de precificaÇÃo e - abrapp.org.br 10 passos para... · demográficas, econômicas e financeiras...

36
Cartilha Comissão Ad-Hoc de Solvência de Planos da Abrapp 10 PASSOS PARA COMPREENDER E APLICAR REGRAS DE PRECIFICAÇÃO E SOLVÊNCIA

Upload: hangoc

Post on 25-Sep-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

Cartilha

Comissão Ad-Hoc de Solvência de Planos da Abrapp

10 PASSOSPARA COMPREENDERE APLICAR REGRASDE PRECIFICAÇÃO ESOLVÊNCIA

Page 2: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela
Page 3: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

abril/2016

Comissão Ad-Hoc de

10 PASSOSPARA COMPREENDERE APLICAR REGRASDE PRECIFICAÇÃO E

SOLVÊNCIA

Cartilha

Page 4: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela
Page 5: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

Coordenação da elaboração da cartilhaSilvio Renato Rangel Silveira eAntonio Fernando Gazzoni

Comissão A D HO C de Solvência de Planos da Abrapp

CoordenaçãoSilvio Renato Rangel Silveira (FIBRA)

MembrosAntonio Fernando Gazzoni (GAM A / MERCER)Edner Castilho (FUNCESP)Cleide Rocha (PREVI)Geraldo Assis (ANCEP)Marcelo Nazareth (NETQUANT)Maurício Marcelini (FUNCEF)Roberto Eiras Messina (MML Advogados Associados)Rodrigo Eustáquio Barbosa Barata (FORLUZ)

ColaboraçãoFundação Itaipu Brasil de Previdência Complementar - Fibra Gama Consultores AssociadosPrevic – Superintendência Nacional de Previdência Complementar

Page 6: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

Apresentação

Há muito o sistema brasileiro de previdência complementar carecia de regras de precificação e solvência que levassem em conta o horizonte de longo prazo e tratassem de maneira adequada planos previdenciários de diferentes graus de maturidade. Preocupada com isso, a Abrapp procurou estimular entre os profissionais do sistema o estudo do tema, trazendo como ingrediente a experiência internacional de grandes especialistas, criando comissões multidisciplinares e chamando para o debate os órgãos de regulação e supervisão.

Harmonizar a visão sob as diversas óticas, isto é, atuarial, econômica, contábil e jurídica, bem como sob as perspectivas de governo, entidades, participantes e patrocinadores foi o grande desafio. Fazer isso de uma forma simples, compreensível e prática, respeitando a cultura estabelecida, tornou esse desafio ainda mais complexo. Em todo o processo, procuramos manter vivo o grande objetivo de todos, qual seja o cumprimento do contrato previdenciário, pagando de forma segura os benefícios contratados. A Abrapp defendeu firmemente suas convicções, mantendo aberto o canal de comunicação com suas associadas, mas nunca foi intransigente, por saber que o resultado deveria atender a necessidade dos vários envolvidos, representando o estado brasileiro e a sociedade civil.

O desafio afinal foi vencido com a implantação do novo ambiente regulatório. Foram alteradas as regras de precificação de passivos (Resolução CNPC nº 15/2014), de precificação de ativos (Resolução CNPC nº 16/2014) e solvência (Resolução CNPC nº 22/2015).

Queremos expressar nossos sinceros agradecimentos a todos os profissionais que se envolveram com dedicação e competência no trabalho, integrando nossa comissão ad hoc ou colaborando com ela. Reconhecemos também o extraordinário esforço empreendido pelas equipes do governo, particularmente as da Previc e da SPPC. E agradecemos a parceria dos outros segmentos da sociedade civil que integram o CNPC. Esta cartilha coroa o trabalho. Em sua primeira parte traça breve histórico do processo, e dos conceitos envolvidos no novo ambiente normativo. A segunda parte traz, de forma simples e resumida, 10 passos para que os profissionais do sistema fechado de previdência complementar possam compreender e aplicar as novas regras de precificação e solvência.

Esperamos que o material lhes seja útil.

José Ribeiro Pena NetoPresidente da Abrapp

Page 7: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

Í n d i c e

7 Breve HistóricoDepois de décadas entorpecido por taxas de juros acima das metas atuariais, com relativa simplicidade de elaboração de políticas de investimentos.

8 Síntese do novo ambiente regulatório O novo ambiente regulatório tem como principal inovação a utilização conjunta de elementos do passivo atuarial

9 Primeiro PassoDefinição de hipóteses fundamentada em estudos de aderência e convergência

11 Segundo PassoCálculo da duração do passivo

13 Terceiro Passo Identificação dos limites aplicáveis ao plano

15 Quarto PassoProjeção da taxa de retorno esperada para investimentos

17 Quinto Passo Escolha da taxa de juros atuarial

19 Sexto PassoAjuste de precificação dos títulos federais

22 Sétimo Passo Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado

24 Oitavo Passo Análise da solvência em relação aos limites aplicáveis

26 Nono PassoEquacionamento de Déficits

29 Décimo Passo Destinação de Superávits

32 Conclusão Essa cartilha foi elaborada com fins didáticos, pretendendo apresentar de forma simples os principais passos a serem seguidos pelas entidades para valer-se do potencial deste novo ambiente normativo.

Page 8: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

7

Referência Precificação de

Passivos Precificação de Ativos Solvência

Anterior a2012:

:

Estabilidade

Taxa atuarial fixa

Teto de 6%

CGPC 18/2006

Curva

e

Mercado

CGPC 4/2002

CGPC 26/2008

2012:

Turbulência com foco nosuperávit

Taxa atuarial regressiva (4,5% até 2018).

CNPC 9/2012

CNPC 10/2012

2013:

Turbulência, com foco no déficit.

CNPC 13/2013 e CNPC 14/2014

2014 e 2015

Nova abordagem integrada daregulação

Ajuste de precificação com base nos títulos públicos federais marcados na curva.

Equacionamento de déficit imediato com possibilidade de aguardar 1 ano se motivado por causa conjuntural e valor inferior a 10% das provisões matemáticas.

Limite da reserva de contingência fixado em 25% das provisões matemáticas.

Agravamento de hipóteses atuariais para destinação de superávit.

Flexibilização: Limite de déficit: 15% para todos os planos (válido só para 2014) e 10% para os anos seguintes ou 3 anos consecutivos de déficit.

Limites de superávit e déficit relacionados à duração do passivo.

Prazo de equacionamento proporcional à duração do passivo do plano.

CNPC 22/2015CNPC 16/2014CNPC 15/2014

Taxa de Juros Atuarial utilizada na precificação do passivo definida por limites vinculados à carteira de investimentos, condições de mercado e duração (duration) do passivo.

Breve HistóricoDepois de décadas entorpecido por taxas de juros acima das metas atuariais, com relativa simplicidade de elaboração de políticas de investimentos, o Brasil passou por transformações e mudanças rápidas de cenário que exigiram o enfrentamento regulatório, em busca de soluções. Podemos dividir o processo desta evolução regulatória relacionada a precificação e solvência em 4 fases:

No âmbito da ABRAPP, a discussão passou pela evolução de uma Comissão Técnica Nacional AD HOC de Equacionamento de Déficit (2013) para uma CT AD HOC de Precificação (2014) e finalmente para uma CT AD HOC de Precificação e Solvência (2015).

Page 9: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

Síntese do novo ambiente regulatório

O novo ambiente regulatório tem como principal inovação a utilização conjunta de elementos do passivo atuarial (fluxo projetado, duration), dos investimentos (retorno projetado da carteira, duration) e da conjuntura de mercado (projeção para segmentos, estrutura a termo da taxa de juros) para fixar parâmetros de precificação e estabelecer os limites de solvência.

Observe no diagrama que o prazo médio do fluxo do passivo (duration) está no centro de toda a regulamentação e produz reflexos sobre os limites para a taxa de juros atuarial, consequentemente influenciando o cálculo do passivo atuarial, sobre o ajuste de precificação dos títulos federais, sobre os limites de déficit e de superávit e sobre o prazo máximo de amortização a ser observado nos planos de equacionamento.

Os quadros marcados em marrom no diagrama indicam aqueles pontos em que a gestão da entidade deve fazer escolhas, respeitados os limites normativos.

8

Page 10: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

P R I M E I R O PA S S O

DEFINIÇÃO DE HIPÓTESES FUNDAMENTADA EM ESTUDOS DE ADERÊNCIA E CONVERGÊNCIA

Page 11: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

PRIMEIRO PASSO: definição de hipóteses fundamentada em estudos de aderência e convergência

Como visto anteriormente, o elemento central do novo arcabouço normativo de precificação e solvência é a duração do passivo. Sendo assim, é de fundamental importância que a avaliação do passivo atuarial esteja embasa em premissas atuariais aderentes à realidade do plano e sua massa de participantes e assistidos.

Assim, o ponto de partida para correta precificação do passivo compreende a realização de estudos técnicos de aderência das hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela Resolução CGPC nº 18/2006 e suas alterações, e mais detalhadamente previstos na Instrução Previc nº 23/2015.

É importante observar que as normas não são prescritivas em relação à forma de comprovação de aderência, admitindo as metodologias escolhidas pelos profissionais responsáveis, mas alguns pontos merecem destaque:

• Estudos técnicos de adequação com validade máxima de 3 anos, desde que assim haja consenso entre a EFPC e o atuário, com exceção da hipótese de taxa de juros real anual, cujo estudo possui validade de 1 ano; • Considerar no mínimo os últimos 3 exercícios nos estudos, quando de testes retrospectivos; • Defasagem máxima de 6 meses entre cadastro e estudo técnico;• Atestados de validação das informações cadastrais expedidas pelo ARPB e das

informações de investimentos pelo AETQ, o qual deverá fundamentar as projeções utilizadas em relatório onde conste a metodologia de estimativas de rentabilidades e estudos que sustentem as estimativas.

Existe pouca margem para discricionariedade da gestão para a escolha das hipóteses atuariais, estando elas restritas àquelas admitidas pelos estudos técnicos.

A escolha fundamentada das hipóteses atuariais significará que a avaliação do passivo atuarial resultará em melhores estimativas, permitindo se obter um fluxo atuarial (receitas e despesas previdenciárias) mais próximo à realidade e, consequente, resultando em uma duração do passivo atuarial que representa melhor as características do plano, permitindo que todos os demais estudos e serviços que dependem do passivo, inclusive a gestão dos investimentos, também possam gerar estimativas mais ajustadas.

Por influenciar o elemento central da precificação e solvência, recomenda-se que a decisão acerca das hipóteses adotadas seja acompanhada de simulações que demonstrem os impactos inclusive no fluxo atuarial e na duração do passivo, elementos determinantes nos próximos passos descritos nesta cartilha.

10

Page 12: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

S E G U N D O PA S S O

CÁLCULO DA DURAÇÃO DO PASSIVO

Page 13: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

SEGUNDO PASSO: cálculo da duração do passivo

A duração do passivo (duration) é a média ponderada dos fluxos de pagamentos de benefícios de cada plano, líquidos de contribuições incidentes sobre esses benefícios, trazidos a valor presente pela taxa atuarial do exercício anterior, nos termos disciplinados no item 1.4 do Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006, com texto introduzido pela Resolução CNPC nº 15/2014, e nos artigos 2º, 3º e 4º da Instrução Previc nº 19, de 4 de fevereiro de 2015.

Para facilitar o cálculo pelas EFPC, a planilha disponibilizada pela Previc em seu sítio eletrônico na internet, cujas orientações constam de portaria específica, calcula automaticamente a duração do passivo atuarial, a partir do simples preenchimento do fluxo do passivo de cada plano pela EFPC. É necessário que nesta planilha sejam inseridos só os fluxos de pagamentos de benefícios que tenham seu valor ou nível previamente estabelecido e cujo custeio seja determinado atuarialmente, bem como aqueles que adquiram característica de benefício definido na data de concessão.

Para o exercício encerramento do exercício de 2015 a planilha é aquela disponibilizada pela Portaria nº 708, de 23 de dezembro de 2015.

12

0 5 10 15 20

Dur

atio

n

FLUXO DE PAGAMENTO

Page 14: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

T E R C E I R O PA S S O

IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES APLICÁVEIS AO PLANO

Page 15: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

TERCEIRO PASSO: identificação dos limites aplicáveis ao plano

De posse da duração do plano previdenciário (apurado conforme segundo passo dessa cartilha), é possível a identificação de 3 limites aplicáveis; I) limites inferior e superior de taxa de juros atuarial; II) limites de solvência; III) prazo máximo de equacionamento de déficit, conforme segue:

I) Limites inferior e superior de taxa de juros atuarial• Estes limites são divulgados anualmente pela Previc, por uma portaria específica, até o final do mês de abril. • Por exemplo, para o encerramento do exercício de 2015, os limites constam na Portaria Previc nº 197, de 14 de maio de 2015. • O gráfico abaixo ilustra os limites válidos para 2015:

TAXA DE JUROS PARÂMETRO – PORTARIA Previc nº 197/15

II) Limites de solvência (Superávit e Déficit máximos)• Limite Máximo da Reserva de Contingência (superávit) = [10% + (1% x duração do passivo)] x Provisão Matemática em Benefício Definido (nunca superior a 25% e nem inferior a 10% da Provisão Matemática);• Limite de Déficit =

Conforme previsto na Instrução Previc nº 26, de 10 de março de 2016, quando a EFPC realizar o equacionamento do déficit no próprio encerramento de exercício em que apurou o resultado, a duração do passivo para fins de determinação do limite mencionado anteriormente deverá ser apurada previamente ao lançamento do fluxo de contribuições extraordinárias futuras.

III) Prazo máximo de equacionamento: 1,5 x duração do passivoDestaque-se que o novo ambiente normativo foi concebido para utilizar regras adequadas às características e individualidades de cada plano previdenciário, dispensando tratamento diferenciado aos planos em função do prazo médio do fluxo de seu passivo (duration).

[1% x (duração do passivo – 4) x Provisão Matemática em Benefício Definido (de tal forma que quando a duração do passivo for igual a 4 teremos intolerância a qualquer nível de déficit).

15 anos 10 anos 4 anos 1 ano

Zona de desequilíbrio

Equacionamento déficit

Zona de desequilíbrio

DestinaçãoSuperávit

Redução da duração (ciclo de vida, maturidade)

Limites automaticamente regressivos (gatilho automático)

NO

VA N

ORM

A

Duration

14

Page 16: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

Q U A R T O PA S S O

PROJEÇÃO DA TAXA DE RETORNO ESPERADA PARA INVESTIMENTOSConforme previsto na Instrução Previc nº

26, de 10 de março de 2016, quando a EFPC realizar o equacionamento do déficit no próprio encerramento de exercício em que apurou o resultado, a duração do passivo para fins de determinação do limite mencionado anteriormente deverá ser apurada previamente ao lançamento do fluxo de contribuições extraordinárias futuras.

III) Prazo máximo de equacionamento: 1,5 x duração do passivoDestaque-se que o novo ambiente normativo foi concebido para utilizar regras adequadas às características e individualidades de cada plano previdenciário, dispensando tratamento diferenciado aos planos em função do prazo médio do fluxo de seu passivo (duration).

Page 17: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

QUARTO PASSO: projeção da taxa de retorno esperada para investimentos

A taxa de juros atuarial ou a taxa de retorno anual de investimentos deve ser projetada pela entidade com base em um estudo técnico fundamentado, elaborado nos termos da Instrução Previc nº 23, de 26 de junho de 2015 e deve representar, no mínimo, 50% de confiança que poderá ser obtida. As normas não são prescritivas em relação à metodologia de projeção da taxa de retorno anual, mas a citada instrução normativa estabelece conteúdo mínimo para o estudo de adequação, que contempla, dentre outros aspectos, a descrição da metodologia e das projeções de indicadores utilizados, fluxos projetados e rentabilidades esperadas para cada segmento, entre outros aspectos. Essa Instrução Previc também estabelece conteúdos de planilhas que precisam ser elaborados e disponibilizados junto com o referido estudo.

IMPORTANTE: há um processo de interação entre a projeção da taxa de retorno esperada para investimentos e a escolha da taxa real de juros atuarial, permitindo a otimização da relação entre o incentivo regulatório à obtenção de rentabilidade e os limites regulatórios de taxa de juros atuarial, com prováveis reflexos na elaboração da Política de Investimentos.

16

Page 18: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

Q U I N T O PA S S O

ESCOLHA DA TAXA ATUARIAL

Page 19: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

QUINTO PASSO: escolha da taxa de juros atuarial

A taxa de juros atuarial deve ser compatível com a taxa de retorno esperada para os investimentos, apurada conforme descrito no quarto passo desta cartilha.

Além disto, a taxa de juros atuarial deve, inicialmente, se situar dentro do intervalo entre: I) limite superior previsto em função da duração do passivo do plano; II) limite inferior previsto em função da duração do passivo do plano.

Quando a taxa de juros atuarial não se situar no intervalo anteriormente descrito, admite-se, em caráter excepcional, a utilização de taxa fora do intervalo entre os limites superior e inferior previstos, desde que possua nível de confiança igual ou superior a 50% e conte com prévia e formal autorização da Previc, nos termos da Instrução Normativa nº 23, artigos 11 e 12, mediante estudo que deve ser encaminhado para a Previc até 31 de agosto do ano de referência.

Observem que os limites se referem a taxas reais, descontada a inflação e, portanto, as taxas atuariais também deverão estar expressas em termos reais.

A definição da taxa de juros atuarial envolve não só aspectos atuariais, mas também aqueles relacionados com as projeções de investimentos, com a decisão de alocação de investimentos e com os limites de risco desejados.

Assim, essa escolha contempla certo

nível de discricionariedade da gestão da entidade, limitada pelas condições de mercado (Portaria que define a ETTJ), pelo fluxo do passivo atuarial (duration), pelas projeções de cada segmento do mercado e pela decisão de alocação em cada segmento. Recomendamos que a escolha da taxa de juros atuarial seja realizada mediante reflexão sobre a política de investimentos, sobre os limites de risco e sobre a probabilidade de obtenção da rentabilidade esperada, de forma que produza os efeitos esperados sobre a gestão.

Uma vez escolhida a taxa de juros atuarial, e de posse das demais hipóteses atuariais já descritas no primeiro passo dessa cartilha, tem-se como subprodutos o cálculo do passivo atuarial e o plano de custeio.

18

Page 20: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

S E X T O PA S S O

AJUSTE DE PRECIFICAÇÃO DOS TÍTULOS FEDERAIS

Page 21: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

SEXTO PASSO: ajuste de precificação dos títulos federais

Os fundos de pensão brasileiros podem possuir em sua carteira de investimentos títulos federais de longo prazo, classificados na categoria de “títulos mantidos até o vencimento”, conforme prevê a Resolução CGPC nº 4, de 30 de janeiro de 2002 e suas alterações posteriores. Esses títulos federais são considerados de risco soberano, sem risco de crédito, e por isto podem ser considerados como ideais para operações de “hedge de fluxo” ou de imunização do passivo contra riscos de variação das taxas de juros. Estes títulos são precificados contabilmente pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos, no que é chamado de “marcação na curva”. Dessa forma, ainda que um plano previdenciário adquira títulos federais para proteger-se de futuras variações das taxas de juros, esse efeito não é observado na contabilidade, uma vez que variações das taxas de juros produzem alteração no passivo atuarial, sem se refletir sobre o valor contábil dos títulos federais.

Para superar esse obstáculo, é necessário que, após apuração do Equilíbrio Técnico Contábil, seja calculado o valor do ajuste dos títulos federais que integram a carteira de hedge, de forma a apurar o Equilíbrio Técnico Ajustado que será utilizado para análise de solvência.

Este ajuste está disciplinado pela Resolução CNPC nº 16/2014, sendo que o artigo 9º da Instrução Previc nº 19/2015 estabelece uma série de restrições para os títulos passíveis de ajuste, de forma que só sejam aceitos aqueles referentes às operações de imunização ou hedge de

fluxo, nunca para alavancagem.

Para facilitar a operacionalização desse processo, foi criada uma planilha, disponibilizada pela Portaria 708/2015 no sítio eletrônico da Previc, por meio da na qual é possível obter o valor do ajuste a partir do preenchimento do tipo do título, da taxa de aquisição e da quantidade.

A maximização do efeito do ajuste se dará em situações em que a duração dos títulos objetos de ajuste se aproximem da duração do passivo e o valor presente dos títulos se aproximem do valor presente do passivo cujo custeio seja atuarialmente determinado.

Caso os títulos preenchidos estejam fora dos parâmetros estabelecidos na Instrução Previ nº 19/2015, a planilha automaticamente emitirá uma mensagem de erro.

O ajuste variará ao longo do tempo, para mais ou para menos, em função de alterações na taxa de juros atuarial. Se a taxa de juros atuarial subir, o valor do passivo diminuirá, mas diminuirá também o valor do ajuste (podendo chegar a ser negativo). Portanto, uma elevação da taxa de juros atuarial resultará em aumento do resultado ajustado, pela diminuição do passivo, e por outro lado uma redução do resultado ajustado, motivado pela redução do ajuste de precificação. De forma análoga, no caso de diminuição da taxa de juros atuarial, o valor do passivo se eleva, assim como o valor do ajuste. Dessa forma, o Equilíbrio Técnico Ajustado será tão menos volátil quanto mais adequada estiver a operação de hedge.

Entretanto, quando escolher os títulos para marcar na curva, e quando selecioná-los para o ajuste,

20

Page 22: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

recomenda-se que as entidades considerem os seguintes aspectos: I. Ainda que num primeiro momento o ajuste seja positivo, este valor tende a se alterar anualmente, podendo variar para mais ou para menos, inclusive vir a ser negativo, em função da variação da taxa de desconto atuarial; II. A opção por marcar os títulos na curva implica no compromisso de mantê-los até o vencimento, diminuindo a liquidez da carteira de investimentos; III. A escolha dos títulos a serem adquiridos e sua classificação na categoria de manutenção até o vencimento deve estar em sintonia com o ALM do plano;IV. A seleção de títulos para o ajuste de precificação, quando necessária, deve ser realizada pela entidade em consonância com suas estratégias de investimento.

IMPORTANTE: Todos os títulos federais classificados, atrelados a índices de preços classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento e que tenham por objetivo dar cobertura aos benefícios com custeio atuarial, deverão ser objeto de ajuste, nos termos do § 6º do artigo 9º da Instrução Previc nº 19/2015, salvo se não atenderem os requisitos estabelecidos nos incisos I a VI do artigo 9º da referida Instrução.

21

Page 23: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

S É T I M O PA S S O

APURAÇÃO DO EQUILÍBRIO TÉCNICO AJUSTADO

Page 24: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

SÉTIMO PASSO: apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado

Ultrapassadas as etapas anteriores, de escolha da taxa atuarial, cálculo do passivo atuarial e cálculo do ajuste dos títulos federais, estamos prontos para calcular o Equilíbrio Técnico Ajustado, que é produto do Equilíbrio Técnico contábil acrescido do ajuste negativo (no caso de superávit) e do ajuste positivo ou negativo (no caso de déficit). Essa diferença no tratamento do ajuste em caso de superávit ou déficit decorre da postura prudencial do ambiente regulatório, de não considerar o ajuste positivo para fins de destinação de superávit.

A previsão do ajuste está contida nos artigos 11-A e 28-A da Resolução CGPC 26/2008, considerando as modificações introduzidas pela CNPC nº 16/2014.

A demonstração do Equilíbrio Técnico Ajustado é feita por meio da Demonstração do Ativo Líquido – DAL (item IV do Anexo B da Resolução MPS/CNPC nº 08, de 31 de outubro de 2011), conforme abaixo:

Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado

a) Resultado Realizadoa.1) Superávit Técnico Acumuladoa.2) (-) Déficit Técnico Acumuladob) Ajuste de Precificaçãoc)(+/-) Equilíbrio Técnico Ajustado= (a+b)

Importante: no caso de existência de Superávit Técnico Acumulado, só será considerado o ajuste de precificação se negativo.

O item “a” da Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado corresponde ao valor do superávit ou déficit do plano previdencial apresentado no item 5 da Demonstração do Ativo Líquido.

O item "b" da Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado corresponde ao ajuste de precificação positivo ou negativo, entre o valor dos títulos públicos federais atrelados ao índice de preços classificados na categoria de títulos mantidos até o vencimento, calculado considerando a taxa de juros real anual utilizada na respectiva avaliação atuarial e o valor contábil desses títulos, observada a legislação vigente.

O item "c" da Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado corresponde ao valor do Equilíbrio Técnico Ajustado, apurado pelo confronto dos valores apresentados no item “a” (Resultados Realizados) com o item “b” (Ajuste de Precificação).

Devem ser incluídas em notas explicativas informações sobre o controle e o acompanhamento contábil e financeiro dos títulos objeto destes ajustes de precificação, contendo, no mínimo, a natureza, a quantidade e o montante dos títulos por faixas de vencimento, o valor investido e o valor do ajuste, posicionados na data de encerramento do exercício.

23

Page 25: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

O I TAV O PA S S O

ANÁLISE DA SOLVÊNCIA EM RELAÇÃO AOS LIMITES APLICÁVEIS

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

Page 26: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

OITAVO PASSO: análise da solvência em relação aos limites aplicáveis

Para análise da solvência de um plano, precisamos verificar se o resultado superavitário ou deficitário está dentro dos limites calculados, nos termos da Resolução CNPC nº 22/2015.

Se o Equilíbrio Técnico Ajustado estiver fora dos parâmetros, será necessário elaborar um Plano de Equacionamento de Déficit ou um Plano de Destinação de Superávit, conforme etapas a seguir.

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

25

Page 27: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

N O N O PA S S O

EQUACIONAMENTO DE DÉFICITS

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

Page 28: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

27

Page 29: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

28

Page 30: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

D É C I M O PA S S O

DESTINAÇÃO DE SUPERÁVIT

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

Page 31: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

DÉCIMO PASSO: destinação de Superávit

• Valor do superávit a ser destinado

O resultado superavitário será destinado à constituição de reserva de contingência até o limite estabelecido no Art. 7º da Resolução CGPC nº 26/2008. Após a constituição da reserva de contingência, os recursos excedentes serão empregados na constituição da reserva especial para a revisão do plano de benefícios.

Segundo o Art. 12 da mesma resolução, a revisão do plano de benefícios poderá se dar de forma voluntária, a partir da constituição da reserva especial, e será obrigatória após o decurso de três exercícios consecutivos.

Abaixo segue exemplo de apuração do limite da reserva de contingência e de reserva para revisão de plano.

2.3.1.2.01.01.00 Superávit Técnico Acumulado 100.000,00 2.3.1.2.01.01.01 Reserva de Contingência 77.000,00

2.3.1.2.01.01.02 Reserva Especial para Revisão de Plano 23.000,00

Duração do passivo (anos) 12 Provisão Matemática (em BD) 350.000,00 Limite da Reserva de Contingência (menor entre "a" e "b") 77.000,00 a) 25% da Provisão Matemática 87.500,00 b)[10%+(1%xduração passivo)]xProvisão Matemática 77.000,00

• Deduções antes da destinação de superávit

Conforme disposto no §2º do Art. 9º da Resolução CGPC nº 26/2008, anteriormente à destinação, deverão ser deduzidos da reserva especial, os valores correspondentes à diferença entre as provisões matemáticas calculadas com as hipóteses efetivamente adotadas, e aquelas calculadas com as seguintes hipóteses:

I) Tábua biométrica que gere expectativas de vida completa iguais ou superiores às resultantes da aplicação da Tábua AT-2000 Suavizada em 10%;II) Taxa máxima de juros real anual

correspondente ao teto estabelecido no item 4 do Regulamento Anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, reduzida em um ponto percentual.

A nova Resolução estabelece que as provisões matemáticas, reavaliadas com base nos novos parâmetros (itens i e ii acima), exigidos nos casos de destinação da reserva especial, não serão registradas contabilmente, mas somente seus efeitos deduzidos da parcela a ser destinada e posteriormente utilizada.

• Formas de Utilização da Reserva Especial

30

Page 32: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

NONO PASSO: equacionamento de Déficit

• Prazo de equacionamento

Conforme o item 10 do Regulamento anexo à Resolução CGPC nº 18/2006, o prazo para o equacionamento do déficit será de uma vez e meia o prazo de duração do passivo do plano de benefícios.

• Prazo para apresentação do plano de equacionamento

Segundo o Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008 o plano de equacionamento de déficit deverá ser elaborado e aprovado até o final do exercício subsequente. Excepcionalmente para os resultados do exercício de 2014, foi ampliado o prazo de apresentação do plano de equacionamento para 31/03/2016.

• Introdução de contribuições extraordinárias para ativos e assistidos

Os artigos 29 e 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 tratam das formas de equacionamento do déficit, sendo que o resultado deficitário apurado deverá ser equacionado por participantes, assistidos e patrocinadores, observada a proporção contributiva em relação às contribuições normais vigentes no período em que for apurado o resultado.

• Contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes

Em relação às contribuições extraordinárias, a Instrução Previc nº 26/2016 prevê adicionalmente o seguinte, quando da elaboração dos planos de equacionamento:

Deverá ser comprovado, por meio de demonstração do fluxo

projetado, no momento da implementação do plano de equacionamento, que a amortização será através de contribuições extraordinárias constantes ou decrescentes.

Nos casos de contribuições extraordinárias, em termos de percentual aplicável sobre os salários ou benefícios, deverá ser comprovado que o percentual de contribuição será constante ou decrescente.

• Interrupção de equacionamento de déficit em função de superávits futuros

O §3º do Art. 30 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelece que se registrado equilíbrio atuarial antes do prazo estabelecido para equacionamento do déficit, deverá ser avaliada a necessidade de revisão do plano de custeio e de suspensão do plano de equacionamento do déficit.

Nesse contexto, o §2º do Art. 3º da Instrução Previc nº 26/2016 prevê que a revisão do plano de custeio para redução ou suspensão de contribuições extraordinárias de participantes, assistidos e patrocinador somente poderá ser efetuada em função da apuração de valor de equilíbrio técnico ajustado positivo.

• Garantias do patrocinador, aditivos a contratos existentes

Segundo os §§ 7º e 8º do Art. 28 da Resolução CGPC nº 26/2008, existindo déficit a equacionar de responsabilidade do patrocinador e que o plano tenha duração do passivo igual ou inferior a quatro anos, o patrocinador deverá celebrar contrato de dívida com garantia

real com a EFPC em relação ao plano deficitário. Esta garantia poderá ser representada por hipoteca, caução, fiança bancária ou outras garantias que resultem na efetiva cobertura total do débito contratado .

E ainda, na ocorrência de parcela não coberta de reserva matemática de benefícios concedidos, independente de qual seja a duração do passivo do plano, a parte desta que couber ao patrocinador deverá ser objeto de instrumento contratual com garantias, segundo o item 10.2 do Regulamento Anexo da Resolução CGPC nº 18/2006.

• Cláusulas atuariais em contratos de equacionamento de déficit

É facultada a inserção no instrumento contratual de cláusula sobre a revisão anual do saldo devedor em função das perdas e ganhos, observados nas avaliações atuariais anuais, conforme estabelecido no item 10.2.2 do Regulamento Anexo da CGPC nº 18/2006. Tal revisão deverá estar vinculada ao valor de equilíbrio técnico ajustado negativo ou positivo, respectivamente, apurado para o plano, conforme disposto na Instrução Previc nº 26/2016.

Recomenda-se que tal previsão esteja contida no plano de equacionamento, que deverá conter, inclusive, as formas de revisão da dívida e, consequentemente, do plano de custeio.

• Índice de correção em contratos de dívida

Segundo o inciso I do Art. 3º da Resolução CGPC nº 17/1996, deverão constar no contrato de dívida os mecanismos de correção que observem, no mínimo, o estabelecido no respectivo

estatuto ou regulamento.

31

Os artigos 19, 20 e 21 da Resolução CGPC nº 26/2008 estabelecem as formas de utilização da reserva especial para revisão do plano de benefícios, sendo:

I) Redução parcial de contribuições;II) Redução integral ou suspensão da cobrança de contribuições no montante equivalente a, pelo menos, três exercícios; ouIII) Melhoria dos benefícios e/ou reversão de valores de forma parcelada aos participantes, aos assistidos e/ou ao patrocinador.

Page 33: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

C O N C L U S Ã O

Page 34: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

ConclusãoEsta cartilha foi elaborada com fins didáticos, pretendendo apresentar de forma simples os principais passos a serem seguidos pelas EFPC para valer-se do potencial deste novo ambiente normativo. Desta forma, não contempla toda a amplitude e diversidade de situações possíveis e não dispensa a leitura dos normativos que regem esta matéria.

Ao conceber limites diferentes para os planos previdenciários, em função das características específicas do fluxo de caixa do passivo previdenciário, esse novo ambiente regulatório produz incentivos adequados ao prazo médio de cada plano, induzindo a uma gestão de investimentos mais apropriada com o prazo em que os recursos serão necessários para pagamento dos benefícios aos participantes.

As novas normas não têm cunho meramente operacional: elas envolvem uma abordagem global e conceitual inovadora, que pressupõe uma discussão integrada entre aspectos relacionados à gestão dos ativos e dos passivos previdenciários.

A partir desse novo contexto regulatório, escolhas relacionadas à política de investimentos e à rentabilidade esperada podem produzir reflexos sobre taxas atuariais, valor do passivo, ajuste de precificação e resultado a ser equacionado ou destinado. Ou, de forma diversa, a escolha de uma taxa real de juros atuarial dentro dos intervalos previstos nas normas pode induzir estratégias de investimentos e níveis de risco diferenciados.

Assim, queremos estimular os profissionais das associadas à ABRAPP, em especial

atuários, economistas e contadores, para que dediquem atenção à leitura das Resoluções CNPC nº 15/2014, 16/2014 e 22/2015, bem como Instruções Normativas e Portarias delas decorrentes, intensificando os debates interdisciplinares, e alinhando as escolhas e estratégias de gestão de ativos e passivos com os estímulos regulatórios implícitos nas novas normas.

Essas mudanças não surtirão o efeito esperado para o sistema se não forem plenamente entendidas e aplicadas pelas associadas.

Estamos cientes de que ainda restam pontos a serem revistos, mas estejam certos de que a ABRAPP, por meio do trabalho incansável de suas Comissões Técnicas, está atenta e continuará atuando em prol da melhoria contínua das normas aplicáveis aos fundos de pensão.

33

Page 35: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela
Page 36: DE PRECIFICAÇÃO E - abrapp.org.br 10 Passos para... · demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes do plano, conforme estabelecido pela

A brapp - A ssociação Brasileira das Entidades

Fechadas de Previdência Complem entar

ww w.portaldosfund osdepensao.org.br

Tel. : (11) 3043.8777

Fax : (11) 3043.8778/3043.8780

Av. das Nações Unidas, 12551 – 20º andar – Brooklin Novo

04578-903 – São Pau lo – SP

ww w.abrapp.org.br

ww w.facebook .com/abrapp

A POI O