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Demonstrações Financeiras Gafisa S.A. 31 de dezembro de 2014 com Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras

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Demonstrações Financeiras

Gafisa S.A. 31 de dezembro de 2014 com Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras

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Gafisa S.A. Demonstrações Financeiras 31 de dezembro de 2014 Índice Relatório da Administração ........................................................................................................... 1 Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras ................................. 11 Demonstrações financeiras auditadas Balanço patrimonial ...................................................................................................................... 14 Demonstração do resultado .......................................................................................................... 16 Demonstração do resultado abrangente ........................................................................................ 17 Demonstração das mutações do patrimônio líquido ....................................................................... 18 Demonstração dos fluxos de caixa....................................................................................................19 Demonstração do valor adicionado .............................................................................................. 20 Notas explicativas às demonstrações financeiras .......................................................................... 21 Declaração dos diretores sobre as demonstrações financeiras ...................................................... 99 Declaração dos diretores sobre o parecer dos auditores independentes........................................ 100 Ata de reunião do Comitê de Auditoria .......................................................................................... 101 Ata de reunião do Conselho Fiscal ................................................................................................ 102 Ata de reunião do Conselho de Administração .............................................................................. 104 Release de resultados 4T14 .......................................................................................................... 105

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2014 Senhores Acionistas, A Administração da Gafisa S.A. (“Gafisa” ou a “Companhia”) tem a satisfação de submeter à sua apreciação o Relatório da Administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras, acompanhadas dos relatórios dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2014. As informações estão apresentadas em milhões de reais e em base consolidada, exceto quando especificado em contrário, e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Mesmo diante de um cenário mais desafiador, a Companhia atravessou o ano de 2014 com concentração e dedicação na contínua evolução operacional, no aumento de seu nível de rentabilidade e na consequente geração de valor ao acionista.

Em 2014, com a consolidação das diversas correções e melhorias implementadas nos últimos anos, a Companhia alcançou maior eficiência no seu ciclo operacional, com a redução no período de construção e melhor gestão financeira nas obras. Além disso, a maior qualidade e velocidade no processo de repasse e a conclusão da quase totalidade dos projetos antigos de Tenda, contribuíram para melhor gestão e adequação de nosso capital empregado, permitindo assim que a Companhia inicie 2015 em uma situação confortável e equilibrada para dar continuidade a seu ciclo de negócios, mesmo dentro do atual cenário de incerteza na economia.

Nesse contexto, devemos salientar a boa performance que os projetos de Gafisa e Tenda apresentaram ao longo do ano, contribuindo para o resultado consolidado da Companhia, com a margem bruta ajustada alcançando 33,2% em 2014, cerca de 2 pontos percentuais superior ao ano anterior. O segmento Gafisa ratifica a estabilidade de seus resultados com uma margem bruta ajustada de 35,4% no ano, e o segmento Tenda com a consolidação e de seu novo modelo de negócios e sua consequente participação cada vez maior nos resultados, encerrou o ano com uma margem bruta ajustada de 26,9%, sensivelmente superior ao resultado de 2013.

Vale ressaltar a singularidade do ano que passou, com a realização da Copa do Mundo ao final do 1S14, e toda a incerteza e turbulência derivadas das eleições presidenciais ao final do ano, aliadas ao atual cenário de estagnação econômica. Esses fatores contribuíram de forma substancial para um ano mais difícil no mercado imobiliário, gerando uma desaceleração na demanda. Assim, o segmento Gafisa vem trabalhando com bastante critério no desenvolvimento e lançamento de seus produtos, de modo a sempre priorizar um bom nível de rentabilidade nos projetos lançados, mantendo uma postura conservadora com relação a novos investimentos.

No segmento Gafisa, os lançamentos do ano totalizaram R$1,0 bilhão, ligeiramente abaixo do intervalo de R$1,1 – R$1,2 bilhão do guidance estabelecido. Diante da incerteza no ambiente econômico e menor nível de confiança do consumidor, o segmento Gafisa optou pela postergação de alguns de seus projetos previstos, em busca de uma melhor condição de mercado para o lançamento desses empreendimentos ao longo de 2015. Essa estratégia está também alinhada com uma percepção de maior risco de mercado, pautada por uma atuação mais conservadora com relação à utilização de seus recursos.

Para o segmento Gafisa, a atuação em 2014 foi mais um importante passo na consolidação de seu ciclo produtivo. Do ponto de vista operacional, encerramos o ano com uma forte entrega de 23 projetos/fases, correspondendo a 3.806 unidades e um volume de repasse de R$1,6 bilhão, resultado do cada vez maior nível de controle e eficiência na operação do segmento. Atualmente, o segmento Gafisa tem sob sua gestão 41 obras próprias em andamento, estando todas dentro do prazo de entrega prevista em contrato, ratificando o compromisso com nosso cliente.

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O segmento Gafisa encerrou o ano com um volume em estoque de aproximadamente R$2,3 bilhões, dos quais apenas R$143,1 milhões são relativos aos projetos fora do eixo Rio-SP, uma redução de 47,5% na comparação anual. Vale notar o perfil mais alongado e balanceado do estoque do segmento Gafisa sendo 63,2% com previsão de entrega a partir de 2016, o que permite maior flexibilidade no processo de venda dessas unidades.

Com relação a 2015, e diante de uma provável manutenção do atual cenário econômico, nossa expectativa é manter a postura conservadora, buscando equilibrar a colocação de produtos no mercado, priorizando aqueles com maior liquidez, de modo a alcançar um nível de vendas e de rentabilidade adequados. O esforço realizado nos dois últimos anos tanto na recomposição de nosso landbank, como em busca de um maior nível de eficiência e equilíbrio operacional, nos deixa bastante confortáveis no desenvolvimento do plano de negócios do ano.

Em relação ao segmento Tenda, 2014 foi um ano bastante marcante em seu processo de reestruturação, primeiro com a expressiva entrega das unidades remanescentes dos projetos antigos, encerrando o ano com apenas 3 canteiros de obras do legado, equivalente a 2.593 unidades em construção e que devem ser concluídas até o final do 1S15, na comparação com as quase 31 mil unidades pendentes no início de 2012. Outro ponto fundamental para o segmento Tenda em 2014, foi a performance e o maior volume de entrega dos projetos do Novo Modelo. No ano que passou 9 projetos/fases perfazendo 1.700 unidades e R$213,8 milhões em VGV foram entregues, todos eles lançados em 2013 e dentro do novo modelo operacional da Tenda. Vale ressaltar que nesses primeiros projetos entregues e nos demais empreendimentos ainda em construção, a Tenda vem conseguindo, com grande efetividade, alcançar os drivers de rentabilidade estabelecidos para a operação dos projetos do Novo Modelo: margem bruta ajustada consistente e superior ao piso de 28%; VSO média mensal na ordem de 5-7%, e recentemente em outubro último com a alteração no processo de vendas, a expectativa de um nível de cancelamentos da ordem de 15% do total de vendas brutas.

Em 2014, o segmento Tenda lançou 14 projetos, totalizando um VGV de R$613,3 milhões, em linha com a perspectiva de evolução na escala de lançamentos. A Tenda continua a acreditar na resiliência de seu mercado de atuação mesmo diante de um cenário de maior incerteza econômica. A demanda no segmento de baixa renda ainda continua bastante forte, ancorada no baixo nível de desemprego e na disponibilidade de crédito para o segmento.

Para o ano que se inicia, o segmento Tenda continua a buscar ganho de escala com a intensificação dos lançamentos e a aplicação de estratégias para garantir a entrega de uma sólida velocidade de vendas. Tenda também se manterá bastante ativa na busca por novos negócios, aproveitando as oportunidades geradas em decorrência do desaquecimento do mercado em geral. A consistência dos recentes resultados obtidos de empreendimentos do Novo Modelo consolidam nossa confiança em nosso plano de negócios para 2015.

Em termos consolidados, Gafisa e Tenda lançaram R$1,6 bilhão no ano, com os lançamentos de R$241,5 milhões no 4T14. As vendas líquidas contratadas totalizaram R$303,9 milhões no trimestre, e R$1,2 bilhão no ano. O lucro bruto ajustado foi de R$190,1 milhões, com margem de 30,2% no trimestre. No ano, o resultado bruto ajustado alcançou R$713,3 milhões e margem de 33,2%, superior ao resultado de 2013.

Vale destacar a constante busca por maior eficiência e produtividade no ciclo de negócios, resultando na queda de 19,9% no nível de despesas com vendas, gerais e administrativas na comparação anual, efeito das melhorias implementadas ao longo dos últimos dois anos.

O resultado líquido consolidado do trimestre foi positivo em R$8,0 milhões, composto por um lucro líquido de Gafisa de R$36,8 milhões, e um prejuízo de Tenda da ordem de R$28,8 milhões. No ano o resultado líquido negativo foi de R$42,5 milhões, com Gafisa apresentando lucro de R$66,5 milhões, e Tenda reportando um prejuízo de R$109,4 milhões.

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Novamente, destacamos o bom desempenho da geração de caixa operacional da Companhia. Encerramos o 4T14 com uma geração de caixa operacional da ordem de R$103,1 milhões, alcançando R$298,6 milhões no ano, refletindo: (i) a boa performance da Companhia no processo de repasse com aproximadamente R$1,7 bilhão no ano e; (ii) a maior assertividade e controle quanto a performance de seu ciclo de negócios. A geração de caixa livre foi novamente positiva, alcançando R$38,3 milhões, totalizando R$81,0 milhões no ano. Esta geração desconsidera alguns efeitos não-recorrentes como a recompra de ações e despesas relacionadas à transação de Alphaville, com impacto no ano de 2014

No encerramento de 2014 a relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido foi ligeiramente superior ao trimestre anterior, alcançando 47,1%. Excluindo-se os financiamentos de projetos, a relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido apresentou uma razão negativa de 19,0%.

O processo de separação das unidades de negócio continua em andamento. Atualmente, as marcas já operam de forma independente, com estruturas próprias e adequadas às especificidades de seus modelos de negócio. Continuamos a trabalhar com parceiros e agentes financeiros com o intuito de avançar na separação de produtos financeiros já estruturados, bem como na abertura de linhas de crédito individualizadas.

Por fim, não podemos deixar de ressaltar todas as iniciativas adotadas em 2014 visando a remuneração de seu acionista. Ao longo do exercício, a Companhia distribuiu a seus acionistas na forma de JCP e dividendos, aproximadamente R$163,1 milhões, ou R$0,40 por ação, representando um yield-caixa de 17,9% ante o preço de fechamento do ano. Adicionalmente, desde o início de 2013, por meio dos diversos programas de recompra abertos ao longo do período, a Companhia desembolsou aproximadamente R$208,7 milhões na aquisição de cerca de 73,2 milhões de ações das quais 57,5 milhões já foram canceladas, aproximadamente 15,2% da quantidade total de ações emitidas pela Companhia. No início de Fevereiro, um novo programa de recompra de 27 milhões de ações foi aberto. Vale ressaltar que apesar do volume de ações recompradas, a Companhia reafirma seu compromisso com a disciplina de capital, limitando a execução de tal programa a um nível de alavancagem de até 60% (Dívida Líquida / Patrimônio Líquido).

Ao longo do último ano, Gafisa e Tenda conseguiram fortalecer e aperfeiçoar os ciclos operacional e financeiro, garantindo maior solidez e conforto ante os desafios de 2015. O segmento Gafisa, com sua operação consistente e equilibrada, busca o aperfeiçoamento do seu nível de capital empregado, e o segmento Tenda pronto para aumentar seu volume de novos empreendimentos, ancorado nos bons resultados verificados nos projetos lançados dentro do Novo Modelo. A Companhia segue trabalhando tendo como diretrizes as metas de rentabilidade e geração de valor ao acionista, buscando um continuo aperfeiçoamento de nossos resultados ao longo do ano que se inicia.

DESEMPENHO OPERACIONAL E FINANCEIRO CONSOLIDADO

No ano de 2014, o total lançado pela Companhia foi de R$1,6 bilhão, representando um aumento de 14,9% ante 2013. O volume lançado ficou levemente abaixo do guidance divulgado pela Companhia, no intervalo de R$1,7 a R$2,0 bilhões, devido à decisão estratégica da Companhia de postergar alguns lançamentos previstos do segmento Gafisa para 2015, uma vez que as condições de mercado não se mostravam apropriadas.

Em 2014, foram lançados 23 projetos/fases em 5 estados. Em termos de VGV, Gafisa foi responsável por 62% dos lançamentos nesse ano e Tenda pelos 38% restantes.

As vendas contratadas totalizaram R$1,2 bilhão em 2014, uma redução de 17% em relação ao R$1,4 bilhão verificado em 2013. As vendas de lançamentos representaram 43% deste total, enquanto vendas de estoque foram responsáveis pelos 57% restantes. No final do período, o estoque consolidado a valor de mercado reduziu 2,7%, atingindo R$ 3,1 bilhões, comparado aos R$ 3,2 bilhões registrados ao final do 3T14.

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O indicador de vendas consolidadas sobre oferta (VSO) manteve-se estável ao longo do ano, alcançando 8,9% no 4T14, ante 6,7% no trimestre anterior. Para o ano de 2014, a velocidade de vendas consolidadas alcançou 27,9%.

Ao longo do ano de 2014, a Companhia entregou 10.070 unidades, sendo 3.806 unidades de Gafisa e 6.264 unidades de Tenda.

Em 2014 nossa receita líquida foi reduzida em 13,3% na comparação anual, atingindo R$2,2 bilhões. Por sua vez, o lucro bruto reportado no período atingiu R$541,7 milhões, 12,3% abaixo dos R$617,4 milhões registrados em 2013. A margem bruta ajustada subiu para 33,2%, contra os 31,2% reportados no ano anterior.

O EBITDA ajustado foi de R$71,7 milhões no 4T14 e R$261,5 milhões no ano de 2014. Desconsiderando o resultado da equivalência patrimonial de Alphaville, o EBITDA ajustado alcançou R$51,0 milhões no 4T14 e R$229,2 milhões no ano.

O lucro líquido do 4T14 foi de R$8,0 milhões, encerrando o ano com prejuízo de R$42,5 milhões.

Nossos indicadores-chave de balanço mantiveram-se em níveis bastante seguros e confortáveis ao longo do ano todo. O Grupo Gafisa encerrou 2014 com R$1,2 bilhão em caixa.

O endividamento total da Companhia foi reduzido para R$2,6 bilhões, comparados aos R$2,8 bilhões ao final do trimestre anterior, enquanto o endividamento líquido se manteve estável em relação ao período anterior em R$1,4 bilhão em 31 de dezembro de 2014.

O nível de alavancagem, calculado pela relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido, encerrou o ano em 47,1%. Excluindo-se o financiamento de projetos, a relação ficou negativa em 19,0%.

O ano de 2014 foi marcado por alguns eventos importantes resultado da implementação das ações corretivas adotadas desde o início do processo de turnaround, a manutenção da estratégia de consolidação do segmento Gafisa no Rio e em SP, a redução do número de projetos relacionados ao legado, a retomada e evolução dos lançamentos do segmento Tenda dentro de seu novo modelo operacional, e também o aperfeiçoamento da estrutura de capital da Companhia por meio da transação de Alphaville. Com isso, a Companhia ficou bem posicionada para um novo ciclo de crescimento sustentável e rentabilidade.

Segmento Gafisa Os lançamentos do ano totalizaram R$1,0 bilhão, um decréscimo de 5,7% na comparação anual, sendo o segmento Gafisa responsável por 62% dos lançamentos consolidados no período.

As vendas contratadas fecharam o ano em R$811,0 milhões, uma redução de 15,6% em relação às vendas de 2013. As vendas das unidades lançadas durante o ano representaram 42,2% do total, enquanto vendas de estoques foram responsáveis pelos 57,8% restantes. A velocidade de vendas total foi de 26,1% em 2014.

Durante 2014, a Gafisa entregou 23 projetos/fases e 3.806 unidades.

O valor de mercado para o estoque de Gafisa, ao final de 2014, alcançou R$ 2,3 bilhões, representando 73% do estoque total consolidado.

Em relação ao nível de receita, a Gafisa alcançou R$1,6 bilhão de receita líquida em 2014 e o EBITDA ajustado de R$296,7 milhões.

Segmento Tenda O ano de 2013 foi marcado pela evolução dos lançamentos do segmento Tenda dentro do Novo Modelo de negócios, e mais um forte movimento de entrega de projetos antigos, se aproximando da conclusão das últimas unidades do legado.

A Tenda alcançou R$613,3 milhões em lançamentos de 14 novos empreendimentos. No ano que passou, a marca foi responsável por 38% dos lançamentos consolidados.

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Diante desse novo cenário, as vendas contratadas líquidas da Tenda no ano totalizaram R$396,0 milhões, comparadas ao resultado de R$490,4 milhões verificado em 2013. A velocidade de vendas alcançadas pelo segmento foi de 32,3% em 2014. Vale destacar que dos R$613,3 milhões lançados no ano de 2014, registramos vendas de R$176,8 milhões.

Ao longo do ano, R$715,7 milhões já foram repassados, ou seja, 5.522 unidades já efetivamente transferidas para instituições financeiras.

Em 2014, a Tenda entregou 30 projetos/fases e 6.264 unidades.

O valor de mercado para o estoque de Tenda totalizou ao final de 2014, R$828,7 milhões, representando 26,5% do estoque total consolidado.

No ano de 2014, a Tenda alcançou R$570,1 milhões de receita líquida.

Gente e Gestão A Gafisa tem sua Gente como maior patrimônio. Nosso time é formado por pessoas com um jeito único de ser: alinhadas a uma visão, a valores e à cultura empresarial construída ao longo dos mais de 60 anos de história. O comprometimento da Gente Gafisa com a entrega de resultados, com a qualidade e com o respeito ao cliente, são alicerces do diferencial competitivo da marca.

Temos uma equipe profissionalizada, experiente e de vanguarda no setor imobiliário brasileiro. Muitos dos profissionais que compõem nosso quadro iniciaram suas carreiras na Companhia.

Aproximadamente 70% de nossos líderes formaram-se dentro de casa, através de programas de atração e formação de talentos.

Nosso CEO iniciou sua carreira como estagiário da Cia e 50% dos atuais diretores trilharam o mesmo caminho de sucesso, iniciando neste Programa.

Atualmente, nosso Programa de Estágio conta com cerca de 320 estudantes (230 na Gafisa e 90 na Tenda) e 85% deles cursam Engenharia Civil. A seleção, a avaliação e a remuneração dos nossos colaboradores são pautadas no exercício diário de nossos valores. Estes devem ser percebidos por todos nas atitudes cotidianas, nas tomadas de decisão, nas ações estratégicas e no relacionamento com clientes, fornecedores, investidores e comunidade.

A política de remuneração da Companhia para seus colaboradores, incluindo os membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria (estatutária e não estatutária), está em linha com as melhores práticas de governança corporativa. Desta forma, visamos atrair e reter os melhores profissionais do mercado. A remuneração é estabelecida com base em pesquisas de mercado e está diretamente ligada ao alinhamento dos interesses dos executivos em questão com os dos acionistas da Companhia.

O modelo de meritocracia é baseado na remuneração variável. Um percentual relevante da remuneração total está ligado ao alcance dos resultados Corporativos e das metas individuais. Todos os colaboradores possuem metas individuais objetivas diretamente ligadas à estratégia da Companhia e aos principais indicadores do nosso negócio.

No caso dos Diretores e Gerentes, além da remuneração variável de curto prazo, há ainda uma parcela de incentivos de longo prazo (na forma de outorga de opções de compra de ações), o que permite o compartilhamento ainda maior do risco e do resultado da Companhia com seus principais executivos, característica de uma política transparente e voltada para o alcance de resultados duradouros.

Segurança e prevenção de acidentes de trabalho são temas de ordem. Assim, mantemos um programa contínuo de identificação, prevenção e mitigação de riscos, que visa, além de preservar a integridade física dos nossos colaboradores, oferecer embasamento para uma vida mais saudável. Para nós, investir em segurança é garantia de bem-estar dentro e fora do ambiente de trabalho. Oferecemos programas de treinamento para o time de campo (ligado diretamente às obras), bem como para os nossos colaboradores de empresas terceiras, que prestam serviços em nossos sites.

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A Companhia conta com a colaboração de 2.162 funcionários próprios (1.152 na marca Gafisa e 1.010 na marca Tenda – base dez/14) além dos estagiários mencionados acima.

Pesquisa e Desenvolvimento

A Gafisa, com o objetivo de permanecer exercendo seu papel de liderança, possui e incentiva múltiplas frentes voltadas para inovação.

Desde 2006, uma área denominada Desenvolvimento de Operações e Tecnologia (DOT), que tem como principal foco a busca por inovações tecnológicas e melhorias em processos, vem apresentando soluções que possibilitam vantagem competitiva diante do mercado.

A equipe de Desenvolvimento de Produto monitora as principais tendências e implementa diferenciais em nossos projetos.

As áreas de Inteligência de Mercado e Marketing Institucional são exemplos de outras frentes que suprem as áreas de negócios com informações e ideias inovadoras. Além destas, áreas de suporte como planejamento e de TI desenvolvem a cada ano projetos e ferramentas para acompanhamento de indicadores e aumento de eficiência em nossos processos internos, de obras, de vendas, etc.

Estas equipes utilizam também recursos alocados em todas as áreas da empresa para implantar e retroalimentar os projetos de desenvolvimento. Entendemos que a contribuição multidisciplinar é imprescindível para a evolução de novas ideias dentro da Cia.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Conselho de Administração O Conselho de Administração da Gafisa é o órgão responsável pela tomada de decisões e formulação de diretrizes e políticas gerais referentes aos negócios da Companhia, incluindo suas estratégias de longo prazo. Além disso, o Conselho também nomeia os diretores executivos e supervisiona suas atividades.

As decisões do Conselho de Administração ocorrem por meio do voto majoritário de seus membros. No caso de empate, cabe ao Presidente do Conselho de Administração, além de seu voto pessoal, dar o voto decisivo.

O Conselho é formado por sete membros, eleitos em Assembleia Geral de acionistas, dos quais seis (86%) são independentes, considerando não apenas o conceito de independente do Regulamento do Novo Mercado da BM&FBovespa, como também o da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), mais restrito. O fato de a Companhia possuir 86% de independentes também atende à determinação da NYSE, que determina que toda companhia listada tenha um conselho de administração formado em sua maior parte por membros independentes, enquanto o regulamento da BM&FBovespa estabelecem um mínimo de 20% de membros independentes. O mandato dos membros é unificado, de dois anos, conforme exigência do Regulamento do Novo Mercado, passível de reeleição e de destituição por acionistas reunidos em Assembleia Geral.

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A tabela abaixo apresenta os membros do Conselho de Administração.

Nome Posição Data da Eleição Prazo de Mandato

Odair Garcia Senra*

Conselheiro Efetivo e Presidente do

Conselho de Administração

25/04/2014 AGO 2016

Guilherme Affonso Ferreira Conselheiro Efetivo 25/04/2014 AGO 2016

Maurício Marcellini Pereira Conselheiro Efetivo 25/04/2014 AGO 2016

Cláudio José Carvalho de Andrade Conselheiro Efetivo 25/04/2014 AGO 2016

José Écio Pereira da Costa Junior Conselheiro Efetivo 25/04/2014 AGO 2016

Rodolpho Amboss Conselheiro Efetivo 25/04/2014 AGO 2016

Francisco Vidal Luna Conselheiro Efetivo 25/04/2014 AGO 2016 * Odair G. Senra é membro não independente do conselho de administração, em acordo com as regras da NYSE e do Regulamento do Novo Mercado.

Conselho Fiscal O Estatuto Social da Gafisa prevê um Conselho Fiscal de caráter não-permanente, podendo a Assembleia Geral de acionistas determinar sua instalação e membros, conforme previsto em lei. O Conselho Fiscal, quando instalado, será composto por 3 a 5 membros, com igual número de suplentes.

O funcionamento do Conselho Fiscal, quando instalado, termina na primeira Assembleia Geral Ordinária (“AGO”) realizada após a sua instalação, podendo seus membros serem reeleitos. A remuneração dos conselheiros fiscais é fixada pela Assembleia Geral de Acionistas que os eleger.

Na AGO realizada em 25 de abril de 2014 foi instalado o Conselho Fiscal, que funcionará até a próxima Assembleia Geral Ordinária da Companhia a ser realizada até abril de 2015.

Atualmente, o Conselho Fiscal é composto pelos Srs. Olavo Fortes Campos Rodrigues Junior, Peter Edward Cortes Marsden Wilson e Luis Fernando Brum de Melo como membros efetivos e os Srs. Marcello Mascotto Iannalfo, Marcelo Martins Louro e Laiza Fabiola Martins de Santa Rosa como suplentes.

Diretoria Executiva A Diretoria Executiva é o órgão da Companhia responsável, principalmente, pela administração e pelo monitoramento diário das políticas e diretrizes gerais estabelecidas pela Assembleia Geral dos acionistas e pelo Conselho de Administração.

A Diretoria Executiva da Gafisa deve ser composta por no mínimo dois e no máximo oito membros, incluindo o Presidente, o Diretor Financeiro e o Diretor de Relações com Investidores, eleitos pelo Conselho de Administração para um mandato de três anos, passível de reeleição, conforme disposto no Estatuto Social. No atual mandato, cinco membros compõem a Diretoria:

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Nome Cargo Data da Última

Posse Prazo de Mandato

Sandro Rogério da Silva Gamba Diretor Presidente 05/05/2014 04/05/2017

André Bergstein Diretor Executivo Financeiro e de

Relação com Investidores 05/05/2014 04/05/2017

Luiz Carlos Siciliano Diretor Executivo Operacional 05/05/2014 04/05/2017

Octavio Marques Flores Diretor Executivo Operacional 05/05/2014 04/05/2017

Katia Varalla Levy Diretora Executiva Operacional 05/05/2014 04/05/2017

Comitês

A Companhia possui 3 comitês de assessoramento do Conselho de Administração, de caráter permanente e estatutários, devendo ser necessariamente compostos por 3 membros independentes do Conselho de Administração. Estes Comitês não tem poder decisório, apenas de recomendação de posicionamento ao Conselho de Administração, que permanece como órgão responsável pela decisão final:

� Comitê de Nomeação e Governança Corporativa: tem por objetivo analisar e reportar periodicamente questões referentes ao tamanho, identificação, seleção e nomeação do Conselho de Administração, Diretoria e candidatos indicados para servir ao Conselho e a seus Comitês, bem como elaborar e recomendar princípios de Governança aplicáveis à Companhia. Atualmente é presidido por Claudio José Carvalho de Andrade, contando ainda com Rodolpho Amboss e Guilherme Affonso Ferreira como membros.

� Comitê de Auditoria: é responsável pelo planejamento e revisão dos relatórios e contabilidade anuais e trimestrais da Companhia, pelo envolvimento de auditores no processo e tem foco especial no cumprimento de determinações legais e normas de contabilidade, garantindo a manutenção de um sistema efetivo de controles internos. Este Comitê deve ser composto por membros que possuam experiência em assuntos relacionados a contabilidade, auditoria, finanças, tributação e controles internos e um dos membros deve possuir vasta experiência em administração contábil e financeira. Atualmente é presidido por José Écio Pereira, contando ainda com Maurício Marcellini Pereira e Francisco Vidal Luna como membros.

� Comitê de Remuneração: tem a função de avaliar e fazer recomendações aos membros do Conselho de Administração quanto às políticas de remuneração e todas as formas de gratificação a serem oferecidas aos Diretores Executivos e demais funcionários da Companhia. Atualmente é presidido por Claudio José Carvalho de Andrade, contando ainda com Rodolpho Amboss e Guilherme Affonso Ferreira como membros.

A Companhia possui ainda 3 comitês de assessoramento do Conselho de Administração, não estatutários, compostos por Diretores e Gerentes da Companhia: � Comitê Executivo de Ética: tem como atribuição monitorar as práticas adotadas por toda a

organização, assegurando que elas sejam compatíveis com as crenças e valores que representam a Gafisa e com os princípios e orientações de conduta dispostos no Código de Ética. Este Comitê é supervisionado pelo Comitê de Auditoria.

� Comitê Executivo de Investimento: tem a função de analisar, discutir e recomendar a aquisição de novas propriedades e lançamentos de imóveis; prestar consultoria aos Diretores na negociação de novos contratos e na estruturação de projetos; acompanhar a liberação de verbas e o fluxo de caixa; e, em casos especiais, participar da negociação e estruturação de novos tipos de acordos. Este Comitê é composto apenas por Diretores Estatutários da Companhia.

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� Comitê Executivo de Finanças: atua avaliando e provendo recomendações aos membros do Conselho de Administração em relação a políticas de risco e aos investimentos financeiros da Companhia. Este Comitê é composto por Diretores Estatutários da Companhia.

A composição desses comitês pode ser acessada no site de Relações com Investidores da Companhia: www.gafisa.com.br/ri.

Dividendos, Direitos dos Acionistas e Dados das Ações

A fim de proteger o interesse de todos os seus acionistas com equidade, a Companhia estabelece, de acordo com a legislação em vigor e as melhores práticas de governança, os seguintes direitos aos detentores de ações da Gafisa: � votar em Assembleia Geral, ordinária ou extraordinária, e fazer recomendações e orientações

ao Conselho de Administração quanto à tomada de decisões; � receber dividendos e participar da distribuição de lucros ou outras distribuições relativas às

ações, na proporção de suas participações no capital social; � fiscalizar a administração da Gafisa, conforme o Estatuto Social, e retirar-se da Companhia nos

casos previstos na Lei das Sociedades por Ações; e � receber, no mínimo, 100% do preço pago por ação ordinária do bloco de controle, de acordo

com o regulamento do Novo Mercado, no caso de oferta pública de ações em decorrência da alienação do controle da Companhia.

Nos termos do artigo 47, parágrafo 2º (b) do Estatuto Social, do saldo do lucro líquido do exercício, obtido após as deduções previstas no Estatuto Social e ajustado na forma do artigo 202, da Lei das Sociedades por Ações, destinar-se-á 25% para pagamento do dividendo obrigatório a todos os acionistas da Companhia.

Em função do prejuízo acumulado de R$42,5 milhões, apurado no exercício social encerrado em 31.12.2014, a proposta da administração, a ser votada em Assembleia Geral a ser realizada em abril de 2015, não incluirá distribuição de dividendos referente ao período fiscal de 2014.

MERCADO DE CAPITAIS

A Companhia, que possui capital pulverizado, continua como a única incorporadora brasileira a ter suas ações negociadas no nível 3 de ADR na Bolsa de Nova Iorque (NYSE), e possui uma das ações mais líquidas do setor imobiliário. Em 2014, atingimos um volume diário médio de negociação de R$18,9 milhões na BM&FBovespa, além do equivalente em dólares a aproximadamente R$7,5 milhões na NYSE, totalizando R$26,4 milhões de volume médio diário.

No ano de 2014, o índice Bovespa registrou queda de 0,66%, e as ações da Companhia terminaram cotadas a R$2,20 (GFSA3) e US$1,63 (GFA), o que representa uma queda de 32,31% e 43,60%, respectivamente, na comparação com o fechamento de 2013.

As ações da Gafisa estão incluídas nos índices IBOV - Bovespa, IBX - Bovespa, IBX50 – Bovespa.

Guidance 2014 No dia 20 de Outubro de 2014, a companhia anunciou em fato relevante a revisão em suas projeções (“Guidance”) de lançamentos no ano corrente para o segmento Gafisa, por conta das atuais incertezas no cenário macroeconômico atual. Esta alteração no volume de lançamentos projetados afetou também o guidance estabelecido para a relação entre despesas administrativas e volume de lançamentos do segmento Gafisa e também a projeção de lançamentos consolidada. Para o ano de 2015, em função da deterioração do ambiente econômico ao longo dos últimos meses, a Companhia, de maneira prudente e transparente, optou pela retirada do referido guidance, preferindo aguardar melhor acomodação do ambiente econômico do país.

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Os lançamentos do ano de 2014 totalizaram R$1.636 milhões. O segmento Gafisa foi responsável por 62,5% dos lançamentos do período, alcançando R$1.023 milhões e ficando ligeiramente abaixo do guidance estabelecido, enquanto o segmento Tenda pelos 37,5% restantes com R$613,3 milhões em linha com as projeções apresentadas. Adicionalmente, a Companhia encerrou o ano com confortável posição de liquidez. Conforme informado neste relatório, a relação entre Dívida Líquida / Patrimônio Líquido permaneceu estável ao longo de todo o ano, e encerrou 2014 em 47,1%. Diante deste cenário e considerando o plano de negócios da Companhia para os próximos anos, esperamos que o patamar de alavancagem consolidada permaneça entre 55% - 65%, medido através da mesma relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido, conforme guidance estabelecido. Por fim, conforme anunciado ao final de 2013, a Companhia ratifica como parâmetro de rentabilidade, o Retorno sobre o Capital Empregado (ROCE), e entendemos que em um prazo de 3 anos, esse indicador deve alcançar entre 14% - 16%, tanto para o segmento Tenda, como para o segmento Gafisa.

Auditores Independentes

A política de atuação da Companhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa junto aos auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam a autonomia do auditor independente. Esses princípios, internacionalmente aceitos, consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente, e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.

De acordo com o Artigo 2º da Instrução CVM nº 381/03, a Gafisa informa que a KPMG Auditores Independentes, auditoria independente da Companhia e de suas controladas, não prestou serviços não relacionados à auditoria independente em 2014.

Declaração da Diretoria

A Diretoria declara, em atendimento ao artigo 25, parágrafo 1º, incisos V e VI, da Instrução CVM 480/2009, que revisou, discutiu e concorda com as Demonstrações Contábeis contidas neste Relatório e opinião expressa no parecer dos Auditores Independentes referente às mesmas.

Agradecimento A Gafisa agradece a valiosa contribuição de seus funcionários, clientes, fornecedores, parceiros, acionistas, instituições financeiras, entidades governamentais, órgãos reguladores e demais públicos pelo apoio recebido ao longo de 2014.

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Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos acionistas e administradores da Gafisa S.A. São Paulo - SP Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Gafisa S.A. (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária no Brasil, como aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

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Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira individual e consolidada da Gafisa S.A. em 31 de dezembro de 2014, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária no Brasil e aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

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Ênfase Orientação OCPC 04 editada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis Conforme descrito na Nota 2.1, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas preparadas de acordo com as IFRS aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária consideram, adicionalmente, a Orientação OCPC 04 editada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Essa orientação trata do reconhecimento da receita desse setor e envolve assuntos relacionados ao significado e aplicação do conceito de transferência contínua de riscos, benefícios e de controle na venda de unidades imobiliárias, conforme descrito em maiores detalhes na Nota 2.2.2. Nossa opinião não está modificada em função desse assunto. Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, as demonstrações, individual e consolidada, do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRSs que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. São Paulo, 27 de fevereiro de 2015 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7

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Gafisa S.A. Balanço patrimonial 31 de dezembro de 2014 (Em milhares de Reais) Controladora Consolidado

Notas 2014 2013 2014 2013

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 4.1 33.792 39.032 109.895 215.194

Títulos e valores mobiliários 4.2 582.042 1.241.026 1.047.359 1.808.969 Contas a receber de incorporação e serviços prestados 5 748.910 1.034.833 1.440.498 1.909.877 Imóveis a comercializar 6 932.681 780.867 1.695.817 1.442.019 Valores a receber de partes relacionadas 22.1 104.765 172.316 142.732 82.547 Ativo não circulante destinado à venda 8 6.072 7.064 110.563 114.847 Instrumentos financeiros derivativos 21.i.b - 183 - 183 Despesas pagas antecipadamente - 8.036 21.440 15.442 35.188 Demais contas a receber 7 61.355 15.749 128.905 71.083 Total do ativo circulante

2.477.653 3.312.510 4.691.211 5.679.907

Não circulante

Contas a receber de incorporação e serviços prestados 5 275.531 182.069 384.821 313.791 Imóveis a comercializar 6 487.735 337.265 816.525 652.395 Valores a receber de partes relacionadas 22.1 68.120 98.272 107.067 136.508 Demais contas a receber 7 84.897 105.895 112.241 137.628 Imposto de renda e contribuição social diferidos 20 - 49.099 - -

916.283 772.600 1.420.654 1.240.322

Investimentos em participações societárias 9 3.022.609 2.679.833 968.393 1.120.076 Imobilizado 10 22.129 12.239 48.691 36.385 Intangível 11 38.707 46.023 76.903 106.340

3.083.445 2.738.095 1.093.987 1.262.801

Total do ativo não circulante

3.999.728 3.510.695 2.514.641 2.503.123

Total do ativo

6.477.381 6.823.205 7.205.852 8.183.030

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A. Controladora Consolidado

Notas 2014 2013 2014 2013

Circulante

Empréstimos e financiamentos 12 443.802 376.047 550.058 590.386 Debêntures 13 314.770 354.271 504.387 563.832 Obrigações por compra de imóveis e adiantamento de clientes 18 228.991 284.366 490.605 408.374

Fornecedores de materiais e serviços - 57.369 51.415 95.131 79.342 Imposto de renda e contribuição social - - 76.112 - 90.309 Impostos e contribuições - 38.386 39.663 114.424 126.316 Salários, encargos sociais e participações - 38.507 59.330 65.039 96.187 Dividendos mínimos obrigatórios - - 150.067 - 150.067 Provisão para demandas judiciais 17 103.034 72.119 103.034 72.119 Obrigações com cessão de créditos 14 14.128 50.184 24.135 82.787 Obrigações com investidores 15 6.081 108.742 6.317 112.886 Valores a pagar para partes relacionadas 22.1 596.047 202.175 156.503 133.678 Instrumentos financeiros derivativos 21.i.b 3.340 - 3.340 - Outras obrigações 16 128.567 101.296 157.896 176.740 Total do passivo circulante

1.973.022 1.925.787 2.270.869 2.683.023

Não circulante

Empréstimos e financiamentos 12 750.272 873.137 847.367 1.047.924 Debêntures 13 484.712 657.386 684.712 857.386 Obrigações por compra de imóveis e adiantamentos de clientes 18 74.022 35.729 101.137 79.975 Imposto de renda e contribuição social diferidos 20 26.126 - 34.740 56.652 Provisão para demandas judiciais 17 66.806 67.480 136.540 125.809 Obrigações com cessão de créditos 14 20.368 24.017 31.994 37.110 Obrigações com investidores 15 4.713 10.794 4.713 10.794 Instrumentos financeiros derivativos 21.i.b 4.833 - 4.833 - Outras obrigações 16 17.162 38.151 30.544 69.874 Total do passivo não circulante

1.449.014 1.706.694 1.876.580 2.285.524

Patrimônio liquido

Capital social 19.1 2.740.662 2.740.662 2.740.662 2.740.662 Ações em tesouraria 19.1 (79.059) (73.070) (79.059) (73.070) Reserva de capital e de outorga de opções de ações 69.897 54.383 69.897 54.383 Reserva de lucros 19.2 323.845 468.749 323.845 468.749

3.055.345 3.190.724 3.055.345 3.190.724 Participação de acionistas não controladores

- - 3.058 23.759 Total do patrimônio líquido

3.055.345 3.190.724 3.058.403 3.214.483 Total do passivo e patrimônio líquido

6.477.381 6.823.205 7.205.852 8.183.030

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A. Demonstração do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 (Em milhares de Reais, exceto quando de outra forma indicado)

Controladora Consolidado

Notas 2014 2013 2014 2013 Operações continuadas

Receita operacional líquida 23 1.144.821 1.301.152 2.150.998 2.481.211

Custos operacionais

Incorporação e venda de imóveis 24 (813.943) (820.318) (1.609.246) (1.863.766)

Lucro bruto operacional

330.878 480.834 541.752 617.445

(Despesas)/receitas operacionais

Despesas com vendas 24 (79.120) (117.460) (148.041) (215.649) Despesas gerais e administrativas 24 (124.827) (136.720) (211.906) (234.023) Resultado de equivalência patrimonial sobre investimentos 9 (25.228) 165.890 19.263 7.370 Remensuração de investimento em coligada 9 - 108.300 - 375.853 Depreciação e amortização 10 e 11 (60.757) (50.309) (79.251) (63.014) Outras receitas/(despesas), líquidas 24 (61.052) (98.073) (141.349) (86.111)

Lucro / (prejuízo) antes das receitas e despesas financeiras e do imposto de

renda e contribuição social

(20.106) 352.462 (19.532) 401.871

Despesas financeiras 25 (114.369) (189.506) (165.712) (243.586) Receitas financeiras 25 90.883 37.717 156.794 81.083

Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social

(43.592) 200.673 (28.450) 239.368

Imposto de renda e contribuição social corrente

(14.700) - (33.330) (23.690) Imposto de renda e contribuição social diferido

15.743 113.025 18.055 20.878

Total de imposto de renda e contribuição social 20.i 1.043 113.025 (15.275) (2.812)

Resultado Líquido das Operações Continuadas

(42.549) 313.698 (43.725) 236.556

Resultado Líquido de Operações Descontinuadas - 553.745 - 631.122

Lucro (prejuízo) do exercício (42.549) 867.443 (43.725) 867.678 (-) Lucro / (prejuízo) atribuível:

Aos acionistas não controladores - - (1.176) 235 À controladora

(42.549) 867.443 (42.549) 867.443

Média ponderada do número de ações (em milhares de ações) 28 401.905 426.300

Lucro (prejuízo) básico por lote de mil ações - Em Reais 28 (0,1059) 2,0348

De operações continuadas (0,1059) 0,7358 De operações descontinuadas - 1,2990

Lucro (prejuízo) diluído por lote de mil ações - Em Reais 28 (0,1059) 2,0226

De operações continuadas (0,1059) 0,7315 De operações descontinuadas - 1,2911

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A. Demonstração do resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 (Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado)

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013

Lucro (prejuízo) do exercício (42.549) 867.443 (43.725) 867.678

Total de resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos (42.549) 867.443 (43.725) 867.678

Atribuível a: Acionistas controladores (42.549) 867.443 (42.549) 867.443 Acionistas não controladores - - (1.176) 235

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A. Demonstração das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Em milhares de Reais)

Atribuídos aos acionistas controladores

Reserva de lucros

Notas Capital social

Ações em tesouraria

Reserva de outorga de

ações

Reserva legal

Reserva de investimentos

Prejuízos acumulados

Total controladora

Participação de acionistas não controladores

Total consolidado

Saldos em 31 de dezembro de 2012

2.735.794 (1.731) 36.964 - - (235.582) 2.535.445 150.384 2.685.829

Aumento de capital 19.1 4.868 - - - - - 4.868 3.065 7.933 Programa de opção de ações 19.3 - - 17.419 - - - 17.419 2.687 20.106 Ações em tesouraria adquiridas 19.1 (71.339) - - - - (71.339) (3.556) (74.895) Aquisição de participação com acionistas não controladores (120.051) (120.051) Lucro do exercício - - - - - - 867.443 867.443 235 867.678 Destinação: 19.2

Reserva legal - - - 31.593 - (31.593) - - - Juros sobre capital próprio - - - - - (130.192) (130.192) - (130.192) Dividendos declarados - - - - - (32.920) (32.920) (9.005) (41.925) Reserva de investimentos - - - - 437.156 (437.156) - - -

Saldos em 31 de dezembro de 2013

2.740.662 (73.070) 54.383 31.593 437.156 - 3.190.724 23.759 3.214.483

Programa de opção de ações 19.3 - - 15.514 - - - 15.514 - 15.514 Ações em tesouraria adquiridas 19.1 - (115.265) - - - - (115.265) - (115.265) Ações em tesouraria vendidas 19.1 - 17.583 - - (10.662) - 6.921 - 6.921 Ações em tesouraria canceladas - 91.693 - - (91.693) - - - - Aquisição de participação com acionistas não controladores - - - - - - - (19.525) (19.525) Prejuízo do exercício - - - - - - (42.549) (42.549) (1.176) (43.725) Absorção do prejuízo do exercício com reservas de lucros: 19.2 - - - - (42.549) 42.549 - - - Saldos em 31 de dezembro de 2014

2.740.662 (79.059) 69.897 31.593 292.252 - 3.055.345 3.058 3.058.403

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A.

Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Em milhares de Reais)

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013

Atividades operacionais Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (43.592) 200.673 (28.450) 239.368 Despesas/(receitas) que não afetam o caixa e equivalentes de caixa: Depreciação e amortização (Notas 10 e 11) 43.153 50.309 61.647 63.014 Despesas com plano de opções de ações (Nota 19.3) 33.168 17.263 34.006 17.419 Juros e encargos financeiros não realizados, líquidos 41.059 19.047 69.355 28.476 Provisão para garantia (Nota 16) 7.771 (5.258) (839) (20.928) Provisão para demandas judiciais e compromissos (Nota 17) 60.221 63.462 113.064 78.402 Provisão para participação nos lucros (Nota 26 (iii)) 19.000 35.886 35.006 59.651 Provisão para crédito de liquidação duvidosa e distratos (Nota 5) (1.424) (9.989) (14.616) (27.102) Provisão para realização de ativos não financeiros: Imóveis e terrenos destinados a venda (Nota 6 e 8) 5.449 2.381 (6.089) 2.829 Intangível (Nota 11) 17.604 962 17.604 962

Resultado de equivalência patrimonial (Nota 9) 25.229 (165.890) (19.263) (7.370) Remensuração de investimento em coligada (Nota 9) - (108.300) - (375.853) Resultado de instrumentos financeiros (Nota 21) 7.492 5.103 7.492 5.103 Provisão para multa sobre atraso de obras (Nota 16) (3.332) (2.010) (6.867) (21.719) Baixa de imobilizado e intangível líquido (Notas 10 e 11) 1.529 8.658 8.808 23.708 Baixas de investimentos (Nota 9) 17.428 13.400 5.748 -

Redução/(aumento) em ativos operacionais Contas a receber de incorporação e serviços prestados 143.903 (196.927) 391.625 260.557 Imóveis a comercializar e terrenos destinados à venda (306.741) (187.943) (462.417) (189.968) Demais contas a receber (11.416) 110.734 (11.574) 24.659 Despesas pagas antecipadamente 13.404 19.030 19.743 26.497

Aumento/(redução) em passivos operacionais Obrigações por compra de imóveis e adiantamento de clientes (17.081) 39.867 103.392 (19.812) Impostos e contribuições (1.277) 11.744 (26.088) (31.158) Fornecedores de materiais e serviços 5.954 6.931 15.789 (8.314) Salários, encargos sociais e participações (39.829) (23.457) (66.158) (47.517) Outras obrigações 31.709 184.613 (51.853) 198.585 Operações com partes relacionadas 97.868 13.812 (37.732) 37.772 Impostos pagos (90.812) - (109.442) (19.609)

Geração (utilização) de caixa e equivalentes de caixa nas atividades operacionais 56.257 104.101 41.891 297.652

Atividades de investimento Aquisição de 20% de AUSA (Nota 8.2) - - - (366.662) Venda de participação majoritária de AUSA (Nota 8.2) - 896.077 - 1.254.521 Aquisição de ativo imobilizado e intangível (Notas 10 e 11) (64.859) (60.475) (88.532) (80.993) Aplicação em títulos e valores mobiliários (3.393.034) (2.927.506) (4.855.621) (4.674.281) Resgate de títulos e valores mobiliários 4.052.017 1.994.183 5.617.231 3.681.342 Investimentos (59.833) (41.651) 29.026 (102.639) Dividendos recebidos (Nota 9) 44.775 231.177 49.849 342.176

Geração (utilização) de caixa nas atividades de investimento 579.066 91.805 751.953 53.464

Atividades de financiamento Aumento de capital - 4.868 - 4.868 Quotas resgatáveis de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) - - - (5.089) Captação de empréstimos, financiamentos e debêntures 655.157 888.031 822.123 1.783.184 Pagamento de empréstimos, financiamentos e debêntures - principal (727.174) (862.510) (1.048.057) (1.875.270) Pagamento de empréstimos, financiamentos e debêntures - juros (236.325) (133.381) (315.798) (259.285) Cessão de créditos 10.278 - 12.434 - Obrigações com investidores (108.742) (110.513) (112.650) (112.743) Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (150.042) - (150.042) - Operações de mútuo com partes relacionadas 1.903 (39.205) 1.193 (32.449) Alienação de ações em tesouraria (Nota 19.1) 17.583 - 17.583 - Resultado na alienação de ações em tesouraria (Nota 19.1) (10.664) - (10.664) - Recompra de ações em tesouraria (Nota 19.1) (92.537) - (115.265) (71.339)

Geração de caixa e equivalente de caixa nas atividades de financiamentos (640.563) (252.710) (899.143) (568.123) Aumento/(redução) líquida em caixa e equivalentes de caixa (5.240) (56.804) (105.299) (217.007)

Caixa e equivalentes de caixa No início do exercício 39.032 95.836 215.194 432.201 No final do exercício 33.792 39.032 109.895 215.194 Aumento/(redução) líquida em caixa e equivalentes de caixa (5.240) (56.804) (105.299) (217.007)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A. Demonstração do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Em milhares de Reais)

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013

Receitas 1.257.710 1.981.758 2.325.677 3.330.981

Incorporação e venda de imóveis 1.256.286 1.418.024 2.256.198 2.618.737 Reversão (constituição) de provisão para devedores duvidosos e

distratos 1.424 9.989 69.479 81.122 Resultado de operação descontinuada - 553.745 - 631.122 Insumos adquiridos de terceiros (inclui impostos sobre compras) (782.133) (886.001) (1.667.210) (1.904.141)

Custos operacionais - Incorporação e venda de imóveis (705.984) (738.665) (1.437.656) (1.706.554) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (76.149) (147.336) (229.554) (197.587)

Valor adicionado bruto 475.577 1.095.757 658.467 1.426.840

Depreciação e amortização (60.757) (50.308) (79.251) (63.014)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 414.820 1.045.449 579.216 1.363.826

Valor adicionado recebido em transferência 65.655 311.907 176.057 464.306 Resultado de investimento avaliado a valor justo - 108.300 - 375.873 Resultado de equivalência patrimonial (25.228) 165.890 19.263 7.350 Receitas financeiras 90.883 37.717 156.794 81.083

Valor adicionado total a distribuir 480.475 1.357.356 755.273 1.828.132

Distribuição do valor adicionado 480.475 1.357.356 755.273 1.828.132 Pessoal e encargos 152.891 171.619 216.410 285.276 Impostos, taxas e contribuições 139.056 40.946 229.919 264.795 Juros e aluguéis 231.077 277.348 351.493 410.618 Juros sobre o capital próprio - 130.192 - 130.192 Dividendos - 32.920 - 32.920 Lucros retidos atribuível aos acionistas não controladores - - 1.176 (235) Lucros retidos (42.549) 704.331 (43.725) 704.566

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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1. Contexto operacional A Gafisa S.A. ("Gafisa" ou "Companhia") é uma sociedade anônima, com sede na Avenida das Nações Unidas, nº 8.501, 19º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo - Brasil e iniciou suas operações em 1997, tendo como objetivo social: (i) a promoção e administração de empreendimentos imobiliários de qualquer natureza, próprios ou de terceiros, nestes últimos como construtora e mandatária; (ii) a alienação e aquisição de imóveis de qualquer natureza; (iii) a construção civil e prestação de serviços de engenharia civil; (iv) o desenvolvimento e implementação de estratégias de marketing relativas a empreendimentos imobiliários próprios e de terceiros; e (v) a participação em outras sociedades, com os mesmos objetivos sociais da Companhia. Os empreendimentos de incorporação imobiliária da Companhia com terceiros são estruturados por meio de participação em Sociedades de Propósito Específico ("SPEs"), ou formação de condomínios e consórcios. As sociedades controladas compartilham, de forma significativa, das estruturas gerenciais e operacionais e dos custos corporativos, gerenciais e operacionais da Companhia. As SPEs, condomínios e consórcios têm atuação exclusiva no setor imobiliário e estão vinculadas a empreendimentos específicos. Em 7 de fevereiro de 2014, a Companhia divulgou fato relevante informando aos seus acionistas e ao mercado em geral que seu Conselho de Administração autorizou a administração da Companhia a iniciar estudos para uma potencial separação das unidades de negócio Gafisa e Tenda em duas companhias abertas e independentes de modo a reforçar a geração de valor para a Companhia e seus acionistas. Caso esse plano venha a ser aprovado pelo Conselho de Administração e acionistas, a operação poderá ser concluída ao longo de 2015. Em 28 de julho de 2014, dando continuidade ao processo de separação das unidades de negócio, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deferiu o pedido da controlada Tenda de conversão de categoria de registro de emissor de valores mobiliários para Categoria “A”.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis 2.1. Base de apresentação e elaboração das demonstrações financeiras individuais e

consolidadas Em 27 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração da Companhia aprovou as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia e autorizou sua divulgação. As demonstrações financeiras individuais, identificadas como “controladora” foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas. Pelo fato de que as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações financeiras individuais, a partir de 2014, não diferem do IFRS aplicável às demonstrações financeiras separadas, uma vez que o IFRS passou a permitir a aplicação do método de equivalência patrimonial em controladas nas demonstrações separadas, elas também estão em conformidade com as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)). As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs), referendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e conforme as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS)) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Especificamente, as demonstrações financeiras consolidadas estão em conformidade com as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS) aplicáveis às entidades de incorporação imobiliária no Brasil, incluindo a Orientação OCPC 04 - Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às entidades de incorporação imobiliária brasileiras, no que diz respeito ao tratamento do reconhecimento da receita desse setor e envolve assuntos relacionados à aplicação do conceito de transferência contínua de riscos, benefícios e de controle das unidades imobiliárias vendidas. A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), individual e consolidada, é requerida pela legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias abertas e foi elaborada de acordo com a Deliberação CVM nº 557, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o pronunciamento contábil CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado. As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações financeiras.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.1. Base de apresentação e elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação

As demonstrações financeiras foram elaboradas no curso normal dos negócios. A Administração efetua uma avaliação da capacidade da Companhia de dar continuidade às suas atividades durante a elaboração das demonstrações financeiras. A Companhia está adimplente em relação às cláusulas de dívidas na data da emissão dessas demonstrações financeiras.

Todos os valores apresentados nestas demonstrações financeiras estão expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

2.1.1. Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia incluem as demonstrações financeiras da Gafisa, de suas controladas diretas e indiretas. A Companhia controla uma entidade quando está exposto ou tem direito a retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de interferir nesses retornos devido ao poder que exerce sobre a entidade. A existência e os efeitos de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa. As práticas contábeis foram aplicadas de maneira uniforme em todas as controladas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas e o exercício social dessas empresas coincide com o da Companhia. Vide maiores detalhes na Nota 9.

2.1.2. Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras individuais (controladora) e consolidadas estão apresentadas em Reais (moeda de apresentação), que também é a moeda funcional da Companhia e de suas controladas.

2.1.3. Apresentação de informação por segmentos

As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para os principais tomadores de decisões operacionais, representados pela Diretoria Executiva e Conselho de Administração, os quais são responsáveis pela alocação de recursos, avaliação de desempenho dos segmentos operacionais e pela tomada das decisões estratégicas.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis

2.2.1. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias.

(i) Julgamentos

A preparação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia requer que a Administração faça julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como a divulgação de passivos contingentes, na data-base das demonstrações financeiras.

(ii) Estimativas e premissas Ativos e passivos sujeitos a estimativas e premissas incluem provisão para redução ao valor recuperável de ativos, transações com pagamentos baseados em ações, provisão demandas judiciais, valor justo de instrumentos financeiros, mensuração do custo orçado de empreendimentos, impostos diferidos ativos, dentre outros. As principais premissas relativas às fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, que podem resultar em valores diferentes quando da liquidação, são discutidas a seguir:

a) Perda por redução ao valor recuperável de ativos

A Administração revisa anualmente e/ou quando ocorre algum evento específico o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e, se o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão, ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Essas perdas são lançadas ao resultado do exercício quando identificadas. O teste de perda por redução ao valor recuperável de ativos intangíveis de vida útil indefinida e ágio por expectativa de rentabilidade futura é efetuado anualmente e/ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2.1. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis--Continuação

(ii) Estimativas e premissas--Continuação

a) Perda por redução ao valor recuperável de ativos--Continuação

Os fluxos de caixa derivam do orçamento para os próximos cinco anos e não incluem atividades de reorganização com as quais a Companhia ainda não tenha se comprometido ou investimentos futuros significativos que melhorarão a base de ativos da unidade geradora de caixa objeto de teste. O valor recuperável é sensível à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de caixa descontado, bem como aos recebimentos de caixa futuro esperados e à taxa de crescimento utilizada para fins de extrapolação.

O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

As principais premissas utilizadas para determinar o valor recuperável das unidades geradoras de caixa são detalhadas na Nota 11.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.1. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis--Continuação

(ii) Estimativas e premissas--Continuação

b) Transações com pagamentos baseados em ações A Companhia mensura o custo de transações a ser liquidado com ações com funcionários baseado no valor justo dos instrumentos patrimoniais na data da sua outorga. A estimativa do valor justo dos pagamentos com base em ações requer a determinação do modelo de avaliação mais adequado para a concessão de instrumentos patrimoniais, o que depende dos termos e condições da concessão. Isso requer também a determinação dos dados mais adequados para o modelo de avaliação, incluindo a vida esperada da opção, volatilidade e rendimento de dividendos e correspondentes premissas. As premissas e modelos utilizados para estimar o valor justo dos pagamentos baseados em ações são divulgados na Nota 19.3.

c) Provisões para demandas judiciais A Companhia reconhece provisão para causas tributárias, trabalhistas e cíveis (Nota 17). A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo da sua determinação. A Companhia revisa as estimativas e as premissas pelo menos anualmente. Existem incertezas em relação à interpretação de regulamentos tributários complexos e ao valor e época de resultados tributáveis futuros. A Companhia e suas controladas estão sujeitas no curso normal dos negócios a investigações, auditorias, processos judiciais e procedimentos administrativos em matérias cíveis, tributárias e trabalhistas.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.1. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis--Continuação

(ii) Estimativas e premissas--Continuação

d) Valor justo de instrumentos financeiros Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido em mercado ativo, o mesmo é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método do fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo, quando isso não for viável, julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, por exemplo, taxa de juros, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros.

e) Custos orçados dos empreendimentos

Os custos orçados, compostos, principalmente, pelos custos incorridos e custos previstos a incorrer para o encerramento das obras, são regularmente revisados, conforme evolução das obras, e eventuais ajustes identificados com base nesta revisão são refletidos nos resultados da Companhia. O efeito de tais revisões nas estimativas afeta o resultado.

f) Realização do imposto de renda diferido O reconhecimento inicial e as posteriores análises da realização do imposto de renda diferido ocorre quando seja provável que o lucro tributável dos próximos anos esteja disponível para ser usado na compensação do ativo fiscal diferido, com base em projeções de resultados elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que possibilitem a sua utilização total ou parcial.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.2. Reconhecimento de receitas e despesas

(i) Apuração do resultado de incorporação e venda de imóveis

(a) Nas vendas de unidades concluídas, o resultado é apropriado no momento em que a venda é efetivada com a transferência significativa dos riscos e direitos, independentemente do prazo de recebimento do valor contratual.

(b) Nas vendas de unidades não concluídas, são observados os seguintes procedimentos:

• O custo incorrido (incluindo o custo do terreno e demais gastos relacionados diretamente com a formação do estoque) correspondente às unidades vendidas é apropriado integralmente ao resultado. Para as unidades ainda não comercializadas, o custo incorrido é apropriado ao estoque (Nota 2.2.7);

• As receitas de vendas são apropriadas ao resultado, utilizando-se o método do percentual de conclusão de cada empreendimento, sendo esse percentual mensurado em razão do custo incorrido em relação ao custo total orçado dos respectivos empreendimentos;

• Os montantes das receitas de vendas reconhecidos que sejam superiores aos valores efetivamente recebidos de clientes, são registrados em ativo circulante ou realizável a longo prazo, na rubrica “Contas a receber de incorporação e serviços prestados”. Os montantes recebidos com relação à venda de unidades que sejam superiores aos valores reconhecidos de receitas, são contabilizados na rubrica "Obrigações por compra de imóveis e adiantamentos de clientes";

• Os juros e a variação monetária, incidentes sobre o saldo de contas a

receber a partir da entrega das chaves, assim como o ajuste a valor presente do saldo de contas a receber, são apropriados ao resultado de incorporação e venda de imóveis quando incorridos, obedecendo ao regime de competência dos exercícios “pro rata temporis”;

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.2. Reconhecimento de receitas e despesas

(i) Apuração do resultado de incorporação e venda de imóveis--Continuação

• Os encargos financeiros de contas a pagar por aquisição de terrenos e os diretamente associados ao financiamento da construção, são capitalizados e registrados aos estoques de imóveis a comercializar, e apropriados ao custo incorrido das unidades em construção até a sua conclusão e observando-se os mesmos critérios de apropriação do custo de incorporação imobiliária na proporção das unidades vendidas em construção;

• Os tributos incidentes e diferidos sobre a diferença entre a receita

incorrida de incorporação imobiliária e a receita acumulada submetida à tributação são calculados e refletidos contabilmente por ocasião do reconhecimento dessa diferença de receita;

• As demais despesas, incluindo, de propaganda e publicidade são apropriadas ao resultado quando incorridas.

(ii) Prestação de serviços de construção

Receitas decorrentes da prestação de serviços imobiliários são reconhecidas na medida em que os serviços são prestados, e estão vinculadas com a atividade de administração de construção para terceiros e consultoria técnica.

(iii) Operações de permuta

A permuta de terrenos tem por objeto o recebimento de terrenos de terceiros para liquidação por meio da entrega de unidades imobiliárias ou o repasse de parcelas provenientes das vendas das unidades imobiliárias dos empreendimentos. Os terrenos adquiridos pela Companhia e por suas controladas são registrados pelo seu valor justo, como um componente do estoque, em contrapartida a adiantamento de clientes no passivo. As receitas e os custos decorrentes de operações de permutas são apropriados ao resultado ao longo do período de construção dos empreendimentos, conforme consta no item (b) descrito anteriormente.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.3. Instrumentos financeiros

Os instrumentos financeiros são reconhecidos a partir da data em que a Companhia se torna parte das disposições contratuais dos instrumentos financeiros e incluem, principalmente, caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários, contas a receber, empréstimos e financiamentos, fornecedores e outras dívidas. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros são mensurados conforme descritos a seguir: (i) Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Um instrumento é classificado pelo valor justo por meio do resultado se for mantido para negociação, ou seja, designado como tal quando do reconhecimento inicial. Os instrumentos financeiros são designados pelo valor justo por meio do resultado se a Companhia gerencia esses investimentos e toma decisões de compra e venda com base em seu valor justo de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco. Após reconhecimento inicial, custos de transação atribuíveis são reconhecidos nos resultados quando incorridos. Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado são medidos pelo valor justo, e suas flutuações são reconhecidas no resultado. Durante exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia manteve instrumentos financeiros derivativos com o objetivo de mitigar o risco de sua exposição à volatilidade de índices e juros, reconhecidos por seu valor justo diretamente no resultado do exercício. De acordo com suas políticas de tesouraria, a Companhia não possui ou emite instrumentos financeiros derivativos para fins outros que não os de proteção. A Companhia não adota a prática contábil de Hedge Accounting.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.3. Instrumentos financeiros--Continuação

(ii) Ativos financeiros Ativos financeiros são classificados como ativos financeiros a valor justo por meio

do resultado, recebíveis, investimentos mantidos até o vencimento e ativos financeiros disponíveis para venda. A Companhia determina a classificação dos seus ativos financeiros no momento do seu reconhecimento inicial, quando ele se torna parte das disposições contratuais do instrumento.

Ativos financeiros são reconhecidos inicialmente ao valor justo, acrescidos, no caso de investimentos não designados a valor justo por meio do resultado, dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição de ativo financeiro.

Os ativos financeiros da Companhia incluem caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários, contas a receber de clientes e demais contas a receber, outros recebíveis e instrumentos financeiros derivativos.

Desreconhecimento (baixa)

Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, uma parte de um ativo financeiro ou parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é baixado quando:

• Os direitos de receber fluxos de caixa do ativo expirarem;

• A Companhia transferir os seus direitos de receber fluxos de caixa do ativo ou assumir uma obrigação de pagar integralmente os fluxos de caixa recebidos, sem demora significativa, a um terceiro por força de acordo de “repasse”; e (a) a Companhia transferir substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou (b) a Companhia não transferir nem reter substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, mas transferir o controle sobre o ativo.

Quando a Companhia tiver transferido seus direitos de receber fluxos de caixa de um ativo ou tiver executado um acordo de repasse, e não tiver transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, um ativo é reconhecido na extensão do envolvimento contínuo da Companhia com o ativo. Nesse caso, a Companhia também reconhece um passivo associado. O ativo transferido e o passivo associado são mensurados com base nos direitos e obrigações que a Companhia manteve.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.3. Instrumentos financeiros--Continuação

(ii) Ativos financeiros--Continuação

O envolvimento contínuo na forma de uma garantia sobre o ativo transferido é mensurado pelo valor contábil original do ativo ou pela máxima contraprestação que puder ser exigida da Companhia, dos dois o menor.

(iii) Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado

Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem passivos financeiros para negociação e passivos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado.

Empréstimos e financiamentos

Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos.

Desreconhecimento (baixa)

Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou expirar.

Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo mutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado.

Instrumentos financeiros – apresentação líquida

Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal não deve ser contingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou contraparte.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.4. Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários Caixa e equivalentes de caixa incluem substancialmente depósitos à vista e certificados de depósitos bancários compromissados, denominados em Reais, com alto índice de liquidez de mercado e vencimentos contratuais não superiores a 90 dias e para os quais inexistem multas ou quaisquer outras restrições para seu resgate imediato, junto ao emissor do instrumento. Os equivalentes de caixa são classificados como ativos financeiros a valor justo por meio do resultado e estão registrados pelo valor original acrescido dos rendimentos auferidos, apurados pelo critério "pro rata temporis", que equivalem aos seus valores de mercado, não havendo impacto a ser contabilizado no patrimônio líquido da Companhia. Os títulos e valores mobiliários incluem certificados de depósitos bancários, títulos públicos emitidos pelo Governo Federal, fundos de investimentos exclusivos que são integralmente consolidados e cauções, os quais são classificados a valor justo por meio de resultado (Nota 4.2).

2.2.5. Contas a receber de incorporação e serviços prestados São apresentados aos valores presentes e de realização. A classificação entre circulante e não circulante é realizada com base na expectativa de vencimento das parcelas dos contratos. As parcelas em aberto são atualizadas com base no Índice Nacional da Construção Civil (INCC) para a fase de construção do projeto, e pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) e juros de 12% ao ano, após a data de entrega das chaves das unidades concluídas. O ajuste a valor presente é calculado entre o momento da assinatura do contrato e a data prevista para entrega das chaves do imóvel ao promitente comprador, utilizando uma taxa de desconto representada pela taxa média dos financiamentos obtidos pela Companhia, líquida do efeito inflacionário, conforme mencionado na Nota 2.2.19 A reversão do ajuste a valor presente, considerando-se que parte importante do contexto operacional da Companhia é a de financiar os seus clientes até a entrega das chaves, foi realizada, tendo como contrapartida o próprio grupo de receitas de incorporação imobiliária, de forma consistente com os juros incorridos sobre a parcela do saldo de contas a receber referentes ao período “pós-chaves”.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.6. Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Cédula de Crédito Imobiliário (“CCI”)

A Companhia e suas controladas realizam a cessão e/ou securitização de recebíveis, relativas aos créditos com alienação fiduciária de empreendimentos concluídos e em andamento. Essa securitização é realizada mediante a emissão de Cédula de Crédito Imobiliário (CCI), que são cedidos às instituições financeiras. Quando não apresenta qualquer direito de regresso, essa cessão é registrada como conta redutora do saldo de contas a receber. Quando da existência de direitos de regresso contra a Companhia, o contas a receber cedido é mantido no balanço patrimonial e os recursos obtidos pela cessão são classificados na rubrica “Obrigações com cessões de créditos”, até a liquidação das cédulas pelos clientes. Nesta situação, o custo da operação é registrado na rubrica “despesas financeiras” na demonstração do resultado do exercício em que a operação é realizada. Quando houver garantias financeiras, representadas pela aquisição de CRI subordinado, será registrado no balanço patrimonial na rubrica de “títulos e valores mobiliários”, ao seu valor de realização, que equivale ao seu valor justo.

2.2.7. Imóveis a comercializar

A Companhia e suas controladas adquirem terrenos para futuras incorporações, com condições de pagamento em moeda corrente ou por intermédio de permuta, nas quais, em troca dos terrenos, compromete-se a: (a) repassar parcela das receitas provenientes das vendas das unidades imobiliárias dos empreendimentos; ou (b) entregar unidades imobiliárias de empreendimentos em construção. Os terrenos adquiridos por intermédio de operações de permuta são demonstrados ao valor justo das unidades a serem entregues e a receita e o custo são reconhecidos seguindo os critérios descritos na Nota 2.2.2 (b)(iii).

Os imóveis são demonstrados ao custo de construção, e reduzidos por provisão quando tal valor exceder seu valor líquido realizável. No caso de imóveis em construção, a parcela em estoque corresponde ao custo incorrido das unidades ainda não comercializadas. O custo incorrido compreende os gastos com construção (materiais, mão de obra própria ou contratada de terceiros e outros relacionados), as despesas de legalização do terreno e empreendimento, os custos com terrenos e os encargos financeiros aplicados no empreendimento incorridos durante a fase de construção.

A classificação de terrenos entre o ativo circulante e o ativo não circulante é realizada pela Administração com base na expectativa de prazo do lançamento dos empreendimentos imobiliários. A Administração revisa periodicamente as estimativas de lançamentos dos empreendimentos imobiliários.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.8. Gastos com intermediação das vendas - comissões

Os gastos com corretagem são registrados no resultado na rubrica “Despesas com vendas” observando-se o mesmo critério adotado para o reconhecimento das receitas das unidades vendidas. Encargos relacionados com a comissão de venda pertencente ao adquirente do imóvel, não constituem receita ou despesa da Companhia.

2.2.9. Despesas pagas antecipadamente As despesas pagas antecipadamente são apropriadas ao resultado do exercício quando incorridas pelo regime de competência.

2.2.10. Terrenos destinados à venda

Os terrenos destinados à venda são mensurados com base no menor valor entre o valor contábil e o valor justo, deduzido dos custos de venda e são classificados como mantidos para venda se seus valores contábeis forem recuperados por meio de uma transação de venda da propriedade e não do empreendimento preliminarmente destinado. Essa condição é considerada cumprida apenas quando a venda for altamente provável e o grupo de ativo ou de alienação estiver disponível para venda imediata na sua condição atual. A Administração deve comprometer-se com a venda dentro de um ano a partir da data de classificação.

2.2.11. Investimentos em controladas Os investimentos nas controladas são registrados na controladora pelo método de equivalência patrimonial. Quando a participação da Companhia nas perdas das controladas iguala ou ultrapassa o valor do investimento, a Companhia reconhece a parcela residual na rubrica passivo a descoberto, uma vez que assume obrigações e efetua pagamentos em nome dessas sociedades. Para isso, a Companhia constitui provisão no montante considerado adequado para suprir as obrigações da controlada (Nota 9).

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.12. Imobilizado

O imobilizado é registrado ao custo de aquisição, líquido de depreciação acumulada e/ou perdas acumuladas por redução ao valor recuperável, se aplicável. Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício econômico-futuro for esperado do seu uso ou venda eventual. Ganho ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido da venda e o valor contábil do ativo) são incluídos na demonstração do resultado, no exercício em que o ativo for baixado. A depreciação é calculada com base no método linear, tomando-se por base a vida útil estimada dos bens (Nota 10). O valor residual, vida útil e métodos de depreciação foram revisados no encerramento do exercício social, não tendo ocorrido modificações, em relação às informações do exercício social anterior. Os gastos incorridos com a construção dos estandes de vendas, apartamentos-modelo e respectivas mobílias, são incorporados ao ativo imobilizado da Companhia e de suas controladas. Tais ativos são depreciados após o lançamento do empreendimento pelo prazo médio de um ano. Os ativos imobilizados estão sujeitos a análises periódicas sobre a deterioração de ativos (“impairment”). Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não havia indicadores de impairment sobre o imobilizado.

2.2.13. Intangível

(i) Os gastos relacionados com a aquisição e implantação de sistemas de

informação e licenças para utilização de software são registrados ao custo de aquisição, sendo amortizados linearmente em até cinco anos, e estão sujeitos a análises periódicas sobre a deterioração de ativos (“impairment”).

(ii) Os investimentos da Companhia nas controladas incluem ágio quando o custo de aquisição ultrapassa o valor de mercado dos ativos líquidos da controlada adquirida.

Os ágios registrados em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 referem-se às aquisições antes da data de transição para o CPC/IFRS (01 de janeiro de 2009) e a Companhia optou por não retroagir as aquisições de investimentos antes da data de transição, para ajustar os respectivos ágios.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.13. Intangível--Continuação

O teste de perda por redução ao valor recuperável de ágio (“impairment”) é feito anualmente ou quando as circunstâncias indicarem impairment por desvalorização do valor contábil.

2.2.14. Obrigações por compra de imóveis e adiantamentos de clientes por permuta

As obrigações na aquisição de imóveis são reconhecidas pelos valores correspondentes às obrigações contratuais assumidas. Em seguida, são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos, quando aplicável, de encargos e juros proporcionais ao período incorrido ("pro rata temporis"), líquido do ajuste a valor presente. As obrigações relacionadas com as operações de permutas de terrenos por unidades imobiliárias são demonstradas ao valor justo das unidades a serem entregues.

2.2.15. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido (i) Imposto de renda e contribuição social correntes

O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber/compensar esperado sobre o lucro tributável do exercício. Para o cálculo do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro corrente, a Companhia adotou o Regime Tributário de Transição (RTT), que permite expurgar os efeitos decorrentes das mudanças promovidas pelas Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009, da base de cálculo desses tributos. O imposto de renda (25%) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL (9%) são calculados observando-se suas alíquotas nominais, que conjuntamente, totalizam 34%. O imposto de renda diferido é gerado por diferenças temporárias da data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. Conforme facultado pela legislação tributária, certas controladas optaram pelo regime de lucro presumido. Para essas sociedades, a base de cálculo do imposto de renda e contribuição social é baseada no lucro estimado apurado à razão de 8% e 12% sobre as receitas brutas, respectivamente, sobre o qual se aplica as alíquotas nominais do respectivo imposto e contribuição.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.15. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido

(i) Imposto de renda e contribuição social correntes--Continuação

Conforme facultado pela legislação tributária, a incorporação de alguns empreendimentos estão submetidas ao regime da afetação, pelo qual o terreno e as acessões objeto de incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados, estão apartados do patrimônio do incorporador e constituem patrimônio de afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes. Adicionalmente, certas controladas efetuaram a opção irrevogável pelo "Regime Especial de Tributação – RET", adotando o "patrimônio de afetação", segundo o qual o imposto de renda e contribuição social são calculados à razão de 1,92% sobre as receitas brutas (4% também considerando PIS e COFINS sobre as receitas).

Em 13 de maio de 2014, a Medida Provisória nº 627 foi convertida na Lei nº 12.973/14, confirmando a revogação do Regime Tributário de Transição (RTT) a partir de 2015, com opção de antecipar seus efeitos para 2014. A Companhia concluiu a análise dos impactos advindos das disposições contidas na referida Lei, tanto em suas demonstrações financeiras, como em sua estrutura de controles internos. Considerando que o resultado dessa análise não apresentou efeitos tributários materiais, a Companhia decidiu não antecipar a adoção das regras e disposições previstas na nova legislação no exercício de 2014.

(ii) Imposto de renda e contribuição social diferidos

O imposto diferido é reconhecido com relação aos prejuízos fiscais e às diferenças temporárias entre os valores de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins de tributação. Seu reconhecimento ocorre na extensão em que seja provável que o lucro tributável dos próximos anos esteja disponível para ser usado na compensação do ativo fiscal diferido, com base em projeções de resultados elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos-futuros que possibilitam a sua utilização total ou parcial, mediante a constituição de uma provisão para a não realização do saldo. Periodicamente, os valores contabilizados são revisados e os efeitos, considerando os de realização ou liquidação, estão refletidos em consonância com o disposto na legislação tributária.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.15. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido--Continuação

(ii) Imposto de renda e contribuição social diferidos--Continuação O imposto de renda diferido sobre prejuízos fiscais acumulados não possui prazo de prescrição, porém a sua compensação é limitada a 30% do montante do lucro tributável de cada exercício. Sociedades que optam pelo regime de lucro presumido não podem compensar prejuízos fiscais de um período em anos subsequentes, e por esse motivo não são contabilizados tributos diferidos.

2.2.16. Outros passivos circulantes e não circulantes São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis acrescidos, quando aplicável dos correspondentes encargos e variações monetárias até a data do balanço patrimonial, cuja contrapartida é lançada ao resultado do exercício. Quando aplicável os passivos circulantes e não circulantes são registrados ao valor presente com base em taxas de juros que refletem o prazo, a moeda e o risco de cada transação.

2.2.17. Plano de opção de compra de ações

A Companhia oferece aos empregados e administradores, devidamente aprovado pelo Conselho de Administração, o plano de remuneração com base em ações (“stock options”), segundo o qual recebe os serviços como contraprestações das opções de compra de ações outorgadas. O valor justo das opções é estabelecido na data da outorga, sendo que o mesmo é reconhecido como despesa no resultado do exercício (em contrapartida ao patrimônio líquido), à medida que os serviços são prestados pelos empregados e administradores. Em uma transação liquidada, para os títulos patrimoniais em que o plano é modificado, uma despesa mínima é reconhecida e corresponde às despesas como se os termos não tivessem sido alterados. Uma despesa adicional é reconhecida para qualquer modificação que aumenta o valor justo total das opções outorgadas, ou que de outra forma beneficia o funcionário, mensurada na data da modificação. Em caso de cancelamento de um plano de opção de compra de ações, o mesmo é tratado como se tivesse sido outorgado na data do cancelamento, e qualquer despesa não reconhecida do plano, é reconhecida imediatamente. Porém, se um novo plano substitui o plano cancelado, e o mesmo é designado um plano substituto na data de outorga, o plano cancelado e o novo plano são tratados como se fossem uma modificação ao plano original, conforme mencionado anteriormente.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.17. Plano de opção de compra de ações--Continuação

A Companhia revisa, anualmente, suas estimativas da quantidade de opções que terão seus direitos adquiridos, considerando as condições de aquisição não relacionadas ao mercado e as condições por tempo de serviço. A Companhia reconhece o impacto da revisão das estimativas iniciais, se houver, na demonstração do resultado, com contrapartida no patrimônio líquido.

2.2.18. Outros benefícios a empregados

Os salários e benefícios concedidos a empregados e administradores da Companhia incluem, as remunerações fixas (salários, INSS, FGTS, férias, 13º salário, entre outros), as remunerações variáveis, tais como as participações nos lucros, os bônus e os pagamentos baseados em opções. Esses benefícios são registrados no resultado do exercício, na rubrica "Despesas gerais e administrativas”, à medida que são incorridos. O sistema de bônus opera com metas corporativas individuais, estruturados na eficiência dos objetivos corporativos, seguidos por objetivos de negócios e finalmente por objetivos individuais. A Companhia e suas controladas não mantêm planos de previdência privada e plano de aposentadoria.

2.2.19. Ajuste a valor presente - De ativos e passivos Os elementos integrantes do ativo e do passivo, decorrentes de operações de longo prazo ou de curto prazo quando houver efeito relevante, são ajustados a valor presente. Entidades de incorporação imobiliária, nas vendas a prazo de unidades não concluídas, apresentam recebíveis com atualização monetária, inclusive a parcela das chaves, sem juros, e devem ser descontados a valor presente, uma vez que os índices de atualização monetária contratados não incluem o componente de juros. Os encargos financeiros de recursos utilizados na construção dos empreendimentos imobiliários, e os relativos ao financiamento da construção dos empreendimentos imobiliários, são capitalizados. Portanto, a reversão do ajuste a valor presente de uma obrigação vinculada a esses itens é apropriada ao custo dos imóveis vendidos ou estoques de imóveis a comercializar, conforme o caso, até o momento em que a construção do empreendimento estiver concluída.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.19. Ajuste a valor presente - De ativos e passivos--Continuação

Desse modo, determinados elementos integrantes do ativo e do passivo são ajustados a valor presente, com base em taxas de desconto, as quais visam refletir as melhores estimativas, quanto ao valor do dinheiro no tempo. A taxa utilizada de desconto tem como fundamento e premissa a taxa média dos financiamentos e empréstimos obtidos pela Companhia, líquidas do efeito inflacionário (Notas 5 e 12).

2.2.20. Custos com emissão de títulos e valores mobiliários e debêntures

Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários são contabilizados como item redutor do montante captado pela Companhia. Adicionalmente, os custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários, são amortizados de acordo com o prazo de vigência das operações, sendo o saldo líquido classificado como redutor do valor da respectiva transação (Nota 13).

2.2.21. Custos de empréstimos Os custos de empréstimos diretamente relacionados aos empreendimentos durante a fase de construção e aos terrenos enquanto as atividades no preparo do ativo para venda estão sendo realizadas, são capitalizados como parte do custo do ativo correspondente, desde que existam empréstimos em aberto, os quais são reconhecidos ao resultado na proporção das unidades vendidas. Todos os demais custos de empréstimos são registrados em despesa no exercício em que são incorridos. Custos de empréstimos compreendem juros e outros custos incorridos relativos a empréstimos, incluindo os de captação. Os encargos não apropriados ao resultado das controladas devem ser apresentados, nas demonstrações financeiras da controladora, em conta de investimentos no ativo não circulante (Nota 9).

2.2.22. Provisões Provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente em consequência de um evento passado, e é provável que benefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.22. Provisões--Continuação

(i) Provisão para demandas judiciais

A Companhia é parte de diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para todas as demandas referentes a processos judiciais para os quais, como resultado de acontecimento passado, é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a demanda e uma estimativa razoável possa ser feita (Nota 2.2.1 (ii)(d)).

Os passivos contingentes avaliados como de perdas possíveis são apenas divulgados em nota explicativa e os passivos contingentes avaliados como de perdas remotas não são provisionados e nem divulgados. Ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não há causas envolvendo ativos contingentes registradas no balanço patrimonial da Companhia.

(ii) Provisão para crédito de liquidação duvidosa e distratos A Companhia revisa anualmente suas premissas para constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa e distratos, face à revisão dos históricos de suas operações correntes e melhoria de suas estimativas. A Companhia constitui provisão para créditos de liquidação duvidosa e distratos para os clientes que tenham parcelas vencidas acima de 90 dias, nas diversas categorias das obras: obras sem atraso, obras atrasadas (dentro do prazo de carência), obras atrasadas (fora do prazo de carência) e obras entregues. Essa provisão é calculada em função do percentual de andamento de obra, metodologia aplicada no reconhecimento de resultado (Nota 2.2.2).

(iii) Provisão para pagamento de encargos contratuais por atraso de obra Conforme disposto em contrato, a Sociedade adota a prática de provisionamento de encargos a pagar aos clientes elegíveis para empreendimentos com atraso de entrega superior a 180 dias, conforme respectiva cláusula contratual e base histórica de pagamentos.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.22. Provisões--Continuação

(iv) Provisão para garantia

A Companhia e suas controladas mantêm provisão para cobrir gastos com reparos em empreendimentos cobertos no período de garantia, com base em estimativa que considera o histórico dos gastos incorridos ajustados pela expectativa futura, exceto para controladas que operam com empresas terceirizadas, que são as próprias garantidoras dos serviços de construção prestados. O prazo de garantia oferecido é de cinco anos a partir da entrega do empreendimento.

(v) Provisão para redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

Quando evidências de perda de valor recuperável dos ativos são identificadas, e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão para deterioração, ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. O ágio e os ativos intangíveis com vida útil indefinida têm a recuperação do seu valor testada anualmente independentemente de haver indicadores de perda de valor, por meio da comparação com o valor de realização mensurado por meio de fluxos de caixa descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos, que reflita o custo médio ponderado do capital da Companhia.

2.2.23. Impostos sobre vendas

Despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas exceto:

• Quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não forem recuperáveis junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso; e

• Quando os valores a receber e a pagar forem apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas.

O valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído como componente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.

No regime de incidência não cumulativa, as alíquotas da contribuição para o PIS e da COFINS são, respectivamente, de 1,65% e de 7,6%, para as empresas no regime de tributação do lucro real, calculadas sobre a receita operacional bruta e com desconto de alguns créditos apurados com base em custos e despesas incorridas. Para as empresas optantes do regime de tributação de lucro presumido, no regime de incidência cumulativa, as alíquotas da contribuição para o PIS e da COFINS são, respectivamente, de 0,65% e de 3% sobre a receita operacional bruta, sem descontos de créditos em relação a custos e despesas incorridas.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.24. Ações em tesouraria

Instrumentos patrimoniais próprios que são readquiridos (ações de tesouraria) são reconhecidos ao custo e registrados em conta redutora do patrimônio líquido. Nenhum ganho ou perda é reconhecido na demonstração do resultado na compra, venda, emissão ou cancelamento dos instrumentos patrimoniais próprios da Companhia.

2.2.25. Juros sobre o capital próprio e dividendos

A proposta de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio efetuada pela Administração que estiver dentro da parcela equivalente ao dividendo mínimo obrigatório é registrada como passivo circulante na rubrica “Dividendos a pagar”, por ser considerada como uma obrigação legal prevista no Estatuto Social da Companhia. Para fins societários e contábeis, os juros sobre o capital próprio estão demonstrados como destinação do resultado diretamente no patrimônio líquido pelo montante bruto.

2.2.26. Lucro/(prejuízo) por ação básico e diluído O lucro/(prejuízo) básico por ação é calculado pela divisão do lucro líquido (prejuízo) disponível (alocado) aos acionistas ordinários pelo número médio ponderado de ações ordinárias em aberto durante o período. O lucro diluído por ação é computado de forma semelhante ao básico, exceto que as ações em circulação são adicionadas, para incluir o número de ações adicionais que estariam em circulação se as ações com potencial de diluição atribuíveis às opções de compra de ações tivessem sido emitidas durante os respectivos períodos, utilizando o preço médio ponderado das ações.

2.2.27. Demonstração do resultado abrangente Para atender às disposições societárias (CPC 26 (R1)), a Companhia apresentou a demonstração do resultado abrangente em suas demonstrações financeiras. A Companhia não possui outros resultados abrangentes, além do resultado do exercício.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.28. Ativo não circulante mantido para venda e resultado de operações descontinuadas A Companhia classifica um ativo não circulante como mantido para a venda se o seu

valor contábil for recuperado por meio de transação de venda. Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso a sua venda deve ser altamente provável.

Para que a venda seja altamente provável, a Administração deve estar comprometida com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda seja concluída em até um ano a partir da data da classificação, a menos que eventos fora do controle da Companhia alterem esse período. O ativo mantido para venda é mensurado pelo menor entre seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda. Caso o valor contábil seja superior ao seu valor justo, uma perda por impairment é reconhecida na demonstração de resultado do exercício. Qualquer reversão ou ganho somente será registrado até o limite da perda reconhecida.

Os ativos e passivos do grupo de ativos descontinuados são apresentados em linhas

únicas no ativo e no passivo. O resultado das operações descontinuadas é apresentado em montante único na demonstração do resultado, contemplando o resultado total após o imposto de renda destas operações menos qualquer perda relacionada à impairment. Os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de financiamento das operações descontinuadas são apresentados na nota 8.2.

Em 9 de dezembro de 2013, a Companhia divulgou fato relevante informando a conclusão da operação de venda de participação majoritária de 70% da AUSA, conforme detalhado na nota 8.2.

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2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis--Continuação 2.2. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

2.2.29. Combinação de negócios

As transações de combinação de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo de uma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, avaliada com base no valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladores na adquirida. Custos diretamente atribuíveis à aquisição devem ser contabilizados como despesa quando incorridos. Na aquisição de um negócio, a Administração avalia os ativos e passivos financeiros assumidos com o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, as circunstâncias econômicas e as condições pertinentes na data de aquisição. Inicialmente, o ágio é mensurado como sendo o excedente da contraprestação transferida em relação ao valor justo dos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis e passivos assumidos, líquidos). Se a contraprestação for menor do que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, a diferença deverá ser reconhecida como ganho na demonstração do resultado. Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas acumuladas do valor recuperável. Para fins de teste do valor recuperável, o ágio adquirido em uma combinação de negócios, a partir da data de aquisição, deve ser alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa da Companhia que se espera sejam beneficiadas pelas sinergias da combinação, independentemente de outros ativos ou passivos da adquirida serem atribuídos a essas unidades.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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3. Pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações adotadas a partir de 1º de janeiro de 2014 e normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas

3.1 Pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações adotadas a partir de 1º de janeiro de 2014

A Companhia adotou todos os pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações emitidas pelo CPC, aplicáveis às suas operações, que estavam em vigor em 31 de dezembro de 2014.

Os pronunciamentos (novos ou revisados) e as interpretações listados a seguir, que foram emitidos pelo CPC e deliberados pela CVM, possuem aplicação obrigatória para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2014. São eles:

• OCPC 07 – Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiros de Propósito Geral – Deliberação CVM nº 727 de 11 de novembro de 2014;

O objetivo da norma é tratar dos requisitos básicos de elaboração e evidenciação a serem observados quando da divulgação dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral. Especificamente, dispõe sobre a evidenciação das informações próprias das demonstrações contábil-financeiras anuais e intermediárias, em especial das contidas nas notas explicativas.

A norma trata que as informações evidenciadas devem ser relevantes para os usuários externos. E só são relevantes se influenciarem no processo de decisão dos investidores e credores. Consequentemente, as não relevantes não devem ser divulgadas

• ICPC 09 (R2) – Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial – Deliberação CVM nº 729 de 27 de novembro de 2014;

O objetivo da revisão da ICPC 09 decorre, substancialmente, da emissão dos pronunciamentos técnicos CPC 18 (R2), CPC 19 (R2) e CPC 36 (R3), em função das alterações feitas pelo International Accounting Standards Board (IASB) na norma internacional de contabilidade IAS 28, IFRS 10 e IFRS 11. Outros itens também foram revistos visando ajustar o texto às necessidades atuais e mantê-los convergentes com as normas internacionais.

• ICPC 19 – Tributos – Deliberação CVM nº 730 de 27 de novembro de 2014;

A Interpretação está correlacionada com a IFRIC Interpretation 21 – Levies, emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB). O documento dispõe sobre a contabilização de obrigação de pagar um tributo, se a obrigação estiver no alcance do Pronunciamento Técnico CPC 25 e ainda trata da contabilização de obrigação de pagar tributo cuja época e valor sejam certos.

• Alteração ao CPC 01/IAS 36 - "Redução no Valor Recuperável de Ativos" sobre a divulgação do valor recuperável de ativos não financeiros. Essa alteração elimina determinadas divulgações do valor recuperável de Unidades Geradoras de Caixa (UGC) que haviam sido incluídas no IAS 36 com a emissão do IFRS 13.

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3. Pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações adotadas a partir de 1º de janeiro de 2014 e normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas --Continuação 3.1 Pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações adotadas a partir de 1º de janeiro

de 2014--Continuação

• Alteração ao CPC 39/IAS 32 - "Instrumentos Financeiros: Apresentação", sobre compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração esclarece que o direito de compensação não deve ser contingente em um evento futuro. Ele também deve ser legalmente aplicável para todas as contrapartes no curso normal do negócio, bem como no caso de inadimplência, insolvência ou falência. A alteração também considera os mecanismos de liquidação.

• Revisão Pronunciamento Técnico nº 07 - "Método de Equivalência Patrimonial em Demonstrações Separadas", altera a redação do CPC 35 - "Demonstrações Separadas" para incorporar as modificações efetuadas pelo IASB no IAS 27 - Separate Financial Statements, que passa a permitir a adoção do método de equivalência patrimonial em controladas nas demonstrações separadas, alinhando, dessa forma, as práticas contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade. Especialmente para fins de IFRS, as modificações do IAS 27 foram adotadas antecipadamente.

Não existem outras normas e interpretações emitidas e ainda não adotadas que possam, na opinião da Administração, ter impacto significativo no resultado do exercício ou no patrimônio líquido divulgados pela Companhia.

3.2. Normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas

• IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros", aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros.

O projeto de revisão dos normativos sobre instrumentos financeiros é composto por três fases:

Fase 1: Classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros Com relação à classificação e mensuração nos termos da IFRS 9, todos os ativos financeiros reconhecidos, que atualmente estejam incluídos no escopo da IAS 39, serão posteriormente mensurados ao custo amortizado ou ao valor justo. Fase 2: Metodologia de redução ao valor recuperável O modelo de redução ao valor recuperável da IFRS 9 reflete as perdas de crédito esperadas, em vez de perdas de crédito incorridas, nos termos da IAS 39. De acordo com a abordagem de redução ao valor recuperável na IFRS 9, não é mais necessário que um evento de crédito tenha ocorrido antes do reconhecimento das perdas de crédito. Em vez disso, uma entidade sempre contabiliza perdas de crédito esperadas e as variações nessas perdas de crédito esperadas. O valor das perdas de crédito esperadas deve ser atualizado em cada data das demonstrações financeiras para refletir as mudanças no risco de crédito desde o reconhecimento inicial.

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3. Pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações adotadas a partir de 1º de janeiro de 2014 e normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas --Continuação

3.2. Normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas--Continuação

Fase 3: Contabilização de hedge As exigências de contabilização de hedge trazidas pela IFRS 9 mantêm os três tipos de mecanismo de contabilização de hedge da IAS 39. Por outro lado, o novo normativo trouxe maior flexibilidade no que tange os tipos de transações elegíveis à contabilização de hedge, mais especificamente a ampliação dos tipos de instrumentos que se qualificam como instrumentos de hedge e os tipos de componentes de risco de itens não financeiros elegíveis à contabilização de hedge. Adicionalmente, o teste de efetividade foi renovado e substituído pelo princípio de “relacionamento econômico”. A avaliação retroativa da efetividade do hedge não é mais necessária. Foram introduzidas exigências adicionais de divulgação relacionadas às atividades de gestão de riscos de uma entidade. Aplicável para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC).

• IFRS 15 – Receita de contrato com clientes Em 28 de maio de 2014, o International Accounting Standards Board (IASB) e o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiram novos requisitos para o reconhecimento de receita em ambos IFRS e U.S. GAAP, respectivamente. O IFRS 15 - Receita de Contratos com Clientes, exige de uma entidade o reconhecimento do montante da receita refletindo a contraprestação que espera receber em troca do controle desses bens ou serviços. A nova norma vai substituir a maior parte da orientação detalhada sobre o reconhecimento de receita que existe atualmente em IFRS e U.S. GAAP quando esta for adotada. A aplicação é necessária para exercícios anuais iniciados em ou após 01 de janeiro de 2017, com adoção antecipada permitida para fins de IFRS e não permitida localmente antes da harmonização e aprovação do CPC e CVM.

A Companhia está avaliando os efeitos do IFRS 15 e do IFRS 9 nas suas demonstrações financeiras e ainda não concluiu suas análises até o presente momento, não podendo estimar o impacto da adoção da presente norma.

Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam ter impacto significativo sobre a Companhia.

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4. Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários 4.1. Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Caixa e bancos 24.501 11.940 85.059 121.222Operações compromissadas (a) 9.291 27.092 24.836 93.972Total caixa e equivalentes a caixa (Nota 21.i.d e 21.ii.a) 33.792 39.032 109.895 215.194

(a) As operações compromissadas são títulos emitidos pelos bancos com o compromisso de recompra garantida do título por parte do emissor, e de

revenda pelo cliente, com taxas definidas, e prazos predeterminados, lastreados por títulos privados ou públicos dependendo da disponibilidade do banco e são registradas na CETIP.

Em 31 de dezembro de 2014, as operações compromissadas incluem juros incorridos até a

data do balanço, variando de 70% a 101% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI (de 75% a 101,8% do CDI em 2013). Os investimentos são realizados junto a instituições financeiras avaliadas pela Administração como sendo de primeira linha.

4.2. Títulos e valores mobiliários

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Fundos de renda fixa (a) 183.150 587.878 326.977 706.481 Títulos do governo (LFT) (a) 43.640 116.888 77.911 140.210 Operações compromissadas (a) 201.957 328.169 361.226 393.648 Certificado de depósitos bancários (b) 47.702 113.611 103.219 291.871 Aplicações financeiras caucionadas (c) 98.828 74.305 104.039 105.380 Aplicações financeiras restritas (d) 6.765 20.175 73.987 171.367 Outros - - - 12 Total títulos e valores mobiliários (Nota 21.i.d e 21.ii.a) 582.042 1.241.026 1.047.359 1.808.969

(a) Estrutura de Fundos de Investimentos exclusivos com objetivo de rentabilizar os recursos acima de variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Os fundos possuem mandatos de riscos que são acompanhados periodicamente e respeitam as políticas internas de investimentos vigente.

(b) Em 31 de dezembro de 2014, os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) incluem juros incorridos até a data do balanço, variando de 70% a 108% (de 70% até 109% em 2013) do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Os CDBs têm rendimento médio superior ao rendimento das compromissadas, porém a Companhia efetua operações de curto prazo (inferior a 20 dias úteis) por meio de operações compromissadas levando em consideração a isenção de IOF, o que não ocorre no caso dos CDBs.

(c) As aplicações financeiras caucionadas são realizadas por meio de fundo de renda fixa, com valorização de suas cotas através de aplicação dos recursos exclusivamente em títulos públicos federais, indexados a taxas pré-fixadas, ou índices de preços e são caucionados como parte da garantia de emissões da Companhia. Estes valores são liberados periodicamente quando apurado excedente de garantia na emissão e/ou conforme definição da escritura. Maiores informações são apresentadas nas notas 13 e 17(b).

(d) Aplicações financeiras restritas são representadas por repasses de créditos associativos que estão em processo de liberação na Caixa Econômica

Federal. Estas liberações ocorrem conforme a regularização dos contratos firmados com clientes junto à instituição financeira, cuja expectativa de liberação da Companhia é de até 90 dias.

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5. Contas a receber de incorporação e serviços prestados

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Clientes de incorporação e venda de imóveis 1.022.938 1.205.137 1.919.846 2.356.976( - ) Provisão para créditos de liquidação duvidosa e distratos (5.616) (7.040) (109.893) (179.372)( - ) Ajuste a valor presente (17.095) (10.188) (24.642) (14.484)Clientes de serviços e construção e outros 24.214 28.993 40.008 60.548 1.024.441 1.216.902 1.825.319 2.223.668

Circulante 748.910 1.034.833 1.440.498 1.909.877Não circulante 275.531 182.069 384.821 313.791

As parcelas do circulante e não circulante têm vencimento nos seguintes exercícios sociais:

Controladora Consolidado Vencimento 2014 2013 2014 2013

2014 - 1.052.062 - 2.103.7332015 771.621 95.610 1.575.033 183.1402016 146.607 43.011 187.719 61.9632017 63.382 12.011 112.191 31.6772018 14.291 6.979 18.969 8.2752019 em diante 51.251 24.457 65.942 28.736 1.047.152 1.234.130 1.959.854 2.417.524( - ) Ajuste a valor presente (17.095) (10.188) (24.642) (14.484)( - ) Provisão para créditos de liquidação duvidosa e distratos (5.616) (7.040) (109.893) (179.372) 1.024.441 1.216.902 1.825.319 2.223.668

O saldo de contas a receber das unidades vendidas e ainda não concluídas não está totalmente refletido nas demonstrações financeiras. Seu registro é limitado à parcela da receita, reconhecida contabilmente, líquida das parcelas já recebidas, conforme prática contábil mencionada na Nota 2.2.2(i)(b).

As parcelas recebidas de clientes, superiores ao montante da receita reconhecida totalizaram, em 31 de dezembro de 2014, R$12.939 (R$39.868 em 2013) na controladora e R$21.236 (R$48.220 em 2013) no consolidado e estão classificadas na rubrica "Obrigações por compra de imóveis e adiantamentos de clientes" (Nota 18). O saldo de contas a receber de unidades concluídas, financiado pela Companhia, é atualizado monetariamente pela variação do IGP-M, acrescido de juros de 12% ao ano, sendo essa receita apropriada ao resultado, na rubrica "Receita de incorporação e venda de imóveis, permuta e prestação de serviços de construção". Os montantes reconhecidos de juros, na controladora e no consolidado, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 totalizaram, R$23.134 (R$20.672 em 2013), e R$36.216 (R$31.419 em 2013), respectivamente. Os saldos das provisões para créditos de liquidação duvidosa e distratos, são considerados suficientes pela Administração da Companhia para fazer face à estimativa com perdas futuras na realização do saldo de contas a receber.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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5. Contas a receber de incorporação e serviços prestados--Continuação Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a movimentação nas provisões para créditos de liquidação duvidosa e distratos está sumariada a seguir: Controladora 2014 2013

Saldo em 31 de dezembro (7.040) (17.029) Adições (Nota 23) - (10.758) Baixas (Nota 23) 1.424 20.747 Saldo em 31 de dezembro (5.616) (7.040)

Consolidado

Contas a receber Imóveis a comercializar

(Nota 6) Saldo líquido Saldo em 31 de dezembro de 2012 (260.494) 180.399 (80.095)Adições (24.113) 14.895 (9.218)Baixas 105.235 (88.122) 17.113Saldo em 31 de dezembro de 2013 (179.372) 107.172 (72.200)Baixas 69.479 (54.863) 14.616Saldo em 31 de dezembro de 2014 (109.893) 52.309 (57.584)

O valor total da reversão do ajuste a valor presente reconhecido nas receitas de incorporação imobiliária do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi de R$3.457 (R$598 em 2013), na controladora, e R$1.660 (R$1.214 em 2013) no consolidado. As contas a receber de imóveis não concluídos foram mensuradas a valor presente considerando a taxa de desconto apurada segundo critérios descritos na Nota 2.2.2. A taxa de desconto praticada pela Companhia e suas controladas foi de 3,27 a 4,64% para o exercício de 2014 (1,98 a 3,10% em 2013), líquida do INCC. A Companhia celebrou as seguintes operações de Cédula de Crédito Imobiliário (CCI), as quais têm por objeto a cessão, pelo cedente ao cessionário, de uma carteira pré-selecionada de créditos imobiliários residenciais e comerciais performados e a performar originários da Gafisa e suas controladas. As carteiras cedidas, descontadas ao seu valor presente, são classificadas na rubrica “Obrigações com cessão de direitos creditórios”.

Data da

operação Carteira cedida

Carteira descontada ao valor presente

Saldo operação Controladora (Nota 14)

Saldo operação Consolidado (Nota 14)

2014 2013 2014 2013 (i) 26/jun/2009 89.102 69.315 - - - 12.295 (ii) 27/jun/2011 203.915 171.694 5.678 13.407 8.851 17.146 (iii) 22/dez/2011 72.384 60.097 2.897 5.654 3.985 13.686 (iv) 06/jul/2012 18.207 13.917 1.483 2.578 1.483 2.578 (v) 14/nov/2012 (a) 181.981 149.025 - - 6.151 10.639 (vi) 27/dez/2012 72.021 61.647 8.604 35.831 8.604 35.831 (vii) 29/nov/2013 24.149 19.564 3.451 5.675 9.459 17.154 (viii) 25/nov/2014 15.200 12.434 9.407 - 11.513 -

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5. Contas a receber de incorporação e serviços prestados--Continuação (a) Operação efetuada pela coligada Alphaville e suas controladas, “à época controlada” da

Companhia. O saldo apresentado refere-se ao saldo remanescente de controladas consolidadas pela Companhia.

Nas operações acima, a Companhia e suas controladas são coobrigadas até o momento da transferência da alienação fiduciária a favor do agente securitizador.

Para os itens (i) a (vi) acima, a Companhia foi contratada para exercer, dentre outras funções, a conciliação dos recebimentos dos créditos, lastro da cessão, a cobrança dos inadimplentes, dentre outros, segundo os critérios de cada investidor, sendo remunerada por estes serviços.

Quando aplicável, a diferença entre o valor nominal da carteira de recebíveis e o valor descontado ao seu valor presente foi registrado no resultado do exercício em que a operação foi realizada na rubrica “Desconto com Operação de Securitização” no grupo de despesas financeiras.

6. Imóveis a comercializar Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Terrenos 761.061 720.448 1.311.847 1.077.762( - ) Ajuste a valor presente (4.907) (1.268) (5.503) (883)Imóveis em construção 550.982 327.343 905.190 630.407Custo de imóveis no reconhecimento da provisão para distratos - Nota 5 - - 52.309 107.172

Unidades concluídas 121.040 74.907 260.808 291.232( - ) Provisão para perda na realização de imóveis a comercializar (7.760) (3.298) (12.309) (11.276) 1.420.416 1.118.132 2.512.342 2.094.414 Circulante 932.681 780.867 1.695.817 1.442.019Não circulante 487.735 337.265 816.525 652.395

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a movimentação da provisão para perda na realização está sumarizada a seguir:

Controladora Consolidado Saldo em 31 de dezembro de 2012 - (7.663) Adições (3.298) (23.758) Baixas - 11.009 Transferência entre terrenos destinados à venda (Nota 8.1) - 9.136 Saldo em 31 de dezembro de 2013 (3.298) (11.276) Adições (4.462) (4.462) Baixas - 3.429 Saldo em 31 de dezembro de 2014 (7.760) (12.309)

A Companhia possui compromissos de construção de unidades permutadas, relativas à aquisição de terrenos, contabilizados com base no valor justo das unidades a serem entregues. Conforme mencionado na Nota 12, o saldo de encargos financeiros capitalizados em 31 de dezembro de 2014 foi de R$220.959 (R$142.860 em 2013) na controladora, e R$276.613 (R$214.298 em 2013) no consolidado.

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7. Demais contas a receber Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Adiantamentos a fornecedores 1.848 2.544 5.082 5.266Impostos a recuperar (IRRF, PIS, COFINS, entre outros) 20.830 23.679 76.000 70.054Depósito judicial (Nota 17) 123.510 95.343 154.939 127.405Outros 64 78 5.125 5.986 146.252 121.644 241.146 208.711 Circulante 61.355 15.749 128.905 71.083Não circulante 84.897 105.895 112.241 137.628

8. Ativo não circulante destinado à venda

8.1 Terrenos destinados à venda

A Companhia, em linha com o seu direcionamento estratégico, optou por colocar à venda terrenos não considerados no plano de negócios aprovado para o ano de 2015. Da mesma forma definiu um plano específico para a venda dos referidos terrenos. O valor contábil dos referidos terrenos, ajustados ao valor de mercado quando aplicável, após teste de “impairment”, é distribuído, conforme segue:

Consolidado

Custo Provisão para “impairment” Saldo líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2012 185.463 (46.104) 139.359Transferência de imóveis a comercializar (Nota 6) 14.715 (9.136) 5.579Reversão / baixas (28.068) (2.023) (30.091)Saldo em 31 de dezembro de 2013 172.110 (57.263) 114.847Adições 23.313 (24.990) (1.677)Reversão / baixas (33.686) 31.079 (2.607)Saldo em 31 de dezembro de 2014 161.737 (51.174) 110.563

Gafisa e SPEs 32.928 (26.854) 6.074Tenda e SPEs 128.809 (24.320) 104.489

Em 9 de dezembro de 2013, a Companhia divulgou fato relevante informando a conclusão da operação de venda de participação de 70% de AUSA. Em decorrência desta transação, foi apurado um resultado de R$553.745 na controladora e R$631.122 no consolidado, registrados na rubrica de resultado de operações descontinuadas, conforme demonstrado abaixo:

2013

Controladora Consolidado

Montante recebido 896.077 1.254.521 (-) Baixa investimentos

(227.205) (318.086)

(-) Baixa ágio (127.380) (379.829) (-) Custo da operação (16.336) (16.336)

525.156 540.270

Resultado equivalência 104.701 166.964 Despesas com impostos (76.112) (76.112) 553.745 631.122

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8. Ativo não circulante destinado à venda--Continuação 8.2 Ativo não circulante destinado à venda e resultado de operações

descontinuadas Em atendimento ao parágrafo 38 do CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, a Companhia apresenta abaixo as principais linhas de demonstração de resultado e fluxo de caixa da coligada Alphaville Urbanismo S.A. (AUSA):

Fluxo de caixa

2013(a)

Atividades operacionais (197.093)

Atividades de investimento 66.664

Atividades de financiamento (1.350)

(a) Saldo referente ao período findo em 9 de dezembro de 2013, data de conclusão da alienação da participação majoritária de AUSA.

Demonstração do resultado

2013(a)

Receita operacional líquida 810.397 Custos operacionais

(429.066)

Despesas operacionais, líquidas (137.920) Depreciações e amortizações (2.918) Resultado de equivalência patrimonial 3.445 Resultado financeiro

(27.258)

Imposto de renda e contribuição social (21.783) 194.897 Acionistas não controladores (18.459) Lucro do exercício

176.438

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9. Investimentos em participações societárias (i) Participações societárias

(a) Informações de controladas e controladas em conjunto

Controladora Consolidado

Participação - % Total do

ativo Total do passivo

Patrimônio líquido e adto. para futuro aumento de

capital Lucro (prejuízo) do

exercício Investimentos Equivalência patrimonial Investimentos Equivalência patrimonial Investidas diretas 2014 2013 2014 2014 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Construtora Tenda S/A - 100% 100% 2.125.190 1.066.713 1.058.477 1.127.969 (109.437) (90.926) 1.058.477 1.127.969 (109.437) (94.837) - - - (3.911) Alphaville Urbanismo S.A (a) 30% 10% 2.036.491 1.474.827 561.664 454.054 107.662 176.021 168.499 45.405 24.597 - 168.499 136.216 32.283 - Shertis Emp. e Part. S.A. (a) 0% 100% - - - 267.415 - 211.489 - 267.340 7.756 211.414 - (75) - (75) Gafisa SPE 26 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 175.315 7.369 167.946 162.059 5.887 2.982 167.946 - 1.971 - - - - - Gafisa SPE-89 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 80.740 14.179 66.561 77.656 532 23.388 66.561 77.656 532 23.388 - - - - Gafisa SPE-51 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 62.954 4.926 58.028 57.377 (838) (399) 58.028 57.377 (838) (399) - - - - Gafisa SPE 72 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 54.692 10.590 44.102 41.596 2.506 (4.272) 44.102 41.596 2.506 (4.272) - - - - Gafisa SPE-116 Emp. Imob. Ltda. (b) 50% 50% 80.153 1.533 78.620 82.075 (5.380) 8.939 39.310 41.038 (2.690) 4.470 39.310 41.038 (2.690) 4.470 Gafisa SPE- 130 Emp. Imob. Ltda - 100% 100% 55.196 17.941 37.255 (7) 7.645 (4) 37.255 - 8.077 - - - - - SPE Parque Ecoville Emp. Imob. Ltda - 100% 100% 84.962 48.289 36.673 40.008 (3.335) 8.101 36.673 40.008 (3.335) 5.773 - - - - Manhattan Square Em. Im. Res. 02 Ltda - 100% 50% 35.449 51 35.398 2.829 8 (46) 35.398 3.211 8 (46) - 382 - - Gafisa SPE-107 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 32.145 2.951 29.194 28.971 223 (681) 29.194 - 7 - - - - - Varandas Grand Park Em. Im. Ltda (b)(d) 50% 50% 127.320 70.559 56.761 25.982 5.924 2.341 28.380 12.991 4.642 1.430 28.380 12.991 4.642 1.430 Sitio Jatiuca Emp. Imob. SPE Ltda (b) 50% 50% 60.005 4.351 55.654 64.035 2.591 (5.951) 27.827 32.018 1.296 (2.975) 27.827 32.018 1.295 (2.975) Gafisa SPE - 121 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 111.420 84.674 26.746 6.151 20.595 8.313 26.746 6.151 20.595 8.313 - - - - Gafisa SPE-88 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 29.130 2.637 26.493 25.550 943 (6.558) 26.493 - 980 - - - - - Gafisa SPE-41 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 27.555 1.168 26.387 26.357 30 (502) 26.387 26.357 30 (502) - - - - Verdes Pracas Incorp. Imob. SPE Ltda. - 100% 100% 26.432 203 26.230 25.494 736 (520) 26.230 25.494 736 (520) - - - - Gafisa SPE 50 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 51.378 25.588 25.791 25.837 (46) (446) 25.791 25.837 (46) (446) - - - - Gafisa e Ivo Rizzo SPE-47 Ltda (b) 80% 80% 31.485 43 31.442 31.275 1 (1) 25.153 25.020 1 (1) 25.153 25.020 1 (1) Parque Arvores Empr. Imob. Ltda. (b)(d) 50% 50% 39.599 - 39.599 37.990 4.072 9.749 24.502 24.550 5.519 6.371 24.502 24.550 5.519 6.371 Gafisa SPE-110 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 50.628 26.513 24.115 25.745 (1.631) 10.288 24.115 25.745 (1.631) 10.288 - - - - Gafisa SPE - 123 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 104.290 80.689 23.600 10.462 13.138 4.508 23.600 10.462 13.138 4.508 - - - - Gafisa SPE-112 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 23.971 2.229 21.742 20.634 1.108 8.183 21.742 - 475 - - - - - Gafisa SPE-111 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 85.752 64.164 21.588 10.561 11.027 6.005 21.588 10.561 11.027 6.005 - - - - Maraville Gafsa SPE Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 52.259 33.483 18.776 10.163 8.612 5.120 18.776 10.163 8.612 5.120 - - - - Edsp 88 Participações S.A. - 100% 100% 24.551 5.805 18.746 39.883 (21.137) (6.596) 18.746 39.883 (21.137) (6.596) - - - - Manhattan Square Em. Im. Com. 02 Ltda - 100% 50% 18.020 64 17.956 1.797 49 (157) 17.956 1.642 49 (157) - (93) - - Gafisa SPE 32 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 19.180 1.264 17.916 18.070 (165) 27 17.916 18.070 (165) 27 - - - - Gafisa SPE 46 Emp. Imob. Ltda. - 100% 60% 5.505 - 5.505 16.391 175 (194) 17.466 9.835 90 (116) - 9.835 90 (116) Gafisa SPE 30 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 63.772 47.632 16.140 16.033 107 (210) 16.140 16.033 107 (210) - - - - Fit 13 Spe Empr. Imob. Ltda. (b) 50% 50% 38.077 6.601 31.476 31.207 99 15.386 15.738 12.203 49 6.755 - - - - Gafisa SPE-106 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 17.325 1.682 15.642 17.010 (1.367) (286) 15.642 - (42) - - - - - Gafisa SPE-92 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 16.527 980 15.547 14.644 903 2.925 15.547 - 817 - - - - - Diodon Participações Ltda - 100% 100% 15.346 266 15.080 15.372 (292) (18.396) 15.080 - (345) - - - - - Gafisa SPE 33 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 13.333 - 13.332 14.028 238 (1.609) 14.267 - 166 - - - - - Gafisa SPE 71 Emp. Imob. Ltda. (b) 100% 80% 15.861 1.619 14.242 19.617 (79) 709 14.242 15.694 (227) 567 - 15.694 610 567 Apoena SPE Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 14.137 1.100 13.038 12.941 102 1.198 13.038 12.941 102 1.145 - - - - Parque Aguas Empr. Imob. Ltda. (b)(d) 50% 50% 17.046 - 17.046 17.188 2.255 3.671 11.589 11.640 2.925 2.529 11.589 11.640 2.925 2.529 Gafisa SPE 65 Emp. Imob. Ltda. - 100% 80% 19.669 8.179 11.490 13.831 1.009 (383) 11.490 11.065 860 (306) - 11.065 597 (306) Alto Da Barra De Sao Miguel Em. Im. SPE Ltda

(b) 50% 50% 23.487 983 22.504 22.943 (439) 819 11.252 11.472 (315) 410 11.252 11.472 (315) 410

Blue I SPE - Plan., Prom., Inc. E Venda Ltda.

- 100% 100% 11.274 412 10.862 11.411 (548) 225 10.862 - (481) - - - - -

Città Ville SPE Emp. Imob. Ltda. (b) 50% 50% 63.578 42.452 21.126 55.886 (1.367) 2.365 10.563 27.943 (684) 1.182 - - - - Gafisa SPE-113 Emp. Imob. Ltda. (b) 60% 60% 72.017 54.896 17.122 15.648 3.061 (3.559) 10.273 9.389 1.837 (2.136) 10.273 9.389 1.837 (2.136) Gafisa SPE - 122 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 39.295 29.170 10.125 (230) 10.355 - 10.125 - 10.912 - - - - -

Page 59: Demonstrações Financeiras Gafisa S.A. · 1 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2014 Senhores Acionistas, A Administração da Gafisa S.A. (“Gafisa” ou a “Companhia”) tem a satisfação

Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

57

9. Investimentos em controladas--Continuação

(i) Participações societárias--Continuação

(a) Informações de controladas e controladas em conjunto--Continuação Controladora Consolidado

Participação - % Total do

ativo Total do passivo

Patrimônio líquido e adto. para futuro aumento de

capital Lucro (prejuízo) do

exercício Investimentos Equivalência patrimonial Investimentos Equivalência patrimonial Investidas diretas 2014 2013 2014 2014 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Gafisa SPE 55 Emp. Imob. Ltda. (b)(c) 80% 0% 15.543 3.084 12.459 - 3.743 - 9.967 - 566 - 9.967 - 566 - Gafisa SPE - 120 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 34.280 25.598 8.682 1.255 7.427 61 8.682 1.255 7.427 61 - - - - Gafisa SPE 36 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 24.838 16.831 8.007 7.691 315 1.087 8.007 7.691 315 1.087 - - - - Gafisa SPE-38 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 8.102 130 7.971 7.890 81 40 7.971 7.890 81 40 - - - - Gafisa SPE-84 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 15.169 7.339 7.830 8.109 (279) (1.628) 7.830 - (150) - - - - - Atins Emp. Imob.s Ltda. (b) 50% 0% 26.221 10.819 15.402 - 72 - 7.701 - 36 - 7.701 - 37 - Gafisa SPE-109 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 8.776 1.484 7.292 6.938 354 871 7.292 - 61 - - - - - Aram Spe Empr. Imob. Ltda. - 100% 100% 7.923 946 6.977 5.981 4.326 1.328 6.977 6.387 4.029 (5.320) - 306 - (6.649) Gafisa SPE-37 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 7.621 928 6.693 6.811 (118) 164 6.693 6.811 (118) 164 - - - - Gafisa SPE-90 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 11.985 5.448 6.536 6.351 243 (413) 6.536 - 139 - - - - - Gafisa SPE-85 Emp. Imob. Ltda. (b) 80% 80% 43.021 35.282 7.739 7.064 815 (15.952) 6.191 5.651 652 (12.761) 6.191 5.651 652 (12.761) Gafisa SPE-81 Emp. Imob. Ltda. (c) 100% 100% 71.719 65.687 6.032 6.290 (258) (9.760) 6.032 - (1.969) - - - - - Costa Maggiore Empr. Imob. Ltda. (b) 50% 50% 13.552 1.563 11.989 15.463 1.626 3.789 5.994 10.307 936 1.977 5.994 10.307 936 1.977 Dubai Residencial Empr. Imob. Ltda. (b)(d) 50% 50% 6.523 - 6.523 19.400 227 10.985 5.531 12.895 (4.303) 5.581 5.531 12.895 (4.303) 5.581 Prime Empr. Imob. Ltda. (b)(d) 50% 50% 16.974 6.100 10.874 6.322 (5.064) 563 5.437 3.161 1.010 393 5.437 3.161 1.010 393 Gafisa SPE 42 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 8.673 3.272 5.401 5.794 (393) (97) 5.401 5.794 (393) (97) - - - - Jardim I - Plan., Prom. E Venda Ltda - 100% 100% 20.881 15.737 5.144 5.973 (829) 543 5.144 5.973 (829) 543 - - - - O Bosque Empr. Imob. Ltda. (b) 60% 60% 8.735 283 8.453 9.123 (410) (701) 5.072 5.460 (245) (163) 5.072 5.460 (245) (163) Gafisa SPE-22 Emp. Imob. Ltda. - 100% 100% 5.814 751 5.063 5.255 (192) (25) 5.063 5.255 (192) (25) - - - - Ajuste OCPC01 - juros capitalizados (e) - - - - - - 27.237 24.185 3.052 6.719 - - - 3.527 Outros (*) - 444.110 433.431 10.679 (64.517) (61.832) (24.896) 47.474 116.563 3.679 (4.730) 16.703 93.016 (283) (11.942)

Gafisa SPE 55 Emp. Imob. Ltda. (c) 0% 80% - - - 47.591 - - - - - - - 41.278 - (537) Saí Amarela S.A. (b) 50% 50% 2.384 30 2.354 1.935 (99) (153) - - - - 918 968 (50) (1.920) Gafisa SPE-51 Emp. Imob. Ltda. (b) 60% 60% 5.463 1.509 3.954 4.414 (458) (1.208) - - - - 2.372 2.647 (275) (725) Outros - 1.019 84 934 13.752 57 (17.202) - - - - 417 1.690 (5) (160) Controladas em conjunto indiretas Gafisa - 8.866 1.623 7.242 67.692 (500) (18.563) - - - - 3.707 46.583 (330) (3.342)

Acedio SPE Emp. Imob. Ltda. - 55% 55% 4.886 3 4.883 4.696 6 (1) - - - - 2.685 2.583 3 (1) Maria Inês SPE Emp. Imob. Ltda. - 60% 60% 21.351 437 20.914 20.836 55 305 - - - - 12.548 12.502 33 183 Fit 02 SPE Emp. Imob. Ltda. - 60% 60% 12.549 607 11.942 11.758 184 2 - - - - 7.165 7.055 110 1 Fit Jardim Botânico SPE Emp. Imob. Ltda. - 55% 55% 39.897 1.338 38.559 39.404 (822) 1.303 - - - - 21.207 21.672 (451) 716 Fit 11 SPE Emp. Imob. Ltda. - 70% 70% 53.542 23.938 29.604 27.452 (2.643) 6.180 - - - - 20.723 19.217 (1.851) 4.326 Fit 31 SPE Emp. Imob. Ltda. - 70% 70% 22.966 11.207 11.759 15.155 (3.047) (5.303) - - - - 8.231 10.608 (2.133) (3.712) Fit 34 SPE Emp. Imob. Ltda. - 70% 70% 32.709 963 31.746 29.964 1.597 4.286 - - - - 22.221 20.975 1.117 3.000 Fit 13 SPE Emp. Imob. Ltda. - 50% 50% 38.077 6.601 31.476 31.207 99 15.386 - - - - 18.399 31.222 49 16.314 Ac Participações Ltda - 100% 80% 25.752 5.333 20.419 23.755 (3.906) 1.929 - - - - - 19.004 (3.906) 1.543 Fit 03 SPE Emp. Imob. Ltda. - 80% 80% 11.351 544 10.807 10.044 764 (2.041) - - - - 8.646 8.035 611 (1.633) Fit Campolim SPE Emp. Imob. Ltda. - 55% 55% 6.726 - 6.726 6.623 (1) (8) - - - - 3.699 3.643 (1) (4) Imbuí I SPE Emp. Imob. Ltda. - 50% 50% 9.401 588 8.813 8.899 (68) (203) - - - - 4.406 4.450 (41) (100) Jardim São Luiz SPE Incorp. Ltda. - 100% 50% 8.131 666 7.465 7.130 - (90) - - - - - 3.565 - (45) Grand Park - Pq. dos Pássaros SPE Emp. Imob. Ltda.

- 50% 50% 26.453 - 26.453 35.230 2.595 9.538 - - - - 18.646 17.615 1.304 6.260

Citta Itapua Emp. Imob. SPE Ltda. - 50% 50% 14.423 1.992 12.431 15.354 (1.311) (597) - - - - 6.215 7.379 (670) (298) SPE Franere Gafisa 08 Emp. Imob. Ltda. - 50% 50% 90.554 52.936 37.618 59.996 (25.394) 11.987 - - - - 18.809 29.998 (12.697) 5.993 Città Ipitanga SPE Emp. Imob. Ltda. - 50% 50% 12.812 1.109 11.703 16.957 (810) (378) - - - - 5.852 8.289 (403) (189) Outros - - - - 5.236 - (8) - - - - - (2.110) (256) (1.100) Controladas em conjunto indiretas Tenda - 431.580 108.262 323.318 369.696 (32.702) 42.287 - - - - 179.452 225.702 (19.182) 31.254 Subtotal 7.393.417 3.993.373 3.400.043 3.546.489 (17.816) 360.739 2.558.937 2.360.037 2.830 179.645 592.540 744.223 25.652 14.132

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9. Investimentos em controladas--Continuação (i) Participações societárias--Continuação

(a) Informações de controladas e controladas em conjunto—Continuação

Controladora Consolidado

Participação - % Total do

ativo Total do passivo

Patrimônio líquido e adto. para futuro aumento de

capital Lucro (prejuízo) do

exercício Investimentos Equivalência patrimonial Investimentos Equivalência patrimonial

Investidas diretas 2014 2013 2014 2014 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Outros investimentos (f) - 91.056 - - - - - - Ágio na aquisição de controladas (g) 25.476 43.080 - - - - - - Ágio fundamentado por mais valia de estoques

- 62.343 77.360 - - - - - -

Complemento de remensuração de investimento em coligada

(h) 375.853 108.300 - - 375.853 375.853 - -

Total investimentos 3.022.609 2.679.833 2.830 179.645 968.393 1.120.076 25.652 14.132

(*) Incluem empresas com saldo de investimentos inferiores a R$ 5.000.

Controladora Consolidado

Participação - % Total do

ativo Total do passivo

Patrimônio líquido e adto. para futuro aumento de

capital Lucro (prejuízo) do

exercício Provisão para passivo a

descoberto Equivalência patrimonial Provisão para passivo a

descoberto Equivalência patrimonial Investidas diretas 2014 2013 2014 2014 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Provisão para passivo a descoberto (i): Manhattan Residencial 01 Spe Ltda 50% 50% 82.135 147.813 (65.678) (43.283) (21.017) (1.401) (32.839) (21.642) (10.509) (6.762) (32.839) (21.642) (10.509) (6.762) Gafisa Vendas Interm. Imobiliaria Ltda 100% 100% 6.090 21.694 (15.604) (5.398) (10.206) (5.479) (15.604) (5.398) (10.206) (5.479) - - - - Gafisa SPE 69 Emp. Imob. Ltda. 100% 100% 953 6.764 (5.810) (2.862) (2.949) (690) (5.810) (2.862) (2.949) (690) - - - - Gafisa SPE-117 Emp. Imob. Ltda. 100% 100% 16.259 21.403 (5.144) (5.735) 591 182 (5.144) (5.735) 591 182 - - - - Outros (*) 30.119 36.702 (6.584) 4.901 (353) 9.031 (6.526) (7.963) (4.985) (1.006) (42) (3.806) 4.120 - Total provisão para passivo descoberto 135.556 234.376 (98.820) (52.377) (33.934) 1.643 (65.923) (43.600) (28.058) (13.755) (32.881) (25.448) (6.389) (6.762) Total equivalência patrimonial (25.228) 165.890 19.263 7.370

(a) Em outubro de 2014, a controlada Shertis, cujo único ativo consistia na participação acionária de 20% na coligada AUSA, foi incorporada pela Companhia. Deste modo, a controladora passou a deter 30% da participação de AUSA.

(b) Entidades controladas em conjunto. (c) Entidades reclassificadas da SCP para a controladora (vide item (e), em função da liquidação das obrigações previstas em contrato e sua extinção (Nota 15). (d) A Companhia registrou o montante de R$6.053 no resultado de equivalência patrimonial do exercício de 2014 referente ao reconhecimento, por entidades controladas em conjunto, de ajustes em exercício anterior, em

conformidade com o ICPC09 (R2) - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, DemonstraçõesConsolidadas e Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial. (e) Encargos financeiros da controladora não apropriados ao resultado das controladas, conforme parágrafo 6 do OCPC01. (f) Em reunião de sócios realizada em 3 de fevereiro de 2014, foi deliberada a redução de capital da Sociedade em Conta de Participação (“SCP”) em R$100.000 de quotas Classe B, cumprindo assim todas as obrigações previstas

em contrato, e procedendo à extinção da mesma. (g) Em 21 de novembro de 2014, a Companhia adquiriu a parcela remanescente da Cipesa Empreendimentos Imobiliários no montante de R$6.354. Em decorrência desta operação, a Companhia registrou um efeito líquido da baixa

do ágio, no montante de R$17.604 (Nota 11). (h) Valor referente ao complemento de remensuração da parcela do investimento remanescente de 30% na coligada AUSA, no montante de R$375.853. O aumento apresentado na controladora no exercício de 2014 refere-se à

incorporação da controlada Shertis, conforme item (a). (i) A provisão para passivo a descoberto está registrada na rubrica “Outras obrigações” (Nota 16).

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9. Investimentos em controladas--Continuação

(b) Movimentação dos investimentos

Controladora Consolidado Saldo em 31 de dezembro de 2013 2.679.833 1.120.076 Equivalência patrimonial 2.830 25.652 Integralização (redução) de capital 18.047 5.466 Efeito reflexo do programa de recompra de ações em tesouraria de Gafisa por Tenda (a) 39.132 - Resgate de ações de controladas e reclassificação de investimentos da SCP (b) 290.920 - Reclassificação de investimento da Shertis devido por incorporação 90.954 - Dividendos a receber (44.775) (49.849) Usufruto de ações (dividendos pagos) (nota 15) (11.500) - Realização mais valia de estoques (15.017) - Baixa ágio Cipesa (c) (17.604) - Aquisição/venda de participação (5.748) (5.748) Efeito na mudança de critério de consolidação por aquisição ou venda de participação - (104.008) Outros Investimentos (4.463) (23.196)

Saldo em 31 de dezembro de 2014 3.022.609 968.393

(a) No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a controlada Tenda adquiriu 7.000.000 ações no montante total de R$22.728. Adicionalmente, em 28 de novembro de 2014, a Companhia efetuou a recompra de 25.500.000

ações adquiridas originalmente por Tenda no montante de R$61.860, apresentando um efeito líquido de R$ 39.132 (nota 19.1). (b) Refere-se ao montante líquido do resgate de ações de controlada da Companhia em (R$100.000) e da reclassificação devido à extinção da SCP e transferências de saldos das contas patrimoniais dos investimentos para a

controladora no montante de R$390.920 (nota 15(a)). (c) Em 21 de novembro de 2014, a Companhia adquiriu a parcela remanescente da Cipesa Empreendimentos Imobiliários junto à C. Engenharia S.A. no montante de R$6.354. Em decorrência desta operação, a Companhia

registrou um efeito líquido da baixa do ágio originário da parcela adquirida em 2007 (Nota 11).

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10. Imobilizado

Controladora Consolidado

Descrição 2013 Adições Baixas Itens 100%

depreciados 2014 2013 Adições Baixas Itens 100%

depreciados 2014 Custo Hardware 18.100 2.901 - (9.269) 11.732 32.722 4.177 - (14.566) 22.333 Veículos - - - - - 979 - - (979) - Benfeitorias em imóveis de terceiros e instalações 8.545 5.078 - (4.574) 9.049 34.256 6.697 (3.187) (13.250) 24.516 Móveis e utensílios 1.717 168 (246) (960) 679 5.764 1.268 (468) (1.111) 5.453 Máquinas e equipamentos 2.637 3 - - 2.640 3.836 804 (616) (4) 4.020 Fôrmas - - - - - 8.130 10.035 - (8.130) 10.035 Estande de vendas 139.758 15.828 (1.283) (142.522) 11.781 203.236 19.327 (3.379) (204.101) 15.083 170.757 23.978 (1.529) (157.325) 35.881 288.923 42.308 (7.650) (242.141) 81.440

Depreciação acumulada

Hardware (13.177) (2.140) - 9.269 (6.047) (21.820) (4.203) - 14.566 (11.457) Veículos - - - - - (979) - - 979 - Benfeitorias em imóveis de terceiros e instalações (6.804) (1.940) - 4.574 (4.171) (21.499) (5.721) 1.745 13.250 (12.225) Móveis e utensílios (1.360) (64) 246 960 (218) (3.662) (565) 1 1.111 (3.115) Máquinas e equipamentos (817) (263) - - (1.080) (1.104) (398) - 4 (1.498) Fôrmas - - - - - (6.945) (2.605) 505 8.130 (915) Estande de vendas (136.360) (9.681) 1.283 142.522 (2.236) (196.529) (14.481) 3.370 204.101 (3.539) (158.518) (14.088) 1.529 157.325 (13.752) (252.538) (27.973) 5.621 242.141 (32.749)

12.239 9.890 - - 22.129 36.385 14.335 (2.029) - 48.691

As seguintes vidas úteis e taxas percentuais são utilizadas para cálculo da depreciação:

Vida útil

Taxa anual de depreciação - %

Benfeitorias em imóveis de terceiros 4 anos 25 Móveis e utensílios 10 anos 10 Hardware 5 anos 20 Máquinas e equipamentos 10 anos 10 Veículos 5 anos 20 Fôrmas 5 anos 20 Estande de vendas 1 ano 100

11. Intangível

Controladora 2013 2014

Saldo Adições Baixas/ amortizações Itens 100%

amortizados Saldo Software – Custo 80.406 10.909 - 14.780 76.535Software – Depreciação (42.787) (14.616) (14.616) (14.780) (42.624)Outros 8.404 2.320 (5.929) - 4.796 46.023 (1.387) (20.545) - 38.707

Consolidado 2013 2014

Saldo Adições Baixas/ amortizaçõesItens 100%

amortizados SaldoÁgios AUSA 25.476 - - - 25.476Cipesa (Nota 9) 40.687 - - - 40.687Provisão para perda na realização (Nota 9) (23.083) - (17.604) - (40.687) 43.080 - (17.604) - 25.476 Software – Custo 104.625 13.389 (1.158) (15.275) 101.581Software – Depreciação (54.708) - (19.122) 15.275 (58.555)Outros 13.343 2.695 (7.637) - 8.401 63.260 16.084 (27.917) - 51.427 106.340 16.084 (45.521) - 76.903

Outros intangíveis referem-se aos gastos com aquisição e implantação de sistemas de informação e licenças para utilização de software, amortizado no prazo de cinco anos (20% ao ano).

O ágio é decorrente da diferença entre o valor de aquisição e o do patrimônio líquido das empresas adquiridas, apuradas nas datas de aquisição, e estão fundamentados na expectativa de rentabilidade futura.

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11. Intangível--Continuação

A Companhia avaliou a recuperação do valor contábil dos ágios utilizando o conceito do “valor em uso”, por meio de modelos de fluxo de caixa descontados de unidades geradoras de caixa. O processo de determinação do valor em uso envolve utilização de premissas, julgamentos e estimativas sobre os fluxos de caixa, tais como taxa de crescimento das receitas, custos e despesas, estimativas de investimento e capital de giro futuros e taxa de descontos. As premissas sobre projeções de crescimento, do fluxo de caixa e dos fluxos de caixa futuro são baseadas no plano de negócios da Companhia, aprovado pela Administração, bem como em dados comparáveis de mercado e representam a melhor estimativa da Administração, das condições econômicas que existirão durante a vida econômica das diferentes unidades geradoras de caixa, conjunto de ativos que proporcionam a geração dos fluxos de caixa. Os fluxos de caixa futuros foram descontados com base na taxa representativa do custo de capital. De forma consistente com as técnicas de avaliação econômica, a avaliação do valor em uso é efetuada por um período de cinco anos e, a partir de então, considerando-se a perpetuidade das premissas tendo em vista a capacidade de continuidade dos negócios por tempo indeterminado. As principais premissas usadas na estimativa do valor em uso são como segue: a) receitas - as receitas foram projetadas entre 2015 e 2019 considerando o crescimento das vendas e da base de clientes das diferentes unidades geradoras de caixa; b) custos e despesas operacionais - os custos e despesas foram projetados em linha com o desempenho histórico da Companhia, bem como com o crescimento histórico das receitas. As premissas-chave foram baseadas no desempenho histórico dos últimos 5 anos da Companhia e em premissas macroeconômicas razoáveis e fundamentadas com base em projeções do mercado financeiro. O teste de recuperação dos ativos intangíveis da Companhia resultou na necessidade de reconhecimento de provisão para perda na realização (“impairment”) do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 no montante de R$17.604 (R$963 em 2013) referente ao ágio na aquisição da Cipesa.

12. Empréstimos e financiamentos

Controladora Consolidado Tipo de operação Vencimento Taxa de juros ao ano 2014 2013 2014 2013

Sistema Financeiro de Habitação - SFH /SFI (i) Janeiro de 2015 a

Dezembro de 2018

8,30% a 11,00% + TR 117% do CDI 12,87% Pré 925.163 699.131 1.128.514 1.088.258

Cédula de Crédito Bancário - CCB (ii) Junho de 2015 a Julho

de 2017

117,9% do CDI 2,20% + CDI 13,20% Pré 268.911 550.053 268.911 550.052

1.194.074 1.249.184 1.397.425 1.638.310

Circulante 443.802 376.047 550.058 590.386Não circulante 750.272 873.137 847.367 1.047.924

(i) Os financiamentos SFH são contratados para a cobertura dos custos relacionados ao desenvolvimento dos empreendimentos imobiliários da Companhia e suas controladas e contam com garantia real pela hipoteca de primeiro grau dos empreendimentos imobiliários e pela cessão fiduciária ou penhor de seus recebíveis.

Em 29 de setembro de 2014, a Companhia contratou operação de crédito para Construção de Empreendimento Imobiliário no montante de R$194.000, com vencimento final em 08 de outubro de 2018, contando com garantia real representada pela hipoteca de primeiro grau de empreendimentos imobiliários selecionados da Companhia e pela cessão fiduciária de recebíveis imobiliários de empreendimentos selecionados. O referido contrato conta com cláusulas que restringem a habilidade na tomada de algumas ações, e pode requerer o vencimento antecipado em caso de descumprimento destas clausulas. Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia está adimplente com suas obrigações contratuais.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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12. Empréstimos e financiamentos—Continuação

(ii) Em 29 de setembro de 2014, a Companhia quitou antecipadamente o montante de R$66.000 referente ao saldo devedor da Cédula de Crédito Bancário (CCB) com garantia real para fins imobiliários com vencimento final em 02 de maio de 2016, desobrigando a Companhia de todos os compromissos assumidos neste contrato a partir desta data.

Índices

• Certificado de Depósito Interbancário (CDI); • TR - Taxa Referencial (TR).

As parcelas circulantes e não circulantes têm os seguintes vencimentos:

Controladora Consolidado Vencimento 2014 2013 2014 2013

2014 - 376.047 - 590.386 2015 443.802 489.889 550.058 642.328 2016 431.312 275.118 506.207 296.464 2017 235.752 106.898 252.605 107.901 2018 83.208 1.232 88.555 1.231

1.194.074 1.249.184 1.397.425 1.638.310

A Companhia e suas controladas possuem cláusulas restritivas em alguns empréstimos e financiamentos que restringem a habilidade na tomada de determinadas ações, como a emissão de novas dívidas e pode requerer o vencimento antecipado ou o refinanciamento de empréstimos se a Companhia não cumprir com essas cláusulas restritivas. Os índices e os montantes mínimos e máximos requeridos por essas cláusulas restritivas em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 estão apresentados na Nota 13. As despesas financeiras de empréstimos, financiamentos e debêntures (Nota 13) são capitalizadas ao custo de construção de empreendimentos e terrenos, de acordo com a utilização dos recursos, e apropriadas ao resultado do exercício na proporção das unidades vendidas, conforme abaixo demonstrado. A taxa de capitalização utilizada na determinação do montante dos custos de empréstimos elegível à capitalização foi de 10,95% a 12,24% em 31 de dezembro de 2014 (9,14 a 10,14% em 2013).

A tabela abaixo apresenta resumo das despesas e encargos financeiros e a parcela capitalizada na rubrica imóveis a comercializar.

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Total dos encargos financeiros no exercício 283.130 243.504 354.968 309.006Encargos financeiros capitalizados (186.058) (88.931) (233.905) (132.183) Despesas financeiras (Nota 25) 97.072 154.573 121.063 176.823 Encargos financeiros incluídos na rubrica “Imóveis a

comercializar”:

Saldo inicial 142.860 135.582 214.298 239.327Encargos financeiros capitalizados 186.058 88.931 233.905 132.183Encargos apropriados ao resultado (Nota 24) (107.959) (81.653) (171.590) (157.212) Saldo final (Nota 6) 220.959 142.860 276.613 214.298

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13. Debêntures

Controladora Consolidado

Programa/emissões Principal - R$ Remuneração

anual Vencimento final 2014 2013 2014 2013 Sexta emissão (i) 100.000 CDI + 1,30% Junho de 2014 - 151.513 - 151.513Sétima emissão (ii) 525.000 TR + 9,8205% Dezembro de 2017 502.033 551.855 502.033 551.855Oitava emissão/primeira série (iii) 144.214 CDI + 1,95% Outubro de 2015 147.640 294.073 147.640 294.073Oitava emissão/segunda série (iv) 11.573 IPCA + 7,96% Outubro de 2016 15.185 14.216 15.185 14.216Nona emissão (v) 130.000 CDI + 1,90% Julho de 2018 134.624 - 134.624 -Primeira emissão (Tenda) (vi) 380.000 TR + 9,25% Outubro de 2016 - - 389.617 409.561 799.482 1.011.657 1.189.099 1.421.218 Parcela circulante 314.770 354.271 504.387 563.832Parcela não circulante 484.712 657.386 684.712 857.386

(i) Em 02 de junho de 2014, a Companhia efetuou pagamento no montante de R$158.969

sendo R$100.000 referente ao Valor Nominal da Emissão e R$58.969 referente à remuneração devida, liquidando, com isso, todas as obrigações de sua 6ª Emissão de Debêntures.

(ii) No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia efetuou pagamento no montante total de R$107.075, sendo R$50.000 referente ao Valor Nominal da Emissão e R$57.075 referente à remuneração devida.

(iii) No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia efetuou pagamento no montante total de R$179.356, sendo R$144.214 referente ao Valor Nominal da Emissão e R$35.142 referente à remuneração devida.

(iv) Em 15 de outubro de 2014, a Companhia efetuou pagamento no montante de R$1.176 referente à remuneração devida desta emissão.

(v) Em 22 de julho de 2014, a Companhia aprovou a nona emissão de debêntures, privada, não conversíveis em ações, da espécie com garantia real em série única no montante de R$130.000, completamente integralizada em 28 de julho de 2014 com vencimento final em 27 de julho de 2018. Os recursos levantados na emissão serão utilizados no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários selecionados e suas garantias reais são representadas pela cessão fiduciária dos recebíveis imobiliários e pela hipoteca dos imóveis dos empreendimentos em questão. Sobre o valor nominal da Emissão incidirá juros remuneratórios correspondentes à variação acumulada do DI acrescido de um spread equivalente a 1,90%a.a.. A presente emissão foi objeto de cessão à Companhia securitizadora pelos seus debenturistas, que posteriormente emitiu Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI). Nesta mesma data, a Companhia contratou operação de swap de taxas de juros de forma a mitigar sua exposição ao índice em questão, conforme detalhado na Nota 21.

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13. Debêntures--Continuação

(vi) Em 28 de março de 2014, foi aprovada a postergação parcial do pagamento da quarta parcela do valor nominal desta emissão, no montante de R$90.000 para o vencimento de 01 de maio de 2014, ficando para o vencimento original em 01 de abril de 2014, o montante de R$10.000. Em 17 de abril de 2014, a totalidade dos debenturistas da 1ª emissão da controlada Tenda aprovaram, por unanimidade e sem quaisquer ressalvas: (a) a alteração no cronograma de vencimentos da emissão que passou a viger com os seguintes montantes e vencimentos: (i) R$10.000 em 01 de abril de 2014, (ii) R$10.000 em 01 de outubro de 2014, (iii) R$80.000 em 01 de abril de 2015, (iv) R$100.000 em 01 de outubro de 2015, (v) R$100.000 em 01 de abril de 2016, (vi) R$100.000 em 01 de outubro de 2016; (b) redução do Percentual Garantido, para 130% de Recebíveis Elegíveis; (c) redução para três meses o período de retenção dos valores na Conta Centralizadora previamente a cada vencimento de parcelas de amortização e/ou remuneração; (d) alteração na definição “Crédito Associativo” da Escritura; (e) permissão para a desvinculação de Recebíveis em caso de excesso de garantia; (f) exclusão da possibilidade de resgate antecipado e/ou amortização antecipada das Debêntures. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia efetuou o pagamento no montante total de R$58.849, sendo R$20.000 referente ao Valor Nominal da Emissão e R$38.948 referente à remuneração devida.

As parcelas circulantes e não circulantes têm os seguintes vencimentos.

Controladora Consolidado Vencimento 2014 2013 2014 2013

2014 - 354.271 - 563.832 2015 314.770 299.093 504.387 499.093 2016 175.778 158.292 375.778 158.292 2017 244.690 200.001 244.690 200.001 2018 64.244 - 64.244 -

799.482 1.011.657 1.189.099 1.421.218

Conforme mencionado na Nota 4.2, em 31 de dezembro de 2014, o saldo de aplicações financeiras caucionadas em fundos de investimentos no montante de R$98.828 (R$74.305 em 2013) na controladora e R$104.039 (R$105.380 em 2013) no consolidado, encontra-se caucionado como parte do cômputo de garantia das debêntures da 1ª emissão da controlada Tenda e da 7ª emissão da Companhia. A Companhia e suas controladas possuem cláusulas restritivas em alguns empréstimos e financiamentos e debêntures que restringem a habilidade na tomada de determinadas ações, como a emissão de novas dívidas e pode requerer o vencimento antecipado ou o refinanciamento de empréstimos se a Companhia não cumprir com essas cláusulas restritivas.Os índices e os montantes mínimos e máximos requeridos por essas cláusulas restritivas em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 estão apresentados a seguir:

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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13. Debêntures--Continuação

2014 2013 Sétima emissão Total de contas a receber mais estoques deve ser menor que zero ou maior que 2,0

vezes a dívida líquida menos dívida de projetos(3) -9,33 vezes -6,21 vezesDívida total, menos dívida de projetos(3), menos disponibilidades(1), não deve exceder

a 75% do patrimônio líquido mais participações de acionistas não controladores -19,32% -31,6%Total de recebíveis mais receita a apropriar mais total de estoques concluídos deve

ser maior que 1,5 vezes a dívida líquida mais imóveis a pagar mais custo a apropriar 2,10 vezes 2,79 vezes

Oitava emissão - Primeira e segunda séries e dos empréstimos e financiamentos Total de contas a receber mais estoques de unidades concluídas deve ser menor que

zero ou maior que 2,0 vezes a dívida líquida menos dívida de projetos -5,32 vezes -4,31 vezesDívida total, menos dívida de projetos, menos disponibilidades(1), não deve exceder

75% do patrimônio líquido mais participações de acionistas não controladores -19,32% -31,6% Nona emissão Total de contas a receber mais total de estoques deve ser menor que zero ou maior

que 2,0 vezes a dívida líquida 3,86 vezes n/aDívida líquida não deve exceder 100% do patrimônio líquido mais participações de

acionistas não controladores 46,73% n/a

2014 2013 Primeira emissão – Tenda Total de contas a receber mais estoques deve ser igual ou maior que 2,0 vezes a

dívida líquida menos dívida com garantia real(3) ou menor que zero, sendo TR(4) mais TE(5) sempre maior que zero. -2,75 vezes -2,49 vezes

Dívida liquida menos dívida com garantia real(3) não deve exceder a 50% do patrimônio líquido. -46,72% -56,97%

Total de recebíveis mais receita a apropriar mais total de estoques concluídos deve ser maior que 1,5 vezes a dívida líquida mais imóveis a pagar mais custo a apropriar, ou menor que zero 2,89 vezes 56,85 vezes

(1) Disponibilidades refere-se a caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários. (2) Total de recebíveis, sempre quando mencionado, refere-se ao montante refletido no Balanço Patrimonial acrescidos da parcela não demonstrada no

Balanço Patrimonial (3) Dívida de projetos e dívida com garantia real refere-se às dívidas SFH, assim definidas como a somatória de todos os contratos de empréstimos

desembolsados cujos recursos sejam oriundos do SFH, bem como a dívida referente à sétima emissão. (4) Total de recebíveis. (5) Total de estoques.

14. Obrigações com cessão de créditos

As operações da Companhia de cessão de carteira de recebíveis, descritas nas Notas 5(i) a 5(viii) estão demonstradas a seguir: Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Cessão de direitos creditórios: Obrigação CCI jun/09 - Nota 5(i) - - - 12.295Obrigação CCI jun/11 - Nota 5(ii) 5.678 13.407 8.851 17.146Obrigação CCI dez/11 - Nota 5(iii) 2.897 5.654 3.985 13.686Obrigação CCI jul/12 - Nota 5(iv) 1.483 2.578 1.483 2.578Obrigação CCI nov/12 - Nota 5(v) (a) - - 6.151 10.639Obrigação CCI dez/12 - Nota 5(vi) 8.604 35.831 8.604 35.831Obrigação CCI nov/13 - Nota 5(vii) 3.451 5.675 9.459 17.154Obrigação CCI nov/14 - Nota 5(viii) 9.407 - 11.513 -Obrigação FIDC – (b) 2.976 5.337 6.083 6.381Outros - 5.719 - 4.187 34.496 74.201 56.129 119.897 Circulante 14.128 50.184 24.135 82.787Não circulante 20.368 24.017 31.994 37.110

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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14. Obrigações com cessão de créditos--Continuação

Para as transações acima, com exceção do item (a), a cedente tem como obrigação a completa formalização dos instrumentos de garantia dos recebíveis em favor do cessionário. Até o integral cumprimento desta, estes valores estarão classificados em conta específica do passivo circulante e não circulante.

A obrigação do item (a), é garantida por emissão de CRI Subordinado limitado a 4% do valor da emissão, não tendo qualquer direito de regresso acima deste limite.

(b) Em 28 de maio de 2013, a Companhia liquidou as obrigações do Gafisa FIDC. A Companhia possuía obrigações de constituição de garantias em favor do cessionário o qual foram mantidas junto ao sucessor do Gafisa FIDC. Até o integral cumprimento desta, estes valores estarão classificados em conta especifica do passivo circulante e não circulante.

15. Obrigações com investidores Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Obrigações com investidores (a) - 100.000 - 103.814Usufruto de ações (b) 10.794 19.536 11.030 19.866 10.794 119.536 11.030 123.680 Circulante 6.081 108.742 6.317 112.886Não circulante 4.713 10.794 4.713 10.794

As parcelas circulantes e não circulantes têm os seguintes vencimentos: Controladora Consolidado

2014 2013

2014 2013 2014 - 108.742 - 112.886 2015 6.081 6.080 6.317 6.080 2016 3.573 3.574 3.573 3.574 2017 1.140 1.140 1.140 1.140 Total 10.794 119.536 11.030 123.680

(a) Na controladora, em janeiro de 2008, a Companhia constituiu uma Sociedade em Conta de Participação (“SCP”), com o objeto principal de participação em outras sociedades, que por sua vez, tinham como objeto social o desenvolvimento e a realização de empreendimentos imobiliários. Em reunião de sócios realizada em 3 de fevereiro de 2014, foi deliberada a redução de capital da SCP em R$100.000 de quotas Classe B e, em decorrência desta deliberação, a SCP efetuou o pagamento no montante de R$100.000 aos sócios detentores destas quotas e R$4.742 referente ao dividendo mínimo obrigatório, cumprindo assim todas as obrigações previstas em contrato, com a posterior extinção da SCP criada para este fim.

(b) A Companhia celebrou, em junho de 2011, instrumento particular de constituição de usufruto oneroso sobre 100% das ações preferenciais da SPE-89 Empreendimentos Imobiliários S.A., pelo prazo de seis anos, com captação de R$45.000. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, o montante total de dividendos pagos aos sócios detentores das ações preferenciais pela SPE-89 Empreendimentos Imobiliários S.A. foi de R$11.500 (Nota 9).

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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16. Outras obrigações

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013

Aquisição de participações - 5.102 2.395 5.102Provisão para multa sobre atraso de obras 3.541 6.873 7.663 14.530Distratos a pagar 10.557 9.457 27.607 38.901Provisão para garantia 30.858 23.087 52.167 53.006PIS e COFINS (diferidos e a recolher) 9.507 24.841 14.163 40.461Provisão para passivo a descoberto (Nota 9) 65.923 43.600 32.882 25.448Fornecedores longo prazo 6.158 14.754 12.117 29.780Outros passivos 19.185 11.733 39.446 39.386 145.729 139.447 188.440 246.614 Circulante 128.567 101.296 157.896 176.740Não circulante 17.162 38.151 30.544 69.874

17. Provisões para demandas judiciais e compromissos

A Companhia e suas controladas são parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as pendências em curso. A Companhia não espera reembolsos em conexão com o resultado desses processos.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, as movimentações na provisão estão sumarizadas a seguir:

Controladora Processos cíveis (i) Processos tributários (ii) Processos trabalhistas Total Saldo em 31 de dezembro de 2012 109.585 372 18.410 128.367 Complemento de provisão (Nota 24) 41.146 (117) 22.613 63.642 Pagamentos e reversão de provisão não utilizada (42.859) (92) (9.459) (52.410) Saldo em 31 de dezembro de 2013 107.872 163 31.564 139.599 Complemento de provisão (Nota 24) 35.836 252 24.133 60.221 Pagamentos e reversão de provisão não utilizada (19.533) (197) (10.250) (29.980) Saldo em 31 de dezembro de 2014 124.175 218 45.447 169.840

Circulante 91.665 218 11.151 103.034 Não circulante 32.510 - 34.296 66.806

Consolidado Processos cíveis (i) Processos tributários (ii) Processos trabalhistas Total

Saldo em 31 de dezembro de 2012 138.615 14.670 55.075 208.360 Complemento de provisão (Nota 24) 48.692 - 29.710 78.402 Pagamentos e reversão de provisão não utilizada (52.824) (14.497) (21.513) (88.834) Saldo em 31 de dezembro de 2013 134.483 173 63.272 197.928 Complemento de provisão (Nota 24) 65.699 600 46.765 113.064 Pagamentos e reversão de provisão não utilizada (42.340) (359) (28.719) (71.418) Saldo em 31 de dezembro de 2014 157.842 414 81.318 239.574 Circulante 91.665 218 11.151 103.034 Não circulante 66.177 196 70.167 136.540

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17. Provisões para demandas judiciais e compromissos--Continuação

(a) Processos cíveis, tributários e trabalhistas Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia e suas controladas mantinham depositado em juízo o montante de R$123.510 (R$95.343 em 2013) na controladora, e R$154.939 (R$127.405 em 2013) no consolidado (Nota 7) para fazer face a processos cíveis (R$88.378 na controladora e R$106.731 no consolidado); trabalhistas (R$22.821 na controladora e R$35.858 no consolidado) e tributários (R$12.311 na controladora e R$12.350 no consolidado) mencionados anteriormente.

(i) Em 31 de dezembro de 2014, as provisões de processos cíveis incluem R$65.016

(R$67.480 em 2013) referentes a processos judiciais, nos quais a Companhia foi incluída no polo passivo para responder patrimonialmente por cobranças de dívidas judiciais e extrajudiciais em que a devedora original é uma antiga acionista da Companhia, a Cimob Companhia Imobiliária (“Cimob”), ou envolvem outras sociedades do mesmo grupo econômico da Cimob. Nestas ações, o demandante alega que a Companhia deveria responder por dívidas da Cimob, por entender que estariam presentes os requisitos para desconsideração inversa da personalidade jurídica da Cimob para atingir a Companhia (sucessão empresarial, confusão patrimonial e/ou formação de um mesmo grupo econômico envolvendo a Companhia e o Grupo Cimob). Adicionalmente, há depósito judicial no montante de R$62.381 (R$48.823 em 2013) referente a estes processos.

A Companhia não concorda com os fundamentos pelos quais vem sendo incluída nessas ações e permanece discutindo judicialmente a sua responsabilização patrimonial por dívidas de empresa terceira, assim como o valor de cobrança apresentado pelos demandantes. A Companhia já obteve decisões favoráveis e desfavoráveis com relação ao tema, razão pela qual não é possível prever um resultado uniforme para todas as ações. A Companhia também busca em ação proposta contra a Cimob e seus antigos e atuais controladores o reconhecimento de que não deve ser responsabilizada por dívidas daquela empresa, bem como a reparação dos valores já pagos pela Companhia em ações que cobram dívidas devidas apenas pela Cimob.

(ii) A ex-controlada AUSA, hoje coligada, é parte em processos judiciais e administrativos relativos à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre duas importações de aeronaves efetuadas, respectivamente, em 2001 e 2005, por meio de contratos de arrendamento mercantil sem opção de compra. A probabilidade de perda no caso do ICMS foi revista e estimada pelos advogados responsáveis como possível.

Conforme negociação de venda de participação majoritária de 70% da AUSA à Private Equity AE Investimentos e Participações S.A., ficou acordado no contrato de compra e venda que a Companhia assumiria a custa do processo em eventual condenação. O montante de contingência estimada pelo assessor jurídico como possível, totaliza R$16.638 em 31 de dezembro de 2014 (R$15.925 em 2013, classificado com probabilidade de perda provável na AUSA).

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17. Provisões para demandas judiciais e compromissos--Continuação

(iii) Risco ambiental

Há uma diversidade de legislação ambiental nas esferas federal, estadual e municipal. Estas leis ambientais podem resultar em atrasos para a Companhia na adequação da conformidade e outros custos, e impedir ou restringir empreendimentos. Antes da aquisição de um terreno, a Companhia efetua a análise de todos os assuntos ambientais necessários e aplicáveis, incluindo a possível existência de materiais perigosos ou tóxicos, substância residual, árvores, vegetação e a proximidade de um terreno para áreas de preservação permanente. Assim, antes da aquisição de um terreno, a Companhia obtém todas as aprovações governamentais, incluindo licenças ambientais e autorização de construção.

Adicionalmente, a legislação ambiental estabelece sanções criminais, cíveis e administrativas para indivíduos e entidades legais para atividades consideradas como infrações ou delitos ambientais. As penalidades incluem suspensão das atividades de desenvolvimento, perdas de benefícios fiscais, reclusão e multa. Os processos em discussão pela Companhia na esfera cível estão classificados pelos assessores jurídicos com probabilidade de perda possível no montante de R$11.987 na controladora e R$13.734 no consolidado.

(iv) Demandas judiciais com probabilidade de perda possível A Companhia e suas controladas tem conhecimento, em 31 de dezembro de 2014, de outros processos e riscos cíveis, trabalhistas e tributários. Com base no histórico dos processos prováveis e análise específica das causas principais, a mensuração das demandas com probabilidade de perda estimada como possível foi de R$561.056 (R$435.046 em 2013), baseado na média histórica de acompanhamento dos processos ajustada a estimativas atuais, para os quais a Administração da Companhia entende não ser necessária a constituição de provisão para eventuais perdas. A variação no período deve-se ao maior volume de processos com valores pulverizados e à revisão dos valores envolvidos.

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013

Processos cíveis 233.371 64.026 441.083 331.976 Processos tributários 38.053 39.248 53.586 45.413

Processos trabalhistas

42.355 36.227 66.387 57.657

313.779 139.501 561.056 435.046

(b) Compromissos relacionados com a conclusão dos empreendimentos imobiliários

A Companhia assume o compromisso de concluir as unidades vendidas, assim como atender às leis que regem o setor da construção civil, incluindo a obtenção de licenças das autoridades competentes e prazos para início e entrega dos empreendimentos sujeita a penalidades legais e contratuais.

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia e suas controladas possuem aplicações financeiras caucionadas que serão liberadas à medida que atingir os índices de garantia descritos na Nota 4.2, que incluem ainda, terrenos e recebíveis dados em garantia para a formação dos 120% do saldo devedor da dívida.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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17. Provisões para demandas judiciais e compromissos--Continuação

(c) Outros compromissos Além dos compromissos mencionados nas Notas 6, 12 e 13, a Companhia possui compromissos relacionados à locação de 28 imóveis onde se situam suas instalações, sendo o custo mensal de R$1.078 reajustado pela variação de IGP-M/FGV. O prazo de locação é de um a dez anos e há multa no caso de rescisão correspondente ao valor de três meses de aluguel ou proporcional ao tempo de término de contrato.

18. Obrigações por compra de imóveis e adiantamentos de clientes

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Obrigações por compra de imóveis 127.123 115.397 331.436 262.902Ajuste a valor presente (Nota 6) (5.077) (873) (5.619) (873)Adiantamentos de clientes

Incorporações e serviços - Nota 5 12.939 39.868 21.236 48.220Permuta física - Terrenos (Nota 6) 168.028 165.703 244.689 178.100 303.013 320.095 591.742 488.349 Circulante 228.991 284.366 490.605 408.374Não circulante 74.022 35.729 101.137 79.975

19. Patrimônio líquido

19.1. Capital social

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o capital social autorizado e integralizado da Companhia era de R$2.740.662, representado por 408.066.162 (435.559.201 em 2013) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, das quais 29.881.286 (19.099.486 em 2013) eram mantidas em tesouraria. De acordo com o Estatuto Social, o capital social da Companhia poderá ser aumentado independentemente de reforma estatutária, por deliberação do Conselho de Administração, que fixará as condições de emissão, até o limite de 600.000.000 (seiscentos milhões) de ações ordinárias. Em 26 de fevereiro de 2014, foi aprovado pelo Conselho de Administração da controlada Tenda o encerramento do programa de recompra de ações ordinárias de emissão de Gafisa aprovado em 9 de dezembro de 2013, para manutenção em tesouraria e posterior alienação. Durante o período do programa, houve a aquisição no mercado de 7.000.000 ações no montante total de R$22.728.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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19. Patrimônio líquido--Continuação 19.1. Capital social--Continuação

Nesta mesma data, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a criação de um programa de recompra de ações ordinárias de sua emissão, para manutenção em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento com limite de aquisição de 17.456.434 ações a ser executado em até 365 dias. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, houve a aquisição da totalidade de ações do programa no montante total de R$52.097. Adicionalmente, a Companhia transferiu 5.463.395 ações no montante total de R$17.583 referente ao exercício de opções do programa de compra de ações ordinárias pelos beneficiários, pelas quais recebeu o montante total de R$6.921.

Em 18 de novembro de 2014, a Companhia aprovou o cancelamento de 11.993.039 ações ordinárias de emissão da Companhia mantidas em tesouraria, sem redução de capital social, e encerrou o programa de recompras iniciado em 26 de fevereiro de 2014 devido à aquisição da totalidade de ações do programa. Nesta mesma data, observada a aprovação concedida pela CVM, autorizou a aquisição privada para manutenção em tesouraria das 25.500.000 ações de emissão da Companhia adquiridas originalmente pela Tenda, a qual foi liquidada em 28 de novembro de 2014 pelo montante de R$61.860. Adicionalmente, nesta mesma data, foi aprovada a criação de um novo programa de recompras de ações de emissão da Companhia para permanência em tesouria e posterior alienação ou cancelamento, por um prazo de 365 dias, até o limite de 16.257.130 ações, o qual foi aditado em 3 de dezembro de modo a permitir a aquisição adicional de 13.950.000 ações, totalizando o limite de 30.207.130 ações. Em 3 de dezembro de 2014, foi deliberado o cancelamento de 15.500.000 ações ordinárias de emissão da Companhia mantidas em tesouraria, sem redução do capital social. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia adquiriu 19.281.800 ações no âmbito do programa de recompra aprovado em 18 de novembro de 2014, pelo montante de R$40.440.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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19. Patrimônio líquido--Continuação 19.1. Capital social--Continuação

Valores mobiliários mantidos em tesouraria - 31/12/2014

Tipo espécie GFSA3 R$ % R$ mil R$ mil

Data de aquisição Quantidade Preço médio ponderado

% - Sobre ações em circulação

Valor de mercado (*) Valor contábil

20/11/2001 599.486 2,8880 0,14% 1.319 1.731 1º trimestre de 2013 1.000.000 4,3316 0,23% 2.200 4.336 2º trimestre de 2013 9.000.000 3,9551 2,07% 19.800 35.634 4º trimestre de 2013 8.500.000 3,6865 1,95% 18.700 31.369 1º trimestre de 2014 14.900.000 3,2297 3,42% 32.780 48.168 2º trimestre de 2014

(transferências) (4.169.157) 3,2168 -1,03% (9.172) (13.424) 2º trimestre de 2014 1.000.000 3,1843 0,25% 2.200 3.187 3º trimestre de 2014

(transferências) (1.294.238) 3,2135 -0,30% (2.847) (4.159) 3º trimestre de 2014 752.900 2,9283 0,17% 1.656 2.206 4º trimestre de 2014 27.085.334 2,0956 6,64% 59.588 61.704 4º trimestre de 2014

(cancelamentos) (27.493.039) 3,3351 -6,74% (60.485) (91.693) 29.881.286 2,6458 6,80% 65.739 79.059

(*) Valor de mercado calculado com base no preço de fechamento da ação em 31 de dezembro de 2014 (R$2,20), não considerando o efeito de eventuais volatilidades.

Valores mobiliários mantidos em tesouraria - 31/12/2013

Tipo espécie GFSA3 ordinária R$ % R$ mil R$ mil

Data de aquisição Quantidade Preço médio ponderado

% - Sobre ações em circulação

Valor de mercado (*) Valor contábil

20/11/2001 599.486 2,8880 0,14% 2.116 1.731 1º trimestre de 2013 1.000.000 4,3316 0,23% 3.530 4.336 2º trimestre de 2013 9.000.000 3,9551 2,07% 31.770 35.634 4º trimestre de 2013 8.500.000 3,6865 1,95% 30.005 31.369

19.099.486 3,8258 4,39% 67.421 73.070 (*) Valor de mercado calculado com base no preço de fechamento da ação em 31 de dezembro de 2013 (R$3,53), não considerando o efeito de

eventuais volatilidades.

A Companhia mantém as ações em tesouraria adquiridas em 2001 em função de garantia para execução de ações judiciais (Nota 17(a)(i)).

Durante o exercício de 2013, foi aprovado aumento do capital social no montante de R$4.868, com emissão de 2.329.422 novas ações ordinárias.

A mutação do número de ações em circulação é conforme segue: Ações ordinárias - Em milhares Ações em circulação em 31 de dezembro de 2012 432.629 Exercício de opção de compra de ações 2.330 Recompra de ações em tesouraria (18.500) Ações em circulação em 31 de dezembro de 2013 416.459 Recompra de ações em tesouraria (43.738) Transferência referente programa de compra de ações 5.463 Ações em circulação em 31 de dezembro de 2014 378.184

Média ponderada das ações em circulação 401.905

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19. Patrimônio líquido--Continuação 19.2. Destinações do resultado do exercício

De acordo com o Estatuto Social da Companhia, o lucro do exercício tem a seguinte destinação, após dedução de eventuais prejuízos acumulados e provisão para imposto de renda: (i) 5% para a reserva legal, até atingir 20% do capital social integralizado ou quando o saldo da reserva legal acrescido das reservas de capital exceder 30% do capital social; (ii) 25% do saldo remanescente para pagamento de dividendos obrigatórios; e (iii) importância não superior a 71,25% para constituição de Reserva de Investimentos, com a finalidade de financiar a expansão das atividades da Companhia e suas controladas. O Conselho de Administração, ad referendum da Assembléia Geral Ordinária apreciará as contas e as demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2014.

A destinação do lucro líquido do exercício de 2013 e a absorção do prejuízo do exercício de 2014 pela reserva de lucros, estão demonstradas a seguir: Lucro líquido do exercício em 2013 867.443 (-) Absorção do saldo de prejuízo acumulado (235.582) (-) Reserva legal (5%) (31.593) (=) Base de cálculo 600.268 Dividendo mínimo obrigatório (25%) 150.067 Juros sobre capital próprio declarados no exercício 130.192 (-) IRRF sobre os juros sobre capital próprio (13.045) Dividendo a declarar 32.920 Reserva de investimentos em 31 de dezembro de 2013 437.156 (-) Ações em tesouraria vendidas e canceladas (Nota 19.1) (102.355) Prejuízo líquido do exercício de 2014 (42.549) Reserva de investimentos em 31 de dezembro de 2014 292.252

Em 12 de fevereiro de 2014, a Companhia efetuou a liquidação dos juros sobre o capital próprio no montante líquido de R$117.122. Em 11 de dezembro de 2014, a Companhia efetuou a liquidação dos dividendos obrigatórios declarados na AGO referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013 no montante de R$32.920.

19.3. Programa de opção de compra de ações

As despesas com outorga de ações são registradas na rubrica “Despesas gerais e administrativas” (Nota 24) e nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 tiveram os seguintes efeitos no resultado:

2014 2013

Gafisa 15.489 17.263 Tenda 838 156 16.327 17.419

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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19. Patrimônio líquido--Continuação 19.3. Programa de opção de compra de ações--Continuação

(i) Gafisa A Companhia possui, no total, cinco programas de opção de compra de ações ordinárias, lançados em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014 que seguem as regras estabelecidas no Plano de Opção de Compra de Ações da Companhia.

As opções outorgadas conferem aos seus titulares (beneficiários) o direito de subscrever ações ordinárias no capital social da Companhia, após períodos que variam entre um e cinco anos de permanência no quadro de funcionários da Companhia (condição essencial para o exercício da opção), e expiram após o período de dez anos da data da outorga.

As movimentações das opções em circulação nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, as quais incluem seus respectivos preços médios ponderados de exercício, estão apresentados a seguir:

2014 2013

Número de opções

Média ponderada do preço de exercício

(Reais) Número de opções

Média ponderada do preço de exercício

(Reais) Opções em circulação no início do exercício 11.908.128 1,47 9.742.400 1,32 Opções outorgadas 4.361.763 1,93 5.383.627 1,86 Opções exercidas (i) (5.463.395) 1,26 (2.329.422) 2,09 Opções expiradas (748.518) 3,66 - - Opções canceladas (515.335) 0,04 (888.477) 0,39 Opções em circulação no final do período 9.542.643 1,49 11.908.128 1,47

(i) No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, o montante recebido pelas opções exercidas foi de R$6.921 (R$4.867 em 2013).

As opções em circulação e as opções exercíveis em 31 de dezembro de 2014, são como segue:

Opções em circulação Opções exercíveis

Número de opções

Média ponderada da vida contratual

remanescente (anos)

Média ponderada do

preço do exercício (R$)

Número de opções

Média ponderada do

preço do exercício (R$)

9.542.643 4,09 1,49 1.178.113 2,53

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia outorgou 4.361.763 opções em conexão com seus planos de opção de compra de ações ordinárias (5.383.627 opções outorgadas em 2013).

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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19. Patrimônio líquido--Continuação

19.3. Programa de opção de compra de ações -- Continuação O valor justo das novas opções outorgadas totalizou R$7.464 (R$11.048 em 2013), o qual foi determinado com base nas seguintes premissas:

2014 2013 Modelo de precificação MonteCarlo Binomial MonteCarlo

Preço de exercício das opções (R$)

R$3,13 tipo A e

R$0,01 tipo B R$4,05 R$4,08 e R$0,01 Média ponderada do preço das opções (R$) R$ 1,93 R$4,05 R$1,11 Volatilidade esperada (%) – (*) 55% 40% 40% Prazo de vida esperado das opções (anos) 4,66 anos 12,43 anos 2,45 anos Rendimento de dividendos (%) 1,90% 1,90% 1,90% Taxa de juros livre de risco (%) 10,55% 7,23% 7,23%

(*) A volatilidade foi determinada com base em análises de regressão da relação da volatilidade das ações da Gafisa S.A., com o índice do Ibovespa.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia registrou, na rubrica "Outras receitas e despesas, líquidas", despesas com o programa de opção de compra de ações da antiga controlada Alphaville Urbanismo S.A., no montante de R$17.679 referente à atualização do saldo a pagar das opções exercidas, conforme contrato entre as partes (Nota 24).

(ii) Tenda

Em função da incorporação, por Gafisa, da totalidade das ações de emissão em circulação de Tenda, houve a transferência dos programas de opção de compra de ações emitidos pela Tenda para a controladora Gafisa, responsável pela emissão de ações. Em 31 de dezembro de 2014, o valor de R$14.965 (R$14.939 em 31 de dezembro de 2013), referente à reserva de outorga de opções de Tenda está reconhecido na rubrica “Partes relacionadas” da controladora Gafisa. Em 11 de agosto de 2014, o Conselho de Administração da controlada Tenda outorgou o total de 41.090.354 opções de compra a empregados e administradores da Companhia (beneficiários), sendo 640.806 com data de exercício em 31 de março de 2017, 8.218.067 em 31 de março de 2018, 31.270.289 em 31 de março de 2019 e 961.192 em 31 de março de 2020. Em 12 de novembro de 2014, foi aprovado pelo Conselho de Administração de Tenda uma nova outorga complementar de 1.169.333 opções de ações ao preço de exercício de R$0,77, sendo 233.867 com data de exercício em 31 de março de 2018 e 935.466 em 31 de março de 2019.

As opções outorgadas conferem aos seus titulares (beneficiários) o direito de subscrever ações ordinárias no capital social da Companhia, após períodos que variam entre cinco e dez anos de permanência no quadro de funcionários da Companhia (condição essencial para o exercício da opção), e expiram após o período de dez anos da data da outorga.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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19. Patrimônio líquido--Continuação

19.3. Programa de opção de compra de ações -- Continuação O valor justo das novas opções outorgadas totalizou R$9.346, o qual foi determinado com base nas seguintes premissas:

2014 Modelo de precificação Black-Scholes

Preço de exercício das opções (R$)

R$0,77 Média ponderada do preço das opções (R$) R$0,76 Volatilidade esperada (%) – (*) 31,02% Prazo de vida esperado das opções (anos) 4,05 Taxa de juros livre de risco (%) (**) 11,81%

(*) A volatilidade foi determinada com base nas observações histórica do Índice BM&FBOVESPA Imobiliário (IMOBX).

(**) A taxa de juros livre de risco de mercado para o prazo da opção no momento da concessão, variou entre 11,66% e 11,81%.

20. Imposto de renda e contribuição social

(i) Imposto de renda e contribuição social correntes

A reconciliação ao resultado efetivo da alíquota nominal para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 é conforme segue: Consolidado 2014 2013 Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social e das

participações estatutárias (28.450) 239.368Imposto de renda calculado à alíquota nominal - 34% 9.673 (81.385)Efeito líquido das controladas tributadas pelo lucro presumido (2.085) (2.316)Prejuízos fiscais (base negativa utilizada) (9.555) 4.694Equivalência patrimonial 5.249 2.507Efeito de resultado de operações descontinuadas - (89.398)Plano de opções de ações (11.562) (5.923)Outras diferenças permanentes (7.280) (18.443)Encargos sobre obrigações com investidores 2.509 6.847Direitos fiscais reconhecidos e (não reconhecidos) (2.224) 180.605 (15.275) (2.812)

Despesas de imposto corrente (33.330) (23.690)Receitas de imposto diferido 18.055 20.878

(ii) Imposto de renda e contribuição social diferido

A Companhia reconheceu os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social de exercícios anteriores, que não possuem prazo prescricional e cuja compensação está limitada a 30% dos lucros anuais tributáveis, na extensão que é provável que o lucro tributável seja disponível para uso na compensação das diferenças temporárias, com base nas premissas e condições estabelecidas no modelo de negócios da Companhia.

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20. Imposto de renda e contribuição social--Continuação

(ii) Imposto de renda e contribuição social diferido--Continuação

O reconhecimento inicial e as posteriores avaliações do imposto de renda diferido ocorrem quando seja provável que o lucro tributável dos próximos anos esteja disponível para ser usado na compensação do ativo fiscal diferido, com base em projeções de resultado elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que possibilitam a sua utilização total ou parcial. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a Companhia não reconheceu tributos diferidos ativos calculados sobre prejuízo fiscal e diferenças temporárias da controlada Tenda.

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem: Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013Ativo Provisões para demandas judiciais 57.746 47.464 81.455 67.296Diferenças temporárias - PIS e COFINS diferido 9.754 7.918 14.960 15.566Provisão sobre realização de ativos não financeiros 2.638 2.698 12.793 22.852Diferenças temporárias - Ajuste CPC 11.765 21.733 18.656 31.819Demais provisões 58.363 39.684 92.384 76.736Prejuízos fiscais e bases negativas de imposto de renda e

contribuição social 79.499 86.848 301.598 288.712Benefício fiscal decorrente da incorporação de controladoras 28.165 9.226 28.165 9.226Direitos fiscais não reconhecidos - (12.327) (276.758) (274.534) 247.930 203.244 273.253 237.672 Passivo Deságios (92.385) (91.323) (92.385) (91.323)Diferenças temporárias - Ajuste CPC (i) (112.258) (36.822) (111.294) (127.790)Tributação de receita entre regimes de caixa e competência (69.413) (26.000) (104.314) (75.211) (274.056) (154.145) (307.993) (294.324) Total líquido (26.126) 49.099 (34.740) (56.652)

(i) O imposto de renda e contribuição social diferido passivo da controladora considera o imposto sobre a remensuração de investimento em coligada no montante de R$90.967, originalmente registrada na Shertis, subsidiária incorporada em 09 de outubro de 2014 (Nota 9(a)).

Os saldos de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social a compensar são demonstrados abaixo:

Controladora

2014 2013 Imposto de

renda Contribuição

social

Total Imposto de

renda Contribuição

social

Total

Saldo do prejuízo fiscal e base negativa 233.820 233.820 255.435 255.435 - Crédito fiscal (25%/9%) 58.455 21.044 79.499 63.859 22.989 86.848 Crédito fiscal reconhecido 58.455 21.044 79.499 54.795 19.726 74.521 Crédito fiscal não reconhecido - - - 9.064 3.263 12.327

Consolidado 2014 2013 Imposto de

renda Contribuição

social

Total Imposto de

renda Contribuição

social

Total Saldo do prejuízo fiscal e base negativa 887.052 887.052 849.150 849.150 - Crédito fiscal (25%/9%) 221.763 79.835 301.598 212.288 76.424 288.712 Crédito fiscal reconhecido 58.455 21.044 79.499 54.795 19.726 74.521 Crédito fiscal não reconhecido 163.308 58.791 222.099 157.493 56.698 214.191

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20. Imposto de renda e contribuição social--Continuação

(ii) Imposto de renda e contribuição social diferido--Continuação Com base na estimativa de projeções de geração de resultados tributáveis futuros da Gafisa, a estimativa de recuperação do saldo da controladora, de imposto de renda e contribuição social, diferidos, estão apresentados abaixo: Controladora 2015 9.106 2016 2.589 2017 25.455 2018 18.425 2019 em diante 178.246 233.820

21. Instrumentos financeiros A Companhia e suas controladas mantêm operações com instrumentos financeiros. A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais e controles internos visando liquidez, rentabilidade e segurança. A contratação de instrumentos financeiros com o objetivo de proteção é feita por meio de uma análise periódica da exposição ao risco que a Administração pretende cobrir (câmbio, taxa de juros e etc.) o qual é submetido aos orgãos da Administração competentes para aprovação e posterior operacionalização da estratégia apresentada. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das condições contratadas versus condições vigentes no mercado. A Companhia e suas controladas não efetuam aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. Os resultados obtidos com estas operações estão condizentes com as políticas e estratégias definidas pela Administração da Companhia. As operações da Companhia e das suas controladas estão sujeitas aos fatores de riscos abaixo descritos: (i) Considerações sobre riscos

a) Risco de crédito

A Companhia e suas controladas restringem a exposição a riscos de crédito associados a caixa e equivalentes de caixa, efetuando seus investimentos em instituições financeiras avaliadas como de primeira linha e com remuneração em títulos de curto prazo. Com relação às contas a receber, a Companhia restringe a sua exposição a riscos de crédito por meio de vendas para uma base ampla de clientes e de análises de crédito contínua. Adicionalmente, inexistem históricos relevantes de perdas em face da existência de garantia real, representada pela unidade imobiliária, de recuperação de seus produtos nos casos de inadimplência durante o período de construção. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, não havia concentração de risco de crédito relevante associado a clientes.

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (i) Considerações sobre riscos--Continuação

b) Instrumentos financeiros derivativos

A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de mitigar o risco de sua exposição à volatilidade de índices e juros, reconhecidos por seu valor justo diretamente no resultado do exercício. De acordo com suas políticas de tesouraria, a Companhia não possui ou emite instrumentos financeiros derivativos para fins outros que não os de proteção. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía contratos de derivativos para proteção na oscilação de taxa de juros, com vencimento final entre junho de 2015 e outubro de 2018. Os contratos de derivativos são conforme segue:

Consolidado

Reais Percentual Validade Ganhos/(perdas) não realizados com instrumentos

derivativos líquidos

Companhia Contratos de troca de taxas - "Swap" (pré para CDI)

Valor nominal

Indexador original – Ponta

ativa

"Swap" – Ponta passiva Início Fim 2014 2013

Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. 110.000 Pré 14,0993% CDI + 1,6344% 20/12/2013 20/06/2014 - 978 Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. 82.500 Pré 11,4925% CDI + 0,2801% 20/06/2014 22/12/2014 - 128 Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. 82.500 Pré 13,7946% CDI + 1,6344% 22/12/2014 22/06/2015 (208) (91) Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. 55.000 Pré 11,8752% CDI + 0,2801% 22/06/2015 21/12/2015 (401) (306) Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. 55.000 Pré 14,2672% CDI + 1,6344% 21/12/2015 20/06/2016 (160) (236) Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. 27.500 Pré 11,1136% CDI + 0,2801% 20/06/2016 20/12/2016 (185) (255) Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. 27.500 Pré 15,1177% CDI + 1,6344% 20/12/2016 20/06/2017 58 (35) Gafisa S/A Banco Votorantim S.A. (a) 130.000 CDI + 1,90% 118% CDI 22/07/2014 26/07/2018 (941) - Gafisa S/A Banco HSBC (b) 194.000 Pré 12,8727% 120% CDI 29/09/2014 08/10/2018 (6.336) -

(8.173) 183 Circulante (3.340) 183 Não circulante (4.833) -

(a) Em 22 de julho de 2014, a Companhia contratou operação de derivativo de swap para mitigar a exposição ao índice pré-fixado da debênture emitida nesta

data (Nota 13), saindo da posição de CDI + 1,90% aa para 118% do CDI.

(b) Em 29 de setembro de 2014, a Companhia contratou operação de derivativo de swap para mitigar a exposição ao índice pré-fixado da operação de financiamento contratada nesta data (Nota 12), saindo da posição pré-fixada de 12,8727% para 120% do CDI.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, o montante de R$7.492 (R$5.103 em 2013) na controladora e no consolidado, referente ao resultado líquido de perda da operação de "swap" de juros foi reconhecido na linha de "resultado financeiro" na demonstração do resultado do exercício, permitindo a correlação do efeito dessas operações com a flutuação da taxa de juros no balanço da Companhia (Nota 25).

O valor justo estimado para os instrumentos financeiros derivativos contratados pela Companhia foi determinado por meio de informações disponíveis no mercado e de metodologias específicas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor justo de cada operação, podendo variar quando da liquidação financeira das operações.

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (i) Considerações sobre riscos--Continuação

c) Risco de taxa de juros

Decorre da possibilidade de a Companhia e as suas controladas sofrerem ganhos ou perdas decorrentes de oscilações de taxas de juros incidentes sobre seus ativos e passivos financeiros. Visando a mitigação desse tipo de risco, a Companhia e suas controladas buscam diversificar a captação de recursos em termos de taxas pré-fixadas ou pós-fixadas. As taxas de juros sobre empréstimos, financiamentos e debêntures estão mencionadas nas Notas 12 e 13. As taxas de juros contratadas sobre aplicações financeiras estão mencionadas na Nota 4. Sobre o saldo de contas a receber de imóveis concluídos (Nota 5), incide juros de 12% ao ano, apropriado "pro rata temporis".

d) Risco de liquidez

O risco de liquidez consiste na eventualidade da Companhia e suas controladas não dispor de recursos suficientes para cumprir com seus compromissos em função dos prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Para mitigar os riscos de liquidez e a otimização do custo médio ponderado do capital, a Companhia e as suas controladas monitoram permanentemente os níveis de endividamento de acordo com os padrões de mercado e o cumprimento de índices (covenants) previstos em contratos de empréstimos, financiamento e debêntures, de modo a garantir que a geração operacional de caixa e a captação prévia de recursos, quando necessária, sejam suficientes para a manutenção do seu cronograma de compromissos, não gerando risco de liquidez para a Companhia e controladas (Notas 12 e 13).

Os vencimentos dos instrumentos financeiros de empréstimos, financiamentos, fornecedores, obrigações com investidores e debêntures são conforme segue:

Controladora

Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Menos de 1

ano 1 a 3 anos 4 a 5 anos Mais que 5

anos Total Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 443.802 667.064 83.208 - 1.194.074 Debêntures (Nota 13) 314.770 420.468 64.244 - 799.482 Obrigações com investidores (Nota 15) 6.081 4.713 - - 10.794 Fornecedores 57.369 - - - 57.369 822.022 1.092.245 147.452 - 2.061.719

Controladora

Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 Menos de 1

ano 1 a 3 anos 4 a 5 anos Mais que 5

anos Total Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 376.047 765.007 108.130 - 1.249.184 Debêntures (Nota 13) 354.271 457.385 200.001 - 1.011.657 Obrigações com investidores (Nota 15) 108.742 9.654 1.140 - 119.536 Fornecedores 51.415 - - - 51.415 890.475 1.232.046 309.271 - 2.431.792

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (i) Considerações sobre riscos--Continuação

d) Risco de liquidez--Continuação

Consolidado

Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Menos de 1

ano 1 a 3 anos 4 a 5 anos Mais que 5

anos Total Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 550.058 758.812 88.555 - 1.397.425 Debêntures (Nota 13) 504.387 620.468 64.244 - 1.189.099 Obrigações com investidores (Nota 15) 6.317 4.713 - - 11.030 Fornecedores 95.131 - - - 95.131 1.155.893 1.383.993 152.799 - 2.692.685

Consolidado

Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 Menos de 1

ano 1 a 3 anos 4 a 5 anos Mais que 5

anos Total Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 590.386 938.792 109.132 - 1.638.310 Debêntures (Nota 13) 563.832 657.385 200.001 - 1.421.218 Obrigações com investidores (Nota 15) 112.886 9.654 1.140 - 123.680 Fornecedores 79.342 - - - 79.342 1.346.446 1.605.831 310.273 - 3.262.550

Hierarquia de valor justo A Companhia utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros pela técnica de avaliação: Nível 1: preços negociados (sem ajustes) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos; Nível 2: inputs diferentes dos preços negociados em mercados ativos incluídos no Nível 1 que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (como preços) ou indiretamente (derivados dos preços); e Nível 3: inputs para o ativo ou passivo que não são baseados em variáveis observáveis de mercado (inputs não observáveis). Segue o nível de hierarquia do valor justo para os instrumentos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado da Companhia apresentados em 31 de dezembro de 2014 e de 2013:

Controladora Consolidado Hierarquia de valor justo

Em 31 de dezembro de 2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Ativos financeiros Equivalentes de caixa (Nota 4.1) - 33.792 - - 109.895 -Títulos e valores mobiliários (Nota 4.2) - 582.042 - - 1.047.359 -

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (i) Considerações sobre riscos--Continuação

d) Risco de liquidez--Continuação

Hierarquia de valor justo--Continuação

Controladora Consolidado Hierarquia de valor justo

Em 31 de dezembro de 2013 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Ativos financeiros Equivalentes de caixa (Nota 4.1) - 39.032 - - 215.194 - Títulos e valores mobiliários (Nota 4.2) - 1.241.026 - - 1.808.969 - Instrumentos financeiros derivativos (Nota 21.i.b) - 183 - - 183 -

Adicionalmente, apresentamos a hierarquia de valor justo para os instrumentos

financeiros passivos:

Controladora Consolidado Hierarquia de valor justo

Em 31 de dezembro de 2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos (Nota 21.ii.a) - 1.184.202 - - 1.333.399 -Debêntures (Nota 21.ii.a) - 802.948 - - 802.948 -Obrigações com investidores (Nota 21.ii.a) - 12.304 - - 12.304 -Instrumentos financeiros derivativos (Nota 21.i.b) - 8.173 - - 8.173 -

Controladora Consolidado Hierarquia de valor justo

Em 31 de dezembro de 2013 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos (Nota 21.ii.a) - 1.254.757 - - 1.641.503 - Debêntures (Nota 21.ii.a) - 1.019.298 - - 1.428.859 - Obrigações com investidores (Nota 21.ii.a) - 121.060 - - 125.719 -

No decorrer dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não houve transferências entre avaliações de valor justo Nível 1 e Nível 2 nem transferências entre avaliações de valor justo Nível 3 e Nível 2.

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (ii) Valor justo dos instrumentos financeiros

a) Cálculo do valor justo

Os seguintes valores justos estimados foram determinados usando as informações de mercado disponíveis e metodologias apropriadas de avaliação. Entretanto, um julgamento considerável é necessário para interpretar informações de mercado e estimar o valor justo. Assim, as estimativas aqui apresentadas não são necessariamente indicativas dos montantes que a Companhia poderia realizar no mercado atual. O uso de diferentes premissas de mercado e/ou metodologias de estimativas podem ter um efeito significativo nos valores justos estimados. Os seguintes métodos e premissas foram usados para estimar o valor justo para cada classe dos instrumentos financeiros para os quais a estimativa de valores é praticável.

(i) Os valores caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários, contas a

receber, demais recebíveis, fornecedores e demais passivo circulante se aproximam de seu valor justo registrado nas demonstrações financeiras.

(ii) O valor justo de empréstimos bancários e outras dívidas financeiras, é estimado por meio dos fluxos de caixa futuro descontado utilizando taxas anualmente disponíveis para dívidas ou prazos semelhantes e remanescentes.

Os principais valores contábeis consolidados e justos dos ativos e passivos e financeiros em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 estão demonstrados a seguir:

Controladora 2014 2013 Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo Ativos financeiros Caixa e equivalente de caixa (Nota 4.1) 33.792 33.792 39.032 39.032Títulos e valores mobiliários (Nota 4.2) 582.042 582.042 1.241.026 1.241.026Instrumentos financeiros derivativos - - 183 183Recebíveis de clientes (Nota 5) 1.024.441 1.024.441 1.216.902 1.216.902 Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 1.194.074 1.184.202 1.249.184 1.254.757Debêntures (Nota 13) 799.482 802.948 1.011.657 1.019.298Obrigações com investidores (Nota 15) 10.794 12.304 119.536 121.060Instrumentos financeiros derivativos (Nota 21(i)(b)) 8.173 8.173

Fornecedores 57.369 57.369 51.415 51.415

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (ii) Valor justo dos instrumentos financeiros-- Continuação

a) Cálculo do valor justo--Continuação

Consolidado 2014 2013 Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo Ativos financeiros Caixa e equivalente de caixa (Nota 4.1) 109.895 109.895 215.194 215.194Títulos e valores mobiliários (Nota 4.2) 1.047.359 1.047.359 1.808.969 1.808.969Instrumentos financeiros derivativos (Nota 21(i)(b)) - - 183 183

Recebíveis de clientes (Nota 5) 1.825.319 1.825.319 2.223.668 2.223.668 Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 1.397.425 1.333.399 1.638.310 1.641.503Debêntures (Nota 13) 1.189.099 802.948 1.421.218 1.428.859Obrigações com investidores (Nota 15) 11.030 12.304 123.680 125.719Instrumentos financeiros derivativos (Nota 21(i)(b)) 8.173 8.173 - -

Fornecedores 95.131 95.131 79.342 79.342

a) Risco de aceleração de dívida

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía contratos de empréstimos e financiamentos em vigor, com cláusulas restritivas (“covenants”), relacionadas à geração de caixa, índices de endividamento e outros. Essas cláusulas restritivas estão sendo observadas pela Companhia e não restringem a sua capacidade de condução normal de seus negócios.

b) Risco de mercado A Companhia dedica-se à incorporação, construção e venda de empreendimentos imobiliários. Além dos riscos que afetam de modo geral o mercado imobiliário, tais como interrupções de suprimentos e volatilidade do preço dos materiais e equipamentos de construção, mudanças na oferta e procura de empreendimentos em certas regiões, greves e regulamentos ambientais e de zoneamento, as atividades da Companhia são especificamente afetadas pelos seguintes riscos:

• A conjuntura econômica do Brasil, que pode prejudicar o crescimento do setor

imobiliário como um todo, por meio da desaceleração da economia, aumento dos juros, flutuação da moeda e instabilidade política, além de outros fatores.

• Impedimento no futuro, em decorrência de nova regulamentação ou condições de mercado, de corrigir monetariamente os recebíveis, de acordo com certas taxas de inflação, conforme atualmente permitido, o que poderia tornar um projeto inviável financeira ou economicamente.

• O grau de interesse dos compradores em novo projeto lançado ou o preço de venda por unidade necessário para vender todas as unidades pode ficar abaixo do esperado, fazendo com que o projeto se torne menos lucrativo do que o esperado.

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (ii) Valor justo dos instrumentos financeiros-- Continuação

b) Risco de mercado-- Continuação

• Na hipótese de falência ou dificuldades financeiras significativas de uma grande

companhia do setor imobiliário, o setor com um todo pode ser prejudicado, o que poderia causar uma redução da confiança dos clientes em outras companhias que atuam no setor.

• Condições do mercado imobiliário local e regional, tais como excesso de oferta, escassez de terrenos em certas regiões ou aumento significativo do custo de aquisição de terrenos.

• Risco de compradores terem uma percepção negativa quanto à segurança, conveniência e atratividade das propriedades da Companhia, bem como à sua localização.

• As margens de lucro da Companhia podem ser afetadas em virtude de aumento dos custos operacionais, incluindo investimentos, prêmio de seguro, tributos em geral e tarifas públicas.

• As oportunidades de incorporação podem diminuir.

• A construção e venda de unidades dos empreendimentos podem não ser concluídas dentro do cronograma, acarretando o aumento dos custos de construção ou a rescisão dos contratos de venda e multas por atraso de obras.

• Inadimplemento de pagamento após a entrega das unidades adquiridas a prazo. A Companhia tem o direito de promover ação de cobrança, tendo por objetivo os valores devidos e/ou a retomada da unidade do comprador inadimplente, não podendo assegurar que será capaz de reaver o valor total do saldo devedor ou, uma vez retomado o imóvel, a sua venda em condições satisfatórias.

• Eventual mudança nas políticas do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre a aplicação dos recursos destinados ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH) pode reduzir a oferta de financiamentos aos clientes.

• A queda do valor de mercado dos terrenos mantidos em estoque, antes da incorporação do empreendimento ao qual se destina, e a incapacidade de preservar as margens anteriormente projetadas para as respectivas incorporações.

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21. Instrumentos financeiros—Continuação (iii) Gestão do capital social

O objetivo da gestão de capital da Companhia é assegurar que se mantenha uma classificação de crédito forte perante as instituições e uma relação de capital ótima, a fim de suportar os negócios da Companhia e maximizar o valor aos acionistas. A Companhia controla sua estrutura de capital fazendo ajustes e adequando às condições econômicas atuais. Para manter ajustada esta estrutura, a Companhia pode efetuar pagamento de dividendos, retorno de capital aos acionistas, captação de novos empréstimos, emissões de debêntures, entre outros. Não houve alterações quanto aos objetivos, políticas ou processos durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013. A Companhia inclui dentro da estrutura de dívida líquida: empréstimos e financiamentos, debêntures, obrigações com cessões de créditos e obrigações com investidores menos disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários):

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013

Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 1.194.074 1.249.184 1.397.425 1.638.310Debêntures (Nota 13) 799.482 1.011.657 1.189.099 1.421.218Obrigações com cessões de créditos (Nota 14) 34.496 74.201 56.129 119.897Obrigação com investidores (Nota 15) 10.794 119.536 11.030 123.680( - ) Caixa e equivalentes de caixa e títulos

mobiliários (Nota 4.1 e 4.2) (615.834) (1.280.058) (1.157.254) (2.024.163)Dívida líquida 1.423.012 1.174.520 1.496.429 1.278.942Patrimônio líquido 3.055.345 3.190.724 3.058.403 3.214.483Patrimônio líquido e dívida líquida 4.478.357 4.365.244 4.554.832 4.493.425

(iv) Análise de sensibilidade

A análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, exceto pelos contratos de swap que são analisados até a data de seu vencimento, descreve os riscos que podem gerar variações materiais no resultado da Companhia, nos termos determinados pela CVM por meio da Instrução 475/08, a fim de apresentar 25% e 50% de apreciação/ depreciação na variável de risco considerada. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia possui os seguintes instrumentos financeiros: a) Aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos e debêntures indexados ao

CDI; b) Empréstimos e financiamentos indexados à Taxa Referencial (TR) e CDI, e

debêntures indexados ao CDI, IPCA e TR; c) Contas a receber, indexados ao Índice Nacional de Construção Civil (INCC).

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (iv) Análise de sensibilidade--Continuação

Para a análise de sensibilidade do exercício de 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia considerou a taxa de juros de aplicações, empréstimos e contas a receber, Certificado de Depósito Interbancário (CDI) a 11,51%, (9,78% em 2013) Taxa Referencial (TR) a 0,52% (0,31% em 2013), Índice Nacional de Construção Civil (INCC) a 6,95% (8,09% em 2013), Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) a 3,67% (5,46% em 2013) e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 6,41% (5,73% em 2013). Os cenários considerados foram: Cenário I: apreciação 50% das variáveis de risco utilizadas para precificação Cenário II: apreciação de 25% das variáveis de risco utilizadas para precificação Cenário III: depreciação de 25% das variáveis de risco utilizadas para precificação Cenário IV: depreciação de 50% das variáveis de risco utilizadas para precificação Em 31 de dezembro de 2014:

Cenário

I II III IV

Operação Risco Alta 50% Alta 25% Queda 25% Queda 50% Aplicações financeiras Alta/queda do CDI 51.528 25.764 (25.764) (51.528) Empréstimos e financiamentos Alta/queda do CDI (31.786) (15.893) 15.893 31.786 Debêntures Alta/queda do CDI (14.571) (7.285) 7.285 14.571 Instrumentos financeiros derivativos Alta/queda do CDI (36.708) (19.243) 21.282 44.892

Efeito líquido da variação do CDI

(31.537) (16.657) 18.696 39.721

Empréstimos e financiamentos Alta/queda do TR (1.851) (925) 925 1.851 Debêntures Alta/queda do TR (2.321) (1.160) 1.160 2.321

Efeito líquido da variação do TR

(4.172) (2.085) 2.085 4.172

Debêntures Alta/queda do IPCA (457) (229) 229 457 Efeito liquido da variação do IPCA

(457) (229) 229 457

Contas a Receber Alta/queda do INCC 59.351 29.675 (29.675) (59.351) Imóveis a comercializar Alta/queda do INCC 58.774 29.387 (29.387) (58.774) Efeito líquido da variação do INCC

118.125 59.062 (59.062) (118.125)

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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21. Instrumentos financeiros--Continuação (iv) Análise de sensibilidade--Continuação

Em 31 de dezembro de 2013:

Cenário

I II III IV

Operação Risco Alta 50% Alta 25% Queda 25% Queda 50% Aplicações financeiras Alta/queda do CDI 77.110 38.555 (38.555) (77.110) Empréstimos e financiamentos Alta/queda do CDI (33.920) (16.960) 16.960 33.920 Debêntures Alta/queda do CDI (19.843) (9.921) 9.921 19.843 Obrigações com investidores Alta/queda do CDI (4.623) (2.312) 2.312 4.623 Instrumentos financeiros derivativos Alta/queda do CDI (9.303) (4.856) 5.344 11.219

Efeito líquido da variação do CDI

9.421 4.506 (4.018) (7.505)

Empréstimos e financiamentos Alta/queda do TR (1.208) (604) 604 1.208 Debêntures Alta/queda do TR (1.474) (737) 737 1.474

Efeito líquido da variação do TR

(2.682) (1.341) 1.341 2.682

Debêntures Alta/queda do IPCA (385) (193) 193 385 Efeito liquido da variação do IPCA

(385) (193) 193 385

Contas a Receber Alta/queda do INCC 83.051 41.525 (41.525) (83.051) Imóveis a comercializar Alta/queda do INCC 58.235 29.117 (29.117) (58.235) Efeito líquido da variação do INCC

141.286 70.642 (70.642) (141.286)

22. Partes relacionadas

22.1. Saldos com partes relacionadas

As transações entre a controladora e as empresas relacionadas são realizadas em condições e preços estabelecidos entre as partes.

Controladora Consolidado

Conta correntes 2014 2013 2014 2013 Ativo Conta corrente (a): Total SPEs 96.071 163.130 139.947 80.804Condomínio e consórcio (b) e obras de terceiros (c) 2.785 1.743 2.785 1.743

Mútuo a receber (d) 68.120 98.272 107.067 136.508Dividendos a receber 5.909 7.443 - - 172.885 270.588 249.799 219.055 Circulante 104.765 172.316 142.732 82.547Não circulante 68.120 98.272 107.067 136.508 Passivo Conta corrente (a): Compra/venda de participações (e) - (39.100) - (39.100)

Total SPEs e Tenda (596.047) (163.075) (156.503) (94.578) (596.047) (202.175) (156.503) (133.678) Circulante (596.047) (202.175) (156.503) (133.678)

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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22. Partes relacionadas--Continuação 22.1. Saldos com partes relacionadas--Continuação

(a) A Companhia participa do desenvolvimento de empreendimentos de incorporação imobiliária com outros parceiros de forma direta ou por

meio de partes relacionadas, baseados na formação de condomínios e/ou consórcios. A estrutura de administração desses empreendimentos e a gerência de caixa são centralizadas na empresa líder do empreendimento, que gerencia o desenvolvimento das obras e os orçamentos. Assim, o líder do empreendimento assegura que as aplicações de recursos necessários sejam efetuadas e alocadas de acordo com o planejado. As origens e aplicações de recursos dos empreendimentos estão refletidas nesses saldos, com observação do respectivo percentual de participação de cada investidor, os quais não estão sujeitos à atualização ou encargos financeiros de cada investidor e não possuem vencimento pré-determinado. Tais operações visam simplificar as relações comerciais que demandem administração conjunta de valores reciprocamente devidos pelas partes envolvidas e, consequentemente, o controle de movimento de valores reciprocamente concedidos, que se compensam no momento de encerramento da conta corrente. O prazo médio de desenvolvimento e finalização dos empreendimentos, nos quais se encontram aplicados os recursos, é de 24 a 30 meses. A Companhia recebe uma remuneração pela administração destes empreendimentos.

(b) Refere-se a transações entre a líder do consórcio, parceiros e condomínios. (c) Refere-se a operações em obras de terceiros. (d) Os mútuos da Companhia com suas controladas, demonstrados abaixo, ocorrem em função da necessidade de caixa destas controladas

para o desenvolvimento das suas respectivas atividades, sendo sujeitas aos encargos financeiros ali descritos contratualmente. Os negócios e operações com partes relacionadas são realizados com base em condições estritamente comutativas e adequadas de modo a preservar os interesses de ambas as partes envolvidas no negócio. A composição, a natureza e as condições dos saldos de mútuos a receber da Companhia são demonstradas a seguir.

(e) Em decorrência da aquisição da parcela remanescente da Cipesa Empreendimentos Imobiliários (Nota 9) e consequente concessão entre as partes de irrevogável e irretratável quitação com relação a todos os direitos, deveres e obrigações, a Companhia efetuou a reversão desta obrigação em sua totalidade.

Controladora 2014 2013 Natureza Taxa de juros

Engenho 17 15 Tembok Planej. E Desenv. Imob. Ltda. (Laguna Di Mare) - 2.279 Construção 12% a.a. + IGPM Tembok Planej. E Desenv. Imob. Ltda. (Vistta Laguna) 9.891 15.201 Construção 12% a.a. + IGPM Gafisa SPE 65 Emp. Imobiliários Ltda. - 2.929 Construção 3% a.a. + CDI Gafisa SPE 46 Emp. Imobiliários Ltda. - 1.056 Construção 12% a.a. + IGPM Gafisa SPE 71 Emp. Imobiliários Ltda. - 6.066 Construção 3% a.a. + CDI Gafisa SPE 76 Emp. Imobiliários Ltda. - 3.863 Construção 4% a.a. + CDI Acquarelle Civilcorp Incorporações Ltda. 493 411 Construção 12% a.a. + IGPM Manhattan Residencial I 49.358 62.441 Construção 10% a.a. + TR Manhattan Comercial I - 15 Construção 10% a.a. + TR Manhattan Residencial II - 137 Construção 10% a.a. + TR Manhattan Comercial II - 65 Construção 10% a.a. + TR Scena Laguna - Tembok Planej. e Desenv. Imob. Ltda. 8.361 3.794 Construção 12% a.a. + IGPM Total controladora 68.120 98.272

Consolidado 2014 2013 Natureza Taxa de juros

Engenho 17 15 Construção 12% a.a. + IGPM Tembok Planej. E Desenv. Imob. Ltda. (Laguna Di Mare) - 2.279 Construção 12% a.a. + IGPM Tembok Planej. E Desenv. Imob. Ltda. (Vistta Laguna) 9.891 15.201 Construção 12% a.a. + IGPM Gafisa SPE 65 Emp. Imobiliários Ltda. - 2.929 Construção 3% a.a. + CDI Gafisa SPE-46 Emp. Imobiliários Ltda. - 1.056 Construção 12% a.a. + IGPM Gafisa SPE-71 Emp. Imobiliários Ltda. - 6.066 Construção 3% a.a. + CDI Gafisa SPE- 76 Emp. Imobiliários Ltda. - 3.863 Construção 4% a.a. + CDI Acquarelle - Civilcorp Incorporações Ltda. 493 411 Construção 12% a.a. + IGPM Manhattan Residencial I 49.358 62.441 Construção 10% a.a. + TR Manhattan Comercial I - 15 Construção 10% a.a. + TR Manhattan Residencial II - 137 Construção 10% a.a. + TR Manhattan Comercial II - 65 Construção 10% a.a. + TR Scena Laguna - Tembok Planej. E Desenv. Imob. Ltda. 8.361 3.794 Construção 12% a.a. + IGPM Fit Jardim Botanico SPE Emp. Imob. Ltda. 10.164 17.998 Construção 113,5% de 126,5% do CDI Fit 09 SPE Emp. Imob. Ltda. 8.422 7.183 Construção 120% de 126,5% do CDI Fit 19 SPE Emp. Imob. Ltda. 4.037 4.003 Construção 113,5% de 126,5% do CDI Acedio SPE Emp. Imob. Ltda. 936 3.589 Construção 113,5% de 126,5% do CDI Ac Participações Ltda. - 4.710 Construção 12% a.a. + IGPM Atua Construtora e Incorporadora S.A. 12.168 - Construção 113,50% a 112% do CDI Bild Desenvolvimento Imobiliário Ltda 2.471 - Construção IGPM + juros 12% a.a. Outros 749 753 Construção Diversas

Total consolidado 107.067 136.508

No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram registradas receitas financeiras referentes aos juros sobre mútuos no montante de R$7.622 (R$6.193 em 2013) na controladora e R$11.120 (R$12.182 em 2013) no consolidado (Nota 25). As informações referentes a transações e remuneração com a Administração estão descritas na Nota 26.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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22. Partes relacionadas--Continuação 22.2. Avais, garantias e fianças

As operações financeiras das controladas possuem garantias de aval ou fiança na proporção da participação da Companhia no capital social de tais sociedades, no montante de R$973.808 em 31 de dezembro de 2014 (R$1.428.286 em 2013).

23. Receita operacional líquida

Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013

Receita operacional bruta Incorporação e venda de imóveis, permuta e prestação de serviços de construção 1.256.287 1.418.024 2.256.189 2.618.737 (Constituição) reversão de provisão para devedores duvidosos e distratos (Nota 5) 1.424 9.989 69.479 81.122 Impostos sobre vendas de imóveis e serviços (112.890) (126.861) (174.670) (218.648) Receita operacional líquida 1.144.821 1.301.152 2.150.998 2.481.211

24. Custos e despesas por natureza

Estão representadas por:

Controladora Consolidado

2014 2013 2014 2013 Custo de incorporação e venda de imóveis: Custo de construção (457.447) (507.519) (949.960) (1.137.678) Custo de terrenos (165.187) (171.536) (278.682) (327.721) Custo de incorporação (41.444) (44.623) (105.594) (133.350) Encargos financeiros capitalizados (Nota 12) (107.959) (81.653) (171.590) (157.212) Manutenção/garantia (41.906) (14.987) (48.557) (34.578) Provisão para distratos (Nota 5) - - (54.863) (73.227) (813.943) (820.318) (1.609.246) (1.863.766) Despesas comerciais: Despesas com marketing de produto (32.298) (29.482) (60.433) (54.128) Despesas com corretagem e comissão de vendas (16.384) (68.127) (30.656) (125.076) Despesas com Customer Relationship Management (CRM) (24.383) (14.095) (45.622) (25.878) Outras (6.055) (5.756) (11.330) (10.567) (79.120) (117.460) (148.041) (215.649) Despesas gerais e administrativas: Despesas com salários e encargos (43.637) (52.230) (79.515) (92.574) Despesas com benefícios a empregados (4.443) (4.697) (7.575) (8.398) Despesas com viagens e utilidades (1.487) (2.629) (2.761) (4.865) Despesas com serviços prestados (16.895) (9.351) (30.485) (17.306) Despesas com aluguéis e condomínios (8.748) (6.189) (14.189) (9.820) Despesas com informática (14.208) (8.713) (24.409) (17.519) Despesas com plano de opções de ações (Nota 19.3) (15.489) (17.263) (16.327) (17.419) Despesas com provisão de participação no lucro (Nota 26.iii) (19.000) (35.886) (35.006) (59.651) Outras (920) 238 (1.639) (6.471) (124.827) (136.720) (211.906) (234.023) Outras receitas/(despesas), líquidas: Despesas com demandas judiciais (Nota 17) (60.221) (63.642) (113.064) (78.402) Resultado de participação em Sociedade em Conta de Participação (“SCP”) 4.839 (34.733) - - Despesas com atualização do saldo do plano de opções de ações de AUSA (Nota 19.2) (17.679) - (17.679) - Outras 12.009 302 (10.606) (7.709) (61.052) (98.073) (141.349) (86.111)

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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25. Resultado financeiro Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Receitas financeiras Rendimento de aplicações financeiras 78.830 30.404 132.980 56.095Receita financeira sobre contrato de mútuo (Nota 22) 7.622 6.193 11.120 12.182Receitas de juros 1.609 763 2.445 1.405Outras receitas financeiras 2.822 357 10.249 11.401 90.883 37.717 156.794 81.083Despesas financeiras Juros sobre captações, líquido de capitalização (Nota 12) (97.072) (154.573) (121.063) (176.823)Amortização custo das debêntures (4.344) (3.856) (4.144) (8.020)Obrigações com investidores (2.786) - (2.830) (14.805)Despesas bancárias (3.042) (7.151) (3.818) (12.312)Operações com derivativos (Nota 21 (i) (b)) (7.492) (5.103) (7.492) (5.103)Desconto com operação de securitização (316) (7.268) (240) (8.820)Descontos concedidos e outras despesas financeiras 683 (11.555) (26.125) (17.703)

(114.369) (189.506) (165.712) (243.586)

26. Transações com a Administração e empregados

(i) Remuneração da Administração No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os montantes registrados na rubrica “Despesas gerais e administrativas” referentes à remuneração dos membros da Administração da controladora estão demonstrados a seguir:

Remuneração da Administração Período findo em 31 de dezembro de 2014 Conselho de

Administração Diretoria Executiva

Conselho Fiscal

Número de membros 8 5 3 Remuneração Fixa do período (em R$) 1.739 4.004 189 Salário/pró-labore 1.720 3.630 189 Benefícios diretos e indiretos 19 374 - Valor mensal da remuneração (em R$) 145 334 16 Total da remuneração 1.739 4.004 189 Participação nos lucros e resultado - 3.412 -

Remuneração da Administração

Período findo em 31 de dezembro de 2013 Conselho de Administração

Diretoria Executiva

Conselho Fiscal

Número de membros 9 7 3 Remuneração Fixa do período (em R$) 1.899 4.872 166 Salário/pró-labore 1.852 4.485 166 Benefícios diretos e indiretos 47 387 - Valor mensal da remuneração (em R$) 158 406 14 Total da remuneração 1.899 4.872 166 Participação nos lucros e resultado - 6.543 -

A remuneração global dos administradores da Companhia para o exercício de 2014, foi fixada no limite de até R$13.425, conforme aprovação em Assembleia Geral Ordinária, realizada em 25 de abril de 2014.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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26. Transações com a Administração e empregados--Continuação

(i) Remuneração da Administração--Continuação Na mesma ocasião foi aprovado o limite de remuneração dos membros do Conselho Fiscal da Companhia para seu próximo mandato que se encerra na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2015, fixado no limite de até R$192.

(ii) Operações comerciais

No exercício findo 31 de dezembro de 2014, o total de operações contratadas por unidades vendidas à Administração é de R$1.513 (R$3.915 em 2013) e o saldo total a receber é das operações comerciais realizadas é de R$4.686 (R$5.845 em 2013).

(iii) Participação nos lucros e resultado A Companhia mantém um programa de remuneração variável que proporciona aos seus empregados e administradores, e aos de suas subsidiárias, o direito de participar nos lucros e resultados da Companhia. Este programa está vinculado ao alcance de objetivos específicos, os quais são estabelecidos, acordados e aprovados pelo Conselho de Administração no início de cada ano. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia registrou uma despesa para participação nos lucros e resultados no montante de R$19.000 na controladora (R$35.886 em 2013) e R$35.006 no consolidado (R$59.651 em 2013) na rubrica "Despesas Gerais e Administrativas" (Nota 24). Controladora Consolidado 2014 2013 2014 2013 Diretoria Executiva 3.412 6.543 8.116 11.615 Demais colaboradores 15.588 29.343 26.890 48.036 19.000 35.886 35.006 59.651 A participação nos lucros e resultados é calculada e provisionada com base no alcance das metas da Companhia no período. Após o encerramento do exercício é realizada a apuração do alcance das metas da Companhia, assim como das metas individuais dos colaboradores, e o pagamento deve ser realizado em abril de 2015. Conforme apresentado nas tabelas anteriores e parágrafos acima, a remuneração global dos Administradores e Conselho Fiscal da Companhia está de acordo com o limite aprovado em Assembleia Geral Ordinária de 25 de abril de 2014.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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27. Seguros A Gafisa S.A. e suas controladas mantêm seguros de risco de engenharia, garantia de permuta, garantia de término de obra e responsabilidade civil, relativos a danos pessoais de caráter involuntário causados a terceiros e danos materiais a bens tangíveis, assim como para riscos de incêndio, queda de raio, danos elétricos, fenômenos naturais e explosão de gás. A cobertura contratada é considerada suficiente pela Administração para cobrir eventuais riscos sobre seus ativos e/ou responsabilidades. Segue abaixo quadro demonstrativo das responsabilidades cobertas por seguros e os respectivos montantes em 31 de dezembro de 2014: Modalidade seguro Cobertura – R$mil Riscos de engenharia e garantia de término de obra 2.397.954 Responsabilidade civil (Directors and Officers – D&O) 132.935 2.530.889

28. Lucro e prejuízo por ação De acordo com o CPC 41, a Companhia deve apresentar os prejuízos básico e diluído por ação. Os dados de comparação dos lucros/prejuízos básico e diluído se baseiam na media ponderada de ações em circulação do exercício, e todas as ações com potencial de diluição em aberto para cada exercício apresentado, respectivamente.

O lucro diluído por ação é computado de forma semelhante ao básico, exceto que as ações em circulação são adicionadas, para incluir o número de ações adicionais que estariam em circulação se as ações com potencial de diluição atribuíveis às opções de compra de ações e as ações resgatáveis de participação de acionistas não controladores tivessem sido emitidas durante os respectivos períodos, utilizando o preço médio ponderado das ações. A tabela a seguir apresenta o cálculo do lucro e prejuízo por ação básico e diluído. Em função do prejuízo do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, as ações com potenciais efeitos de diluição não são consideradas, pois o impacto seria de antidiluição.

2014 2013Numerador básico Dividendos e juros sobre o capital próprio propostos - 150.067Lucro (prejuízo) não distribuído (42.549) 717.376Lucro (prejuízo) não distribuído, disponível para os titulares de ações ordinárias (42.549) 867.443 Denominador básico (em milhares de ações) Média ponderada do número de ações 401.905 426.300 Lucro (prejuízo) básico por ação em Reais (0,1059) 2,0348

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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28. Lucro e prejuízo por ação--Continuação 2014 2013Numerador diluído Dividendos e juros sobre o capital próprio propostos - 150.067Lucro (prejuízo) não distribuído - -Lucro (prejuízo) não distribuído, disponível para os titulares de ações ordinárias (42.549) 717.376 (42.549) 867.443Denominador diluído (em milhares de ações) Média ponderada do número de ações 401.905 426.300Opções de ações - 2.584Média ponderada diluída do número de ações 401.905 428.884 Lucro (prejuízo) diluído por ação em Reais (0,1059) 2,0226

29. Informações por segmento

A Administração da Companhia analisa informações por segmento primeiramente por meio dos diferentes segmentos em que atua em preferência à localização geográfica das suas operações. Os segmentos nos quais a Companhia atua são: Gafisa, para empreendimentos de alta e média renda e Tenda, empreendimentos de baixa renda. O Presidente da Companhia, executivo responsável por alocar recursos nos negócios e monitorar o progresso dos mesmos, usa informações a valor presente econômico, derivada de uma combinação de resultados operacionais históricos e resultados operacionais projetados. A Companhia apresenta abaixo as principais rubricas da demonstração do resultado e do balanço patrimonial relacionada a cada segmento de atuação. As informações por segmento não segregam despesas operacionais. Receitas de clientes individuais não representam mais que 10% das receitas líquidas de vendas ou prestação de serviços.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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29. Informações por segmento--Continuação Consolidado Gafisa S.A. Tenda 2014 Receita operacional líquida 1.580.860 570.138 2.150.998Custo operacional (1.164.998) (444.248) (1.609.246) Lucro bruto 415.862 125.890 541.752 Despesas com vendas (95.063) (52.978) (148.041)Despesas gerais e administrativas (124.833) (87.073) (211.906)Depreciação e amortização (63.607) (15.644) (79.251)Despesa financeira (114.371) (51.341) (165.712)Receita financeira 98.121 58.673 156.794Despesas com impostos (8.947) (6.328) (15.275) Lucro/(prejuízo) líquido do exercício das

operações continuadas 66.888 (109.437) (42.549)

Clientes (curto e longo prazos) 1.484.766 340.553 1.825.319Estoques (curto e longo prazos) 1.734.634 777.708 2.512.342Outros ativos 1.861.263 1.006.928 2.868.191 Total ativo 5.080.663 2.125.189 7.205.852 Total passivo 3.104.606 1.042.843 4.147.449

Consolidado Gafisa S.A. Tenda 2013 Receita operacional líquida 1.663.750 817.460 2.481.210Custo operacional (1.111.550) (752.216) (1.863.766) Lucro bruto 552.200 65.244 617.444 Despesas com vendas (138.093) (77.556) (215.649)Despesas gerais e administrativas (136.720) (97.303) (234.023)Depreciação e amortização (51.488) (11.526) (63.014)Despesa financeira (202.239) (41.347) (243.586)Receita financeira 43.548 37.535 81.083Despesas com impostos 5.839 (8.651) (2.812) Lucro/(prejuízo) líquido do exercício das

operações continuadas 363.725 (127.169) 236.556

Lucro/(prejuízo) líquido do exercício das

operações descontinuadas 588.574 42.548 631.122

Clientes (curto e longo prazos) 1.662.572 561.096 2.223.668Estoques (curto e longo prazos) 1.420.359 674.055 2.094.414Outros ativos 2.658.263 1.206.685 3.864.948 Total ativo 5.741.194 2.441.836 8.183.030 Total passivo 3.679.292 1.289.255 4.968.547

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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30. Empreendimentos em construção – informações e compromissos

Em atendimento aos parágrafos 20 e 21 do ICPC 02, os valores de receitas reconhecidas e dos custos incorridos estão apresentados na demonstração de resultados e os adiantamentos recebidos na rubrica “Obrigações por compra de imóveis e adiantamento de clientes”. A Companhia apresenta informações acerca dos empreendimentos em construção, em 31 de dezembro de 2014:

Consolidado 2014 Receita de vendas a apropriar de unidades vendidas 1.040.489 Custo orçado a apropriar de unidades vendidas (611.616) (i) Receita de vendas a apropriar de unidades vendidas

Empreendimentos em construção: Receita de vendas contratadas 4.007.128 Receita de vendas apropriadas (2.966.639)

Receita de vendas a apropriar (a) 1.040.489

(ii) Custos orçados a apropriar de unidades vendidas

Empreendimentos em construção: Custo orçado das unidades 2.426.926 Custo incorrido das unidades (1.815.310)

Custo orçado a apropriar (b) 611.616

(a) As receitas de unidades vendidas a apropriar estão mensuradas pelo valor nominal dos contratos,

acrescido de atualizações contratuais e deduzidos de distratos, líquida de impostos incidentes e ajuste a valor presente e não contemplam os empreendimentos que estão sob restrição por cláusula suspensiva (período legal de 180 dias que a Companhia pode cancelar uma incorporação) e portanto não apropriada ao resultado.

(b) Os custos orçados das unidades vendidas a apropriar não contemplam encargos financeiros, os quais são apropriados aos imóveis a comercializar e ao resultado (custo dos imóveis vendidos) proporcionalmente as unidades imobiliarias vendidas a medida que são incorridas, e também provisão para garantia, a qual é apropriada as unidades imobiliarias a medida de evolução de obra.

A Companhia apresenta a seguir quadro demonstrativo do percentual dos ativos relativos aos

empreendimentos da Companhia que estão inseridos em estruturas de segregação patrimonial da incorporação em 31 de dezembro de 2014.

2014 Total dos ativos inseridos em estruturas de segregação patrimonial da incorporação (*) 7.199.762

Total ativo consolidado 7.205.852 Percentual 99,92%

(*) Total do ativo da Companhia exceto da controlada Gafisa Vendas, empresa de vendas dos empreendimentos da Gafisa. Para os empreendimentos nas controladas, o acompanhamento dos saldos de caixa e equivalentes e dívida corporativa são efetuados pelo CNPJ da empresa e não de forma individualizada por empreendimento.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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31. Comunicação com órgãos reguladores

Em 14 de junho de 2012, a Companhia recebeu uma intimação (“subpoena”) da “Securities Exchange Commission – “SEC” Division of Enforcement”, relacionados a empresas estrangeiras do setor de construção civil / incorporação imobiliária (Home Builders), listadas na SEC, Foreign Private Issuers - FPI. Esta intimação solicita que a Companhia apresente documentos do período de 01 de janeiro de 2010 até 10 de julho de 2012, data de encaminhamento da resposta pela Companhia, relacionados à preparação de nossas demonstrações financeiras, incluindo, entre outros itens, cópias de nossas políticas e procedimentos financeiros, atas de reunião do Conselho de Administração, Comitê de Auditoria e comitês operacionais, relatórios de fechamentos mensais e quaisquer documentos relacionados a possíveis irregularidades financeiras ou contábeis ou impropriedades e relatórios de auditoria interna. A investigação da SEC é um inquérito de apuração de fatos, não público, e não está clara qual ação, se houver, a SEC pretende tomar com relação à informação que recolhe. A intimação da SEC não especifica quaisquer encargos. Até a emissão dessas demonstrações financeiras não havia se manifestado.

32. Eventos subsequentes

(i) 10ª emissão privada de debêntures Em 10 de dezembro de 2014, o Conselho de Administração da Companhia aprovou emissão para distribuição privada da 10ª emissão, sendo a 2ª emissão privada, de debêntures, não conversíveis em ações, da espécie com garantia flutuante e com garantia adicional real, em série única no montante de R$55.000, completamente integralizada em 30 de janeiro de 2015 e com vencimento final em 20 de janeiro de 2020. Os recursos levantados na emissão serão utilizados no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários selecionados e sua garantia real é representada pela alienação fiduciária dos terrenos de propriedade da Companhia a serem desenvolvidos em períodos futuros. O Valor Nominal da Emissão será corrigido pela variação acumulada do IPCA e sobre ele incidirá juros remuneratórios de 8,22% a.a.

(ii) Cancelamento de ações mantidas em tesouraria

Em 02 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o cancelamento de 30.000.000 ações ordinárias de emissão da Companhia atualmente mantidas em tesouraria, sem redução do capital social, além de dar por encerrado o programa de recompra de ações aprovado em 18 de novembro de 2014, conforme aditado em 3 de dezembro de 2014, por meio do qual foram adquiridas todas as 30.207.130 ações ordinárias de emissão da Companhia cuja recompra foi aprovada no seu âmbito.

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Gafisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2014 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

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32. Eventos subsequentes--Continuação

(iii) Programa de Recompra de ações Em 02 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a criação de um programa de recompra de ações ordinárias de sua emissão (“Programa de Recompra”), para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação, durante os próximos 365 dias, i.e., até 1º de fevereiro de 2016, até o limite de 27.000.000 ações ordinárias, que correspondem a 10% das 378.066.162 ações ordinárias de emissão da Companhia atualmente em circulação no mercado. Tal aprovação se deu em conformidade com o art. 30, §1º, “b”, da Lei nº 6.404/76, Instrução CVM nº 10/80 (“ICVM 10”), e Artigo 22 (s) do Estatuto Social.

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Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras

D E C L A R A Ç Ã O Os Diretores da Gafisa S.A., inscrita no Ministério da Fazenda sob o CNPJ nº 01.545.826/0001-07, com sede na Avenida das Nações Unidas, nº 8.501, 19º andar, Pinheiros, São Paulo-SP, declaram para os fins do disposto no artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, que: i) reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014; e ii) reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. São Paulo, 27 de fevereiro de 2015 GAFISA S.A. A Diretoria

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Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes

D E C L A R A Ç Ã O

Os Diretores da Gafisa S.A., inscrita no Ministério da Fazenda sob o CNPJ nº 01.545.826/0001-07, com sede na Avenida das Nações Unidas, nº 8.501, 19º andar, Pinheiros, São Paulo-SP, declaram para os fins do disposto no artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, que: i) reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014; e ii) reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. São Paulo, 27 de fevereiro de 2015 GAFISA S.A. A Diretoria

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GAFISA S.A. CNPJ/MF n° 01.545.826/0001-07

NIRE 35.300.147.952

Ata da Reunião do Comitê de Auditoria realizada em 27 de fevereiro de 2015

1. DATA, HORA E LOCAL: No dia 27 de fevereiro de 2015, às 9 horas, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida das Nações Unidas 8.501, 19° andar (“Companhia”). 2. CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Presente a totalidade dos membros do Comitê de Auditoria da Companhia, tendo-se verificado quorum de instalação e aprovação, e dispensando-se, portanto, a sua convocação. 3. DELIBERAÇÕES: Pela unanimidade dos conselheiros presentes e, sem ressalvas, foram tomadas as seguintes deliberações: 3.1. O parecer dos membros do Comitê de Auditoria foi por recomendar ao Conselho de Administração a aprovação da versão final dos documentos relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2014, a saber: o relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, acompanhadas das Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes, os quais emitiram opinião sem ressalvas, datado de 27 de fevereiro de 2015. 3.2. Após análise apresentada sobre a perspectiva de realização do Imposto de Renda Diferido calculado com base no Plano de Negócios para os anos de 2015 e seguintes, recomendar ao Conselho de Administração a sua aprovação final, conforme previsto na Instrução CVM nº 371/02. 4. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, a presente ata foi lavrada, aprovada e assinada por todos os membros do Comitê. Assinaturas: Renata de Carvalho Fidale, Secretária. José Écio Pereira da Costa Júnior, Maurício Marcellini Pereira e Francisco Vidal Luna.

Declaro que a presente confere com o original lavrado em livro próprio.

Renata de Carvalho Fidale Secretária

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GAFISA S.A. CNPJ/MF n° 01.545.826/0001-07

NIRE 35.300.147.952

Companhia Aberta

Ata da Reunião do Conselho Fiscal

realizada em 27 de fevereiro de 2015 1. DATA, HORA E LOCAL: No dia 27 de fevereiro de 2015, às 13 horas, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida das Nações Unidas 8.501, 19° andar. 2. CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Presente a totalidade dos membros do Conselho Fiscal da Companhia, tendo-se verificado quorum de instalação e aprovação, e dispensando-se, portanto, a sua convocação. Presentes, também, representantes da administração da Companhia e representantes da KPMG, auditor independente da Companhia, a fim de prestar esclarecimentos. Como secretária do Conselho Fiscal, Renata de Carvalho Fidale. 3. DELIBERAÇÕES: Pela unanimidade dos membros do Conselho presentes e, sem ressalvas, foram tomadas as seguintes deliberações: 3.1. Os membros do Conselho Fiscal manifestaram-se favoravelmente com relação aos documentos relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2014, a saber: Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras da Companhia, acompanhadas das Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes, os quais emitiram opinião sem ressalvas, datado de 27 de fevereiro de 2015. 3.2. Após análise apresentada sobre a perspectiva de realização do Imposto de Renda Diferido, calculado com base no Plano de Negócios para o ano de 2015, conforme requerido pela Instrução CVM nº 371/02, apreciaram e recomendaram sua aprovação pelo Conselho de Administração. 4. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, a presente ata foi lavrada, aprovada e assinada por todos os membros do Conselho. Assinaturas: Renata de Carvalho Fidale, Secretária. Olavo Fortes Campos Rodrigues Junior, Peter Edward Cortes Marsden Wilson e Luis Fernando Brum de Melo.

Declaro que a presente confere com o original lavrado em livro próprio.

Renata de Carvalho Fidale Secretária

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GAFISA S.A. CNPJ/MF n° 01.545.826/0001-07

NIRE 35.300.147.952

Companhia Aberta

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal da Gafisa S.A. (“Companhia”) abaixo assinados, no exercício da atribuição

que lhes é conferida pelo Art. 163 da Lei nº 6.404/76, após examinarem o relatório de administração e as

demonstrações financeiras da Companhia referentes ao exercício social encerrado em 31.12.2014,

acompanhadas das Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes (os “Documentos”),

opinaram favoravelmente com relação aos Documentos e manifestaram-se favoravelmente pela sua aprovação

em Assembleia Geral Ordinária de Acionistas da Companhia a ser convocada.

O Parecer do Conselho Fiscal foi assinado por Olavo Fortes Campos Rodrigues Júnior, Peter Edward Cortes

Marsden Wilson e Luis Fernando Brum de Melo. Declaro que o presente confere com o original lavrado em

livro próprio.

São Paulo, 27 de fevereiro de 2015.

Renata de Carvalho Fidale Secretária

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GAFISA S.A. CNPJ/MF n° 01.545.826/0001-07

NIRE 35.300.147.952

Companhia Aberta

Ata da Reunião do Conselho de Administração da Gafisa S.A. (“Companhia”) realizada em 27 de fevereiro de 2015

1. Data, Hora e Local: No dia 27 de fevereiro de 2015, às 11 horas, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida das Nações Unidas, 8.501, 19° andar. 2. Convocação e Presença: Presentes todos os membros do Conselho de Administração da Companhia, tendo-se verificado, portanto, quorum de instalação e aprovação. 3. Composição da Mesa: Presidente: Odair Garcia Senra. Secretária: Renata de Carvalho Fidale. 4. Deliberações: foi deliberado, pela unanimidade dos conselheiros presentes e sem quaisquer ressalvas: 4.1 Em cumprimento ao disposto no Artigo 142, V, da Lei 6.404/76 e no Artigo 22 (m) do Estatuto Social da Companhia, recomendar a aprovação, pelos acionistas da Companhia, reunidos em assembléia geral ordinária, (i) do relatório da administração e das Demonstrações Financeiras da Companhia do exercício social encerrado em 31.12.2014, acompanhadas das Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes, os quais emitiram opinião sem ressalvas, datado de 27 de fevereiro de 2015; e (ii) da proposta deste Conselho de Administração pela não distribuição de dividendos por ter a Companhia apurado prejuízo no exercício social encerrado em 31.12.2014. 4.2 Aprovar a análise apresentada sobre a perspectiva de realização do IR diferido calculado com base no Plano de Negócios para o ano de 2015, conforme requerido pela Instrução CVM 371/02.

5. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, esta ata foi lida, aprovada e assinada pelos presentes. Assinaturas: Odair Garcia Senra (Presidente), Renata de Carvalho Fidale (Secretária). Conselheiros: Odair Garcia Senra, Cláudio José Carvalho de Andrade, Francisco Vidal Luna, Guilherme Affonso Ferreira, José Écio Pereira da Costa Júnior, Maurício Marcellini Pereira e Rodolpho Amboss.

Declaro que a presente confere com o original lavrado em livro próprio.

Renata de Carvalho Fidale Secretária

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Teleconferência de Resultados

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02 de março de 2015 > 9:00 am US EST Em Inglês (tradução simultânea do Português) + 1-516-3001066 US Código: Gafisa > 11h00 Horário de Brasília Em Português Telefones: +55-11-3728-5971 (Brasil) Código: Gafisa Replay: +55-11-3127-4999 (Brasil) Código : 92909360 +55-11-3127-4999 (EUA) Código: 57880758 Webcast: www.gafisa.com.br/ri

Contatos de RI

Danilo Cabrera Mariana Suarez Telefone: +55 11 3025-9242 / 9978 Email: [email protected] IR Website: www.gafisa.com.br/ri

Assessoria de Imprensa

Máquina da Notícia - Comunicação Integrada Fernando Kadaoka Telefone: +55 11 3147-7498 Fax: +55 11 3147-7900 E-mail: [email protected]

Ações

GFSA3 – Bovespa GFA – NYSE

Total ações em circulação: 408.066.162

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Volume Médio Diário Negociado (90 dias²): R$13,6 milhões (1) Incluindo 29.881.286 ações em tesouraria (2) Até 31 de dezembro de 2014

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GAFISA DIVULGA RESULTADOS DO 4T14 e 2014

PARA DIVULGAÇÃO IMEDIATA

São Paulo, 27 de fevereiro de 2015

Gafisa S.A. (Bovespa: GFSA3; NYSE: GFA), uma das principais incorporadoras com foco no segmento residencial do Brasil, anuncia hoje seus resultados financeiros para o trimestre e o ano encerrados em 31 de dezembro de 2014.

COMENTÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO E DESTAQUES

Mesmo diante de um cenário mais desafiador, a Companhia atravessou o ano de 2014 com concentração e dedicação na manutenção de sua evolução operacional, no aumento de seu nível de rentabilidade e consequente geração de valor ao acionista.

Em 2014, com a consolidação das diversas correções e melhorias implementadas nos últimos anos, a Companhia alcançou maior eficiência no seu ciclo operacional, com a redução no período de construção e melhor gestão financeira nas obras. Além disso, a maior qualidade e velocidade no processo de repasse e a conclusão da quase totalidade dos projetos antigos do segmento Tenda, contribuíram para melhor gestão e adequação de nosso capital empregado, permitindo que a Companhia inicie 2015 em uma situação confortável e equilibrada, dando continuidade a seu ciclo de negócios, mesmo diante do atual cenário de incerteza na economia.

Nesse contexto, devemos salientar a boa performance que os projetos de Gafisa e Tenda apresentaram ao longo do ano, contribuindo para o resultado consolidado da Companhia, com a margem bruta ajustada alcançando 33,2% em 2014, cerca de 2 pontos percentuais superior ao ano anterior. O segmento Gafisa ratifica a estabilidade de seus resultados com uma margem bruta ajustada de 35,4% no ano, e o segmento Tenda com a consolidação de seu novo modelo de negócios e sua consequente participação cada vez maior nos resultados, encerrou o ano com uma margem bruta ajustada de 26,9%, sensivelmente superior ao resultado de 2013.

Vale ressaltar a singularidade do ano que passou, com a realização da Copa do Mundo ao final do 1S14, o período de incerteza e turbulência derivados das eleições presidenciais ao final do ano, e o atual cenário de estagnação econômica no país. Esses fatores contribuíram de forma substancial para um ano mais difícil no mercado imobiliário, gerando uma desaceleração na demanda. Assim, o segmento Gafisa vem trabalhando com bastante critério no desenvolvimento e lançamento de seus produtos, de modo a sempre priorizar um bom nível de rentabilidade nos projetos lançados, mantendo uma postura conservadora em relação a novos investimentos.

No segmento Gafisa, os lançamentos do ano totalizaram R$1,0 bilhão, ligeiramente abaixo do intervalo de R$1,1 – R$1,2 bilhão do guidance. Diante da incerteza no ambiente econômico e menor nível de confiança do consumidor, o segmento Gafisa optou pela postergação de alguns de seus projetos previstos, em busca de uma melhor condição de mercado para o lançamento desses empreendimentos ao longo de 2015. Essa estratégia está também alinhada com uma percepção de maior risco de mercado, pautada por uma atuação mais conservadora em relação à utilização de seus recursos.

Para o segmento Gafisa, a atuação em 2014 foi mais um importante passo na consolidação de seu ciclo produtivo. Do ponto de vista operacional, encerramos o ano com uma forte entrega de 23 projetos/fases, correspondendo a 3.806 unidades e um volume de repasse de R$1,6 bilhão, resultado do cada vez maior nível de controle e eficiência na operação do segmento. Atualmente, o segmento Gafisa tem sob sua gestão 41 obras próprias em andamento, estando todas dentro do prazo de entrega prevista em contrato, ratificando o compromisso com nosso cliente.

O segmento Gafisa encerrou o ano com um volume em estoque de aproximadamente R$2,3 bilhões, dos quais apenas R$143,1 milhões são relativos aos projetos fora do eixo Rio-SP, uma

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redução de 47,5% na comparação anual. Vale notar o perfil mais alongado e balanceado do estoque do segmento Gafisa sendo 63,2% com previsão de entrega a partir de 2016, o que permite maior flexibilidade no processo de venda dessas unidades.

Com relação a 2015, e diante de uma provável manutenção do atual cenário econômico, nossa expectativa é manter uma postura mais conservadora, buscando equilibrar a colocação de novos produtos no mercado, priorizando aqueles com maior liquidez, de modo a alcançar um nível de vendas e rentabilidade adequados. O esforço realizado nos dois últimos anos tanto na recomposição de nosso landbank, como em busca de um maior nível de eficiência e equilíbrio operacional, nos deixa bastante confortáveis no desenvolvimento do plano de negócios do ano.

Em relação ao segmento Tenda, 2014 foi um ano bastante marcante em seu processo de reestruturação, primeiro com a expressiva entrega de unidades remanescentes dos projetos antigos, encerrando o ano com apenas 3 canteiros de obra do legado, equivalente 2.593 unidades em construção e que devem ser concluídas até o final do 1S15, na comparação com as quase 31 mil unidades pendentes no início de 2012. Outro ponto fundamental para o segmento Tenda em 2014, foi a performance e o maior volume de entrega dos projetos do Novo Modelo. No ano que passou 9 projetos/fases perfazendo 1.700 unidades e R$213,8 milhões em VGV foram entregues, todos eles lançados em 2013 e dentro do novo modelo operacional da Tenda. Vale ressaltar que nesses primeiros projetos entregues e nos demais empreendimentos ainda em construção, a Tenda vem conseguindo, com grande efetividade, alcançar os drivers de rentabilidade estabelecidos para a operação dos projetos do Novo Modelo: margem bruta ajustada consistente e superior ao piso de 28%; VSO média mensal na ordem de 5-7%, e com a mudança no critério de contabilização das vendas em outubro último, a expectativa de um nível de cancelamentos da ordem de 15% do total de vendas brutas.

Em 2014, o segmento Tenda lançou 14 projetos, totalizando um VGV total de R$613,3 milhões, em linha com a perspectiva de evolução na escala de lançamentos. A Tenda continua a acreditar na resiliência de seu mercado de atuação mesmo diante de um cenário de maior incerteza econômica. A demanda no segmento econômico ainda continua bastante forte, ancorada no baixo nível de desemprego e na disponibilidade de crédito para o segmento.

Para o ano que se inicia, a Tenda continua a buscar ganho de escala com a intensificação dos lançamentos e a aplicação de estratégias para garantir a entrega de uma sólida velocidade de vendas. A Tenda também se manterá bastante ativa na busca por novos negócios, aproveitando as oportunidades geradas em decorrência do desaquecimento do mercado em geral. A consistência dos recentes resultados obtidos de empreendimentos do Novo Modelo consolidam nossa confiança em nosso plano de negócios para 2015.

Em termos consolidados, Gafisa e Tenda lançaram R$1,6 bilhão no ano, com lançamentos de R$241,5 milhões no 4T14. As vendas líquidas contratadas totalizaram R$303,9 milhões no trimestre, e R$1,2 bilhão no ano. O lucro bruto ajustado foi de R$190,1 milhões, com margem de 30,2% no trimestre. No ano, o resultado bruto ajustado alcançou R$713,3 milhões com margem de 33,2%, superior ao resultado de 2013.

Vale destacar a constante busca por maior eficiência e produtividade no ciclo de negócios, resultando em queda de 19,9% no nível de despesas com vendas, gerais e administrativas na comparação anual, efeito das melhorias implementadas ao longo dos últimos dois anos.

O resultado líquido consolidado do trimestre foi de R$8,0 milhões, composto por um lucro líquido de Gafisa de R$36,8 milhões, e um prejuízo de Tenda de R$28,8 milhões. No ano o resultado líquido negativo foi de R$42,5 milhões, com Gafisa apresentando lucro de R$66,9 milhões, e Tenda reportando um prejuízo de R$109,4 milhões.

Novamente, destacamos o bom desempenho de caixa da Companhia ao longo do ano. Encerramos o 4T14 com uma geração de caixa operacional da ordem de R$103,1 milhões, alcançando R$298,6 milhões no ano, refletindo: (i) a boa performance da Companhia no processo de repasse com aproximadamente R$1,7 bilhão no ano e; (ii) a maior assertividade e

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controle quanto a performance de seu ciclo de negócios. A geração de caixa livre foi positiva mais uma vez, alcançando R$38,3 milhões, totalizando R$81,0 milhões no ano. Esta geração desconsidera alguns efeitos não-recorrentes como a recompra de ações e despesas relacionadas à transação de Alphaville, com impacto no ano de 2014.

No encerramento de 2014 a relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido foi ligeiramente superior ao trimestre anterior, alcançando 47,1%. Excluindo-se os financiamentos de projetos, a relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido apresentou uma razão negativa de 19,0%.

O processo de separação das unidades de negócio continua em andamento. Atualmente, as marcas já operam de forma independente, com estruturas próprias e adequadas às especificidades de seus modelos de negócio. Continuamos a trabalhar com parceiros e agentes financeiros com o intuito de avançar na separação de produtos financeiros já estruturados, bem como na abertura de linhas de crédito individualizadas.

Por fim, não podemos deixar de destacar todo as iniciativas adotadas em 2014 visando a remuneração do acionista. Ao longo do exercício, a Companhia distribuiu a seus acionistas na forma de JCP e dividendos, aproximadamente R$163,1 milhões, ou R$0,40 por ação, representando um yield-caixa de 17,9% ante o preço de fechamento do ano. Adicionalmente, desde o início de 2013, por meio dos diversos programas de recompra abertos no período, foram desembolsados aproximadamente R$208,7 milhões na aquisição de cerca de 73,2 milhões de ações. No início de fevereiro, um novo programa de recompra de 27 milhões de ações foi aberto. Vale ressaltar que apesar do volume recomprado, a Companhia reafirma seu compromisso com a disciplina de capital, limitando a execução do novo programa a um nível de alavancagem correspondente a razão de 60% da Dívida Líquida/Patrimônio Líquido.

Ao longo do último ano, Gafisa e Tenda conseguiram fortalecer e aperfeiçoar os ciclos operacional e financeiro, garantindo maior solidez e conforto ante os desafios de 2015. O segmento Gafisa com sua operação consistente e equilibrada, busca o aperfeiçoamento de seu nível de capital empregado, e o segmento Tenda pronto para aumentar seu volume de novos empreendimentos, ancorado nos bons resultados verificados nos projetos lançados dentro do novo modelo. A Companhia segue trabalhando tendo como diretrizes as metas de rentabilidade e geração de valor, pautada pela disciplina de capital e buscando a manutenção e aperfeiçoamento de nossos resultados ao longo do ano que se inicia.

Sandro Gamba

Diretor-Presidente – Gafisa

Rodrigo Osmo

Diretor-Presidente – Tenda

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RESULTADOS FINANCEIROS

▲ A receita líquida do quarto trimestre de 2014, reconhecida pelo método “PoC”, somou R$490,9 milhões

em Gafisa e R$158,3 milhões em Tenda, alcançando uma receita consolidada de R$649,3 milhões, uma

redução de 7,9% na comparação anual, e de 31,4% ante o trimestre anterior. Nos 12M14, a receita líquida

atingiu R$2,2 bilhões, inferior em 13,3% ante 2013.

▲ O lucro bruto ajustado reportado no 4T14 foi de R$196,1 milhões, abaixo dos R$266,9 milhões verificados

no 4T13 e superior aos R$179,9 milhões do trimestre anterior. A margem bruta ajustada alcançou 30,2%

contra 37,9% no ano anterior e 36,4% no 3T14. A Gafisa contribuiu com R$150,8 milhões e margem

ajustada de 30,7%, enquanto a Tenda foi responsável por um lucro bruto ajustado de R$45,3 milhões com

margem de 28,6% nesse 4T14. Para o ano de 2014, o lucro bruto ajustado foi de R$713,3 milhões, com

margem bruta ajustada de 33,2%.

▲ O EBITDA ajustado foi de R$71,7 milhões no 4T14. A Gafisa reportou EBITDA ajustado de R$81,8

milhões, enquanto o valor em Tenda foi negativo em R$30,9 milhões. Vale notar que o EBITDA ajustado

consolidado contempla o efeito da equivalência de Alphaville, enquanto que o EBITDA ajustado do

segmento Gafisa é líquido desse efeito. Ao final dos 12M14, o EBITDA ajustado consolidado alcançou

R$261,5 milhões. A margem EBITDA consolidada alcançou 11,0% no 4T14 e 12,2% nos 12M14.

▲ O resultado líquido alcançado no 4T14 foi positivo em R$8,0 milhões. Gafisa apresentou um lucro líquido

de R$36,8 milhões, incluindo a contribuição de R$20,7 milhões de Alphaville, enquanto Tenda foi

responsável por um prejuízo de R$28,8 milhões. Nos 12M14 o prejuízo líquido foi de R$42,5 milhões, com

Gafisa reportando um lucro de R$66,9 milhões e Tenda um prejuízo de R$109,4 milhões.

▲ A geração de caixa operacional atingiu R$103,1 milhões no 4T14 e R$298,6 milhões nos 12M14. Nesse

4T14, a Companhia apresentou uma geração de caixa líquida de R$38,3 milhões, encerrando o ano com

R$81,0 milhões de geração de caixa livre.

RESULTADOS OPERACIONAIS

▲ Os lançamentos totalizaram R$241,5 milhões no 4T14, exclusivamente em função de 6 projetos de

Tenda, ante os lançamentos de R$510,4 milhões do 3T14. Nos 12M14 foram lançados R$1,6 bilhão, com

Gafisa responsável por R$1,0 bilhão, enquanto Tenda lançou os R$613,3 milhões remanescente.

▲ As vendas contratadas consolidadas no 4T14 totalizaram R$303,9 milhões, com Gafisa responsável por

R$177,3 milhões e Tenda por R$126,6 milhões, em comparação com os R$618,1 milhões de vendas

consolidadas do 4T13. Nestes 12M14 as vendas consolidadas atingiram R$1,2 bilhão, sendo R$811,0

milhões em Gafisa e R$395,9 milhões em Tenda. As vendas consolidadas de unidades lançadas no ano

representaram 49,5% do total, enquanto as vendas do estoque representaram os 50,5% restantes.

▲ As vendas consolidadas sobre oferta (VSO) alcançaram 8,9% no 4T14, ante 6,7% no 3T14 e 18,5% no

ano anterior. No trimestre a VSO foi de 7,2% em Gafisa, e 13,3% em Tenda. Nos últimos 12 meses a

Gafisa apresentou VSO de 26,1% e a Tenda de 32,3%.

▲ O estoque consolidado a valor de mercado apresentou redução de R$85,3 milhões no trimestre,

alcançando R$3,1 bilhões. O estoque de Gafisa atingiu R$2,3 bilhões e o estoque de Tenda chegou a

R$828,7 milhões.

▲ Ao longo do 4T14 a Companhia entregou 15 projetos/fases, totalizando 3.036 unidades, representando

um VGV de R$726,2 milhões, sendo Gafisa responsável por 1.412 unidades, enquanto Tenda pelas 1.624

restantes. No ano de 2014, foram entregues 53 projetos/fases e 10.070 unidades, alcançando um VGV

total de R$2,3 bilhões.

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ANÁLISE DOS RESULTADO

Segmento Gafisa

Maior Nível de Receita, Resultado de Alphaville e Redução das Despesas Administrativas

Os resultados do último trimestre do ano foram marcados pelo maior nível de receita no período, por conta do

início do reconhecimento de receita dos projetos lançados em 2014, e o incremento no resultado da equivalência

de Alphaville, que alcançou R$20,7 milhões no 4T14, o melhor trimestre do ano. Outro ponto a destacar é a

redução no nível de despesas administrativas em 9,6% ante o trimestre anterior e de 37,3% na comparação

anual.

A margem bruta ajustada encerrou o trimestre em 30,7%, abaixo da média dos últimos trimestres, por conta de

impactos não recorrentes relacionados principalmente a ajustes de impairment, e à alteração na metodologia do

cálculo da provisão de garantia de obra. Desconsiderando tais efeitos a margem bruta ajustada alcançou 37,1%.

Além disso, o início do reconhecimento de receita de projetos com maior participação de permuta, foi um fator

adicional que impactou na margem bruta do período.

Resultado Líquido

O resultado líquido do período foi um lucro de R$36,8 milhões, ante R$15,3 milhões no 3T14, e R$83,9 milhões

do ano anterior, sem o efeito da venda de Alphaville. Desconsiderando o resultado da equivalência de Alphaville,

que foi de R$20,7 milhões, o resultado líquido do 4T14 do segmento Gafisa foi positivo em R$16,1 milhões,

85,1% acima do lucro líquido do 3T14, efeito do maior nível de receita e melhor resultado financeiro no período.

Nos 12M14, esse lucro foi de R$34,6 milhões, ante prejuízo de R$6,1 milhões no ano anterior.

Segmento Gafisa (R$ milhões) 4T14 3T14 4T13 12M14 12M13

Resultado Bruto Ajustado 150,8 141,5 205,7 560,3 651,9

Mg. Bruta Ajustada 30,7% 38,7% 42,0% 35,4% 39,2%

Resultado Líquido 36,8 15,3 908,8 66,9 985,8

Equivalência de Alphaville1

20,7 6,6 864,1 32,3 991,9

Resultado Líquido Ex-Alphaville 16,1 8,7 44,7 34,6 (6,1)

1 – Para 4T13 e 2013, também é desconsiderado o resultado da venda da participação em Alphaville.

Segmento Tenda

Redução no Volume de Cancelamentos Impactou Positivamente a Receita

O último trimestre do ano ficou marcado por uma maior concentração no volume de lançamentos do segmento

Tenda e maior nível de receitamento, em função da significativa redução do volume de distratos do período.

Ao final de agosto a implementação da nova política de contabilização das vendas, onde o faturamento acontece

somente após o pagamento do ato pelo cliente, contribuiu para esse menor nível de cancelamentos no 4T14,

impactando positivamente no nível de receita do período. Nossa expectativa é que a consolidação dessa

mudança permitirá que ao longo dos próximos meses, a Tenda consiga manter um patamar reduzido no nível de

distratos nas novas vendas contratadas.

Adicionalmente, a adequação em sua estrutura de despesas, em face ao novo ciclo de negócios do segmento

Tenda, também contribuiu para o resultado do trimestre. As despesas com vendas, gerais e administrativas

novamente apresentaram relevante redução ante o ano anterior. As despesas com vendas foram influenciadas

pelo menor volume de vendas brutas contratadas no período, enquanto que as despesas gerais e

administrativas apresentaram uma economia de 19,6% na comparação anual, em razão da menor complexidade

operacional do segmento Tenda com a redução do número de projetos relacionados ao legado.

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Resultado Líquido

O resultado líquido no 4T14, foi negativo em R$28,8 milhões, ligeiramente inferior na comparação com o

prejuízo líquido de R$25,2 milhões do 3T14, e bem abaixo dos R$2,7 milhões no 4T13, em função do maior

nível de despesas relacionados a contingências e também do menor nível de receitamento no ano. Nos 12M14,

o prejuízo líquido da Tenda foi reduzido em 7,5%, encerrando o período em R$109,4 milhões.

Segmento Tenda (R$ milhões) 4T14 3T14 4T13 12M14 12M13

Resultado Bruto Ajustado 45,3 38,5 61,2 153,1 122,7

Mg. Bruta Ajustada 28,6% 29,8% 28,5% 26,9% 15,0%

Resultado Líquido (28,8) (25,2) 12,5 (109,4) (118,4)

Equivalência de Alphaville1

- - 15,1 - 15,1

Resultado Líquido Ex-Alphaville (28,8) (25,2) (2,7) (109,4) (133,5)

1 – Para 4T13 e 2013, também é desconsiderado o resultado da venda da participação em Alphaville.

EVENTOS RECENTES Remuneração ao Acionista – JCP e Dividendos / Programa de Recompra de Ações

Ao final de 2013, com a conclusão da venda de participação em Alphaville e a entrada dos recursos

relacionados, uma das principais iniciativas da administração da Companhia, além da redução no nível de

endividamento, foi maximizar a capacidade de criação de valor para o acionista da Gafisa..

Desde o final de 2013, por meio dos programas de recompra abertos ao longo desse período, a Companhia

efetivou a aquisição no mercado de aproximadamente 63,2 milhões de ações, que somadas as 10 milhões de

ações que já haviam sido adquiridas no início de 2013, alcançou um total de R$208,7 milhões desembolsado via

recompra de ações nos últimos 24 meses.

Ao longo de 2014, após a aquisição da totalidade das ações objeto dos programas de recompra que foram

abertos no ano, o Conselho de Administração da Companhia aprovou ao final do último trimestre do ano, o

cancelamento de 27,5 milhões de ações mantidas em tesouraria.

Reafirmando seu compromisso de geração de valor ao acionista, no último dia 2 de fevereiro de 2015, a

Companhia aprovou novo cancelamento de mais 30 milhões de ações ordinárias, perfazendo um total de 57,5

milhões de ações canceladas, aproximadamente 15,2% da quantidade de ações emitidas da Companhia.

Na mesma data, foi criado um terceiro programa de recompra até o limite de 27 milhões de ações ordinárias,

que, quando somadas as 10,8 milhões de ações atualmente mantidas em tesouraria, correspondem a cerca de

10% do total de ações ordinárias emitidas pela Companhia.

Adicionalmente ao programa de recompra de ações, no dia 12 de fevereiro de 2014, a Companhia distribuiu

juros sobre o capital próprio para seus acionistas no montante total de R$130,2 milhões, aproximadamente

R$0,32 por ação, e ao final do ano no dia 11 de dezembro de 2014 foi efetivado o pagamento de dividendo

complementar, na totalidade de R$32,9 milhões, ou R$0,08 por ação, excluindo-se as ações em tesouraria.

Dessa maneira, no exercício de 2014, a Companhia distribuiu a seus acionistas um total de R$163,1 milhões,

aproximadamente R$0,40 por ação, referentes ao exercício encerrado em 2013, representando um yield – caixa

de 17,9% ante o preço de fechamento de 2014.

Vale ressaltar que apesar do grande volume de ações recompradas, a Companhia reafirma seu compromisso com a disciplina de capital, permitindo a execução de tal programa, desde que a relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido consolidado da Companhia não ultrapasse 60%.

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Principais Indicadores Gafisa Tabela 1 - Segmento Gafisa - Destaques Operacionais e Financeiros (R$ Mil e % Gafisa)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Lançamentos - 419.134 - 679.154 - 1.023.012 1.085.341 -6%

Vendas Contratadas Líquidas 177.294 194.892 -9% 454.457 -61% 811.032 961.200 -16%

Vendas Contratadas Líquidas dos Lançamentos

57.770 130.368 -56% 264.049 -78% 342.387 428.102 -20%

Vendas sobre a Oferta (VSO) 7,2% 7,2% 0 bps 17,8% -1060 bps 26,1% 31,4% -530 bps

Projetos Entregues (Unidades) 1.412 366 286% 1.110 27% 3.806 4.315 -12%

Receita Líquida 490.947 365.256 34% 489.853 0% 1.580.860 1.663.751 -5%

Lucro Bruto Ajustado1 150.806 141.462 7% 205.660 -27% 560.254 651.973 -14%

Margem Bruta Ajustada1 30,7% 38,7% -801 bps 42,0% -1127 bps 35,4% 39,2% -380 bps

EBITDA Ajustado2 81.843 76.696 7% 85.970 -5% 296.702 309.248 -4%

Margem EBITDA Ajustada2 16,7% 21,0% -433 bps 17,6% -88 bps 18,8% 18,6% 18 bps

Lucro Líquido (Prejuízo) 36.819 15.263 141% 908.827 -96% 66.888 985.805 -93%

Receitas a Apropriar 894.344 1.157.390 -23% 1.550.618 -42% 894.344 1.550.618 -42%

Resultados a Apropriar3 356.254 448.963 -21% 547.346 -35% 356.254 547.346 -35%

Margem dos Resultados a Apropriar3 39,8% 38,8% 100 bps 35,3% 450 bps 39,8% 35,3% 450 bps

1) Ajustados por juros capitalizados.

2) Ajustados por despesas com plano de opções (não-caixa), minoritários. O EBITDA do segmento Gafisa não considera a equivalência de Alphaville.

3) Resultados a apropriar líquido de PIS/Cofins - 3,65%, e sem impacto do método AVP segundo Lei 11.638.

Principais Indicadores Tenda Tabela 2 - Segmento Tenda - Destaques Operacionais e Financeiros (R$ Mil e % Tenda)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Lançamentos 241.549 91.294 165% 88.379 173% 613.299 338.776 81%

Vendas Contratadas Líquidas 126.594 35.892 253% 163.626 -23% 395.981 490.403 -19%

Vendas Contratadas Líquidas dos Lançamentos

92.638 22.490 312% 74.587 24% 176.823 217.435 -19%

Vendas sobre a Oferta (VSO) 13,3% 4,6% 850 bps 20,9% -760 bps 32,3% 44,2% -1190 bps

Projetos Entregues (Unidades) 1.624 1.183 37% 3.487 -53% 6.264 7.027 -11%

Receita Líquida 158.329 128.935 23% 214.897 -26% 570.138 817.460 -30%

Lucro Bruto Ajustado1 45.262 38.458 18% 61.214 -26% 153.088 122.683 25%

Margem Bruta Ajustada1 28,6% 29,8% -124 bps 28,5% 10 bps 26,9% 15,0% 1190 bps

EBITDA Ajustado2 (30.856) (9.828) 214% 13.761 -324% (67.503) (45.585) 48%

Margem EBITDA Ajustada2 -19,5% -7,6% -1190 bps 6,4% -2590 bps -11,8% -5,6% 620 bps

Lucro Líquido (Prejuízo) (28.774) (25.220) 13% 12.457 -331% (109.437) (118.361) -8%

Receitas a Apropriar 130.851 139.318 -6% 244.789 -47% 130.851 244.789 -47%

Resultados a Apropriar3 40.190 40.010 0% 66.789 -40% 40.190 66.789 -40%

Margem dos Resultados a Apropriar3 30,7% 28,7% 200 bps 27,3% 340 bps 30,7% 27,3% 340 bps

1) Ajustados por juros capitalizados.

2) Ajustados por despesas com plano de opções (não-caixa), minoritários. A Tenda não detém participação acionária em Alphaville.

3) Resultados a apropriar líquido de PIS/Cofins - 3,65%, e sem impacto do método AVP segundo Lei 11.638.

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9

Release de Resultados | 4T14

Principais Indicadores Consolidados Tabela 3 - Destaques Operacionais e Financeiros (R$ mil e % da Cia.)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Lançamentos 241.549 510.428 -53% 767.534 -69% 1.636.311 1.424.117 15%

Lançamentos Unidades 1.660 1.534 8% 2.020 -18% 6.073 4.658 30%

Vendas Contratadas Líquidas 303.888 230.784 32% 618.083 -51% 1.207.013 1.451.603 -17%

Vendas Contratadas Unidades 1.215 682 78% 2.280 -47% 4.294 5.886 -27%

Vendas Contratadas Líquidas Lançamentos

150.409 152.858 -2% 338.636 -56% 519.210 645.537 -20%

Vendas sobre a Oferta (VSO) 8,9% 6,7% 220 bps 18,5% -960 bps 27,9% 34,8% -690 bps

Projetos Entregues (VGV) 726.213 366.917 98% 973.963 -25% 2.298.577 2.190.284 5%

Projetos Entregues Unidades 3.036 1.549 96% 4.597 -34% 10.070 11.342 -11%

Receita Líquida 649.276 494.191 31% 704.750 -8% 2.150.998 2.481.211 -13%

Lucro Bruto Ajustado1 196.068 179.920 9% 266.874 -27% 713.342 774.656 -8%

Margem Bruta Ajustada1 30,2% 36,4% -620 bps 37,9% -770 bps 33,2% 31,2% 200 bps

EBITDA Ajustado2 71.725 73.463 -2% 138.939 -48% 261.498 430.628 -39%

Margem EBITDA Ajustada2 11,0% 14,9% -382 bps 19,7% -867 bps 12,2% 17,4% -520 bps

Lucro Líquido (Prejuízo) 8.045 (9.956) 81% 921.284 -99% (42.549) 867.444 -105%

Receitas a Apropriar 1.025.195 1.296.708 -21% 1.795.408 -43% 1.025.195 1.795.408 -43%

Resultados a Apropriar3 396.444 488.973 -19% 614.135 -35% 396.444 614.135 -35%

Margem dos Resultados a Apropriar3 38,7% 37,7% 96 bps 34,2% 446 bps 38,7% 34,2% 446 bps

Dívida Líquida e Obrigações com Investidores

1.440.300 1.384.824 4% 1.159.044 24% 1.440.300 1.159.044 24%

Caixa e disponibilidades 1.157.254 1.463.425 -21% 2.024.163 -43% 1.157.254 2.024.163 -43%

Patrimônio Líquido 3.055.345 3.106.916 -2% 3.190.724 -4% 3.055.345 3.190.724 -4%

Patrimônio Líquido + Minoritários 3.058.403 3.129.137 -2% 3.214.483 -5% 3.058.403 3.214.483 -5%

Total de Ativos 7.205.851 7.578.854 -5% 8.183.030 -12% 7.204.590 8.183.030 -12%

(Dívida Líq + Obrigações) / (PL + Minorit.) 47,1% 44,3% 284 bps 36,1% 1104 bps 47,1% 36,1% 1104 bps

1) Ajustados por juros capitalizados;

2) Ajustados por despesas com plano de opções (não-caixa), minoritários. O EBITDA Consolidado contempla o efeito da equivalência de Alphaville;

3) Resultados a apropriar líquido de PIS/Cofins - 3,65%, e sem impacto do método AVP segundo Lei 11.638.

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10

Release de Resultados | 4T14

Status Atualizado do Processo de Separação Separação Administrativa e Próximos Passos

Ao longo do quarto trimestre, demos continuidade aos estudos para uma potencial separação das unidades de

negócio Gafisa e Tenda.

Conforme informado anteriormente, a separação seria o próximo passo dentro de um amplo plano da Administração de aprimorar e reforçar a capacidade de geração de valor de ambas as unidades de negócios para os acionistas.

Desde o início de 2014, a Companhia vem caminhando em direção à efetiva separação das estruturas

administrativas de Gafisa e Tenda de modo que possam dar seguimento a suas operações de maneira

independente.

Durante o ano de 2014 foram implementadas uma série de ações nesse sentido: divisão efetiva de diversos

departamentos, como Central de Serviços, Gente e Gestão, Jurídico, entre outras; alteração do registro da

categoria de emissor de Tenda junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), passando à Categoria A;

atuação junto aos bancos e seguradoras para abertura de limite de crédito independente para Tenda; e

mapeamento de contratos e avaliação de potencial impacto em decorrência do spin-off.

Adicionalmente, a Companhia segue dando prosseguimento aos estudos finais relacionados às alternativas de

separação das duas empresas.

Dentre as iniciativas e estudos sendo conduzidos, podemos destacar:

(1) Avaliação das estruturas societárias possíveis;

(2) Evolução dos processos de abertura de crédito em Tenda;

(3) Avaliação sobre a futura estrutura de governança corporativa de Tenda;

(4) Avaliação junto a BM&F/Bovespa dos procedimentos necessários para a negociação de Tenda, e

avaliação de potencial listagem de ADR Nível 1;

(5) Continuidade dos estudos quanto a definição de um modelo de estrutura de capital adequada ao ciclo

de negócios de cada uma das empresas.

Conforme informando quando do anuncio dos estudos iniciais, nossa expectativa é de que a potencial

separação, caso aprovada, venha a ser implementada ainda no ano de 2015. A Companhia manterá seus

acionistas e o mercado em geral informados quanto à evolução e os desenvolvimentos dessa potencial

separação.

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11

Release de Resultados | 4T14

32,6% 67,4%

Breakdown Vendas Líquidas 4T14

Lançamentos Estoque

317

456

328

498

101

217 189

454

188 251

195 177

1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

Vendas Contratadas Líquidas

SEGMENTO GAFISA Foco em empreendimentos residenciais no segmento de Média, Média-Alta e Alta renda, com preço médio de venda de R$ 500.000,00.

Resultado Operacional Lançamentos e Vendas Contratadas

O segmento Gafisa não lançou nenhum empreendimento nesse quarto trimestre. Apesar de contar com projetos

previamente aprovados e disponíveis para lançamento, na avaliação da Companhia e conforme antecipado com a

revisão do guidance do ano, as condições de mercado não se mostraram apropriadas para lançamentos

adicionais. Dessa forma, alguns lançamentos foram postergados para 2015, na expectativa de um cenário mais

positivo de mercado.

Sendo assim, nos 12M14, o Segmento Gafisa alcançou R$1,0 bilhão em lançamentos, ficando ligeiramente

abaixo do intervalo estabelecido pelo guidance do ano, que era de R$1,1 – R$1,2 bilhão. Esse resultado

considera o efeito do cancelamento de um projeto lançado no 1T14.

No segmento Gafisa, as vendas contratadas brutas totalizaram R$262,2 milhões no 4T14 e R$1,2 bilhão nos

12M14. O volume distratado alcançou R$84,9 milhões, atingindo R$177,3 milhões de vendas contratadas líquidas

no 4T14. Nos 12M14 as vendas contratadas líquidas totalizaram R$811,0 milhões e os distratos R$436,0 milhões.

As vendas das unidades lançadas durante o ano representaram 32,6% do total de vendas do trimestre,

alcançando R$57,8 milhões e em 2014 as vendas de lançamentos representaram 42,2% do VGV vendido. O

segmento Gafisa representou 62,5% dos lançamentos consolidados no ano.

Tabela 4 - Segmento Gafisa - Lançamentos e Vendas Contratadas (R$ mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Lançamentos - 419.134 - 679.154 - 1.023.012 1.085.341 -6%

Vendas Contratadas 177.294 194.892 -9% 454.457 -61% 811.032 961.200 -16%

215

466

114

814

83 216

107

679

354 315 419

-

1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

Lançamentos

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Release de Resultados | 4T14

Vendas Sobre Oferta (VSO)

A velocidade de vendas foi de 7,2% no 4T14, em linha com os 7,2% no 3T14, e abaixo dos 17,8% do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, a VSO do segmento Gafisa alcançou 26,1%.

Distratos

O ano de 2014 foi pautado pela incerteza no cenário macroeconômico brasileiro, impactando diretamente o nível

de confiança do consumidor e gerando reflexos no volume de distratos do período. No segmento Gafisa, apesar

do cenário econômico desfavorável, o volume de cancelamentos apresentou ligeira redução ante o ano anterior,

atingindo R$436,0 milhões. No 4T14, os distratos alcançaram R$84,9 milhões ante R$150,7 milhões no 3T14.

Ao longo dos últimos 3 anos, a Companhia vem trabalhando em constantes iniciativas na busca de uma maior

qualidade na análise de crédito de suas vendas, de modo a alcançar sempre um menor volume de distrato ao

longo do ciclo de construção e entrega. Vale ressaltar a importância da assertividade do processo de análise de

crédito no momento da venda, o que tem gerado grande eficiência no processo de repasse dos clientes de Gafisa,

ainda que pese o cenário econômico desfavorável especialmente na segunda metade de 2014.

No 4T14, foram distratadas aproximadamente 167 unidades de Gafisa, enquanto outras 177 unidades, oriundas

de cancelamentos e que estavam em estoque, foram revendidas no mesmo período. No acumulado do ano, 852

unidades foram distratadas, das quais 581 já foram revendidas.

Estoque

A Gafisa segue dando continuidade às iniciativas de redução de seu nível de estoque. Aproximadamente 57,8% das vendas líquidas do ano são referentes a projetos lançados anteriormente a 2014. O valor de mercado para o estoque do segmento Gafisa, atingiu R$2,3 bilhões ao final do 4T14, em comparação com R$2,5 bilhões do trimestre anterior. O estoque nas praças descontinuadas totalizava R$143,1 milhões ou 6,2% do estoque total.

Tabela 5 - Segmento Gafisa - Estoque a Valor de Mercado (R$ Mil)

Estoques IP

3T14 Lançamentos Distratos Vendas

Contratadas Ajustes

Estoques FP

4T14 % T/T

São Paulo 1.707.542 - 56.556 (183.757) (20.158) 1.560.182 9%

Rio de Janeiro 598.146 - 10.927 (29.318) 12.194 591.949 1%

Outros Mercados 191.074 - 17.394 (49.094) (16.307) 143.066 34%

Total

2.496.761 - 84.876 (262.170) (24.271) 2.295.197 9%

Neste mesmo período, o estoque de unidades concluídas do segmento totalizou R$282,6 milhões, representando 12,3% do total. Deste montante, o estoque de projetos fora dos mercados estratégicos representam

3

51

118 171

101

192 138

73 53 80

120 151

85

1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

Distratos

41,9% 36,3% 35,0% 31,4% 32,3% 31,8% 30,4% 26,1%

1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

VSO L12M

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Release de Resultados | 4T14

R$116,3 milhões, redução de 21,6% e 40,9% na comparação com os R$148,3 milhões do 3T14 e ante os R$272,4 milhões do ano anterior, respectivamente. Ressaltamos que a Companhia tem verificado uma regularidade na velocidade de vendas nesses mercados ao longo dos últimos trimestres, e acreditamos que entre o final de 2015 e início de 2016 devemos ter monetizado grande parte do estoque dos mercados não-estratégicos.

Vale notar que a maior parcela do estoque de Gafisa, aproximadamente 63,2%, ou R$1,4 bilhão, está concentrada em projetos que devem ser entregues a partir do início de 2016, não representando assim uma evolução no volume do estoque de unidades concluídas do segmento Gafisa ao longo dos próximos trimestres.

Tabela 6 - Segmento Gafisa - Estoque a Valor de Mercado - Status de Obra (R$ mil)

Não Iniciado Até 30%

construído 30% a 70% construído

Mais que 70% construído

Unidades concluídas¹

Total 4T14

São Paulo - 108.984 1.243.842 98.582 108.774 1.560.182

Rio de Janeiro - 55.352 161.760 317.259 57.578 591.949

Outros Mercados - - - 26.792 116.274 143.066

Total

- 164.336 1.405.602 442.633 282.627 2.295.197

1) O Estoque a valor de mercado considera empreendimentos em sociedade. Este indicador não é comparável ao estoque contábil, devido a implementação de novas práticas contábeis por conta dos CPC’s 18, 19 e 36.

Os ajustes do período são reflexo de atualizações relacionadas ao escopo de projeto, data de lançamento e atualização inflacionária no período.

Banco de Terrenos

O landbank do segmento Gafisa, com valor geral de vendas estimado em aproximadamente R$6,2 bilhões é composto por 31 projetos/fases diferentes, sendo 79% destes em São Paulo e os 21% restantes no Rio de Janeiro, equivalendo aproximadamente a 11,7 mil unidades. A maior participação de terrenos permutados no Rio de Janeiro acaba impactando no total de terrenos adquiridos por meio de permutas, que hoje alcança 57%.

Tabela 7 - Segmento Gafisa - Banco de Terrenos (R$ Mil)

VGV

(% Gafisa) %Permuta

Total %Permuta Unidades

%Permuta Financeiro

Unidades Potencial

(% Gafisa)

Unidades Potencial

(100%)

São Paulo 4.875.918 43% 42% 1% 10.084 11.469

Rio de Janeiro 1.301.089 89% 89% 0% 1.651 1.655

Total

6.177.007 57% 57% 1% 11.735 13.124

Tabela 8 - Segmento Gafisa - Movimentação do Banco de Terrenos (3T14 x 4T14 - R$ Mil)

Landbank Inicial Aquisição de

Terrenos Lançamentos Ajustes Landbank Final

São Paulo 4.885.752 - - (9.834) 4.875.918

Rio de Janeiro 1.404.067 - - (102.978) 1.301.089

Total

6.289.819 - - (112.812) 6.177.007

Os ajustes do período são reflexo de atualizações relacionadas ao escopo de projeto, data de lançamento prevista e atualização inflacionária do landbank do período.

Cronograma de Entrega do Estoque

12%

25%

45%

19%

Estoque 4T14

Concluídos

Entrega Até 1 Ano

Entrega Até 2 Anos

Entrega + 2 Anos

13%

24%

19%

44%

Estoque 4T13

Concluídos

Entrega Até 1 Ano

Entrega Até 2 Anos

Entrega + 2 Anos

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Release de Resultados | 4T14

Gafisa Vendas

Durante o 4T14, a Gafisa Vendas – unidade independente de vendas da Companhia, com atuação nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, foi responsável por 65% das vendas brutas realizadas no período, e 61% no ano de 2014. Atualmente, a Gafisa Vendas possui equipe dedicada de 400 consultores altamente treinados, aliada à força das vendas online.

Projetos Entregues do Segmento Gafisa

No 4T14, a Gafisa entregou 8 projetos/fases, em um total de 1.412 unidades e R$520,0 milhões em VGV. No ano foram entregues 23 projetos/fases e 3.806 unidades, representando R$1,6 bilhão em VGV. Atualmente o segmento Gafisa conta com 41 projetos em obras sob gestão própria, em sua totalidade respeitando o cronograma de entrega previsto em contrato.

Tabela 9 - Segmento Gafisa - Projetos Entregues

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

VGV Repassado 1 270.759 180.857 50% 295.487 -8% 894.368 973.497 -8%

Projetos Entregues 8 3 100% 6 0% 23 22 -5% Unidades Entregues 1.412 366 286% 1.110 27% 3.806 4.315 -12%

VGV Entregue 2 520.005 214.826 142% 480.460 8% 1.648.131 1.328.637 24%

1) VGV repassado refere-se a efetiva entrada de caixa das unidades repassadas as instituições financeiras; 2) VGV = Valor geral de venda das unidades entregues. Resultado Financeiro

Receita

A receita líquida do segmento Gafisa no 4T14 totalizou R$490,9 milhões, aumento de 34,4% em relação ao 3T14

e em linha com o ano anterior. Essa expansão é efeito da maior concentração de vendas de estoque, por conta

da ausência de lançamentos do período, e também por conta do início do reconhecimento de receita de parte dos

projetos lançados ao longo do ano.

No 4T14, aproximadamente 97,8% das receitas do Segmento Gafisa foram oriundas dos projetos no eixo Rio/SP,

enquanto que os 2,2% restantes derivam de projetos em mercados não-estratégicos. A tabela abaixo apresenta

maiores detalhes.

Tabela 10 - Segmento Gafisa - Reconhecimento de Receita (R$ Mil)

4T14 4T13

Lançamentos Vendas

Contratadas % Vendas Receita % Receita

Vendas Contratadas

% Vendas Receita % Receita

2014 57.770 33% 130.221 27% - 0% 0 0%

2013 23.374 13% 60.233 12% 264.049 58% 42.736 9%

2012 17.248 10% 180.503 37% 51.300 11% 66.402 13%

≤ 2011 78.902 44% 119.990 24% 139.108 31% 380.715 78%

Total 177.294 100% 490.947 100% 454.457 100% 489.853 100%

SP + RJ 145.593 82% 480.157 98% 411.761 91% 451.316 92%

Outros Mercados 31.701 18% 10.790 2% 42.696 9% 38.537 8%

Lucro & Margem Bruta

O lucro bruto do segmento Gafisa no 4T14 foi de R$101,1 milhões ante os R$106,7 milhões do 3T14, e R$174,4

milhões do ano anterior. A margem bruta do trimestre chegou a 20,6%, comparada à margem de 29,2% do

trimestre anterior. Excluindo os efeitos financeiros, a margem bruta ajustada alcançou 30,7% nesse trimestre ante

38,7% no 3T14 e 42,0% no ano anterior. A redução na margem bruta é resultados dos seguintes efeitos não-

recorrentes: (i) ajustes de impairment de terrenos, no total de R$18,9MM; e (ii) impacto de R$12,4MM na

reavaliação na metodologia de cálculo da provisão da garantia de manutenção de obra. Excluindo-se tais efeitos a

margem bruta ajustada teria alcançado 37,1%, em linha com os trimestres anteriores. Outro importante efeito que

contribuiu para a redução da margem bruta nesse trimestre, foi o impacto de R$25,1 milhões referentes ao início

do reconhecimento de receita de dois projetos com maior nível de participação de unidades em permuta, que pela

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Release de Resultados | 4T14

dinâmica de contabilização acaba reduzindo, de modo transitório, a margem bruta dos referidos projetos.

Conforme verificado ao longo do último biênio, a Gafisa vem sendo capaz de reportar maior estabilidade em seu

nível de rentabilidade operacional, efeito da consolidação estratégica nas regiões metropolitanas de São Paulo e

Rio de Janeiro e da conclusão dos projetos antigos nos demais mercados.

Abaixo seguem maiores detalhes quanto a composição da margem bruta de Gafisa neste 4T14.

Tabela 11 - Segmento Gafisa - Margem Bruta (R$ mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Receita Líquida 490.947 365.256 34% 489.853 0% 1.580.860 1.663.751 -5%

Lucro Bruto 101.114 106.723 -5% 174.429 -42% 415.862 552.201 -25%

Margem Bruta 20,6% 29,2% -862 bps 35,6% -1501 bps 26,3% 33,2% -690 bps

(-) Custos Financeiros (49.692) (34.739) 43% (31.231) 59% (144.392) (99.772) 45%

Lucro Bruto Ajustado 150.806 141.462 7% 205.660 -27% 560.254 651.973 -14%

Margem Bruta Ajustada 30,7% 38,7% -801 bps 42,0% -1127 bps 35,4% 39,2% -375 bps

Tabela 12 – Segmento Gafisa – Composição da Margem Bruta (R$ Mil)

SP + Rio Outros Mercados 4T14

Receita Líquida 480.157 10.790 490.947

Lucro Bruto Ajustado 163.450 (12.644) 150.806

Margem Bruta Ajustada 34,0% -117,2% 30,7%

O resultado bruto dos projetos em Outros Mercados, foi impactado no último trimestre do ano, em função do reconhecimento do impairment de terrenos, conforme explicitado acima.

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A)

Durante o 4T14, as despesas com vendas, gerais e administrativas no segmento Gafisa atingiram R$54,9

milhões, uma redução de 33,9% na comparação anual e uma ligeira expansão ante o trimestre anterior.

Em relação às despesas com vendas, verificamos uma redução de 29,8% ante o 4T13, efeito da ausência de

lançamentos no 4T14, e um aumento de 19,4% ante o 3T14, explicado pelo reconhecimento parcial de despesas

relacionadas aos lançamentos daquele período e que acabaram sendo concentradas ao final do período e

portando sendo contabilizadas no trimestre subsequente. No acumulado do ano, as despesas de vendas

alcançaram R$95,1 milhões, uma expressiva redução de 31,2% em relação ao ano anterior, resultado de uma

maior equilíbrio e assertividade nas despesas com marketing e comissão de vendas e do menor volume de

vendas no período.

No tocante às despesas gerais e administrativas, o segmento alcançou R$28,9 milhões no quarto trimestre, uma

redução de 9,6% na comparação com o trimestre anterior, e de 37,3% ante o 4T13. Nos 12M14, essas despesas

foram de R$124,8 milhões, ante R$136,7 milhões na comparação anual, uma redução de 8,7%.

Essa redução no nível de despesas com vendas, gerais e administrativas da Gafisa reflete o compromisso da

Companhia em busca de maior eficiência operacional, permitindo um nível de custos e despesas adequados ao

seu ciclo de negócios.

Tabela 13 – Segmento Gafisa – Despesas VGA (R$ Mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A(%)

(%)

12M14 12M13 A/A(%)

Despesas com Vendas 25.930 21.713 19% 36.927 -30% 95.063 138.093 -31%

Despesas Gerais e Administrativas 28.947 32.031 -10% 46.134 -37% 124.833 136.720 -9%

Total de Despesas VGA 54.877 53.744 2% 83.061 -34% 219.896 274.813 -20%

Lançamentos - 419.134 - 679.154 - 1.023.012 1.085.341 -6%

Vendas Contratadas Líquidas 177.294 194.892 -9% 454.457 -61% 811.032 961.200 -16%

Receita Líquida 490.947 365.256 34% 489.853 0% 1.580.860 1.663.751 -5%

A linha de Outras Receitas/Despesas Operacionais totalizou uma despesa de R$23,2 milhões, aumento de 48,9%

ante o 3T14, e uma redução de 29,9% na comparação com o ano anterior. Esse aumento é reflexo do maior nível

de despesas com demandas judiciais, no curso do grande fluxo de entregas de projetos antigos

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ocorridas em 2012, 2013 e 2014, além do complemento das despesas com o plano de opções de Alphaville,

conforme anunciado no release de resultados do 2T14.

Segue abaixo maiores detalhes quanto a composição dessa despesa.

Tabela 14 – Segmento Gafisa – Outras Receitas/Despesas Operacionais (R$ Mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A(%)

(%)

12M14 12M13 A/A(%)

Despesas com demandas judiciais (21.450) (13.750) 56% (27.031) -21% (61.869) (60.269) 3%

Despesas com atualização do saldo do programa de opções de ações de AUSA

(3.816) - - - - (17.679) - -

Outras 2.072 (1.829) 213% (6.034) -134% 435 (1.022) -143%

Total (23.194) (15.579) 49% (33.065) -30% (79.113) (61.291) 29%

O forte volume de entrega ao longo dos últimos 2 anos, incluindo os projetos atrasados em outros mercados,

foram determinantes para o aumento do nível de contingências. Atualmente, com o novo posicionamento

estratégico do segmento Gafisa, operando somente em São Paulo e Rio de Janeiro, e com a entrega dos últimos

projetos nos demais mercados, esperamos verificar uma redução no volume dessas despesas ao longo dos

próximos anos.

EBITDA Ajustado

O EBITDA ajustado do segmento Gafisa totalizou R$81,8 milhões no 4T14, redução de 4,8% na comparação com

os R$85,9 milhões do ano anterior, e aumento de 6,7% em relação aos R$76,7 milhões do 3T14, impactado pelos

seguintes fatores: (i) menor margem bruta no período, explicada pelos efeitos não-recorrentes; (ii) aumento de

R$7,7 milhões no nível de Despesas Judiciais; e (iii) complemento de R$3,8 milhões em despesas com o plano de

opções de Alphaville. Vale ressaltar que o EBITDA ajustado não considera o efeito da equivalência de Alphaville.

A margem EBITDA ajustada, dentro do mesmo critério alcançou 16,7%, em comparação com a margem de 17,5%

reportada no ano anterior, e 21,0% no 3T14. Nos 12M14, o EBITDA ajustado de Gafisa, alcançou R$296,7

milhões com margem de 18,8%.

Tabela 15 - Segmento Gafisa - EBITDA Ajustado (R$ Mil)

4T14 3T14 T/T(%) 4T13 A/A(%) 12M14 12M13 A/A(%)

Lucro (Prejuízo) Líquido 36.819 15.263 141% 908.827 -96% 66.888 985.805 -93%

(+) Resultado Financeiro (9.065) 13.086 -169% 28.916 -131% 16.250 158.691 -90%

(+) IR / CSLL (11.072) 8.789 -226% (14.612) -24% 8.947 (5.839) -253%

(+) Depreciação e Amortização 33.346 7.744 331% 21.160 58% 63.607 51.488 24%

(+) Capitalização de Juros 49.692 34.739 43% 31.231 59% 144.392 99.772 45%

(+) Despesas com Plano de Opções de Ações 2.087 2.886 -28% 3.652 -43% 29.351 17.263 70%

(+) Participação dos Minoritários 774 778 -1% (29.100) -103% (434) (6.070) -93%

(-) Efeito do Resultado de Alphaville (20.738) (6.595) 214% (864.104) -98% (32.299) (991.862) -98%

EBITDA Ajustado 81.843 76.690 7% 85.970 -5% 296.702 309.248 -4%

Receita Líquida 490.947 365.256 34% 489.853 0% 1.580.860 1.663.751 -5%

Margem EBITDA Ajustada 16,7% 21,0% -433 bps 17,6% -88 bps 18,8% 18,6% 18 bps

1) Ajustamos nosso EBITDA pelas despesas associadas com planos de opções de ações, por tratar-se de uma rúbrica sem desembolso de caixa; 2) O EBITDA do segmento Gafisa não considera a equivalência de Alphaville. No 4T13 e 2013, não consideram também o resultado da operação de venda da participação em Alphaville.

Receitas e Resultados a Apropriar

O saldo de resultados a apropriar sob o método PoC atingiu R$356,2 milhões no 4T14. A margem a reconhecer

de Gafisa, ficou em 39,8% nesse trimestre, uma expansão de 450 bps em relação ao ano anterior.

Tabela 16 - Segmento Gafisa - Resultados a Apropriar (REF) (R$ Mil) 4T14 3T14 T/T(%) 4T13 A/A(%)

Receitas a Apropriar 894.344 1.157.390 -23% 1.550.618 -42%

Custo das unidades vendidas a Apropriar (538.090) (708.427) -24% (1.003.272) -46%

Resultado a Apropriar 356.254 448.963 -21% 547.346 -35%

Margem a Apropriar 39,8% 38,8% 100 bps 35,3% 450 bps

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SEGMENTO TENDA Foco em empreendimentos residenciais no segmento econômico, enquadrados dentro da Faixa II do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Resultado Operacional

Lançamentos e Vendas

Nesse 4T14, os lançamentos totalizaram R$241,5 milhões, relacionados a 6 projetos/fases localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Nos 12M14, foram lançados 14 projetos, perfazendo um VGV de R$613,3 milhões, dentro do intervalo de guidance de lançamentos, R$600 – R$800 milhões, divulgado no início do ano.

Durante o 4T14, as vendas brutas alcançaram R$192,9 milhões, com vendas contratadas líquidas de R$126,6

milhões, nos 12M14 a Tenda atingiu R$919,4 milhões em vendas brutas e R$396,0 milhões em vendas

contratadas líquidas. As vendas de lançamentos do 4T14 representaram 22,4% do total vendido. No ano os

lançamentos foram responsáveis por 44,2% do total vendido.

Todos os novos projetos sob a marca Tenda estão sendo desenvolvidos em fases, nas quais todas as vendas

contratadas são necessariamente habilitadas para repasse às instituições financeiras.

Tabela 17 - Segmento Tenda - Lançamentos e Vendas Contratadas (R$ Mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Lançamentos 241.549 91.294 165% 88.379 173% 613.299 338.776 81%

Vendas Contratadas 126.594 35.892 253% 163.626 -23% 395.981 490.403 -19%

22,4% 77,6%

Breakdown de Vendas - 4T14

Lançamentos Estoque

114

33

104 88

181

99 91

242

1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

Lançamentos

-90

16 30

-30

7

170 150 164

52

182

36

127

1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

Vendas Contratadas Líquidas

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Vendas Sobre Oferta (VSO)

A velocidade de vendas (VSO) do 4T14 foi de 13,3%, e considerando os últimos 12 meses, a VSO da Tenda

fechou o 4T14 em 32,3%.

Segue abaixo maior abertura quanto da VSO de Tenda entre legado e novo modelo ao longo do ano de 2014.

Tabela 18. VSO Venda Bruta (Ex-Distratos) Tabela 19. VSO Venda Líquida

1T14 2T14 3T14 4T14

Novo Modelo 29,8% 32,2% 20,3% 22,0%

Legado 30,9% 35,8% 28,3% 17,5%

Total 30,5% 34,3% 24,4% 20,2%

Distratos

O volume distratado em Tenda totalizou R$66,3 milhões no 4T14, uma redução de 11,7% em relação ao volume

verificado no 4T13 e de 54,7% ante o 3T14. Nos 12M14 os distratos totalizaram R$523,4 milhões.

Conforme esperado, a alteração na política de contabilização de novas vendas ocorrida em agosto de 2014, contribuiu com a redução no volume distratado do período. Aproximadamente 72,8% dos distratos do período são relacionados aos projetos antigos. Tabela 20. VGV Distratado Segmento Tenda (R$ mil e % sobre venda bruta por modelo)

1T14 % VB 2T14 % VB 3T14 % VB 4T14 % VB

Novo Modelo 34.715 36,8% 24.977 21,5% 31.640 42,1% 18.003 14,3%

Legado 158.450 105,2% 92.637 50,6% 114.697 107,1% 48.281 71,7%

Total 193.164 78,9% 117.614 39,3% 146.337 80,3% 66.285 34,4%

1T14 2T14 3T14 4T14

Novo Modelo 18,8% 25,3% 11,8% 18,8%

Legado -1,6% 17,7% -2,0% 5,0%

Total 6,4% 20,8% 4,8% 13,3%

2,9% 20,7%

29,4%

44,2% 41,6% 44,2% 37,8% 32,3%

1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

VSO L12M

340 329 264 318

233 158 133 75 193 118 146 66

1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14

Distratos

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Release de Resultados | 4T14

Tabela 21 - Segmento Tenda - Vendas Contratadas Líquidas por Mercado (R$ Mil)

1T12 2T12 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 12M14

Novo Modelo

Venda Bruta - - - - 13.656 57.011 59.713 84.491 94.365 116.302 75.172 125.571 411.411

Distratos - - - - - (2.126) (7.433) (6.293) (34.195) (25.135) (31.640) (18.003) (108.973)

Venda Líquida - - - - 13.656 54.885 52.279 78.197 60.170 91.167 43.532 107.568 302.437

Legado

Venda Bruta 249.142 344.855 293.801 287.935 225.646 270.677 223.909 154.197 150.566 183.040 107.056 67.308 507.970

Distratos (339.585

)

(329.127) (263.751) (317.589) (232.517) (155.722) (126.038) (68.769) (158.969) (92.479) (114.697) (48.281) (414.426)

Venda Líquida (90.443) 15.728 30.050 (29.653) (6.871) 114.956 97.872 85.429 (8.402) 90.561 (7.641) 19.026 93.544

Total

Un. Distratadas 3.157 2.984 2.202 2.509 1.700 1.172 924 491 1.270 820 948 428 3.466

Venda Bruta 249.142 344.855 293.801 287.935 239.302 327.689 283.622 238.688 244.931 299.342 182.228 192.879 919.381

Distratos (339.585

)

(329.127) (263.751) (317.589) (232.517) (157.848) (133.471) (75.062) (193.164) (117.614) (146.337) (66.285) (523.400)

Venda Líquida (90.443) 15.728 30.050 (29.653) 6.785 169.841 150.151 163.626 51.767 181.728 35.891 126.594 395.981

Total (R$) (90.443) 15.728 30.050 (29.653) 6.785 169.841 150.151 163.626 51.767 181.728 35.891 126.594 395.981

MCMV (95.759) 21.461 7.977 (3.630) 36.191 142.602 119.215 122.428 57.157 151.434 38.975 116.693 364.259

Fora MCMV 6.316 (5.733) 22.074 (26.023) (29.406) 29.239 30.936 41.198 (5.390) 30.294 (3.084) 9.902 31.722

A Tenda continua a finalizar e entregar seus projetos antigos, mantendo a política de cancelamento de vendas a

clientes não elegíveis, para posterior revenda a novos compradores qualificados.

No 4T14 396 unidades de Tenda foram distratadas e retornaram ao estoque, e outras 354 unidades que estavam

em estoque oriundas de distratos anteriores, foram revendidas para clientes qualificados ao longo do mesmo

período. Nestes 12M14, aproximadamente 80,0% dos distratos relacionados ao Novo Modelo de Tenda foram

revendidos dentro do ano. Vale ressaltar a importância do processo de venda e repasse no Novo Modelo, onde

esperamos que o período entre a contratação de venda e o efetivo repasse à instituição financeira se dê em um

período de até 90 dias.

Repasses do Segmento Tenda

No 4T14, foram transferidas 1.066 unidades para instituições financeiras, representando R$142,4 milhões em

vendas contratadas líquidas. Nos 12M14 foram repassadas 5.522 unidades, alcançando R$715,7 milhões.

Tabela 22 – Segmento Tenda - VGV Repassado Tenda (R$ Mil)

1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 12M14

Novo Modelo - 26.609 52.466 42.921 49.776 69.563 59.736 67.621 246.696

Legado 274.358 249.699 230.613 145.038 139.721 154.155 100.361 74.773 469.009

VGV Repassado1 274.358 276.308 283.079 187.959 189.497 223.717 160.097 142.393 715.705

1) VGV repassado refere-se quando da conclusão da operação de repasse.

Projetos Entregues do Segmento Tenda

No 4T14, a Tenda entregou 7 projetos/fases e 1.624 unidades, com VGV total de R$206,2 milhões. No ano foram

entregues 6.264 unidades em 30 projetos/fases, totalizando R$680,7 milhões em VGV. Vale destacar que em

relação ao legado restam apenas 3 canteiros de obra, equivalente a 2.593 unidades, a serem entregues.

Estoque

O valor de mercado para o estoque do segmento Tenda foi avaliado em R$828,7 milhões ao final do 4T14, uma expansão de 16,3% quando comparado aos R$712,4 milhões ao final do trimestre anterior. O estoque relacionado aos projetos remanescentes da Tenda totalizavam R$365,1 milhões, ou 44,1% do estoque total, uma redução de 5,5% ante o 3T14 e de 25,6% na comparação com o início do ano . Neste mesmo período, o estoque de unidades inseridas no Programa MCMV totalizou R$665,2 milhões, representando 80,3% do total, enquanto o estoque de unidades fora do programa alcançou R$163,5 milhões no 4T14, uma redução de 8,7% ante o trimestre anterior e de 28,5% na comparação anual.

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Release de Resultados | 4T14

Tabela 23 - Segmento Tenda - Estoque a Valor de Mercado (R$ Mil) - Região

Estoques

FP 3T14 Lançamentos Distratos

Vendas

Contratadas Ajustes

Estoques FP

4T14 % T/T

São Paulo 148.911 101.395 8.724 (47.092) 5.255 217.194 46%

Rio de Janeiro 182.281 72.750 17.099 (43.671) (539) 227.920 25%

Minas Gerais 106.270 - 21.219 (14.755) (4.772) 107.961 2%

Bahia e Pernambuco 129.243 67.405 7.495 (52.017) 1.492 153.618 19%

Outros 145.653 - 11.747 (35.344) (84) 121.972 -16%

Total Tenda 712.358 241.549 66.285 (192.879) 1.353 828.665 16%

MCMV 533.355 241.549 43.182 (159.874) 6.940 665.152 25%

Fora MCMV 179.003 - 23.103 (33.005) (5.588) 163.514 -9% Tabela 24 - Segmento Tenda - Estoque a Valor de Mercado (R$ Mil) – Status de Obra

Não

Iniciado Até 30%

construído 30% a 70% construído

Mais que 70% construído

Unidades concluídas¹

Total 4T14

Novo Modelo - MCMV 31.873 237.590 125.055 58.972 10.118 463.610

Legado – MCMV - - 54.007 33.375 114.161 201.542

Legado - Fora do MCMV - - - 2.214 161.300 163.514

Total Tenda 31.873 237.590 179.062 94.561 285.579 828.665

2) O Estoque a valor de mercado considera empreendimentos em sociedade. Este indicador não é comparável ao estoque contábil, devido a implementação de novas práticas contábeis por conta dos CPCs 18, 19 e 36.

Os ajustes do período são reflexo de atualizações relacionadas ao escopo de projeto, data de lançamento e atualização inflacionária no período.

Banco de Terrenos do Segmento Tenda

O landbank do segmento Tenda, com valor geral de vendas estimado em aproximadamente R$4,0 bilhões, é composto por 41 projetos/fases diferentes, sendo 17% destes em São Paulo e Rio Grande do Sul, 28% no Rio de Janeiro, 4% em Minas Gerais e 51% na região Nordeste, especificamente nos estados da Bahia e Pernambuco, equivalendo no total a mais de 28 mil unidades.

Tabela 25 - Segmento Tenda - Banco de Terrenos (R$ Mil)

VGV

(% Tenda) % Permuta

Total % Permuta

Unidades % Permuta Financeiro

Unidades em

Potencial (% Tenda)

Unidades em

Potencial (100%)

São Paulo/Sul 665.129 3% 3% 0% 4.376 4.388

Rio de Janeiro 1.091.156 8% 8% 0% 7.653 7.705

Bahia e Pernambuco 2.035.062 16% 16% 0% 15.635 15.744

Minas Gerais 163.540 62% 62% 0% 1.010 1.092

Total 3.954.886 14% 14% 0% 28.673 28.929

Tabela 26 – Segmento Tenda - Movimentação do Banco de Terrenos (3T14 x 4T14 - R$ Mil)

Landband Inicial

Aquisição de Terrenos

Distratos Lançamentos Ajustes Landbank

Final

São Paulo/Sul 690.949 72.937 - 101.395 2.638 665.129

Rio de Janeiro 772.183 390.182 - 72.750 1.541 1.091.156

Nordeste 1.723.261 374.522 - 67.405 4.684 2.035.062

Minas Gerais 182.305 - - - (18.765) 163.540

Total 3.368.697 837.641 - 241.549 (9.901) 3.954.886

Nesse 4T14, a Companhia adquiriu 9 novos terrenos com VGV potencial de R$837,6 milhões, representando um custo de aquisição de R$66,6 milhões, adquiridos em sua integralidade por meio de desembolso de caixa.

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Release de Resultados | 4T14

Update Novo Modelo e Turnaround

A Tenda chega ao final de 2014 dando continuidade à expansão de seu volume de lançamentos dentro do Novo Modelo de negócios, fundamentado em três pilares básicos: eficiência operacional, gestão de riscos e disciplina de capital. Atualmente a Companhia segue operando em 4 macro regiões: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Nordeste (Bahia e Pernambuco), com um total de 21 projetos e VGV lançado de R$927,2 milhões. Segue abaixo um breve descritivo da performance desses projetos, exceção feita aos projetos que foram lançados no final do 4T14.

Tabela 27. Tenda – Acompanhamento Novo Modelo 2013 e 2014

Novo Horizonte Vila Cantuária Itaim Paulista Verde Vida F1 Jaraguá Viva Mais Campo Limpo

Lançamento mar-13 mar-13 mai-13 jul-13 ago-13 nov-13 dez-13

Local SP BA SP BA SP RJ SP

Unidades 580 440 240 339 260 300 300

VGV Total (R$ Mil) 67,8 45,9 33,1 37,9 40,9 40,4 48,0

Unidades Vendidas 580 437 240 320 258 234 298

% Vendas 100% 99% 100% 94% 99% 78% 99%

VSO Médio (Mês) 14,1% 5,6% 8,3% 6,4% 11,8% 5,8% 9,5%

Repasses 580 429 240 304 256 186 290

% Repasses (Vendas) 100% 98% 100% 95% 99% 79% 97%

Andamento de Obra 100% 100% 100% 83% 100% 96% 82%

Verde

Vida F2

Pq. Rio Maravilha

Candeias Pq das Flores

Palácio Imperial

Vila Florida

Rio da Prata

Recanto Abrantes

Monte Alegre

Pq. Santo André

Res. das Palmeiras

Terra Brasilis

Vila Atlântica

Reserva das

Árvores

Lançamento fev-14 mar-14 mar-14 abr-14 mai-14 mai-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez/14 dez/14 dez/14 dez/14

Local BA RJ PE SP RJ MG RJ BA SP SP SP BA BA RJ

Unidades 340 440 432 100 259 432 312 340 200 160 260 300 240 500

VGV Total (R$ Mil)

42,4 63,8 58,8 16,4 38,6 60,4 49,6 41,7 31,0 28,8 41,6 36,8 30,6 72,8

Unidades Vendidas

223 200 205 92 32 135 101 95 46 15 - - - -

% Vendas 66% 45% 47% 92% 12% 35% 32% 30% 15% 5% - - - -

VSO Médio (Mês)

6,1% 4,9% 5,2% 11,3% 1,6% 4,5% 6,6% 9,9% 6,8% 4,0% - - - -

Repasses 177 163 157 87 0 102 68 55 25 0 - - - -

% Repasses (Vendas)

79% 82% 77% 95% 0% 76% 67% 58% 54% 0% - - - -

Andamento de Obra

83% 78% 26% 79% 3% 2% 26% 22% 33% 17% - - - -

O run-off de projetos do legado está dentro do cronograma e será concluído predominantemente em 2015, com a previsão da totalidade das unidades remanescentes sendo entregues até o final do semestre.

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Release de Resultados | 4T14

Resultado Financeiro

Receita

A receita líquida do segmento Tenda no 4T14 totalizou R$158,3 milhões, aumento de 22,8% em relação ao

trimestre anterior, impulsionada pelo menor nível de cancelamentos no período. Como demonstrado na tabela

abaixo, a receita proveniente dos novos projetos representou 69,4% da receita neste 4T14, enquanto que a

receita oriunda dos projetos antigos foi responsável pelos 30,6% restantes. Nos 12M14, a Tenda registrou uma

receita líquida de R$570,1 milhões, sendo R$315,6 milhões, ou 55,4% referentes ao Novo Modelo.

Tabela 28. Tenda - Vendas Contratadas e Receitas Reconhecidas (R$ mil)

4T14 4T13

Lançamentos Vendas

Contratadas % Vendas Receita

% Receita

Vendas Contratadas

% Vendas Receita %

Receita

2014 92.638 73% 53.475 34% - 0% - 0%

2013 14.929 12% 56.375 36% 74.587 46% 42.927 20%

2012 - 0% - 0% - 0% - 0%

≤ 2011 19.026 15% 48.479 31% 89.039 54% 148.878 69%

Venda de Terreno - 0% - 0% - 0% 23.092 11%

Total 126.594 100% 158.328 100% 163.626 100% 214.897 100%

Legado 19.026 15% 48.479 31% 89.039 54% 171.970 80%

Novo Modelo 107.568 85% 109.850 69% 74.587 46% 42.927 20%

Lucro & Margem Bruta

O lucro bruto reportado no 4T14 alcançou R$49,5 milhões, ante o resultado de R$22,1 milhões reportados no

3T14, e de R$47,6 milhões do ano anterior. A margem bruta do trimestre atingiu 31,3%, na comparação com a

margem de 17,2% no 3T14 e de 22,1% no 4T13. A evolução da margem bruta na comparação anual, é

consequência do aumento da participação dos projetos do Novo Modelo, com melhores margens e maior

rentabilidade, no nível de receitamento do segmento Tenda, conforme vem sendo verificado ao longo dos últimos

trimestres.

A margem bruta ajustada encerrou o 4T14 em 28,6%, uma ligeira queda ante os 29,8% do trimestre anterior. No

ano, a margem bruta ajustada alcançou 26,9%, superior ao resultado de 15,0% de 2013, em razão da maior

contribuição derivada do Novo Modelo de Tenda.

Abaixo segue a composição da margem bruta de Tenda no 4T14. Vale notar que a margem bruta dos primeiros

projetos dentro do Novo Modelo de Tenda é adicionalmente beneficiada pela utilização de landbank adquirido no

passado, permitindo assim maior nível de rentabilidade.

Tabela 29. Tenda – Margem Bruta (R$ mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Receita Líquida 158.329 128.935 23% 214.897 -26% 570.138 817.460 -30%

Lucro Bruto 49.533 22.130 124% 47.570 4% 125.890 65.244 93%

Margem Bruta 31,3% 17,2% 1412 bps 22,1% 915 bps 22,1% 8,0% 1410 bps

(-) Custos Financeiros 4.271 (16.328) -126% (13.644) -131% (27.198) (57.439) -53%

Lucro Bruto Ajustado 45.262 38.458 18% 61.214 -26% 153.088 122.683 25%

Margem Bruta Ajustada 28,6% 29,8% -124 bps 28,5% 10 bps 26,9% 15,0% 1190 bps

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A)

Durante o 4T14, as despesas com vendas, gerais e administrativas atingiram R$35,4 milhões, uma redução de

24,7% se comparada aos R$47,1 milhões do 4T13, e ligeiramente superior ao 3T14. No ano a redução foi de

19,9%, com as despesas com vendas, gerais e administrativas totalizando R$140,1 milhões.

As despesas com vendas alcançaram R$11,2 milhões no 4T14, apresentando uma redução de 33,8% ante o ano

anterior, em função da consolidação da operação de venda via loja própria e do menor volume de vendas no

período. Nos 12M14 as despesas com vendas foram reduzidas em 31,7%, atingindo R$53,0 milhões.

Em relação as despesas gerais e administrativas, houve uma redução de 19,6% em relação ao 4T13, alcançando

R$24,2 milhões. Na comparação anual, as despesas gerais e administrativas alcançaram R$87,1 milhões,

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Release de Resultados | 4T14

redução de 10,5% em relação aos 12M13.

Tabela 30. Tenda – Despesas VGA (R$ mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Despesas com Vendas 11.212 15.311 -27% 16.930 -34% 52.978 77.556 -32%

Despesas Gerais e Administrativas 24.235 18.856 29% 30.130 -20% 87.073 97.303 -11%

Total de Despesas VGA 35.447 34.167 4% 47.060 -25% 140.051 174.859 -20%

Lançamentos 241.549 91.294 165% 88.379 173% 613.299 338.776 81%

Vendas Contratadas Líquidas 126.594 35.892 253% 163.626 -23% 395.981 490.403 -19%

Receita Líquida 158.329 128.935 23% 214.897 -26% 570.138 817.460 -30%

A linha de Outras Receitas/Despesas Operacionais totalizou uma despesa de R$25,5 milhões, incremento de

117,6% ante o 3T14, e de 177,6% na comparação com o ano anterior, especialmente por conta da baixa de ativos

em consequência de um trabalho da revisão dos depósitos judiciais da Tenda. Segue abaixo maiores detalhes

quanto a composição dessa despesa.

Tabela 31 – Segmento Tenda – Outras Receitas/Despesas Operacionais (R$ Mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A(%)

(%)

12M14 12M13 A/A(%)

Despesas com demandas judiciais (14.331) (11.737) 22,1% (3.983)

260% (51.195)

(18.133)

182%

Outras (11.199) 2 - (5.214) 115% (11.041) (6.686) 65%

Total (25.530) (11.735) 118% (9.197) 178% (62.236) (24.819) 151%

Ao longo dos últimos 2 anos, o forte volume de entregas relacionados aos projetos atrasados, foram

determinantes para o aumento do nível de contingências no segmento Tenda. Com a entrega dos últimos projetos

relacionados ao legado previstas para o final do semestre e com a consolidação da boa performance operacional

do Novo Modelo, esperamos verificar uma redução no volume dessas despesas ao longo dos próximos anos.

EBITDA Ajustado

O EBITDA ajustado foi negativo em R$30,9 milhões no 4T14, comparado ao EBITDA ajustado positivo de R$13,8

milhões no ano anterior e R$9,8 milhões negativo no 3T14. No ano, o EBITDA ajustado foi negativo em R$67,5

milhões ante o resultado negativo de R$45,6 milhões do ano anterior.

Na comparação anual, apesar da expressiva expansão da margem bruta e na redução da estrutura de despesas,

o EBITDA do segmento Tenda foi impactado principalmente pelo menor nível de receita, por conta da retomada

do nível de lançamentos apenas em 2013 e pelo aumento no nível de despesas relacionados as contingências.

Tabela 32. Tenda - EBITDA Ajustado (R$ mil)

4T14 3T14 T/T(%) 4T13 A/A(%) 12M14 12M13 A/A(%)

Lucro (Prejuízo) Líquido (28.774) (25.220) 14% 12.457 -331% (109.437) (118.361) -8%

(+) Resultado Financeiro (1.031) (5.058) -80% 2.274 -145% (7.332) 3.812 -292%

(+) IR / CSLL (1.085) 374 -390% (3.024) -64% 6.328 8.651 -27%

(+) Depreciação e Amortização 4.191 3.971 6% 3.281 28% 15.644 11.526 36%

(+) Capitalização de Juros (4.271) 16.328 -126% 13.644 -131% 27.198 57.439 -53%

(+) Despesas com Plano de Opções de Ações

526 286 84% 52 912% 838 156 437%

(+) Participação dos Minoritários (412) (509) -19% 190 -317% (742) 6.305 -112%

(-)Efeito do Resultado de Alphaville - - - (15.113) -100% - (15.113) -100%

EBITDA Ajustado (30.856) (9.828) 214% 13.761 -324% (67.503) (45.585) 48%

Receita Líquida 158.329 128.935 23% 214.897 -26% 570.138 817.460 -30%

Margem EBITDA Ajustada -19,5% -7,6% -1187 bps 6,4% -2589 bps -11,8% -5,6% 620 bps 1) Ajustamos nosso EBITDA pelas despesas associadas com planos de opções de ações, por tratar-se de uma rúbrica sem desembolso de caixa; 2) A Tenda não detém participação acionária de Alphaville. No 4T13 foi excluído o resultado da operação de venda da participação em Alphaville, que estava alocado na Tenda.

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Release de Resultados | 4T14

Receitas e Resultados a Apropriar

O saldo de resultados a apropriar sob o método PoC atingiu R$40,2 milhões no 4T14. A margem a apropriar do

trimestre ficou em 30,7%.

Tabela 33. Tenda - Resultados a Apropriar (REF) (R$ mil) 4T14 3T14 T/T(%) 4T13 A/A(%)

Receitas a Apropriar 130.851 139.318 -6% 244.789 -47% Custo das unidades vendidas a apropriar

(90.661) (99.308) -9% (178.001) -49% Resultado a Apropriar 40.190 40.010 0% 66.789 -40%

Margem a Apropriar 30,7% 28,7% 200 bps 27,3% 340 bps

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Release de Resultados | 4T14

BALANÇO PATRIMONIAL E RESULTADO FINANCEIRO CONSOLIDADO

Caixa e Equivalentes de Caixa

Em 31 de dezembro de 2014, o saldo de caixa e equivalentes de caixa, e títulos e valores mobiliários atingiu

R$1,2 bilhão.

Recebíveis

No encerramento do 4T14, o saldo total de recebíveis consolidado apresentou uma redução de 29,2% para R$2,9

bilhões na comparação anual e 11,7% abaixo dos R$3,3 bilhões registrados no3T14.

Atualmente, os segmentos Gafisa e Tenda contam com aproximadamente R$427,9 milhões em contas a receber de unidades já concluídas, sendo que R$223,1 milhões do montante acima estão em processo de repasse junto aos agentes financiadores. Tabela 34. Recebíveis Totais (R$ mil)

4T14 3T14 T/T(%) 4T13 A/A(%)

Recebíveis de Incorp. – Fora Balanço 1.064.033 1.345.831 -21% 1.863.423 -43%

Recebíveis PoC - CP (Balanço) 1.440.498 1.575.922 -9% 1.909.877 -25%

Recebíveis PoC - LP (Balanço) 384.821 355.292 8% 313.791 23%

Total 2.889.352 3.277.045 -12% 4.087.091 -29%

Notas: CP – Curto Prazo | LP- Longo Prazo | PoC – Método do Percentual de Conclusão. Recebíveis de incorporação: contabiliza os recebíveis ainda não reconhecidos pelo método PoC e BRGAAP. Recebíveis PoC: contabiliza recebíveis já reconhecidos pelo método PoC e BRGAAP.

Geração de Caixa

Destacamos o bom desempenho de caixa da Companhia ao longo de todo o ano de 2014, encerrando o 4T14 com uma geração de caixa operacional da ordem de R$103,1 milhões, alcançando R$298,6 milhões nos 12M14. Este desempenho reflete, entre outros pontos: (i) a boa performance da Companhia no processo de repasse/recebimento das unidades vendidas junto aos agentes financiadores com R$509,5 milhões repassados no período, totalizando R$1,7 bilhão no ano; e (ii) a maior assertividade e controle no desempenho de seu ciclo de negócios, com redução de despesas com vendas, gerais e administrativas e, (iii) e o menor nível de lançamentos do segmento Gafisa no último trimestre, reduzindo assim despesas relacionadas.

A geração do caixa livre foi novamente positiva nesse trimestre, alcançando R$38,3 milhões. Nos 12M14, excluindo alguns eventos não recorrentes, a geração de caixa livre foi positiva em R$81,0 milhões. Os principais eventos não recorrentes foram: (i) R$119,3 milhões utilizados no programa de recompra de ações; (ii) R$63,6 milhões relativos a pagamento de impostos em função da operação de venda de Alphaville; e; (iii) o pagamento de juros sob o capital próprio e dividendos no valor de R$163,0 milhões. Tabela 35. Geração de Caixa (R$ mil)

4T13* 1T14 2T14 3T14 4T14

Disponibilidades 2.024.162 1.563.226 1.279.568 1.463.425 1.157.254

Variação das Disponibilidades(1) - (460.937) (283.658) 183.857 (306.200)

Dívida Total + Obrigação com Investidores 3.183.208 2.967.050 2.687.851 2.848.249 2.597.554

Variação da Dívida Total + Obrigação com Investidores (2) - (216.158) (279.199) 160.399 (250.695)

Outros investimentos 64.241 329.524 332.711 332.711 426.509

Variação outros investimentos (3) - 265.284 3.187 - 93.798

Geração de Caixa no Período (1) - (2) + (3) - 20.505 (1.273) 23.488 38.293

Geração Acumulada de Caixa Final - 20.505 19.233 42.721 81.014

*Os dados do 4T13 são referentes apenas ao saldo final do período, de forma a auxiliar a conciliação da variação de saldos de 2014.

Liquidez

Ao final de dezembro de 2014 a relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido alcançou 47,1%, levemente superior

aos 44,3% do trimestre anterior.

Excluindo-se os financiamentos de projetos, a relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido apresentou uma razão

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Release de Resultados | 4T14

negativa de 19,0%.

O endividamento bruto consolidado atingiu R$2,6 bilhões ao final do 4T14, ante R$2,8 bilhões ao final do 3T14 e

R$3,1 bilhões no 4T13. Conforme anunciado anteriormente, a Companhia vem utilizando parte dos recursos da

transação de Alphaville para reduzir o seu endividamento bruto. Nesse 4T14, a Companhia efetuou o pagamento

de R$362,6 milhões em dívidas, sendo R$145,4 milhões em dívidas de projeto e os outros, R$217,2 milhões em

dívidas corporativas. Considerando os 12M14, foram amortizados aproximadamente R$1,6 bilhões em dívida

bruta com vencimento previsto para 2014. Ao longo do ano ocorreram novas liberações de R$822,0 milhões,

R$692 milhões de dívida de projeto e R$130 milhões em dívida corporativa, permitindo assim uma amortização

líquida no ano de R$783,1 milhões. Vale ressaltar que ao final de 2013, após a liquidação da venda de 70% de

Alphaville, a Companhia amortizou ainda no mesmo período, Dezembro de 2013, R$ 423 milhões de sua dívida.

Tabela 36. Dívida e Obrigações com Investidores

4T14 3T14 Q/Q(%) 4T13 Y/Y(%)

Debêntures - FGTS (A) 891.650 950.914 -6,2% 961.416 -7,3%

Debêntures – Capital de Giro (B) 297.449 450.336 -33,9% 459.802 -35,3%

Financiamento de Projeto SFH – (C) 1.128.514 1.146.570 -1,6% 1.088.258 3,7%

Capital de Giro (D) 268.911 283.349 -5,1% 550.052 -51,1%

Total (A)+(B)+(C)+(D) = (E) 2.586.524 2.831.169 -8,6% 3.059.528 -15,5%

Obrigações com Investidores (F) 11.030 17.080 -35,4% 123.679 -91,1%

Dívida Total (E)+(F) = (G) 2.597.554 2.848.249 -8,8% 3.183.207 -18,4%

Caixa e Disponibilidades (H) 1.157.254 1.463.425 -20,9% 2.024.163 -42,8%

Dívida Líquida (G)-(H) = (I) 1.440.300 1.384.824 4,0% 1.159.044 24,3%

Património Líquido + Minoritários (J) 3.058.403 3.129.137 -2,3% 3.214.483 -4,9%

(Dívida Líquida) / (PL) (I)/(J) = (K) 47,1% 44,3% 284 bps 36,1% 1104 bps

(Dív Líq – Finan. Proj.) / PL (I)-((A)+(C))/(J) = (L) -19,0% -23% 382 bps -28% 875 bps

A Companhia encerrou o quarto trimestre de 2014 com R$1,1 bilhão de endividamento total no curto prazo. Vale ressaltar, no entanto, que 69,9% deste volume é referente a dívidas atreladas a projetos da Companhia. Tabela 37. Vencimento da Dívida

(R$ mil) Custo médio (a.a.) Total Até Dez/15 Até Dez/16 Até Dez/17 Até Dez/18 Após

Dez/18

Debêntures - FGTS (A) TR + 9,25% - 9,8205% 891.650 342.538 349.556 199.556 - -

Debêntures – Capital de giro (B) CDI + 1,90% - 1,95% /

IPCA + 7,96% 297.449 161.849 26.222 45.134 64.244 -

Financiamento a projeto SFH (C) TR + 8,30% - 11,00% /

117,0% - 120,0% CDI 1.128.514 398.687 408.890 232.382 88.555 -

Capital de giro (D) CDI + 2,20% / 117,9% CDI 268.911 151.371 97.318 20.222 - -

Total (A)+(B)+(C)+(D) = (E) 2.586.524 1.054.445 881.986 497.294 152.799 -

Obrigações com investidores (F) CDI + 0,59% 11.030 6.317 3.573 1.140 - -

Dívida Total (E)+(F) = (G) 2.597.554 1.060.762 885.559 498.434 152.799 -

% Vencimento total por Período 41% 34% 19% 6% - Vencimento de dívida de projeto como % da dívida total ((A)+ (C))/ (G)

69,9% 85,6% 86,7% 58,0% -

Vencimento de dívida corporativa como % da dívida total ((B)+(D) + (F))/

(G) 30,1% 14,4% 13,3% 42,0% -

Relação Dívida Corporativa / Crédito Imobiliário 22% / 78%

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Release de Resultados | 4T14

Resultado Financeiro

Receita

Em bases consolidadas, a receita líquida do 4T14 totalizou R$649,3 milhões, aumento de 31,4% em relação ao

trimestre anterior, e ligeiramente inferior ao 4T13. Em 12M14 o total da receita líquida foi de R$2,1 bilhões.

No 4T14 o segmento Gafisa contribuiu com 75,6% das receitas consolidadas, enquanto Tenda contribuiu com

24,4%. No ano a Gafisa contribuiu com 73,5% e a Tenda com 26,5% da receita consolidada.

Lucro & Margem Bruta

O lucro bruto reportado no 4T14 foi de R$150,6 milhões, ante os R$128,9 milhões reportados no 3T14, e R$222,0

milhões do ano anterior. A margem bruta do trimestre alcançou 23,2%, uma redução de 830 bps em relação ao

ano anterior. O lucro bruto ajustado alcançou R$196,1 milhões, com uma margem de 30,2%, ante 36,4%

verificado no 3T14 e 37,9% no ano anterior, como explicado anteriormente, efeito de alguns ajustes não-

recorrentes impetrados no último trimestre do ano. Nos 12M14 o lucro bruto ajustado alcançou R$713,3 milhões

com margem bruta de 33,2%, ante R$774,7 milhões e 31,2% de margem bruta ajustada no ano anterior.

Desconsiderando os ajustes citados a margem bruta ajustada alcançou 37,1% e 37,4% no 4T14 e ano de 2014,

respectivamente.

A evolução verificada na margem bruta ao longo dos últimos 2 anos toma forma na medida em que os projetos do

legado de Gafisa e Tenda, em função de seu encerramento, apresentam menor efeito nos resultados da

Companhia. Em paralelo, os projetos desenvolvidos em mercados considerados estratégicos e o novo modelo de

negócios de Tenda, com maior rentabilidade, passam a ter uma contribuição mais representativa nos resultados

consolidados, conforme tem sido verificado ao longo dos últimos trimestres.

Tabela 38. Grupo Gafisa – Margem Bruta (R$ mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Receita Líquida 649.276 494.191 31% 704.750 -8% 2.150.998 2.481.211 -13%

Lucro Bruto 150.647 128.853 17% 221.999 -32% 541.752 617.445 -12%

Margem Bruta 23,2% 26,1% -290 bps 31,5% -830 bps 25,2% 24,9% 30 bps

( - ) Custos Financeiros (45.421) (51.067) -11% (44.875) 1% (171.590) (157.211) 9%

Lucro Bruto Ajustado 196.068 179.920 9% 266.874 -27% 713.342 774.656 -8%

Margem Bruta Ajustada 30,2% 36,4% -621 bps 37,9% -767 bps 33,2% 31,2% 200 bps

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A)

Durante o 4T14, as despesas com vendas, gerais e administrativas atingiram R$90,3 milhões, uma redução de

30,6% ante o ano anterior. Na comparação com o 3T14, houve um pequeno aumento de 2,7%. Com relação ao

acumulado do ano, as despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$359,9 milhões, sendo 20,0%

menor na comparação com 2013.

Tabela 39. Grupo Gafisa – Despesas VGA (R$ mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Despesas com Vendas 37.142 37.024 0% 53.857 -31% 148.041 215.649 -31%

Despesas Gerais e Administrativas 53.182 50.887 5% 76.264 -30% 211.906 234.023 -9%

Total de Despesas VGA 90.324 87.911 3% 130.121 -31% 359.947 449.672 -20%

Lançamentos 241.549 510.428 -53% 767.534 -69% 1.636.311 1.424.117 15%

Vendas Contratadas Líquidas 303.888 230.784 32% 618.083 -51% 1.207.013 1.451.603 -17%

Receita Líquida 649.276 494.191 31% 704.750 -8% 2.150.998 2.481.211 -13%

Com o ciclo do processo de turnaround chegando ao seu final, a Companhia vem buscando uma maior

estabilidade em sua estrutura de custos e despesas com vendas, gerais e administrativas. Para os próximos

trimestres, a Companhia trabalha com a manutenção desse processo, em busca de uma maior produtividade e

assertividade em suas operações.

Vale notar que em 2014, foram incorridas algumas despesas não-recorrentes, contabilizada nos trimestres

anteriores, à título de assessoria na operação de Alphaville (R$4,4 milhões), e também devido ao

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Release de Resultados | 4T14

processo de separação de Gafisa e Tenda (R$10,7 milhões). Desconsiderando esses efeitos as despesas gerais

e administrativas alcançaram cerca de R$196,8 milhões nos 12M14, atingindo uma redução ainda maior, de

15,9% na comparação com o ano anterior.

A linha de Outras Receitas/Despesas Operacionais totalizou uma despesa de R$48,7 milhões, aumento de 78,4%

ante o 3T14, e de 15,3% na comparação com o ano anterior.

Segue abaixo maiores detalhes quanto a composição dessa despesa.

Tabela 40 – Grupo Gafisa – Outras Receitas/Despesas Operacionais (R$ Mil)

4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A(%) 12M14 12M13 A/A(%)

Despesas com demandas judiciais (35.781) (25.487) 40% (31.014) 15% (113.064) (78.402) 44%

Despesas com atualização do saldo do programa de opções de ações de AUSA

(3.816) - - - - (17.679) - -

Outras (9.127) (1.827) 400% (11.248) -19% (10.606) (7.708) 38%

Total (48.724) (27.314) 78% (42.262) 15% (141.349) (86.110) 64%

EBITDA Ajustado Consolidado

O EBITDA ajustado totalizou R$71,7 milhões no 4T14, considerando o resultado da equivalência de Alphaville. A

margem EBITDA ajustada consolidada, dentro do mesmo critério foi de 11,1%, em comparação com a margem de

19,7% reportada no ano anterior, e de 14,9% verificada no 3T14. Nos 12M14 o EBITDA consolidado alcançou

R$261,5 milhões com margem de 12,2%.

Tabela 41. Grupo Gafisa - EBITDA Ajustado Consolidado (R$ mil)

4T14 3T14 T/T(%) 4T13 A/A(%) 12M14 12M13 A/A(%)

Lucro (Prejuízo) Líquido 8.045 (9.954) -181% 921.284 -99% (42.549) 867.444 -105%

(+) Resultado Financeiro (10.096) 8.028 -226% 31.190 -132% 8.918 162.503 -95%

(+) IR / CSLL (12.157) 9.163 -233% (17.636) -31% 15.275 2.812 443%

(+) Depreciação e Amortização 37.537 11.715 220% 24.441 54% 79.251 63.014 26%

(+) Capitalização de Juros 45.421 51.067 -11% 44.875 1% 171.590 157.211 9%

(+) Despesas com Plano de Opções de Ações

2.613 3.172 -18% 3.704 -29% 30.189 17.419 73%

(+) Participação dos Minoritários 362 272 33% (28.909) -101% (1.176) 235 -600%

(-) Resultado da venda AUSA - - - (840.010)

- - (840.010) -

EBITDA Ajustado 71.725 73.463 -2% 138.939 -48% 261.498 430.628 -39%

Receita Líquida 649.276 494.191 31% 704.750 -8% 2.150.998 2.481.211 -13%

Margem EBITDA Ajustada 11,0% 14,9% -382 bps 19,7% -867 bps 12,2% 17,4% -520 bps 1) Ajustamos nosso EBITDA pelas despesas associadas com planos de opções de ações, por tratar-se de uma rúbrica sem desembolso de caixa; 2) O EBITDA consolidado contempla o efeito da equivalência de Alphaville. * No 4T13, foi descontado o resultado da operação de AUSA e reflete as participações societárias em cada período: 30% no 4T14 e 3T14; 100% no 4T13.

Depreciação e Amortização

Depreciação e amortização alcançaram R$37,5 milhões no 4T14, um incremento de 53,6%, comparado aos

R$24,4 milhões verificados no 4T13. Nos 12M14, essa linha somou R$79,2 milhões, ante R$63,0 milhões

apresentados no ano anterior. No 4T14, em função da incorporação integral de uma controlada, ocorreu o impacto

não-recorrente de R$14,5 milhões referente a amortização de ágio.

Resultados Financeiros

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$10,1 milhões no 4T14, uma melhora expressiva em relação ao

resultado líquido negativo de R$31,2 milhões no 4T13 e superior ao resultado líquido negativo de R$8,0 milhões

do trimestre anterior. As receitas financeiras apresentaram expansão de 34,4% na comparação anual totalizando

R$38,2 milhões, em função da maior taxa de juros média verificada no período. As despesas financeiras por sua

vez alcançaram R$28,1 milhões, em comparação aos R$59,6 milhões do 4T13, impactadas pela redução no nível

do endividamento bruto do período. No acumulado do ano, somou-se R$156,8 milhões de receita financeira e

R$165,7 milhões de despesas, resultando em um saldo líquido negativo de R$8,9 milhões, comparado ao

resultado líquido negativo de R$162,5 milhões no mesmo período do ano anterior.

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Release de Resultados | 4T14

Impostos

No 4T14, imposto de renda, contribuição social e impostos diferidos totalizaram um crédito de R$12,2 milhões,

reflexo da constituição de imposto de renda ativo diferido no valor de R$12,4 milhões, em razão da à nova

perspectiva de rentabilidade futura e lucros tributáveis para a Companhia ao longo dos próximos anos. No ano, a

despesa com IR & CSLL totalizou R$15,3 milhões.

Lucro Líquido

A Gafisa encerrou o 4T14 com lucro líquido de R$8,0 milhões. Excluindo-se a equivalência de Alphaville,

apresentou um prejuízo líquido de R$12,7 milhões no trimestre, na comparação com o lucro líquido de R$42,1

milhões verificado no 4T13. Nos 12M14, o resultado líquido alcançado foi negativo em R$42,5 milhões, ante um

lucro líquido de R$27,4 milhões no ano anterior.

Tabela 42 - Consolidado - Resultado Líquido - (R$ Mil)

4T14 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A(%)

Receita Líquida 649.276 704.750 -8% 2.150.998 2.481.211 -13%

Resultado Bruto 150.647 221.999 -32% 541.752 617.445 -12%

Margem Bruta 23,2% 31,5% -830 bps 25,2% 24,9% 30 bps

Resultado Bruto Ajustado1 196.068 266.874 -27% 713.342 774.656 -8%

Margem Bruta Ajustada1 30,2% 37,9% -770 bps 33,2% 31,2% 200 bps

EBITDA Ajustado2 71.725 978.949 -94% 261.498 1.270.638 -80%

(-) Resultado da venda AUSA - (840.010) - - (840.010) -

EBITDA Ajustado3 (ex-Resultado da Venda AUSA) 71.725 138.939 -48% 261.498 430.628 -39%

Margem EBITDA Ajustada 11,0% 19,7% -867 bps 12,2% 17,4% -520 bps

Resultado Líquido (ex-Resultado da Venda AUSA) 8.045 81.274 -90% (42.549) 27.434 -255%

( - ) Equivalência de Alphaville (20.738) (39.207) -47% (32.299) (166.965) -81%

Resultado Líquido (ex- Equivalência e Resultado da Venda AUSA)

(12.693) 42.067 -130% (74.848) (139.531) 46%

1) Ajustados por juros capitalizados; 2) Ajustamos nosso EBITDA pelas despesas associadas com planos de opções de ações, por tratar-se de uma rúbrica sem desembolso de caixa; 3) O EBITDA consolidado contempla o efeito da equivalência de Alphaville.

Receitas e Resultados a Apropriar

O saldo de resultados a apropriar sob o método PoC atingiu R$396,4 milhões no 4T14. A margem consolidada a

apropriar em 38,7%.

Tabela 43. Grupo Gafisa - Resultados a apropriar (REF) (R$ mil) 4T14 3T14 T/T(%) 4T13 A/A(%)

Receitas a Apropriar 1.025.195 1.296.708 -21% 1.795.408 -43%

Custo das unidades vendidas a apropriar (628.751) (807.735) -22% (1.181.273) -47%

Resultado a Apropriar 396.444 488.973 -19% 614.135 -35%

Margem a Apropriar 38,7% 37,7% 96 bps 34,2% 446 bps

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Release de Resultados | 4T14

Lucro líquido da Alphaville alcança R$ 90 milhões no 4T14

São Paulo, 27 de fevereiro de 2015 – Alphaville Urbanismo SA comunica seus resultados operacionais para o 4º trimestre e ano de 2014.

Resultado Financeiro

No período do 4T14, a receita líquida foi de R$ 378 milhões, 6,2% acima do 4T13 e 81% maior que o trimestre anterior. O lucro líquido no 4º trimestre de 2014 foi de R$ 90 milhões, 43% acima do mesmo período de 2013 e 311 % maior que o 3T14.

4T14 4T13 3T14

R$ ∆ R$ ∆

Receita líquida 378 356 6,2% 209 81%

Lucro líquido 90 63 43% 22 311,3%

Margem 23,9% 17,7% 10,5%

A Alphaville terminou o ano com R$ 958 milhões de receita líquida, no mesmo patamar registrado em 2013. O lucro líquido totalizou R$ 129 milhões, 27% menor do que o resultado do ano anterior.

2014 2013 ∆

Receita líquida 958 959 0.0%

Lucro líquido 129 176 -26,6%

Margem 13,5% 18,4%

O lucro líquido menor em 2014, quando comparado com 2013, é uma consequência de:

menor taxa de inflação na carteira de recebíveis (IGPM);

despesas relativas à separação do backoffice da Gafisa;

aumento de despesas financeiras, associadas ao aumento de alavancagem e das taxas de

juros.

Em decorrência do descasamento no cronograma de fechamento e auditoria das demonstrações financeiras das Companhias, a equivalência patrimonial apropriada no resultado da Gafisa foi reconhecida com base no balanço preliminar da AUSA e, portanto, o saldo de investimento não reflete a participação de 30% no patrimônio líquido. Tendo em vista o balanço definitivo da AUSA, será reconhecido um ajuste positivo de R$6,4 milhões no 1T15

Para informações adicionais, favor entrar em contato com nossa área de Relações com Investidores através do email [email protected] ou do telefone +55 11 3038-7164.

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Release de Resultados | 4T14

PERSPECTIVAS No dia 20 de Outubro de 2014, a companhia anunciou em fato relevante a revisão em suas projeções (“Guidance”) de lançamentos no ano corrente para o segmento Gafisa, por conta das incertezas no cenário macroeconômico. Esta alteração no volume de lançamentos projetados, afetou também o guidance estabelecido para a relação entre despesas administrativas e volume de lançamentos do segmento Gafisa e também a projeção de lançamentos consolidada.

Os lançamentos do ano de 2014 totalizaram R$1.636 milhões alcançando 88,4% do ponto médio do guidance de lançamentos. O segmento Gafisa foi responsável por 62,5% dos lançamentos do período, alcançando R$1.023 milhões e ficando ligeiramente abaixo do guidance estabelecido, e Tenda pelos 37,5% restantes com R$613,3 milhões em linha com as projeções apresentadas.

Guidance de Lançamentos (2014)

Tabela 44. Guidance de Lançamentos (2014) Guidance

(2014) Revisão

Números Atuais 12M14

12M14A / Ponto Médio do Guidance

Lançamentos Consolidados R$2,1 – R$2,5 bi R$1,7 – R$2,0 bi 1.636,3 milhões 88%

Abertura por Marca Lançamentos Gafisa R$1,5 – R$1,7 bi R$1,1 – R$1,2 bi 1.023,0 milhões 89% Lançamentos Tenda R$600 – R$800 mn R$600 – R$800 mn 613,3 milhões 88%

Com a conclusão da venda da participação em Alphaville em 2013, a Companhia encerrou o ano com confortável

posição de liquidez. Conforme informado neste relatório, a relação entre Dívida Líquida / Patrimônio Líquido

permaneceu estável ao longo de todo o ano, e encerrou 2014 em 47,1%. Diante deste cenário e considerando o

plano de negócios da Companhia para os próximos anos, esperamos que o patamar de alavancagem consolidada

permaneça entre 55% - 65%, medido através da mesma relação Dívida Líquida / Patrimônio Líquido.

Tabela 45. Guidance de Alavancagem (2014) Guidance

(2014) Revisão

Números Atuais 12M14

12M14 / Ponto Médio do Guidance

Dados Consolidados 55% - 65% Dívida

Líquida / Patr Líquido 55% - 65% Dívida

Líquida / Patr Líquido 47,1% OK

Também no dia 20 de Outubro a Companhia retirou seu guidance para 2014 quanto a relação entre despesas administrativas e volume de lançamentos para o segmento Gafisa. Com a redução do guidance de lançamentos de 2014, a Companhia ficou impossibilitada de atender essa projeção.

Tabela 46. Guidance Despesas Administrativas / Volume de Lançamentos (2014) Guidance

(2014) Revisão

Gafisa 7,5% Não aplicável Tenda Não aplicável Não aplicável

Para o ano de 2015, em função da deterioração do ambiente econômico ao longo dos últimos meses, a Companhia, de maneira prudente e transparente, optou pela retirada do referido guidance, preferindo aguardar melhor acomodação do ambiente econômico do país.

Tabela 47. Guidance Despesas Administrativas / Volume de Lançamentos (2015E) Guidance

(2015) Revisão

Gafisa 7,5% Não aplicável Tenda 7,0% Não aplicável

Por fim, conforme anunciado ao final de 2013, a Companhia ratifica como parâmetro de rentabilidade, o Retorno sobre o Capital Empregado (ROCE), e entendemos que em um prazo de 3 anos, esse indicador deve alcançar entre 14% - 16%, tanto para o segmento Tenda, como para o segmento Gafisa.

Tabela 48. Guidance ROCE – Retorno Sobre Capital Empregado (3 anos) Guidance

(3 anos) Revisão

Gafisa 14% - 16% 14% - 16% Tenda 14% - 16% 14% - 16%

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Release de Resultados | 4T14

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEGMENTO GAFISA 4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Receita Líquida 490.947 365.256 34% 489.853 0% 1.580.860 1.663.751 -5%

Custos Operacionais (389.833) (258.533) 51% (315.424) 24% (1.164.998) (1.111.550) 5%

Resultado Bruto 101.114 106.723 -5% 174.429 -42% 415.862 552.201 -25%

Margem Bruta 20,6% 29,2% -860 bps 35,6% -1500 bps 26,3% 33,2% -690 bps

Despesas Operacionais (83.658) (68.801) 23% 231.351 -137% (324.211) (35.623) 812%

Despesas com Vendas (25.930) (21.713) 19% (36.927) -30% (95.063) (138.093) -31%

Despesas Gerais e Administrativas (28.947) (32.031) -10% (46.134) -37% (124.833) (136.720) -9%

Outras Despesas e Receitas Operacionais (23.194) (15.579) 49% (33.065) -30% (79.113) (61.291) 29%

Depreciação e Amortização (33.346) (7.744) 331% (21.160) 58% (63.607) (51.488) 24%

Equivalência Patrimonial 27.759 8.266 236% (7.216) -485% 38.405 (23.884) -261%

Resultado investimento avaliado valor justo - - - 375.853 - - 375.853 -100%

Resultado Operacional 17.456 37.922 -54% 405.780 -96% 91.651 516.578 -82%

Receita Financeira 22.218 20.583 8% 16.488 35% 98.121 43.548 125%

Despesa Financeira (13.153) (33.669) -61% (45.404) -71% (114.371) (202.239) -43%

Resultado Líquido Antes de IR & CSLL 26.521 24.836 7% 376.864 -93% 75.401 357.887 -79%

Impostos Diferidos (1.315) (1) 131400% 22.331 -106% (1.699) 22.012 -108%

IR & CSLL 12.387 (8.788) -241% (7.719) -260% (7.248) (16.173) -55%

Resultado Líquido Após IR & CSLL 37.593 16.047 134% 391.476 -90% 66.454 363.726 -82%

Lucro das Operações Disponíveis para Venda - - - 488.251 -100% - 616.009 -100%

Participações Minoritárias 774 781 -1% (29.100) -103% (434) (6.070) -93%

Resultado Líquido 36.819 15.266 141% 908.827 -96% 66.888 985.805 -93%

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Release de Resultados | 4T14

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEGMENTO TENDA 4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Receita Líquida 158.329 128.935 23% 214.897 -26% 570.138 817.460 -30%

Custos Operacionais (108.796) (106.805) 2% (167.327) -35% (444.248) (752.216) -41%

Resultado Bruto 49.533 22.130 124% 47.570 4% 125.890 65.244 93%

Margem Bruta 31,3% 17,2% 1412 bps 22,1% 915 bps 22,1% 8,0% 1410 bps

Despesas Operacionais (80.835) (52.543) 52% (50.786) 57% (237.073) (179.950) 31%

Despesas com Vendas (11.212) (15.311) -27% (16.930) -34% (52.978) (77.556) -32%

Despesas Gerais e Administrativas (24.235) (18.856) 29% (30.130) -20% (87.073) (97.303) -11%

Outras Despesas e Receitas Operacionais (25.530) (11.735) 118% (9.197) 178% (62.236) (24.819) 151%

Depreciação e Amortização (4.191) (3.971) 6% (3.281) 28% (15.644) (11.526) 36%

Equivalência Patrimonial (15.667) (2.670) 487% 8.752 -279% (19.142) 31.254 -161%

Resultado Operacional (31.302) (30.413) 3% (3.216) 873% (111.183) (114.706) -3%

Receita Financeira 15.942 15.890 0% 11.909 34% 58.673 37.535 56%

Despesa Financeira (14.911) (10.832) 38% (14.183) 5% (51.341) (41.347) 24%

Resultado Líquido Antes de IR & CSLL (30.271) (25.355) 19% (5.490) 451% (103.851) (118.518) -12%

Impostos Diferidos 1.851 860 115% 5.338 -65% 1.699 (1.134) -250%

IR & CSLL (766) (1.234) -38% (2.314) -67% (8.027) (7.517) 7%

Resultado Líquido Após IR & CSLL (29.186) (25.729) 13% (2.466) 1084% (110.179) (127.169) -13%

Lucro das Operações Disponíveis para Venda

- - - 15.113 - - 15.113 -

Participações Minoritárias (412) (509) -19% 190 -317% (742) 6.305 -112%

Resultado Líquido (28.774) (25.220) 14% 12.457 -331% (109.437) (118.361) -8%

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Release de Resultados | 4T14

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%) 12M14 12M13 A/A (%)

Receita Líquida 649.276 494.191 31% 704.750 -8% 2.150.998 2.481.211 -13%

Custos Operacionais (498.629) (365.338) 36% (482.751) 3% (1.609.246) (1.863.766) -14%

Resultado Bruto 150.647 128.853 17% 221.999 -32% 541.752 617.445 -12%

Margem Bruta 23,2% 26,1% -290 bps 31,5% -830 bps 25,2% 24,9% 30 bps

Despesas Operacionais (164.493) (121.344) 36% 180.565 -191% (561.284) (215.573) 160%

Despesas com Vendas (37.142) (37.024) 0% (53.857) -31% (148.041) (215.649) -31%

Despesas Gerais e Administrativas (53.182) (50.887) 5% (76.264) -30% (211.906) (234.023) -9%

Outras Despesas e Receitas Operacionais (48.724) (27.314) 78% (42.262) 15% (141.349) (86.110) 64%

Depreciação e Amortização (37.537) (11.715) 220% (24.441) 54% (79.251) (63.014) 26%

Equivalência Patrimonial 12.092 5.596 116% 1.536 687% 19.263 7.370 161%

Resultado investimento avaliado valor justo - - - 375.853 - - 375.853 -100%

Resultado Operacional (13.846) 7.509 -284% 402.564 -103% (19.532) 401.872 -105%

Receita Financeira 38.160 36.473 5% 28.397 34% 156.794 81.083 93%

Despesa Financeira (28.064) (44.501) -37% (59.587) -53% (165.712) (243.586) -32%

Resultado Líquido Antes de IR & CSLL (3.750) (519) 623% 371.374 -101% (28.450) 239.369 -112%

Impostos Diferidos 536 859 -38% 27.669 -98% - 20.878 -100%

IR & CSLL 11.621 (10.022) -216% (10.033) -216% (15.275) (23.690) -36%

Resultado Líquido Após IR & CSLL 8.407 (9.682) -187% 389.010 -98% (43.725) 236.557 -118%

Resultado Líquido das Operações Descontinuadas

- - 0% 503.364 -100% - 631.122 -100%

Participações Minoritárias 362 272 33% (28.910) -101% (1.176) 235 -600%

Resultado Líquido 8.045 (9.954) -181% 921.284 -99% (42.549) 867.444 -105%

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Release de Resultados | 4T14

BALANÇO PATRIMONIAL SEGMENTO GAFISA 4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%)

Ativo Circulante

Caixa e Equivalentes de Caixa 662.682 903.901 -27% 1.381.509 -52%

Recebíveis de Clientes 1.126.045 1.212.289 -7% 1.375.087 -18%

Imóveis a Comercializar 1.144.604 1.298.367 -12% 959.199 19%

Outras Contas a Receber 179.103 191.596 -7% 207.423 -14%

Despesas Antecipadas e Outras 9.711 13.517 -28% 27.123 0%

Terrenos Destinado a Venda 6.074 8.175 -26% 7.065 -14%

Instrumentos Financeiros - - - 1.106 -100%

3.128.219 3.627.845 -14% 3.958.512 -21%

Ativo Não-Circulante

Recebíveis de Clientes 358.721 332.124 8% 287.484 25%

Imóveis a Comercializar 590.030 451.383 31% 461.160 28%

Instrumentos Financeiros - - 0% (922) -100%

Outros 157.644 198.545 -21% 210.247 -25%

1.106.395 982.052 13% 957.969 15%

Intangível 62.687 63.755 -2% 61.966 1%

Investimentos 1.912.233 1.898.323 1% 2.121.564 -10%

Ativo Total 6.209.534 6.571.975 -6% 7.100.011 -13%

Passivo Circulante

Empréstimos e Financiamentos 530.851 440.892 20% 470.453 13%

Debêntures 314.770 281.104 12% 354.271 -11%

Obrigações com Terrenos e Clientes 279.987 348.970 -20% 338.044 -17%

Fornecedores e Materiais 71.670 62.865 14% 62.972 14%

Impostos e Contribuições 68.911 57.399 20% 146.962 -53%

Obrigação com Investidores 9.935 9.935 0% 112.886 -91%

Outros 339.413 352.048 -4% 520.209 -35%

1.615.537 1.553.213 4% 2.005.797 -19%

Passivo Não-Circulante

Empréstimos e Financiamentos 817.641 932.132 -12% 938.697 -13%

Debêntures 484.712 710.811 -32% 657.386 -26%

Obrigações com Terrenos e Clientes 80.069 55.072 45% 71.584 12%

Impostos Diferidos 26.809 44.515 -40% 47.022 -43%

Provisão para Contingências 60.718 60.718 0% 67.480 -10%

Obrigação com Investidores 7.145 7.145 0% 10.793 -34%

Outros 59.445 80.129 -26% 87.658 -32%

1.536.539 1.890.522 -19% 1.880.620 -18%

Patrimônio Líquido

Patrimônio Líquido 3.055.344 3.106.915 -2% 3.190.723 -4%

Participação dos Minoritários 2.114 21.325 -90% 22.871 -91%

3.057.458 3.128.240 -2% 3.213.594 -5%

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 6.209.534 6.571.975 -6% 7.100.011 -13%

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Release de Resultados | 4T14

BALANÇO PATRIMONIAL SEGMENTO TENDA 4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%)

Ativo Circulante

Caixa e Equivalentes de Caixa 494.572 559.524 -12% 642.654 -23%

Recebíveis de Clientes 314.453 363.633 -14% 534.789 -41%

Imóveis a Comercializar 551.213 570.304 -3% 482.820 14%

Outras Contas a Receber 114.352 131.971 -13% 113.118 1%

Terrenos Destinado a Venda 104.489 73.996 41% 107.782 -3%

1.579.079 1.699.428 -7% 1.881.163 -16%

Ativo Não-Circulante

Recebíveis de Clientes 26.100 23.168 13% 26.307 -1%

Imóveis a Comercializar 226.495 181.754 25% 191.235 18%

Outros 76.629 89.770 -15% 79.751 -4%

329.224 294.692 12% 297.293 11%

Intangível e Imobilizado 37.431 39.596 -5% 37.678 -1%

Investimentos 179.455 203.766 -12% 225.702 -20%

Ativo Total 2.125.189 2.237.482 -5% 2.441.836 -13%

Passivo Circulante

Empréstimos e Financiamentos 19.207 33.469 -43% 119.934 -84%

Debêntures 189.617 109.335 73% 209.561 -10%

Obrigações com Terrenos e Clientes 210.618 143.323 47% 70.330 199%

Fornecedores e Materiais 23.461 20.602 14% 16.370 43%

Impostos e Contribuições 71.251 79.485 -10% 106.362 -33%

Outros 157.581 314.136 -50% 314.436 -50%

671.735 700.350 -4% 836.993 -20%

Passivo Não-Circulante

Empréstimos e Financiamentos 29.726 23.426 27% 109.227 -73%

Debêntures 200.000 300.000 -33% 200.000 0%

Obrigações com Terrenos e Clientes 21.068 21.087 0% 8.391 151%

Impostos Diferidos 7.931 9.783 -19% 9.631 -18%

Provisão para Contingências 69.734 65.062 7% 58.328 20%

Outros 42.649 68.629 -38% 66.686 -36%

371.108 487.987 -24% 452.263 -18%

Patrimônio Líquido

Patrimônio Líquido 1.058.477 1.024.864 3% 1.127.969 -6%

Participação dos Minoritários 23.869 24.281 -2% 24.611 -3%

1.082.346 1.049.145 3% 1.152.580 -6%

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 2.125.189 2.237.482 -5% 2.441.836 -13%

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Release de Resultados | 4T14

BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO 4T14 3T14 T/T (%) 4T13 A/A (%)

Ativo Circulante

Caixa e Equivalentes de Caixa 1.157.254 1.463.425 -21% 2.024.163 -43%

Recebíveis de Clientes 1.440.498 1.575.922 -9% 1.909.877 -25%

Imóveis a Comercializar 1.695.817 1.868.671 -9% 1.442.019 17,6%

Outras Contas a Receber 271.319 184.842 47% 153.813 76%

Despesas Antecipadas e Outras 15.441 20.015 -23% 35.188 -56%

Terrenos destinados à venda 110.563 82.171 35% 114.847 -4%

4.690.892 5.195.046 -10% 5.679.907 -17%

Ativo Não-Circulante

Recebíveis de Clientes 384.821 355.292 8% 313.791 23%

Imóveis a Comercializar 816.525 633.137 29% 652.395 25%

Outros 219.308 273.351 -20% 274.136 -20%

1.420.654 1.261.780 13% 1.240.322 15%

Intangível 125.594 146.431 -14% 142.725 -12%

Investimentos 968.711 975.597 -1% 1.120.076 -14%

Ativo Total 7.205.851 7.578.854 -5% 8.183.030 -12%

Passivo Circulante

Empréstimos e Financiamentos 550.058 474.361 16% 590.386 -7%

Debêntures 504.387 390.439 29% 563.832 -11%

Obrigações com Terrenos e Clientes 490.605 492.293 0% 408.374 20%

Fornecedores e Materiais 95.131 83.467 14% 79.342 20%

Impostos e Contribuições 114.424 108.722 5% 216.625 -47%

Obrigação com Investidores 6.317 9.935 -36% 112.886 -94%

Outros 509.945 562.118 -9% 711.578 -28%

2.270.867 2.121.335 7% 2.683.023 -15%

Passivo Não-Circulante

Empréstimos e Financiamentos 847.367 955.558 -11% 1.047.924 -19%

Debêntures 684.712 1.010.811 -32% 857.386 -20%

Obrigações com Terrenos e Clientes 101.137 76.159 33% 79.975 26%

Impostos Diferidos 34.740 54.299 -36% 56.652 -39%

Provisão para Contingências 83.479 125.780 -34% 125.809 -34%

Obrigação com Investidores 4.713 7.145 -34% 10.794 -56%

Outros 120.433 98.630 22% 106.984 13%

1.876.581 2.328.382 -19% 2.285.524 -18%

Patrimônio Líquido

Patrimônio Líquido 3.055.345 3.106.916 -2% 3.190.724 -4%

Participação dos Minoritários 3.058 22.221 -86% 23.759 -87%

3.058.403 3.129.137 -2% 3.214.483 -5%

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 7.205.851 7.578.854 -5% 8.183.030 -12%

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Release de Resultados | 4T14

FLUXO DE CAIXA 4T14 4T13 12M14 12M13

Lucro Líquido (Prejuízo) antes dos impostos (3.750) 371.372 (28.450) 239.367

Despesas/receitas que não impactam capital de giro 112.586 (378.284) 305.056 (192.506)

Depreciações e Amortizações 19.933 24.441 61.647 63.014

Impairment 3.595 3.631 (6.089) 2.829

Baixa de ágio controlada 17.604 962 17.604 962

Despesas com plano de opções 6.429 3.704 34.006 17.419

Multa para atraso de obras (1.545) (20.302) (6.867) (21.719)

Juros e taxas não realizados, líquido 21.941 (20.427) 69.355 28.477

Equivalência Patrimonial (12.092) (1.536) (19.263) (7.370)

Reavaliação Alphaville - (375.853) - (375.853)

Alienação de ativo fixo 1.972 3.610 8.808 23.708

Provisão de garantia 6.181 (20.304) (839) (20.928)

Provisão por contingências 35.781 11.915 113.064 59.303

Provisão para distribuição de lucros 8.855 33.416 35.006 59.651

Provisão (reversão) para devedores duvidosos (4.954) (21.371) (14.616) (27.102)

Baixa de investimentos 5.748 - 5.748 -

Ganho / Perda de instrumentos financeiros 3.138 (170) 7.492 5.103

Clientes 98.738 208.874 391.625 260.557

Imóveis a venda (52.470) 45.679 (462.417) (189.968)

Outros recebíveis (22.413) 66.052 (11.574) 24.659

Despesas de vendas diferidas e Despesas antecipadas 4.573 6.977 19.743 26.497

Obrigações por aquisição de imóveis 23.289 (64.902) 103.392 (19.812)

Impostos e contribuições 5.703 (18.098) (26.088) (31.158)

Contas a pagar 11.664 (19.622) 15.789 (8.314)

Folha de pagamento, encargos e provisão para bônus (23.143) (10.608) (66.166) (47.517)

Outras contas a pagar (71.819) 58.395 (51.843) 217.684

Operações de conta corrente (33.694) (3.171) (37.732) 37.772

Impostos Pagos (6.434) (11.039) (109.442) (19.609)

Caixa Utilizado em Atividades Operacionais 42.830 251.624 41.893 297.651

Atividades de Investimento

Aquisição de propriedades e equipamentos (36.276) (20.643) (88.532) (80.993)

Resgate de títulos e valores mobiliários, cauções e créditos 3.229.662 (26.962) 5.617.231 3.681.342

Aplicação de títulos, valores mobiliários e créditos restritos (2.975.363) (1.275.027) (4.855.621) (4.674.281)

Aumento de Investimentos 40.560 (83.185) 29.026 (102.639)

Dividendos Recebidos (8.462) 327.431 49.849 342.176

Aquisição parcela remanescente de 20% em AUSA - - - (366.662)

Valor da venda de participação em AUSA - 1.254.521 - 1.254.521

Caixa utilizado em atividades de investimento 250.121 176.135 751.953 53.464

Atividades de Financiamento

Aumento de capital - 2 - 4.868

Contribuições de sócios de empreendimentos (6.050) (6.068) (112.650) (112.743)

Aumento empréstimos e financiamentos 155.431 546.156 822.123 1.783.183

Reembolso de empréstimo e financiamento (422.011) (976.155) (1.363.855) (2.134.555)

Recompra de ações (61.704) (31.369) (115.265) (71.339)

Dividendos Pagos (32.913) - (150.042) -

Produto da subscrição de participação acionária 12.434 - 12.434 (5.089)

Operações de mútuo 9.990 (19.758) 1.191 (32.449)

Alienação de ações em tesouraria - - 17.583 -

Resultado da alienação de ações em tesouraria - - (10.664) -

Caixa gerado por atividades de financiamento (344.823) (487.191) (899.145) (568.123)

Acréscimo (decréscimo) líquido em Disponibilidades (51.872) (59.432) (105.299) (217.008)

No início do período 161.767 274.625 215.194 432.201

No fim do período 109.895 215.193 109.895 215.193

Acréscimo (decréscimo) líquido em Disponibilidades (51.872) (59.432) (105.299) (217.008)

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Release de Resultados | 4T14

GLOSSÁRIO Baixa Renda

Unidades residenciais populares com preços inferiores a R$200 mil.

Fluxo de Caixa Operacional

Fluxo de caixa operacional (não contábil)

Land Bank

Banco de Terrenos que a Gafisa mantém para futuros empreendimentos, adquiridos em dinheiro ou por meio de permutas. Cada terreno adquirido pela Gafisa é analisado pelo nosso comitê de investimentos e aprovado pelo Conselho de Administração.

Lotes (Loteamento urbano)

Loteamentos com preço/m2 entre R$150 e R$600

Margem de Resultados a Apropriar

Equivalente a “Resultados a Apropriar” dividido pelas “Receitas a Apropriar” a serem reconhecidas em períodos futuros.

Método PoC

De acordo com o BR GAAP, as receitas, custos e despesas relacionadas a empreendimentos imobiliários, são apropriadas com base no método contábil do custo incorrido (“PoC”), medindo-se o progresso da obra pelos custos reais incorridos versus os gastos totais orçados para cada fase do empreendimento.

Permuta

Sistema de compra de terreno pelo qual o dono do terreno recebe em troca um determinado número de unidades ou percentual da receita do empreendimento a ser construído no mesmo.

Receitas de Vendas a Apropriar

As receitas a apropriar correspondem às vendas contratadas cuja receita é apropriada em períodos futuros, em função do andamento da obra e não no momento da assinatura dos contratos. Desta forma, o saldo de Receitas a Apropriar corresponde às receitas a serem reconhecidos em períodos futuros relativas a vendas passadas.

Recursos do SFH

Recursos do SFH são originados do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a dos depósitos de caderneta de poupança. Os bancos comerciais são obrigados a investir 65% desses depósitos no setor imobiliário, para a aquisição de imóvel por pessoa física ou para os incorporadores a taxas menores que o mercado comum.

Resultados de Vendas a Apropriar

Em função do reconhecimento de receitas e custos em função do andamento de obra (Método PoC) e não no momento da assinatura dos contratos, reconhecemos receitas e despesas de incorporação de contratos assinados em períodos futuros. Desta forma, o saldo de Resultados a Apropriar corresponde às receitas menos custos a serem reconhecidos em períodos futuros relativos a vendas passadas.

Venda Contratada

É cada contrato resultante de vendas de unidades durante certo período de tempo, incluindo unidades em lançamento e unidades em estoque. As vendas contratadas serão reconhecidas como receitas de acordo com andamento da obra (método PoC). Não existe uma definição de “vendas contratadas” dentro do BR GAAP.

VGV

Valor Geral de Vendas.

Sobre a Gafisa

A Gafisa é uma das principais empresas atuando na incorporação residencial diversificada no Brasil e atendendo a todos os segmentos demográficos do mercado brasileiro. Fundada há quase 60 anos, a companhia já concluiu e comercializou cerca de 1.100 empreendimentos e construiu mais de 12 milhões de metros quadrados de residências sob a marca Gafisa - mais do que qualquer outra incorporadora residencial no Brasil. Reconhecida como uma das construtoras residenciais administradas com maior profissionalismo, a Gafisa é também uma das marcas mais respeitadas por sua qualidade e consistência, e de maior prestígio entre compradores, corretores, financiadores, proprietários de terrenos, competidores e investidores. A empresa também detém a marca Tenda, voltada ao segmento de habitações destinadas à baixa renda, e uma participação de 30% em Alphaville, uma das mais importantes loteadoras de terrenos do País. As ações da Gafisa S.A. são negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa (BMF&BOVESPA:GFSA3) e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE:GFA).

Este release contém considerações futuras sobre as perspectivas do negócio, estimativas de resultados operacionais e financeiros e perspectivas de crescimento da Gafisa. Estas são apenas projeções e, como tais, baseiam-se exclusivamente nas expectativas da

Administração da Gafisa em relação ao futuro do negócio e seu contínuo acesso a capital para financiar o plano de negócios da Companhia. Tais considerações futuras dependem substancialmente de mudanças nas condições de mercado, de regras governamentais, pressões da concorrência, do desempenho do setor e da economia brasileira entre outros fatores sujeitos a mudanças sem aviso prévio.