decoração · isso quer dizer que, na hora de decorar, é preciso não apenas ficar atento à cor...
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Decoração
Módulo II
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SSuummáárriioo
Unidade 3 – Cores e ornamentos ................................................................................... 3
3.1 – Cores................................................................................................................ 4
3.2 – As cores no ambiente........................................................................................ 7
3.3 – Esquema de cores ............................................................................................. 9
3.4 – Decoração de paredes ..................................................................................... 14
3.5 – Iluminação ..................................................................................................... 19
3.6 – Tapetes........................................................................................................... 23
3.7 – Cortinas.......................................................................................................... 25
3.8 – Organização ................................................................................................... 28
3.9 – Acessórios na decoração................................................................................. 33
Unidade 4: Ambientes................................................................................................. 35
4.1 – Sala de estar e sala de TV ............................................................................... 36
4.2 – Salas de Jantar................................................................................................ 43
4.3 – Copa e Cozinha .............................................................................................. 45
4.4 – Banheiros e Lavabos ...................................................................................... 48
4.5 – Quartos........................................................................................................... 52
4.6 – Home Office................................................................................................... 60
4.7 – Varandas ........................................................................................................ 61
Unidade 5: Jardinagem e paisagismo........................................................................... 64
Encerramento.............................................................................................................. 76
Bibliografia................................................................................................................. 77
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UUnniiddaaddee 33 –– CCoorreess ee oorrnnaammeennttooss
Introdução
No módulo I, vimos alguns aspectos mais gerais da decoração, tal como estilo,
história do mobiliário, orçamento, planejamento, diferenças entre as profissões,
elementos como portas e janelas, entre outros.
No que diz respeito aos elementos, tais como portas, janelas e paredes,
discutimos escolhas, tipos de materiais e funções, auxiliando, principalmente, aqueles
que possuiam um imóvel na planta ou que estavam dispostos a gastar maiores
montantes de dinheiro em uma decoração, seja por necessidade de trocar um piso, por
exemplo, ou para melhorar esteticamente um ambiente já existente, ampliando-o ou
diminuindo-o de acordo com as necessidades existentes.
Nesta parte do curso, vamos começar a nos aprofundar mais nos elementos
decorativos, focando-nos, principalmente, naqueles que não envolvem, necessariamente,
quebradeiras e bagunças, e que são fundamentais para quem quer apenas melhorar a
relação que possui com o próprio lar ou corrigir imperfeições na casa, sem
necesariamente aumentar ou diminuir o espaço já existente.
Esses elementos, tão importantes quanto pisos e forros, são as texturas, os
revestimentos, as cores, os quadros, a iluminação, as cortinas, a tapeçaria e outros
elementos decorativos, como vasos de plantas, por exemplo.
Portanto, essa unidade tem como objetivo focar-se nesses elementos, começando
por dar contorno à decoração de seu lar.
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3.1 – Cores
Você talvez já tenha reparado que as cores
estão em todos os lugares de nossa casa e não apenas
nas paredes, como muita gente pensa. Além das
paredes, o rack, a tv, o sofá, as almofadas, o abajur, os
quadros na parede, a toalha de mesa, os enfeites da
estante etc. têm diversas cores que afetam no aspecto
visual final da composição de um ambiente.
Isso quer dizer que, na hora de decorar, é
preciso não apenas ficar atento à cor da parede que irá
utilizar, mas também se os móveis possuem cores harmoniosas entre si e também entre
as paredes.
Há diversos modos de escolher cores, por isso a maioria das pessoas fica
apreensiva neste momento. No entanto, selecionar os tons que mais gostamos não é tão
difícil, pois, diariamente, combinamos cores de maneira intuitiva, normalmente com
grande acerto, por exemplo, quando escolhemos roupas.
Mesmo que você já se sinta confiante sobre combinações de cores, vale a pena
aprender e entender como elas se originam e as combinações que podem formar, sendo
assim, vamos nos dedicar a esse estudo agora.
Círculo de Cores
É um círculo ou disco que representa
as três cores primárias, as três cores
secundárias e seis cores terciárias, de acordo
com a gradação de cores, englobando
também as cores quentes e frias.
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Cores primárias
São chamadas de cores primárias as cores azul, amarela e vermelha. Elas
possuem esse nome porque são por meio delas que todas as outras cores que
conhecemos são formadas. A mistura dessas cores origina as cores secundárias, veja
como:
Amarelo + azul = verde
Amarelo + vermelho = laranja
Azul + vermelho = violeta
Cores secundárias e terciárias
As cores secundárias são as cores originadas das misturas entre cores primárias.
São elas: verde, laranja e violeta, conforme vimos no tópico anterior. Quando
misturadas com uma outra cor primária, as cores secundárias originam novas cores, as
chamadas cores terciárias. Veja como:
Vermelho + Roxo = Vermelho-arroxeado
Vermelho + Laranja = Vermelho-alaranjado
Amarelo + Verde = Amarelo-esverdeado
Amarelo + Laranja = Amarelo-alaranjado
Azul + Verde = Azul-esverdeado
Azul + Roxo = Azul-arroxeado
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Cores análogas
São as cores vizinhas no Círculo de Cores, portanto, próximas entre si. São
chamadas de análogas, pois há nelas uma mesma cor básica. Por exemplo, o amarelo-
escuro e o vermelho-vivo têm em comum a cor laranja.
Elas são usadas para dar a sensação de uniformidade. Uma composição em cores
análogas em geral é muito elegante, porém, deve-se tomar o cuidado para não deixá-la
monótona. Veja abaixo alguns exemplos de composições:
- Azul / Azul-esverdeado / Verde
- Azul / Azul-arroxeado / Roxo
- Vermelho / Vermelho-alaranjado / Laranja
- Vermelho / Vermelho-arroxeado / Roxo
- Amarelo / Amarelo-alaranjado / Laranja
- Amarelo / Amarelo-esverdeado / Verde
Temperatura das cores
As cores podem influenciar na percepção de um clima por meio da sensação de
temperatura que criam. Por isso, podemos classificar as cores em cores quentes ou frias,
sendo que as ores quentes são responsáveis por estados de maior excitação e
movimento, e as cores frias responsáveis por estados de tranquilidade e/ou distância.
As cores quentes são: vermelhos, laranjas e amarelos. Elas estão associadas ao
Sol e ao fogo, por isso carregam em suas composições, essa sensação de calor.
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Já as cores frias são as de tons azuis, violetas e também alguns tons de verde.
Estão associadas à água, ao céu e às árvores. Transmitem sensação de frio, melancolia e
tristeza.
Cores neutras
São as cores que não apresentam referências de tons quentes ou frios. São as
bases para qualquer outra cor, de qualquer tonalidade. Destacam-se o preto, o cinza, o
branco, o marrom e o bege.
3.2 – As cores no ambiente
As cores possuem diversas funções em um ambiente. Elas influenciam o nosso
estado de espírito, ajudam a criar diferentes atmosferas e conseguem alterar visualmente
as proporções de um ambiente. Além disso, corrigem ambientes arquitetônicos, podem
criar efeitos de frieza ou aconchego e, ainda, valorizam e criam centros de interesse. A
seguir, vamos ensinar a você como utilizar as cores na sua decoração.
Escolhendo as cores
Na hora de escolher as cores, algumas
considerações sobre o ambiente são importantes,
como a presença de luz natural e artificial, as
dimensões – altura, largura e profundidade –,
portas, vigas, pilares, colunas, o material das
superfícies, texturas etc.
Além disso, você precisa levar em
consideração as atividades realizadas em cada
ambiente, quem vai utilizá-lo, qual a atmosfera
que você deseja criar, o estilo etc., pois para cada
uma dessas características, existem diversas possibilidades de escolhas de cores. A
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melhor maneira de fazer isso é seguindo um roteiro de perguntas, como fizemos das
outras vezes, e anotando no seu caderninho. Também é interessante colocar amostras de
cores juntas ou pintar um pedaço da parede com diversas tonalidades.
Veja alguns exemplos de como as cores podem influenciar de acordo com as
características que você definiu.
Atmosfera
Tranquila e calma: pode ser alcançada com a utilização de tons suaves,
tonalidades claras, tons pastéis etc.
Luminosa: pode ser conseguida com uma composição toda em branco.
Espaço
Você pode criar a sensação de que sua casa é maior ou menor utilizando apenas
cores. Com elas, é possível aproximar paredes ou aumentar o tamanho do teto, por
exemplo.
Para criar uma casa espaçosa, o ideal é utilizar bastantes cores frias, pois tendem
a afastar as superfícies, criando a sensação de amplitude. Para evitar a sensação de
frieza e impessoalidade, aposte em alguns pequenos elementos coloridos.
Aumentar ou diminuir um espaço
As cores quentes são usadas normalmente para aproximar as paredes e diminuir
espaços. Com esse recurso você consegue criar, com mais facilidade, ambientes
aconchegantes e estimular o apetite. Já as cores frias ajudam a aumentar as dimensões
de uma casa, já que possuem a propriedade de afastar paredes.
As cores não precisam ser usadas exclusivamente nas paredes para causarem
efeitos de amplitude. É possível usá-las em móveis, almofadas e sofás, por exemplo.
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3.3 – Esquema de cores
Nesta unidade, temos visto a teoria das cores, ou seja, a teoria responsável pelas
categorias que vimos até agora, como cores primárias, neutras, quentes, análogas etc.
Dentro dessa teoria há também os chamados esquemas de cores, que são maneiras de
escolher combinações de cores para determinado design.
Esses esquemas têm como propriedade influenciar os usuários de um
determinado ambiente e podem ser aplicados na decoração de modo harmônico ou
contrastante.
O modo harmônico é aquele em que as cores não competem entre si, ou seja, o
ambiente é percebido como um todo. Já o contrastante costuma eleger uma cor para
destaque no ambiente.
Dentro do modo contrastante, podemos encontrar diversos esquemas, como:
- Acromático: que não se utiliza de cor, variando entre preto, branco e/ou cinza.
- Neutro: baseado em cores encontradas na natureza, como areia, cru, canela etc.
- Análogo: que pressupõe cores próximas no círculo.
- Complementar: que se utiliza de cores opostas no círculo cromático.
- Triádico: esquema que se utiliza das três cores primárias.
Cada esquema de cor pode ter um efeito na nossa percepção do ambiente. Por
exemplo, o esquema neutro, aquele que se utiliza de cores da natureza, costuma trazer
para o ambiente a sensação de aconchego.
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Efeitos cores no ambiente
Como pudemos notar, as cores podem afetar as nossas percepções sobre um
lugar, trazendo-nos a sensação de alegria, tristeza,
fome, aconchego, entre outras. Veja agora a sensação
que cada cor pode nos trazer.
Magenta: baseada nas cores vermelho e violeta, é
considerada uma cor vibrante. Pode ser aplicada em
ambientes amplos, principalmente em áreas sociais onde as
pessoas se reúnem para celebrar. Nos negócios, é uma tonalidade que tende a inspirar e
encorajar profissionais a tomarem certas iniciativas.
Amarelo: é a cor da criatividade. No ambiente doméstico,
pode ser aplicado em áreas que exigem concentração, como escritório ou local de
estudo. Comercialmente falando, essa cor pode ser aplicada em ambientes de
degustação como bares e restaurantes, pois estimula o apetite.
Dourada: por ser a cor que lembra o ouro, e está
frequentemente associada à riqueza, glamour, ou seja, algo majestoso.
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Prateado: sempre esteve ligada às inovações, principalmente
quando citamos tecnologia, modernidade.
Azul: por estar localizada entre o violeta e o
verde, transmite a sensação de calma e
tranquilidade. É uma cor que busca o equilíbrio
emocional e deve ser utilizada por pessoas mais
agitadas. Quando aplicada em ambientes com
pessoas calmas, pode provocar sono.
Branco: é aceita em qualquer ambiente. Em ambientes
pequenos, aumenta a percepção do espaço. Já em ambientes maiores, transmite uma
sensação de limpeza, principalmente quando recebe luz direta e intensa. Para que o
ambiente não se torne tão claro, o ideal é preparar uma decoração com móveis e objetos
coloridos.
Laranja: ótima cor para estimular criatividade e
comunicação em ambientes residenciais. Também pode ser usado em ambientes sociais
como a sala de jantar e de visitas. Já nos negócios, é muito comum em empresas de
publicidade e propaganda e também em áreas de alimentação.
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Bege: é considerada uma cor clássica que transmite calma
e passividade.
Marfim: assim como a cor palha ou pastel, é considerada
uma cor neutra e pode ser utilizada em qualquer ambiente, desde que a decoração
planejada permita sua utilização. Nesse sentido, quanto mais suave, melhores serão as
possibilidades de combinação com outras cores.
Marrom: o marrom ou castanho nos transmite a ideia de
terra. Essa cor lembra madeira e sugere um aspecto mais rústico da decoração. É
considerada uma cor sólida e calorosa, capaz de transmitir sensação de envolvimento.
Preto: é uma cor que simboliza a sofisticação, mas, quando
utilizada em excesso, pode estragar esse conceito. Costuma ser utilizada em contraste
com o branco.
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Roxo: significa prosperidade, nobreza e respeito. No
entanto, quando utilizada em excesso, pode transmitir a
sensação de tristeza, podendo levar algumas pessoas à
depressão.
Rosa: muito delicada, costuma ser utilizada com grande
frequência em quartos femininos. Porém, assim como o roxo, quando utilizada em
excesso pode trazer desgastes, transmitindo a sensação de fraqueza emocional.
Verde: a cor verde está associada ao combate do estresse,
proporcionando descanso e tranquilidade. Também é muito utilizada em ambientes de
saúde.
Vermelho: essa cor, por si só, transmite uma sensação de
energia e sensualidade. Em ambientes como cozinha ou sala, estimula o apetite e a
comunicação.
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Violeta: a cor violeta traz tranquilidade e calma ao
ambiente. Deve ser usada principalmente em ambientes de descanso como quartos e
sala de leitura.
3.4 – Decoração de paredes
Muitas são as formas de decorar uma parede. Vimos no tópico anterior, por
exemplo, como as cores podiam ajudar na composição de um espaço, trazendo
aconchego, amplitude etc. Mas além da pintura, há outros modos de compor uma
parede, como os adesivos, os papéis, as texturas, os quadros, os espelhos entre outros
adornos.
Como sempre, é preciso paciência, atenção e planejamento na hora de decorar.
Por isso, a primeira tarefa é observar o cômodo que você deseja decorar, buscando as
paredes que estão em destaque, como as paredes atrás do sofá, os corredores, as colunas,
paredes estreitas, áreas de passagem, parede da cabeceira da cama etc.
Depois é preciso refletir, mais uma vez, na função que cada cômodo exerce na
casa e quais são as pessoas que o utilizam. Como você já anotou isso em seu caderno,
basta consultá-lo, bem como as outras propostas que você anotou para esse ambiente
que pretende mexer.
Não adianta, por exemplo, colocar uma cor muito vibrante na sala de leitura ou
no quarto, se o objetivo é relaxamento, tranquilidade e concentração ou colocar texturas
em quartos de crianças.
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Depois de ter claro quais são as funções que você deseja para cada cômodo e
quais são as paredes que pretende destacar, está na hora de decidir o que colocar na
parede.
Revestimentos
Revestimento é o acabamento final da parede, ou seja, a sua camada externa,
cuja função é dar um aspecto visual agradável. Pode ser de vários tipos, como tintas,
texturas, papéis de parede, lambris, cerâmicas, adesivos etc. Vejamos abaixo o que são
cada um deles e como eles ajudam a compor uma casa mais agradável esteticamente.
Tintas: as tintas são os revestimentos mais comumente usados para colorir
paredes e dar acabamento agradável, sem gastar muito. No entanto, é preciso estar
atento ao fato de que cada superficie de um cômodo pode exigir um tipo de tinta. Por
exemplo, cozinhas, banheiros e áreas externas da casa, que costumam sujar com mais
frequência, necessitam de uma tinta que possa ser lavada. Por isso, vamos ver alguns
tipos de tintas e em quais lugares elas podem ser utilizadas.
� Látex PVA: é, normalmente, a tinta mais aplicada em cômodos, por
seu baixo preço, e sua grande gama de cores. Seu maior
inconveniente é, no entanto, não ser lavável.
� Acrílica: além de ser lavável, esse tipo de tinta é ideal para tetos de
áreas úmidas ou áreas externas.
� Tintas epóxi e poliuretano: são ideais para banheiros e cozinhas, por
serem laváveis e resistentes à umidade.
Cerâmicas: são, de modo geral, os azulejos. São
utilizadas largamente em cozinhas e banheiros e apresentam
uma grande gama de tipos e cores. Além dos azulejos,
podemos encontrar as pastilhas de cerâmica, que podem ser
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inovadoras na decoração, mas necessitam de uma mão de obra especializada em sua
colocação.
Texturas: a textura é o aspecto de uma superficie, ou seja, como ela é
identificada pela visão e o tato. Pode ser lisa, rugosa, áspera, macia etc. Nas paredes, em
geral, elas são feitas por meio de uma massa acrílica. Devem ser usadas com
comedimento e atenção, pois em ambientes de passagem, por exemplo, podem
machucar as pessoas. Além disso, as texturas não devem ser utilizadas onde há
problemas com bolor.
Papéis de parede: muito populares nos anos 50 e
60, podem ser excelentes alternativas para decorar paredes. Vendidos em rolos, podem
ter ou não uma película de plástico e são facilmente removíveis, necessitando apenas de
água morna e espátula. O maior cuidado que se deve ter com esse tipo de revestimento é
na hora da aplicação, pois exigem mão de obra especializada.
Adesivos: parecidos com a ideia do papel de
parede, são excelentes opções para quem quer mudar a casa com pouco dinheiro. Ideais
para imóveis alugados e pessoas mais volúveis, ou seja, que gostem de mudar a
decoração da casa com frequência. Além de serem facilmente removíveis, não exigem
mão de obra especializada para a aplicação.
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Lambris: são revestimentos de madeira, plástico
ou pedra aplicados em meia parede. São ideiais para regiões muito frias, pois são
excelentes isolantes térmicos.
Outras formas de revestimentos: é possível decorar paredes de outras
maneiras que não essas que apresentamos aqui. Entre elas, podemos encontrar a
decoração com tecidos ou a pintura de quadrados ou círculos nas paredes.
3.4.1 – Quadros
Os quadros são elementos interesantes
para decoração de paredes, sejam eles
gravuras, fotos ou pinturas. Dependendo do
quadro, do desenho ou da moldura, a
harmonia pode ser quebrada, por isso, para
fazer um bom uso desses elementos, é preciso
observar alguns aspectos como altura,
proporção, tipos de paredes etc. Vejamos
abaixo algumas dicas que podem auxiliá-lo na hora de colocar os quadros.
Altura: de modo geral, os quadros devem ser colocados a uma altura padrão de
1,60m, que permite uma boa visualização da obra tanto por pessoas baixas quanto por
pessoas altas. Tenha como referência também o batente da porta: um quadro nunca deve
ser colocado acima dele.
Proporção: os quadros devem ser proporcionais à parede em que estarão
localizados. Para paredes muito grandes, um quadro pequeno pode não cair bem, mas
talvez uma sequência de quadros do mesmo tamanho possa criar um efeito agradável e
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harmônico. O mesmo vale para paredes muito pequenas com quadros muito grandes, é
bem provável que fique esteticamente estranho.
Alinhamento: os quadros não precisam ter necesariamente o mesmo tamanho
para estarem na mesma parede, mas é importante que você adote um mesmo referencial
na hora de colocá-los juntos. Você pode alinhá-los pela parte inferior ou superior.
Móveis: quadros acima de móveis pedem distâncias diferentes da padrão. Um
quadro acima de um sofá, por exemplo, deve ser colocado entre 25 e 30 cm deste. Já se
for acima de uma cabeceira da cama, o ideal é colocar os quadros 20 cm acima desta.
Nesses casos, também devemos estar atentos ao tamanho do quadro sob dois
aspectos: o primeiro diz respeito ao tamanho do quadro, que não pode ser pequeno ou
ter desenhos ou gravuras que exijam maior observação, já que, por estarem acima de um
móvel, não permitem uma aproximação maior do observador. O segundo aspecto
importante é que o quadro deve tomar as duas pontas do móvel, por isso, às vezes pode
ser interessante fazer uma composição de quadros do mesmo tamanho.
Iluminação: os quadros podem ser valorizados com determinada iluminação.
No entanto, é preciso tomar cuidado com o material do quadro, pois cada material exige
um tipo de lâmpada, evitando, assim, danos.
Disposição dos quadros
Alguns quadros ficam melhores em determinados cômodos, assim como podem
ficar melhor juntos ou separados. Algumas paredes pedem quadros maiores ou menores,
ou uma composição de quadros. Veja algumas dicas a esse respeito:
- Quadros originais de mesmo tipo – por exemplo, aquarela – devem
ser agrupados juntos, pois valorizam o trabalho do artista.
- As molduras valorizam as peças, portanto, siga algumas regras
simples de utilização delas, como utilizar molduras de madeira para
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telas. No entanto, se a tela for um original a oléo com motivos
abstratos, não é necessária a utilização de molduras.
- Fotos costumam ser mais interesantes quando organizadas por
assunto e costumam ficar melhores em espaços mais íntimos, como
quartos, ou em corredores e áreas de passagens.
3.5 – Iluminação
Uma das maiores preocupações do Designer de interiores consiste em manter a
harmonia de um ambiente. A harmonização de um ambiente depende de uma série de
DICA DE ORGANIZAÇÃO
Composição de quadros
Para colocar mais de um quadro na parede, é preciso estudar a disposição deles antes. Por isso, pegue o seu caderninho e faça um desenho da sua parede. Em seguida coloque as medidas dos móveis,
bem como a disposição deles nessa parede. Lembre-se de fazer tudo em escala. Depois, corte papeizinhos com as medidas dos
quadros que quer usar e coloque-os sobre o desenho.
Uma outra dica é recortar pedaços de papel pardo e colar na própria parede ou, ainda, marcar a área dos quadros com fita crepe.
Atenção!
Caso esteja na dúvida sobre a cor da parede, da moldura e do tipo de quadro que deseja colocar, deixe-o encostado na parede, por
alguns dias, até decidir-se.
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fatores como formas, texturas, distribuição etc. Dentre esses elementos, destaca-se
principalmente a iluminação de um cômodo, pois ela garante aconchego e harmonia
para o lar.
A iluminação dá forma a um lugar, destaca um mobiliário ou um canto do
cômodo, esconde imperfeições, atrai e conduz a atenção para um objeto, amplia ou
diminui um espaço etc. Além disso, a iluminação afeta diretamente como nos sentimos
em um determinado ambiente, por isso ela é tão importante para a sensação de harmonia
e bem-estar na casa, tendo o mesmo peso que o mobiliário, por exemplo.
Ela pode ser natural ou artificial, e para cada tipo de iluminação haverá uma
solução ideal, bem como escolha de cores e posição do mobiliário. Por isso, um bom
projeto de iluminação deve acontecer na planta, pensando em pontos de luz, tomadas e
interruptores, evitando que fios fiquem para fora. Nesse momento, spots embutidos em
tetos e paredes devem ser resolvidos.
No entanto, grande parte das pessoas não adquire um imóvel na planta, tendo,
portanto, a necessidade de pensar na iluminação apenas posteriormente. Se esse é o seu
caso, um bom jeito é pensar nas principais questões que falamos aqui, como função do
cômodo, pontos de destaque do ambiente, posição dos móveis etc.
Também é importante pensar em
quais são os horários que o cômodo recebe
maior iluminação natural, pois ela será
decisiva para a escolha da paleta de cores
e do tipo de luz artificial que ocupará o
ambiente. Se o cômodo, por exemplo,
recebe mais luz durante a tarde, é melhor
evitar cores com tons vermelhos, laranjas ou amarelos. Já a cor branca, por exemplo,
valoriza a iluminação natural.
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Se, entretanto, o ambiente não receber muita iluminação natural, é preciso
investir na paleta de cores e também na iluminação artificial. Esse tipo de iluminação
pode ser dividida em diversas partes, conforme veremos a seguir.
1) Iluminação Pontual
Iluminação pontual, como o próprio
nome sugere, é o tipo de iluminação que
atende a uma área específica, deixando os
outros espaços do ambiente na sombra.
Como exemplo, imagine uma poltrona para
leitura com uma luminária, ou uma mesa
de jogos com um pendente iluminando
apenas a área de carteado.
2) Iluminação de Ambiente
É a iluminação mais tradicional, aquela que
atende um ambiente em todo o seu espaço. Pode ser
um único ponto como a iluminação de uma cozinha
ou vários pontos como em uma sala que possua a
iluminação central e vários pontos como spots dentro
de sancas de gesso, por exemplo. Isso proporciona uma sensação de conforto e redução
de gasto de energia, uma vez que você pode optar pela área a ser iluminada.
3) Iluminação Cinética
Também conhecida como luzes vivas, é uma
iluminação que transmite uma sensação de movimento,
trazendo mais vivacidade que as demais formas de
iluminação. Como exemplo, podemos citar a iluminação
de velas, fogueira, lareira, entre outras.
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4) Iluminação Decorativa
É o tipo de iluminação que permite
destacar no ambiente um objeto decorativo,
levando-se em conta que a própria iluminação pode
ser um objeto de decoração. Esse tipo de iluminação
tem o poder de gerar efeitos como modelagem de
volumes e sombras, o que permite criar uma decoração agradável e aconchegante.
5) Iluminação Funcional
É o tipo de iluminação que não preza pela
estética, mas atende a finalidade a qual se destina,
como a iluminação de banheiros, corredores e
escadarias.
Tipos de lâmpadas:
A escolha das lâmpadas depende do efeito desejado para cada ambiente. A
escolha deve levar em consideração o formato, a temperatura, a cor e a abertura de
facho.
Por exemplo, as iluminações indiretas ficam melhores com as lâmpadas de LED,
mas a iluminação de um ponto, como esculturas e quadros, é melhor feita por lâmpadas
halógenas, consideradas bastante elegantes.
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As lâmpadas fluorescentes, conhecidas como lâmpadas
brancas, têm ocupado um lugar de destaque nas casas, pois, além
de ecologicamente corretas, garantem uma boa iluminação e
economia na conta de luz. No entanto, alguns ambientes ainda
pedem lâmpadas incandescentes, as lâmpadas amarelas, pois ela
traz uma maior sensação de aconchego, sendo preferidas em
salas e quartos. Caso haja uma grande circulação de pessoas nessas áreas, talvez seja
interessante investir como sistema de controle de iluminação.
3.6 – Tapetes
Os tapetes são elementos
interessantes para a composição da
decoração. Eles trazem aconchego e
calor, bem como marcam o ambiente,
colorem o cômodo, interagem com o
mobiliário e trazem harmonia para a
casa. Além disso, podem ser de
material diversificado, como lã, couro,
algodão, sisal, corda, sintético, de pelo, entre muitas variações de materiais.
Por trazerem tantas benfeitorias para o lar, escolhê-los nem sempre é fácil. As
dificuldades se dão por causa da diversidade de formas, texturas, cores, tipos, tamanhos,
preços e qualidades. Por isso, é preciso ficar atento a algumas regras na hora de escolher
esse elemento decorativo para não errar na hora de compor a decoração de um cômodo.
A primeira lição que devemos aprender sobre os tapetes é que eles devem ser
escolhidos depois dos móveis, pois os primeiros precisam estar harmonizados com o
mobiliário. Para isso, o primeiro passo é saber qual efeito você quer causar com o
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DICAS DE ORGANIZAÇÃO
Nunca coloque um tapete pequeno em frente a um sofá.
tapete: se é separar o ambiente, ressaltar um móvel, criar uma atmosfera informal, tornar
o ambiente minimalista etc.
Se o objetivo for melhorar a acústica do ambiente, por exemplo, você pode
investir em tapetes com grandes espessuras, pois quanto maior ela for, melhor será a
capacidade de absorção do som no ambiente. Já se o objetivo é trazer mais aconchego
ao lar, você pode, por exemplo, investir em texturas e espessuras maiores e mais
evidentes.
O segundo passo é decidir quantos tapetes você colocará em cada ambiente, ou
seja, se ele vai aparecer sozinho ou em composição. Assim, já se torna possível pensar
no tamanho, texturas e estampas.
O tamanho de um tapete está ligado ao mobiliário do ambiente em que será
colocado. Sua medida ideal é aquela que ultrapassa um móvel nas laterais, em todos os
lados de maneira igual, por volta de 80 cm.
Já a padronagem e as estampas devem ser
pensadas na hora da composição final entre tapetes. Isso
quer dizer que se o seu sofá é estampado, o melhor a fazer
é optar por um tapete liso e de cor lisa, se o estofado for
colorido, ou de cores fortes use o tapete de cores e estampas neutras.
Lembre-se de que não é preciso usar tapetes iguais em um ambiente,
aliás, muito pelo contrário, pois eles podem trazer o aspecto de carpete,
o que não é a sua ideia. Por isso, na hora de misturar tapetes, opte por
alguns padrões simples: se escolher a mesma cor, escolha texturas
diferentes, o mesmo deve ser feito com a escolha das texturas: para texturas iguais,
cores diferentes etc.
Para a utilização de um tapete na sala, é necessário que ele englobe todos móveis
do cômodo, incluindo, mesas, poltronas e sofás, pois, assim, evita-se o risco do tapete
escorregar ou levantar, e a pessoa acabar tropeçando.
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3.7 – Cortinas
As cortinas, como os tapetes, são elementos decorativos de múltiplas funções e
características. Além de trazerem aconchego e beleza para o lar, ajudam a escurecer um
ambiente, protegê-lo do sol e do barulho e garantem a privacidade. Mas, para isso, é
preciso refletir sobre o que você quer para cada cômodo, respeitando as funcionalidades
e estilos definidos por você.
Por serem caras, as cortinas exigem um cuidado maior na escolha, afinal, não
são também o tipo de elemento que se troca com facilidade. Também precisam ser
levadas em conta alergias, idades e necessidades básicas do ambiente.
Um fator importante que deve ser levado em conta é a entrada de luz natural, ou
seja, se há muita entrada de luz no ambiente e se você necesita de ambientes mais claros
ou escuros. Por exemplo, os quartos pedem ambientes com menos intensidade de luz,
para que você tenha um sono tranquilo, diferentemente da sala que pede maior entrada
de luz, exigindo modelos de cortinas de tecidos leves, como o linho e o voal.
A principal dica no que tange as cortinas é o
comprimento delas. O comprimento ideal para uma
cortina na sala ou no quarto é o comprido, aquele que
vai até o chão, arrastando um pouco ou não. Nada
impede, no entanto, que você escolha outros tamanhos,
afinal, o sucesso de uma decoração depende única e
exclusivamente do seu gosto e desejo, e eles devem
sempre ser levados em consideração. Veja a seguir alguns outros elementos que devem
ser levados em consideração durante a escolha do cortinado.
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Tecidos:
Os tecidos das cortinas podem ser variados. Entre os principais
tecidos utilizados, encontramos o voal, o algodão, a seda e o
linho.
Suporte de fixação:
Os suportes podem ser de dois tipos: o varão e o trilho. O
varão costuma ser mais popular, por ser mais simples. Ele
pode ser único, duplo, ou triplo, dependendo da utilização de
forros e cortinas. Pede cortinas de tecidos mais leves,
franzidas ou com pregas, mas também permite a utilização de
cortinas mais incorpadas, por meio da utilização de argolas.
O trilho também pode ser único, duplo ou triplo e prefere cortinas de tecidos
mais pesados. Combina bem com forros, que valorizam a vedação de luz, como o
blecaute. Seu maior inconveniente é precisar escondê-lo, o que é possível ser feito com
forros de gesso ou com a própria cortina, aplicando o rodízio um pouco abaixo da borda
do tecido.
Medidas e cálculos:
Existem algumas medidas que auxiliam na hora de escolher
quanto de tecido comprar. Essas medidas são aquelas ideais
para cobrir imperfeições e garantir um efeito estético mais
agradável e confiável, além de manter a função das cortinas conforme o planejado.
Sendo assim, busque seu caderninho, um lápis e uma trena e comece a marcar.
Primeiro, meça a largura da janela e some entre 20 e 40 cm a mais. Nessa
medida, leve em consideração o tipo de tecido que for utilizar. Por exemplo, se o tecido
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for mais encorpado, multiplique a largura por 2. Já se for um tecido muito fino,
multiplique-a por 3, pois assim você garantirá volume ao cortinado.
Em seguida, meça a altura da cortina. Se optar pela cortina comprida, por
exemplo, meça do varão ou teto até o piso e acrescente de 30 a 50 cm para a barra e a
cabeça da cortina. Multiplicando esses valores, você terá a metragem total do tecido.
Forros e xales também possuem medidas próprias e padrões. Caso o forro seja
costurado à cortina, deve apresentar a mesma medida que ela. Se ele correr no trilho, no
entanto, deve seguir a medida da largura da cortina, acrescida de 40 cm, multiplicada
por 1,5. Em seguida, deve-se multiplicar esse valor pela altura da cortina, acrescida de
50 cm. Já o xale deve apresentar entre 70 a 90 cm de largura e sua altura deve ser
calculada acrescida de 50 cm.
Persianas:
As persianas são mais indicadas para ambientes
descontraídos e/ou minimalistas. Elas costumam ser mais
baratas e possuem maior liberdade de abertura, podendo ser
verticais ou horizontais. No entanto, possuem um visual mais
frio e, a pesar de controlarem bem a luz e a ventitalação do
ambiente, não vedam bem a luz.
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3.8 – Organização
Durante esse curso, vimos diversas vezes que, para realizar uma boa decoração,
é preciso disciplina, planejamento, estudo e investigação. Sugerimos a utilização de um
caderno, propomos exercícios de reflexão e organizamos nossas aulas para que você
pudesse ter um guia não apenas de como decorar sua casa, mas também de como
planejar um lar mais bonito, aconchegante e harmonioso.
Todos esses elementos que citamos fazem parte de um conjunto que podemos
chamar de organização. Esse conjunto costuma
ter como resultado a clareza e a transparência de
nossas ideias, ou seja, ele traz à tona a maneira
como vemos o mundo e o categorizamos.
Dito isso, podemos definir organização
como uma forma antecipada de melhorar a
qualidade de vida, otimizando o tempo e o
espaço. Caso você esteja se perguntando como a
organização pode auxiliar na decoração de sua
casa, reflita sobre a seguinte questão: quando penso em uma casa, como a imagino?
Provavelmente, você não a imagina com móveis fora do lugar, tênis e roupas
espalhados pelo chão, livros empilhados no meio da sala etc., certo? Isso se dá porque,
quando pensamos em harmonia, beleza e aconchego em uma casa, organização e
decoração andam juntas.
Podemos dizer, inclusive, que a organização é parte da decoração, e que se não
fosse por ela, não valeria a pena decorar uma casa, já que a beleza do lar nunca ficaria
em evidência.
Sendo assim, nos próximos tópicos, vamos ver como trazer a organização para o
nosso lar, partindo de partes menores, como gavetas, para o cômodo e, por
consequência, para toda a casa.
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A bagunça
Se existe uma coisa certa, em
termos de organização, é que ninguém
gosta de um ambiente bagunçado, nem
mesmo o bagunceiro. Quantas vezes
você já não ouviu uma pessoa
desorganizada dizendo que não gosta que
as pessoas mexam em suas coisas ou que
só se encontra em sua própria bagunça?
Bem, isso é porque até mesmo os mais desordeiros prezam por uma ordem, uma
organização, ainda que, nesse caso, ela seja bastante subjetiva.
Quando pensamos em uma casa bonita, não há outra forma de pensar senão que
cada coisa deve estar em seu lugar. Por isso, o melhor jeito de prevenir a bagunça é
tendo um fácil e rápido acesso ao local onde guardamos as nossas coisas. Isso significa
que o melhor local para guardar alguma coisa é o mais próximo possível de onde ela
será utilizada.
Mas bagunça não significa apenas objetos fora do lugar. Algumas vezes, a
bagunça pode surgir da má disposição dos móveis, de uma paleta de cores erradas no
ambiente, uma circulação truncada, excesso de elementos em um lugar, má iluminação
etc.
Por isso, a escolha das cores, dos móveis e da iluminação é bastante importante
para compor um ambiente organizado e reforça a ideia de que organização e decoração
andam juntas.
Para diminuir a bagunça, organizar a casa e valorizar a decoração, você precisa
observar, mais uma vez, como são utilizados os cômodos da casa, ou seja, entender o
funcionamento do lar. Bem, essa não é mais particularmente uma etapa complicada para
você, pois você já precisou compreender cada ambiente em outros momentos da
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decoração, como na escolha de cor, por exemplo. Pegue seu caderno de anotações, leia
o que escreveu sobre cada ambiente, suas impressões e anote a dinâmica de cada lugar.
Por exemplo, se você tem dois sofás em sua casa, qual é o mais utilizado para ver a
televisão? Qual é o horário em que você se dedica à leitura? Revistas, livros e jornais
ficam perto da sua poltrona preferida? Você recicla o lixo?
Organizando-se: por onde começar
Bem, se você já estudou a dinâmica de cada
ambiente e percebeu nuances de cada atividade,
chegou a hora de começar a se organizar. O ideal é
começar de uma parte menor para uma maior,
principalmente se você for bagunceiro ou preguiçoso.
Comece organizando-se de maneira simples e prática.
Primeiro, no entanto, limpe a circulação do
espaço que vai organizar. Se você tem o hábito de deixar roupas e sapatos no chão ou
em uma cadeira, por exemplo, pode começar por esses elementos: guarde os sapatos no
armário respectivo, separe a roupa suja e coloque-a em um cesto, dobre as roupas
limpas que estiverem sobre a cadeira.
Se você for uma pessoa bagunceira ou preguiçosa, comece a organizar-se pelas
gavetas do criado-mudo ou pela gaveta da mesa de telefone. Tente deixá-la o mais livre
e limpa possível, colocando somente os itens essenciais para sua comodidade. Se o
criado-mudo tiver três gavetas, coloque os itens principais na primeira e assim por
diante.
Caixas organizadoras também são itens fundamentais para quem quer arrumar a
bagunça. Além de bonitas e práticas, elas ajudam a organizar fotos, documentos, cds e
outros objetos feios ou pequenos. Elas podem ser colocadas em qualquer lugar, como o
chão, a estante ou os armários.
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Precisamos ter em mente que organizar
também implica na mudança de hábitos. Por
exemplo, se você colocou na primeira gaveta
do seu criado-mudo o livro de cabeceira e os
óculos, eles precisam ser devolvidos para essa
gaveta depois de usados. Nada de deixá-los em
cima do criado, ou em cima da mesa, se você
determinou um lugar para eles. Se você
organizou suas fotos por temas, como viagem
e infância, não troque-as de lugar, só porque
uma caixa está com um melhor alcance.
Se você nunca guardar as coisas nos lugares que se propôs, é bem provável que
em um ou dois meses sua casa esteja novamente bagunçada, fazendo com que você
perca todo o trabalho empreendido na organização e na decoração. Daí de nada vão
adiantar os móveis novos, a pintura ou a nova disposição das almofadas, pois, no fim
das contas, a única coisa visível vão ser os controles fora do lugar, os livros empilhados
etc.
Agora, se você tem pouco tempo durante a semana, ou tem hábitos que
atrapalham a rotina familiar, você pode criar um espaço, como uma caixa ou um cesto,
para colocar as coisas que tirou do lugar. Assim, pelo menos, você saberá onde elas
estão, em vez de passar horas procurando onde deixou os óculos escuros, por exemplo.
Como organizar: armários e gavetas
Existem algumas formas e dicas de organização bastante simples que podem
ajudá-lo na hora de arrumar a bagunça. Veja-as abaixo.
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Armário
Um armário sob medida pode ajudá-lo
a se organizar. Basta que para isso você
conheça suas reais necessidades, por
exemplo, quantas peças de roupas possui,
qual o tipo de peça, se precisa de um lugar
maior para calçados, se necessita de um
espaço para guardar malas etc.
Caso você não queira gastar com isso,
existem soluções inteligentes para organizar o
guarda-roupa, como as caixas organizadoras e os gaveteiros. Além disso, organizar suas
roupas por tipo, tamanho e necessidade pode fazer com que você otimize os espaços de
seu guarda-roupa. Veja abaixo algumas dicas para organizar vestimentas.
• Organize roupas por estação;
• Separe suas blusas por tamanho de manga;
• Dobre as roupas do mesmo tamanho;
• Coloque uma calça por cabide;
• Mantenha ternos próximos de camisas e calças, facilitando a composição;
• Enrole os cintos em vez de pendurá-los;
• Para guardar camisas, mantenha uma distância entre de 5 a 10 cm entre os
cabides;
• Para guardar paletós, mantenha uma distância de 20 cm entre os cabides.
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Gavetas
Diferentes dimensões de gavetas permitem diferentes formas de organização. Por
exemplo, as gavetas rasas são feitas para guardar papéis, pequenos objetos, cintos e
roupas íntimas. Já as gavetas fundas ajudam a guardar peças volumosas, como malhas
de lã. Para otimizar o espaço delas, você pode usar gaveteiros ou divisórias.
3.9 – Acessórios na decoração
A escolha dos objetos e acessórios decorativos deve ser feita
de maneira criteriosa, caso contrário, corre-se o risco de toda a
decoração ficar incompleta ou sem harmonia. Para facilitar, podemos
dividir esses materiais em duas categorias, a saber, os funcionais e os
decorativos, além de outras divisões que podem ser identificadas
como presentes, heranças ou apenas porque compramos numa
determinada viagem ou ocasião.
No conjunto dos objetos funcionais
encontram-se: relógios, telefones, candeeiros,
espelhos, as almofadas, entre outros. Já no conjunto
dos acessórios decorativos temos: quadros, esculturas,
porta-retratos, vasos de plantas etc. Devemos
distribuir esses objetos considerando o tamanho deles
em relação ao lugar onde ficarão, ou seja, na
repartição de uma estante, sobre um aparador ou prateleira, até mesmo na parede, pois
uma parede muito grande para um objeto pequeno, pode deixá-lo desproporcional.
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Importante ressaltar que manter essa relação de proporcionalidade é fundamental
para uma decoração equilibrada e confortável, uma vez que a escolha correta vai
garantir a as características do estilo desejado.
Outro detalhe importante, além da escolha dos objetos de decoração, é o cuidado
com a iluminação. De nada adianta adquirir objetos decorativos caros, se não houver
uma iluminação destacando-os. Por isso, é importante a escolha adequada de luminárias,
lâmpadas dicroicas dentro de nichos ou prateleiras e outros artifícios que destaquem
esses objetos.
Para garantir a unidade na decoração evite usar objetos de cores que não
conciliem com o ambiente para que eles não fiquem fora de contexto, lembrando
sempre que cores escuras tendem a diminuir os objetos enquanto cores claras tendem a
aumentá-lo. Mesmo que em alguns casos uma peça de estilo diferente caia bem, atente
para o estilo desta com o predefinido anteriormente para o ambiente a que se propõe
decorar.
35
UUnniiddaaddee 44:: AAmmbbiieenntteess
Nesta unidade, vamos nos focar na decoração de cada ambiente de um imóvel,
como sala de estar e TV, sala de jantar, cozinha, lavabo, banheiro etc.
Vamos ver como utilizar melhor cada tipo de móvel e quais são os melhores
recursos de iluminação.
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4.1 – Sala de estar e sala de TV
Podemos dizer que a sala é,
definitivamente, o ponto central da decoração de
uma casa. Isso porque é nela em que recebemos
as visitas, além de ser o ambiente em que as
pessoas da casa costumam frequentar mais.
Por ser tão importante, decorar uma sala normalmente é difícil, pois além de ser
um centro de encontro, é muito comum no Brasil que a sala de estar e a sala de TV
ocupem o mesmo ambiente. No caso de salas grandes, a sala de jantar também se
encontra misturada a esses ambientes. Com tantos ambientes em um só, uma indagação
comum é: o que fazer para transformar a sala em um lugar aconchegante e harmonioso?
Para responder essa questão, devemos levar em conta o tipo de sala, metragem,
disposição das portas e janelas e iluminação. Além disso, precisamos levar em
consideração as funções prioritárias, quais são os lugares e os itens que queremos
evidenciar, quem irá utilizar o ambiente etc., tal como temos visto durante todo esse
curso. O mais importante, no entanto, é manter a circulação livre de tropeços, a
ventilação e a iluminação boa.
Uma sala possui diversos tipos, sendo os mais comuns: a sala em L - que
permite com tranquilidade a implementação da sala de estar ou TV com a sala de jantar,
pois é feita justamente para dividir esses ambientes -, a irregular – cuja principal
orientação é proporcionar o diálogo entre os sofás (formando um U) – a retangular – em
que a principal dica é a utilização de tapetes delimitando a área – e a quadrada.
Cada sala exige um tipo de distribuição, sendo a irregular a mais difícil de
decorar, dada a dificuldade de encontrar móveis para ela. No entanto, existem algumas
dicas padrões para todos os tipos de sala e estilo, tais como escolha dos móveis e
medidas padrões, cores e iluminação. Veja a seguir algumas dicas para ajudá-lo a
decorar sua sala de estar/TV.
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Móveis:
Os principais móveis utilizados em uma sala costumam ser: os sofás, as
poltronas, a mesa de centro ou lateral, o aparador, a estante ou o rack e, ultimamente, os
pufes.
Sofás: são as peças principais da sala, pois fazem parte dos assentos fixo. Devem
ser confortáveis e adaptados à função da sala. Por exemplo, um sofá que favorece a
conversa, é diferente daquele em que nos deitamos para ver TV. de modo geral, no
entanto, todos eles apresentam algumas medidas padrões, como:
• Sofás de três lugares: 2,20 m X 0,8 m
• Sofás de dois lugares e chaise longue: 1,60 x 0,8 m
• Braço: 20 a 30 cm de largura
• Se estiver afastado da parede, precisa formar um corredor de 90 cm atrás dele.
• Altura: 45 cm da altura do piso
É importante verificar também se é um sofá fácil de levantar e sentar, se ele está
na altura ideal – caso contrário, ele precisa ter braços mais firmes e estrutura mais
rígida, pois exigem um esforço maior dos joelhos e pernas.
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Também é preciso prestar atenção à textura,
pois algumas podem não ser adequadas ao
clima, ou aos usuários. Por exemplo, os sofás de
couro não são recomendados para ambientes
muito quentes. Já os sofás de veludo, por
exemplo, não são adequados para ambientes em
que convivam crianças pequenas, pois eles
demandam maior cuidado na manutenção.
Uma boa alternativa aqui é fazer uso das capas de sofá, que possuem fácil
manutenção e podem adequar um sofá já existente às suas necessidades. Além disso,
as capas são mais informais e trazem maior sensação de aconchego.
Atenção: A cor e a textura devem ser pensadas principalmente no que diz
respeito à função da utilização diária do sofá.
Outras dicas são importantes na hora de compor um ambiente com o sofá, veja
algumas abaixo:
• Ambientes formais ficam melhores com sofás de assento e encosto fixos. Já
os com capas, ou assento e encosto soltos, são mais indicados para quem
quer criar um clima aconchegante e informal
• Cores escuras não são ideais para quem possui animais de estimação, como
cachorro ou gato, pois os pelos podem ficar em evidência.
• O tamanho do sofá deve ser proporcional ao tamanho da sala e a necessidade
dos moradores. Isso significa que em um ambiente pequeno os sofás de dois
lugares são uma escolha melhor que um de três lugares, que prefere
ambientes mais amplos.
DICAS DE ORGANIZAÇÃO
Como calcular o tamanho ideal da TV para a minha sala? Um cálculo simples é medir a
distância entre o sofá e a TV e dividir por 7.62.
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• O sofá ideal é aquele que suporte bem as costas e mantenha os pés bem
apoiados no chão.
• A utilização diária de um sofá é que determina a cor desse móvel.
Mesa de centro e lateral:
Peças importantes no preenchimento do
espaço, garantem conforto e comodidade, bem
como melhoram a organização da sala, pois
podem possuir gavetas para guardar controles
remotos e outros objetos essenciais. Além
disso, podem servir de apoio para os pés,
copos e refeições, mantendo próximo de nós
tudo o que for essencial.
A mesa de centro deve ser utilizada por quem estiver no sofá, por isso, ela
precisa seguir uma distância padrão para não se tornar incômoda aos usuários. Afinal,
ninguém quer levantar para pegar o controle remoto da TV ou comer aquele amendoim
que ficou no pote em cima da mesa. Lembre-se: quando falamos de decoração, estamos
falando também de funcionalidade.
A ausência da funcionalidade quebra o sentido de harmonização da casa e de
beleza estética, tornando um artifício importante em um elemento inútil, que apenas
serve para dificultar a circulação no ambiente, tornando-se também um deposito de
elementos como copos, livros, chaves, controle etc.
As mesas laterais possuem as mesmas funções que as mesas de centro, ou seja,
elas ajudam a organizar o ambiente e são importantes apoios para as pessoas que o
frequentam. Ela pode ser do mesmo modelo que as mesas de centro, ou ser diferentes. A
única obrigação aqui é respeita a altura delas na composição, para que ela não perca a
sua funcionalidade.
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Sendo assim, siga algumas pequenas regras que ajudam na escolha de uma mesa
de centro e lateral a compor uma sala mais bonita e funcional:
• Se sua mesa tiver gavetas, guarde porta-copos, guardanapos ou toalhas
ou deixe próximo à mesa. Mas atenção: faça isso apenas se tiver o hábito
de comer na sala ou servir aperitivos para as visitas. Do contrário, ocupe
essa gaveta com óculos de leitura, livro, controles, papéis de delivery,
arpirador-portátil, ou com o que mais julgar conveniente.
• Tenha certeza de que a mesa é resistente para a função que atribuiu a ela,
ou seja, se ela recebe bem copos e pratos ou, ainda, pernas cansadas.
• Organize por grupos ou pilhas os itens que colocar nas mesas, tais como
livros e enfeites.
• As mesas de centro têm como altura padrão 40 cm para acompanhar a
altura do sofá. Por isso, evite as muito baixas, pois elas podem causar
lesões na coluna, além de serem incômodas.
• As mesas de centro devem ficar a 60 cm de distância do sofá para não
impedir a passagem e nem prejudicar o funcionamento da mesa, que
prioriza quem está sentado no sofá. Mesmo que a sua sala seja grande,
priorize essa distância investindo em uma mesa maior.
• Utilize mesas de vidro para ampliar espaços pequenos.
• Não escolha mesas laterais mais altas que o braço do sofá.
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Aparador: é um móvel bastante prático e útil, pois ajuda
na organização da casa, permitindo que telefones, agendas,
carregadores de celular, sejam depositados nele. Além
disso, são excelentes para ajudar a separar ambientes dentro
de um mesmo espaço.
Caso seu sofá não fique encostado na parede e se encontre próximo da sala de
jantar, o aparador pode ser colocado atrás dele, sinalizando a divisão dos ambientes. As
alturas costumam variar, mas normalmente eles são encontrados com altura de 76 cm.
Veremos a diante como esse móvel poderá ser utilizado na sala de jantar.
Estantes: móvel ideal para quem precisa organizar
livros, fotos, CDs, DVDs, vinis, LPs, jogos etc. Uma boa
dica para organizar e arrumar a estante é agrupar as peças
por tema criando centros de interesse, o que dinamiza a
decoração do ambiente.
Racks: móvel ideal para colocar TV, DVD, aparelhos
sonoros e vídeo-games. Na escolha desse móvel, é preciso pensar
na quantidade de fios que poderá haver em decorrência dos
aparelhos. Por isso, você pode optar por modelos fechados, com
apenas um pequeno espaço para acomodar os fios. Esse móvel
também é ideal para guardar máquinas fotográficas, filmadoras e
outros aparelhos de som e imagem.
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Pufes: os pufes são uma espécie de assento que pode ser
grande aliado na decoração. É uma peça bastante informal e funciona como divisor de
ambientes, baú e apoio para os pés.
Iluminação:
A iluminação certamente será um ponto importante na decoração da sala de estar
e pode ser feita por meio de diferentes fontes de luz e acendimento. Para acertar na
decoração, existe uma dica que é um consenso geral no que diz respeito à iluminação de
salas: o ideal é ter uma sala com iluminação difusa, que clareie o espaço apenas o
suficiente para que as pessoas não tropecem ou caiam, apoiada em iluminação auxiliar
que se focaria nas principais atividades do ambiente, como ler, estudar, tocar piano etc.
O maior cuidado aqui é não deixar que nem uma luz incida diretamente nos olhos,
garantindo, assim, o conforto.
É preciso, principalmente, tomar cuidado com o excesso de luz, pois esse
exagero pode transformar sua sala em um hospital ou e um estádio de futebol. Além
disso, pontos escuros podem criar composições interessantes na sala. Por isso, aposte na
iluminação difusa, ou virada para o teto, e complete a composição com luminárias e
abajures nas mesas laterais, no aparador, na estante, criando um jogo de luz e sombra.
Veja a seguir mais algumas dicas para a iluminação da sala de estar.
• Os abajures nas laterais do sofá trazem
suavidade para o ambiente e são
importantes principalmente para aqueles
que apreciam a leitura.
• A iluminação intimista e com efeito cria
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uma atmosfera intimista e aconchegante no ambiente, destacando os
pontos de interesse.
• Separe os tipos de iluminação por diversos interruptores para que sejam
acionados separadamente.
• Se tiver uma sala de TV, não deixe o ambiente muito escuro. Lembre-se,
você vai necessitar de luz para ver o copo, a pipoca e o controle remoto.
• Evite localizar luzes sobre a cabeça das pessoas.
4.2 – Salas de Jantar
A sala de jantar é um dos ambientes mais alegres de uma casa, pois ela é
responsável por agrupar familiares e amigos e é utilizada para ocasiões especiais, como
as comemorações.
No Brasil, ela normalmente se
localiza no mesmo espaço da sala de estar e
de TV, mas isso não impede que ela tenha
uma decoração e um estilo próprio, afinal,
como já estudamos, é perfeitamente possível
separar diversos ambientes em um único
espaço.
De modo geral, assim como a sala de estar, as salas de jantar costumam
apresentar formas padrões de organização e arrumação que independem do estilo, como
móveis, iluminação, utilização de cortinas e tapetes, cores etc.
Entre o mobiliário corrente, encontramos a mesa, as cadeiras e o aparador. Mas
também é possível encontrar outros elementos, como estantes, cristaleiras, armários etc.
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Vamos ver, a seguir, algumas dicas para escolher os melhores elementos para a sua
proposta de decoração.
Móveis:
Cadeiras: precisam ser confortáveis, dar um
bom suporte para as costas e os pés e respeitar a
altura correta para a mesa escolhida. Elas podem ser
de diversos tipos, como de madeira, fibra, vinil etc. e
podem ter ou não braços, dependendo do espaço e
estilo que você quiser adequar à sala de jantar.
Normalmente, o tamanho dos assentos varia entre 40
a 54 cm.
O que é imprescindível levar em consideração na escolha desse tipo de móvel é
a distância que uma cadeira deve apresentar de outra, para que as pessoas possam se
movimentar de forma confortável à mesa. O ideal é que exista uma distância de 60 cm
de uma cadeira para a outra nas laterais e 20 a 40 cm na ponta da mesa, a cabeceira, por
isso, cadeiras leves e compactas são, geralmente, uma melhor escolha.
Uma outra dica interessante é misturar tipos de cadeira na composição com a
mesa. Por exemplo, é possível colocar cadeiras com braços nas cabeceiras das mesas e
cadeiras sem braços nas laterais. Também é possível colocar cadeiras modernas ou
antigas em contraposição a mesas modernas ou antigas, alternando assim o estilo.
Mesas: a mesa é o item principal da sala de
jantar, pois é nela que nos concentramos quando
usamos esse ambiente. Por isso, a mesa de jantar deve
ser de tamanho suficiente para a recepção de seus
convidados. Para quem quer maior integração e
sociabilidade, as mesas redondas oferecem maior
oportunidade de socialização.
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No que tange às medidas, de modo geral, as mesas apresentam uma altura de 75
cm, independente da largura e comprimento, que variam de acordo com as necessidades
do ambiente. Os pés estreitos ou centrais podem ajudá-lo a ganhar espaço na hora de
acomodar uma cadeira extra para os convidados.
Caso você não tenha muito espaço em sua sala de jantar, você pode optar por
mesas de tampo de vidro, que dão a sensação de amplitude ao ambiente, e por mesas
com gaveteiros, onde é possível guardar protetores de tampo, toalhas, jogos americanos
etc.
Aparador: os aparadores e os bufês são móveis bastante utilizados em salas de
jantar, pois são essenciais para a organização desse ambiente. Neles, é possível colocar
toda a louça que será utilizada naquele ambiente, bem como guardanapos, porta-copos
etc. O aparador também pode ser utilizado na copa, para saber mais sobre esse móvel,
veja a seção Sala de Estar.
4.3 – Copa e Cozinha
A copa
A copa pode estar acomplada à cozinha, ou pode ser instalada sozinha. Ela deve
possuir uma mesa ou uma bancada, cadeiras ou bancos e, se possível, um aparador.
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Na copa, você pode colocar micro-ondas, torradeira, cafeteira ou outro
eletrodoméstico que seja utilizado durante as refeições que forem feitas ali. Também é
possível colocar uma TV na copa, dependendo da dinâmica da casa.
Um carrinho de chá pode ser uma ótima opção para quem gosta de cafés da
manhã fartos e variados, pois nele é possível colocar pães, café, açúcar, cereais, frutas
etc., evitando, assim, uma grande quantidade de produtos no espaço em que comemos.
A cozinha
A cozinha deve ser decorada e organizada de acordo com o espaço e com o
papel que ela representa na rotina de quem a utiliza. Na hora de decorar, é preciso levar
em consideração a localização, o tamanho, a forma, a ventilação, a funcionalidade, a
circulação, a segurança, a manutenção elétrica e hidráulica, o conforto e, finalmente, a
iluminação.
Se estiver construindo ou reformando uma casa, prefira localizar a sua cozinha
próxima da área de jantar e prefira a instalação de janelas que permitam uma ventilação
cruzada.
No que diz respeito à circulação e à funcionalidade, a arquitetura determina a
distribuição triangular entre o fogão, a pia e a geladeira. Essa disposição é interessante
porque permite que as pessoas se desloquem menos enquanto utilizam a cozinha,
favorecendo a funcionalidade e eficiência do local.
Para a realização dessa distribuição, é preciso que a soma das distâncias em
linha reta não seja maior que 7 metros. Se for possível, a distância entre a pia e a
geladeira deve ser menor, mas se precisar alongar uma perna do triângulo, faça entre o
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refrigerador e o fogão, pois tendemos a usar mais a pia e a geladeira enquanto
preparamos os alimentos do que quando cozinhamos. Agora, se sua cozinha for estreita
e não permitir essa distribuição, opte por distribuir tudo em uma única parede, deixando
a pia no meio.
Divida sua cozinha em áreas diferentes, pois, assim, é possível organizar melhor
os utensílios e eletrodomésticos que pertençam a ela. Veja um exemplo de organização.
Próximos a pia: objetos e utensílios
utilizados na preparação dos alimentos. Dentre
esses objetos, encontramos: escorredores, facas,
tábuas, espátulas etc.
Próximos ao fogão: objetos e utensílios
utilizados para o cozimento dos alimentos. Colher
de pau, pegadores de panela, algumas ervas e
temperos, papel alumínio etc.
Próximos à geladeira: objetos para sorvete, sucos e descarte de embalagens e
frutas. Lixo reciclável, taças de sorvete, embalagens de congelamento etc.
Próximos à mesa: objetos e utensílios para as refeições, como pratos, copos,
talheres, descanso de panelas etc.
Veja a seguir, algumas outras dicas que podem
auxiliá-lo na decoração e organização de sua casa:
• Separe a cozinha da área de serviço;
• Prefira bancada de granito a de mármore;
• Prefira cerâmicas, elas facilitam a limpeza;
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• Se sua cozinha for pequena, pinte-a de cores claras, pois elas ampliam o
ambiente;
• Melhore a iluminação de sua cozinha investindo na iluminação das bancadas;
• Escolha o design dos eletrodomésticos de acordo com o estilo que quer para a
sua cozinha;
• Se não houver muito espaço, prefira móveis planejados, mas lembre-se que essa
não é uma opção para quem mora em imóvel alugado;
• Caso esteja com poucos recursos financeiros, e quiser mudar a cara de sua
cozinha, troque copos e louças. Essa troca produz efeitos surpreendentes.
• Portas de correr, cadeiras dobráveis, mesas extensíveis podem ajudá-lo a ganhar
espaço.
• Coloque batedeira, liquidificador, processador de alimentos, bem como farinha e
açúcar, entre a pia e o fogão.
4.4 – Banheiros e Lavabos
É bastante comum que as pessoas deixem de lado a decoração do banheiro, por
entendê-lo como um cômodo cuja função é apenas a manutenção da higiene pessoal. No
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entanto, esse é um dos ambientes responsáveis pelo conforto e a sensação de
relaxamento, sendo, por isso, um cômodo que merece mais atenção na hora de decorar.
Entre os itens principais que compõem o banheiro temos: vaso sanitário, boxe,
chuveiro, banheira e pia, além de armários, bancadas, suportes para toalhas e papel
higiênico etc. Veja a seguir algumas dicas para aprender a usar cada um desses itens em
sua decoração.
Vaso sanitário: deve ser, preferencialmente, de cores claras, pois, assim, é mais
fácil visualizar problemas de saúde.
Chuveiro: precisa ser escolhido levando em consideração a economia, os tipos
de jato e o material.
Bancada: deve ter 15 cm em cada lado da pia para que haja uma boa
movimentação do braço.
Boxe: pode ser fechado com vidro, acrílico, alvenaria ou cortinas. As portas de
vidro ou acrílico podem ser de abrir ou correr, mas é preciso levar em consideração o
espaço disponível. Lembre-se que as portas de correr podem ser mais eficazes em
espaços menores.
Revestimentos: é preciso escolher revestimentos com cuidado. A regra principal
é prestar atenção no brilho que o revestimento possui, pois quanto mais brilhante mais
escorregadio, aumentando o risco de quedas.
Pia: a pias influenciam na quantidade de espaço disponível para armários. Pias
embutidas sob a bancada facilitam a limpeza, por dificultarem o a cúmulo de água ao
redor da pia.
Suportes: os suportes de toalha e roupas devem ser numerosos e suficientes para
os membros da casa. É preciso que haja um suporte para a toalha, um para a roupa suja
e um para a roupa limpa. O suporte para a tolha deve ficar próximo ao chuveiro, para
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facilitar o alcance da toalha, e a altura ideal é aquela que não permite que ela toque no
chão.
Iluminação: a iluminação precisa ser boa e setorizada, por isso recomenda-se
duas luzes: uma vinda do teto e a outra da parede.
Outros itens:
Tapetes: precisam ser antiderrapantes. Próximos da pia são bons para evitar o
chão molhado.
Espelhos: são peças-chaves sobre a bancada. Auxiliam na higiene diária, como
higiene bucal e remoção de pelos, e ainda auxiliam na maquiagem.
Lavabos:
Considerados ambientes sociais, eles precisam ser organizados e conter tudo o
que for necessário para uma visita. Veja alguns itens que não devem faltar nesse
ambiente:
Toalhas: se preferir a utilização de toalhas pequenas, mantenha várias no
lavabo. É interessante também que haja um recipiente para a toalha já utilizada, como os
cestos.
Sabonetes: é preferível que os sabonetes usados sejam os líquidos, pois não
derretem nem ressecam na saboneteira.
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Outros itens: itens como porta-cotonetes, fio-dental, rolo extra de papel higiênico,
essências, porta revistas, e medicamentos para digestão mostram atenção ao bem-estar
das visitas.
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4.5 – Quartos
A principal função de um quarto é proporcionar-nos uma boa noite de sono. Isso
significa que independentemente se trabalhamos no quarto, ou recebemos visitas nele,
ele deve ser decorado com a finalidade de garantir um sono tranquilo.
O maior problema da decoração do quarto reside no fato de que ele acumula
diversas funções em um mesmo ambiente: pode ser usado para estudar, ler, ver TV,
dormir, conversar, escutar música etc., o que dificulta a organização. Como já vimos,
desorganização e decoração não combinam, pois uma vez que a casa esteja
desarrumada, é impossível ver a decoração criada. Por isso, também é necessário uma
quantidade variada de mobiliário na composição de um quarto.
O mobiliário do quarto pode variar de
acordo com as funções e o tamanho que o ambiente
apresenta, mas, de modo geral, é comum encontrar
nesse ambiente: camas, armários, criados-mudos,
baús, cômodas, mesas e cadeiras. Entre os
elementos que ajudam a compor o quarto, podemos
ter: tapetes, almofadas, televisão, computador,
abajures etc.
Para pensar na decoração desse cômodo, você pode seguir um roteiro de
perguntas que podem ajudá-lo a identificar os problemas desse ambiente.
• O dormitório propicia um sono tranquilo?
• A cama, os travesseiros e o colchão estão em bom estado?
• Os armários, os criados-mudos e as cômodas estão cheios de objetos
desnecessários?
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• O que é possível ir para outro local?
• O que você não gosta no seu quarto?
Depois de responder a essas perguntas, você vai conseguir entender melhor suas
necessidades de mudança, e o que deseja para o ambiente. Em seguida, você deve
pensar nas medidas de seu quarto e do mobiliário. Veja, a seguir, algumas dicas a
respeito dos móveis.
Móveis:
Criado-mudo: serve de apoio para diversas tarefas, como
guardar documentos, óculos para leitura, livro de cabeceira e peças íntimas. Para
escolher o modelo, você deve pensar em quantos objetos vão entrar nesse móvel e quais
são os que mais utiliza. A partir disso, você pode escolher um móvel com mais ou
menos gavetas.
Caso opte por dois criados-mudos em seu quarto, como é o caso dos quartos de
casal ou de pessoas que dividem um mesmo ambiente, você deve ter claro o estilo
decorativo que quer adotar para esse cômodo, pois ele vai ditar a composição dos
móveis. Para um ambiente formal, por exemplo, opte por criados-mudos iguais, já para
uma composição mais informal, prefira peças diferentes que se adaptem às necessidades
de cada um dos usuários. Lembre-se apenas de manter os padrões ensinados durante
esse curso: combine cores, texturas, tamanho etc.
O tamanho padrão de um criado-mudo é de 50x40 cm e 55 cm de altura, mas
esse tamanho pode variar de acordo com as suas necessidades e com a proporção de seu
quarto. Lembre-se que camas muito baixas não devem ter criados muito altos e vice-
versa.
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Camas: elas possuem diversos
tamanhos e estruturas, por exemplo: com ou
sem guarninção na cabeceira ou nos pés,
com gavetas ou baús, com uma cama extra,
entre outros modelos.
Para criar diferentes estilos, é preciso levar em conta a cabeceira, o colchão, o
tipo de cama, material etc. Por exemplo, uma cama com estilo oriental costuma ser mais
baixa, já uma cama com estilo clássico pede cabeceira alta. Camas sem cabeceira ou
guarnição nos pés quase não interferem na composição do quarto, por isso são as mais
fáceis de serem adotadas para qualquer estilo, principalmente o minimalista. Se for
optar por um estilo rústico, as camas de madeira são as melhores opções.
O ideal é que as camas sejam colocadas em paredes cegas, isto é, em paredes
que não possuem janelas, pois as janelas podem trazer friagem, luz, poeira e barulho,
alterando a qualidade de sono, e trazendo doenças indesejáveis, como gripe e alergia.
Além disso, a cama sob as janelas restringe o acesso da abertura e fechamento delas.
As camas ficam melhores quando centralizadas nos quartos e não encostadas em
paredes, por isso a distância sugerida entre a parede e a cama é de no mínimo 60 cm.
Tome cuidado também com a distância entre o armário e a cama. Essa distância precisa
ser suficiente para que a porta do armário possa abrir sem restrições. Caso não haja
espaço suficiente, opte por um armário com portas de correr.
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Veja abaixo o tamanho padrão das camas no Brasil:
Tipo de cama Medidas
Solteiro 88x188
Viúva 128x188
Casal 138x188
Queen 158x193
King 193x203
Cômodas: são escolhidas principalmente quando
há problemas na estocagem de roupas, joias, piajamas etc.
ou falta de móveis para eletroeletrônicos. Quando bem
utilizada, pode se tornar um centro de interesse no quarto.
DICAS DE ORGANIZAÇÃO
Como escolher um colchão?
Para escolher um bom colchão, leve em consideração o
seu peso e horas de sono. O colchão é um item importantíssimo, pois é ele quem ajuda garantir uma boa noite de sono, além de preservar a saúde de nosso corpo, evitando, por exemplo, dores nas costas. Sem contar que é um item que deve ser escolhido com cuidado, pois possui
alta durabilidade.
Eles podem ser de mola, espuma ou ortopédico (com uma
madeira no meio). Quanto maior a densidade do colchão, maior a rigidez.
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Outros elementos:
Tapetes: é uma excelente opção decorativa, além de funcional. É preciso que ele
possua textura agradável. Use tapetes laterais à cama.
Pisos duros: madeiras, cerâmicas e mármores não
combinam com o quarto. Para esse ambiente, o ideal é utilizar carpetes, para quem não
tem alergia ou animais, ou laminados.
TV/DVD: a posição ideal da TV no quarto é aquela em que nem os pés nem a
cabeça atrapalhem a visão. O DVD não deve ser colocado junto com a televisão e o
aparelho da TV a cabo, pois podem sobrecarregar o ambiente.
Cadeira ou poltrona: é uma boa opção para colocar
a roupa que acabou de ser tirada ou para sentar e calçar os sapatos. Além disso, podem
ser utilizadas para leitura, para utilização de notebook, para recepcionar amigos e
também como móvel extra para refeições ou recepções com muitas pessoas.
Mesa para estudo: é um elemento
fundamental para quem tem crianças ou
adolescentes em casa. Também é útil para
universitários ou pessoas que gostem de
trabalhar em casa. Também é ideal para quem
gosta de organizar o orçamento da casa.
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Cores: tons tranquilos, neutros e relaxantes são ideais para a pintura dos quartos.
Verdes suaves, matizes de lilás, tons pastéis podem proporcionar uma melhore relação
com esses ambientes. As cores vibrantes podem prejudicar o repouso, por isso elas são
recomendadas para pequenos elementos decorativos, como edredom, abajur, enfeites
etc. Caso você queira, mesmo assim, uma cor vibrante em seu quarto, opte pela parede
que fica na cabeceira da cama, pois ela costuma ser menos visualizada no momento do
sono.
Iluminação: os quartos não requerem grandes projetos no que concerne a
iluminação. Tenha em mente que o ideal é ter apenas um ponto de luz central que seja
responsável pela iluminação de todo o ambiente, além de dois pontos para os abajures
ou luminárias, próximos das mesas laterais.
Atenção!
Cada tipo de quarto – bebês, crianças, adolescentes, solteiros ou casal – necessita
de tipos diferentes de mobiliário, além de demandarem tipos diferentes de organização.
Analise cuidadosamente quais são as necessidades de cada ambiente para encontrar a
solução ideal para organizar a bagunça. Veja algumas dicas a seguir.
Quarto do bebê: foque-se na área de troca de fraldas e roupas, mantendo
próximo tudo o que for necessário para essa atividade e garantindo a segurança do bebê
nesse momento.
Cuidado com o excesso de informação nesse ambiente, pois esse exagero pode
causar confusão visual e excesso de pó no quarto.
Para começar a decoração, descubra
onde há menos corrente de vento no quarto e
coloque o berço nesse local, organizando os
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móveis a partir deste centro. Procure móveis com materiais laváveis e resistentes.
O mobiliário básico necessário para esse cômodo é: berço, cômoda, lixeira, cesto
e poltrona.
Quarto para criança: caixas e cestos são ideais
para quartos com crianças, pois ajudam a organizar a
bagunça. É possível colocar uma caixa ou cesto para roupas
sujas, brinquedos, material escolar etc. O ideal é deixar a
circulação bem livre para que as crianças possam brincar.
Prateleiras ajudam a ganhar espaço nesse ambiente, além de
organizarem brinquedos como carrinhos, bonecas e bichos de pelúcia.
Leve em consideração o que o seu filho quer como cor preferida, personagem
favorito, gostos e vontades e respeite as escolhas dele. No entanto, cuidado para não
colocar, por exemplo, uma cor ou personagem em excesso. O ideal é investir em uma
decoração que possa ser substituída com facilidade, pois crianças mudam de gosto com
facilidade. Por isso, opte por adesivos, roupas de camas, tapetes e outros acessórios que
possam ser facilmente substituídos em caso de rejeição por parte da criança.
Caso o problema seja espaço, opte por beliches ou camas suspensas, pois além
de serem mobiliários divertidos, elas ajudam a ganhar espaço na decoração e na hora
das brincadeiras.
No que tange os eletroeletrônicos, evite a televisão e o vídeo-game nesse
ambiente, pois podem desestimular a socialização da criança, fazendo com que ela passe
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mais tempo no quarto que nos outros ambientes. Já os aparelhos de som são bem-vindos
em qualquer idade.
Não deixe de reservar espaços diferentes para a criança como local de estudo e
trabalho, local dos brinquedos e da brincadeira e um local para o descanso, pois, assim,
elas aprendem a se organizar.
Quarto para adolescentes: um
dos ambientes mais difíceis de decorar,
pois os adolescentes, além de serem
volúveis, necessitam de um espaço
melhor dividido que as crianças e
mesmo que um casal.
Quando a criança entra na adolescência, ela passa a preferir mais o quarto,
buscando mais privacidade. Além disso, as atividades do adolescente são muitas e vão
além de ir para a escola e brincar. O adolescente faz cursos de línguas, esportes, artes e
música, além de querer imprimir sua personalidade por todos os lugares. Por isso, é
comum que ele queira colocar pôsteres de bandas e artistas que goste, fotos dos amigos,
troféus e medalhas, todos os livros, cds e DVDs expostos etc.
Sendo assim, não decore o ambiente de um adolescente sem que ele esteja por
perto, afinal, é ele quem vai usar aquele ambiente para realizar todas as suas tarefas,
inclusive receber amigos. O ideal para esse tipo de decoração é pensar que o quarto do
adolescente é como um pequeno estúdio ou conjugado. Ele, como a criança, precisa ter
espaço para estudar, descansar, realizar suas atividades e também recepcionar os
amigos.
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Os eletroeletrônicos que estavam proibidos no quarto das crianças passam a ser
permitidos aqui: televisão, DVDs, vídeo-games, aparelhos de som etc. ajudam a compor
a decoração do quarto e estimulam o jovem a passar mais tempo em casa.
Entenda que um adolescente não é mais uma criança, por isso o mobiliário
infantil deve ser substituído. No entanto, ele também não é ainda um adulto, por isso
evite mobiliários de peças assinadas, pois os adolescentes tendem a mudar de opinião
muito rápido, cansando-se rápido da decoração.
Para esse ambiente, vale investir em pufes, bicamas, luminárias divertidas,
quadros, murais, enfeites, tapetes, adesivos de paredes, almofadas etc.
4.6 – Home Office
Home Office é como são conhecidos os espaços de trabalho em casa. Esse
ambiente pode ter diferentes configurações e pode estar instalado em diferentes espaços,
dependendo de sua importância e espaço disponível na casa. Ele pode aparecer
camuflado em outros ambientes, como o quarto de hóspedes, a sala de jantar ou a sala
de estar, ou ter um espaço próprio na casa.
O ideal é que ele tenha em torno de 10m², para que fique em um ambiente mais
isolado do restante da casa, ainda que normalmente se recomende que eles fiquem
próximos da sala de estar.
No que diz respeito às superfícies, o ideal é que elas sejam claras, pois
melhoram o rendimento do trabalho diferentemente das escuras, que causam cansaço e
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mal-estar. Se o escritório ficar na sala, vale a pena investir em uma boa bancada, pois
ela vai participar da decoração da sala; se for possível, coloque uma porta de correr para
separar este ambiente.
Para garantir um ambiente bem iluminado, você deve posicionar a mesa de frente para a
janela ou perpendicular a ela; recomenda-se também a utilização de uma luminária de
mesa.
As cadeiras ideais para esse cômodo são as giratórias que permitam regular o
encosto e a altura. Tenha sempre mais de uma cadeira se faz reuniões ou encontros com
frequência em seu Home Office; também levando em consideração essas reuniões, crie
espaços em seu escritório para conversas informais e reuniões mais formais.
Outros elementos decorativos: calendários de parede, blocos de anotação e quadros de
aviso são essenciais para manter a organização do trabalho.
4.7 – Varandas
Varandas costumam ser ambientes pequenos, presentes em casas e apartamentos,
geralmente localizados na sala ou no quarto. São espaços de conforto, relaxamento,
descontração e socialização.
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Como as varandas costumam ser abertas, o ideal é decorá-las com móveis de
vime, bambu e materiais sintéticos, que são mais resistentes à chuva e ao vento.
Dentre os móveis que podem ser utilizados na composição deste ambiente, é
possível investir em um pequeno sofá de dois lugares e uma pequena mesinha de centro.
Se houver espaço, você pode colocar uma mesa para as refeições de medidas mais
estreitas, diversificando, assim, sua rotina.
Esse ambiente também é ideal para quem quer manter um jardim ou uma horta.
Você pode fazer uma horta com os temperos que mais utiliza como hortelã, cebolinha e
manjericão e, além de enfeitar sua varanda, você terá temperos frescos sempre. Caso
você não possua muito espaço, você pode optar por um jardim vertical, distribuindo
pequenos vasos pela parede. Ainda é possível optar por plantas de grande porte em
grandes vasos, que dão um ar sofisticado para esse espaço.
Se você for optar pela jardinagem, pode investir em móveis para guardar
equipamentos desta prática, como uma
bancada que também possa servir de mesa
quando você receber convidados.
No que diz respeito às cores de sua
varanda, prefira que ela tenha tons
parecidos com o do ambiente que a integra.
Se o objetivo for separar esses ambientes,
então prefira cores diferentes.
A cerâmica é o revestimento ideal para esse espaço, principalmente se esse for
um ambiente aberto, suscetível às chuvas.
Para iluminar esse ambiente, utilizamo-nos da mesma regra dos outros
ambientes: uma iluminação difusa feita por uma lâmpada fluorescente no teto e uma
iluminação parcial, criando pontos de interesse, feita por lâmpadas amarelas.
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Se sua varanda tiver jardins, você pode optar por iluminar as plantas, utilizando-
se de lâmpadas coloridas – verdes, amarelas ou laranjas – com o facho de luz apontado
para cima. Esse tipo de iluminação cria um clima de aconchego e intimidade nesses
espaços. Também é interesse se utilizar de lanternas ou lampiões, dando um efeito mais
romântico às varandas.
Outros elementos bem-vindos na varanda são: mandalas, almofadas e quadros
decorativos.
64
UUnniiddaaddee 55:: JJaarrddiinnaaggeemm ee ppaaiissaaggiissmmoo
Nesta unidade, vamos conhecer um pouco sobre jardinagem e paisagismo, qual a
história deles, quais são seus itens principais na hora de compô-los, quais são as plantas
mais utilizadas na hora de ornamentar e como criar diversos ambientes, como varandas
e minijardins.
Paisagismo
Quanto a sua historicidade
As décadas de 1930 e 1940 foram anos de
rupturas para a arquitetura, urbanismo e,
consequentemente, para o paisagismo. Nesse
contexto histórico, a negação do passado era
objetivo das vanguardas. Assim, as novas concepções e programas se restringiram no
Brasil à obra de Roberto Burle Marx.
Na década de 50, houve um considerável aumento das classes média e alta,
provocando o desenvolvimento da urbanização e criando as condições para o
surgimento de novos autores. Assim, dois homens se destacaram no Brasil quanto a sua
contribuição para o desenvolvimento do paisagismo, Roberto Coelho Cardozo e
Valdemar Cordeiro, que atuaram projetando obras para órgãos públicos. Em pouco
tempo já estavam formados os conceitos do paisagismo moderno nacional que seriam
referência para outros profissionais.
A respeito do surgimento do design moderno no paisagismo moderno mundial,
a crítica de arte Lélia Coelho Frota, comenta que: “Um dos pioneiros do “design”
moderno no paisagismo moderno mundial foi Burle Marx, cujo currículo como
arquiteto e paisagista abriga projetos como os Parques do Flamengo (RJ) e Mangabeiras
(BH), as praças Salgado Filho (RE e RJ), parques particulares nas serras fluminenses, o
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Largo da Carioca (RJ), dezenas de jardins particulares de casas e prédios de
apartamentos, os parques dos palácios de Brasília, dentre outros”. (FROTA,1994.)
A arquitetura paisagística
Podemos definir a arquitetura paisagística como um processo de readequação
intencional e de criação de um espaço geográfico urbano livre, que se destina à
construção de varandas, jardins, calçadas, praças e parques.
Cada época ou momento histórico tem características específicas de tratamento
do espaço urbano. Na Antiguidade Clássica, os jardins palacianos e as casas patrícias
eram criteriosamente elaborados, e os fóruns eram grandes praças-secas decoradas por
colunatas, fontes e pisos e de intensa interatividade social. Já no período Barroco,
destacaram-se os jardins palacianos estruturados por eixos ou ainda pelas praças
arborizadas das cidades europeias da época.
A arquitetura paisagística, como é chamada hoje, teve sua formalização na
Europa (França e Inglaterra, em especial) e nos Estados Unidos no século XIX. Foi um
tempo de quebra de paradigmas sociais e intenso crescimento populacional. Destaca-se
nesse período uma efervescência cultural nunca antes vista, pois foi quando surgiu
também a necessidade de criação, para as massas, de espaços de recreação e lazer e da
urbanização da vegetação acrescida do reflorestamento ambiental das ruas e praças.
A arquitetura paisagística moderna
A arquitetura paisagística moderna surgiu com a necessidade de se reestruturar o
espaço urbano com a aparição de outro elemento, o automóvel. Assim, os olhares da
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arquitetura paisagística se voltam para a criação de um espaço livre em conformidade
com os padrões urbanísticos. Dentre os espaços temos as calçadas para a circulação de
pedestres e ciclistas, espaços nas pontes para a passagem livre dos mesmos, bem como
espaços livres para o lazer e entretenimento da sociedade.
Lélia Coelho Frota entende que os projetos paisagísticos residenciais devem
“estar baseados na transparência e visibilidade a ser dada à residência e a formalização
do pátio ou jardim-de-estar da família, muitas vezes decorado por painéis azulejados,
fontes de formas geométricas ou orgânicas e esculturas de autores do período.
(FROTA,1994)
A respeito dos projetos públicos e privados, ela acrescenta que “poucos são os
projetos públicos modernos de grande porte e estes, em sua maioria, são da autoria de
Roberto Burle Marx. Por outro lado, os projetos privados são muitos e divulgados em
revistas de época, criando referenciais para sua popularização e surgimento de novos
estudiosos da temática”. (FROTA,1994.)
Principais itens do paisagismo para a decoração de jardins, varandas e áreas de
lazer
Pisos:
A escolha do piso é uma tarefa de
incumbência do arquiteto, do decorador e
também do paisagista. Existe uma diversidade
de opções quanto ao material do piso, que pode
ser de pedra, madeira, concreto, cerâmica etc.
Materiais, como a popular pedra portuguesa, são de custo relativamente baixo e
oferecem grande versatilidade para composições. Com o avanço tecnológico, surgem os
pisos antiderrapantes, que são específicos para caminhadas, corridas e esportes.
Também são abundantes as opções estéticas como concreto texturizado e tintas para
concreto.
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Modelagem do Terreno:
Deve-se definir como será preparado o solo do terreno para a implementação do
projeto. Assim, o relevo pode ser mudado caso apresente evidências de estarem
acidentados ou diferenças de nível acentuadas.
Obstruções Visuais:
Durante a decoração, fique atento quanto as possíveis obstruções visuais,
empregue cercas vivas ou muros permitindo que o observador tenha uma vista mais
ampla.
Infraestrutura a acrescentar:
Outro item importante do paisagismo é a infraestrutura do projeto. Isso significa
que deverá ser feito um levantamento detalhado quanto à necessidade de irrigação e
drenagem do espaço. Ou mesmo verificar se precisa ser feito uma extensão da rede
hidráulica ou elétrica.
Vegetação:
Ao selecionar as espécies que irão compor o jardim, certifique-se da adequação
do solo, e se essas espécies se adaptam à região do plantio.
O fator econômico:
Outro elemento é o orçamento financeiro do cliente. Certifique-se de que o custo
do projeto esteja em consonância com recursos disponíveis para a execução.
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Sobre as plantas:
Com uma infinidade de opções você não terá
dificuldades para escolher as plantas. Importa que as
selecionadas se harmonizem com o estilo do
ambiente e sejam adequadas ao clima da região. Os
tipos das plantas variam entre as solitárias, as
exóticas, as desérticas etc. Faça um planejamento de
floração e paisagismo, atentando para todos esses
fatores mencionados anteriormente.
Mobiliário:
Para aumentar as suas possibilidades de uso, decida o que colocar a mais nos
espaços, como bancos e mesas. Também defina os materiais – se vai utilizar palhas,
madeiras ou plástico. Para não correr o risco de errar a localização do imobiliário, o
projeto deve ser feito primeiro em uma planta desenhada. Lembre-se de que esses
elementos terão uma funcionalidade estética e de entretenimento e lazer.
Iluminação:
A presença da luz é de extrema importância para compor um ambiente
privilegiado e belo. No paisagismo, utilizamos a luz natural ou artificial. Por isso, será
necessário analisar se a luz natural está devidamente centrada no ambiente planejado,
pois a sobrevivência das plantas depende dela. No caso da luz artificial, as lâmpadas
devem ser bem distribuídas em pontos estratégicos do terreno para garantir uma
iluminação noturna ideal.
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Sinalização:
A sinalização na decoração de um ambiente interno, como nas varandas, ou
externo, como quintais ou parques, tem muita utilidade. Utilize placas de orientação que
sejam positivas, como “ajude a cuidar do nosso jardim”, “passagem pelo outro lado”,
“respeite o meio ambiente”, dentre outras. Apesar desse tipo de sinalização não ser
muito comum nos dias de hoje, e das frases autoritárias como “não passe”, “não pise na
grama”, “proibido” serem as mais empregadas, não perca a oportunidade de fazer a
diferença na sua decoração.
Obras de arte e elementos decorativos:
Terminado o trabalho de tratamento do solo e da escolha das plantas e mobílias,
chega a hora de se atentar de maneira mais detalhada aos acessórios que irão dar o
requinte desejado ao cenário decorativo. Dentre os inúmeros elementos disponíveis para
a decoração, estão os vasos de cerâmica de variados detalhes e cores, os cestos, os
carros de boi, os arranjos antigos, as esculturas de gesso ou mármore etc. que devem ser
escolhidos em harmonia com o estilo geral dominando no projeto.
Sobre outros tipos de elementos utilizados no paisagismo, temos ainda:
● Caramanchões: São construções preparadas geralmente com ripas ou estacas de
madeiras cobertas ou cercadas por vegetação, muito comum em parques e jardins e que
servem, na maioria dos casos, para descanso e recreação.
● Cercas vivas: São plantas mantidas em determinada altura e posição que, por sua
textura, porte ou forma física, formam cercas ou muros naturais, bloqueando a visão,
delimitando o espaço ou redirecionando o vento.
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● Forrações e gramados: Constituídos de plantas
rasteiras, em sua maioria herbáceas, de até 15 cm,
mas que não suportam pisoteios, salvo alguns
tipos de gramado.
● Jardineiras e canteiros: Os canteiros são espaços construídos que contornam
varandas, janelas, cantos ou passagens. As jardineiras são usadas, na grande maioria das
vezes, para abrigar herbáceas floríferas.
Jardins, varandas e terraços
Quando chega o momento da execução do paisagismo na decoração de
interiores, três palavras-chaves devem permear o pensamento de quem vai decorar um
ambiente: água, luz e terra. Terra ressecada, folhas murchas, galhos secos, tudo isso
prejudica os vegetais, por isso, retirar resíduos e regar as plantas é fundamental.
Dentro da residência
Há muitas espécies vegetais para ambientes fechados, e
todas necessitam de uma única condição: claridade. Quanto
mais próximas das janelas, mais bonitas e vistosas elas serão.
Entre os arbustos, boas opções são a pleomele, o fícus e a pata-
de-elefante.
As árvores da felicidade, macho e fêmea, caíram um pouco no esquecimento,
mas ainda fazem bonito em salas e halls de entrada. Quanto às floridas, há o lírio-da-
paz, o antúrio e a violeta. Se preferir folhagem, confira todos os tipos de sanseviérias,
filodentros e palmeiras, como a rápis e a fênix. Do lado de dentro da casa, canteiros
ladeando a entrada do carro também têm um bom efeito. Não é difícil definir o que
plantar: são inúmeras as espécies que se adaptam em apenas 50 cm de largura.
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Varandas
Para as varandas, recomendam-se plantas
resistentes ao vento e ao calor. Dentre as
possibilidades, podemos encontrar a espada-de-são-
jorge, a iuca e o bambu-mossô, que podem ficar em
vasos ou em jardineiras. Porém, caso opte pelas
jardineiras, é preciso tomar cuidado para que não
haja infiltração, por isso, não cultive as folhagens
diretamente nelas. Plante em vasos de plástico e
deposite no fundo da floreira. Preencha os espaços
com areia de construção e dê acabamento cobrindo de cascalho grosso. Sobretudo em
varandas, as plantas devem estar integradas ao entorno. Vasos, móveis e fechamentos,
como treliças, precisam ser pensados em conjunto. É essa harmonia que torna o projeto
atraente.
Terraços
Os terraços de andares altos (do décimo para cima) sofrem a ação dos ventos, o
que causa desidratação nas plantas. Regas constantes resolvem o problema, mas é
sempre melhor investir em exemplares de clima temperado. Entre esse exemplares,
encontramos os buchinhos, as tuias e as azaleias. Outra sugestão para terraços são
espelhos-d’água com plantas aquáticas. Estas dispensam manutenção frequente e
possuem vida longa.
Minijardins
Os minijardins ficam graciosos em bancadas de banheiro e mesas de centro ou
laterais, assim como na estante. Invista em espécies rústicas, que são mais fáceis de
manter, como lírios e todas as variedades de sanseviéria. Uma dica é reunir pequenos
vasos numa mesma bandeja, compondo as alturas e texturas. Misturar espécies de
galhos rende arranjos simpáticos. O segredo é ter um elemento de destaque e trabalhar o
entorno em função dele.
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Jardins verticais
Os jardins verticais enfeitam qualquer
ambiente. Geralmente, cultivam-se orquídeas
nesse tipo de jardim. Para isso, parafuse
pequenas barras de ferro na parede e fixe nelas
os vasos – a planta se adapta melhor aos
modelos de cerâmica. Escolha variedades que
floresçam em épocas diferentes. As orquídeas
também podem ser cultivadas em muros rentes à
piscina, já que não soltam folhas ou pétalas na
água.
Tipos de Jardins com estilo
Veja a seguir alguns estilos de jardins bastante populares na composição
paisagística e algumas sugestões de espécies vegetais que ajudam a compor esses
estilos.
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Jardim Tropical
Fonte: www.dzai.com.br/elainepereira
O jardim tropical foi desenvolvido por
Roberto Burle Marx (1908-1994). É um
estilo baseado em plantas nativas do Brasil.
Exemplos: bananeiras, palmeiras e orquídeas.
Descontraído, é avesso a podas retilíneas e
simetrias.
Sugestões de Plantas:
Palmeiras diversas, helicônias, pândanos, calateias, samambaias, filodendros,
estrelitzas, cheflera, dracenas, gengibres, agaves, bananeira ornamental,
costela-de-adão, árvores, bromélias, orquídeas, boungavílias etc.
Jardim Italiano
Fonte:
www.jardineiro.net/br/artigos/jardim_italiano.php
O jardim italiano é caracterizado pela
presença de plantas frutíferas, flores,
estátuas e fontes. Privilegia um estilo
muito funcional. Embora seja muito
parecido com o jardim francês, o estilo
italiano incorporou o calor dos países
mediterrâneos. Nesse tipo de jardim,
formas topeadas de buchinhos e viburnos
se combinam perfeitamente com estátuas
de deuses e árvores frutíferas, como
laranjeiras e macieiras.
Sugestões de Plantas:
Viburno, buchinho, murta, pingo-de-ouro, lavanda, alecrim, sálvia, laranjeira, limoeiro,
macieira, pereira, romã, hemerocális, oliveira, roseira, azaleia, plantas medicinais, plantas
hortícolas.
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Jardim Desértico
Fonte: www.trilhadomato.blogspot.com/
2011/04/ jardins-jardim-desertico.html
Esse tipo de jardim tem como objetivo
reproduzir uma paisagem árida, passando a
impressão de que se trata de um deserto, na
concepção da palavra.
Por isso, tem em sua estrutura a presença de
plantas que não necessitam de muita água
para sobreviver e, por isso, requer pouca
manutenção. No entanto, é preciso adotar
cuidados para que esse tipo de jardim não
receba tanta umidade, uma vez que por serem
de ambientes secos, as plantas podem não
resistir em um ambiente muito úmido.
Sugestões de Plantas:
Cactáceas (cadeira-de-sogra, urumbeta, coroa-de-frade, orelha-de-coelho, etc.), agaváceas
(agave, agave-dragão, piteira-do-caribe, iucas, etc.), crassuláceas (babosa, rosa-de-pedra,
calanchoê, calanchoê-fantasma, etc.), aizoáceas (Rosinha-de-sol, Litops, Cacto-argarida, etc.),
bromeliáceas (de folhagem estreita, acinzentada e espinhenta), Euforbiáceas (cacto-candelabro,
etc.), lamiáceas (alecrim, lavanda, etc.), asclepiadáceas (estapélia etc.), asphodeláceas (bulbine,
lírio-tocha), algumas palmeiras e árvores de regiões desérticas (barrigudas).
Jardim Japonês
Fonte: www.jardineiro.net/br
Na decoração do jardim japonês, existem
elementos que incluem a água, as pedras, as
plantas e os acessórios de jardim. A arte do
paisagismo no Japão é muito antiga e
provavelmente teve sua origem na China e na
Coréia, muito antes do século VI. Para a
cultura nipônica, o paisagismo é uma das
mais elevadas formas de se expressar arte,
pois consegue expressar a essência da
natureza em um espaço limitado.
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Sugestões de Plantas:
Tuias, ciprestes, azaléias, ácer-vermelho, bambu, bambú-negro, ligustro, nandina,
bambuzinho-de-jardim, roseira, pinheiros, rododendro, junípero, cerejeira- ornamental.
Jardim Inglês
Fonte: www.sargacal.com/2006/10/27/
chateau-de-villandry-o-jardim-ornamental/
É um estilo de jardim que se destaca pelas
suas formas curvas e arredondadas,
valorizando a paisagem natural. Para tanto, é
fundamental criar grandes áreas de
gramados e alamedas que permitam
contemplar a beleza do jardim.
O jardim pode receber ainda outros
elementos, como árvores mortas, rochedos,
pequenas colinas, construção de ruínas e
outros que permitam acrescentar um charme
a mais ao estilo.
Sugestões de Plantas:
Árvores nativas, plantas esculturais, arbustos, grama-são-carlos, grama-preta,
pinheiros, gerânio, jasmim, sálvia-vermelha, margarida, lavanda, maria-sem-vergonha,
ninfeias, vitória-régia.
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EEnncceerrrraammeennttoo
Prezado Aluno!
Concluímos o curso de “Decoração”. Nesse curso, vimos a importância da
profissão de Design de interiores, qual a formação e áreas de atuação desses
profissionais e quais são as atribuições pertinentes ao cargo que esse profissional
desempenha.
Aprendemos sobre a importância de decorar, e como fazê-lo em vários tipos de
ambientes, combinando cores, texturas, estilos, móveis, objetos decorativos em suas
formas e cores para proporcionar unidade ao ambiente. Aprendemos a escolher qual
será o recurso de iluminação a ser empregado na decoração de determinado ambiente,
quais são os estilos de decoração e como decorar com base em cada um deles.
Também vimos como escolher portas, janelas, forrações e pisos, como decorar
os ambientes: sala de estar, sala de jantar, cozinha, quarto, varanda e jardins em cada
estilo pretendido.
Aprendemos os conceitos básicos sobre o paisagismo e sua contribuição para
embelezar a decoração de espaços interiores e também exteriores. Também aprendemos
sobre seu uso, tipos de flores recomendadas para casa estilo, os diversos tipos de jardins
com as suas respectivas características.
Agradecemos pela sua aposta no curso, esperamos que suas expectativas tenham
sido atendidas durante o processo de aprendizagem
e desejamo-lhes sucesso e boa sorte!
77
BBiibblliiooggrraaffiiaa
Livros consultados:
GURGEL, M., Organizando espaços – guia de decoração e reforma de residências. 2 ed.
São Paulo: Senac, 2011.
MANCUSO, C. M, Arquitetura de interiores e decoração – a arte de viver bem. 6 ed.
Porto Alegre: Sullina, 2007.
ALBIERI, Ricardo Crivano. Contribuições didáticas para o curso de Agropecuária
Orgânica do Colégio Técnico da Universidade Estadual Rural do Rio de Janeiro:
Floricultura orgânica em agroecossistema. Seropédica: UFRRJ, 2005 (Tese de Mestrado
em Educação Profissional Agrícola).
DR.RAMAKIRISHNAN, A Visual Field Evaluation With Automated Devices. 3.ed.
Fareword,2006.
DOURADO, Guilherme Mazza. Visões de Paisagem: um panorama do paisagismo
contemporâneo no Brasil. São Paulo, ABAP, 1997.
FREIRE, Márcia Rebouças. A luz natural no ambiente construído. Salvador: FAUBA,
1997. 54p.
FROTA, Lélia Coelho. Burle Marx: paisagismo no Brasil. São Paulo, Câmara Brasileira
do Livro, 1994.
G&A, Editorial. Arquitetos e Paisagistas – Year Book. São Paulo, G&A Editorial, 1998,
2ª edição.
GURGEL, Mirian. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas
residenciais. São Paulo: Senac, 2004.
78
GUIMARÃES, Luciano. A Cor como Informação. 2. ed. São Paulo: Annablume,
2000.160p
LACY, Marie Louise. O poder das cores no equilíbrio dos ambientes. São Paulo:
Pensamento, 2002.
MARTINS, Nara Sílvia Marcondes. O art. déco e o poético em cartazes. São Paulo.
1995. Dissertação de Mestrado, (Mestrado em Artes Visuais) - Instituto de Artes,
Universidade Estadual Paulista, UNESP, São Paulo, 1995, 203 p.
MILLARCH, Aramis. As artes gráficas do internacional Miran [texto]. 1987.
Disponível em: http://www. millarch.org/ler. php?id=4098 Acesso: 23 de Agosto de
2011.
PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. 5. Ed. Rio de Janeiro: Leo Christiano/UNB,
1989. 219p
REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo, Perspectiva,
1970.
SANTOS, Maria Cecília Loschiavo dos. Móvel Moderno no Brasil. São Paulo: Livros
Studio Nobel, 1995.
Sites consultados:
Curso de Decoração Casa Claudia 2009. Disponível em:
<http://accessdenied.casa.abril.com.br/curso-decoracao/index.shtml>. Acesso em 23 de
Março de 2012.
Curso de Decoração Casa Claudia 2011. Disponível em:
<http://eudecoro.com/artigos/13-dicas-para-decorar-com-almofadas>. Acesso em 14 de
Maio de 2012.
79
Cinco ferramentas de design para planear seu espaço. Disponível em
<:http://eudecoro.com/artigos/top-5-ferramentas-design-para-planear-seu-espaco>.
Acesso em 30 de Março de 2012.
Como combinar cores. Disponível em <http://eudecoro.com/artigos/como-combinar-
cores-decoracao>. Acesso em 20 de Março.
Princípios básicos da decoração. Disponível em
<http://eudecoro.com/artigos/principios-basicos-decoracao-que-deve-fazer>. Acesso em
10 de Maio de 2012.
Decoração – o nome das coisas. Disponível em
<http://www.simplesdecoracao.com.br/2012/04/decoracao-o-nome-das-coisas/>.
Acesso em 3 de Maio de 2012.
Estilo moderno. Disponível em <http://achadosdedecoracao.blogspot.com.br/
http://www.lojaskdblog.com.br/blog/2011/04/15/estilo-moderno-um-universo-de-
possibilidades-para-se-inspirar/#.UBGO1mHOxqw> 15 de Março de 2012.
Blog de decoração. Disponível em <http://blogdedecoracao.lopes.com.br/
http://www.decoracaointeriores.org/>. Acesso em 2 de Março.
Como decorar uma cozinha pequena. Disponível em
<http://www.decoracaocozinha.com/artigos/decoracao-cozinha-pequena.html
http://eudecoro.com/artigos/decorar-sem-gastar-muito>. Acesso em 18 de Março de
2012
Como começar um projeto de decoração. Disponível em
<http://decoracaofacil.com/como-comecar-um-projecto-de-decoracao/>. Acesso em 3
de Maio de 2012.
Blog de dicas de decoração. Disponível em <http://www.dicasdecoracao.com/
http://decorabrasil.com.br/blog/>. Acesso em 2 de Março.
80
Blog de decoração de interiores. Disponível em <http://www.decoracaointeriores.org/
http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/decoracao/como-decorar-uma-sala-
irregular-qual-a-melhor-maneira-de-distribuir-os-moveis.jhtm>. Acesso em 5 de Março
de 2012
Estilo Minimalista. Disponível em <http://eudecoro.com/artigos/perfil-estilo-
minimalista>. Acesso em 17 de Março de 2012.
Design Sustentável. Disponível em:< http://acervodeinteriores.com.br/index.
php/category/design-de-interiores/design-sustentavel-design-de-interiores/,>. Acesso
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http://decorabrasil.com.br/blog/index. php/2008/09/10/cores-na-decoracao-de-
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Estilo Ambientación- El Origen del Minimalismo. Disponível em: <
http://www.estiloambientacion.com.ar/estilosminimalismo.htm,>>>>. Acesso em 20 de
Agosto de 2011.
Como decorar um quarto de casal. Disponível em:<
http://www.eudecoro.com/artigos/como-decorar-quarto-casal,>. Acesso 23 de Agosto
de 2011.
Tendências. Disponível em:< http://www.pqi.com.br/tend/index.html, >. Acesso em 16
de Agosto de 2011.
Prateleiras luminosas. Disponível em: <
http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,, EMI84077-16774,00-
PRATELEIRAS+LUMINOSAS.html,>. Acesso em 17 de Agosto de 2011.
81
Cores na decoração de interiores segundo o Feng Shui. Disponível em: <
http://www.sobre.com.pt/cores-na-decoracao-de-interiores-segundo-o-feng-shui-
conteudo-sobrecompt,>. Acesso em 11 de Agosto de 2011.
Arquitetos e designers revelam suas apostas para a EXPO REVESTIR 2011. Disponível
em: <http://www.vidroimpresso.com.br/187/Noticia-do-
Vidro/Arquitetos%20e%20designers%20revelam%20suas%20apostas
%20para%20a%20EXPO%20REVESTIR%202011. aspx,>. Acesso em 12 de Agosto
de 2011.
CASTELNOU, Antonio Manuel N. Arquitetura e Sustentabilidade na Sociedade de
Risco. Terra e Cultura, Ano XIX, nº37. Junho de 2003. Disponível em:
<http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/terra_cultura/37/Terra%20e%20Cultura_37
-12. pdf>,. Acesso em 15 Agosto de 2011.