decreto federal 23.672-1934 - 1° código de caça e pesca

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20/01/15 Decreto nº 23.672, de 2 de Janeiro de 1934 - Publicação Original - Portal Câmara dos Deputados www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-23672-2-janeiro-1934-498613-publicacaooriginal-1-pe.html 1/30 Legislação Legislação Informatizada - Decreto nº 23.672, de 2 de Janeiro de 1934 - Publicação Original Decreto nº 23.672, de 2 de Janeiro de 1934 Aprova o Codigo de Caça e Pesca que com este baixa O Chefe do Govêrno Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, usando das attribuições que lhe confere o art. 1º do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930, DECRETA: Art. 1º Fica, approvado o Codigo de Caça e Pesca que com baixa, assignado pelos ministros de Estado e cuja execução compete ao Serviço de Caça e Pesca, do Departamento Nacional da Producção Animal, do Ministerio da Agricultura. Art. 2º Revogam-se as disposições em contrario. Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 1934, 113º da Independência e 46º da República. GETULIO VARGAS Juarez do Nascimento Fernandes Tavora Washington Pires José Bellens de Almeida, encarregado do expediente do Ministerio da Fazenda Francisco Antunes Maciel Protogenes Pereira Guimarães José Americo de Almeida Joaquim Pedro Salgado Filho Felix de Barros Cavalcante de Lacerda Coronel Pedro de Alcantara Cavalcante de Albuquerque Codigo de Caça e Pesca TITULO I Pesca CAPITULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAES REFERENTES Á PESCA Art. 1º Os serviços de pesca em todo o Brasil, inclusive a administração, direcção e fiscalização do pessoal e material respectivos, a fiscalização e execução dos dispositivos legaes applicaveis, e tudo mais que lhes seja attinente, no interesse defesa da fauna e flora agricolas, ficam inteiramente subordinados ao Ministerio da Agricultura e sujeitos ás determinações deste Codigo. Art. 2º Quanto ás aguas em que é exercida, a pesca divide-se em : Veja também: Republicação Publicação Original Dados da Norma

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Decreto Federal 23.672-1934 - 1° Código de Caça e Pesca

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    www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-23672-2-janeiro-1934-498613-publicacaooriginal-1-pe.html 1/30

    Legislao

    Legislao Informatizada - Decreto n 23.672, de 2 deJaneiro de 1934 - Publicao Original

    Decreto n 23.672, de 2 de Janeiro de 1934

    Aprova o Codigo de Caa e Pesca que com este baixa

    O Chefe do Govrno Provisrio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil, usando das attribuies quelhe confere o art. 1 do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930,

    DECRETA:

    Art. 1 Fica, approvado o Codigo de Caa e Pesca que com baixa, assignado pelos ministros de Estadoe cuja execuo compete ao Servio de Caa e Pesca, do Departamento Nacional da Produco Animal,do Ministerio da Agricultura.

    Art. 2 Revogam-se as disposies em contrario.

    Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 1934, 113 da Independncia e 46 da Repblica.

    GETULIO VARGAS Juarez do Nascimento Fernandes Tavora Washington Pires Jos Bellens de Almeida, encarregado do expediente do Ministerio da Fazenda Francisco Antunes Maciel Protogenes Pereira GuimaresJos Americo de Almeida Joaquim Pedro Salgado FilhoFelix de Barros Cavalcante de LacerdaCoronel Pedro de Alcantara Cavalcante de Albuquerque

    Codigo de Caa e Pesca

    TITULO I

    Pesca

    CAPITULO I

    DAS DISPOSIES GERAES REFERENTES PESCA

    Art. 1 Os servios de pesca em todo o Brasil, inclusive a administrao, direco e fiscalizao dopessoal e material respectivos, a fiscalizao e execuo dos dispositivos legaes applicaveis, e tudo maisque lhes seja attinente, no interesse defesa da fauna e flora agricolas, ficam inteiramente subordinados aoMinisterio da Agricultura e sujeitos s determinaes deste Codigo.

    Art. 2 Quanto s aguas em que exercida, a pesca divide-se em :

    Veja tambm:

    Republicao Publicao Original Dados da Norma

    http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/legislacaohttp://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-23672-2-janeiro-1934-498613-republicacao-78362-pe.htmlhttp://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-23672-2-janeiro-1934-498613-publicacaooriginal-78918-pe.htmlhttp://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-23672-2-janeiro-1934-498613-norma-pe.html
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    I - Pesca maritima. II - Pesca interior.

    Art. 3 A pesca maritima compreende:

    a)a pesca em altomar;

    b)a pescacosteira;

    c)a pescalittoranea.

    1 A pesca em alto mar aquela que se exerce no mar largo, alm das aguas territoriaes.

    2 A pesca costeira a exercida da costa at distancia de 12 milhas, a contar para fra.

    3 A pesca littoranea a exercida nos portos, bahias, enseadas, lagas, lagos e braos de mar, canaese quaesquer outras bacias de agua salgada ou salobra, ainda que s se comuniquem com o mar duranteuma parte do anno.

    Art. 4 A pesca interior a exercida nos rios, ribeires igaraps, lagos, lagas e lagunas de agua doce,nos canaes que no tenham nenhuma ligao com o mar e nos audes ou quaesquer depositos de aguadoce, naturaes ou artificiaes.

    Art. 5 O dominio publico das aguas abrange todas os animaes e vegetaes que nas mesmas seencontrarem.

    Art. 6 A pesca fica subordinada, em cada localidade, regio ou zona, s disposies deste Codigo e sinstrues ulteriores formuladas pelo Servio do caa e pesca, e approvadas pelo ministro da Agricultura,de accrdo com os elementos colhidos, tendo em vista as condies locaes, natureza da regio, interessedos pescadores e das industrias da pesca e tudo quanto possa concorrer para a defesa e conservao dasespecies da fauna e flora aquaticas existentes em cada uma dellas.

    Art. 7 Smente aos brasileiros facultado o exercicio e explorao da pesca e industrias correlatas.

    1 Para os efeitos dste artigo consideram-se brasileiros as pessoas juridicas constituidas naRepublica, sendo composta de brasileiros a maioria da administrao das organizaes de pesca eindustrias connexas e que tenham sua sde no Brasil.

    2 A exigncia deste artigo no impede a licena a scientistas ou amadores estrangeiros por prazodeterminado, nos termos do capitulo IX.

    Art. 8 Sero reguladas por lei especial os favores, direitos e obrigaes das pessoas empregadas napesca e industrias derivadas.

    Art. 9 A pesca, salvo as restries impostas por este codigo, livre a todos os brasileiros maiores de 16annos, devidamente matriculados nas reparties competentes e associados em Colonias de Pescadores,na frma deste codigo.

    Pargrafo nico. A pesca a p, isto , feita sem embarcao e de terra (de cannio ou linha de mo), facultada a todos os residentes no territorio nacional, sem outros onus ou restrices alm dos constantesdo presente Codigo.

    CAPITULO II

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    DOS PESCADORES E DAS SUAS ASSOCIAES DE CLASSE.

    Art. 10. S poder matricular-se e colonizar-se como pescador profissional o brasileiro habilitado nostermos deste Codigo.

    Art. 11. A matricula do pescador gratuita e ser concedida pela repartio competente.

    1 So competentes para conceder matricula de pescadores as Capitanias dos Portos, as Delegaciasdas Capitanias dos Portos, as Agencias das Capitanias dos Portos, e outras reparties do Ministerio daMarinha que tenham essas attribuies emquanto no se installarem as Delegacias e Agencias de Pescado Ministerio da Agricultura.

    2 Para os efeitos da matricula de pescador existir em cada repartio competente um livro-registro de matriculas.

    3 A caderneta de matricula ser assignada pela autoridade competente para concedel-a.

    4 A matrcula ser concedida, mediante officio da Colonia dirigido repartio competente, noqual ser declarado que o candidato reside na zona da Colonia e que pretende exercer, de facto, aprofisso como associado da mesma,

    5 Ao oficio referido no pargrafo anterior a Colonia anexar:

    a)certido de idade, ou documento legal que asupra;

    b)atestado de vacina sempre que forpossvel;

    c)autorizao, com firma reconhecida, do pae, me ou tutor, ou documentos que a supra,quando tratar-se de menores de 20 anos;

    d)Documento de quitao do servio militar para maiores de 21anos.

    6 Sob pretexto algum poder ser matriculado com pescador indivduo menor de 16 anos.

    7 As cadernetas de matriculas sero visadas annualmente em qualquer mez do primeiro semestrede cada anno pela repartio competente, a qual, para esse fim, devem ser remetidas pela Colnia oupela Federao, acompanhadas de oficio e relao dos numeros das matriculas e dos nomes dospescadores.

    8 Aps o "visto" a repartio competente as devolver respectiva associao de classe dospescadores, acompanhadas do oficio e da relao citados no pargrafo anterior.

    9 Esse "visto" ser lanado, isento de qualquer taxa, mediante prova de quitao com a Colonia,importando sua falta durante dous annos consecutivos, na baixa definitiva daquela matricula.

    10. A autoridade naval que visar a caderneta comunicaram o fato repartio em que formatriculado pescador, para ser transcrita a respectiva nota do competente livro registro de matrcula.

    11. Em falta de caderneta matriculas na repartio competente, a associao de classe dospescadores poder fornecer caderneta em branco, de modelo idntico ao adotado pela repartiocompetente, o que far constar do oficio a que se refere o 4.

    12. O pescador que transferir residncia para outro Estado dever comunicar o fato , sua Colonia, eesta dar ciencia do mesmo fato repartio que concedeu a matricula.

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    13. Ao fixar residencia noutro Estado, o pescador dever associar-se Colonia Cooperativa da zonaem que vai habitar e apresentar a caderneta de matrcula e o recibo de mensalidade do ltimo trimestre,afim de que a nova Colnia Cooperativa providencie junto autoridade naval para o registro dacaderneta matrcula.

    14. O pescador que deixar de apresentar o recibo de quitao da Colonia de que fazia parte ou queno provar, com oficio da mesma que estava quite com ela, perder o direito de exercer a pesca, sendo-lhe apreendida a caderneta.

    15. O pescador que tiver sua caderneta apprehendida em virtude do pargrafo anterior, s poderingressar em nova colnia depois de provar que esta quite com a de origem.

    Art. 12. Todo o pescador profissional obrigado a fazer parte da Colonia em cuja zona reside.

    Pargrafo nico. Se, por qualquer circunstancia, no fr possivel o exato cumprimento do dispostoneste artigo, ser o pescador obrigado a fazer parte da Colonia Cooperativa de Pescadores em cuja zonaem cuja zona estacione habitualmente a embarcao de sua propriedade ou na qual exera sua profisso.

    Art. 13. Colnia Cooperativa de Pescadores todo agrupamento constitudo, no minimo por cempessas que legalmente exeram a profisso de pescador.

    Pargrafo nico. As Colnias Cooperativas de Pescadores sero designadas pelo prefixo "Z" seguido donumero de ordem que lhes couber e tero suas zonas estabelecidas pelo diretor do Servio de Caa ePesca.

    Art. 14. Cada uma das Colnias Cooperativas de Pescadores eleger um delegado para represent-lajunto respectiva Federao das Cooperativas de Pescadores..

    Art. 15. As Colonias Cooperativas de Pescadores reger-se-o por estatutos elaborados pelaConfederao Geral dos pescadores do Brasil e aprovados pelo ministro da Agricultura.

    Art. 16. Cada Estado corresponde a uma Federao de Colonias Cooperativas de Pescadores que, nasua capital ou no seu principal porto, ter sede a juizo do Servio de Caa e Pesca.

    Art. 17. As Federaes das Colnias Cooperativas de Pescadores so constitudas pelas ColniasCooperativas de pescadores do mesmo Estado.

    Art. 18. Cada uma das Federaes das Colnias Cooperativas de Pescadores eleger um delegado pararepresent-la junto Confederao das Cooperativas de Pescadores do Brasil.

    Art. 19. As Federaes das Colnias Coopereativas de Pescadores reger-se-o por estatutos elaboradospela Confederao e aprovados pelo ministro da Agricultura.

    Art. 20. A Confederao das Cooperativas dos Pescadores do Brasil constituda pelas Federaes dasColnias Cooperativas de Pescadores dos Estados e Colnias Cooperativas de Pescadores do DistritoFederal com sede e fro na Capital da Repblica e subordinada ao Servio de Caa e Pesca.

    Pargrafo nico. As Colnias Cooperativas de Pescadores do Distrito Federal, pelo voto da maioria deseus presidentes, elegero um delegado para represent-las junto Confederao das Cooperativas dosPescadores do Brasil.

    Art. 21. A Confederao das Cooperativas dos Pescadores reger-se- por estatutos pela mesmaelaborados e aprovados pelo ministro da Agricultura.

    Pargrafo nico. As Colnias Cooperativas de Pescadores ficam obrigadas a remeter quinzenalmentes Federaes e estas Confederao, para ser enviada ao Servio de Caa e Pesca, a estatistica dopescado, em mapas cujo modlo ser fornecido pelo Servio de Caa e Pesca.

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    Art. 22. A Confederao e s Federaes incumbe a organizao e fiscalizao das ColoniasCooperativas, e compete sugerir ao diretor do Servio de Caa e Pesca as providncias relativas sdelimitaes de zonas, extino e anexao que se fizerem necessrias.

    Pargrafo nico. As Federaes ficam diretamente subordinadas Confederao e sujeitas suafiscalizao.

    CAPITULO III

    DEVERES DO PESCADOR.

    Art. 23. Constituem deveres do pescador:

    a)observar fielmente os dispositiivos dste Cdigo e demais determinaes legais sbre apesca, assim como as instrues e decises baixadas pelas autoridades competentes;

    b)dar conhecimento Diretoria de sua Colnia Cooperativa, para as devidas providencias,de quaisquer infraes que verificar ou de que tiver ciencia, praticadas contra asdisposies dste Cdigo ou instrues emanadas do Servio de Caa e Pesca;

    c)recolher e entregar, ao capito dos Portos, afim de lhes ser dado destino legal, quaisquerdestroos ou salvados, de embarcaes sinistradas que encontrar;

    d)fornecer Diretoria da Colnia todos os dados relativos quantidade e qualidade dopescado colhido em cada pescaria, o lugar em que fr praticada e as ocorrncias havidasem viagem;

    e)cumprir fielmente os estatutos dasColonias;

    f)zelar por todos os meios e modos pela defesa e conservao da fauna e floraaquaticas;

    g)pagar pontualmente Colnia Coopertativa a contribuio trimestral de seis mil ris(6$000);

    h)cumprir as disposies do Regulamento das Capitanias dos Portos relativas aosarrolamentos e licenas das embarcaes, bem como as determinaes referentes Polcia Naval;

    CAPITULO IV

    DAS RESTRIES GERAIS IMPOSTAS AO EXERCICIO DA PESCA

    Art. 24. proibido pescar:

    a)com redes ou aparelhos de qualquer especie, tipo ou denominao nos lugares, em queembaracem navegao e ao trfego ordinario;

    b)

    com redes ou aparelhos de qualquer especie, tipo ou denominao, que impeam o livretrnsito das espcies da funa aqutica, nas barras, portos, enseadas, lagas, rios, riachose canais, bem como estender as ditas redes ou aparelhos nas visinhanas dos citadoslugares;

    c)com redes ou aparelhos de qualquer tipo, espcie ou denominao nas embocaduras dosrios e nas barras de qualquer bacia interna;

    d)com redes ou apparelhos de qualquer natureza nas entradas daslagas;

    e) com redes ou aparelhos de arrasto de qualquer especie, tipo ou denominao, na pesca

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    interior ou na litoranea;

    f)com redes de arrasto (trawl) a menos de tres milhas dacosta;

    g)com rdes de "arrasto de praia", na pesca litoranea ou na interior o nas proximidadesdas embocaduras das rios;

    h)com rdes de arrasto para camaro "sete barbas" e "lixo", a menos de uma milha dedistancia da costa;

    i)com redes "traineiras" a menos de 200 metros das margens, nas bahias ou enseadas docontinente; e de uma milha das praias abertas da costa, bahias e ensedas das ilhas dooceano;

    j)com dinamite ou qualquerexplosivo;

    k)com substancias venenosas ouentorpecentes;

    l)a menos de 500 metros dos tubos de descarga dos esgotos de hospitaes, dos de materiasfecais e dos de despejo de lixo;

    m) distancia menor de 200 metros da montante ou Jusante das cachoeiras, corredeiras,barragens e escadas para peixes ;

    n)proximo s pedras, pelo processo denominado "catuque" ou de"arco';

    o)Com facho ou luz de qualquer natureza, quando tal processo possa causar embaraos anavegao;

    p)nos logares interdictados pelo Servio de Caa ePesca;

    q)por meio de qualquer systema ou processo que prejudique a criao ou procriao dasespecies da fauna aquatica, a juizo do Servio de Caa e Pesca;

    r)com apparelhos denominados estaqueadas emuradas.

    Art. 25. O lanamento de residuos e detrictos comprovadamente toxicos nas aguas interiores elittoraneas ser regulado por instruces emanadas do Servio de caa e Pesca.

    Pargrafo nico. E' expressamente proibido lanar oleo e productos de origem oleosa nas aguasinteriores e littoraneas.

    Art. 26 E prohibido desalojar os peixes ou outros seres aquaticos batendo com varas ou outrosinstrumentos nas aguas, nas margens ou nas bordas das embarcaes, e bem assim com o arremesso dequaesquer projectis.

    Art. 27. E' proibido colher, guardar ou transportar ovos e larvas de qualquer especie da faunaaquatica, salvo os destinados a Museus o pesquisas cientificas, e isto com licena do servio de Caa ePesca.

    Art. 28. E prohibido colher, pescar, vender, comprar, transportar ou empregar em qualquer uso,especies da fauna aquatica que no tenham o tamanho determinado pelas instruces emanadas doServio de Caa e Pesca.

    Art. 29. Qualquer sistema de pesca pde ser, em determinada zona, regio ou local, temporaria oudefinitivamente proibido pelo servio de Caa e Pesca, desde que tal prohibicao seja necessaria a proteoda desova e a defesa da reproduo das especies d fauna aquatica.

    Art. 30. As cercadas de peixe, fixas, de qualquer denominao taes como curraes, cambas, paris,cacuris, tapagens, corao caoal, curral duplo, curral em srie, etc, so proibidas.

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    Paragrafo unico. O material apropriado construo destas cercadas, encontrado em terrenos demarinha ser immediatamente apprehendido ou destrudo.

    CAPITULO V

    DOS APARELHOS DE PESCA

    Art. 31. Quaisquer que sejam as denominaes dadas nas diversas localidades s rdes, aparelhos earmadilhas destinadas pesca, so os mesmos agrupados nas seguintes categorias:

    a)redes e aparelhosmoveis;

    b)redes e aparelhosfluctuantes;

    c)redes e aparelhos dearraste;

    d)redes e aparelhos de pescaespeciais.

    Art. 32. As redes e aparelhos moveis so os mantidos temporariamente no fundo, por meio de pesos,chumbados e ancorotes.

    Art. 33. As redes e aparelhos flutuantes so aqueles que vo merc do vento, da corrente, da onda oua reboque de embarcaes, sem nunca tocar no fundo.

    Art. 34. As redes e aparelhos de arrasto so os mergulhados no fundo por meio de pesos colocados naparte interior e arrastados de terra ou do mar.

    Art. 35. As redes e aparelhos de pesca especiais so aqueles que se destinam exclusivamente adeterminadas especies de pescado.

    Art. 36. As malhas das redes sero medidas de n a n, consecutivamente.

    Pargrafo nico. A medida de n ser tomada depois da rede ter sido molhada por espao de umahora: depois do terceiro banho de tintura, para as que so tingidas.

    Art. 37. So considerados aparelhos moveis:

    a)as redes chamadas de "espera" ou de "barrar" de qualquer no podendo ter malhasinferiores a 50 m/m;

    b)os gradeados de qualquer especie, os covos, matapis, cestas de junco, de palha ou flexa, detela ou arame, com interstcio mnimo de 30 m/m;

    c)os covos, matapis, cestas de junco, palha ou flexa, tela de arame, com interstcio mnimode 25 m/m;

    d)anzis, linhas eespinheis.

    Art. 38. So considerados redes ou aparelhos flutuantes:

    a)redes de cerco com malha minima de 30 m/m e altura minima de 8metros;

    b)quaisquer outras rdes flutuantes com malha mnima de 30

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    m/m.

    Art. 39. So considerados redes ou aparelhos de arrasto:

    a)as redes denominadas "arrasto de praia", que s podero ser usadas nas praias abertasda costa e afastadas em embocaduras dos rios, com malha minima de 80 m/m, seja qualfor o seu tipo ou dimenso;

    b)as redes de arrasto para camaro "sete barbas" e com malha minima de 12m/m;

    c)a rede de arrasto "trawl" que pde ser empregada em planicie submarina situada almde 3 milhas do littoral a contar dos pontos mais salientes.

    Pargrafo nico. Quando arrastadas por barco a motor, ste no deve ter velocidade superior a 1/3 demilha horria, e nem podero funcionar a menos de 1 milha de distncia da costa.

    Art. 40. So considerados rdes ou aparelhos de pesca especiais:

    I - As redes denominadas vulgarmente "traineiras", que devem ter, para efeito de fiscalizao, doistipos perfeitamente distintos:

    a)a "sardineira" de malha minima de 10 m/m no ensacador de 25 m/m e 30 m/m, nomnimo, nas armaduras, respectivamente, superior e inferior, destinadas exclusivamentea pesca da sardinha;

    b)a "traineira de malha lassa" com 15 m/m de malha, no minimo, no ensaccador, e 35 e 40m/m, no minimo, nas referidas armarduras, somente empregada na pesca de alto mar ena costeira para peixes de tamanhos maiores.

    1 A "sardineira" so pde ser empregada na pesca litoranica distancia de 200 metros da margem, epara a pesca da sardinha, quando este peixe, em consideraveis aparecer nas aguas litorneas.

    2 Na pesca de alto mar, qualquer das especies de "traineiras" poder ser livremente empregada;quando empregada nas aguas costeiras, no poder aproximar-se a menos de 1 milha das praias.

    3 O cerco das "traineiras" s poder ser efetuado, quando a profundidade das aguas frnitidamente superior ao calado das redes.

    II - A rede denominada "cai-cai" ou "troia", com malhas mininas de 20 m/m, comprimento maximode 70 metros e altura de 4 metros. III - Redes "candobl" e "balo", para camaro, com malha minima de 12 m/m. IV - Tarrafas de fio fino para peixe, com malha minima de 15 m/m, e as especialmente destinadas pesca do camaro, com malha minima de 12 m/m e carapua de 10 m/m.

    CAPITULO VI

    DAS EMBARGAES DE PESCA

    Art. 41. As embarcaes de pesca do qualquer natureza, obedecero regulamentao das repartiesa que estiverem sujeitas e s disposies do presente Cdigo.

    Art. 42. Toda embarcao de pesca ter na pra, a bombordo e boreste, a letra "Z", o numerocorrespondente ao da Colonia, o indicativo do Estado a que pertencer a sua federao e o numero doarrolamento ou registro, pintados de modo bem visivel no costado.

    1 As embarcaes do grande porte levaro, ainda na ppa o respectivo nome e o da sde darepartio em que estiverem arroladas. As de menor porte levaro o nome meia-nu.

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    2 O dstico, com o nmero da Colnia Cooperativa a que pertence a embarcao, ser reproduzidode cada lado da vela grande, em cr preta e dimenses convenientes, de forma a ficar bem visvel, e, se aembarcao for a vapor, em cr branca de um e outro lado da chamin.

    3 As demais embarcaes destinadas pesca de arrasto tero as obras mortas e superestruturaspintadas de preto ou cinzento, bem como as que possurem 50 ou mais toneladas brutas e sejamempregadas na pesca linha.

    4 As demais embarcaes de pesca, at 50 toneladas, tero costados pintados de cinzento ou verdeescuro.

    Art. 43. Nenhuma embarcao de pesca poder amarrar ou fundear sobre as boias, rdes ouinstrumentos de pesca de embarcao, nem suspender ou verificar, sob qualquer pretexto, os aparelhosde outrem.

    Art. 44. As embarcaes midas, em que se fizer a pesca linha, devero conservar-se proximas embarcao-base, fundeando ou pairando, conforme as circumstancias o permitirem.

    Art. 45. Nos casos de enlearem as linhas de uma embarcao com as de outra, a que se suspender nopoder conrt-las, salvo motivo de fra maior, cumprindo-lhe, nesse caso, reatar as ditas linhas antes deas largar de novo.

    Art. 46. As embarcaes de pesca, quando em pescaria, noite, devero indicar as respectivas posiespor meio de uma luz branca, collocada, no minimo, a dois metros acima da borda.

    Art. 47. As embarcaes que concorrerem pesca, em uma certa zona, no podero lanar suas rdesde modo a se prejudicarem mutuamente.

    Art. 48. As embarcaes de pesca vedado o acesso a logar circunscrito pelas rdes de outraembarcao.

    Art. 49. A embarcao de pesca que haja atestado o seu carregamento do peixe, ser auxiliado poraquela que lhe estiver mais proxima, tendo esta direito metade do pescado colhido.

    Art. 50. As embarcaes que chegarem simultaneamente a um pesqueiro ocuparo, as maiores, olado do barlavento das menores, em distncia nunca inferior a 50 metros; se as maiores quizeremcolocar-se a barlavento das menores, tomaro posio a 100 metros destas.

    Art. 51. As embarcaes que chegarem a um pesqueiro depois de haver sido a pesca encetada poroutros, tomaro a posio em distancia nunca inferior a 50 metros.

    Art. 52. As embarcaes que estiverem pescando com as redes mveis devero conservar-se sbre asmesmas ou nas proximidades, com as velas arriadas afim de indicarem que se acham em posies.

    Art. 53. As embarcaes de pesca encontradas no mar sem tripulantes sero apreendidas comoabandonadas.

    Art. 54. Os pescadores que fizerem parte, das tripulaes das embarcaes de pesca sero devidamentecolonizados e matriculados nas Capitanias dos Portos, suas Delegacias e Agncias.

    Pargrafo nico. As tripulaes a que se refere ste artigo sero constituidas por dois teros debrasileiros natos.

    Art. 55. Smente as embarcaes destinadas pesca litoranea ou inferior, podero conduzirlivremente pessas da familia do pescador, suas cargas ou bagagens.

    Art. 56. As embarcaes de pesca, em caso de sinistro ou acidente, se devem mtuo auxilio e a que

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    encontrar redes ou utensilios de outra os entregar ao prprio dono, ou autoridade naval de suacircunscrio.

    Pargrafo nico. Ser passvel de pena a guarnio de uma embarcao que se negue a prestarsocorro outra sinistrada.

    Art. 57. O capito das embarcaes destinadas pesca de alto mar ou costeira (piloto ou mestre),dever remeter s autoridades do Servio de Caa e Pesca, no fnal de cada viagem, um mapa contendotodas as informaes relativas sua navegao, quantidade e qualidade do pescado colhido, local, datae hora da pescaria e outros dados referentes natureza dos fundos dos pesqueiros e condies do mar,tempo, assim como tudo mais que possa interessar aos servios da pesca.

    Art. 58. As embarcaes de pesca que se destinam pesca costeira, no curso normal das pescarias,tendo suas equipagens completas e devidamente registradas na repartio competente, podero sahirlivremente dos portos a qualquer hora, depois de darem aviso Capitania dos Portos e PolciaMartima.

    Art. 59. s embarcaes estrangeiras e s nacionaes guarnecidas por estrangeiros, proibido oexercicio da pesca em aguas territoriais brasileiras, sob pena de contrabando e da aplicao de outraspenalidades previstas para o caso.

    Pargrafo nico. No permitido a estrangeiro ter parte na propriedade de aparelhos de pesca, a noser naqueles pertencentes a empresas constitudas de acrdo com o presente cdigo.

    Art. 60. As embarcaes arroladas na pesca, at 8 toneladas brutas, podero conduzir, livremente,produtos de pequena lavoura do pescador.

    Art. 61. O comando das embarcaes de pesca, de mais de 15 metros e menos de 200 toneladasbrutas, costeira ou de alto mar, s ser permitido a pescadores que possuam carta de mestre de pesca.

    Pargrafo nico. Os mestres de pesca diplomados pelas escolas profissianaes de pesca dirigidas peloServio de Caa e Pesca ou por outras escolas a elas equiparadas, podero matricular-se nas Capitaniasdos Postos nestas categorias, e ficam habilitados ao exercicio de suas funes, dispensadas outrasexigncias.

    Art. 62. O comando das embarcaes de pesca de mais de 200 toneladas brutas s pode ser exercidopor brasileiro nato possuindo no mnimo carta de 2 piloto ou de mestre de pesca, diplomado pelasescolas profissionais de pesca.

    CAPITULO VII

    DOS MOLUSCOS E CRUSTACEOS.

    Art. 63. A explorao dos campos naturais de moluscos poder ser feita, desde que os interessados sesubmetam s prescries dste Codigo.

    Art. 64. Uma vez descoberta alguma jazida de moluscos, o interessado dever comunicar, no prazo de10 dias, ao Servio Caa e Pesca, a situao da mesma jazda e as suas dimenses.

    Art. 65. Os bancos de moluscos devero ser assinalados por estacas ou boias nos seus limites extremos,podendo tal servio ser efetuado pelos interessados, com fiscalizao do Servio de Caa e Pesca.

    Art. 66. E' permitido colocar faxina e outros aparelhos coletores de ostras pequenas nos bancos e suasprofundidades, afim de recolher material para a propagao dsses moluscos em outros lugares ouparques.

    Art. 67. Quando os parques ou campos naturais de ostras ficarem situados prximos a lugares onde se

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    Art. 67. Quando os parques ou campos naturais de ostras ficarem situados prximos a lugares onde seexera a pesca de redes de arrasto, esta s poder ser feita a uma distncia de 800 metros referidoscampos ou parques.

    Art. 68. Os ostreicultores e miticultores podero, em poca conveniente, clher os produtos dosparques de sua propriedade, obedecidas as prescries emanadas do Servio de Caa e Pesca, protetorasda criao.

    Pargrafo nico. expressamente proibido, a terceiros, a pesca nos parques particulares deostreicultura ou miticultura.

    Art. 69. A colheita dos campos naturais poder ser feita em qualquer poca, observadas as prescriesacima.

    Art. 70. O Servio de Caa e Pesca permitir o estabelecimento de parques para criao de ostras emexilhes, nos lugares convenientes, desde que essas instalaes no embaracem a navegao.

    Art. 71. O Servio de Caa e Pesca reserva a si o direito do controle sanitrio, no s dos camposnaturais de ostras e mexilhes, como tambm dos parques artificiais.

    Pargrafo nico. Verifica qualquer irregularidade no estado sanitrio de um campo ostrecola, oServio de Caa e Pesca poder suspender a colheita do molusco por tempo que julgar conveniente atque seja verificado o restabelecimento das bas condies sanitrias.

    Art. 72. proibido clher, para alimentao, moluscos aderentes ao metal de embarcaes, ouqualquer outro objeto forrado de metal sujeito imerso.

    Art. 73. proibido fundear embarcaes ou lanar detritos de qualquer natureza sbre os bancos demoluscos devidamente demarcados.

    Art. 74. Os campos naturais de moluscos podero ser explorados em qualquer poca, obedecendo sseguintes prescripes:

    a)os bancos que ficarem descobertos na mar baixa s podero ser explorados comemprego de instrumentos que no arranquem os moluscos em grandes pores;

    b)os bancos que no ficarem descobertos na mar baixa no podero ser explorados pormeio de dragas ou outros instrumentos rascantes, devendo, para isto, ser empregadoscoletores de qualquer tipo;

    c)os pescadores que colherem moluscos que ainda no tenham e tamanho minimodeterminado, so obrigados a lan-los em campos indicados pelo Servio de Caa ePesca at tingirem aquele tamanho;

    d)os exploradores de determinado campo de moluscos so obrigados a conserv-lo semprelimpo:

    e) proibido levar gualquer veculo ou animal ao local em que se procede colheita demolusco.

    Art. 75. O Servio de Caa e Pesca, de acrdo com o resultado das investigaes que empreender,poder fixar pocas de colheitas das ostras e mexilhes, procurandoconsultar conjuntamente osinteresses da criao e dos que se dediquem explorao dos moluscos.

    Art. 76. proibido estabelecer parques ostreicolas nas proximidades de esgotos e despejos de fbricas.

    Pargrafo nico. Os parques naturais de ostras existentes nas condies deste artigo no podem serexplorados para o consumo pblico.

    Art. 77. A propagao das ostras em parques artificiais poder ser feita mediante a colheita das larvas

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    nos campos naturais em coletores julgados apropriados a sse fim, a juzo do Servio de Caa e Pesca.

    Art. 78. Ficaro na obrigao de promover o seu repovoamento, todos os que se dedicarem exporao de parques naturais de moluscos, podendo para isso o Servio de Caa e Pesca fornecer asinstrues necessrias.

    Art. 79. livre a pesca dos crustceos, desde que sejam observadas as restries impostas por stecdigo e as determinaes ulteriores baixadas pelo Servio de Caa e Pesca.

    Art. 80. As malhas ou interstcios dos cvos destinados pesca da lagosta, devem ser de 50 m/m nomnimo para os usados em profundidade acima de 8 braas e 60 m/m no mnimo para as profundidadesmenores, nunca inferiores de quatro braas.

    CAPITULO VIII

    DA COLHEITA DAS ALGAS, ESPONJAS E PLANTAS AQUATICAS

    Art. 81. A colheita de algas, esponjas e plantas aquaticas s poder ser permitida em pocasdeterminadas pelo Servio de Caa a Pesca.

    Art. 82. proibido colher algas e plantas aquticas aderentes a muralhas, cais, obras de alvenaria,barragens, etc., construidas nos portos, rios, canaes e lagas.

    Art. 83. O emprego do escafandro para a colheita de esponjas s ser permitido com licena especialdo Servio de Caa e Pesca.

    Art. 84. A descoberta do qualquer campo esponjifero, dever ser communicada ao Servio de Caa ePesca, dentro do prazo de 10 dias.

    Pargrafo nico. O Servio de Caa e Pesca providenciar sobre o estudo das jazidas, determinando oseu valor industrial, facilitando a sua explorao.

    Art. 85. proibido revolver o solo submerso, cortar as hervas e raizes, salvo por imperiosa necessidadede saneamento. mediante permisso do Servio de Caa e Pesca.

    CAPITULO IX

    DAS LICENAS PARA AMADORES DE PESCA E SCIENTISTAS

    Art. 86. O exercicio da pesca permitido, como distraco, a amadores de pesca, mediante umalicena sujeita taxa anual de 20$000 e valida at 31 de dezembro do ano a que se referir.

    1 O amador de pesca smente poder praticar a pesca interior ou litornea e se uitilizar deembarcaes arroladas nas reparties competentes, na classe de "recreio".

    2 O amador de pesca dever apresentar sua licena a diretoria da Colnia de Pescadores da zonaem que habitar ou comumente praticar a pesca, to somente para efeito de registro e fiscalizao.

    3 O amador de pesca no poder fazer parte de Colonias de Pescadores, nem pescar emembarcaes arroladas na classe de "pesca".

    4 O amador de pesca obrigado a trazer sempre comsigo, durante as pescarias, sua licena eapresent-la, quando exigida, s autoridades encarregadas do servio de fiscalizao da pesca, sob penade apreenso dos seus aparelhos, que passaro a fazer parte do patrimnio da Colnia.

    5 O amador de pesca que de qualquer maneira negociar produto de sua pescaria, ter sua licenacassada o apreendidos os apetrechos de pesca encontrados em seu poder.

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    Art. 87. O Servio de Caa e Pescaria conceder as seguintes cathegorias de licenas:

    a)para brasileiros amadores dapesca;

    b)paracientistas;

    c)para estrangeiros amadores dapesca.

    1 As licenas referidas nas alineas a e podero igualmente ser fornecidas pelas Delegacias Fiscais doTesouro Nacional e Coletorias Federais nos Estados, emquanto no se instalarem as Delegacias de Pesca,e smente sero concedidas para a pesca litornea e interior.

    2 As licenas referidas na alinea b smente sero concedidas pelo diretor do Servio de Caa ePesca, mediante e respectiva requisio por parte do departamento governamental ou instituiocientifica brasileira a que pertencerem os cientistas, e da qual constaro, detalhadamente:

    a)a natureza dos estudos que deveroproceder;

    b)o tempo provvel de durao dalicena.

    3 As licenas para cientistas estrangeiros smente podero ser concedidas mediante solicitao dosgovernos ou instituies estrangeiras, feitas por intermdio do Ministrio das Relaes Exteriores, com osprecisos e detalhados esclarecimentos sobre a natureza dos estudos, zonas em que devero ser procedidos,e seu tempo de durao.

    4 As licenas referidas na alinea b, ficam isentas de qualquer taxa e sero validas smente para otempo estipulado no pedido.

    5 As Delegacias Fiscais do Tesouro Nacional e as Coletorias Federais remetero trimestralmente aoServio de Caa e Pesca a relao das licenas concedidas.

    Art. 88. As licenas a amadores estrangeiros smente sero concedidas pelo prazo de oito dias epagaro a taxa de 10$ (dez mil ris).

    1 As licenas de que trata o presente artigo podero ser renovadas, ficando sujeitas ao pagamentode nova taxa.

    2 So aplicadas ao estrangeiro amador de pesca as disposies contidas nos 1, 2, 3, 4 e 5 doart. 86.

    Art. 89. As licenas ao amador de pesca, nacional ou estrangeiro, maior de 18 anos e menor de 21,sero concedidas mediante prvia autorizao escrita de seus pais ou tutores.

    Art. 90. A licena concedida aos cientistas obrigar a stes fornecer ao diretor do Servio de Caa ePesca:

    a)relao dos exemplares que forem conservados e seudestino;

    b)relao da procedncia dopescado;

    c)observncia completa do decreto n 22.698, de 11 de maio de1933.

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    Art. 91. Os cientistas e amadores de pesca no podero conduzir ou remeter para o estrangeiroprodutos de pesca, tais como ovulos, alevinos ou peixes adultos de quaisquer espcies, sem prvioconsentimento da Diretoria do Servio de Caa e Pesca.

    Art. 92. Os clubs ou associaes de amadores de pesca podero ser organizados, distinctamente ou emconjucto, com os de caa e obedecero s disposies do capitulo II do titulo II deste Cdigo, no que foraplicavel pesca.

    Art. 93. Todos os clubs ou associaes devero ser devidamente registrados no Servio de Caa ePesca, os do Distrito Federal, e nas Federaes das Colnias Cooperativas dos Pescadors, quando nosEstados.

    Pargrafo nico. As Federaes enviaro cpia do registro ao diretor do Servio de Caa e Pesca.

    CAPITULO X

    DA PESCA DA BALEIA E OUTROS CETACEOS

    Art. 94. Ser permitida a caa dos cetceos, inclusive a baleia, aos pescadores que, no dispondo deembarcaes e aparelhagem apropriadas, a faam em canoas, ou outras embarcaes movidas a vela oua remo.

    Art. 95. Esta permisso ser concedida desde que os pescadores no se sirvam de armas de fogo, noestejam a servio de terceiros, nem obrigados a entregar a stes o produto de sua caa.

    Art. 96. No permitido capturar ou matar os filhotes de cetceos, ou cetaceos novos nodesmamados, assim como os que ainda no attingiram o estado adulto e as femeas acompanhadas defilhotes.

    Art. 97. Salvo a exceo do art. 94. nenhuma embarcao poder ser utilizada na caa das baleiassem que tenha para isso obtido uma licena especial, fornecida pela Capitania dos Portos mais prximada zona de captura, mediante notificao prvia mesma.

    Art. 98. Smente poder ser licenciada a embarcao destinada caa da baleia que estiverdevidamente arrolada ou registrada em alguma Capitania dos Portos e de cujo arrolamento ou registroconste o nome, a tonelagem, a respectiva aparelhagem e o rl de equipagem.

    Art. 99. Nenhum navio que arvore pavilho estrangeiro poder utilizar as guas territoriais ou oterritrio nacional para a caa de cetceos e aproveitamento dos produtos capturados, sem que possuauma licena fornecida pelas autoridades brasileiras.

    Pargrafo nico. Seja qual fr a nacionalidade do navio, a concesso desa licena poder ser recusadaou sujeita s condies que as autoridades brasileiras julgarem necesrias.

    Art. 100. Toda a embarcao devidamente licenciada, dever fornecer autoridade encarregada dafiscalizao da pesca no Estado em que fr registrada para serem encaminhadas ao Servio de Caa ePesca, informaes to minuciosas quanto possivel, sob o ponto de vista biologico, de cada baleiacapturada, indicando data e lugar da captura, especie sexo, contedo do estomago comprimentoaproximado ou medido da extremidade do focinho at interseo das nadadeiras caudais, existncia ouno de feto, mencionando comprimento e sexo, se posvel, assim como o contedo do estmago.

    Art. 101. Cada embarcao ser obrigada a fornecer ao Servio de Caa e Pesca a relao numericados cetaceos capturados, com indicaes de espcies, do destino que lhes foi dado, da quantidade de olco eoutros sub-produtos extrados e da estao terrestre onde foi feito o respectivo beneficiamento.

    Art. 102. Os artilheiros ou arpoadores e as equipagens das embarcaes baleeiras sero contractadosde modo que sua remunerao dependa do tamanho, espcie, valor das baleias capturadas e quantidade

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    de oleo extrado e no smente do numero de baleias capturadas.

    Art. 103. Nenhum direito de reclamao assiste a qualquer guarnio baleeira pelo arpoamento comarpo que no esteja devidamente marcado.

    Art. 104. Quando os patres de diversas embarcaes se associarem para a caa de uma ou maisbaleias, o produto da pesca ser dividido em partes iguais pelas respectivas tripulaes.

    Art. 105. Quando uma embarcao encontrar uma baleia arpoada com arpo devidamente marcado,o produto da baleia ser dividido em partes iguais, entre as tripulaes da embarcao que a arpoou edaquela que a houver encontrado.

    Art. 106. O embarque das tripulaes baleeiras obedecer ao disposto no art. 54 e seu pargrafo nico.

    Art. 107. O comando das embarcaes baleeiras obedecer s disposies contidas nos arts. 61 e 62.

    CAPITULO XI

    DA PESCA INTERIOR

    Art. 108. Para todos os efeitos do presente Cdigo, entende-se por pesca interior a que exercida noscursos e bacias de gua doce, conforme o estatudo no art. 4.

    Art. 109. Sero permitidas nos cursos de agua interiores as redes de espera e flutuantes que noexcedam de dois teros da largura da superfcie lquida.

    Art. 110. As redes de espera empregadas na pesca empregadas na pesca interior no poderopermanecer mais de 24 horas no mesmo lugar.

    Art. 111. A pesca com redes ou aparelhos permitidos, fica subordinada, em cada rio ou curso d'gua, ainstrues especiais expedidas pelo diretor do Servio de Caa e Pesca.

    Art. 112. Em beneficio do repovoamento natural ou artificial das aguas interiores, o Servio de Caa ePesca interditar, por tempo indeterminado, a pesca nos cursos de agua, lagos, lagas e lagunas de aguadoce, a que se refere o art. 4.

    Art. 113. expressamente proibido no pesca interior o emprgo do "arrasto" de qualquer espcie,como de qualquer outro aparelho que, rascando o fundo, revolva o solo ou alveo.

    Art. 114. A pesca do piraruc s ser praticada de maro a outubro, ficando interdita nos meses denovembro, dezembro, janeiro, e fevereiro, poca em que se realiza a procriao.

    Pargrafo nico. expressamente proibida a pesca de indivduos jovens desta espcie.

    Art. 115. A pesca da tartaruga proibida do ms de outubro a dezembro, que o tempo em que severifica a desova dsse anfbio.

    Pargrafo nico. proibida a apanha de tartarugas que no tenham atingido ainda plenodesenvolvimento.

    Art. 116. terminantemente proibida a pesca denominada "batio".

    Art. 117. O Servio de Caa e Pesca promover o repovoamento dos lagos, rios e outros cursosinteriores, facilitando o fornecimento de ovos e alevinos necessarios.

    Art. 118. A aclimao de espcies exticas ou das procedentes de outras regies do pas s poder serfeita com prvio conhecimento ou instrues emanadas do Servio de Caa e Pesca, que a respeito far

    os estudos necessrios.

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    os estudos necessrios.

    Art. 119. A instalao de estaes experimentais de biologia ou de piscicultura, em qualquer regio dopas, ficar a cargo do Servio de Caa e Pesca.

    Art. 120. s estaes experimentaes de biologia e de piscicultura do Servio de Caa e Pesca,competir:

    a)realizar estudos referentes biologia dos peixes, propagao e defesa da criao, segundoas condies regionais;

    b)fornecer aos interessados que se queiram dedicar piscicultura todos os elementos einformaes necessrias;

    c)cuidar do povoamento ou repovoamento dos cursos de agua, tanques ou audes,fornecendo ovos, alevinos ou adultos do especie adaptaveis s condies da regio;

    d)observar quais as espcies que meream ser industrializadas e realizar os estudosreferentes aos processos mais aconselhaveis sua conservao e aproveitamentoindustrial;

    e)divulgar entre os industriaes instrues concernentes ao melhor aproveitamento doproduto e sua consequente valorizao comercial.

    Art. 121. A divulgao dos resultados dos estudos realizados nas estaes de biologia ou de pisciculturaassim como a contribuio dos servios discriminados no artigo anterior ficam sujeitas previaapprovao e autorizao do Servio de Caa e Pesca.

    CAPITULO XII

    DAS ESCADAS E TANQUES PARA PEIXES.

    Art. 122. Todos quantos, para qualquer fim, represarem guas de rios, ribeires e corregos, soobrigados construir escadas, que permitam a livre subida dos peixes.

    1 Essas escadas devero obedecer a projetos aprovados pelo Servio de Caa e Pesca, que fiscalizara respectiva construo.

    2 Ficaro isentos dessa obrigao os proprietrios de certas obras que, por motivos de naturezatecnica, a juzo do Servio de Caa e Pesca, no comportarem a construo das referidas escadas pormotivos justos, de natureza tcnica.

    Art. 123. Reconhecida a impossibilidade da construo de escadas, o Servio de Caa e Pescadeterminar outras providencias que redundem em beneficio da fauna fluvial, qual sejam ascensores,tanques de espera ou barragens suplementares para viveiros.

    Art. 124. Resalvados os direitos de terceiros e os interesses da navegao, o Ministrio da Agriculturapoder conceder as guas doces do domnio pblico para a formao de tanques ou lagos artificiaisdestinados criao de peixes.

    1 Cabe a mesma faculdade aos governos dos Estados, em relao s guas de domnio dstes.

    2 Para obter a concesso prevista neste artigo, o interessado dever submeter antecipadamente aaprovao do diretor do Servio de Caa e Pesca ou repartio estadual competente e, os projetos dasobras que tivesse executado este ttulo de propriedade dos terrenos, onde pretender constru-las.

    3 Em todas aes concesses, ser assegurada rigorosa observncia dos dispositivos aplicveis dopresente Cdigo.

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    Art. 125. Os canais adutores e escoadores de agua de servios de minas, bombas, rodas de agua oudestinados a fins agricolas ou industriaes, em caso algum podero ser aproveitados para a pesca.

    Pargrafo nico. Os proprietrios das instalaes mencionadas neste artigo so obrigados a executaras obras de proteo aos peixes, que forem ordenadas pelo Servio de Caa e Pesca.

    TITULO II

    Caa

    CAPITULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS REFERENTES CAA.

    Art. 126. A caa em todo o territorio nacional se far de conformidade com os preceitos dste Cdigo,afim de assegurar o conservao das vrias espcies zoologicas.

    Art. 127. O poder executivo fixar, anualmente, as datas de inicio e encerramento do perodo de caano territorio nacional, para as diferentes especies e regies de acrdo com as indicaes apresentadas peloServio de Caa e Pesca.

    Art. 128. proibida em todo o territrio nacional a caa:

    a)de animais uteis agricultura; de pssaros canoros de ornamentao e outras de pequenoporte;

    b)nos imoveis do domniopublico;

    c)em imveis do domnio privado, sem autorizao do proprietrio ou seurepresentante;

    d)sem licena concedida do acrdo com steCodigo;

    e)nas zonas urbanas esuburbanas;

    f)com visgos, esparrelas. alapes, arapucas, gaiolas com chamarizes; com explosivos ouvenenos, com armas que surpreendam a caa, bem, como, noite com fares, fachos,etc.; Art. 129. tambem proibido:

    a)a venda de aves canras, de ornamentao e de todo o qualquer outro animal silvestre,resalvadas as disposies do art. 130;

    b)a venda de caa viva ou morta,ou de seus derivados, durante o perodo deproteo;

    c)a destruio de ninhos, aves efilhotes;

    d)a colheita de ninhos e ovos, salvo prvia licena concedida, para fins de interessecientfico, pelo Servio de Caa a Pesca;

    e)a venda, transporte, exportao de peles, penas e chifres das espcies nacionais protegidase de outras que forem indicadas pelo Servio de Caa e Pesca;

    f)o transporte de caa viva ou morta nas vias ferreas e estradas de rodagem, durante operiodo de proteo;

    g)a caa em zonas interditadas por ato do Servio de Caa ePesca.

    Art. 122. As especies destinadas a parques de refugio e reservas s pdem ser aprehendidas com

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    aparelhos e instrumentos, no mortiferos, a juizo do Servio de Caa e Pesca.

    Art. 130. permitida a venda de quaisquer animaes silvestres e dos seus productos, quandoprocedentes de parques de criao, de refgio e reserva, registrados no Servio de Caa e Pesca, que osfiscalizar e baixar instrues, regulado as condies de instalao, bem como das dimenses mnimasdos compartimentos em que podem ser mantidos em cativeiro.

    PArgrafo nico. A permisso de que trata o presente artigo ser concedida smente para a venda emfeiras semestrais, regulamentadas pelo Servio de Caa e Pesca.

    Art. 131. permitida, durante o ano todo, a caa de animais daninhos e nocivos agricultura, aohomem, criao domstica e pesca.

    CAPITULO II

    DOS CAADORES E DAS SUAS ASSOCIAES.

    Art. 132. Fica instituido no Servio de Caa e Pesca um registro especial para inscrio das associaesde Caa que existirem ou se organizarem.

    Pargrafo nico. A inscrio ser obrigatoria, mediante o pagamento da taxa de 100$ e, para obt-la,a instituio que solicitar dever possuir os seguintes requisitos:

    a)contar um nmero de scios no inferior a 20, todos munidos da competentelicena:

    b)reger-se por estatutos aprovados pelo diretor do Servio de Caa ePesca.

    c)promover, por todos os meios reconhecidos teis, a defesa da caa, zelando pelocumprimento rigorozo dste Cdigo e instrues que sbre o assunto sejam baixadas;

    d)comprometre-se a acatar e obedecer s determinaes legais do Servio de Caa e Pesca,maxim sbre as aes que viera desenvolver;

    e)sugerir idas de interesse local que concorram para melhor aplicao dos exercciosvenatrios.

    Art. 133. O pedido de inscrio dever ser acompanhado dos seguintes documentos:

    a)relao nominal dos scios, com indicao de sua residncia de cada um do nmero dematrcula do registro de caadores organizado pelo Servio de Caa e Pesca;

    b)cpia dos estatutossociais,

    c)plano sbre os trabalhos que a associao pretende executar em prl da defesa dacaa.

    Art. 134. A's associaes inscritas cabe cooperar, por suas diretorias ou associados individualmente,com as autoridades, no sentido de proteger a criao.

    Art. 135. O associado que cometer infrao a ste Cdigo ser passvel de suspenso ou eliminao doquadro social, sendo suspensa a associao, si sonegar o fato ao conhecimento das autoridadescompetentes, e cancelada a inscrio, na reincidncia.

    CAPTULO III

    DOS PARQUES DE REFGIO E RESERVAS.

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    Art. 136. Com o fim de conservar as especies de animais silvestres, para evitar sua extino e formarreservas que assegurem o repovoamento das mattas e campos, so considerados parques nacionaes derefugio e reservas todos os imveis do dominio pblico.

    Art. 137. As pessoas que tenham sob sua guarda, direo ou fiscalizao, imveis do dominio pblico,respondem pela fiel observancia deste Cdigo no imvel a seu cargo, devendo para isso, adaptar asprovidncias administrativas necessrias inclusive designao de vigilantes especiaes e afixao de avisos.

    Art. 138. Nos parques nacionais de refgio e reserva poder o Governo criar estaes biolgicas paraestudo da ecologia e etiologia dos animais silvestres.

    Art. 139. Os proprietrios de terrenos, campos e matas que desejem organizar parques de refgio ereserva, devero apresentar ao Servio de Caa e Pesca os titulos de propriedade dos referidos imveis.

    Art. 140. No permitida a locao ou sublocao das propriedades particulares e parques de refgioe reserva, a que se refere o art.139, para fins comerciais ou explorao da industria da caa.

    Art. 141. Para o repovoamento dos parques de refgio e reserva, o Servio de Caa e Pesca prestarassistncia tcnica que for necessria, promovendo a permuta das espcies animais e indicando os meiosde sua aclimao e reproduo.

    CAPTULO IV

    DAS LICENAS A CAADORES E CIENTISTAS.

    Art. 142. O exerccio da caa permitido em aos brasileiros mediante uma licena anual, vlida paratodo o territrio nacional, concedida pelo Servio de Caa e Pesca, delegacias fiscais ou coletorias federais.

    Pargrafo nico. A taxa correspondente licena a que se refere ste artigo ser de 30$, paga no atode ser concedida e vlida at 31 de dezembro do mesmo ano.

    Art. 143. A licena a que se refere o art. 142 ser individual e smente vlida quando acompanhada dacaderneta de identidade ou ttulo de eleitor do licenciado.

    Art. 144. Aos maiores de 18 anos e menores de 21 smente podero ser concedidas licenas medianteprvia autorizao escrita dos pais ou tutores.

    Art. 145. Todo portador de licena, em exerccio da caa em determinada zona, dever apresentar-se respectiva autoridade policial.

    Art. 146. As licenas aos cientistas estrangeiros smente sero concedidas pelo Servio de Caa e Pescamediante requisio por parte do departamento governamental ou instituio scientifica brasileira a queestiver subordinado o cientista e na qual constar, detalhadamente, o seguinte:

    a)a natureza dos estudos a seremprocedidos:

    b)as zonas em que devero serfeitos;

    c)o tempo provavel de suadurao.

    Art. 147. As licenas a cientistas estrangeiros podero ser concedidas mediante solicitao de governosou instituies estrangeiras feita por intermedio do Ministerio das Relaes Exteriores, com os precisos edetalhados esclarecimentos sobre a natureza dos estudos, zonas em que devero ser procedidos e tempode durao, bem como submisso completa ao disposto no decreto n. 22.698, de 11 de maio de 1933.

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    Art. 148. As licenas cientistas nacionais e estrangeiros sero isentas do pagamento de quaisquertaxas e sero vlidas smente para o tempo estipulado no pedido.

    Art. 149. Aos turistas poder ser concedida licena especial para caa, pelo prazo de oito dias,mediante o pagamento da taxa de 10$000.

    1 A licena de que trata o presente artigo poder ser renovada, sujeita ao pagamento de nova taxa.

    2 Os turistas esto sujeitos s penalidades pela infrao das disposies deste Cdigo.

    Art. 150. A licena concedida aos cientistas, obrigar a stes fornecer ao diretor do Servio de Caa ePesca:

    a)um relatrio sobre os trabalhos efectuados e suasconcluses;

    b)relao das peas conservadas e seusdestino;

    c)relao da procedncia dacaa.

    Art. 151. Os cientistas e turistas no podero conduzir ou remeter para o estrangeiro produtos de caa,sem prvio consentimento do Servio de Caa e Pesca.

    CAPITULO V

    DA LICENA PARA O TRANSITO DE ARMA DE CAA.

    Art. 152. Todo indivduo que se entregaram o exerccio da caa e dever estar munido de uma licenade porte de armas, o fornecida pela Chefatura de polcia e e que poder ser cassada, quando assim oexigir a segurana pblica.

    Pargrafo nico. Esta licena mencionara a precisamente as zonas de caa que se refira e noautorizar ao porte de armas em lugares o ocasies em que o portador no esteja exercendo a caa, ou empreparativos ou a caminho para exerc-la, e s ser concedida mediante apresentao da licena de quetrata o captulo IV.

    Art. 153. sero consideradas armas de caa, para os efeitos da licena de que trata o artigo anterior,apenas as de uso comum para tal fim.

    Art. 154. no sero concedidas licenas de porte de armas de caa:

    a)aos menores de 18anos;

    b)aosmendigos;

    c)as portadoras de molstias contagiosasevidentes;

    d)a indivduo reconhecido como do lento e o que possa ser nocivo seguranapblica;

    e)se as que tenham sido processados por qualquer crime de leso corporal ou homicdio,praticado por arma;

    f)queles a quem se tenha sido cassado a licena de caador; Art. 155. Fica institudo, emcada Delegacia de Polcia, o livro de "Registro de armas de caa".

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    Art. 156. Todo possuidor de armas de caa obrigado a registradas na Delegacia de Polcia e dalocalidade de sua residncia, quer exera ou no o esporte da caa.

    Pargrafo nico. sse registro ser feito mediante requerimento em que se declare a marca, nmero,calibre de outros sinais de identificao de cada arma.

    Art. 157. quem adquirir, por qualquer forma, uma arma de caa, que fica na obrigao de, no prazode quinze dias, proceder ao registro da mesma na Delegacia de Polcia o da localidade de sua residncia.

    Pargafo nico. Por transmisso, a perda, e na utilizao ou a apreenso de uma arma de caa, ficampossuidor obrigado a, no prazo de quinze dias, requerer baixa do registro da mesma.

    Art. 158. A falta de registro de uma arma de caa acarretar sua apreenso definitiva por qualquer daspessas competentes para fiscalizao e emais autoridades policiais.

    Art. 159. Todo caador obrigado a conduzir as armas desmontadas dentro do permetro das vilas ecidades e em todos os meios de transporte considerados pblicos.

    TTULO III

    Das disposies comuns caa e pesca

    CAPTULO I

    CONSELHO DE CAA E PESCA

    Art. 160. O conselho de Caa e Pesca, com sede no Rio de Janeiro, ser constitudo de onze membros,indicados pelo ministro da Agricultura e nomeados pelo Presidente da Repblica:

    Um representante do Servio de Caa e Pesca; Um representante dos pescadores;Um representante dos caadores; Um representante dos armadores de embarcaes de pesca; Um representante dos industriais de conservas de pescado; Um representante da Marinha de Guerra; Um representante do Museu Nacional; E de mais quatro membros de notria competnciaespecializada.

    Pargrafo nico. O diretor do Servio de Caa e Pesca ser membro honorrio do Conselho, podendotomar parte em tdas as reunies e deliberaes.

    Art. 161. Ao Conselho de Caa e Pesca incube:

    a)colaborar com o ministro da agricultura na aplicao dos recursos oriundos da renda decaa e pesca;

    b)promover e zelar pela fiel observancia deste cdigo e das leis ou regulamentoscomplementares, acompanhando a ao das autoridades e representando-lhes sbre osreclamos de interesse publico;

    c)resolver os casos omissos na presente cdigo e propr ao Govrno a sua emenda, ouqualquer alterao;

    emitir parecer sbre as questes relevantes que as reparties competentes tenho de

    resolver, nos casos em que fr pedido ao Govrno penas indicadas neste Cdigo;

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    d) resolver, nos casos em que fr pedido ao Govrno penas indicadas neste Cdigo;

    e)promover a cooperao dos poderes pblicos, instituies e institutos, emprsas esociedades particulares, na obra de construo e defesa das riquezas pisccolas e de caa;

    f)difundir em todo o pas a educao tendente proteo natureza;

    g)instituir prmios de animao psicultura e a servios prestados proteo da caa e dapesca;

    h)promover anualmente a Festa da Ave e o Dia doPeixe;

    i)organizar congressos de caa e depesca;

    j)organizar concursos de pesca, de embarcaes e motores parapesca;

    k)estimular a criao de ces de caa e a x;xde realizao de exposies concursos dosmesmos;

    l)propugnar pela incluso nos programas de ensino primrio e secundrio do estudo dafauna e flora aquticas e terrestres;

    m)seu regimentointerno.

    CAPTULO II

    FISCALIZAO.

    Art. 163. a execuo das medidas de fiscalizao da caa e da pesca, constantes dste Cdigo, sermantida, em todo territrio nacional, por delegados, guardas o vigias, nomeados ou designados peloGovrno da Unio.

    Pargrafo nico. Os Govrnos dos Estados e Muncpios organizaram um servio de fiscalizao decaa e pesca nos seus territrios diabos, na conformidade do dispositivo dste Cdigo e das instruesgerais das autoridades da Unio, e cooperao com estas no sentido de assegurar a fiel observncia dasleis de caa e pesca.

    Art. 164. Para a fiscalizao da caa o Govrno Federal dever estabelecer uma Delegacia Geral e emcada regio do pas, no Territrio do Acre em uma delegacia regional em cada municpio.

    1 A hierarquia dos delegados, guardas, vigias e mais funcionrios federais ser estabelecida nosregulamentos do Servio de Caa e Pesca. o

    2 Os delegados regionais e mais funcionrios, quando a funo no seja remunerada, esro onomeados bem entre as pessas e Dorian na localidade, constituindo um servio relevante o exerccioregular do cargo, no qual sero conservados enquanto bem servirem.

    3 Os delegados remunerados sero, sempre que possvel, agrnomos, sivicultores ou psicultoresprticos.

    Art. 165. As funes mais dos delegados Gerais podero ser exercidas como ativamente com asinspetores agrcola ou do Fomento da Produo Animal, e as dos demais funcionrios encarregados dafiscalizao da caa com as de funcionrios florestais correspondentes.

    1 Os inspetores investidos das funes de delegado Gerais, e demais funcionrios florestais

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    investidos das funes de fiscalizao de caa, em todo o que disseram respeito a essas funes, entender-se-o diretamente com as reparties do Servio de Caa e Pesca.

    2 Onde houver inspetores agrcolas ou do Fomento da Produo Aniaml, o chefe ser o maisgraduado, sendo as funes exercidas por ambos.

    Art. 166. Para guardas ou vigias, encarregadas da vigilncia direta da caa, sero nomeadoshabitantes do prprio local.

    Pargrafo nico. Se, entre os habitantes do local no houver quem aceite a nomeao, ou rena osrequisitos necessrios para o exerccio do cargo, ser nomeada pessoa idnea, moradora nasproximidades.

    Art. 167. A vigilancia da caa e da pesca obedecer s instrues gerais do diretor do Servio de Caa ePesca e ao plano traado pelo delegado regional, que dividir a municippio sob sua quarda em tanteaszonas quantas necessrias.

    Art. 168. A proteo aos animais nos parques nacionais, de refgio e reserva, nas florestas protetoras eremanescentes, obedecer a normas especiais constantes de regulamentos que o diretor do Servio deCaa e Pesca expedir, ouvido o Conselho de Caa e Pesca.

    Art. 169. Os contratantes de explorao florestal sero obrigados a auxiliar o policiamento da caa eda pesca nas zonas includas em seus contractos, prestando a assistncia solicitada, prevenindo, ouprocurando evitar, por ato prprio ou de seus prepostos, quaisquer infraes, si no puderem, demomento, obter a interveno da autoridade competente.

    Art. 170. Os guardas ou vigias em exerccio no domnio pblico tero direito de ocupar, na zona quefiscalizarem e enquanto exercerem o cargo uma rea, demarcada prviamente, pela repartio florestal,nunca superior a 5 hectares.

    Pargrafo nico. Em caso de exonerao do guarda, ou do vigia, a rea ocupada ser restituda semindenizao ao Govrno, salvo pelas benfeitorias necessrias e teis, regularmente autorizadas.

    Art. 171. Todos os funcionrios de caa e de pesca, em ato de suas funes, so equiparados aosagentes de segurana pblica e oficiais de justia, sendo-lhes facultado, o porte de armas, e cabendo-lhes,em relao polcia de caa e pesca, as mesmas atribuies e deveres consignados nas leis vigentes paraaqules funcionrios.

    Pargrafo nico. Nessa qualidade, devero os mesmos agentes prender e autuar os infratores emflagrante delito, efetuar apreenses autorizadas por ste Cdigo, requisitar fra s autoridades locais,quando necessrio, e promover as divergncias preparatrias do respectivo processo judicirio.

    Art. 172. Em caso de incndio em floresta, que por suas propores, no se possa extinguir comrecursos ordinrios, aos funcionrios competentes requisitar os meios materiais utilizveis, e convocar oshomens vlidos em condies de prestar-lhes auxlio no combate ao fgo.

    Art. 173. Sempre que verificar o como de infrao e se o infrator no tiver sido anteriormenteachado em falta dsse gnero, o guarda, ou vigia, o convidar a cessar a ao proibida. No sendoatendido, usar dos meios coercitivos facultados por ste Cdigo, para evitar que a ao continue, eautuar o infrator, em flagrante, considerando-se a infrao qualificada e consumada, para os efeitos daimposio da pena. Se fr atendido o convite do agente, o infrator responder pelos prejuzos materiaiscausados e ser passvel smente da pena de multa em que houve incorrido.

    Art. 174. A fiscalizao da pesca incumbe ao Servio de Caa e Pesca, Confederao dasCooperativas dos Pescadores do Brasil, s Federaes das Colnias e s Colnias Cooperativas dePescadores, de acrdo com ste Cdigo e instrues baixadas pelo Diretor do Servio de Caa e Pesca.

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    1 As autoridades federais e policiais dos Estados, quando solicitadas, no podero se eximir deprestar todo o seu concurso e auxilio s pessoas incumbidas do servio de fiscalizao de pesca.

    2 Aos funcionrios do Servio de Caa e Pesca e s diretorias das associaes de classe dospescadores, seus agentes e capatazes, so extensivas as disposies dos artigos 170 e seu pargrafo nico,171 e seu pargrafo nico e 173.

    Art. 175. Cabe a qualquer pessoa o dever de opr-se, suasoriamente, prtica de atos que importemem infraes dste Cdigo e de lev-los ao conhecimento autoridade competente.

    CAPITULO III

    DAS INFRAES E PENALIDADES

    Art. 176. Constitue infrao a ao, ou omisso contrria disposio dste Cdigo, incorrendo osresponsveis nas penas adeante estabelecidas.

    Art. 177. A infrao crime, ou contraveno, e ser punida com priso, deteno e multa, conjuntaou separadamente, a critrio do juiz, de modo que a pena seja, tanto quanto possvel, individualizada.

    Art. 178. Aplicam-se s infraes dste Cdigo os dispositivos legais, sbre prescrio, suspenso dacondenao, e quaisquer institutos de polcia criminal, que venham a ser adotados na legislao comum.

    Art. 179. Quando a infrao fr cometida com apropriao de embarcaes, aparelhos, materiais,produtos ou sub-produtos, de caa e pesca, sero stes apreendidos, onde se encontrem, e quem os retiverindevidamente, si se provar que era, ou tinha razo de ser, conhecedor de sua procedncia, ser passvelda penalidade imposta ao infrator.

    Art. 180. A incidncia das sanes penais no exclue a responsabilidade civil pelo dano causado, nem areparao dste exime daquelas sanes.

    Art. 181. A indenizao do dano causado aos parques de refgio e reserva, viveiros, audes ou criao silvestre ou aqutica, do domnio pblico, avaliado de plano, pelo agente fiscal, no auto deinfrao que lavrar e subscrever, com duas testemunhas, ser cobrada em executivo fiscal, assegurada aplenitude de defesa do ru.

    Art. 182. A importncia, paga como indenizao do dano causado a que se refere o artigo anterior seraplicada na restaurao do mesmo, adotando-se em cada caso, por determinao do juiz do feito, ou doConselho de Caa e Pesca, as medidas convenientes para assegurar a observncia desta regra.

    Pargrafo nico. No caso de se no adotarem as normas dste artigo sero responsveis,solidriamente, pela aplicao da indenizao, quem receber a importncia correspondente e quem apagar.

    Art. 183. O material de caa e pesca, ou produtos das mesmas indevidamente apropriados, ou seuvalor em moda, sero restitudos aos seus proprietrios, se a infrao houver sido praticada em domnioparticular, e vendidos em hasta pblica, se retirados do domnio pblico.

    Art. 184. Se a infrao fr cometida pelo proprietrio. proceder-se-, quanto ao material, produtos ousub-produtos apreendidos, como se originrios de bens do domnio da Unio.

    Art. 185. Sero tambm apreendidos e vendidos em hasta pblica, os instrumentos, as mquinas e, emgeral, tudo de que se houver utilizado, ou se utilizar, o infrator, e o que fr encontrado em seu poder,quando ste fato constituir infrao.

    Pargrafo nico. Quando se tratar de rdes e aparelhos de pesca no permitidos por ste Cdigo, seroimediatamente inutilizados, lavrando-se o respectivo trmo assinado pela autoridade, duas testemunhas

    e o infrator, si possvel.

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    e o infrator, si possvel.

    Art. 186. Quando no seja possvel a apreenso, por estarem consumidos os produtos ou sub-produtos,e se fr imposta somente a pena de multa, esta no ser menor que a do valor dos objetos consumidos,com 20 % de acrscimo.

    Art. 187. A reparao civil do dano causado por infrao contra a propriedade privada ser, sempre, deiniciativa do interessado, que a pedir ao juzo comum Art. 188. Nas infraes em que fr possvel atentativa, esta no se distingue da infrao consumada para os efeitos da aplicao das penas de priso,deteno e multa, ressalvado o disposto no art. 186.

    Art. 189. Constituem crimes contra as leis da pesca da caa:

    a)o emprgo de dinamite ou de outro qualquer explosivo, na pesca - pena: priso at doisanos e multa de 1:000$000;

    b)o emprgo de substncias venenosas ou entorpecentes, na pesca - pena: priso at umano e multa de 1:000$000;

    c)

    apanhar, colhr, guardar ou destruir ou exportar ovos, larvas e alevinos de qualquerespcie da fauna aqutica, procedentes de guas do domnio pblico, resalvados os casosde estudos cientficos, com prvia permisso do diretor do Servio de Caa e Pesca - pena- priso at um ano e multa de 1:000$000;

    d)apanhar, colhr, guardar, destruir ou exportar ninhos e ovos de espcies da funaterrestre, protegidas pelo Servio de Caa e Pesca, resalvados os casos de estudoscientficos, com prvia permisso - pena - priso at um ano e multa de1:000$000;

    e)dano causado aos viveiros ou tanques de criao, de qualquer natureza, bem como aosparques de reserva e refgio - pena - priso at um ano e multa de 1:000$000;

    f)fgo posto nos parques de criao de refgio ou reserva de caa, quer do domnio pblicoou particular - pena - priso at trs anos e multa at 2:000$000;

    g)introduo de instos ou outras pragas, cuja disseminao nos parques de reserva ourefgio os possa prejudicar no seu valor econmico, conjunto decorativo, ou finalidadeprpria - pena - priso at trs anos e multa at 2:000$000;

    h)destruio da flora ou da funa aqutica ou terrestres que por sua raridade, valoreconmico, ou outro qualquer aspcto, merea proteo especial dos poderes pblicos -pena - priso at quatro meses e multa at 1:000$000;

    i)violncia contra as autoridades de caa e de pesca, no exerccio regular de suas funes,por agresso, ou resistncia a suas ordens legais - pena - priso at um ano ou multa at1:000$000;

    j)infrao do art. 59 dste Cdigo - pena - priso at dois anos, multa de 2:000$000 eapreenso do carregamento;

    k)infrao do art. 30 - pena - priso de um at dois anos e multa de2:000$000.

    Art. 190. As infraes no especificadas no artigo anterior constituem contravenes.

    Art. 191. Nos casos do art. 189 a pena ser de priso em dbro sempre que o infrator fr reincidente ouincorrigvel.

    Art. 192. Constituem contravenes s leis de caa e de pesca :

    a)infrao dos artigos 24, alnea f e 140; pena -multa de5:000$000;

    b)infrao dos artigos 24, alneas g, h e i; 25 e 129, alneas d e f; pena - multa de1:000$000;

    infraes dos artigos 24, alneaas b, c, d, e, l, m, p e q; 76 e pargrafo nico; 91; 96; 97;

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    c) 113; 114 e pargrafo nico; 115 e pargrafo nico; 125 e pargrafo nico; 129 e alneas a,b, c, e e g; 151 - pena - multa de 500$000;

    d)infraes dos artigos 26; 28; 40; e seus pargrafos; 54 e pargrafo nico; 55; 56 epargrafo nico; 57 e pargrafo nico; 86 e seus pargrafos; 100; 101; 116; 128 e alneasa, b, c, d e f; - pena - multa de 200$000;

    e)infraes dos artigos 12 e pargrafo nico; 43; 73; 83; 85; 95; 109; 110; 156; 157 epargrafo nico; 158 e 159; - pena - multa de 100$000;

    f)infraes dos artigos 24, alneas a, n, e o; 42 e seus pargrafos; 46; 47; 74 e alneas c, d ee; 82 e 84 - pena - multa de 50$000;

    g)infraes de outros dispositivos no enumerados nste captulo, confrme as casos e asciscunstncias agravantes e atenuantes que os revestirem; - pena - multa de 50$000 a200$000.

    Art. 193. A pessa no habilitada nos trmos dste Cdigo que pratique a caa ou a pesca, mesmoocasionalmente, incorrer na multa de 50$000, elevada ao dobro, quando se utilizar de matrcula oulicena de outrem.

    Art. 194. O possuidor de matrcula ou licena, cujo tor apresentar alteraes ou anotaes feitas porpessa no autorizada, incorrer na multa de 100$000.

    Art. 195. A reincidncia na infrao da alnea f do artigo 24, ser punida com o dobro da multa,apreenso da carga e proibio de pesca por prazo determinado pelo diretor do Servio de Caa e Pesca;nunca inferior a 30 dias.

    Art. 196. Alm da multa a que se refere a alnea k do art.189, o infrator do disposto no art. 30 serobrigado a demolir e arrancar, por sua conta, imediatamente, as cercadas, currais ou engenhos fixossemelhantes, ou indenizar as despezas feitas com a destruo.

    Pargrafo nico. A reincidncia da infrao do artigo 30 sujeita o infrator, alm das penas constantesdste artigo, a de deteno at trs meses.

    Art. 197. Em caso de reincidncia, qualquer das multas contidas nos artigos anteriores ser eelvada aodobro, sendo apreendidos o material e produto de caa e pesca em poder do contraventor, suspensa suamatricula ou licena por 30 dias.

    Art. 198. Ao reincidente que no satisfizer, dentro de trinta dias, a pena que houver incorrido, seraplicada a pena de 30 dias de deteno, alm da cassao definitiva da matricula.

    Pargrafo nico. A autoridade dever conceder o praso acima determinado, quando se tratar depessa reconhecidamente pobre, desprovida de recursos, para fazer o pagamento devido. A concessoficar, porm, revogada, se ocorrer nova infrao cometida pela pessa a quem favoreceu.

    Art. 199. A embarcao de pesca que fr encontrada em infrao, garante, preferncialmente, opagamento da multa proposta.

    Pargrafo nico. Ficam subsidiaria e sucessivamente obrigados ao pagamento da multa imposta erespondem pelo cumprimento da pena de priso ou deteno:

    a)o comandante, mestre ou patro da embarcaorespectiva;

    b)o proprietrio da mesma embarcao;

    c)o guarda ou proprietrio do aparelho em que incorreu ainfrao.

  • 20/01/15 Decreto n 23.672, de 2 de Janeiro de 1934 - Publicao Original - Portal Cmara dos Deputados

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    Art. 200. Verificada qualquer infrao dste Cdigo, o funcionrio a autoridade ou pessa que arepresentar, ou que a constatar, lavrar quanto antes o respectivo auto, se possvel, com a assinatura doinfrator e de duas testemunha.

    1 Se o infrator no estiver presente, ser notificado por escrito, e intimado a apresentar sua defesano prazo de cinco dias.

    2 Caso o infrator no seja prontamente encontrado a notificao ser feita por aviso ser afixadonas reparties competentes ou na Colnia Cooperativa, a que pertencer.

    Art. 201. O auto de infrao ser remetido, logo que findo o praso de cinco dias, com defesa, se tiverhavido, e informao do autuante, autoridade administrativa competente, para julgamento.

    Pargrafo nico. Da deciso da autoridade administrativa poder haver recurso para o diretor doServio de Caa e Pesca, dentro do prazo mximo de 15 dias e depois de feito o depsito da multa domesmo Servio, nas Deelgcias Fiscais, ou Coletorias Federais.

    Art. 202. A multa que no fr paga no prazo de 15 dias, aps a notificao, ser cobrada,judicialmente, por ao executiva.

    Art. 203. Se o infrator fr funcionrio pblico federal, estadual ou municipal, alm das penasindicadas nos artigos anteriores, ser punido com a demisso.

    Art. 204. Todo particular que consentir em sua propriedade a caa ou a pesca fra das disposiesdste Cdigo, ficar incurso na mesma falta que tiver praticado a pessa apanhada na infrao.

    Art. 205. Todo aquele que danificar por qualquer circunstancia a propriedade pblica e privada,quando no exerccio da caa ou da pesca, responder pelos danos, na frma do direito comum.

    Art. 206. A falta de cumprimento por parte do pescador dos deveres a que obrigado pelo artigo 23 osujeitar pena de suspenso at 30 dias, confrme a gravidade da falta e cassao da respectivacaderneta, na reincidncia, aJuzo do Diretor do Servio de Caa e Pesca, que dar conhecimento Repartio Naval competente, para ser efetuada a respectiva baixa na matrcula.

    Art. 207. As diretorias das Colnias Cooperativas, das Federaes e da Confederao, que, por motivono justificado, deixarem de cumprir pontualmente o disposto no pargrafo nico do art. 21, seropassveis de advertncia, ficando o diretor responsvel sujeito pena de suspenso e destituo no casode reincidncia.

    Art. 208. Ser passvel de pena de deteno at 30 dias todo o indivduo que por qualquer meio fizerpropaganda para que o pescador deixe de cumprir os deveres estatudos no artigo 23.

    Art. 209. Os diretores das associaes de classe dos pescadores, seus agentes e capatazes que por aoou omisso deixarem de cumprir os deveres impostos pelo art. 174 e seus pargrafos, sero destitudospelo diretor do Servio de Caa e Pesca, e ficaro sujeitos s penalidades previstas no Cdigo Penal, pelainfrao cometida.

    CAPITULO IV

    PROCESSO DAS INFRAES.

    Art. 210. Os crimes contra as leis de caa e pesca processam-se como os comuns; as contravenesobedecero s normas especiais dste Cdigo, atendidos os preceitos gerais no alterados e aplicveis.

    Art. 211. O processo e julgamento das contravenes se far na mesma comarca, ou trmo, do fato;

    havendo, unicamente, recurso necessrio em caso de absolvio ou de suspenso da condenao e

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    havendo, unicamente, recurso necessrio em caso de absolvio ou de suspenso da condenao evoluntrio nos demais casos sentena final.

    Art. 212. A autoridade policial que tiver notcia da contraveno, por informao de autoridade decaa e pesca, ou por qualquer outro meio, ouvir, dentro de 48 horas, o acusado, o denunciante, ouqueixoso, e as testemunhas, e proceder a exame sumrio e, quando possvel, tomada de fotografias nolugar da infrao, para determinar a extenso do dano causado.

    Art. 213. O auto de flagrante, lavrado por guarda, ou vigia, ou outra autoridade competente, subscritopor duas testemunhas e revestido das demais formalidades legais, faz prova plena, relativamente ao fatoque dle constar, sem necessidade de confirmao judicial, resalvando, porm, ao acusado, de direito deproduzir melhor prova em contrrio.

    Art. 214. Terminadas as diligncias do art. 212 ou independentemente delas se tiver havido auto deflagrante, o representante do Ministrio Pblico, recebendo sse mesmo auto, ou os do processo,oferecer denncia com as formalidades legais, requerendo a citao do infrator para se ver processar ejulgar na primeira audincia.

    1 Se, porm, o representante do Ministrio Pblico o reconhecer de justia poder requerer oarquivamento do processo, o que se far dsde logo, deferindo o juiz o requerido.

    2 Se o representante do Ministrio Pblico retardar por mais de 3 dias a denncia, ou se o juizdesatender ao pedido de arquivamento, proceder-se- ex-officio.

    3 O infrator ser citado pessoalmente para se ver processar na primeira audincia; no sendoencontrado, a citao far-se- por editais, com o prazo de 5 a 30 dias, a critrio do juiz, conforme adistncia entre a sde do Juzo e o lugar da infrao, dispensada a justificao prvia da ausncia.

    4 Na audincia marcada, apregoado o infrator, lidos pelo escrivo os autos ou as principais peasdstes, a critrio do juiz, sero ouvidas sumariamente e de plano, sem trmo de assentada, astestemunhas da acusao, e, depois, as de defesa, que devero estar presentes e no excedero de trs decada parte.

    5 Alm das testemunhas, as partes podero apresentar, na mesma audincia documentos queentenderem convenientes, e alegaes escritas.

    6 Aps a inquirio, o juiz abrir debates orais, que constaro, apenas, da acusao e da defesa, noprazo mximo de 15 minutos cada uma, sem rplica.

    7 Do que ocorrer na audincia lavrar o escrivo, trmo nos autos, com o resumo dos depoimentose dos debates.

    8 Findos os debates, o juiz proferir a sentena, ou adiar a deciso, devendo, neste caso, profer-lana primeira audincia subsequente ou, no mximo, at sete dias depois.

    9 Da sentena condenatria e, nos processos de ao privada, da sentena absolutria, caberapelao voluntria interposta dentro de 48 horas da intimao pessoal da parte.

    10. Os autos em apelao sero expedidos, ou postos no Correio local, dentro de 5 dias contados dainterposio do recurso, salvo impedimento judicial comprovado.

    11. Smente poder apelar, o infrator depois de detido, ou quando depositada a importncia damulta e das custas, conforme a pena imposta, ou prestada a fiana arbitrada.

    12. A remessa dos autos instncia superior far-se- independentemente da intimao das partespara cincia da apelao ou da prpria remessa.

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    13. E' facultado s partes juntarem novos documentos s razes da apelao.

    14. As sentenas passadas em julgado sero logo executadas pela priso do infrator, se estiver solto,ou pela intimao para pagamento, dentro de 48 horas, da multa, e demais cominaes.

    Art. 215. Se a sentena abranger cousas apreendidas, sero estas, logo que ela passar em julgado,conforme o caso, vendidas em hasta pblica, ou entregues ao legtimo proprietrio.

    Art. 216. No cabe fiana nos delitos de caa e pesca previstos nas letras a, b, f, i e k do art. 184.

    CAPITULO V

    DISPOSIES DIVERSAS.

    Art. 217. Quaisquer reparties ou servios de caa e pesca organizados pelos Estados cingir-se-o aosdispositivos dste Cdigo.

    Art. 218. Tais reparties ou servios estaduais j existentes ou que forem creados posteriormente,ficam obrigados a remeter ao diretor do Servio de Caa e Pesca, do Ministrio da Agricultura:

    a) trimestralmente, tdos os dados estatsticos concernentes licenas, registros que conceder, bemcomo das multas que aplicar e dos fiscais que possuir. b) comunicar todoso os serus atos, referentes caa e pesca, e que possam interessar aos demaisEstados; c) manter o intercmbio de material de caa e pesca, ou especimes da fauna terrestre e aqutica,com o Servio de Caa e Pesca.

    Art. 219. O diretor do Servio de Caa e Pesca, de conformidade com as concluses dos estudos einvestigaes que se forem efetuando, determinar os perodos de caa e pesca para as diferentesespcie,s e nas diferentes zonas do pas, tamanhos mnimos do pescado, dimenses de malhas equalidades de apetrechos de pesca.

    Art. 220. O Servio de Caa e Pesca exercer o controle nas fbricas de conserva do pescado, nosentido de exigir as boas condies sanitrias de suas instalaes e da manipulao dos produtos.

    Art. 221. O Servio de Caa e Pesca redigir comunicados sucintos, de caracter prtico e informativo,sobre a fauna e flora, sua proteo, seu desenvolvimento e sobre o exerccio da caa e pesca, divulgando-os pela imprensa e, pelas estaes de radio.

    Art. 222. O diretor do Servio de Caa e Pesca cassar a matrcula do indivduo matriculado comopescador que no esteja exercendo a profisso, a no ser por motivo de doena ou idade avanada,comunicando Repartio Naval para a necessria baixa da mesma.

    Pargrafo nico. Cabe s Colonias Cooperativas de Pescadores fornecer as relaes dos pescadoresmatriculados e que no exeram a profisso, para os efeitos do presente artigo.

    Art. 223. Tdas as decises administrativas, fundadas ilegitimamente em dispositivos dste Cdigo,podero ser anuladas em juzo, mediante a ao especial de anulao de atos administrativos lesivos dedireitos individuais, ou mediante interdito possessrio.

    Art. 224. O Servio de Caa e Pesca ter, alm de suas dotaes oramentrias comuns, uma quotaanual, correspondente a dois teros da rend