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MOD.
4.3
|Legislao|DiplomaDecreto-Lei n. 5/2016, de 8 de fevereiro
Estado: vigente
Resumo: Consagra medidas transitrias sobre dedues coleta, a aplicar declarao de rendimentosde Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares relativa ao ano de 2015.
Publicao: Dirio da Repblica n. 26/2016, Srie I, de 08/02, pginas 392 - 392.
Legislao associada:Lei n. 82-E/2014 08/02
Histrico de alteraes: -Ver original no DR
MINISTRIO DAS FINANAS
Decreto-Lei n. 5/2016, de 8 de fevereiro
A Lei da Reforma do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) - Lei n. 82-E/2014, de31 de dezembro, veio alterar significativamente os procedimentos relativos ao clculo das dedues coleta.
Com efeito, enquanto at ao ano de 2014, o referido clculo se baseava nos valores declarados peloscontribuintes nas respetivas declaraes de rendimentos, a partir do ano de 2015, o sistema assenta,para a grande maioria das dedues coleta, em valores que so comunicados por entidades terceiras,quer atravs do sistema e-fatura, quer no mbito do cumprimento de obrigaes acessrias.
Esta alterao de paradigma, no dispensou, no entanto, a necessidade de interveno dos sujeitospassivos de IRS, os quais devem, no Portal das Finanas, atravs da sua pgina pessoal, confirmar ouregistar faturas e introduzir outros elementos relevantes, previamente ao incio do prazo da entrega dadeclarao de rendimentos, sob pena de no lhes serem atribudas as dedues coleta a quelegalmente tm direito.
No obstante todas as iniciativas adotadas no sentido da divulgao desta nova realidade, verifica-seque muitos contribuintes desconhecem ainda os procedimentos que devem adotar, sendo que desteuniverso fazem tambm parte contribuintes que normalmente j interagem com a Autoridade Tributria eAduaneira atravs da Internet.
Por outro lado, verifica-se igualmente que a atual redao dos artigos 78.-C e 78.-D do Cdigo do IRSno prescreve a forma como deve ser efetuada a deduo coleta de despesas de sade e de formaoe educao realizadas fora do territrio portugus, quando no realizadas noutro Estado membro daUnio Europeia, ou do Espao Econmico Europeu com o qual exista intercmbio de informaes emmatria fiscal, lacuna da lei que, por motivos de equidade, importa ser colmatada.
Em face do que antecede, entende-se ser de consagrar uma medida de carter transitrio, a aplicar declarao de rendimentos relativa ao ano de 2015, no sentido de, por um lado, conceder a possibilidadede, sem prejuzo do disposto nos artigos 78.-C a 78.-E e 84. do Cdigo do IRS, poderem os
contribuintes declarar as suas despesas de sade, educao e formao, bem como os encargos comimveis e com lares, e, por outro lado, definir a forma como se efetiva a deduo coleta de despesas
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de sade e de formao e educao, quando realizadas fora da Unio Europeia, ou do Espao
Econmico Europeu.
Assim:
Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Constituio, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.Objeto
O presente decreto-lei consagra a possibilidade de, sem prejuzo do disposto nos artigos 78.-C a 78.-Ee 84. do Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), poderem oscontribuintes declarar as suas despesas de sade, educao e formao, bem como os encargos comimveis e com lares, e define a forma como se efetiva a deduo coleta de despesas de sade e de
formao e educao realizadas fora do territrio portugus, quando no realizadas noutro Estadomembro da Unio Europeia, ou do Espao Econmico Europeu com o qual exista intercmbio deinformaes em matria fiscal.
Artigo 2.mbito de aplicao
O disposto no presente decreto-lei aplica-se s declaraes de rendimentos respeitantes ao ano de2015.
Artigo 3.Dedues coleta em IRS
1 - Sem prejuzo do disposto nos artigos 78.-C a 78.-E e 84. do Cdigo do IRS, no que se refere aoapuramento das dedues coleta pela Autoridade Tributria e Aduaneira os sujeitos passivos de IRSpodem, na declarao de rendimentos respeitante ao ano de 2015, declarar o valor das despesas a quese referem aqueles artigos.
2 - O uso da faculdade prevista no nmero anterior determina, para efeitos do clculo das dedues coleta previstas nos artigos nele mencionados, a considerao dos valores declarados pelos sujeitospassivos, os quais substituem os que tenham sido comunicados Autoridade Tributria e Aduaneira nostermos da lei.
Artigo 4.Deduo coleta de despesas de sade e de formao e educao realizadas fora da Unio Europeia e
do Espao Econmico EuropeuPara efeitos da deduo coleta das despesas de sade e de formao e educao a que se referem osartigos 78.-C e 78.-D do Cdigo do IRS, realizadas fora da Unio Europeia e do Espao EconmicoEuropeu com o qual exista intercmbio de informaes em matria fiscal, podem as mesmas sercomunicadas no Portal das Finanas, nos termos dos n.os 5 e 8 dos referidos artigos, sendocorrespondentemente aplicvel o disposto no artigo anterior.
Artigo 5.Obrigao de comprovar os elementos das declaraes
O uso da faculdade prevista no presente decreto-lei no dispensa o cumprimento da obrigao decomprovar os montantes declarados referentes s despesas referidas nos artigos 78.-C a 78.-E e 84.
do Cdigo do IRS, relativamente parte que exceda o valor que foi previamente comunicado Autoridade Tributria e Aduaneira, e nos termos gerais do artigo 128. do Cdigo do IRS.
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Artigo 6.
Entrada em vigor
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 21 de janeiro de 2016. - Antnio Lus Santos da Costa -Mrio Jos Gomes de Freitas Centeno.
Promulgado em 2 de fevereiro de 2016.
Publique-se.
O Presidente da Repblica, Anbal Cavaco Silva.
Referendado em 4 de fevereiro de 2016.
O Primeiro-Ministro, Antnio Lus Santos da Costa.