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    Book 1.indb 419 10-05-2010 11:53:19

  • Book 1.indb 420 10-05-2010 11:53:19

  • DECRETO N. 35/09 DE 11 DE AGOSTOConselho de Ministros

    Publicado na I Srie do Dirio da Repblica n. 150 de 11 de Agosto de 2009

    Sumrio

    Procede regulamentao do Seguro Obrigatrio de Responsabilidade Civil Automvel institudo pelo artigo 10. da Lei n. 20/03 de 19 de Agosto Lei de Bases dos Transportes Terrestres.

    Contedo

    A frequncia e a relevncia que assume a sinistralidade decorrente de acidentes de viao no podem deixar de merecer uma cautela especial de forma a assegurar a preser-vao do conforto dos cidados e da sua qualidade de vida.Numa linha de tomada de conscincia mais forte dos direitos e dos valores da pessoa humana e da proteco das vtimas, urge assegurar que todos aqueles cujos interesses foram lesados pela conduta de outrem tenham garantia de efectiva reparao, sem estarem dependentes da capacidade financeira do causador.Tornando-se premente que se estabelea a obrigatoriedade da garantia financeira da responsabilidade civil originada pela circulao terrestre de veculos a motor, convindo tambm garantir o ressarcimento dos sinistrados em situaes de ausncia de seguro e outras especficas atravs de um instrumento especializado que o Fundo de Garantia Automvel, criado em diploma prprio.Tendo em conta o estabelecido no artigo 10. da Lei n. 20/03 de 19 de Agosto, Lei de Bases dos Transportes Terrestres;Nos termos da alnea d) do artigo 112. e do artigo 113., ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte:

    SEGURO OBRIGATRIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL AUTOMVEL

    CAPTULO IOBJECTO E MBITO DO SEGURO OBRIGATRIO

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 421

    Book 1.indb 421 10-05-2010 11:53:20

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ARTIGO 1.(Objecto)

    O presente decreto procede regulamentao do Seguro Obrigatrio de Responsabilidade Civil Automvel, institudo pelo artigo 10. da Lei n. 20/03 de 19 de Agosto, Lei de Bases dos Transportes Terrestres, e fixa as regras e procedi mentos a observar pelos vrios intervenientes com vista satisfao da responsabilidade civil automvel.

    ARTIGO 2.(Obrigao de segurar)

    1. Toda a pessoa que possa ser civilmente responsvel pela reparao de danos patrimoniais e no patrimoniais decorrentes de leses corporais ou materiais causados a terceiros por um veculo terrestre a motor, seus reboques ou semi-reboques, velocpedes e bicicletas deve, para que esses veculos possam circular, encontrar-se nos termos do presente diploma, coberta por um seguro que garanta essa mesma responsabilidade.

    2. A obrigao referida no nmero anterior abrange, tambm, a cobertura referida no n. 2 do artigo 7. do presente diploma e no se aplica aos responsveis pela circulao dos veculos de caminho de ferro.

    3. Os responsveis pela circulao de mquinas, tractores, reboques e semi-reboques destinados exclusivamente a servios agrcolas, desde que circulem na via pblica primria, secundria ou em qualquer rea citadina, fora do local de produo, esto obrigados ao seguro obrigatrio referido no n. 1.

    ARTIGO 3.(Sujeitos da obrigao de segurar)

    1. A obrigao de segurar impende sobre o proprietrio do veculo, exceptuando-se os casos de usufruto, venda com reserva de propriedade e regime de locao financeira, em que a referida obrigao recai, respectivamente, sobre o usufruturio, adquirente ou locatrio.

    2. Se qualquer outra pessoa celebrar, relativamente ao veculo, contrato de seguro que satisfaa o disposto no presente diploma, fica suprida, enquanto o contrato produzir efeitos, obrigao das pessoas referidas no nmero anterior.

    3. Esto ainda obrigados os garagistas, oficinas e estabelecimentos licenciados, bem como quaisquer pessoas ou entidades que habitualmente exercem a actividade de fabrico, montagem ou transformao, de compra e/ou venda, de reparao, de desempanagem ou de controlo do bom funcionamento de veculos, a segurar a responsabilidade civil em que incorrem quando utilizem, por virtude das suas funes, os referidos veculos no mbito da sua actividade profissional.

    ARTIGO 4.(Sujeitos isentos da obrigao de segurar)

    1. O rgos do Estado Angolano, os titulares dos cargos polticos e os membros do Governo, no uso de viaturas propriedade do Estado, esto isentos da obrigao de segurar sem prejuzo de, facultativamente, por despacho do respectivo Ministro ou

    422 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 422 10-05-2010 11:53:20

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    da tutela, com recursos prprios ou devidamente oramentados e cabimentados, os organismos e servios a nvel nacional, provincial ou local poderem efectuar o seguro.

    2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, as viaturas do Estado distribudas para uso pessoal, permanente e regular no esto abrangidas pela iseno de segurar.

    3. As viaturas do Estado distribudas a ttulo de uso pessoal, permanente e regular no esto abrangidas pela presente iseno, salvo as afectas aos titulares e membros referidos no n. 1.

    4. As pessoas ou entidades isentas de segurar respondem, nos termos gerais e no do presente diploma, naquilo que for aplicvel.

    5. Os sujeitos isentos da obrigao de segurar, conforme n.os 1 e 2 do presente artigo, devem fazer prova da iseno, atravs de certificado modelo Anexo 1-A, parte integrante do presente decreto, a emitir pelos respectivos servios, e apor um dstico, no vidro pra-brisas do lado oposto ao do condutor, que identifique nomeadamente a situao de iseno, a entidade responsvel, o nmero da matrcula do veculo e sua validade com ou sem limite, conforme modelo includo no mesmo anexo n. 1-A.

    6. As entidades referidas no nmero anterior devem, no incio de cada ano, fazer publicar em jornal oficial de maior tiragem e afixar nos respectivos servios os referidos certificados de iseno.

    ARTIGO 5.(mbito territorial do seguro)

    1. O seguro obrigatrio estabelecido nos termos do presente diploma abrange todo o territrio nacional.

    2. Nas sedes de provncias onde no haja qualquer representao das seguradoras, estas devem proceder execuo do presente diploma atravs de correspondentes e/ou de agentes, sob pena de incorrerem em transgresso punvel nos termos do artigo 31. do presente diploma.

    3. O seguro obrigatrio pode tambm abranger a responsabilidade civil decorrente da circulao de veculos nos territrios de outros estados subscritores da Carta Amarela, desde que tenham sido implementados e estabelecidos os mecanismos de funcionamento dos competentes gabinetes nacionais, responsveis pela sua administrao, controlo e regularizao dos saldos relativos reparao de danos.

    ARTIGO 6.(Veculos matriculados ou registados no estrangeiro)

    1. Os veculos provenientes de outros estados e que no tenham um certificado da Carta Amarela, vlido para o perodo de permanncia, devem ser seguros na fronteira, atravs de seguradoras licenciadas para operarem em Angola.

    2. As disposies regulamentares relativas instituio e ao funcionamento em Angola do Gabinete Nacional associado Carta Amarela so estabelecidas por decreto exe cutivo conjunto dos Ministros das Finanas, das Relaes Exteriores e dos Transportes.

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 423

    Book 1.indb 423 10-05-2010 11:53:20

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    3. O Gabinete Nacional referido no n. 2 funciona junto da Associao de Seguradoras com base em convnios entre as mesmas, a homologar no mbito das disposies referidas no n. 2 do presente artigo.

    ARTIGO 7.(mbito da cobertura)

    1. O seguro de responsabilidade civil previsto no artigo 2. garante a obrigao de indemnizar os danos patrimoniais e no patrimoniais decorrentes de leses corporais ou materiais causados a terceiros, nos termos da lei civil, at ao montante do capital obrigatoriamente seguro por sinistro e por veculo causador e relativamente aos danos emergentes de acidentes no excludos no presente diploma.

    2. Esto tambm abrangidos pelo seguro previsto no artigo 2. e at ao montante obrigatoriamente seguro a prestao de primeiros socorros aos condutores e ajudantes do prprio veculo seguro, quando se deslocam para outros estados, sem prejuzo de, satisfeito o pagamento da assistncia, a seguradora ter direito de regresso contra terceiros responsveis.

    ARTIGO 8.(Actos dolosos)

    O seguro garante tambm a responsabilidade civil resultante de actos dolosos dispondo, neste caso, o segurador do direito de regresso contra o responsvel pelo sinistro.

    ARTIGO 9.(Capital seguro)

    1. O capital obrigatoriamente seguro deve ser contratado pelas quantias fixadas na tabela constante do Anexo n. 2 a este diploma, do qual parte integrante.

    2. Fora dos respectivos limites fixados na mesma, as garantias so facultativas e conjugam-se com a tabela de prmios estabelecida no presente diploma.

    3. Se existirem vrios lesados com direito a indemnizaes que, na sua globalidade, excedam o montante do capital seguro, os seus direitos reduzem-se proporcionalmente at concorrncia daquele montante.

    4. A liquidao a um lesado de uma indemnizao de valor superior que lhe competiria nos termos do nmero anterior, feita de boa-f e por desconhecimento da existncia de outras pretenses, no obriga para com os outros lesados seno at concorrncia da parte restante do capital seguro.

    ARTIGO 10.(Pessoas cuja responsabilidade garantida pelo seguro)

    1. O seguro garante a responsabilidade civil do tomador do seguro, dos sujeitos da obrigao de segurar previstos no artigo 3. e a dos seus legtimos detentores e condutores do veculo.

    2. Nos casos de roubo, furto ou furto de uso do veculo e de acidentes de viao dolosamente causados, o seguro garante a responsabilidade devida pelos respectivos autores, cmplices ou encobridores, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte.

    424 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 424 10-05-2010 11:53:20

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    3. O seguro no garante a responsabilidade das pessoas referidas no nmero anterior para com o proprietrio, usufruturio ou locatrio em regime de locao financeira, nem para com os autores ou cmplices ou para com os passageiros transportados que tivessem conhecimento da posse ilegtima do veculo e de livre vontade nele fossem transportados.

    ARTIGO 11.(Excluses da garantia do seguro)

    1. Excluem-se da garantia do seguro os danos causados, em consequncia de acidentes, s pessoas a seguir indicadas:a) condutor do veculo e/ou titular da aplice e demais sujeitos da obrigao de

    segurar, salvo no caso do n. 2 do artigo 7.;b) cnjuge, ascendentes, descendentes ou adoptados das pessoas referidas na

    alnea anterior, assim como outros parentes ou afins at ao terceiro grau da linha colateral das mesmas pessoas mas, neste ltimo caso, s quando com elas coabitem ou vivam a seu cargo;

    c) scios e representantes legais das pessoas colectivas ou sociedades responsveis pelo acidente e respectivos familiares, nos termos da alnea b);

    d) aos passageiros transportados em contraveno s regras relativas ao transporte de passageiros constantes do Cdigo de Estrada.

    2. Excluem-se igualmente, mesmo que a obrigao de segurar abranja os danos decorrentes de leses materiais, os danos causados:a) no prprio veculo seguro ou em coisas nele transportadas;b) aos bens transportados no veculo seguro, durante o transporte ou em

    consequncia de operaes de carga ou descarga, salvo se tais bens forem pertena de passageiros transportados em transportes colectivos de passageiros;

    c) danos de qualquer natureza causados a terceiros, em consequncia de operaes de carga ou descarga;

    d) por efeito directo ou indirecto de exploso, libertao de calor e radiao provenientes de desintegrao ou fuso de ncleos de tomos, acelerao artificial de partculas ou radioactividade.

    ARTIGO 12.(Seguro de provas desportivas)

    1. No podem ser autorizadas a realizao de quaisquer provas desportivas de veculos terrestres a motor e respectivos treinos sem que tenha sido efectuado seguro que garanta a responsabilidade civil dos organizadores, dos proprietrios dos veculos e dos seus detentores e condutores pelos danos causados por esses veculos.

    2. Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, excluem-se da garantia do seguro previsto no nmero anterior os danos causados aos participantes e aos veculos por estes utilizados, bem como entidade organizadora e pessoal ao seu servio.

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 425

    Book 1.indb 425 10-05-2010 11:53:20

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    CAPTULO IICONTRATO DE SEGURO E DA PROVA

    ARTIGO 13.(Contratao do seguro obrigatrio)

    1. No ramo automvel so obrigatoriamente contratados os seguros nos precisos termos previstos no presente diploma e nas condies contratuais e tarifrias em vigor, sem prejuzo do disposto na alnea b) do n. 2 do artigo 32. do presente diploma.

    2. Sem prejuzo da natureza de tarifa uniforme podem as seguradoras submeter para aprovao, ao Instituto de Superviso de Seguros, uma tarifa prpria detalhando as condies concretas da sua explorao, nomeadamente sobre a natureza, categorias, classes e tipos de viaturas, desde que no contrariem os fundamentos previstos na legislao aplicvel de seguros, dos transportes e do Cdigo de Estrada, nem ultrapassem os limites de prmio constantes das tabelas 2-A e 2-B fixadas no presente decreto.

    3. Nos termos previstos no nmero anterior, pode a seguradora prever a reduo das taxas constantes das tarifas para os locais de menor risco, apresentando tarifas prprias nos termos regulamentares.

    4. Mediante conveno expressa no contrato de seguro sobre os riscos I e II, pode ser estabelecida uma franquia pela qual fica a cargo do tomador de seguro uma parte da indemnizao devida a terceiros, no sendo, porm, esta limitao de garantia oponvel aos lesados ou aos seus herdeiros.

    ARTIGO 14.(Seguros recusados)

    1. Compete ao Instituto de Superviso de Seguros, por solicitao do interessado, estabelecer as condies em que o risco deva ser aceite sempre que todas as seguradoras a explorar o ramo automvel se recusem a celebrar, renovar ou modificar um contrato de seguro nos termos do presente diploma ou s o faam mediante um prmio ou condies consideradas inaceitveis pelo interessado.

    2. Cada seguradora que recuse a celebrao, renovao ou modificao do contrato de seguro deve comunicar a sua deciso por escrito ao segurado, justificando os motivos da recusa.

    3. Caso um dos motivos da recusa pela seguradora seja uma contraveno do segurado a qualquer diploma, nomeadamente sobre os transportes ou outros, deve a seguradora informar s instncias competentes, no sendo consequentemente aplicado o n. 5 deste artigo.

    4. A seguradora no pode invocar como motivo de recusa a aplicao da tabela de prmios.

    5. Compete ao Instituto de Superviso de Seguros indicar a seguradora que fica obrigada a aceitar o referido seguro nas condies por si definidas, de forma

    426 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 426 10-05-2010 11:53:21

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    rotativa, sob pena de lhe ser suspensa a explorao do ramo automvel por um perodo de seis meses a trs anos.

    6. Os critrios de escolha da seguradora, bem como os de repartio do risco pelas seguradoras e a forma de determinao dos resultados, devem ser definidos por aviso instrutivo ou circular do Instituto de Superviso de Seguros.

    ARTIGO 15.(Alienao do veculo)

    1. Todas as entidades que exeram a actividade de venda de veculos devem exigir ao comprador o comprovativo do respectivo seguro celebrado, no acto de levantamento.

    2. No caso de alienao de viatura segurada o contrato de seguro cessa os seus efeitos s 24 horas do prprio dia de alienao do veculo salvo se, antes dessa hora, for utilizado para segurar outro veculo do alienante.

    3. O titular da aplice deve avisar, no prazo de 24 horas, a seguradora da alienao do veculo.

    4. Na falta de cumprimento da obrigao prevista no nmero anterior, o titular da aplice perde o direito ao estorno do prmio relativo ao perodo entre o momento da alienao do veculo e o termo da anuidade do seguro.

    5. O aviso previsto no n. 3 deste artigo deve ser acompanhado do certificado provisrio de seguro ou do carto de responsabilidade civil a que se refere o artigo 20..

    ARTIGO 16.(Pagamento do prmio)

    1. Ao pagamento do prmio do contrato de seguro e as consequncias pelo seu no pagamento aplicam-se s condies constantes do diploma sobre o contrato de seguro, conjugadas com as demais condies de funcionamento das seguradoras no mbito dos procedimentos sobre a anulao e suspenso das garantias do seguro.

    2. Os encargos estabelecidos no sistema de tarifas devem constar no recibo emitido pela seguradora.

    ARTIGO 17.(Oponibilidade de excepes aos lesados)

    Para alm das excluses ou anulabilidades que sejam estabelecidas no presente diploma, a seguradora apenas pode opor aos lesados a cessao do contrato nos termos do n. 2 do artigo 15. ou a sua resoluo ou nulidade, nos termos da legislao aplicvel, desde que anteriores data do sinistro.

    ARTIGO 18.(Acidentes de viao e de trabalho)

    Quando o acidente for simultaneamente de viao e de trabalho aplicam-se as disposies deste diploma, em conjugao com as disposies constantes do Decreto n. 53/05, de 15 de Agosto, que aprova o Regime Jurdico dos Acidentes de Trabalho

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 427

    Book 1.indb 427 10-05-2010 11:53:21

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    e Doenas Profissionais.

    ARTIGO 19.(Direito de regresso da seguradora)

    Satisfeita a indemnizao, a seguradora apenas tem o direito de regresso nos seguintes casos:

    a) contra o causador do acidente que o tenha provocado dolosamente;b) contra o condutor, se este no estiver legalmente habilitado ou tiver agido sob

    influncia de lcool, estupefacientes ou outras drogas ou produtos txicos ou quando haja abandonado o sinistrado;

    c) contra o responsvel civil por danos causados a terceiros em virtude de queda de carga decorrente de deficincia de acondicionamento;

    d) contra os autores, cmplices de furto, roubo e furto de uso do veculo causador do acidente.

    ARTIGO 20.(Prova do seguro)

    1. Constituem documentos comprovativos da realizao do seguro, o certificado de responsabilidade civil ou o certificado provisrio do seguro, quando vlidos, bem como a Carta Amarela, certificado internacional de seguro, vlidos para o perodo de circulao em territrio nacional e garantindo as responsabilidades obrigatoriamente seguras, para os veculos provenientes de outros estados subscritores.

    2. O certificado de responsabilidade civil referido no nmero anterior , mediante o pagamento do prmio, emitido pela seguradora no prazo mximo de 60 dias, a contar da celebrao do contrato e renovado no momento do pagamento do prmio ou fraces seguintes, sem prejuzo de, enquanto o no emitir, dever facultar ao segurado um certificado provisrio de seguro.

    3. O certificado de responsabilidade civil e o certificado provisrio de seguro contm, obrigatoriamente, o nmero de certificado, o nome e morada do tomador do seguro, o perodo de validade, a marca do veculo, o nmero de matrcula e de chassis/quadro, bem como, relativamente ao certificado de responsabilidade civil, o nmero da aplice, conforme modelo anexo 1-B.

    4. Os certificados de responsabilidade civil e os certificados provisrios emitidos pelas seguradoras, comprovativos de contratos de seguro de que sejam titulares as pessoas referidas no n. 3 do artigo 3., contm obrigatoriamente o nmero de certificado, o nome e morada do tomador do seguro, as categorias de veculo para que o seguro seja eficaz, a data limite de validade, o nmero da carta de conduo e o nome do seu titular, bem como, no caso dos certificados de responsabilidade civil, o nmero da aplice ou conforme modelo Anexo 1-B.

    5. A Carta Amarela, certificado internacional de seguro, emitido por entidade de outros pases subscritores, tido pelos tribunais e pelas autoridades administrativas e de fiscalizao angolanas, como aplices de seguros legalmente emitidas para produzirem efeitos em Angola.

    428 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 428 10-05-2010 11:53:21

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    6. Nos veculos terrestres a motor obrigados ao seguro e matriculados em Angola, deve ser aposto um dstico no vidro pra-brisas do lado oposto ao do condutor, emitido pela seguradora, que identifique, nomeadamente, a seguradora, o nmero da aplice, a matrcula, marca do veculo e a validade do seguro, conforme modelo Anexo 1-C, do tamanho 10,5cm x 7,5cm.

    7. O modelo anexo 1-C remetido anualmente, por cada seguradora, Direco Nacional de Viao e Trnsito, para apreciao e depsito, no prazo de 15 dias, aps o qual deve ser considerado definitivo.

    ARTIGO 21.(Inspeco de veculos)

    A seguradora deve exigir o certificado de inspeco do veculo, emitido ou certificado pela Direco Nacional de Viao e Trnsito ou outra entidade competente, quer na decorrncia do contrato, quer no momento da sua renovao, de conformidade com a legislao em vigor sobre a matria.

    CAPTULO IIINORMAS PROCESSUAIS

    ARTIGO 22.(Legitimidade das partes e outras regras)

    1. As aces destinadas efectivao da responsabilidade civil decorrente de acidente de viao, quer sejam exercidas em processo civil, quer sejam em processo penal e, em caso de existncia de seguro, devem ser deduzidas obrigatoriamente contra a seguradora e o civilmente responsvel.

    2. Nas aces referidas no nmero anterior pode a seguradora, se assim o entender, fazer intervir o tomador do seguro.

    3. Quando, por razo no imputvel ao lesado, no for possvel determinar qual a seguradora, aquele tem a faculdade de demandar directamente o civilmente responsvel.

    4. O demandado pode exonerar-se da obrigao referida no nmero anterior se justificar que outro o possuidor ou detentor e o identificar, caso em que este notificado para os mesmos efeitos.

    5. Constitui contraveno, punida com multa, a omisso do dever de indicar ou de apresentar documento que identifique a seguradora que cobre a responsabilidade civil rela tiva circulao do veculo interveniente no acidente no prazo fixado pelo tribunal.

    6. As aces destinadas efectivao da responsabilidade civil decorrente de acidente originado por veculos sujeitos obrigao de segurar, quando o responsvel seja conhecido e no beneficie de seguro vlido ou eficaz, devem obrigatoriamente ser interpostas contra o Fundo de Garantia Automvel, sem prejuzo do n. 7 do presente artigo e contra o responsvel civil, sob pena de ilegitimidade.

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 429

    Book 1.indb 429 10-05-2010 11:53:21

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    7. As excluses previstas no n. 2 do artigo 11. so tambm excluses aplicveis ao Fundo de Garantia Automvel.

    8. Nas aces referidas no n. 1 que sejam exercidas em processo cvel, permitida a reconveno contra o autor e a sua seguradora.

    ARTIGO 23.(Indemnizao provisria)

    1. O juiz em processo civil ou penal pode, ouvidas as partes, sem dependncia de cauo, decretar a favor do lesado uma indemnizao provisria, sob a forma de renda mensal a imputar na liquidao definitiva do dano e, dentro das quantias do capital obrigatoriamente seguro, nunca para alm de 4/5 do seu provvel valor.

    2. A indemnizao provisria s concedida desde que se verifique uma situao de necessidade resultante do acidente e existam fortes indcios de responsabilidade do condutor.

    3. Pode haver novo pedido de indemnizao provisria no decurso do processo.4. O despacho que atribuir uma indemnizao provisria pode ser revogado pela

    deciso que apreciar o mrito da causa.5. No caso de existir processo crime sujeito a foro especial, a indemnizao provisria

    pode ser requerida ao tribunal cvel competente.

    ARTIGO 24.(Repetio da indemnizao provisria)

    1. No se deduzindo acusao no processo penal, quando esta no for recebida ou se extinguir a aco penal, no deve haver nova indemnizao provisria se, no prazo de 60 dias, no for proposta aco cvel.

    2. A indemnizao, a que se refere o n. 1 do presente artigo, tambm no deve ser repetida quando, por negligncia do autor, o processo cvel estiver parado por mais de 180 dias ou, sendo o ru absolvido da instncia, o requerente, em igual prazo, no propuser nova aco.

    3. A repetio das indemnizaes provisrias verifica-se at aos limites previstos no n. 1 do artigo 23..

    4. O despacho de absteno que no receber a acusao ou que declarar extinta a aco penal, deve ser notificado aos lesados, contando-se o prazo referido no nmero anterior a partir da respectiva notificao.

    5. O disposto no n. 1 no obsta a que, em aco cvel posteriormente intentada ou na mesma aco, se atribua nova indemnizao provisria e se dispense o lesado da restituio das quantias por ele j recebidas.

    6. A deciso final, quando no decretar qualquer indemnizao ou atribuir indemnizao inferior provisoriamente estabelecida, deve condenar sempre o lesado a restituir o que for devido.

    CAPTULO IVFISCALIZAO E PENALIDADES

    430 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 430 10-05-2010 11:53:22

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ARTIGO 25.(Licenciamento para circulao)

    1. Os veculos abrangidos pelo n. 1 do artigo 2. s podem circular em territrio nacional desde que se encontre satisfeita a obrigao de segurar, estabelecida no presente diploma.

    2. As licenas dos veculos pesados de transporte colectivo de passageiros ou de mercadorias e de quaisquer veculos de aluguer, no podem ser emitidas sem que o respectivo interessado apresente aplice de seguro que abranja as coberturas obrigatrias.

    ARTIGO 26.(Meios de controlo)

    1. Os condutores ou pessoas sobre as quais impende a obrigao de segurar devem exibir o respectivo documento comprovativo da efectivao do seguro, sempre que para tal sejam solicitados pelas autoridades competentes.

    2. Nas operaes de fiscalizao rodoviria levadas a efeito pelas autoridades competentes deve, conjuntamente com os documentos legalmente exigveis para a conduo e circulao de veculos automveis, ser exigida a exibio de qualquer dos documentos comprovativos da celebrao do seguro referidos no artigo 20..

    ARTIGO 27.(Apreenso do veculo)

    1. A no apresentao, nos termos do artigo anterior, do documento comprovativo da realizao do seguro at oito dias a contar da data em que foi solicitada, determina a apreenso do veculo, que se mantm enquanto no for feita a prova da efectivao do contrato de seguro perante a entidade que ordenou a apreenso.

    2. Em caso de acidente, a falta de exibio do documento comprovativo da realizao do seguro implica a imediata apreenso do veculo pela autoridade ou agente da autoridade que tomou conta da ocorrncia.

    3. A apreenso mantm-se at que seja feita prova, nos termos do n. 1 do presente artigo, da existncia, data do sinistro, do contrato de seguro, ou at prestao de cauo pelo montante das quantias mnimas do seguro ou at ao pagamento da indemnizao devida.

    4. Quando o pagamento for efectuado pelo Fundo de Garantia Automvel, a apreenso do veculo mantm-se at ao seu integral ressarcimento pelas quantias e despesas efectuadas.

    5. Se, decorrido um ano aps haver indemnizado o lesado, o Fundo de Garantia Automvel no se encontrar ressarcido das quantias e despesas efectuadas, assiste-lhe, quando o veculo apreendido for propriedade do responsvel civil, o direito a ser, at ao montante dispendido, ressarcido atravs da receita resultante da venda do veculo, a efectuar em leilo, nos termos da regulamentao em vigor. No caso da venda ser superior ao referido montante a ressarcir, o diferencial reembolsvel a favor do proprietrio do veculo.

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 431

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  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    6. No assiste ao Fundo de Garantia Automvel o direito referido no nmero anterior, quando o veculo for susceptvel de vir a ser declarado perdido a favor do Estado ou prejudique inqurito ou instruo a correr em processo penal, por o veculo ter servido como instrumento do crime.

    7. O disposto nos nmeros anteriores no se aplica aos seguros previstos no n. 3 do artigo 3.

    ARTIGO 28.(Entidades fiscalizadoras)

    O cumprimento das obrigaes estabelecidas neste diploma assegurado pelas autoridades e agentes competentes para fiscalizar o transporte e trnsito rodovirios.

    ARTIGO 29.(Contravenes e repartio das multas)

    1. Incorre em sano de multa em Kwanzas equivalente de UCF=283 a UCF=377 a circulao de veculo abrangido pelo regime de seguro obrigatrio desacompanhado do competente documento comprovativo da realizao do seguro.

    2. Incorre em sano de multa em Kwanzas equivalente de UCF=330 a UCF=406 a colocao em circulao ou o mero consentimento dado para o efeito de veculo relativamente ao qual se no tenha efectuado, nos termos do presente diploma, o seguro de responsabilidade civil que da sua circulao resultar.

    3. Sem prejuzo dos nmeros anteriores, incorre em sano de multa em Kwanzas equivalente de UCF=377 a UCF=462 a falta de apresentao, no prazo de oito dias. do documento comprovativo da realizao do seguro pelo obrigado ao seguro, aps notificao pelas autoridades a quem competir a respectiva fiscalizao.

    4. Incorre em sano de multa em Kwanzas equivalente de UCF=453 a UCF=547 o uso indevido do documento comprovativo da realizao do seguro, nomeadamente por falsificao.

    5. As multas aplicadas no mbito do presente diploma revertem 40% a favor da Conta nica do Tesouro, 20% para o Fundo de Garantia Automvel, 20% para o Fundo Rodovirio e os restantes 20% ou para a Direco Nacional de Viao e Trnsito ou para a Direco Nacional das Alfndegas, conforme qual destas duas entidades autuar no caso, nos termos da legislao em vigor.

    ARTIGO 30.(Documentos autnticos)

    O certificado provisrio de seguro e o certificado de res ponsabilidade civil, bem como a Carta Amarela, so consi derados documentos autnticos, pelo que a sua falsificao ou utilizao dolosa punida nos termos do Cdigo Penal, sem prejuzo de disposies regulamentares sobre o valor probatrio dos documentos de seguro acima referenciados, que possam vir a ser aprovados pelo Conselho de Ministros.

    ARTIGO 31.(Sanes aplicveis s seguradoras)

    As transgresses, por parte das seguradoras, s disposi es legais e regulamentares sobre

    432 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 432 10-05-2010 11:53:22

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    o seguro obrigatrio de responsabilidade civil automvel so punveis nos termos dos preceitos aplicveis s transgresses relativas ao exerccio da actividade seguradora, estabelecidas em diploma sobre a matria.

    CAPTULO VDISPOSIES FINAIS

    ARTIGO 32.(Condies uniformes e suas alteraes)

    1. So aprovadas as condies da aplice uniforme, conforme Anexo n. 3, parte integrante deste diploma.

    2. Relativamente ao Sistema de Tarifas em vigor, se estabelece o seguinte:a) as regras da tarifa relacionada com a responsabilidade civil automvel passam

    condio obrigatria no mbito do presente diploma, do qual faz parte integrante;

    b) entrando em vigor as tabelas de prmios de responsabilidade civil constantes dos Anexos 2-A e 2-B, que so parte integrante deste decreto, conforme o n. 2 do artigo 9., ficam nulas e de nenhum efeito todas as que as contrariem;

    c) aos prmios estabelecidos nos Anexos 2-A e 2-B so apenas imputveis as taxas de encargos destinadas ao ramo automvel, bem como as taxas fiscais e parafiscais previstas no Sistema de Tarifas em vigor, no podendo a seguradora imputar outros encargos e custos de gesto corrente, sem prejuzo da oportunidade ou no de aplicar a taxa de actualizao para sua margem de segurana, em conformidade com a legislao em vigor;

    d) os limites de capital e os prmios fixados em UCF nas tabelas do presente diploma apenas se alteram de acordo com o n. 3 deste artigo, variando apenas o correspondente na moeda nacional de acordo com a respectiva data.

    3. Compete ao Ministro das Finanas aprovar as alteraes ou revises das condies da aplice uniforme, tarifas e tabelas do ramo automvel adaptadas ao presente diploma legal, proceder s alteraes sobre o sistema de pagamento de prmios no mbito especfico do presente diploma, bem como sobre os limites do capital seguro estipulados no artigo 9. e sua tabela anexa, por sua iniciativa ou do conjunto das seguradoras em qualquer oportunidade, sempre que conveniente, ouvido o Instituto de Superviso de Seguros.

    ARTIGO 33.(Comisses de mediao)

    Nos limites do capital mnimo do seguro obrigatrio de responsabilidade civil automvel, no devem ser pagas pelas seguradoras comisses de intermediao, nos termos do diploma sobre a mediao e corretagem de seguro directo.

    ARTIGO 34.(Centro de dados)

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  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    1. O rgo competente do Ministrio do Interior, em colaborao com a Direco Nacional dos Transportes Rodovirios e com a Associao de Seguradoras, deve monitorar o centro de dados, com o apoio de recursos financeiros das seguradoras com base em protocolos.

    2. O referido centro de dados contm:a) Ficheiro Nacional de Condutores e de Cartas de Conduo;b) Ficheiro Nacional de Matrculas;c) Ficheiro Nacional de Sinistros e Fraudes Automveis.

    3. O Instituto de Superviso de Seguros, a Direco Nacional de Transportes Rodovirios e as seguradoras tm acesso directo ao referido centro de dados, bem como a obrigao de fornecerem informao para a sua manuteno e actualizao permanente.

    4. Os dados apurados no referido centro, referentes alnea c) do n. 2, no derrogam os indicadores tcnicos e estatsticos apresentados pelo Instituto de Superviso de Seguros, atravs do sistema de informaes obrigatrias e peridicas implantado para controlo da actividade seguradora.

    ARTIGO 35.(Relao com a legislao sobre o contrato de seguro)

    1. Em tudo o que no se revele incompatvel com o regime definido neste diploma so aplicveis as disposies do Decreto n. 2/02 de 11 de Fevereiro, sobre o Contrato de Seguro.

    2. No mbito dos estornos devidos pela resoluo antecipada dos contratos de seguro, prevalece o estabelecido no n. 4 do artigo 12. do Decreto n. 2/02 de 11 de Fevereiro, relativamente ao prmio total para o clculo dos estornos a efectuar, ficando nulas e sem efeito todas as disposies que o contrariem.

    ARTIGO 36.(Dvidas e omisses)

    As dvidas e omisses suscitadas da interpretao e apli cao do presente diploma so resolvidas pelo Conselho de Ministros.

    ARTIGO 37.(Entrada em vigor)

    O presente decreto entra em vigor 180 dias aps a data da sua publicao.Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 22 de Abril de 2009.

    O Primeiro Ministro, Antnio Paulo Kassoma.

    Promulgado aos 20 de Julho de 2009.

    Publique-se.

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  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.

    ANEXO N. 1-A(A que se refereM os n. 5 e 6 do artigo 4.)

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 435

    Book 1.indb 435 10-05-2010 11:53:23

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ANEXO N. 1-B(A que se refereM os n.s 3 e 4 do artigo 20. do diploma sobre o seguro obrigatrio

    de responsabilidade civil automvel)

    436 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 436 10-05-2010 11:53:23

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ANEXO N. 2(a que se refere o n. 1 do artigo 9.) kwanzas equivalentes a UCF

    1. Velocpedes providos de motor auxiliar, ciclomotores e bicicletas................................. 76 000,00.

    2. Veculos automveis ligeiros...............152 000,00.3. Veculos automveis ligeiros de txi e aluguer, e de aluguer ao quilmetro sem

    condutor............ 152 000,00.4. Transporte em veculos pesados de passageiros at 40 lugares:

    Danos a terceiros no transportados........304 000,00 (**) Danos a passageiros transportados........304 000,00 (***)

    5. Transporte em veculos pesados de passageiros at 90 lugares: Danos a terceiros no transportados.........456 000,00 (*) Danos a passageiros transportados..........456 000,00 (**)

    6. Transportes em veculos pesados de passageiros acima de 90 lugares: Danos a terceiros no transportados......... 912 000,00 (**) Danos a passageiros transportados.........912 000,00 (***)

    7. Veculos automveis pesados de mercadorias e mquinas industriais................................. 304 000,00.

    8. Provas desportivas

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 437

    Book 1.indb 437 10-05-2010 11:53:23

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    Por evento: Provas de motociclos........................152 000,00 Provas automobilsticas.....................304 000,00

    9. Primeiros socorros a condutores e ajudantes do veculo seguro em deslocao nos pases subscritores da Carta Amarela....................................15 200 (****) (*)(Conversode lUCF = Kz: 53,00 - Despacho n. 221/06 de 7 de Abril. (**) Inclui danos materiais: (***) Deve-se ter em conta a lotao do veculo e o valor a cobrar por cada

    passageiro, fixado na alnea a) do risco II do artigo 9. da Tarifa do Ramo Automvel, constante do Decreto Executivo n. 58/02 de 5 de Dezembro, dos Sistemas de Tarifas, cujo apndice III parte integrante do presente diploma, nos termos do n. 2 do artigo 32..

    (****) Nos termos do n. 2 do artigo 7. do presente diploma.

    ANEXO N. 2-A(A que se refere a alnea b) do n. 2 do artigo 32.) para um capital mnimo

    equivalente a UCF152 000,00, para danos corporais e materiais

    438 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

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  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ANEXO N. 2-B(A que se refere a alnea b) do n. 2 do artigo 32.) (Para um capital mnimo equivalente a UCF 152 000,00 para danos corporais e materiais) Prmios de

    responsabilidade civil Kz equivalentes a UCF

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 439

    Book 1.indb 439 10-05-2010 11:53:24

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    OBSERVAES:a) Os prmios de responsabilidade civil constantes das tabelas 2-A e 2-B referem-

    se ao limite de capital de UCF 152 000,00. Para outros capitais superiores aos mnimos fixados, o prmio acrescido dos

    seguintes valores:

    b) no caso de motociclos, velocpedes e bicicletas, cujo limite mnimo de responsabilidade UCF 76 000,00, em caso de subscrio facultativa do limite equivalente a UCF 152 000,00, o prmio acrescido de 10%, seguindo-se os restantes acrscimos conforme alnea a) anterior.

    *Converso de lUCF=Kz: 53,00 Despacho n. 221/06, de 7 de Abril.

    ANEXO N. 3Aplice Uniforme do Seguro de Automvel(Anexo a que se refere o n. 1 do artigo 32.)

    CONDIES GERAIS

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

    ARTIGO 1.(mbito da aplice)

    A presente aplice abrange o clausulado respeitante ao seguro de responsabilidade civil automvel e riscos complementares, contendo disposies especiais do seguro obrigatrio, do seguro facultativo e disposies comuns s duas modalidades de seguro.

    ARTIGO 2.(Celebrao do contrato de seguro)

    A celebrao do contrato de seguro tem por base as declaraes prestadas pelo segurado e/ ou tomador de seguro na proposta que, para os devidos efeitos, faz parte integrante desta aplice.

    440 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

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  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ARTIGO 3.(Cobertura dos riscos)

    1. Dos riscos previstos e regulados por esta aplice consideram-se cobertos os que tiverem sido propostos e aceites e, como tal, devidamente identificados nas condies particulares, observados, porm, os preceitos e condies a que os contraentes reciprocamente se obrigam pelo presente contrato de seguro.

    2. Quando o acidente for simultaneamente de viao e de trabalho aplicam-se as disposies deste diploma, em conjugao com as disposies constantes da legislao especial do Decreto n. 53/05 de 15 de Agosto, que aprova o Regime Jurdico dos Acidentes de Trabalho e Doenas Profissionais.

    ARTIGO 4.(Definies)

    Sem prejuzo das definies constantes do Anexo 1 da Lei n. 1/00 de 3 de Fevereiro, da Actividade Seguradora, para efeitos do presente contrato entende-se por:Segurador: a entidade legalmente autorizada para explorao do seguro obrigatrio de responsabilidade civil automvel que subscreve o presente contrato.Segurado: a pessoa ou entidade no interesse da qual o contrato celebrado.Tomador de seguro: a pessoa ou entidade que contrata com a seguradora, sendo responsvel pelo pagamento dos prmios.Terceiro: aquele que, em consequncia de um sinistro coberto por este contrato, sofra uma leso que origine danos susceptveis de, nos termos da lei civil e desta aplice, serem reparados ou indemnizados.Sinistro: o evento ou srie de eventos resultantes de uma mesma causa susceptvel de fazer funcionar as garantias do contrato.Leso corporal: ofensa que afecte a sade fsica ou mental causando um dano.Dano no patrimonial: prejuzo que, no sendo susceptvel de avaliao pecuniria deve, no entanto, ser compensado atravs do cumprimento de uma obrigao pecuniria.Dano patrimonial: prejuzo que, sendo susceptvel de avaliao pecuniria, deve ser reparado ou indemnizado.Franquia: valor que, em caso de sinistro, fica a cargo do tomador de seguro e se encontra estipulado nas condies particulares, sendo, no entanto, no oponvel a terceiros.

    CAPTULO IIDISPOSIES ESPECIAIS DO SEGURO OBRIGATRIO

    ARTIGO 5.(mbito da cobertura)

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    Book 1.indb 441 10-05-2010 11:53:24

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    1. O contrato, que se encontra regulamentado atravs deste captulo, corresponde ao legalmente exigido quanto obrigao de segurar a responsabilidade civil perante terceiros, transportados ou no, decorrente de leses causadas por veculos terrestres a motor, seus reboques e semi-reboques.

    2. O seguro referido no artigo 1. abrange a responsabilidade civil do proprietrio do veculo, bem como dos seus legtimos detentores e condutores, pelos prejuzos causados a terceiros em virtude da utilizao do veculo seguro, at aos limites e nas condies legalmente estabelecidos.

    3. O seguro referido no artigo 1. garante ainda os danos causados a terceiros, provenientes de acidentes de viao dolosamente provocados ou resultantes de furto, roubo ou furto de uso.

    4. A responsabilidade civil relativa aos bens transportados no veculo seguro s abrangida pelo seguro referido no artigo 1. no caso de transporte colectivo de mercadorias.

    ARTIGO 6.(Excluses)

    1. Excluem-se da garantia do seguro quaisquer danos causados ao segurado, ao condutor do veculo e a todos aqueles cuja responsabilidade garantida, nomeadamente em consequncia da co-propriedade do veculo seguro, bem como aos representantes legais de pessoas colectivas ou sociedades responsveis pelo acidente, quando no exerccio das suas funes.

    2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, excluem-se da garantia do seguro os danos decorrentes de leses materiais causadas s seguintes pessoas:a) cnjuge, ascendentes, descendentes ou adoptados das pessoas referidas no n.

    1, assim como outros parentes ou afins at ao 3 grau das mesmas pessoas, mas, neste ltimo caso, s quando com elas coabitem ou vivam a seu cargo;

    b) aqueles que, nos termos do Cdigo Civil, beneficiem de uma pretenso indemnizatria decorrente de vnculos com algumas das pessoas referidas no nmero anterior ou na alnea a) deste nmero.

    3. Em caso de falecimento em consequncia do acidente, de qualquer das pessoas referidas no nmero anterior, excluda qualquer indemnizao ao responsvel culposo do acidente, por danos no patrimoniais.

    4. Excluem-se igualmente da garantia do seguro:a) os danos causados no prprio veculo seguro;b) os danos causados nos bens transportados no veculo seguro, quer se

    verifiquem durante o transporte, quer em operaes de carga e descarga, salvo nos casos de transporte colectivo de mercadorias;

    c) quaisquer danos causados a terceiros em consequncia de operaes de carga e descarga;

    d) quaisquer danos causados aos passageiros, quando transportados em contraveno ao disposto no Cdigo de Estrada;

    e) os danos devidos, directa ou indirectamente, exploso, libertao de calor ou radiao, provenientes de desintegrao ou fuso de tomos, acelerao artificial de partculas ou radioactividade;

    442 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 442 10-05-2010 11:53:24

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    f) quaisquer danos ocorridos durante as provas desportivas e respectivos treinos oficiais, salvo tratando-se de seguros celebrados especificamente para esse fim, de harmonia com a legislao em vigor, sem prejuzo do disposto no artigo 8. do Apndice III do Decreto Executivo n. 58/02 de 5 de Dezembro;

    g) os danos que consistem em lucros cessantes ou perda de benefcios ou resultados advindos a terceiros em virtude de privaes de uso, gastos de substituio ou depreciao do veculo de terceiro em razo de sinistro ou provenientes de depreciao, desgaste ou consumo naturais.

    5. Nos casos de roubo, furto ou furto de uso de veculos e de acidentes de viao dolosamente provocados, o seguro no garante a satisfao das indemnizaes devidas pelos respectivos autores e cmplices para com o proprietrio, usufruturio, adquirente com reserva de propriedade ou locatrio em regime de locao financeira, nem para com os autores e cmplices ou para com os passageiros transportados que tivessem conhecimento da posse ilegtima do veculo e de livre vontade que nele fossem transportados.

    ARTIGO 7.(Prova do seguro)

    Constitui documento comprovativo da realizao do seguro, nos termos legais em vigor, o certificado internacional de seguro (Carta Amarela), o certificado de responsabilidade civil e o certificado provisrio.

    CAPTULO IIIDISPOSIES ESPECIAIS DO SEGURO FACULTATIVO

    ARTIGO 8.(Seguro facultativo)

    O seguro facultativo, que se encontra especialmente regulamentado atravs dos artigos insertos neste captulo, cobre os riscos no previstos no mbito do seguro obrigatrio de responsabilidade civil automvel.

    ARTIGO 9.(Responsabilidade civil)

    O seguro de responsabilidade civil abrangido por esta cobertura s funciona fora do mbito do seguro obrigatrio e complementarmente ao mesmo, de acordo com o que for expressamente declarado nas condies particulares.

    ARTIGO 10.(Excluses da responsabilidade civil)

    A garantia consignada no artigo anterior no compreende os danos:a) referidos no artigo 6.;b) causados aos objectos e mercadorias transportados no veculo a que este

    contrato se refere, ainda que sejam propriedade dos respectivos passageiros, salvo se expressamente for efectuada tal cobertura;

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 443

    Book 1.indb 443 10-05-2010 11:53:25

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    c) causados a terceiros, em consequncia de acidentes de viao resultantes de furto, roubo ou furto de uso;

    d) causados a terceiros em virtude de queda de carga decorrente de deficiente acondicionamento;

    e) quando o condutor tenha abandonado o sinistrado;f) quando no seja exibido o certificado de inspeco obrigatria, em momento

    apropriado e nos termos da legislao em vigor.

    ARTIGO 11.(Choque, coliso e capotamento)

    1. O seguro abrangido por esta cobertura garante os prejuzos ou danos que advenham ao veculo em virtude de choque, coliso, capotamento ou quebra isolada de vidros entendendo-se, neste ltimo caso, os vidros de pra-brisas, culo traseiro e os vidros laterais.

    2. Para os efeitos do nmero anterior, considera-se: Choque: o embate do veculo contra qualquer corpo fixo ou sofrido por

    aquele quando imobilizado. Coliso: o embate entre o veculo e qualquer outro corpo em movimento; Capotamento: o acidente em que o veculo perca a sua posio normal e no

    resulte de choque ou coliso.

    ARTIGO 12.(Excluses de choque, coliso e capotamento)

    A garantia consignada no artigo anterior no abrange quebras ou danos:a) provenientes do mau estado das estradas ou caminhos, quando deste facto

    no resulte choque, coliso ou capotamento;b) directa e exclusivamente provenientes de defeito de construo, montagem

    ou afinao, vcio prprio ou m manuteno do veculo seguro;c) produzidos directamente por lama e por alcatro ou outros materiais

    empregues na construo das vias;d) nas jantes, cmaras-de-ar e pneus, excepto se resultarem de choque, coliso ou

    capotamento e quando acompanhados de outros danos ao veculo;e) causados intencional ou involuntariamente pelo tomador de seguro, pelo

    segurado, pelos restantes ocupantes ou por pessoa que com qualquer deles coabite ou por quem deles seja civilmente responsvel;

    f) resultantes da circulao em locais no reconhecidos como acessveis ao veculo seguro;

    g) causados por objectos transportados ou durante operaes de carga e descarga;h) causados por excesso de passageiros, excesso ou mau acondicionamento

    de carga ou transporte de objectos que ponham em risco a estabilidade e domnio do veculo;

    i) os danos resultantes de subtraco, furto ou roubo que tenha origem comprovada por dolo ou culpa grave do segurado, do tomador de seguro ou condutor, de pessoas que com eles coabitem ou que deles dependam economicamente, incluindo trabalhadores.

    444 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 444 10-05-2010 11:53:25

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ARTIGO 13.(Furto ou roubo)

    O seguro abrangido por esta cobertura garante os prejuzos ou danos causados pelo desaparecimento, destruio ou deteriorao do veculo por motivo de furto, roubo ou furto de uso (tentado, frustrado ou consumado).

    ARTIGO 14.(Excluses do furto ou roubo)

    A garantia consignada no artigo anterior no compreende os danos nos seguintes casos:a) causados intencionalmente pelo segurado ou por pessoa por quem este seja

    responsvel;b) que consistam em lucros cessantes ou perda de benefcios ou resultados

    advindos ao segurado em virtude de privaes de uso, gastos de substituio ou depreciao do veculo seguro em razo de sinistro ou provenientes de depreciao, desgaste ou consumo naturais;

    c) sofridos em pintura de letras, desenhos, emblemas, dsticos alegricos ou de reclamos ou propaganda no veculo seguro, quando no for feita a sua meno e valorizao na aplice;

    d) sofridos por aparelhos acessrios e instrumentos no incorporados de origem no veculo (extras), quando da aplice no constem expressamente discriminados e com indicao dos respectivos valores;

    e) salvo conveno expressa em contrrio, no esto compreendidos os roubos ou furtos isolados de espelhos retrovisores exteriores, escovas, limpas pra-brisas, antenas, emblemas, faris, farolins.

    ARTIGO 15.(Participao as autoridades)

    Ocorrendo furto, roubo ou furto de uso e querendo o segurado usar dos direitos que o contrato de seguro lhe confere, deve apresentar imediatamente queixa s autoridades competentes e promover todas as diligncias ao seu alcance conducentes descoberta do veculo e autores do crime.

    ARTIGO 16.(Indemnizao)

    Ocorrendo furto, roubo ou furto de uso que d origem ao desaparecimento do veculo, a seguradora obriga-se ao pagamento da indemnizao devida, decorridos que sejam 60 dias sobre a data da participao da ocorrncia autoridade competente, se ao fim desse perodo no tiver sido encontrado.

    ARTIGO 17.(Incndio, raio ou exploso)

    O seguro abrangido por esta cobertura garante os prejuzos ou danos causados ao veculo seguro em consequncia de incndio ou exploso casual e raio, quer aquele se encontre em marcha ou parado, recolhido em garagem ou qualquer outro edifcio.

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 445

    Book 1.indb 445 10-05-2010 11:53:25

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ARTIGO 18.(Excluses da garantia do incndio, raio ou exploso)

    A garantia consignada no artigo anterior no compreende os danos nos seguintes casos:a) na aparelhagem ou instalao elctrica, desde que no resultem de incndio

    ou exploso;b) em pintura de letras, desenhos, emblemas, dsticos alegricos ou de reclames

    ou propaganda no veculo seguro, quando no for feita a sua meno e valorizao na aplice;

    c) em aparelhos e instrumentos no incorporados de origem no veculo (extras), quando da aplice no constem expressamente discriminados e com indicao do respectivo valor.

    ARTIGO 19.(Outras coberturas dos danos prprios)

    Todas aquelas que sejam contratadas como coberturas complementares, conforme artigo 8. do Decreto Executivo n. 58/02 de 5 de Dezembro.

    ARTIGO 20.(Direitos ressalvados)

    1. Quando a seguradora haja aceite a ressalva de direitos desta aplice a favor das pessoas ou entidades indicadas nas condies particulares, com domiclio tambm mencionado nas condies particulares e enquanto tal se mantiver, a liquidao dos sinistros relativa s coberturas referidas nos artigos 11., 13. e 17. no pode ser efectuada sem o prvio acordo das referidas pessoas ou entidades.

    2. A seguradora s procede anulao ou reduo daquelas coberturas aps aviso, com antecedncia de 30 dias, s referidas pessoas ou entidades.

    ARTIGO 21.(Excluses gerais)

    Alm das excluses estabelecidas para o seguro obrigatrio referidas no artigo 6., com excepo da prevista na alnea a) do seu n. 4 e das demais previstas neste captulo, excluem-se tambm os danos, quando assumidos pela seguradora, s coberturas referidas nos artigos 9., 11., 13. e 17., nos casos:

    a) em que o veculo seja conduzido por pessoa que, para tanto, no esteja legalmente habilitada;

    b) em que os danos sejam causados intencionalmente pelo segurado ou por pessoa por quem ele seja responsvel;

    c) de demncia do condutor do veculo seguro por esta aplice ou quando este conduza sob a influncia de lcool, estupefacientes ou outras drogas ou produtos txicos;

    d) de guerra, mobilizao, revoluo, greves, distrbios laborais, tumultos e/ou aces de pessoas com intenes maliciosas que tomem parte ou no em alteraes de ordem pblica, sabotagem, fora ou poder de autoridade, execuo da lei marcial ou usurpao de poder civil ou militar;

    446 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 446 10-05-2010 11:53:25

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    e) ocorridos em servio diferente e de maior risco do que aquele que estiver consignado nas condies particulares deste contrato;

    f) em que os danos sofridos pelo segurado sejam em pinturas de letras, desenhos, emblemas, dsticos alegricos ou de reclamos ou propaganda no veculo seguro, quando no for feita a sua meno e valorizao na aplice;

    g) em que os danos sofridos pelo segurado sejam em aparelhos e instrumentos no incorporados de origem no veculo (extras), quando da aplice no constem expressamente discriminados e com indicao do respectivo valor;

    h) em que os danos consistam em lucros cessantes ou perda de benefcios ou resultados advindos ao segurado em virtude de privaes de uso, gastos de substituio ou depreciao do veculo seguro em razo de sinistro ou provenientes de depreciao, desgaste ou consumo naturais;

    i) provocados por fenmenos ssmicos ou meteorolgicos, inundaes, desmoronamentos, furaces e outras convulses violentas da natureza, salvo conveno em contrrio devidamente especificada nas condies particulares;

    j) em que o veculo seguro seja transportado por outro meio, sem prejuzo do disposto no n. 3 do artigo 38..

    ARTIGO 22.(Sinistros)

    1. No caso de sinistros ao abrigo das coberturas de choque, coliso e capotamento, incndio, raio ou exploso e furto ou roubo, a importncia da indemnizao abatida do capital seguro ficando, assim, este, reduzido de acordo com as indemnizaes pagas durante o perodo de vigncia do contrato, em relao ao qual estiver pago ou vencido o respectivo prmio.

    2. Faculta-se ao segurado repor o capital atravs do estabelecimento dum prmio suplementar correspondente fraco do capital reposto e ao perodo de tempo no decorrido at ao vencimento da aplice.

    ARTIGO 23.(Garantias de ressarcimento)

    1. De acordo com o Cdigo Comercial, a indemnizao garantida para ressarcir os danos que sobrevenham ao veculo seguro calculada da seguinte forma:a) quando o valor venal for superior ao valor seguro, o segurado responder por

    uma parte proporcional dos danos;b) em caso de perda total a seguradora liquida o capital seguro, deduzindo, se

    outra coisa no for mutuamente acordada, o valor proporcional do salvado, quando este existir;

    c) no caso de perda parcial, a seguradora indemniza o segurado pela parte proporcional dos danos a seu cargo. Esta parte proporcional corresponde aplicao, ao valor dos danos, da percentagem representada pelo capital seguro em relao ao valor venal do veculo.

    2. Quando o valor venal for igual ou inferior ao valor seguro, a seguradora apenas responde at concorrncia do valor venal, no podendo, do sinistro, resultar enriquecimento do segurado.

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 447

    Book 1.indb 447 10-05-2010 11:53:25

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    ARTIGO 24.(Arbitragem)

    A avaliao dos danos no veculo seguro feita por perito nomeado pela seguradora e, na falta de acordo, por dois rbitros nomeados, um por cada uma das partes. Se os rbitros no chegarem tambm a acordo escolhem um terceiro rbitro para desempate, o qual, se a seguradora assim o exigir, deve residir em localidade diferente do segurado. Cada uma das partes suporta as despesas e honorrios do rbitro respectivo e, na proporo em que haja decado, as do terceiro rbitro.

    ARTIGO 25.(Prestao indemnizatria)

    1. A seguradora pode optar pela reparao do veculo ou pela sua substituio ou pela atribuio de uma indemnizao em dinheiro, dentro dos limites de valor respectivos e sem prejuzo do disposto no artigo 22..

    2. As reparaes a que se refere o artigo anterior so feitas de maneira suficiente para repor a parte prejudicada do veculo seguro no estado anterior ao sinistro.

    3. Quando nas reparaes que exijam substituio de peas ou sobressalentes o segurado no quiser sujeitar-se necessria demora para a sua obteno, a seguradora no responsvel pelos prejuzos directa ou indirectamente da resultantes, limitando-se obrigao de indemnizar pelo custo das peas ou sobressalentes sinistrados, na base dos preos fixados na ltima tabela de venda ao pblico.

    CAPTULO IVDISPOSIES COMUNS AO SEGURO OBRIGATRIO E AO

    SEGURO FACULTATIVO

    ARTIGO 26.(Direito de regresso)

    1. Satisfeita a indemnizao, a seguradora tem direito de regresso:a) contra o causador do acidente que o tenha provocado dolosamente;b) contra os autores e cmplices de roubo, furto ou furto de uso do veculo

    causador do acidente;c) contra o condutor, se este no estiver legalmente habilitado ou tiver agido sob

    influncia de lcool, estupefacientes ou outras drogas ou produtos txicos, fora de prescrio mdica ou quando haja abandonado o sinistrado;

    d) contra o responsvel civil por danos causados a terceiros em virtude de queda de carga decorrente de deficincia de acondicionamento;

    e) contra o responsvel pela apresentao do veculo a inspeco peridica que no tenha cumprido a obrigao decorrente no Cdigo de Estrada e diplomas que o regulamentem, excepto se provar que o sinistro no foi provocado ou agravado pelo mau funcionamento do veculo.

    448 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 448 10-05-2010 11:53:26

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    2. Para alm das situaes referidas nos nmeros anteriores, subsiste o direito de regresso da seguradora contra qualquer pessoa ou entidade, em todos os demais casos em que, legalmente, esse direito possa existir.

    ARTIGO 27.(Sub-rogao)

    A seguradora que haja indemnizado fica sub-rogada nos respectivos direitos contra os causadores ou outros responsveis pelos prejuzos, podendo exigir que a sub-rogao seja expressamente outorgada no acto de pagamento e recusar este, se tal lhe for negado, bem como exigir que lhe seja entregue quitao devidamente autenticada notarialmente com o tipo de reconhecimento que julgar apropriado.

    ARTIGO 28.(Capital seguro)

    1. Os valores mximos de responsabilidade da seguradora, relativamente aos riscos assumidos por esta aplice, so indicados nas suas condies particulares, sem prejuzo dos mnimos legalmente estabelecidos para o seguro obrigatrio de responsabilidade civil. Igualmente figuram nas condies particulares as franquias contratadas.

    2. A franquia obrigatria nas coberturas de choque, coliso, capotamento, incndio, raio ou exploso, sendo facultativa na cobertura da responsabilidade civil.

    3. Para garantia de danos prprios resultantes de choque, coliso, capotamento, furto, roubo, incndio, raio ou exploso, o capital seguro corresponde, em cada anuidade do contrato, ao valor do veculo calculado de acordo com a tabela-valor venal do veculo prevista no artigo 9. do apndice III do Decreto Executivo n. 58/02 de 5 de Dezembro, Sobre o Sistema de Tarifas, a qual deve constar nas condies particulares.

    ARTIGO 29.(Incio e termo do seguro)

    1. O presente contrato produz efeitos a partir do dia ou dia e hora registados respectivamente no certificado comprovativo do seguro, e vigora pelo prazo estabelecido nas condies particulares da aplice, desde que o prmio ou fraco inicial sejam pontualmente pagos.

    2. O contrato de seguro pode ser celebrado por um perodo certo e determinado seguro temporrio ou por um ano a continuar pelos seguintes.

    3. Se o seguro for celebrado por um ano e seguintes, considera-se automaticamente renovado no termo de cada anuidade, por perodos anuais, desde que qualquer das partes o no denuncie por carta registada ou qualquer outro meio do qual fique registado por escrito, com a antecedncia mnima de 30 dias.

    4. A resoluo e a suspenso do contrato produzem os seus efeitos s 24 horas do dia em que se verifiquem, salvo se as mesmas resultarem de falta de pagamento do prmio, caso em que so aplicveis as disposies legais em vigor.

    ARTIGO 30.(Alterao qualidade do risco)

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 449

    Book 1.indb 449 10-05-2010 11:53:26

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    1. O segurado obrigado a comunicar seguradora, no prazo de oito dias, todas as alteraes de circunstncias susceptveis de agravarem o risco, sob pena de responder por perdas e danos, independentemente de ter de pagar o prmio a que haja lugar.

    2. Para efeitos de bonificao por ausncia de sinistro e agravamento obrigatrio a praticar em caso de sinistro, as condies so as que constam dos artigos 21. e 22. do apndice III (ramo automvel) do Decreto Executivo n. 58/02 Sobre o Sistema de Tarifas.

    3. De conformidade com o artigo 4. do diploma acima citado, sempre que a aplice cubra mais do que um veculo, cada veculo deve ser tratado, para efeitos de garantia e comprovativo do seguro obrigatrio, para fins estatsticos, controlo e gesto interna da seguradora como se de contrato separado se tratasse, com excepo dos seguros de veculos rebocador e reboque, e dos garagistas e de automobilistas previstos no artigo 5. do apndice III do Decreto Executivo n. 58/02 de 5 de Dezembro.

    ARTIGO 31.(Alienao de veculo)

    1. O contrato de seguro no se transmite em caso de alienao do veculo, cessando os seus efeitos s 24 horas do prprio dia da alienao, salvo se for utilizado pelo prprio segurado para segurar novo veculo.

    2. O segurado deve avisar, no prazo de 24 horas, a segu radora da alienao do veculo.3. Na falta de cumprimento da obrigao prevista no nmero anterior, o titular da

    aplice perde o direito ao estorno do prmio relativo ao perodo entre o momento da alienao do veculo e o termo da anuidade do seguro.

    4. O aviso referido no n. 2 deve ser acompanhado do certificado provisrio do seguro, do certificado de responsabilidade civil e do certificado internacional (Carta Amarela) em vigor.

    5. Na comunicao da alienao do veculo seguradora, o titular da aplice pode solicitar a suspenso dos efeitos do contrato e respectiva prorrogao do prazo de validade do mesmo, at substituio do veculo. No se dando a substituio do veculo dentro de 90 dias contados da data do pedido de suspenso, no h lugar prorrogao do prazo, pelo que a aplice se considera anulada desde a data do incio da suspenso, sendo o prmio a devolver pela seguradora igual a 50% do prmio correspondente ao perodo no decorrido.

    ARTIGO 32.(Falecimento do segurado)

    O falecimento do segurado no anula esta aplice, passando os respectivos direitos e obrigaes para os seus herdeiros, em conformidade com a lei.

    ARTIGO 33.(Pagamento do prmio)

    1. Os recibos de prmio so devidos antecipadamente em relao ao seu perodo de validade.

    450 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 450 10-05-2010 11:53:26

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    2. Os prmios de seguro devem ser pagos seguradora ou a outra entidade por esta expressamente designada para o efeito.

    3. O prmio correspondente a cada perodo de durao do contrato devido por inteiro, podendo ser fraccionado.

    4. O prmio ou fraco inicial so devidos na data da celebrao do contrato.5. Os prmios ou fraco seguintes so devidos nas datas estabelecidas.6. o caso de falta de pagamento do prmio ou fraco na data devida, o segurado

    constitui-se em mora, ficando a seguradora com o direito de suspender as garantias do contrato nos termos da legislao em vigor.

    7. A seguradora deve avisar o segurado do incio da suspenso das garantias do contrato, atravs de carta registada ou qualquer outro meio que fique registado por escrito.

    ARTIGO 34.(Agravamentos e bonificaes)

    1. O prmio, seus agravamentos ou redues e bonificaes por ausncia de sinistros regem-se pela tarifa aprovada pelo Decreto Executivo n. 58/02, de 5 de Dezembro e no seu apndice III.

    2. Os agravamentos e bonificaes por sinistralidade mantm-se em caso de transferncia de contratos entre seguradoras.

    3. Para cumprimento do nmero anterior, a seguradora obriga-se a entregar ao segurado, no momento em que comunicar ou lhe for comunicada a resoluo do contrato, um certificado de tarifao com as caractersticas oficialmente aprovadas.

    4. Para efeitos de aplicao de agravamentos por sinistralidade, s so considerados os sinistros que tenham dado lugar ao pagamento de indemnizaes ou constituio de uma proviso, desde que, neste ltimo caso, a seguradora tenha assumido a responsabilidade contra terceiros.

    ARTIGO 35.(Participao do sinistro)

    1. O segurado obriga-se a comunicar por escrito, seguradora, a ocorrncia de qualquer sinistro, no mais curto espao de tempo possvel, nunca superior a oito dias a contar da data da ocorrncia ou do dia de que tenha conhecimento da ocorrncia do mesmo.

    2. A falta de comunicao ou a comunicao tardia constituem o segurado na obrigao de indemnizar a seguradora por perdas e danos, nomeadamente quando da recepo tardia da participao resulte um agravamento de responsabilidade da seguradora.

    3. O segurado, sob pena de responder por perdas e danos, deve tomar as providncias adequadas de modo a diminuir ou no aumentar os danos a cargo da seguradora e no deve assumir quaisquer compromissos transaccionais sem autorizao expressa daquela.

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 451

    Book 1.indb 451 10-05-2010 11:53:26

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    4. O segurado obrigado a facultar seguradora todos os documentos necessrios determinao das responsabilidades dos sinistros ocorridos, indicando-lhe testemunhas, facultando-lhe documentos e, se a seguradora o entender, outorgando procurao ao advogado que esta escolha, para a defesa dos interesses comuns, sob pena de, no o fazendo, responder por perdas e danos.

    ARTIGO 36.(Insuficincia de capital em responsabilidade civil)

    1. Se existirem vrios lesados com direito a indemnizaes que, na sua globalidade, excedam o montante do capital seguro, os direitos dos lesados, contra a seguradora, reduzem-se proporcionalmente at concorrncia daquele montante.

    2. A seguradora que, de boa-f e por desconhecimento da existncia de outras pretenses, liquidou a um lesado uma indemnizao de valor superior que lhe competiria, nos termos do nmero anterior, no fica obrigada para com os outros lesados seno at concorrncia da parte restante do capital seguro.

    ARTIGO 37.(Anulao ou reduo do valor seguro)

    1. O segurado pode, a todo o tempo, resolver o contrato ou reduzir os valores seguros por esta aplice, mediante aviso registado seguradora, com antecipao de pelo menos 30 dias. Contudo, a reduo no poder conduzir a valores inferiores aos fixados legalmente para a cobertura obrigatria de responsabilidade civil. Igual direito assiste seguradora na parte respeitante ao seguro facultativo.

    2. O prmio a devolver pela seguradora respectivamente igual a 75% ou 50% do prmio total correspondente ao perodo no decorrido, consoante a iniciativa da resoluo tenha sido da seguradora ou do segurado, incluindo os adicionais, de conformidade como n. 2 do artigo 35. do diploma que institui o presente seguro obrigatrio.

    3. Sem prejuzo das disposies legais em vigor, a seguradora pode resolver o contrato, por correio registado, com 30 dias de antecedncia em relao ao vencimento anual.

    4. No caso de resoluo por falta de pagamento no h lugar a qualquer devoluo de prmio.

    5. Quando na anuidade em curso tenham ocorrido um ou mais sinistros, a resciso do contrato, por qualquer das partes, fica subordinada aos mesmos preceitos consignados nos nmeros anteriores, considerando-se, contudo, para efeito da devoluo do prmio, apenas a parte que excede o valor da (s) indemnizao (es) paga(s) a ttulo de danos no prprio veculo, se o capital correspondente ao valor desta(s) no tiver sido reposto.

    6. devoluo de prmio, em consequncia do disposto nos nmeros anteriores, implica a entrega, por parte do segurado, do certificado de responsabilidade civil caso ainda esteja vlido.

    452 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

    Book 1.indb 452 10-05-2010 11:53:27

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    CAPTULO VDISPOSIES DIVERSAS

    ARTIGO 38.(mbito territorial)

    1. As coberturas consignadas no captulo II desta aplice, referentes ao seguro obrigatrio, so, nos termos da legislao em vigor ou a vigorar, vlidas para:a) o territrio de Angola;b) o territrio dos restantes pases da SADC (Comunidade de Desenvolvimento

    da frica Austral).2. As coberturas consignadas no captulo III desta aplice, referentes ao seguro

    facultativo, so limitadas, salvo conveno em contrrio, ao territrio angolano.3. As coberturas referidas nos nmeros anteriores mantm-se quando o veculo

    seguro seja transportado por via fluvial, em situao de travessia por inexistncia de pontes.

    ARTIGO 39.(Inalterabilidade)

    As disposies que nesta aplice regulam o seguro obrigatrio de responsabilidade civil no podem ser modificadas por acordo das partes.

    ARTIGO 40.(Mediadores)

    1. Nenhum mediador se presume autorizado a celebrar contratos de seguro, a contrair ou alterar as obrigaes dele emergentes ou a validar declaraes adicionais.

    2. Fica convencionado e reciprocamente aceite que a pre sente aplice s dada como vlida e s obriga os contraen tes quando emitido o respectivo certificado provisrio ou certificado de seguro inicial.

    ARTIGO 41.(Elementos da proposta de seguro)

    Alm dos quesitos normalmente utilizados e necessrios caracterizao do risco a segurar, identificao do segurado e definidores do mbito da cobertura pretendida, consideram-se de incluso e preenchimento obrigatrios em todas as propostas do seguro automvel os seguintes:Identificao do segurado:

    a) profisso;b) em que qualidade pretende o seguro (proprietrio, usufruturio, adquirente

    com reserva de propriedade ou condutor);c) se j foi segurado noutra seguradora e em caso afirmativo:

    i) seguradora;ii) nmero de aplice;

    Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses 453

    Book 1.indb 453 10-05-2010 11:53:27

  • Decreto n. 35/2009 de 11 de Agosto

    iii) se o contrato j foi rescindido e qual o motivo;iv) se alguma vez lhe foi proposto agravamento de prmio e qual;v) se nos ltimos dois anos participou algum sinistro e quantos.

    Identificao do condutor habitual:a) nome;b) residncia;c) data de nascimento;d) data e nmero da carta de conduo;e) provncia onde circula com mais frequncia.

    ARTIGO 42.(Foro competente)

    O foro competente para qualquer aco emergente deste contrato o do local da emisso da aplice.

    O Primeiro Ministro, Antnio Paulo Kassoma.

    O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.

    454 Colectnea de Legislao de Seguros e Fundos de Penses

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