferir com o funcionamento dos serviccedilos

3 Pela mesma razatildeo as acccedilotildees de extensatildeo cultural organizadas em paralelo com exposiccedilotildees

deveratildeo decorrer sempre em espaccedilos puacuteblicos aacutetrio de entrada auditoacuterio e sala do Serviccedilo

Educativo

4 As visitas orientadas abertas agrave comunidade deveratildeo efectuar-se trimestralmente mediante

inscriccedilatildeo Esta intenccedilatildeo veio a ser cumprida com excepccedilatildeo de algumas solicitaccedilotildees de visitas

extraordinaacuterias destinadas por exemplo aos colegas arquivistas

5 Visitas teacutecnicas solicitadas por outras Instituiccedilotildees puacuteblicas ou privadas obrigam a um

agendamento preacutevio

7 O ARM estaacute aberto aos pedidos de acccedilotildees feitos pelas escolas no acircmbito dos respectivos

programas curriculares Contudo a resposta dependeraacute sempre da disponibilidade destes

serviccedilos

8 As actividades seratildeo preferencialmente dirigidas para os alunos a partir do 2ordm ciclo

9 No final de cada acccedilatildeo deveraacute sempre ser preenchido pelo responsaacutevel da turma um inqueacuterito

de satisfaccedilatildeo destinado agrave avaliaccedilatildeo da actividade SANTOS Sofia - Relatoacuterio do Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira Arquivo Regional da Madeira

ARM Funchal 2005p3-4

161

imponham o novo resultado da concepccedilatildeo eacute submetido a novo processo de revisatildeo ateacute agrave

sua aprovaccedilatildeo Depois de experimentadas em campo todas as actividades satildeo sujeitas a

um inqueacuterito de satisfaccedilatildeo tanto nas actividades educativas como de extensatildeo cultural

Posteriormente os resultados desse inqueacuterito satildeo tratados permitindo identificar os

aspectos mais positivos ou as suas fragilidades A equipa nomeada preenche igualmente

um relatoacuterio de actividade onde mostra o niacutevel de concretizaccedilatildeo dos objectivos as

dificuldades encontradas as alteraccedilotildees ao previsto No mesmo relatoacuterio daacute sugestotildees de

melhoria e avalia os trabalhos efectuados pelos discentes

Sobre as formas de promoccedilatildeo as ferramentas utilizadas satildeo as que jaacute referimos

ofiacutecios newslleter327

e o site Da nossa experiecircncia afirmamos que ainda hoje o

marketing directo (contacto com os professores328

comunidade estudantil e sociedade) e

o buzz marketing (passagem da informaccedilatildeo boca a boca) satildeo as formas que causam

maior impacto329

Todavia natildeo podemos deixar de referir que o puacuteblico tambeacutem nos

procura para conhecer o que temos para oferecer ao mercado

O envio das notas de imprensa para a comunicaccedilatildeo social eacute outro recurso

utilizado Na praacutetica este serviccedilo eacute elaborado pelo SEEC que o envia para o Gabinete

de Comunicaccedilatildeo da Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura da RAM que por sua

vez as reencaminha para jornais raacutedios e televisatildeo local sem haver um contacto directo

com as actividades Outra lacuna existente eacute a falta de jornalistas na Madeira com

especialidade em eventos culturais e falta de contactos com a imprensa do Continente

As actividades e projectos direccionados agrave comunidade estudantil e cidadatildeos em

geral podem enunciar-se d

o seguinte modo (figura nordm 54)

327

A tiacutetulo de curiosidade esta forma de divulgaccedilatildeo no ARM soacute teve iniacutecio em 2007 com a exposiccedilatildeo

realizada na Ponta do Sol 328

No contacto com a comunidade escolar optaacutemos por efectuar uma reuniatildeo com os docentes ndash no ARM

ou na Escola ndash antes da concretizaccedilatildeo das acccedilotildees Esta medida surgiu porque constatamos que quando os

docentes natildeo acompanhavam a totalidade dos projectos natildeo entendiam a mensagem que tentaacutevamos

transmitir Desta forma eacute-lhes entregue um dossier com a apresentaccedilatildeo do Arquivo e das acccedilotildees a

desenvolver e um laquoRegulamento de participaccedilatildeo nas actividades do Serviccedilo Educativoraquo No dia da

palestra eacute-lhes entregue um Compromisso Pedagoacutegico que serve para responsabilizar o que foi referido na

reuniatildeo Anexo 10 e 11 329

No ano lectivo de 20092010 as actividades do Serviccedilo Educativo comeccedilaram tambeacutem a serem

divulgadas atraveacutes de um laquoDossiecirc de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo Para termos certeza da

sua eficaacutecia junto das escolas optaacutemos por entregar pessoalmente este instrumento aos professores

Tambeacutem o disponibilizaacutemos no site do Arquivo Regional A nota de imprensa revelou-se igualmente

uacutetil pois o ARM tem sido contactado por docentes que nunca antes o tinham feito

162

Actividades

permanentes

destinadas a dar a

conhecer o ARM e o

nosso trabalho

Actividades

pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural

Puacuteblico-alvo Ano de criaccedilatildeo

Vamos conhecer o

Arquivo Regional da

Madeira hellip

2ordm e 3ordm ciclo 2005

Formaccedilatildeo de

utilizadores

3ordm ciclo e secundaacuterio 2005

Visitas Teacutecnicas e

acccedilotildees diversas

3ordm ciclo e secundaacuterio

e administrativos das

Secretarias Regionais

2006

Ateliecirc de Veratildeo laquoO

Aprendiz de

Arquivoraquo

Entre os 13 e 15 anos

de idade

2008

O Arquivo Regional

da Madeira eacute um

banco de dados

12ordm ano de

escolaridade

2008

Actividade

permanentes

destinadas a

explorar os arquivos

e aprofundar o

conhecimento da

histoacuteria regional e

local

O meu concelhohellip 6ordm e 11ordm ano de

escolaridade

2005

Genealogia e

Histoacuteria da Famiacutelia

2ordm ciclo 2006

Acccedilotildees de formaccedilatildeo

Docentes 2007

Site informativo e

interactivo ldquoO

arquivo e a escolardquo

Todos os interessados Em desenvolvimento

Actividades e

projectos destinados

a puacuteblicos

diferenciados

Dia Aberto agrave

Comunidade

A partir dos 16 anos

de idade e turmas a

partir do 9ordm ano de

escolaridade

2006

Actividades

esporaacutedicas

exposiccedilotildees

concursos

worshops palestras

e visitas orientadas

a grupos especiacuteficos

etc

Exposiccedilatildeo Luiz Peter

Clode e o espoacutelio

legado ao Arquivo

Regional da Madeira

6ordm ano de

escolaridade 3ordm

ciclo secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2005

Jornal Aprendiz de

Arquivo

Comunidade escolar

e populaccedilatildeo em geral

2006

Concurso de

escultura Box Parade

Universitaacuterios do

curso de Artes

Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo da

Universidade da

Madeira

20062007

exposiccedilatildeo laquoTerra de

Jornais a imprensa

pontassolense (1909-

1923)raquo

6ordm ano e 3ordm ciclo de

escolaridade

secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2007

Figura nordm 54

Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM de 2005 a 2008

Fonte Sofia Santos

163

1 Actividades permanentes destinadas a dar a conhecer o ARM e o nosso trabalho

11Vamos Conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellip330

damos a conhecer

agrave comunidade escolar o percurso da documentaccedilatildeo desde a sua entrada no

Arquivo ateacute agrave sua consulta na sala de leitura Esta acccedilatildeo eacute constituiacuteda por

visitas orientadas agraves aacutereas teacutecnicas com actividades praacuteticas331

Figura nordm 55

Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 56

Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de Arquivoraquo do SE332

330

Os principais objectivos destas acccedilotildees era laquocativar um puacuteblico mais vasto e alargado mas tambeacutem

promover o gosto pelo conhecimento da Histoacuteria Regional e Local incentivando o contacto com as fontes

primaacuterias e estimulando haacutebitos de pesquisa e visita ao Arquivoraquo SANTOS Sofia ndash Ob cit p5-6 331

A primeira escola que trabalhou com o ARM foi a Escola Baacutesica do 2ordm e 3ordm Ciclo de Satildeo Roque e a

sua escolha foi intencional pois faz parte do meio envolvente do ARM Ainda hoje eacute uma das que mais

procura os serviccedilos do SE do ARM 332

Cada desdobraacutevel tinha a fotografia do aluno e um resumo fotograacutefico com a sua participaccedilatildeo na acccedilatildeo

laquoVamos conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellipraquo

164

12Formaccedilatildeo de utilizadores para alunos do 3ordm ciclo e secundaacuterio Apoacutes uma

palestra sobre o acervo e funccedilotildees do ARM eacute concedida uma formaccedilatildeo de

utilizadores seguida de visita agrave Sala de leitura do Arquivo

Figura nordm 57

Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala de Leitura

13O Serviccedilo Educativo procede a Visitas Teacutecnicas solicitadas por outras

instituiccedilotildees e realiza Acccedilotildees a pedido das escolasuniversidade no acircmbito

dos respectivos programas e interesses curriculares Carecem de

agendamento e programaccedilatildeo preacutevia de acordo com a disponibilidade do

ARM

Figura nordm 58

Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

14Ateliecirc de Veratildeo laquoO Aprendiz de Arquivoraquo um grupo de oito estudantes

com idades compreendidas entre os 13 e 15 anos de idade acompanham

durante uma semana os arquivistas no seu trabalho diaacuterio

165

Figura nordm 59

laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de passaporte e a reintegraccedilatildeo de um

documento

15O Arquivo Regional da Madeira eacute um banco de dados Eacute uma proposta

que procura captar a atenccedilatildeo de estudantes do 12ordm ano de escolaridade para

uma experiecircncia de arquivo integrada na Aacuterea-projecto ndash espaccedilo curricular

natildeo disciplinar Os alunos conhecem os livros paroquiais e aprendem a fazer

a descriccedilatildeo dos seus registos O objectivo eacute proporcionar-lhes o

conhecimento de novas aacutereas de inserccedilatildeo no mercado de trabalho e alertar

para estas aacutereas do conhecimento No presente procura-se conjugar os

interesses do ARM das Escolas e das Orientaccedilotildees do Ministeacuterio da

Educaccedilatildeo Iniciou-se no lectivo 20082009 e continua no ano lectivo

20092010 20102011

Figura nordm 60

Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da

Serra

166

2 Actividades permanentes destinadas a explorar os arquivos e aprofundar o

conhecimento da histoacuteria regional e local

21O meu concelhohellip Actividade que prevecirc para cada ano a realizaccedilatildeo de dois

dossiecircs pedagoacutegicos directamente relacionados com um concelho da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira Cada dossiecirc corresponde a um niacutevel de ensino 6ordm e

10ordm ano de escolaridade Neste caso satildeo os teacutecnicos que se deslocam agrave

escola333

Figura nordm 61

Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

22Genealogia e Histoacuteria da Famiacutelia

O seu iniacutecio esteve associado ao lanccedilamento do caderno pedagoacutegico do Serviccedilo

Educativo laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo Este caderno aleacutem de estar

vocacionado para jovens leitores inclui o conto laquoA Aacutervore Maacutegicaraquo divulga

genealogistas madeirenses e daacute a conhecer arquivos particulares e pessoais

existentes no ARM Esta divulgaccedilatildeo inclui actividades luacutedicas334

333

O primeiro concelho a ser explorado foi o do Porto Santo Organizado em articulaccedilatildeo com o

lanccedilamento dos Iacutendices dos registos de casamentos e de baptismo do concelho do Porto Santo 1572-1911

e dos Documentos Histoacutericos da Ilha do Porto Santo realizou-se entre os dias 23 e 25 de Novembro de

2005 na ilha do Porto Santo a actividade laquoO meu concelhohellip Porto Santoraquo No ano lectivo de

20062007 o concelho explorado foi o do Porto do Moniz sendo o tema principal a emigraccedilatildeo Em 2007

foi explorado o concelho da Ponta do Sol em conjunto com a exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo Agora prepara-se a dinamizaccedilatildeo do concelho do Funchal 334

Para o seu lanccedilamento foi realizado entre os dias 26 e 28 de Abril de 2006 um Workshop em que foi

apresentada a peccedila de teatro baseada no conto referido a exploraccedilatildeo e a dinamizaccedilatildeo do caderno referido

por uma camada juvenil Para o puacuteblico em geral foi organizada uma formaccedilatildeo sobre laquoIntroduccedilatildeo agrave

Heraacuteldicaraquo

167

Figura nordm 62

Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA

aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes e Ofiacutecios

Dado o interesse que o tema da Histoacuteria da Famiacutelia desperta junto da

comunidade escolar associado agrave necessidade de motivar os jovens para a

conservaccedilatildeo dos arquivos pessoais e dos dados que remetem para os seus

ascendentes o Serviccedilo Educativo optou por criar em 2007 a sua primeira maleta

pedagoacutegica laquoOs eus escondidosraquo335

Figura nordm 63

335

Uma maleta eacute um material pedagoacutegico que visa dinamizar um tema especiacutefico dentro do tema

principal o que faz e conteacutem o Arquivo Regional da Madeira Eacute para ser transportaacutevel de modo a chegar

a puacuteblicos geograficamente distantes do Funchal e cujos escalotildees etaacuterios natildeo permitem qualquer visita ao

Arquivo (ao contraacuterio do que sucede nas bibliotecas) No presente caso a maleta laquoEus Escondidosraquo

desenvolve o tema da Histoacuteria da Famiacutelia Atraveacutes de jogos da expressatildeo plaacutestica e escrita os alunos

tomam contacto com os meios que devem utilizar para construir a sua aacutervore genealoacutegica a trecircs niacuteveis o

laquoeu aprendizraquo em que os alunos atraveacutes do jogo da laquoMemoacuteriaraquo abordam o que foi dito na palestra o laquoeu

socialraquo dinamizado pelo jogo da laquoGloacuteriaraquo adaptado agrave Histoacuteria da Famiacutelia e o laquoeu afectivoraquo em que se

apela agrave escrita criativa e expressatildeo plaacutestica A sua finalidade eacute sensibilizar para a preservaccedilatildeo dos

documentos pessoais e de uma forma mais abrangente sensibilizar para a importacircncia da salvaguarda do

patrimoacutenio cultural da Regiatildeo

168

Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Jogo da laquoMemoacuteriaraquo

laquoJogo da Gloacuteriaraquo

Exemplos de aacutervores dos costados feitos pelos alunos

Figura nordm 64

Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

23Acccedilotildees de formaccedilatildeo destinadas a docentes

As acccedilotildees de formaccedilatildeo no SEEC surgiram da necessidade de explicar aos

docentes o meacutetodo de trabalho dos serviccedilos educativos Na realidade agrave medida

que satildeo dados a conhecer os nossos projectos nas escolas constataacutemos que a

maior parte dos professores confundia o conceito de arquivo com bibliotecas e

museus Verificaacutemos igualmente que todos os agrupamentos natildeo efectuavam

pesquisas das fontes documentais inclusive os professores dos agrupamentos de

169

Histoacuteria (200 e 400) dos segundos e terceiro ciclos e ensino secundaacuterio

desconhecendo quase completamente a Histoacuteria Local e Regional da Madeira

Para colmatar esta lacuna criaacutemos uma formaccedilatildeo que ajude a resolver esta

falta336

Designada de laquoServiccedilo Educativo do Arquivo Regional ao encontro de

novos puacuteblicosraquo tem as seguintes metas

Objectivos gerais

Dar a conhecer as praacuteticas de educaccedilatildeo natildeo formal exercidas no

contexto do Serviccedilo Educativo do ARM

Habilitar para a criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de instrumentos pedagoacutegicos

baseados nas fontes documentais

Contribuir para a constituiccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo do caderno pedagoacutegico laquoO

Meu Concelhohellip Funchalraquo

Habilitar para a utilizaccedilatildeo autoacutenoma e sistemaacutetica dos serviccedilos

disponiacuteveis no ARM quer em termos educativos quer em termos da

proacutepria pesquisa

Objectivos especiacuteficos

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Enquadrar pedagogicamente o Serviccedilo Educativo nas funccedilotildees e

objectivos do ARM

Criar linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade

promovendo a integraccedilatildeo socio-educativa a cidadania e a criatividade

Orientar para a pesquisa e investigaccedilatildeo para que se criem novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais

336

Todas as acccedilotildees de formaccedilatildeo organizadas por este serviccedilo quando destinadas a docentes satildeo

apresentadas na Direcccedilatildeo Regional de Educaccedilatildeo da Madeira organismo da Secretaria Regional de

Educaccedilatildeo e Cultura da RAM para sua validaccedilatildeo A sua candidatura obedece a formulaacuterios existentes no

site httpwwwmadeira-eduptDefaultaspxalias=wwwmadeira-eduptdre

170

Facilitar a compreensatildeo do que constitui o acircmbito os objectivos e a

metodologia especiacutefica do Serviccedilo Educativo do ARM

Figura nordm 65

Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

A acccedilatildeo de formaccedilatildeo laquoConhecer e Utilizar o Arquivo Regional da Madeiraraquo

relacionada com a formaccedilatildeo de utilizadores surgiu em resultado da formaccedilatildeo

anterior Porquecirc Porque os formandos revelaram falta de autonomia de pesquisa

na sala de leitura Entatildeo como forma de colmatar essa lacuna foi desenvolvida

em Abril e Setembro de 2008 esta iniciativa com os objectivos que se seguem

Objectivos gerais

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Formar e cativar novos utilizadores

Contribuir para a formaccedilatildeo de uma comunidade mais criacutetica e atenta agrave

realidade circundante

Objectivos especiacuteficos

Habilitar para a pesquisa autoacutenoma dos serviccedilos disponiacuteveis na sala de

leitura do ARM

Sensibilizar para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio arquiviacutestico suporte da

memoacuteria colectiva

Promover o contacto e gosto pela histoacuteria e cultura madeirense

Estabelecer futuras parcerias com a comunidade escolar

Dentro dos trabalhos praacuteticos realizados os formandos solicitaram a mudanccedila do

impresso de requisiccedilatildeo de reproduccedilotildees na sala de leitura ndash o que jaacute foi

concretizado dinamizaccedilatildeo de mostras documentais no mesmo espaccedilo ndash o que

171

estaacute neste momento a ser estudado Tambeacutem foi proposto um laquoRegulamento de

utilizaccedilatildeo da Sala de Leitura e do Serviccedilo de Certidotildeesraquo mais simplificado

Figura nordm 66

Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

24Site informativo e interactivo ldquoO arquivo e a escolardquo ndash com uma selecccedilatildeo de

temas e documentos acompanhados das respectivas transcriccedilotildees com

verbetes explicativos e sugestotildees de utilizaccedilatildeo e actividades (em

desenvolvimento)

3 Actividades e projectos destinados a puacuteblicos diferenciados

31Actividades permanentes Dia Aberto agrave Comunidade ndash com periodicidade

trimestral visita orientada agraves aacutereas natildeo puacuteblicas do ARM Como forma de

agradecimento e de lembranccedila deste dia foi criado para oferecer aos

visitantes um desdobraacutevel com um resumo do circuito complementado com

um desafio de perguntaresposta sobre o evento

Figura nordm 67

Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Esta iniciativa resulta da curiosidade que o novo edifiacutecio do ARM causou e

ainda causa na RAM aspecto que se valorizou Porque um arquivo natildeo eacute um

172

museu que expotildee peccedilas houve a necessidade de criar circuitos para os

visitantes337

e para evitar a desconcentraccedilatildeo dos leitores e perturbaccedilatildeo dos

serviccedilos internos aleacutem de que inicialmente a actividade prioritaacuteria do ARM foi

a transferecircncia dos documentos do arquivo antigo para o novo e as novas

incorporaccedilotildees338

esta actividade fosse limitada duas visitas ao ano Apesar

destas condicionantes e dada a grande procura por parte das escolas e da

populaccedilatildeo em geral decidimos satisfazer a vontade dos utilizadores e fazer mais

um dia aberto estando as aacutereas teacutecnicas abertas ao puacuteblico trecircs vezes ao ano

4 Actividades esporaacutedicas exposiccedilotildees concursos worshops palestras e visitas

orientadas a grupos especiacuteficos etc

41 No que diz respeito a actividades temporaacuterias referimos as iniciativas que

surgiram em articulaccedilatildeo com a exposiccedilatildeo Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado

ao Arquivo Regional da Madeira339

a) visitas orientadas agrave exposiccedilatildeo antecedidas por uma palestra e exploraccedilatildeo das

bases em Access de registos de baptismo casamento e de passaportes Os

alunos mais novos (entre os 10 e os 11 anos de idade) tambeacutem elaboraram a sua

aacutervore de costados e expressaram plasticamente o que apreenderam nesta acccedilatildeo

337

Neste dia a visita eacute dividida em duas partes circuito do documento (cais de descarga recepccedilatildeo e

triagem higienizaccedilatildeo expurgo quarentena e preacute-arquivagem correspondente ao piso -1) Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro (fotografia microfilmagem acondicionamento laboratoacuterio

restauro e conservaccedilatildeo encadernaccedilatildeo ndash correspondente ao piso 0) gabinete teacutecnico onde eacute demonstrada a

forma de organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo e o leitor entra em contacto com documentos) e o circuito do leitor

(Sala de Leitura e Serviccedilo de Certidotildees ndash piso 2) 338

Em depoimento dado por Faacutetima Barros sobre o ARM afirma que laquoateacute haacute cerca de dois anos

entravam de trecircs em trecircs semanas cerca de 50 metros lineares de documentaccedilatildeo que necessita de ser

preservada e tratada para estar acessiacutevel ao cidadatildeo que precisa dessa documentaccedilatildeo para fazer prova dos

seus direitos patrimoniais por exemplo Satildeo necessidades praacuteticas e natildeo apenas de cariz culturalraquo

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

339Segundo o cataacutelogo da exposiccedilatildeo de Luiz Peter Clode a exposiccedilatildeo foi o meio escolhido pela direcccedilatildeo

do ARM para demonstrar o interesse e a gratidatildeo pelo cumprimento por parte da famiacutelia do legado feito

ao Arquivo Regional BARROS Faacutetima Barros ndash Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo

Regional da Madeira Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos

Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2005 Depoacutesito Legal 23308205 ISBN 972-648-

157-0 p5

173

b) criaccedilatildeo de um caderno pedagoacutegico intitulado Luiz Peter Clode o

Genealogista Foi explorado em sala de aula com turmas de escolas baacutesicas e

secundaacuterias do Funchal

Figura nordm 68

Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

c) para divulgaccedilatildeo da exposiccedilatildeo aleacutem das visitas orientadas o SEEC criou dois

guiotildees da exposiccedilatildeo um vocacionado para os alunos do segundo ciclo e o outro

para a populaccedilatildeo em geral

174

Figura nordm 69

Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

A linha graacutefica seguida como podem observar eacute diferente de acordo com os

diferentes clientes o desdobraacutevel de cima transmite um visual mais laquoadultoraquo

correspondendo aos niacuteveis etaacuterios dos alunos do 3ordm ciclo secundaacuterio

universitaacuterio e populaccedilatildeo em geral no produto informativo de baixo como eacute

dirigido ao puacuteblico do 2ordm ciclo optaacutemos por cores quentes e chamativas (figura

nordm 66) Importa aqui realccedilar que este material eacute efectuado de acordo com a

concepccedilatildeo graacutefica da exposiccedilatildeo

A estrateacutegia graacutefica foi a mesma teve-se em consideraccedilatildeo os mercados que a

equipa do serviccedilo educativo elegeu como puacuteblico-alvo O tipo de linguagem

utilizada nos instrumentos de trabalho referidos eacute tambeacutem adaptado aos

diferentes nichos Uma vez mais embora natildeo utilizando de forma consciente o

conceito de segmentaccedilatildeo de mercados o SE tentou prestar um serviccedilo que

permitisse a compreensatildeo da exposiccedilatildeo pelos diferentes puacuteblicos

Para sua promoccedilatildeo foram enviados

uma nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social local

convites de acordo com a lista protocolar do ARM

e convites directos para as escolas da regiatildeo

175

Fazendo aqui um parecircntese para a concretizaccedilatildeo da primeira exposiccedilatildeo no novo

edifiacutecio do ARM Faacutetima Barros sua directora optou por contratar uma empresa

que procedesse agrave criaccedilatildeo de um ambiente expositivo adaptado agraves diferentes

temaacuteticas permitindo dimensotildees e percursos variaacuteveis consoante o volume de

informaccedilatildeo e objectos a expor Para sua concretizaccedilatildeo os designers graacuteficos

visitaram o espaccedilo da exposiccedilatildeo ndash aacutetrio de entrada ndash reuniram-se vaacuterias vezes

com os autores dos textos e com a direcccedilatildeo a fim de se chegar a um consenso

sobre o que se pretendia mostrar e quem era o mercado-alvo A soluccedilatildeo

encontrada foi a aquisiccedilatildeo de vaacuterios tubos adaptaacuteveis em altura para suporte de

lonas com impressatildeo (figura nordm 70) A partir daqui foi criada uma imagem para a

exposiccedilatildeo que tambeacutem deu a forma ao cataacutelogo da mesma respectivos guiotildees e

convites Reforccedilava-se uma vez mais a vontade de cortar com a ideia instalada

de laquoarquivo mortoraquo e mostrava-se que o ARM estava aberto a todos os puacuteblicos

Figura nordm 70

Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

Paralelamente agrave sua montagem ficou estabelecido que para se retirar o maacuteximo

potencial deste tipo de acccedilotildees a exposiccedilatildeo estaria aberta durante trecircs meses E

foi levada em Outubro de 2006 agrave Casa da Cultura de Santa Cruz O objectivo

desta itineracircncia foi alargar o nicho de visitantes para aleacutem do Funchal e

potencializar os recursos materiais e financeiros gastos

42 Com o objectivo de divulgar o trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as

funccedilotildees e fundos do Arquivo Regional foi criado em 2006 o Jornal Aprendiz de

176

Arquivo340

As rubricas que a constituem satildeo laquoServiccedilos Teacutecnicosraquo em cada

ediccedilatildeo se descreve um serviccedilo do ARM e se datildeo algumas informaccedilotildees sobre os

seus colaboradores laquoGuia do ARMraquo de forma sucinta eacute feita uma descriccedilatildeo do

acervo existente laquoTema Centralraquo eacute elaborada uma fotoreportagem sobre as

principais iniciativas educativas laquoA Tua Escolaraquo paacutegina social com fotografias

representativas dos participantes laquoGeneralidadesraquo eacute constituiacuteda pela rubrica

ldquoAprendiz da Histoacuteriardquo em que damos a conhecer um pormenor da Histoacuteria da

Madeira seguida de uma sugestatildeo de actividade e por fim na oitava e uacuteltima

paacutegina apresentamos o item ldquoSabias que helliprdquo com curiosidades sobre os fundos

documentais actividades previstas para o ano lectivo novidades e propostas de

livros e de jogos didaacutecticos

Figura nordm 71

Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Esta publicaccedilatildeo bi-anual341

eacute distribuiacuteda gratuitamente e tambeacutem pode ser

consultado atraveacutes do nosso site wwwarquivo-madeiraorg Outra forma de

comunicaccedilatildeo deste instrumento passa obviamente primeiro pelo envio de

nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social regional (jornais raacutedio e RTPM) e

340

Este projecto tem por objectivo garantir a continuidade do trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as funccedilotildees e fundos do ARM

enquanto detentor de uma parcela importante da memoacuteria colectiva da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira 341

Actualmente jaacute vai na nona ediccedilatildeo mas por constrangimentos orccedilamentais a partir do nuacutemero seis de

uma tiragem de 2500 exemplares passou-se para apenas 500 exemplares

177

depois pelo envio por correio acompanhado por ofiacutecio a diversas entidades

como escolas associaccedilotildees arquivos bibliotecas centros de documentaccedilatildeo

leitores e sua distribuiccedilatildeo no aacutetrio de entrada do edifiacutecio

Realce-se aqui que todos os trabalhos que impliquem concepccedilatildeo graacutefica

como cataacutelogos cadernos e dossiecircs e maletas pedagoacutegicas produtos

informativos paineacuteis de exposiccedilotildees satildeo elaborados com uma linguagem e

grafismos adequados aos puacuteblicos alvos necessaacuterios para a criaccedilatildeo de uma

imagem de marca dos produtos serviccedilos prestados por este serviccedilo

43 Os discentes da Universidade da Madeira poucas vezes consultam os

serviccedilos do ARM Para mudar essa tendecircncia o ano lectivo de 20062007

ficou marcado por uma tentativa de conquista deste mercado Apoacutes um

convite directo agrave UMa e uma seacuterie de reuniotildees com o curso de Artes

Plaacutesticas e Design de Projecccedilatildeo da Universidade da Madeira o Arquivo

Regional atraveacutes do Serviccedilo Educativo promoveu o concurso de escultura

Box Parade

Os projectos a concurso tinham por base a reutilizaccedilatildeo de uma caixa de

zinco fornecida pelo ARM antigamente utilizada para guardar e

acondicionar documentos com valor histoacuterico A partir dela os concorrentes

deveriam explorar as suas potencialidades expressando uma visatildeo pessoal

sobre o Arquivo Regional da Madeira No final todos os projectos foram

expostos sendo igualmente dinamizadas uma seacuterie de iniciativas

pedagoacutegicas

Figura nordm 72

A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

178

Figura nordm 73

Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

44 Em 2007 foi realizada outra exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a imprensa

pontassolense (1909-1923)raquo que surgiu em parceria com o programa

laquoMuniciacutepio da Culturaraquo No acircmbito deste projecto o SEEC foi convidado a

participar na concepccedilatildeo graacutefica do cataacutelogo dos paineacuteis da exposiccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo pedagoacutegica

Figura nordm 74

Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

179

Figura nordm 75

Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Esteve patente durante trecircs meses no Centro Cultural John dos Passos

Questionamos agora Seraacute que o trabalho feito por este serviccedilo estaacute a conquistar

o seu mercado Estaraacute a ter impacto

Pela anaacutelise dos inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo342

apresentados no final de cada

iniciativa pedagoacutegica conversa com os participantes reacccedilotildees elogios entregues agrave

direcccedilatildeo e trabalhos efectuados pelos alunos343

concluiacutemos que um dos aspectos que

mais destaca o SEEC eacute a adequaccedilatildeo da linguagem ao puacuteblico-alvo novidade dos

assuntos amabilidade e simpatia dos teacutecnicos qualidade graacutefica e didaacutectica dos

materiais disponibilizados Todos os inquiridos na questatildeo laquoParticipariam noutras

iniciativas do Serviccedilo Educativoraquo 100 responde que sim

Sobre as exposiccedilotildees a partir do tratamento estatiacutestico do inqueacuterito de satisfaccedilatildeo

de exposiccedilotildeesmostras documentais344

- avaliaccedilatildeo quantitativa - e da suacutemula dos

testemunhos deixados pelos visitantes a partir do Livro de Honra - avaliaccedilatildeo qualitativa

concluiacutemos que devemos continuar a apostar neste tipo de iniciativas pois eacute uma forma

de aproximar o Arquivo Regional da populaccedilatildeo democratizando a cultura que vai ao

encontro de todas as pessoas

A partir da anaacutelise dos inqueacuteritos aplicados nas acccedilotildees de formaccedilatildeo referidas

estamos neste momento a preparar a proposta de formaccedilatildeo sobre a laquoGenealogia e

Histoacuteria da Famiacuteliaraquo E resultando da necessidade de cativar um novo puacuteblico o ARM

estaacute a virar-se agora para a terceira idade assim foi apresentada em Junho de 2008 agrave

342

No anexo 12 demonstramos o inqueacuterito de satisfaccedilatildeo do SE 343

Refira-se que entre os alunos do 4ordm ano e 11ordm ano de escolaridade os inqueacuteritos satildeo apenas entregues

aos docentes A forma de avaliaccedilatildeo das actividades por este puacuteblico satildeo os trabalhos que elaboram e que

posteriormente satildeo entregues ao SE 344

Vide inqueacuterito de satisfaccedilatildeo aplicado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo e exposiccedilotildees mostras documentais

Anexo 13

180

Universidade da Madeira uma formaccedilatildeo para a Universidade Seacutenior O nosso produto

laquoEducaccedilatildeo patrimonial fontes para a Histoacuteria do Arquipeacutelago da Madeiraraquo foi

apresentado ao oacutergatildeo competente e depois de uma reuniatildeo com a proacute-reitora foi

aprovado345

Estatildeo previstas e encontram-se em estudo outras formas de aproximar o ARM

do puacuteblico e de conquistar novos clientes externos tais como o projecto laquoAssociaccedilatildeo

dos Amigos do ARMraquo e projectos destinados agraves comunidades madeirenses da diaacutespora

e site informativo e interactivo laquoO Arquivo e as comunidades madeirenses

Quanto ao nuacutemero de participantes nas actividades educativas e culturais

apresentamos as suas estatiacutesticas ao longo de quatro anos (Graacutefico A)

Graacutefico A

Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Como se pode observar os anos de 2005 2006 e 2008 tecircm algumas nuances

entre si Salienta-se um boom em 2007 que se prende com o ano da conquista do

puacuteblico universitaacuterio da Universidade da Madeira do curso de Ciecircncias da Cultura

Ciecircncias da Educaccedilatildeo Animadores Soacutecio-Culturais e da Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias

Documentais bem como dos discentes do curso de Artes Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo em virtude do concurso jaacute referido Saliente-se ainda que o ano de 2008 ficou

345

O projecto que foi apresentado na Universidade da Madeira ateacute agrave data ndash Dezembro de 2010 ndash natildeo foi

possiacutevel concretizar devido agrave prioridade dada a outros projectos por parte do SEEC

1146 1076

2968

1636

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2005 2006 2007 2008

Nuacutemero de participantes nas actividades do Serviccedilo Educativo

181

caracterizado pelo trabalho realizado com os alunos do 12ordm ano de escolaridade em

virtude da aacuterea-projecto tambeacutem jaacute descrita

532 Ediccedilotildees de Fontes

No caso das publicaccedilotildees do ARM as suas origens remontam aos primoacuterdios da

histoacuteria deste organismo

A primeira colecccedilatildeo editada designa-se de laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo que ainda hoje sobrevive apesar das diferenccedilas de estrutura que lhe foram

sendo introduzidas pelas diversas direcccedilotildees

Os principais temas destas ediccedilotildees variam entre Genealogia e Histoacuteria da

Famiacutelia Histoacuteria da Vida Privada Histoacuteria Social Histoacuteria da Arte Histoacuteria da

Madeira Histoacuteria Religiosa Arte Sacra e Literatura Publicada sem regularidade

termina a sua primeira fase em 1974346

Figura nordm 76

Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Esta colecccedilatildeo foi retomada na deacutecada de 90 do seacuteculo XX (figura nordm 77)

346

Esta data coincide com a mudanccedila do regime poliacutetico portuguecircs que transita da Ditadura para a

Democracia O efeito administrativo do novo sistema poliacutetico para a Madeira foi tornar-se Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)

182

Figura nordm 77

Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da Madeiraraquo

Foram ainda criadas as seacuteries de laquoIacutendice de Registos Paroquiaisraquo laquoIacutendice de

Registos dos Passaportesraquo e laquoTranscriccedilotildees Documentaisraquo

Segundo o prefaacutecio da ediccedilatildeo nuacutemero 1 da seacuterie de laquoIacutendice de Registo

Paroquiaisraquo e da seacuterie de laquoIacutendice de Registos dos Passaportesraquo esses iacutendices surgem da

necessidade de responder em tempo uacutetil agraves solicitaccedilotildees de muitas certidotildees narrativas de

baptismo casamento oacutebitos e dos passaportes por necessidade de documentaccedilatildeo para

partilha de bens por parte de emigrantes que procuram naturalizar-se ou por parte de

183

interessados na histoacuteria da famiacutelia347

Nesse sentido o ARM enquanto arquivo histoacuterico

estaacute a cumprir o chamado serviccedilo puacuteblico Diremos mesmo que eacute sua funccedilatildeo laquoabrir e

promover a utilizaccedilatildeo do Arquivo Regionalraquo348

e que essa funccedilatildeo passa

obrigatoriamente laquopor democratizar universalizar e simplificar o contacto do puacuteblico

com os documentos histoacutericosraquo349

Em 2005 altura da inauguraccedilatildeo da exposiccedilatildeo documental sobre Luiz Peter

Clode foi criada uma nova colecccedilatildeo dedicada a este tipo de eventos (figura nordm 78)

Figura nordm 78

Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Mais recentemente aliada agrave renovaccedilatildeo da imagem deste organismo e com a

implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade a direcccedilatildeo do Arquivo sentiu-se

impelida a criar uma nova imagem graacutefica das suas colecccedilotildees Contratando uma

empresa especializada em design graacutefico foi delineada uma nova linha editorial A

soluccedilatildeo adoptada em termos graacuteficos tem uma base comum a todas elas em termos de

folha de rosto ficha teacutecnica iacutendice tiacutetulos texto corrido nuacutemero de paacutegina rodapeacutes

347

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos de casamentos do concelho de Machico Secretaria

Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira

Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048p BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de

Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais

Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p 11-12 348

Idem p11 349

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e

Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito

Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p9-10

184

notas separadores e grelha para inserccedilatildeo de imagens e das respectivas legendas (figura

nordm 79)

Figura nordm 79

Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

Como se pode observar na figura anterior haacute um rompimento total com a

imagem das ediccedilotildees anteriores em que se procura transmitir uma vez mais a ideia de

que o Arquivo Regional eacute uma instituiccedilatildeo dinacircmica e moderna disposta a abrir-se agrave

comunidade posicionando assim com facilidade os seus produtos no mercado

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada

O edifiacutecio que alberga o Arquivo Regional da Madeira (ARM) e Biblioteca

Puacuteblica Regional (BPR)350351

estaacute dividido em duas grandes aacutereas uma reservada ao

trabalho teacutecnico e aos depoacutesitos (inacessiacutevel ao puacuteblico) e outra composta pelas salas de

leitura de cada um dos organismos serviccedilo de certidotildees do ARM e por espaccedilos comuns

como aacutetrio auditoacuterio cafetaria secretaria e serviccedilo educativo

As aacutereas teacutecnicas incluem os depoacutesitos (sete pisos com elevadores e monta-cargas

em 4690 m2 capazes de comportar 32000 metros lineares de documentaccedilatildeo) uma casa

forte destinada a guardar a documentaccedilatildeo mais importante e a copa dos funcionaacuterios

Nas aacutereas puacuteblicas estaacute o aacutetrio o auditoacuterio e a cafetaria Incluem-se tambeacutem as Salas de

Leitura da BPR no piso 1 (com uma Sala de Leitura Geral Sala Infanto-Juvenil e Sala

de Leitura Especial) a Sala de Leitura do ARM no piso 2 e o espaccedilo criado para os

serviccedilos educativos de ambas as instituiccedilotildees O edifiacutecio possui ainda os sectores de

Recepccedilatildeo e Triagem Higienizaccedilatildeo e Expurgo de documentos no piso 01 bem como

um espaccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo Restauro e Encadernaccedilatildeo no piso 0 onde

350

Consulte a planta do edifiacutecio no anexo 14

185

tambeacutem se encontram as aacutereas de Fotografia Microfilmagem Reprografia e

Digitalizaccedilatildeo Nos pisos 01 e 02 os gabinetes de trabalho dos teacutecnicos e o gabinete da

Direcccedilatildeo Os serviccedilos de seguranccedila os postos de instalaccedilotildees eleacutectricas de instalaccedilatildeo de

ar condicionado e ventilaccedilatildeo fazem parte das aacutereas teacutecnicas de manutenccedilatildeo Foi tambeacutem

criado um sector destinado ao projecto de informaacutetica

A manutenccedilatildeo e gestatildeo dos espaccedilos comuns constituiacutedos pelo auditoacuterio e aacutetrio

de entrada satildeo da competecircncia do ARM Por decisatildeo da Secretaria Regional do Turismo

e Cultura Direcccedilatildeo Regional dos Assuntos Culturais e direcccedilatildeo do ARM ficou

estabelecido que para uma maior rentabilizaccedilatildeo dos recursos materiais e financeiros

estas infra-estruturas tambeacutem poderiam ser utilizadas por entidades externas Assim

mais um serviccediloproduto foi criado para este oacutergatildeo

A gestatildeo dos espaccedilos puacuteblicos coube ao SEEC que no iniacutecio apenas tinha a

funccedilatildeo de confirmar o aluguer destas estruturas e dar apoio logiacutestico

Agrave medida que o nuacutemero de clientes aumentou e o Sitema de Gestatildeo de

Qualidade foi introduzido tornou-se importante o contacto directo com as entidades e o

estabelecimento de metodologias de trabalho para o serviccedilo se tornar mais eficaz e

eficiente Eacute o caso da criaccedilatildeo de regulamentos de utilizaccedilatildeo dos espaccedilos fichas de

identificaccedilatildeo do evento requisiccedilatildeo do material e inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo

A maior parte dos requisitantes destas estruturas satildeo organismos puacuteblicos352

Esta situaccedilatildeo deve-se segundo a avaliaccedilatildeo dos inqueacuteritos agraves boas acessibilidades bons

recursos materiais e humanos353

e deve-se tambeacutem ao facto do uso deste espaccedilo ser

gratuito Desta satisfaccedilatildeo resulta actualmente a existecircncia de um grupo de clientes

fieacuteis como eacute o caso da Direcccedilatildeo de Enfermagem de Cuidados Intensivos

Apesar disso o nuacutemero de utilizaccedilotildees no caso do auditoacuterio decresceu entre

2006 e 2008 como observamos no graacutefico nordm II

352

Ateacute ao momento este espaccedilo soacute foi requisitado por duas entidades particulares Isto obrigaraacute a que no

futuro desenvolvamos um plano de marketing para atrair este tipo de mercado 353

Apenas em 2008 houve criacuteticas quanto ao ar condicionado consubstanciando-se estas no facto do

mesmo estar muito quente ou muito frio Para sua resoluccedilatildeo foram encetadas reuniotildees com a equipa de

manutenccedilatildeo do edifiacutecio que acabou por resolver o assunto

186

Graacutefico B

Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

A causa desta queda (de 22 requisiccedilotildees para 15) tem origem na prioridade dada

agraves actividades internas do Arquivo Regional da Madeira e da Biblioteca Puacuteblica

Regional porque a criaccedilatildeo de novas actividades educativas e culturais e a sua

dinamizaccedilatildeo se desenvolvem em maior nuacutemero dando-se maior espaccedilo a estas

Quanto ao aacutetrio de entrada apenas foi requisitado uma vez Esta situaccedilatildeo quanto

a noacutes prende-se com o facto de ser considerado um ponto de passagem e natildeo eacute um local

proacuteprio para exposiccedilotildees

534 Gestatildeo da loja

A loja do ARM teve desde sempre um problema de raiz o local onde se situa

passa despercebido ao leitor que entra no edifiacutecio Para chamar a atenccedilatildeo deste espaccedilo

foram colocadas vitrines de exposiccedilatildeo e sinaleacutetica a indicar a sua existecircncia Mas o seu

desconhecimento manteve-se Para melhorar a imagem e posicionamento desta

estrutura mais uma vez a direcccedilatildeo do ARM apostou na contrataccedilatildeo de uma empresa de

design graacutefico Apoacutes vaacuterias reuniotildees e visitas ao espaccedilo optou-se por criar duas telas

suspensas impressas com cores fortes e motivos do ARM mas em consonacircncia com o a

arquitectura do edifiacutecio site e outros produtos jaacute existentes no ARM que chamassem a

atenccedilatildeo dos utilizadores quando entrassem pelo aacutetrio de entrada ou quando descessem

pela escadaria principal para aquele equipamento

Iacutendice de Ocupaccedilatildeo do Auditoacuterio

0

5

10

15

20

25

2006 2007 2008

187

Figura nordm 80

Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Foram igualmente colocadas dois expositores Um deles ndash frente agrave montra ndash tem

a indicaccedilatildeo de loja e o logoacutetipo do Arquivo o outro em estrutura modular foi colocado

no meio da loja com livros e objectos de papelaria para que os consumidores possam

sentir maior proximidade ao produto

Apesar de se modificar a montra trimestralmente em termos praacuteticos e atraveacutes

da anaacutelise das estatiacutesticas mensais o nuacutemero de vendas natildeo aumentou A soluccedilatildeo a

meacutedio prazo passa por destacar estes produtos no site e disponibilizar a sua venda

atraveacutes do cartatildeo de creacutedito que ateacute o momento natildeo eacute possiacutevel pois estamos

dependentes da Tesouraria do Governo Regional da Madeira Todavia natildeo podemos

deixar de referir que o nuacutemero de visitantes aumentou

Quanto aos produtos existe uma pequena gama de ofertas Para aleacutem das

publicaccedilotildees A loja disponibiliza para venda desde 2007 um kit de blocos laacutepis de pau

e borrachas (figura nordm 81)

188

Figura nordm 81

Produtos de merchadinsing do ARM

Todos eles tecircm uma marca que os associa ao Arquivo a cor o traccedilo e o edifiacutecio

Poder-se-aacute dizer tambeacutem que estaacute a ser aplicado merchandising nestes produtos porque

todos eles estatildeo em destaque estando o logoacutetipo do ARM sempre presente ainda que

de forma discreta

Em 2008 foi elaborada pelo SEEC a laquoAgenda 2008raquo que foi colocada agrave venda

demasiado tarde (em Dezembro de 2008) Os potenciais clientes consideraram-na cara

Outros natildeo conheciam a loja O nuacutemero de vendas deste produto foi extremamente

baixo natildeo teve sucesso354

(figura nordm 82)

Figura nordm 82

Agenda 2008

354

Em Dezembro de 2009 e de 2010 o Serviccedilo de Preservaccedilatildeo do ARM criou a partir de reutilizaccedilatildeo de

materiais blocos e marcadores que foram colocados agrave venda na loja a um preccedilo baixo e tambeacutem como

elementos identificativos do Arquivo

189

534 Siacutetio Web

O Arquivo Regional da Madeira possui site disponiacutevel desde de 1999 com

endereccedilo electroacutenico wwwarquivo-madeiraorg

No iniacutecio a sua imagem foi associada a uma visatildeo claacutessica dos arquivos

predominando a cor creme Os conteuacutedos do homepage estavam relacionados com o

historial da instituiccedilatildeo guiatildeo dos fundos existentes bases de passaportes e de

casamentos base de pesquisa bibliograacutefica e serviccedilos prestados nomeadamente do

serviccedilo de certidotildees e da sala de leitura

Em 2001 a direcccedilatildeo considerou que a imagem e os conteuacutedos estavam a necessitar

de remodelaccedilotildees e nesse sentido foi criada pelo Engenheiro Informaacutetico Lino

Henriques em colaboraccedilatildeo com a directora Faacutetima Barros e a arquivista Sofia Santos

uma nova proposta que foi provisoacuteria ateacute finais de 2006

Figura nordm 83

Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Recorrendo a uma equipa de profissionais de informaccedilatildeo e segundo o relatoacuterio de

estaacutegio de Nateacutercia Gouveia reformulou-se o siacutetio na Internet no ano de 2006 sendo

apresentado ao puacuteblico em Janeiro de 2007 A nova versatildeo permaneceu disponiacutevel no

mesmo endereccedilo

190

laquoMais rubricas bases de dados actualizadas notiacutecias e uma

newsletter fizeram parte das novidades Aleacutem de um acreacutescimo

dos registos disponiacuteveis nas bases de dados os utilizadores

passaram a ter a possibilidade de solicitar certidotildees reproduccedilotildees

ou fazer requisiccedilotildees preacutevias de leitura on-line com recurso a

novos formulaacuterios disponiacuteveis no nosso siacutetioraquo355

foram as

alteraccedilotildees efectuadas

Figura nordm 84

Homepage actual do site do ARM

Nas rubricas de notiacutecias e destaques (actualizadas duas vezes por mecircs) satildeo

inseridas informaccedilotildees globais acerca das funccedilotildees actividades e projectos do ARM

Com a reestruturaccedilatildeo do siacutetio foi criada uma newsletter enviada mensalmente aos

leitores escolas serviccedilos puacuteblicos e casas da cultura com o objectivo de divulgar as

actividades da instituiccedilatildeo e transmitir informaccedilatildeo de interesse para os utilizadores A

newsletter acrescenta GOUVEIA laquopretende dar a conhecer natildeo soacute as potencialidades

oferecidas pelo novo siacutetio mas tambeacutem os serviccedilos e produtos disponiacuteveis no Arquivo

Regional da Madeiraraquo356

Os instrumentos descritivos do ARM contendo informaccedilotildees

sobre todos os fundos documentais estatildeo agora acessiacuteveis em formato pdf

Com esta reformulaccedilatildeo o Arquivo revelou-se uma vez mais preocupado em

responder aos clientes externos com uma resposta mais eficiente agraves solicitaccedilotildees que

chegam vindas de todo o mundo

Na mesma altura da renovaccedilatildeo do site foram criadas laquoInstruccedilotildees de Trabalhoraquo no

acircmbito da Certificaccedilatildeo de Qualidade e um laquoRegulamento Interno do Siteraquo onde eacute

apresentada a sua estrutura periodicidade e meacutetodo de alteraccedilatildeo de conteuacutedos recolha

validaccedilatildeo e salvaguarda de dados orientaccedilotildees sobre a newsletter versatildeo inglesa e

circuito de resoluccedilatildeo de natildeo conformidades e sugestotildees recebidas por essa mesma via

355

GOUVEIA Nateacutercia ndash Relatoacuterio de estaacutegio ARM Funchal 2008p 15 356

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob citp 16

191

Para sabermos mais sobre o nuacutemero de visitantes do site apresentamos a seguir os

dados estatiacutesticos da sua consulta entre os anos de 2007 e 2008

Figura nordm 85

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

A partir da observaccedilatildeo dos dados apresentados pode-se afirmar que desde a

reformulaccedilatildeo do site do ARM ateacute finais de 2008 o nuacutemero de visitantes aumentou em

cerca de 299 O nuacutemero de visitas diaacuterias tambeacutem reflecte esta tendecircncia sendo o mecircs

em que se assinalam mais visitas o de Dezembro em 2007 e o mecircs de Maio em 2008

534 Wisi ndash Intranet

No ano de 2007 foi apresentado no ARM o projecto da Intranet que ficou

designado por WISI As suas principais finalidades satildeo a laquomodernizaccedilatildeo e

requalificaccedilatildeo da Instituiccedilatildeoraquo357

e a disponibilizaccedilatildeo e funcionalidade da laquoinformaccedilatildeo

que interessa exclusivamente aos Serviccedilos e colaboradores do ARMraquo Noacutes diriacuteamos

mais o marketing interno passa a estar presente neste serviccedilo

laquoO primeiro passo eacute o registo de cada utilizador seguindo-se a

pesquisa e navegaccedilatildeo nos menus disponiacuteveis em Localizaccedilotildees

encontram-se dados sobre cada serviccedilo sala e telefone de cada

357

Nota de Direcccedilatildeo do ARM ARM Funchal Maio de 2007

192

colaborador O menu Qualidade integra o Manual da Qualidade e a

Aacutervore da Qualidade contendo os Procedimentos e os Impressos da

Gestatildeo da Qualidade O menu Serviccedilos de Suporte permite a pesquisa

em Pessoal (feacuterias faltas ou licenccedilas) dando acesso a uma explicaccedilatildeo

sobre direitos e deveres do funcionaacuterio e aos formulaacuterios necessaacuterios

para requerer ou justificar algo No Aprovisionamento podem ser

requeridos os materiais on-line A requisiccedilatildeo dos documentos ao

depoacutesito e a reproduccedilatildeo de documentos tambeacutem eacute feita atraveacutes do Wisi

No SOS Informaacutetica ou SOS Restauro registam-se os problemas

ocorridos No menu Serviccedilos Especiacuteficos encontram-se as informaccedilotildees

e documentos relacionadas com cada Serviccedilo Estatildeo tambeacutem

disponiacuteveis a Legislaccedilatildeo e as Estatiacutesticas do ARMraquo358

As notiacutecias e os destaques satildeo outro dos pontos importantes da nova Intranet

substituindo muitas vezes o quadro de avisos Todas as novidades alteraccedilotildees de

impressos formaccedilotildees ou outros assuntos de interesse satildeo disponibilizados na paacutegina

principal do Wisi359

Para percebermos a sua utilizaccedilatildeo pelo ARM mostramos os dados estatiacutesticos

desde Maio de 2007 data da sua concretizaccedilatildeo a 2008

Figura nordm 87

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

358

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob cit 359

Registos mensais estatiacutesticos do SEEC do ARM 2007 e 2008 Relatoacuterio de actividades do ARM de

2007 e de 2008 ARM Funchal

193

Como se pode observar a sua consulta tanto diaacuteria como mensal eacute bastante

grande A mudanccedila de nuacutemero de um ano para outro tem mesmo a ver com a habituaccedilatildeo

de utilizaccedilatildeo da Intranet fazendo parte do quotidiano do trabalho

535 Acolhimento

A niacutevel interno o ARM aposta na integraccedilatildeo de todos os funcionaacuterios O

acolhimento eacute feito pelo responsaacutevel do SEEC ao qual eacute dado conhecimento do novo

colaborador pela direcccedilatildeo No primeiro dia eacute efectuada uma visita orientada agraves aacutereas

teacutecnicas do Arquivo Regional e apresentado a todos os colegas No final eacute apresentado agrave

direcccedilatildeo que lhe daacute as boas-vindas

Posteriormente eacute feita uma apresentaccedilatildeo em Power Point sobre o espoacutelio e

funccedilotildees do ARM eacute tambeacutem dada a conhecer a politica da qualidade praticada e as

instruccedilotildees necessaacuterias para efectuar o seu registo e tomar contacto com o seu modo de

funcionamento No dia seguinte eacute integrado no serviccedilo no qual iraacute desempenhar as suas

funccedilotildees

Em 2008 foi criado o laquoManual de Acolhimento do ARMraquo que pretende ser mais

um instrumento de ajuda para integraccedilatildeo dos novos teacutecnicos

Concluindo podemos questionar O Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do

ARM utiliza o marketing no seu quotidiano

Claro que sim Desde o iniacutecio deste serviccedilo que fomos agrave procura do nosso

mercado A sua conquista caracterizou-se pela implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho aperfeiccediloados posteriormente com a implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade e a criaccedilatildeo de instrumentos que se destacam pelos conteuacutedos imagem

graacutefica e forma como satildeo transmitidos comunicados Tudo eacute feito a pensar no puacuteblico

Os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo as reuniotildees mensais do serviccedilo a avaliaccedilatildeo dos trabalhos

enviados pelos alunos e o contacto directo com os nossos clientes satildeo a forma de

responder agraves suas expectativas Exemplo disso foi a abertura das aacutereas teacutecnicas trecircs

vezes ao ano na actividade laquoDia Aberto agrave Comunidaderaquo a criaccedilatildeo da maleta

pedagoacutegica dedicada agrave Histoacuteria da Famiacutelia as formaccedilotildees dadas aos docentes com a

finalidade de transmitir os conhecimentos e ferramentas necessaacuterias agrave selecccedilatildeo dos

documentos de arquivo e potenciar a utilizaccedilatildeo das actividades e instrumentos

pedagoacutegicos concebidos pelo SE

Muito mais haacute a fazer para continuar a conquistar novos puacuteblicos sensibilizar a

comunidade educativa e sociedade para a importacircncia da pesquisa e da consulta das

194

fontes primaacuterias360

Todavia temos uma certeza haacute jaacute um grande nuacutemero de pessoas que

conhece o nosso acervo serviccedilos e ateacute reconhece a nossa profissatildeo O nuacutemero de

leitores aumentou nomeadamente docentes e temos um puacuteblico fidelizado que por sua

vez ajuda a divulgar este serviccedilo e Arquivo

Quanto ao composto mix neste serviccedilo podemos exemplificar da seguinte

forma

Produtos Praccedila Preccedilo Promoccedilatildeo

Instrumentos

pedagoacutegicos

Dinamizaccedilatildeo de

actividades

Exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Formaccedilotildees

Palestras

Visitas teacutecnicas e

visitas

orientadas

Formaccedilotildees

Site

Acolhimento

Intranet (wisi)

Gestatildeo de

espaccedilos puacuteblicos

Publicaccedilotildees

Do ARM para a

comunidade

Serviccedilo puacuteblico

Tempo de preparaccedilatildeo

das actividades

preparaccedilatildeo dos

espaccedilos puacuteblicos

Tempo de resposta

aos

pedidossolicitaccedilotildees

Newsletters

Dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das

actividades

Logoacutetipo do SE e

do ARM

Brochuras

Guiotildees das

exposiccedilotildees

Produtos

informativos

Notas de imprensa

Marcadores

Figura nordm 89

Composto mix do ARM

Fonte Sofia Santos

360

Um dos nossos grandes objectivos no primeiro trimestre de 2011 eacute a concretizaccedilatildeo de um caderno

pedagoacutegico sobre o Centenaacuterio da Implantaccedilatildeo da Repuacuteblica em Portugal para ser dinamizado no ano

lectivo de 20102011

195

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO

A gestatildeo de qualquer organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem nela trabalha Tudo deve ser planeado executado e implementado

de acordo com as matrizes de objectivos e de competecircncias de cada serviccedilosector de

forma a obter uma resposta eficiente e eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos

diferentes segmentos da organizaccedilatildeo Assim enquadrando-se os Arquivos Puacuteblicos

neste tipo de instituiccedilotildees o marketing contribui para posicionem o seu negoacutecio no

mercado com o fito de se distinguirem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing em geral e os

casos das bibliotecas da nossa experiecircncia profissional enquanto arquivista e

responsaacutevel pelo Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

e da anaacutelise dos inqueacuteritos efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal concluiacutemos

que

1 Os arquivos satildeo instituiccedilotildees geralmente consideradas inacessiacuteveis e fechadas ao

cidadatildeo comum universo no qual predomina ainda a ideia de lsquolugar escurorsquo

soturno frequentado apenas por investigadores eruditos estudantes

universitaacuterios e alguns curiosos Na verdade e na praacutetica esta ideia natildeo se

enquadra na sociedade actual comummente designada de Sociedade da

Informaccedilatildeo eou do Conhecimento

2 Se partirmos da ideia que um arquivo tem por objectivo preservar e conservar a

memoacuteria colectiva documental de uma instituiccedilatildeo de um local de uma regiatildeo

eou de um paiacutes a sua sobrevivecircncia nos dias de hoje passa igualmente por

identificar e criar um conjunto de bens serviccedilos e informaccedilotildees que vatildeo ao

encontro das necessidades da comunidade que serve

3 No contexto da sociedade global e mercantilista a sobrevivecircncia destes

organismos deve passar pelo incremento das ferramentas do marketing no seu

quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital de

informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando aquela ideia antes apontada de

serem os arquivos socialmente aceites como locais inacessiacuteveis como

demonstra o estudo de caso sobre o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do

Arquivo Regional da Madeira

4 Para contrariar a lsquoameaccedilarsquo que constitui o desconhecimento do acervo e das

funccedilotildees de raiz foi aliada a criaccedilatildeo de uma marca e produtos informativos que

196

permitiram criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do arquivo o

reconhecimento dos seus profissionais que dele usufruem como clientes externos

ou internos desenvolver um conjunto de accedilotildees formativas e informativas ndash

como exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas ndash

que valorizam e divulgam o seu espoacutelio documental testemunho da memoacuteria da

Regiatildeo ao longo de mais de cinco seacuteculos de Histoacuteria contribuir para uma mais

soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto cidadatildeos participantes incentivar

haacutebitos de pesquisa e cativar novos puacuteblicos natildeo habituados aos nossos

serviccedilos Conclusatildeo bem diferente eacute retirada da anaacutelise aos dez arquivos

distritais portugueses

5 Os inquiridos acreditam que para se utilizar o marketing haacute que ter recursos

financeiros e uma equipa mais ampla do que possuem actualmente Tal natildeo eacute

verdade se considerarmos que um bom atendimento ou resposta em tempo uacutetil

dos serviccedilos solicitados faz sempre um cliente satisfeito Esta situaccedilatildeo origina

por sua vez a passagem de informaccedilatildeo a outros e assim sucessivamente

acabando por trazer novos leitores

6 Para um arquivo puacuteblico atingir um grau de satisfaccedilatildeo elevado para os

leitoresutilizadores em bens informaccedilotildees e serviccedilos prestados eacute imperioso que

aposte numa equipa de trabalho coesa que deveraacute ser incentivada agrave planificaccedilatildeo

de todo o seu trabalho agrave formaccedilatildeo contiacutenua agrave participaccedilatildeo e intervenccedilatildeo com

novas ideias e agrave constante informaccedilatildeo sobre o que se passa no interior da

instituiccedilatildeo atraveacutes da participaccedilatildeo em reuniotildees perioacutedicas onde colegas e

superiores partilham conhecimento

7 Nesta medida anterior devem ser bem acolhidosincluiacutedos os novos funcionaacuterios

havendo a necessidade de utilizar um lsquomanual de acolhimentorsquo para em

qualquer momento se saber quem eacute quem e quais os serviccedilos prestados A

aposta no ambiente interno eacute essencial a bem servir o exterior Recorrendo uma

vez mais ao estudo de caso - SEEC as suas equipas tecircm-se revelado um factor

essencial ao seu sucesso por se complementarem entre si Jaacute no caso dos

arquivos distritais do paiacutes o nuacutemero de colaboradores do quadro (entre quatro e

cinco funcionaacuterios) dificulta o desenvolvimento deste tipo de iniciativas Jaacute para

os arquivos distritais todo o trabalho eacute feito puramente a pensar no cliente

externo sendo o marketing interno posto de lado

197

8 Para que os arquivos puacuteblicos possam operar a transformaccedilatildeo qualitativa

desejada eacute necessaacuterio que essa planificaccedilatildeo e definiccedilatildeo de estrateacutegias de

trabalho seja feita de acordo com a missatildeo visatildeo e valores do arquivo Nesse

sentido eacute tambeacutem necessaacuteria a identificaccedilatildeo do micro e do macro-ambiente e do

ambiente externo

9 Tomando o resultado da anaacutelise da arquiviacutestica os fornecedores de fundos

documentais e de bens materiais satildeo tambeacutem os do SE eacute distribuidora a equipa

teacutecnica que concebe implementa e dinamiza as actividades pedagoacutegicas e

culturais relacionando-se com a comunicaccedilatildeo social local que divulga as

iniciativas Neste grupo podem ainda ser incluiacutedos os mecenas patrocinadores e

voluntaacuterios que em tempos de dificuldades econoacutemicas satildeo fundamentais para

fazer chegar os produtos agrave comunidade

10 O estabelecimento de parcerias eacute tambeacutem essencial para os arquivos se

posicionarem na sociedade Quanto aos concorrentes natildeo considerariacuteamos numa

perspectiva economicista porque as empresas congeacuteneres - bibliotecas centros

de documentaccedilatildeo e outros arquivos ndash complementam entre si o serviccedilo prestado

aos leitores Todavia natildeo podemos deixar de frisar que a anaacutelise constante dos

clientes externos permite responder em tempo uacutetil agraves necessidades tangiacuteveis e

intangiacuteveis de novos puacuteblicos

11 O macro-ambiente relaciona-se com factores externos que interferem no

funcionamento interno das instituiccedilotildees Assim por exemplo em eacutepocas de crise

econoacutemica e financeira os arquivos sobretudo os que estatildeo sob a tutela

administrativa do estado geralmente lutam com constrangimentos orccedilamentais

12 Nos arquivos a conjugaccedilatildeo dos factores internos e externos referidos

influenciam as escolhas individuais dos utilizadoresclientesconsumidores e

reforccedilam a sua vantagem competitiva num mercado cada vez mais exigente A

fim de garantir-lhes uma vida dinacircmica e de acordo com as suas funccedilotildees e

recursos tornam-se necessaacuterias avaliaccedilotildeesdiagnoacutestico regulares que permitam

identificar os seus pontos fortes e fracos o que permitiraacute perceber quais os

principais obstaacuteculos agrave sua evoluccedilatildeo dando resposta aos vaacuterios nichos de

clientes

13 No caso do ARM o edifiacutecio eacute adequado agrave sua missatildeo primordial mas estaacute

localizado fora do centro da cidade num lugar onde natildeo haacute nuacutemero significativo

de transportes puacuteblicos razatildeo que dificulta a expansatildeo do nuacutemero de acccedilotildees no

198

seu espaccedilo Pelo que o SE do ARM tem procurado respostas de aproximaccedilatildeo agrave

sociedade Assim das ameaccedilas surgem oportunidades

14 Por tudo o que jaacute foi mencionado as forccedilas distinguem-se pela caracterizaccedilatildeo

do puacuteblico-alvo e pela aplicaccedilatildeo teoacuterica do marketing mix isto eacute os quatro

vectores que promoveratildeo o sucesso da instituiccedilatildeo produto praccedila preccedilo e

promoccedilatildeo traduzidos no esforccedilo comum da equipa de colaboradores (gestores e

executores) que ao idealizarem os bens serviccedilos e informaccedilotildees com imagem

cuidada design graacutefico aliados a bons conteuacutedos e agrave sua adequada divulgaccedilatildeo

(comunicaccedilatildeo) constituem factores que conduzem agrave excelecircncia destes serviccedilos

15 Mais uma vez recorrendo ao nosso objecto de estudo haacute que lembrar que esta

estrateacutegia eacute complementada pelo Sistema de Implementaccedilatildeo da Qualidade a

qual originou uma forccedila de trabalho a padronizaccedilatildeo dos seus procedimentos

que haacute que cuidar para natildeo cairem em efeitos perversos tornam-do-se ponto

fraco pelos efeitos nocivos no ambiente de trabalho

16 Um uacuteltimo aspecto a referir para o do arquivo seraacute a avaliaccedilatildeo dos projectos

Todas as actividades criadas deveratildeo ser verificadas internamente ndash

identificando-se o que estaacute bem e o que carece ser melhorado ndash o projecto eacute

validado ndash quando utilizado pelo puacuteblico que lhe daacute a sua aprovaccedilatildeo Daiacute ser

deveras importante aplicar e avaliar os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo que todos os

arquivos distritais portugueses aplicam na Sala de Leitura caixas de sugestotildees

livros de reclamaccedilotildees

199

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BARROS Faacutetima - Patrimoacutenio Documental Patrimoacutenio Cultural De e para o cidadatildeo

In Separata da Islenha Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Regional

de Assuntos Culturais Julho-Dezembro de 2009 Funchal Nordm 45 ISSN 0872-5004

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos de casamentos de Machico Secretaria

Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo

Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048

P11-12

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos passaportes Secretaria Regional de

Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da

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organizacional Orientaccedilatildeo de Mercado Planeamento Estrateacutegico e Desempenho

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Guia do ARM Arquivo Histoacuterico da Madeira Boletim do ARM Secretaria Regional de

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KOTLER Philip e FOX Karen F A ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees

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KOTLER Philip ndash Marketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa

saber Editora Campus Satildeo Paulo 2003 ISBN 13978-85-352-1165-8

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

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KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Princiacutepios do marketing Pearson Prentice

Hall Satildeo Paulo 2007 ISBN 978-85-7605-123-7

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Pioneira Satildeo Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4

Relatoacuterio de Actividades do Arquivo Regional da Madeira ARM Funchal 2005

Relatoacuterio de Actividades do Arquivo Regional da Madeira ARM Funchal 2006

Relatoacuterio de Actividades do Arquivo Regional da Madeira ARM Funchal 2007

Relatoacuterio de Actividades do Arquivo Regional da Madeira ARM Funchal 2008

SANTOS Sofia ndash Projecto de digitalizaccedilatildeo do Arquivo Regional da Madeira Junho de

2008

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SANTOS Sofia ndash Relatoacuterio do Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo

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SANTOS Sofia ndash O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira In Jornadas

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Pioneira Satildeo Paulo 2000

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Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro Lisboa 1993 ISBN 972-565-164-4

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cultural In Semana dos 150 anos do Arquivo Puacuteblico do Estado do Paranaacute (1855-

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BOGDAN e BIKLEN ndash Investigaccedilatildeo Qualitativa em Educaccedilatildeo Uma introduccedilatildeo agrave

teoria e aos meacutetodos Porto Editora Porto 1994 ISBN 972-0-34112-2

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Editorial Caminho Lisboa 1989 ISBN 972-21-1284-8

Legislaccedilatildeo normas e sites consultadas

Decreto de lei nordm 322 ndash A2001 de 14 de Dezembro alterado pelo Decreto de lei nordm

324 2007 de 28 de Setembro As reproduccedilotildees dos fundos judiciais seguem o artigo 9ordm

aliacutenea 3ordf do Decreto de Lei nordm 34 2008 de 26 de Fevereiro

Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 63 2007 I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa

Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143 2008 ndash I Seacuterie do

Ministeacuterio da Justiccedila

Decreto de Lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro

Decreto-Lei 7482 de 3 de Marccedilo da Biblioteca Nacional de Portugal

Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do Arquivo Nacional da Torre

do Tombo

Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M

215

Estatuto dos Benefiacutecios Fiscais (Benefiacutecios Fiscais Relativos ao Mecenato) diploma

aprovado pelo Decreto-Lei nordm 21589 de 1 de Julho na redacccedilatildeo dada pela Lei nordm 53-

A2006 de 29 de Dezembro e na redacccedilatildeo dada pelo Decreto-Lei nordm 1082008 de 26 de

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Norma Portuguesa 405-1 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

1995 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-2 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Materiais natildeo livro 1998 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-3 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos natildeo publicados2000 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-4 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos electroacutenicos 2002 IPQ Lisboa

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos

baacutesicos IPQ Lisboa

Resoluccedilatildeo do Conselho de Ministros nordm 22 2001 de 27 de Fevereiro Diaacuterio da

Repuacuteblica nordm 49 2001 - I Seacuterie-B

wwwarchivesgov

wwwarchivesdefranceculturegouvfraction-culturelleaction-pedagogiqueoffre-basearchivobus

wwwarquivo-madeiraorg

wwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

wwwarquivodetorresvedrasnet

wwwarchivesnationalesculturegouvfrchanchanmuseeaction_culturelleateliershtm

wwwbparahazoresgovpthtml

216

wwwcfppt

wwwcollectionscanadaca

wwwdgarqpt

wwwianttpt

wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto

wwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

wwwnationalarchivesgovukget-involvedfriendshtm

wwwraee

217

LISTA DE ABREVIATURAS

ALIA - Australian Librarian and Information Association

ARM ndash Arquivo Regional da Madeira

BN ndash Biblioteca Nacional

CIA ndash Conselho Internacional de Arquivos

DL ndash Decreto-Lei

DGARQ ndash Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

IFLA ndash International Federation of Library Associations and Institutions

Nordm ndash Nuacutemero

P - paacutegina

SEEC ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

SH - Stakeholders

SP - Sem paginaccedilatildeo

SWOT - Strengths Weaknesses Opportunities Threats

218

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS

Figura n ordm 1 - Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Figura nordm 2 - Empresa com visatildeo comercial e Empresa com visatildeo de marketing

Figura nordm 3 - Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Figura nordm 4 - Resumo do conceito de marketing

Figura nordm 5 - Composto do marketing mix

Figura nordm 6 - Ciclo de vida do produto

Figura nordm 7 -Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de

preccedilo

Figura nordm 8 - Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Figura nordm 9 - Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Figura nordm 10 -Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11- Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Figura nordm 12 -Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Figura nordm 13 - Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Figura nordm 14 -Estrateacutegia de marketing de Morais

Figura nordm 15 -Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Figura nordm 16 -Resultado do inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios

Figura nordm 17 -Piracircmide de Maslow

Figura nordm 18 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 19 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo

(arquivo corrente intermeacutedio e definitivo)

Figura nordm 20 - Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 22 - Exemplo do Inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Figura nordm 23 -Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Figura nordm 24 -Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 25 -Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos

Figura nordm 26 - Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Figura nordm 27 -Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Figura nordm 28 -Marcas dos Serviccedilos Educativos do Arquivo Municipal de Lisboa

Casa do Infante e Arquivo da Poacutevoa de Varzim

Figura nordm 29 - Bloco de notas do Centro de Fotografia do Porto

219

Figura nordm 30 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos

de publicaccedilotildees folhetosdesdobraacuteveis

Figura nordm 31 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo

mostra documental

Figura nordm 32 -Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Figura nordm 33 -Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Figura nordm 34 -Exemplos de motivos para patrocinar

Figura nordm 35 -Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos

portugueses

Figura nordm 36 -Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 37 -Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Figura nordm 38 -Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos

Distritais

Figura nordm 39 - Processo de planificaccedilatildeo estrateacutegica de mercado

Figura nordm 40 -Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Figura nordm 41- Matriz SWOT

Figura nordm 42 -Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 43 -Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Figura nordm 44 -Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 45 -Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 46 -Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Figura nordm 47 - Locais de serviccedilo externo do ARM

Figura nordm 48 -Aspectos da Sala de Leitura do ARM

Figura nordm 49 -Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Figura nordm 50- Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

Figura nordm 51 - Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 52 -Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53 -Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 54 -Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM

de 2005 a 2008

Figura nordm 55 -Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo

Regional da Madeira

220

Figura nordm 56 -Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de

Arquivoraquo do SE

Figura nordm 57 -Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala

de Leitura

Figura nordm 58 -Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

Figura nordm 59 - laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de

passaporte e a reintegraccedilatildeo de um documento

Figura nordm 60 -Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da Serra

Figura nordm 61 -Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

Figura nordm 62 - Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e

apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes

e Ofiacutecios

Figura nordm 63 -Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Figura nordm 64 -Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

Figura nordm 65 -Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

Figura nordm 66 -Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

Figura nordm 67 - Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Figura nordm 68 - Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

Figura nordm 69 - Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao

Arquivo Regional da Madeiraraquo

Figura nordm 70 -Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional

da Madeiraraquo

Figura nordm 71 -Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 72 -A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

Figura nordm 73 -Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

Figura nordm 74 -Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

Figura nordm 75 -Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Figura nordm 76 - Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Figura nordm 77 -Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo

Figura nordm 78 -Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Figura nordm 79 -Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

221

Figura nordm 80 -Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Figura nordm 81 -Produtos de merchadinsing do ARM

Figura nordm 82 - Agenda 2008

Figura nordm 83 -Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Figura nordm 84 -Homepage actual do site do ARM

Figura nordm 85 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

Figura nordm 87- Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

Figura nordm 89 - Composto mix do ARM

Graacutefico A -Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Graacutefico B -Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

222

ANEXO

223

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

Local Lisboa

Data 27 de Janeiro de 2009

224

No dia 27 de Janeiro de 2009 contactamos com o Dr Silvestre Lacerda director de

serviccedilos da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Do resultado dessa reuniatildeo transcrevemos

uma suacutemula da nossa conversa dividida em cinco partes

Parte 1 Apresentaccedilatildeo da Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

laquoA Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos rege-se pelo Diaacuterio da Repuacuteblica I Seacuterie nuacutemero 63

de 29 de Marccedilo de 2007 Eacute o oacutergatildeo gestor da poliacutetica arquiviacutestica nacional sob a

jurisdiccedilatildeo do Ministeacuterio da Cultura e tem sob a sua tutela os arquivos distritais o centro

de Fotografia Portuguecircs e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo Eacute um serviccedilo central

da administraccedilatildeo directa do Estado sob a dependecircncia do Ministeacuterio da Cultura mas

dotado de autonomia administrativa usufruindo ainda de autonomia cientiacutefica e teacutecnica

na prossecuccedilatildeo das suas atribuiccedilotildees

De forma resumida podemos objectivar a missatildeo visatildeo e valores da seguinte forma

a) ldquoEstruturar promover e acompanhar de forma dinacircmica e sistemaacutetica a intervenccedilatildeo

do Estado no acircmbito da poliacutetica arquiviacutestica administrar as medidas adequadas agrave

concretizaccedilatildeo da poliacutetica e do regime de protecccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural

promover a salvaguarda valorizaccedilatildeo divulgaccedilatildeo acesso e fruiccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico e garantir os direitos do Estado e dos cidadatildeos nele consubstanciados a sua

utilizaccedilatildeo como recurso da actividade administrativa e fundamento da memoacuteria

colectiva e individualrdquo

b) ldquoO compromisso de se constituir como organismo de excelecircncia e de referecircncia a

niacutevel nacional e internacional apostando na constante valorizaccedilatildeo dos seus recursos

humanos e na qualidade dos produtos e serviccedilos prestados aos seus clientesrdquo

c) A sua aacuterea de actuaccedilatildeo relaciona-se com a qualificaccedilatildeo da rede e sistemas de

arquivos salvaguarda e classificaccedilatildeo de patrimoacutenio preservaccedilatildeo de documentos

(convencionais e digitais) e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeoraquo

Parte 2 Grupos-alvos e satisfaccedilatildeo das suas necessidades

laquoToda e qualquer populaccedilatildeo que esteja interessado em consultar os nossos fundos

documentais quer por motivos pessoais quer por motivos profissionais O acesso agrave

informaccedilatildeo eacute fundamental para a formaccedilatildeo de uma sociedade mais democraacutetica e atenta

ao meio em que se inserem Por isso haacute que estar atento agraves suas necessidades Nesse

sentido a DGARQ efectua tratamento teacutecnico de documentos de forma a disponibilizar

225

informaccedilatildeo para o cidadatildeo organiza e manteacutem programas intensivos de digitalizaccedilatildeo de

forma a produzir imagens dos documentos que satildeo disponibilizadas na internet Aleacutem

disso atraveacutes dos nossos serviccedilos centrais e dos arquivos dependentes disponibilizamos

ao utilizador a possibilidade de apoio na pesquisa e referecircncia serviccedilos de reproduccedilatildeo e

certificaccedilatildeo de documentos A nossa proacutexima etapa de satisfaccedilatildeo dos clientes eacute o portal

de arquivos projecto este que decorreraacute neste ano (2009) para facilitar um acesso aos

documentos de forma mais abrangente

Hoje tambeacutem apostamos no Serviccedilo Educativo cujas actividades satildeo desenvolvidas por

docentes com profissionalizaccedilatildeo via ensino para conquistar novos puacuteblicos

Efectuam-se visitas guiadas e exposiccedilotildees temaacuteticas

Como sabemos o que as pessoas querem percepccedilotildees atitudes A sua satisfaccedilatildeo pode

ser analisada atraveacutes de inqueacuteritos presenciais e disponibilizados no siteraquo

Parte 3 Produtos serviccedilos e informaccedilotildees disponibilizadas Formas de

disseminaccedilatildeo

laquoA DGARQ faz tanta coisahellipTentemos sintetizar site permanentemente actualizado

com informaccedilotildees de interesse sobre o organismo funccedilotildees notiacutecias etc Se consultarem

o nosso siacutetio ndash dgarqgovpt ndash poderatildeo ver tudo Fazemos consultorias auditorias

procedemos a transferecircncia de suportes disponibilizamos um site com imagens

digitalizadas classificamos o patrimoacutenio documental isto eacute registamos os bens de

interesse nacional ou tesouros nacionais como bens de interesse puacuteblico efectuamos

visitar agraves instalaccedilotildees mediante marcaccedilatildeo preacutevia transferimos suportes para salvaguardar

o nosso patrimoacutenio garantindo os direitos do Estado e dos cidadatildeos bem como o

acesso reproduccedilatildeo e apoio agrave pesquisa aos fundos documentais que possui etc etc etc

Aleacutem de que damos apoio teacutecnico aos arquivos sob a nossa dependecircncia e formaccedilatildeo agrave

nossa equipa

Procedemos ainda a ediccedilotildees como o Boletim da DGARQ distribuiacutedo em papel e

divulgado no nosso site Publicamos ainda actas de congressos documentos teacutecnicos

cataacutelogos e guias de exposiccedilotildees guias de Fundos estudos e documentos e inventaacuterio do

patrimoacutenio cultural

Efectuamos tambeacutem exposiccedilotildees

As formaccedilotildees para o puacuteblico externo como faziacuteamos e que eram pagos no tempo do

Instituto do Arquivo nacional da Torre do Tombo deixaram de ser feitas por falta de

226

puacuteblico Mas claro que continuamos a apostar em exposiccedilotildees e mostras seminaacuterios

teacutecnicos ou de divulgaccedilatildeo

Cedemos ainda o auditoacuterio procedemos a parcerias e emprestamos documentos caro de

acordo desde que o seu estado de conservaccedilatildeo o permita que a entidade organizadora

da exposiccedilatildeo decirc garantias de cumprimento das condiccedilotildees gerais e especiacuteficas previstas

neste Regulamento e que a iniciativa seja considerada pela DGARQ de relevante

interesse cultural e cientiacutefico

Tudo isto eacute divulgado na comunicaccedilatildeo social Internet e de acordo com a lista

protocolarraquo

Parte 4 Merchandising

laquoOs produtos que a DJARQ disponibiliza para venda resultam do estudo da sua

documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens estampadas do logoacutetipo do Arquivo

Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas e uma colecccedilatildeo de bijutaria

Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de ourivesaria efectuam-se peccedilas

de ourives com pormenores de desenhos de imagens iconograacuteficas Colocamos tambeacutem

agrave disposiccedilatildeo do leitor as nossas ediccedilotildees e que jaacute referimos

Um exemplo que deve ser observado no caso de merchandising aplicado nos Arquivos

Puacuteblicos eacute o projecto desenvolvido pelo Centro de Fotografia Portuguecircsraquo

Parte 5 Marketing na DGARQ

laquoSe aplicamos os conceitos mercadoloacutegicos na DGARQ Sim Todas e quaisquer

actividades realizadas por noacutes eacute efectuado um estudo preacutevio ou seja elaboramos um

plano de trabalho com objectivos etapas prazos de execuccedilatildeo indicadores de

desempenho custos e definimos quem eacute a equipa responsaacutevel pela sua concretizaccedilatildeo

No final avaliamos se a actividade foi ou natildeo eficaz e o que se pode melhorar Nada eacute

feito ao acasoraquo

227

Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem

Local Funchal

Data 30 de Janeiro de 2009

228

Para melhor conhecermos a importacircncia da Internet como produto nos Arquivos

Puacuteblicos propomos a leitura de uma entrevista efectuada a Sara Lomelino designer da

empresa madeirense de Web amp Multimedia Navega Bem Vejamos o seu modo de

funcionamento

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Navega Bem Quando foi criada visatildeo

missatildeo e valores

Sara Lomelino (SL) A Navega Bem web Design como o proacuteprio nome indica eacute uma

empresa que se afirma num bom design e numa aposta de qualidade de imagemserviccedilo

A nossa missatildeo eacute fornecer um serviccedilo de qualidade a todos os nossos clientes

Melhorando a imagem visual em trecircs princiacutepios fundamentais consultadoria

planificaccedilatildeo e marketing Soluccedilotildees de web design que satildeo adaptadas para servir as

necessidades e disponibilidade financeira do cliente

Foi criada em Agosto 2006

Visatildeo ndash eacute uma empresa cujo objectivo principal eacute desempenhar um bom trabalho na

aldeia global que eacute a Internet os nossos clientes estatildeo agrave distacircncia que estamos do

monitor

Valores ndash os nossos valores baseiam-se satisfazer os clientes com sites profissionais

tentar ir sempre de encontro com os seus ideais e incutir as novas tecnologias como um

importante meio de comunicaccedilatildeo

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

SL Trabalhamos em equipa sem departamento de marketing Somos 6 elementos 3

Programadores 2 designers 1 gestor de projectos

Gestor de Projectos - gerir os projectos desde o primeiro contacto com o cliente

passando pela distribuiccedilatildeo dos trabalhos pelos colegas e finalmente a verificaccedilatildeo de

erros e entrega final

Designers ndash criarestudar o design de todos os projectos assim como tambeacutem trabalhar

o conteuacutedo dos mesmos e dar formaccedilatildeo

Programadores ndash programar ldquoconstruirrdquo os sites dar assistecircncia teacutecnica e formaccedilatildeo aos

clientes

229

SS Quando vos pedem para realizar um site quais satildeo os cuidados que tecircm para a

sua concretizaccedilatildeo Fazem estudo da empresa e do mercado-alvo Que etapas

seguem Estudam os nichos de mercado

SL Em primeiro lugar ldquoestudamos o clienterdquo mas o maior cuidado que temos eacute sempre

tentar ir de encontro com o ideal do cliente Eacute muito importante sabermos todos os

pormenores e entatildeo depois fazemos uma pesquisa de mercado Damos a nossa

opiniatildeosugestatildeo sem nunca esquecer a visatildeo do cliente

De forma sucinta os projectos de sites numa primeira fase passam pela gestora de

projectos agrave qual acerta os pormenores ldquoburocraacuteticosrdquo e atribui os mesmos aos colegas

de design e programaccedilatildeo

Em seguida eacute criado o design e posteriormente passa agrave fase de programaccedilatildeo

Quando concluiacutedo antes de ser entregue ao cliente final todo o trabalho eacute verificado

afim de correcccedilatildeo de possiacuteveis erros

SS A imagem eacute importante para as empresas desenvolverem os seus negoacutecios

SL A primeira impressatildeo conta A primeira impressatildeo tem um enorme impacto na

maneira como as pessoas acedem ou ateacute como ficam ldquopresasrdquo a um website A Navega

Bem entende um site como sendo uacutenico cujo design eacute feito agrave medida e o coacutedigo

compatiacutevel com todos os browsers Um site numa empresa eacute como se fosse uma montra

de uma lojahellip ldquose nos cativar entramos caso contraacuterio nunca mais laacute voltamosrdquo

Cada vez mais as empresas apostam na imagem na Internet

SS Acham que eacute factor determinante para marcarem uma posiccedilatildeo no mercado

SL A imposiccedilatildeo de uma imagem de marca na internet eacute importante Cada empresa

reserva a sua posiccedilatildeo na internet para mostrar aquilo que faz e que vale e nos nossos

dias os sites satildeo cada vez mais profissionais e por sua vez mais crediacuteveis para os

consumidores

Na nossa opiniatildeo a ideia eacute que todas as empresas ou ateacute mesmo pessoas individuais

apostem em sites profissionais com uma imagem uacutenica e apelativa que vaacute de encontro

com os ideais e satisfaccedilam as necessidades dos utilizadores e dos empresaacuterios nos seus

negoacutecios

SS No caso de empresas natildeo lucrativas acham que devem transpor esta realidade

para o seu trabalho Que conselhos dariam

230

SL Claro que sim

Diriacuteamos que deveriam apostar na Internet pois o direito agrave web e o acesso agrave informaccedilatildeo

eacute muito importante para a nossa evoluccedilatildeo e para o auto conhecimento

A Internet eacute uma maneira das instituiccedilotildees chegarem a todo o lado de procurarem

apoios de fazer mostrar aquilo que fazem e dar exemplos a terceiros

A informaccedilatildeo na Internet eacute um direito que todos noacutes deveriacuteamos ter Por esta razatildeo a

Navega Bem - Web Design Madeira aposta fortemente em websites de Barreira-Livre

adaptando-se da melhor maneira agraves necessidades de cada instituiccedilatildeo empresa ou

particular

231

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto

Local Porto

Data Agosto de 2009

232

Merchandising nos Arquivos Puacuteblicos ainda natildeo eacute muito comum Para melhor

percebermos o que se fazer a este niacutevel optaacutemos por entrevistar Acircngela Carvalho

Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do

Porto que segundo o Dr Silvestre Lacerda Director-Geral dos Arquivos referiu-nos

em conversa como sendo um laquoexemplo a conhecerraquo Vejamos o testemunho deixado

Sofia Santos (SS) Diga-nos que entendem por merchandising

Acircngela Carvalho (AC) Eacute uma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de teacutecnicas

que colocam o produto ao alcance do consumidor de uma forma destacada dando-lhe maior

visibilidade e possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo de motivar e

influenciar as decisotildees de quem compra

SS Que tipo de produtos existem na vossa loja

AC A Loja do CPF como parte integrante do Centro de Exposiccedilotildees do Centro Portuguecircs de

Fotografia tem como objectivo divulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e sensibilizaccedilatildeo do

puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece tambeacutem a cada visitante a oportunidade de

conhecer e adquirir outras produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e

outros produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito) direccionados para puacuteblicos

infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas

caracteriacutesticas especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em geral

bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postais

SS Como eacute feita a selecccedilatildeo apresentaccedilatildeo dos mesmos Que criteacuterios foram utilizados

para a sua selecccedilatildeo

AC A produccedilatildeo editorial do CPF decorre assim por norma da sua programaccedilatildeo expositiva

Com efeito grande parte das publicaccedilotildees editadas algumas em co-produccedilatildeo com outras

instituiccedilotildees nacionais e estrangeiras (Centro de Arte Moderna Joseacute de Azeredo Perdigatildeo da

Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian Sprengel Museum Hannover Seattle Art Museum Centro

Cultural de Beleacutem Silo Espaccedilo Cultural Norte-Shopping Sociedade Portugal-Frankfurt) satildeo

cataacutelogos de exposiccedilotildees que estiveram patentes ao puacuteblico no edifiacutecio sede do CPF Existem

duas colecccedilotildees de livros Colecccedilatildeo Teorias e Praacuteticas e a Colecccedilatildeo de Bolso (com 9 tiacutetulos

editados) A par destas podem encontrar-se monografias como o ldquoManual do Cidadatildeo Aureacutelio

da Paz dos Reisrdquo um jornal ndash Ersatz ndash e duas publicaccedilotildees no campo dos audiovisuais

A aquisiccedilatildeo de outras publicaccedilotildees e produtos realiza-se de acordo com as possibilidades

orccedilamentais do serviccedilo e atendendo a criteacuterios de interesse esteacutetico e educativo

233

SS Como dinamizam esse espaccedilo Datildeo a conhecer os vossos produtos

AC As publicaccedilotildees e produtos satildeo divulgados atraveacutes do siacutetio do CPF (wwwcpfpt) natildeo

existindo agrave data nenhuma estrateacutegia concertada de difusatildeo Podem tambeacutem ser adquiridos em

algumas lojas de organismos do Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias

Relativamente agrave dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito cultural

da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em que satildeo disponibilizadas ao

puacuteblico recensotildees mensais de livros de Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de

sugestotildees mensais de leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo com referecircncia tambeacutem a

outras publicaccedilotildees associadas em termos de autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as

recensotildees as mesmas satildeo apresentadas sob a forma de breves dossiers disponiacuteveis para

consulta

SS Haacute receptividade por parte dos clientes internos e externos

AC Sim pode-se dizer que o CPF tem um puacuteblico receptivo agrave existecircncia de um ponto de

venda nas suas instalaccedilotildees sobretudo porque o visitante das exposiccedilotildees interessa-se pelo

menos em ver o cataacutelogo correspondente Conveacutem tambeacutem referir que o puacuteblico do CPF se

trata em grande parte de um puacuteblico estudantil sem grandes recursos financeiros para investir

em publicaccedilotildees e isso traduz-se inequivocamente nas receitas arrecadadas No entanto o

fenoacutemeno do turismo tambeacutem tem repercussotildees nesta aacuterea impulsionando de certa forma as

vendas Para isso tornou-se imprescindiacutevel a publicaccedilatildeo de livros cataacutelogos bilingues

234

Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Local Lisboa

Data Marccedilo de 2009

235

Para sabermos sobre as praacuteticas do marketing cultural e de merchadising o Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian atraveacutes da sua responsaacutevel

Drordf Susana Prudecircncio Com isto esperamos uma vez mais mostrar mais um exemplo

de boas praacuteticas do marketing numa instituiccedilatildeo cultural

Sofia Santos (SS) Dentro do trabalho desenvolvido na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian o que entende por marketing

Susana Prudecircncio (SS) Este Gabinete desenvolve algumas acccedilotildees de marketing

cultural que tecircm como principal objectivo promover a aproximaccedilatildeo a novos puacuteblicos e

por outro lado fidelizar os jaacute existentes

SS O vosso organismo pratica o chamado marketing cultural Quais satildeo as

vantagens da utilizaccedilatildeo deste tipo de ferramenta

SP Todas as acccedilotildees no acircmbito do marketing Cultural satildeo feitas quer atraveacutes de uma

melhor e actual divulgaccedilatildeo das exposiccedilotildees e eventos quer atraveacutes das lojas que satildeo

hoje em dia cada vez mais um veiacuteculo fundamental para a divulgaccedilatildeo das instituiccedilotildees

A escolha e execuccedilatildeo dos objectos para as lojas tecircm como base rigorosos criteacuterios de

esteacutetica de qualidade dos materiais utilizados e de preservaccedilatildeo da imagem da Fundaccedilatildeo

A procura de soluccedilotildees inovadoras tem-nos levado a efectuar parcerias com designers e

fornecedores visando ampliar e aprofundar a fruiccedilatildeo quer para coleccionadores quer

para uso proacuteprio ou como excelentes objectos para oferta

SS Em termos do merchadising que praticam quais satildeo os cuidados que tecircm

SP Os produtos agrave venda nas lojas da Fundaccedilatildeo satildeo produtos exclusivos e todos eles

inspirados nas obras da colecccedilatildeo do Museu do Centro de Arte Moderna ou nos Jardins

da Fundaccedilatildeo e por isso um excelente veiacuteculo de divulgaccedilatildeo

SS Para si haacute diferenccedilas entre patrociacutenio e mecenato na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian

SP Por uacuteltimo a grande diferenccedila entre Patrociacutenio e Mecenato eacute na minha perspectiva

o facto de num mecenato existir uma conjugaccedilatildeo de esforccedilos uma parceria que faz com

que um evento aconteccedila Num Patrociacutenio eacute dado um apoio que se traduz em

publicidade

236

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora

Local Lisboa

Data Fevereiro de 2009

237

Mediante a apresentaccedilatildeo de um programa de cultural na televisatildeo puacuteblica

portuguesa - Cacircmara Clara - tivemos conhecimento da Sextante Editora Entre os

vaacuterios assuntos abordados foi a questatildeo laquocomo dar conhecer um livroraquo A partir daiacute foi

elaborada uma entrevista a Joatildeo Rodrigues responsaacutevel da editora e que agora

transcrevemos como exemplo para os Arquivos Puacuteblico seguirem nas suas ediccedilotildees

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Sextante Editora Quando foi criada

visatildeo missatildeo e valores

Joatildeo Rodrigues (JR) A Sextante Editora eacute uma editora de cultura e parte em busca de

leitores pensantes acreditando que o melhor negoacutecio eacute um bom livro ndash jaacute que editar eacute

tambeacutem desde pelo menos haacute cinco seacuteculos um honroso negoacutecio Sem descurar os

tempos as mudanccedilas e os obstaacuteculos naturais eis-nos carregando felizes o fardo de

passadores da coisa escrita Cabeccedila nas nuvens e peacutes bem assentes no chatildeo como dizia

Giangiacomo Feltrinelli parece-nos uma boa atitude

Acreditamos que nos compete uma batalha de raiz cultural tendo como pilar central a

criaccedilatildeo literaacuteria em liacutengua portuguesa Natildeo se trata de dar exemplo As editoras natildeo tecircm

de ser todas iguais e respeitamos claramente as opccedilotildees dos editores que orientam o seu

cataacutelogo e as suas escolhas pelas modas e pelos desejos dos consumidores Mas noacutes

para os nossos livros na companhia de muitos outros editores do passado e de hoje

queremos leitores pensantes natildeo leitores abuacutelicos e preguiccedilosos procurando apenas

entretenimento passageiro

Sabemos que eacute difiacutecil esta escolha Mas temos opiniatildeo e queremos fazecirc-la saber A

nossa poliacutetica seraacute encontrar bons livros e saber vendecirc-los Natildeo se trata de todo de fazer

livros maccediladores e soacute possiacuteveis de ler por eruditos queremos que a grande criaccedilatildeo

aquela que move os leitores quer no campo da ensaiacutestica quer no do romance e da

poesia seja fruto apeteciacutevel e jovial digeriacutevel pela generalidade dos leitores Queremos

imodestamente fazer livros que durem geraccedilotildees

Os nossos esforccedilos estaratildeo sempre ao lado de quem se bate pelo alargamento da leitura

Sem isso natildeo nos parece fazer sentido editar livros num paiacutes onde provavelmente

metade da populaccedilatildeo adulta natildeo eacute capaz de ler uma histoacuteria de adormecer a uma

crianccedila

238

A Sextante seraacute pois casa de Leitura e de Cultura Como estamos nos confins da Europa

e falamos portuguecircs adoptaacutemos como lema palavras de Vergiacutelio Ferreira laquoDa minha

liacutengua vecirc-se o marraquo Faz sentido que esta liacutengua seja pilar da nossa acccedilatildeo

E assim seraacute a Sextante em primeiro lugar natildeo refuacutegio mas casa acolhedora para

autores que escrevem em portuguecircs De Portugal de Timor da Aacutefrica e do Brasil

E a Sextante seraacute tambeacutem poiso de aves migratoacuterias queremos escritores de outras

paragens consagrados ou natildeo que escrevem com alma que escrevem para fazer as

grandes perguntas para expor as grandes duacutevidas natildeo apenas para tranquilizar os

espiacuteritos

Satildeo livros assim que queremos colocar na mesinha-de-cabeceira dos leitores

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

JR Natildeo temos equipa de marketing Esta eacute uma empresa com trecircs pessoas e os

programas de marketing e comunicaccedilatildeo satildeo preparados e desenvolvidos por noacutes

editores em conjugaccedilatildeo com as chefias de vendas da distribuidora a Centralivros

Acreditamos muito na diferenccedila que faz um bom programa de MampC e procuramos

fazecirc-lo de forma profissional com a maacutexima qualidade quer no marketing para pontos

de venda quer na comunicaccedilatildeo social e no contacto directo com os leitores

SS Quando recebem um novo livro na vossa editora antes da sua publicaccedilatildeo

fazem estudo de mercado Se sim podem indicar as etapas deste trabalho

JR Natildeo fazemos propriamente estudos de mercado apenas consultas agrave equipa de

vendas e a alguns clientes mais importantes

SS Antes da sua ediccedilatildeo como projectam planeiam a sua imagem Que regras

seguem e que cuidados tecircm

JR Estudamos o livro que escolhemos e o caminho que ele pode fazer argumentos de

venda melhores oportunidades de colocaccedilatildeo no programa histoacuterico do autor etc A

capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo procurando sempre manter uma

imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo logo) mas tambeacutem sendo dentro

dessa grelha suficientemente maleaacuteveis para atingir niacuteveis elevados de contacto com os

leitores no ponto de venda

239

No caso de ediccedilotildees anteriores fazem algo para que o nuacutemero de vendas seja maior Ou

seja que tipo de iniciativas desenvolvem

A saiacuteda de tiacutetulos novos de um autor jaacute no cataacutelogo permite normalmente esforccedilos de

recolocaccedilatildeo de fundo eficazes Os preacutemios que os livros obtecircm tambeacutem Fazemos

tambeacutem campanhas de fundo e ateacute saldos em momentos especiais feiras do livro

periacuteodos de pico de vendas (Natal) aproveitamentos de datas comemorativas

relacionadas com livros etc

SS Como se definiria a vossa imagem editorial O que tem de diferente das

outras editoras

JR Literaacuteria cataacutelogo forte de autores portugueses com qualidade graacutefica e qualidade

de conteuacutedos natildeo enganando o puacuteblico leitor

SS Seraacute que esta realidade tambeacutem se pode aplicar a Arquivos puacuteblicos Porquecirc

Que tipo de laquodicasraquo sugeria a estes tipos de organismos

JR Estou muito longe da realidade dos arquivos puacuteblicos Creio que as bibliotecas

poderiam beneficiar da praacutetica de uma poliacutetica eficaz de comunicaccedilatildeo (e ateacute de

marketing) com os leitores potenciais da sua zona de influecircncia A relaccedilatildeo das

bibliotecas com os editores pode ser tambeacutem muito incrementada e com resultados

positivos Estaacute longe de se fazer o miacutenimo neste acircmbito

SS Para terminar o que entende por marketing editorial

JR Para mim marketing editorial eacute um trabalho indispensaacutevel no acircmbito desta

induacutestria Fazer livros sem um programa capaz de MampC eacute um desperdiacutecio Os editores

satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de saber comunicar com todos os

intermediaacuterios e com os leitores Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e

contacto directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo essenciais Tudo isto

tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada livro eacute um produto diferente e que exige

diferentes esforccedilos

240

Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel

Local Penafiel

Data Marccedilo de 2009

241

O Arquivo Municipal de Penafiel foi o primeiro organismo que em Portugal que criou a

Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo de Penafiel em 2003 Foi seguido posteriormente

pelos Amigos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e em 2009 pelo Arquivo

Distrital do Porto Deixamos aqui o testemunho dado pela responsaacutevel deste projecto

Drordf Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo Municipal de Penafiel

Sofia Santos (SS) Quais foram os motivos que levaram a agrave criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo

dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

Paula Sofia (SS) Os motivos para a criaccedilatildeo a Associaccedilatildeo de Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel deve-se a dois factores

- Em primeiro lugar aproximar do Arquivo sobretudo da sua vertente cultural e

educativa os utentes do arquivo bem como os proprietaacuterios de fundos documentais agrave

guarda do arquivo atraveacutes dos contratos de tratamento e digitalizaccedilatildeo e contratos de

depoacutesito Tornando-os desta forma participantes e intervenientes activos da difusatildeo

cultural Soacute pertencendo a uma Associaccedilatildeo destas as pessoas se co-responsabilizam por

esta vertente cultural Foi desta forma uma maneira de chamar os cidadatildeos a uma

vivecircncia cultural que faz parte da sua histoacuteria

Em 2ordm lugar a criaccedilatildeo de uma associaccedilatildeo cultural sem fins lucrativos permitindo

tambeacutem agilizar certos processos para a realizaccedilatildeo de eventos culturais como cursos

coloacutequios jornadas exposiccedilotildees e ateliers

SS Sobre a forma de conquista de amigos Neil KOTLER e Philip KOTLER no

livro laquoEstrategias e marketing de museosraquo dizem que haacute que criar um plano de

marketing massivo Isto eacute numa primeira fase enviam de forma indiscriminada

folhetos a explicar os objectivos da associaccedilatildeo Depois do resultado das respostas

obtidas define-se o puacuteblico que os museus querem como laquoamigos Foi esse o

caminho seguido por vocecircs Seraacute que nos pode indicar a sua planificaccedilatildeo etapa

para a sua constituiccedilatildeo

PS Natildeo natildeo foi esse caminho optado por noacutes As etapas para a constituiccedilatildeo da

Associaccedilatildeo ldquoAmigos do Arquivo de Penafielrdquo foram

1 Constituiccedilatildeo de uma Comissatildeo Instaladora

2 Marcaccedilatildeo de uma reuniatildeo com a Comissatildeo Instaladora e eventuais soacutecios

fundadores

3 Elaboraccedilatildeo de Estatutos

242

4 Pedido de atribuiccedilatildeo do nuacutemero provisoacuterio de Pessoa Colectiva

5 Registo da Associaccedilatildeo na Conservatoacuteria do Registo Notarial (formalizaccedilatildeo

legal da Associaccedilatildeo)

6 Publicaccedilatildeo em Diaacuterio da Republica da constituiccedilatildeo da Associaccedilatildeo

7 Marcaccedilatildeo de uma Assembleia-geral para aprovaccedilatildeo dos Estatutos

8 Eleiccedilatildeo dos Corpos Gerentes

SS Pode indicar-nos os estatutos desta associaccedilatildeo

PS Apresento-vos os nossos estatutos da seguinte forma

Estatutos dos Amigos do Arquivo de Penafiel

CAPITULO I

Princiacutepios Gerais

Artigo 1ordm

(Denominaccedilatildeo acircmbito e sede)

1 ndash Os Amigos do Arquivo de Penafiel adiante designada por Amigos ou pelas iniciais

(AAP) satildeo uma instituiccedilatildeo sem fins lucrativos que se regeraacute pelos presentes Estatutos

e nos casos omissos pela Lei Geral e em particular pelas leis das Associaccedilotildees

2 ndash Os Amigos exerceratildeo a sua actividade no concelho de Penafiel e na regiatildeo e seraacute

constituiacuteda pelos elementos que nela pretendam ingressar segundo as regras

estabelecidas no artigo 4ordm do presente estatuto

3 ndash Os Amigos tecircm sede nas instalaccedilotildees do Arquivo Municipal de Penafiel Quelho das

Castanhas Av Soares de Moura

Artigo 2ordm

(Fins)

1 ndash Os Amigos (AAP) tecircm como objectivos o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel e regiatildeo e do

Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se nomeadamente

243

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de recuperaccedilatildeo

da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio arquiviacutestico do

concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou de

depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais teacutecnicos ou de

contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que o Arquivo

necessite para seu funcionamento nomeadamente material necessaacuterio ao

tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos fundos arquiviacutesticos

pertenccedilas ao Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal bem como a

realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe seja

solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou

seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a realizaccedilatildeo dos fins

que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios jornadas e

cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do Concelho e regiatildeo com a

Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e do

Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Artigo 3ordm

(Receitas)

Satildeo receitas patrimoniais dos Amigos as provenientes de

a) As quotas dos associados

b) As doaccedilotildees subsiacutedios heranccedilas ou legados

c) Os resultados da venda de quaisquer publicaccedilotildees ou produccedilotildees por si

comercializados bem como os proveitos da realizaccedilatildeo de cursos e acccedilotildees de

formaccedilatildeo

d) Os rendimentos de bens proacuteprios

244

CAPIacuteTULO II

Associados

Artigo 4ordm

(Associados)

1 ndash Satildeo associados as pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiras que

querendo prosseguir os fins dos Amigos sejam admitidos pela Direcccedilatildeo

2 ndash Os associados podem ser

a) Efectivos

1) Individual

2) Famiacutelia

3) Pessoa colectiva ou entidade equiparada

b) Contribuintes

c) Honoraacuterios

3 ndash Os associados efectivos satildeo admitidos pela Direcccedilatildeo mediante proposta subscrita

por um associado e pelo interessado e colaboram efectivamente na vida dos Amigos

empenhando-se na prossecuccedilatildeo dos seus fins

a) Eacute associado efectivo Individual o associado em nome individual

b) Eacute associado efectivo Famiacutelia o associado cocircnjuge e filhos menores de 18

anos

c) Eacute associado efectivo toda a pessoa colectiva ou entidade equiparada

independentemente da sua qualificaccedilatildeo juriacutedica

4 ndash Satildeo associados Contribuintes aqueles que tenham oferecido documentos ou fundos

arquiviacutesticos ao Arquivo Municipal ou contribuiccedilotildees monetaacuterias de relevo nos termos

fixados pela Assembleia Geral

5 ndash Satildeo associados Honoraacuterios aqueles que pelos serviccedilos especiais prestados ao

Arquivo Municipal de Penafiel sejam considerados pela Assembleia Geral mediante

proposta da Direcccedilatildeo dignos de tal distinccedilatildeo

6 ndash Os associados efectivos Pessoa Colectiva ou entidade equiparada satildeo representados

por uma uacutenica pessoa mandatada por procuraccedilatildeo e indicada aos Amigos do Arquivo de

Penafiel

245

Artigo 5ordm

(Direitos dos Associados)

1 ndash Satildeo direitos dos associados efectivos

a) Participar nas reuniotildees da Assembleia Geral

b) Participar nas deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

c) Eleger e ser eleito para os oacutergatildeos associativos

d) Participar em todas as iniciativas dos Amigos

e) Obter desconto nas produccedilotildees do Arquivo Municipal em percentagens fixadas

pela Direcccedilatildeo

f) Ser informado sobre iniciativas do Arquivo Municipal

g) Ter acesso a visitas guiadas exclusivas para Amigos

2 ndash O primeiro titular dos Associados Famiacutelia goza de todos os direitos consignados no

nordm 1 Satildeo direitos dos restantes titulares os consignados nas aliacuteneas a) d) e) f) e g)

3 ndash Satildeo direitos dos associados contribuinte e honoraacuterios os referidos nas aliacuteneas a) d)

e) f) e g) do nuacutemero 1

Artigo 6ordm

(Deveres dos Associados)

1 ndash Satildeo deveres dos Associados

a) Exercer os cargos para os quais tenham sido eleitos

b) Pagar quota anual fixada e alterada pela Assembleia Geral

2 ndash Os associados Contribuintes e Honoraacuterios estatildeo isentos do pagamento da quota

Artigo 7ordm

(Cessaccedilatildeo da qualidade de associado)

Perde-se a qualidade de associado

a) Pela demissatildeo pedida pelo interessado

b) Por qualquer motivo que a Direcccedilatildeo considere como determinante dessa

exoneraccedilatildeo devidamente fundamentada a qual deve ser confirmada pela

Assembleia Geral por maioria de dois terccedilos

c) Pelo natildeo pagamento de quotas correspondente a um periacuteodo de dois anos

246

CAPIacuteTULO III

Oacutergatildeos da Associaccedilatildeo

Artigo 8ordm

(Oacutergatildeos)

Satildeo oacutergatildeos dos Amigos (AAP)

a) A Assembleia Geral

b) A Direcccedilatildeo

c) O Conselho Fiscal

Artigo 9ordm

(Mandato e reeleiccedilatildeo)

1 ndash O mandato dos titulares dos oacutergatildeos dos Amigos Mesa da Assembleia Geral

Direcccedilatildeo e Conselho Fiscal tem a duraccedilatildeo de trecircs anos e termina com a posse dos

novos titulares

2 ndash A duraccedilatildeo do mandato coincide com o ano civil e conta-se como completo o ano da

eleiccedilatildeo

3 ndash Os membros cooptados ou designados nos termos do disposto na aliacutenea g) nordm 1 do

artordm 17ordm satildeo-no apenas para completarem o mandato respectivo

SECCcedilAtildeO I

Assembleia Geral

Artigo 10ordm

(Assembleia Geral)

A Assembleia Geral eacute constituiacuteda por todos os associados no pleno gozo dos seus

direitos associativos

Artigo 11ordm

(Competecircncia)

Compete agrave Assembleia Geral

a) Eleger a mesa da Assembleia bem como a Direcccedilatildeo e o Conselho Fiscal

247

b) Apreciar discutir e votar o orccedilamento e o plano de actividades para o

exerciacutecio seguinte

c) Apreciar discutir e votar na primeira reuniatildeo anual o relatoacuterio e contas

apresentado pela Direcccedilatildeo depois de sujeitas ao parecer do Conselho Fiscal

relativa ao exerciacutecio anterior

d) Fixar o quantitativo das quotas a pagar pelos associados

e) Alterar e interpretar os presentes Estatutos

f) Deliberar sobre a dissoluccedilatildeo dos Amigos

g) Ratificar ou natildeo os actos referidos na aliacutenea c) e) f) e g) do nordm 1 do artordm 17

h) Pronunciar-se sobre qualquer assento de interesse para a realizaccedilatildeo dos

objectivos dos Amigos

i) Apreciar a actividade da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal

j) Aprovar e alterar o Regulamento Eleitoral

Artigo 12ordm

(Mesa da Assembleia Geral)

1 - A mesa da Assembleia Geral eacute constituiacuteda por quatro membros Presidente Vice-

Presidente e dois Secretaacuterios

2 ndash Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral

a) Convocar as Assembleias Gerais ordinaacuterias e extraordinaacuterias

b) Presidir agrave reuniatildeo da Assembleia Geral e orientar os trabalhos

c) Dar posse aos membros da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal no prazo de oito

dias apoacutes a realizaccedilatildeo da Assembleia Geral eleitoral

d) Assinar as actas das Assembleias e proceder agrave legalizaccedilatildeo do livro respeitante

agrave Assembleia Geral

Artigo 13ordm

(Reuniotildees da Assembleia Geral)

1 ndash A Assembleia Geral reuacutene ordinariamente duas vezes por ano no primeiro e no

uacuteltimo trimestre de cada ano para os fins constantes respectivamente das aliacuteneas c) e b)

do artordm 11ordm

248

2 ndash A Assembleia Geral reuacutene extraordinariamente nos termos e para os efeitos

previstos nestes Estatutos e na lei geral civil

Artigo 14ordm

(Convocaccedilatildeo)

1 ndash As Assembleias Gerais ordinaacuterias satildeo convocadas pelo Presidente da Mesa da

Assembleia Geral

2 ndash Ao Presidente da Mesa poderaacute ser requerida a convocaccedilatildeo extraordinaacuteria da

Assembleia Geral

a) Pela Direcccedilatildeo

b) Pelo Conselho Fiscal

c) Por um grupo de associados natildeo inferior agrave quinta parte do nuacutemero total de

associados invocando os assuntos a tratar

Paraacutegrafo uacutenico ndash Quando for requerido pelos associados a Assembleia Geral soacute poderaacute

funcionar com a presenccedila de dois terccedilos dos requerentes Se tal se natildeo verificar os

requerentes ficam inibidos de convocar nova Assembleia com idecircntica ordem de

trabalhos dentro do mesmo ano de exerciacutecio

3 ndash A Assembleia Geral eacute convocada por meio de aviso postal expedido para cada um

dos associados com a antecedecircncia miacutenima de quinze dias e ainda por meio de aviso

afixado na sede com a mesma antecedecircncia neles se indicando o dia a hora local da

reuniatildeo e respectiva ordem de trabalho

Artigo 15ordm

(Funcionamento)

1 ndash A Assembleia Geral considera-se validamente constituiacuteda estando presentes metade

mais um do nuacutemero total dos seus associados no pleno gozo dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash se agrave hora marcada natildeo se verificar a presenccedila daquele nuacutemero miacutenimo

de associados a Assembleia Geral reuniraacute meia hora depois com qualquer nuacutemero de

associados presentes

249

2 ndash As Assembleias Gerais que tenham por fim a alteraccedilatildeo dos Estatutos a autorizaccedilatildeo

para a sua integraccedilatildeo ou afastamento em Federaccedilotildees de organismos congeacuteneres ou a

representaccedilatildeo de qualquer destes soacute se considera validamente constituiacuteda em primeira

convocaccedilatildeo desde que esteja presente a maioria de dois terccedilos dos associados em

plenitude dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash Em segunda convocatoacuteria a Assembleia Geral poderaacute reunir para

estes fins com qualquer nuacutemero de associados presentes no pleno gozo dos seus

direitos

3 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria absoluta dos votos dos associados

presentes As que respeitam agrave alteraccedilatildeo dos Estatutos satildeo tomadas pelo voto favoraacutevel

de dois terccedilos do nuacutemero de associados presentes

4 ndash A deliberaccedilatildeo de dissoluccedilatildeo dos Amigos carece do voto favoraacutevel de dois terccedilos do

nuacutemero total de associados em plenitude dos seus direitos

5 ndash Para os casos de eleiccedilatildeo dos corpos sociais dos Amigos e de dissoluccedilatildeo dos mesmos

Amigos os associados exerceratildeo obrigatoriamente o seu direito de voto atraveacutes de

votaccedilatildeo secreta nominal o mesmo acontecendo sempre que assim seja previamente

deliberado pela Assembleia Geral

SECCcedilAtildeO II

Direcccedilatildeo

Artigo 16ordm

(Direcccedilatildeo)

A Direcccedilatildeo eacute constituiacuteda pelos seguintes membros Presidente Vice-Presidente

Tesoureiro Secretaacuterio e trecircs ou cinco Vogais

Artigo 17ordm

(Competecircncias)

1 ndash Compete agrave Direcccedilatildeo orientar as actividades dos Amigos administra-los e

representa-los em juiacutezo e fora dele e nomeadamente

a) Elaborar o plano de actividades e orccedilamento anuais dos Amigos

b) Pedir a convocaccedilatildeo das Assembleias Gerais extraordinaacuterias

c) Elaborar anualmente o relatoacuterio de actividades e relatoacuterios de contas dos

Amigos e submete-lo agrave apreciaccedilatildeo da Assembleia Geral acompanhado do

parecer do Conselho Fiscal

d) Executar as deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

250

e) Deliberar sobre a admissatildeo de associados

f) Deliberar sobre a exclusatildeo de associados prevista no artordm 7ordm aliacutenea b) destes

estatutos

g) Deliberar sobre o preenchimento de vagas que ocorram durante o trieacutenio na

proacutepria Direcccedilatildeo e ainda no Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia O

preenchimento de vagas na Direcccedilatildeo faz-se por cooptaccedilatildeo No conselho Fiscal e

Mesa da Assembleia Geral faz-se por designaccedilatildeo A cooptaccedilatildeo e a designaccedilatildeo

ficam sujeitas a ratificaccedilatildeo pela Assembleia Geral na primeira reuniatildeo

subsequente

h) Representar oficialmente os Amigos

i) Praticar tudo o que for necessaacuterio agrave realizaccedilatildeo dos objectivos dos Amigos

j) Facultar ao Conselho Fiscal todos os livros e demais documentos que este

possa requerer para exercer as suas funccedilotildees

l) Propor agrave Assembleia Geral o quantitativo das quotizaccedilotildees dos soacutecios

2 ndash Aos Amigos obriga-se pela assinatura conjunta de dois membros da Direcccedilatildeo

sendo um deles necessariamente o Presidente para os actos de mero expediente basta a

assinatura de um membro

Artigo 18ordm

(Presidente)

1 - Compete ao Presidente da Direcccedilatildeo

a) Presidir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo

b) Assinar com o Tesoureiro todos os documentos de receita e despesa e ordens

de pagamento

c) Rubricar os livros de secretaria e tesouraria

Artigo 19ordm

(Reuniotildees)

A Direcccedilatildeo reuacutene ordinariamente uma vez por mecircs e extraordinariamente sempre que

convocado pelo Presidente ou pela maioria dos seus membros

Artigo 20ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash A Direcccedilatildeo deliberaraacute quando estiver presente a maioria dos seus membros sendo

as deliberaccedilotildees tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

251

2 ndash O Presidente da Direcccedilatildeo em caso de empate tem voto de qualidade

SECCcedilAtildeO III

Conselho Fiscal

Artigo 21ordm

(Conselho Fiscal)

O Conselho Fiscal eacute constituiacutedo pelo Presidente e por dois Vogais

Artigo 22ordm

(Competecircncia)

Compete ao Conselho Fiscal o controlo e fiscalizaccedilatildeo dos Amigos (AAP) e

nomeadamente

a) Dar parecer sobre o relatoacuterio e contas anuais da Direcccedilatildeo

b) Verificar as contas e as legalidades e conformidades estatutaacuterias das despesas

c) Assistir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo sempre que o julgue conveniente ou quando

por ela convocado

d) Requerer nos termos destes Estatutos a convocaccedilatildeo de reuniotildees

extraordinaacuterias da Assembleia Geral

e) Dar parecer sobre as mateacuterias da sua competecircncia quando solicitado pela

Direcccedilatildeo

Artigo 23ordm

(Reuniotildees)

O Conselho Fiscal reuacutene ordinariamente uma vez por semestre e extraordinariamente

sempre que convocado nos termos destes estatutos

Artigo 24ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash O Conselho Fiscal eacute convocado pelo seu Presidente e soacute pode deliberar com a

presenccedila da maioria dos seus titulares

2 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

3 ndash O Presidente do Conselho Fiscal em caso de empate tem voto de qualidade

252

CAPIacuteTULO IV

Disposiccedilotildees Finais

Artigo 25ordm

(Responsabilidade)

Os Membros dos corpos sociais natildeo podem abster-se de votar nas deliberaccedilotildees tomadas

em reuniotildees em que estejam presentes e satildeo responsaacuteveis pelos prejuiacutezos delas

decorrentes salvo se houverem manifestado a sua discordacircncia atraveacutes de declaraccedilatildeo

voto de vencido constante da respectiva acta

Artigo 26ordm

(Exerciacutecio de Cargos)

Os membros da Mesa da Assembleia Geral da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal exerceratildeo

as suas funccedilotildees gratuitamente

Artigo 27ordm

(Filiaccedilatildeo)

Os Amigos do Arquivo poderatildeo filiar-se em organizaccedilotildees que pelo seu caraacutecter e

acircmbito possam garantir a sua projecccedilatildeo e dinacircmica

Artigo 28ordm

(Destino dos bens em caso de extinccedilatildeo)

1 ndash Em caso de extinccedilatildeo dos Amigos a Assembleia Geral na mesma reuniatildeo da tomada

de decisatildeo designaraacute de entre os seus associados os liquidataacuterios

2 ndash O activo dos Amigos livre de todos os encargos seraacute destinado ao patrimoacutenio do

Arquivo Municipal de Penafiel

Artigo 29ordm

(Integraccedilatildeo de lacunas dos Estatutos)

Os casos omissos seratildeo regulados pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel ou supridos na sua falta por

deliberaccedilatildeo da Assembleia Geral e na Lei Geral

Artigo 30ordm

(Disposiccedilatildeo transitoacuteria)

253

Uma comissatildeo instaladora procederaacute agrave gestatildeo dos Amigos ateacute agrave eleiccedilatildeo e tomada de

posse dos seus oacutergatildeos

SS Apoacutes a aprovaccedilatildeo dos estatutos que tipo de iniciativas tecircm desenvolvido ao

longo destes anos

PS A Associaccedilatildeo de Amigos tem desenvolvido vaacuterias iniciativas que podem ser

apresentadas em seis partes

1Ateliers

Carnaval

Paacutescoa

Dia do Pai

Dia da Matildee

Dia da Crianccedila

Dia dos Avoacutes

Agrave conversa com a Avozinha

Atelier de Natal

Curso de Doccedilaria Tradicional

Conservaccedilatildeo e Restauro de Documentos graacuteficos

Introduccedilatildeo agrave fotografia

Lavores

Etiqueta e Boas Maneiras

Olaria

Bijuteria

Reciclagem de Papel

Jogos tradicionais

Arquivista meacutedico dos livros

Scrapbooking

Ciclo do linho

Diaacuterio de Feacuterias

Construir uma maquete

Boneca de trapos

Expressatildeo Plaacutestica

Construccedilatildeo de flores

254

Atelier de Ajulejo

Caixinhas de surpresa

Origami Kirigami

Agravervore de Famiacutelia

2 Cursos de Formaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Iniciaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Aperfeiccediloamento

Curso de Paleografia seacutec XV a XVIII

Curso de Photoshop

3 Workshop`s

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota do Romacircnicordquo

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota dos Moinhosrdquo

4Jornadas

Jornadas ldquoExtensatildeo Cultural e Educativa em Arquivos e Bibliotecasrdquo

5Publicaccedilotildees

Revista Folium nuacutemero 0

Revista Folium nuacutemero 1

Revista Folium nuacutemero 2

6Exposiccedilotildees

Exposiccedilatildeo de Fotografia ldquoImagens de uma Velha Arrifanahelliprdquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoO presente do passadordquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoNa lucidez das cores com que se pode colorir a histoacuteriardquo

SS Que feedback retira dos projectos referidos

PS Todas as iniciativas que a Associaccedilatildeo se propocircs realizar tiveram uma grande

adesatildeo desde os ateliers aos cursos No momento temos cerca de oitenta associados o

que num concelho pequeno e com a existecircncia de trecircs anos eacute por noacutes considerado muito

bom

255

SS Consideraria que a Associaccedilatildeo deveria ser seguida por outros Arquivos

PS Sim claro Mas advirto que todas estas iniciativas e projectos datildeo muito trabalho

muitas vezes fora do horaacuterio laboral o que significa muita disponibilidade e boa

vontade em torno de uma causa em que se acredita Para aleacutem do mais tem que se lidar

com muitas pessoas de vaacuterios estratos sociais e culturais bem como faixas etaacuterias o

que implica alguma sensibilidade para saber conduzir as situaccedilotildees de forma a

atingirmos os objectivos pretendidos

256

Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e

a Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-

Bretanha

Agosto de 2009

257

Para complementar este trabalho consideramos fundamental exemplificar

formas de aplicaccedilatildeo de marketing noutros paiacuteses Apesar de termos solicitado o pedido

de resposta por e-mail ao Arquivo Histoacuterico Nacional de Espanha de Franccedila e de

Inglaterra soacute o Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha nos respondeu Fica aqui o

testemunho deixado por Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e de Chris

Mumby - Head of Commercial Delivery

Sofia Santos (SS) Do you apply consciously in your service tools of marketing

Andrew Payne (AP) We use a variety of tools and channels to market the services of

The National Archives to the public both online and in print format We integrate our

marketing and media activity to maximise the return on our investment

Our primary tool is PR and developing relations with the press ndash this gains us national

coverage and maintains a key presence both in newspapers and history related

magazines and also television We use a selection of online tools including search

engine optimisation a limited amount of pay per click activity on Google to support

specific campaigns driving traffic to our website along with using various social media

channels to expand our reach to new audiences We have developed and now maintain

a presence on YouTube Flickr and Facebook

We also work with partners and other heritage organisations to help promote the

archives for example the 1911 census was jointly launched with our partners Bright

Solid earlier this year

For visitors to The National Archives we used a variety of posters booklets and use of

plasma screens to promote specific publications and events taking place onsite

We also send out a monthly electronic newsletter to members of the public (170000

visitors) who have signed up to receive communications from ourselves We use this

tool to help inform them of new document releases available on line use themes to help

guide people through whatrsquos available such as resources to help with family history and

key historical dates etc where we have files on record We often guide members of the

public to specific resources developed online for teachers and pupils

SS If yes what are the objectives behind its implementation

AP Primary objectives are raising awareness of The National Archives encouraging

the public to use our online services and those of our partners keep existing visitors

informed and generate revenue

258

SS What are the results by the main changes noticed experienced by its

employees and users

AP When performing an exhibition documentary shows what are the criteria to

follow to achieve them It made a preliminary study You can tell in their steps

For education exhibitions (on the website) we aim to meet the criteria of the History

National Curriculum for England and Wales For further details please see the response

to question 5

SS In educational services which are concerns for the creation of educational

activities

AP We adopt a very clear approach to the development of resources as follows

We identify an area of the National Curriculum for History (England and Wales)

or examination syllabuses which we think we can develop interesting resources for

teachers and students

We research a large selection of material and identify the most interesting and

valuable documents for the target age of the students

We develop enquiry-led resources and workshops from these documents This

means that all of our resources and workshops have a key question which students must

investigate and they are required to use the documents supplied to develop their own

historical answer

SS In your site refers to a virtual store They also have a shop in your building

What are the precautions that have to keep the store alive and attractive

Chris Mumby (CM) Yes we have an on-site bookshop as well as an online version The

shop sells book titles closely linked to the themes of family history research general

history and military history We run themed promotions that last about 1 month to keep

people interested (for August it is ldquoUp to 70 off Summer Reading) and have just

started a Book of the Week promotion (single title at heavy discount for a week only)

which is proving popular

SS Which products offer the community How they make their choice

CM Products sold in the shop are closely aligned to the type of person that visits The

National Archives eg lots of Family History research books general social history

259

military history We also sell a small range of archive accessories (binders pockets

magnifiers etc) and for the parties of school children that visit us some small

giftsouvenir products

SS In the editorial service when do you want to launch a new book before its

publication do market research If yes may indicate the stages of this work

CM Our publishing has not been successful to date and we are currently in the process

of scaling back the operation There are no current plans to publish new titles at the

moment (apart from the 4 that are in mid-production)

SS Do you now whatacutes cultural marketing What does it men this concept for

you

AP e CM Our understanding is the use of various channels etc to market propositions

that are targeted to members of the public interested in history and culture

SS Does your Archive pratices Cultural Marketing How

AP The marketing activity above is very much targeted to members of the public

interested in history and culture This reflects the demand in the market place identified

by various types of research undertaken including surveying our visitors to our website

those who visit us at Kew and those that use our enewsletter and groups with specific

areas of interest such as family history

260

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid)

Fevereiro de 2009

261

Outros exemplos sobre a utilizaccedilatildeo do marketing em arquivos foram recolhidos

em Espanha Das vaacuterias entrevistas enviadas apenas deram-nos resposta o Archivo de

la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) na pessoa Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo

de Arquivo e Documentaccedilatildeo

Sofia Santos (SS) Caracterizaccedilatildeo do Arquivo definiccedilatildeo da missatildeo visatildeo e valores

da Instituiccedilatildeo

Julio Cerda Dias (JCD) Gestioacuten y difusioacuten del patrimonio documental de la ciudad de

Arganda del Rey (Madrid)

SS O seu arquivo aplica de forma consciente as ferramentas de marketing

JCD Siacute

SS Se sim quais satildeo os objectivos a atingir com a sua aplicaccedilatildeo

JCD Difusioacuten del patrimonio documental a traveacutes de diferentes estrategias que

permitan acercar el archivo y sus fondos a todo tipo de puacuteblico y sectores diferentes de

poblacioacuten

SS Acha que jaacute pode definir descrever resultados obtidos De que maneira

influenciam o comportamento atitudes da equipa teacutecnicas e dos utilizadores

JCD Conocimiento del servicio por parte de la poblacioacuten especialmente colectivos

cinculados con el mundo de la educacioacuten y la cultura

SS No caso de criaccedilatildeo de produtos - como ediccedilotildees actividades pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural (como mostras e exposiccedilotildees documentais) aplicam a matriz

SWAT Ou seja de que forma planificam as vossas actividades

JCD La planificacioacuten corresponde al Director del Servicio Cada antildeo existen 2-3

actuaciones programadas de extensioacuten cultural (exposiciones publicaciones

actividades etc) Naturalmente que se aplica la matriz SWAT DAFO en castellano y

siempre buscando tener el mayor impacto mediaacutetico buscando propuestas originales

novedosas y diferente y al mismo tiempo uacutetiles para el colectivo al que vaya dirigido

SSQue mais produtos oferecem agrave comunidade Como os divulgam e os impocircem

no mercado

262

JCD Exposiciones publicaciones talleres viacutedeos documentales actividades de ocio-

educativas certaacutemenes etc y la mayoriacutea con un acceso paralelo-complementario a

traveacutes de la web

SS Possuem um site do vosso Arquivo De que forma eacute feita a actualizaccedilatildeo dos

dados Que cuidados tecircm com a sua imagem

JCD Lo maacutes importante El edificio cuenta con unas excelentes instalaciones en un

edificio moderno e intentamos cuidad la imagen tambieacuten a traveacutes de la web No se

hacen actividades si no se cuenta con unos recursos adecuados

SS De que forma avaliam a satisfaccedilatildeo dos vosso clientes internos e externos

JCD No lo solemos hacer pero el eacutexito de puacuteblico y de opiniones o los comentarios

positivos en prensa son nuestro mejor sistema de evaluacioacuten El mejor indicador de

eacutexito es la retroalimentacioacuten si un proyecto ha salido bien en el siguiente no te ponen

problemas para darte recursos y asi sucesivamente hellip hasta lograr que casi no te

puedan negar ninguacuten nuevo proyecto

SS Como definiria o marketing em Arquivo E o marketing cultural

JCD Marketing hellipsin maacutes Conocer y aplciar estrategias de marketing garantiza el

mantenimiento y futuro del servicio y sinceramente creo que eso lo hacemos

razonablemente bien Siempre naturalmente que exista un proyecto bien concebido si

ademaacutes lo comunicas bien el ciacuterculo perfecto

263

Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira

Local Funchal

Data Fevereiro de 2009

264

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) eacute o primeiro organismo do geacutenero em

Portugal a ser certificado receber pelo Sistema de Gestatildeo da Qualidade do ARM de

acordo com a norma NP EN ISO 90012000 Tambeacutem o facto de ser o local onde

trabalhamos como responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

consideramos importante entrevistar a actual directora de serviccedilos Drordf Faacutetima Barros

para melhor compreendermos a linha orientadora desta Instituiccedilatildeo da Regiatildeo Autoacutenoma

da Madeira

Sofia Santos (SS) O que significa a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo NP EN ISO

90012000

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da RAM e o oacutergatildeo

de gestatildeo dos arquivo da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

265

SS Vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute o natildeo passado entraram km de documentaccedilatildeo E por outro lado os

nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e envolvecircncia dos colaboradores os objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tb objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novo

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

266

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a melhoria do sistema

apresentando sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema

implica avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

bull Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o ldquoEQA ndash European

Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash

Common Assessment Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia a dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o dia a dia da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do

SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

267

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nordm de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem SM Porque incentivamos os leitores a

fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos um maior cuidado na

apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A partir dos dados

recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo estatiacutesticos)

reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre recebidos

via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

SS Marketing O ARM aplica esta ferramenta de trabalho

Natildeo sei bem definir o que eacute marketing Relaciono esta palavra com imagem parecer

bem comunicaccedilatildeo puacuteblico qualidade profissionalismo Criar uma determinada

imagem institucional uma presenccedila qualificada eacute marketing Porque significa que se

pensou no que se quer fazer o que se pretende alcanccedilar que se compreendeu o que

esperam de noacutes Eacute uma relaccedilatildeo de troca com o puacuteblico De uma coisa estou certa natildeo

interessa apenas fazer bem eacute importante mostrar que a fazemos bem E sim se

marketing eacute tudo isso entatildeo o Arquivo Regional da Madeira aplica esta ferramenta de

trabalho embora soacute ocasionalmente nos tenhamos socorrido de profissionais de

informaccedilatildeo como se veraacute

Quando assumi a direcccedilatildeo do ARM quis tirar o ARM de um certo marasmo mostrando

que era uma instituiccedilatildeo uacutetil e importante no contexto cultural da Regiatildeo Isto eacute

extremamente importante ser uacutetil aacute comunidade Eacute por isso que hoje insisto na

prestaccedilatildeo de apoio teacutecnico na consultoria e formaccedilatildeo em detrimento da descriccedilatildeo dos

nossos fundos Ainda temos de mostrar quem somos Implicou definir novos rumos e

novas formas de actuaccedilatildeo Comeccedilando por uns trabalhos baacutesicos mas que seriam

268

importantiacutessimos para cimentar a nossa identidade institucional a descriccedilatildeo e

informatizaccedilatildeo dos nossos registos paroquiais e passaportes tarefa que teria uma

repercussatildeo inestimaacutevel junto dos nossos utilizadores Porque aiacute os nossos leitores

entenderam que nos preocupaacutevamos em ir de encontro aacutes suas necessidades Para tanto

natildeo foram necessaacuterios estudos de utilizador bastou que estudaacutessemos as nossas

estatiacutesticas Hoje as estatiacutesticas mostram-nos claramente que haacute uma grande incidecircncia

consulta dos jornais entatildeo organizamos a nossa colecccedilatildeo completamos as faltas

estamos a digitalizaacute-la Natildeo conheciacuteamos uma aacuterea de actuaccedilatildeo onde pretendiacuteamos

intervir a Administraccedilatildeo Puacuteblica Regional Entatildeo aiacute sim elaboramos um inqueacuterito para

melhor conhecer essa realidade Isto eacute marketing Provavelmente deveriacuteamos ter feito

um estudo de mercado antes de avanccedilar na definiccedilatildeo dos puacuteblicos a atingir quando

criamos o nosso SE Mas tambeacutem natildeo era difiacutecil perceber que os museus e bibliotecas

privilegiam os alunos do ensino baacutesico em detrimento do secundaacuterio e nem alcanccedilam o

universitaacuterio Fizemos um inqueacuterito aos privados para perceber o que esperam do

Arquivo Regional E em face das expectativas elevadas decidimos adiar a nossa

intervenccedilatildeo nesse sector pois os nossos recursos estatildeo concentrados no sector puacuteblico

Na verdade intencionalmente aplicamos estrateacutegias de marketing durante todos estes

anos Ao adquirir os serviccedilos de uma empresa especializada ndash Artlacircndia ndash para nos criar

a imagem do site da news letter (instrumentos estes poderosiacutessimos para alcanccedilar

puacuteblicos natildeo presenciais) da linha de merchandising da uniformizaccedilatildeo das ediccedilotildees do

ARM Em todos estes produtos haacute um traccedilo comum que identifica o arquivo o edifiacutecio

a cor os traccedilos Marketing tambeacutem eacute a preocupaccedilatildeo em qualificar os nossos serviccedilos e

produtos a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade foi um meio bastante

eficiente para alcanccedilar este objectivo Provar que se faz bem avaliando corrigindo

melhorando continuamente

Mais importante creio que conseguimos transmitir uma imagem de profissionalismo de

saber fazer de seriedade de confianccedila Perante a nossa tutela e perante os nossos

diferentes puacuteblicos A prova satildeo os inuacutemeros pedidos de consultoria e apoio que natildeo

conseguimos satisfazer A prova satildeo as doaccedilotildees e depoacutesitos de documentos por parte

dos privados E isso Sofia soacute se consegue com muito trabalho garanto natildeo haacute

estrateacutegias de marketing que superem o trabalho aacuterduo o esforccedilo e o profissionalismo

dos colaboradores do ARM que de forma global satildeo bastante qualificados e

interessados Mas compreendo que o marketing ajude a dar a conhecer e melhorar um

projecto estruturado como foi e eacute a renovaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do Arquivo Regional nos

269

uacuteltimos anos Foi o que fizemos mutas vezes sem nos apercebermos que o estaacutevamos a

fazer

270

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo

271

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

ANO LECTIVO 20082009

DOSSIEcirc DE APRESENTACcedilAtildeO

Maleta Pedagoacutegica

ldquoEus Escondidosrdquo

272

Apresentaccedilatildeo

Faz parte da Missatildeo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) aproximar a Comunidade

desta ldquoCasa da Memoacuteriardquo dando particular atenccedilatildeo agrave Comunidade Escolar Para o

efeito o Serviccedilo Educativo do ARM tem desenvolvido um trabalho de preparaccedilatildeo de

futuros leitores e investigadores junto dos estabelecimentos de ensino atraveacutes da

divulgaccedilatildeo do seu patrimoacutenio documental nomeadamente do que diz respeito agrave

Histoacuteria da Famiacutelia Neste campo a pesquisa natildeo soacute envolve a consulta dos registos

de baptismo casamento e oacutebito como a consulta dos arquivos pessoais que remetem

para a ascendecircncia do indiviacuteduo e que lhe permitiratildeo construir a sua Aacutervore

Genealoacutegica

Tendo em consideraccedilatildeo que a distacircncia geograacutefica entre o arquivo e as escolas pode

constituir um impedimento para a divulgaccedilatildeo do Arquivo e respectivos espoacutelio e

funccedilotildees o Serviccedilo Educativo (SE) aposta em actividades que permitem a deslocaccedilatildeo de

recursos humanos e materiais aos estabelecimentos de ensino Com esta finalidade

propotildee-se dinamizar uma Maleta Pedagoacutegica denominada ldquoEus Escondidosrdquo

instrumento educativo que permite desenvolver o tema da GenealogiaHistoacuteria da

Famiacutelia atraveacutes de actividades luacutedico-pedagoacutegicas Todas as fases da dita dinamizaccedilatildeo

contam com a presenccedila e o acompanhamento dos teacutecnicos do SE sempre em estreita

colaboraccedilatildeo com os docentes

A referida Maleta Pedagoacutegica eacute constituiacuteda por jogos e actividades de expressatildeo plaacutestica

e de escrita criativa sendo por isso bastante adaptada ao niacutevel etaacuterio que habitualmente

frequenta o 6ordm Ano de Escolaridade

A dinamizaccedilatildeo decorre segundo duas fases em dias diferentes

1 Palestra introdutoacuteria sobre o espoacutelio e funccedilotildees do ARM em PowerPoint e de

caraacutecter interactivo (60 minutos) com a presenccedila de 2 turmas no maacuteximo

2 Dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica com expressatildeo plaacutestica e escrita (uma

tardemanhatilde) sendo este trabalho desenvolvido com uma turma de cada vez

273

Objectivos

Aproximar a populaccedilatildeo estudantil do ARM

Divulgar os recursos documentais do ARM tais como as fontes

fornecedoras de elementos para a Aacutervore de Costados

Identificar as etapas essenciais para a realizaccedilatildeo de uma Aacutervore de

Costados (ou Aacutervore Genealoacutegica)

Incentivar o estudo e preservaccedilatildeo das fontes documentais relacionadas com

a genealogia

Contribuir para a formaccedilatildeo de futuros utilizadoresleitores

Ajudar a desenvolver haacutebitos de pesquisa

Calendarizaccedilatildeo (a preencher pelos docentes)

Nota importante a Palestra introdutoacuteria deveraacute acontecer em auditoacuterio ou noutro

espaccedilo equivalente A dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica ldquoEus Escondidosrdquo

poderaacute efectuar-se em sala de aula ou de preferecircncia na sala reservada agrave

expressatildeo plaacutestica

Palestra Introdutoacuteria

Turmas Dia Hora

Dinamizaccedilatildeo da Maleta (v material necessaacuterio)

274

Turmas Dia Hora

Cada aluno conforme as suas possibilidades deveraacute levar para a actividade de

dinamizaccedilatildeo da Maleta os seguintes elementos

Nomes dos ascendentes ateacute agrave 3ordf geraccedilatildeo

Fotografias

Outros documentos que complementem a informaccedilatildeo sobre a famiacutelia coacutepias de

BI de registos de nascimento casamentohellip

Outros documentos que complementem informaccedilotildees sobre o proacuteprio ceacutedula

pessoal BI cartatildeo de estudante etc

Outras observaccedilotildees

Os docentes que acompanham os alunos na palestra devem ser os mesmos que

os acompanham na dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica

Durante a dinamizaccedilatildeo os docentes devem auxiliar os teacutecnicos do Serviccedilo

Educativo de modo a assegurar o ecircxito da actividade

Qualquer atraso mudanccedila de horaacuterio e outras alteraccedilotildees ao previsto devem ser

comunicadas com a devida antecedecircncia ao referido Serviccedilo (de preferecircncia

com 48 horas de antecedecircncia)

Existe a hipoacutetese de a actividade ou parte dela ser adiada ou anulada devido agrave

falta de transporte por parte do ARM Neste caso tomar-se-atildeo as devidas

providecircncias para realizar a actividade sem prejuiacutezo para ambas as partes (ARM

e Escola)

O horaacuterio da actividade deveraacute ser preferencialmente entre as 9000 e as 1230

e a 1400 e as 1730

275

GALERIA DE FOTOS

Escola Baacutesica e Secundaacuteria

Padre Manuel Aacutelvares

Ano Lectivo 2007 2008

276

Marcaccedilotildees para a Maleta Pedagoacutegica

Telefone 291 708400

Marcela Costa extensatildeo 114 marcelacostaarquivo-madeiraorg

Constantino Teles extensatildeo 112 constantinotelesarquivo-madeiraorg

Contacto do Serviccedilo Educativo

Responsaacutevel Sofia Santos

sofiasantosarquivo-madeiraorg

eculturaleduarquivo-madeiraorg

Morada do Arquivo Regional da Madeira

Arquivo Regional da Madeira

Caminho dos Aacutelamos nordm35

Santo Antoacutenio

9020-064 FUNCHAL

Telefone 291 708400 Fax 291 7084002

277

Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico

278

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

COMPROMISSO PEDAGOacuteGICO

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) e a Escola hellip

representada pela turma hellip celebram o presente compromisso pedagoacutegico referente agrave

actividade laquohelliphellipraquo pelo qual ambos os oacutergatildeos educativos se comprometem o programa

abaixo indicada entre os meses helliphellip e hellip de hellip

Actividade Local

O Arquivo Regional da Madeira reserva-se o direito de anular em definitivo a

actividade junto da

da escola caso esta se mostre indisponiacutevel para o cumprimento da mesma dentro da

calendarizaccedilatildeo primeiramente estipulada uma vez que quaisquer alteraccedilotildees podem ter

implicaccedilotildees directas no bom funcionamento dos serviccedilos aleacutem de prejudicar os

objectivos delineados pelo serviccedilo Educativo

Ressalve-se igualmente que qualquer alteraccedilatildeo ou anulaccedilatildeo da actividade por qualquer

das partes envolvidas deve ser comunicada por escrito com a devida antecedecircncia aos

respectivos responsaacuteveis de modo a se delinearem estrateacutegias que visem em uacuteltimo

caso a continuidade da actividade dentro de uma calendarizaccedilatildeo alternativa

O presente documento deve ser assinado por ambos oacutergatildeo educativos

A responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo do ARM Os docentes responsaacuteveis

____________________________________

__________________________________

Sofia Santos

__________________________________

Funchal hellip de hellip de hellip

279

Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas

280

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo do Serviccedilo Educativo

Este inqueacuterito visa apurar o grau de satisfaccedilatildeo dos participantes das actividades do Serviccedilo Educativo

A sua opiniatildeo ajudar-nos-aacute a melhorar a nossa actuaccedilatildeo Por favor preencha os campos que lhe

indicamos

GRUPO I

1 Identificaccedilatildeo da Actividade e do Inquirido

Actividade Data

Nome (facultativo) Idade

GRUPO II

2 Como teve conhecimento da(s) referida(s) actividade(s)

Por convite directo do ARM Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Ao consultar o site do ARM

Atraveacutes de ofiacuteciocircular divulgado no estabelecimento de

ensino onde lecciono serviccedilo associaccedilatildeo instituiccedilatildeo etc

Outros meios (indique qual ou quais)

3 Em que qualidade participou nas actividades do Serviccedilo Educativo

Por minha proacutepria iniciativa

Na qualidade de professora acompanhante de um grupo escolar

Por me encontrar inseridoa num grupo (associaccedilatildeo grupo sindical ou outro)

GRUPO III

4 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M

Bom

Adequaccedilatildeo da linguagem aos indiviacuteduos grupo

O material informativo didaacutectico colocado agrave disposiccedilatildeo

A calendarizaccedilatildeo (dia e hora)

Duraccedilatildeo da actividade

A novidadeinteresse dos assuntos e conteuacutedos abordados

Forma de transmissatildeo dinamizaccedilatildeo dos temas

5 Participaria noutro tipo de actividades deste serviccedilo Sim Natildeo

6 O que mais lhe agradou da actividade

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

7 O que menos lhe agradou da actividade

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

8 Indique outras sugestotildees

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

281

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

282

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade das mostras documentais exposiccedilotildees realizadas pelo Arquivo Regional da Madeira (ARM) Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute possiacutevel melhorar e adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades Leia atentamente as perguntas e responda por favor

1 Identificaccedilatildeo da Mostra Exposiccedilatildeo e do Visitante

Nome da MostraExposiccedilatildeo Data

Nome (facultativo) Idade

2 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M Bom

A novidadeinteresse dos conteuacutedos abordados na mostra exposiccedilatildeo documental

O material informativo colocado agrave disposiccedilatildeo (desdobraacuteveis legendas textos dos paineacuteis)

Circuito da mostra exposiccedilatildeo

Qualidade graacutefica dos paineacuteis

3 Visitaria mais exposiccedilotildees organizadas pelo ARM Sim Natildeo

4 Indique outras sugestotildees

283

Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira

284

Legenda

Piso ndash 1

1 ndash Entrada na garagem 2 ndash Cais de descarga 3 ndash Sala de recepccedilatildeo e triagem 4 ndash Sala de higienizaccedilatildeo

5 ndash Cacircmaras de expurgo 6 ndash Sala de quarentena 7 ndash Sala de preacute-arquivagem

Piso 0

8 ndash Entrada do edifiacutecio 9 ndash Recepccedilatildeo 10 ndash Loja 11 ndash Hall de entrada 12 ndash Auditoacuterio 13 ndash Cafetaria

14 ndash Escadaria 15 ndash Digitalizaccedilatildeo 16 e 17 ndash Microfilmagem 18 ndash Laboratoacuterio 19 ndash Acondicionamento

20 ndash Restauro 21 ndash Encadernaccedilatildeo

Piso 1

22 ndash Sala de formaccedilatildeo 23 ndash Escadaria 24 ndash Sala do serviccedilo educativo

Piso 2 e 3

25 ndash Serviccedilo de certidotildees 26 ndash Serviccedilo de referecircncia 27 ndash Espaccedilo informal da sala de leitura

28 ndash Espaccedilo de leitura 29 ndash Sala de leitura de microfilmes 30 ndash Depoacutesitos

285

Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da

Madeira

286

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Regulamento de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

1 O aluguer do auditoacuterio do ARM poderaacute ser solicitado para realizaccedilatildeo de

actividades de iacutendole cultural e cientiacutefica designadamente conferecircncias congressos

e coloacutequios

2 O pedido de utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio deveraacute ser efectuado com alguma

antecedecircncia dirigido ao Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail fax ou

ofiacutecio Para isso deveraacute preencher uma Ficha de Requisiccedilatildeo onde deveraacute indicar

todo o tipo de equipamento e de material que necessita

3 A confirmaccedilatildeo eacute efectuada pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail

ofiacutecio ou fax

2 Todas as entidades requerentes deveratildeo efectuar uma visita ao Auditoacuterio que seraacute

acompanhada por algueacutem do Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural de forma a

verificarem as condiccedilotildees do espaccedilo e prepararem o material necessaacuterio para o

evento

4 O equipamento existente eacute o seguinte

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de

Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um

bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- DVD

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

287

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Auriculares

5 Capacidade maacutexima para 100 pessoas sentadas

6 A utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio eacute gratuita para todos os serviccedilos da Administraccedilatildeo

Puacuteblica

7 Para as entidades privadas tambeacutem de acordo com os objectivos desta instituiccedilatildeo

a utilizaccedilatildeo do auditoacuterio eacute paga

Preccedilaacuterio com equipamento completo

Preccedilo Preccedilo (em Euros)

Dia completo 20000euro

Meio dia 120 00euro

8 As formas de pagamento satildeo as seguintes

a) Presencialmente dinheiro cartatildeo de deacutebito cheques em Euros pagaacutevel ao

Arquivo Regional da Madeira

b) Agrave distacircncia

- Pagamento antecipado por cheque natildeo datado em euros ou outra

moeda estrangeira pagaacutevel ao Arquivo Regional da Madeira

Os pagamentos em moeda estrangeira deveratildeo ter em conta o valor do

cacircmbio no dia

c) Transferecircncia interbancaacuteria

Procedimentos

- Depoacutesito feito na conta do Governo Regional da Madeira (IBAN PT50

0019 0045 0020 51094) com despesas de transferecircncias a suportar pelo

requerente

- O requerente deveraacute enviar ao Arquivo Regional o comprovativo ou os

dados da transferecircncia efectuada por mail (eculturaleduarquivo-

madeiraorg) ou fax (291 708 402)

- O Arquivo soacute satisfaz o pedido apoacutes confirmaccedilatildeo da transferecircncia por

parte da Tesouraria do Governo Regional

9 A utilizaccedilatildeo da secretaria estaacute condicionada a congressos mais complexos O

serviccedilo de fotocoacutepias estaacute limitado a um maacuteximo de 10 coacutepias em A4 a preto e

288

branco O Serviccedilo de telefone estaacute condicionado a chamadas locais Para chamadas

de taacutexis poderaacute efectuar na cabine telefoacutenica existente no hall de entrada

10 Para a entrega de material necessaacuterio para o evento (tais como livros

desdobraacuteveis) a entidade promotora deveraacute avisar antecipadamente o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural a hora da entrega do material e sua discriminaccedilatildeo Em

caso de extravio natildeo eacute da responsabilidade do ARM

11 Informar a entidade promotora que a chegada dos conferencistas deve ser antes

do iniacutecio do evento de forma a dar tempo de preparar os materiais que iratildeo ser

projectados ou entatildeo solicitar o envio das palestras para o mail

eculturaleduarquivo-madeiraorg andyaguiararquivo-madeiraorg

12 Informar a entidade requerente que em caso de ensaio das intervenccedilotildees os

conferencistas deveratildeo entrar previamente em contacto com o Serviccedilo Educativo

Extensatildeo Cultural A marcaccedilatildeo do dia e da hora preferencialmente entre as 1000 e

as 1730 h poderaacute ser feita por e-mail fax ou telefone

13 Todas as acccedilotildees realizadas no ARM deveratildeo ter uma imagem da instituiccedilatildeo

organizadora para ser projectada no painel do auditoacuterio Caso natildeo tenham a

imagem projectada seraacute o logoacutetipo do ARM

14 A equipa responsaacutevel pela actividade deveraacute identificar-se junto do seguranccedila agrave

entrada do edifico e ser-lhe-aacute atribuiacutedo um cartatildeo de visitante de uso

obrigatoacuterio

15 A encomenda e as despesas com os arranjos florais e aacuteguas servidas na mesa de

honra responsabilidade da entidade promotora

16 Os convites para as exposiccedilotildees e lanccedilamentos de livros satildeo da responsabilidade

da entidade promotora dos eventos

17 Eacute ainda da responsabilidade da entidade promotora providenciar algueacutem para a

venda de produtos relacionados com as acccedilotildees bem como para apoio nas

289

conferecircncias nomeadamente na cedecircncia de microfones no periacuteodo de discussatildeo

poacutes- conferecircncia

18 A contrataccedilatildeo de tradutores eacute tambeacutem da competecircncia da entidade promotora do

evento

19 Caso a acccedilatildeo decorra antes das 1000 h eacute da competecircncia das entidades

requerentes suportar os encargos dos seguranccedilas excepto se o ARM dispuser de

horas creditadas junto da sua empresa de seguranccedila

20 O serviccedilo de coffee break eacute da inteira responsabilidade da entidade que promove

o evento devendo para o efeito acertar previamente pormenores com o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural O serviccedilo de refeiccedilotildees deveraacute ser fornecido pelo

adjudicatoacuterio da cafetaria do ARM

21 Todo o equipamento requisitado deveraacute ser deixado como quando foi entregue

aos responsaacuteveis pelo evento

22 Todos os espaccedilos cedidos ndash como hall de entrada secretaria (em caso de

encontros mais complexos) e auditoacuterio ndash deveratildeo ser deixados limpos e

arrumados pela entidade requerente

23 Existe um parque de estacionamento com capacidade para 44 lugares 4 dos

quais para deficientes

24 Natildeo estacionar nos locais reservados ao Arquivo Regional da Madeira e

Biblioteca Puacuteblica Regional

290

Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

291

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Ficha de identificaccedilatildeo do evento e requisiccedilatildeo do material do auditoacuterio

Identificaccedilatildeo

Nome da entidade__________________________________________________________________________

Responsaacutevel pelo evento____________________________________________________________________

Contacto

Telefone(s)_____________________ Fax________________________ Mail__________________________

Programa

Objectivo do evento ________________________________________________________________________

Dias do evento ____ ____ ______ a __________

____ ____ ______ a __________

Horaacuterio ___________________________________________________________________________________

Nordm de participantes previstos ________________________________________________________________

Nordm de pessoas na mesa de honra _____________________________________________________________

Pessoal de apoio da entidade requerente Nordm _____________

Nomes Funccedilatildeo

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

Material Requisitado

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

292

- DVD

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

Material complementar

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Cabines (maacuteximo 2)

- Auriculares

N ordm requisitado (maacuteximo

100)

Entrega de material

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Desmontagem

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Observaccedilotildees

293

Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

294

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo do auditoacuterio

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade dos serviccedilos prestados aos

utilizadores da Auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute

possiacutevel adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades

1 Identificaccedilatildeo do Evento e do Inquirido

Designaccedilatildeo_________________________________________________________________________

Data do evento _______________________________ Horaacuterio _____________________

Nome (facultativo) _ ________________________________________________

2 Como teve conhecimento deste serviccedilo

Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

a) Ao consultar o site do ARM

b) Atraveacutes dos nossos produtos informativos (desdobraacuteveis)

c) Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

d) Outros meios (indique qual ou quais)

_____________

3 Ambiente Fiacutesico

Muito Mau

Mau Suficiente

Bom Muito Bom

a) AcessibilidadeMobilidade

b) Conforto do mobiliaacuterio

c) Esteacutetica do espaccedilo

d) Seguranccedila (espaccedilo bens e pessoas)

295

e) Limpeza

f) Temperatura

g) Iluminaccedilatildeo

4 Equipamentos

Muito Mau Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Qualidade do material disponibilizado

b) Quantidade do material disponibilizado

c) Desempenho do equipamento teacutecnico

d) Adequaccedilatildeo ao evento

5 Atendimento

Muito Mau

Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Atendimento personalizado

b) Atitude dos teacutecnicos

c) Satisfaccedilatildeo das suas solicitaccedilotildees em tempo

uacutetil

d) Competecircncia dos teacutecnicos na utilizaccedilatildeo

dos equipamentosrecursos

6 Sugestotildees

Indique sugestotildeesobservaccedilotildees que achar pertinente

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

Page 4: Departamento de Ciencias Sanitarias y Médico-Sociales

4

Agradeccedilo ao Rui por estar sempre comigo a dar-me apoio nos momentos menos

bons e mais agradaacuteveis

Aos meus irmatildeos Mariacutelia Maacuterio e Fernando por tambeacutem sempre me apoiarem e

estarem sempre presentes nem que fosse com um simples olaacute

Agrave minha orientadora Professora Esperanza que mostrou-me que eacute agradaacutevel fazer

investigaccedilatildeo ainda para mais quando se gosta do tema proposto

Agradeccedilo tambeacutem a duas amigas Faacutetima Abreu e Faacutetima Barros por todo o apoio

demonstrado

A todos que responderam agraves minhas entrevistas em especial ao Professor Julio

Diaz Cerdaz

Um muito obrigado

5

RESUMEN (ESPANtildeOL)

La gestioacuten de una organizacioacuten con o sin aacutenimo de lucro representa un desafiacuteo

constante para quieacuten trabaja en ella Todo debe ser planificado y ejecutado de acuerdo

con los objetivos y competencias de cada servicio y sector El mareting debe estar

presente pues todo debe ser hecho para responder de forma eficiente y eficaz a las

necesidades tangibles e intangibles de los diferentes segmentos Soacutelo asiacute las empresas

pueden posicionarse en el mercado y se distinguen de la competencia

Partiendo de estas premisas de la contrastacioacuten de la bibliografiacutea existende

sobre marketing ademaacutes de nuestra experiencia profesional como archivera y

responsable del Servicio Educativo Extensioacuten Cultural del Archivo Regional de

Madeira y del anaacutelisis de las pesquisas efectuadas en los archivos de los diferentes

municipios de Portugal hay que destacar la importancia y necesidad de teorizar y

transpolar todos estos conceptos al aacutembito de los archivos puacuteblicos Esto es en el

contexto actual la supervivencia de estos sistemas de informacioacuten impusados por esta

sociedad de la informacioacuten y del conocimiento habraacute de pasar por el incremento de las

herramientas de marketing en el queacer diario como forma de imposicioacuten y

valorizacioacuten el amplio capital de informacioacuten que administramos en contra de la idea

popular de que son locales inacesibles frecuentados apenas por investigadores eruditos

y estudiantes Con la finalidad de poder alcanzar la transformacioacuten cualitativa deseada

habraacute que pasar tambieacuten por una planificacioacuten de todas y cada una de las actividades

para alcanzar la excelencia de los servicios bienes y productos de forma responsable y

respondiendo anticipadamente a los deseos y voluntades del cliente objetivo De este

modo a lo largo de este trabajo de investigacioacuten se ha ido analizando todo el completo

aacutembito de las estrategias de marketing al mismo tiempo que hemos ido sugiriendo

propuestas y formas de uso de las mismas en lo que se refiere a marketing interno e-

marketing marketing editorial marketing de informacioacuten marketing mix plano

estrateacutegico etc y siempre que ha sido posible acompantildeadas de ejemplos de buenas

praacutecticas y de entrevistas efectuadas en archivos puacuteblicos nacionales y extranjeros asi

como de la descripcioacuten de la implementacioacuten de un servicio educativo y cultural en este

caso concreto del Archivo Regional de Madeira ( Funchal)

Con los resultados de esta investigacioacuten deseariacuteamos contribuir al cambio de

pensamiento acerca de la organizacioacuten de los servicios prestados por los archivos

puacuteblicos de cara al usuario y respecto a su acercamiento a los mismos involucrando a

6

todos sus (clientes internos) y posibilitando a sus consumidores (clientes externos) una

nueva forma de ejercicio de ciudadania

7

RESUMO (PORTUGUEcircS)

A gestatildeo de uma organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem trabalhada nela Tudo tem de ser planeado e executado de acordo

com a matriz de objectivos e matriz de competecircncia de cada serviccedilo sector O

marketing tem de estar presente pois tudo eacute feito para responder de forma eficiente e

eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos diferentes segmentos Soacute assim as

empresas se posicionam no mercado e se distinguem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing da

nossa experiecircncia profissional como arquivista responsaacutevel pelo Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira da anaacutelise dos inqueacuteritos

efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal sobressaiu a importacircncia de reflectir e

teorizar sobre a transposiccedilatildeo destes conceitos aos Arquivos Puacuteblicos Isto eacute no contexto

actual a sobrevivecircncia destes Sistemas de Informaccedilatildeo impulsionados pela Sociedade

da Informaccedilatildeo e do Conhecimento passaraacute pelo incremento das ferramentas do

marketing no seu quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital

de informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando a ideia de serem locais inacessiacuteveis

frequentado apenas por investigadores eruditos e estudantes Para que se possa operar a

transformaccedilatildeo qualitativa desejada haacute tambeacutem que apostar na planificaccedilatildeo de todas as

actividades para atingir a excelecircncia dos serviccedilos bens produtos de forma a responder

antecipadamente aos desejos e vontades do cliente-indiviacuteduo Daiacute sugerirmos ao longo

do trabalho propostas e formas de utilizaccedilatildeo do marketing interno do e-marketing do

marketing editorial do marketing de informaccedilatildeo do marketing mix e do plano

estrateacutegico sempre que possiacutevel acompanhados de exemplos de boas praacuteticas e de

entrevistas efectuadas em arquivos puacuteblicos nacionais e estrangeiros bem como a

descriccedilatildeo da implementaccedilatildeo de um serviccedilo educativo e cultural no Arquivo Regional da

Madeira Funchal como estudo de caso

Do resultado desta investigaccedilatildeo gostariacuteamos de sentir que contribuiacutemos para

uma mudanccedila do pensamento na forma de organizaccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelos

Arquivos Puacuteblicos envolvendo todos os colaboradores (clientes internos)

possibilitando aos seus consumidores (clientes externos) uma nova forma de exerciacutecio

da cidadania

8

SUMAacuteRIO

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO 1

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo 10 1 2 Objecto de estudo 14 13 Metodologia Utilizada 15 14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas 17

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS ASSOCIADOS 20

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual 20 211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia 23

22 Conceito de marketing 25

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos 33 231 Outros compostos do marketing mix 43

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado 46

25 Plano Estrateacutegico de Marketing 49 251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing 50

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS UNIDADES DE

INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO 57

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS 73

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos 76 411 Mercado Interno 76

412 Mercado Externo 80 43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos 87

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e estatildeo

dispostos a adquirir 87 432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este produtoserviccedilo

98 433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o produtoserviccedilo

100

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo 101

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos 128 45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo 141

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO CULTURAL

DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA 144

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira 144 511 Principais fundos 147 512 Outros Serviccedilos do ARM 148

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos 148 5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental 149 5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees 149

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro 150 5124 Serviccedilo de Biblioteconomia 151 5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica 151

5125 Outros Serviccedilos 151 52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM 151

9

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo 156 531 Actividades pedagoacutegicas e culturais 160 532 Ediccedilotildees de Fontes 181

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada 184 534 Gestatildeo da loja 186 534 Siacutetio Web 189 534 Wisi ndash Intranet 191 535 Acolhimento 193

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO 195

BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INFORMACcedilAtildeO 199

Fontes de Referecircncia 199 Instrumentos de trabalho 207

Documentaccedilatildeo geral 213 Legislaccedilatildeo normas e sites consultadas 214

LISTA DE ABREVIATURAS 217

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS 218

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da Direcccedilatildeo-

Geral de Arquivos 223 Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web Design

Web amp Multimedia Navega Bem 227

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto 231 Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 234

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora236 Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel 240 Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a

Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha

256

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) 260 Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira 263

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo 270 Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico 277 Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas 279

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais 281 Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira 283 Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira

285 Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

290 Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio 293

10

CAPIacuteTULO I - INTRODUCcedilAtildeO

11 Apresentaccedilatildeo do tema e justificaccedilatildeo

As unidades de informaccedilatildeo devem atender agraves necessidades emergentes da

Sociedade da Informaccedilatildeo As forccedilas da globalizaccedilatildeo e o despontar das novas

tecnologias estimulam as empresas a desenvolverem um conjunto de competecircncias

nesta aacuterea Este tipo de vivecircncia origina um novo tipo de cultura em que as pessoas satildeo

mais exigentes e sensiacuteveis face agrave qualidade de um produto de um serviccedilo ou mesmo agrave

qualidade de ensino e de vida Agraves organizaccedilotildees por sua vez exige-se flexibilidade

qualitativa e quantitativa de modo a que se adaptem agraves constantes mutaccedilotildees do

ambiente Para sua adaptaccedilatildeo torna-se urgente que as bibliotecas os centros de

documentaccedilatildeo e os arquivos ndash unidades de informaccedilatildeo ndash apliquem as teacutecnicas

mercadoloacutegicas de forma a conheceremidentificarem os diferentes segmentos onde

actuam Haacute que atender a todas as suas necessidades e demandas a partir do

cliente-indiviacuteduo razatildeo da existecircncia destes serviccedilos

Partindo destes pressupostos compete a estas Instituiccedilotildees divulgar o patrimoacutenio

documental que pertencem ao cidadatildeo e servem a populaccedilatildeo e constituem um

importante segmento do nosso patrimoacutenio cultural

Esta perspectiva de aproximaccedilatildeo ao utilizador leva-nos a propor como tema de

doutoramento a utilizaccedilatildeo do marketing nos Arquivos Puacuteblicos definidos como locais

que guardam a documentaccedilatildeo produzida laquopor uma pessoa de direito puacuteblicoraquo e

laquopropriedade de uma pessoa de direito puacuteblicoraquo1 e que satildeo mantidos pela

laquoadministraccedilatildeo federal ou central de um paiacutes identificado como o principal agente da

poliacutetica arquiviacutestica em seu acircmbitoraquo2 e ou mantidos pela laquoadministraccedilatildeo municipal

identificado como o principal agente da poliacutetica arquiviacutestica nesse acircmbitoraquo3

Deste grupo de arquivos a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos (DGARQ) entidade

coordenadora do sistema de arquivos portugueses considera que os Arquivos Puacuteblicos

se dividem em arquivos de acircmbito nacional regional e municipal4

1 Arquivos Puacuteblicos ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Dicionaacuterio de Terminologia

Arquiviacutestica Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro Lisboa 1993 ISBN 972-565-164-4 p10 2 Idem

3 Arquivos Puacuteblicos Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf 4 De acordo com o Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo as suas atribuiccedilotildees satildeo laquosalvaguarda do

patrimoacutenio arquiviacutestico e patrimoacutenio fotograacutefico bem como de valorizaccedilatildeo da missatildeo dos arquivos como

11

No primeiro caso fazem parte o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o

Centro de Fotografia Portuguecircs

Os arquivos de acircmbito regional satildeo dezasseis5

a) Arquivo distrital de Aveiro

b) Arquivo distrital de Beja

c) Arquivo distrital de Braganccedila

d) Arquivo distrital de Castelo Branco

e) Arquivo distrital de Eacutevora

f) Arquivo distrital de Faro

g) Arquivo distrital da Guarda

h) Arquivo distrital de Leiria

i) Arquivo distrital de Lisboa

j) Arquivo distrital de Portalegre

l) Arquivo distrital do Porto

m) Arquivo distrital de Santareacutem

n) Arquivo distrital de Setuacutebal

o) Arquivo distrital de Viana do Castelo

p) Arquivo distrital de Vila Real

q) Arquivo distrital de Viseu

O Arquivo Regional da Madeira6 e a Biblioteca Puacuteblica e Arquivo Regional de

Angra do Heroiacutesmo7 satildeo tambeacutem puacuteblicos mas por serem arquivos das regiotildees

autoacutenomas da Madeira e dos Accedilores natildeo fazem parte da rede de arquivos regionais

No que concerne a arquivos municipais cerca de trezentos no nosso paiacutes8

resultam das laquoactividades administrativas de um municiacutepioraquo eou laquoeacute responsaacutevel pela

aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos arquivos municipaisraquo9 A gestatildeo destes

arquivos eacute autoacutenoma mas obedecem aos princiacutepios da proveniecircncia e de ordem natural

bem como agraves regras de descriccedilatildeo para implementar instrumentos de trabalho como

repositoacuterio da memoacuteria colectiva sendo assim a entidade coordenadora do sistema nacional de arquivos

independentemente da forma e suporte de registoraquo Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa 5 Artigo 1ordm aliacutenea 2 do Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo I Seacuterie Ministeacuterio da Cultura Lisboa

p 1914 e 1916 6 Para saber mais sobre este arquivo vide wwwarquivo-madeiraorg

7 No caso dos Accedilores consulte o site wwwbparahazoresgovpthtml

8 Para saber mais sobre os municiacutepios portugueses consulte o site wwwanmppt

9 Arquivos Municipais ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p9

12

planos de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo e relatoacuterios de massa

documental acumulada por exemplo

Outros factores explicam este estudo O facto de ser arquivista e responsaacutevel pelo

Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional Madeira (SEEC) que nos

permite ter contacto diaacuterio com todos os tipos de nichos e querer melhorar a qualidade

dos serviccedilos prestados e por outro lado por em princiacutepio se tratar da primeira

tentativa em Portugal de concretizaccedilatildeo de um projecto deste geacutenero Por isso a

elaboraccedilatildeo deste trabalho constitui logo agrave partida uma aventura Podemos mesmo

afirmar que haacute ainda pouca consciecircncia sobre a aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos

nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo Basta dizer que em termos de bibliografia nacional10

soacute

conseguimos encontrar dois trabalhos que abordam estas questotildees mas voltados para

bibliotecas uma tese de mestrado de Maria Leonor Cardoso Seacutergio Pinto apresentada

em 2006 na Universidade de Eacutevora denominado de laquoMarketing nas Bibliotecas

Puacuteblicas Portuguesasraquo e um artigo de Antoacutenio M Saacute Santos apresentado no 9ordm

Congresso da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas (APBAD)

realizado em 2007 nos Accedilores intitulado laquoComo atingir os nossos utilizadores o

marketing directo nas bibliotecas e serviccedilos de documentaccedilatildeoraquo Encontramos

igualmente artigos cientiacuteficos que abordam a importacircncia do estudo dos utilizadores e

dos serviccedilos prestados nos serviccedilos de referecircncia mas natildeo fazem qualquer alusatildeo

directa agrave aplicaccedilatildeo da ferramenta de marketing

Por consulta do programa de formaccedilatildeo da Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas ndash httpwwwapbadptFormacaoformacaohtm e por

frequecircncia em algumas acccedilotildees de formaccedilatildeo11

podemos dizer que este organismo revela

jaacute uma preocupaccedilatildeo sobre a aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo ao

apostar presentemente em alguma formaccedilatildeo nesta aacuterea

10

Realizada pesquisa no cataacutelogo bibliograacutefico na Biblioteca Puacuteblica de Portugal e na Biblioteca Puacuteblica

Regional o resultado revelou-se infrutiacutefero Solicitada informaccedilatildeo agrave Associaccedilatildeo de Profissionais de

Marketing em Portugal quer por correio electroacutenico quer por telefone tambeacutem natildeo obtivemos qualquer

resposta Tambeacutem o director da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Dr Silvestre Lacerda em entrevista nos

confirmou que natildeo conhecia qualquer trabalho do geacutenero realizado no nosso paiacutes 11

As formaccedilotildees frequentadas foram laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em bibliotecas e arquivos ndash

moacutedulo organizaccedilatildeo montagem e avaliaccedilatildeo de exposiccedilotildeesraquo e laquoPreparaccedilatildeo de eventos culturais em

bibliotecas e arquivos ndash moacutedulo marketing cultural imagem e identidade de uma instituiccedilatildeo culturalraquo

em 2004 e laquoSer e Aparecer eis a questatildeo marketing Comunicaccedilatildeo e Relaccedilotildees Puacuteblicas em Bibliotecasraquo

em 2006

13

Por outro lado a leccionaccedilatildeo da poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais

variante de Arquivo em Portugal jaacute denota uma preocupaccedilatildeo na abordagem desta

mateacuteria12

A niacutevel mundial o panorama sobre o estudo de marketing em arquivos revela

tambeacutem um certo marasmo e embora em Espanha exista um trabalho de investigaccedilatildeo

na aacuterea13

o nuacutemero de artigos cientiacuteficos encontrados satildeo em nuacutemero reduzido e de

diversas origens (figura nordm 1)

Autores Origem Ano Tiacutetulo

Jean-Yves

Rousseau Canadaacute 1982 Le marketing des archives agrave lUniversiteacute de

Montreacuteal Mireille

Miniggio Canadaacute 1989 Le marketing au service de larchivistique le cas de

projet de normalisation au niveau du fonds

darchives Pierre de

Longuemar Franccedila 1993 Faut-Il Exploiter Des Archives Bancaires Pour Le

Marketing Deux Colloques Sur les Archives

Historiques Des Banques Max Evans EUA 1998 Archives of the people by the people for the

people Daniel Corzo Peruacute 2001 La aplicacioacuten del marqueting en la archiviacutestica poacuter

que como y para queacute Elizabeth

Hallam Smith Inglaterra 2003 Customer Focus and Marketing in Archive Service

Delivery theory and practice 1

Geoffrey

Lecturer Yeo Inglaterra 2005 Understanding Users and Use a Market

segmentation approach

Vanderlei

Batista dos

Santos

Brasil 2007 Una propuesta de marketing para un archivo

institucional

Figura n ordm 1

Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Fonte Sofia Santos

Perante a escassez dos suportes teoacutericos e ainda natildeo satisfeitos encetamos

contacto com a American Marketing Association e com a Society of American

Archivists as quais afirmaram desconhecer a existecircncia de trabalhos deste geacutenero14

Mesmo a consulta da revista laquoAchivariusraquo de origem canadiana revelou-se infrutiacutefera

12

Foi leccionado na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Documentais na Universidade da Madeira no ano

lectivo de 20062007 a cadeira laquoComunicaccedilatildeo da Informaccedilatildeoraquo em que noacutes jaacute abordamos a necessidade

de aplicar este tema nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo O mesmo curso ministrado na Universidade Lusoacutefona

Universidade Autoacutenoma de Lisboa Universidade Lusoacutefona e a Universidade Portucalense tambeacutem jaacute

abordam este tema 13

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Magraverquetin y Archivos Ediciones Trea SL Asturias 2006 Depoacutesito

Legal As 497-2006 ISBN 84-9704-218-2 14

Gonzalez Lee [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem An information for a PHD Dezembro de 2008

14

De troca de e-mials com Reacutejean SAVARD autor da obra de referecircncia laquoPrincipes

directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et

archivistesraquo referiu que natildeo existem muitas dissertaccedilotildees sobre este tema15

Apesar da situaccedilatildeo descrita decidimos optar por esta investigaccedilatildeo tentando

contribuir para um conhecimento mais rigoroso desta nova aacuterea do saber

1 2 Objecto de estudo

Uma vez expostas as razotildees da escolha do tema importa agora delimitar o seu

campo de estudo

Tal como jaacute afirmamos o nosso objecto desta dissertaccedilatildeo eacute a utilizaccedilatildeo dos

conceitos mercadoloacutegicos pelos Arquivos Puacuteblicos Para explicaccedilatildeo dos fundamentos

teoacutericos dividimos o estudo em trecircs partes

A primeira parte corresponde agrave compreensatildeo de diversos conceitos que estatildeo

associados ao marketing sua evoluccedilatildeo histoacuterica definiccedilatildeo e conceitos que lhe estatildeo

associados como o composto do marketing mix segmentaccedilatildeo de mercado e plano

estrateacutegico de marketing aspectos primordiais para se perceber o seu modo de

funcionamento

Como o objecto central satildeo os arquivos considera-se importante numa segunda

parte efectuar um enquadramento do marketing dentro das organizaccedilotildees sem fins

lucrativos Nesse sentido far-se-aacute uma apresentaccedilatildeo em simultacircneo com outras unidades

de informaccedilatildeo ndash bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo ndash no qual tentamos responder agraves

seguintes questotildees

a) Que problemas inerentes estatildeo na aplicaccedilatildeo do marketing nas unidades de

informaccedilatildeo

b) Haacute resistecircncia agrave sua aplicaccedilatildeoadopccedilatildeo

c) Qual dos compostos de marketing eacute o mais reconhecidoutilizado por estes

organismos

d) Quais satildeo as propostas que os bibliotecaacuterios e documentalistas propotildeem para

a mudanccedila da visatildeo da aplicaccedilatildeo do marketing

15

SAVARD Reacutejean [on-line] Disponiacutevel na Internet via correio electroacutenicosofiacbsantosgmailcom

Mensagem One question from PortugalDezembro de 2010

15

Para responder a estas e outras questotildees baseamo-nos nas leituras de publicaccedilotildees

americanas australianas brasileiras espanholas francesas inglesas peruanas e

portuguesas e que se debruccedilam sobre este tema

Numa terceira fase procuramos saber como se poderia aplicar nos arquivos

puacuteblicos

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que oferecem os arquivos aos utilizadoresclientesconsumidores para

satisfazerem as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em arquivos puacuteblicos

Seraacute que o marketing aplica-se nos Arquivos Distritais portugueses

Estes satildeo os problemas levantados e ao mesmo tempo que respondemos a esta

problemaacutetica apresentamos propostas para os arquivos melhorarem os seus serviccedilos

Como complemento deste capiacutetulo associamos entrevistas realizadas a arquivos

instituiccedilotildees culturais empresa de Web design e uma editora bem como a apresentaccedilatildeo

da anaacutelise dos resultados dos inqueacuteritos aplicados a arquivos distritais de Portugal

A uacuteltima parte da tese descreve o caso de aplicaccedilatildeo das estrateacutegias de marketing

no Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

13 Metodologia Utilizada

No desenvolvimento do estudo que agora se apresenta a componente

metodoloacutegica seguida nas vaacuterias fases da investigaccedilatildeo eacute o meacutetodo qualitativo As suas

principais caracteriacutesticas segundo BOGDAN e BIKLEN eacute a riqueza dos pormenores

descritos relativamente a pessoas locais e conversas16

Ainda nos dizem que

laquoos indiviacuteduos que fazem investigaccedilatildeo qualitativa possam vir a

seleccionar questotildees especiacuteficas agrave medida que recolhem os dados a

abordagem agrave investigaccedilatildeo natildeo eacute feita com o objectivo de responder a

questotildees preacutevias ou de testar hipoacuteteses Privilegiam essencialmente a

16

BOGDAN e BIKLEN - Investigaccedilatildeo Qualitativa em Educaccedilatildeo Uma introduccedilatildeo agrave teoria e aos

meacutetodos Porto Editora Porto 1994 ISBN 972-0-34112-2 p 16

16

compreensatildeo dos comportamentos a partir da perspectiva dos sujeitos da

investigaccedilatildeo (hellip) recolhem normalmente os dados em funccedilatildeo de um

contacto aprofundado com os indiviacuteduos nos seus contextos ecoloacutegicos e

naturaisraquo 17

A partir das leituras efectuadas na obra dos autores supracitados ndash laquoInvestigaccedilatildeo

Qualitativa em Educaccedilatildeo Introduccedilatildeo agrave teoria e aos meacutetodosraquo o nosso objecto de estudo

segue quatro linhas orientadoras

1 A fonte directa de dados eacute sempre o laquoambiente naturalraquo18

sendo um

investigador o instrumento principal Ou seja os proponentes introduzem-se no

espaccedilo de estudo (uma famiacutelia uma escola uma comunidade ou outro local)

recolhendo dados que depois revecircem Entende-se que os acontecimentos satildeo

compreendidos mais eficazmente quando observados no contexto onde ocorrem

No caso do SEEC do Arquivo Regional da Madeira a aproximaccedilatildeo aos sujeitos

e o conhecimento do seu quotidiano concretizou-se com facilidade uma vez que

fizemos parte da sua organizaccedilatildeo criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de iniciativas A

observaccedilatildeo organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo nas actividades desenvolvidas

privilegiaram um melhor entendimento do contexto envolvente Nesse sentido o

nosso objecto de estudo resulta de observaccedilatildeo directa

2 A investigaccedilatildeo qualitativa eacute descritiva histoacuterica e indutiva Os dados

recolhidos traduzem-se em palavras imagens e nunca em nuacutemeros Os

resultados incluem citaccedilotildees com base nas fontes consultadas fotografias

documentos pessoais ou registos oficiais Durante a fundamentaccedilatildeo teoacuterica do

Capiacutetulo II ao Capiacutetulo IV recorremos a documentaccedilatildeo geneacuterica e agrave nossa

experiecircncia profissional Daiacute afirmarmos que a componente epistemoloacutegica

tambeacutem estaacute presente

3 Os investigadores qualitativos natildeo pretendem confirmar hipoacuteteses construiacutedas

previamente mas elaborar uma teoria de acordo com a informaccedilatildeo recolhida

Nunca presumem que sabem o suficiente antes de comeccedilar a investigaccedilatildeo No

iniacutecio a recolha e anaacutelise dos dados pressupotildee muacuteltiplas opccedilotildees que partem do

17

BOGDAN e BIKLEN ndash Ob cit 18

Idem

17

geral (noccedilotildees geneacutericas sobre o marketing e os conceitos que lhe estatildeo

associados) ateacute ao particular (apresentaccedilatildeo do caso de estudo) e conclusatildeo

recomendaccedilotildees

4 O significado eacute fulcral na abordagem qualitativa Os investigadores que

seguem esse meacutetodo preocupam-se com as opiniotildees de todos os intervenientes

na sua dinacircmica interna Com esse objectivo em mente procuram um registo tatildeo

rigoroso quanto possiacutevel

A transcriccedilatildeo das entrevistas efectuadas a uma empresa de Web Design ndash Web

amp Multimedia Navega Bem a uma instituiccedilatildeo cultural ndash Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian atraveacutes do Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo a Arquivos ndash Arquivo

Municipal de Penafiel Centro de Fotografia Portuguecircs Arquivo Regional da Madeira

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha inqueacuteritos efectuados

aos arquivos distritais de Portugal e a uma editora ndash Editora Sextante aleacutem de

contribuiacuterem para o enriquecimento do trabalho contribuem ainda para testemunhar

exemplos de boas praacuteticas da utilizaccedilatildeo do marketing em diferentes aacutereas do saber

Estamos perante uma quinta linha orientadora do nosso trabalho a metodologia

quantitativa

14 Fontes de informaccedilatildeo utilizadas

A recolha da informaccedilatildeo necessaacuteria ao desenvolvimento deste estudo

processou-se em diversas etapas e teve como suporte diferentes fontes de informaccedilatildeo

Os dados de natureza histoacuterica relativos agrave evoluccedilatildeo do marketing bem como os

conceitos que lhe estatildeo associados foram compilados a partir de fontes bibliograacuteficas

(monografias e revistas) A instituiccedilatildeo onde efectuaacutemos a grande maioria das pesquisas

de tipo bibliograacutefico foi a Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e apesar de ser

abrangida pela lei do depoacutesito legal verificamos algumas lacunas relativas a

publicaccedilotildees de referecircncia Mediante esta situaccedilatildeo tivemos de recorrer ao empreacutestimo

inter-bibliotecaacuterio As obras solicitadas na sua maioria da autoria de Philip KOTLER

satildeo ediccedilotildees e traduccedilotildees brasileiras laquoMarketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o

lucroraquo laquoMarketingraquo laquoMarketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa

saberraquo e laquoMarketing para o seacuteculo XXIraquo satildeo alguns desses exemplos Do mesmo autor

18

foram ainda consultadas os laquoPrinciacutepios do marketingraquo laquoMarketing para serviccedilos

profissionaisraquo e laquoMarketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionaisraquo com co-autoria

de respectivamente Gary ARMSTRONG Paul N BLOOM e Karen FOX

A niacutevel de produccedilatildeo nacional foi consultado o livro laquoTeoria e praacutetica do

Marketing Mercator 2000raquo de Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim

RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA ndash Dicionaacuterio

de Marketing e em ficheiro electroacutenico a laquoRevista Portuguesa de Marketing On-lineraquo

Relativamente agrave informaccedilatildeo especiacutefica sobre estudos nas unidades de

informaccedilatildeo ela foi recolhida a niacutevel nacional pelos artigos publicados pela APBAD e

nas actas das jornadas laquoO Renascer da Informaccedilatildeo - os novos edifiacutecios de Arquivosraquo e

laquoServiccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecasraquo datadas de 2003 e 2006 A niacutevel

arquiviacutestico foram consultados artigos de Fernanda RIBEIRO portuguesa doutorada em

arquiviacutestica e o laquoDicionaacuterio de terminologia arquiviacutesticaraquo de Ivone ALVES Margarida

RAMOS entre outros

Uma vez esgotadas estas fontes tivemos de recorrer a bibliografia de natureza

teoacuterica e teacutecnica a niacutevel internacional

Consultaacutemos inuacutemeros artigos publicados pela International Federation of

Library Associations and Institutions (IFLA) e da Australian Librarian and

Information Assocation (ALIA) e artigos publicados no Brasil na sua maioria da

autoria de Sueacuteli Angeacutelica AMARAL doutorada em Ciecircncias da Informaccedilatildeo na vertente

de Bibliotecas Outras fontes utilizadas foram as actas dos congressos do Conselho

Internacional de Arquivos (CIA) e publicaccedilotildees da Unesco como a obra de Reacutejean

Savard laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistesraquo e artigos publicados pelo laquoJournal of Society of

Archivesraquo Foram ainda consultadas as ediccedilotildees de Ramoacuten Alberch i Fugueras Lurdes

Boix Llonch Nataacutelia Navarro Sastre e Susanna Vela Palomares laquoArchivos y cultura

manual de dinamizacioacuten e Antoni Tarreacutes ROSELL laquoMagraverquetin y Archivosraquo de origem

brasileira foi consultada laquoMarketing Cultural e Financiamento da Culturaraquo de Ana Carla

Fonseca REIS e laquoMarketing Cultural comunicaccedilatildeo dirigidaraquo de Roberto Muylaert

Como complemento destas informaccedilotildees foram ainda solicitados artigos na

Biblioteca del CIDA Centro de Informacioacuten Documental de Archivos Madrid e na

Universidade de Montreal Canadaacute sobre experiecircncias de marketing em arquivos

universitaacuterios e bancaacuterios

19

Natildeo queremos deixar de fazer referecircncia a outras bibliotecas espanholas (como a

Universidad Complutense e a Universidad de Alcalaacute de Henares e de outras como a

Universidad de Granada Muacutercia y Carlos III ndash de grande apoio e orientaccedilatildeo) e das

obras de Eileen Elliott de Saez laquoMarketing concepts for libraries and information

servicesraquo laquoMarketin decircs bibliotheacuteques et decircs centres de documentationraquo de Jean-

Michel SALAUumlN e laquoMarketing Library and Information Services International

Perspectivesraquo de Christie KOONTZ Angels MASSISIMO e Reacutejean SAVARD

Foram ainda consultadas exemplos de boas praacuteticas em museus como a obra

laquoEstrategias y marketing de museosraquo de Neil KOTLER e Philip KOTLER laquoEl turismo

cultural los museos y su planificacioacutenraquo de Manuel RAMOS LIZANA laquoLa

comunicacioacuten global del patrimoacutenio culturalraquo coordenado por Santos M MATEOS

RUSILLO entre outros

No caso de estudo de caso que seraacute apresentado no capiacutetulo V baseamo-nos em

informaccedilotildees internas circulares relatoacuterios e experiecircncia profissional

Quanto agraves referecircncias bibliograacuteficas seguimos a Norma Portuguesa 405-1 405-

2 405-3 e 405-4

As ediccedilotildees de referecircncia e a bibliografia utilizadas nesta dissertaccedilatildeo satildeo

mencionadas no final da mesma

20

CAPIacuteTULO II - MARKETING HISTOacuteRIA DEFINICcedilAtildeO E CONCEITOS

ASSOCIADOS

O presente estudo pretende contribuir para uma melhor compreensatildeo da filosofia

do marketing aplicado especificamente em organismos que natildeo visam o lucro como o

caso dos Arquivos Puacuteblicos Sob este prisma entendemos que eacute necessaacuterio efectuar uma

contextualizaccedilatildeo da histoacuteria do marketing seguido pela clarificaccedilatildeo do seu conceito e

explicaccedilatildeo de algumas ideias baacutesicas indissociaacuteveis do seu entendimento como o

composto de marketing segmentaccedilatildeo e posicionamento de mercado e plano estrateacutegico

de marketing

21 Para a arqueologia do marketing da produccedilatildeo em massa para a satisfaccedilatildeo

individual

Segundo vaacuterios autores o conceito de marketing existe desde que os homens

tiveram necessidade de vender o que produziam mas o seu verdadeiro impulso deu-se

com o advento da Revoluccedilatildeo Industrial no seacuteculo XIX

Esta eacutepoca designada de laquoera da produccedilatildeoraquo19

caracteriza-se pela produccedilatildeo em

massa de bens de primeira necessidade ao menor custo ndash como alimentaccedilatildeo vestuaacuterio e

utensiacutelios ndash e pela produccedilatildeo estandardizada passando a oferta a ser maior que a

procura Antes disso tudo que se produzia era vendido havendo pouca oferta e pouca

concorrecircncia

Com o avanccedilo das tecnologias e das produccedilotildees em seacuterie esta situaccedilatildeo muda

especialmente entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial20

que eacute caracterizada como

a laquoeacutepoca da abundacircnciaraquo21

ou a laquoera das vendasraquo22

A venda passa a ser o principal objectivo dos gestores das empresas que

comeccedilam a teorizar sobre as necessidades dos consumidores e sobre como cativaacute-los O

recurso agrave publicidade ndash em reclamos jornais paredes das cidades e ecratildes de cinema ndash

19

REIS Ana Carla Fonseca - Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira Satildeo

Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p19 20

Eacute precisamente entre as duas guerras mais concretamente em 1925 que em Portugal eacute fundada a

primeira agecircncia de publicidade a Empresa Central de Publicidade (McCann-Erickson) 21

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p26 22

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit

21

comeccedila a ser uma constante porque as empresas acreditam que o consumidor adquire o

que lhes eacute imposto pelo mercado

Com o fim da Segunda Guerra Mundial daacute-se a laquoera do marketingraquo23

e laquoo

consumidor eacute reiraquo24

Agora o objectivo dos fabricantes surge da resposta dada agrave

laquopercepccedilatildeo dos desejos e necessidades do seu puacuteblicoraquo25

no mercado

Natildeo eacute entatildeo de estranhar que o departamento de marketing passe a ocupar um

lugar de destaque nas direcccedilotildees a par do serviccedilo de financcedilas contabilidade e recursos

humanos

Eacute tambeacutem nesta era mais concretamente no ano de 1967 que Portugal utiliza

pela primeira vez o conceito formal do marketing com a criaccedilatildeo da APPM ndash Associaccedilatildeo

Portuguesa dos Profissionais de Marketing sob a designaccedilatildeo de Sociedade Portuguesa

de Comercializaccedilatildeo eacute efectuado o primeiro estudo de mercado e surge a primeira

licenciatura em Gestatildeo de Empresas (no Instituto Superior de Ciecircncias do Trabalho e da

Empresa e no Instituto Superior de Economia e Gestatildeo)

Apesar da mudanccedila da visatildeo das empresas o meio empresarial portuguecircs

continuava a caracterizar-se pela ausecircncia de grupos nacionais fortes e pela

preponderacircncia de pequenas e meacutedias empresas

Nos anos 70 a contribuiccedilatildeo do marketing no meio empresarial eacute tatildeo notoacuteria que

passa rapidamente a ser adoptado noutros sectores da actividade humana Entidades

religiosas governos organizaccedilotildees civis e partidos poliacuteticos passam a utilizar estrateacutegias

de marketing adaptando-as agraves suas realidades e necessidades

Na deacutecada de 90 surge a chamada laquoera do marketing de relacionamentoraquo ou do

CRM ndash Customer Relationship Management26

Sob a influecircncia dos avanccedilos

tecnoloacutegicos ndash como eacute o caso do comeacutercio electroacutenico que possibilita novas formas de

pagamento e de distribuiccedilatildeo de produtos ndash as organizaccedilotildees passam a ter no cliente o

motor da sua sobrevivecircncia Responder de forma satisfatoacuteria individualizada e

personalizada eacute hoje a base de todas as poliacuteticas de marketing nas organizaccedilotildees que

pretendem sobreviver na sociedade mercadoloacutegica Estamos perante a passagem de uma

visatildeo tradicionalista dos organismos que centravam a sua actuaccedilatildeo nos fornecedores de

23

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p20 24

Idem 25

Ibidem 26

FINGER Andrew Beheregarai CASTRO Gardeacutenia de COSTA Mariacutelia Damiani ndash Gestatildeo de

Bibliotecas Universitaacuterias com a implementaccedilatildeo do Customer Relationship Management (CRM) In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6p 47

22

capitais e mateacuterias-primas nos concorrentes e soacute depois nos consumidores (imagem da

esquerda) para uma empresa moderna centrada na satisfaccedilatildeo dos clientes (imagem da

direita) (figura nordm 2)

Figura nordm 2

Empresa com visatildeo comercial Empresa com visatildeo de marketing

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400 p28

No caso portuguecircs impulsionados pela integraccedilatildeo do paiacutes na Comunidade

Econoacutemica Europeia ndash actual Uniatildeo Europeia ndash as empresas e as entidades puacuteblicas

sofrem uma reestruturaccedilatildeo interna e beneficiados pelas estrateacutegias de marketing vecircem

aumentar os seus niacuteveis de produtividade e de qualificaccedilatildeo dos recursos humanos

laquoSatildeo criadas nesta deacutecada vaacuterias associaccedilotildees sectoriais (APAN AMD

APCE)27

bem como os primeiros cursos de marketing a niacutevel superior

As revistas de negoacutecios (Marketing e Publicidade Distribuiccedilatildeo Hoje e

Exame) surgem como veiacuteculos de divulgaccedilatildeo das novas poliacuteticas de

gestatildeo e dinamizaccedilatildeo de actividade econoacutemica e socialraquo28

A laquoera do marketing digitalraquo29

proporcionada pela democratizaccedilatildeo da Internet

utilizaccedilatildeo dos telemoacuteveis comeacutercio electroacutenico endereccedilos electroacutenicos

viacutedeo-conferecircncia segmentaccedilatildeo da TV Cabo entre outras inovaccedilotildees define a filosofia

do marketing que nos caracteriza actualmente Torna-se imperativo que os mercados

saibam responder de forma ainda mais eficiente e eficaz agraves novas exigecircncias dos

27

Significado dos acroacutenimos referidos APAN Associaccedilatildeo Portuguesa de Anunciante AMD Associaccedilatildeo

Portuguesa de marketing Directo APCE Associaccedilatildeo Portuguesa de Comunicaccedilatildeo de Empresa 28

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit p48 29

Idemp31

23

consumidores que cada vez estatildeo mais exigentes e sedentos de novos produtos A

proacutepria publicidade tradicional tambeacutem sofre alteraccedilotildees com o surgimento do

webmarketing e do buzz marketing por exemplo

211 A histoacuteria do marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

Na histoacuteria do marketing haacute autores e obras marcantes que explicam a sua evoluccedilatildeo

atraveacutes de vaacuterias ediccedilotildees que marcam difrentes eacutepocas

No ano de 1750 Adam Smith economista publica o livro laquoA riqueza das naccedilotildeesraquo

em que defende que os produtores devem orientar a sua produccedilatildeo para os bens

pretendidos pelos consumidores pois este eacute o uacutenico modo de fazer funcionar

harmoniosamente o sistema econoacutemico

Na era da produccedilatildeo surgem os primeiros estudos sobre o marketing nos Estados

Unidos da Ameacuterica da autoria de Walter Scott e as leis de gravitaccedilatildeo de William J

Reilly que questionam as teorias do mercado

Entretanto foram publicadas nas deacutecadas de 20 e 30 do seacuteculo XX vaacuterias ediccedilotildees

sobre este tema ainda que de forma natildeo consciente sobre o conceito mercadoloacutegico

aplicado a bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo Eacute o caso do livro laquoThe Library and

the Communityraquo escrito por Joseph Wheeler em 1924 e da obra do bibliotecaacuterio inglecircs

Lionel McColvin intitulada laquoLibrary Extension Work and Publicityraquo SRRanganathan

escreve em 1931 as laquoFive Laws of Library Scienceraquo

1 Livros satildeo para usar

2 Cada leitor(a) tem direito a um livro

3 Cada livro eacute um leitor

4 Tenha tempo para o utilizador

5 A biblioteca eacute um organismo laquovivoraquo30

No mesmo ano Greta Renborg publica um artigo na laquoEncyclopedia of Library and

Information Scienceraquo sobre laquoLibrary Public Relationsraquo

Eacute tambeacutem durante este periacuteodo que a extensatildeo cultural das bibliotecas bem como o

trabalho de relaccedilotildees puacuteblicas comeccedila a ser desenvolvido Surgem igualmente outros

artigos de referecircncia como eacute o caso de laquoThe missing three quarterraquo da autoria de Fred

Grenn e laquoA Manual for the Librarian and Studentraquo de Harold Jolliffe Outros artigos

30

Os tiacutetulos dos capiacutetulos satildeo traduccedilatildeo nossa

24

foram publicados neste periacuteodo laquoLa Propaganda y el Servicio Publico de bibliotecas en

los Estados Unidosraquo e laquoThe Public Library in the United Statesraquo da autoria

respectivamente de Lasso de La Vega e de Bostwiickacutes31

Em 1957 eacute editado o primeiro livro que descreve o marketing como uma ferramenta

de trabalho para quem quer sobreviver no mercado laquoA Praacutetica da Administraccedilatildeoraquo de

Peter Ducker

Theodore Levitt no artigo laquoMiopia de Marketingraquo em 1960 revela uma seacuterie de

erros de percepccedilatildeo do mercado e mostra a importacircncia da satisfaccedilatildeo dos clientes

transformando para sempre o mundo dos negoacutecios O vender a qualquer custo deu lugar

agrave satisfaccedilatildeo garantida

O livro laquoAdministraccedilatildeo de Marketingraquo de Philip Kotler consolida as bases do

marketing Este autor em conjunto com Sidney L Levy publica no laquoJournal of

Marketingraquo um artigo que aborda pela primeira vez o marketing em organizaccedilotildees sem

fins lucrativos

Sobre a transposiccedilatildeo dos conceitos comerciais para Sistemas de Informaccedilatildeo e

Documentaccedilatildeo foi necessaacuterio esperar cerca de vinte anos para que surgissem novos

estudos sobre este tema Em Espanha destacam-se os artigos laquoEl planeamiento

bibliotecaacuterio Una experiencia aprovechable el maacuterquetinraquo e laquoMaacuterquetin para

bibliotecaacuteriosraquo de Escolar Sobrino publicados em 1970 no laquoBoletin de la ANABAraquo

Eacute neste periacuteodo mais concretamente em 1974 no 15ordm Congresso Internacional

da Mesa Redonda dos Arquivos realizada em Otava Canadaacute que os Arquivos Puacuteblicos

abordam pela primeira vez questotildees relacionadas com os serviccedilos de relaccedilotildees puacuteblicas

Em 1979 Kotler publica a primeira obra de referecircncia do geacutenero - laquoMarketing

para organizaccedilotildees que natildeo visam lucroraquo que ainda hoje eacute utilizada como obra de

referecircncia

Ainda nesta deacutecada a norte-americana Betty Rice escreve laquoPublic Relations for

Public Librariesraquo e o britacircnico KC Harrison publica laquoPublic Relations for Librariansraquo

Na mesma altura Allan Angoff edita uma comunicaccedilatildeo intitulada laquoPublic Relations for

Librariesraquo

31

Refira-se a tiacutetulo de curiosidade que Agravengels Massiacutessimo e Joseacute-Antonio Goacutemez-Hernaacutendez advogam

que estes textos satildeo a base do estudo do marketing em bibliotecas espanholas MASSIacuteSSIMO Agravengels e

GOacuteMEZ-HERNAacuteNDEZ Joseacute-Antonio ndash Library Marketing in Spain State -of-Art In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-598-11753-4p52

25

Ainda na era do marketing em 1982 Tom Peters e Bob Waterman publicam a

obra laquoEm busca da Excelecircnciaraquo na qual apresentam ao mundo a aplicaccedilatildeo das

estrateacutegias de marketing centradas no cliente

Em 1988 Reacutejean Savard publica laquoPrincipes directeurs pour lenseignement du

marketing aux bibliotheacutecaires documentalistes et archivistesraquo a primeira obra do

geacutenero que indica directrizes para o ensino do marketing nas Ciecircncias da Informaccedilatildeo

Na deacutecada de 90 surgem outros artigos que Florence MUET classifica como

sendo o ponto de partida do estudo do marketing em bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo em Franccedila32

Satildeo eles laquoMarketing decircs bibliothegraveques et decircs Centres de

documentationraquo de Jean-Michel Salaiin e laquoLe marketing decircs services dacute information

pour un usage de lacuteinformation documentaireraquo de Eric Sutter33

O nascimento do marketing de permissatildeo de Seth Godin a conceptualizaccedilatildeo do

marketing boca-a-boca por George Silverman e a explosatildeo do buzz marketing e do

marketing viral pelos autores Russell Goldsmith e Mark Hughes corresponde agrave eacutepoca

actual e que se designa de laquomarketing de relacionamentoraquo e laquomarketing da era digitalraquo

22 Conceito de marketing

De origem anglo-saxoacutenica o termo marketing deriva do latim mercare

(mercadoria) que significa acto de comercializar produtos Em termos etimoloacutegicos

marketing deriva da aglutinaccedilatildeo de market (mercado) + ing (movimento ou em acccedilatildeo)34

Por ser uma palavra nitidamente estrangeira a expressatildeo adoptada em portuguecircs foi o

termo laquomercadoloacutegicoraquo Sobre o seu significado e funccedilotildees tecircm sido descritos ao longo

dos tempos

laquo(hellip) como um grupo de atividades de negoacutecios como um fenoacutemeno de

comeacutercio como um estado de espiacuterito como uma funccedilatildeo coordenadora

integradora na definiccedilatildeo de poliacuteticas como um senso de propoacutesito dos

negoacutecios como um processo econoacutemico como uma estrutura das

instituiccedilotildees como um processo de troca ou transferecircncia da propriedade

de produtos como um processo de concentraccedilatildeo equalizaccedilatildeo e

32

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentacion Services in France A Difficult

Integration In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN 13- 978-3-

598-11753-4p85 33

Idem 34

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 19

26

dispersatildeo como a criaccedilatildeo do tempo lugar e posse de coisas uacuteteis como

um processo de ajustamento da demanda e da oferta e muitas outras

coisasraquo35

Por outro lado verifica-se que o conceito de marketing ainda estaacute erroneamente

associado a vendas e a um departamento de uma empresa36

Esta ideia eacute comprovada

por Philip KOTLER e Karen FOX quando em 1994 aplicaram um inqueacuterito a 300

directores de estabelecimentos de ensino sobre laquoO que significa o termo marketingraquo

Nesse estudo 31 dos inquiridos responderam que marketing resulta de uma

combinaccedilatildeo de trecircs elementos chaves propaganda vendas e relaccedilotildees puacuteblicas Para

28 esta disciplina resulta do conjunto de dois dos elementos referidos Para os

restantes directores ndash uma minoria ndash marketing representa o conjunto de algumas

actividades como a avaliaccedilatildeo de necessidades pesquisas de marketing

desenvolvimento de produtos poliacuteticas de preccedilos e de distribuiccedilatildeo37

Mas na realidade o que se entende por marketing

Marketing para Aniacutebal PIRES

laquo(hellip) eacute o conjunto de actividades de anaacutelise planeamento

implementaccedilatildeo e controlo de programas de acccedilotildees destinadas a criar e

manter relaccedilotildees de troca mutuamente vantajosas com mercados-alvo e

de modo a atingir os objectivos da empresaraquo38

Alexander HIAM acrescenta que marketing eacute tambeacutem o

laquoprocesso social e empresarial pelo qual os indiviacuteduos e grupos obtecircm o

que necessitam e desejam atraveacutes da troca de produtos e da criaccedilatildeo de

valor com outrosraquo39

Para Caetano ALVES e Siacutelvia BANDEIRA marketing eacute

35

KOLTER Philip ndash Marketing Ediccedilatildeo Compacta Atlas Satildeo Paulo 1980 ISBN 978-85-230-0952-6p

30 36

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p35 e 36 37

KOTLER Philip e FOX Karen F A ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas

Satildeo Paulo 1994 ISBN 8522411166p23 38

PIRES Lima ndash O que eacute Marketing Difusatildeo Cultural Lisboa 1994 ISBN 972-709-184-

916-19 p 23 39

HIAM Alexander ndash Ferramentas de decisatildeo para executivos marketing Biblioteca Executiv Digest

Abril Control Jornal Linda-a-Velha 1995 ISBN 972-611-357-1p 252

27

laquoum processo de gestatildeo que consiste na identificaccedilatildeo antecipaccedilatildeo e

satisfaccedilatildeo dos desejos e necessidades dos clientes Uma operaccedilatildeo de

marketing de um produto requer tarefas tais como a previsatildeo de

alteraccedilotildees na procura (normalmente na base de pesquisa de marketing)

a promoccedilatildeo do produto assegurar que a qualidade a disponibilidade e o

preccedilo satisfaccedilam as necessidades do mercado e a promoccedilatildeo de serviccedilo

poacutes-vendaraquo40

Outros especialistas na aacuterea como KOTLER e FOX tambeacutem consideram que este

instrumento de trabalho resulta de planificaccedilotildees que permitem administrar relaccedilotildees de

troca da instituiccedilatildeo com os seus vaacuterios puacuteblicos41

O mesmo eacute reafirmado por KOTLER

e Gary ARMSTRONG quando definem marketing como sendo

laquoum processo administrativo e social pelo qual os indiviacuteduos e

organizaccedilotildees obtecircm o que necessitam e desejam por meio da criaccedilatildeo e

troca de valor com os outrosraquo42

Os mesmos autores afirmam ainda que no meio dos negoacutecios o marketing envolve

laquorelacionamentos lucrativos e de valor com os clientesraquo43

Jean-Yves ROSSEAU acrescenta o valor humano na actividade do marketing

entendendo que soacute daiacute adveacutem a satisfaccedilatildeo total dos consumidores44

Para existirem as trocas ou o chamado processo de marketing o arquivista

espanhol Antoni Tarreacutes ROSELL diz-nos que eacute necessaacuterio combinar cinco elementos45

laquo- Ha de haber al menos dos partes

- Cada parte haacute de disponer de alguna cosa que suponga valor para la

otra

- Cada parte ha de ser capaz de comunicar y de entregar

- Cada parte ha de ser libre de aceptar o rehazar la oferta

- Las dos partes han de estar dispuestas a realizar la transaccioacutenraquo

40

Marketing ALVES Caetano e BANDEIRA Siacutelvia ndash Dicionaacuterio de Marketing IPAM Porto 1998

ISBN 972-95293-2-9 p220 41

KOTLER Philip e FOX Karen ndash Marketing estrateacutegico para instituiccedilotildees educacionais Atlas Satildeo

Paulo 1994 ISBN 978-85-230-0952-6 p33 42

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Princiacutepios do marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo

2007 ISBN 978-85-7605-123-7p4 43

Idem 44

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreal Association decircs

Archives du Quebeacutec 1982 p32 45

TARREacuteS ROSELL Antoni ndash Ob cit p 27 A combinaccedilatildeo destes cinco elementos eacute tambeacutem descrita

por Neil e Philip Kotler KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos

Editorial Ariel SA Barcelona ISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p89

28

Quanto ao valor dos produtos estes dividem-se em bens tangiacuteveis e bens natildeo

tangiacuteveis

Entenda-se por bens tangiacuteveis aqueles que se relacionam directamente com o

produto fiacutesico como por exemplo a compra de um carro e por intangiacuteveis todos os que

estatildeo directamente associados a serviccedilos e ao estatuto que adveacutem da sua aquisiccedilatildeo Eacute o

caso das caracteriacutesticas que o automoacutevel possui como o conforto e a seguranccedila

As caracteriacutesticas que diferenciam as acccedilotildees tangiacuteveis e intangiacuteveis satildeo

apresentadas por Pierre EIGLIER e Eric LANGEARD citando C H LOVELOCK na

seguinte tabela (figura nordm 3)

Qual a natureza do acto de

serviccedilo

QUEcirc OU QUEM Eacute O BENEFICIAacuteRIO DIRECTO DO SERVICcedilO

AS PESSOAS AS COISAS

Acccedilotildees tangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao fiacutesico

das pessoas

Serviccedilos destinados aos bens e

outras posses fiacutesicas

- Tratamento sauacutede

- Transporte pessoas

- Salatildeo de beleza

- Ginaacutesio

- Restaurante

- Cabeleireiro

- Transporte de carga

- Manutenccedilatildeo e reparaccedilatildeo

industrial

- Seguranccedila

- Limpeza lavagem

- Concepccedilatildeo manutenccedilatildeo de

parques

- Tratamento veterinaacuterio

Acccedilotildees intangiacuteveis

Serviccedilos destinados ao espiacuterito

das pessoas

Serviccedilos destinados a posses

intangiacuteveis

- Educaccedilatildeo

- Emissotildees de raacutedio

- Serviccedilo de Informaccedilatildeo

- Teatros

- Museus

- Bancos

- Serviccedilo de ajuda geral

- Contabilidade

- Bolsa

Seguros

Figura nordm 3

Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Fonte EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Servuction A gestatildeo marketing de empresa de

serviccedilos McGraw-Hill Alfragide 1991 ISBN 972-9241-26-0p 3

29

Os resultados das estrateacutegias de marketing surgem directamente relacionadas com

o comportamento desejos motivos e necessidades dos clientes actuais e potenciais46

Quando uma necessidade natildeo eacute satisfeita o ser humano tenta reduzi-la ou procura outra

opccedilatildeo que o satisfaccedila47

Nesse sentido KOTLER escreve em 2001 que para se

satisfazer as necessidades humanas ndash que resultam de estados de carecircncia fiacutesica social e

individual ndash eacute necessaacuterio intervir no mercado sob trecircs prismas Satildeo eles48

a) marketing reactivo o consumidor ao comprar um determinado produto tem

de sentir que estaacute a adquirir natildeo soacute o objecto fiacutesico mas tambeacutem os benefiacutecios

que dele advecircm com a sua aquisiccedilatildeo

b) marketing antecipador as empresas tecircm de saber identificar com antecedecircncia

as vontades e desejos do homem

c) marketing criador estaacute associado agrave introduccedilatildeo de novos produtos nos haacutebitos

dos consumidores que nunca ningueacutem solicitou ou sentiu a sua necessidade

Estamos perante a criaccedilatildeo de novos mercados que geram novos produtos novos

serviccedilos e novos formatos empresariais Se tiveram sucesso haacute optimizaccedilatildeo dos

lucros permitindo agrave empresa assegurar a sua sobrevivecircncia e a sua expansatildeo

Esta ideia eacute sintetizada pelo mesmo autor quando assevera que a gestatildeo de

marketing resulta de

laquoUma funccedilatildeo empresarial que identifica as necessidades e desejos

insatisfeitos define e mede a sua magnitude e seu potencial de

rentabilidade especifica que mercados-alvo seratildeo mais bem atendidos

pela empresa decide sobre produtos serviccedilos e programas adequados

para servir a esses mercados seleccionados e convoca a todos na

organizaccedilatildeo para pensar no cliente e atender ao clienteraquo49

46

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p6 47

Idem 48

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101 p39-40 49

KOTLER Philip ndash Marketing de A a Z 80 conceitos que todo o profissional precisa saber Editora

Campus Satildeo Paulo 2003 ISBN 13978-85-352-1165-8p11

30

Sueli Angeacutelica AMARAL citada por Wagner Junqueira de Arauacutejo defende a

mesma linha de pensamento quando considera que

laquoA principal tarefa da administraccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo orientada para

o marketing eacute determinar as necessidades e os desejos do mercado-alvo

para satisfazecirc-los com adequado design comunicaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo

apropriadas aleacutem de um preccedilo de oferta competitividade viaacutevel para os

produtos e serviccedilosraquo50

E quando advoga que marketing resulta do

laquobom senso aplicado ao negoacutecio e provisatildeo de produtos e serviccedilos aos

clientes a partir de identificaccedilatildeo das necessidades desses clientes e do

planejamento das atividades a serem desenvolvidas que resultaratildeo nos

produtos eou serviccedilos para atende-losraquo51

Face ao exposto podemos afirmar que o marketing aleacutem de ter o objectivo de

aumentar os lucros das empresas ndash atraveacutes de transacccedilotildees de bens eou de serviccedilos dos

bens tangiacuteveis e natildeo tangiacuteveis ndash realizam igualmente pesquisas de mercado que ajudam

a definir uma poliacutetica de distribuiccedilatildeo de divulgaccedilatildeo e de promoccedilatildeo de produtos de

forma a definir os resultados que pretende atingir junto dos seus clientes reais e

potenciais

Mais recentemente a American Marketing Association (AMA) refere-se ao

marketing como sendo

laquothe activity set of institutions and processes for creating

communicating delivering and exchanging offerings that have value

for customers clients partners and society at largeraquo52

Reforccedila-se uma vez mais que marketing natildeo eacute sinoacutenimo de venda ou de

propaganda A comunicaccedilatildeo e a entrega de valores aos clientes derivam de uma

combinaccedilatildeo de quatro elementos ndash produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo ndash e

de uma planificaccedilatildeo de actividades como iremos ver mais agrave frente Soacute a partir daqui eacute

que os profissionais de marketing recolhem os frutos do seu trabalho captaccedilatildeo e

fidelizaccedilatildeo de clientes e lucros a meacutedio e longo prazo

50

ARAUacuteJO Wagner Junqueira de ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo do portal rede governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 162 51

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit 52

Marketing [on line] [Consultado a 23 Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmarketingpowercomAboutAMAPagesDefinitionofMarketingaspxconsultafo

31

Muitas mais definiccedilotildees poderiam ser aqui apresentadas mas como afirma a

bibliotecaacuteria portuguesa Maria Leonor PINTO eacute possiacutevel apresentar vaacuterios elementos

comuns entre elas

laquo- Marketing eacute uma actividade intencionalmente planeada com o

objectivo de satisfazer necessidades ou desejos do consumidor

- Eacute uma actividade de coordenaccedilatildeo das capacidades da organizaccedilatildeo com

as necessidades dos clientes

- Eacute uma aacuterea de conhecimento que diz respeito agrave relaccedilatildeo existente entre

mercado e negoacutecioraquo53

Esta teoria tambeacutem se aplica agraves Ciecircncias da Informaccedilatildeo em que se incluem as

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos por isso eacute necessaacuterio aproximarmo-nos

da noccedilatildeo de marketing aplicado em organizaccedilotildees natildeo lucrativas que nos eacute dada por

Denis LINDON Jacques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro DIONIacuteSIO

laquo(hellip) eacute o conjunto dos meacutetodos e dos meios de que uma organizaccedilatildeo

dispotildee para promover nos puacuteblicos pelos quais se interessa os

comportamentos favoraacuteveis agrave realizaccedilatildeo dos seus proacuteprios

objectivosraquo54

Recorrendo uma vez mais a KOTLER encontramo-lo definido como sendo laquoum

processo social em que as necessidades materiais de uma sociedade satildeo identificadas

expandidas e servidas por um conjunto de instituiccedilotildeesraquo55

que resultam de programas

cuidadosamente planeados e estruturados sempre centrados no cliente e que este tipo de

organizaccedilotildees deve ter presente a ideia de laquotrocas voluntaacuterias de valoresraquo com

identificaccedilatildeo de mercados-alvos O resultado da sua aplicaccedilatildeo natildeo eacute o lucro mas sim laquoo

interesse puacuteblicoraquo56

Reacutejean SAVARD define marketing nas unidades de informaccedilatildeo como uma

filosofia de gestatildeo que consiste em satisfazer as demandas dos clientes reais e

potenciais ajustar a gestatildeo organizacional dos Sistemas de Informaccedilatildeo agraves necessidades

dos utilizadores estabelecer contactocomunicaccedilatildeo com o seu puacuteblico e estabelecer

53

PINTO Maria Leonor Cardoso Seacutergio ndash O marketing nas bibliotecas puacuteblicas portuguesas Ediccedilotildees

Colibri Lisboa 2007 ISBN 9789727726981 p49 54

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash Ob cit p30 55

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 21 56

Idem

32

metas de mediccedilatildeo da satisfaccedilatildeo do mercado-alvo57

O mesmo eacute referido por Jean-Yves

ROUSSEAU quando afirma que haacute que haver equiliacutebrio entre a oferta e a procura

como forma de satisfaccedilatildeo dos desejos e vontades dos seus puacuteblicos neste caso aplicado

aos Arquivos58

Em conclusatildeo apresentamos um diagrama que engloba as principais expressotildees

do marketing (figura nordm 4)

Figura nordm 4

Resumo do conceito de marketing

Fonte Sofia Santos

57

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l O

mesmo trabalho pode ser lido em castelhano com o tiacutetulo Directrizes para la ensentildeanza de la

comercilalizacion en la formacion de bibliotecarios documentalistas y archiveros

[on line][ Consultado a 28 de Novembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpunesdocunescoorgimages0007000798079824sopdf 58

ROSSEAU Jean-Yves ndash Le marketing decircs archives agrave lacuteUniversiteacute de Montreacuteal InArchives

Association des Archives du Queacutebec Vol 143 Dezembro de 1982 p 32

33

23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e outros

compostos

Compete ao profissional de marketing elaborar um plano de trabalho iacutentegro que

permita laquoidentificar servir e satisfazer em geral os seus clientes e organizaccedilotildees e os

consumidoresraquo59

Para a realizaccedilatildeo da sua actividade deveraacute recorrer-se do composto de

marketing ou de marketing-mix produto praccedila (distribuiccedilatildeo) promoccedilatildeo e preccedilo

vulgarizado na deacutecada de 60 por E Jerome McCarthy60

Para KOTLER estas categorias ndash tambeacutem designadas de 4Ps ndash podem ser

enunciadas da seguinte forma (figura nordm 5)

Figura nordm 5

Composto do marketing mix

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p124

O produto resulta da combinaccedilatildeo de bens e de serviccedilos que a empresa oferece ao

mercado para satisfazer um desejo ou necessidade61

Os componentes principais satildeo de

natureza fiacutesica serviccedilos pessoas locais organizaccedilotildees e ideias Aliaacutes como referem

KOTLER e ARMSTRONG este item enquadra trecircs niacuteveis62

59

Artigo 2ordm do Coacutedigo de conduta do profissional de marketing [on line] [Consultado a 23 de Setembro

de 2008] Disponiacutevel URLhttpwwwappmptdocsappmCodigoCondutaAPPMpdf 60

Professor da Universidade de Michigan que definiu os 4 grandes grupos de actividades que

representariam os ingredientes do composto e que os separou em product price promotion e place 61

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p200 62

Idemp201

34

a) produto baacutesico que corresponde aos anseios e necessidades do consumidor

levando-o agrave sua aquisiccedilatildeo

b) produto tangiacutevel que corresponde ao estilo nome da marca aspecto e

qualidade

c) produto ampliado que representa a expectativa do cliente na sua aquisiccedilatildeo

Para sobrevivecircncia deste P dizem-nos KOTLER e Paul N BLOOM o serviccedilo

cumpre um ciclo de vida63

(figura nordm 6)

Figura nordm 6

Ciclo de vida do produto

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Teoria e

praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN 972-20-1913-9

Depoacutesito Legal 15554400p193

1 Introduccedilatildeo laquoperiacuteodo de baixo crescimento de faturamento quando o

serviccedilo eacute introduzido no mercadoraquo64

2 Crescimento laquoeacute um periacuteodo de aceitaccedilatildeo raacutepida pelo mercadoraquo65

3 Maturidade laquoeacute o periacuteodo de nivelamento no crescimento do faturamento

porque o serviccedilo atingiu a aceitaccedilatildeo da maioria dos clientes

potenciaisraquo66

63

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 64

Idem 65

Ibidem

35

4 Decliacutenio laquoeacute o periacuteodo em que o faturamento mostra forte tendecircncia

descendenteraquo67

O produto nas bibliotecas e Sistemas de informaccedilatildeo podem ser designados de

laquophisical resourcesraquo laquoservicesraquo laquoexperiencesraquo laquofacilitiesraquo como defende Dinesh K

GUPTA68

Entenda-se no primeiro caso ndash recursos fiacutesicos ndash o livro o jornal o CD e os

dados fornecidos on-line por serviccedilos o horaacuterio de atendimento cataacutelogos organizaccedilatildeo

de exposiccedilotildees newsletters pesquisa entrega de documentaccedilatildeo informaccedilatildeo fornecida

etc e por comodidades as condiccedilotildees fornecidas aos utilizadores como mobiliaacuterio o uso

de equipamento informaacutetico o ambiente em redor e proacutepria informaccedilatildeo69

O preccedilo resulta da relaccedilatildeo custo da produccedilatildeobenefiacutecio que os clientes pagam

para obter o produto fiacutesico e natildeo fiacutesico70

Lichtenstein Ridgway amp Netemeyer Seiders

amp Costley citados por Ana Pinto de MOURA acrescentam que este elemento eacute

laquo(hellip) sem duacutevida uma das variaacuteveis mais pertinentes na regulaccedilatildeo do mercado na

medida que influencia a decisatildeo de compra para os demais intervenientesraquo71

A afixaccedilatildeo do preccedilo de um produto eacute fundamental para a sobrevivecircncia da

empresa ou organizaccedilatildeo no mercado Normalmente o consumidor tem tendecircncia para

associar o preccedilo alto de um produto agrave sua alta qualidade e ao contraacuterio um preccedilo baixo

agrave pouca qualidade Por exemplo se uma empresa de luxo decide lanccedilar um novo

produto no mercado a um preccedilo baixo mais tarde quando tentam reverter essa

realidade a sua imagem jaacute estaraacute atingida72

Winer citado por MOURA refere que o preccedilo pode ainda ser determinado

pelas vivecircncias e estatuto social do mercado73

O consumidor faz uma comparaccedilatildeo entre

66

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 67

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Marketing para serviccedilos profissionais Editora Atlas Satildeo

Paulo 1988 ISBN 85 -224-0303-1p 203 68

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p14 69

Idem 70

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 258 71

MOURA Ana ndash O conceito de preccedilo de referecircncia sua relaccedilatildeo com a sensibilidade do consumidor

face agraves promoccedilotildees de venda para bens de grande consumo Revista de Marketing Portuguesa [on line]

[Consultado a 10 Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=62 72

Idem 73

As Ciecircncias Sociais como Marketing e Psicologia Aplicada tecircm desenvolvido estudos sobre a

percepccedilatildeo do preccedilo pelo consumidor Neste trabalho fazemos uma pequena abordagem ao tema no ponto

laquo412 Mercado Externoraquo

36

o chamado laquopreccedilo objectivoraquo ndash o que o mercado estaacute disposto a pagar para obter o

produto ndash e o laquopreccedilo de referecircnciaraquo ndash preccedilo standard do produto que conhecem Desta

forma

laquoa probabilidade de compra do artigo eacute afectada pelo afastamento entre

o preccedilo observado do artigo e o preccedilo de referecircncia do consumidor

quanto maior for este afastamento menor seraacute a possibilidade da

compra se efectuarraquo74

A concorrecircncia deveraacute ser tambeacutem tida em consideraccedilatildeo na fixaccedilatildeo do preccedilo

Porquecirc Porque iraacute tentar antecipar a necessidade e procura do mercado-alvo

respondendo agraves questotildees o que se faz para quem se faz e porque se faz75

Daiacute ser

fundamental a relaccedilatildeo entre marketing segmentaccedilatildeo de mercados e plano estrateacutegico de

marketing que desenvolveremos no ponto 24 e 25 deste capiacutetulo

Para Denis LINDON Jaques LENDREVIE Joaquim RODRIGUES e Pedro

DIONIacuteSIO para elaborar a laquopoliacutetica de preccedilosraquo haacute que considerar trecircs elementos

custos da produccedilatildeo procura e concorrecircncia que resultam de diversos factores como se

observa a seguir (figura nordm 7)

Figura nordm 7

Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de preccedilo

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIacuteSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

74

MOURA Ana ndash Ob cit 75

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Ob cit

37

Nas unidades de informaccedilatildeo o preccedilo eacute obtido atraveacutes dos serviccedilos prestados ao

consumidorutilizador No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a nosso ver

pode resultar por exemplo do pagamento do empreacutestimo inter-bibliotecaacuterio pelo

utilizador No caso especiacutefico dos arquivos o preccedilo pode derivar da prestaccedilatildeo de um

serviccedilo puacuteblico como a emissatildeo de certidotildees Todavia Bob USHERWOOD escreve

que estes organismos puacuteblicos natildeo deveriam praticar este composto porque sobrevivem

com a ajuda financeira do Estado Logo a informaccedilatildeo eacute um bem puacuteblico que deveria ser

gratuito a toda a sociedade76

Quanto agrave aplicaccedilatildeo do preccedilo nestes espaccedilos Jean-Michel SALAUumlN substitui

este Pacute pela expressatildeo laquocontratraquo porque estes serviccedilos aplicam o laquoprix psychologiqueraquo

que eacute o mesmo que dizer laquo(hellip) la valeur marchande que le client accorde agrave lacuteusage du

produit et qui nacutea souvent qrsquo un report lointain avec les coucircts de production et de

commercialisationraquo Tambeacutem afirma que como as bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo fornecem agrave sociedade laquoproprieacuteteacute intellectuelleraquo torna-se difiacutecil de

avaliar ou de estabelecer um preccedilo ainda para mais a algo que as pessoas jaacute estatildeo

habituadas a usufruir gratuitamente77

Para a britacircnica EIlenn SAgraveEZ o preccedilo nos Sistemas de Informaccedilatildeo natildeo implica

necessariamente valor monetaacuterio78

A sua aplicaccedilatildeo nestes serviccedilos pode ser sinoacutenimo

de tempo gasto nos recursos materiais e humanos para responder agraves demandas

necessidades dos seus clientes Por outro lado a conjugaccedilatildeo destes recursos eacute que faz a

imagem da instituiccedilatildeo pois como eacute comummente sabido um cliente satisfeito volta

sempre A mesma autora remata a sua opiniatildeo ao afirmar que a atribuiccedilatildeo de valores

monetaacuterios eacute tambeacutem algo extremamente difiacutecil

A praccedila estaacute relacionada com os canais de distribuiccedilatildeo que permitem o acesso

dos produtos no mercado pelo consumidor79

Esta distribuiccedilatildeo pode ser feita de

diferentes formas

a) marketing directo o fabricante entrega directamente a mercadoria ao

consumidor Como eacute um canal que implica grandes custos para o

76

USHERWOOD Bob ndash A biblioteca puacuteblica como conhecimento puacuteblico Editora Editorial Caminho

Lisboa 1989 ISBN 972-21-1284-8 p 81-91 77

SALAUumlN Jean-Michel ndash Marketin decircs bibliothegraveques et decircs centres de documentation Eacutediciones du

Cercle de La Libraire Paris 1992 ISBN 2-7654-0507-7p114-115 78

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Marketing concepts for librarians and information services Facet Publishing

London 2002 ISBN 1-85604-426-2p67 79

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p 307

38

produtor e lida com uma forccedila de venda proacutepria eacute mais comum entre

grandes empresas

b) niacutevel I do produtor os bens passam para o retalhista e soacute depois

chega ao consumidor Neste tipo de canal existem vaacuterios intermediaacuterios

o que implica subida do custo dos bens A vantagem deste sistema eacute o

contacto directo entre os vendedores e existecircncia de um esforccedilo

concentrado de vendas ajudado pela propaganda e pela promoccedilatildeo

c) niacutevel II do fabricante para o grossista deste para o retalhista e

finalmente para o consumidor Nesta cadeia todos os esforccedilos

concentram-se tambeacutem na venda mas os caminhos seguidos pelos

intervenientes poderatildeo ser diferentes entre si

d) niacutevel III do produtor para o grossista Deste parte para o grossista

regional especializado e seguidamente para o retalhista e o consumidor

Eacute o maior canal de distribuiccedilatildeo ateacute agora referido mas o objectivo eacute o

mesmo dos anteriores atingir um grande nuacutemero de clientes e obter

lucro Eacute mais comum em meacutedias e pequenas empresas (figura nordm 8)

Figura nordm 8

Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Fonte LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash

Teoria e praacutetica do Marketing Mercator 2000 Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa 1995 ISBN

972-20-1913-9 Depoacutesito Legal 15554400p243

39

No que concerne agraves unidades de informaccedilatildeo SALAUumlN substitui a expressatildeo a

praccediladistribuiccedilatildeo pelo termo laquoserviceservuctionraquo80

Isto eacute o mesmo que dizer serviccedilo

prestado ao puacuteblico com qualidade e de acordo com as necessidades de cada

indiviacuteduo81

Para SAacuteEZ a boa distribuiccedilatildeo resulta da acessibilidade aos serviccedilos Isto

significa que a praccedila estaacute directamente relacionada com a localizaccedilatildeo fiacutesica do edifiacutecio

existecircncia de redes de telecomunicaccedilotildees como correio telefone telefax e Internet e

com o horaacuterio do funcionamento que deve estar adequado agraves necessidades de todos os

clientes

A mesma autora afirma que na impossibilidade de todos os utilizadores se

deslocarem a estes organismos as bibliotecas podem e devem criar uma resposta

atraveacutes de serviccedilos moacuteveis82

O mesmo eacute referido por SALAUumlN que nos fala do

bibliobus No caso de arquivos poderiacuteamos referir o laquoarchivobusraquo83

que tem por

objectivo tornar itinerante quaisquer actividades pedagoacutegicas eou exposiccedilotildees dos

arquivos

A promoccedilatildeo tem a funccedilatildeo de comunicar ao consumidor os atributos do

produto84

Esta comunicaccedilatildeo deve ser feita de forma criativa bem pensada e planeada

para que o produto serviccedilo ou marca da empresa se imponham no mercado e lhes

permita um lugar de competitividade85

As ferramentas de comunicaccedilatildeo deste Pacute segundo KOTLER dividem-se em

cinco classes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas forccedila de vendas e

marketing directo86

Isto eacute constituem o chamado mix de promoccedilatildeo ou mix de

comunicaccedilotildees de marketing87

As formas mais comuns de promoccedilatildeo segundo o mesmo autor satildeo as que

demonstramos a seguir (figura nordm 9)

80

SALAUumlN Jean-Michel ndash Ob cit p113 81

Idem p113-114 82

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp60-67 83

Esta iniciativa baseia-se na experiecircncia dos museus e bibliotecas e foi dinamizada pela primeira vez em

Marselha ndash Franccedila Veja-se no site httpwwwarchivesdefranceculturegouvfraction-culturelleaction-

pedagogiqueoffre-basearchivobus a forma como os Arquivos Nacionais de Franccedila utilizam este

instrumento 84

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357 85

Aqui pode-se aplicar a velha teoria da comunicaccedilatildeo o emissor ndash que corresponde agrave empresa produtora

de produtosserviccedilos a mensagem para ser transmitida necessita de um canal distribuidor e de

comunicaccedilatildeo e o receptor ndash mercado-alvo que corresponde aos clientes actuais ou potenciais 86

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p136 87

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p357

40

Figura nordm 9

Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Fonte KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p136

A publicidade ajuda a laquoconstruir uma imagem e ateacute um certo grau de

preferecircncia ou pelo menos de aceitaccedilatildeo da marcaraquo88

Se for usada sem criteacuterios e sem

criatividade o seu custo torna-se levado natildeo trazendo qualquer rentabilidade para a

empresa

Promoccedilatildeo de vendas estaacute relacionada com as actividades que apelam agrave compra

imediata dos bens Enquanto a publicidade actua sobre o comportamento do

consumidor a promoccedilatildeo de vendas tenta levar o cliente a adquirir o produto pela sua

valia Por outro lado KOTLER e KELLER afirmam que a laquopropaganda oferece uma

razatildeo para comprarraquo a promoccedilatildeo de vendas oferece um incentivo como por exemplo

amostras cupons reembolso descontos brindes preacutemios recompensas testes

gratuitos garantias promoccedilotildees combinadas promoccedilotildees cruzadas displays de ponto de

venda e demonstraccedilotildeesraquo89

As relaccedilotildees puacuteblicas satildeo todas as acccedilotildees de comunicaccedilatildeo que as empresas

disponibilizam no mercado sobre os seus recursos poliacutetica pessoal e programas para

88

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p137 89

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583

41

que os consumidores adquiram confianccedila nos seus produtos e serviccedilos90

As funccedilotildees do

profissional de relaccedilotildees puacuteblicas passam segundo os autores referidos por comunicar

natildeo soacute as estrateacutegias de marketing do seu departamento mas tambeacutem por divulgar as

acccedilotildees dos sectores financeiros e humanos entre outros As suas acccedilotildees estatildeo tambeacutem

associadas ao laquoapoio no lanccedilamento de novos produtosraquo laquoreposicionamento de um

produto maduroraquo laquocaptaccedilatildeo de interesse por uma categoria de produtosraquo laquoinfluecircncia

sobre grupos-alvos especiacuteficosraquo laquodefesa de produtos que enfrentam problemas

puacuteblicosraquo e construccedilatildeo de uma imagem corporativa que se reflicta favoravelmente nos

produtosraquo91

As ferramentas das relaccedilotildees puacuteblicas incluem as publicaccedilotildees em revistas da

empresa relatoacuterios anuais e brochuras os eventos atraveacutes de patrociacutenios de competiccedilotildees

desportivas actividades culturais e feiras de amostras as notiacutecias com informaccedilotildees

positivas sobre a empresa funcionaacuterios e produtos as actividades comunitaacuterias para

ajudar a colmatar necessidades da comunidade local pressatildeo na tentativa de influenciar

decisotildees de legisladores responsabilidade social para a empresa mostrar que possui

um comportamento socialmente responsaacutevel92

Ainda de acordo com KOTLER e KELLER os resultados do trabalho de

relaccedilotildees puacuteblicas podem ser muito rentaacuteveis quando bem estruturados e combinados

com os outros elementos do mix de promoccedilatildeo93

De forma geral a utilizaccedilatildeo de um serviccedilo de relaccedilotildees puacuteblicas estaacute destinado a

laquocriar e mostrar uma imagem positiva no mercado escolhido como alvoraquo94

A forccedila de vendas estaacute directamente relacionada com os vendedores Satildeo eles

que estabelecem uma relaccedilatildeo directa com o cliente fazendo com que muitas das vezes

prefira os produtos de uma determinada marca em vez de outra

Outra forma de reduccedilatildeo de vendas proacuteprias satildeo como nos diz KOTLER os

distribuidores que possuem laquoas suas proacuteprias forccedilas de vendasraquo95

Quando estes deixam

90

Kotler refere que relativamente a relaccedilotildees puacuteblicas existem sete ferramentas que o profissional de

marketing utiliza e que designa de PENCIL publications events news comunity involvement

activities identity media lobbying e social responsability KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo

XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p141 91

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p583 92

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p141 93

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p593 94

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p142 95

Idem

42

de responder agraves necessidades do mercado a empresa produtora pode concluir laquoque eacute

mais barato dispor de forccedila de vendas proacutepria que substitua os distribuidoresraquo96

Outro problema que os vendedores de hoje enfrentam eacute a necessidade de

laquoautomaccedilatildeo das vendasraquo97

isto eacute a utilizaccedilatildeo e vulgarizaccedilatildeo das novas tecnologias

como o uso dos computadores e da Internet permitem agraves empresas expandir os seus

negoacutecios desenvolver o relacionamento com os consumidores e captar novos clientes

O marketing directo resulta da comunicaccedilatildeo directa entre o produtor de

bensserviccedilos e o consumidor98

As principais ferramentas utilizadas satildeo a mala-directa

os programas de resposta directa (ofertas em televisatildeo raacutedio e jornal) telemarketing

TV interactiva quiosques sites e telefones

Estas ferramentas satildeo cada vez mais comuns nas organizaccedilotildees que pretendem

laquoatingir com mais eficiecircncia os segmentos e os nichos mas tambeacutem chegar ao

consumidor individual aos segmentos de umraquo99

Santos M MATEOS RUSILL propotildee o plano estrateacutegico de comunicaccedilatildeo

tambeacutem designado de laquocoluna vertebralraquo100

dividido em quatro momentos a

investigaccedilatildeo a planificaccedilatildeo a criaccedilatildeo da actividade cultural e a sua

comunicaccedilatildeovisibilidade A sua descriccedilatildeo pode resumir-se no seguinte quadro (figura

nordm 10)

96

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p145 97

Idem 98

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p606 99

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p146 100

MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio cultural o coacutemo

potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28

43

Etapas Questotildees Conceitos

Investigaccedilatildeo Porquecirc

O quecirc

Quem

Fase correspondente agrave definiccedilatildeo das

finalidades objectivos gerais e

especiacuteficos da acccedilatildeo seguidos da

constituiccedilatildeo da equipa de trabalho e

distribuiccedilatildeo de tarefas

Planificaccedilatildeo Estrateacutegica Como

Onde

Quando

Correspondente agrave concretizaccedilatildeo do

plano Eacute aqui que se define o puacuteblico

real eou se deve ser alargado esse

leque a um grupo mais abrangente que

estaraacute em contacto com o produto

serviccedilo criado

Difusatildeo Cultural Porquecirc

O quecirc

Quem

Como

Uma vez definidos os clientes eacute preciso

saber como podemos influenciaacute-los e o

que fazer para atingir esse fim

Comunicaccedilatildeo Quem

O quecirc

Como

Corresponde agrave divulgaccedilatildeo O desenho

graacutefico das publicaccedilotildees serviccedilo de

relaccedilotildees puacuteblicas e publicidade satildeo

meios a ter em consideraccedilatildeo

Figura nordm 10

Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Fonte adaptada de MATEOS RUSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimonio

cultural o coacutemo potenciar su uso fomentando su preservacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio

cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 28-33

Os trecircs primeiros momentos correspondem quanto a noacutes agrave fase de estudo

verificaccedilatildeo experimentaccedilatildeo e validaccedilatildeo dos produtos criados no nicho seleccionado

Assim que estes itens estiverem definidos passamos agrave quarta parte da laquocolunaraquo

correspondente agraves ferramentas de comunicaccedilatildeo de KOTLER a publicidade a promoccedilatildeo

de vendas as relaccedilotildees puacuteblicas a forccedila de vendas e o marketing directo

No caso de aplicaccedilatildeo da promoccedilatildeo nas unidades de informaccedilatildeo eacute algo que os

autores consultados satildeo unacircnimes em afirmar que eacute um dos Pacutes mais utilizados nestes

serviccedilos como veremos mais agrave frente

231 Outros compostos do marketing mix

Outros autores como Raimer RICHERS101

KOTLER e Robert

LAUTENBORN102

criaram mais classificaccedilotildees do composto mix

No caso de RICHER este apresenta na deacutecada de 70 o composto dos 4 As

101

Richers fez parte da organizaccedilatildeo do primeiro de curso de Marketing no Brasil na Escola de

Administraccedilatildeo de Empresas de Satildeo Paulo ndash Fundaccedilatildeo Gertuacutelio Vargas 102

Lautenborn professor de Marketing nos Estados Unidos da Ameacuterica eacute outro teoacuterico que criou um

novo modelo mercadoloacutegico a poliacutetica dos 4 Cs customer needs and wants cost to the user convenience

e communication

44

a) anaacutelise de mercado estudopesquisa do mercado para responder agraves

necessidades do consumidor

b) adaptaccedilatildeo produccedilatildeo de produtos adequados agraves exigecircncias do

mercado-alvo de acordo com as pesquisas efectuadas

c) activaccedilatildeo criaccedilatildeo de canais de distribuiccedilatildeo e de comunicaccedilatildeo para que

os produtosserviccedilos cheguem ao puacuteblico

d) avaliaccedilatildeo medidas para avaliar a eficiecircncia e eficaacutecia dos resultados

obtidos

As aliacuteneas (a) e (b) correspondem agraves funccedilotildeesmeios das ferramentas de

marketing que ajudam a atingir os finsobjectivos do trabalho de marketing

representados pelos dois uacuteltimos pontos

KOTLER acrescenta em 1986 mais dois Ps

laquo Poliacutetica A actividade poliacutetica pode ter grande influecircncia nas vendas

A aprovaccedilatildeo das que proiacutebam a publicidade aos cigarros eacute prejudicial agraves

vendas de tabaco (hellip) Logo as empresas podem formar grupos de

pressatildeo e promover actividades poliacuteticas que afectam a procura

Puacuteblico A opiniatildeo puacuteblica eacute influenciada por modas e atitudes que

podem determinar o interesse das pessoas por certos produtos ou

serviccedilos Em alturas diferentes o puacuteblico americano deixou de

consumir carne de vaca (hellip) Financiam campanhas para convencer a

opiniatildeo puacuteblica a pensar que natildeo haacute perigo e que as pessoas devem

comprar e consumir os seus produtosraquo 103

Como complemento aos 4 Ps de McCarthy Robert Lautenborn cria na deacutecada de

90 os 4 Cs relacionados com os clientes

a) necessidades e desejos do consumidor

b) custo para o consumidor

103

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p123-124

45

c) conveniecircncia

d) comunicaccedilatildeo

Estes compostos estabelecem a ligaccedilatildeo entre as necessidades dos consumidores

e utilizadores de produtos e serviccedilos e os 4 Ps que apenas estatildeo vocacionados para os

gestores como verificamos a seguir (figura nordm 11)

4 Ps 4 Cs

Produtos Necessidades e Desejos do Consumidor

Preccedilo Custo para satisfazer o Consumidor

Praccedila (distribuiccedilatildeo) Conveniecircncia para comprar

Promoccedilatildeo Comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11

Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Fonte MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e

disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p 123

Isto significa que

laquo(hellip) a uniatildeo das classificaccedilotildees propicia ao gerente conciliar os

interesses entre as organizaccedilotildees e os seus puacuteblico-alvos levando-os a

maximizar as ferramentas disponiacuteveis em suas matildeos de modo que

alcance a satisfaccedilatildeo de ambas as partes (hellip)raquo104

KOTLER defende mesmo que os profissionais de marketing devem primeiro ter

em atenccedilatildeo os Cs laquopara construiacuterem a plataforma de assentamento dos quatro laquoPeacutesraquo105

Barbara EWERS SAEZ106

e Gaynor AUSTEN107

acrescentam no que respeita

agraves bibliotecas e Sistemas de Informaccedilatildeo outros trecircs Pacutes que se relacionam com os

anteriores Vejamos

104

Idem 105

KOLTER Philip ndash KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000

ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p125 106

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob citp 53 57-70 107

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash A Framework for Market Orientation in Libraries In

GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information

Services Internacional Perspectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p22

25 a 29

46

a) people (pessoas) estaacute directamente relacionada com a envolvecircncia de

toda a equipa que deve atenderservir satisfatoriamente os utilizadores

destes serviccedilos

b) physical evidence (meio fiacutesico) sinoacutenimo de praccedila tem a ver com o

conjunto de medidasmeios que estes espaccedilos disponibilizam SAEZ

daacute-nos o exemplo de brochuras como forma de divulgaccedilatildeo108

e

EWERS e AUSTEN109

falam-nos da existecircncia de salas de estudo e

espaccedilos de restauraccedilatildeo como veiacuteculo promotor de publicidade das

bibliotecas

c) process (processo) conjunto de serviccedilosprodutos prestados agrave

comunidade

24 Segmentaccedilatildeo de Mercado

laquoO mercado eacute constituiacutedo de clientes que diferem uns dos outros

de uma ou mais maneiras Eles podem diferir em seus desejos

recursos localizaccedilotildees e atitudes e praacuteticas de compra Por meio

da segmentaccedilatildeo de mercado os profissionais de marketing devem

dividir mercados grandes e heterogeacuteneos em segmentos menores

que possam ser alcanccedilados de maneira mais eficiente e efetiva

com produtos e serviccedilos que correspondem agraves suas necessidades

especiacuteficasraquo110

Philip KOTLER e Gary AMSTRONG demonstram nestas palavras quanto o

mercado eacute heterogeacuteneo Para uma identificaccedilatildeo mais eficaz das necessidades individuais

do cliente para o desenvolvimento de um programa de composto de marketing

adequado agraves suas exigecircncias necessidades desejos valores ou comportamento de

compra semelhantes111

bem como posicionamento112

do produto no mercado haacute que

108

SAgraveEZ Eilenn Eliot ndash Ob cit 109

EWERS Barbara e AUSTEN Gaynor ndash Ob cit p26 110

KOTLER Philip e ARMSTRONG Gary ndash Ob cit p164 111

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 112

Para KOTLER e KELLER o posicionamento resulta da forma como a empresa desenvolve a oferta e a

imagem do produto para que ocupem uma posiccedilatildeo competitiva e distinta nas mentes dos

consumidores-alvo LINDON e LENDREVIE completam esta ideia ao afirmar que o posicionamento

compreende dois aspectos complementares a identificaccedilatildeo - laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a

diferenciaccedilatildeo - laquoO que distingue dos outros produtos do mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER

Kevin ndash Ob cit p139

47

repartir os consumidores em grupos de acordo com as diferentes variaacuteveis como as

geograacuteficas demograacuteficas psicograacuteficas e comportamentais

A saber

a) a segmentaccedilatildeo demograacutefica consiste na divisatildeo do mercado de acordo

com as caracteriacutesticas da populaccedilatildeo As suas principais variaacuteveis satildeo

o sexo a idade a raccedila ou etnia o niacutevel de renda e padrotildees de

despesas a ocupaccedilatildeo o niacutevel de instruccedilatildeo o tamanho e composiccedilatildeo

da famiacutelia e o estaacutegio no ciclo da vida familiar

b) a segmentaccedilatildeo geograacutefica divide o mercado a partir de aacutereas

geograacuteficas tais como o paiacutes regiatildeo cidade bairro densidade

populacional e clima Normalmente a segmentaccedilatildeo geograacutefica eacute

usada em simultacircneo com outros criteacuterios de segmentaccedilatildeo

c) na segmentaccedilatildeo psicograacutefica as variaacuteveis a ter em consideraccedilatildeo satildeo o

estatuto social estilo de vida convicccedilotildees e personalidade A sua

utilizaccedilatildeo permite criar estrateacutegias de marketing canalizadas para

clientes potenciais

d) a segmentaccedilatildeo por comportamento divide o mercado com base no

conhecimento uso e comportamento do consumidor em relaccedilatildeo a

um produto especiacutefico Este criteacuterio eacute considerado por muitos autores

como o melhor ponto de partida para a segmentaccedilatildeo do mercado

Estatildeo entre as suas variaacuteveis a influecircncia na compra haacutebitos de

compra e intenccedilatildeo de compra

e) a segmentaccedilatildeo completa personaliza um produto e o seu programa de

marketing para cada cliente em particular

f) a segmentaccedilatildeo de criteacuterios caracteriza-se por conjugaccedilatildeo dos vaacuterios

segmentos pelos profissionais de marketing

As vantagens de segmentaccedilatildeo de mercado satildeo inuacutemeras O cliente eacute visto como

um indiviacuteduo permitindo agrave empresa delinear o perfil do consumidor para melhor

48

satisfazer as suas necessidades e elevar o potencial de mercado laquoo que gera custos mais

baixos ndash que por sua vez levam a preccedilos mais baixos ou a margens mais altasraquo113

Para concretizaccedilatildeo do processo de segmentaccedilatildeo de mercado este deveraacute

dividir-se em quatro partes114

a) laquoEscolha dos criteacuterios de segmentaccedilatildeoraquo consiste em identificar os

criteacuterios a partir dos quais o profissional de marketing vai dividir o

mercado As variaacuteveis mais comuns satildeo a idade o sexo e o niacutevel de

escolaridade

b) laquoDescriccedilatildeo das caracteriacutesticas de cada segmentoraquo apoacutes a escolha dos

criteacuterios cada segmento eacute caracterizado em funccedilatildeo da segmentaccedilatildeo

c) A escolha de um ou mais segmentos permite estabelecer os criteacuterios

de segmentaccedilatildeo que mais se adequam aos clientes

d) laquoDefiniccedilatildeo da poliacutetica de marketing para cada um dos segmentos

escolhidosraquo relaciona-se com a aplicaccedilatildeo do composto de marketing mix

a cada segmento

Em simultacircneo KOTLER e BLOOM referem que a segmentaccedilatildeo deve ser

mensuraacutevel ndash corresponde ao grau em que se mede o poder de compra e outras

caracteriacutesticas dos segmentos acessiacutevel ndash a partir de programas direccionados mede-se

a eficaacutecia com que os segmentos satildeo laquoatingidos e atendidosraquo importacircncia ndash estaacute

relacionada com a abrangecircncia do mercado nos diferentes segmentos e possibilidade de

acccedilatildeo ndash concretizaccedilatildeo de programas eficazes que possibilitem laquoatrair e atenderraquo os

segmentos Isto eacute a cada grupo corresponde um programa e elementos do marketing-

mix115

113

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p237 114

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p132 115

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 137

49

25 Plano Estrateacutegico de Marketing

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes a aplicaccedilatildeo do marketing nos dias de hoje estaacute

vocacionada para o cliente-indiviacuteduo As empresas para sobreviverem numa economia

mercantilista e competitiva tecircm de saber identificar os seus mercados-alvo e a forma

mais adequada de imporem os seus produtos na sociedade

Digamos que

laquo(hellip) conhecer o seu meio quer interno quer externo para

poder encontrar a melhor forma de se adaptar obtendo sinergias

A troca e o relacionamento permanente com o meio de forma a

criar uma visatildeo clara e compartilhada permitem uma melhor

percepccedilatildeo e conhecimento das necessidades desse ambiente

dos pontos fortes dos pontos fracos das ameaccedilas e das

oportunidades emergentes possibilitando uma melhor

adaptaccedilatildeo e resposta agrave mudanccedila constanteraquo116

reflecte as vantagens da utilizaccedilatildeo deste instrumento quer em organizaccedilotildees lucrativas

quer natildeo lucrativas

Para tal os profissionais de marketing aplicam um instrumento de trabalho

designado de plano estrateacutegico de marketing que eacute

laquoo processo utilizado para o estabelecimento de objetivos

alinhados com as poliacuteticas metas e princiacutepios bem como os

fatores de relevacircncia ao meio-ambiente organizacional

levando-se em conta o meio externoraquo117

KOTLER e KELLER acrescentam que plano de marketing

laquoeacute um documento escrito que resume o que o profissional de

marketing sabe sobre o mercado e que indica como a empresa

planeja alcanccedilar os seus objectivos Conteacutem directrizes taacuteticas

para os programas de marketing e para a alocaccedilatildeo de fundos ao

longo do periacuteodo de planejamentoraquo118

A mesma visatildeo eacute dada por KOTLER e BLOOM como

116

PEREIRA Elisabeth e FERNANDES Antoacutenio ndash O marketing como fonte de vantagem competitiva

Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=44 117

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363 118

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58

50

laquoo processo gerencial de desenvolver e manter uma direcatildeo

estrateacutegica que alinha as metas e os recursos da organizaccedilatildeo

com as suas mutantes oportunidades de mercadoraquo119

As ideias supracitadas podem ainda ser completadas por outra definiccedilatildeo dada

por KOTLER e Neil KOTLER

laquoLa planificacioacuten estrateacutegica orientada al mercado es el

processo de gestiiacuteon tendnete a desarrollar y mantener un ajuste

viable entre los objetivos y recursos de la organizacioacuten por una

parte y las oportunidades cambiantes de mercado

por outraraquo 120

251 Modelos de Planos Estrateacutegicos de Marketing

Satildeo vaacuterios os autores que apresentam diferentes metodologias de trabalho para a

elaboraccedilatildeo do plano de marketing

Para Djalma de Pinho Rebouccedilas de OLIVEIRA citado por Ceacutelia

BARBALHO121

a estrateacutegia de marketing eacute dividida em quatro fases (figura nordm 12)

FIGURA nordm 12

Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

119

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p 62 120

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob citp89 121

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 Ago de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

51

Segundo este autor o plano inicia-se com o diagnoacutestico estrateacutegico que

pressupotildee a anaacutelise interna e externa do meio envolvente da organizaccedilatildeo Esta anaacutelise

por sua vez corresponde agrave identificaccedilatildeo dos pontos fortes e fracos das empresas de

forma a estabelecer relaccedilotildees com os concorrentes directos laquona relaccedilatildeo

produto-mercadoraquo e acccedilotildees correctivas Tambeacutem identifica as ameaccedilas e oportunidades

no ambiente institucional

O mesmo autor refere exemplos que se podem aplicar na anaacutelise do ambiente

interno e externo (figura nordm 13)

Figura nordm 13

Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Numa segunda etapa eacute definida a missatildeo do organismo devendo identificar o

caminho e o objectivo ou objectivos a atingir

A utilizaccedilatildeo de instrumentos estabelecem desafios metas estrateacutegias poliacuteticas e

projectos que a instituiccedilatildeo se propotildee alcanccedilar Os instrumentos quantitativos

correspondem aos valores monetaacuterios que iratildeo ser gastos na produccedilatildeo de bens e

serviccedilos e o retorno que adveacutem com a sua aplicaccedilatildeo

A quarta e uacuteltima fase eacute a avaliaccedilatildeo do desempenho comparaccedilatildeo entre o que foi

proposto e os resultados obtidos identificaccedilatildeo dos desvios ao plano e medidas de

intervenccedilatildeo correctivas

Para MORAIS tambeacutem referido por BARBALHO122

a proposta de metodologia

reparte-se em cinco partes (figura nordm 14)

122

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica [on

line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

52

Figura nordm 14

Estrateacutegia de marketing de Morais

Fonte BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Planejamento estrateacutegico uma anaacutelise metodoloacutegica

[on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwuelbrrevistasuelindexphpinformacaoarticleviewFile16081363

Neste caso ao contraacuterio de Oliveira analisa-se primeiro a missatildeo visatildeo e

valores da instituiccedilatildeo seguido pelo diagnoacutestico ambiental Esta segunda parte aleacutem de

identificar as ameaccedilas e oportunidades e os pontos fortes e fracos cria o cenaacuterio

pessimista e o cenaacuterio optimista

De seguida satildeo delineadas estrateacutegias de actuaccedilatildeo no mercado que seratildeo

repartidas entre um ou mais planos de acccedilatildeo laquoos aspectos relevantes para a sua

implantaccedilatildeo ndash orccedilamentos cronogramas fluxogramas metodologias etc123

raquo

Por fim propotildee-se um acompanhamento deste processo para serem

identificados os planos operacionais os desvios e as intervenccedilotildees efectuadas

Quanto ao tipo de estrateacutegia a desenvolver KOLTLER apresenta seis tipos de

planos de marketing124

a) planos de marketing da marca para cada nova marca produzida numa

empresa eacute preparada uma nova estrateacutegia anual

123

BARBALHO Ceacutelia Regina Simonneti ndash Ob Cit 124

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p205

53

b) plano de marketing para cada categoria de produtos para cada novo

produto eacute efectuado um novo plano No final esta estrateacutegia eacute

integrada laquono plano geral da respectiva categoria de produtoraquo

c) planos de novos produtos para cada nova marca ou novo produto eacute

efectuado laquoum plano de desenvolvimento e de lanccedilamentoraquo

d) planos dos segmentos de mercado se o produto ou marca satildeo

vendidos em diferentes segmentos haacute que criar um plano diferente

para cada um

e) planos geograacuteficos de mercado para cada paiacutes regiatildeo cidade e

bairro eacute necessaacuterio criar um plano proacuteprio

f) planos de clientes os gestores de contas devem laquopreparar um plano

para cada um dos clientes importantesraquo

Na praacutetica refere o autor estes planos estatildeo interligados entre si e conclui que

tecircm de ser elaborados de forma coerente e de faacutecil entendimento para a concretizaccedilatildeo de

todas as operaccedilotildees125

Esta ideia eacute completada por Tim BERRY e DOUG WILSON

citados por KOTLER e KELLER ao afirmarem que o plano deve responder agraves questotildees

laquoO plano eacute simplesraquo O plano eacute especiacuteficoraquo laquoO plano eacute realistaraquo laquoO plano eacute

completoraquo126

Os elementos que devem compor o plano de marketing segundo KOTLER satildeo

os seguintes anaacutelise da situaccedilatildeo objectivos e alvos de marketing estrateacutegia de

marketing plano de acccedilotildees de marketing e controlos de marketing127

A anaacutelise da situaccedilatildeo implica o estudo da laquovidaraquo do produto Eacute necessaacuterio

avaliar quantitativamente as vendas quotas de mercado preccedilos custos e lucros bem

como uma anaacutelise dos resultados obtidos pela concorrecircncia128

Soacute assim seratildeo

detectados os chamados laquofactores criacuteticos de sucessoraquo tambeacutem designados de pontos

125

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-

X Depoacutesito Legal 16091101p205 126

KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p58 127

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206-207 128

KOTLER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101p206

54

fortes ndash os quais deveratildeo ser destacados ndash e os pontos fracos cujos efeitos deveratildeo ser

minimizados ou corrigidos129

No ambiente externo deveraacute ser realizada uma auditoria ao meio envolvente da

empresa onde o produto eacute disponibilizado de forma a identificar as ameaccedilas e as

oportunidades que possam surgir Entre as condiccedilotildees externas a considerar estatildeo os

factores demograacuteficos econoacutemicos histoacutericos poliacuteticos sociais tecnoloacutegicos e legais

Numa etapa posterior eacute indicada a perspectiva futura para o produto

Na parte dos objectivos e alvos o gestor deveraacute estabelecer metas podendo

incluir o aumento de quota no mercado aumento de satisfaccedilatildeo do cliente e aumento de

margem e os alvos a atingir devendo ser laquomensuraacuteveisraquo

Na definiccedilatildeo da estrateacutegia KOTLER diz-nos que devemos seguir seis

aspectos130

que quanto a noacutes correspondem ao composto de mix

a) o laquomercado-alvoraquo divide-se em niacutevel primaacuterio os consumidores

que estatildeo prontos a adquirirem o produto niacutevel secundaacuterio satildeo os

clientes que podem adquirir o produto mas ainda natildeo

manifestaram interesse e o niacutevel terciaacuterio satildeo as pessoas que

querem comprar o produto mas de momento natildeo o podem ter Haacute

casos que os gestores incluem no plano o nome do cliente a

conquistar

b) o laquoposicionamento nuclearraquo relaciona-se com as vantagens que os

clientes vatildeo adquirir com a sua compra

c) o laquoposicionamento de preccediloraquo estaacute associado ao benefiacutecio nuclear

oferecido

d) a laquooferta total de valorraquo estaacute relacionada com antecipar as

demandas do cliente e prever a sua satisfaccedilatildeo total

129

laquoPonto forte eacute a diferenciaccedilatildeo conseguida pela empresa que lhe proporciona uma vantagem

operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel controlaacutevel O ponto fraco eacute uma situaccedilatildeo inadequada da

empresa que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial ndash variaacutevel

controlaacutevelraquo PASA Carla Regina R - Planejamento estrateacutegico de uma induacutestria de plaacutesticos a

importacircncia da anaacutelise interna e externa - um caso praacutetico [on line] [Consultado a 10 de Setembro de

2008] Disponiacutevel em URL httpwwwabeproorgbrbibliotecaENEGEP1998_ART452pdf 130

KOLTER Philip ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 Editorial Presenccedila

Lisboa 2000 ISBN 72-23-2585-X Depoacutesito Legal 16091101p213

55

e) a laquoestrateacutegia de distribuiccedilatildeoraquo satildeo os diferentes canais de

distribuiccedilatildeo do produto como televendas ou o computador

acrescenta KOTLER

f) a laquoestrateacutegia de comunicaccedilatildeoraquo relaciona-se com os gastos

financeiros na sua divulgaccedilatildeo

Apoacutes a sua conclusatildeo estes dados seratildeo entregues a uma equipa que

estabeleceraacute as laquodatas para a campanha de publicidade para as promoccedilotildees de venda

para a participaccedilatildeo em feiras e para lanccedilamento de novos produtosraquo131

Em simultacircneo eacute

efectuada a verificaccedilatildeo das acccedilotildees planeadas para se saber se estatildeo de acordo com o

estabelecido Caso haja um grande nuacutemero de aspectos em falta ou incorrectos deveratildeo

ser implementadas medidas correctivas no plano132

No que concerne ao plano estrateacutegico nas unidades de informaccedilatildeo Reacutejean

SAVARD propotildee um modelo que natildeo eacute muito diferente do anterior133

a) resumo do plano

b) anaacutelise interna e externa do mercado

c) identificaccedilatildeo da missatildeo e dos objectivos da unidade de informaccedilatildeo

d) elaboraccedilatildeo dos produtos e delineaccedilatildeo de estrateacutegias

e) definiccedilatildeo do orccedilamento

f) medidas de controlo de aplicaccedilatildeo do plano

Soacute com a sua implementaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e controlo eacute que os arquivos poderatildeo

evitar periacuteodos de carecircncia financeira que consequentemente originam a perda de

131

KOLTER Philip ndash ndash Marketing para o seacuteculo XXI Editorial Presenccedila Lisboa 2000 ISBN 72-23-

2585-X Depoacutesito Legal 16091101 p214 132

Idemp214-215 133

SAVARD Reacutejean- Principes directeurs pour lenseignement du marketing aux bibliotheacutecaires

documentalistes et archivistes [on line][ Consultado a 25 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwunescoorgwebworldramphtmlr8801fr8801f02htm3CU3ENotes20de20l

56

clientes134

e que se conhece de forma efectiva e eficiente o meio onde pretendem

actuar

134

MINIGGIO Mireille - Le marketing au service de larchivistique le cas de projet de normalisation au

niveau du fonds darchives In Reflexiones archivistiques1989p 35

57

CAPIacuteTULO III ndash APLICACcedilAtildeO DAS POLIacuteTICAS DE MARKETING NAS

UNIDADES DE INFORMACcedilAtildeO E DOCUMENTACcedilAtildeO

No meio econoacutemico as organizaccedilotildees natildeo lucrativas satildeo identificadas como

pertencentes ao sector terciaacuterio e a sua aacuterea de actuaccedilatildeo eacute dividida em doze grupos

especiacuteficos135

(figura nordm 15)

Figura nordm 15

Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Fonte International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line]

[Consultado a 23 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

As suas principais caracteriacutesticas podem ser apresentadas da seguinte forma

a) natildeo perseguem lucros objectivos financeiros

135

Esta classificaccedilatildeo estaacute elaborada de acordo com o trabalho da Comissatildeo Europeia ndash DG XXII no

acircmbito do Targeted Socio-Economic Research Programme que adaptou a classificaccedilatildeo original

desenvolvida pelo John Hopkins Comparative Non- Profit Sector Project e denominada ICNPO -

International Classification of Non-profit II Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line] [Consultado a 23

de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwc3compt2conteudos4-

estudosfilesII_Enquadramentopdf

58

b) o preccedilo eacute mensuraacutevel natildeo em termos monetaacuterios mas sim de forma

qualitativa e atraveacutes da avaliaccedilatildeo de desempenho dos serviccedilos

c) a sobrevivecircncia destes organismos natildeo depende do financiamento do

utilizador

d) o puacuteblico eacute bastante diversificado

e) tal como as organizaccedilotildees lucrativas o objectivo fim satildeo as trocas

para satisfaccedilatildeo do cliente Todavia neste caso sobrepotildeem-se as

necessidades da laquoaudiecircncia-alvoraquo e ou sociedaderaquo aos desejos e

vontades de ldquosobrevivecircncia e crescimento de empresasrdquoraquo136

f) a resposta dada aos puacuteblicos deve ser efectuada a curto e meacutedio

prazo

Por isso natildeo eacute de admirar que cada vez mais os serviccedilos puacuteblicos e instituiccedilotildees

sem fins lucrativos se sirvam do marketing para alcanccedilarem os seus objectivos

satisfaccedilatildeo das necessidades e desejos do mercado-alvo com resultados eficientes e

eficazes137

como escreve KOTLER O mesmo autor acrescenta que a principal razatildeo

destes grupos se interessarem laquopelos princiacutepios formais do marketing eacute que eles

permitem que a organizaccedilatildeo se torne mais eficaz na obtenccedilatildeo dos seus desejosraquo138

A aplicaccedilatildeo destes conceitos salienta traraacute quatro benefiacutecios139

laquoServiccedilo aprimorado normalmente uma orientaccedilatildeo de marketing leva a

um serviccedilo puacuteblico aprimorado A caracteriacutestica principal do conceito

moderno de marketing eacute a preocupaccedilatildeo com as necessidades e os

desejos de grupos que estatildeo sendo servidos por uma organizaccedilatildeo O

especialista de marketing forma sistemas para sentir servir e satisfazer

os diversos puacuteblicos Ele estaacute consciente de todas as forccedilas que

136

CARVALHO Joatildeo M Santos ndash Organizaccedilotildees natildeo lucrativas Aprendizagem organizacional

Orientaccedilatildeo de Mercado Planeamento Estrateacutegico e Desempenho Ediccedilotildees Siacutelabo Lisboa 2005 ISBN

972-618-366-9- Depoacutesito Legal 22467105p 20 137

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 24-25 138

Idemp25 139

Ibidemp 344-345 A mesma ideia tambeacutem estaacute presente em MATTA Rodrigo Octaacutevio Beton ndash

Marketing e websites recomendaccedilotildees para produzir e disponibilizar informaccedilotildees In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6 p 126

59

influenciam a satisfaccedilatildeo dos consumidores e dos puacuteblicos e seu

desempenho eacute mensurado em quatildeo bem ele constroacutei atitudes favoraacuteveis

para com a organizaccedilatildeo

Eficiecircncia aprimorada uma orientaccedilatildeo para marketing tende tambeacutem a

melhorar a eficiecircncia na realidade de diversas metas organizacionais

Agecircncia do governo poderaacute projetar seus produtos e serviccedilos em um

melhor relacionamento para com os padrotildees de compra e consumo dos

seus mercados A organizaccedilatildeo poderaacute coordenar suas actividades de

marketing para atingir alvos que poderiam natildeo ser alcanccedilados se fossem

perseguidos de maneira desordenada

Apoio legislativo aprimorado uma orientaccedilatildeo para o marketing

deveria tambeacutem ajudar na tarefa de assegurar maior apoio

legislativo Um puacuteblico importante de qualquer agecircncia eacute formado

por legisladores Na extensatildeo em que uma orientaccedilatildeo para o marketing aprimora os serviccedilos e a eficiecircncia puacuteblica de uma

organizaccedilatildeo forneceraacute um poderoso argumento para o apoio continuado

e generoso de suas atividades Aleacutem disso a mesma orientaccedilatildeo para o

marketing leva a organizaccedilatildeo a ser mais sensiacutevel com referecircncia aos

legisladores como se fossem um dos seus puacuteblicos e nesse sentido ela

poderaacute ser mais eficaz e aprimorar os seus serviccedilos de comunicaccedilatildeo

para esse grupo

Prestaccedilatildeo de contas aprimoradas finalmente a orientaccedilatildeo para o

marketing poderia ajudar a aprimorar a prestaccedilatildeo de contas puacuteblicas se

as actividades de marketing se tornarem expliacutecitas em vez de

permanecerem impliacutecitas e mais se forem colocadas sob a

responsabilidade de controle centralizada seraacute mais faacutecil realizar a

auditoria dessas actividades e avaliar os seus gastos e grau de satisfaccedilatildeo

Seria tambeacutem mas faacutecil para os auditores levantar questotildees concretas

sobre a actividade de marketing dirigindo-as agrave parte certaraquo

A transposiccedilatildeo das teacutecnicas mercadoloacutegicas do marketing para as unidades de

informaccedilatildeo ndash bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e arquivos ndash pertencentes ao

agrupamento 1 eacute algo que ainda hoje natildeo eacute consensual Tal como ainda hoje acontece

no meio empresarial muitas pessoas associam esta ferramenta a um departamento de

vendas cujo propoacutesito eacute laquotornar o ato de vender supeacuterfluoraquo como afirma Peter

DRUKER140

Por isso natildeo eacute de estranhar que muitos profissionais das Ciecircncias da

Informaccedilatildeo considerem que a sua utilizaccedilatildeo eacute inusitada e desadequada porque satildeo

organismos que prestam um serviccedilo cultural e natildeo vendem produtos e o seu objectivo

natildeo eacute o lucro No artigo laquoBiblioteacuteques et Marketing une valse a 3 temps repulsion

attirance adaptationraquo Marielle MIRIBEL citada por Sofia GALVAtildeO confirma este

ponto de vista141

Atraveacutes de um inqueacuterito apresentado agraves bibliotecas sobre o marketing

140

KOTLER Philip e BLOOM Paul N ndash Ob cit p18 141

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 Existe um artigo semelhante com o nome laquoA importacircncia do estudo

60

encontrou dois tipos de reacccedilotildees as que consideram esta teacutecnica laquocomo um meio de

comunicaccedilatildeo interativa ferramenta de gestatildeoraquo e os que vecircem no marketing um meio de

venda e de comeacutercio que contraria a missatildeo da biblioteca142

Rajesh SINGH efectuou um estudo semelhante na Finlacircndia entre o ano de 2002 e

2003 A partir de cinco questotildees143

colocadas aos responsaacuteveis e seus colaboradores

concluiu que embora jaacute haja quem veja o marketing como uma mais valia nos seus

serviccedilos ainda haacute quem o veja - laquofewraquo144

- como uma actividade que apenas se aplica

em empresas com fins lucrativos

Para Sueli Angeacutelica do AMARAL satildeo vaacuterias as causas que explicam este

cepticismo145

a) descrenccedila e desconfianccedila dos profissionais da informaccedilatildeo relativamente ao

marketing

b) crenccedila que a informaccedilatildeo vale por si proacutepria

c) falta de importacircncia dada ao cliente como indiviacuteduo nas unidades de

informaccedilatildeo

d) falta de formaccedilatildeo do bibliotecaacuterio sobre esta mateacuteria

e) inexistecircncia eou escassez de literatura sobre o marketing em unidades de

informaccedilatildeo

sobre a imagem organizacional para as unidades de informaccedilatildeo e para os seus gestoresraquo que poderaacute ser

consultado em httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=995221 142

BAPTISTA Sofia Galvatildeo ndash Teacutecnicas de marketing para gestores de unidades de informaccedilatildeo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p 83 143

1Qual eacute a atitude dos bibliotecaacuterios face agrave aplicaccedilatildeo do marketing nos serviccedilosprodutos das

bibliotecas 2 Qual o niacutevel de conhecimento das conceitos e praacuteticas do marketing 3 Qual o

compromisso destes organismos com os seus utilizadores 4 Em que contexto o marketing se aplica nas

bibliotecas da Finlacircndia 5 Que tipo de implicaccedilotildees traz o marketing neste serviccedilos (traduccedilatildeo efectuada

por noacutes) SINGH Rajesh ndash Undersanding Marketing Culture in Finnish Libraries In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p68-69 144

SINGH Rajesh ndash Ob citp 69 145

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637

61

f) falta de aplicabilidade do conceito mercadoloacutegico nas bibliotecas

g) gratuidade dos produtos e serviccedilos prestados

h) desconhecimento dos conceitos comerciais e sobre a teoria econoacutemica da

informaccedilatildeo

Florence MUET bibliotecaacuteria francesa segue a mesma ideia mas aponta outras

causas para esta situaccedilatildeo146

a) embora a satisfaccedilatildeo dos utilizadores seja importante ainda haacute o culto do

documento em detrimento do cliente

b) os gestores de informaccedilatildeo natildeo aceitam a ideia de existecircncia de

segmentosnichos de puacuteblicos Todos os clientes satildeo vistos como um grupo

homogeacuteneo os quais tecircm o direito de aceder de forma idecircntica aos mesmos

produtosserviccedilos

c) o recurso agraves ferramentas do marketing soacute eacute lembrado em alturas de crise como

o caso de falta de leitores e falta de integraccedilatildeo destes organismos no meio

social onde se integram

Recorrendo mais uma vez a AMARAL esta autora refere no artigo laquoMarketing e

inteligecircncia competitiva aspectos complementares da gestatildeo da informaccedilatildeo e do

conhecimentoraquo que a utilizaccedilatildeo do marketing pelos gestores de informaccedilatildeo eacute comum

nos dias de hoje soacute que natildeo eacute feita de forma consciente e clara147

Este eacute o caso do Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da

Madeira que seraacute objecto de estudo no Capiacutetulo V deste trabalho

AMARAL tambeacutem enfatiza que a laquoaplicaccedilatildeo das teacutecnicas metodoloacutegicas de

anaacutelise e segmentaccedilatildeo do mercado anaacutelise do consumidor organizaccedilatildeo de um sistema

146

MUET Florence ndash Marketing of Libraries and Documentation Services in France In GUPTA Dinesh

K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 88-89 147

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 22

62

de informaccedilotildees de marketing realizaccedilatildeo de auditoria de marketingraquo148

nas unidades de

informaccedilatildeo obriga que estes organismos sejam vistos como um negoacutecio Isto acontece

porque

laquoquando eacute adotada a orientaccedilatildeo metodoloacutegica as actividades satildeo

desenvolvidas com base na realizaccedilatildeo de trocas e do efetivo

conhecimento do mercado interesses necessidades expectativas

desejos dos puacuteblicos desse mercadoraquo149

Desta forma Tony LEISNER150

e Sophia KAANE151

acrescentam que a boa

aplicaccedilatildeo do marketing obriga os serviccedilos a atingirem niacuteveis elevados de satisfaccedilatildeo dos

clientes e a aumentar o valor percebido como forma de assegurar a sobrevivecircncia das

suas respectivas instituiccedilotildees Isto significa que os gestores de informaccedilatildeo devem

imbuir-se do espiacuterito e raciociacutenio de um empresaacuterio para assegurar a sobrevivecircncia do

seu laquonegoacutecioraquo desenvolvendo estrateacutegias competitivas programas e projectos voltados

para os seus clientes

Soacute assim com o conhecimento e aplicaccedilatildeo dos conceitos do laquomundo dos

negoacuteciosraquo que a unidade de informaccedilatildeo passa tal como organizaccedilotildees lucrativas a obter

benefiacutecios fiacutesicos humanos e materiais necessaacuterios para a sua manutenccedilatildeo e

funcionamento152

Um outro aspecto a salientar neste capiacutetulo eacute que os organismos tecircm de ser vistos

como uma organizaccedilatildeo de serviccedilos que aplicam o composto de marketing mix

Embora como jaacute abordamos existam 4 elementos um dos aspectos mais visiacuteveis

da adopccedilatildeo do marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a aplicaccedilatildeo de um dos Ps a

promoccedilatildeo153

Heloiacutesa OTTONI bibliotecaacuteria brasileira tem esta visatildeo quando afirma

que marketing nas unidades de informaccedilatildeo eacute a

148

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-952-6p 33 149

Idem 150

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing - In 61st IFLA General Conference -

Conference Proceedings1995[on line] [Consultado a 01 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm 151

KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf 152

VERGUEIRO Waldomiro ndash Marketing e gestatildeo da qualidade em serviccedilos de informaccedilatildeo o

relacionamento com os clientes como espaccedilo de convergecircncia de conceitos e praacuteticas In AMARAL

Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-

230-0952-6 p 61 153

No caso das bibliotecas e centros de documentaccedilatildeo a praacutetica de divulgaccedilatildeo dos seus serviccedilos data da

segunda metade do seacuteculo XIX Foi em 1876 na Conferecircncia de ALA ndash Ameacuterica Libraries Associacion

ndash que Samuel Swett falou pela primeira vez sobre a relaccedilatildeo entre bibliotecaacuterios e leitores Vinte anos

63

laquo(hellip) filosofia de gestatildeo administrativa na qual todos os

esforccedilos convergem em promover com a maacutexima eficiecircncia

possiacutevel a satisfaccedilatildeo de quem precisa e de quem utiliza

produtos e serviccedilos de informaccedilatildeo Eacute o ato de intercacircmbio de

bens e satisfaccedilatildeo de necessidadesraquo154

Segundo AMARAL o facto eacute que quando haacute transposiccedilatildeo do marketing para as

unidades de informaccedilatildeo os conceitos mercadoloacutegicos ficam limitados a aspectos

promocionais como elaborar cartazes folhetos ou marcadores Eacute preciso fazer mais

sobre uso da comunicaccedilatildeo para laquoatrair novos consumidores vender ideias fortalecer

marcasraquo155

Daiacute propor o uso da promoccedilatildeo sob cinco prismas156

laquoa) Tornar a organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos conhecidos

pelos usuaacuterios potenciais

b) Tornar o ambiente da organizaccedilatildeo e seus produtos e serviccedilos

atraentes para os usuaacuterios potenciais

c) Mostrar aos usuaacuterios reais como usar os produtos e os

serviccedilos

d) Evidenciar os benefiacutecios dos produtos e serviccedilos oferecidos

e) Manter os usuaacuterios reais constantemente bem informados

sobre a atuaccedilatildeo da organizaccedilatildeo seus produtos e serviccedilosraquo

Esta ideia vem ao encontro da sua definiccedilatildeo de marketing

laquoMarketing pressupotildee a compreensatildeo das necessidades

percepccedilotildees preferecircncias e interesse pela satisfaccedilatildeo e pelos

padrotildees de comportamento da audiecircncia-alvo aleacutem da

adequaccedilatildeo das mensagens da miacutedia dos custos e das

facilidades a fim de maximizar suas atividades na aacuterea em que

eacute aplicadoraquo 157

A bibliotecaacuteria Sofia GALVAtildeO utilizando uma vez mais a pesquisa de Miribel

diz-nos que uma das grandes preocupaccedilotildees dos gestores da informaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao

mais tarde tambeacutem na conferecircncia de bibliotecaacuterios americanos Lutie Stearns introduziu no vocabulaacuterio

dos bibliotecaacuterios o termo advertising que traduzido simboliza publicidade 154

OTTONI Heloiacutesa Maria ndash Bases do marketing para unidades de informaccedilatildeo [on line] [Consultado a

20 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httprevistaibictbrindexphpciinfarticleviewPDFInterstitial433391 155

AMARAL Sueli Angelica- Marketing da Informaccedilatildeo entre a promoccedilatildeo e a comunicaccedilatildeo integrada de

marketing [on line] [Consultado a 28 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwokaraufpbbrojs2indexphpiesarticleviewPDFInterstitial16361637 156

WEINGAND Darlene E ndash Serviccedilos aos clientes um imperativo de marketing In AMARAL Sueli

Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-

0952-6p 34-35 157

Idem p34

64

marketing eacute tambeacutem a promoccedilatildeo mas voltada para a imagem158

Imagem enquanto

instituiccedilatildeo e imagem enquanto profissional159

De forma geral refere a autora brasileira a imagem que as unidades de

informaccedilatildeo transmitem eacute que estas entidades nem sempre criamprojectam para o

mercado-alvo o que o utilizador pretende ou necessita

Autores como Sophia KAANE Hilkka ORAVA e Ar ANDREWS defendem a

mesma ideia Vejamos

KAANE no Congresso da IFLA (Internacional Federation of Librarian

Associations and Institutions) em 2006 apresenta no seu trabalho o resultado de um

inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios onde uma das questotildees que se colocava era se a

utilizaccedilatildeo do marketing de referecircncia nos serviccedilos das bibliotecas modificaria a sua

imagem na comunidade Os resultados obtidos foram positivos a maioria dos

inquiridos 68 respondeu afirmativamente como se comprova no graacutefico a seguir

apresentado160

(figura nordm 16)

Figura nordm 16

Resultado do inqueacuteritoefectuado a bibliotecaacuterios

Fonte KAANE Sophia - Marketing reference and information services in libraries a staff competencies

framework In 72ordm Congresso da IFLA 2006 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] [on line]

Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-Kaane-enpdf

158

LAUNO citada por GALVAtildeO refere que a imagem resulta de uma relaccedilatildeo qualitativa que permite

fidelizar e atrair novos utilizadores Para KOTLER eacute laquo(hellip) um conjunto de crenccedilas ideias e impressotildees

que uma pessoa manteacutem em relaccedilatildeo a um objecto As atitudes e acccedilotildees de uma pessoa em relaccedilatildeo a um

objecto satildeo amplamente condicionadas pela imagem desse objectoraquo GALVAtildeO Sofia

Baptista Ob cit p85 159

Nas deacutecadas de 30 a 70 do seacuteculo XX como jaacute referimos foram escritas diversas obras e um conjunto

de artigos sobre as formas de divulgaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo dos seus serviccedilos que permitiram a divulgaccedilatildeo

dos produtosserviccedilos das bibliotecas 160

KAANE Sophia ndash Ob citp 6

65

Esta situaccedilatildeo segundo a mesma autora contrasta com o trabalho de Snoj e

Petermanec que afirmam que a aplicaccedilatildeo da filosofia do marketing nestas organizaccedilotildees

natildeo lucrativas soacute se aplica para quem se quer demarcar no negoacutecio competitivo Jaacute

Shamel considera beneacutefica a utilizaccedilatildeo do marketing como instrumento de mudanccedila de

imagem das bibliotecas como forma de melhorar o seu espoacutelio bibliograacutefico aumentar

o nuacutemero de utilizadores e de serviccedilos prestados educar os clientes e natildeo clientes

culminando tudo isto na mudanccedila da reputaccedilatildeo da biblioteca e dos seus teacutecnicos161

No caso especiacutefico dos arquivos eacute urgente aplicar os conceitos de marketing para

que a sociedade mude a imagem que tem destas instituiccedilotildees culturais Esta situaccedilatildeo estaacute

bem explicita no relatoacuterio final apresentado na Mesa Redonda de Arquivos realizada

em 1999 no Arquivo Nacional do Brasil quando conclui que

laquo[hellip] para o cidadatildeo em geral o termo arquivo ainda estaacute

associado a depoacutesito de papeacuteis velhos e sem utilidade praacutetica

Para que possamos romper com esta imagem faz-se necessaacuterio

o planejamento e o desenvolvimento de campanha de

marketing em miacutedia impressa falada e televisiva sobre a

importacircncia dos arquivos para a cidadania e para a identidade

nacional o que poderaacute abrir caminhos para a modernizaccedilatildeo e

melhoria das condiccedilotildees materiais e de recursos humanos natildeo soacute

das instituiccedilotildees arquiviacutesticas puacuteblicas como tambeacutem dos

serviccedilos de arquivos da administraccedilatildeo puacuteblicaraquo162

Ramoacuten ALBERCH apresenta no livro laquoArchivos y Cultura manual de

dinamizacioacutenraquo a mesma noccedilatildeo

laquoLa otra visoacuten no es en ninguacuten caso mas optimista los archivos

permanecen en el olvido en el marco de un desconocimiento

general sobre sus objetivos y funciones En este sentido cabe

sentildealar que el ciudadano pero tambieacuten una parte sustancial de

los gestores y poliacuteticos tienen grandes dificultades para

establecer por ejemplo una correlacioacuten positiva entre sus

necesidades de informacioacuten ndash de todo o tipo administrativa o

cultural ndash y la existencia de un servicio de archivos aacutegil y

eficazraquo163

161

KAANE Sophia ndash Ob citp6 162

AMARAL Sueli Angeacutelica - Relatoacuterio geral apresentado na sessatildeo solene de encerramento In

Congresso Internacional de Arquivos Bibliotecas Centros de documentaccedilatildeo e Museus Federaccedilatildeo

Brasileira de Associaccedilotildees de Bibliotecaacuterios Cientistas da Informaccedilatildeo e Instituiccedilotildees Satildeo Paulo 2006 163

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Ob cit p27

66

O mesmo eacute dito por Julio DIacuteAZ CERDAacute

laquoEl archivo es sin duda el maacutes desconocido y menos utilizado

de los servicios de informacioacuten La razoacuten de este desencuentro

hay que buscarlo principal-mente en la propia singularidad

complejidad y diversidad de su objeto de es-tudio los

documentos En tanto que se trata de informacioacuten no elaborado

es el resultado de una determinada actuacioacuten administrativa

pueden presentar problemas de comprensioacuten para quienes

esperan una agradable y sencilla lec-turaraquo164

Da nossa experiecircncia enquanto arquivista e responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo

e Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira concluiacutemos como estes autores

que a noccedilatildeo que as pessoas tecircm de arquivo eacute de ser um local laquomortoraquo onde se guardam

papeacuteis velhos com interesse apenas para alguns investigadores e estudiosos

Daiacute Mireille MINIGGIO nos dizer que a promoccedilatildeo eacute a face mais visiacutevel dos

arquivos sobretudo atraveacutes da publicidade165

No que concerne agrave imagem dos profissionais de bibliotecas Ar ANDREW166

e

ORAVA167

afirmam que de forma geral a sociedade continua a ver os bibliotecaacuterios

como laquobichos-do-matoraquo com um ar cinzento e sisudo que mandam sempre calar os

seus leitores Para modificar esta noccedilatildeo torna-se pertinente que estes gestores saibam

distinguir identidade que resulta da laquomedida que uma organizaccedilatildeo toma para se

posicionar no mercadoraquo de imagem laquoeacute aquilo que o puacuteblico perceberaquo168

Torna-se

entatildeo necessaacuterio que o bibliotecaacuterio tenha uma visatildeo exacta do trabalho que desenvolve

dentro e fora do espaccedilo do seu serviccedilo

A imagem do arquivista necessita tambeacutem ser melhorada169

Diz-nos a arquivista

Fernanda RIBEIRO que os

164

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a de 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 165

MINIGGIO Mireille ndash Ob cit p39 166

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado a 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 167

ANDREW Ar - The image of the librarian visited Australian Libray and Information Association [on

line] [Consultado el 21 de Setembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaimagemhtm 168

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob citp315 169

Ao contraacuterio dos seus congeacuteneres das unidades da informaccedilatildeo que falaram pela primeira vez de

promoccedilatildeo em 1876 a arquiviacutestica soacute haacute cerca de trinta anos eacute que abordou pela primeira vez a questatildeo da

importacircncia das relaccedilotildees puacuteblicas nestes organismos Foi no 15ordm Congresso Internacional da Mesa

Redonda dos Arquivos realizado em Otava Atraveacutes de um questionaacuterio enviado a arquivos nacionais e

municipais de 41 paiacuteses tentou-se identificar trecircs aspectos acervo e funccedilotildees dos Arquivos recursos

67

laquo[hellip] arquivistas tradicionais ligados aos ldquoarquivos

histoacutericosrdquo continuavam na linha erudita e historicista

desenvolvendo uma actividade mais conotada com a cultura e o

patrimoacutenio do que com a dinacircmica da informaccedilatildeo por outro

porque os gestores de documentos nos contextos

organizacionais estavam muito marcados por uma visatildeo

administrativista e documental natildeo fazendo tambeacutem a

aproximaccedilatildeo com o mundo da informaccedilatildeoraquo170

Isto significa que haacute uma separaccedilatildeo entre os arquivistas e os restantes

profissionais da Ciecircncia da Informaccedilatildeo agravada pelo Conselho Internacional de

Arquivos em 1999 porque laquoeste organismo favoreceu um certo corporativismo entre

este grupo profissional unido em torno de questotildees teacutecnicas e de poliacuteticas de

conservaccedilatildeo do patrimoacutenio documentalraquo171

Numa primeira fase eacute indispensaacutevel que estes profissionais faccedilam as pazes com

os seus congeacuteneres porque todos trabalham para um fim comum preservar conservar

tratar comunicar e divulgar o patrimoacutenio documental contribuindo para a designada

educaccedilatildeo natildeo formal Apoacutes a mudanccedila desta imagem o arquivista deveraacute chegar mais

proacuteximo do seu cliente que normalmente os vecirc como algueacutem petulante e arrogante que

raramente laquoreconhece o valor do nosso contributo e do nosso conhecimentoraquo172

Natildeo nos podemos igualmente esquecer que o facto de nos inserirmos na

Sociedade de Informaccedilatildeo tambeacutem designada Era da Informaccedilatildeo da Sociedade

humanos e logiacutesticos existentes nuacutemero de visitantes e actividades culturais desenvolvidas como eacute o

caso das exposiccedilotildees actividades educativas e publicaccedilotildees como forma de cativar utilizadores A

conclusatildeo a que os seus organizadores chegaram eacute que o serviccedilo de Relaccedilotildees Puacuteblicas natildeo existe na

maior parte dos Arquivos inquiridos e os que afirmam a sua existecircncia afirmam-no como laquoacessoacuterio da

comunicaccedilatildeoraquo ou entatildeo como oacutergatildeo dependente de outros organismos oficiais que natildeo arquivos Isto

significa que os arquivistas ainda estatildeo na fase em que acreditam que a informaccedilatildeo existente vale por si

soacute e que por isso natildeo eacute necessaacuteria promoccedilatildeo para atrair e cativar novos utilizadores Actes de la

quinziegraveme conferereacutence internacionale de la Table Rondes decircs Archives Le archives et les relationes

publiques Conseil International decircs Archives Paris 1977

Tambeacutem enquanto na aacuterea da biblioteconomia se nota principalmente a partir da deacutecada de 90 do seacuteculo

XX um aumento substancial sobre a literatura relacionada com a aplicaccedilatildeo do marketing no caso da

arquiviacutestica a produccedilatildeo manteacutem-se completamente nula Veja-se Capiacutetulo II 211 A histoacuteria do

marketing atraveacutes de bibliografia de referecircncia

As razotildees que talvez possam explicar essa lacuna poderatildeo estar relacionadas com a imagem do arquivo e

dos arquivistas bem como com a relutacircncia em aceitar o marketing nos seus serviccedilos 170

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 171

Idem 172

HENRIQUE Ceciacutelia ndash Construindo a nova administraccedilatildeo (reflexotildees de uma arquivista) [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwapbadptCadernosBADCaderno22006CHenriquesCBAD206pdf

68

Poacutes-industrial Sociedade do Conhecimento eou Sociedade Inteligente173

obriga agrave

alteraccedilatildeo do perfil deste profissional que deve abandonar a postura de laquoum guardador de

documentosraquo174

e assumir a de laquogestor de informaccedilatildeo em qualquer contexto orgacircnico

produtor de fluxo informacionalraquo175

Corroborando essa ideia Heloiacutesa Liberalli

BELLOTO afirma que

laquoBasta que os arquivistas reconheccedilam que o puacuteblico vai aleacutem

dos que vecircm ao recinto do arquivo sobretudo os historiadores e

perpassa por todos os componentes da comunidade mesmo

aqueles que nem sequer sabem o que seja o arquivo todo um

puacuteblico potencial a conquistar

Ademais eacute preciso dar mais transparecircncia ao arquivo e ao

arquivista fazer reconhecer o que satildeo e o que fazemraquo176

e estar preparados para laquoLa irrupciacuteon de nuevos suportes documentales y

principalmente las nuevas viacuteas telemaacuteticas de accesoraquo do seacuteculo XXI177

O mesmo repto

eacute descrito por Antoacutenio Maranhatildeo PEIXOTO sobre os Arquivos Municipais portugueses

quando diz

laquo[hellip] temos assistido agrave implementaccedilatildeo de tecnologias da

informaccedilatildeo ao serviccedilo da Administraccedilatildeo para que de uma

forma moderna satisfaccedila as necessidades do cidadatildeo Aleacutem de

parceria essencial no processo administrativo os Arquivos

Municipais como sistemas de informaccedilatildeo tecircm que assegurar de

173

laquoO Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo em Portugalraquo define a expressatildeo Sociedade da

Informaccedilatildeo como laquoum modo de desenvolvimento social e econoacutemico em que a aquisiccedilatildeo

armazenamento processamento valorizaccedilatildeo transmissatildeo distribuiccedilatildeo e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeo

conducente agrave criaccedilatildeo de conhecimento e satisfaccedilatildeo das necessidades dos cidadatildeos e das empresas

desempenha um papel central na actividade econoacutemica na criaccedilatildeo de riqueza na definiccedilatildeo da qualidade

de vida dos cidadatildeos e das suas praacuteticas culturaisraquo Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo [on

line] [Consultado a 20 de Jul de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwposcmctesptdocumentospdfLivroVerdepdf 174

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 175

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo [on line]

[Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httplerletrasupptuploadsficheirosartigo8871PDF 176

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash Acervo Documental como patrimoacutenio histoacuterico cultural In Semana

dos 150 anos do Arquivo Puacuteblico do Estado do Paranaacute (1855-2005) Curitiba Paranaacute 4 a 7 de Abril de

2005 177

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf O mesmo eacute referido por Joseacute A

MOREIRO GONZAacuteLEZ nas IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten laquoNuevos perfiles profesionales y

formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de informacioacutenraquo MOREIRO GONZAacuteLEZ Joseacute

A ndash Nuevos perfiles profesionales y formacioacuten de documentalistas que trabajan en servicios de

informacioacuten In Actas de las IX Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid

2007 [on line] [Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL httpwwwsedicesIX-

Jornadas_Jose-Antonio-Moreiropdf

69

maneira eficiente e eficaz a gestatildeo de todo um conjunto de

questotildees relacionadas com o tratamento acesso controle e

manuseamento bem como a pesquisa e difusatildeo da informaccedilatildeo

que abrangemraquo178

e contribuir

laquopara a agilizaccedilatildeo administrativa isto eacute na melhoria da

qualidade da informaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo dos tempos de

resposta ao cidadatildeo contribuindo na organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo

e do seu alcance nos serviccedilosraquo179

O caminho a seguir passa pela resposta do arquivista a estes novos desafios

pois como jaacute foi dito antes as empresas vencedoras satildeo aquelas que conseguem atender

agraves necessidades dos clientes em tempo uacutetil e conveniente com comunicaccedilatildeo efectiva180

Sem isto como afirma Joseacute Ramoacuten MUNDET acabamos por desaparecer e morrer181

Para atingir os objectivos de divulgaccedilatildeo dos nossos arquivos diz-nos ainda

BELLOTO haacute que compreender que laquoa interligaccedilatildeo entre arquivo e sociedade passa

pela relaccedilatildeo entre arquivos e governo arquivos e patrimoacutenio cultural pesquisa histoacuterica

e entre arquivos e cidadaniaraquo182

Perante esta ideia pode-se concluir que o

desenvolvimento das funccedilotildees culturais dos arquivos e a formaccedilatildeo de utilizadores183

ajudam a mudar a imagem e a marcar sua posiccedilatildeo no mercado como forma de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos puacuteblicos

Da siacutentese dos artigos apresentados nas Conferecircncias Anuais da IFLA184

e pela

Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios da Austraacutelia185

mas cujos resultados podem igualmente

ser aplicados a arquivos puacuteblicos resultam as seguintes propostasestrateacutegias a seguir

178

PEIXOTO Antoacutenio Maranhatildeo ndash Os arquivos municipais no dealbar do seacuteculo XXI In Actas do 9ordm

Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios

Arquivistas e Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008]

Disponiacutevel URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM103pdf 179

Idem 180

KOTLER Philip e KEVIN Keller ndash Ob cit p18 181

CRUZ MUNDET Joseacute Ramoacuten ndash Pasado y futuro de la profeacutesioacuten de archivero [on line] [Consultado

a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpeprintsrclisorg23561A12-02pdf 182

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash O arquivista na sociedade contemporacircnea [on line] [Consultado a

02 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwmariliaunespbrHomeExtensaoCEDHUMtexto01pdf 183

CERDAacute DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf 184

ASHCROFT Linda - Marketing strategies for visibility and indispensability In 73ordm Congresso da

IFLA 2007 [on line] [Consultado a 04 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httparchiveiflaorgIVifla73papers115-Ashcroft-enpdf

ARAHOVA Antonia e KAPIDAKIS Sarantos - Marketing partnerships in Greece between libraries

archives and museums A new age has just started In 72 ordm Congresso da IFLA 2006 [on line]

70

a) conhecer de forma individual os leitores os quais devem ser atendidos com

simpatiaamabilidade prontidatildeo disponibilidade e cortesia Um cliente bem

atendido volta sempre mesmo quando os bens satildeo intangiacuteveis186

Mas isto natildeo eacute

suficiente pois como refere LEISNER por muito que os teacutecnicos sejam bons

profissionais se natildeo conseguirem corresponder agraves expectativas dos seus

utilizadores estes natildeo ficam satisfeitos187

Eacute necessaacuterio responder

antecipadamente agraves suas necessidades ou conhecer o produto desejado de forma

a prestar um serviccedilo que os distinga da concorrecircncia

b) aplicar o marketing como forma de promoccedilatildeo das unidades de informaccedilatildeo

para o exterior sem esquecer os colaboradores internos Eacute primordial criar

espiacuterito de equipa para que se possa satisfazer os clientes internos (teacutecnicos) e os

clientes externos (leitores)

c) envolver uma vez mais toda a equipa nas tomadas de decisotildees de forma a

tomarem consciecircncia do seu envolvimento no trabalho que desempenham dentro

e fora da instituiccedilatildeo

d) os profissionais da informaccedilatildeo natildeo devem recear demonstrar os seus

conhecimentos aos seus superiores e colaboradores porque o importante eacute fazer

trabalho com qualidade de forma a manter e aumentar o nuacutemero de utilizadores

e) com a popularizaccedilatildeo das TIC ndash Tecnologias da Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo ndash

o bibliotecaacuterio e o arquivista devem ajudar os seus clientes a atingir os seus

[Consultado a 04 de Octubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla72papers118-

Arahova_Kapidakis-enpdf

CREMER Monika - The Image of Libraries in the Internet In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on line]

[Consultado a 04 de Octubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla64179-117ehtm

JAAFAR Shahar Banun - Marketing Information Technology (IT)

Products and Services Through Libraries Malaysian Experiences In 64ordm Congresso da IFLA 1998 [on

line] [Consultado a 04 de Otubro de 2008] Disponiacutevel URL httparchiveiflaorgIVifla64126-

86ehtm 185

BUNDY Alan - The 21st century profession one mission one voice one future [on line]

[Consultado a 10 de Novembro de 2008] Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaquem20somoshtm

CUMMINGS L - Virtual training for virtual clients [on line] [Consultado a 10 de Novembro de

2008]Disponiacutevel URL

fileFcapitulosbibliografiainfotodaubnetarquivo20austrC3A1liaclinets20virtuauishtm 186

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p35 187

LEISNER Tony - Should Libraries Engage in Marketing In 61ordm Congresso da IFLA 1995 [on line]

[Consultado a04 de Octubro de 2008]] Disponible URL fileFcapitulosbibliografiaifla61-leithtm

71

objectivos no trabalho de pesquisa Tambeacutem deveratildeo estar preparados para os

ajudar os seus clientes a pesquisar na Internet quando estes tecircm duacutevidas eou

quando natildeo sabem explorar as bases de dados ou utilizar os equipamentos

informaacuteticos Devem ainda estar a par das novas tecnologias para apostar na

digitalizaccedilatildeo dos documentos As vantagens satildeo enormes um maior nuacutemero de

clientes teraacute acesso agrave informaccedilatildeo

f) deveratildeo tambeacutem apostar na formaccedilatildeo de utilizadores de modo a dar a

conhecer melhor os serviccedilos de que dispotildeem

g) a imagem que os organismos tecircm na sociedade eacute construiacuteda pelos seus

colaboradores Haacute sempre que ajudar os clientes a saiacuterem satisfeitos mesmo que

os serviccedilos apresentados natildeo correspondam agraves suas demandas numa fase inicial

h) ter sempre um site188

actualizado dos seus serviccedilos e enviar regularmente

newsletters sobre novos serviccedilos que tecircm sido criados e promover todas as

iniciativas tomadas como mostras documentais e exposiccedilotildees e novas

publicaccedilotildees Criar tambeacutem notas de imprensa e enviar para a comunicaccedilatildeo social

local

i) se possiacutevel estabelecer boas relaccedilotildees com a comunicaccedilatildeo social para ser mais

faacutecil divulgar as actividades de extensatildeo cultural

j) o profissional de informaccedilatildeo deve estar atento a todas as mudanccedilas que se

passam na sua carreira devendo apostar na formaccedilatildeo contiacutenua

l) promover a carreira das Ciecircncias da Informaccedilatildeo atraveacutes de acccedilotildees de

sensibilizaccedilatildeo junto da comunidade juvenil e estudantil e populaccedilatildeo em geral

Um exemplo tambeacutem a ser explorado pelos arquivistas eacute o programa informaacutetico

desenvolvido pela IFLA o MatPromo em que MASSIgraveSSIMO e Jorge

FRANGANILLO no artigo laquoThe ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM Section

188

Sobre as vantagens da utilizaccedilatildeo da Internet como deve ser um site nas unidades de informaccedilatildeo a IFLA

indica algumas directrizes a serem seguidas Vide wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto No caso

portuguecircs a qualidade dos sites de organismos da administraccedilatildeo puacuteblica devem seguir a Resoluccedilatildeo do

Conselho de Ministros nordm 22 2001 de 27 de Fevereiro Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 49 2001 - I Seacuterie-B

72

Projectraquo partilham entre os gestores de informaccedilatildeo exemplos de boas praacuteticas de

promoccedilatildeo como marcadores cartazes logoacutetipos flyers e objectos de merchadising189

189

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e FRANGANILLO Jorge - The ldquoMatPromordquo database na IFLA MampM

Section Project In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library

and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-

598-11753-4p383 Pode-se consultar igualmente um artigo idecircntico no endereccedilo

httpdialnetuniriojaesservletarticulocodigo=1198758 intitulado laquoLa base de datos MatPromo una

ayuda de IFLA para la promocioacuten de las bibliotecasraquo

73

CAPIacuteTULO IV ndash MARKETING EM ARQUIVOS PUacuteBLICOS

Com o tiacutetulo laquoMarketing em Arquivos Puacuteblicosraquo vamos reflectir e teorizar sobre a

aplicaccedilatildeo do laquonegoacutecio da informaccedilatildeoraquo nos produtos e serviccedilos aiacute prestados

Inseridas na sociedade global a sobrevivecircncia destas instituiccedilotildees natildeo lucrativas

dependem do reconhecimento puacuteblico das suas funccedilotildees e da importacircncia dos seus

serviccedilos na comunidade em que se integram Estas devem ser encaradas como empresas

com clientes internos e clientes externos cujo objectivo principal eacute obter lucro na

prestaccedilatildeo dos serviccedilos qualitativo e natildeo quantitativo

Quem eacute o seu puacuteblico real e potencial

O que tecircm os arquivos para oferecer aos utilizadoresclientesconsumidores que

satisfaccedila as suas necessidades

Quem satildeo os seus principais concorrentes

Como se caracteriza o marketing mix

Como se aplica um plano de marketing em Arquivos

Seraacute que o conceito de marketing se pode aplicar aos Arquivos Distritais

portugueses

Satildeo questotildees que vamos tentar responder neste capiacutetulo associando as respostas

numa primeira fase agrave triacuteade Arquivo-Documento-Informaccedilatildeo

De acordo com o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo o Arquivo pode ser

definido como

laquoConjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de prova

ou informaccedilatildeoraquo190

e como uma laquoInstituiccedilatildeo ou serviccedilo responsaacutevel pela aquisiccedilatildeo conservaccedilatildeo

organizaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo dos documentos de arquivoraquo 191

190

Arquivo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p7 191

Idem

74

Para a arquivista espanhola Heacuteredia HERRERA o arquivo eacute

laquoum ou mais conjunto de documentos seja qual for a sua data forma e

suporte material acumulados num processo natural por uma pessoa ou

instituiccedilatildeo puacuteblica e privada no decorrer da sua gestatildeo conservados

respeitando a sua ordem natural para servir como testemunho e

informaccedilatildeo para a pessoa ou instituiccedilatildeo que os produz para os cidadatildeos

ou para servir como fonte para a Histoacuteriaraquo192

Jaacute a laquoNorma Portuguesa 40412005raquo entende Arquivo como um

laquoconjunto orgacircnico de documentos independentemente da sua data

forma e suporte material produzidos ou recebidos por uma pessoa

juriacutedica singular ou colectiva ou por um organismo puacuteblico ou

privado ou no exerciacutecio da sua actividade e conservados a tiacutetulo de

prova ou informaccedilatildeoraquo193

A sua documentaccedilatildeo pode ser designada de tipo textual ndash informaccedilatildeo transmitida

pela escrita iconograacutefica ndash informaccedilatildeo laquoatraveacutes de imagens (a duas ou trecircs dimensotildees)

como desenho fotografia gravura maquete etcraquo electroacutenica audiovisual sonora e

virtual e de meta-informaccedilatildeo194

O documento de arquivo eacute laquoproduzido a fim de provar eou informar um

procedimento administrativo ou judicial Eacute a mais pequena unidade arquiviacutestica

indivisiacutevel do ponto de vista funcional Pode ser constituiacutedo por um ou mais

documentos simplesraquo195

O patrimoacutenio arquiviacutestico seraacute entatildeo constituiacutedo pelo conjunto laquodos arquivos com

interesse cultural relevante para a memoacuteria identidade e conhecimento de um paiacutes A

conservaccedilatildeo deste patrimoacutenio estaacute sujeita a disposiccedilotildees legais proacutepriasraquo196

Da anaacutelise das noccedilotildees apresentadas decorre que o principal produto da

arquiviacutestica eacute a Informaccedilatildeo que pode ser definida como laquoelemento referencial noccedilatildeo

ideacuteia ou mensagem contida num documentoraquo197

eou eacute um

192

HEREDIA Herrera Antoacutenia ndash Archiviacutestica General Teoria y Practica Camas Sevilha 1995 ISBN

978-84-505-4784-9 p59 193

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos baacutesicos IPQ

Lisboa p 5 194

Idem P7 195

Informaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndashOb cit p38 196

Idem p21 197

Informaccedilatildeo Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] [Consultado a 23 de Setembro de

2008] Disponiacutevel URL httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

75

laquoconjunto estruturado de representaccedilotildees mentais codificadas (siacutembolos

significantes) socialmente contextualizadas e passiacuteveis de serem

registadas num qualquer suporte material (papel filme banda

magneacutetica disco compacto etc) e portanto comunicadas de forma

assiacutencrona e multi-direccionadaraquo198

Esta uacuteltima ideia eacute a que mais se identifica com o arquivista que tem nos

documentos a base do seu trabalho199

e enquadra-se na definiccedilatildeo de marketing da

informaccedilatildeo referida por AMARAL

laquoMarketing da informaccedilatildeo eacute o processo gerencial de todo o tipo de

informaccedilatildeo (tecnoloacutegica cientiacutefica comunitaacuteria utilitaacuteria arquiviacutestica

organizacional ou para negoacutecios) em uma organizaccedilatildeo um sistema um

produto ou um serviccedilo sob a oacutetica de marketing para alcanccedilar a

satisfaccedilatildeo dos diversos puacuteblicos da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo quando satildeo utilizadas teacutecnicas na realizaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo das

trocas de valores beneficiando todos os elementos que interagem na

troca para garantir a sobrevivecircncia da organizaccedilatildeo sistema produto ou

serviccedilo no seu mercado de negoacutecioraquo 200

Partindo destas premissas verificamos que os arquivos tal como as bibliotecas e

os centros de documentaccedilatildeo estatildeo envolvidos no processo de marketing de informaccedilatildeo

e envolvem quer capital humano quer produtos tangiacuteveis e intangiacuteveis imperativos

necessaacuterios para marcar a diferenccedila no mercado e cujo objectivo uacuteltimo satildeo as

relaccedilotildees de troca e satisfaccedilatildeo final dos seus utilizadores internos e externos Haacute tambeacutem

que saber mantecirc-los pois como todos jaacute ouvimos falar eacute mais barato manter um cliente

do que conquistar um novo

Isto pressupotildee uma anaacutelise do mercado que KOTLER em 1978 define como

laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que tecircm recursos que querem trocar ou

que poderatildeo concebivelmente trocar por benefiacutecios distintosraquo201

O mesmo autor

198

RIBEIRO Fernanda ndash A informaccedilatildeo nos arquivos A gestatildeo dos meios de acesso e pesquisa In

Comunicaccedilotildees de Bibliotecas Multiculturismo 5ordm Congresso Nacional de Bibliotecas Arquivistas e

Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e Documentalistas Lisboa 1994 p 72 199

Embora natildeo seja nosso propoacutesito desenvolver este aspecto gostariacuteamos de realccedilar que a informaccedilatildeo eacute

um elemento coadjuvante na tomada de decisotildees do ser humano e o estudo da documentaccedilatildeo existente

nos arquivos pode tornar-se elemento decisivo em questotildees poliacuteticas como refere o artigo laquoLa gestion des

archives et des documents au service des deacutecideurs une eacutetude RAMPraquo publicado pela UNESCO em

1985 200

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing e Inteligecircncia competitiva aspectos complementares da

gestatildeo da informaccedilatildeo e do conhecimento In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da

Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p21 201

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p33

76

define puacuteblico como sendo laquoum grupo distinto de pessoas eou organizaccedilotildees que

possuem um interesse real ou potencial e ouum impacto sobre uma organizaccedilatildeoraquo202

A junccedilatildeo dos conceitos supracitados bem como as noccedilotildees

arquivo-documento-informaccedilatildeo leva-nos a tentar identificar o mercado-alvo dos

arquivos

Nesse sentido importa analisar o mercado interno e o mercado externo onde os

arquivos puacuteblicos actuam

41 Anaacutelise ambiental dos Arquivos Puacuteblicos

411 Mercado Interno

A anaacutelise do mercado interno permite determinar quais satildeo os recursos de que as

instituiccedilotildees dispotildeem as suas fraquezas eou limitaccedilotildees que lhes permita estabelecer

metas etapas na sua missatildeo visatildeo e valores Verifica-se tambeacutem que as empresas aleacutem

de se centrarem no cliente comeccedilam a dar maior importacircncia aos recursos humanos

departamento da logiacutestica (equipamentos instalaccedilotildees maacutequinas e moacuteveis) recursos

financeiros e materiais e sistemas administrativos e gerecircncias (disciplinas e normas de

produccedilatildeo)203

como forma de ajudar as empresas a atingirem as suas metas de trabalho

Agrave comunicaccedilatildeo interna das organizaccedilotildees Saul BEKIN daacute o nome de

endomarketing204

Isto significa que a transposiccedilatildeo deste sistema para as Ciecircncias de

Informaccedilatildeo envolve todos os colaboradores da instituiccedilatildeo designados de clientes

internos para uma visatildeo comum sobre a instituiccedilatildeo bem como as metas resultados

produtos serviccedilos e objectivos a atingir laquoO processo de comunicaccedilatildeo da informaccedilatildeo de

uma empresa eacute algo que deve ser trabalhado em todos os seus setores tanto no sentido

horizontal quanto no verticalraquo205

isto eacute incentivar o diaacutelogo entre os teacutecnicos de niacutevel

superior (os gestores) e os funcionaacuterios que estatildeo mais abaixo (os executores) Assim

se num Arquivo se conseguir a participaccedilatildeo efectiva de toda a equipa interna ndash desde os

gestores de topo como directores chefes de divisatildeo e outros colaboradores como

202

VAZ Gil Nuno ndash Marketing institucional O mercado de ideias e imagens Editora Pioneira Satildeo

Paulo 2000 p76 203

VAZ Gil Nuno ndash Ob Cit 204

O termo endomarketing eacute uma expressatildeo brasileira referida pela primeira vez em 1995 por Saul Bekin

no livro laquoConversando sobre endomarketingraquo 205

CAMPOS Seacutergio Emiacutedio de Azevedo GAMA LAENE Pedro [et al] ndash Gestatildeo da comunicaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para clientes de organizaccedilotildees hospitalares In AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na

Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007 ISBN 978-85-230-0952-6 p208

77

teacutecnicos de arquivo teacutecnicos de informaacutetica teacutecnicos de microfilmagem

conservadores restauradores administrativos bem como dos mecenas patronos e

voluntaacuterios206

desde o iniacutecio do processo de instalaccedilatildeo ou mudanccedila de serviccedilos a

planificaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de futuras actividades seraacute mais faacutecil no mercado Por

sua vez este processo obriga a que o funcionaacuterio demonstre ser

laquoCriativo Busca desafios novas estrateacutegias para chamar atenccedilatildeo

Destemido Ser corajosoacreditar no que fazvestir a camisa

Honesto Prometer as coisas e cumpri -las

Humano O produto eacute a empresa cada departamento vende seu produto

a outros departamentos todos devem saber as necessidades de cada um

Integrado Visa o bom relacionamento entre as aacutereas

Poliacutetico Saber dar e receber concessotildees

Realista Busca a realidadetrabalha em cima da verdaderaquo207

A aplicaccedilatildeo dos designados 5Cs de BRUM - laquoos princiacutepios criativosraquo208 para

responder de forma eficiente agraves solicitaccedilotildees satildeo igualmente pedidos

laquoCapacidade mostrando a importacircncia do preparo teacutecnico da

formaccedilatildeo do aperfeiccediloamento independente de cargo ou funccedilatildeo

Atraveacutes desse princiacutepio poderaacute ser evidenciada a preferecircncia da atual

gestatildeo por pessoas capacitadas

Competecircncia evidenciada em dois sentidos na importacircncia de fazer

bem feito (sou competente) e de assumir responsabilidades (eacute da minha

competecircncia)

Coragem de enfrentar os desafios e correr riscos necessaacuterios para o

desenvolvimento de um determinado projeto ou tarefa Mostrar que o

sucesso estaacute diretamente ligado agrave capacidade da pessoa correr riscos

Criatividade para encontrar soluccedilotildees saiacutedas e alternativas para as mais

diversas questotildees internas e externas da empresa Desmistificar a

criatividade mostrando que todos podem encontrar novas formas de

como fazer

Coraccedilatildeo ressaltando a importacircncia de as pessoas envolverem-se

verdadeiramente com aquilo que fazem com a empresa na qual

trabalham e com os colegas com os quais convivem Este princiacutepio

serve para mostrar tambeacutem o envolvimento da empresa com a nova

gestatildeoraquo

Da nossa experiecircncia satildeo vaacuterias as metodologias que os arquivos puacuteblicos

podem e devem adoptar das organizaccedilotildees lucrativas para melhorar o seu funcionamento

interno

206

Os mecenas patrocinadores e voluntaacuterios embora sejam um segmento externo acabam por exercer

uma forte pressatildeo interna no funcionamento dos diferentes organismos Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit

p91-92 Na realidade face agrave actual conjuntura econoacutemica a sobrevivecircncia e o bem-estar dos Arquivos

Puacuteblicos passa quanto a noacutes por estabelecer por estabelecer parcerias com estes consumidores internos 207

PARDINI Maria Aparecida - Marketing interno fator gerador da satisfaccedilatildeo do cliente externo [on

line] [Consultado a 05 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwufpebrsnbudocs88apdf 208

Idem

78

Para os funcionaacuterios que jaacute trabalham na instituiccedilatildeo se sentirem integrados

propotildee-se a elaboraccedilatildeo de planos anuais de actividades para o ano corrente

especificando os objectivos estrateacutegicos do arquivo os objectivos operacionais os

indicadores de desempenho os planos de acccedilatildeo os responsaacuteveis pela sua execuccedilatildeo os

prazos de execuccedilatildeo o controlo de execuccedilatildeo do plano a data da conclusatildeo e a indicaccedilatildeo

se a acccedilatildeo foi ou natildeo eficaz Para que este trabalho seja mantido actualizado e em

constante melhoria propotildee-se ainda a realizaccedilatildeo de reuniotildees mensais com a equipa

responsaacutevel pelos projectos

Outra forma dos funcionaacuterios dos arquivos receberem informaccedilotildees sempre

actualizadas e pertinentes sobre os serviccedilos eacute a criaccedilatildeo da Intranet209

Isto implica uma

nova cultura organizacional que promove uma maior interacccedilatildeo entre os diversos

departamentos passam a interagir mais entre si permite aceder a informaccedilotildees

actualizadas e saber o que se passa a niacutevel interno em termos de decisotildees aleacutem de

diminuir o fluxo do papel A Intranet promove igualmente a uniatildeo dos colaboradores

que passam a trabalhar mais proacuteximo e para um objectivo comum o sucesso e a

economia da empresa Salientamos ainda que o seu manuseamento deveraacute respeitar as

normas de acessibilidade e usabilidade ndash designado pelos informaacuteticos de W3c ndash sendo

conveniente um visual da paacutegina da Intranet apelativo e se possiacutevel que esteja de

acordo com o site do organismo

Para os novos colaboradores o laquoManual de Acolhimentoraquo eacute o instrumento de

trabalho ideal para integrar um novo teacutecnico que inicie o seu serviccedilo

Deste manual poderatildeo constar os seguintes pontos

a) nota introdutoacuteria da direcccedilatildeo a dar as boas vindas ao novo

colaborador

b) para que serve o manual de acolhimento

objectivos

puacuteblico-alvo

209

Veja-se as etapas de aplicaccedilatildeo da Intranet na Cacircmara Municipal de Madrid descrita por Esperanza

Garcia Paso Goacutemez PASO GOacuteMEZ Esperanza Garciacutea de ndash La definicioacuten de un modelo estrateacutegico de

desarrollo para intranets corporativas en grandes organizaciones El caso del Ayuntamiento de Madrid In

Actas de las VIII Jornadas de Gestioacuten de la Informacioacuten Biblioteca Nacional Madrid 2006 [on line]

[Consultado a 09 de Junho de 2009] Disponiacutevel URL

httpeprintsrclisorg78941Sesion_2_comunicacion_1_Garciapdf

79

c) o que se faz no Acolhimento e Integraccedilatildeo de Novos colaboradores

(depende de cada serviccedilo)

d) apresentaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

missatildeo

visatildeo

valores

poliacutetica da qualidade (se o serviccedilo tiver)

e) serviccedilos e competecircncias que lhes satildeo atribuiacutedas

f) apresentaccedilatildeo de todos os colaboradores

seus contactos internos e endereccedilo electroacutenico do serviccedilo

g) natureza juriacutedica do Arquivo

h) subordinaccedilatildeo administrativa

i) normas e procedimentos do serviccedilo

horaacuterio de trabalho

legislaccedilatildeo pessoal

recursos informaacuteticos

j) informaccedilotildees gerais

planta do edifiacutecio

correspondecircncia recebida e expedida (percurso da mesma e

indicar se pode natildeo haver correio particular por exemplo)

infra-estruturas

contactos

transportes puacuteblicos urbanos

feriados nacionais e regionais

Conveacutem realccedilar que esta ferramenta natildeo eacute fechada sobre si isto eacute deve estar em

permanente actualizaccedilatildeo face agraves mudanccedilas internas reflectindo a dinacircmica do serviccedilo o

espiacuterito e a missatildeo do organismo

80

Paralelamente a boa integraccedilatildeo do colaborador passaraacute pela apresentaccedilatildeo a

todos os colegas sem excepccedilatildeo porque assim toda a equipa sabe quem eacute quem e quais

seratildeo as suas funccedilotildees

Outro aspecto a ter em consideraccedilatildeo eacute o das infra-estruturas muitas das vezes

consideradas sinoacutenimas de bem-estar dos funcionaacuterios210

edifiacutecio adequado com boas

acessibilidades mobiliaacuterio confortaacutevel bons gabinetes teacutecnicos bons equipamentos e

bons recursos materiais Estes aspectos satildeo igualmente condicionantes para motivar os

funcionaacuterios aumentando a produtividade tanto quantitativa como qualitativa do

trabalho

Toda esta gestatildeo organizacional eacute feita a pensar de dentro para fora dos

Arquivos para laquobem servirraquo211

o cliente externo como vamos ver a seguir

412 Mercado Externo

O mercado externo estaacute directamente relacionado com o micro-ambiente e com

o macro-ambiente

O meio envolvente do microndashambiente das empresas relaciona-se com os

fornecedores distribuidores e concorrentes da empresa

Os fornecedores dos arquivos satildeo no nosso entender classificados de duas

formas

- fornecedores de bens culturais como fundos documentais provenientes

de organismos puacuteblicos e privados dependendo da missatildeo de cada um

- fornecedores de bens para o bom funcionamento do arquivo tais como

contratos de assistecircncia teacutecnica ou actualizaccedilatildeo de aplicaccedilotildees

informaacuteticas com as respectivas renovaccedilotildees e material necessaacuterio para o

quotidiano como esferograacuteficas laacutepis agrafadores resmas de papel etc

Os distribuidores satildeo todos os colaboradores dos arquivos que ajudam os leitores

a acederem agrave documentaccedilatildeo quer seja atraveacutes da criaccedilatildeo de portarias de avaliaccedilatildeo

210

Propomos como complemento destas ideias a leitura do artigo publicado no jornal laquoPuacuteblicoraquo em 2007

intitulado laquoOs segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuteriosraquo SANTOS Nuno Ferreira

ndash Os segredos das empresas que melhor tratam os seus funcionaacuterios In Puacuteblico Lisboa 9 de Marccedilo de

2007 p18-19 211

BEKIN Saul Faingus ndash Conversando sobre endomarketing Editora MaKron Satildeo Paulo 1995 ISBN

8534603405 p5-7

81

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa autos de

eliminaccedilatildeo roteiros topograacuteficos instrumentos de descriccedilatildeo documental (guias

inventaacuterios cataacutelogos registos e iacutendices) seja atraveacutes de mostras e exposiccedilotildees

documentais eou atraveacutes de actividades educativas Dentro deste grupo acrescentamos

a comunicaccedilatildeo social ndash que daacute a conhecer o trabalho efectuado nestes serviccedilos a

associaccedilatildeo dos amigos dos arquivos os mecenas os patronos e os voluntaacuterios212

Identificar os concorrentes permite a estes organismos criar estrateacutegias de

fidelizaccedilatildeo e de captaccedilatildeo de novos consumidores uma vez que satildeo a essecircncia destes

serviccedilos213

Isto eacute ao identificarem o meio envolvente onde se inserem saberatildeo indicar

se outras instituiccedilotildees como bibliotecas centros de documentaccedilatildeo e museus respondem

agraves necessidades dos clientes ou entatildeo se existem espaccedilos de Internet que o puacuteblico

considere ser a forma mais faacutecil de adquirir informaccedilatildeo Estamos perante a anaacutelise

SWOT cujo acroacutenimo significa forccedilas (Strengths) fraquezas (Weaknesses)

oportunidades (Opportunities) e Ameaccedilas (Threats) como explicaremos mais agrave frente

O macro-ambiente relaciona-se com factores econoacutemicos sociais educacionais

tecnoloacutegicos legais e culturais elementos decisores do comportamento dos

consumidores Philip KOTLER e Kevin KELLER utilizam as teorias das motivaccedilotildees

humanas de Abraham Maslow para explicarem as necessidades do consumidor numa

hierarquia de importacircncia fisioloacutegica seguranccedila social estima e auto-realizaccedilatildeo

Todas estas necessidades podem ocorrer de forma alternativa dependendo de cada caso

Mediante o exposto os autores supracitados esquematizam as necessidades humanas

nos serviccedilos da seguinte forma (figura nordm 17)

Figura nordm 17

Piracircmide de Maslow

Fonte KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash

Administraccedilatildeo de marketing Pearson Prentice Hall Satildeo Paulo 2006ISBN 85-7605-001-3p184

212

No ponto 434 Promoccedilatildeo (Comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o produto

serviccedilo definiremos cada um destes distribuidores 213

ROUSSEAU Jean-Yves ndash Ob cit p34

82

Ao conjugar-se as funccedilotildees internas com as funccedilotildees externas que influenciam as

escolhas individuais do clienteconsumidorutilizador a transposiccedilatildeo do marketing para

os arquivos puacuteblicos reforccedila a vantagem competitiva e vital para a sua sobrevivecircncia

num mercado cada vez mais complexo

Para tal o arquivista deveraacute criar metodologias que permitam fidelizar e captar

novos clientes pois como afirma Darlene WEINGAND o cliente deixa de ser laquouma

entidade homogeacutenearaquo para passar a ser uma laquocolecccedilatildeo de indiviacuteduosraquo214

BANDING

citado pela mesma autora acrescenta que

laquoEacute importante imprimir sem rosto tanto na equipe de biblioteca quanto

na do planejamento a ideia de que todos satildeo indiviacuteduos guiados por

motivos semelhantes no desejo de sucesso nos seus empregos desejo e

seguranccedila aos seus proacuteprios para suas famiacutelias e para eles proacuteprios

desejo de reconhecimento seguranccedila ou autopreservaccedilatildeoraquo215

E Elizabeh SMITH afirma tambeacutem que

laquoIt is vital that we understand and use them alongside other new skills

in electronic records management and digital preservation in order to

assure the future standing reputation and viability of the archival

profession and the long-term survival of the archives in our careraquo216

Assim os arquivos com orientaccedilatildeo de marketing deveratildeo centrar-se na

satisfaccedilatildeo e desejos de seus consumidores atraveacutes de programas e serviccedilos apropriados

e competitivamente viaacuteveis Daiacute SMITH217

aconselhar o uso das teacutecnicas de anaacutelise dos

consumidores nos estudos dos clientes externos das unidades de informaccedilatildeo como uma

das formas mais eficazes e notoacuterias para que os profissionais se apercebam das

vantagens da inovaccedilatildeo do seu meacutetodo de trabalho Soacute assim como tambeacutem defende

AMARAL se entende laquocomo e porquecirc os consumidores escolhem engajam-se

contratam mantecircm comissionam comprometem-se com a prestaccedilatildeo de um serviccedilo

compram pagam ou tomam decisotildeesraquo218

214

WEINGAND Darlene E ndash Ob cit p 37 215

Idem 216

SMITH Elizabeth - Customer Focus and Marketing in Archive Service Delivery theory and practice

In Journal of Society of Archivists Vol 24 n ordm1 2003 p35 217

Idem p38 218

AMARAL Sueli Angeacutelica - Anaacutelise do consumidor brasileiro do setor de informaccedilatildeo aspectos

culturais sociais psicoloacutegicos e poliacuteticos [on line][Consultado a 08 de Janeiro de 2009] Disponiacutevel

URL httpwwweciufmgbrpcionlineindexphppciarticleview641429

83

E qual o melhor siacutetio para se proceder a este estudo Todos os serviccedilos que

impliquem contacto directo com o puacuteblico como os serviccedilos de incorporaccedilotildees e de

aquisiccedilotildees de fundos documentais os serviccedilos de referecircncia os serviccedilos de apoio

teacutecnico prestado a entidades externas os serviccedilos educativos e de extensatildeo cultural os

serviccedilos administrativos e o site Para tal poder-se-aacute apresentar inqueacuteritos que permitam

identificar o mercado-alvo e as suas expectativas e avaliar o grau de satisfaccedilatildeo com os

serviccedilos prestadosprodutos como forma de implementar melhorias contiacutenuas nos

serviccedilos219

Conhecer o meio envolvente eacute tambeacutem de extrema importacircncia para os arquivos

que tecircm a funccedilatildeo de recolha de documentaccedilatildeo Muitas das vezes soacute com a aplicaccedilatildeo

deste instrumento eacute que os profissionais de informaccedilatildeo se apercebem do acervo

documental de caraacutecter puacuteblico e privado existente na sua aacuterea de actuaccedilatildeo

Nesta perspectiva apresentamos a seguir os seus principais utilizadores

baseados na leitura de artigos de arquivistas espanhoacuteis franceses ingleses portugueses

e brasileiros220

(figura nordm 18)

Autores

Identificaccedilatildeo dos clientes

Administrativos

Investigadores

cientiacuteficos

Estudiantes

Universitarios

Ciudadanos

en general

Poblacioacuten

estudiantil

Antoni Tarreacutes ∆ ∆ ∆ ∆

219

No resultado do inqueacuterito aos utilizadores no Arquivo Nacional de Inglaterra realizado em 1990

SMITH afirma que as propostas sugeridas como o alargamento do horaacuterio de serviccedilo novas colecccedilotildees e

fundos documentais novos IDDs em suporte de papel e electroacutenico enciclopeacutedias de referecircncia bem

como um serviccedilo educativo mais activo e actividades culturais foram concretizadas E como resultado

destas acccedilotildees o nuacutemero de clientes aumentou SMITH Elizabeth- Ob Cit p40-49 220

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Les usagers decircs archives municipales In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p75-78 CERDAacute DIacuteAZ Juacutelio Los espacios de la memoria Claves para aprender desde el archivo

In Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultadoa 20 de Fevereiro de

2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf ERMISSE Geacuterard ndash Lacuteeacutetude sur

les publics decircs Archives de France In Proceedings of the XXXVIth Conference of the Round Table on

Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash 1895 p 67-73 OLIVEIRA Maria Izabel ndash

Les Archives Nacionales du Breacutesil une instituition au service de la citoyenneteacute In Proceedings of the

XXXVIth Conference of the Round Table on Archives (CITRA) Editora ICA Paris 2002 ISSN 1680 ndash

1895 p 165-170 PENTEADO Pedro ndash Serviccedilo de Referecircncia em Arquivos Definitivos Alguns aspectos

teoacutericos In Cadernos Bad Lisboa 1995 p19-41 RODRIGUEZ Julia ndash El Archivo Municipal de

Alcobendas y la funcioacuten Cultural experiencias y problemas In Archivos Ciudadanos y Cultura Textos

de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999 Vol ISBN 84-920905-7-X p 79-87 TARREgraveS

ROSELL Antoni ndash Ob cit p138 SMITH Elizabeth Ob cit p 34-52 YEO Geofry ndash Undersanting

Users and Use la market segmentation aproach In Journal of the Society of Archives Vol 26 nordm 1

Abril de 2005 p25-53

84

Rosell

Elizabeth

Smith

∆ ∆ ∆ ∆

Felicidad

Lorente

∆ ∆ ∆

Geoffrey

Lecturer Yeo

∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Geacuterard

Ermisse

∆ ∆ ∆ ∆

Julia

Rodriacuteguez ∆ ∆ ∆ ∆ ∆

Juacutelio Cerdaacute

Diacuteas ∆ ∆ ∆ ∆

Maria Izabel

Oliveira

∆ ∆ ∆ ∆

Pedro

Penteado

∆ ∆

Ramoacuten Alberh

I Fugueras

∆ ∆ ∆ ∆

Figura nordm 18

Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

Atraveacutes do quadro conclui-se que os utilizadores dos arquivos puacuteblicos se

dividem em cinco grupos

a) laquoclieacutentele scientifiqueraquo e o laquoclieacutentele decircs geacuteneacutealogistesraquo221

- englobam os

investigadores cientiacuteficos ndash os laquoinvestigadores professionalesraquo222

os

socioacutelogos historiadores e os genealogistas Geacuterard ERMISSE no artigo

laquoLacuteeacutetude sur les publics des Archives de Franceraquo vai mais longe ao

identificar o sexo que predomina na investigaccedilatildeo o masculino - cerca de 209

consumidores - contra 191 leitores do sexo feminino SMITH identifica os

documentos mais consultados no Arquivo Nacional de Londres a Magna

221

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70-71 222

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Los espacios dela memoria Claves para aprender desde el archivo In

Estrateacutegias e modelos para ensentildear a usar la informacioacuten [on line] [Consultado a 20 de Fevereiro

de 2009] Disponiacutevel URL httparchivoayto-

argandaesdocumentosClaves_para_aprender_desde_el_archivopdf

85

b) Carta e o Domesday Book documentaccedilatildeo relacionada com a histoacuteria da

famiacutelia ou simplesmente consultar documentaccedilatildeo por lazer (os curiosos)223

c) o item de estudantes universitaacuterios aleacutem de incluir os proacuteprios estudantes

que efectuam trabalhos acadeacutemicos engloba os mestrandos e os

doutorandos

d) a populaccedilatildeo em geral - laquociudadanos sin formacioacuten cientiacuteficaraquo224

ou

laquoclieacutentele citoyeneraquo225

- diz respeito a toda a sociedade que consulta a

documentaccedilatildeo por motivos juriacutedicos ou administrativos com caraacutecter

pontual Recorrendo uma vez mais ao exemplo francecircs ERMISSE identifica

dentro deste grupo agricultores empregados por conta de outreacutem

trabalhadores e profissionais liberais226

e) a populaccedilatildeo estudantil varia entre o puacuteblico do ensino primaacuterio e do

secundaacuterio que frequentam o Arquivo a partir de actividades do Serviccedilo

Educativo

f) por uacuteltimo identificamos os administrativos Julia RODRIGUEZ designa

este grupo como laquousuarios naturalesraquo227

porque fazem parte dos produtores

da proacutepria documentaccedilatildeo e como tal no exerciacutecio das suas funccedilotildees

laquonecessitam datos informaciacuteon antecedentes hellip para resolver cualquiera

assuntoraquo228

Estes clientes fazem parte dos chamados Arquivos Municipais

que Ramoacuten ALBERCH identifica no artigo laquoLes usagers des Archives

Municipalesraquo229

Pelo exposto podemos ainda afirmar que os grupos apresentados satildeo os

chamados utilizadores tradicionais de arquivo prendendo-se esta realidade com a visatildeo

distorcida que normalmente as pessoas tecircm sobre estes organismos e que jaacute abordamos

223

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 45-47 224

CERDAgrave DIgraveAZ Juacutelio - Ob cit 225

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p70 226

Idem p68 227

RODRIGUEZ Julia ndash Ob cit p81 228

Idem 229

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit

86

no Capiacutetulo III Satildeo excepccedilatildeo os novos consumidores que comeccedilam a surgir neste meio

cativados pelas actividades do Serviccedilo Educativo

A partir da nossa experiecircncia podemos ainda identificar os utilizadores dos

arquivos puacuteblicos de acordo com as trecircs idades do arquivo (figura nordm 19)

Idade do

Arquivo

Identificaccedilatildeo dos

Utilizadores

Sua Descriccedilatildeo

Arquivo

Corrente

(fase activa)

Utilizadores internos Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos

Arquivo

Intermeacutedio

(fase

semi-inactiva)

Utilizadores internos

e utilizador externos -

(investigadores)

Produtores da documentaccedilatildeo que consultam os

documentos para fins administrativos juriacutedicos e de

investigaccedilatildeo

Arquivo

Definitivo

(fase inactiva)

Utilizador externo -

Investigador

Especializado

Utilizador com formaccedilatildeo superior que

normalmente conhece bem a missatildeo e os fundos dos

arquivos e sabe utilizar os Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs)

Utilizador externo -

Estudante

Universitaacuterio

Utilizador que usufrui do arquivo para elaboraccedilatildeo

de trabalhos acadeacutemicos A maior parte das vezes eacute

estudante da aacuterea das Ciecircncias Sociais (Histoacuteria

Liacutenguas Antropologia Arqueologia por exemplo)

Utilizador externo -

Curioso ou

populaccedilatildeo em geral

Utilizador dos seus serviccedilos e produtos

esporadicamente sem grande noccedilatildeo do trabalho

realizado por organismos deste tipo Constituem a

maior parte dos seus visitantes

Figura nordm 19

Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo (arquivo corrente intermeacutedio

e definitivo)

Fonte Sofia Santos

Quanto aos motivos de pesquisa no serviccedilo de referecircncia ERMISSE230

refere

que estatildeo relacionados com questotildees pessoais actividade profissional estudo da

genealogia e histoacuteria da famiacutelia preparaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos e teses Outros

motivos relacionam-se com questotildees comerciais juriacutedicas e administrativas

230

ERMISSE Geacuterard ndash Ob cit p71-72

87

principalmente no caso de arquivos municipais como referem FUGUEgraveRAS231

SMITH232

43 Marketing Mix nos Arquivos Puacuteblicos

Como jaacute foi referido vaacuterias vezes o composto de mix eacute constituiacutedo pelo produto

praccedila (distribuiccedilatildeo) preccedilo e promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) A questatildeo que se coloca eacute como

esta vertente do marketing se aplica nos arquivos puacuteblicos Como complemento deste

ponto apresentamos o resultado de um inqueacuterito efectuado aos Arquivos Distritais

Portugueses Refira-se que dos dezasseis arquivos distritais portugueses existentes

apenas 10 responderam ao nosso pedido Respondeu ainda a Biblioteca Puacuteblica e

Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo que utilizamos para conhecer uma outra

realidade insular

431 Produto ndash Quais satildeo os produtosserviccedilos que os utilizadores desejam e

estatildeo dispostos a adquirir

Tendo em consideraccedilatildeo as especificidades dos Arquivos e partindo do

pressuposto que a sua funccedilatildeo primordial eacute recolher conservar tratar e difundir a

documentaccedilatildeo um dos seus principais produtos satildeo os fundos documentais

considerados laquola materia prima que en este caso son los documentos generados proacute la

organizacioacuten y procesados por los archiveros bajo las teacutecnicas archiviacutesticasraquo233

Da sua organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo resultam os chamados Instrumentos de

Descriccedilatildeo Documental (IDDs) Para o arquivista espanhol Joaacuten BOADAS I RASET o

seu uso eacute bastante limitado pois a sua consulta eacute circunscrita agrave sala de leitura234

laquoConsequentemente el impacto de estos instrumentos sobre el conjunto de la poblacioacuten

al que pretendidamente van dirigidos es muy reducido y escasamente eficazraquo235

Aos

poucos esta ideia deveraacute desaparecer Com recurso agraves novas tecnologias poder-se-aacute

231

ALBERCH I FUGUERAS Ramoacuten ndash Ob cit p78 232

SMITH Elizabeth - Ob cit p37 233

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p9 234

Idem p8 235

BOADAS I RASET Joan ndash Archivos y Accioacuten Cultural Posibilidades y Liacutemites In Archivos

Ciudadanos y Cultura Textos de ANABAD Castilla - La Mancha Toledo 1999Vol 3 ISBN 84-

920905-7-X p8

88

inserir os IDDs no site do Arquivo e permitir a sua consulta em formato electroacutenico na

sala de leitura e no siacutetio do organismo

Ao facilitar e orientar o acesso agrave informaccedilatildeo (atraveacutes de colecccedilotildees de referecircncia

como enciclopeacutedias e dicionaacuterios bibliografia relacionada com a histoacuteria dos seus

fundos documentais cataacutelogos em fichas das monografias da biblioteca roteiros

topograacuteficos e bases de dados) e comunicar a forma da sua acessibilidade os

arquivistas estatildeo a servir o utilizador e a rentabilizar ao maacuteximo o seu acervo

documental atraveacutes do Serviccedilo de Referecircncia Mas como afirma Pedro PENTEADO

laquoo bom funcionamento de um serviccedilo de referecircncia natildeo depende apenas da aceitaccedilatildeo

destes pressupostosraquo236

Haacute ainda que ter a capacidade de resposta imediata e rigorosa e

de planificar

laquoo seu acircmbito e atribuiccedilotildees os recursos humanos financeiros e

tecnoloacutegicos (hellip) localizaccedilatildeo do serviccedilo e as condiccedilotildees ambientais que

devem ser ali criadas de forma a permitir uma boa interacccedilatildeo

arquivista-utilizador-documentaccedilatildeoraquo237

Tambeacutem como demonstra KAEENE238

a relaccedilatildeo entre os profissionais de

informaccedilatildeo e os recursos disponibilizados satildeo essenciais para manter e atrair novos

leitores O contacto directo com estes permite identificar de forma mais completa e

exacta as suas necessidades de informaccedilatildeo sendo fulcral a aplicaccedilatildeo de inqueacuteritos para

elaborar estrateacutegias de marketing como jaacute referimos

A elaboraccedilatildeo de manuais de arquivo ndash na qual se inclui o circuito de entradas

recepccedilatildeo de correspondecircncia confidencial ou restrita circuito de saiacutedas registo de

documentos internos plano de classificaccedilatildeo e instruccedilotildees de arquivo de documentos

pareceres teacutecnicos tabelas de selecccedilatildeo de documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo

acumulada constitui outro serviccedilo resultante da arquiviacutestica239

Outros produtos fornecidos agrave sociedade satildeo as certidotildees transcriccedilotildees

paleograacuteficas serviccedilos de restauro e de aluguer de espaccedilos como auditoacuterios e sala de

formaccedilotildees

236

PENTEADO Pedro ndash Ob citp 21 237

I dem 238

KAENNE Sophie ndash Ob cit 239

Em Portugal os uacutenicos arquivos que podem emitir pareceres teacutecnicos elaborar tabelas de selecccedilatildeo de

documentos e relatoacuterios de documentaccedilatildeo acumulada eacute a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos oacutergatildeo detentor da

poliacutetica arquiviacutestica nacional o Arquivo Regional da Madeira da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira e a

Biblioteca Puacuteblica e Arquivo regional de Angra do Heroiacutesmo na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

89

Exposiccedilotildees e mostras documentais satildeo os serviccedilos que mais atraem o puacuteblico e

permitem aos Arquivos laquosalir del anonimatoraquo240

Boadas ALBERCH citado por

Susanna VELLA diz-nos ainda que

laquoUna exposicioacuten ha de ser considerada un medio y no como un

fine en siacute misma ha de ser un medio para acercar a la sociedad

el patrimonio documental el trabajo realizado desde el archivo

para sensibilizar a la ciudadaniacutea de su valor y de la necesidad de

su preservacioacutenraquo241

Para sua concepccedilatildeo e organizaccedilatildeo o marketing pode ser promovido de diversas

formas

a) antes da divulgaccedilatildeo dos fundos documentais eacute necessaacuterio

proceder a trabalho preacutevio arquiviacutestico organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo

da documentaccedilatildeo e claro obedecer sempre aos princiacutepios de

comunicabilidade

b) escolher o objecto de estudo a apresentar para garantir o

sucesso destes eventos conveacutem seleccionar documentaccedilatildeo que

tenha interesse para a histoacuteria local eou com datas

comemorativas permitindo ao puacuteblico conhecer melhor o

potencial do acervo arquiviacutestico e entrar em contacto mais

directo com a sua Histoacuteria laquovivaraquo

c) ponderar o tipo de investimento a ser efectuado e equacionar os

gastos humanos e materiais

d) identificar o segmento de mercado

e) definir o tipo de exposiccedilatildeo a realizar se permanente se

temporaacuteria ou itinerante relacionando-se com ela o tipo de

infra-estruturas e as formas de apresentaccedilatildeo a fim de criar um

ambiente atractivo e apelativo

f) criar meios de conservaccedilatildeo e de seguranccedila do material

apresentado

240

VELA Susanna ndash La organizacioacuten de expositiones In Archivos y cultura manual de dinamizacioacuten

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 85 241

Idem p87

90

g) para sua concretizaccedilatildeo propomos que seja preparada com um

ano de antecedecircncia

h) e para se optimizar os recursos humanos e logiacutesticos propomos

ainda que este tipo de iniciativas tenha uma duraccedilatildeo de trecircs

meses e sempre que possiacutevel sejam realizadas na mesma altura

do ano para fidelizar e atrair novos leitores e criar haacutebitos

regulares de visita e de pesquisa nos arquivos

Os aspectos considerados podem ser sintetizados na seguinte tabela (figura nordm 20)

Ficha teacutecnica da exposiccedilatildeo

Tiacutetulo

Tipo Iconograacutefica

Documental

Local da exposiccedilatildeo

Objectivos Objectivos gerais

Objectivos especiacuteficos

Datas Data da Inauguraccedilatildeo

Data da exposiccedilatildeo mostra

Enquadramento da exposiccedilatildeomostra Equipa nomeada (teacutecnico(s) de arquivo e outros

colaboradores destacados de acordo com a temaacutetica da

exposiccedilatildeo designers graacuteficos e recurso a uma empresa

graacutefica para conceber e executar a exposiccedilatildeo Comissaacuterio

Cientiacutefico (quando eacute convidado para organizar a

exposiccedilatildeo)

Autores dos textos

Breve Descriccedilatildeo Resumo do tema da exposiccedilatildeo mostra

Ficha teacutecnica

Organizaccedilatildeo

Coordenaccedilatildeo

Textos

Revisatildeo

Concepccedilatildeo e design

Montagem

Fotografia

Digitalizaccedilatildeo e impressatildeo de paineacuteis

Preparaccedilatildeo de vitrines

Impressatildeo do cataacutelogo guiatildeo da exposiccedilatildeo e cartazes

Actividades Educativas

Tipo de suporte Impressatildeo em papel tela

Tipo de estrutura expositiva nuacutemero medidas das peccedilas

Vitrines (quantidade e modelo)

Orccedilamento Contacto com diversas empresas de concepccedilatildeo execuccedilatildeo

graacutefica de exposiccedilotildees e equipamentos inerentes resolver

questotildees orccedilamentais e de cabimentaccedilatildeo de despesas

empreacutestimos acondicionamento patrocinadores

Cataacutelogo Caderno de encargos nuacutemero de paacuteginas gramagem das

folhas modelo das folhas

Actividades de divulgaccedilatildeo Puacuteblico-alvo

Data de actividades pedagoacutegicas

Iniciativas desenvolvidas

Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 20

Fonte Sofia Santos

91

As publicaccedilotildees satildeo outro dos produtos dos arquivos A nosso ver as suas ediccedilotildees

satildeo primordiais pois perpetuam o trabalho arquiviacutestico prestam um serviccedilo puacuteblico e

chegam tambeacutem a um maior nuacutemero de cidadatildeos que natildeo apenas aos leitores

tradicionais Dentro deste produto podemos apresentar os IDDs jaacute referidos os

cataacutelogos que resultam das actividades culturais242

boletins brochuras jornais

publicaccedilotildees contendo material didaacutectico organizado no arquivo como cadernos e

dossiecircs pedagoacutegicos Outros serviccedilos satildeo fornecidos pelos serviccedilos educativos243

palestras visitas orientadas maletas pedagoacutegicas concursos elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo

de reproduccedilotildees de documentos por exemplo

As acccedilotildees de formaccedilatildeo fornecidas pelos Arquivos Puacuteblicos visam o cliente interno

e externo Para sua concretizaccedilatildeo primeiramente deveraacute ser efectuado um estudo das

reais necessidades do mercado com a utilizaccedilatildeo por exemplo de inqueacuteritos caixa eou

livro de sugestotildees e livro de reclamaccedilotildees

Quanto aos objectivos estes satildeo distintos

No caso interno a possibilidade de formaccedilatildeo contiacutenua eacute uma mais-valia porque

contribui para um serviccedilo qualificado e distinto no mercado e para a criaccedilatildeo de um

ambiente propiacutecio agrave rentabilidade do trabalho

As formaccedilotildees ministradas para o exterior aleacutem de serem um excelente canal

difusor dos produtosserviccedilos destes organismos possibilitam o contacto entre

SociedadeArquivo fundamental para a melhoria da sua imagem e integraccedilatildeo no meio

envolvente

O site eacute outro serviccedilo que os arquivos devem colocar agrave disposiccedilatildeo do mundo244

A sua natildeo existecircncia eacute nos dias de hoje sinoacutenimo de invisibilidade Por isso a

sobrevivecircncia e posicionamento no mercado destes organismos estaacute dependente do

242

O cataacutelogo eacute um dos elementos mais importantes das exposiccedilotildees porque eacute o que apoacutes o seu teacutermino a

prolonga no tempo e no espaccedilo Ou seja se por um lado eacute um canal privilegiado para a disseminaccedilatildeo de

conhecimento por outro lado eacute o que fica em termos de memoacuteria deste tipo de eventos 243

Os serviccedilos educativos dos arquivos podem ser definidos como um laquoconjunto de actividades

pedagoacutegicas realizadas com o objectivo de divulgar o acervo e iniciar o puacuteblico na sua utilizaccedilatildeoraquo

Serviccedilo Educativo Subsiacutedios para um Dicionaacuterio Brasileiro de Terminologia Arquiviacutestica [on line]

[Consultado a 10 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf Poderatildeo ser vaacuterios os objectivos a

atingir promover a identidade do Arquivo dar a conhecer fontes primaacuterias (ilustrar o ensino histoacuteria

poliacutetica geografia de uma eacutepoca ou zona concreta) incentivar para a preservaccedilatildeoconservaccedilatildeo das fontes

primaacuterias promover o apoio agrave exploraccedilatildeo de programas de ensino contribuir para o reforccedilo da coesatildeo

social promover a qualidade de vida dos cidadatildeos e sua formaccedilatildeo ciacutevica formar futuros clientes

externosutilizadores 244

Sobre a importacircncia da Internet nos serviccedilos efectuamos uma entrevista agrave empresa madeirense Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem Anexo 2

92

investimento em siacutetios proacuteprios com imagem dinacircmica moderna inovadora e

informaccedilatildeo actualizada e interface amigaacutevel (natildeo estar muito cheioconfuso ser

praacutetico raacutepido) e que esteja de acordo com a filosofia administrativa dos arquivos

puacuteblicos Esta ideia eacute tambeacutem realccedilada por Teresa CIRNE no Congresso da APBAD em

2007 citando Sarita ALBAGLI e Maria Luacutecia MACIEL quando observa que

laquoA difusatildeo e a partilha da informaccedilatildeo e do saber requerem conexatildeo

entre os agentes ou actores bem como canais de comunicaccedilatildeo que

propiciem o fluxo informacional a interacccedilatildeo a cooperaccedilatildeo a difusatildeo e

o intercacircmbio de diferentes tipos de informaccedilatildeo conhecimento e

inovaccedilatildeoraquo245

Estamos perante o E-marketing ou webmarketing definido como sendo

laquothe art of e-businesshellipadding value to products widening

distribution channels bosting sales and after-sales service

while getting closer to costumers and understanding them

betterraquo246

e

laquocomo o processo destinado a satisfazer os desejos e as

necessidades das pessoas por informaccedilotildees serviccedilos ou

produtos utilizando a Internet como canal de comunicaccedilatildeo ou

distribuiccedilatildeoraquo247

A sua utilizaccedilatildeo eacute vantajosa sobretudo como veiacuteculo de comunicaccedilatildeo como

veremos mais agrave frente e porque permite identificar o cliente-indiviacuteduo neste caso o

ciber-cliente Soacute assim atraveacutes da anaacutelise dos e-mails recebidos salas de conversaccedilatildeo e

iacutendice de venda de produtos248

se consegue satisfazer as suas expectativas anseios de

bens serviccedilos e informaccedilotildees segundo a piracircmide de Maslow

O recurso ao arquivo digital249

como a Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos dispotildee no

siacutetio httpanttdgarqgovptpesquisar-na-torre-do-tombott-online constitui outro

245

A plataforma informacional na dinamizaccedilatildeo cultural e educativa do paiacutes In Actas do 9ordm Congresso

Nacional de Bibliotecas Arquivistas e Documentalistas Associaccedilatildeo de Bibliotecaacuterios Arquivistas e

Documentalistas Ponta Delgada 2007 [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de 2008] Disponiacutevel

URL httpbadinfoapbadptCongresso9COM71pdf 246

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash EMarketing EXcellense The Heart of eBUsiness Ediccedilotildees

Butterworth Heinemann Oxford 2003 ISBN 0750653353 p10 247

ARAUgraveJO Wagner Junqueira de ndash Ob cit p164 248

SMITH PR e CHAFFEY Dave ndash Ob citp12 249

O arquivo digital permite o acesso a documentos que mantecircm as suas propriedades baacutesicas ndash

integridade fidedignidade e autenticidade

93

produto que os arquivos podem e devem disponibilizar250

Neste caso por exemplo

podem ser disponibilizados IDDs imagens iconograacuteficas e publicaccedilotildees electroacutenicas

Podemos igualmente afirmar que o uso da Internet revoluciona a forma de acesso agrave

informaccedilatildeo pois num curto espaccedilo de tempo pode-se aceder a todo o tipo de conteuacutedos

Na realidade o seu uso de forma consciente permite chegar a toda a comunidade quer

seja leitor ou natildeo como afirma Sissel NILSEN251

Do acesso massivo agrave Internet pelo cidadatildeo comum verificado em meados da

deacutecada de 90 do seacuteculo passado que a forma como acedemos agrave rede global natildeo paacutera de

evoluir Este eacute o caso do aparecimento e desenvolvimento das redes sociais que seraacute

porventura o expoente maacuteximo da utilizaccedilatildeo das ferramentas Web 20252

A sua

utilizaccedilatildeo traz vaacuterias vantagens nos serviccedilos puacuteblicos e privados253

a que as unidades de

informaccedilatildeo nomeadamente os arquivos254

natildeo devem deixar passar ao lado255

Satildeo

elas

250

A concretizaccedilatildeo de um arquivo digital pelo Arquivo Regional da Madeira passa a ser a resposta mais

eficiente e pertinente para salvaguardar os documentos graacuteficos porque permite

- Preservar e garantir a integridade do patrimoacutenio arquiviacutestico atraveacutes da substituiccedilatildeo de suporte

evitando a degradaccedilatildeo progressiva do mesmo

- Possibilidade de criar estruturas indexadas de armazenamento de informaccedilatildeo sobre as quais eacute

permitido efectuar pesquisas ou armazenar novos dados

- Facilitar o acesso agrave informaccedilatildeo (pesquisa automaacutetica) aos utentes do ARM possibilitando

tambeacutem o acesso simultacircneo atraveacutes da distribuiccedilatildeo em rede

- Usufruir de uma tecnologia que permita criar uma imagem digital com melhores caracteriacutesticas

de legibilidade face ao original facilitando a multiplicaccedilatildeo das coacutepias com qualidade

O criteacuterio utilizado para a escolha e prioridade dos documentos a digitalizar eacute a frequecircncia com

que satildeo consultados Isto eacute os documentos mais consultados deveratildeo ser digitalizados com prioridade

para que se reduza o desgaste e os danos infligidos aos seus originais Assim os primeiros documentos a

escolher para digitalizaccedilatildeo foram os fundos dos Registos Paroquiais Colecccedilatildeo de Perioacutedicos

Microfilmes do Diaacuterio de Noticias e a Colecccedilatildeo Iconograacutefica (fotografias provas de contacto postais e

cartografia) SANTOS Sofia ndash Projecto de digitalizaccedilatildeo do Arquivo Regional da Madeira Junhode 2008

p 4 251

NISSEL Sissel ndash Marketing LIS in Norway ndash An Overviem In GUPTA Dinesh K MASSIgraveSSIMO

Agravengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services Internacional Perpectives

Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p47 252

Termo criado pela empresa norte-americana OReilly Media e que significa a interacccedilatildeo do utilizador

com as plataformas informaacuteticas atraveacutes de redes sociais e globais como o caso do facebook twitter

skipe flickr entre outros 253

A tiacutetulo de curiosidade refira-se que Portugal eacute o quarto paiacutes da Uniatildeo Europeia em serviccedilos puacuteblicos

on-line 254

Sugere-se a consulta do Facebook da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos com o endereccedilo

httpwwwfacebookcompagesArquivo-Nacional-da-Torre-do-Tombo139016636116919 Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha httpwwwfacebookcomTheNationalArchives Arquivo NAcional dos

Estados Unidos da Ameacuterica httpwwwfacebookcomusnationalarchives do Arquivo Nacional da

Austraacutelia httpwwwfacebookcompagesNational-Archives-of-Australia40641767696v=wallampref=ts

e do Arquivo Nacional de Espanha httpwwwfacebookcomtopicphpuid=38362124865amptopic=6802 255

Sobre o impacto da utilizaccedilatildeo da Web 20 aconselhamos a leitura do estudo efectuado pelo Institute for

Prospective Technological Studies (IPTS) da Comissatildeo Europeia intitulado laquoPublic services 20 the

impact of social computing on public services raquo Pode ser encontrado no link

httpcedoinaptindexphpoption=com_contentampview=articleampid=237uniao-europeia-os-servicos-

publicos-e-a-web-20ampcatid=1ampItemid=119

94

a) o modo como eacute possiacutevel efectuar downloads uploads e visionar ficheiros de

viacutedeo de muacutesica animaccedilotildees altamente dinacircmicas de uma maneira muito mais

intuitiva e ceacutelere para plataformas informaacuteticas ligadas em rede eacute feito de forma

ceacutelere e faacutecil

b) conhecer linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade promovendo

a integraccedilatildeo soacutecio-educativa a cidadania e a criatividade (educaccedilatildeo formal) De

seguida poderaacute ser estabelecida a ponte agraves famiacutelias (educaccedilatildeo informal) e agraves

escolas (educaccedilatildeo formal) - formaccedilatildeo ao longo da vida

c) criar novas perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais recorrendo agraves redes sociais alcanccedilar um grupo

mais heterogeacuteneo e alargado que de outra forma nunca ouviria falar destes

organismos

d) tendo em consideraccedilatildeo os quatro pilares da educaccedilatildeo ndash aprender a aprender

aprender a fazer aprender a conviver e aprender a ser ndash a utilizaccedilatildeo das redes

sociais nos Sistemas de Informaccedilatildeo contribui ainda que a meacutedio e longo prazo

para a preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do patrimoacutenio bibliograacutefico e documental que

pertence agrave sociedade

e) o facto de estarmos ligados a uma comunidade virtual torna-se possiacutevel

identificar os clientes-indiviacuteduos responder de forma efectiva e eficiente agraves suas

necessidades e captar a necessidade novos serviccedilos bens e produtos e

identificaccedilatildeo dos diferentes segmentos onde actuam256

Recentemente com o desenvolvimento de telemoacuteveis mais potentes e

multifuncionais os Smartphones e tablets surge uma nova oportunidade para o Web

256

Em Agosto de 2010 a IFLA organizou em Estocolmo um congresso que versava sobre laquo Marketing

Libraries in a Web 20 Worldraquo estando disponiacuteveis alguns PDFs em

httpwwwsubsuseiflaprogramhtm

95

20 se expandir universalmente uma vez que ligado agrave rede global um telemoacutevel pode

aceder e gerir conteuacutedos graacuteficos (e natildeo soacute) em qualquer lugar do mundo

Apoacutes a apresentaccedilatildeo deste Pacute interrogamo-nos sobre o que os Arquivos

Distritais portugueses oferecem agrave comunidade

Os dezasseis inqueacuteritos257

provenientes dos arquivos de Beja Castelo Branco

Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

constituiem a base desta anaacutelise (figura nordm 22) Mas optaacutemos por inquirir ainda a

Biblioteca e Arquivo de Angra do Heroiacutesmo que embora natildeo sendo distrital nos deu a

oportunidade de conhecermos um pouco mais do que faz um outro arquivo das regiotildees

autoacutenomas de portuguesas

257

Os inqueacuteritos foram enviados entre o mecircs de Agosto e de Setembro de 2009 Para os que natildeo

responderam reenviamos o mesmo inqueacuterito outras duas ou trecircs vezes mas os Arquivos Distritais de

Aveiro Braganccedila Porto Lisboa e Viseu continuaram sem dar resposta

96

Figura nordm 22

Exemplo do inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Fonte Sofia Santos

Da anaacutelise do quadro abaixo (figura nordm 23) podemos afirmar que relativamente

aos serviccedilosprodutos prestados agrave comunidade todos eles se destinam aos clientes

externos atraveacutes dos Serviccedilos de Leitura e de Certidotildees e no apoio a arquivos correntes

e intermeacutedios As mostras e exposiccedilotildees documentais aleacutem de permitirem o contacto

com o puacuteblico tambeacutem constituem outros serviccedilos prestados agrave comunidade

Relativamente agraves actividades educativas e pedagoacutegicas e agraves ediccedilotildees elas satildeo apenas

referidas nos arquivos de Castelo Branco Eacutevora Guarda Leiria Portalegre Santareacutem

Setuacutebal Viana do Castelo e Vila Real

Figura nordm 23

Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Fonte Sofia Santos

Grupo III - 3 Produtos Serviccedilos prestados

Identificaccedilatildeo

do Arquivo

Distrital

Serviccedilo de

Leitura

Serviccedilo

de

Certidotildees

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo e

descriccedilatildeo de

fundos)

Serviccedilo de

Arquiviacutestica

(organizaccedilatildeo de

arquivos correntes

intermeacutedios ndash apoio

externo)

Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo

Conservaccedilatildeo

e Restauro

Serviccedilos Educativos

(concepccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas)

Extensatildeo

Cultural

(exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Extensatildeo

Cultural

(ediccedilotildees)

Site do

Organismo

Endereccedilo

electroacutenico

Outros

meios

(indique

quais)

Angra do

Heroiacutesmo -

Accedilores

X X X X X

X

X X

Beja X X X X

X X

Castelo Branco X X X X

X X X X

Eacutevora X X X X

X X X X X

Guarda X X X X X X X X X X

Leiria X X X X X X X X X X

Portalegre X X X X

X X X X X

Santareacutem X X X X X X X X X X

Setuacutebal X X X X X X X X X X

Viana do

Castelo X X X X X X X X X X

Vila Real X X X X X X X X X X

432 Preccedilo ndash Quanto estatildeo os leitores dispostos a pagar por este

produtoserviccedilo

Como jaacute referimos haacute autores que defendem que os serviccedilos prestados pelas

unidades de informaccedilatildeo puacuteblicas natildeo devem cobrar pelos seus preacutestimos

Seguindo esta loacutegica e adaptando o conceito de Dinesh K GUPTA este Pacutepode

ser cobrado em termos de tempo recurso de esforccedilos e de cobranccedila monetaacuteria258

No que concerne ao primeiro caso satildeo vaacuterias as questotildees que devemos ter em

atenccedilatildeo

a) tempo gasto na incorporaccedilatildeoaquisiccedilatildeo de nuacutecleos documentais

b) tempo de espera da documentaccedilatildeo desde a incorporaccedilatildeo no arquivo ateacute agrave

sua chegada aos depoacutesitos

c) nuacutemero de horas gastas na organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo dos fundos

documentais

d) tempo de efectuar o levantamento de documentaccedilatildeo acumulada

e) tempo de recolher informaccedilatildeo na folha de recolha de dados elaborar o

manual de arquivo plano de classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo e

relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de documentaccedilatildeo acumulada

f) tempo utilizado na preparaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas e sua

dinamizaccedilatildeo

g) tempo disponibilizado para estabelecer contactosparcerias com

escolasassociaccedilotildees e instituiccedilotildees para a dinamizaccedilatildeo de actividades

pedagoacutegicas e de extensatildeo cultural

h) tempo disponibilizado para arrumaccedilatildeo da documentaccedilatildeo nos depoacutesitos

258

GUPTA Dinesh K ndash Broadening the concept of LIS Marketing In GUPTA Dinesh K

MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing Library and Information Services

Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13 978-3-598-11753-4p 17-18

99

i) recursos humanos disponibilizados para a arquiviacutestica restauro e

conservaccedilatildeo serviccedilos educativos e extensatildeo cultural e de serviccedilos de

referecircncia

j) tempo de restauro e conservaccedilatildeo de um documento

k) tempo para a actualizaccedilatildeo do site do organismo

l) tempo gasto na elaboraccedilatildeo de notas de imprensa

m) tempo que medeia entre a saiacuteda da nota de imprensa e a sua chegada agrave

comunicaccedilatildeo social

n) tempo de resposta dada aos pedidos de leitores tais como pesquisa de

certidotildees transcriccedilotildees paleograacuteficas e atendimentos na sala de leitura

o) tempo de preparaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo de auditoacuterios e salas de formaccedilatildeo

p) periacuteodo de entregafornecimento de reproduccedilotildees de documentos (qualidade

de resposta)

Na cobranccedila monetaacuteria apresentamos os seguintes exemplos

a) custo da emissatildeo de certidotildees e de reproduccedilotildees de documentos259

b) valor cobrado na venda de publicaccedilotildees e de produtos

c) valor do aluguer de espaccedilos como auditoacuterios sala de exposiccedilotildees e

utilizaccedilatildeo de cacircmaras de expurgo

d) valor cobrado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo para o puacuteblico interno e externo

259

Na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira o preccedilo das fotocoacutepias autenticadas rege-se pela Portaria 672006

de 19 de Junho do Jornal Oficial da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira (JORAM) Os arquivos distritais na

cobranccedila de fotocoacutepias orientam-se pelo Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do

Arquivo Nacional da Torre do Tombo nas reproduccedilotildees paroquiais e judiciais aplicam os preccedilos

estabelecidos pelo artigo 11ordm do Decreto-Lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro e artigo 20ordm do Decreto de

lei nordm 322 ndash A2001 de 14 de Dezembro alterado pelo Decreto de lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro

As reproduccedilotildees dos fundos judiciais seguem o artigo 9ordm aliacutenea 3ordf do Decreto - Lei nordm 34 2008 de 26 de

Fevereiro

100

e) custo da dinamizaccedilatildeo de actividades pedagoacutegicas260

Sobre o preccedilo pouco ou nada podemos aferir dos inqueacuteritos Todavia ao

efectuarmos uma anaacutelise aos siacutetios dos arquivos inquiridos bem como dos Arquivos

Distritais de Aveiro Braganccedila Lisboa Porto e Viseu este composto eacute cobrado

monetariamente nos serviccedilos de reproduccedilatildeo de documentos emissatildeo de certidotildees e de

pesquisa Quanto aos restantes serviccedilos - exposiccedilotildees serviccedilos de leitura e actividades

educativas - o valor eacute apenas qualitativo

433 Praccedila (distribuiccedilatildeo) ndash Onde querem os clientes encontrar o

produtoserviccedilo

A distribuiccedilatildeo estaacute relacionada com os canais que se utiliza para fazer chegar a

informaccedilatildeo ao cliente externo Um dos primeiros aspectos a considerar eacute o edifiacutecio

tendo em consideraccedilatildeo a sua localizaccedilatildeo acessibilidade proximidade de centros

culturais universidades escolas etc

Outra forma de acesso eacute o siacutetio - que todos os arquivos distritais possuem - a

partir do qual os utilizadores podem requisitar documentos para sua consulta na sala de

leitura visitar exposiccedilotildees virtuais solicitar certidotildees e todo o tipo de informaccedilotildees

suplementares

A par do correio electroacutenico o correio o telefone e os telefaxes satildeo outros meios

que os consumidores recorrem para aceder agrave informaccedilatildeo como se confirma na tabela

mais abaixo (figura nordm 37)

Transpondo os canais de distribuiccedilatildeo existentes para a arquiviacutestica podemos

concluir que se aplica o marketing directo e o niacutevel 1 da rede de distribuiccedilatildeo e que jaacute

referimos no Capiacutetulo II - 23 Marketing-mix produto preccedilo praccedila (distribuiccedilatildeo)

promoccedilatildeo e outros compostos Como O apoio teacutecnico - a arquivos correntes e

intermeacutedios aplicaccedilatildeo de vaacuterios instrumentos de trabalho como os planos e

260

Sobre este item conveacutem realccedilar que o facto dos organismos puacuteblicos estarem a passar actualmente por

uma grave crise financeira faz com que alguns destes serviccedilos sintam a necessidade de cobrar a

dinamizaccedilatildeo de actividades educativas No caso portuguecircs natildeo encontramos arquivos que cobrem este

tipo de actividades Mas nos serviccedilos educativos dos museus como o Oceanaacuterio de Lisboa Museu do

Oriente Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian entre outros esta praacutetica jaacute eacute corrente A niacutevel internacional

verificamos que Arquivo Nacional de Franccedila jaacute cobra estes serviccedilos Vide

httpwwwarchivesnationalesculturegouvfrchanchanmuseeaction_culturelleateliershtm

101

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo de documentos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada guias de remessa e autos de eliminaccedilatildeo - obriga a utilizaccedilatildeo

do marketing directo A equipa de arquivistas trabalharaacute directamente com a entidade

produtora dos documentos devendo dar conhecimento das etapas do seu trabalho e

posteriormente na altura da aplicaccedilatildeo destes materiais efectuar acccedilotildees de formaccedilatildeo

para a sua compreensatildeo e aplicaccedilatildeo no quotidiano administrativo No que concerne agrave

consulta efectuada pelos consumidores interessados o canal utilizado tambeacutem eacute o

mesmo A requisiccedilatildeo do acervo documental por procuradores juristas e notaacuterios entre

outros significa que algumas vezes a informaccedilatildeo passa na matildeo por intermediaacuterios ateacute

chegar ao cliente que a vai usufruir Estamos perante a rede de distribuiccedilatildeo

correspondente ao primeiro niacutevel e que tambeacutem encarece este tipo de bens serviccedilos

434 Promoccedilatildeo (comunicaccedilatildeo) ndash Onde querem os utilizadores encontrar o

produtoserviccedilo

Segundo o laquoDicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutesticaraquo comunicaccedilatildeo

laquoconsiste em facultar aos utilizadores actuais ou

potenciais informaccedilotildees referecircncias e documentos de que

disponha e sobre os quais natildeo recaia qualquer restriccedilatildeo de

comunicabilidaderaquo261

Apesar desta definiccedilatildeo ser vaacutelida eacute redundante e restritiva se considerarmos que

comunicaccedilatildeo eacute o laquoacto ou efeito de comunicar troca de informaccedilatildeo entre indiviacuteduos

atraveacutes da fala da escrita de um coacutedigo comum ou do proacuteprio comportamentoraquo262

e a

promoccedilatildeo laquoengloba todos os instrumentos do composto do marketing cujo papel

principal eacute a comunicaccedilatildeo persuasivaraquo laquoisto eacute haacute apresentaccedilatildeo de mensagens agrave

audiecircncia-alvo criando interesse ou desejo pelo produtoraquo263

Assim a comunicaccedilatildeo dos

arquivos com os seus puacuteblicos aleacutem da acessibilidade aos fundos documentais impotildee a

existecircncia de estrateacutegias de trabalho que lhes permitam posicionarem-se264

no mercado

261

Comunicaccedilatildeo ALVES Ivone RAMOS Margarida [et al] ndash Ob cit p 23 262

Comunicaccedilatildeo Dicionaacuterio de Liacutengua Portuguesa 2006 Porto Editora Porto Marccedilo de 2005 Depoacutesito

Legal 22101705 p404 263

KOTLER Philip ndash Marketing para organizaccedilotildees que natildeo visam o lucro Editora Atlas Satildeo Paulo

1988 p 210-211 264

Por posicionamento LINDON e LENDREVIE afirmam que compreende dois aspectos a identificaccedilatildeo

ndash laquoDe que geacutenero de produto se trataraquo e a diferenciaccedilatildeo ndash laquoO que distingue dos outros produtos do

mesmo geacuteneroraquo KOTLER Philip e KELLER Kevin ndash Ob cit p139

102

pela criaccedilatildeo de uma imagem de marca e de qualidade e identidade que entre na mente

dos consumidores-alvos seus possiacuteveis clientes Haacute que cortar com a laquonatildeo

comunicaccedilatildeoraquo para

a) evitar que outros tomem o controlo sobre a divulgaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental pois laquoalguien lo haraacute por nosostros y no siempre en la direccioacuten

o el modo que deseamos ( quizaacute la competencia)raquo265

b) que os consumidores saibam da existecircncia dos produtosserviccedilos e das

caracteriacutesticas objectivas destes sistemas de informaccedilatildeo ndash funccedilatildeo de

persuasatildeo

c) que no momento de optar e apesar da concorrecircncia de outros serviccedilos

similares recorram aos produtos arquiviacutesticos Isto significa que o utilizador

jaacute assume no seu subconsciente a imagem e a marca dos arquivos puacuteblicos -

funccedilatildeo lembranccedila

d) que se orientem para a pesquisa e investigaccedilatildeo a fim de criar novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos educativos

formais e natildeo formais ndash funccedilatildeo educativa

Um dos primeiros exemplos que reforccedila a imagem e a personalidade de uma

empresa com ou sem fins lucrativos eacute a publicidade definida como

laquocualquier forma remunerada de presentacioacuten impersonal de productos

servicios ideas personas u organizaciones por parte de un patrocinador

identificadoraquo266

Dir-se-ia que o seu objectivo eacute fazer com que um vasto puacuteblico alcance uma

laquomensagem simples forte e uacutenicaraquo267

de um determinado produto ou marca controlada

em exclusivo pelo anunciante Eacute o laquofazer sabendoraquo laquofazer gostandoraquo e laquofazer agindoraquo

265

MATEOS RUSSILLO Santos M ndash Hacia una comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural o como

potenciar su uso fomentando su persevacioacuten In La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural

Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 35 266

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p261 267

LINDON Denis LENDREVIE Jacques RODRIGUES Joaquim e DIONIgraveSIO Pedro ndash Ob cit

p338

103

da comunicaccedilatildeo publicitaacuteria como nos dizem Denis LINDON e Jacques LENDREVIE

entre outros268

Inserindo-se na arquiviacutestica uma das formas dos arquivos se posicionarem no

mercado seraacute atraveacutes dos logoacutetipos descritos pelo Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) como um

laquosinal adequado a identificar uma entidade que preste serviccedilos ou

comercialize produtos distinguindo-a das demais podendo ser

utilizado nomeadamente em estabelecimentos anuacutencios impressos ou

correspondecircncia Eacute o modo pelo qual determinada entidade pretende ser

conhecida junto do puacuteblicoraquo269

A sua representaccedilatildeo visual deveraacute ser original uacutenica compreensiacutevel faacutecil de

memorizar e com linguagem adequada para que se identifique com a instituiccedilatildeo e

promova a venda de produtos e de serviccedilos270

Para usar correctamente e de forma

exclusiva este siacutembolo eacute aconselhaacutevel o registo da sua patente271

pois garante

laquoUm monopoacutelio legal permitindo ao titular impedir que algueacutem utilize

sem o seu consentimento sinal igual ou semelhante confere o direito

de usar siacutembolos que dissuadem a violaccedilatildeo como ldquoLogoacutetipo registadordquo

ldquoLog Registadordquo ou das iniciais ldquoLRrdquo imprime maior seguranccedila aos

investimentos implicando a presunccedilatildeo de que natildeo existem direitos

anteriores que inviabilizem a monopolizaccedilatildeo do logoacutetiporaquo272

Figura nordm 24 - Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira273

268

Idem p347 269

Logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line] [Consultado a 8 de Dezembro de

2009] Disponiacutevel URL httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=154 270

MARCA FRANCEgraveS Guillem ndash Marcas y patrimonio cultural tangibilizacioacuten de la comunicacioacuten In

La comunicacioacuten global del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-

374-8 P162 271

No caso portuguecircs segundo o Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143

2008 ndash I Seacuterie do Ministeacuterio da Justiccedila essa funccedilatildeo compete ao Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI) Para saber mais informaccedilotildees sobre este organismo vide

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=40 272

Qual a vantagem de registar um logoacutetipo Instituto Nacional de Propriedade Industrial [on line]

[Consultado a 8 de Dezembro de 2009] Disponiacutevel URL

httpwwwmarcasepatentesptindexphpsection=161 273

O logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira conteacutem entre outros elementos o brasatildeo de armas do

Funchal Desde a sua elevaccedilatildeo a Cidade no seacuteculo XVI que o Funchal deteacutem um brasatildeo de armas que

104

Satildeo vaacuterios os exemplos que podem demonstrar os diferentes usos da sua

utilizaccedilatildeo

a) renovaccedilatildeo da imagem dos Sistemas de Informaccedilatildeo Antony BREWERTON

aquando da renovaccedilatildeo da imagem da biblioteca universitaacuteria de Oxford

Brookes e apoacutes um trabalho de branding com equipa de marketing concluiu

que uma das primeiras tarefas a realizar seria a mudanccedila do logoacutetipo E um

siacutembolo composto pela palavra laquoLibraryraquo repetida cinco vezes deu lugar em

2000 a um iacutecone que conjuga o passado com o futuro facilmente adaptaacutevel

agraves diferentes ferramentas de promoccedilatildeo como eacute o caso da laquoLibrary Newsraquo

das publicaccedilotildees e do site da universidade274

b) mudanccedila de competecircncias A concentraccedilatildeo da gestatildeo arquiviacutestica nacional

na Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Nacional em 2007 levou ao aparecimento

de um novo padratildeo visual que reflecte uma nova etapa deste organismo

(figuras nordm 25 e 26)

Figura nordm 25

Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos 275

Figura nordm 26

Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

reflecte o Grande Ciclo do Accediluacutecar (SeacutecXV-XVI) Ao centro da cartela encimada pela Cruz de Cristo

temos cinco formas ou patildees de accediluacutecar acompanhadas por duas canas de sacarinas Foi registado em 2005

com o nuacutemero 6461 274

BREWERTON Antony ndash Marketing Academic Libraries in the UK the Oxford Brookes Universety

Library Approach In GUPTA Dinesh K MASSIacuteSSIMO Aacutengels e SAVARD Reacutejean ndash Marketing

Library and Information Services Internacional Perpectives Editora IFLA Muumlnchen 2006 ISBN-13

978-3-598-11753-4p 338-339 275

Este logoacutetipo foi concebido por Henrique Cayatte da empresa BBDO

105

c) destaque de outros serviccedilos dentro da mesma instituiccedilatildeo A DGARQ

destaca a divulgaccedilatildeo e disponibilizaccedilatildeo na Internet das suas principais

fontes arquiviacutesticas atraveacutes do projecto laquoTTonlineraquo (Figura nordm 27) O

Arquivo Regional da Madeira destaca o Serviccedilo EducativoExtensatildeo

Cultural com o laquoAprendiz de Arquivoraquo276

Figura nordm 27

Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Noutras situaccedilotildees os arquivos optam por destacar alguns serviccedilos de forma

individualizada com recurso a uma imagem de forma a influenciar o puacuteblico a

adquiri-lousufrui-lo Exemplos disso satildeo as actividades pedagoacutegicas representadas pelo

laquoKivoraquo - Arquivo Distrital de Lisboa o laquoLunetasraquo - Arquivo Municipal da Poacutevoa de

Varzim e o laquoArquivo Alegreraquo da Casa do Infante Arquivo Histoacuterico Municipal do

Porto (figura nordm 29)

Figura nordm 28

Marcas do Serviccedilo Educativo do Arquivo Municipal de Lisboa (esquerda) Casa do

Infante (centro) e Arquivo da Poacutevoa de Varzim (direira)

A sua utilizaccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser elemento de marca nos produtos de

merchadising definida como

276

Consulte o Capiacutetulo V ndash Estudo de caso ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural do Arquivo Regional

da Madeira p 154

106

laquouma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de

teacutecnicas que colocam o produto ao alcance do consumidor de

uma forma destacada dando-lhe maior visibilidade e

possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo

de motivar e influenciar as decisotildees de quem compraraquo277

como nos diz Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e

Comunicaccedilatildeo do Centro de Fotografia do Porto (CPF)

Para o Institut Franccedilais du Merchandising esta palavra se define

laquoo conjunto de estudos e teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que satildeo postos

em praacutetica separada ou conjuntamente por distribuidores e

produtores com o fim de aumentar a rendibilidade do ponto de

venda e a circulaccedilatildeo dos produtos atraveacutes de uma adaptaccedilatildeo

permanente do sortido agraves necessidades do mercado e de uma

apresentaccedilatildeo apropriada do produtoraquo278

Esta praacutetica jaacute eacute comum nos museus e para quem os visita sabe que as suas

lojas estatildeo situadas em lugares privilegiados incentivando todos os seus visitantes a

circularem nestes espaccedilos e a comprar um determinado produto279

No caso dos

277

Consulte a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Anexo 3 278

CAETANO Joaquim ndash Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing

Portuguesa [on line] [Consultado a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL

httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129 279

Segundo Maacuterio Beirolas e Rui Almeida citados por Joaquim Caetano haacute vaacuterios factores que levam

motivam o cliente a comprar nas lojas

a) sensibilidade que se relaciona com o ambiente movimento ruiacutedo geral higiene limpeza

iluminaccedilatildeo comportamento dos funcionaacuterios na prestaccedilatildeo de serviccedilos implementaccedilatildeo dos produtos nos

lineares de venda

b) entusiasmo pelo ambiente existecircncia de produtos complementares apelativos e inovadores mistura de

produtos de primeira necessidade e produtos impulsivos niacutevel de exposiccedilatildeo tipo de publicidade

promoccedilatildeo e informaccedilatildeo correcta sinalizaccedilatildeo das secccedilotildees conhecimento da utilidade do produto

c) utilidade e rentabilidade tipos de produtos em exposiccedilatildeo localizaccedilatildeo dos produtos junto a produtos

complementares rotaccedilatildeo dos produtos atraveacutes da seguranccedila nos prazos de validade tipo de publicidade e

promoccedilatildeo desenvolvida no ponto de venda

d) conforto e seguranccedila espaccedilo disponiacutevel alimentaccedilatildeo cores iluminaccedilatildeocorrecto enquadramento do

produto no espaccedilo de venda informaccedilatildeo sobre os produtos

e) limpeza e arrumaccedilatildeo clima de descontracccedilatildeo creacutedito nos produtos expostos diminuiccedilatildeo da

importacircncia normalmente atribuiacuteda ao preccedilo credibilidade no ponto de venda

f) informaccedilatildeo e apoio funcionaacuterios do ponto de venda (serviccedilo prestado) aproximaccedilatildeo do produto ao

cliente (rotulagem dos produtos e panfletoscartazes)

g) economia e versatilidade boa manutenccedilatildeo do linear boa exposiccedilatildeo e imagem de marca de modo a

transportar a noccedilatildeo de rendibilidade ateacute ao cliente

h) novidade e inovaccedilatildeo associa a existecircncia de novos produtos ao ponto de venda

i) transparecircncia e marcaccedilatildeo clara dos preccedilos

j) rendibilidade clareza no registo dos produtos nas caixas animaccedilatildeo do ponto de venda muacutesica

h) emoccedilatildeo e dinacircmica ambiente publicidade e campanhas de promoccedilatildeo CAETANO Joaquim ndash

Merchandising Uma nova teacutecnica do marketing Revista de Marketing Portuguesa [on line] [Consultado

a 10 de Agosto de 2008] Disponiacutevel URL httpwwwrpmptdocumentoaspxt=2ampd=129

107

arquivos e como nos diz Alberch RAacuteMON esta realidade eacute desoladora pois continua a

persistir a ideia que o patrimoacutenio documental natildeo deve seguir a via comercial280

O

mesmo autor reafirma que o seu uso eacute prioritaacuterio

laquocomo una forma para dar a conocer los materiales de archivo y

contribuir a su difusioacuten en segundo lugar abre la puerta a una

posibilidad que inicialmente se percibiacutea como poco

esperanzadora incrementar los recursos econoacutemicos del

archivoraquo281

Vejamos alguns exemplos

Os produtos de merchadising que vendem a imagem da Direcccedilatildeo-Geral de

Arquivos resultam do estudo da sua documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens

estampadas do logoacutetipo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas

e uma colecccedilatildeo de bijutaria Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de

ourivesaria efectuam-se peccedilas de ourives com pormenores de desenhos de imagens

iconograacuteficas282

A loja do CFP tem por objectivo

laquodivulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e

sensibilizaccedilatildeo do puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece

tambeacutem a cada visitante a oportunidade de conhecer e adquirir outras

produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e outros

produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito)

direccionados para puacuteblicos infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF

para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas caracteriacutesticas

especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em

geral bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postaisraquo283

280

RAMOacuteN Alberch ndash Imagen marketing y comunicacioacuten In Archivos y cultura manual de

dinamizacioacuten Ediciones Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5p 38 e 39 281

Idemp39 282

Informaccedilatildeo fornecida pelo Dr Silvestre Lacerda a 27 de Janeiro de 2009 Viacutede a totalidade da

entrevista no anexo 1 283

Idem

108

Figura nordm 29

Blocos de notas do Centro de Fotografia do Porto

Outros produtos poderiam ser comercializados pins calendaacuterios agendas laacutepis

reproduccedilotildees de selos imagens iconograacuteficas laacutepis gomas e marcadores284

Quanto agrave forma como datildeo a conhecer os seus produtos e que podem ser

seguidos como procedimentos noutros arquivos CARVALHO diz o seguinte

laquoPodem tambeacutem ser adquiridos em algumas lojas de organismos do

Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias Relativamente agrave

dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito

cultural da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em

que satildeo disponibilizadas ao puacuteblico recensotildees mensais de livros de

Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de sugestotildees mensais de

leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo

com referecircncia tambeacutem a outras publicaccedilotildees associadas em termos de

autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as recensotildees as mesmas satildeo

apresentadas sob a forma de breves dossiers

disponiacuteveis para consultaraquo 285

A forma como se concebe a imagem graacutefica286

dos IDDs produtos informativos

flyers folhetins jornais marcadores e cartazes condiciona tambeacutem a visatildeo da sociedade

sobre estes espaccedilos e serviccedilos

Os IDDs que ainda hoje resultam de um aglomerado de fotocoacutepias sem cuidados

esteacuteticos e sem consideraccedilatildeo pelo mercado-alvo287

fazem com que seja necessaacuterio

284

RAMOacuteN Alberch ndash Ob cit p39 285

Consulte-se uma vez mais a entrevista realizada ao Centro Fotograacutefico do Porto Como complemento

destas ideias propomos a leitura do anexo 4 conversa efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do

Gabinete de Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 286

Rom citado por Gabriel Diacuteaz Meyer define concepccedilatildeo graacutefica como uma laquoteacutecnica de comunicacioacuten

que se expresa atraveacutes de un lenguaje icoacutenico verbal esencialmente visual Por esto se tiende a hablar de

disentildeo graacutefico y comunicacioacuten visual como actividades ideacutenticasraquo DIgraveAZ MEYER Gabriel ndash Aspectos de

la comunicacioacuten visual y graacutefica en la comunicacioacuten del patrimoacutenio cultural In La comunicacioacuten global

del patrimoacutenio cultural Ediciones Trea S L Gijoacuten 2008 ISBN 978-84-9704-374-8 p 178 O

profissional que trabalha nesta aacuterea designa-se de designer graacutefico e todo o seu trabalho deveraacute resultar

de um esforccedilo de equipa com os arquivistas responsaacuteveis pelos projectos que querem dar a conhecer no

mercado-alvo

109

sensibilizar os gestores de informaccedilatildeo para melhorarem e normalizarem a concepccedilatildeo

graacutefica deste produto288

Para as restantes publicaccedilotildees que resultam do trabalho

arquiviacutestico acima referidas propotildee-se que se considere sempre um bom desenho uma

boa fonte de impressatildeo e uma boa imagem aliada a um bom conteuacutedo Porquecirc Porque

satildeo produtos informativos que divulgam e publicitam informaccedilotildees sobre os arquivos e

muitas das vezes eacute a partir deles que os clientes entram pela primeira vez em contacto

com os seus serviccedilos tangiacuteveis - que se relacionam com os fundos arquiviacutesticos e

intangiacuteveis - relacionados com a qualidade do serviccedilo prestado

No caso das publicaccedilotildees289

cremos ainda que prevalece o conceito de que os

livros vendem por si soacute e que as ediccedilotildees dos arquivos satildeo um objecto cultural e

cientiacutefico Para chegar a um maior nuacutemero de intermediaacuterios e de leitores tal como

287

BOADAS I RASET Joan ndash Ob cit 288

Este eacute o caso do Arquivo Regional da Madeira que possui um manual de procedimentos para a

normalizaccedilatildeo dos IDDs Todavia temos consciecircncia que para se ter a certeza desta mudanccedila teriacuteamos

que efectuar um inqueacuterito a niacutevel nacional apenas sobre este item ou efectuar uma pesquisa directa sobre

os instrumentos criados nos arquivos municipais e distritais 289

Todas e quaisquer publicaccedilotildees devem solicitar agrave Agecircncia Nacional do ISBN (Inscriccedilatildeo e Aacutereas de

Especializaccedilatildeo) o ISBN- International Standard Book Number O ISBN eacute um nuacutemero internacional

gratuito atribuiacutedo a uma uacutenica publicaccedilatildeo de um determinado editor Por outras palavras se a obra for

impressa com diferentes tipos de capa (por exemplo brochada e encadernada) cada ediccedilatildeo receberaacute um

ISBN diferente No caso em que a obra esgote o ISBN nunca poderaacute ser aplicado noutra publicaccedilatildeo Para

os editores definidos como os proprietaacuterios dos livros seja uma empresa ou uma ediccedilatildeo de autor esta

inscriccedilatildeo eacute feita uma uacutenica vez para que lhes seja atribuiacutedo um prefixo de editor nuacutemero que tem a ver

com a produccedilatildeo de cada editor quanto maior for a produccedilatildeo menos seraacute o prefixo a atribuir

Realccedile-se ainda que cada paiacutes tem os seus proacuteprios prefixos para fornecer aos editores Para saberem

mais vide o site httpwwwapelptpageviewaspxpageid=217amplangid=1 Como complemento deste

nuacutemero deveraacute ser solicitado agrave Biblioteca Nacional de Portugal o depoacutesito legal (DL) Atraveacutes da consulta

do site da Biblioteca Nacional os procedimentos podem ser sintetizados em seis partes 1 O nuacutemero de

registo de depoacutesito legal eacute atribuiacutedo a ldquomonografias e perioacutedicosrdquo segundo o artigo 13ordm do Decreto-Lei

7482 de 3 de Marccedilo httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl7482pdf 2 O

pedido de atribuiccedilatildeo de nuacutemero de depoacutesito agraves publicaccedilotildees eacute da responsabilidade da tipografia que

imprime a obra desde que esta seja portuguesa Se a impressatildeo for feita no estrangeiro deve ser o editor

(com domiciacutelio em Portugal) a solicitar o nuacutemero de registo de depoacutesito legal 3O nuacutemero eacute pedido

mediante o envio do formulaacuterio respectivo (monografias ou publicaccedilotildees perioacutedicas) devidamente

preenchido para dlbnportugalpt Os formulaacuterios estatildeo disponiacuteveis no siacutetio web da BNP

httpwwwbnportugalpt 4 A entidade que solicita o registo fica responsaacutevel pela entrega dos

exemplares para cumprimento do depoacutesito legal (11 exemplares para tiragens superiores a 100 e 1

exemplar para tiragens ateacute 100) Existe tambeacutem um formulaacuterio para acompanhar os exemplares enviados

agrave BNP tambeacutem disponiacutevel no mesmo siacutetio 5 De acordo com o capitulo III artigo 4ordm aliacutenea 2 - do

mesmo Decreto-Lei laquoEacute nomeadamente obrigatoacuterio o depoacutesito de (hellip) separatas atlas e cartas

geograacuteficas mapas (hellip)raquo apesar de estes documentos natildeo estarem sujeitos agrave atribuiccedilatildeo de nuacutemero de

DL 6 Dos 11 exemplares depositados 2 satildeo integrados nas colecccedilotildees da Biblioteca Nacional de Portugal

(BNP) e os restantes satildeo distribuiacutedos pelas seguintes bibliotecas beneficiaacuterias do depoacutesito legal

Biblioteca Municipal de Coimbra Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra Biblioteca Municipal de

Lisboa Biblioteca Puacuteblica de Eacutevora Biblioteca Puacuteblica Municipal do Porto Biblioteca Puacuteblica de Braga

Biblioteca Publica e Arquivo Regional de Angra do Heroiacutesmo Biblioteca Puacuteblica Regional da Madeira e

Real Gabinete Portuguecircs de Leitura do Rio de Janeiro As teses de mestrado e de doutoramento bem como outros trabalhos acadeacutemicos apesar de natildeo lhes ser

atribuiacutedo nuacutemero de depoacutesito legal tambeacutem satildeo depositados na BNP (apenas 1 exemplar) ao abrigo do

Decreto-Lei 36286 de 28 de Outubro

httpwwwbnportugalptimagesstoriesservicosdocumentosdl36286pdf

110

acontece nas editoras com fins mercadoloacutegicos os gestores da informaccedilatildeo tecircm de ver

este produto como um objecto comercial desde o momento que eacute concebido ateacute chegar

ao mercado Para aumentar as vendas do Arquivo ou entatildeo aumentar o nuacutemero de

consultas in loco e virtuais haacute que criar estrateacutegias de comunicaccedilatildeo Partindo do

princiacutepio que existe um mecanismo psicoloacutegico que atrai o indiviacuteduo para o belo para o

bem apresentado para um determinado conjunto de cores que combinam haacute que

investir numa primeira fase no aspecto fiacutesico da obra O tipo de capa das publicaccedilotildees

qualidade do papel nuacutemero das paacuteginas gramagem acabamento impressatildeo e

dimensatildeo satildeo factores que se tornam apelativos Esta ideia eacute defendida pelo jornalista

Pedro Mexia no artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo290

quando escreve que laquoum livro

com uma bela capa jaacute eacute um objecto fascinante ainda que a prosa ou a poesia laacute dentro

sejam fracasraquo291

e pelo editor da Sextante Editora Joatildeo Rodrigues que em

entrevista292

nos diz que laquoA capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo

procurando sempre manter uma imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo

logo)raquo293

Tudo isto seraacute posteriormente indissociaacutevel de um bom tiacutetulo e subtiacutetulo294

a um bom conteuacutedo com expressatildeo escrita adaptada ao puacuteblico-alvo tipo e tamanho de

letra margens e ilustraccedilotildees se eacute agrafado ou cozido (depende do nuacutemero de paacuteginas o

formato se deve ou natildeo ter uma prova de cor oue uma prova final (figura nordm 30)

290

Sobre a importacircncia das capas propomos a leitura do artigo laquoJulgar um livro pela caparaquo e mais

recentemente laquoPode-se julgar um livro pela caparaquo respectivamente MEXIA Pedro ndash Julgar um livro pela

capa In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 14 de Novembro de 2009 e de VELUDO Fernando ndash

Pode-se julgar um livro pela capa In Puacuteblico Suplemento Iacutepsilon Lisboa 17 de Dezembro de 2010 p18

- 20 291

MEXIA Pedro ndash Ob cit 292

Na preparaccedilatildeo do plano propomos a leitura do anexo 5 entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues editor

da Sextante Editora 293

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada agrave Editora Sextante 294

TORRES Eduardo Cintra ndash Este livro tem um verbo In Puacuteblico Suplemento P2 Lisboa 31 de

Outubro de 2009 p12

111

PUBLICACcedilAtildeO TIPO LIVRO DESDOBRAacuteVEL FOLHETO

Miolo

Dimensotildees da paacutegina ex 21x 297 cm

Nuacutemero de paacuteginas

Papel das paacuteginas exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem das paacuteginasmiolo exemplo 170g

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Descriccedilatildeo geral

Folheto ou desdobraacutevel no formato aberto

299 x 21 cm fechado com 2 dobras (3 laudas

ndash vincos tipograacuteficos) para o formato 21x10

cm

Capa

Tipo de papel exemplo mate brilhante

semi-brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo 350 g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Dimensotildees

Exemplo 299 x 21cm (aberto) 21 x 10 cm

(fechado)

Tipo de papel exemplo mate brilhante semi-

brilhante e tipo de acabamento

Gramagem exemplo150g

Acabamento exemplo verniz geral de

maacutequina

Impressatildeo exemplo 4 cores (CMYK)

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Quantidades

Exemplo 500 exemplares 1000 exemplares

Figura nordm 30

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos de publicaccedilotildees

folhetosdesdobraacuteveis

Fonte Sofia Santos

Estamos perante o marketing editorial que segundo Joatildeo Rodrigues pode ser

definido como

laquoOs editores satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de

saber comunicar com todos os intermediaacuterios e com os leitores

Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e contacto

directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo

essenciais Tudo isto tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada

livro eacute um produto diferente e que exige diferentes esforccedilosraquo295

295

Informaccedilatildeo retirada da entrevista efectuada a Joatildeo Rodrigues da Editora Sextante

112

Por outras palavras uma das primeiras acccedilotildees a efectuar seraacute no lanccedilamento das

publicaccedilotildees ou durante o periacuteodo em que decorre o evento a que estaacute ssociado optar por

um desconto nas ediccedilotildees (promoccedilatildeo de vendas) A mesma promoccedilatildeo poderaacute ser

efectuada nas acccedilotildees educativas cujo o melhor trabalho apresentado sobre o livro em

questatildeo teraacute direito por exemplo a usufruir de uma visita orientada ao arquivo ter o

seu trabalho publicado no site ou numa brochurajornal como forma de recompensa No

caso de um novo instrumento descritivo a sua disseminaccedilatildeo poderaacute ser concretizada

entre utilizadores jaacute fidelizados e entre os que estatildeo a dar os primeiros passos de

pesquisa nos arquivos e que natildeo conhecem ainda bem o acervo existente nestes espaccedilos

O sucesso destes produtos tambeacutem se define pela forma como passa a sua

mensagem ao puacuteblico-alvo o que tambeacutem eacute indissociaacutevel da forma de distribuiccedilatildeo

Existem vaacuterias possibilidades

a) por correio a partir da lista protocolar pode-se efectuar uma listagem das

pessoasassociaccedilotildeesserviccedilosinstituiccedilotildees a quem os arquivos pretendem

oferecer as suas ediccedilotildees Estes podem ser acompanhados de cartas

personalizadas consoante o grupo ou pessoa

b) venda nas lojas dos arquivos quando existem eou atraveacutes de parcerias que

permitem colocar estas publicaccedilotildees em livrarias de localidade lojas de

organismos semelhantes como museus bibliotecas e centros de

documentaccedilatildeo

c) distribuiccedilatildeo matildeo a matildeo em locais previamente pensados frequentados

pelos consumidores

d) utilizaccedilatildeo de parcerias com organismos privados com e sem fins culturais

e do Postal Free

Como elemento integrante da publicidade temos a divulgaccedilatildeo das funccedilotildees e das

actividades dos arquivos na comunicaccedilatildeo social como veremos jaacute a seguir interligada

agraves acccedilotildees de relaccedilotildees puacuteblicas

Outra forma dos arquivos se distinguirem das restantes unidades de informaccedilatildeo

aleacutem do proacuteprio acervo arquiviacutestico das colecccedilotildees de referecircncia dos instrumentos de

113

descriccedilatildeo documental e dos desdobraacuteveis seraacute a existecircncia de quadros qualificados para

prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais eficiente e rigoroso

Como eacute comummente sabido um lugar eacute feito por e pelas pessoas Por isso haacute

que saber comunicartransmitir de forma correcta a imagem destes espaccedilos e ter

determinadas atitudes pessoais como o bom humor para contribuir para o

desenvolvimento da dimensatildeo pessoal e emotiva o tempo e a qualidade de resposta

fornecida e a forma como se atende uma chamada e o tempo de atendimento por

exemplo Quando esse apoio eacute feito agrave distacircncia como na Internet natildeo invalida a

importacircncia do trabalho executado pelos profissionais da informaccedilatildeo296

No caso de apoio a entidades puacuteblicas e privadas todo o material produzido

pode ser dado a conhecer atraveacutes de reuniotildees e relatoacuterios perioacutedicos para que tambeacutem

se efectuem avaliaccedilotildees pontuais sobre o serviccedilo efectuado

Nas exposiccedilotildees para aleacutem dos cuidados da sua montagem e identificaccedilatildeo do

puacuteblico-alvo haacute que conceber a imagem global do projecto que deveraacute ser atraente de

forma a cativar o mercado fiel e potencial Outros cuidados a ter em nossa opiniatildeo seraacute

o tipo a cor e o tamanho de letra espaccedilamento do texto aliado agrave relaccedilatildeo entre texto e

imagem forma de impressatildeo e suporte (figura nordm 31)

Proposta de textos para telas

Texto Introdutoacuterio GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Tiacutetulo GILL SANS REGULAR Tamanho 72 PT

Texto GILL SANS LIGHT Tamanho 48 PT

Citaccedilatildeo GILL SANS LIGHT Tamanho 40 PT

Legendas GILL SANS LIGHT Tamanho 25 P

Espaccedilamento duplo

Figura nordm 31

Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo mostra documental

Fonte Sofia Santos

Tudo isto contribui uma vez mais para a comunicaccedilatildeo do patrimoacutenio

documental Para que estes projectos natildeo morram agrave nascenccedila alia-se laquouna adecuada

296

Em 2000 a CNN lanccedilou um inqueacuterito nos Estados Unidos da Ameacuterica com a seguinte questatildeo

laquoPodemos afirmar que se encontra tudo na Internet Ainda necessita de bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo A

resposta foi claramente esclarecedora com 86 dos votos para a resposta laquoSim o sistema decimal

Dewey ainda se encontra actual eu utilizo bibliotecaacuterios de referecircnciaraquo [on line] [Consultado a 8 de

Fevereiro de 2007] Disponiacutevel URL httpwwwcnncom2000CAREERtrends1128librarians

114

poliacutetica (hellip) que permita una relacioacuten planificada continuada y profesional com los

medios de comunicacion sea prensa radio o televisioneraquo297

Seraacute entatildeo necessaacuterio dividir a sua divulgaccedilatildeo em trecircs etapas

Num primeiro momento procede-se ao envio de convites para a inauguraccedilatildeo da

exposiccedilatildeo de acordo com lista protocolar que deve estar sempre actualizada envio de

material graacutefico agraves entidades do exterior (cartazes cataacutelogos e desdobraacuteveis da

exposiccedilatildeo etc) O envio de newslleters revela-se eficaz aleacutem de econoacutemico e amigo do

ambiente porque chega a um leque grande de pessoas num curto espaccedilo de tempo

exige poucos reursos humanos e a informaccedilatildeo existente eacute concisa e directa

Numa segunda fase estabelece-se ligaccedilatildeo com os oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Para o efeito propotildee-se o envio de nota de imprensa ndash referente apenas a um uacutenico

assunto ndash com cerca de trecircs meses de antecedecircncia quando eacute imprensa nacional e entre

quinze a oito dias na imprensa local ou regional Posteriormente o responsaacutevel pela

comunicaccedilatildeo deveraacute entrar em contacto com o jornalista para garantir que entendeu a

mensagem se tem interesse e quando vai sair a notiacutecia

Um dia antes do evento ou no proacuteprio dia poderaacute ser convocada uma

conferecircncia de imprensa para apresentar aos jornalistas um dossiecirc de imprensa ndash

briefing ndash contendo uma breve sinopse do projecto ficha teacutecnica (tema da exposiccedilatildeo e

nome de todos os colaboradores) objectivos gerais e especiacuteficos datas horaacuterios e local

da exposiccedilatildeo iniciativas educativas caso existam o cataacutelogo e o preccedilo se for esse o

caso que poderaacute ser tambeacutem entregue em CD com imagens digitalizadas Normalmente

este tipo de iniciativa eacute realizada ao final da tarde mas eventualmente pode-se optar por

uma hora que seja mais conveniente a todos O local de apresentaccedilatildeo neste caso seraacute

onde estaacute patente a exposiccedilatildeo

Ainda sobre a imprensa escrita conveacutem conhecer bem as temaacuteticas dos

perioacutedicos pois nem todos datildeo igual importacircncia agrave mesma notiacutecia Aos jornais ditos

culturais a forma como eacute explicada a exposiccedilatildeo deveraacute ser mais ampla do que aos

jornais geneacutericos Mas uma coisa eacute certa os artigos criados devem responder sempre

quem o quecirc quando onde porquecirc e para quecirc

Os arquivistas podem recorrer a outros meios de comunicaccedilatildeo social como agrave

televisatildeo e agraves raacutedios regionais e locais298

Destes recursos as raacutedios regionais e locais

297

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Obcit p 29

115

revelam-se vantajosas porque tecircm largas audiecircncias proporcionando uma publicidade

gratuita das actividades que se querem divulgar Anunciar regularmente os eventos pode

ser uma soluccedilatildeo a seguir

Outra forma gratuita de divulgaccedilatildeo eacute o uso das agendas culturais das cacircmaras

municipais eou das direcccedilotildees regionais da cultura os blogues e as redes sociais que

por norma atraem um puacuteblico que agrave partida nunca visitaria um arquivo

Paralelamente a estas formas de comunicaccedilatildeo natildeo podemos deixar de referir

que a utilizaccedilatildeo do site da instituiccedilatildeo eacute fundamental Caso os clientes natildeo se possam

deslocar ao espaccedilo fiacutesico deveremos facultar-lhes o projecto atraveacutes de uma visita

virtual ou entatildeo elaborar um PDF com textos e imagens sobre a mesma

Deste tipo de iniciativas enquanto o evento estiver patente decorrem outras

formas de divulgaccedilatildeo guiasroteiros da exposiccedilatildeo (que deveratildeo ser elaborados a pensar

em dois segmentos puacuteblico em geral e populaccedilatildeo estudantil e com uma linguagem

adequada a cada um destes nichos) cartazes e convites com visual semelhante ao da

exposiccedilatildeo

Apoacutes o seu teacutermino ndash terceiro momento - poderaacute escrever-se um novo artigo

para a comunicaccedilatildeo social e para o site do arquivo com a divulgaccedilatildeo dos resultados

estatiacutesticos e qualitativos da exposiccedilatildeo Esta seraacute uma forma de perpetuar a informaccedilatildeo

sobre projectos deste tipo e sensibilizar um maior nuacutemero de pessoas para os serviccedilos

prestados pelos arquivos

Agrave volta de um evento os Serviccedilos Educativos podem ainda conceber e

dinamizar actividades pedagoacutegicas que contribuem igualmente para o conhecimento do

acervo e das funccedilotildees dos arquivos A forma de comunicaccedilatildeo destas actividades mesmo

que estas sejam autoacutenomas poderaacute ser por

a) convite directo junto das escolas associaccedilotildees ofiacutecio telefone fax e-mail ndash

eacute a adaptaccedilatildeo da chamada forccedila de venda

b) reuniotildees com as entidades requerentes acompanhadas por dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das actividades com visual graacutefico e mensagem adaptada ao

grupo pretendido ndash aplicaccedilatildeo do marketing directo

298

Em Portugal os programas culturais transmitidos satildeo em nuacutemero reduzido e os que haacute se calhar

tendo em consideraccedilatildeo o grande nuacutemero de informaccedilotildees enviadas optam apenas por mencionar estas

iniciativas numa breve nota de rodapeacute

116

c) envio de notas de imprensa divulgaccedilatildeo no site newsletters ndash publicidade e

marketing directo

d) envio do programa educativo no iniacutecio do ano lectivo ndash tambeacutem marketing

directo

Aquando da dinamizaccedilatildeo das suas acccedilotildees pedagoacutegicas propomos igualmente

que o teacutecnico adequacutee a expressatildeo oral e corporal ao nicho presente Soacute assim uma vez

mais se consegue apresentar um trabalho com qualidade e rigor

Os organismos culturais podem ainda fazer uso de viacutedeos de cartazes e do

mobiliaacuterio urbano ndash placards e paragens de autocarro como forma de divulgaccedilatildeo destas

iniciativas De facto esta divulgaccedilatildeo consoante a sua qualidade venderaacute uma imagem

negativa ou positiva dos mesmos resultando daqui comentaacuterios que os utilizadores

trocaratildeo entre si Estamos perante o buzz marketing que eacute a passagem de informaccedilatildeo de

boca-a-orelha laquoNo iniacutecio o cliente experimenta o serviccedilo falando em seguida dele agrave

sua famiacutelia amigos ou relaccedilotildees as pessoas A e Braquo299

Outro aspecto que devemos ter em atenccedilatildeo quanto agrave promoccedilatildeo dos organismos eacute

a Internet Dentro das suas ferramentas mais comuns apresentamos a seguir um quadro

efectuado por Wagner Junqueira de ARAUgraveJO sobre as suas caracteriacutesticas e cuidados a

ter com o seu uso (figura nordm 32)

299

EIGLIER Pierre e LANGEARD Eric ndash Ob cit p103

117

Ferramenta Utilizaccedilatildeo

Precauccedilotildees

Banner Normalmente utilizado nas

paacuteginas iniciais de portais ou

sites Natildeo existem restriccedilotildees

agrave sua utilizaccedilatildeo Eacute uma das

ferramentas mais efectivas

para a promoccedilatildeo do site

Pode ser utilizado em qualquer parte d uma

paacutegina Web mas eacute preciso tomar cuidado

para natildeo causar poluiccedilatildeo visual no site Eacute

necessaacuterio evitar a utilizaccedilatildeo excessiva de

banners bem como as cores muito fortes

Correio electroacutenico Pode gerar os melhores

iacutendices de retorno Deve ser

utilizado para promoccedilatildeo

quando as listas de

distribuiccedilatildeo satildeo de grupos de

interesses comuns e o item a

ser promovido deve fazer

parte do contexto de interesse

do grupo

Um ponto importante ao se utilizar e-mail eacute

possuir uma estrutura para responder de

maneira raacutepida agraves mensagens recebidas

pois a accedilatildeo de enviar um e-mail pode gerar

um e-mail resposta do destinataacuterio Para

ampliar a receptividade ao e-mail

promocional eacute recomendado que se

obtenha permissatildeo do destinataacuterio Utilizar o e-mail em listas de grupos

heterogeacuteneos natildeo apresenta bons resultados Pop-up Pode ser utilizado para

promover um produto item

ou determinada aacuterea de um

site ou portal Web Sua

utilizaccedilatildeo deve ser

esporaacutedica

Natildeo se deve utilizar o pop-up de forma

contiacutenua pois a exposiccedilatildeo pode fazer com

que o usuaacuterio feche a janela antes mesmo

de visualizar o seu conteuacutedo

Webcasting Utilizaccedilatildeo semelhante agrave

pop-up no entanto deve ser

utilizado quando a promoccedilatildeo

exige um apelo visual mais

forte

Eacute necessaacuterio que o puacuteblico-alvo possua

acesso raacutepido agrave Internet e bom

equipamento pois consome muito recursos

de processamento de estaccedilatildeo de trabalho e

rede de computadores Nem todos os

browsers suportam esta aplicaccedilatildeo Site Web Pode ser utilizado para

promover produtos ou

empresas A utilizaccedilatildeo de um

site como folder promocional

eacute a forma mais antiga e

primaacuteria de se utilizar a Web

como canal de promoccedilatildeo

As informaccedilotildees devem ser constantemente

actualizadas Informaccedilotildees desatualizadas

desabilitam a funccedilatildeo do site como canal de

divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees

Ferramentas de busca Podem ser utilizadas quando

se deseja promover um site

ou portal

Seu retorno nem sempre eacute dos melhores por

causa da quantidade de informaccedilotildees jaacute

existentes na Web Figura nordm 32

Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Fonte ARAUgraveJO Wagner Junqueiro ndash Pesquisa experimental de promoccedilatildeo no portal Rede Governo In

AMARAL Sueli Angeacutelica do ndash Marketing na Ciecircncia da Informaccedilatildeo Editora UNB Brasiacutelia 2007

ISBN 978-85-230-0952-6 p165

O apoio a iniciativas de iacutendole cientiacutefica e cultural como acccedilotildees de formaccedilatildeo

coloacutequios seminaacuterios mesas redondas debates e publicaccedilotildees de artigos em revistas

118

especializadas na aacuterea das Ciecircncias de Informaccedilatildeo constituem outra forma de difusatildeo e

de promoccedilatildeo do conhecimento deste tipo de instituiccedilotildees

Estabelecer parcerias entre organismos privados e puacuteblicos com instituiccedilotildees

congeacuteneres ou distintas permite tambeacutem divulgar as funccedilotildees fim dos arquivos Daqui

pode resultar o patrociacutenio300

eou o mecenato considerada a laquoprimeira forma de

associaccedilatildeo entre capital e culturaraquo301

(figura nordm 33)

Tipo de actividade Patrociacutenio Mecenato

Motivaccedilatildeo Comercial Social ou pessoal

Objectivos Notoriedade imagem de marca

endomarketing relacionamento

com a sociedade etc

Participaccedilatildeo social da satisfaccedilatildeo

pessoal do mecenas

Contrapartida Comercial (investimento na

marca empresa)

Social (investimento na

sociedade)

Exploraccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo

Sim Natildeo

Continuidade Fundamental Desejaacutevel

Inter-relaccedilotildees Com as demais ferramentas de

comunicaccedilatildeo da empresa

Com o programa de

responsabilidade social da

empresa Figura nordm 33

Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Fonte REIS Ana Carla Fonseca ndash Marketing Cultural e Financiamento da Cultura Thomson Pioneira

Satildeo Paulo 2003 ISBN 85-221-0305-4p14

Relativamente ao patrociacutenio os arquivos puacuteblicos podem conquistar as empresas

privadas para as suas actividades atraveacutes da elaboraccedilatildeo de uma estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo dirigida Para tal os arquivistas poderatildeo apresentar agraves empresas um dossiecirc

de parcerias em que conste

a) o enquadramento histoacuterico-institucional da instituiccedilatildeo definindo bem a sua

missatildeo visatildeo e valores Este eacute um ponto forte para que os arquivos

demonstrem o seu valor social enquanto preservadoresconservadores do

patrimoacutenio documental

b) a apresentaccedilatildeo do projecto A finalidade objectivos gerais e objectivos

especiacuteficos e as vantagens desta iniciativa satildeo pontos a constar Deve-se

300

FUGUEgraveRAS daacute-nos um exemplo de patrociacutenio feito pelo Instituto Municipal del Paisage Urbano y

Calidadde Vida em 2001 ao Arquivo Municipal de Barcelona laquoBarcelona hagamos memoriaraquo

ALBERCH I FUGUERAS Ramon ndash Imagen Marketing y Comunicacioacuten In Archivos y cultura manual

de dinamizacioacuten Ediocines Trea S L Gijoacuten 2001 ISBN 84-9704-015-5 p 35 301

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 4

119

igualmente demonstrar o que seraacute vendido o retorno do investimento

previsto e as vantagens comparativas de investimento face a outras

ferramentas de comunicaccedilatildeo (publicidade promoccedilotildees)

c) identificar a equipa que faz parte do evento ou seja indicar laquoquem eacute quemraquo

e as suas funccedilotildees Se por exemplo na organizaccedilatildeo de uma exposiccedilatildeo o

Comissaacuterio Cientiacutefico for de renome o trabalho que estaacute a ser executado

ficaraacute ainda mais valorizado

d) apresentar uma lista pormenorizada dos bens necessaacuterios a adquirir

indicando os respectivos custos e fornecedores

e) enunciar os benefiacutecios econoacutemicos financeiros e sociais que podem advir

das parcerias com estes organismos culturais

f) Outras motivaccedilotildees podem ser demonstradas

120

Motivos para patrocinar

Explicaccedilatildeo

Aumento da fidelidade agrave marca Num ambiente de negoacutecio cada vez mais competitivo

torna-se fundamental as empresas imporem-se no

mercado para sobreviverem Darem-se a conhecer

atraveacutes de organismos culturais proporciona formas de

incremento da sua marca e aumento da lealdade dos

clientes aos seus produtosserviccedilos

Criar visibilidade Sempre que apoiam as actividades dos arquivos o

nome da empresa aparece permitindo uma ainda maior

visibilidade das empresas patrocinadoras Ou seja

deixam de recorrer apenas agrave publicidade tradicional

para se darem a conhecer atraveacutes de outras empresas

Mudar ou reforccedilar imagem Para alargar as vantagens competitivas credibilizar e

reforccedilar a sua mensagem o estabelecer parcerias

poderaacute ser uma forma de ampliar os seus lucros a

meacutedio e longo prazo ao fidelizar e conquistar novos

puacuteblicos

Responsabilidade social Contribuir para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico como parte integrante da memoacuteria

colectiva local regional e nacional

Incentivar vendas Associar o patrociacutenio aos arquivos poderaacute originar o

aumento de vendas e divulgaccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Reforccedilar atributos da marca e

diferenciaccedilatildeo

O estabelecer parcerias permite melhorar os laccedilos com

os consumidores posicionar a sua marca no mercado e

impulsionar as vendas A sua imagem puacuteblica sai

igualmente reforccedilada permitindo distinguir-se no meio

social

Entreter clientes De acordo com as listas protocolares seratildeo enviados

convites sobre as principais actividades dos arquivos

como exposiccedilotildees incorporaccedilotildees e lanccedilamento de

publicaccedilotildees permitindo o conviacutevio entre estes os

funcionaacuterios da empresa patrocinadora e clientes

Recrutar reter colaboradores A empresa patrocinadora poderaacute premiar os seus

clientes internos ao dar convites para exposiccedilotildees

visitas orientadas acccedilotildees de formaccedilatildeo descontos nas

lojas destes espaccedilos e contacto directo com as fontes

primaacuterias mas respeitando sempre os princiacutepios de

comunicabilidade

Oportunidades de merchandising Mostrar o produto eacute fazer merchandising Por outras

palavras ao promover bens no ponto-de-venda

com referecircncia agrave sua parceria com Arquivos estaraacute a

dar destaque agrave sua actividade enquanto entidade

patrocinadora Tudo isto pode influenciar o

consumidor na altura de decidir a aquisiccedilatildeo dos seus

produtosserviccedilos

Combater maiores orccedilamentos Pequenas e meacutedias empresas tambeacutem podem ser

patrocinadoras Este tipo de parcerias poderaacute mesmo

ser um veiacuteculo difusor da sua imagem e marca para

combater multinacionais com orccedilamentos

completamente gigantescos

Figura nordm 34

Exemplos de motivos para patrocinar

Fonte Sofia Santos

121

Acerca do mecenato cultural no caso portuguecircs este encontra-se regulamentado

nos termos do Capiacutetulo X do Estatuto dos Benefiacutecios Fiscais (Benefiacutecios Fiscais

Relativos ao Mecenato) diploma aprovado pelo Decreto-Lei nordm 21589 de 1 de Julho

na redacccedilatildeo dada pela Lei nordm 53-A2006 de 29 de Dezembro e na redacccedilatildeo dada pelo

Decreto-Lei nordm 1082008 de 26 de Junho

Saliente-se que os pedidos para enquadramento no Estatuto dos Benefiacutecios

FiscaisMecenato se reportam aos agentes culturais privados devendo anteceder a fase

negocial para captaccedilatildeo dos donativos junto dos potenciais mecenas (pessoas colectivas

eou individuais) e devem ser dirigidos agrave Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Relaccedilotildees Puacuteblicas

Documentaccedilatildeo e Arquivo desta Secretaria-Geral (Lisboa) ou junto das Direcccedilotildees

Regionais da Cultura (Regiotildees Autoacutenomas) As pessoas colectivas sujeitas agrave

administraccedilatildeo directa do Estado estatildeo isentas deste tipo de reconhecimento302

Neste contexto surge o marketing cultural que usa a cultura como laquobase e

instrumento para transmitir determinada mensagem (e a longo prazo desenvolver um

relacionamento) a um puacuteblico especiacutefico sem que a cultura seja a atividade fim da

empresaraquo303

A niacutevel puacuteblico a legislaccedilatildeo vigente sobre financiamento de projectos culturais

eacute explicitada no Decreto-Lei nordm 2252006 de 13 de Novembro diploma que estabelece

o regime de atribuiccedilatildeo de apoios financeiros do Estado atraveacutes do Ministeacuterio da

Cultura agraves Artes304

Na Uniatildeo Europeia por Decisatildeo da Comissatildeo de 20 de Abril de

2009 que institui a laquoAgecircncia de Execuccedilatildeo relativa agrave Educaccedilatildeo ao Audiovisual e agrave

Culturaraquo para a gestatildeo da acccedilatildeo comunitaacuteria nos domiacutenios da educaccedilatildeo do audiovisual

e da cultura em aplicaccedilatildeo do Regulamento (Comissatildeo Europeia) nordm 582003 do

Conselho (2009336CE) e a Decisatildeo nordm 13522008CE do Parlamento Europeu e do

Conselho de 16 de Dezembro de 2008 que altera a Decisatildeo nordm 18552006CE que

302

A legislaccedilatildeo sobre mecenato e outra informaccedilatildeo complementar sobre este assunto pode ser consultada

em httpwwwportaldaculturagovptprogramasapoiosPagesmecenatoaspx paacutegina oficial do

Ministeacuterio da Cultura 303

REIS Ana Carla Fonseca ndash Ob cit p 12 304

Existe mais legislaccedilatildeo especiacutefica sobre a promoccedilatildeo de sistemas de apoios financeiros em actividades

profissionais nos mais diversos domiacutenios das Artes do Espectaacuteculo Artesanato Artes Plaacutesticas Cinema

Multimeacutedia Recintos Culturais entre outras Aconselhamos ainda a consulta dos sites especiacuteficos de

vaacuterios organismos sob tutela do Ministeacuterio da Cultura designadamente Direcccedilatildeo-Geral das Artes

Direcccedilatildeo-Geral do Livro e das Bibliotecas Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Instituto do Cinema e do

Audiovisual Inspecccedilatildeo-Geral de Actividades Culturais outros (wwwportaldaculturapt)

122

institui o Programa laquoCulturaraquo (2007-2013) eacute legislaccedilatildeo que tambeacutem deve ser

consultada para efeitos de apoios monetaacuterios

Outra forma de publicitaccedilatildeo reconhecimento dos arquivos puacuteblicos e dos seus

profissionais e captaccedilatildeo de recursos financeiros seraacute a existecircncia de uma Associaccedilatildeo de

Amigos do Arquivo Da pesquisa efectuada em Portugal existem trecircs associaccedilotildees do

geacutenero a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel305

que foi

pioneira a Associaccedilatildeo dos Amigos da Torre do Tombo criada em 2004 e formada em

iniacutecio de 2009 a Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Distrital do Porto Sobre os

objectivos destas associaccedilotildees sintetizamos a informaccedilatildeo na seguinte tabela (figura nordm

35)

305

No anexo 6 transcrevemos a entrevista efectuada a Paula Fernandes arquivista responsaacutevel pela

criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

123

Identificaccedilatildeo da

Associaccedilatildeo

Ano da

constituiccedilatildeo

Missatildeo

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Municipal

de Penafiel (AAP)

2003 1 ndash Os Amigos tecircm como objectivo o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel

e regiatildeo e do Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se

nomeadamente

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de

recuperaccedilatildeo da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio

arquiviacutestico do concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou

de depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais

teacutecnicos ou de contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que

o Arquivo necessite para seu funcionamento nomeadamente material

necessaacuterio ao tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos

fundos arquiviacutesticos pertenccedilas do Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal

bem como a realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais

ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe

seja solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios

ou seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a

realizaccedilatildeo dos fins que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios

jornadas e cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do

Concelho e regiatildeo com a Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e

do Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Associaccedilatildeo dos

Amigos da Torre

do Tombo (AATT)

2004 1 Cooperar com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e apoiaacute-lo na

promoccedilatildeo realizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos seus objectivos culturais

2 Realizar um programa anual de iniciativas a levar a efeito no acircmbito

dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

3 Editar e apoiar a ediccedilatildeo de trabalhos de investigaccedilatildeo que tenham

como fonte principal os fundos documentais guardados no Arquivo

Nacional da Torre do Tombo

4 Contribuir para o melhor conhecimento e para a valorizaccedilatildeo dos

fundos do Arquivo

5 Dar apoios e fornecer informaccedilatildeo a investigadores que trabalhem no

acircmbito dos fundos documentais do Arquivo Nacional da Torre do

Tombo

Nota os seus estatutos e site satildeo autoacutenomos da DGARQ

Associaccedilatildeo dos

Amigos do

Arquivo Distrital

do Porto

(AAADD)

2009 - Contribuir para a promoccedilatildeo salvaguarda e divulgaccedilatildeo do acervo

patrimonial do Arquivo Distrital do Porto respeitando as poliacuteticas

arquiviacutesticas emanadas pela tutela do arquivoraquo

Figura nordm 35

Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos portugueses

Fonte Sofia Santos

124

A niacutevel internacional destacamos a Friends of the Nacional Archives Arquivo

Nacional da Gratilde-Bretanha fundada em 1998 que tal como as nossas associaccedilotildees tem

por missatildeo a salvaguarda conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo da documentaccedilatildeo da Inglaterra306

Da anaacutelise das suas funccedilotildees damos a conhecer os trabalhos que tecircm sido

desenvolvidos

a) trabalhos de conservaccedilatildeo e restauro de documentos

b) ediccedilatildeo de cataacutelogos produtos informativos brochuras jornais e instrumentos

de descriccedilatildeo documental

c) realizaccedilatildeo de congressos conferecircncias mesas redondas e workshops

d) dinamizaccedilatildeo de actividades educativas e de extensatildeo cultural

e) acessibilidade de bases de dados

Sobre as vantagens em ser-se amigo de um arquivo seraacute como acontece nos

museus desconto nos produtos das respectivas lojas nas conferecircncias e na restauraccedilatildeo

acesso a visitas exclusivas agraves aacutereas teacutecnicas contactos directos com alguns novos

fundos incorporados desde que seja respeitado o princiacutepio da comunicabilidade ofertas

de boletins e cataacutelogos das exposiccedilotildees oferta do cartatildeo de leitor parque de

estacionamento gratuito e convites para a inauguraccedilatildeo de exposiccedilotildeesmostras

Natildeo podemos deixar de referir que uma das formas que promove bem estes

espaccedilos tal como acontece no Museu de Soares dos Reis no Porto e no Museu de Arte

Sacra em Lisboa eacute a zona de restauraccedilatildeo Este serviccedilo quando eacute bom atrai um leque de

puacuteblico bastante diversificado que se calhar de outra forma nunca frequentariam ou

saberiam sobre a existecircncia destes organismos e das suas funccedilotildees

Perante a descriccedilatildeo do Pacutede promoccedilatildeo concordamos com Neil KOTLER e Philip

KOTLER307

quando afirmam que as ferramentas de comunicaccedilatildeo podem ser divididas

306

Para saber mais sobre o trabalho que tem vindo a ser efectuado sugerimos a consulta do site

httpwwwnationalarchivesgovukget-involvedfriendshtm Sugerimos tambeacutem a consulta do anexo 7

entrevista realizada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e a Chris Mumby - Head of

Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha para saber como este arquivo aplica o

marketing 307

KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p262

125

em quatro partes publicidade promoccedilatildeo de vendas relaccedilotildees puacuteblicas e marketing

directo Vejamos a sua siacutentese (figura nordm 35)

Publicidade Promoccedilatildeo de

vendas Relaccedilotildees

Puacuteblicas Marketing

directo Logoacutetipos

Produtos

Informativos

Marcadores

Cartazes

Flyers

Ediccedilotildees

Viacutedeos

institucionais

Internet

Comunicaccedilatildeo

Social (raacutedio

imprensa

televisatildeo)

Redes de mupies

Spots de TV e

Raacutedio

Ediccedilotildees

Merchadising

Mostras e

exposiccedilotildees

documentais

Descontos nas

ediccedilotildees

Preacutemios na

participaccedilatildeo de

actividades

pedagoacutegicas

(publicaccedilotildees em

jornais

exposiccedilotildees

visitas

orientadas

sugestotildees)

Equipa

qualificada

Actividades

educativas e

culturais

Reuniotildees e

relatoacuterios de

actividades

Dossiecircs de

actividades e de

imprensa

Mecenato

Associaccedilatildeo dos

Amigos dos

Arquivos

Contactos

individuais (cara-

a-cara)

Ofiacutecios

Telefone

Fax

Newsletter

E-mail

Figura nordm 36

Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Fonte Sofia Santos

E os arquivos distritais portugueses aplicaratildeo estas quatro ferramentas da

comunicaccedilatildeo Pela observaccedilatildeo dos inqueacuteritos podemos dizer que natildeo O convite

directo o site e o uso dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social eacute comum a todos os arquivos

distritais mas os ofiacutecios e circulares apenas satildeo mencionados nos inqueacuteritos de Castelo

Branco Eacutevora Portalegre Santareacutem e Vila Real e o mailing list e as newsletters nos

arquivos de Guarda e de Leiria

Grupo IV 4 Como datildeo a conhecer as acccedilotildees desenvolvidas pelo vosso Arquivo

126

Figura nordm 37

Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

A partir da aplicaccedilatildeo dos inqueacuteritos afirmamos que os conceitos mercadoloacutegicos

natildeo satildeo utilizados de forma consciente ou por vezes satildeo confundidos Este eacute o caso do

Arquivo Distrital de Beja que afirma formas de divulgaccedilatildeo das suas iniciativas e

serviccedilos mas que natildeo aplica o marketing por existecircncia de um nuacutemero reduzido de

funcionaacuterios (apenas 2 teacutecnicos superiores e 3 teacutecnicos profissionais de arquivo)

Outros apenas associam o marketing agrave divulgaccedilatildeo de actividades como eacute o caso

dos Arquivos Distritais de Setuacutebal e de Vila Real

A Drordf Leonor Lopes directora do Arquivo de Santareacutem apresenta uma opiniatildeo

diferente Esta colega considera que mesmo que natildeo queiramos o marketing estaacute

presente nos nossos serviccedilos Neste caso apesar das carecircncias orccedilamentais o marketing

pode sempre ser utilizado ainda que o seja de uma forma empiacuterica (figura nordm 38)

Figura nordm 38

Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos Distritais

Fonte Sofia Santos

Identificaccedilatildeo do

Arquivo Distrital Sim Natildeo Justificaccedilatildeo

Angra do Heroiacutesmo

- Accedilores

Ap

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as

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ark

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ivo

X Natildeo justifica

Beja

X Dado o reduzido nuacutemero de funcionaacuterios o arquivo distrital de Beja natildeo possui serviccedilos de preservaccedilatildeo ou educativos

mas aacutereas de actuaccedilatildeo nesses campos

Castelo Branco

X Natildeo justifica

Eacutevora

X Sim atraveacutes de publicitaccedilatildeo nos oacutergatildeos regionais de comunicaccedilatildeo social

Guarda X

Atraveacutes da paacutegina Web da newsletter de folhetos de divulgaccedilatildeo informaccedilatildeo de serviccedilos

Leiria

Natildeo responde

Portalegre X

Atraveacutes do site institucional intranet da DGARQ e ofiacutecios e informaccedilotildees

Santareacutem X

O Marketing eacute uma aacuterea muito vasta e eacute difiacutecil natildeo utilizar uma ou outra ferramenta Este arquivo devido agraves suas

limitaccedilotildees financeiras e de pessoal teacutecnico tem algumas dificuldades em aplicar algumas das que melhor nos serviriam

por exemplo soacute no ano passado conseguimos destacar do nosso orccedilamento verbas para podermos imprimir cartotildees de

cumprimentos e de visita Muitas das acccedilotildees que desenvolvemos satildeo divulgadas em parceria com outros organismos

Existem no entanto algumas como a elaboraccedilatildeo de uma newsletter que satildeo ainda possiacuteveis de utilizar mesmo com tais

constrangimentos e que ainda natildeo desenvolvemos

Setuacutebal

X Considero que seria conveniente e interessante a sua aplicaccedilatildeo com vista agrave divulgaccedilatildeo e difusatildeo das actividades do

Arquivo Distrital

Viana do Castelo X

O Arquivo Distrital de Viana do Castelo utiliza ferramentas de caraacutecter analiacutetico no acircmbito dos sistemas de

informaccedilatildeo de marketing

As ferramentas mais utilizadas satildeo planos de comunicaccedilatildeo a partir de estudos do perfil do utilizador

Os indicadores a que se recorre mais frequentemente satildeo a medida do grau de satisfaccedilatildeo dos clientes e a anaacutelise da

eficaacutecia de resposta mediante o produto ou serviccedilo prestado

Vila Real X

O Arquivo Distrital de Vila Real utiliza o seu Web site como ferramenta de marketing fornecendo informaccedilotildees gerais e

dando conhecimento das suas actividades

44 Planeamento Estrateacutegico do Marketing em Arquivos Puacuteblicos

A aplicaccedilatildeo e os itens de um plano estrateacutegico de marketing podem variar de

acordo com as circunstacircnciassituaccedilatildeo de cada organismo como jaacute foi referido

A partir do processo de planificaccedilatildeo apresentado por Neil e Philip KOTLER no

livro laquoEstrateacutegias y marketing de museosraquo - figura nordm 39 ndash decidimos agrave luz do estudo

realizado analisar interpretar e exemplificar cada uma das etapas sempre que possiacutevel

acompanhando-as de exemplos praacuteticos de acordo com o nosso objecto de estudo os

arquivos puacuteblicos

SISTEMA DE PLANIFICACIIacuteON

ESTRATEacuteGICA DE MERCADO

Anaacutelisis del entorno

Entorno interno

Entorno de mercado

Entorno regulador

Entorno de la competencia

Macroentorno

darr

Anaacutelisis de recursos internos

(anaacutelisis de fuerzas y debilidades)

darr

Formulacioacuten de la misioacuten y las metas

Misioacuten

Objetivos

Metas

darr

Formulacioacuten de la estrategia

darr

DISENtildeO ORGANIZATIVO

darr

DISENtildeO DE SISTEMAS

Sistema de informacioacuten de marketing

Sistema de planificaciacuteon de marketing

Sistema de control de marketing

Figura nordm 39

Proceso de planificacioacuten estrateacutegica de mercado

129

Fuente KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Estrategias y marketing de museos Editorial Ariel SA

BarcelonaISBN 978-84-344-6627-9 Depoacutesito Legal B 9983-08034p91

Analisar o ambiente interno e externo da organizaccedilatildeo eacute a primeira etapa que se

impotildee na implementaccedilatildeo do plano estrateacutegico do nosso trabajo do trabalho de um

arquivo puacuteblico

A partir daqui e mediante o que jaacute foi referido no Capiacutetulo IV podemos afirmar

que o ambiente dos Arquivos Puacuteblicos se constitui por dois tipos de stakeholders ou

clientes os internos e os externos

Nos internos correspondente ao marketing interno integram-se

1 o director(es) (entidade(s) maacutexima(s) deste oacutergatildeo) responsaacuteveis de serviccedilos

2 os funcionaacuterios geralmente divididos por serviccedilos

3 os mecenas e patrocinadores

4 os voluntaacuterios

Os externos relacionados com o micro-ambiente satildeo

1 os fornecedores ndash prestadores de bens materiais e culturais Quem sao estes

2 os clientes da organizaccedilatildeo (estudantes investigadores curiosos populaccedilatildeo em

geral e participantes das actividades educativas e culturais)

3 a comunicaccedilatildeo social (divulgaccedilatildeo das actividades)

5 os amigos dos arquivos

Neste grupo inclui-se ainda o macro ndash ambiente representado pelos oacutergatildeos da

administraccedilatildeo central regional e local

Para se perceber melhor como estes stakeholders (SH) internos e externos

interagem no seu ambiente com os Arquivos Puacuteblicos sintetizamos esta ideia na tabela

abaixo representada (figura nordm 40)

130

Stakeholders (SH) O que esperam os SH

dos Arquivos

O que esperam os

Arquivos dos SH

Internos

Director

Responsaacuteveis de

Serviccedilos

Bom desempenho e

inovaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Funcionaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

credenciaccedilatildeo e

formaccedilatildeo

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Voluntaacuterios Condiccedilotildees de

trabalho

Eficiecircncia e eficaacutecia

qualitativa e

quantitativa no seu

desempenho

Mecenas e

Patrocinadores

Imagem

Marca

Desenvolvimento de

parcerias para

divulgar ainda mais

estes serviccedilos e

propiciar mais

produtos informaccedilotildees

Externos

Fornecedores de bens

materiais

Celeridade dos

pagamentos

Entrega dos bens em

tempo uacutetil e com

qualidade

Fornecedores de bens

culturais

Acessibilidade

conservaccedilatildeo e

preservaccedilatildeo da

documentaccedilatildeo

Valorizaccedilatildeo dos fundos

e colecccedilotildees

documentais

Clientes Externos Eficiecircncia

Eficaacutecia

Atendimento

personalizado

Acessibilidade

Utilizaccedilatildeo preferencial

dos serviccedilos

oferecidos e

correspondente

divulgaccedilatildeo

Oacutergatildeos da

administraccedilatildeo

Central Regional e

Local

Legibilidade

Boas praacuteticas

Imparcialidade

Equidade

Atribuiccedilatildeo de forma

racional de recursos e

cooperaccedilatildeo

institucional

Amigos dos Arquivos Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Comunicaccedilatildeo Social Acessibilidade agrave

informaccedilatildeo

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos produtos e

informaccedilotildees

Divulgaccedilatildeo dos

serviccedilos como forma de

imposiccedilatildeo destes

espaccedilos na sociedade

Figura nordm 40

Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Fonte Sofia Santos

131

Considerando ainda as expectativas associadas a cada segmentocliente interno e

externo julga-se uacutetil a apresentaccedilatildeo de uma matriz que resuma a estrateacutegia a aplicar por

estes organismos (figura nordm 43)

NIacuteVEL DE INTERESSE DOS Clientes Internos e Externo

Baixo Alto

PODER

Pouco

Esforccedilo miacutenimo

Fornecedores de bens

materiais

Manter informado

Mecenas e Patrocinadores

Amigos dos Arquivos

Voluntaacuterios

Muito

Manter satisfeito Comunicaccedilatildeo Social

Gerir em proximidade Director Responsaacuteveis de Serviccedilo

Funcionaacuterios

Clientes

Oacutergatildeo da Administraccedilatildeo Central

Regional e Local

Fornecedores de bens culturais

Figura nordm 43

Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Fonte Sofia Santos

Com reduzido interesse nas actividades dos Arquivos e pouco poder sobre as

acccedilotildees desenvolvidas encontramos por um lado os fornecedores de bens materiais

que apenas contribuem (de uma forma desligada e comercial) para manter o

funcionamento quotidiano do serviccedilo Numa conjuntura econoacutemica desfavoraacutevel a sua

forccedila eacute inversa pois sem miacutenimas condiccedilotildees de trabalho os projectos podem natildeo

concretizar-se devido agrave desmotivaccedilatildeo por parte dos funcionaacuterios O campo de actuaccedilatildeo

a comunicaccedilatildeo social eacute de baixo poder mas embora natildeo influencie directamente a

dinacircmica destes espaccedilos eacute utilizado como um veiacuteculo difusor das iniciativas permitindo

que a mensagem chegue a um leque mais alargado de utilizadores

Por contraposiccedilatildeo a estes SH os directores os responsaacuteveis de serviccedilos e seus

colaboradores devem estar envolvidos em todo o processo de trabalho de forma a

distinguirem-se qualitativamente de outros organismos congeacuteneres Daqui resultaraacute

para o exterior a imagem de uma equipa dinacircmica que trabalha com um objectivo

comum satisfazer as necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis de todos os clientes externos

associada a uma poliacutetica inovadora e de melhoria contiacutenua Este conjunto de SH tem

por conseguinte um niacutevel de interesse muito alto e com muito poder O mesmo grau de

satisfaccedilatildeo eacute tambeacutem sentido na administraccedilatildeo puacuteblica pois eacute dela que os arquivos

132

puacuteblicos dependem Daiacute a necessidade de dar a conhecer as suas planificaccedilotildees e

indicadores de desempenho de forma a canalizar mais e melhores recursos financeiros

humanos e logiacutesticos Por outro lado como jaacute escrevemos para sobrevirem na era

global e econoacutemica o caminho passaraacute cada vez pelas parcerias quer seja atraveacutes de

mecenato ou de patrociacutenio quer seja atraveacutes de candidaturas a financiamentos de

projectos culturais Haacute que mantecirc-los informados bem como aos voluntaacuterios da acccedilatildeo

do Arquivo Puacuteblico da aacuterea a que respeitam de forma a garantir e manter parcerias que

permitam promover e credibilizar a imagem dos arquivos dando-lhes notoriedade com

vista ao alargamento e fidelizaccedilatildeo de novos puacuteblicos Estamos com um grupo de

interesse alto que no entanto revela pouco poder no interesse que tecircm para estas

instituiccedilotildees porque geralmente todas as acccedilotildees reflectem sobretudo as vontades dos

colaboradores internos destes espaccedilos Quanto aos fornecedores de fundos

documentais atraveacutes de legados vendas incorporaccedilotildees permutas transferecircncias e

reintegraccedilatildeo fornecem aos arquivos conjuntos documentais de referecircncia tambeacutem

devem ser cativados pelos arquivos e pelos arquivistas pois satildeo eles tal como jaacute

referimos que o enriquecem diversificando a sua documentaccedilatildeo

Identificados os SH passamos agrave anaacutelise dos recursos internos ndash as forccedilas e as fraquezas

ndash para entatildeo estabelecerdefinir o puacuteblico-alvo deste tipo de instituiccedilotildees os seus

objectivos gerais e especiacuteficos os recursos necessaacuterios (humanos materiais

financeiros) e o seu plano de controlo de concepccedilatildeo e divulgaccedilatildeo a fim de se

posicionarem no meio social a que respondem de modo criativo e captativo que

promova a diferenciaccedilatildeo dos seus pares complementando-os Agrave medida que o projecto

avanccedila haacute que verificar e validar as acccedilotildees realizadas e identificar eventuais desvios agrave

sua concretizaccedilatildeo As auditorias que controlam e promovem as melhorias e observam a

sua prossecuccedilatildeo tecircm aqui um importante papel

Esta fase corresponde para noacutes ao diagnoacutestico das fraquezas

- Quais satildeo os obstaacuteculos que impedem a concretizaccedilatildeo dos projectos

Desconhecimento das funccedilotildees e acervo dos arquivos constrangimentos

financeiros causados por falta de autonomia financeira eventualmente agravada

com crises econoacutemicas carecircncia de nuacutemero de funcionaacuterios e com habilitaccedilotildees

adequadas falta de procedimentos internos satildeo alguns dos exemplos possiacuteveis

- O que fazemos mal Teraacute a ver com desconhecimento sobre quem satildeo os seus

verdadeiros utilizadores o nuacutemero de instrumentos de trabalho criados satildeo em

133

nuacutemero reduzido e natildeo correspondem agraves necessidades de quem os usufrui em

termos qualitativos

- Em que somos piores do que os nossos pares O atendimento o tempo de

resposta dada aos pedidos o horaacuterio ou a localizaccedilatildeo do Arquivo seratildeo questotildees

a ponderar

- O que ainda natildeo se fez para conquistar novos puacuteblicos-alvo Haacute que estudar o

meio envolvente para perceber o que estaacute a falhar na resposta das organizaccedilotildees

- Como transformar uma fraqueza numa oportunidade Apesar das fragilidades

demonstradas seraacute que eacute possiacutevel encontrar uma soluccedilatildeo viaacutevel Seratildeo questotildees

que poderatildeo ser resolvidas com uma equipa de trabalho coesa e competente e

com apresentaccedilatildeo de produtos novos ou mesmo uma reajustamento face agrave

procura

E tambeacutem ao diagnoacutestico das forccedilas

- Como estaacute organizado o serviccedilo(s) A implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho eacute uma mais-valia para perceber quais satildeo os objetivos fins da missatildeo

visatildeo e valores da instituiccedilatildeo que aplica as ferramentas de marketing

- O que fazemos bem Haacute que saber bem definir o composto de marketing para

os gestores e informaccedilatildeo se aperceberem quais satildeo as principais linhas

orientadoras dos seus serviccedilos

- Em que somos melhores que instituiccedilotildees nossas similares Esta questatildeo

significa mesmo o que temos para oferecer de diferente dos nossos

- Quem eacute o nosso cliente O estudo do meio ambiente eacute fulcral para uma vez

mais satisfazer os diferentes nichos internos e externos

Esta reflexatildeo que deve ser feita regularmente e obriga a uma constante

interacccedilatildeo entre os diferentes agentes coloca-nos perante a matriz SWOT que poderaacute

ser exemplificada como se demonstra a seguir (figura nordm 41)

134

Figura nordm 41

Matriz SWOT

Legenda (-) Interacccedilatildeo negativa potencia a Ameaccedila ou desperdiccedila a Oportunidade

(+) Interacccedilatildeo positiva combate a Ameaccedila ou aproveita a Oportunidade

Fonte Sofia Santos

PONTOS FRACOS PONTOS FORTES

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TE

AMEACcedilAS

FALTA DE

AUTONOMIA

ADMINISTRATIVA E

FINANCEIRA - -

CONJUNTURA

ECONOacuteMICA

DESFAVORAacuteVEL - - - - + + + + +

DESCONHECIMENTO

DAS ACTIVIDADES

PELOS CIDADAtildeOS - - + + + + +

CONCORREcircNCIA DE

ARQUIVOS

BIBLIOTECAS

CENTROS DE

DOCUMENTACcedilAtildeO E

ESPACcedilOS DE LAZER - - -

MAacute LOCALIZACcedilAtildeO

ACESSIBILIDADE DA

INSTITUICcedilAtildeO -

HORAacuteRIO

DESADEQUADO -

OPORTUNIDADES

AMBIENTE

EXTERNO

FAVORAacuteVEL Agrave

IMPLEMENTACcedilAtildeO

DE POLIacuteTICAS DE

QUALIDADE + + + IDENTIFICACcedilAtildeO DE

NOVOS CLIENTES

EXTERNOS E

FIDELIZACcedilAtildeO DE

UTILIZADORES

REAIS + + + + + + IMPLEMENTACcedilAtildeO DE

POLIacuteTICAS DE

MARKETING

IMPOSICcedilAtildeO DE

IMAGEM E DE

MARCA NO

MERCADO + + + + + + +

135

Da anaacutelise desta matriz concluiacutemos que

a) a falta de recursos financeiros o nuacutemero insuficiente de

colaboradores e a falta de autonomia administrativa e financeira

aumentam as fragilidades destas instituiccedilotildees Esta situaccedilatildeo agrava-se

em tempos em que a conjuntura econoacutemica seja desfavoraacutevel A

pressatildeo desta fraqueza sobre o planeamento anual de um arquivo

puacuteblico pode ser contornada com a oferta de produtos serviccedilos e

informaccedilotildees que lhes permita alcanccedilar o interesse de novos puacuteblicos

pela diversificaccedilatildeo da oferta Eacute o caso da divulgaccedilatildeo das

incorporaccedilotildees que os arquivos puacuteblicos fazem com alguma

regularidade atraveacutes de mostras documentais acompanhadas por

novos instrumentos de descriccedilatildeo documental da criaccedilatildeo de oficinas

pedagoacutegicas sobre temas existentes associados aos conteuacutedos

programaacuteticos escolares cativando esse puacuteblico antes de chegar agrave sua

formaccedilatildeo universitaacuteria Retiramos do que fica dito que de uma

ameaccedilafraqueza quando esta seja objecto de anaacutelise podem surgir e

geralmente surgem factores de melhoria nos serviccedilos

b) satildeo entendidos por concorrentes directos dos arquivos puacuteblicos os

organismos que tecircm como alvos os mesmos segmentos de mercado

bibliotecas centros de documentaccedilatildeo museus e outros arquivos no

meio envolvente A vantagem competitiva entre estes que poderaacute ateacute

ser antes de complementaridade na formaccedilatildeo dos cidadatildeos seraacute uma

vez mais a oferta e a diferenciaccedilatildeo de produtos que satisfaccedilam a sua

procura a praccedila isto eacute localizaccedilatildeo acessibilidade e horaacuterio de

serviccedilos prestados preccedilo relacionado com o tempo de resposta dada

ao requerente promoccedilatildeo a forma como se daacute a conhecer as suas

funccedilotildees e acervo

c) a imposiccedilatildeo de marca e da imagem dos arquivos no mercado estaacute

entre outros factores na qualificaccedilatildeo profissional dos seus arquivistas

e na aposta na formaccedilatildeo contiacutenua (que muitas vezes natildeo eacute possiacutevel

devido agrave falta de recursos financeiros da instituiccedilatildeo ou agraves opccedilotildees da

sua gestatildeo) bom atendimento (sempre a pensar no cliente-indiviacuteduo)

da resposta raacutepida e da oferta de uma boa colecccedilatildeo de referecircncia e

bons fundos documentais (organizaccedilatildeo e facilidade de consulta) a

136

acessibilidade da documentaccedilatildeo facilitada pelos manuais de

classificaccedilatildeo portarias de avaliaccedilatildeo relatoacuterios de avaliaccedilatildeo de

documentaccedilatildeo acumulada instrumentos descritivos roteiros

topograacuteficos e um site institucional sempre actualizado satildeo factores

que demarcam este tipo de serviccedilos

e) perante as ameaccedilasfraquezas e oportunidadesforccedilas enunciadas o

caminho a seguir passa pelo desenvolvimento de um serviccedilo eficiente e

eficaz em que se aplicam poliacuteticas de marketing e implementaccedilatildeo do

sistema de qualidade que origina a uniformizaccedilatildeo de procedimentos

internos e interdependecircncia maior entre os diversos departamentos sendo

direccionados para os clientes internos e clientes externos de forma a

atingir um serviccedilo que se distinga pela excelecircncia

A terceira etapa do processo de planificaccedilatildeo de um arquivo passa pela

definiccedilatildeo da sua missatildeo ndash que consiste em identificar o porquecirc e o para quecirc da sua

existecircncia da sua visatildeo ndash que identifica a forma como a organizaccedilatildeo pretende cumprir a

missatildeo estabelecida traduzindo aquilo que ela pretende ser no futuro e dos seus valores

- satildeo crenccedilas enraizadas que influenciam as atitudes as acccedilotildees dos elementos que a

compotildeem Poderiacuteamos afirmar que as questotildees poderiam ser estas 1 Que lugar os

Arquivos Puacuteblicos ocupam no meio envolvente (ambiente interno e ambiente externo

(micro e macro ambiente) 2 Como estes espaccedilos podem posicionar-se como

elementos integrantes do quotidiano do ser humano 3 Que imagem papel poderatildeo os

Arquivos Puacuteblicos ter como parceiro social e cultural na sociedade 4 Que importacircncia

tecircm na preservaccedilatildeo do patrimoacutenio documental 5 Qual o papel que esta unidade de

informaccedilatildeo tem na formaccedilatildeo de cidadatildeos activos e participantes e na influecircncia no

comportamento humano308

Generalizando optamos por demonstrar o que se passa em outros arquivos

nacionais regionais e municipais noutros paiacuteses Canadaacute Espanha EUA Estoacutenia

Finlacircndia e Portugal (figura nordm 42)

308

Adaptado de KOTLER Neil e KOTLER Philip ndash Ob cit p113

137

Missatildeo visatildeo e valores

Canadaacute NATIONAL ARCHIVES OF CANADA

Missatildeo To preserve the collective memory of the nation and the government of Canada

and to contribute to the protection of rights and the enhancement of a sense of

national identity

by acquiring conserving and facilitating access to private and public

records of national significance and serving as the permanent repository

of records of federal government institutions and ministerial records

by facilitating the management of records of federal government

institutions and ministerial records

and encouraging archival activities and the archival community

Fonte httpwwwcollectionscanadaca

Espanha ARCHIVO HISTOacuteRICO NACIONAL

Missatildeo

Sus funciones son conservar y proteger el patrimonio histoacuterico documental que

ya custodia y el que deberiacutea seguir llegando (puesto que es un archivo abierto)

describir los contenidos informativos de los documentos y hacer accesible tanto

al investigador como al ciudadano los fondos documentales asiacute como potenciar

la difusioacuten cultural de los mismos El Archivo Histoacuterico Nacional es la institucioacuten

que conserva y custodia la documentacioacuten producida y recibida por los

organismos que conforman el aparato administrativo del Estado espantildeol desde la

Edad Moderna asiacute como otros fondos documentales de instituciones puacuteblicas y

privadas desde la Edad Media

Fonte httpwwwmcuesarchivosMCAHNPresentacionhtml

EUA US NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION

Visatildeo

As the nationrsquos record keeper it is our vision that all Americans will understand

the vital role records play in a democracy and their own personal stake in the

National Archives Our holdings and diverse programs will be available to more

people than ever before through modern technology and dynamic partnerships

The stories of our nation and our people are told in the records and artifacts

cared for in NARA facilities around the country We want all Americans to be

inspired to explore the records of their country

Missatildeo

The National Archives and Records Administration serves American democracy

by safeguarding and preserving the records of our Government ensuring that the

people can discover use and learn from this documentary heritage We ensure

continuing access to the essential documentation of the rights of American citizens

and the actions of their government We support democracy promote civic

education and facilitate historical understanding of our national experience

Fonte httpwwwarchivesgov

Estoacutenia RAHVUSARHIIV (Arquivos Nacionais da Estoacutenia)

Missatildeo

The National Archives of Estonia collects and preserves Estonias historical

cultural state and societal archival documentation irrespective of time place and

nature of the creation of the informational units

The National Archives of Estonia consolidates persistence of economic political

138

and social rights information in an established capacity and time required by law

The Archives allows clients to use fonds and information for legal socio-political

cultural educational and scientific research both at local services level for

traditional researchers and readers and virtual services level with the help of new

information technologies The personnel of the Archives are guided in their work

by common values as well as archivist and professional ethics to serve clients in

best tradition

Fonte httpwwwraee

Finlacircndia ARKISTOLAITOS ARKKIVERKET (Serviccedilo Nacional de Arquivos da

Finlacircndia)

Visatildeo

The National Archives Service is the most important expert organisation in

Finland on records management in public sector long-term and permanent

preservation of documents and documentary cultural heritage and a nationally

significant information service institution whose expertise is internationally

esteemed

Missatildeo

The mission of the National Archives Service is to ensure the preservation and

availability of records belonging to the national cultural heritage to promote

research and to guide develop and research records and archives management

The National Archives Service has the right to normative action and it directs

archiving operations so that records creators can following good information

management practices handle the information services related to the documents

define their preservation value and dispose of unnecessary material The National

Archives Service supports the operations of public records creators and the right

of private individuals and communities to access public documents Operations

take into consideration the availability of documents as well as the due process of

law and the privacy of private individuals and communities

The key users of the National Archives Service are the public administration

researchers the media citizens requiring information for public or private

purposes and those interested in personal and local history

The National Archives are also the national heraldry agency where the expert

organ of the Heraldic Board works

Valores

Values form the basis of the National Archives Service operation and guide its

relationship to customers stakeholders and co-workers The values are based on

internationally accepted general human values and professional and ethical

principles in the archival field and scientific community

The core values of the National Archives Service are

1) Transparency and confidentiality

2) Equality

3) Independence

Transparency and confidentiality

Finnish and Nordic governance is based on the transparency of administration

and the openness of government activities In accordance with the principles of

good information management governance the National Archives Service

promotes the implementation of the openness principle as well as the

transparency of administration both in the guidance and training of records

management and in the use of the holdings of the National Archives Service

Improving the usability of archives and documents as well as efficient customer

service is an integral part of operational transparency

139

Legislation protecting the privacy of citizens is part of good information

management practice In using the archives rules agreed with the donor and

restrictions based on legislation are followed

Ensuring privacy and strict adherence to the conditions of donated private

archives creates a basis for trust in the National Archives Service and this in turn

ensures that private collections central to Finnish history society and culture can

be acquired in future

Equality

Material in different archives and repositories forms the basis of the image that

research creates of Finnish history culture and society in different eras

The National Archives Services acquisition policy ensures that in addition to

government and official archives the researchers have balanced adequate and

conclusive material from different sectors of society at their disposal

The National Archives Service serves all users equally Good customer service

and the publication of key materials over the Internet improve equal access to the

materials independent of time and place

Independence

The archive materials are part of Finnish and world cultural heritage In

collecting using and preserving this material the National Archives Services

main responsibility lies with future generations The professional activities of the

National Archives Service staff just be independent of any political religious

economic or other aims that might endanger confidence in the equality and

independence of the National Archives Service

The National Archives Service follows the Code of Ethics for archivists adopted by

the International Council on Archives as well as guidelines for best scientific

practices and handling of any infringements on these practices established by the

National Advisory Board on Research

Fonte httpwwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

Portugal Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

Missatildeo

A Administraccedilatildeo Puacuteblica produz e manteacutem documentos capazes de

fornecer prova adequada e suficiente das suas actividades provendo

responsabilidade organizacional e memoacuteria

Os documentos com valor arquiviacutestico satildeo identificados e preservados

enquanto fundamento da memoacuteria individual e colectiva factor de

identidade nacional e fonte de investigaccedilatildeo cientiacutefica

O acesso aos arquivos eacute garantido sem discriminaccedilotildees considerado requisito

para o exerciacutecio de uma cidadania responsaacutevel e factor de desenvolvimento da

democracia

Fonte httpwwwianttpt

BIBLIOTECA PUacuteBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA PONTA

DELGADA

Missatildeo

A missatildeo institucional da BPARPD eacute a de contribuir para o desenvolvimento do

niacutevel sociocultural da populaccedilatildeo de modo a que estes acompanhem as raacutepidas

mutaccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais impostas pela Sociedade do

Conhecimento e desenvolvam competecircncias individuais que contribuam para uma

maior autonomia e a participaccedilatildeo social Para tal a BPARPD disponibiliza um

conjunto apropriado e diversificado de serviccedilos e de actividades na aacuterea da

educaccedilatildeo da informaccedilatildeo da cultura e do lazer

140

Visatildeo

O futuro olharaacute para noacutes como uma autecircntica Comunidade participativa para a

construccedilatildeo democraacutetica

O serviccedilo de cidadania teraacute sempre presente as missotildees-chave da BPARPD

relacionadas com a informaccedilatildeo a alfabetizaccedilatildeo a educaccedilatildeo e a cultura

A nossa prestaccedilatildeo seraacute reconhecida pela Comunidade como um serviccedilo

personalizado dinacircmico criativo e como agente essencial para a promoccedilatildeo da

paz do bem-estar espiritual e do desenvolvimento e em permanente adaptaccedilatildeo agraves

necessidades dos utilizadoresclientes

Seremos reconhecidos pela nossa atitude proacute-activa de corresponsabilidade

eficiecircncia e eficaacutecia servindo como porta de acesso local ao conhecimento

A implementaccedilatildeo das relaccedilotildees interpessoais em contexto laboral seraacute a expressatildeo

de uma cultura transparente positiva e de respeito pela iniciativa individual

fomentando a auto-estima e empatia

Fonte httpwwwbparpdpt

ARQUIVO MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS

Missatildeo

A principal Missatildeo do Arquivo Municipal eacute prestar serviccedilos de gestatildeo

documental organizando os diversos fundos documentais e fornecendo a

documentaccedilatildeoinformaccedilatildeo aos clientes internos e externos da Cacircmara Municipal

de Torres Vedras

Visatildeo

A Visatildeo do Arquivo Municipal de Torres Vedras eacute implementar as melhores

praacuteticas de gestatildeo documental integrada num esforccedilo de melhoria contiacutenua

orientadas para o cliente com objectivos de eficaacutecia e eficiecircncia com vista agrave

satisfaccedilatildeo de todas as suas expectativas de qualidade

Valores

Eacutetica

Seguranccedila

Profissionalismo e Responsabilidade

Qualidade

Cooperaccedilatildeo Muacutetua

Inovaccedilatildeo

Fonte httpwwwarquivodetorresvedrasnet

Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 42

Fonte Sofia Santos

141

Estamos por isso perante a aplicaccedilatildeo do marketing mix cuja definiccedilatildeo e formas

de execuccedilatildeo estatildeo amplamente descritas e exemplificadas no Capiacutetulo 4 Marketing nos

Arquivos Puacuteblicos

Face ao supracitado os colaboradores devem anaacutelisar os produtos e os serviccedilos

disponibilizados indicando o que deve permanecer ser alterado eou eliminado novas

produccedilotildees novos segmentos e formas de imposiccedilatildeo no mercado309

Estamos na fase da

implementaccedilatildeo do desenho organizativo e desenho dos sistemas onde satildeo analisados os

sistemas de monitorizaccedilatildeo e de mediccedilatildeo aplicados por cada arquivo a cada serviccedilo e a

cada actividade Baseados na nossa experiecircncia a anaacutelise e consulta de inqueacuteritos de

satisfaccedilatildeo elogios caixa de sugestotildees livro de reclamaccedilotildees livros de honra trabalhos

efectuados pelos participantes nas actividades educativas etc cujas informaccedilotildees

constituem indicadores sobre os serviccedilos e produtos a melhorar desenvolver ou

implementar

Tambeacutem o controlo da execuccedilatildeo dos indicadores de desempenho definidos para

cada objectivo eacute fundamental para identificar a falta de cumprimento da execuccedilatildeo das

acccedilotildees planeadas conforme o estabelecido na matriz dos objectivos Assim se por

exemplo a equipa designada natildeo concluir a descriccedilatildeo de um determinado fundo numa

data prevista haacute que saber identificar o porquecirc deste desvio e as correcccedilotildees a efectuar

E da mesma forma em situaccedilotildees idecircnticas

Podemos deste modo afirmar que a concepccedilatildeo implementaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de

um organismo produto ou serviccedilo exige planificaccedilatildeo para atingir as metas a que se

propotildee Metas que dependem do motivo para que foi criado Mas o objetivo final eacute soacute

um satisfazer o cliente-indiviacuteduo com qualidade excelecircncia

45 Marketing arquiviacutestico uma definiccedilatildeo

Apoacutes a descriccedilatildeo e aplicaccedilatildeo dos conceitos mercadoloacutegicos nos Arquivos

Puacuteblicos constatamos que existe uma nova ramificaccedilatildeo no marketing o marketing

arquiviacutestico

Como o proacuteprio nome indica este conceito aplica-se no dia-a-dia da arquiviacutestica

a partir do momento em que se estabelece a missatildeo visatildeo e valores do Arquivo Uma

vez definido eacute possiacutevel criar um plano de actividades acompanhado de tabelas de

309

KOTLER Philip e KOTLER Neil ndash Ob cit p 122

142

controlo de execuccedilatildeo de cada serviccedilo para que as demandas e necessidades do cliente

interno e externo sejam satisfeitas de forma eficiente e eficaz Temos partir da ideia de

quando se procede a reuniotildees de trabalho perioacutedicas se desenvolve e consolidam

praacuteticas de avaliaccedilatildeo se identificam as necessidades de formaccedilatildeo se promovem e

desenvolvem competecircncias e satildeo equacionados os recursos materiais os funcionaacuterios

sentem-se motivados no seu desempenho profissional a niacutevel quantitativo e qualitativo

A partir daqui estatildeo criadasgarantidas as condiccedilotildees necessaacuterias para abertura dos

arquivos ao exterior Como Disponibilizando toda uma gama de serviccedilos de produtos

e de informaccedilotildees de forma a conquistar fidelizar e melhorar o relacionamento com os

utilizadores razatildeo da sua existecircncia Exemplo disso eacute o atendimento personalizado uma

boa colecccedilatildeo de referecircncia instrumentos descritivos actividades pedagoacutegicas e

culturais e um site institucional permanentemente actualizado Para satisfazer ainda

mais as expectativas tangiacuteveis e intangiacuteveis do cliente-indiviacuteduo natildeo haacute nada melhor

que a aplicaccedilatildeo e anaacutelise de inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo Outra forma de avaliaccedilatildeo das suas

expectativas seraacute a caixa de sugestotildees o livro de reclamaccedilotildees e a recolha de elogios

que chegam atraveacutes do site e-mail fax e ofiacutecios As criacuteticas construtivas devem ser

tambeacutem tidas em conta mas o marketing soacute existe se derem uma resposta a estas

sugestotildees

Como se pode verificar as teacutecnicas empresariais existem sempre ainda que de

forma subtil pois um cliente satisfeito volta sempre e por sua vez recomenda-o a

algueacutem

Os conceitos de marketing tambeacutem satildeo aplicados na apresentaccedilatildeo de qualquer

acccedilatildeoactividadepublicaccedilatildeo quando haacute cuidado na concepccedilatildeo graacutefica e na forma como

se transmite a informaccedilatildeo atraveacutes dos diferentes canais de comunicaccedilatildeo Ou seja a

linguagem utilizada deve estar na mesma sintonia que a fonte e ser perceptiacutevel pelo

grupo-alvo de forma que as mensagens sejam descodificadas interpretadas e absorvidas

por esse mercado Estamos perante a visibilidade posicionamento dos seus produtos

serviccedilos cuja difusatildeo passa pelo composto praccedila preccedilo e promoccedilatildeo de forma a se

destacarem e se diferenciarem no mercado para impor a sua marca Daiacute termos de

recorrer ao e-marketing ou webmarketing para comunicar o site ao marketing editorial

no cuidado graacutefico nas ediccedilotildees arquiviacutesticas e ao marketing cultural como soluccedilatildeo para

angariar patrociacutenio para aquisiccedilatildeo de novos fundos colecccedilotildees de referecircncia novas

publicaccedilotildees exposiccedilotildees actividades pedagoacutegicas acccedilotildees de formaccedilatildeo e organizaccedilatildeo de

eventos com caraacutecter cientiacutefico e cultural

143

Da junccedilatildeo destas ideias podemos concluir que o marketing arquiviacutestico resulta

de uma mescla mercadoloacutegica compreendendo o marketing interno designado de

endomarketing e marketing interno o e-marketing marketing editorial e marketing

cultural

144

CAPIacuteTULO V - ESTUDO DE CASO SERVICcedilO EDUCATIVOEXTENSAtildeO

CULTURAL DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) presta na Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira

(RAM) vaacuterios serviccedilos dos quais vamos estudar apenas a aplicaccedilatildeo da ferramenta de

marketing no Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural criado em 2005 entre esta data e o

ano 2008

O historial do ARM e dos seus fundos documentais e a descriccedilatildeo dos serviccedilos

existentes seratildeo o ponto de partida desta nossa abordagem A nossa atenccedilatildeo tambeacutem se

debruccedilaraacute sobre a importacircncia e as adversidades da implementaccedilatildeo do Sistema de

Gestatildeo da Qualidade Satildeo estes os aspectos que nos ocuparatildeo no desenvolvimento deste

capiacutetulo

51 Enquadramento histoacuterico-funcional do Arquivo Regional da Madeira

A contextualizaccedilatildeo desta instituiccedilatildeo passa por referenciar os grandes momentos da

sua histoacuteria e tambeacutem por referir as suas funccedilotildees e acervo Temos portanto de recuar a

1931 o momento da sua criaccedilatildeo No contexto de uma ampla reforma do sistema

arquiviacutestico portuguecircs o Arquivo Distrital do Funchal foi criado pelo decreto nordm 19952

de 27 de Junho de 1931 com rectificaccedilatildeo publicada em 30 de Julho sendo as suas

principais funccedilotildees recolher instalar inventariar e facultar agrave consulta dos estudiosos os

nuacutecleos documentais dispersos no respectivo distrito Posteriormente o decreto nordm

20690 de 30 de Dezembro de 1931 estabeleceu as condiccedilotildees para o funcionamento do

arquivo passando a administraccedilatildeo financeira para a Junta Geral do Distrito do Funchal

Tecnicamente dependia da Inspecccedilatildeo Geral das Bibliotecas e Arquivos integrada na

Direcccedilatildeo Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes do Ministeacuterio da Instruccedilatildeo

Puacuteblica Em Janeiro de 1932 o Arquivo Distrital foi instalado em dependecircncias do

Palaacutecio da Encarnaccedilatildeo No ano seguinte passou para o Palaacutecio de Satildeo Pedro em pleno

centro histoacuterico do Funchal Aiacute permaneceu durante mais de setenta anos ateacute agrave

inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio integrado no Madeira Tecnopoacutelo espaccedilo de urbanizaccedilatildeo

da cidade do Funchal onde satildeo promovidas a investigaccedilatildeo cientiacutefica tecnoloacutegica e

desportiva ainda em expansatildeo

145

Figura nordm 44

Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Na deacutecada de 80 e de 90 do seacuteculo XX este organismo entra numa nova fase

Primeiro com a publicaccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 28780 de 16 de Agosto o Arquivo

Distrital passa a ser designado de Arquivo Regional da Madeira e fica sob a tutela da

Secretaria Regional do Turismo e Cultura no acircmbito da Direcccedilatildeo Regional dos

Assuntos Culturais Depois na sequecircncia da publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo

Regional nordm 998 de 22 de Maio passa a ser o oacutergatildeo de gestatildeo da poliacutetica arquiviacutestica

regional do Arquivo Histoacuterico Puacuteblico e da Administraccedilatildeo Regional da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)310

Tem como principais funccedilotildees recolher tratar

conservar avaliar e difundir o seu acervo que documenta a Histoacuteria do arquipeacutelago da

Madeira desde o iniacutecio do povoamento ateacute ao seacuteculo XX

Segundo o artigo 25ordm do Decreto Regulamentar Regional nordm 22005M de 10 de

Fevereiro de 2005 eacute obrigatoriamente incorporada nos seus depoacutesitos a documentaccedilatildeo

dos serviccedilos do Governo Regional e das autarquias locais da RAM Recebe ainda

documentos com valor histoacuterico das conservatoacuterias do registo civil e paroacutequias das

conservatoacuterias dos registos e do notariado dos tribunais serviccedilos estatais cessantes ou

qualquer outra documentaccedilatildeo cuja incorporaccedilatildeo seja prescrita por disposiccedilatildeo legal

Na sequecircncia do laquoRelatoacuterio aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeiraraquo311

e de uma poliacutetica de abertura e valorizaccedilatildeo do Arquivo Regional

concretizou-se em 17 de Setembro de 2004 a inauguraccedilatildeo do novo edifiacutecio

310

Decreto Legislativo Regional nordm 9 98 de 22 de Maio 311

Em 1999 publicou-se o laquoRelatoacuterio do Inqueacuterito aos Arquivos Puacuteblicos na Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira (199697)raquo que teve como principal objectivo conhecer a realidade dos fundos documentais

arquivados nos serviccedilos da Administraccedilatildeo Regional Autoacutenoma Analisados os resultados as conclusotildees

foram as seguintes a falta de espaccedilo que impedia a boa organizaccedilatildeo e preservaccedilatildeo dos documentos

justificava a centralizaccedilatildeo da documentaccedilatildeo de conservaccedilatildeo permanente no Arquivo Regional da

Madeira A situaccedilatildeo revelada nessa anaacutelise tornava urgente a construccedilatildeo de um novo edifiacutecio para o

ARM O recrutamento e formaccedilatildeo de pessoal especializado a elaboraccedilatildeo de portarias de gestatildeo de

146

Figura nordm 45

Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

A preparaccedilatildeo para a mudanccedila de instalaccedilotildees implicou o desenvolvimento de

vaacuterios projectos designadamente laquoa higienizaccedilatildeo acondicionamento tratamento e

informatizaccedilatildeo dos fundos documentais por tratar e daqueles cuja assiduidade de

consulta estado de conservaccedilatildeo e previsatildeo de futuras incorporaccedilotildees inspiravam maiores

cuidados como os arquivos paroquiais judiciais e notariaisraquo312

Apoiado num reforccedilo e

formaccedilatildeo de novos teacutecnicos iniciou-se o levantamento organizaccedilatildeo e inventariaccedilatildeo dos

documentos da Junta Geral do Distrito do Funchal ainda na posse de diversos serviccedilos

do Governo Regional Em 2005 comeccedilou a transferecircncia do acervo um trabalho que

durou cerca de um ano e meio

Na opiniatildeo da actual directora Faacutetima Barros o edifiacutecio laquomarca o iniacutecio de uma

nova era para o Arquivo Regional e para a qualidade dos Arquivos da Regiatildeo

permitindo finalmente proceder agrave incorporaccedilatildeo da volumosa documentaccedilatildeo que haacute

muito deveria estar sob a sua custoacutediaraquo313

Em 2008 foi obtido o Projecto de Certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade

do ARM de acordo com a norma NP EN ISO 90012000314

documentos o aperfeiccediloamento das praacuteticas de gestatildeo dos arquivos administrativos o levantamento sobre

a situaccedilatildeo dos arquivos privados na Regiatildeo e a valorizaccedilatildeo do papel do ARM foram outros toacutepicos de

reflexatildeo sugeridos pelos autores do inqueacuterito Instrumentos descritivos Relatoacuterio do inqueacuterito aos

arquivos puacuteblicos na RAM Boletim nordm XXII Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral

dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 1999 Depoacutesito Legal 115025-

97449487 ISSN 0873-9048 p 451-505 312

Ediccedilatildeo comemorativa da inauguraccedilatildeo do edifiacutecio Arquivo Regional da Madeira Biblioteca Puacuteblica

Regional Secretaria Regional de Turismo e Cultura DRAC Funchal 2004ISBN 972-648-152-Xp 16

313Idem p 17 314

Actualmente o ARM rege-se pela NP EN ISO 90012008

147

511 Principais fundos

Figura nordm 46

Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Dos organismos e instituiccedilotildees representadas no acervo do Arquivo Regional da

Madeira destacam-se os arquivos das cacircmaras municipais designadamente a seacuterie de

vereaccedilotildees do fundo da Cacircmara Municipal do Funchal datadas entre 1470 e 1975 as

mais antigas do espaccedilo atlacircntico Estatildeo tambeacutem agrave guarda do ARM os fundos dos

Capitatildees-Gerais e do Governo Civil da Alfacircndega do Funchal da Junta Geral do

Distrito do Funchal do Juiacutezo dos Resiacuteduos e Provedoria das Capelas e a Santa Casa da

Misericoacuterdia do Funchal Porto Santo e Machico Os Arquivos Judiciais Notariais e

Paroquiais (que incluem registos de baptismos casamentos e oacutebitos entre 1538-1911)

Arquivos de Famiacutelia e Pessoais Colecccedilotildees de Legislaccedilatildeo e de Jornais (onde se inclui o

Patriota Funchalense primeiro perioacutedico publicado na Madeira) A Biblioteca Nuno

Porto O ARM incorpora ainda Colecccedilotildees de Postais e Fotografias contendo imagens

do patrimoacutenio urbano e artiacutestico dos seacuteculos XIX e XX

148

Deste acervo poderiam ainda fazer parte os fundos documentais transferidos para

Lisboa para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo por imposiccedilatildeo de um decreto de 2

de Outubro de 1862 e posterior portaria do Reino datada de 9 de Junho de 1886 de que

constam a Provedoria e Junta da Real Fazenda a Alfacircndega do Funchal o Cabido da

Seacute e o Convento de Nossa Senhora da Encarnaccedilatildeo A Direcccedilatildeo ndash Geral d Arquivos

guarda tambeacutem os documentos do Convento de Santa Clara onde se inclui um diploma

de 1447 o mais antigo produzido na Madeira

512 Outros Serviccedilos do ARM

Apesar de em 2009 terem sido criadas as divisotildees de serviccedilos do Arquivo

Regional315

como a Divisatildeo de Leitura e Certidotildees Divisatildeo de Serviccedilos Educativos

Formaccedilatildeo e Extensatildeo Cultural Divisatildeo de Apoio Teacutecnico e Administraccedilatildeo Geral e

Divisatildeo de Biblioteconomia vamos agora descrever como se encontram na praacutetica

divididos os serviccedilos no ARM

5121 Serviccedilo de Apoio a Arquivos Administrativos

Figura nordm 47

Locais de serviccedilo externo do ARM

As Funccedilotildees que lhes estatildeo atribuiacutedas incluem

1 elaboraccedilatildeo e aprovaccedilatildeo de Relatoacuterios de Avaliaccedilatildeo de Documentaccedilatildeo

Acumulada

2 elaboraccedilatildeo aprovaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de Portarias de Gestatildeo de

Documentos

315

Despacho nordm 352009 de 08 de Junho de 2009

149

3 emissatildeo de pareceres acerca da eliminaccedilatildeo de documentos que natildeo

tenham sido abrangidos por nenhum dos supracitados processos de

avaliaccedilatildeoselecccedilatildeo de documentos

4 elaboraccedilatildeo reformulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de planos de classificaccedilatildeo e

manuais de arquivo ndash optimizando recursos e modernizando a praacutetica

administrativa

5122 Descriccedilatildeo e Organizaccedilatildeo Documental

Principais competecircncias

1 descriccedilatildeo documental e organizaccedilatildeo documental de arquivos

2 classificaccedilatildeo documental

3 elaboraccedilatildeo de instrumentos descritivos guia inventaacuterios cataacutelogos e

registos

4 incorporaccedilotildees de documentos e gestatildeo de depoacutesitos

5123 Serviccedilo de Leitura e de Certidotildees

Figura nordm 48

Aspectos da Sala de Leitura do ARM

150

Funccedilotildees que lhes competem

1 emissatildeo de certidotildees

2 serviccedilo de leitura

3 serviccedilos de referecircncia

4 transcriccedilotildees paleograacuteficas

5124 Serviccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro

Figura nordm 49

Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Principais competecircncias

1 assegurar a preservaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos documentos agrave sua guarda e

disponibilizar mais e melhor informaccedilatildeo aos seus utilizadores atraveacutes do

controlo das condiccedilotildees ambientais e reproduccedilatildeo - microfilmagem ou

digitalizaccedilatildeo

2 promover a salvaguarda e acessibilidade da heranccedila cultural legada ao ARM

3 prestar consultoria ao niacutevel de condiccedilotildees de conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo de

documentos de transferecircncia ou substituiccedilatildeo de suportes

151

5124 Serviccedilo de Biblioteconomia

Principais competecircncias

1gestatildeo de espeacutecies bibliograacuteficas

2 organizaccedilatildeo e tratamento de espeacutecies bibliograacuteficas

5125 Serviccedilo de Apoio de Informaacutetica

Principais competecircncias

1 apoio logiacutestico informaacutetico manutenccedilatildeo do site e da Intranet

5125 Outros Serviccedilos

1 Secretariado

2 Serviccedilos Administrativos e de Manutenccedilatildeo

Figura nordm 50

Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

52 Implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade no ARM

Em Janeiro de 2008 o Arquivo Regional da Madeira tornou-se a primeira

identidade do geacutenero em Portugal a obter a certificaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da

Qualidade de acordo com a norma Norma Portuguesa EN ISO 90012000 Na altura as

trecircs grandes linhas orientadoras da sua Poliacutetica de Qualidade foram

152

1 laquoAssegurar a salvaguarda valorizaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo dos documentos

arquiviacutesticos e bibliograacuteficos na perspectiva dos interesses e das necessidades dos

Cidadatildeos e no cumprimento dos requisitos legais aplicaacuteveis agraves actividades da

Organizaccedilatildeo

2 Afirmar o Arquivo Regional da Madeira como instituiccedilatildeo de referecircncia na

gestatildeo e organizaccedilatildeo de arquivos assegurando para tal a manutenccedilatildeo de elevadas

competecircncias dos colaboradores atraveacutes da formaccedilatildeo da partilha de experiecircncias

e soluccedilotildees do trabalho em grupo e da comunicaccedilatildeo

3 Assegurar a melhoria contiacutenua do desempenho dos processos de prestaccedilatildeo de

serviccedilo do Arquivo Regional da Madeira atraveacutes da utilizaccedilatildeo dos Indicadores de

Desempenho e da sua conjugaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de acccedilotildees correctivas e

preventivas adequadasraquo316

Para compreensatildeo das etapas da sua implementaccedilatildeo dificuldades e vantagens e

para que possa seguir de modelo para outros organismos optaacutemos por entrevistar a

pessoa que orientou este projecto a Drordf Faacutetima Barros317

Sofia Santos (SS) O que significa para si a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo ao ARM

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

316

Missatildeo Visatildeo e Poliacutetica da Qualidade - Manual da qualidade do Arquivo Regional da Madeira ARM

Funchal 2007p8 317

Veja-se a integridade da entrevista no anexo 8

153

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM) e o oacutergatildeo de gestatildeo dos arquivos da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

SS Quais satildeo as vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no

ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute no ano passado entraram cerca de 4 km de documentaccedilatildeo E por outro

lado os nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Quais satildeo os objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo

da qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos colaboradores nos objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tambeacutem objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

154

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novos

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a sua melhoria apresentando

sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema implica

avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

1 Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o

ldquoEQA ndash European Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European

Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash Common Assessment

Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia-a-dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o quotidiano da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo

155

do SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nuacutemero de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem Sugestotildees de Melhoria Porque

incentivamos os leitores a fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos

um maior cuidado na apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A

partir dos dados recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo

estatiacutesticos) reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre

recebidos via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

156

53 Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

planificaccedilatildeo produtos e formas de comunicaccedilatildeo

Comunicar e valorizar o patrimoacutenio arquiviacutestico da Regiatildeo Autoacutenoma da

Madeira foram desde sempre objectivos primordiais do Arquivo Regional da Madeira

Segundo aliacutenea s) do Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M eacute da sua

competecircncia

laquoPromover e participar em acccedilotildees de acircmbito cultural ou cientiacutefico

de forma a divulgar o seu acervo documental especialmente

ediccedilotildees exposiccedilotildees visitas de estudo serviccedilos educativos e

outrosraquo318

Promover significa319

a) criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do Arquivo Regional e

reconhecimento dos seus profissionais

b) desenvolver um conjunto de acccedilotildees informativas e formativas ndash como

exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas

ndash que valorizem e divulguem o espoacutelio documental que testemunha a

memoacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira ao longo de mais de cinco

seacuteculos de Histoacuteria

c) contribuir para uma mais soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto

cidadatildeos participantes

d) ter a capacidade de incentivar haacutebitos de pesquisa e de cativar novos

puacuteblicos outros tipos de puacuteblicos natildeo habituados aos nossos serviccedilos

Neste acircmbito e ainda aliada agraves modernas e adequadas condiccedilotildees proporcionadas

pelo novo edifiacutecio320

foi implementado em 2005 um novo serviccedilo no Arquivo Regional

da Madeira o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural (SEEC)

318

Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M aliacutenea p 3828 319

Este ponto foi baseado no artigo de SANTOS Sofia ndash O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da

Madeira In Jornadas Serviccedilos Culturais e Arquivos e Bibliotecas Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel p1

157

A sua criaccedilatildeo de facto proveacutem do iniacutecio de 2004321

com a delineaccedilatildeo da

estrateacutegia de trabalho com o apoio e colaboraccedilatildeo de Faacutetima Barros (directora de

serviccedilos do ARM) e de Sofia Santos (responsaacutevel por este serviccedilo) Primeiro procedeu-

se agrave pesquisa e estudo de literatura relacionada com a educaccedilatildeo e extensatildeo cultural em

instituiccedilotildees culturais sobretudo experiecircncias em museus do Continente322

depois numa

segunda fase apostou-se na visita a diversos arquivos municipais e distritais museus e

bibliotecas e em formaccedilatildeo na aacuterea

De seguida as questotildees que se colocaram foram Como comeccedilar Que

mercado-alvo a trabalhar Que actividades criar Um aspecto esteve sempre presente

laquoo novo serviccedilo do ARM tinha de ser cuidadosamente pensado e estruturado com um

crescimento proporcional aos recursos e agrave procura suscitada de forma a destacar-se a

niacutevel regional e ateacute nacionalraquo323

Ainda sem a plena consciecircncia da segmentaccedilatildeo de mercado e da matriz SWOT

comeccedilaacutemos pela realizaccedilatildeo de um levantamento no ambiente envolvente do ARM

Neste estudo verificamos que no Arquipeacutelago da Madeira aleacutem do Arquivo Regional

soacute existem arquivos municipais que natildeo desenvolvem quaisquer actividades de

dinamizaccedilatildeo cultural Tambeacutem na altura do estudo das boas praacuteticas dos serviccedilos

educativos dos museus e bibliotecas regionais324

verificaacutemos que os seus principais

puacuteblicos estavam restritos ao ensino preacute-escolar ensino baacutesico segundo e terceiro ciclo

Havia uma lacuna geral ndash os alunos do secundaacuterio e das universidades ndash estavam

completamente esquecidos A partir da identificaccedilatildeo desta realidade ficou estabelecido

que o nosso puacuteblico seria mesmo esse Quanto aos discentes universitaacuterios e tendo em

consideraccedilatildeo que os cursos das Ciecircncias Sociais possuem poucos estudantes na

Universidade da Madeira (UMa) e a fim de contribuir para um aumento do nuacutemero de

interessados nesta aacuterea havia que apostar em forccedila na divulgaccedilatildeo do acervo e funccedilotildees

do ARM entre estes grupos

320

Para o SEEC foram destinados gabinetes de trabalho um ateliecirc de serviccedilo educativo De utilizaccedilatildeo

pontual foi igualmente cedida a sala de formaccedilatildeo (que actualmente jaacute natildeo existe) e o auditoacuterio 321

Em 1997 o ARM jaacute tinha dado iniacutecio a um conjunto de iniciativas junto da comunidade escolar mas a

o insuficiente nuacutemero de teacutecnicos as inadequadas instalaccedilotildees bem como a prioridade dada a outros

serviccedilos inviabilizou este projecto ateacute ao ano de 2005 322

Em Portugal Continental foram efectuadas visitas aos serviccedilos da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Biblioteca Nacional de Portugal Museu de Serralves Arquivo Municipal de Penafiel e do Porto Arquivo

Distrital de Viseu e do Porto 323

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

324 Na Madeira foram efectuadas visitas aos Serviccedilos Educativos do Museu Frederico de Freitas Museu

de Artes Sacra Nuacutecleo Museoloacutegico do Accediluacutecar entre outros Na altura deste estudo a Biblioteca Puacuteblica

Regional e a Biblioteca Municipal do Funchal natildeo desenvolviam actividades pedagoacutegicas

158

Mediante a anaacutelise efectuada e tendo em consideraccedilatildeo a missatildeo do Arquivo

ficou estabelecido que este serviccedilo seria constituiacutedo por um Teacutecnico Superior de

Arquivo (Sofia Santos) um licenciado em Belas-Artes com experiecircncia em serviccedilos

educativos de um museu (Marcela Costa) e duas colaboradoras (Nateacutercia Gouveia -

formada em Jornalismo e uma teacutecnica profissional de arquivo Regina Oliveira) Foi

tambeacutem destacado para este serviccedilo um designer graacutefico (Pedro Clode)325

Numa etapa

posterior foi criada uma linha graacutefica com cores apelativas e distintas dos restantes

produtos informativos do ARM Eacute o caso do logoacutetipo ndash o Aprendiz de Arquivo ndash cujo

processo de registo da patente teve iniacutecio em Marccedilo de 2005 finalizando em Maio do

mesmo ano sob o nuacutemero 391032 Este laquoaprendizraquo de leitura simples tem cores

apelativas e elementos identificativos caso do chapeacuteu do pergaminho e da pena como

instrumento de escrita simbolizando toda a comunidade que estaacute a aprender o que faz e

guarda esta Casa da Cultura Foi tambeacutem criado um desdobraacutevel e um marcador A sua

linha graacutefica tinha um objectivo mostrar agrave comunidade estudantil e populaccedilatildeo em geral

que existe um novo serviccedilo no Arquivo feito a pensar nos laquoAprendizes de Arquivoraquo

quebrando desta forma com a ideia que estes organismos estatildeo fechados sobre si

Figura nordm 51

Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

325 Em Setembro 2008 a equipa do SEEC foi alargada com a requisiccedilatildeo de dois docentes Dr

Constantino Teles licenciado em Educaccedilatildeo Fiacutesica e a Drordf Gabriela Queiroz licenciada em Histoacuteria via

ensino Em 2009 esses professores foram substituiacutedos por outros colegas Joatildeo Martins e Faacutetima Abreu

ambos licenciados em Histoacuteria

159

Figura nordm 52

Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53

Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Para a concretizaccedilatildeo das acccedilotildees educativas foram igualmente adquiridos

materiais proacuteprios tintas papeacuteis canetas marcadores pinceacuteis etc condiccedilotildees estas que

se garantiram nos orccedilamentos dos anos posteriores

Responder agrave questatildeo que produtosserviccedilos o ARM oferece atraveacutes do SEEC

foi algo que no iniacutecio se revelou difiacutecil Para isto delineou-se um plano de trabalhos ateacute

2008 e um manual de procedimentos Actualmente procede-se a planificaccedilotildees anuais

dos programas educativos e de extensatildeo cultural (ediccedilotildees alugueres de espaccedilos como

auditoacuterio sala de formaccedilatildeo e aacutetrio de entrada mostras exposiccedilotildees acccedilotildees de formaccedilatildeo

160

coloacutequios mesas redondas e workshop) de forma organizada e de acordo com os

trabalhos a decorrer no Arquivo

Um outro aspecto tambeacutem ficou aqui sedimentado a impossibilidade de isolar o

serviccedilo educativo da extensatildeo cultural e vice-versa pois como poderemos observar por

vezes as actividades complementam-se entre si

531 Actividades pedagoacutegicas e culturais

Desde o iniacutecio de SEEC do ARM ateacute 2008 foram vaacuterias as actividades

desenvolvidas326

e disponibilizadas agrave comunidade Todas e quaisquer etapas de

elaboraccedilatildeo das actividades satildeo sintetizadas de acordo com a laquoFicha de Concepccedilatildeo e

Planeamento das Actividades do Serviccedilo EducativoExtensatildeo Culturalraquo Eacute entatildeo

elaborada a especificaccedilatildeo e o planeamento da concepccedilatildeo e desenvolvimento do

produtoserviccedilo que identifica os objectivos a atingir os inputs e outputs da concepccedilatildeo

e desenvolvimento assim como os recursos necessaacuterios Serve igualmente para definir

as datas chave do processo de concepccedilatildeo e desenvolvimento (revisatildeo verificaccedilatildeo e

validaccedilatildeo) os responsaacuteveis pela sua realizaccedilatildeo bem como as acccedilotildees necessaacuterias agrave sua

prossecuccedilatildeo Para a concretizaccedilatildeo destes produtos toda a equipa do SEEC eacute envolvida

efectua-se uma revisatildeo perioacutedica dos instrumentos didaacutecticos e de intervenccedilatildeo com os

colaboradores e o Director podendo conduzir ou natildeo agrave alteraccedilatildeo do seu conteuacutedo Caso

o caraacutecter e a profundidade das alteraccedilotildees decorrentes da revisatildeo da concepccedilatildeo o

326

No laquoRelatoacuterio de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo de 2005 eacute enunciado o conjunto de a

caracteriacutestica a que as actividades educativas devem de obedecer

1 Todas as actividades devem ser antecedidas por uma apresentaccedilatildeo do Arquivo Regional da

Madeira um objectivo concretizado com a elaboraccedilatildeo de uma palestra introdutoacuteria

2 As actividades que impliquem a participaccedilatildeo e visita a aacutereas teacutecnicas do ARM deveratildeo ser em

nuacutemero reduzido de forma a natildeo interferir com o funcionamento dos serviccedilos

3 Pela mesma razatildeo as acccedilotildees de extensatildeo cultural organizadas em paralelo com exposiccedilotildees

deveratildeo decorrer sempre em espaccedilos puacuteblicos aacutetrio de entrada auditoacuterio e sala do Serviccedilo

Educativo

4 As visitas orientadas abertas agrave comunidade deveratildeo efectuar-se trimestralmente mediante

inscriccedilatildeo Esta intenccedilatildeo veio a ser cumprida com excepccedilatildeo de algumas solicitaccedilotildees de visitas

extraordinaacuterias destinadas por exemplo aos colegas arquivistas

5 Visitas teacutecnicas solicitadas por outras Instituiccedilotildees puacuteblicas ou privadas obrigam a um

agendamento preacutevio

7 O ARM estaacute aberto aos pedidos de acccedilotildees feitos pelas escolas no acircmbito dos respectivos

programas curriculares Contudo a resposta dependeraacute sempre da disponibilidade destes

serviccedilos

8 As actividades seratildeo preferencialmente dirigidas para os alunos a partir do 2ordm ciclo

9 No final de cada acccedilatildeo deveraacute sempre ser preenchido pelo responsaacutevel da turma um inqueacuterito

de satisfaccedilatildeo destinado agrave avaliaccedilatildeo da actividade SANTOS Sofia - Relatoacuterio do Serviccedilo

EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira Arquivo Regional da Madeira

ARM Funchal 2005p3-4

161

imponham o novo resultado da concepccedilatildeo eacute submetido a novo processo de revisatildeo ateacute agrave

sua aprovaccedilatildeo Depois de experimentadas em campo todas as actividades satildeo sujeitas a

um inqueacuterito de satisfaccedilatildeo tanto nas actividades educativas como de extensatildeo cultural

Posteriormente os resultados desse inqueacuterito satildeo tratados permitindo identificar os

aspectos mais positivos ou as suas fragilidades A equipa nomeada preenche igualmente

um relatoacuterio de actividade onde mostra o niacutevel de concretizaccedilatildeo dos objectivos as

dificuldades encontradas as alteraccedilotildees ao previsto No mesmo relatoacuterio daacute sugestotildees de

melhoria e avalia os trabalhos efectuados pelos discentes

Sobre as formas de promoccedilatildeo as ferramentas utilizadas satildeo as que jaacute referimos

ofiacutecios newslleter327

e o site Da nossa experiecircncia afirmamos que ainda hoje o

marketing directo (contacto com os professores328

comunidade estudantil e sociedade) e

o buzz marketing (passagem da informaccedilatildeo boca a boca) satildeo as formas que causam

maior impacto329

Todavia natildeo podemos deixar de referir que o puacuteblico tambeacutem nos

procura para conhecer o que temos para oferecer ao mercado

O envio das notas de imprensa para a comunicaccedilatildeo social eacute outro recurso

utilizado Na praacutetica este serviccedilo eacute elaborado pelo SEEC que o envia para o Gabinete

de Comunicaccedilatildeo da Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura da RAM que por sua

vez as reencaminha para jornais raacutedios e televisatildeo local sem haver um contacto directo

com as actividades Outra lacuna existente eacute a falta de jornalistas na Madeira com

especialidade em eventos culturais e falta de contactos com a imprensa do Continente

As actividades e projectos direccionados agrave comunidade estudantil e cidadatildeos em

geral podem enunciar-se d

o seguinte modo (figura nordm 54)

327

A tiacutetulo de curiosidade esta forma de divulgaccedilatildeo no ARM soacute teve iniacutecio em 2007 com a exposiccedilatildeo

realizada na Ponta do Sol 328

No contacto com a comunidade escolar optaacutemos por efectuar uma reuniatildeo com os docentes ndash no ARM

ou na Escola ndash antes da concretizaccedilatildeo das acccedilotildees Esta medida surgiu porque constatamos que quando os

docentes natildeo acompanhavam a totalidade dos projectos natildeo entendiam a mensagem que tentaacutevamos

transmitir Desta forma eacute-lhes entregue um dossier com a apresentaccedilatildeo do Arquivo e das acccedilotildees a

desenvolver e um laquoRegulamento de participaccedilatildeo nas actividades do Serviccedilo Educativoraquo No dia da

palestra eacute-lhes entregue um Compromisso Pedagoacutegico que serve para responsabilizar o que foi referido na

reuniatildeo Anexo 10 e 11 329

No ano lectivo de 20092010 as actividades do Serviccedilo Educativo comeccedilaram tambeacutem a serem

divulgadas atraveacutes de um laquoDossiecirc de Actividades do Serviccedilo Educativo do ARMraquo Para termos certeza da

sua eficaacutecia junto das escolas optaacutemos por entregar pessoalmente este instrumento aos professores

Tambeacutem o disponibilizaacutemos no site do Arquivo Regional A nota de imprensa revelou-se igualmente

uacutetil pois o ARM tem sido contactado por docentes que nunca antes o tinham feito

162

Actividades

permanentes

destinadas a dar a

conhecer o ARM e o

nosso trabalho

Actividades

pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural

Puacuteblico-alvo Ano de criaccedilatildeo

Vamos conhecer o

Arquivo Regional da

Madeira hellip

2ordm e 3ordm ciclo 2005

Formaccedilatildeo de

utilizadores

3ordm ciclo e secundaacuterio 2005

Visitas Teacutecnicas e

acccedilotildees diversas

3ordm ciclo e secundaacuterio

e administrativos das

Secretarias Regionais

2006

Ateliecirc de Veratildeo laquoO

Aprendiz de

Arquivoraquo

Entre os 13 e 15 anos

de idade

2008

O Arquivo Regional

da Madeira eacute um

banco de dados

12ordm ano de

escolaridade

2008

Actividade

permanentes

destinadas a

explorar os arquivos

e aprofundar o

conhecimento da

histoacuteria regional e

local

O meu concelhohellip 6ordm e 11ordm ano de

escolaridade

2005

Genealogia e

Histoacuteria da Famiacutelia

2ordm ciclo 2006

Acccedilotildees de formaccedilatildeo

Docentes 2007

Site informativo e

interactivo ldquoO

arquivo e a escolardquo

Todos os interessados Em desenvolvimento

Actividades e

projectos destinados

a puacuteblicos

diferenciados

Dia Aberto agrave

Comunidade

A partir dos 16 anos

de idade e turmas a

partir do 9ordm ano de

escolaridade

2006

Actividades

esporaacutedicas

exposiccedilotildees

concursos

worshops palestras

e visitas orientadas

a grupos especiacuteficos

etc

Exposiccedilatildeo Luiz Peter

Clode e o espoacutelio

legado ao Arquivo

Regional da Madeira

6ordm ano de

escolaridade 3ordm

ciclo secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2005

Jornal Aprendiz de

Arquivo

Comunidade escolar

e populaccedilatildeo em geral

2006

Concurso de

escultura Box Parade

Universitaacuterios do

curso de Artes

Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo da

Universidade da

Madeira

20062007

exposiccedilatildeo laquoTerra de

Jornais a imprensa

pontassolense (1909-

1923)raquo

6ordm ano e 3ordm ciclo de

escolaridade

secundaacuterio e

populaccedilatildeo em geral

2007

Figura nordm 54

Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM de 2005 a 2008

Fonte Sofia Santos

163

1 Actividades permanentes destinadas a dar a conhecer o ARM e o nosso trabalho

11Vamos Conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellip330

damos a conhecer

agrave comunidade escolar o percurso da documentaccedilatildeo desde a sua entrada no

Arquivo ateacute agrave sua consulta na sala de leitura Esta acccedilatildeo eacute constituiacuteda por

visitas orientadas agraves aacutereas teacutecnicas com actividades praacuteticas331

Figura nordm 55

Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 56

Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de Arquivoraquo do SE332

330

Os principais objectivos destas acccedilotildees era laquocativar um puacuteblico mais vasto e alargado mas tambeacutem

promover o gosto pelo conhecimento da Histoacuteria Regional e Local incentivando o contacto com as fontes

primaacuterias e estimulando haacutebitos de pesquisa e visita ao Arquivoraquo SANTOS Sofia ndash Ob cit p5-6 331

A primeira escola que trabalhou com o ARM foi a Escola Baacutesica do 2ordm e 3ordm Ciclo de Satildeo Roque e a

sua escolha foi intencional pois faz parte do meio envolvente do ARM Ainda hoje eacute uma das que mais

procura os serviccedilos do SE do ARM 332

Cada desdobraacutevel tinha a fotografia do aluno e um resumo fotograacutefico com a sua participaccedilatildeo na acccedilatildeo

laquoVamos conhecer o Arquivo Regional da Madeira hellipraquo

164

12Formaccedilatildeo de utilizadores para alunos do 3ordm ciclo e secundaacuterio Apoacutes uma

palestra sobre o acervo e funccedilotildees do ARM eacute concedida uma formaccedilatildeo de

utilizadores seguida de visita agrave Sala de leitura do Arquivo

Figura nordm 57

Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala de Leitura

13O Serviccedilo Educativo procede a Visitas Teacutecnicas solicitadas por outras

instituiccedilotildees e realiza Acccedilotildees a pedido das escolasuniversidade no acircmbito

dos respectivos programas e interesses curriculares Carecem de

agendamento e programaccedilatildeo preacutevia de acordo com a disponibilidade do

ARM

Figura nordm 58

Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

14Ateliecirc de Veratildeo laquoO Aprendiz de Arquivoraquo um grupo de oito estudantes

com idades compreendidas entre os 13 e 15 anos de idade acompanham

durante uma semana os arquivistas no seu trabalho diaacuterio

165

Figura nordm 59

laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de passaporte e a reintegraccedilatildeo de um

documento

15O Arquivo Regional da Madeira eacute um banco de dados Eacute uma proposta

que procura captar a atenccedilatildeo de estudantes do 12ordm ano de escolaridade para

uma experiecircncia de arquivo integrada na Aacuterea-projecto ndash espaccedilo curricular

natildeo disciplinar Os alunos conhecem os livros paroquiais e aprendem a fazer

a descriccedilatildeo dos seus registos O objectivo eacute proporcionar-lhes o

conhecimento de novas aacutereas de inserccedilatildeo no mercado de trabalho e alertar

para estas aacutereas do conhecimento No presente procura-se conjugar os

interesses do ARM das Escolas e das Orientaccedilotildees do Ministeacuterio da

Educaccedilatildeo Iniciou-se no lectivo 20082009 e continua no ano lectivo

20092010 20102011

Figura nordm 60

Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da

Serra

166

2 Actividades permanentes destinadas a explorar os arquivos e aprofundar o

conhecimento da histoacuteria regional e local

21O meu concelhohellip Actividade que prevecirc para cada ano a realizaccedilatildeo de dois

dossiecircs pedagoacutegicos directamente relacionados com um concelho da Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira Cada dossiecirc corresponde a um niacutevel de ensino 6ordm e

10ordm ano de escolaridade Neste caso satildeo os teacutecnicos que se deslocam agrave

escola333

Figura nordm 61

Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

22Genealogia e Histoacuteria da Famiacutelia

O seu iniacutecio esteve associado ao lanccedilamento do caderno pedagoacutegico do Serviccedilo

Educativo laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo Este caderno aleacutem de estar

vocacionado para jovens leitores inclui o conto laquoA Aacutervore Maacutegicaraquo divulga

genealogistas madeirenses e daacute a conhecer arquivos particulares e pessoais

existentes no ARM Esta divulgaccedilatildeo inclui actividades luacutedicas334

333

O primeiro concelho a ser explorado foi o do Porto Santo Organizado em articulaccedilatildeo com o

lanccedilamento dos Iacutendices dos registos de casamentos e de baptismo do concelho do Porto Santo 1572-1911

e dos Documentos Histoacutericos da Ilha do Porto Santo realizou-se entre os dias 23 e 25 de Novembro de

2005 na ilha do Porto Santo a actividade laquoO meu concelhohellip Porto Santoraquo No ano lectivo de

20062007 o concelho explorado foi o do Porto do Moniz sendo o tema principal a emigraccedilatildeo Em 2007

foi explorado o concelho da Ponta do Sol em conjunto com a exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo Agora prepara-se a dinamizaccedilatildeo do concelho do Funchal 334

Para o seu lanccedilamento foi realizado entre os dias 26 e 28 de Abril de 2006 um Workshop em que foi

apresentada a peccedila de teatro baseada no conto referido a exploraccedilatildeo e a dinamizaccedilatildeo do caderno referido

por uma camada juvenil Para o puacuteblico em geral foi organizada uma formaccedilatildeo sobre laquoIntroduccedilatildeo agrave

Heraacuteldicaraquo

167

Figura nordm 62

Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA

aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes e Ofiacutecios

Dado o interesse que o tema da Histoacuteria da Famiacutelia desperta junto da

comunidade escolar associado agrave necessidade de motivar os jovens para a

conservaccedilatildeo dos arquivos pessoais e dos dados que remetem para os seus

ascendentes o Serviccedilo Educativo optou por criar em 2007 a sua primeira maleta

pedagoacutegica laquoOs eus escondidosraquo335

Figura nordm 63

335

Uma maleta eacute um material pedagoacutegico que visa dinamizar um tema especiacutefico dentro do tema

principal o que faz e conteacutem o Arquivo Regional da Madeira Eacute para ser transportaacutevel de modo a chegar

a puacuteblicos geograficamente distantes do Funchal e cujos escalotildees etaacuterios natildeo permitem qualquer visita ao

Arquivo (ao contraacuterio do que sucede nas bibliotecas) No presente caso a maleta laquoEus Escondidosraquo

desenvolve o tema da Histoacuteria da Famiacutelia Atraveacutes de jogos da expressatildeo plaacutestica e escrita os alunos

tomam contacto com os meios que devem utilizar para construir a sua aacutervore genealoacutegica a trecircs niacuteveis o

laquoeu aprendizraquo em que os alunos atraveacutes do jogo da laquoMemoacuteriaraquo abordam o que foi dito na palestra o laquoeu

socialraquo dinamizado pelo jogo da laquoGloacuteriaraquo adaptado agrave Histoacuteria da Famiacutelia e o laquoeu afectivoraquo em que se

apela agrave escrita criativa e expressatildeo plaacutestica A sua finalidade eacute sensibilizar para a preservaccedilatildeo dos

documentos pessoais e de uma forma mais abrangente sensibilizar para a importacircncia da salvaguarda do

patrimoacutenio cultural da Regiatildeo

168

Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Jogo da laquoMemoacuteriaraquo

laquoJogo da Gloacuteriaraquo

Exemplos de aacutervores dos costados feitos pelos alunos

Figura nordm 64

Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

23Acccedilotildees de formaccedilatildeo destinadas a docentes

As acccedilotildees de formaccedilatildeo no SEEC surgiram da necessidade de explicar aos

docentes o meacutetodo de trabalho dos serviccedilos educativos Na realidade agrave medida

que satildeo dados a conhecer os nossos projectos nas escolas constataacutemos que a

maior parte dos professores confundia o conceito de arquivo com bibliotecas e

museus Verificaacutemos igualmente que todos os agrupamentos natildeo efectuavam

pesquisas das fontes documentais inclusive os professores dos agrupamentos de

169

Histoacuteria (200 e 400) dos segundos e terceiro ciclos e ensino secundaacuterio

desconhecendo quase completamente a Histoacuteria Local e Regional da Madeira

Para colmatar esta lacuna criaacutemos uma formaccedilatildeo que ajude a resolver esta

falta336

Designada de laquoServiccedilo Educativo do Arquivo Regional ao encontro de

novos puacuteblicosraquo tem as seguintes metas

Objectivos gerais

Dar a conhecer as praacuteticas de educaccedilatildeo natildeo formal exercidas no

contexto do Serviccedilo Educativo do ARM

Habilitar para a criaccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo de instrumentos pedagoacutegicos

baseados nas fontes documentais

Contribuir para a constituiccedilatildeo e dinamizaccedilatildeo do caderno pedagoacutegico laquoO

Meu Concelhohellip Funchalraquo

Habilitar para a utilizaccedilatildeo autoacutenoma e sistemaacutetica dos serviccedilos

disponiacuteveis no ARM quer em termos educativos quer em termos da

proacutepria pesquisa

Objectivos especiacuteficos

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Enquadrar pedagogicamente o Serviccedilo Educativo nas funccedilotildees e

objectivos do ARM

Criar linhas de orientaccedilatildeo destinadas a um conjunto de boas praacuteticas

pedagoacutegicas que visem a interligaccedilatildeo Escola-Arquivo-Comunidade

promovendo a integraccedilatildeo socio-educativa a cidadania e a criatividade

Orientar para a pesquisa e investigaccedilatildeo para que se criem novas

perspectivas de utilizaccedilatildeo das fontes documentais em contextos

educativos formais e natildeo formais

336

Todas as acccedilotildees de formaccedilatildeo organizadas por este serviccedilo quando destinadas a docentes satildeo

apresentadas na Direcccedilatildeo Regional de Educaccedilatildeo da Madeira organismo da Secretaria Regional de

Educaccedilatildeo e Cultura da RAM para sua validaccedilatildeo A sua candidatura obedece a formulaacuterios existentes no

site httpwwwmadeira-eduptDefaultaspxalias=wwwmadeira-eduptdre

170

Facilitar a compreensatildeo do que constitui o acircmbito os objectivos e a

metodologia especiacutefica do Serviccedilo Educativo do ARM

Figura nordm 65

Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

A acccedilatildeo de formaccedilatildeo laquoConhecer e Utilizar o Arquivo Regional da Madeiraraquo

relacionada com a formaccedilatildeo de utilizadores surgiu em resultado da formaccedilatildeo

anterior Porquecirc Porque os formandos revelaram falta de autonomia de pesquisa

na sala de leitura Entatildeo como forma de colmatar essa lacuna foi desenvolvida

em Abril e Setembro de 2008 esta iniciativa com os objectivos que se seguem

Objectivos gerais

Divulgar o espoacutelio e funccedilotildees do ARM

Formar e cativar novos utilizadores

Contribuir para a formaccedilatildeo de uma comunidade mais criacutetica e atenta agrave

realidade circundante

Objectivos especiacuteficos

Habilitar para a pesquisa autoacutenoma dos serviccedilos disponiacuteveis na sala de

leitura do ARM

Sensibilizar para a preservaccedilatildeo do patrimoacutenio arquiviacutestico suporte da

memoacuteria colectiva

Promover o contacto e gosto pela histoacuteria e cultura madeirense

Estabelecer futuras parcerias com a comunidade escolar

Dentro dos trabalhos praacuteticos realizados os formandos solicitaram a mudanccedila do

impresso de requisiccedilatildeo de reproduccedilotildees na sala de leitura ndash o que jaacute foi

concretizado dinamizaccedilatildeo de mostras documentais no mesmo espaccedilo ndash o que

171

estaacute neste momento a ser estudado Tambeacutem foi proposto um laquoRegulamento de

utilizaccedilatildeo da Sala de Leitura e do Serviccedilo de Certidotildeesraquo mais simplificado

Figura nordm 66

Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

24Site informativo e interactivo ldquoO arquivo e a escolardquo ndash com uma selecccedilatildeo de

temas e documentos acompanhados das respectivas transcriccedilotildees com

verbetes explicativos e sugestotildees de utilizaccedilatildeo e actividades (em

desenvolvimento)

3 Actividades e projectos destinados a puacuteblicos diferenciados

31Actividades permanentes Dia Aberto agrave Comunidade ndash com periodicidade

trimestral visita orientada agraves aacutereas natildeo puacuteblicas do ARM Como forma de

agradecimento e de lembranccedila deste dia foi criado para oferecer aos

visitantes um desdobraacutevel com um resumo do circuito complementado com

um desafio de perguntaresposta sobre o evento

Figura nordm 67

Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Esta iniciativa resulta da curiosidade que o novo edifiacutecio do ARM causou e

ainda causa na RAM aspecto que se valorizou Porque um arquivo natildeo eacute um

172

museu que expotildee peccedilas houve a necessidade de criar circuitos para os

visitantes337

e para evitar a desconcentraccedilatildeo dos leitores e perturbaccedilatildeo dos

serviccedilos internos aleacutem de que inicialmente a actividade prioritaacuteria do ARM foi

a transferecircncia dos documentos do arquivo antigo para o novo e as novas

incorporaccedilotildees338

esta actividade fosse limitada duas visitas ao ano Apesar

destas condicionantes e dada a grande procura por parte das escolas e da

populaccedilatildeo em geral decidimos satisfazer a vontade dos utilizadores e fazer mais

um dia aberto estando as aacutereas teacutecnicas abertas ao puacuteblico trecircs vezes ao ano

4 Actividades esporaacutedicas exposiccedilotildees concursos worshops palestras e visitas

orientadas a grupos especiacuteficos etc

41 No que diz respeito a actividades temporaacuterias referimos as iniciativas que

surgiram em articulaccedilatildeo com a exposiccedilatildeo Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado

ao Arquivo Regional da Madeira339

a) visitas orientadas agrave exposiccedilatildeo antecedidas por uma palestra e exploraccedilatildeo das

bases em Access de registos de baptismo casamento e de passaportes Os

alunos mais novos (entre os 10 e os 11 anos de idade) tambeacutem elaboraram a sua

aacutervore de costados e expressaram plasticamente o que apreenderam nesta acccedilatildeo

337

Neste dia a visita eacute dividida em duas partes circuito do documento (cais de descarga recepccedilatildeo e

triagem higienizaccedilatildeo expurgo quarentena e preacute-arquivagem correspondente ao piso -1) Serviccedilo de

Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo e Restauro (fotografia microfilmagem acondicionamento laboratoacuterio

restauro e conservaccedilatildeo encadernaccedilatildeo ndash correspondente ao piso 0) gabinete teacutecnico onde eacute demonstrada a

forma de organizaccedilatildeo e descriccedilatildeo e o leitor entra em contacto com documentos) e o circuito do leitor

(Sala de Leitura e Serviccedilo de Certidotildees ndash piso 2) 338

Em depoimento dado por Faacutetima Barros sobre o ARM afirma que laquoateacute haacute cerca de dois anos

entravam de trecircs em trecircs semanas cerca de 50 metros lineares de documentaccedilatildeo que necessita de ser

preservada e tratada para estar acessiacutevel ao cidadatildeo que precisa dessa documentaccedilatildeo para fazer prova dos

seus direitos patrimoniais por exemplo Satildeo necessidades praacuteticas e natildeo apenas de cariz culturalraquo

Informaccedilatildeo extraiacuteda de um depoimento dado pela Drordf Faacutetima Barros agrave teacutecnica Nateacutercia Gouveia

Setembro de 2007

339Segundo o cataacutelogo da exposiccedilatildeo de Luiz Peter Clode a exposiccedilatildeo foi o meio escolhido pela direcccedilatildeo

do ARM para demonstrar o interesse e a gratidatildeo pelo cumprimento por parte da famiacutelia do legado feito

ao Arquivo Regional BARROS Faacutetima Barros ndash Luiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo

Regional da Madeira Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos

Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2005 Depoacutesito Legal 23308205 ISBN 972-648-

157-0 p5

173

b) criaccedilatildeo de um caderno pedagoacutegico intitulado Luiz Peter Clode o

Genealogista Foi explorado em sala de aula com turmas de escolas baacutesicas e

secundaacuterias do Funchal

Figura nordm 68

Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

c) para divulgaccedilatildeo da exposiccedilatildeo aleacutem das visitas orientadas o SEEC criou dois

guiotildees da exposiccedilatildeo um vocacionado para os alunos do segundo ciclo e o outro

para a populaccedilatildeo em geral

174

Figura nordm 69

Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

A linha graacutefica seguida como podem observar eacute diferente de acordo com os

diferentes clientes o desdobraacutevel de cima transmite um visual mais laquoadultoraquo

correspondendo aos niacuteveis etaacuterios dos alunos do 3ordm ciclo secundaacuterio

universitaacuterio e populaccedilatildeo em geral no produto informativo de baixo como eacute

dirigido ao puacuteblico do 2ordm ciclo optaacutemos por cores quentes e chamativas (figura

nordm 66) Importa aqui realccedilar que este material eacute efectuado de acordo com a

concepccedilatildeo graacutefica da exposiccedilatildeo

A estrateacutegia graacutefica foi a mesma teve-se em consideraccedilatildeo os mercados que a

equipa do serviccedilo educativo elegeu como puacuteblico-alvo O tipo de linguagem

utilizada nos instrumentos de trabalho referidos eacute tambeacutem adaptado aos

diferentes nichos Uma vez mais embora natildeo utilizando de forma consciente o

conceito de segmentaccedilatildeo de mercados o SE tentou prestar um serviccedilo que

permitisse a compreensatildeo da exposiccedilatildeo pelos diferentes puacuteblicos

Para sua promoccedilatildeo foram enviados

uma nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social local

convites de acordo com a lista protocolar do ARM

e convites directos para as escolas da regiatildeo

175

Fazendo aqui um parecircntese para a concretizaccedilatildeo da primeira exposiccedilatildeo no novo

edifiacutecio do ARM Faacutetima Barros sua directora optou por contratar uma empresa

que procedesse agrave criaccedilatildeo de um ambiente expositivo adaptado agraves diferentes

temaacuteticas permitindo dimensotildees e percursos variaacuteveis consoante o volume de

informaccedilatildeo e objectos a expor Para sua concretizaccedilatildeo os designers graacuteficos

visitaram o espaccedilo da exposiccedilatildeo ndash aacutetrio de entrada ndash reuniram-se vaacuterias vezes

com os autores dos textos e com a direcccedilatildeo a fim de se chegar a um consenso

sobre o que se pretendia mostrar e quem era o mercado-alvo A soluccedilatildeo

encontrada foi a aquisiccedilatildeo de vaacuterios tubos adaptaacuteveis em altura para suporte de

lonas com impressatildeo (figura nordm 70) A partir daqui foi criada uma imagem para a

exposiccedilatildeo que tambeacutem deu a forma ao cataacutelogo da mesma respectivos guiotildees e

convites Reforccedilava-se uma vez mais a vontade de cortar com a ideia instalada

de laquoarquivo mortoraquo e mostrava-se que o ARM estava aberto a todos os puacuteblicos

Figura nordm 70

Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional da Madeiraraquo

Paralelamente agrave sua montagem ficou estabelecido que para se retirar o maacuteximo

potencial deste tipo de acccedilotildees a exposiccedilatildeo estaria aberta durante trecircs meses E

foi levada em Outubro de 2006 agrave Casa da Cultura de Santa Cruz O objectivo

desta itineracircncia foi alargar o nicho de visitantes para aleacutem do Funchal e

potencializar os recursos materiais e financeiros gastos

42 Com o objectivo de divulgar o trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as

funccedilotildees e fundos do Arquivo Regional foi criado em 2006 o Jornal Aprendiz de

176

Arquivo340

As rubricas que a constituem satildeo laquoServiccedilos Teacutecnicosraquo em cada

ediccedilatildeo se descreve um serviccedilo do ARM e se datildeo algumas informaccedilotildees sobre os

seus colaboradores laquoGuia do ARMraquo de forma sucinta eacute feita uma descriccedilatildeo do

acervo existente laquoTema Centralraquo eacute elaborada uma fotoreportagem sobre as

principais iniciativas educativas laquoA Tua Escolaraquo paacutegina social com fotografias

representativas dos participantes laquoGeneralidadesraquo eacute constituiacuteda pela rubrica

ldquoAprendiz da Histoacuteriardquo em que damos a conhecer um pormenor da Histoacuteria da

Madeira seguida de uma sugestatildeo de actividade e por fim na oitava e uacuteltima

paacutegina apresentamos o item ldquoSabias que helliprdquo com curiosidades sobre os fundos

documentais actividades previstas para o ano lectivo novidades e propostas de

livros e de jogos didaacutecticos

Figura nordm 71

Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Esta publicaccedilatildeo bi-anual341

eacute distribuiacuteda gratuitamente e tambeacutem pode ser

consultado atraveacutes do nosso site wwwarquivo-madeiraorg Outra forma de

comunicaccedilatildeo deste instrumento passa obviamente primeiro pelo envio de

nota de imprensa agrave comunicaccedilatildeo social regional (jornais raacutedio e RTPM) e

340

Este projecto tem por objectivo garantir a continuidade do trabalho que o Serviccedilo Educativo tem vindo

a desenvolver com a comunidade escolar mas tambeacutem dar a conhecer as funccedilotildees e fundos do ARM

enquanto detentor de uma parcela importante da memoacuteria colectiva da Regiatildeo Autoacutenoma da Madeira 341

Actualmente jaacute vai na nona ediccedilatildeo mas por constrangimentos orccedilamentais a partir do nuacutemero seis de

uma tiragem de 2500 exemplares passou-se para apenas 500 exemplares

177

depois pelo envio por correio acompanhado por ofiacutecio a diversas entidades

como escolas associaccedilotildees arquivos bibliotecas centros de documentaccedilatildeo

leitores e sua distribuiccedilatildeo no aacutetrio de entrada do edifiacutecio

Realce-se aqui que todos os trabalhos que impliquem concepccedilatildeo graacutefica

como cataacutelogos cadernos e dossiecircs e maletas pedagoacutegicas produtos

informativos paineacuteis de exposiccedilotildees satildeo elaborados com uma linguagem e

grafismos adequados aos puacuteblicos alvos necessaacuterios para a criaccedilatildeo de uma

imagem de marca dos produtos serviccedilos prestados por este serviccedilo

43 Os discentes da Universidade da Madeira poucas vezes consultam os

serviccedilos do ARM Para mudar essa tendecircncia o ano lectivo de 20062007

ficou marcado por uma tentativa de conquista deste mercado Apoacutes um

convite directo agrave UMa e uma seacuterie de reuniotildees com o curso de Artes

Plaacutesticas e Design de Projecccedilatildeo da Universidade da Madeira o Arquivo

Regional atraveacutes do Serviccedilo Educativo promoveu o concurso de escultura

Box Parade

Os projectos a concurso tinham por base a reutilizaccedilatildeo de uma caixa de

zinco fornecida pelo ARM antigamente utilizada para guardar e

acondicionar documentos com valor histoacuterico A partir dela os concorrentes

deveriam explorar as suas potencialidades expressando uma visatildeo pessoal

sobre o Arquivo Regional da Madeira No final todos os projectos foram

expostos sendo igualmente dinamizadas uma seacuterie de iniciativas

pedagoacutegicas

Figura nordm 72

A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

178

Figura nordm 73

Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

44 Em 2007 foi realizada outra exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a imprensa

pontassolense (1909-1923)raquo que surgiu em parceria com o programa

laquoMuniciacutepio da Culturaraquo No acircmbito deste projecto o SEEC foi convidado a

participar na concepccedilatildeo graacutefica do cataacutelogo dos paineacuteis da exposiccedilatildeo e

dinamizaccedilatildeo pedagoacutegica

Figura nordm 74

Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

179

Figura nordm 75

Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Esteve patente durante trecircs meses no Centro Cultural John dos Passos

Questionamos agora Seraacute que o trabalho feito por este serviccedilo estaacute a conquistar

o seu mercado Estaraacute a ter impacto

Pela anaacutelise dos inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo342

apresentados no final de cada

iniciativa pedagoacutegica conversa com os participantes reacccedilotildees elogios entregues agrave

direcccedilatildeo e trabalhos efectuados pelos alunos343

concluiacutemos que um dos aspectos que

mais destaca o SEEC eacute a adequaccedilatildeo da linguagem ao puacuteblico-alvo novidade dos

assuntos amabilidade e simpatia dos teacutecnicos qualidade graacutefica e didaacutectica dos

materiais disponibilizados Todos os inquiridos na questatildeo laquoParticipariam noutras

iniciativas do Serviccedilo Educativoraquo 100 responde que sim

Sobre as exposiccedilotildees a partir do tratamento estatiacutestico do inqueacuterito de satisfaccedilatildeo

de exposiccedilotildeesmostras documentais344

- avaliaccedilatildeo quantitativa - e da suacutemula dos

testemunhos deixados pelos visitantes a partir do Livro de Honra - avaliaccedilatildeo qualitativa

concluiacutemos que devemos continuar a apostar neste tipo de iniciativas pois eacute uma forma

de aproximar o Arquivo Regional da populaccedilatildeo democratizando a cultura que vai ao

encontro de todas as pessoas

A partir da anaacutelise dos inqueacuteritos aplicados nas acccedilotildees de formaccedilatildeo referidas

estamos neste momento a preparar a proposta de formaccedilatildeo sobre a laquoGenealogia e

Histoacuteria da Famiacuteliaraquo E resultando da necessidade de cativar um novo puacuteblico o ARM

estaacute a virar-se agora para a terceira idade assim foi apresentada em Junho de 2008 agrave

342

No anexo 12 demonstramos o inqueacuterito de satisfaccedilatildeo do SE 343

Refira-se que entre os alunos do 4ordm ano e 11ordm ano de escolaridade os inqueacuteritos satildeo apenas entregues

aos docentes A forma de avaliaccedilatildeo das actividades por este puacuteblico satildeo os trabalhos que elaboram e que

posteriormente satildeo entregues ao SE 344

Vide inqueacuterito de satisfaccedilatildeo aplicado nas acccedilotildees de formaccedilatildeo e exposiccedilotildees mostras documentais

Anexo 13

180

Universidade da Madeira uma formaccedilatildeo para a Universidade Seacutenior O nosso produto

laquoEducaccedilatildeo patrimonial fontes para a Histoacuteria do Arquipeacutelago da Madeiraraquo foi

apresentado ao oacutergatildeo competente e depois de uma reuniatildeo com a proacute-reitora foi

aprovado345

Estatildeo previstas e encontram-se em estudo outras formas de aproximar o ARM

do puacuteblico e de conquistar novos clientes externos tais como o projecto laquoAssociaccedilatildeo

dos Amigos do ARMraquo e projectos destinados agraves comunidades madeirenses da diaacutespora

e site informativo e interactivo laquoO Arquivo e as comunidades madeirenses

Quanto ao nuacutemero de participantes nas actividades educativas e culturais

apresentamos as suas estatiacutesticas ao longo de quatro anos (Graacutefico A)

Graacutefico A

Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Como se pode observar os anos de 2005 2006 e 2008 tecircm algumas nuances

entre si Salienta-se um boom em 2007 que se prende com o ano da conquista do

puacuteblico universitaacuterio da Universidade da Madeira do curso de Ciecircncias da Cultura

Ciecircncias da Educaccedilatildeo Animadores Soacutecio-Culturais e da Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias

Documentais bem como dos discentes do curso de Artes Plaacutesticas e Design de

Projecccedilatildeo em virtude do concurso jaacute referido Saliente-se ainda que o ano de 2008 ficou

345

O projecto que foi apresentado na Universidade da Madeira ateacute agrave data ndash Dezembro de 2010 ndash natildeo foi

possiacutevel concretizar devido agrave prioridade dada a outros projectos por parte do SEEC

1146 1076

2968

1636

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2005 2006 2007 2008

Nuacutemero de participantes nas actividades do Serviccedilo Educativo

181

caracterizado pelo trabalho realizado com os alunos do 12ordm ano de escolaridade em

virtude da aacuterea-projecto tambeacutem jaacute descrita

532 Ediccedilotildees de Fontes

No caso das publicaccedilotildees do ARM as suas origens remontam aos primoacuterdios da

histoacuteria deste organismo

A primeira colecccedilatildeo editada designa-se de laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo que ainda hoje sobrevive apesar das diferenccedilas de estrutura que lhe foram

sendo introduzidas pelas diversas direcccedilotildees

Os principais temas destas ediccedilotildees variam entre Genealogia e Histoacuteria da

Famiacutelia Histoacuteria da Vida Privada Histoacuteria Social Histoacuteria da Arte Histoacuteria da

Madeira Histoacuteria Religiosa Arte Sacra e Literatura Publicada sem regularidade

termina a sua primeira fase em 1974346

Figura nordm 76

Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Esta colecccedilatildeo foi retomada na deacutecada de 90 do seacuteculo XX (figura nordm 77)

346

Esta data coincide com a mudanccedila do regime poliacutetico portuguecircs que transita da Ditadura para a

Democracia O efeito administrativo do novo sistema poliacutetico para a Madeira foi tornar-se Regiatildeo

Autoacutenoma da Madeira (RAM)

182

Figura nordm 77

Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da Madeiraraquo

Foram ainda criadas as seacuteries de laquoIacutendice de Registos Paroquiaisraquo laquoIacutendice de

Registos dos Passaportesraquo e laquoTranscriccedilotildees Documentaisraquo

Segundo o prefaacutecio da ediccedilatildeo nuacutemero 1 da seacuterie de laquoIacutendice de Registo

Paroquiaisraquo e da seacuterie de laquoIacutendice de Registos dos Passaportesraquo esses iacutendices surgem da

necessidade de responder em tempo uacutetil agraves solicitaccedilotildees de muitas certidotildees narrativas de

baptismo casamento oacutebitos e dos passaportes por necessidade de documentaccedilatildeo para

partilha de bens por parte de emigrantes que procuram naturalizar-se ou por parte de

183

interessados na histoacuteria da famiacutelia347

Nesse sentido o ARM enquanto arquivo histoacuterico

estaacute a cumprir o chamado serviccedilo puacuteblico Diremos mesmo que eacute sua funccedilatildeo laquoabrir e

promover a utilizaccedilatildeo do Arquivo Regionalraquo348

e que essa funccedilatildeo passa

obrigatoriamente laquopor democratizar universalizar e simplificar o contacto do puacuteblico

com os documentos histoacutericosraquo349

Em 2005 altura da inauguraccedilatildeo da exposiccedilatildeo documental sobre Luiz Peter

Clode foi criada uma nova colecccedilatildeo dedicada a este tipo de eventos (figura nordm 78)

Figura nordm 78

Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Mais recentemente aliada agrave renovaccedilatildeo da imagem deste organismo e com a

implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo da Qualidade a direcccedilatildeo do Arquivo sentiu-se

impelida a criar uma nova imagem graacutefica das suas colecccedilotildees Contratando uma

empresa especializada em design graacutefico foi delineada uma nova linha editorial A

soluccedilatildeo adoptada em termos graacuteficos tem uma base comum a todas elas em termos de

folha de rosto ficha teacutecnica iacutendice tiacutetulos texto corrido nuacutemero de paacutegina rodapeacutes

347

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos de casamentos do concelho de Machico Secretaria

Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira

Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048p BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de

Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais

Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p 11-12 348

Idem p11 349

BARROS Faacutetima ndash Seacuterie de Iacutendice de Registos passaportes Secretaria Regional de Educaccedilatildeo e

Cultura Direcccedilatildeo Geral dos Assuntos Culturais Arquivo Regional da Madeira Funchal 2000 Depoacutesito

Legal 115025-97 ISSN 0873-9048 p9-10

184

notas separadores e grelha para inserccedilatildeo de imagens e das respectivas legendas (figura

nordm 79)

Figura nordm 79

Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

Como se pode observar na figura anterior haacute um rompimento total com a

imagem das ediccedilotildees anteriores em que se procura transmitir uma vez mais a ideia de

que o Arquivo Regional eacute uma instituiccedilatildeo dinacircmica e moderna disposta a abrir-se agrave

comunidade posicionando assim com facilidade os seus produtos no mercado

533 Gestatildeo de espaccedilos puacuteblicos auditoacuterio e aacutetrio de entrada

O edifiacutecio que alberga o Arquivo Regional da Madeira (ARM) e Biblioteca

Puacuteblica Regional (BPR)350351

estaacute dividido em duas grandes aacutereas uma reservada ao

trabalho teacutecnico e aos depoacutesitos (inacessiacutevel ao puacuteblico) e outra composta pelas salas de

leitura de cada um dos organismos serviccedilo de certidotildees do ARM e por espaccedilos comuns

como aacutetrio auditoacuterio cafetaria secretaria e serviccedilo educativo

As aacutereas teacutecnicas incluem os depoacutesitos (sete pisos com elevadores e monta-cargas

em 4690 m2 capazes de comportar 32000 metros lineares de documentaccedilatildeo) uma casa

forte destinada a guardar a documentaccedilatildeo mais importante e a copa dos funcionaacuterios

Nas aacutereas puacuteblicas estaacute o aacutetrio o auditoacuterio e a cafetaria Incluem-se tambeacutem as Salas de

Leitura da BPR no piso 1 (com uma Sala de Leitura Geral Sala Infanto-Juvenil e Sala

de Leitura Especial) a Sala de Leitura do ARM no piso 2 e o espaccedilo criado para os

serviccedilos educativos de ambas as instituiccedilotildees O edifiacutecio possui ainda os sectores de

Recepccedilatildeo e Triagem Higienizaccedilatildeo e Expurgo de documentos no piso 01 bem como

um espaccedilo de Preservaccedilatildeo Conservaccedilatildeo Restauro e Encadernaccedilatildeo no piso 0 onde

350

Consulte a planta do edifiacutecio no anexo 14

185

tambeacutem se encontram as aacutereas de Fotografia Microfilmagem Reprografia e

Digitalizaccedilatildeo Nos pisos 01 e 02 os gabinetes de trabalho dos teacutecnicos e o gabinete da

Direcccedilatildeo Os serviccedilos de seguranccedila os postos de instalaccedilotildees eleacutectricas de instalaccedilatildeo de

ar condicionado e ventilaccedilatildeo fazem parte das aacutereas teacutecnicas de manutenccedilatildeo Foi tambeacutem

criado um sector destinado ao projecto de informaacutetica

A manutenccedilatildeo e gestatildeo dos espaccedilos comuns constituiacutedos pelo auditoacuterio e aacutetrio

de entrada satildeo da competecircncia do ARM Por decisatildeo da Secretaria Regional do Turismo

e Cultura Direcccedilatildeo Regional dos Assuntos Culturais e direcccedilatildeo do ARM ficou

estabelecido que para uma maior rentabilizaccedilatildeo dos recursos materiais e financeiros

estas infra-estruturas tambeacutem poderiam ser utilizadas por entidades externas Assim

mais um serviccediloproduto foi criado para este oacutergatildeo

A gestatildeo dos espaccedilos puacuteblicos coube ao SEEC que no iniacutecio apenas tinha a

funccedilatildeo de confirmar o aluguer destas estruturas e dar apoio logiacutestico

Agrave medida que o nuacutemero de clientes aumentou e o Sitema de Gestatildeo de

Qualidade foi introduzido tornou-se importante o contacto directo com as entidades e o

estabelecimento de metodologias de trabalho para o serviccedilo se tornar mais eficaz e

eficiente Eacute o caso da criaccedilatildeo de regulamentos de utilizaccedilatildeo dos espaccedilos fichas de

identificaccedilatildeo do evento requisiccedilatildeo do material e inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo

A maior parte dos requisitantes destas estruturas satildeo organismos puacuteblicos352

Esta situaccedilatildeo deve-se segundo a avaliaccedilatildeo dos inqueacuteritos agraves boas acessibilidades bons

recursos materiais e humanos353

e deve-se tambeacutem ao facto do uso deste espaccedilo ser

gratuito Desta satisfaccedilatildeo resulta actualmente a existecircncia de um grupo de clientes

fieacuteis como eacute o caso da Direcccedilatildeo de Enfermagem de Cuidados Intensivos

Apesar disso o nuacutemero de utilizaccedilotildees no caso do auditoacuterio decresceu entre

2006 e 2008 como observamos no graacutefico nordm II

352

Ateacute ao momento este espaccedilo soacute foi requisitado por duas entidades particulares Isto obrigaraacute a que no

futuro desenvolvamos um plano de marketing para atrair este tipo de mercado 353

Apenas em 2008 houve criacuteticas quanto ao ar condicionado consubstanciando-se estas no facto do

mesmo estar muito quente ou muito frio Para sua resoluccedilatildeo foram encetadas reuniotildees com a equipa de

manutenccedilatildeo do edifiacutecio que acabou por resolver o assunto

186

Graacutefico B

Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

A causa desta queda (de 22 requisiccedilotildees para 15) tem origem na prioridade dada

agraves actividades internas do Arquivo Regional da Madeira e da Biblioteca Puacuteblica

Regional porque a criaccedilatildeo de novas actividades educativas e culturais e a sua

dinamizaccedilatildeo se desenvolvem em maior nuacutemero dando-se maior espaccedilo a estas

Quanto ao aacutetrio de entrada apenas foi requisitado uma vez Esta situaccedilatildeo quanto

a noacutes prende-se com o facto de ser considerado um ponto de passagem e natildeo eacute um local

proacuteprio para exposiccedilotildees

534 Gestatildeo da loja

A loja do ARM teve desde sempre um problema de raiz o local onde se situa

passa despercebido ao leitor que entra no edifiacutecio Para chamar a atenccedilatildeo deste espaccedilo

foram colocadas vitrines de exposiccedilatildeo e sinaleacutetica a indicar a sua existecircncia Mas o seu

desconhecimento manteve-se Para melhorar a imagem e posicionamento desta

estrutura mais uma vez a direcccedilatildeo do ARM apostou na contrataccedilatildeo de uma empresa de

design graacutefico Apoacutes vaacuterias reuniotildees e visitas ao espaccedilo optou-se por criar duas telas

suspensas impressas com cores fortes e motivos do ARM mas em consonacircncia com o a

arquitectura do edifiacutecio site e outros produtos jaacute existentes no ARM que chamassem a

atenccedilatildeo dos utilizadores quando entrassem pelo aacutetrio de entrada ou quando descessem

pela escadaria principal para aquele equipamento

Iacutendice de Ocupaccedilatildeo do Auditoacuterio

0

5

10

15

20

25

2006 2007 2008

187

Figura nordm 80

Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Foram igualmente colocadas dois expositores Um deles ndash frente agrave montra ndash tem

a indicaccedilatildeo de loja e o logoacutetipo do Arquivo o outro em estrutura modular foi colocado

no meio da loja com livros e objectos de papelaria para que os consumidores possam

sentir maior proximidade ao produto

Apesar de se modificar a montra trimestralmente em termos praacuteticos e atraveacutes

da anaacutelise das estatiacutesticas mensais o nuacutemero de vendas natildeo aumentou A soluccedilatildeo a

meacutedio prazo passa por destacar estes produtos no site e disponibilizar a sua venda

atraveacutes do cartatildeo de creacutedito que ateacute o momento natildeo eacute possiacutevel pois estamos

dependentes da Tesouraria do Governo Regional da Madeira Todavia natildeo podemos

deixar de referir que o nuacutemero de visitantes aumentou

Quanto aos produtos existe uma pequena gama de ofertas Para aleacutem das

publicaccedilotildees A loja disponibiliza para venda desde 2007 um kit de blocos laacutepis de pau

e borrachas (figura nordm 81)

188

Figura nordm 81

Produtos de merchadinsing do ARM

Todos eles tecircm uma marca que os associa ao Arquivo a cor o traccedilo e o edifiacutecio

Poder-se-aacute dizer tambeacutem que estaacute a ser aplicado merchandising nestes produtos porque

todos eles estatildeo em destaque estando o logoacutetipo do ARM sempre presente ainda que

de forma discreta

Em 2008 foi elaborada pelo SEEC a laquoAgenda 2008raquo que foi colocada agrave venda

demasiado tarde (em Dezembro de 2008) Os potenciais clientes consideraram-na cara

Outros natildeo conheciam a loja O nuacutemero de vendas deste produto foi extremamente

baixo natildeo teve sucesso354

(figura nordm 82)

Figura nordm 82

Agenda 2008

354

Em Dezembro de 2009 e de 2010 o Serviccedilo de Preservaccedilatildeo do ARM criou a partir de reutilizaccedilatildeo de

materiais blocos e marcadores que foram colocados agrave venda na loja a um preccedilo baixo e tambeacutem como

elementos identificativos do Arquivo

189

534 Siacutetio Web

O Arquivo Regional da Madeira possui site disponiacutevel desde de 1999 com

endereccedilo electroacutenico wwwarquivo-madeiraorg

No iniacutecio a sua imagem foi associada a uma visatildeo claacutessica dos arquivos

predominando a cor creme Os conteuacutedos do homepage estavam relacionados com o

historial da instituiccedilatildeo guiatildeo dos fundos existentes bases de passaportes e de

casamentos base de pesquisa bibliograacutefica e serviccedilos prestados nomeadamente do

serviccedilo de certidotildees e da sala de leitura

Em 2001 a direcccedilatildeo considerou que a imagem e os conteuacutedos estavam a necessitar

de remodelaccedilotildees e nesse sentido foi criada pelo Engenheiro Informaacutetico Lino

Henriques em colaboraccedilatildeo com a directora Faacutetima Barros e a arquivista Sofia Santos

uma nova proposta que foi provisoacuteria ateacute finais de 2006

Figura nordm 83

Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Recorrendo a uma equipa de profissionais de informaccedilatildeo e segundo o relatoacuterio de

estaacutegio de Nateacutercia Gouveia reformulou-se o siacutetio na Internet no ano de 2006 sendo

apresentado ao puacuteblico em Janeiro de 2007 A nova versatildeo permaneceu disponiacutevel no

mesmo endereccedilo

190

laquoMais rubricas bases de dados actualizadas notiacutecias e uma

newsletter fizeram parte das novidades Aleacutem de um acreacutescimo

dos registos disponiacuteveis nas bases de dados os utilizadores

passaram a ter a possibilidade de solicitar certidotildees reproduccedilotildees

ou fazer requisiccedilotildees preacutevias de leitura on-line com recurso a

novos formulaacuterios disponiacuteveis no nosso siacutetioraquo355

foram as

alteraccedilotildees efectuadas

Figura nordm 84

Homepage actual do site do ARM

Nas rubricas de notiacutecias e destaques (actualizadas duas vezes por mecircs) satildeo

inseridas informaccedilotildees globais acerca das funccedilotildees actividades e projectos do ARM

Com a reestruturaccedilatildeo do siacutetio foi criada uma newsletter enviada mensalmente aos

leitores escolas serviccedilos puacuteblicos e casas da cultura com o objectivo de divulgar as

actividades da instituiccedilatildeo e transmitir informaccedilatildeo de interesse para os utilizadores A

newsletter acrescenta GOUVEIA laquopretende dar a conhecer natildeo soacute as potencialidades

oferecidas pelo novo siacutetio mas tambeacutem os serviccedilos e produtos disponiacuteveis no Arquivo

Regional da Madeiraraquo356

Os instrumentos descritivos do ARM contendo informaccedilotildees

sobre todos os fundos documentais estatildeo agora acessiacuteveis em formato pdf

Com esta reformulaccedilatildeo o Arquivo revelou-se uma vez mais preocupado em

responder aos clientes externos com uma resposta mais eficiente agraves solicitaccedilotildees que

chegam vindas de todo o mundo

Na mesma altura da renovaccedilatildeo do site foram criadas laquoInstruccedilotildees de Trabalhoraquo no

acircmbito da Certificaccedilatildeo de Qualidade e um laquoRegulamento Interno do Siteraquo onde eacute

apresentada a sua estrutura periodicidade e meacutetodo de alteraccedilatildeo de conteuacutedos recolha

validaccedilatildeo e salvaguarda de dados orientaccedilotildees sobre a newsletter versatildeo inglesa e

circuito de resoluccedilatildeo de natildeo conformidades e sugestotildees recebidas por essa mesma via

355

GOUVEIA Nateacutercia ndash Relatoacuterio de estaacutegio ARM Funchal 2008p 15 356

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob citp 16

191

Para sabermos mais sobre o nuacutemero de visitantes do site apresentamos a seguir os

dados estatiacutesticos da sua consulta entre os anos de 2007 e 2008

Figura nordm 85

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

A partir da observaccedilatildeo dos dados apresentados pode-se afirmar que desde a

reformulaccedilatildeo do site do ARM ateacute finais de 2008 o nuacutemero de visitantes aumentou em

cerca de 299 O nuacutemero de visitas diaacuterias tambeacutem reflecte esta tendecircncia sendo o mecircs

em que se assinalam mais visitas o de Dezembro em 2007 e o mecircs de Maio em 2008

534 Wisi ndash Intranet

No ano de 2007 foi apresentado no ARM o projecto da Intranet que ficou

designado por WISI As suas principais finalidades satildeo a laquomodernizaccedilatildeo e

requalificaccedilatildeo da Instituiccedilatildeoraquo357

e a disponibilizaccedilatildeo e funcionalidade da laquoinformaccedilatildeo

que interessa exclusivamente aos Serviccedilos e colaboradores do ARMraquo Noacutes diriacuteamos

mais o marketing interno passa a estar presente neste serviccedilo

laquoO primeiro passo eacute o registo de cada utilizador seguindo-se a

pesquisa e navegaccedilatildeo nos menus disponiacuteveis em Localizaccedilotildees

encontram-se dados sobre cada serviccedilo sala e telefone de cada

357

Nota de Direcccedilatildeo do ARM ARM Funchal Maio de 2007

192

colaborador O menu Qualidade integra o Manual da Qualidade e a

Aacutervore da Qualidade contendo os Procedimentos e os Impressos da

Gestatildeo da Qualidade O menu Serviccedilos de Suporte permite a pesquisa

em Pessoal (feacuterias faltas ou licenccedilas) dando acesso a uma explicaccedilatildeo

sobre direitos e deveres do funcionaacuterio e aos formulaacuterios necessaacuterios

para requerer ou justificar algo No Aprovisionamento podem ser

requeridos os materiais on-line A requisiccedilatildeo dos documentos ao

depoacutesito e a reproduccedilatildeo de documentos tambeacutem eacute feita atraveacutes do Wisi

No SOS Informaacutetica ou SOS Restauro registam-se os problemas

ocorridos No menu Serviccedilos Especiacuteficos encontram-se as informaccedilotildees

e documentos relacionadas com cada Serviccedilo Estatildeo tambeacutem

disponiacuteveis a Legislaccedilatildeo e as Estatiacutesticas do ARMraquo358

As notiacutecias e os destaques satildeo outro dos pontos importantes da nova Intranet

substituindo muitas vezes o quadro de avisos Todas as novidades alteraccedilotildees de

impressos formaccedilotildees ou outros assuntos de interesse satildeo disponibilizados na paacutegina

principal do Wisi359

Para percebermos a sua utilizaccedilatildeo pelo ARM mostramos os dados estatiacutesticos

desde Maio de 2007 data da sua concretizaccedilatildeo a 2008

Figura nordm 87

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88

Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

358

GOUVEIA Nateacutercia ndash Ob cit 359

Registos mensais estatiacutesticos do SEEC do ARM 2007 e 2008 Relatoacuterio de actividades do ARM de

2007 e de 2008 ARM Funchal

193

Como se pode observar a sua consulta tanto diaacuteria como mensal eacute bastante

grande A mudanccedila de nuacutemero de um ano para outro tem mesmo a ver com a habituaccedilatildeo

de utilizaccedilatildeo da Intranet fazendo parte do quotidiano do trabalho

535 Acolhimento

A niacutevel interno o ARM aposta na integraccedilatildeo de todos os funcionaacuterios O

acolhimento eacute feito pelo responsaacutevel do SEEC ao qual eacute dado conhecimento do novo

colaborador pela direcccedilatildeo No primeiro dia eacute efectuada uma visita orientada agraves aacutereas

teacutecnicas do Arquivo Regional e apresentado a todos os colegas No final eacute apresentado agrave

direcccedilatildeo que lhe daacute as boas-vindas

Posteriormente eacute feita uma apresentaccedilatildeo em Power Point sobre o espoacutelio e

funccedilotildees do ARM eacute tambeacutem dada a conhecer a politica da qualidade praticada e as

instruccedilotildees necessaacuterias para efectuar o seu registo e tomar contacto com o seu modo de

funcionamento No dia seguinte eacute integrado no serviccedilo no qual iraacute desempenhar as suas

funccedilotildees

Em 2008 foi criado o laquoManual de Acolhimento do ARMraquo que pretende ser mais

um instrumento de ajuda para integraccedilatildeo dos novos teacutecnicos

Concluindo podemos questionar O Serviccedilo Educativo e Extensatildeo Cultural do

ARM utiliza o marketing no seu quotidiano

Claro que sim Desde o iniacutecio deste serviccedilo que fomos agrave procura do nosso

mercado A sua conquista caracterizou-se pela implementaccedilatildeo de procedimentos de

trabalho aperfeiccediloados posteriormente com a implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo de

Qualidade e a criaccedilatildeo de instrumentos que se destacam pelos conteuacutedos imagem

graacutefica e forma como satildeo transmitidos comunicados Tudo eacute feito a pensar no puacuteblico

Os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo as reuniotildees mensais do serviccedilo a avaliaccedilatildeo dos trabalhos

enviados pelos alunos e o contacto directo com os nossos clientes satildeo a forma de

responder agraves suas expectativas Exemplo disso foi a abertura das aacutereas teacutecnicas trecircs

vezes ao ano na actividade laquoDia Aberto agrave Comunidaderaquo a criaccedilatildeo da maleta

pedagoacutegica dedicada agrave Histoacuteria da Famiacutelia as formaccedilotildees dadas aos docentes com a

finalidade de transmitir os conhecimentos e ferramentas necessaacuterias agrave selecccedilatildeo dos

documentos de arquivo e potenciar a utilizaccedilatildeo das actividades e instrumentos

pedagoacutegicos concebidos pelo SE

Muito mais haacute a fazer para continuar a conquistar novos puacuteblicos sensibilizar a

comunidade educativa e sociedade para a importacircncia da pesquisa e da consulta das

194

fontes primaacuterias360

Todavia temos uma certeza haacute jaacute um grande nuacutemero de pessoas que

conhece o nosso acervo serviccedilos e ateacute reconhece a nossa profissatildeo O nuacutemero de

leitores aumentou nomeadamente docentes e temos um puacuteblico fidelizado que por sua

vez ajuda a divulgar este serviccedilo e Arquivo

Quanto ao composto mix neste serviccedilo podemos exemplificar da seguinte

forma

Produtos Praccedila Preccedilo Promoccedilatildeo

Instrumentos

pedagoacutegicos

Dinamizaccedilatildeo de

actividades

Exposiccedilotildees e

mostras

documentais

Formaccedilotildees

Palestras

Visitas teacutecnicas e

visitas

orientadas

Formaccedilotildees

Site

Acolhimento

Intranet (wisi)

Gestatildeo de

espaccedilos puacuteblicos

Publicaccedilotildees

Do ARM para a

comunidade

Serviccedilo puacuteblico

Tempo de preparaccedilatildeo

das actividades

preparaccedilatildeo dos

espaccedilos puacuteblicos

Tempo de resposta

aos

pedidossolicitaccedilotildees

Newsletters

Dossiecircs de

apresentaccedilatildeo das

actividades

Logoacutetipo do SE e

do ARM

Brochuras

Guiotildees das

exposiccedilotildees

Produtos

informativos

Notas de imprensa

Marcadores

Figura nordm 89

Composto mix do ARM

Fonte Sofia Santos

360

Um dos nossos grandes objectivos no primeiro trimestre de 2011 eacute a concretizaccedilatildeo de um caderno

pedagoacutegico sobre o Centenaacuterio da Implantaccedilatildeo da Repuacuteblica em Portugal para ser dinamizado no ano

lectivo de 20102011

195

CAPIacuteTULO VI - CONCLUSAtildeO

A gestatildeo de qualquer organizaccedilatildeo com ou sem fins lucrativos representa um desafio

constante para quem nela trabalha Tudo deve ser planeado executado e implementado

de acordo com as matrizes de objectivos e de competecircncias de cada serviccedilosector de

forma a obter uma resposta eficiente e eficaz agraves necessidades tangiacuteveis e intangiacuteveis dos

diferentes segmentos da organizaccedilatildeo Assim enquadrando-se os Arquivos Puacuteblicos

neste tipo de instituiccedilotildees o marketing contribui para posicionem o seu negoacutecio no

mercado com o fito de se distinguirem das demais concorrentes

Partindo destes pressupostos da anaacutelise bibliograacutefica sobre o marketing em geral e os

casos das bibliotecas da nossa experiecircncia profissional enquanto arquivista e

responsaacutevel pelo Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do Arquivo Regional da Madeira

e da anaacutelise dos inqueacuteritos efectuados aos Arquivos Distritais de Portugal concluiacutemos

que

1 Os arquivos satildeo instituiccedilotildees geralmente consideradas inacessiacuteveis e fechadas ao

cidadatildeo comum universo no qual predomina ainda a ideia de lsquolugar escurorsquo

soturno frequentado apenas por investigadores eruditos estudantes

universitaacuterios e alguns curiosos Na verdade e na praacutetica esta ideia natildeo se

enquadra na sociedade actual comummente designada de Sociedade da

Informaccedilatildeo eou do Conhecimento

2 Se partirmos da ideia que um arquivo tem por objectivo preservar e conservar a

memoacuteria colectiva documental de uma instituiccedilatildeo de um local de uma regiatildeo

eou de um paiacutes a sua sobrevivecircncia nos dias de hoje passa igualmente por

identificar e criar um conjunto de bens serviccedilos e informaccedilotildees que vatildeo ao

encontro das necessidades da comunidade que serve

3 No contexto da sociedade global e mercantilista a sobrevivecircncia destes

organismos deve passar pelo incremento das ferramentas do marketing no seu

quotidiano como forma de imposiccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do vasto capital de

informaccedilatildeo de que satildeo detentores contrariando aquela ideia antes apontada de

serem os arquivos socialmente aceites como locais inacessiacuteveis como

demonstra o estudo de caso sobre o Serviccedilo EducativoExtensatildeo Cultural do

Arquivo Regional da Madeira

4 Para contrariar a lsquoameaccedilarsquo que constitui o desconhecimento do acervo e das

funccedilotildees de raiz foi aliada a criaccedilatildeo de uma marca e produtos informativos que

196

permitiram criar uma imagem dinacircmica moderna e uacutetil do arquivo o

reconhecimento dos seus profissionais que dele usufruem como clientes externos

ou internos desenvolver um conjunto de accedilotildees formativas e informativas ndash

como exposiccedilotildees palestras dossiecircs e cadernos pedagoacutegicos visitas orientadas ndash

que valorizam e divulgam o seu espoacutelio documental testemunho da memoacuteria da

Regiatildeo ao longo de mais de cinco seacuteculos de Histoacuteria contribuir para uma mais

soacutelida formaccedilatildeo dos indiviacuteduos enquanto cidadatildeos participantes incentivar

haacutebitos de pesquisa e cativar novos puacuteblicos natildeo habituados aos nossos

serviccedilos Conclusatildeo bem diferente eacute retirada da anaacutelise aos dez arquivos

distritais portugueses

5 Os inquiridos acreditam que para se utilizar o marketing haacute que ter recursos

financeiros e uma equipa mais ampla do que possuem actualmente Tal natildeo eacute

verdade se considerarmos que um bom atendimento ou resposta em tempo uacutetil

dos serviccedilos solicitados faz sempre um cliente satisfeito Esta situaccedilatildeo origina

por sua vez a passagem de informaccedilatildeo a outros e assim sucessivamente

acabando por trazer novos leitores

6 Para um arquivo puacuteblico atingir um grau de satisfaccedilatildeo elevado para os

leitoresutilizadores em bens informaccedilotildees e serviccedilos prestados eacute imperioso que

aposte numa equipa de trabalho coesa que deveraacute ser incentivada agrave planificaccedilatildeo

de todo o seu trabalho agrave formaccedilatildeo contiacutenua agrave participaccedilatildeo e intervenccedilatildeo com

novas ideias e agrave constante informaccedilatildeo sobre o que se passa no interior da

instituiccedilatildeo atraveacutes da participaccedilatildeo em reuniotildees perioacutedicas onde colegas e

superiores partilham conhecimento

7 Nesta medida anterior devem ser bem acolhidosincluiacutedos os novos funcionaacuterios

havendo a necessidade de utilizar um lsquomanual de acolhimentorsquo para em

qualquer momento se saber quem eacute quem e quais os serviccedilos prestados A

aposta no ambiente interno eacute essencial a bem servir o exterior Recorrendo uma

vez mais ao estudo de caso - SEEC as suas equipas tecircm-se revelado um factor

essencial ao seu sucesso por se complementarem entre si Jaacute no caso dos

arquivos distritais do paiacutes o nuacutemero de colaboradores do quadro (entre quatro e

cinco funcionaacuterios) dificulta o desenvolvimento deste tipo de iniciativas Jaacute para

os arquivos distritais todo o trabalho eacute feito puramente a pensar no cliente

externo sendo o marketing interno posto de lado

197

8 Para que os arquivos puacuteblicos possam operar a transformaccedilatildeo qualitativa

desejada eacute necessaacuterio que essa planificaccedilatildeo e definiccedilatildeo de estrateacutegias de

trabalho seja feita de acordo com a missatildeo visatildeo e valores do arquivo Nesse

sentido eacute tambeacutem necessaacuteria a identificaccedilatildeo do micro e do macro-ambiente e do

ambiente externo

9 Tomando o resultado da anaacutelise da arquiviacutestica os fornecedores de fundos

documentais e de bens materiais satildeo tambeacutem os do SE eacute distribuidora a equipa

teacutecnica que concebe implementa e dinamiza as actividades pedagoacutegicas e

culturais relacionando-se com a comunicaccedilatildeo social local que divulga as

iniciativas Neste grupo podem ainda ser incluiacutedos os mecenas patrocinadores e

voluntaacuterios que em tempos de dificuldades econoacutemicas satildeo fundamentais para

fazer chegar os produtos agrave comunidade

10 O estabelecimento de parcerias eacute tambeacutem essencial para os arquivos se

posicionarem na sociedade Quanto aos concorrentes natildeo considerariacuteamos numa

perspectiva economicista porque as empresas congeacuteneres - bibliotecas centros

de documentaccedilatildeo e outros arquivos ndash complementam entre si o serviccedilo prestado

aos leitores Todavia natildeo podemos deixar de frisar que a anaacutelise constante dos

clientes externos permite responder em tempo uacutetil agraves necessidades tangiacuteveis e

intangiacuteveis de novos puacuteblicos

11 O macro-ambiente relaciona-se com factores externos que interferem no

funcionamento interno das instituiccedilotildees Assim por exemplo em eacutepocas de crise

econoacutemica e financeira os arquivos sobretudo os que estatildeo sob a tutela

administrativa do estado geralmente lutam com constrangimentos orccedilamentais

12 Nos arquivos a conjugaccedilatildeo dos factores internos e externos referidos

influenciam as escolhas individuais dos utilizadoresclientesconsumidores e

reforccedilam a sua vantagem competitiva num mercado cada vez mais exigente A

fim de garantir-lhes uma vida dinacircmica e de acordo com as suas funccedilotildees e

recursos tornam-se necessaacuterias avaliaccedilotildeesdiagnoacutestico regulares que permitam

identificar os seus pontos fortes e fracos o que permitiraacute perceber quais os

principais obstaacuteculos agrave sua evoluccedilatildeo dando resposta aos vaacuterios nichos de

clientes

13 No caso do ARM o edifiacutecio eacute adequado agrave sua missatildeo primordial mas estaacute

localizado fora do centro da cidade num lugar onde natildeo haacute nuacutemero significativo

de transportes puacuteblicos razatildeo que dificulta a expansatildeo do nuacutemero de acccedilotildees no

198

seu espaccedilo Pelo que o SE do ARM tem procurado respostas de aproximaccedilatildeo agrave

sociedade Assim das ameaccedilas surgem oportunidades

14 Por tudo o que jaacute foi mencionado as forccedilas distinguem-se pela caracterizaccedilatildeo

do puacuteblico-alvo e pela aplicaccedilatildeo teoacuterica do marketing mix isto eacute os quatro

vectores que promoveratildeo o sucesso da instituiccedilatildeo produto praccedila preccedilo e

promoccedilatildeo traduzidos no esforccedilo comum da equipa de colaboradores (gestores e

executores) que ao idealizarem os bens serviccedilos e informaccedilotildees com imagem

cuidada design graacutefico aliados a bons conteuacutedos e agrave sua adequada divulgaccedilatildeo

(comunicaccedilatildeo) constituem factores que conduzem agrave excelecircncia destes serviccedilos

15 Mais uma vez recorrendo ao nosso objecto de estudo haacute que lembrar que esta

estrateacutegia eacute complementada pelo Sistema de Implementaccedilatildeo da Qualidade a

qual originou uma forccedila de trabalho a padronizaccedilatildeo dos seus procedimentos

que haacute que cuidar para natildeo cairem em efeitos perversos tornam-do-se ponto

fraco pelos efeitos nocivos no ambiente de trabalho

16 Um uacuteltimo aspecto a referir para o do arquivo seraacute a avaliaccedilatildeo dos projectos

Todas as actividades criadas deveratildeo ser verificadas internamente ndash

identificando-se o que estaacute bem e o que carece ser melhorado ndash o projecto eacute

validado ndash quando utilizado pelo puacuteblico que lhe daacute a sua aprovaccedilatildeo Daiacute ser

deveras importante aplicar e avaliar os inqueacuteritos de satisfaccedilatildeo que todos os

arquivos distritais portugueses aplicam na Sala de Leitura caixas de sugestotildees

livros de reclamaccedilotildees

199

BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INFORMACcedilAtildeO

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cultural In Semana dos 150 anos do Arquivo Puacuteblico do Estado do Paranaacute (1855-

2005) Curitiba Paranaacute 4 a 7 de Abril de 2005

BELLOTTO Heloiacutesa Liberalli ndash O arquivista na sociedade contemporacircnea [on line]

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BOGDAN e BIKLEN ndash Investigaccedilatildeo Qualitativa em Educaccedilatildeo Uma introduccedilatildeo agrave

teoria e aos meacutetodos Porto Editora Porto 1994 ISBN 972-0-34112-2

Dicionaacuterio de Terminologia Arquiviacutestica [on line] Disponiacutevel URL

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Enquadramento da Intervenccedilatildeo [on line] [Consultado a 23 de Setembro de 2008]

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HEREDIA HERRERA Antoacutenia ndash Archiviacutestica General Teoria y Practica Camas

Sevilha 1995 978-84-505-4784-9

Livro Verde para a Sociedade da Informaccedilatildeo [on line] [Consultado a 20 de Julho de

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RIBEIRO Fernanda ndash A informaccedilatildeo nos arquivos A gestatildeo dos meios de acesso e

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214

RIBEIRO Fernanda ndash O perfil profissional do arquivista na sociedade da informaccedilatildeo

[on line] [Consultado a 02 de Outubro de 2008] Disponiacuteble URL

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Subsiacutedios para um Dicionaacuterio Brasileiro de Terminologia Arquiviacutestica [on line]

[Consultado a 10 de Outubro de 2008] Disponiacutevel URL

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USHERWOOD Bob ndash A biblioteca puacuteblica como conhecimento puacuteblico Editora

Editorial Caminho Lisboa 1989 ISBN 972-21-1284-8

Legislaccedilatildeo normas e sites consultadas

Decreto de lei nordm 322 ndash A2001 de 14 de Dezembro alterado pelo Decreto de lei nordm

324 2007 de 28 de Setembro As reproduccedilotildees dos fundos judiciais seguem o artigo 9ordm

aliacutenea 3ordf do Decreto de Lei nordm 34 2008 de 26 de Fevereiro

Decreto-Lei nordm 932007 de 29 de Marccedilo Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 63 2007 I Seacuterie

Ministeacuterio da Cultura Lisboa

Decreto-lei nordm 1432008 de 25 de Julho Diaacuterio da Repuacuteblica nordm 143 2008 ndash I Seacuterie do

Ministeacuterio da Justiccedila

Decreto de Lei nordm 324 2007 de 28 de Setembro

Decreto-Lei 7482 de 3 de Marccedilo da Biblioteca Nacional de Portugal

Despacho nordm 55GD 2002 de 23 de Agosto do Instituto do Arquivo Nacional da Torre

do Tombo

Diaacuterio da Repuacuteblica I seacuterie -B Decreto Regulamentar Regional nordm 13 2004 M

215

Estatuto dos Benefiacutecios Fiscais (Benefiacutecios Fiscais Relativos ao Mecenato) diploma

aprovado pelo Decreto-Lei nordm 21589 de 1 de Julho na redacccedilatildeo dada pela Lei nordm 53-

A2006 de 29 de Dezembro e na redacccedilatildeo dada pelo Decreto-Lei nordm 1082008 de 26 de

Junho

Norma Portuguesa 405-1 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

1995 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-2 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Materiais natildeo livro 1998 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-3 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos natildeo publicados2000 IPQ Lisboa

Norma Portuguesa 405-4 Referecircncias Bibliograacuteficas Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo

Documentos electroacutenicos 2002 IPQ Lisboa

NP 40412005 Informaccedilatildeo e documentaccedilatildeo Terminologia arquiviacutestica Conceitos

baacutesicos IPQ Lisboa

Resoluccedilatildeo do Conselho de Ministros nordm 22 2001 de 27 de Fevereiro Diaacuterio da

Repuacuteblica nordm 49 2001 - I Seacuterie-B

wwwarchivesgov

wwwarchivesdefranceculturegouvfraction-culturelleaction-pedagogiqueoffre-basearchivobus

wwwarquivo-madeiraorg

wwwarquivonacionalgovbrdownloaddic_term_arqpdf

wwwarquivodetorresvedrasnet

wwwarchivesnationalesculturegouvfrchanchanmuseeaction_culturelleateliershtm

wwwbparahazoresgovpthtml

216

wwwcfppt

wwwcollectionscanadaca

wwwdgarqpt

wwwianttpt

wwwiflaorgIIImiscim-pthtmanifesto

wwwnarcfiArkistolaitosengstrategyhtm

wwwnationalarchivesgovukget-involvedfriendshtm

wwwraee

217

LISTA DE ABREVIATURAS

ALIA - Australian Librarian and Information Association

ARM ndash Arquivo Regional da Madeira

BN ndash Biblioteca Nacional

CIA ndash Conselho Internacional de Arquivos

DL ndash Decreto-Lei

DGARQ ndash Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

IFLA ndash International Federation of Library Associations and Institutions

Nordm ndash Nuacutemero

P - paacutegina

SEEC ndash Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

SH - Stakeholders

SP - Sem paginaccedilatildeo

SWOT - Strengths Weaknesses Opportunities Threats

218

IacuteNDICE DAS IMAGENS GRAacuteFICOS E TABELAS

Figura n ordm 1 - Suacutemula de artigos cientiacuteficos sobre marketing em arquivos

Figura nordm 2 - Empresa com visatildeo comercial e Empresa com visatildeo de marketing

Figura nordm 3 - Diferenccedilas entre acccedilotildees tangiacuteveis e acccedilotildees intangiacuteveis

Figura nordm 4 - Resumo do conceito de marketing

Figura nordm 5 - Composto do marketing mix

Figura nordm 6 - Ciclo de vida do produto

Figura nordm 7 -Factores a ter em consideraccedilatildeo para a elaboraccedilatildeo de uma poliacutetica de

preccedilo

Figura nordm 8 - Circuito de distribuiccedilatildeo dos produtos

Figura nordm 9 - Exemplos de ferramentas de promoccedilatildeo

Figura nordm 10 -Coluna vertebral da comunicaccedilatildeo

Figura nordm 11- Comparaccedilatildeo entre o composto Pacutee o composto Cacute

Figura nordm 12 -Estrateacutegia de marketing de Djalma Rebouccedilas

Figura nordm 13 - Diferenccedilas entre o ambiente interno e ambiente externo

Figura nordm 14 -Estrateacutegia de marketing de Morais

Figura nordm 15 -Campo de actuaccedilatildeo do sector terciaacuterio

Figura nordm 16 -Resultado do inqueacuterito efectuado a bibliotecaacuterios

Figura nordm 17 -Piracircmide de Maslow

Figura nordm 18 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 19 - Identificaccedilatildeo dos clientes externos nas trecircs idades do arquivo

(arquivo corrente intermeacutedio e definitivo)

Figura nordm 20 - Proposta de ficha teacutecnica de exposiccedilotildees

Figura nordm 22 - Exemplo do Inqueacuterito aplicado aos arquivos distritais

Figura nordm 23 -Anaacutelise dos produtos serviccedilos dos Arquivos Distritais portugueses

Figura nordm 24 -Logoacutetipo do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 25 -Logoacutetipo da Direcccedilatildeo ndash Geral de Arquivos

Figura nordm 26 - Antigos logoacutetipos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Figura nordm 27 -Logoacutetipo do projecto laquoTTonlineraquo

Figura nordm 28 -Marcas dos Serviccedilos Educativos do Arquivo Municipal de Lisboa

Casa do Infante e Arquivo da Poacutevoa de Varzim

Figura nordm 29 - Bloco de notas do Centro de Fotografia do Porto

219

Figura nordm 30 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para um caderno de encargos

de publicaccedilotildees folhetosdesdobraacuteveis

Figura nordm 31 -Propostas de caracteriacutesticas teacutecnicas para telas de uma exposiccedilatildeo

mostra documental

Figura nordm 32 -Precauccedilotildees com o uso das ferramentas de promoccedilatildeo na Internet

Figura nordm 33 -Distinccedilatildeo entre patrociacutenio e mecenato

Figura nordm 34 -Exemplos de motivos para patrocinar

Figura nordm 35 -Suacutemula das missotildees das Associaccedilotildees dos Amigos dos Arquivos

portugueses

Figura nordm 36 -Ferramentas das comunicaccedilotildees dos Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 37 -Anaacutelise das formas de comunicaccedilatildeo dos Arquivos Distritais

Figura nordm 38 -Anaacutelise da aplicaccedilatildeo das ferramentas de marketing nos Arquivos

Distritais

Figura nordm 39 - Processo de planificaccedilatildeo estrateacutegica de mercado

Figura nordm 40 -Relaccedilatildeo entre os Arquivos e os Stakeholders

Figura nordm 41- Matriz SWOT

Figura nordm 42 -Exemplo de missatildeo visatildeo e valores de Arquivos Puacuteblicos

Figura nordm 43 -Matriz de anaacutelise dos Stakeholders

Figura nordm 44 -Antigas e novas instalaccedilotildees do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 45 -Antiga e nova Sala de Leitura do Arquivo Regional da Madeira

Figura nordm 46 -Exemplos de alguns documentos existentes no ARM

Figura nordm 47 - Locais de serviccedilo externo do ARM

Figura nordm 48 -Aspectos da Sala de Leitura do ARM

Figura nordm 49 -Serviccedilo de microfilmagem e acondicionamento do ARM

Figura nordm 50- Montagem de uma exposiccedilatildeo do ARM

Figura nordm 51 - Logoacutetipo Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 52 -Marcador do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 53 -Desdobraacutevel do Serviccedilo Educativo

Figura nordm 54 -Resumo das actividades pedagoacutegicas e culturais do SEEC do ARM

de 2005 a 2008

Figura nordm 55 -Primeira palestra realizada pelo Serviccedilo Educativo do Arquivo

Regional da Madeira

220

Figura nordm 56 -Exemplo do desdobraacutevel entregue aos primeiros laquoAprendizes de

Arquivoraquo do SE

Figura nordm 57 -Explicaccedilatildeo sobre os Instrumentos de Descriccedilatildeo Documental na Sala

de Leitura

Figura nordm 58 -Explicaccedilatildeo dada sobre o trabalho de consolidaccedilatildeo de perioacutedicos

Figura nordm 59 - laquoAprendizes de Arquivoraquo fazem a descriccedilatildeo de um registo de

passaporte e a reintegraccedilatildeo de um documento

Figura nordm 60 -Alunos da Escola Secundaacuteria Francisco Franco efectuam descriccedilatildeo

dos Livros de Registo de Baptismo da freguesia de Santo Antoacutenio da Serra

Figura nordm 61 -Exemplo dos dossiecircs pedagoacutegicos laquoO meu concelho hellip Porto Santoraquo

Figura nordm 62 - Caderno pedagoacutegico laquoGenealogia e Histoacuteria da Famiacuteliaraquo e

apresentaccedilatildeo da peccedila de teatro laquoA aacutervore Maacutegicaraquo pela Escola Salesiana de Artes

e Ofiacutecios

Figura nordm 63 -Maleta Pedagoacutegica laquoOs Eus Escondidosraquo

Figura nordm 64 -Diferentes fases da dinamizaccedilatildeo da maleta pedagoacutegica

Figura nordm 65 -Professores utilizam os instrumentos pedagoacutegicos criados pelo SE

Figura nordm 66 -Grupo de docentes na formaccedilatildeo de utilizadores

Figura nordm 67 - Aspectos de dinamizaccedilatildeo do laquoDia aberto agrave comunidaderaquo

Figura nordm 68 - Caderno Pedagoacutegico laquoLuiz Peter Clode o genealogistaraquo

Figura nordm 69 - Guiotildees da exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao

Arquivo Regional da Madeiraraquo

Figura nordm 70 -Exposiccedilatildeo laquoLuiz Peter Clode e o espoacutelio legado ao Arquivo Regional

da Madeiraraquo

Figura nordm 71 -Frontispiacutecio da ediccedilatildeo nordm 0 e nordm 5 do Jornal Aprendiz de Arquivo

Figura nordm 72 -A caixa que originou o concurso e a sua escolha pelos participantes

Figura nordm 73 -Vaacuterias interpretaccedilotildees artiacutesticas da caixa

Figura nordm 74 -Frontispiacutecio do cataacutelogo da exposiccedilatildeo laquoTerra de Jornais a impressa

pontassolense (1909-1923)raquo

Figura nordm 75 -Pormenores de dinamizaccedilatildeo da exposiccedilatildeo referida

Figura nordm 76 - Primeira ediccedilatildeo do Boletim do Arquivo Histoacuterico da Madeira

Figura nordm 77 -Exemplos das novas ediccedilotildees do laquoBoletim do Arquivo Histoacuterico da

Madeiraraquo

Figura nordm 78 -Primeira e uacuteltima ediccedilatildeo de cataacutelogo de exposiccedilotildees do ARM

Figura nordm 79 -Nova imagem graacutefica das ediccedilotildees do ARM

221

Figura nordm 80 -Vaacuterias perspectivas da Loja do ARM

Figura nordm 81 -Produtos de merchadinsing do ARM

Figura nordm 82 - Agenda 2008

Figura nordm 83 -Homepage do primeiro e segundo site do ARM

Figura nordm 84 -Homepage actual do site do ARM

Figura nordm 85 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2007

Figura nordm 86 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do site de 2008

Figura nordm 87- Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2007

Figura nordm 88 -Estatiacutestica de utilizaccedilatildeo do WISI de 2008

Figura nordm 89 - Composto mix do ARM

Graacutefico A -Nuacutemero de participantes nas actividades do EEC de 2005 a 2008

Graacutefico B -Iacutendice de ocupaccedilatildeo do auditoacuterio de 2006 a 2008

222

ANEXO

223

Anexo 1 - Entrevista efectuada a Silvestre Lacerda Director de Serviccedilos da

Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos

Local Lisboa

Data 27 de Janeiro de 2009

224

No dia 27 de Janeiro de 2009 contactamos com o Dr Silvestre Lacerda director de

serviccedilos da Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos Do resultado dessa reuniatildeo transcrevemos

uma suacutemula da nossa conversa dividida em cinco partes

Parte 1 Apresentaccedilatildeo da Direcccedilatildeo-geral de Arquivos

laquoA Direcccedilatildeo-Geral de Arquivos rege-se pelo Diaacuterio da Repuacuteblica I Seacuterie nuacutemero 63

de 29 de Marccedilo de 2007 Eacute o oacutergatildeo gestor da poliacutetica arquiviacutestica nacional sob a

jurisdiccedilatildeo do Ministeacuterio da Cultura e tem sob a sua tutela os arquivos distritais o centro

de Fotografia Portuguecircs e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo Eacute um serviccedilo central

da administraccedilatildeo directa do Estado sob a dependecircncia do Ministeacuterio da Cultura mas

dotado de autonomia administrativa usufruindo ainda de autonomia cientiacutefica e teacutecnica

na prossecuccedilatildeo das suas atribuiccedilotildees

De forma resumida podemos objectivar a missatildeo visatildeo e valores da seguinte forma

a) ldquoEstruturar promover e acompanhar de forma dinacircmica e sistemaacutetica a intervenccedilatildeo

do Estado no acircmbito da poliacutetica arquiviacutestica administrar as medidas adequadas agrave

concretizaccedilatildeo da poliacutetica e do regime de protecccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural

promover a salvaguarda valorizaccedilatildeo divulgaccedilatildeo acesso e fruiccedilatildeo do patrimoacutenio

arquiviacutestico e garantir os direitos do Estado e dos cidadatildeos nele consubstanciados a sua

utilizaccedilatildeo como recurso da actividade administrativa e fundamento da memoacuteria

colectiva e individualrdquo

b) ldquoO compromisso de se constituir como organismo de excelecircncia e de referecircncia a

niacutevel nacional e internacional apostando na constante valorizaccedilatildeo dos seus recursos

humanos e na qualidade dos produtos e serviccedilos prestados aos seus clientesrdquo

c) A sua aacuterea de actuaccedilatildeo relaciona-se com a qualificaccedilatildeo da rede e sistemas de

arquivos salvaguarda e classificaccedilatildeo de patrimoacutenio preservaccedilatildeo de documentos

(convencionais e digitais) e disseminaccedilatildeo de informaccedilatildeoraquo

Parte 2 Grupos-alvos e satisfaccedilatildeo das suas necessidades

laquoToda e qualquer populaccedilatildeo que esteja interessado em consultar os nossos fundos

documentais quer por motivos pessoais quer por motivos profissionais O acesso agrave

informaccedilatildeo eacute fundamental para a formaccedilatildeo de uma sociedade mais democraacutetica e atenta

ao meio em que se inserem Por isso haacute que estar atento agraves suas necessidades Nesse

sentido a DGARQ efectua tratamento teacutecnico de documentos de forma a disponibilizar

225

informaccedilatildeo para o cidadatildeo organiza e manteacutem programas intensivos de digitalizaccedilatildeo de

forma a produzir imagens dos documentos que satildeo disponibilizadas na internet Aleacutem

disso atraveacutes dos nossos serviccedilos centrais e dos arquivos dependentes disponibilizamos

ao utilizador a possibilidade de apoio na pesquisa e referecircncia serviccedilos de reproduccedilatildeo e

certificaccedilatildeo de documentos A nossa proacutexima etapa de satisfaccedilatildeo dos clientes eacute o portal

de arquivos projecto este que decorreraacute neste ano (2009) para facilitar um acesso aos

documentos de forma mais abrangente

Hoje tambeacutem apostamos no Serviccedilo Educativo cujas actividades satildeo desenvolvidas por

docentes com profissionalizaccedilatildeo via ensino para conquistar novos puacuteblicos

Efectuam-se visitas guiadas e exposiccedilotildees temaacuteticas

Como sabemos o que as pessoas querem percepccedilotildees atitudes A sua satisfaccedilatildeo pode

ser analisada atraveacutes de inqueacuteritos presenciais e disponibilizados no siteraquo

Parte 3 Produtos serviccedilos e informaccedilotildees disponibilizadas Formas de

disseminaccedilatildeo

laquoA DGARQ faz tanta coisahellipTentemos sintetizar site permanentemente actualizado

com informaccedilotildees de interesse sobre o organismo funccedilotildees notiacutecias etc Se consultarem

o nosso siacutetio ndash dgarqgovpt ndash poderatildeo ver tudo Fazemos consultorias auditorias

procedemos a transferecircncia de suportes disponibilizamos um site com imagens

digitalizadas classificamos o patrimoacutenio documental isto eacute registamos os bens de

interesse nacional ou tesouros nacionais como bens de interesse puacuteblico efectuamos

visitar agraves instalaccedilotildees mediante marcaccedilatildeo preacutevia transferimos suportes para salvaguardar

o nosso patrimoacutenio garantindo os direitos do Estado e dos cidadatildeos bem como o

acesso reproduccedilatildeo e apoio agrave pesquisa aos fundos documentais que possui etc etc etc

Aleacutem de que damos apoio teacutecnico aos arquivos sob a nossa dependecircncia e formaccedilatildeo agrave

nossa equipa

Procedemos ainda a ediccedilotildees como o Boletim da DGARQ distribuiacutedo em papel e

divulgado no nosso site Publicamos ainda actas de congressos documentos teacutecnicos

cataacutelogos e guias de exposiccedilotildees guias de Fundos estudos e documentos e inventaacuterio do

patrimoacutenio cultural

Efectuamos tambeacutem exposiccedilotildees

As formaccedilotildees para o puacuteblico externo como faziacuteamos e que eram pagos no tempo do

Instituto do Arquivo nacional da Torre do Tombo deixaram de ser feitas por falta de

226

puacuteblico Mas claro que continuamos a apostar em exposiccedilotildees e mostras seminaacuterios

teacutecnicos ou de divulgaccedilatildeo

Cedemos ainda o auditoacuterio procedemos a parcerias e emprestamos documentos caro de

acordo desde que o seu estado de conservaccedilatildeo o permita que a entidade organizadora

da exposiccedilatildeo decirc garantias de cumprimento das condiccedilotildees gerais e especiacuteficas previstas

neste Regulamento e que a iniciativa seja considerada pela DGARQ de relevante

interesse cultural e cientiacutefico

Tudo isto eacute divulgado na comunicaccedilatildeo social Internet e de acordo com a lista

protocolarraquo

Parte 4 Merchandising

laquoOs produtos que a DJARQ disponibiliza para venda resultam do estudo da sua

documentaccedilatildeo Existem t-shirts com imagens estampadas do logoacutetipo do Arquivo

Nacional da Torre do Tombo blocos laacutepis canecas e uma colecccedilatildeo de bijutaria

Atraveacutes de um contrato com uma empresa de design de ourivesaria efectuam-se peccedilas

de ourives com pormenores de desenhos de imagens iconograacuteficas Colocamos tambeacutem

agrave disposiccedilatildeo do leitor as nossas ediccedilotildees e que jaacute referimos

Um exemplo que deve ser observado no caso de merchandising aplicado nos Arquivos

Puacuteblicos eacute o projecto desenvolvido pelo Centro de Fotografia Portuguecircsraquo

Parte 5 Marketing na DGARQ

laquoSe aplicamos os conceitos mercadoloacutegicos na DGARQ Sim Todas e quaisquer

actividades realizadas por noacutes eacute efectuado um estudo preacutevio ou seja elaboramos um

plano de trabalho com objectivos etapas prazos de execuccedilatildeo indicadores de

desempenho custos e definimos quem eacute a equipa responsaacutevel pela sua concretizaccedilatildeo

No final avaliamos se a actividade foi ou natildeo eficaz e o que se pode melhorar Nada eacute

feito ao acasoraquo

227

Anexo 2 - Entrevista efectuada agrave designer Sara Lomelino da empresa de Web

Design Web amp Multimedia Navega Bem

Local Funchal

Data 30 de Janeiro de 2009

228

Para melhor conhecermos a importacircncia da Internet como produto nos Arquivos

Puacuteblicos propomos a leitura de uma entrevista efectuada a Sara Lomelino designer da

empresa madeirense de Web amp Multimedia Navega Bem Vejamos o seu modo de

funcionamento

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Navega Bem Quando foi criada visatildeo

missatildeo e valores

Sara Lomelino (SL) A Navega Bem web Design como o proacuteprio nome indica eacute uma

empresa que se afirma num bom design e numa aposta de qualidade de imagemserviccedilo

A nossa missatildeo eacute fornecer um serviccedilo de qualidade a todos os nossos clientes

Melhorando a imagem visual em trecircs princiacutepios fundamentais consultadoria

planificaccedilatildeo e marketing Soluccedilotildees de web design que satildeo adaptadas para servir as

necessidades e disponibilidade financeira do cliente

Foi criada em Agosto 2006

Visatildeo ndash eacute uma empresa cujo objectivo principal eacute desempenhar um bom trabalho na

aldeia global que eacute a Internet os nossos clientes estatildeo agrave distacircncia que estamos do

monitor

Valores ndash os nossos valores baseiam-se satisfazer os clientes com sites profissionais

tentar ir sempre de encontro com os seus ideais e incutir as novas tecnologias como um

importante meio de comunicaccedilatildeo

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

SL Trabalhamos em equipa sem departamento de marketing Somos 6 elementos 3

Programadores 2 designers 1 gestor de projectos

Gestor de Projectos - gerir os projectos desde o primeiro contacto com o cliente

passando pela distribuiccedilatildeo dos trabalhos pelos colegas e finalmente a verificaccedilatildeo de

erros e entrega final

Designers ndash criarestudar o design de todos os projectos assim como tambeacutem trabalhar

o conteuacutedo dos mesmos e dar formaccedilatildeo

Programadores ndash programar ldquoconstruirrdquo os sites dar assistecircncia teacutecnica e formaccedilatildeo aos

clientes

229

SS Quando vos pedem para realizar um site quais satildeo os cuidados que tecircm para a

sua concretizaccedilatildeo Fazem estudo da empresa e do mercado-alvo Que etapas

seguem Estudam os nichos de mercado

SL Em primeiro lugar ldquoestudamos o clienterdquo mas o maior cuidado que temos eacute sempre

tentar ir de encontro com o ideal do cliente Eacute muito importante sabermos todos os

pormenores e entatildeo depois fazemos uma pesquisa de mercado Damos a nossa

opiniatildeosugestatildeo sem nunca esquecer a visatildeo do cliente

De forma sucinta os projectos de sites numa primeira fase passam pela gestora de

projectos agrave qual acerta os pormenores ldquoburocraacuteticosrdquo e atribui os mesmos aos colegas

de design e programaccedilatildeo

Em seguida eacute criado o design e posteriormente passa agrave fase de programaccedilatildeo

Quando concluiacutedo antes de ser entregue ao cliente final todo o trabalho eacute verificado

afim de correcccedilatildeo de possiacuteveis erros

SS A imagem eacute importante para as empresas desenvolverem os seus negoacutecios

SL A primeira impressatildeo conta A primeira impressatildeo tem um enorme impacto na

maneira como as pessoas acedem ou ateacute como ficam ldquopresasrdquo a um website A Navega

Bem entende um site como sendo uacutenico cujo design eacute feito agrave medida e o coacutedigo

compatiacutevel com todos os browsers Um site numa empresa eacute como se fosse uma montra

de uma lojahellip ldquose nos cativar entramos caso contraacuterio nunca mais laacute voltamosrdquo

Cada vez mais as empresas apostam na imagem na Internet

SS Acham que eacute factor determinante para marcarem uma posiccedilatildeo no mercado

SL A imposiccedilatildeo de uma imagem de marca na internet eacute importante Cada empresa

reserva a sua posiccedilatildeo na internet para mostrar aquilo que faz e que vale e nos nossos

dias os sites satildeo cada vez mais profissionais e por sua vez mais crediacuteveis para os

consumidores

Na nossa opiniatildeo a ideia eacute que todas as empresas ou ateacute mesmo pessoas individuais

apostem em sites profissionais com uma imagem uacutenica e apelativa que vaacute de encontro

com os ideais e satisfaccedilam as necessidades dos utilizadores e dos empresaacuterios nos seus

negoacutecios

SS No caso de empresas natildeo lucrativas acham que devem transpor esta realidade

para o seu trabalho Que conselhos dariam

230

SL Claro que sim

Diriacuteamos que deveriam apostar na Internet pois o direito agrave web e o acesso agrave informaccedilatildeo

eacute muito importante para a nossa evoluccedilatildeo e para o auto conhecimento

A Internet eacute uma maneira das instituiccedilotildees chegarem a todo o lado de procurarem

apoios de fazer mostrar aquilo que fazem e dar exemplos a terceiros

A informaccedilatildeo na Internet eacute um direito que todos noacutes deveriacuteamos ter Por esta razatildeo a

Navega Bem - Web Design Madeira aposta fortemente em websites de Barreira-Livre

adaptando-se da melhor maneira agraves necessidades de cada instituiccedilatildeo empresa ou

particular

231

Anexo 3 - Entrevista efectuada a Acircngela Carvalho Assistente Teacutecnica do Sector de

Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do Porto

Local Porto

Data Agosto de 2009

232

Merchandising nos Arquivos Puacuteblicos ainda natildeo eacute muito comum Para melhor

percebermos o que se fazer a este niacutevel optaacutemos por entrevistar Acircngela Carvalho

Assistente Teacutecnica do Sector de Divulgaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo do Centro Fotograacutefico do

Porto que segundo o Dr Silvestre Lacerda Director-Geral dos Arquivos referiu-nos

em conversa como sendo um laquoexemplo a conhecerraquo Vejamos o testemunho deixado

Sofia Santos (SS) Diga-nos que entendem por merchandising

Acircngela Carvalho (AC) Eacute uma ferramenta do Marketing formada por um conjunto de teacutecnicas

que colocam o produto ao alcance do consumidor de uma forma destacada dando-lhe maior

visibilidade e possibilitando a sua raacutepida e faacutecil rotatividade com o objectivo de motivar e

influenciar as decisotildees de quem compra

SS Que tipo de produtos existem na vossa loja

AC A Loja do CPF como parte integrante do Centro de Exposiccedilotildees do Centro Portuguecircs de

Fotografia tem como objectivo divulgar a imagem do organismo as suas produccedilotildees editoriais e

promover eficazmente a Fotografia em geral despertando o interesse e sensibilizaccedilatildeo do

puacuteblico Dentro desta loacutegica o espaccedilo oferece tambeacutem a cada visitante a oportunidade de

conhecer e adquirir outras produccedilotildees editoriais nacionais e estrangeiras contemporacircneas e

outros produtos (produzidos pelo CPF ou adquiridos para o efeito) direccionados para puacuteblicos

infantis e juvenis (puzzles maquete do CPF para montar laacutepis iacutemanes) e artigos que pela suas

caracteriacutesticas especiais e invulgares despertam o interesse e a curiosidade de todos em geral

bolsas colecccedilotildees de livros de bolso e de postais

SS Como eacute feita a selecccedilatildeo apresentaccedilatildeo dos mesmos Que criteacuterios foram utilizados

para a sua selecccedilatildeo

AC A produccedilatildeo editorial do CPF decorre assim por norma da sua programaccedilatildeo expositiva

Com efeito grande parte das publicaccedilotildees editadas algumas em co-produccedilatildeo com outras

instituiccedilotildees nacionais e estrangeiras (Centro de Arte Moderna Joseacute de Azeredo Perdigatildeo da

Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian Sprengel Museum Hannover Seattle Art Museum Centro

Cultural de Beleacutem Silo Espaccedilo Cultural Norte-Shopping Sociedade Portugal-Frankfurt) satildeo

cataacutelogos de exposiccedilotildees que estiveram patentes ao puacuteblico no edifiacutecio sede do CPF Existem

duas colecccedilotildees de livros Colecccedilatildeo Teorias e Praacuteticas e a Colecccedilatildeo de Bolso (com 9 tiacutetulos

editados) A par destas podem encontrar-se monografias como o ldquoManual do Cidadatildeo Aureacutelio

da Paz dos Reisrdquo um jornal ndash Ersatz ndash e duas publicaccedilotildees no campo dos audiovisuais

A aquisiccedilatildeo de outras publicaccedilotildees e produtos realiza-se de acordo com as possibilidades

orccedilamentais do serviccedilo e atendendo a criteacuterios de interesse esteacutetico e educativo

233

SS Como dinamizam esse espaccedilo Datildeo a conhecer os vossos produtos

AC As publicaccedilotildees e produtos satildeo divulgados atraveacutes do siacutetio do CPF (wwwcpfpt) natildeo

existindo agrave data nenhuma estrateacutegia concertada de difusatildeo Podem tambeacutem ser adquiridos em

algumas lojas de organismos do Ministeacuterio da Cultura bem como em algumas livrarias

Relativamente agrave dinamizaccedilatildeo do espaccedilo e no acircmbito da integraccedilatildeo da Loja no circuito cultural

da cidade implementou-se em 2007 um ldquoespaccedilo de leiturardquo em que satildeo disponibilizadas ao

puacuteblico recensotildees mensais de livros de Fotografia Na praacutetica traduz-se na divulgaccedilatildeo de

sugestotildees mensais de leitura que procuram ser visualmente atractivas e devidamente

acompanhadas de informaccedilotildees complementares acerca do fotoacutegrafo com referecircncia tambeacutem a

outras publicaccedilotildees associadas em termos de autor ou temaacutetica Depois de elaboradas as

recensotildees as mesmas satildeo apresentadas sob a forma de breves dossiers disponiacuteveis para

consulta

SS Haacute receptividade por parte dos clientes internos e externos

AC Sim pode-se dizer que o CPF tem um puacuteblico receptivo agrave existecircncia de um ponto de

venda nas suas instalaccedilotildees sobretudo porque o visitante das exposiccedilotildees interessa-se pelo

menos em ver o cataacutelogo correspondente Conveacutem tambeacutem referir que o puacuteblico do CPF se

trata em grande parte de um puacuteblico estudantil sem grandes recursos financeiros para investir

em publicaccedilotildees e isso traduz-se inequivocamente nas receitas arrecadadas No entanto o

fenoacutemeno do turismo tambeacutem tem repercussotildees nesta aacuterea impulsionando de certa forma as

vendas Para isso tornou-se imprescindiacutevel a publicaccedilatildeo de livros cataacutelogos bilingues

234

Anexo 4 - Entrevista efectuada a Susana Prudecircncio responsaacutevel do Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Local Lisboa

Data Marccedilo de 2009

235

Para sabermos sobre as praacuteticas do marketing cultural e de merchadising o Gabinete de

Promoccedilatildeo e Divulgaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian atraveacutes da sua responsaacutevel

Drordf Susana Prudecircncio Com isto esperamos uma vez mais mostrar mais um exemplo

de boas praacuteticas do marketing numa instituiccedilatildeo cultural

Sofia Santos (SS) Dentro do trabalho desenvolvido na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian o que entende por marketing

Susana Prudecircncio (SS) Este Gabinete desenvolve algumas acccedilotildees de marketing

cultural que tecircm como principal objectivo promover a aproximaccedilatildeo a novos puacuteblicos e

por outro lado fidelizar os jaacute existentes

SS O vosso organismo pratica o chamado marketing cultural Quais satildeo as

vantagens da utilizaccedilatildeo deste tipo de ferramenta

SP Todas as acccedilotildees no acircmbito do marketing Cultural satildeo feitas quer atraveacutes de uma

melhor e actual divulgaccedilatildeo das exposiccedilotildees e eventos quer atraveacutes das lojas que satildeo

hoje em dia cada vez mais um veiacuteculo fundamental para a divulgaccedilatildeo das instituiccedilotildees

A escolha e execuccedilatildeo dos objectos para as lojas tecircm como base rigorosos criteacuterios de

esteacutetica de qualidade dos materiais utilizados e de preservaccedilatildeo da imagem da Fundaccedilatildeo

A procura de soluccedilotildees inovadoras tem-nos levado a efectuar parcerias com designers e

fornecedores visando ampliar e aprofundar a fruiccedilatildeo quer para coleccionadores quer

para uso proacuteprio ou como excelentes objectos para oferta

SS Em termos do merchadising que praticam quais satildeo os cuidados que tecircm

SP Os produtos agrave venda nas lojas da Fundaccedilatildeo satildeo produtos exclusivos e todos eles

inspirados nas obras da colecccedilatildeo do Museu do Centro de Arte Moderna ou nos Jardins

da Fundaccedilatildeo e por isso um excelente veiacuteculo de divulgaccedilatildeo

SS Para si haacute diferenccedilas entre patrociacutenio e mecenato na Fundaccedilatildeo Calouste

Gulbenkian

SP Por uacuteltimo a grande diferenccedila entre Patrociacutenio e Mecenato eacute na minha perspectiva

o facto de num mecenato existir uma conjugaccedilatildeo de esforccedilos uma parceria que faz com

que um evento aconteccedila Num Patrociacutenio eacute dado um apoio que se traduz em

publicidade

236

Anexo 5 - Entrevista efectuada a JoatildeoRodrigues responsaacutevel da Sextante Editora

Local Lisboa

Data Fevereiro de 2009

237

Mediante a apresentaccedilatildeo de um programa de cultural na televisatildeo puacuteblica

portuguesa - Cacircmara Clara - tivemos conhecimento da Sextante Editora Entre os

vaacuterios assuntos abordados foi a questatildeo laquocomo dar conhecer um livroraquo A partir daiacute foi

elaborada uma entrevista a Joatildeo Rodrigues responsaacutevel da editora e que agora

transcrevemos como exemplo para os Arquivos Puacuteblico seguirem nas suas ediccedilotildees

Sofia Santos (SS) Poderia apresentar-nos a Sextante Editora Quando foi criada

visatildeo missatildeo e valores

Joatildeo Rodrigues (JR) A Sextante Editora eacute uma editora de cultura e parte em busca de

leitores pensantes acreditando que o melhor negoacutecio eacute um bom livro ndash jaacute que editar eacute

tambeacutem desde pelo menos haacute cinco seacuteculos um honroso negoacutecio Sem descurar os

tempos as mudanccedilas e os obstaacuteculos naturais eis-nos carregando felizes o fardo de

passadores da coisa escrita Cabeccedila nas nuvens e peacutes bem assentes no chatildeo como dizia

Giangiacomo Feltrinelli parece-nos uma boa atitude

Acreditamos que nos compete uma batalha de raiz cultural tendo como pilar central a

criaccedilatildeo literaacuteria em liacutengua portuguesa Natildeo se trata de dar exemplo As editoras natildeo tecircm

de ser todas iguais e respeitamos claramente as opccedilotildees dos editores que orientam o seu

cataacutelogo e as suas escolhas pelas modas e pelos desejos dos consumidores Mas noacutes

para os nossos livros na companhia de muitos outros editores do passado e de hoje

queremos leitores pensantes natildeo leitores abuacutelicos e preguiccedilosos procurando apenas

entretenimento passageiro

Sabemos que eacute difiacutecil esta escolha Mas temos opiniatildeo e queremos fazecirc-la saber A

nossa poliacutetica seraacute encontrar bons livros e saber vendecirc-los Natildeo se trata de todo de fazer

livros maccediladores e soacute possiacuteveis de ler por eruditos queremos que a grande criaccedilatildeo

aquela que move os leitores quer no campo da ensaiacutestica quer no do romance e da

poesia seja fruto apeteciacutevel e jovial digeriacutevel pela generalidade dos leitores Queremos

imodestamente fazer livros que durem geraccedilotildees

Os nossos esforccedilos estaratildeo sempre ao lado de quem se bate pelo alargamento da leitura

Sem isso natildeo nos parece fazer sentido editar livros num paiacutes onde provavelmente

metade da populaccedilatildeo adulta natildeo eacute capaz de ler uma histoacuteria de adormecer a uma

crianccedila

238

A Sextante seraacute pois casa de Leitura e de Cultura Como estamos nos confins da Europa

e falamos portuguecircs adoptaacutemos como lema palavras de Vergiacutelio Ferreira laquoDa minha

liacutengua vecirc-se o marraquo Faz sentido que esta liacutengua seja pilar da nossa acccedilatildeo

E assim seraacute a Sextante em primeiro lugar natildeo refuacutegio mas casa acolhedora para

autores que escrevem em portuguecircs De Portugal de Timor da Aacutefrica e do Brasil

E a Sextante seraacute tambeacutem poiso de aves migratoacuterias queremos escritores de outras

paragens consagrados ou natildeo que escrevem com alma que escrevem para fazer as

grandes perguntas para expor as grandes duacutevidas natildeo apenas para tranquilizar os

espiacuteritos

Satildeo livros assim que queremos colocar na mesinha-de-cabeceira dos leitores

SS Possuem uma equipa ou departamento de marketing Quantos elementos

fazem parte da equipa Quais satildeo as suas funccedilotildees

JR Natildeo temos equipa de marketing Esta eacute uma empresa com trecircs pessoas e os

programas de marketing e comunicaccedilatildeo satildeo preparados e desenvolvidos por noacutes

editores em conjugaccedilatildeo com as chefias de vendas da distribuidora a Centralivros

Acreditamos muito na diferenccedila que faz um bom programa de MampC e procuramos

fazecirc-lo de forma profissional com a maacutexima qualidade quer no marketing para pontos

de venda quer na comunicaccedilatildeo social e no contacto directo com os leitores

SS Quando recebem um novo livro na vossa editora antes da sua publicaccedilatildeo

fazem estudo de mercado Se sim podem indicar as etapas deste trabalho

JR Natildeo fazemos propriamente estudos de mercado apenas consultas agrave equipa de

vendas e a alguns clientes mais importantes

SS Antes da sua ediccedilatildeo como projectam planeiam a sua imagem Que regras

seguem e que cuidados tecircm

JR Estudamos o livro que escolhemos e o caminho que ele pode fazer argumentos de

venda melhores oportunidades de colocaccedilatildeo no programa histoacuterico do autor etc A

capa eacute um dos trabalhos a que dedicamos mais atenccedilatildeo procurando sempre manter uma

imagem de marca da editora (lettering e sua posiccedilatildeo logo) mas tambeacutem sendo dentro

dessa grelha suficientemente maleaacuteveis para atingir niacuteveis elevados de contacto com os

leitores no ponto de venda

239

No caso de ediccedilotildees anteriores fazem algo para que o nuacutemero de vendas seja maior Ou

seja que tipo de iniciativas desenvolvem

A saiacuteda de tiacutetulos novos de um autor jaacute no cataacutelogo permite normalmente esforccedilos de

recolocaccedilatildeo de fundo eficazes Os preacutemios que os livros obtecircm tambeacutem Fazemos

tambeacutem campanhas de fundo e ateacute saldos em momentos especiais feiras do livro

periacuteodos de pico de vendas (Natal) aproveitamentos de datas comemorativas

relacionadas com livros etc

SS Como se definiria a vossa imagem editorial O que tem de diferente das

outras editoras

JR Literaacuteria cataacutelogo forte de autores portugueses com qualidade graacutefica e qualidade

de conteuacutedos natildeo enganando o puacuteblico leitor

SS Seraacute que esta realidade tambeacutem se pode aplicar a Arquivos puacuteblicos Porquecirc

Que tipo de laquodicasraquo sugeria a estes tipos de organismos

JR Estou muito longe da realidade dos arquivos puacuteblicos Creio que as bibliotecas

poderiam beneficiar da praacutetica de uma poliacutetica eficaz de comunicaccedilatildeo (e ateacute de

marketing) com os leitores potenciais da sua zona de influecircncia A relaccedilatildeo das

bibliotecas com os editores pode ser tambeacutem muito incrementada e com resultados

positivos Estaacute longe de se fazer o miacutenimo neste acircmbito

SS Para terminar o que entende por marketing editorial

JR Para mim marketing editorial eacute um trabalho indispensaacutevel no acircmbito desta

induacutestria Fazer livros sem um programa capaz de MampC eacute um desperdiacutecio Os editores

satildeo passadores de livros e de conteuacutedos tecircm de saber comunicar com todos os

intermediaacuterios e com os leitores Acccedilotildees de visibilidade os livros nos pontos de venda e

contacto directo ou atraveacutes dos media com os consumidores satildeo essenciais Tudo isto

tendo sempre em consideraccedilatildeo que cada livro eacute um produto diferente e que exige

diferentes esforccedilos

240

Anexo 6 - Entrevista efectuada Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo

Municipal de Penafiel

Local Penafiel

Data Marccedilo de 2009

241

O Arquivo Municipal de Penafiel foi o primeiro organismo que em Portugal que criou a

Associaccedilatildeo dos Amigos do Arquivo de Penafiel em 2003 Foi seguido posteriormente

pelos Amigos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e em 2009 pelo Arquivo

Distrital do Porto Deixamos aqui o testemunho dado pela responsaacutevel deste projecto

Drordf Paula Sofia Fernandes responsaacutevel do Arquivo Municipal de Penafiel

Sofia Santos (SS) Quais foram os motivos que levaram a agrave criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo

dos Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel

Paula Sofia (SS) Os motivos para a criaccedilatildeo a Associaccedilatildeo de Amigos do Arquivo

Municipal de Penafiel deve-se a dois factores

- Em primeiro lugar aproximar do Arquivo sobretudo da sua vertente cultural e

educativa os utentes do arquivo bem como os proprietaacuterios de fundos documentais agrave

guarda do arquivo atraveacutes dos contratos de tratamento e digitalizaccedilatildeo e contratos de

depoacutesito Tornando-os desta forma participantes e intervenientes activos da difusatildeo

cultural Soacute pertencendo a uma Associaccedilatildeo destas as pessoas se co-responsabilizam por

esta vertente cultural Foi desta forma uma maneira de chamar os cidadatildeos a uma

vivecircncia cultural que faz parte da sua histoacuteria

Em 2ordm lugar a criaccedilatildeo de uma associaccedilatildeo cultural sem fins lucrativos permitindo

tambeacutem agilizar certos processos para a realizaccedilatildeo de eventos culturais como cursos

coloacutequios jornadas exposiccedilotildees e ateliers

SS Sobre a forma de conquista de amigos Neil KOTLER e Philip KOTLER no

livro laquoEstrategias e marketing de museosraquo dizem que haacute que criar um plano de

marketing massivo Isto eacute numa primeira fase enviam de forma indiscriminada

folhetos a explicar os objectivos da associaccedilatildeo Depois do resultado das respostas

obtidas define-se o puacuteblico que os museus querem como laquoamigos Foi esse o

caminho seguido por vocecircs Seraacute que nos pode indicar a sua planificaccedilatildeo etapa

para a sua constituiccedilatildeo

PS Natildeo natildeo foi esse caminho optado por noacutes As etapas para a constituiccedilatildeo da

Associaccedilatildeo ldquoAmigos do Arquivo de Penafielrdquo foram

1 Constituiccedilatildeo de uma Comissatildeo Instaladora

2 Marcaccedilatildeo de uma reuniatildeo com a Comissatildeo Instaladora e eventuais soacutecios

fundadores

3 Elaboraccedilatildeo de Estatutos

242

4 Pedido de atribuiccedilatildeo do nuacutemero provisoacuterio de Pessoa Colectiva

5 Registo da Associaccedilatildeo na Conservatoacuteria do Registo Notarial (formalizaccedilatildeo

legal da Associaccedilatildeo)

6 Publicaccedilatildeo em Diaacuterio da Republica da constituiccedilatildeo da Associaccedilatildeo

7 Marcaccedilatildeo de uma Assembleia-geral para aprovaccedilatildeo dos Estatutos

8 Eleiccedilatildeo dos Corpos Gerentes

SS Pode indicar-nos os estatutos desta associaccedilatildeo

PS Apresento-vos os nossos estatutos da seguinte forma

Estatutos dos Amigos do Arquivo de Penafiel

CAPITULO I

Princiacutepios Gerais

Artigo 1ordm

(Denominaccedilatildeo acircmbito e sede)

1 ndash Os Amigos do Arquivo de Penafiel adiante designada por Amigos ou pelas iniciais

(AAP) satildeo uma instituiccedilatildeo sem fins lucrativos que se regeraacute pelos presentes Estatutos

e nos casos omissos pela Lei Geral e em particular pelas leis das Associaccedilotildees

2 ndash Os Amigos exerceratildeo a sua actividade no concelho de Penafiel e na regiatildeo e seraacute

constituiacuteda pelos elementos que nela pretendam ingressar segundo as regras

estabelecidas no artigo 4ordm do presente estatuto

3 ndash Os Amigos tecircm sede nas instalaccedilotildees do Arquivo Municipal de Penafiel Quelho das

Castanhas Av Soares de Moura

Artigo 2ordm

(Fins)

1 ndash Os Amigos (AAP) tecircm como objectivos o apoio agrave preservaccedilatildeo protecccedilatildeo e

divulgaccedilatildeo do Patrimoacutenio Arquiviacutestico de todo o concelho de Penafiel e regiatildeo e do

Arquivo Municipal de Penafiel

2 ndash Para a realizaccedilatildeo dos seus fins os Amigos propotildee-se nomeadamente

243

a) Editar e patrocinar publicaccedilotildees nomeadamente instrumentos de recuperaccedilatildeo

da informaccedilatildeo que permita dar a conhecer o Patrimoacutenio arquiviacutestico do

concelho

b) Promover os contactos de tratamento arquiviacutestico e digitalizaccedilatildeo ou de

depoacutesito de arquivos bem como promover a doaccedilatildeo de materiais teacutecnicos ou de

contribuiccedilotildees pecuniaacuterias ao Arquivo

c) Adquirir ou patrocinar a aquisiccedilatildeo de bens ou equipamentos de que o Arquivo

necessite para seu funcionamento nomeadamente material necessaacuterio ao

tratamento digitalizaccedilatildeo preservaccedilatildeo e restauro dos fundos arquiviacutesticos

pertenccedilas ao Arquivo ou em depoacutesito no mesmo

d) Patrocinar a extensatildeo cultural e educativa do Arquivo Municipal bem como a

realizaccedilatildeo de exposiccedilotildees e publicaccedilotildees de livros jornais ou outros boletins

e) Colaborar com a Direcccedilatildeo do Arquivo Municipal sempre que tal lhe seja

solicitado nomeadamente na realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou

seminaacuterios jornadas cursos e exposiccedilotildees

f) Diligenciar a obtenccedilatildeo de patrociacutenios ou contributos para a realizaccedilatildeo dos fins

que se propotildee alcanccedilar

g) Promover a realizaccedilatildeo de conferecircncias coloacutequios ou seminaacuterios jornadas e

cursos relacionados com o Patrimoacutenio Histoacuterico do Concelho e regiatildeo com a

Arquiviacutestica e a Gestatildeo Documental

h) Promover novas formas de divulgaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do Arquivo e do

Patrimoacutenio Arquiviacutestico e angariar mais Amigos

Artigo 3ordm

(Receitas)

Satildeo receitas patrimoniais dos Amigos as provenientes de

a) As quotas dos associados

b) As doaccedilotildees subsiacutedios heranccedilas ou legados

c) Os resultados da venda de quaisquer publicaccedilotildees ou produccedilotildees por si

comercializados bem como os proveitos da realizaccedilatildeo de cursos e acccedilotildees de

formaccedilatildeo

d) Os rendimentos de bens proacuteprios

244

CAPIacuteTULO II

Associados

Artigo 4ordm

(Associados)

1 ndash Satildeo associados as pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiras que

querendo prosseguir os fins dos Amigos sejam admitidos pela Direcccedilatildeo

2 ndash Os associados podem ser

a) Efectivos

1) Individual

2) Famiacutelia

3) Pessoa colectiva ou entidade equiparada

b) Contribuintes

c) Honoraacuterios

3 ndash Os associados efectivos satildeo admitidos pela Direcccedilatildeo mediante proposta subscrita

por um associado e pelo interessado e colaboram efectivamente na vida dos Amigos

empenhando-se na prossecuccedilatildeo dos seus fins

a) Eacute associado efectivo Individual o associado em nome individual

b) Eacute associado efectivo Famiacutelia o associado cocircnjuge e filhos menores de 18

anos

c) Eacute associado efectivo toda a pessoa colectiva ou entidade equiparada

independentemente da sua qualificaccedilatildeo juriacutedica

4 ndash Satildeo associados Contribuintes aqueles que tenham oferecido documentos ou fundos

arquiviacutesticos ao Arquivo Municipal ou contribuiccedilotildees monetaacuterias de relevo nos termos

fixados pela Assembleia Geral

5 ndash Satildeo associados Honoraacuterios aqueles que pelos serviccedilos especiais prestados ao

Arquivo Municipal de Penafiel sejam considerados pela Assembleia Geral mediante

proposta da Direcccedilatildeo dignos de tal distinccedilatildeo

6 ndash Os associados efectivos Pessoa Colectiva ou entidade equiparada satildeo representados

por uma uacutenica pessoa mandatada por procuraccedilatildeo e indicada aos Amigos do Arquivo de

Penafiel

245

Artigo 5ordm

(Direitos dos Associados)

1 ndash Satildeo direitos dos associados efectivos

a) Participar nas reuniotildees da Assembleia Geral

b) Participar nas deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

c) Eleger e ser eleito para os oacutergatildeos associativos

d) Participar em todas as iniciativas dos Amigos

e) Obter desconto nas produccedilotildees do Arquivo Municipal em percentagens fixadas

pela Direcccedilatildeo

f) Ser informado sobre iniciativas do Arquivo Municipal

g) Ter acesso a visitas guiadas exclusivas para Amigos

2 ndash O primeiro titular dos Associados Famiacutelia goza de todos os direitos consignados no

nordm 1 Satildeo direitos dos restantes titulares os consignados nas aliacuteneas a) d) e) f) e g)

3 ndash Satildeo direitos dos associados contribuinte e honoraacuterios os referidos nas aliacuteneas a) d)

e) f) e g) do nuacutemero 1

Artigo 6ordm

(Deveres dos Associados)

1 ndash Satildeo deveres dos Associados

a) Exercer os cargos para os quais tenham sido eleitos

b) Pagar quota anual fixada e alterada pela Assembleia Geral

2 ndash Os associados Contribuintes e Honoraacuterios estatildeo isentos do pagamento da quota

Artigo 7ordm

(Cessaccedilatildeo da qualidade de associado)

Perde-se a qualidade de associado

a) Pela demissatildeo pedida pelo interessado

b) Por qualquer motivo que a Direcccedilatildeo considere como determinante dessa

exoneraccedilatildeo devidamente fundamentada a qual deve ser confirmada pela

Assembleia Geral por maioria de dois terccedilos

c) Pelo natildeo pagamento de quotas correspondente a um periacuteodo de dois anos

246

CAPIacuteTULO III

Oacutergatildeos da Associaccedilatildeo

Artigo 8ordm

(Oacutergatildeos)

Satildeo oacutergatildeos dos Amigos (AAP)

a) A Assembleia Geral

b) A Direcccedilatildeo

c) O Conselho Fiscal

Artigo 9ordm

(Mandato e reeleiccedilatildeo)

1 ndash O mandato dos titulares dos oacutergatildeos dos Amigos Mesa da Assembleia Geral

Direcccedilatildeo e Conselho Fiscal tem a duraccedilatildeo de trecircs anos e termina com a posse dos

novos titulares

2 ndash A duraccedilatildeo do mandato coincide com o ano civil e conta-se como completo o ano da

eleiccedilatildeo

3 ndash Os membros cooptados ou designados nos termos do disposto na aliacutenea g) nordm 1 do

artordm 17ordm satildeo-no apenas para completarem o mandato respectivo

SECCcedilAtildeO I

Assembleia Geral

Artigo 10ordm

(Assembleia Geral)

A Assembleia Geral eacute constituiacuteda por todos os associados no pleno gozo dos seus

direitos associativos

Artigo 11ordm

(Competecircncia)

Compete agrave Assembleia Geral

a) Eleger a mesa da Assembleia bem como a Direcccedilatildeo e o Conselho Fiscal

247

b) Apreciar discutir e votar o orccedilamento e o plano de actividades para o

exerciacutecio seguinte

c) Apreciar discutir e votar na primeira reuniatildeo anual o relatoacuterio e contas

apresentado pela Direcccedilatildeo depois de sujeitas ao parecer do Conselho Fiscal

relativa ao exerciacutecio anterior

d) Fixar o quantitativo das quotas a pagar pelos associados

e) Alterar e interpretar os presentes Estatutos

f) Deliberar sobre a dissoluccedilatildeo dos Amigos

g) Ratificar ou natildeo os actos referidos na aliacutenea c) e) f) e g) do nordm 1 do artordm 17

h) Pronunciar-se sobre qualquer assento de interesse para a realizaccedilatildeo dos

objectivos dos Amigos

i) Apreciar a actividade da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal

j) Aprovar e alterar o Regulamento Eleitoral

Artigo 12ordm

(Mesa da Assembleia Geral)

1 - A mesa da Assembleia Geral eacute constituiacuteda por quatro membros Presidente Vice-

Presidente e dois Secretaacuterios

2 ndash Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral

a) Convocar as Assembleias Gerais ordinaacuterias e extraordinaacuterias

b) Presidir agrave reuniatildeo da Assembleia Geral e orientar os trabalhos

c) Dar posse aos membros da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal no prazo de oito

dias apoacutes a realizaccedilatildeo da Assembleia Geral eleitoral

d) Assinar as actas das Assembleias e proceder agrave legalizaccedilatildeo do livro respeitante

agrave Assembleia Geral

Artigo 13ordm

(Reuniotildees da Assembleia Geral)

1 ndash A Assembleia Geral reuacutene ordinariamente duas vezes por ano no primeiro e no

uacuteltimo trimestre de cada ano para os fins constantes respectivamente das aliacuteneas c) e b)

do artordm 11ordm

248

2 ndash A Assembleia Geral reuacutene extraordinariamente nos termos e para os efeitos

previstos nestes Estatutos e na lei geral civil

Artigo 14ordm

(Convocaccedilatildeo)

1 ndash As Assembleias Gerais ordinaacuterias satildeo convocadas pelo Presidente da Mesa da

Assembleia Geral

2 ndash Ao Presidente da Mesa poderaacute ser requerida a convocaccedilatildeo extraordinaacuteria da

Assembleia Geral

a) Pela Direcccedilatildeo

b) Pelo Conselho Fiscal

c) Por um grupo de associados natildeo inferior agrave quinta parte do nuacutemero total de

associados invocando os assuntos a tratar

Paraacutegrafo uacutenico ndash Quando for requerido pelos associados a Assembleia Geral soacute poderaacute

funcionar com a presenccedila de dois terccedilos dos requerentes Se tal se natildeo verificar os

requerentes ficam inibidos de convocar nova Assembleia com idecircntica ordem de

trabalhos dentro do mesmo ano de exerciacutecio

3 ndash A Assembleia Geral eacute convocada por meio de aviso postal expedido para cada um

dos associados com a antecedecircncia miacutenima de quinze dias e ainda por meio de aviso

afixado na sede com a mesma antecedecircncia neles se indicando o dia a hora local da

reuniatildeo e respectiva ordem de trabalho

Artigo 15ordm

(Funcionamento)

1 ndash A Assembleia Geral considera-se validamente constituiacuteda estando presentes metade

mais um do nuacutemero total dos seus associados no pleno gozo dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash se agrave hora marcada natildeo se verificar a presenccedila daquele nuacutemero miacutenimo

de associados a Assembleia Geral reuniraacute meia hora depois com qualquer nuacutemero de

associados presentes

249

2 ndash As Assembleias Gerais que tenham por fim a alteraccedilatildeo dos Estatutos a autorizaccedilatildeo

para a sua integraccedilatildeo ou afastamento em Federaccedilotildees de organismos congeacuteneres ou a

representaccedilatildeo de qualquer destes soacute se considera validamente constituiacuteda em primeira

convocaccedilatildeo desde que esteja presente a maioria de dois terccedilos dos associados em

plenitude dos seus direitos

Paraacutegrafo uacutenico ndash Em segunda convocatoacuteria a Assembleia Geral poderaacute reunir para

estes fins com qualquer nuacutemero de associados presentes no pleno gozo dos seus

direitos

3 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria absoluta dos votos dos associados

presentes As que respeitam agrave alteraccedilatildeo dos Estatutos satildeo tomadas pelo voto favoraacutevel

de dois terccedilos do nuacutemero de associados presentes

4 ndash A deliberaccedilatildeo de dissoluccedilatildeo dos Amigos carece do voto favoraacutevel de dois terccedilos do

nuacutemero total de associados em plenitude dos seus direitos

5 ndash Para os casos de eleiccedilatildeo dos corpos sociais dos Amigos e de dissoluccedilatildeo dos mesmos

Amigos os associados exerceratildeo obrigatoriamente o seu direito de voto atraveacutes de

votaccedilatildeo secreta nominal o mesmo acontecendo sempre que assim seja previamente

deliberado pela Assembleia Geral

SECCcedilAtildeO II

Direcccedilatildeo

Artigo 16ordm

(Direcccedilatildeo)

A Direcccedilatildeo eacute constituiacuteda pelos seguintes membros Presidente Vice-Presidente

Tesoureiro Secretaacuterio e trecircs ou cinco Vogais

Artigo 17ordm

(Competecircncias)

1 ndash Compete agrave Direcccedilatildeo orientar as actividades dos Amigos administra-los e

representa-los em juiacutezo e fora dele e nomeadamente

a) Elaborar o plano de actividades e orccedilamento anuais dos Amigos

b) Pedir a convocaccedilatildeo das Assembleias Gerais extraordinaacuterias

c) Elaborar anualmente o relatoacuterio de actividades e relatoacuterios de contas dos

Amigos e submete-lo agrave apreciaccedilatildeo da Assembleia Geral acompanhado do

parecer do Conselho Fiscal

d) Executar as deliberaccedilotildees da Assembleia Geral

250

e) Deliberar sobre a admissatildeo de associados

f) Deliberar sobre a exclusatildeo de associados prevista no artordm 7ordm aliacutenea b) destes

estatutos

g) Deliberar sobre o preenchimento de vagas que ocorram durante o trieacutenio na

proacutepria Direcccedilatildeo e ainda no Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia O

preenchimento de vagas na Direcccedilatildeo faz-se por cooptaccedilatildeo No conselho Fiscal e

Mesa da Assembleia Geral faz-se por designaccedilatildeo A cooptaccedilatildeo e a designaccedilatildeo

ficam sujeitas a ratificaccedilatildeo pela Assembleia Geral na primeira reuniatildeo

subsequente

h) Representar oficialmente os Amigos

i) Praticar tudo o que for necessaacuterio agrave realizaccedilatildeo dos objectivos dos Amigos

j) Facultar ao Conselho Fiscal todos os livros e demais documentos que este

possa requerer para exercer as suas funccedilotildees

l) Propor agrave Assembleia Geral o quantitativo das quotizaccedilotildees dos soacutecios

2 ndash Aos Amigos obriga-se pela assinatura conjunta de dois membros da Direcccedilatildeo

sendo um deles necessariamente o Presidente para os actos de mero expediente basta a

assinatura de um membro

Artigo 18ordm

(Presidente)

1 - Compete ao Presidente da Direcccedilatildeo

a) Presidir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo

b) Assinar com o Tesoureiro todos os documentos de receita e despesa e ordens

de pagamento

c) Rubricar os livros de secretaria e tesouraria

Artigo 19ordm

(Reuniotildees)

A Direcccedilatildeo reuacutene ordinariamente uma vez por mecircs e extraordinariamente sempre que

convocado pelo Presidente ou pela maioria dos seus membros

Artigo 20ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash A Direcccedilatildeo deliberaraacute quando estiver presente a maioria dos seus membros sendo

as deliberaccedilotildees tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

251

2 ndash O Presidente da Direcccedilatildeo em caso de empate tem voto de qualidade

SECCcedilAtildeO III

Conselho Fiscal

Artigo 21ordm

(Conselho Fiscal)

O Conselho Fiscal eacute constituiacutedo pelo Presidente e por dois Vogais

Artigo 22ordm

(Competecircncia)

Compete ao Conselho Fiscal o controlo e fiscalizaccedilatildeo dos Amigos (AAP) e

nomeadamente

a) Dar parecer sobre o relatoacuterio e contas anuais da Direcccedilatildeo

b) Verificar as contas e as legalidades e conformidades estatutaacuterias das despesas

c) Assistir agraves reuniotildees da Direcccedilatildeo sempre que o julgue conveniente ou quando

por ela convocado

d) Requerer nos termos destes Estatutos a convocaccedilatildeo de reuniotildees

extraordinaacuterias da Assembleia Geral

e) Dar parecer sobre as mateacuterias da sua competecircncia quando solicitado pela

Direcccedilatildeo

Artigo 23ordm

(Reuniotildees)

O Conselho Fiscal reuacutene ordinariamente uma vez por semestre e extraordinariamente

sempre que convocado nos termos destes estatutos

Artigo 24ordm

(Funcionamento e Votaccedilotildees)

1 ndash O Conselho Fiscal eacute convocado pelo seu Presidente e soacute pode deliberar com a

presenccedila da maioria dos seus titulares

2 ndash As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes

3 ndash O Presidente do Conselho Fiscal em caso de empate tem voto de qualidade

252

CAPIacuteTULO IV

Disposiccedilotildees Finais

Artigo 25ordm

(Responsabilidade)

Os Membros dos corpos sociais natildeo podem abster-se de votar nas deliberaccedilotildees tomadas

em reuniotildees em que estejam presentes e satildeo responsaacuteveis pelos prejuiacutezos delas

decorrentes salvo se houverem manifestado a sua discordacircncia atraveacutes de declaraccedilatildeo

voto de vencido constante da respectiva acta

Artigo 26ordm

(Exerciacutecio de Cargos)

Os membros da Mesa da Assembleia Geral da Direcccedilatildeo e do Conselho Fiscal exerceratildeo

as suas funccedilotildees gratuitamente

Artigo 27ordm

(Filiaccedilatildeo)

Os Amigos do Arquivo poderatildeo filiar-se em organizaccedilotildees que pelo seu caraacutecter e

acircmbito possam garantir a sua projecccedilatildeo e dinacircmica

Artigo 28ordm

(Destino dos bens em caso de extinccedilatildeo)

1 ndash Em caso de extinccedilatildeo dos Amigos a Assembleia Geral na mesma reuniatildeo da tomada

de decisatildeo designaraacute de entre os seus associados os liquidataacuterios

2 ndash O activo dos Amigos livre de todos os encargos seraacute destinado ao patrimoacutenio do

Arquivo Municipal de Penafiel

Artigo 29ordm

(Integraccedilatildeo de lacunas dos Estatutos)

Os casos omissos seratildeo regulados pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel ou supridos na sua falta por

deliberaccedilatildeo da Assembleia Geral e na Lei Geral

Artigo 30ordm

(Disposiccedilatildeo transitoacuteria)

253

Uma comissatildeo instaladora procederaacute agrave gestatildeo dos Amigos ateacute agrave eleiccedilatildeo e tomada de

posse dos seus oacutergatildeos

SS Apoacutes a aprovaccedilatildeo dos estatutos que tipo de iniciativas tecircm desenvolvido ao

longo destes anos

PS A Associaccedilatildeo de Amigos tem desenvolvido vaacuterias iniciativas que podem ser

apresentadas em seis partes

1Ateliers

Carnaval

Paacutescoa

Dia do Pai

Dia da Matildee

Dia da Crianccedila

Dia dos Avoacutes

Agrave conversa com a Avozinha

Atelier de Natal

Curso de Doccedilaria Tradicional

Conservaccedilatildeo e Restauro de Documentos graacuteficos

Introduccedilatildeo agrave fotografia

Lavores

Etiqueta e Boas Maneiras

Olaria

Bijuteria

Reciclagem de Papel

Jogos tradicionais

Arquivista meacutedico dos livros

Scrapbooking

Ciclo do linho

Diaacuterio de Feacuterias

Construir uma maquete

Boneca de trapos

Expressatildeo Plaacutestica

Construccedilatildeo de flores

254

Atelier de Ajulejo

Caixinhas de surpresa

Origami Kirigami

Agravervore de Famiacutelia

2 Cursos de Formaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Iniciaccedilatildeo

Curso Livre de Fotografia ndash Aperfeiccediloamento

Curso de Paleografia seacutec XV a XVIII

Curso de Photoshop

3 Workshop`s

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota do Romacircnicordquo

Workshop de Fotografia ndash ldquoA Rota dos Moinhosrdquo

4Jornadas

Jornadas ldquoExtensatildeo Cultural e Educativa em Arquivos e Bibliotecasrdquo

5Publicaccedilotildees

Revista Folium nuacutemero 0

Revista Folium nuacutemero 1

Revista Folium nuacutemero 2

6Exposiccedilotildees

Exposiccedilatildeo de Fotografia ldquoImagens de uma Velha Arrifanahelliprdquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoO presente do passadordquo

Exposiccedilatildeo de Pintura ldquoNa lucidez das cores com que se pode colorir a histoacuteriardquo

SS Que feedback retira dos projectos referidos

PS Todas as iniciativas que a Associaccedilatildeo se propocircs realizar tiveram uma grande

adesatildeo desde os ateliers aos cursos No momento temos cerca de oitenta associados o

que num concelho pequeno e com a existecircncia de trecircs anos eacute por noacutes considerado muito

bom

255

SS Consideraria que a Associaccedilatildeo deveria ser seguida por outros Arquivos

PS Sim claro Mas advirto que todas estas iniciativas e projectos datildeo muito trabalho

muitas vezes fora do horaacuterio laboral o que significa muita disponibilidade e boa

vontade em torno de uma causa em que se acredita Para aleacutem do mais tem que se lidar

com muitas pessoas de vaacuterios estratos sociais e culturais bem como faixas etaacuterias o

que implica alguma sensibilidade para saber conduzir as situaccedilotildees de forma a

atingirmos os objectivos pretendidos

256

Anexo 7 - Entrevista efectuada a Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e

a Chris Mumby - Head of Commercial Delivery do Arquivo Nacional da Gratilde-

Bretanha

Agosto de 2009

257

Para complementar este trabalho consideramos fundamental exemplificar

formas de aplicaccedilatildeo de marketing noutros paiacuteses Apesar de termos solicitado o pedido

de resposta por e-mail ao Arquivo Histoacuterico Nacional de Espanha de Franccedila e de

Inglaterra soacute o Arquivo Nacional da Gratilde-Bretanha nos respondeu Fica aqui o

testemunho deixado por Andrew Payne - Head of Education amp Outreach e de Chris

Mumby - Head of Commercial Delivery

Sofia Santos (SS) Do you apply consciously in your service tools of marketing

Andrew Payne (AP) We use a variety of tools and channels to market the services of

The National Archives to the public both online and in print format We integrate our

marketing and media activity to maximise the return on our investment

Our primary tool is PR and developing relations with the press ndash this gains us national

coverage and maintains a key presence both in newspapers and history related

magazines and also television We use a selection of online tools including search

engine optimisation a limited amount of pay per click activity on Google to support

specific campaigns driving traffic to our website along with using various social media

channels to expand our reach to new audiences We have developed and now maintain

a presence on YouTube Flickr and Facebook

We also work with partners and other heritage organisations to help promote the

archives for example the 1911 census was jointly launched with our partners Bright

Solid earlier this year

For visitors to The National Archives we used a variety of posters booklets and use of

plasma screens to promote specific publications and events taking place onsite

We also send out a monthly electronic newsletter to members of the public (170000

visitors) who have signed up to receive communications from ourselves We use this

tool to help inform them of new document releases available on line use themes to help

guide people through whatrsquos available such as resources to help with family history and

key historical dates etc where we have files on record We often guide members of the

public to specific resources developed online for teachers and pupils

SS If yes what are the objectives behind its implementation

AP Primary objectives are raising awareness of The National Archives encouraging

the public to use our online services and those of our partners keep existing visitors

informed and generate revenue

258

SS What are the results by the main changes noticed experienced by its

employees and users

AP When performing an exhibition documentary shows what are the criteria to

follow to achieve them It made a preliminary study You can tell in their steps

For education exhibitions (on the website) we aim to meet the criteria of the History

National Curriculum for England and Wales For further details please see the response

to question 5

SS In educational services which are concerns for the creation of educational

activities

AP We adopt a very clear approach to the development of resources as follows

We identify an area of the National Curriculum for History (England and Wales)

or examination syllabuses which we think we can develop interesting resources for

teachers and students

We research a large selection of material and identify the most interesting and

valuable documents for the target age of the students

We develop enquiry-led resources and workshops from these documents This

means that all of our resources and workshops have a key question which students must

investigate and they are required to use the documents supplied to develop their own

historical answer

SS In your site refers to a virtual store They also have a shop in your building

What are the precautions that have to keep the store alive and attractive

Chris Mumby (CM) Yes we have an on-site bookshop as well as an online version The

shop sells book titles closely linked to the themes of family history research general

history and military history We run themed promotions that last about 1 month to keep

people interested (for August it is ldquoUp to 70 off Summer Reading) and have just

started a Book of the Week promotion (single title at heavy discount for a week only)

which is proving popular

SS Which products offer the community How they make their choice

CM Products sold in the shop are closely aligned to the type of person that visits The

National Archives eg lots of Family History research books general social history

259

military history We also sell a small range of archive accessories (binders pockets

magnifiers etc) and for the parties of school children that visit us some small

giftsouvenir products

SS In the editorial service when do you want to launch a new book before its

publication do market research If yes may indicate the stages of this work

CM Our publishing has not been successful to date and we are currently in the process

of scaling back the operation There are no current plans to publish new titles at the

moment (apart from the 4 that are in mid-production)

SS Do you now whatacutes cultural marketing What does it men this concept for

you

AP e CM Our understanding is the use of various channels etc to market propositions

that are targeted to members of the public interested in history and culture

SS Does your Archive pratices Cultural Marketing How

AP The marketing activity above is very much targeted to members of the public

interested in history and culture This reflects the demand in the market place identified

by various types of research undertaken including surveying our visitors to our website

those who visit us at Kew and those that use our enewsletter and groups with specific

areas of interest such as family history

260

Anexo 8 - Entrevista efectuada a Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo de Arquivo e

Documentaccedilatildeo do Archivo de la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid)

Fevereiro de 2009

261

Outros exemplos sobre a utilizaccedilatildeo do marketing em arquivos foram recolhidos

em Espanha Das vaacuterias entrevistas enviadas apenas deram-nos resposta o Archivo de

la Ciudad de Arganda del Rey (Madrid) na pessoa Julio Cerda Diaz Chefe de Serviccedilo

de Arquivo e Documentaccedilatildeo

Sofia Santos (SS) Caracterizaccedilatildeo do Arquivo definiccedilatildeo da missatildeo visatildeo e valores

da Instituiccedilatildeo

Julio Cerda Dias (JCD) Gestioacuten y difusioacuten del patrimonio documental de la ciudad de

Arganda del Rey (Madrid)

SS O seu arquivo aplica de forma consciente as ferramentas de marketing

JCD Siacute

SS Se sim quais satildeo os objectivos a atingir com a sua aplicaccedilatildeo

JCD Difusioacuten del patrimonio documental a traveacutes de diferentes estrategias que

permitan acercar el archivo y sus fondos a todo tipo de puacuteblico y sectores diferentes de

poblacioacuten

SS Acha que jaacute pode definir descrever resultados obtidos De que maneira

influenciam o comportamento atitudes da equipa teacutecnicas e dos utilizadores

JCD Conocimiento del servicio por parte de la poblacioacuten especialmente colectivos

cinculados con el mundo de la educacioacuten y la cultura

SS No caso de criaccedilatildeo de produtos - como ediccedilotildees actividades pedagoacutegicas e de

extensatildeo cultural (como mostras e exposiccedilotildees documentais) aplicam a matriz

SWAT Ou seja de que forma planificam as vossas actividades

JCD La planificacioacuten corresponde al Director del Servicio Cada antildeo existen 2-3

actuaciones programadas de extensioacuten cultural (exposiciones publicaciones

actividades etc) Naturalmente que se aplica la matriz SWAT DAFO en castellano y

siempre buscando tener el mayor impacto mediaacutetico buscando propuestas originales

novedosas y diferente y al mismo tiempo uacutetiles para el colectivo al que vaya dirigido

SSQue mais produtos oferecem agrave comunidade Como os divulgam e os impocircem

no mercado

262

JCD Exposiciones publicaciones talleres viacutedeos documentales actividades de ocio-

educativas certaacutemenes etc y la mayoriacutea con un acceso paralelo-complementario a

traveacutes de la web

SS Possuem um site do vosso Arquivo De que forma eacute feita a actualizaccedilatildeo dos

dados Que cuidados tecircm com a sua imagem

JCD Lo maacutes importante El edificio cuenta con unas excelentes instalaciones en un

edificio moderno e intentamos cuidad la imagen tambieacuten a traveacutes de la web No se

hacen actividades si no se cuenta con unos recursos adecuados

SS De que forma avaliam a satisfaccedilatildeo dos vosso clientes internos e externos

JCD No lo solemos hacer pero el eacutexito de puacuteblico y de opiniones o los comentarios

positivos en prensa son nuestro mejor sistema de evaluacioacuten El mejor indicador de

eacutexito es la retroalimentacioacuten si un proyecto ha salido bien en el siguiente no te ponen

problemas para darte recursos y asi sucesivamente hellip hasta lograr que casi no te

puedan negar ninguacuten nuevo proyecto

SS Como definiria o marketing em Arquivo E o marketing cultural

JCD Marketing hellipsin maacutes Conocer y aplciar estrategias de marketing garantiza el

mantenimiento y futuro del servicio y sinceramente creo que eso lo hacemos

razonablemente bien Siempre naturalmente que exista un proyecto bien concebido si

ademaacutes lo comunicas bien el ciacuterculo perfecto

263

Anexo 9 - Entrevista efectuada a Faacutetima Barros Directora de Serviccedilos do Arquivo

Regional da Madeira

Local Funchal

Data Fevereiro de 2009

264

O Arquivo Regional da Madeira (ARM) eacute o primeiro organismo do geacutenero em

Portugal a ser certificado receber pelo Sistema de Gestatildeo da Qualidade do ARM de

acordo com a norma NP EN ISO 90012000 Tambeacutem o facto de ser o local onde

trabalhamos como responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

consideramos importante entrevistar a actual directora de serviccedilos Drordf Faacutetima Barros

para melhor compreendermos a linha orientadora desta Instituiccedilatildeo da Regiatildeo Autoacutenoma

da Madeira

Sofia Santos (SS) O que significa a atribuiccedilatildeo da certificaccedilatildeo NP EN ISO

90012000

Faacutetima Barros (FB) Significa em primeiro lugar que conseguimos com o esforccedilo e

empenho de todos os colaboradores do ARM concluir com sucesso um projecto que

durou cerca de 11 meses Projecto esse que correu em paralelo com todas as actividades

e projectos do ARM na verdade natildeo obstante 2007 ser um ano dedicado agrave qualidade

podemos observar pelos indicadores que houve um crescimento positivo relativamente a

2006 em inuacutemeros projectos com taxas de crescimento superiores a 50 como por

exemplo o crescimento das nossas bases de dados das incorporaccedilotildees das inuacutemeras

solicitaccedilotildees externas que natildeo param de crescer Donde se conclui que foi exigido a

todos noacutes um esforccedilo suplementar

A certificaccedilatildeo significa o reconhecimento externo de que o ARM eacute uma instituiccedilatildeo que

trabalha para a melhoria contiacutenua e se preocupa com todas as partes envolvidas os seus

colaboradores os utilizadores fornecedores e a sociedade em geral ndash este

reconhecimento eacute importante dado que o ARM eacute o arquivo histoacuterico da RAM e o oacutergatildeo

de gestatildeo dos arquivo da Regiatildeo

Eu queria frisar que para um serviccedilo ter qualidade natildeo precisa de ser certificado A

qualidade eacute antes de mais uma atitude de compromisso De compromisso para com os

nossos colaboradores para com os nossos utentes para com a nossa tutela E a

qualidade faz-se de pequenas coisas que se vatildeo somando no dia-a-dia de uma

instituiccedilatildeo Por exemplo ter a preocupaccedilatildeo de responder a um utente que manifestou o

seu desagrado por qualquer razatildeo

265

SS Vantagens da introduccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade no ARM

FB Em primeiro lugar a implementaccedilatildeo do sistema conseguiu um propoacutesito imediato

da Direcccedilatildeo do ARM melhorar a organizaccedilatildeo interna desta instituiccedilatildeo e controlar

melhor a execuccedilatildeo dos seus projectos instituindo mecanismos de planeamento controlo

e verificaccedilatildeo O ARM cresceu rapidamente nos uacuteltimos anos Houve necessidade de

descentralizar criar serviccedilos mas ao mesmo tempo eacute necessaacuterio disciplinar definindo

correctamente funccedilotildees e objectivos O ARM eacute uma instituiccedilatildeo em crescimento

contiacutenuo soacute o natildeo passado entraram km de documentaccedilatildeo E por outro lado os

nossos utilizadores satildeo cada vez mais exigentes querem um serviccedilo puacuteblico de

qualidade

Diga-se ainda que um SGQ ao obrigar a um registo e controlo apertado de toda a

documentaccedilatildeo relevante bem como a revisotildees perioacutedicas sobre a sua eficaacutecia permitiraacute

salvaguardar para o futuro as memoacuterias e provas mais significativas e adequadas das

suas actividades A histoacuteria da instituiccedilatildeo natildeo se perde com um sistema desta natureza

SS Objectivos subjacentes agrave implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da

qualidade

FB Como disse em primeiro lugar a melhoria da organizaccedilatildeo interna do ARM

planeamento execuccedilatildeo e controlo dos projectos e actividades Em 2ordm lugar garantir a

participaccedilatildeo e envolvecircncia dos colaboradores os objectivos da instituiccedilatildeo Naturalmente

que era tb objectivo a melhoria na qualidade dos nossos serviccedilos e produtos Mas

reconheccedilo que natildeo imaginava que este processo fosse tatildeo trabalhoso

SS E em termos de resultados

FB Em termos praacuteticos e a niacutevel de meacutetodos e processos de trabalho a implementaccedilatildeo

do sistema de gestatildeo da qualidade foi vantajosa Num ano apenas e com a ajuda de uma

equipa consultora conseguimos rever e estabelecer os procedimentos para todas as

aacutereas de actuaccedilatildeo do Arquivo Caso contraacuterio natildeo seria possiacutevel E como jaacute referi em

termos de gestatildeo conseguiu-se um planeamento mais antecipado e rigoroso um

controlo mais apertado das actividades e projectos O ARM dispotildee agora de novas

ferramentas de trabalho matrizes tabelas de tratamentos de dados inqueacuteritos novo

impressos ndash isto eacute fundamental pois natildeo possuiacuteamos conhecimentos teacutecnicos

suficientes na verdade a Administraccedilatildeo Puacuteblica (que pretende inovar e modernizar)

natildeo nos faculta instrumentos de gestatildeo adequados

266

Em termos de resultados gostaria ainda de vincar um factor positivo maior

comunicaccedilatildeo e diaacutelogo entre os colaboradores e os responsaacuteveis foi necessaacuterio reflectir

discutir ateacute chegar a um consenso sobre as melhores praacuteticas a adoptar Isto foi muito

interessante e um processo participado entre os colegas

Finalmente a obrigatoriedade e haacutebitos de auditar e responder aos nossos utentes

SS E apoacutes a certificaccedilatildeo

FB Este eacute um processo que nunca mais acaba naturalmente que haveraacute que fazer um

esforccedilo para manter a integridade do sistema de acordo com os requisitos exigidos

Existem duas revisotildees anuais do sistema para aleacutem das auditorias internas Aleacutem disso

os nossos colaboradores satildeo convidados a contribuir para a melhoria do sistema

apresentando sugestotildees de melhoria Natildeo esqueccedilamos tambeacutem que o proacuteprio sistema

implica avaliaccedilotildees verificaccedilotildees que no caso do ARM se alia ao SIADAP

Um possiacutevel proacuteximo passo apoacutes amadurecimento do SGQ eacute caminhar para a

Excelecircncia

bull Adopccedilatildeo de modelos de excelecircncia organizacional tais como o ldquoEQA ndash European

Quality Awardrdquo da ldquoEFQM ndash European Organization for Qualityrdquo ou o ldquoCAF ndash

Common Assessment Framework 2006rdquo (ferramenta de auto avaliaccedilatildeo e de gestatildeo da

qualidade inspirada no modelo de excelecircncia da EFQM)

SS O SGQ interfere no nosso dia a dia Primeiro atrapalha-nos durante a fase da

implementaccedilatildeo depois eacute suposto ajudar-nos a melhorar continuamente a

qualidade dos serviccedilos Como eacute vivido o dia a dia da organizaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do

SGQ para de facto introduzir melhorias na relaccedilatildeo com os clientes e partes

interessadas

FB Como disse ainda estamos numa fase de implementaccedilatildeo de aprendizagem Mas

este sistema ajudou-nos a organizar a instituiccedilatildeo e a implementar com maior rigor a

gestatildeo por objectivos

Como se usa o SGQ para introduzir melhorias Comeccedilo com os colaboradores internos

satildeo jovens com habilitaccedilotildees profissionais acima da meacutedia na verdade adaptaram-se

rapidamente ao sistema tecircm um brio em proceder de acordo com os procedimentos

instituiacutedos o que foi de realccedilar nas primeiras auditorias internas que se fizeram no mecircs

passado Noacutes proacuteprios dirigentes somos puxados pelo sistema e pelos colaboradores

Para promover a participaccedilatildeo dos colaboradores na melhoria dos serviccedilos este ano

267

colocou-se como objectivo a todos eles a apresentaccedilatildeo de uma SM vaacutelida para o serviccedilo

e ateacute agora recebi as sugestotildees mais diversas Este sistema promove a relaccedilatildeo com os

colaboradores haacute obrigatoriamente uma maior proximidade entre responsaacuteveis e

teacutecnicos A tendecircncia agora eacute descomplicar o sistema fizemos agora uma revisatildeo geral

dos procedimentos vamos diminuir o nordm de verificaccedilotildees internas abolir impressos

desnecessaacuterios A pergunta eacute o que fazer para agilizar o sistema

Em termos de relaccedilatildeo com os clientes externos eles apercebem-se da mudanccedila porque

passamos a ter questionaacuterios de avaliaccedilatildeo no final de cada intervenccedilatildeo (actividades

educativas apoio teacutecnico agrave Administraccedilatildeo etc) porque disponibilizamos via Sala

leitura e site oportunidades de apresentarem SM Porque incentivamos os leitores a

fazerem sugestotildees e garanto eles respondem Porque temos um maior cuidado na

apresentaccedilatildeo e formalizaccedilatildeo dos produtosserviccedilos prestados A partir dos dados

recolhidos nos questionaacuterios nas sugestotildees nos indicadores (sobretudo estatiacutesticos)

reflectimos E respondemos sempre a todos os pedidos agora quase sempre recebidos

via mail Mesmo a um curriculum respondemos sempre

Portanto eacute preciso estar preparado para a criacutetica interna e externa mas eacute positivo

A melhoria contiacutenua natildeo eacute uma ideia eacute mesmo uma atitude de compromisso

SS Marketing O ARM aplica esta ferramenta de trabalho

Natildeo sei bem definir o que eacute marketing Relaciono esta palavra com imagem parecer

bem comunicaccedilatildeo puacuteblico qualidade profissionalismo Criar uma determinada

imagem institucional uma presenccedila qualificada eacute marketing Porque significa que se

pensou no que se quer fazer o que se pretende alcanccedilar que se compreendeu o que

esperam de noacutes Eacute uma relaccedilatildeo de troca com o puacuteblico De uma coisa estou certa natildeo

interessa apenas fazer bem eacute importante mostrar que a fazemos bem E sim se

marketing eacute tudo isso entatildeo o Arquivo Regional da Madeira aplica esta ferramenta de

trabalho embora soacute ocasionalmente nos tenhamos socorrido de profissionais de

informaccedilatildeo como se veraacute

Quando assumi a direcccedilatildeo do ARM quis tirar o ARM de um certo marasmo mostrando

que era uma instituiccedilatildeo uacutetil e importante no contexto cultural da Regiatildeo Isto eacute

extremamente importante ser uacutetil aacute comunidade Eacute por isso que hoje insisto na

prestaccedilatildeo de apoio teacutecnico na consultoria e formaccedilatildeo em detrimento da descriccedilatildeo dos

nossos fundos Ainda temos de mostrar quem somos Implicou definir novos rumos e

novas formas de actuaccedilatildeo Comeccedilando por uns trabalhos baacutesicos mas que seriam

268

importantiacutessimos para cimentar a nossa identidade institucional a descriccedilatildeo e

informatizaccedilatildeo dos nossos registos paroquiais e passaportes tarefa que teria uma

repercussatildeo inestimaacutevel junto dos nossos utilizadores Porque aiacute os nossos leitores

entenderam que nos preocupaacutevamos em ir de encontro aacutes suas necessidades Para tanto

natildeo foram necessaacuterios estudos de utilizador bastou que estudaacutessemos as nossas

estatiacutesticas Hoje as estatiacutesticas mostram-nos claramente que haacute uma grande incidecircncia

consulta dos jornais entatildeo organizamos a nossa colecccedilatildeo completamos as faltas

estamos a digitalizaacute-la Natildeo conheciacuteamos uma aacuterea de actuaccedilatildeo onde pretendiacuteamos

intervir a Administraccedilatildeo Puacuteblica Regional Entatildeo aiacute sim elaboramos um inqueacuterito para

melhor conhecer essa realidade Isto eacute marketing Provavelmente deveriacuteamos ter feito

um estudo de mercado antes de avanccedilar na definiccedilatildeo dos puacuteblicos a atingir quando

criamos o nosso SE Mas tambeacutem natildeo era difiacutecil perceber que os museus e bibliotecas

privilegiam os alunos do ensino baacutesico em detrimento do secundaacuterio e nem alcanccedilam o

universitaacuterio Fizemos um inqueacuterito aos privados para perceber o que esperam do

Arquivo Regional E em face das expectativas elevadas decidimos adiar a nossa

intervenccedilatildeo nesse sector pois os nossos recursos estatildeo concentrados no sector puacuteblico

Na verdade intencionalmente aplicamos estrateacutegias de marketing durante todos estes

anos Ao adquirir os serviccedilos de uma empresa especializada ndash Artlacircndia ndash para nos criar

a imagem do site da news letter (instrumentos estes poderosiacutessimos para alcanccedilar

puacuteblicos natildeo presenciais) da linha de merchandising da uniformizaccedilatildeo das ediccedilotildees do

ARM Em todos estes produtos haacute um traccedilo comum que identifica o arquivo o edifiacutecio

a cor os traccedilos Marketing tambeacutem eacute a preocupaccedilatildeo em qualificar os nossos serviccedilos e

produtos a implementaccedilatildeo de um sistema de gestatildeo da qualidade foi um meio bastante

eficiente para alcanccedilar este objectivo Provar que se faz bem avaliando corrigindo

melhorando continuamente

Mais importante creio que conseguimos transmitir uma imagem de profissionalismo de

saber fazer de seriedade de confianccedila Perante a nossa tutela e perante os nossos

diferentes puacuteblicos A prova satildeo os inuacutemeros pedidos de consultoria e apoio que natildeo

conseguimos satisfazer A prova satildeo as doaccedilotildees e depoacutesitos de documentos por parte

dos privados E isso Sofia soacute se consegue com muito trabalho garanto natildeo haacute

estrateacutegias de marketing que superem o trabalho aacuterduo o esforccedilo e o profissionalismo

dos colaboradores do ARM que de forma global satildeo bastante qualificados e

interessados Mas compreendo que o marketing ajude a dar a conhecer e melhorar um

projecto estruturado como foi e eacute a renovaccedilatildeo e transformaccedilatildeo do Arquivo Regional nos

269

uacuteltimos anos Foi o que fizemos mutas vezes sem nos apercebermos que o estaacutevamos a

fazer

270

Anexo 10 - Dossiecirc de apresentaccedilatildeo das actividades do Serviccedilo Educativo

271

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

ANO LECTIVO 20082009

DOSSIEcirc DE APRESENTACcedilAtildeO

Maleta Pedagoacutegica

ldquoEus Escondidosrdquo

272

Apresentaccedilatildeo

Faz parte da Missatildeo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) aproximar a Comunidade

desta ldquoCasa da Memoacuteriardquo dando particular atenccedilatildeo agrave Comunidade Escolar Para o

efeito o Serviccedilo Educativo do ARM tem desenvolvido um trabalho de preparaccedilatildeo de

futuros leitores e investigadores junto dos estabelecimentos de ensino atraveacutes da

divulgaccedilatildeo do seu patrimoacutenio documental nomeadamente do que diz respeito agrave

Histoacuteria da Famiacutelia Neste campo a pesquisa natildeo soacute envolve a consulta dos registos

de baptismo casamento e oacutebito como a consulta dos arquivos pessoais que remetem

para a ascendecircncia do indiviacuteduo e que lhe permitiratildeo construir a sua Aacutervore

Genealoacutegica

Tendo em consideraccedilatildeo que a distacircncia geograacutefica entre o arquivo e as escolas pode

constituir um impedimento para a divulgaccedilatildeo do Arquivo e respectivos espoacutelio e

funccedilotildees o Serviccedilo Educativo (SE) aposta em actividades que permitem a deslocaccedilatildeo de

recursos humanos e materiais aos estabelecimentos de ensino Com esta finalidade

propotildee-se dinamizar uma Maleta Pedagoacutegica denominada ldquoEus Escondidosrdquo

instrumento educativo que permite desenvolver o tema da GenealogiaHistoacuteria da

Famiacutelia atraveacutes de actividades luacutedico-pedagoacutegicas Todas as fases da dita dinamizaccedilatildeo

contam com a presenccedila e o acompanhamento dos teacutecnicos do SE sempre em estreita

colaboraccedilatildeo com os docentes

A referida Maleta Pedagoacutegica eacute constituiacuteda por jogos e actividades de expressatildeo plaacutestica

e de escrita criativa sendo por isso bastante adaptada ao niacutevel etaacuterio que habitualmente

frequenta o 6ordm Ano de Escolaridade

A dinamizaccedilatildeo decorre segundo duas fases em dias diferentes

1 Palestra introdutoacuteria sobre o espoacutelio e funccedilotildees do ARM em PowerPoint e de

caraacutecter interactivo (60 minutos) com a presenccedila de 2 turmas no maacuteximo

2 Dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica com expressatildeo plaacutestica e escrita (uma

tardemanhatilde) sendo este trabalho desenvolvido com uma turma de cada vez

273

Objectivos

Aproximar a populaccedilatildeo estudantil do ARM

Divulgar os recursos documentais do ARM tais como as fontes

fornecedoras de elementos para a Aacutervore de Costados

Identificar as etapas essenciais para a realizaccedilatildeo de uma Aacutervore de

Costados (ou Aacutervore Genealoacutegica)

Incentivar o estudo e preservaccedilatildeo das fontes documentais relacionadas com

a genealogia

Contribuir para a formaccedilatildeo de futuros utilizadoresleitores

Ajudar a desenvolver haacutebitos de pesquisa

Calendarizaccedilatildeo (a preencher pelos docentes)

Nota importante a Palestra introdutoacuteria deveraacute acontecer em auditoacuterio ou noutro

espaccedilo equivalente A dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica ldquoEus Escondidosrdquo

poderaacute efectuar-se em sala de aula ou de preferecircncia na sala reservada agrave

expressatildeo plaacutestica

Palestra Introdutoacuteria

Turmas Dia Hora

Dinamizaccedilatildeo da Maleta (v material necessaacuterio)

274

Turmas Dia Hora

Cada aluno conforme as suas possibilidades deveraacute levar para a actividade de

dinamizaccedilatildeo da Maleta os seguintes elementos

Nomes dos ascendentes ateacute agrave 3ordf geraccedilatildeo

Fotografias

Outros documentos que complementem a informaccedilatildeo sobre a famiacutelia coacutepias de

BI de registos de nascimento casamentohellip

Outros documentos que complementem informaccedilotildees sobre o proacuteprio ceacutedula

pessoal BI cartatildeo de estudante etc

Outras observaccedilotildees

Os docentes que acompanham os alunos na palestra devem ser os mesmos que

os acompanham na dinamizaccedilatildeo da Maleta Pedagoacutegica

Durante a dinamizaccedilatildeo os docentes devem auxiliar os teacutecnicos do Serviccedilo

Educativo de modo a assegurar o ecircxito da actividade

Qualquer atraso mudanccedila de horaacuterio e outras alteraccedilotildees ao previsto devem ser

comunicadas com a devida antecedecircncia ao referido Serviccedilo (de preferecircncia

com 48 horas de antecedecircncia)

Existe a hipoacutetese de a actividade ou parte dela ser adiada ou anulada devido agrave

falta de transporte por parte do ARM Neste caso tomar-se-atildeo as devidas

providecircncias para realizar a actividade sem prejuiacutezo para ambas as partes (ARM

e Escola)

O horaacuterio da actividade deveraacute ser preferencialmente entre as 9000 e as 1230

e a 1400 e as 1730

275

GALERIA DE FOTOS

Escola Baacutesica e Secundaacuteria

Padre Manuel Aacutelvares

Ano Lectivo 2007 2008

276

Marcaccedilotildees para a Maleta Pedagoacutegica

Telefone 291 708400

Marcela Costa extensatildeo 114 marcelacostaarquivo-madeiraorg

Constantino Teles extensatildeo 112 constantinotelesarquivo-madeiraorg

Contacto do Serviccedilo Educativo

Responsaacutevel Sofia Santos

sofiasantosarquivo-madeiraorg

eculturaleduarquivo-madeiraorg

Morada do Arquivo Regional da Madeira

Arquivo Regional da Madeira

Caminho dos Aacutelamos nordm35

Santo Antoacutenio

9020-064 FUNCHAL

Telefone 291 708400 Fax 291 7084002

277

Anexo 11 - Compromisso pedagoacutegico

278

SERVICcedilO EDUCATIVO DO ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

COMPROMISSO PEDAGOacuteGICO

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira (ARM) e a Escola hellip

representada pela turma hellip celebram o presente compromisso pedagoacutegico referente agrave

actividade laquohelliphellipraquo pelo qual ambos os oacutergatildeos educativos se comprometem o programa

abaixo indicada entre os meses helliphellip e hellip de hellip

Actividade Local

O Arquivo Regional da Madeira reserva-se o direito de anular em definitivo a

actividade junto da

da escola caso esta se mostre indisponiacutevel para o cumprimento da mesma dentro da

calendarizaccedilatildeo primeiramente estipulada uma vez que quaisquer alteraccedilotildees podem ter

implicaccedilotildees directas no bom funcionamento dos serviccedilos aleacutem de prejudicar os

objectivos delineados pelo serviccedilo Educativo

Ressalve-se igualmente que qualquer alteraccedilatildeo ou anulaccedilatildeo da actividade por qualquer

das partes envolvidas deve ser comunicada por escrito com a devida antecedecircncia aos

respectivos responsaacuteveis de modo a se delinearem estrateacutegias que visem em uacuteltimo

caso a continuidade da actividade dentro de uma calendarizaccedilatildeo alternativa

O presente documento deve ser assinado por ambos oacutergatildeo educativos

A responsaacutevel pelo Serviccedilo Educativo do ARM Os docentes responsaacuteveis

____________________________________

__________________________________

Sofia Santos

__________________________________

Funchal hellip de hellip de hellip

279

Anexo 12 - Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo das actividades pedagoacutegicas

280

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo do Serviccedilo Educativo

Este inqueacuterito visa apurar o grau de satisfaccedilatildeo dos participantes das actividades do Serviccedilo Educativo

A sua opiniatildeo ajudar-nos-aacute a melhorar a nossa actuaccedilatildeo Por favor preencha os campos que lhe

indicamos

GRUPO I

1 Identificaccedilatildeo da Actividade e do Inquirido

Actividade Data

Nome (facultativo) Idade

GRUPO II

2 Como teve conhecimento da(s) referida(s) actividade(s)

Por convite directo do ARM Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

Ao consultar o site do ARM

Atraveacutes de ofiacuteciocircular divulgado no estabelecimento de

ensino onde lecciono serviccedilo associaccedilatildeo instituiccedilatildeo etc

Outros meios (indique qual ou quais)

3 Em que qualidade participou nas actividades do Serviccedilo Educativo

Por minha proacutepria iniciativa

Na qualidade de professora acompanhante de um grupo escolar

Por me encontrar inseridoa num grupo (associaccedilatildeo grupo sindical ou outro)

GRUPO III

4 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M

Bom

Adequaccedilatildeo da linguagem aos indiviacuteduos grupo

O material informativo didaacutectico colocado agrave disposiccedilatildeo

A calendarizaccedilatildeo (dia e hora)

Duraccedilatildeo da actividade

A novidadeinteresse dos assuntos e conteuacutedos abordados

Forma de transmissatildeo dinamizaccedilatildeo dos temas

5 Participaria noutro tipo de actividades deste serviccedilo Sim Natildeo

6 O que mais lhe agradou da actividade

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

7 O que menos lhe agradou da actividade

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

8 Indique outras sugestotildees

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

O Serviccedilo Educativo do Arquivo Regional da Madeira

281

Anexo 13 - Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

282

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de avaliaccedilatildeo das mostras exposiccedilotildees documentais

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade das mostras documentais exposiccedilotildees realizadas pelo Arquivo Regional da Madeira (ARM) Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute possiacutevel melhorar e adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades Leia atentamente as perguntas e responda por favor

1 Identificaccedilatildeo da Mostra Exposiccedilatildeo e do Visitante

Nome da MostraExposiccedilatildeo Data

Nome (facultativo) Idade

2 Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

M Mau Mau Satisfaz Bom M Bom

A novidadeinteresse dos conteuacutedos abordados na mostra exposiccedilatildeo documental

O material informativo colocado agrave disposiccedilatildeo (desdobraacuteveis legendas textos dos paineacuteis)

Circuito da mostra exposiccedilatildeo

Qualidade graacutefica dos paineacuteis

3 Visitaria mais exposiccedilotildees organizadas pelo ARM Sim Natildeo

4 Indique outras sugestotildees

283

Anexo 14 - Planta do edifiacutecio do Arquivo Regional da Madeira

284

Legenda

Piso ndash 1

1 ndash Entrada na garagem 2 ndash Cais de descarga 3 ndash Sala de recepccedilatildeo e triagem 4 ndash Sala de higienizaccedilatildeo

5 ndash Cacircmaras de expurgo 6 ndash Sala de quarentena 7 ndash Sala de preacute-arquivagem

Piso 0

8 ndash Entrada do edifiacutecio 9 ndash Recepccedilatildeo 10 ndash Loja 11 ndash Hall de entrada 12 ndash Auditoacuterio 13 ndash Cafetaria

14 ndash Escadaria 15 ndash Digitalizaccedilatildeo 16 e 17 ndash Microfilmagem 18 ndash Laboratoacuterio 19 ndash Acondicionamento

20 ndash Restauro 21 ndash Encadernaccedilatildeo

Piso 1

22 ndash Sala de formaccedilatildeo 23 ndash Escadaria 24 ndash Sala do serviccedilo educativo

Piso 2 e 3

25 ndash Serviccedilo de certidotildees 26 ndash Serviccedilo de referecircncia 27 ndash Espaccedilo informal da sala de leitura

28 ndash Espaccedilo de leitura 29 ndash Sala de leitura de microfilmes 30 ndash Depoacutesitos

285

Anexo 15 - Regulamento de Utilizaccedilatildeo do auditoacuterio do Arquivo Regional da

Madeira

286

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Regulamento de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

1 O aluguer do auditoacuterio do ARM poderaacute ser solicitado para realizaccedilatildeo de

actividades de iacutendole cultural e cientiacutefica designadamente conferecircncias congressos

e coloacutequios

2 O pedido de utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio deveraacute ser efectuado com alguma

antecedecircncia dirigido ao Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail fax ou

ofiacutecio Para isso deveraacute preencher uma Ficha de Requisiccedilatildeo onde deveraacute indicar

todo o tipo de equipamento e de material que necessita

3 A confirmaccedilatildeo eacute efectuada pelo Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural por mail

ofiacutecio ou fax

2 Todas as entidades requerentes deveratildeo efectuar uma visita ao Auditoacuterio que seraacute

acompanhada por algueacutem do Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural de forma a

verificarem as condiccedilotildees do espaccedilo e prepararem o material necessaacuterio para o

evento

4 O equipamento existente eacute o seguinte

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de

Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um

bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- DVD

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

287

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Auriculares

5 Capacidade maacutexima para 100 pessoas sentadas

6 A utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio eacute gratuita para todos os serviccedilos da Administraccedilatildeo

Puacuteblica

7 Para as entidades privadas tambeacutem de acordo com os objectivos desta instituiccedilatildeo

a utilizaccedilatildeo do auditoacuterio eacute paga

Preccedilaacuterio com equipamento completo

Preccedilo Preccedilo (em Euros)

Dia completo 20000euro

Meio dia 120 00euro

8 As formas de pagamento satildeo as seguintes

a) Presencialmente dinheiro cartatildeo de deacutebito cheques em Euros pagaacutevel ao

Arquivo Regional da Madeira

b) Agrave distacircncia

- Pagamento antecipado por cheque natildeo datado em euros ou outra

moeda estrangeira pagaacutevel ao Arquivo Regional da Madeira

Os pagamentos em moeda estrangeira deveratildeo ter em conta o valor do

cacircmbio no dia

c) Transferecircncia interbancaacuteria

Procedimentos

- Depoacutesito feito na conta do Governo Regional da Madeira (IBAN PT50

0019 0045 0020 51094) com despesas de transferecircncias a suportar pelo

requerente

- O requerente deveraacute enviar ao Arquivo Regional o comprovativo ou os

dados da transferecircncia efectuada por mail (eculturaleduarquivo-

madeiraorg) ou fax (291 708 402)

- O Arquivo soacute satisfaz o pedido apoacutes confirmaccedilatildeo da transferecircncia por

parte da Tesouraria do Governo Regional

9 A utilizaccedilatildeo da secretaria estaacute condicionada a congressos mais complexos O

serviccedilo de fotocoacutepias estaacute limitado a um maacuteximo de 10 coacutepias em A4 a preto e

288

branco O Serviccedilo de telefone estaacute condicionado a chamadas locais Para chamadas

de taacutexis poderaacute efectuar na cabine telefoacutenica existente no hall de entrada

10 Para a entrega de material necessaacuterio para o evento (tais como livros

desdobraacuteveis) a entidade promotora deveraacute avisar antecipadamente o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural a hora da entrega do material e sua discriminaccedilatildeo Em

caso de extravio natildeo eacute da responsabilidade do ARM

11 Informar a entidade promotora que a chegada dos conferencistas deve ser antes

do iniacutecio do evento de forma a dar tempo de preparar os materiais que iratildeo ser

projectados ou entatildeo solicitar o envio das palestras para o mail

eculturaleduarquivo-madeiraorg andyaguiararquivo-madeiraorg

12 Informar a entidade requerente que em caso de ensaio das intervenccedilotildees os

conferencistas deveratildeo entrar previamente em contacto com o Serviccedilo Educativo

Extensatildeo Cultural A marcaccedilatildeo do dia e da hora preferencialmente entre as 1000 e

as 1730 h poderaacute ser feita por e-mail fax ou telefone

13 Todas as acccedilotildees realizadas no ARM deveratildeo ter uma imagem da instituiccedilatildeo

organizadora para ser projectada no painel do auditoacuterio Caso natildeo tenham a

imagem projectada seraacute o logoacutetipo do ARM

14 A equipa responsaacutevel pela actividade deveraacute identificar-se junto do seguranccedila agrave

entrada do edifico e ser-lhe-aacute atribuiacutedo um cartatildeo de visitante de uso

obrigatoacuterio

15 A encomenda e as despesas com os arranjos florais e aacuteguas servidas na mesa de

honra responsabilidade da entidade promotora

16 Os convites para as exposiccedilotildees e lanccedilamentos de livros satildeo da responsabilidade

da entidade promotora dos eventos

17 Eacute ainda da responsabilidade da entidade promotora providenciar algueacutem para a

venda de produtos relacionados com as acccedilotildees bem como para apoio nas

289

conferecircncias nomeadamente na cedecircncia de microfones no periacuteodo de discussatildeo

poacutes- conferecircncia

18 A contrataccedilatildeo de tradutores eacute tambeacutem da competecircncia da entidade promotora do

evento

19 Caso a acccedilatildeo decorra antes das 1000 h eacute da competecircncia das entidades

requerentes suportar os encargos dos seguranccedilas excepto se o ARM dispuser de

horas creditadas junto da sua empresa de seguranccedila

20 O serviccedilo de coffee break eacute da inteira responsabilidade da entidade que promove

o evento devendo para o efeito acertar previamente pormenores com o Serviccedilo

Educativo Extensatildeo Cultural O serviccedilo de refeiccedilotildees deveraacute ser fornecido pelo

adjudicatoacuterio da cafetaria do ARM

21 Todo o equipamento requisitado deveraacute ser deixado como quando foi entregue

aos responsaacuteveis pelo evento

22 Todos os espaccedilos cedidos ndash como hall de entrada secretaria (em caso de

encontros mais complexos) e auditoacuterio ndash deveratildeo ser deixados limpos e

arrumados pela entidade requerente

23 Existe um parque de estacionamento com capacidade para 44 lugares 4 dos

quais para deficientes

24 Natildeo estacionar nos locais reservados ao Arquivo Regional da Madeira e

Biblioteca Puacuteblica Regional

290

Anexo 16 - Ficha de Requisiccedilatildeo do auditoacuterio e identificaccedilatildeo do evento do auditoacuterio

291

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Ficha de identificaccedilatildeo do evento e requisiccedilatildeo do material do auditoacuterio

Identificaccedilatildeo

Nome da entidade__________________________________________________________________________

Responsaacutevel pelo evento____________________________________________________________________

Contacto

Telefone(s)_____________________ Fax________________________ Mail__________________________

Programa

Objectivo do evento ________________________________________________________________________

Dias do evento ____ ____ ______ a __________

____ ____ ______ a __________

Horaacuterio ___________________________________________________________________________________

Nordm de participantes previstos ________________________________________________________________

Nordm de pessoas na mesa de honra _____________________________________________________________

Pessoal de apoio da entidade requerente Nordm _____________

Nomes Funccedilatildeo

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

_____________________________________________ ____________________________________________

Material Requisitado

- Sistemas de Viacutedeo (Projector) e Aacuteudio (Colunas de Som) interligados com PC do apresentador atraveacutes de um bastidor

- Ecratilde de projecccedilatildeo 210x210m

- 1 Retroprojector

- 1 Projector de slides

- Ligaccedilatildeo agrave Internet

292

- DVD

- Microfones de mesa

- Microfones de matildeo (maacuteximo 2)

Material complementar

- Traduccedilatildeo simultacircnea (2 liacutenguas)

- Cabines (maacuteximo 2)

- Auriculares

N ordm requisitado (maacuteximo

100)

Entrega de material

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Desmontagem

Data e Hora

_______________________________________________________________________

Observaccedilotildees

293

Anexo 17 - Inqueacuterito de Satisfaccedilatildeo de Utilizaccedilatildeo do Auditoacuterio

294

SEEC

Serviccedilo Educativo Extensatildeo Cultural

Inqueacuterito de satisfaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo do auditoacuterio

Este questionaacuterio tem como objectivo avaliar a qualidade dos serviccedilos prestados aos

utilizadores da Auditoacuterio do Arquivo Regional da Madeira Soacute atraveacutes da sua opiniatildeo seraacute

possiacutevel adequar os nossos serviccedilos agraves suas necessidades

1 Identificaccedilatildeo do Evento e do Inquirido

Designaccedilatildeo_________________________________________________________________________

Data do evento _______________________________ Horaacuterio _____________________

Nome (facultativo) _ ________________________________________________

2 Como teve conhecimento deste serviccedilo

Por favor assinale com uma cruz a resposta que representa a sua opiniatildeo

a) Ao consultar o site do ARM

b) Atraveacutes dos nossos produtos informativos (desdobraacuteveis)

c) Atraveacutes dos oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

d) Outros meios (indique qual ou quais)

_____________

3 Ambiente Fiacutesico

Muito Mau

Mau Suficiente

Bom Muito Bom

a) AcessibilidadeMobilidade

b) Conforto do mobiliaacuterio

c) Esteacutetica do espaccedilo

d) Seguranccedila (espaccedilo bens e pessoas)

295

e) Limpeza

f) Temperatura

g) Iluminaccedilatildeo

4 Equipamentos

Muito Mau Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Qualidade do material disponibilizado

b) Quantidade do material disponibilizado

c) Desempenho do equipamento teacutecnico

d) Adequaccedilatildeo ao evento

5 Atendimento

Muito Mau

Mau Suficiente Bom Muito Bom

a) Atendimento personalizado

b) Atitude dos teacutecnicos

c) Satisfaccedilatildeo das suas solicitaccedilotildees em tempo

uacutetil

d) Competecircncia dos teacutecnicos na utilizaccedilatildeo

dos equipamentosrecursos

6 Sugestotildees

Indique sugestotildeesobservaccedilotildees que achar pertinente

Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo

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