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Acadêmicos Cipriano Gama Edimar Joaquim Geovane Maia Igor Ribeiro Lucieda Xavier Dengue UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Medicina da Bahia Epidemiologia Características clínicas e epidemiológicas

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Page 1: Denguee

AcadêmicosCipriano Gama

Edimar JoaquimGeovane Maia

Igor RibeiroLucieda Xavier

Dengue

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFaculdade de Medicina da Bahia

Epidemiologia

Características clínicas e epidemiológicas

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Descrição

• Doença febril aguda

Infecção InaparenteDengue ClássicaFebre hemorrágica da dengue (FHC)Síndrome do choque da dengue

• Importante problema de saúde pública

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Dengue

• Agente etiológico:Arbovírus RNA• Reservatório: Ser humano. Na África, também em macacos• Vetores: Aedes Aegypti. Ásia, também o Aedes

albopictus

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Modo de Transmissão

o 8 a 12 dias de incubação extrínseca

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Período de Transmissibilidade• 2 ciclos:IntrínsecoExtrínseco

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Imunidade

• Permanente para mesmo sorotipo (homóloga)• Imunidade cruzada, temporária (heteróloga)• Resposta primária• Resposta secundária

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Susceptibilidade• Vírus – universal.• Em relação à FHD:Teoria de Roseno Cepa infectanteTeoria de Halsteado Infecções sequenciais à diferentes sorotiposTeoria integral de multicausalidadeo Aliam fatores de riscos às teorias supracitadas.

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Sintomatologia• Mialgia, prostração,

exantema, prurido, hepatomegalia dolorosa.

• Manifestações clínicas X idade

• FHD – 3º ou 4º dia, agravamento.

• Petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia,

hemorragia.• Aumento de

permeabilidade capilar, choque.

• Prova do Laço, fragilidade capilar.

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FHD

• Classificado em 4 categorias:Grau Io Febre + sintomas inespecíficos + prova do laçoGrau IIo Hemorragias espontâneasGrau IIIo Colapso circulatório com pulso fraco e rápidoGrau IVo Choque profundo, PA e PR imperceptíveis

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Diagnóstico e manejo clínico do paciente com Dengue

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Diagnóstico Diferencial

• DC: Dengue, Rubéola, Sarampo, infecções virais,

bacterianas e exantemáticas;• FHD:Choque endotóxico por infecção bacteriana ou

meningococcemia, leptospirose, febre amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza e outras febres hemorrágicas via mosquitos ou carrapatos

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Diagnóstico Laboratorial

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Exames específicos• Sorologia: é o método de escolha para a confirmação laboratorial na

rotina. Existem várias técnicas, sendo o Elisa de captura de IgM (MAC-Elisa) o método de escolha, pois detecta infecções atuais ou recentes.

• Isolamento viral: é o método mais específico para a determinação do vírus responsável pela infecção.

• Detecção de antígenos virais e/ou ácido nucleico viral: gradativamente essas técnicas estão sendo incorporadas na rotina dos laboratórios e muitas vezes selam o diagnóstico em situações em que não é possível fazê-lo pelas técnicas habituais.

• Relação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT-PCR): permite a detecção de quantidades reduzidas de ácido nucléico viral presente nos espécimes, pela amplificação do c-DNA obtido a partir do RNA viral utilizando sondas (primers) tipo-específicos de vírus da dengue e seus sorotipos.

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Exames específicos

• Imunofluorescência: a técnica de anticorpos fluorescentes baseia-se na união imunológica de um anticorpo marcado com um fluorocromo ao seu antígeno homólogo.

• Imunohistoquímica: permite a detecção de antígenos virais em cortes de tecidos fixados em formalina e emblocados em parafina.

• Hibridização in situ: é possível detectar os genomas virais específicos usando sondas radiativas (radioisótopos) ou não radiativas (enzimas), inclusive em materiais conservados por muitos anos.

• Diagnóstico histopatológico: realizado a partir de coleta de material post-mortem.

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Exames específicos

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Exames inespecíficos

Devem ser solicitados de acordo com a classificação clínica.

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Exames inespecíficos

• Grupo A: hematócrito, hemoglobina, plaquetas e leucograma: gestantes; idosos (> 65 anos); hipertensão arterial, diabete melito, DPOC, doenças hematológicas crônicas, doença renal crônica, doença severa do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica e doenças auto-imunes.

• Grupo B: hematócrito, hemoglobina, plaquetas e leucograma- todos os pacientes deste grupo.

• Grupos C e D: Hematócrito, hemoglobina, plaquetas, leucograma e outros conforme

necessidade (gasometria, eletrólitos, transaminases, albumina, raios X de tórax, ultrassonografia de abdome);

Uréia, creatinina, glicose, eletrólitos, provas de função hepática, líquor, urina etc – orientados pela história e evolução clínica.

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Exames inespecíficos

Alterações observadas:

HemogramaCoagulogramaBioquímica

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Tratamento

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Aspectos epidemiológicos

Padrão sazonal de incidência (verão);

Comum em núcleos urbanos.

População susceptível + Vetor + Vírus

Altamente vulnerável a

DENGUE

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Contextualização histórica América -Registro há mais de 200 anos; -a partir de 1980, notificação de epidemias em vários

países. FHD – sorotipo2.

Brasil -Referência de epidemias desde séc. XIX. -1916(SP) e 1923(RJ) – s/ diagnóstico laboratorial; -1981-1982(RR) – diagnóstico clínico laboratorial(sorotipo 1 e 4).

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Aspectos epidemiológicos

DENV1(1986), DENV2(1990), DENV3(2000) no RJ

Dispersão do Aedes Aegypti no território nacional.

Epidemias – introdução de novos sorotipos ou alteração de sorotipo predominante.

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Vigilância epidemiológica – definição de caso

Febre aguda (7dias) + 2 sintomas (cefaleia, dor retroorbital, mialgia, artralgia, prostração, exantema)+ últimos 15 dias em local de transmissão de dengue.

LABORATORIAL. Em epidemia ( clínico epidemiológico)

Caso suspeito de dengue clássica

Caso confirmado de dengue clássica

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Vigilância epidemiológica – definição de caso

Caso suspeito de dengue clássica+ manifestações hemorrágicas (prova do laço, hematêmese, melena e outros).

Caso suspeito de FHD

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Vigilância epidemiológica – definição de caso

Febre ou história de febre (7 dias);

Trombocitopenia ( ≤ 100.000 mm3 );

Manifestações hemorrágicas (prova do laço, petéquias, equimoses ou púrpura);

Extravasamento de plasma: Ht maior que 20% do valor basal ou superior 45% (crianças), 48% (mulheres) e 54% (homens); queda de Ht 20 % (após tratamento); derrame pericárdio, ascite e hipoproteinismo;

Confirmação laboratorial (sorologia ou isolamento).

Caso suspeito de FHD

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Vigilância epidemiológica – definição de caso

Quando não tem todos os critérios para fechar o diagnóstico como FHD.

Alteração clínica laboratorial: neurológica; cardiorrespiratório; insuficiência hepática; hemorragia digestiva (volumosa); derrame pleural, pericárdio e ascite plaquetopenia (inf. 20.000 mm3), leucometria igual ou inf. a 1 ml/mm3;

Caso suspeito de dengue que evolui para óbito.

Caso de dengue com complicação

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Aspectos epidemiológicos Caso descartado -diagnóstico laboratorial negativo(2 resultados); -investigações clinico laboratorial apontar para outras patologias.

Notificação -caso suspeito ou confirmado -Acompanhar curva epidêmica

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Primeiras medidas adotadas

Organização da rede de assistência

At. Básica – p/ pacientes sem sinais de alarme e sangramento; obs. 24 h dos pacientes com manifestações hemorrágicas.

Qualidade da assistência -Adequar rede para atendimento; -Dispor de exames laboratoriais específicos e com agilidade na entrega dos resultados

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Primeiras medidas adotadas

Proteção individual(busca de criadouros no domicílio e peridomicílio);

Confirmação diagnóstica;

Proteção da população (bloqueio; educação em saúde).

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Roteiro da investigação epidemiológica

A depender da situação entomológica e de circulação prévia do vírus da dengue

em cada área, fazem-se necessárias condutas de vigilância e controle

diferenciadas, que exigem roteiros e condutas de investigação específicos.

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• O objetivo é impedir a introdução do Aedes;1. Detecção precoce dos focos;2. Debelação em tempo hábil;3. Vigilância de casos suspeitos;4. Notificação os casos;5. Confirmação por exame laboratorial;6. Investigar o caso para detectar o local de

infecção;7. Preencher a ficha de investigação de dengue,

enviá-la ao nível hierárquico superior e encerrar o caso.

Área não infestada

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Área infestada sem transmissão de dengue• O objetivo é monitorar os índices de infestação

predial, conhecer a distribuição geográfica do vetor e seus índices de infestação;

• Identificar as áreas de maior risco;• Detectar os casos e o local provável de infecção;• Implementar a vigilância das febres agudas

exantemáticas e a vigilância sorológica;• Suspeita de dengue:

• Notificação e investigação imediata de todos os casos suspeitos.

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Área com história prévia de transmissão de dengue

O objetivo é:• Detectar precocemente a circulação viral, nos

períodos não-epidêmicos;• Diminuir o número de casos e o tempo de duração

da epidemia nos períodos epidêmicos. Períodos não-epidêmicos1. Notificar;2. Investigar os casos suspeitos;3. Coletar material para sorologia de todos os

pacientes suspeitos;4. Concluir os casos.

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• Períodos epidêmicosNotificação de casos:• A maioria dos diagnósticos será feita pelo critério

clínicoepidemiológico;• Realização da sorologia em apenas uma amostra

dos pacientes com dengue clássico;• Coleta de um a cada dez pacientes com suspeita

de dengue. • A coleta é obrigatória para 100% dos casos

suspeitos de FHD e dengue grave.

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• Períodos epidêmicosRealização de monitoramento viral, e investigar imediatamente os óbitos notificados;Adotar as seguintes medidas:

•Organizar a atenção médica pela rede básica de saúde;•Capacitar os profissionais de saúde;•Disponibilizar o protocolo de atendimento padronizado para toda a rede;•Divulgar as unidades de referência para casos graves;

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• Períodos epidêmicos• Intensificar o combate ao Aedes;• Incrementar as atividades de educação em saúde e mobilização social;• Reorganizar o fluxo de informação;• Analisar a distribuição espacial dos casos para orientar as medidas de controle;• Acompanhar os indicadores epidemiológicos.

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Coleta de dados clínicos e epidemiológicos

Casos de dengue clássica Período não-epidêmico:.Preencher todos os campos dos itens da ficha de investigação epidemiológica do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), relativos aos dados gerais, notificação individual e dados de residência, exames laboratoriais e conclusão do caso

Período epidêmico:.Pode adotar apenas a notificação

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Coleta de dados clínicos e epidemiológicos

Casos de dengue com complicações e FHD

.Sempre preencher a ficha de investigação,com especial atenção para os campos referentes aos exames laboratoriais e conclusão do caso

.Consultar o prontuário dos casos e o médico assistente para completar as informações sobre exames laboratoriais inespecíficos realizados (principalmente plaquetas e hematócrito)

.Verificar e anotar se foi realizada a prova do laço e qual foi o resultado

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Coleta de dados clínicos e epidemiológicos

Busca ativa de casos graves .De casos suspeitos de FHD nas unidades de saúde,

não devendo se aguardar apenas a notificação passiva .Em grandes centros urbanos também alertar serviços

de emergências para a possibilidade de FHD e solicitar a notificação imediata dos casos suspeitos ao serviço de vigilância

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Medidas de controle

Vigilância entomológica.Reduzir os criadouros do mosquito.Uso de larvicidas

- Determinação e/ou acompanhamento dos níveis de infestação vetorial

- Intensificação do combate ao vetor

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Medidas de controleVigilância epidemiologia

. Organizar discussões conjuntas com as equipes de controle de vetores e de vigilância

. Alertar os níveis hierárquicos superiores quando houver risco de epidemias

. Acompanhar a incidência de casos por área urbana

. Implantar vigilância ativa de casos e do vírus em função da ocorrência de inúmeras infecções oligossintomáticas e dos problemas de subnotificação e sub-registro de casos

. Investigar qual o local provável de infecção, verificando a possibilidade de ser caso autóctone (natural da região)

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Análise dos dados

. Considera-se os dados referentes à distribuição, densidade do vetor e ocorrência de casos para o uso dos recursos de controle disponíveis

. Nos relatórios, empregar linguagem clara e acessível, visando a sua divulgação para a população, imprensa e dirigentes dos órgãos de saúde

. Notificação + resultados laboratoriais + investigação epidemiológica = diagnóstico final

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Controle vetorial

.Manejo ambiental, combatendo os criadouros do Aedes

.Melhoria de saneamento básico .Participação comunitária .Controle químico principalmente nas

epidemias

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Educação em saúde, comunicação e mobilização social

.Informação sobre modo de transmissão,

quadro clínico e tratamento .Conhecimentos sobre o vetor (seus hábitos,

criadouros domiciliares e naturais) .Promoção de ações preventivas e de controle .Busca de ações de parceria com os gestores

dos três níveis

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Normas para procedimentos laboratoriais

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Diagnóstico e conduta do paciente com suspeita de dengue

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Referências

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• The end