decojovem / esas
DESCRIPTION
Breve Guia do EuroTRANSCRIPT
Breve guiado euro
ComissãoEuropeia
Assuntos Económicos e Financeiros
Sobre o euro
O euro nasceu em 1999: surgiu inicialmente em extratos de pagamento, con-tas e faturas. Em 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas em euros entraram pela primeira vez nas caixas dos bancos, caixas registadoras, porta-moedas e bolsos dos europeus. Foi mais um grande passo no sentido da integração económica europeia, um percurso iniciado com a criação da Comunidade Eco-nómica Europeia em 1957.
O euro em todo o mundo
É surpreendente onde se pode encontrar o euro! O euro é utilizado nas Caraíbas (Guadalupe, Martinica e São Bartolomeu), no oceano Índico (Maiote e Reunião) e no oceano Atlântico (Aço-res, Canárias, Madeira e São Pedro e Miquelão), bem como em Ceuta e Melilha na costa do Nor-te de África e na Guiana Francesa na América do Sul, sendo também utilizado no Mónaco, São Marino, Cidade do Vaticano e Andorra como moeda nacional e no Kosovo e Montenegro como moeda efetiva.
Qual é o objetivo?
O euro e a União Económica e Monetária (UEM) visam permitir que as economias funcionem de forma mais eficiente e eficaz, criando mais em-prego e prosperidade para os europeus.
O euro à lupa
O símbolo do euro é €. A conceção das notas em euros é comum a to-dos os Estados-Membros da zona euro.
Vários elementos de segurança foram incluídos nas notas em euros. Observa bem e verifica!
As moedas em euros têm uma face comum e uma face específica de cada país.
Então e agora: o caminho para o euro
A fundação da Comunidade Económica Europeia cria um mercado comum para a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais entre os Estados-Membros.
O mercado comum prospera e alarga-se, mas o comércio é dificultado pela existência de várias moedas em circulação.
O Tratado de Maastricht determina que a Europa terá uma moeda única forte e estável para o século XXI.
O euro é lançado como uma moeda «virtual».
Nasce o euro e começam a circular cerca de 8 mil milhões de notas e 38 mil milhões de moedas em euros.
O alargamento da zona euro, que criou a segunda maior economia do mundo, é um processo em curso.
1957
1992
19992002
O euro teve de fazer face a alguns desafios bem conhecidos nos últimos anos. A crise da dívida revelou pontos fracos que têm de ser cui-dadosamente analisados e resolvidos. O quadro da União Económica e Monetária (UEM) foi re-forçado em consequência.
Embora tenha sido importante refletir sobre os problemas de governação económica, não se podem esquecer os grandes benefícios que o euro proporcionou à Europa, aos seus cidadãos e às suas empresas.
Quais as vantagens para os cidadãos?
Mais escolha, melhores preços
Existe uma maior concorrência entre lojas e entre fornecedores. Logo, beneficiamos de pre-ços mais baixos e os aumentos de preços são mais controlados.
As compras transfronteiriças são muito mais fáceis!
Na zona euro já não precisamos de calcular as taxas de câmbio: podemos agora comparar cla-ramente os preços e temos mais escolha.
Uma moeda estável
A taxa de inflação na zona euro foi de cerca de 2% por ano desde o início do euro. É uma inflação muito estável e baixa quando comparada com as taxas de 20% (por vezes, mesmo superiores) que alguns países da UE registaram nos anos setenta e oitenta.
Viagens mais baratas e mais fáceis
Quando viajamos na zona euro, a nossa vida é muito mais fácil do que anteriormente porque não é preciso trocar de moeda e não temos que pagar quaisquer taxas de câmbio.
O euro também pode ser facilmente cambiado em muitos países fora da área do euro — estimando--se que, em termos de valor, cerca de 20% a 25% das notas em euros circulem fora da zona euro.
Quais as vantagens para as empresas?
É simples: taxas de juro mais baixas = mais investimento
Uma inflação baixa mantém as taxas de juro baixas.
As empresas podem obter empréstimos a taxas mais favoráveis para investirem, por exemplo, em novas máquinas ou em investi-gação e desenvolvimento.
Novos produtos, novos serviços e maior produtividade.
Crescimento económico e mais e melhor emprego.
A estabilidade económica incentiva o planeamento a longo prazo
Hoje em dia, as empresas europeias estão em melhor posição para realizar investimentos a longo prazo. Como as taxas de juro são estáveis, é mais fácil prever se o seu investimento vai gerar lucros.
Menores riscos e custos reduzidos incentivam as trocas comerciais e os investimentos transfronteiriços
No passado, o comércio entre os países da UE envol-via muitas moedas com taxas de câmbio flutuantes. Para fazer face a este risco, as empresas tinham que vender a preços mais elevados no estrangeiro, o que desincentivava o comércio. Este risco já não existe.
Além disso, o comércio num mercado único com a mesma moeda é simplesmente mais eficien-te do que o comércio em muitos mercados com várias moedas. Antes da introdução do euro, o custo da conversão das moedas na UE foi esti-mado em 20 a 25 mil milhões de euros por ano. Estes custos já desapareceram na zona euro.
Medindo os benefícios
Quais as vantagens para a Europa?
Os mercados financeiros estão mais integrados
A integração económica e monetária torna mui-to mais fácil mobilizar os capitais para investir onde podem ser mais eficientes. O alargamen-to dos mercados financeiros na zona euro, com uma regulamentação e supervisão adequadas, também torna os capitais mais disponíveis para o investimento e permite que os investidores re-partam os riscos de forma mais alargada.
Maior facilidade do comércio internacional
O euro está a ser cada vez mais utilizado nas transações comerciais internacionais, graças à sua força e disponibilidade e à confiança que inspira. Isso permite que as empresas da zona euro paguem e recebam em euros, ficando me-nos vulneráveis às flutuações cambiais mundiais e facilitando as trocas comerciais aos nossos parceiros.
Benefícios do euro: breve recapitulação
A UEM e o euro proporcionam-nos:
• uma moeda estável
• um melhor desempenho económico
• inflação e taxas de juro mais baixas
• um enquadramento mais sólido para as finanças públicas
• transparência dos preços
• maior protagonismo para a UE na economia mundial
• a eliminação dos custos cambiais
• maior facilidade para o comércio internacional
• mercados financeiros mais integrados com uma
regulamentação e supervisão adequadas
• um símbolo concreto da identidade europeia
A zona euro tem uma maior presença internacional
Os principais intervenientes da economia mun-dial reúnem-se em grupos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G8/ /G20, para promoverem a estabilidade nos mercados mundiais. O euro é hoje a segunda moeda mundial mais importante, a seguir ao dólar americano. Sendo um dos mais importan-tes blocos económicos mundiais, a UE tem um maior protagonismo no mundo.
Mitos sobre o euro: vamos refletir melhor
Mito: o euro fez os preços aumentar
Ao reduzir a inflação e aumentar a concorrência, o euro tornou efetivamente a vida mais barata! De facto, os dados sobre os preços no consumi-dor revelam que, em média, a adoção do euro causou muito menos aumentos de preços do que geralmente se pensa e o seu efeito global nos preços foi muito reduzido (um impacto pon-tual em 2002 entre 0,1% e 0,3%)
Na primeira década após a introdução do euro em 1999, foram criados cerca de 8,7 milhões de novos postos de trabalho na zona euro, contra ape-nas 1,5 milhões nos sete anos anteriores.
O custo médio da trans-ferência de 100 euros foi reduzido de 24 para 2,40 euros, graças às re-gras sobre os pagamentos transfronteiriços em euros introduzidas em 2001.
Desde dezembro de 2006, o valor das notas e moe-das em euros em circula-ção tem sido geralmente superior ao valor dos dólares americanos em circulação.
Mito: o euro implicou uma perda de soberania nacional indesejável
Quando um país adota o euro, partilha volun-tariamente um certo grau de soberania, dado que os governos têm de coordenar as suas po-líticas económicas e controlar as suas despe-sas. No mundo globalizado atual, a soberania nacional é um conceito relativo. Ao coordenar as suas políticas, os governos podem, efeti-vamente, adquirir influência e poder na esfera económica.
Factos e números
Com a criação do euro, entraram em circulação 38 mil milhões de moedas. Isso correspondia a cerca de 124 moedas por cada pessoa da zona euro nesse momento
Apoiar a criação de emprego
Reduzir as taxas das transferências
Competir a nível mundial
2006
8,7m
1,5m
1992 1999 2009
24 €
2,40 €
2001
As regras do jogo: adoção e governação do euro
Problemas surgidos ao longo do caminho
A recente crise financeira e da dívida soberana revelou a existência de fragilidades no quadro de coordenação das políticas económicas da UEM. Em resposta a esta situação, a UE reforçou as regras e procedimentos através dos quais os países da zona euro coordenam as suas políti-cas económicas e orçamentais. Estas alterações vão ajudar as nossas economias a recuperar da crise atual e a prevenir a ocorrência de crises semelhantes no futuro.
A adesão ao clube
Todos os países da UE são elegíveis para a ade-rir ao euro. No entanto, os países que pretendem aderir têm de satisfazer um certo número de critérios para demonstrarem que as suas eco-nomias estão preparadas para ter o euro como a sua moeda. Estes critérios de entrada ou con-vergência avaliam se as finanças públicas apre-sentam uma trajetória sustentável, respeitando parâmetros de referência a nível do défice orça-mental e da dívida pública. Visam igualmente assegurar que os países atingiram um elevado grau de estabilidade macroeconómica e compe-titividade em termos de inflação e taxas de juro a longo prazo baixas, bem como de taxas de câmbio estáveis.
Garantir a solidez das finanças públicas para assegurar o êxito da participação na zona euro
O euro oferece muitas vantagens potenciais, mas só se os países participantes adotarem polí-ticas económicas sãs. Por este motivo, desde o início, a adesão ao euro implica a obrigação es-trita de evitar défices orçamentais excessivos e manter a dívida pública em níveis sustentáveis. Este compromisso de adoção de políticas orça-mentais sãs é controlado no âmbito do chama-do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Este pacto foi consideravelmente reforçado em consequência da crise económica. Os governos devem agora submeter os seus projetos de pla-nos orçamentais ao escrutínio da Comissão e dos outros países da zona euro. Estão em vigor mecanismos de supervisão rigorosos para ve-rificar se os países cumprem efetivamente os objetivos orçamentais que todos os países da zona euro se comprometeram a respeitar e, se necessário, podem ser impostas sanções.
Assegurar a competitividade e promover o crescimento
A solidez das finanças públicas não é o único instrumento para estimular a economia na zona euro. A crise revelou igualmente a necessidade de uma nova abordagem relativamente à re-gulamentação dos serviços financeiros e de um acompanhamento atento da evolução dos mer-cados financeiros. Foram igualmente estabele-cidos novos instrumentos de supervisão para garantir que os países da zona euro adotam políticas económicas que asseguram a compe-titividade e promovem o crescimento e o em-prego. Sendo melhor prevenir do que remediar, estes novos instrumentos de supervisão visam igualmente evitar a criação de «bolhas» com efeitos nefastos nos mercados imobiliários.
Quem é quem?
Comissão Europeia
A Comissão, em especial a Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN), acompanham a evolução económica em toda a UE e ajudam a aplicar e desenvolver a legisla-ção acima referida.
Banco Central Europeu (BCE)
O BCE é uma instituição independente da UE, que toma as decisões em matéria de política monetária na zona euro com o objetivo de man-ter a estabilidade dos preços.
Parlamento Europeu (PE)
O Parlamento Europeu é o órgão legislativo deste processo. Toma conhecimento, debate e vota. Toma decisões, em conjunto com o Con-selho, ou emite o seu parecer sobre a adoção de uma determinada política.
Ecofin e Eurogrupo
São as reuniões do Conselho em que a maior parte das decisões é tomada. O Ecofin é com-posto pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da UE; o Eurogrupo é constituído pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da zona euro.
Para mais informações
O eurowww.ec.europa.eu/euro
Comissão Europeia — Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiroswww.ec.europa.eu/economy_finance/index_pt.htm
Comissão Europeiawww.ec.europa.eu
Banco Central Europeuwww.ecb.eu
Original concluído em julho de 2013© União Europeia, 2013Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Zona euro
Estados-Membros da UE com opção de não participação no euro
Estados-Membros da UE que ainda não adotaram o euro
Áustria
Itália
Malta
Portugal
Espanha
Grécia
Chipre
França
Luxemburgo
Bélgica
Reino Unido
IrlandaDinamarca
Suécia
Finlândia
Países Baixos
Alemanha
EslovéniaCroácia
HungriaEslováquia
República Checa
PolóniaLituânia
Letónia*Estónia
Roménia
Bulgária
* A partir de janeiro de 2014.
KC-01-13-379-PT-C
doi:10.2765/13839ISBN 978-92-79-31061-4
Assuntos Económicose Financeiros
ComissãoEuropeia
1957
2002
Rumo àmoeda única:
o caminho para o euro
1992
ATUALMENTE
Preparar o futuro do nosso mercado comum A fundação da Comunidade Económica Europeia em
1957 marcou o nascimento de um mercado comum e o
início da integração europeia. Permitiu uma crescente
liberdade de circulação de mercadorias, pessoas, serviços
e capitais entre os Estados-Membros, sem entraves.
Nasce o euroEm 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas de euros chegaram às
caixas dos bancos, caixas registadoras, porta-moedas e bolsos. Desde
então, a zona euro tem crescido, proporcionando benefícios concretos
para um número cada vez maior de cidadãos e de empresas.
O alargamento da zona euro é um processo dinâmico em curso.
O mercado comum torna-se uma realidadeCom o aumento dos intercâmbios e movimentos em toda a Europa,
tornou-se claro que o mercado único estava limitado pela existência
de várias moedas em circulação. Como ultrapassar este obstáculo à
integração? Em 1992, o Tratado de Maastricht determinou que a
Europa teria uma moeda única forte e estável para o século XXI.
Assegurar o futuro do euroDesde o início foram estabelecidos critérios e regras para assegurar
a estabilidade e harmonia da economia da zona euro. No entanto,
em resposta a algumas fragilidades evidenciadas durante a crise,
estas têm vindo a ser reforçadas para formar um novo quadro de
governação económica da UE que aplica as regras destinadas a
ajudar a recuperação dos países da área do euro em dificuldades e
evitar problemas semelhantes no futuro.