defesa biolÓgica - medicina veterinária militar · para um cenário de ataque bioterrorista ......

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Page 1: DEFESA BIOLÓGICA - Medicina Veterinária Militar · para um cenário de ataque bioterrorista ... Após o atentado terrorista às Torres Gêmeas nos EUA, em 11 de setembro de 2001,
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DEFESA

BIOLÓGICA

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ALERTA

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OBJETIVOS

- Identificar possibilidades de ataque

Bioterrorista no Brasil.

- Levantar o Status da Biossegurança no

Brasil

- Apontar a necessidade de estar preparado

para um cenário de ataque bioterrorista

- Apresentar o perigo de Laboratórios domésticos

- Mostrar a necessidade de uma Equipe Especial de Saúde

- Mostrar a peculiaridade das Operações de Campo, necessárias à

contenção de um Ag Biológico

- Mostrar a necessidade de um Lab NBS 4

- Mostrar a necessidadese de atualizar a Doutrina de emprego do Sv

Sau, incluindo a defesa biológica

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SUMÁRIO

I – NTRODUÇÃO

Após o atentado terrorista às Torres

Gêmeas nos EUA, em 11 de setembro de

2001, o mundo despertou para a

possibilidade dos ataques terroristas se

repetirem. A motivação para os

atentados pode ser a mais variada

possível.

Possibilidades / Condicionantes: EstaturaGeopolítica, oportunidade, custo, efeitos, biossegurança.

A prevenção é extremamente difícil e as formas

para levar a termo um intento dessa natureza estão, hoje,

muito diversificadas e facilitadas, principalmente seconsiderarmos o uso de material biológico como arma.

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II - DESENVOLVIMENTO

- O que é DIYbio? Abreviatura de "do-it-

yourself“, isto é, do “faça-você-mesmo” ou os

“biohackers”. Ex: O virulogista Ron Fouchier,

na holanda, com furões.

- Porque é necessário um Lab NBS 4

- As FA serão chamadas a atuarem em uma situação dessa natureza, o

EB é a força singular de maior capilaridade

- Peculiaridade das atividades operacionais inerentes à contenção de

um Ag biológico

- Porque é necessário atualizar a Doutrina de Emprego do Sv Sau,

incluindo o tema defesa biológica

- O que já foi feito até agora?

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III - CONCLUSÃO

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ATAQUE BIOTERRORISTA

Uma possibilidade de uso de laboratório

doméstico (DIYbio) é representado pela Ricina.

A Ricina é uma proteína encontrada na

semente da mamona (Ricinus communis L.), sendo

considerada a mais potente e letal toxina vegetal.

Esta proteína é classificada no grupo das

RIPs que são um grupo especial de proteínas. As

(Ribosome-Inactivating-Proteins), ou proteínas

inativadoras de ribossomos.

As proteínas desse grupo após entrarem nas

células ligam-se aos ribossomos, paralisando a

síntese de proteínas e causando morte da célula.

Uma semente de mamona contém ricina

suficiente para levar uma criança a morte.

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Mamona

Segundo os especialistas, um grama de Ricina

pode matar 36 mil pessoas, e é considerada 500 vezes

mais potente que o veneno da cobra e 1,5 mil vezes mais

letal que o cianureto.

Um dos casos mais conhecidos de

envenenamento com Ricina foi o assassinato, em 1978,

do dissidente búlgaro Georgi Markov, de 49 anos, na

ponte de Waterloo de Londres. Markov morreu três dias

depois de ter sido atigindo pela ponta envenenada do

guarda-chuva de um desconhecido em um ponto deônibus.

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ALERTA

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BIOTERRORISMO

Uso de agentes biológicos

para causar dano ou morte

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BIOTERRORISMO

DANO

Dano de toda natureza: Social e

psicológico, político, econômico,

militar, saúde pública, Segurança

Nacional.

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BIOTERRORISMO

USO DA VERTENTE PSICOLÓGICA

PARA DISSEMINAR MEDO,

PÂNICO, DESCRENÇA NAS

AUTORIDADES, CONFUSÃO,

DESORDEM, DESOBEDIÊNCIA

CIVIL, CAOS E MORTE.

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Armas BiológicasOrganismo vivo, qualquer que seja a sua natureza, ou

material infectante derivado, que é utilizado com a

intenção de causar doença ou a morte de homens,

animais ou plantas, e cujos efeitos depende da sua

habilidade de se reproduzir dentro do organismo

infectado atacado. (UN A/7575, 1969).

Definição

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Efeito Retardado

Quando as autoridades forem alertadas

para a ocorrência de um Evento de

Emergência em Saúde, de natureza

biológica, o número de vítimas já

poderá ser expressivo,

sobrecarregando os sistemas de saúde.

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Custo Reduzido

Agentes biológicos que

podem ser produzidos a

baixo custo, com a utilizaçãode laboratórios caseiros.

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Conceitos

Incubação: período a partir do instante de infecção ao

aparecimento de sintomas da doença.

Infectante: período em que o indivíduo é capaz de infectar outros

indivíduos suscetíveis.

A duração dos sintomas da doença não é necessariamente

sincronizada com o período em que o indivíduo é infectante, ou

seja, o período em que o indivíduo é capaz de infectar outros

indivíduos suscetíveis. Além disso, um hospedeiro pode estar

infectado, mas ainda não ser infectante.

Latência: período em que o indivíduo se tornou infectado ao início

do período infectante.

Tempo de geração médio da infecção: soma do período medido

de latência ao período médio de infecção.

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Conceitos

EES: Evento de Emergência em Saúde

EFES: Evento Focal de Emergência em Saúde.

EMFES: Evento Multifocal de Emergência em Saúde.

R 0 (Taxa Básica de Reprodução do Patógeno): É definida

como o número de infecções secundárias produzidas por

cada indivíduo infectado. R 0 é então definido na seguinte

expressão:

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ConceitosRo = βcD

Onde “β” é a probabilidade média de sucesso

de infecção de um contactante, “c” o número

médio de susceptíveis expostos a um

indivíduo infectado durante o período médio

“D” da fase contagiosa.

Contágio Epidêmico segue a lei geral de ação

das massas, ou seja, a infecção se propaga

mais rapidamente quanto maior for a

concentração de indivíduos susceptíveis

expostos ao agente infeccioso.

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ConceitosSe R 0 > 1, o número de infectados crescerá

exponencialmente (cadeia de infecção),

gerando uma epidemia. Na poliomielite

antes do uso da vacina a R 0 = 5

Se R 0 < 1, a epidemia não se auto-sustenta

e tende a desaparecer;

Se Ro = 1, o patógeno persiste

endemicamente, porém de forma instável,

na população, podendo causar epidemias,

persistir ou se extinguir segundo as

flutuações de R 0 neste estado.

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Conceitos

CLASSES DE RISCO

- Classe de Risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade):

inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem

doenças em pessoas ou animais adultos sadios.

Exemplo: Lactobacillus sp.

- Classe de Risco 2 (moderado risco individual e limitado risco

para a comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam

infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de

propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente

é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e

profiláticas eficazes. Exemplo: Schistosoma mansoni.

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Conceitos

CLASSES DE RISCO

- Classe de Risco 3 (alto risco individual e moderado risco

para a comunidade): inclui os agentes biológicos que

possuem capacidade de transmissão por via respiratória e

que causam patologias humanas ou animais,

potencialmente letais, para as quais existem usualmente

tratamento e/ou prevenção. Representam risco se

disseminados na comunidade e no meio ambiente,

podendo se propagar de pessoa a pessoa, também pelo

contato com secreções e excrementos. Exemplo:

Influenza.

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Conceitos

CLASSES DE RISCO

- Classe de Risco 4 (alto risco individual e para a comunidade):

inclui os agentes biológicos com grande poder de

transmissibilidade por via respiratória, fômites ou de

transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma

medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções

ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de

alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na

comunidade e no meio ambiente. Exemplo: Vírus Ebola.

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Conceitos

NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS

- O Laboratório de Biossegurança Nível 1 (NBS 1) é o laboratório

onde são manipulados os microrganismos pertencentes a Classe de

Risco 1. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além

de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas

práticas laboratoriais.

- O Laboratório NBS 2 é o laboratório onde são manipulados os

microrganismos pertencentes a Classe de Risco 2. São os

laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de

diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o

uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica,

EPI(Equipamentos de Proteção Individual) e secundárias (desenho e

organização do laboratório).

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Conceitos

NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM

LABORATÓRIOS

- O Laboratório NBS 3 é o laboratório onde são manipulados os

microrganismos pertencentes a Classe de Risco 3, ou para

manipulação de grandes volumes e altas concentrações de

microrganismos da classe de risco 2. Para este nível de

contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2,

desenho e construção laboratoriais especiais. Deve ser mantido

controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das

instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber

treinamento específico sobre procedimentos de segurança para a

manipulação destes microrganismos.

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NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM

LABORATÓRIOS

- O Laboratório NBS 4, ou laboratório de

contenção máxima, destina-se a manipulação de

microrganismos da classe de risco 4, onde há o

mais alto nível de contenção, além de

representar uma unidade geográfica e

funcionalmente independente de outras áreas.

Esses laboratórios requerem, além dos

requisitos físicos e operacionais dos níveis de

contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção

(instalações, desenho, equipamentos de

proteção) e procedimentos especiais de

segurança.

Conceitos

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NBS 1 Classe I

Classe II

Classe III e [II]

Classe IV

NBS 2

NBS 3

NBS 4

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- Cia Esp Sau:

. Médicos, enfermeiros e outros profissionais com

treinamento em operações de campo para isolamento e

contenção de EES de natureza biológica, seja EFES ou

EMFES, pessoal de segurança para isolamento da área.

. A Cia Esp Sau deverá ter autonomia para coordenar,

juntamente com a Defesa Civil, Bombeiros, Polícias

Civil e Militar, Secretarias de Saúde estaduais e

municipais, as operações táticas necessárias para a

contenção de EFES/EMFES.

CONTENÇÃO E ISOLAMENTO DO FOCO

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Transporte aéreo da infra-estrutura necessária para o controle e contenção

do foco, bem como para pesquisa e tratamento da população atingida,

contando com o apoio da Marinha do Brasil com o emprego do navio hospital,

ou dos Hospitais de Campanha (H Cmp) do EB e da Força Aérea, se for o caso.

A infra-estrutura para este tipo de operação precisa estar disponível, pronta

para ser empregada, totalmente mobilizável, e que possa ser rapidamente

transportada e montada em tempo que permita a contenção e isolamento do

foco.

CONTENÇÃO E ISOLAMENTO DO FOCO

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Essas medidas impõem, também, o Emprego de Práticas Seguras para

Pacientes Hospitalizados e deve ser adequado a cada caso, para a proteção

do próprio pessoal de saúde.

Até que se estabeleça a natureza, etiologia, mecanismos de transmissão,

período de incubação, grau de morbidade e de letalidade, a base de

operações não deverá ser estabelecida nos hospitais da região, pelo grande

risco de disseminação.

CONTENÇÃO E ISOLAMENTO DO FOCO

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LABORATÓRIO NBS 4

. Infectologistas, microbiologistas,

geneticistas, biólogos moleculares,

especialistas em biossegurança;

Uma das piores consequências é o País ficar

na dependência tecnológica e cientifica de

instituições estrangeiras, e completamente

afastado do processo de construção do

conhecimento e das informações biológicas e

de biossegurança capazes de prepará-lo para

o enfrentamento de uma crise dessas

proporções.

Este conhecimento é necessário para planejar

as ações de prevenção de uma crise desta

natureza.

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A Infra-estrutura laboratorial com condições de

pesquisa, desenvolvimento e produção de

imunológicos e novos fármacos, no Brasil

também é deficitária. Em que pese o país viver um

período de ascensão em relação à produção de

imunológicos, isso ocorre com baixo valor

tecnológico agregado. A situação atual impõe a

pesquisa e o uso de novas tecnologias na

produção de imunológicos, com o objetivo de

aumentar a produção, obter produtos mais

potentes e mais específicos.

LABORATÓRIO NBS 4

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O investimento para possibilitar este desenvolvimento

passa necessariamente pela construção da infra

estrutura de, pelo menos, um Laboratório de Pesquisa

Biológica NBS 4. O retardo no desenvolvimento desta

área pode comprometer a segurança nacional.

LABORATÓRIO NBS 4

Essa medida é vital para evitar a remessa de amostras de

nossa biodiversidade para o exterior, para pesquisas,

compartilhando informações estratégicas e de

segurança, com entidades estrangeiras e com outros

estados.

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A aquisição, comercialização, distribuição e

uso de vacinas, antivirais e antimicrobianos

é uma situação que merece ser analisada

com mais atenção. Se o EFES/EMFES

estiver relacionado a uma pandemia, na qual

já se conheça o agente etiológico, a via de

transmissão, o período de incubação, o

genoma da cepa bacteriana ou do vírus, o

Brasil apresenta uma relativa capacidade de

produção de imunológicos e vacinas.

LABORATÓRIO NBS 4

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LABORATÓRIO NBS 4

Entretanto se no EES não se conhece

nada a respeito, a situação complica-

se exponencialmente.

Neste caso o País estaria

submisso aos centros internacionais

de referência para essa aquisição, se

houver disponibilidade, pois tais

centros priorizarão a sua

população.

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Além da necessidade do NBS4 para

produção de novos fármacos, compostos

imunológicos e vacinas, a sua existência é

imprencindível para o NBS3 adiquirido

recentemente pelo CTEx.

LABORATÓRIO NBS 4

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OPERAÇÕES DE CAMPO

Isolamento e contenção de Evento de Emergência em Saúde

(EES), de natureza biológica, seja Focal (EFES) ou Multifocal

(EMFES), exige a atuação de pessoal treinado para:

- Estabelecer um perímetro de segurança, destinar o lixo,

resíduos e até os cadáveres das vítimas letais.

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OPERAÇÕES DE CAMPO

- LEAS

- Pesquisa

- Inquérito epidemiológico

- Isolamento do foco (deve ser 100% seguro) com

perímetro de segurança e estabelecimento, bem

definido de Zona Quente onde o risco de

contaminação é muito grande (próximo a 100%),

Zona Morna onde esse risco é menor e Zona Fria

onde não existe o risco

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- Controle e limitação da entrada e saída da região afetada

- Tratamento e destinação dos dejetos e resíduos sólidos ou não,

oriundos da população atingida

- Tratamento da população atingida

- Estabelecimento de uma base de operações mais próximo

possível do foco isolado.

OPERAÇÕES DE CAMPO

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O QUE JÁ FOI FEITO?

- Portaria 204, do EME, de

14 de dezembro de 2012;

- Portaria Normativa nº 585/

MD de 7 de março de 2013;

- Portaria Nº 207-EME, de

14 de outubro de 2013.

- Nota de Coordenação Doutrinária nº 1/2013, do

Centro de Doutrina do Exército;

São portarias complementares:

A Port do EME fornece os

parâmetros, critérios e diretrizes

para operacionalizar as ações

de Defesa QBNR, a Port do MD

dá a formatação e estrutura do

planejamento estratégico.

Aprova a Diretriz de

Biossegurança, Bioproteção e

Defesa Biológica do Exército

(EB20-D-10.012).

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O QUE JÁ FOI FEITO?

- Disponibilização de um Fórum de debates pelo

Centro de Doutrina do Exército no sítio:

www.cdoutex.eb.mil.br/index.php/teste-forum; e

- Aquisição de Laboratório Móvel com Cabine NBS3,

pelo CTEx;

- Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (SNVS)

com destaque para o Centro de Informações

Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), que

inclui estruturas existentes nos 26 estados e no DF,

aos quais estão interligados os sistemas municipais

de Vigilância Epidemiológica (VE).

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CONCLUSÃO

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ARMAS BIOLÓGICAS

CAIXA DE PANDORA“Hoje em dia, abrir uma "caixa de Pandora" significa criar um mal que não pode ser desfeito”

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