daniel alves chambella guilherme emanuell nunes lima brito ......lemos. interagimos com o design da...

56
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOCE (UNIVALE) FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO CURSO DE DESIGN GRÁFICO Daniel Alves Chambella Gabriel de Almeida Vila Real Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito DESIGN EM FOCO: Um diferencial competitivo Governador Valadares 2010

Upload: others

Post on 17-Jun-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

1

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOCE (UNIVALE)

FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO

CURSO DE DESIGN GRÁFICO

Daniel Alves Chambella

Gabriel de Almeida Vila Real

Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito

DESIGN EM FOCO:

Um diferencial competitivo

Governador Valadares

2010

Page 2: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

2

Daniel Alves Chambella

Gabriel de Almeida Vila Real

Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito

DESIGN EM FOCO:

Um diferencial competitivo

Trabalho de Conclusão de Curso para

obtenção do grau de bacharel em Design Gráfico,

apresentado à Faculdade de Artes e Comunicação

da Universidade do Vale do Rio Doce.

Orientador(a): Prof.ª Rosilene Conceição Maciel

Governador Valadares

2010

Page 3: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

3

RESUMO

Os avanços tecnológicos proporcionam cada vez mais rapidez e eficácia nas áreas da

comunicação, assim tornando a informação acessível, facilitando as escolhas e comparações

entre empresas, produtos, formação pessoal e profissional. Em casos empresariais o Design

gráfico é desconhecido como um grande aliado no processo de atender as necessidades,

expectativas e desejos dos consumidores. Através da analise de materiais recolhidos na

pesquisa em campo feita na região de Governador Valadares com 100 empresas, foi

identificado que 25% das empresas declararam não conhecer o design gráfico, enquanto 75%

que declararam conhecer de fato o Design Gráfico, em maioria o associa às artes e/ou

tecnologia. Esta realidade mostra de fato a necessidade de levar o que é o design para as

empresas, pois elas se beneficiarão com a aplicação e o uso do design. O presente trabalho

tem por objetivo obter o índice de empresas que conhecem o design como ferramenta

estratégica, elaborar e produzir para este publico um material informativo. Foi identificado

através de pesquisas de campo, na forma de um questionário com empresas na região de

Governador Valadares o desconhecimento do design gráfico neste meio. Foi produzido um

DVD interativo trazendo informações sobre o Design Gráfico e sua aplicabilidade. O fato de

que em 99% dos casos as empresas se mostraram dispostas a investir em Design para ampliar

a visibilidade de sua empresa com intuito de construir uma imagem sólida e positiva no

mercado, mostra a importância da aplicação deste projeto, pois o retorno dele virá diretamente

da procura destas empresas pelo design.

Palavras-chave: design gráfico, investimentos, design empresarial

Page 4: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

4

Tabela de Figuras

Figura 01 – Resultado Pesquisa em Gráfico 01

Figura 02 – Resultado Pesquisa em Gráfico 02

Figura 03 – Resultado Pesquisa em Gráfico 03

Figura 04 – Panfleto

Figura 05 – Marcas para Referência

Figura 06 – Interface Gráfica – Up Altas Aventuras

Figura 07 – Interface Gráfica – Planeta 51

Figura 08 – Interface Gráfica – Perdidos no meio do nada - Turma da Mônica

Figura 09 – Interface Gráfica – Força G

Figura 10 – Interface Gráfica – Bastardos Inglórios

Figura 11 – Interface Gráfica – Chico Xavier

Figura 12 – Storyboard

Figura 13 – Storyboard

Figura 14 – Filmagem Primeiro Plano

Figura 15 – Filmagem Plano Médio

Figura 16 – Filmagem Plano Geral

Figura 17 – Filmagem Plano Detalhe

Figura 18 – Filmagem Plano Conjunto

Figura 19 – Marca Design em Foco – Padrão de Cores

Figura 20 – Padrão Tipográfico

Figura 21 – Área de Respiro e Exemplos incorretos de utilização

Figura 22 – Escala de Redução

Figura 23 – Layout Livreto

Figura 24 – Encarte e Bolacha CD

Figura 25– Layout Menu Principal

Figura 26 – Layout - Submenus "Seleção de Cenas" e "Extras"

Tabela 01 – Roteiro

Page 5: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

5

Sumário

1. Apresentação.....................................................................................................................7

2. Referencial Teórico...........................................................................................................8

2.1 Design Gráfico.............................................................................................................8

2.2 Evolução do Design Gráfico......................................................................................10

2.3 Design no Brasil.........................................................................................................11

2.4 Campos de atuação do Designer Gráfico...................................................................13

2.5 Design nas empresas..................................................................................................14

2.6 Design de Multimídia.................................................................................................15

2.7 Audiovisual.................................................................................................................17

2.8 Design de Interfaces...................................................................................................19

2.9 Design Promocional...................................................................................................20

3. Desenvolvimento do Projeto.........................................................................................22

3.1 Pesquisa.....................................................................................................................22

3.2 Análise e seleção de dados pesquisados....................................................................26

3.2.1 Análise de Interfaces..................................................................................26

3.2.1.1 Up – Altas Aventuras.................................................................................27

3.2.1.2 Planeta 51...................................................................................................28

3.2.1.3 Perdidos no Meio do Nada – Turma da Mônica........................................29

3.2.1.4 Força G.......................................................................................................30

3.2.1.5 Bastardos Inglórios....................................................................................31

3.2.1.6 Chico Xavier..............................................................................................32

3.3 Pré-produção............................................................................................................33

3.3.1 Roteiro e Storyboard.................................................................................33

3.4 Produção...................................................................................................................38

3.4.1 Gravações..................................................................................................39

3.4.2 Planos de Filmagem..................................................................................39

3.5 Pós-produção............................................................................................................40

3.5.1 Edição........................................................................................................40

3.6 Identidade visual.......................................................................................................41

3.6.1 Marca, Tipografia, Manual de Identidade.................................................41

3.6.2 Encarte, Livreto, Bolacha, Layouts...........................................................46

3.6.3 Interface Gráfica do DVD.........................................................................48

Page 6: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

6

4. Considerações finais.....................................................................................................50

5. Bibliografia....................................................................................................................51

5.1 Referências Complementares..................................................................................53

6. Anexos............................................................................................................................54

Page 7: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

7

1 APRESENTAÇÃO

O design gráfico é fundamental na sociedade contemporânea. Está em toda parte,

explicando, identificando, impondo significado ao mundo, ele está nas ruas e em tudo o que

lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos

medicamentos, da logo da nossa camisa e da etiqueta de instruções de lavagem da nossa

jaqueta, como afirma Newark (2009).

Na visão de Newark (2009), o Design Gráfico realiza diversas funções. Ele classifica e

diferencia. Faz uma empresa, organização ou mesmo nação se sobressair em relação à outra.

Ele atua em nossas emoções e ajuda a dar forma aos nossos sentimentos em relação ao mundo

que nos cerca.

Os avanços tecnológicos na área da comunicação atualmente proporcionam melhorias

significativas em seus processos e na democratização da informação. Mais que isso, tais

avanços tecnológicos proporcionam rapidez, instantaneidade e acesso à informação rápida,

além de facilitar escolhas e comparações entre empresas, produtos.

Cada vez mais as empresas se preocupam em satisfazer seus clientes para que se

tornem (ou continuem) competindo num mercado cada vez mais exigente. O Design Gráfico

pode ser um grande aliado no processo de atender às necessidades, expectativas e desejos dos

consumidores.

É notável em empresas de sucesso uma grande preocupação com o Design, tanto em

materiais de comunicação externa quanto interna, e em materiais publicitários. Essas

empresas pensam o Design muito mais que um acabamento final incluindo-o em seu

planejamento estratégico. Essa é a discussão que se traz nesse trabalho. Explicar o que é o

Design e mostrar seu potencial competitivo e estratégico nos negócios empresariais.

Ocupa-se em olhar o Design sob um novo foco, que ultrapassa os aspectos visuais e

estético-formais.

Este projeto é apresentado sob o título: “Design em foco: um diferencial competitivo",

que foi escolhido com o intuito de apresentar algumas das diversas áreas e aplicabilidade do

Design Gráfico no mercado empresarial, destacando a diferenciação de resultados onde

Page 8: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

8

Design é aplicado. Assim espera-se aproximar o Design do público em geral, e em especial do

universo empresarial apresentando o Design como possibilidade estratégica nos negócios.

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1. DESIGN GRÁFICO

Nas atividades do cotidiano, muitas vezes exercemos atividades habituais e nem nos

damos conta do quanto estamos envolvidos e somos participantes ativos no convívio com o

design.

Segundo Quentin Newark (2009), tentar reduzir uma atividade tão abrangente e

variável em uma breve definição ou em uma expressão pronta é, no mínimo, difícil.

O designer / historiador Richard Hollis (2009) vê o Design Gráfico como a "uma

espécie de linguagem com uma gramática incerta e um vocabulário em contínua expansão". O

autor avança examinando seus possíveis usos dizendo que o principal papel do Design é a

identificação: dizer o que é alguma coisa, ou de onde ela veio (sinais na beira da estrada,

bandeiras e escudos, símbolos de editoras e gráficas, logos corporativos, rótulos e

embalagens).

Sua segunda função é fornecer informações e instrução, indicando a relação de uma

coisa com outra quanto à disposição e escala (mapas, diagramas, placas de orientação). Hollis

(2009) diz ainda que “mais diferenciado é o seu terceiro uso, apresentação e promoção

(pôsteres, anúncios), no qual o Design busca chamar a atenção e tomar sua mensagem fácil de

lembrar" (p. 72).

A partir das definições pesquisadas sobre o assunto, pode se dizer que um dos

atributos do Design Gráfico é o planejamento dos aspectos funcionais e visuais de peças

gráficas que servem de suporte para a comunicação de diversos tipos de mensagens, de modo

a trazer conforto visual, segurança, credibilidade e satisfação do consumidor sobre

informações, produtos e serviços oferecidos. É fundamental na construção de uma imagem

empresarial ou institucional como um diferencial competitivo.

Page 9: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

9

O designer gráfico deve estar preparado para trabalhar em conjunto com profissionais

de comunicação, publicidade, recursos humanos e outras áreas do conhecimento; são

parcerias importantes que favorecem ainda mais o desenvolvimento e a eficácia de projetos

com alto nível de complexidade.

O Design Gráfico, quando bem executado, causa uma boa "primeira impressão",

transmitindo a sensação de profissionalismo aliado à qualidade. Essas características ajudam a

manter a boa imagem da empresa e seus produtos embora se saiba que o visual não é tudo. O

importante da boa impressão é o primeiro impacto para abrir espaços para seqüenciar o

relacionamento com consumidores potenciais ou já estabelecidos.

Entende-se também por Design a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e

visuais de um produto, serviço ou comunicação, de modo a atender às necessidades do

consumidor, melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários. O Design é um

meio de adicionar valor a produtos, levando à conquista de novos mercados. As empresas têm

usado o Design como poderoso instrumento para introduzir diferenciações nos produtos e

destacarem-se no mercado, perante os seus concorrentes.

De um modo geral, as pessoas estão envolvidas com e pelo Design no seu dia-a-dia e

ainda assim, o desconhecem. Demonstram dúvidas sobre o que faz um designer, e em que

consiste sua profissão. Por outro lado, o próprio profissional muitas vezes se perde no

emaranhado de informações, na tentativa de transmitir a definição de uma forma clara e

objetiva. Esse é um consenso entre os profissionais da área onde Suannes (2004) corrobora:

[...] Todo designer já teve dificuldade ao tentar explicar o que faz para viver. “Desenho

marcas, desenvolvo embalagens, crio cartazes.” É muito amplo e às vezes incompreensível o

alcance do trabalho do designer [...]. (SUANNES, 2004, p. 37)

De forma concisa, Alexandre Suannes (2004) citou as possibilidades de atuação de um

designer, quando abordado por um cliente ou até mesmo uma pessoa curiosa no assunto.

Exemplificar de forma objetiva o que um designer faz, pode ser na verdade um trabalho mais

complexo do que elaborar e finalizar um projeto solicitado. O trabalho de um designer

perpassa muitas fases antes de se atingir os aspectos visuais e da forma. É justamente esse

ponto que se discute nesse trabalho. Pretende-se aqui mostrar o potencial estratégico do

Page 10: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

10

Design e capacidade de diálogo com equipes multidisciplinares no desenvolvimento

de bons projetos e de que forma pode ser favorável no universo dos negócios, considerando

que as suas facetas ligadas à arte e à cultura já são assimiladas em parte pela sociedade

conforme pesquisa realizada e apresentada mais à frente nesse trabalho.

2.2 EVOLUÇÃO DO DESIGN GRÁFICO

A atividade do Design existe desde os tempos mais antigos, não com a denominação

que temos hoje, mas, em sua essência. Esta área da comunicação e produção vem sendo

aprimorada desde então como afirma Suannes (2004).

[...] Os fundamentos do design existem desde a Idade Média, Embora ainda não se chamasse

assim, já naquela época havia a preocupação de fazer objetos para comunicar e atingir o

homem com mensagens [...] . (SUANNES, 2004, p.20)

Por outro lado, a idéia do Design Gráfico como profissão reconhecida e renomeada é

bastante recente. A preocupação com elementos visuais, com hierarquia de informação, com a

empatia entre mensagem e público, e muitos outros exemplos, são trunfos adquiridos só

recentemente.

Para entender o Design Gráfico, e como se deu sua evolução, foi preciso primeiro

compreender de onde surgiu a atividade profissional independente de sua denominação.

De acordo com Meggs (2009), "desde a pré-história, as pessoas têm procurado

maneiras de representar visualmente idéias e conceitos, guardar conhecimento graficamente, e

dar ordem e clareza à informação. Ao longo dos anos essas necessidades foram supridas por

escribas, impressores e artistas." (MEGGS, 2009, p. 57). Segundo Newark (2009) "como todo

design é produzido pela tecnologia, sua evolução é inseparavel do desenvolvimento

tecnológico." Para ilustrar a questão apresentamos o exemplo de Johann Gutenberg que

desenvolveu os tipos móveis inventados pelos chineses e inventou a prensa tipográfica.

Page 11: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

11

A segunda força que deu forma ao Design, ligado à primeira, é o comércio e o

desenvolvimento industrial. Sem o crescimento de uma burguesia mercantil para absorver a

produção de livros, e sem a perspectiva de generosos lucros, Johann Gutenberg não teria

obtido sucesso em seu empreendimento.

Na atualidade, cada vez mais, as tecnologias contemporâneas continuam

influenciando e desafiando o designer a projetar para as novas mídias ao mesmo tempo em

que as assimilam. É o caso, por exemplo das mídias móveis, das redes sociais e jogos

eletrônicos cada vez mais sofisticados.

2.3 DESIGN NO BRASIL

A história do Design no Brasil é muito recente e, portanto, há versões controversas,

que só alcançarão alguma unicidade com o distanciamento que o tempo permite, diz Gustavo

Amarante Bonfim apresentado por Couto (2008) em seu livro Escritos sobre ensino de

Design no Brasil.

A Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), implantada em 1963, no Rio de

Janeiro, é referência da institucionalização do ensino de Design no Brasil. Bonfim (apud

COUTO, 2008) reconhece-a como um marco histórico desmitificando seu pioneirismo, e

esclarece que o Design, como quaisquer outras práxis, antecede a academia, tal qual ocorreu

com as artes no Brasil.

A maioria dos autores desconsidera as atividades que hoje poderíamos chamar de

design mesmo que anteriores à definição do termo. Nesse sentido, Cardoso (2005) faz um

estudo e organiza juntamente com outros pesquisadores o livro intitulado O design brasileiro

antes do design.

No livro, Cardoso (2005) reconhece a dificuldade em denominar como design

qualquer situação anterior à formação em design e acrescenta que, “sem dúvida, há certa dose

de anacronismo em descrever como “designer” alguém que provavelmente não reconheceria o

sentido da palavra e talvez nem soubesse pronunciá-la.”

Page 12: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

12

Se não havia profissionais com formação em design antes dos anos 1960 quem eram

as pessoas que desenvolviam os trabalhos para a impressão que foi implantada no Brasil no

século XIX? Cardoso (2005) registra trabalhos de livros, revistas, ilustrações, cartas de

baralho, capas de livros, capas de discos, imagens litográficas e fotográficas que representam

a produção visual gráfica que antecede os anos 1960, muitas vezes elaboradas por artistas hoje

reconhecidos. Rótulos de Rafael Bordallo, ilustrações e diagramações de J. Carlos, capas de

livro de Santa Rosa e Di Cavalcanti que retratam a criação e produção gráfica nacional entre

1870 a 1960. (MACIEL, 2009)

Assim como os Portugueses influenciaram a arte brasileira, a Missão Francesa rompeu

com o que já havia de identidade no Barroco brasileiro; da mesma forma, o modelo importado

das escolas de design alemãs (Bauhaus e Ulm) rompeu com o que já havia de autenticidade

brasileira na produção visual gráfica nacional, diz Maciel (2009).

Se existiram atividades projetuais em larga escala no Brasil entre 1870 e 1960 e se estas não

tiveram uma linha única de pensamento, uma determinada doutrina ou estética, então a

produção que delas resultou é representativa de uma tradição rica, variada e autenticamente

brasileira, que terá assimilado e conciliado uma série de influências díspares. (Cardoso,

2005, p.11)

A Proposta pedagógica da Bauhaus (1919-1923) solidificou o design implantado na

Alemanha e influenciou as escolas de outros países. Fundamentada na integração entre arte e

design, a Bauhaus, em seus 14 anos de existência, trabalhou pela idéia de arte-projeto no

âmbito da comunicação visual, onde tudo era visto como comunicação: peças gráficas

publicitárias, objetos, automóveis, prédios, traçado urbano, etc. Artistas e artesãos somaram-

se para desenvolver o que hoje denominamos design. Segundo Droste (2001) a escola tinha

como base o ensino bipolar que contava com mestres da forma e mestres artesãos. Seu

primeiro diretor Walter Gropious escreveu que era necessário trabalhar com dois professores

diferentes, pois, na visão dele, não havia artesãos com imaginação suficiente para resolver

problemas artísticos, nem artistas com conhecimento técnico suficiente para

responsabilizarem-se pelo andamento das oficinas. (MACIEL, 2009)

Page 13: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

13

O design brasileiro, como se sabe, sustentou, desde o início de sua instituição oficial nos

anos 1960, o modelo racional-funcionalista moderno como referência maior para guiar o

país rumo à estrada da industrialização e, mais importante ainda, para fora da sua condição

de periferia, subdesenvolvimento e pobreza. (Moraes, 2004, p.262)

O conhecimento da história do design no Brasil fornece ao projeto aqui em questão

base teórico para melhor entender e definir o Design e como construir as informações no DVD

proposto além de guiar o usuário às informações mais relevantes resgatando os conceitos que

deram origem à profissão.

A história ensina e fornece experiências a serem consideradas e apreendidas no sentido

de novos direcionamentos ou recuperação dos valores no campo do Design.

2.4 CAMPOS DE ATUAÇÃO DO DESIGNER GRÁFICO

Segundo a ADG Brasil (2008), o design conta com um amplo universo de

possibilidades para desenvolver seu trabalho. Criações saídas da prancheta e da tela do

computador podem resultar tanto em um pequeno rótulo, embalagem ou cardápio, quanto em

uma marca ou banner de exposição.

Entre os campos de atuação do designer gráfico encontram se as áreas de identidade

corporativa, publicações institucionais, design editorial, embalagem, material promocional,

design ambiental, mídia eletrônica, etc.

Ainda segundo a ADG Brasil (2008), o design gráfico é hoje cada vez mais sofisticado

e complexo. Relaciona-se diretamente com a estratégia de construção da imagem de uma

empresa.

Page 14: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

14

2.5 DESIGN NAS EMPRESAS

Segundo a ADEGRAF (Associação dos Designers Gráficos do Distrito Federal), os

investimentos na área do Design não são apenas por uma questão estética e são vistos como

uma necessidade estratégica de sobrevivência. Tornou-se um fator decisivo para o sucesso de

uma empresa ou para o desenvolvimento de uma instituição.

Como conseqüência, observa-se uma melhoria na qualidade dos produtos e serviços

oferecidos. Nota-se também a ampliação da credibilidade das imagens institucionais no

mercado, devido a uma linha de comunicação visual clara e objetiva definida por bons

projetos de Design.

Os Designers Gráficos são os profissionais qualificados para construir e transmitir a

imagem e objetivos de uma empresa ou instituição por intermédio do uso de planejamento,

criação, imagens, tipografias, formas, cores e principalmente o conceito que delineia o

projeto.

São capazes também de desenvolver projetos que visam facilitar a identificação

positiva de uma empresa ou instituição pelo público, racionalizar custos e otimizar a

produção.

No mundo atual, com tanta concorrência e oferta, a comunicação de uma empresa e

dos produtos que ela oferece, precisa ser imediatamente percebida pelo consumidor indo de

encontro a suas necessidades, expectativas e desejos. Para isso é fundamental uma boa

estratégia de mercado que, aliada ao Design Gráfico, certamente irá comunicar, de forma

clara e efetiva, as vantagens do produto ou do serviço. O Design Gráfico torna a comunicação

visual da empresa ou instituição mais atraente e adequada aos seus objetivos e ao público-

alvo.

Estudos são necessários à elaboração de uma identidade visual condizente com o

público que se quer atender. O cartão de visita, o envelope, envelopamento de frota,

uniformes, e todos os materiais que comunicam a marca demandam um planejamento prévio e

bem estruturado no desdobramento da identidade visual corporativa.

Para divulgação, pode-se contar com folders, livretos, cartilhas, convites e até mesmo

brindes, elaborados no campo do design promocional, associado ao design editorial e ao

Page 15: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

15

design de multimídia. A utilização de infográficos pode relatar as estatísticas das empresas,

catálogos, relatórios, e aplicados nos livros e revistas de circulação interna de caráter

informativo.

Todo esse aporte teórico será referência para o desenvolvimento desse trabalho na

tentativa de ilustrar a potencialidade do design gráfico para as empresas tanto no que diz

respeito à definição e ou construção de sua imagem institucional como também à

comunicação de seu mix de produtos, serviços e realizações.

2.6 DESIGN DE MULTIMÍDIA

O estudo do design de multimídia foca os aspectos de transmissão de informações por

meios interativos, que é um dos principais focos do projeto aqui proposto. Sendo assim, se faz

necessário esclarecer um pouco sobre esse segmento do design a ser explorado nesse trabalho.

O Design de Multimídia é uma área de atuação do designer gráfico, que tem como

principal objetivo transmitir a maior quantidade de informação possível buscando a

interatividade e a narratividade em seu conteúdo. Proporciona rápido acesso e baixo custo,

dentre outros fatores igualmente importantes. É uma atividade editorial relacionada a projetos

de web sites, CDs (Compact Disc) interativos e DVD-ROMS (Digital Vídeo Disc). Sobre o

Design de Multimídia, Alves (2004) afirma que:

É à frente de expansão do trabalho do designer, a fronteira a ser desbravado, o novo universo

de linguagem a ser explorado. Mas nem tudo é novidade nesse campo. Os princípios e

procedimentos são análogos: o problema básico continua sendo ordenar uma grande

quantidade de informação de uma maneira lógica e coerente, que obedeça a princípios de

natureza editorial e visual e que possa ser facilmente acessada pelo leitor. Em outras

palavras, o que qualquer jornal, revista ou livro vem fazendo há muito tempo, só que na

mídia impressa. (ALVES, 2004. p. 30)

Page 16: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

16

No entanto, para se obter sucesso usando as mídias citadas, é necessário o uso do

design da informação, que se resume na organização de um conjunto de informações distintas

que estruturam um conteúdo e o planejamento de todo o fluxo informacional.

Tal organização é essencial para a usabilidade em qualquer sistema de interação entre

usuário e ferramenta. Além da estruturação do conteúdo, é necessário o uso dos princípios

compositivos do Design, aliados à aplicação de tecnologias (linguagens de programação e

softwares) na otimização do projeto.

Nessa posição, Bertomeu (2010) em seu livro "Criação Visual e multimídia", afirma

que “a multimídia, por meio dos recursos existentes no computador e em um ambiente

hipertextual, facilita essa comunicação estimulando artificialmente os sentidos da visão, da

audição, com determinados periféricos até mesmo o tato e o olfato” (p.40). Nesse

mesmo contexto ele diz que a multimídia é composta por mídias primárias, secundárias e

terciárias. O autor afirma ainda que o corpo seja a "mídia primária" do homem, é resultante de

uma história, de interações e de interferências.

Na visão de Bertomeu (2010), a mídia secundária é constituída por meios de

comunicação que transportam a mensagem ao receptor sem que este necessite de um aparato

para captar seu significado.

Já a mídia terciária, segundo Bertomeu (2010), "são os meios de comunicação que

dependem de aparelhos tanto do lado do emissor quanto do lado do receptor" (pag 40.) . Aí

estão a telegrafia, a telefonia, o cinema, a radiofonia, a televisão, a indústria audiovisual e

seus produtos, computadores, discos, fitas magnéticas, CDs, fitas de vídeo e DVDs. O autor

complementa:

A evolução das tecnologias da informação e o domínio crescente, por parte da sociedade,

das tecnologias "multimídias", possibilitam a produção de material informacional de

forma ágil, dinâmica, em grande quantidade e com infinitas possibilidades de

combinações e novos significados, tornando a leitura mais rica, diversas e mais próximas

do receptor. (BERTOMEU, 2010. p. 42)

Bertomeu (2010) ainda afirma que existem algumas vantagens para esse tipo de mídia

como a acessibilidade, conectividade e interatividade.

Page 17: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

17

A acessibilidade trata do acesso distribuído e disseminado aos sistemas de informação

considerando que é mais dinâmica e ainda permite a interação homem-máquina-homem.

Já conectividade trata das interligações explícitas entre diferentes sistemas e abre

portas para uma nova forma de narrativa baseada em estruturas segmentadas que se fundem

não apenas a partir da intenção daquele que as projeta, mas principalmente dos interesses

daquele que as está consultando.

A interatividade é a possibilidade de fornecer um feedback imediato, ou seja, cada

ação corresponde a uma reação praticamente simultânea da máquina. A interatividade

mimetiza a ação do homem-homem, prevendo as múltiplas respostas e possibilidades de

combinação de ações.

A importância de estudar e compreender os aspectos do design de multimídia nesse

trabalho é compreender e aplicar no projeto as possibilidades para estimular o usuário a

interagir com o conteúdo do projeto proposto e auxiliar nas decisões e alternativas de projeto

quanto à comunicação e estrutura do produto DVD. A base teórica subsidiou as escolhas

visando o alcançar público alvo, e estabelecer uma relação (do produto em si) com o receptor

de forma eficaz.

2.7 AUDIOVISUAL

Em função do produto audiovisual proposto como aplicação deste estudo e produto

deste projeto trataremos a seguir sobre a área do audiovisual.

Os recursos audiovisuais estimulam o usuário ao acesso às mídias e possibilitam atraí-

lo e tentar atender melhor suas possíveis expectativas. O estudo do audiovisual é um aliado

para a compreensão e estruturação de dados no desenvolvimento do produto final proposto

neste projeto.

O audiovisual está associado à tecnologia empregada para o registro, tratamento do

som e da imagem em movimento sincronizado.

De acordo com Dondis (2003), "Parte do presente e a maior parte do futuro vão estar

nas mãos de uma geração condicionada pela fotografia, pelo cinema e pela televisão, e que

Page 18: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

18

terá na câmera e no computador visual um importante complemento intelectual." (p.51).

Sendo assim, o uso dos meios audiovisuais para transmitir conhecimento entre diferentes

culturas e gerações torna-se uma iniciativa necessária e potencializadora.

Considerando toda a evolução dos produtos audiovisuais no mercado e a vasta lista de

títulos à disposição dos consumidores, o design se torna um diferencial valorizador do

produto diante do consumidor. Características específicas embasadas em um estudo teórico

conseguem atrair o seu público alvo consumidor facilmente, pois este estará se identificando

prontamente com o produto em mãos.

Os produtos que se destacam num mercado de muitas ofertas são aqueles que além

de suas qualidades intrínsecas possuem uma imagem forte sintonizada com o desejo

e as expectativas do público para qual se forja a imagem, por sua vez, é o terreno dos

significados, dos valores simbólicos, das associações construídas a partir de dados

culturais e, portanto, o terreno por excelência do designer, esse profissional

eminente contemporâneo, especialista em questões de comunicação. Responsável

ora pelo próprio projeto do produto, ora pelo projeto de sua identidade visual, o

designer começa a atuar na gênese do processo, definindo os dados físicos e os

significados que lhe darão sustentação no mercado. (ESCOLRE, 2000, p 59)

O trabalho do designer gráfico é fundamental na produção audiovisual e em suas

diversas etapas. O planejamento conjunto associado aos critérios visuais agrega valor ao

resultado final da obra. Estas etapas vão desde a criação, com o desenvolvimento de

storyboards e direção de fotografia, até o desenvolvimento de material promocional passando

pela pós-produção, tratamento das imagens, animações e criação de interface gráfica.

O designer é importante neste processo para que o projeto mantenha uma identidade

coerente, e se apresente como um diferencial estético e comercial dentre os produtos se

destacando dos demais.

Page 19: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

19

2.8 DESIGN DE INTERFACES

Na criação de um espaço de maior interação com o usuário, é necessário que haja uma

harmonia entre os elementos como cores, imagens e textos presentes neste espaço. Para a

criação das interfaces que serão utilizadas neste projeto, foi necessário conhecer as definições

sobre o que é uma interface aos elementos que despertam no usuário um sentimento de

curiosidade, vontade de explorar e conhecer mais o conteúdo. Nesse sentido, segue uma

explanação sobre o design de interface a partir da visão de autores conhecedores do assunto.

Segundo Royo (2008), a interface é o espaço onde o design dá forma à linguagem para

facilitar o seu uso; por definição, é a área de comunicação que se estabelece entre o homem e

a máquina. Ela é criada entre o ser humano e um dispositivo virtual ou entre o homem e um

dispositivo real, como qualquer objeto ou mecanismo que encontramos no espaço

tridimensional que nos rodeia, visando facilitar a interação do homem com a máquina e o

objeto em questão.

O design de interfaces que é na verdade o design de usabilidade juntamente com o design

visual, tem como finalidade fazer com que o usuário possa ter uma experiência bem

sucedida. A experiência do usuário é o conjunto de sensações, valores e conclusões que o

usuário obtém a partir da utilização de um equipamento; definições estas segundo Royo

(2008, p 105).

Para que o usuário tenha uma boa interação e adaptação ao novo sistema, é de extrema

importância que as informações sejam concisas e se façam entender. O usuário precisa

encontrar as informações, entendê-las, saber o que são e como usá-las sem fazer esforço. Para

isso, o designer deve ter a capacidade de criar a informação visível, transformar todo o

conceito intangível em algo “tangível”.

Tratando-se de um DVD, a interface gráfica deve apresentar de forma clara todo o

conteúdo que esta mídia tem a oferecer, e os caminhos de acesso para ser encontrado. Tudo de

forma bem organizada para que as informações não ganhem destaques superiores a outras de

maior importância, comprometendo assim a assimilação da informação desejada. É o que

podemos chamar de hierarquia visual.

Page 20: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

20

Conforme Krug (2006, p38) “quando tudo na página está chamando atenção, o efeito

pode ser esmagador”. Deve se evitar muitos pontos de exclamação e cores brilhantes, muitos

destaques e excessos. O autor ensina que a página deve ser bem estruturada para que desde o

início o usuário perceba facilidade para encontrar o que procura, saiba identificar os acessos e

tenha a satisfação de algo conquistado / notado sem tê-lo feito pensar demasiadamente.

Diferentemente da interface de um DVD, (em que as informações estão bem a sua

frente, e de forma sucinta onde o usuário lê as informações de forma rápida) na Web as

pessoas lêem apenas fragmentos dos textos, procurando por palavras chaves que possam lhe

interessar de determinado assunto ou não. No DVD o acesso é mais objetivo e direto. Já na

web, o leque de opões é bem mais amplo e o tratamento da informação deve ser diferenciado

de forma a encurtar os caminhos e melhor sinalizá-los ao leitor.

Entender os diferentes recursos oferecidos pelas mídias e sua forma diferenciada de

acesso e busca por parte dos usuários é fundamental para o trabalho de um designer.

2.9 DESIGN PROMOCIONAL

Como parte desse projeto, foram elaboradas peças de design promocional a fim de

comunicar e promover o produto desenvolvido, embora não seja esse o foco do trabalho. Para

se estruturar uma estratégia de promoção de produtos, serviços, atividades ou eventos, é

necessário entender, conhecer e saber como alcançar o público alvo, a fim de obter sucesso na

comunicação. Nesse sentido, é importante entender os processos do design para a elaboração

e estruturação do projeto como um todo. O entendimento do design promocional oferece ao

designer uma abertura ampla ao desenvolvimento dos projetos na parte divulgação.

O Design Promocional é uma das áreas mais diversificadas do Design Gráfico. Nela

são aplicados os princípios básicos do design no projeto de peças promocionais, visando à

divulgação de produtos, serviços, atividades ou eventos. Segundo Alves (2004), entre as áreas

de atuação do designer gráfico, o design promocional é a mais diversificada, podendo abrigar

tanto um cartaz de um filme de arte quanto um brinde de fim de ano de uma empresa.

Nesse caso, o material promocional projetado pelo designer geralmente constitui um

produto. Ele envolve todos os tipos de projetos que têm por objetivo divulgar e promover

Page 21: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

21

empresas, produtos ou serviços tais como displays, catálogos, banners, cartazes, folders,

malas diretas, cartões de visita, agendas, calendários e brindes.

O objetivo do design promocional é corresponder às estratégias que levem o cliente a

uma ação, despertando seu interesse e levando-o a tomar decisões de compra sobre um

determinado produto ou serviço. O material promocional deve transmitir a imagem e a

personalidade de uma empresa.

Sobre o Design promocional, Villas-Boas (2007) diz ter como objeto produtos

gráficos com fins expressamente comunicacionais que através de elementos visuais (textuais

ou não), visam persuadir o observador, guiar sua leitura ou vender um produto. A escolha

destes elementos visuais, sua forma de apresentação e sua ordenação visam à máxima

eficiência comunicacional, priorizando sua funcionalidade, sua adequação à lógica da

produção e às relações sociais de produção.

Neste sentido, referindo-se especificamente à embalagem, Niemeyer (2002) diz que “a

forma plástica e gráfica da embalagem envolve a promoção e a produção do produto, tendo

papel definitivo em sua exposição nas prateleiras" (p.33). Segundo a autora, a embalagem

como material promocional torna o produto mais ou menos atraente para o consumidor e

facilita seu manuseio e sua utilização – o que colabora para a consolidação de uma relação de

lealdade por parte do público. Na visão da autora, a embalagem tem a capacidade de

transformar simples produtos em objetos de desejo, criando no consumidor um impulso de

compra que dura décimos de segundo - mas que é decisivo.

Neste mesmo sentido, Celso Negrão (2008, p. 118) diz que “a embalagem não só

qualifica o produto, mas também a sua marca no ponto-de-venda”. A identificação da marca

exposta na embalagem influencia o cliente em sua decisão de compra. Em muitos casos, é ela

que imprime "personalidade" ao produto, diferenciando-o dos concorrentes.

A embalagem é um trabalho que, em muitos casos, demanda uma equipe

multidisciplinar. Dependendo de sua complexidade, extrapola a competência do designer

gráfico que, nesses casos, deve trabalhar em conjunto com designer de produto ou

profissionais com experiência específica na área.

Com base nas pesquisas que dão suporte a este trabalho, serão criados a Interface

gráfica do DVD Interativo e os materiais promocionais desse projeto.

Page 22: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

22

3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

3.1. PESQUISA

Este projeto foi iniciado através de uma pesquisa feita com 100 empresários

valadarenses, que resultou da percepção quanto ao interesse do empresariado em adotar o

design gráfico como ferramenta estratégica, com a intenção de melhorar a visibilidade das

suas empresas no mercado. Constantemente leigos no assunto assimilam o designer como um

profissional que está encarregado de produzir gráficos, desenhos para camisas, pôsteres,

ilustrações em geral, e desconhecem o processo do design e seu potencial no mercado.

Para delinear a estrutura desse projeto, a pesquisa foi realizada meio de um formulário

(anexo I), que através de um questionário buscou entender o que os empresários valadarenses

pensam a respeito do design, sua importância para a empresa e o seu potencial no meio

empresarial.

Os resultados da pesquisa apontaram que 25% dos responsáveis pelas empresas

entrevistadas declararam não conhecer o Design Gráfico, enquanto os 75% que declararam

conhecer de fato o Design Gráfico. A maioria, 69%, o associa às artes e/ou à tecnologia,

sendo que a minoria, 31%, o reconhece como sendo algo relacionado ao setor de criação e

comunicação.

Figura 01 – Resultado Pesquisa em Gráfico 01

Page 23: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

23

Figura 02 – Resultado Pesquisa em Gráfico 02

Analisando os dados obtidos, foi possível perceber a falta de conhecimento a

respeito do Design Gráfico, os possíveis benefícios e valores que este quando aplicado, pode

trazer a empresa. Ao mesmo tempo, em quase todos os casos, as empresas se mostraram

dispostas a investir em Design para ampliar a visibilidade com o intuito de construir uma

imagem sólida e positiva no mercado.

Figura 03 – Resultado Pesquisa em Gráfico 03

Page 24: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

24

Além da pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica, já explicitada nesse trabalho,

foram realizadas análises de referências documentais que pudessem contribuir e direcionar o

trabalho.

O material apresentado a seguir é parte do referencial imagético conceitual do trabalho

e serviu como apoio para conceituação, elaboração e disposição dos elementos nos layouts.

Para produção do DVD foram analisadas interfaces gráficas, buscando referências de

navegabilidade e elementos gráficos a serem utilizados no material gráfico impresso e digital.

Figura 04 – Panfleto

Page 25: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

25

Para a elaboração da identificação do projeto, foram pesquisadas marcas de diferentes

segmentos que possuem como diferencial um forte apelo tipográfico em detrimento das

representações iconográficas ou simbólicas.

A opção pelo logotipo de identificação do trabalho surgiu em função de dar uma

identidade e unicidade em todo o trabalho. A idéia de ser All type surgiu da isenção de

qualquer associação simbólica via ícone ou símbolo no sentido de obter neutralidade em

relação aos diversos segmentos empresariais a serem alcançados com o projeto. A idéia é

construir o conceito pelo nome, apoiado pela forma tipográfica, sua cor e expressão gráfica.

Figura 05 – Marcas para Referência

Page 26: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

26

3.2 ANÁLISE E SELEÇÃO DE DADOS PESQUISADOS

3.2.1. ANÁLISE DE INTERFACES

A interface gráfica de um elemento multimídia, a exemplo do DVD proposto neste

projeto, possibilita a interação do usuário com o conteúdo do mesmo. Através da interface dos

DVDs, o usuário pode acessar de diferentes formas as informações desta mídia de acordo com

o seu interesse pessoal, de forma a gerar maior interatividade e usabilidade ao produto. Como

um “menu”, a interface deve ser bem estruturada e elaborada. O designer tem a

responsabilidade de organizar o conteúdo de forma a ser assimilado rapidamente pelo usuário,

seguindo algumas etapas conforme exposto por Gosciola (2003) no referencial teórico desse

trabalho.

Para compor a interface gráfica do DVD, foram realizadas pesquisas de referências em

menus de DVDs diversos. Utilizou-se como critério de seleção de amostra para análise DVDs

de gêneros diversificados sobre filmes e materiais promocionais.

Analisamos diferentes títulos para termos noção de navegabilidade e acessibilidade

oferecidas por eles quanto ao caminho a ser percorrido pelo usuário para acessar as

informações desejadas.

Todos oferecem boa navegação, são bem claros, simples e objetivos, sem uso

excessivo de elementos dinâmicos e movimentação, e boa a composição de layouts.

A seguir serão apresentados os resultados de algumas análises de interfaces gráficas

como referências para o trabalho aqui proposto.

Page 27: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

27

3.2.1.1 UP – ALTAS AVENTURAS

A animação em 3D produzida pela Disney Pixar e lançada em maio de 2009, é um

filme de ação sobre um vendedor de balões com 78 anos de idade que ao amarrar vários

balões em sua casa para fugir da condição de ir para o asilo, embarca em uma grande aventura

ao lado de um companheiro inesperado, com destino à America do Sul.

Inicialmente a interface oferece três opções de linguagem a ser definida pelo usuário,

sendo eles o inglês, português brasileiro e o chinês. Mantém o background da sessão anterior

de abertura - céu azul e a casa suspensa por diversos balões coloridos – e assim que escolhida

a linguagem, o menu oferece a opção de iniciar diretamente o filme. Possui a seleção de

cenas, – identificar figura, bônus contidos no DVD, configuração de áudio e legenda, e os

próximos lançamentos da Disney Pixar.

Na seleção de capítulos ou cenas, como foi abordado, tem-se uma divisão de quatro

cenas por subtítulo, e cada retângulo, apresenta um preview do vídeo, o que muitas vezes

estimula a memória fazendo com que o usuário recorde facilmente onde interrompeu o filme.

Os bônus oferecem alguns vídeos adicionais e os comentários do diretor a respeito do filme,

do processo de criação e a motivação para produzí-lo. Como dito anteriormente, nas

configurações têm-se as opções de idioma do áudio e da legenda, permitindo também

configurar o home theater, para obter um desempenho melhor na qualidade e propagação do

áudio.

Figura 06 – Interface Gráfica – UP Altas Aventuras

Page 28: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

28

3.2.1.3 PLANETA 51

Planeta 51 é uma aventura 3D onde um astronauta acredita ser o primeiro a percorrer o

planeta 51, que na verdade é habitado por seres verdes. Estes têm medo de encontrar com um

alien humano. Ironicamente a estória é invertida em relação a outros do gênero.

O menu com transição em slides, inicialmente apresenta a tela do momento em que

uma família se depara com este alien humano, ou como se os mesmos estivessem olhando /

sendo surpreendidos pelo usuário, que de certa forma também é um alien humano. Nesta parte

da interface são oferecidas quatro opções de caminho: ir diretamente para o filme dando inicio

imediato ao mesmo, seleção de capítulos / cenas; configurações de áudio e legenda; e os

extras oferecidos.

A seleção de cenas é abordada de quatro em quatro segmentos, e também oferece um

pequeno preview para que o usuário assista um pouco de cada recorte. O quadro onde se

encontram estas cenas acompanha toda a identidade visual do filme e seu contexto; anéis

assim como os de Júpiter; cantos remetendo ao conceito das asas de espaçonaves; o universo

ao fundo, remetendo a algo intergaláctico; e um planeta verde acompanhando a denominação

do menu. Na repartição das configurações a opção de áudio é apresentada nas extremidades e

a legenda da mesma forma que na seleção de cenas; os quadros / molduras das opções possui

anéis e asas; no background existe a transição de slides com cenas do filme apresentando /

relembrando seus personagens principais.

Os extras apresentam o mesmo conceito do item anterior, alterando obviamente as

cenas do background, mas mantendo o mesmo estilo e identidade.

Figura 07 – Interface Gráfica – Planeta 51

Page 29: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

29

3.2.1.4 PERDIDOS NO MEIO DO NADA – TURMA DA MÔNICA

Apesar do público alvo a ser atingido, este DVD possui uma das interfaces mais

simples analisadas até o momento. Compõe-se dos quatro itens mais presentes em um menu.

Analisando graficamente esta interface, percebe-se que não possui nenhum atrativo para o

DVD. Constam apenas imagens estáticas de alguns personagens, com o menu selecionável à

direita. Não apresenta nenhuma animação.

Os campos acessíveis são comuns em relação às outras interfaces. Oferece a opção de

iniciar filme, selecionar áudio, seleção de cenas, extra.

O diferencial para a animação 2D contida nesta mídia, é a animação do personagem

Horácio em 3D.

Figura 08 – Interface Gráfica – Perdidos no Meio do nada – Turma da Mônica

Page 30: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

30

3.2.1.5 FORÇA G

Também lançado em 2009, Força G é uma animação feita a partir do computador que

conta também com a live-action, termo utilizado no cinema e televisão para definir trabalhos

realizados por atores reais. O enredo retrata a aventura de um grupo de animais super

inteligentes e treinados que trabalham para uma agência secreta do governo, e nesta trama

lutam contra a vontade de um bilionário em dominar o mundo.

Sendo mais uma produção Disney, ao iniciar o DVD, encontramos trailers de outras

produções, o que “atrasa” um pouco a abertura da interface, sendo algumas vezes desgastante

para o usuário. No menu principal encontramos as opções básicas: iniciar filme diretamente;

seleção de cenas com quatro capítulos por página com o preview de cada cena; configurações

de áudio e legendas; bônus; comentários do diretor; cenas inéditas; “erros” de gravação; vídeo

clips, e também a opção de “próximos” anunciando mais alguns trailers.

A interface gráfica foi muito bem explorada e trabalhada. Desde o princípio é notória a

qualidade da produção e a irreverência do filme. Os elementos gráficos utilizados remetem a

algo secreto, realmente protegido por conter algum segredo. Ainda no menu principal é

possível ver algumas cenas do filme com destaque para o grupo “Força G”.

Este menu foi bem trabalhado, é agradável e acessível para qualquer usuário e ainda

permite permitindo selecionar as configurações de forma rápida e prazerosa.

Figura 09 – Interface Gráfica – Força G

Page 31: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

31

3.2.1.6 BASTARDOS INGLÓRIOS

Filme escrito e dirigido por Quentin Tarantino. Relata o plano de assassinar os líderes

políticos da Alemanha Nazista. Possui um enredo atrativo e conta com uma excelente direção

de elenco e filmagem.

Na interface gráfica identificamos a falta de elementos gráficos da época retratada e

até mesmo do período nazista. Ao iniciar o DVD, em seu menu principal depara-se com um

preview das cenas do filme juntamente com opções básicas de uma interface dispostas em

linhas horizontais, e com a descrição em caixa alta, não fugindo do convencional.

Os sub-menus apresentam imagens estáticas dos personagens e com as descrições para

serem selecionadas quanto ao idioma a ser escutado (dublagem) ou quanto à legenda a ser

lida. Seguindo o padrão de visualização de capítulos, são apresentados quatro quadros com o

preview de cada cena para ser escolhido pelo usuário. Nesta sessão, o diferencial é a seta para

retornar ao menu principal. Devido à sua forma, a seta se destaca nesta página.

No item “bônus”; visualizamos a presença de cenas estendidas e alternativas e a

mostra de um longa-metragem, mas, a interface mantém o padrão do menu principal contendo

imagem do personagem e a opção para seleção. Nenhum dos outros grafismos especifica a

época nem o tema abordado no filme.

Figura 10 - Interface Gráfica – Bastardos Inglórios

Page 32: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

32

3.2.1.7 CHICO XAVIER

Um atrativo desta mídia é a opção de acessar o menu com o auxilio da áudio-

descrição, possibilitando o acesso às pessoas com deficiência visual.

Após selecionar ou não o auxilio do áudio-descrição, entramos no menu principal que

oferece a opção de iniciar filme, idiomas, seleção de cenas, e os extras do filme.

Este menu apresenta a imagem de Chico Xavier à sua esquerda psicografando uma

mensagem, com uma sombra de figura humana à sua volta. Não é possível distinguir entre

homem ou mulher, mas o vulto faz referência ao “mentor espiritual” de Chico Xavier. Ainda

nesta sessão, ao lado direito e acima do menu, que aparece no canto inferior direito, tem-se

pequenos trechos do filme em slides.

Como identidade visual a interface gráfica oferece as descrições em caixa alta, e um

pedaço de papel velho onde aparecem as opções. Diferente das outras interfaces analisadas,

neste DVD a opção de seleção de cenas não oferece o preview das seleções.

As imagens são estáticas e monocromáticas. Em outras sessões, o que diferencia é o

tamanho do retalho do papel, mas este é utilizado como suporte para as opções de escolha do

usuário.

Figura 11 – Interface Gráfica – Chico Xavier

Page 33: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

33

3.3 PRÉ-PRODUÇÃO

3.3.1 ROTEIRO E STORYBOARD

Com base nas pesquisas realizadas, juntamente com as análises e as filmagens

referenciais, foram desenvolvidos em conjunto, o storyboard e roteiro inicial para orientar a

elaboração deste DVD. Esse trabalho possibilitou o estudo prévio de todos os elementos a

serem utilizados e possíveis cortes em cenas para um enquadramento perfeito que atendesse a

este projeto.

Figura 12 – Storyboard

Page 34: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

34

Figura 13 – Storyboard

Page 35: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

35

Após algumas alterações, e definido o roteiro final, foram pré-estabelecidas todas as

locações e animações a serem utilizadas na elaboração desta mídia para que pudessem manter

uma harmonia e seqüência lógica.

Design em Foco - ROTEIRO

ÁUDIO VÍDEO

TRILHA SONORA: INSTRUMENTAL VINHETAS DE ABERTURA

TRILHA SONORA: INSTRUMENTAL

LOCUÇÃO: A necessidade de se comunicar é inerente

ao ser humano. Desde os primórdios, o homem utiliza

elementos visuais para se expressar. Ao longo da

história humana, a arte influencia gerações e cumpre

um papel social e cultural na história humana.

Contudo, na Revolução Industrial, com o aparecimento

das fábricas e a ampliação do comércio e a

concorrência acirrada, surge a necessidade de

convencer o consumidor porque um produto ou marca

é melhor do que outros, através da publicidade e

conseqüentemente, do design, com a formatação de

anúncios e desenhos bem elaborados.

Desde então, o design gráfico cresce em constante

evolução.

LETTERING: COMO SURGIU

- Arte primitiva.

- Várias obras nas diversas fases da

arte

- Filme Dreams - Akira Kurosawa

- Revolução Industrial

- Anúncios antigos

Fala sobre a relação do design gráfico e a arte Entrevista Profº Bispo Filho

TRILHA SONORA

LETTERING:

O QUE É DESIGN GRÁFICO

TRILHA SONORA: INSTRUMENTAL

LOCUÇÃO: Design gráfico é o planejamento dos

aspectos funcionais e visuais de peças gráficas que

servem de suporte para a comunicação de diversos

tipos de mensagens, de modo a trazer conforto visual,

segurança, credibilidade e satisfação ao consumidor

- Imagens animadas

- Imagens de designers

trabalhando.

Page 36: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

36

sobre informações, produtos e serviços oferecidos.

TRILHA SONORA:

INSTRUMENTAL

LETTERING: ONDE ESTÁ O DESIGN

MAQUETE 3D ANIMADA

Falam sobre a mudança no cenário do design gráfico a

partir das novas tecnologias.

Como as novas tecnologias contribuem com a evolução

profissional.

Entrevistas:

- Leonardo Gomes

- Plínio Lacerda

TRILHA SONORA

LETTERING:

PORQUE CONTRATAR UM

DESIGNER GRÁFICO

TRILHA SONORA: INSTRUMENTAL

LOCUÇÃO: A construção de um imagem positiva no

mercado, que transmita ao consumidor a idéia de

solidez, organização e confiabilidade, é importante para

empresas e organizações.

Veja os benefícios de utilizar serviços profissionais em

design gráfico:

1- Otimiza custos.

2- Diferencia sua imagem da imagem da concorrência.

3- Conquista o consumidor no primeiro olhar.

4- Associa qualidade à imagem do seu produto.

5- Transmite a informação da melhor forma possível.

6- Torna mais agradável o uso e a leitura de impressos.

7- Melhora a navegabilidade das interfaces gráficas.

- Várias peças animadas

- Gráfico animado explicativo

- designers trabalhando

TRILHA SONORA: INSTRUMENTAL LETTERING:

Page 37: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

37

DESIGN GRÁFICO NAS EMPRESAS

TRILHA SONORA: INSTRUMENTAL

LOCUÇÃO: Como a imagem empresarial ou institucional

é um diferencial competitivo, a empresa também é

beneficiada por um bom projeto visual. Um designer

profissional na sua empresa pode unir à funcionalidade

dos produtos uma estética atraente e diferenciada.

- DESIGN CORPORATIVO,

INSTITUCIONAL / EMPRESARIAL

O design está longe de ser uma formação apenas

técnica. Fala sobre a diferença de um profissional que

recebe esta formação humanística

Entrevista:

- Profª Zaira Bernardes.

TRILHA SONORA: INSTRUMENTAL

LOCUÇÃO: O design gráfico confere à sua empresa um

identidade visual única, marcante, tornando-a

facilmente reconhecida e lembrada pelos clientes.

- Peças publicitárias

- Designers trabalhando

Identidade Visual Corporativa - logotipo, símbolo,

timbrado, cartão de visitas, envelope, etiqueta e

manual de identidade visual.

Design Editorial - Livro, revista, relatório, catálogo,

capa, jornal e infográfico.

Design Promocional - folder, folheto, cartaz, display,

banner, brinde e convite.

Design ambiental ( sinalização ) - totem, placa,

ambientação e pictograma.

Design de embalagem - blister, cartucho, cartela,

sacola, rótulo e caixa.

Design de interação - Interface gráfica para website,

- LETTERING ANIMADO

Page 38: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

38

CD-ROM, DVD, terminais, jogos eletrônicos e software.

Design de Tipos (tipografia) - Fonte tipográfica

Profissionais falam sobre:

A interferência do designer gráfico numa empresa.

Como o designer gráfico pode, através do designer,

melhorar a lucratividade de uma empresa.

Por que um empresário deve contratar o serviço de um

designer.

VIDEODEPOIMENTO:

SOBE SOM - ENCERRAMENTO

- CRÉDITOS FINAIS

Tabela 01 – Roteiro

O desenvolvimento do roteiro auxiliou na visualização do pré-projeto, e possibilitou a

organização do processo de produção. A partir deste roteiro, deu-se inicio às filmagens, que

pertencentes à parte de produção, nortearam a produção deste DVD.

3.4 PRODUÇÃO

Para a produção, contamos com um estudo prévio dos gastos a serem realizados. As

filmagens foram feitas por uma empresa contratada sob a orientação dos autores desse

trabalho. O agendamento antecipado com os entrevistados foi cuidadosamente articulado e

planejado.

Dentre os selecionados, contamos com a participação de professores do Curso de

Design Gráfico da Universidade de Governador Valadares, e também com profissionais da

área de Design Gráfico atuantes em Governador Valadares e seus clientes.

Page 39: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

39

O material captado foi analisado pela equipe de filmagem juntamente com a equipe de

produção, eliminando os possíveis erros de gravação e interferências externas.

3.4.1 GRAVAÇÕES

Durante o processo de gravação do vídeo, utilizou-se como referencial de apoio o

roteiro criado na fase de pré-produção. Por tratar-se de um vídeo documental, a equipe de

gravação utilizou uma iluminação básica, pois não havia interesse em interferências da

iluminação em ambiente como é necessário em casos de representação.

3.4.2 PLANOS DE FILMAGEM

Figura 14 – Filmagem Primeiro Plano

Primeiro plano - Posição ocupada pelas pessoas ou objetos mais próximos à câmara,

à frente dos demais elementos que compõem o quadro.

Figura 15 – Filmagem Plano Médio

Plano médio - Plano que mostra uma pessoa enquadrada da cintura para cima.

Figura 16 – Filmagem Plano Geral

Plano geral - Plano que mostra uma área de ação relativamente ampla.

Page 40: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

40

Figura 17 – Filmagem Plano Detalhe

Plano detalhe - Mostra apenas um detalhe, como, por exemplo, os olhos

do ator, dominando praticamente todo o quadro.

Figura 18 – Filmagem Plano Conjunto

Plano Conjunto - Plano um pouco mais fechado do que o plano geral.

O estudo e o entendimento destes planos de filmagem auxiliaram na criação da

filmagem de melhor comunicação possível. Por exemplo, as cenas de entrevistas são filmadas

em primeiro plano, pois foca a atenção do telespectador no entrevistado, já um plano geral

(como na cena do espaço de trabalho da agência Fino Trato) possibilita uma visão do espaço

total.

3.5 PÓS-PRODUÇÃO

Após a captação das filmagens e escolha dos melhores cortes, iniciou-se o tratamento

em softwares específicos que permitem o ajuste de qualidade de áudio e vídeo.

Na seqüência, partiu-se para o processo de montagem do vídeo, o qual foi intercalado

com as animações e entrevistas. Foi pensado um ajuste cronológico dos fatos e também dos

assuntos pertinentes a cada momento pré-estabelecido criando um raciocínio lógico para as

informações apresentadas.

3.5.1 EDIÇÃO

No processo de edição, organiza-se todo o conteúdo do material obtido com o objetivo

de formatar o vídeo de forma dinâmica. Por isso, além das imagens captadas foram utilizadas

interferências como vinhetas de transição, vinhetas de abertura, fotografias históricas e

trechos de documentários e filmes.

Page 41: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

41

3.6 IDENTIDADE VISUAL

A palavra "Design" foi empregada na marca para fortalecer o tema principal do

projeto, cuja finalidade é abordar algumas das diversas áreas e formas de aplicabilidade do

design gráfico no mercado empresarial. Como parte deste logotipo, o texto "em foco" surge

para acentuar a idéia do projeto, vindo do sentido de focar, centralizar, criar um ponto de

convergência entre o design gráfico e as empresas.

O logotipo tem sua tipografia em caixa baixa buscando dar mais dinamismo à marca,

em função da movimentação das formas dos tipos. O subtítulo: "Um Diferencial

Competitivo", vem para reforçar e direcionar o tema do projeto.

A cor amarela utilizada no termo "DESIGN EM FOCO" é associada à energia, à luz, o

centro das atenções, tornando assim o sentindo do texto "em foco" condizente com a sua

representação. O contorno vermelho escuro utilizado no logotipo tem como finalidade dar

maior visibilidade aos elementos. O amarelo em contraste com o vermelho adquire uma

luminosidade maior, chama mais atenção e desperta os impulsos de adesão. Segundo

Chevalier (1982), o vermelho representa o amadurecimento, a beleza e a força impulsiva,

dinamismo, movimento.

3.6.1 MARCA, TIPOGRAFIA, MANUAL DE IDENTIDADE

Com o intuito de padronizar o uso da marca, foi elaborado um manual de identidade

visual básico que servirá como referência para possíveis aplicações, contendo as principais

informações a serem seguidas.

Em seu formato original, a marca conta com quatro cores devidamente representadas

em seu formato CMYK para impressos; e RGB para o meio digital.

Juntamente com o padrão em cores, está representada a versão PB da marca, para o

caso de ser veiculada alguma versão monocromática. Buscando dar maior dinamicidade à

marca, em seu logotipo foi utilizada uma tipografia de contornos arredondados e leve

inclinação. E tais detalhes foram encontrados na tipografia "Aardvark Cafe", que também

oferece uma boa apresentação devido ao seu peso. É uma fonte originalmente cheia.

Page 42: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

42

Para que não haja interferência visual de outros elementos em algum layout, deve-se

preservar a área de respiro da marca, que é uma área "vazia" em torno da marca. Essa

delimitação é representada pela largura da letra "o" da tipografia aplicada no logotipo.

Tal aplicação deve ser utilizada nas laterais e área superior e inferior a marca. Para que

não ocorra o uso indevido da marca, foram demonstradas algumas possibilidades de aplicação

incorreta. Como exemplo, temos a distorção da marca, seja ela inclinada, assim como a

diminuição ou ampliação não proporcional.

As cores devem ser seguidas conforme apresentado anteriormente, sendo ela

monocromática, tons de cinza, ou como pré-estabelecido, qualquer variação na tonalidade é

considerada como uso incorreto da mesma.

Figura 19 – Marca Design em Foco – Padrão de Cores

Page 43: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

43

Figura 20 – Padrão Tipográfico

Page 44: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

44

Figura 21 – Área de Respiro e Exemplos incorretos de utilização

Page 45: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

45

Figura 22 – Escala de Redução

Page 46: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

46

3.6.2 ENCARTE, LIVRETO, BOLACHA, LAYOUTS

O encarte, livreto, bolacha e os layouts, apresentam os mesmos elementos gráficos e

tipo de composição, reforçando o conceito da identidade visual e fortalecendo visualmente a

força de todo o trabalho gráfico estudado e elaborado para este projeto.

Ao background de todos os materiais elaborados foi empregada uma textura listrada

em tons esverdeados que favorecem a legibilidade do material, além de possuir uma coloração

atrativa. Foram utilizados “post-it”, que são associados aos lembretes normalmente utilizados

para recordar algo importante, sendo sempre notados.

Utilizamos também tipografias que simulam escrita manual buscando uma associação

maior de interatividade com o receptor. A tipografia escolhida favorece a assimilação das

informações como algo a ser lido e lembrado, sendo condizente com o uso do grafismo do

“post-it”.

Figura 23 – Layout Livreto

Page 47: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

47

Figura 24 – Encarte e Bolacha CD

Page 48: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

48

3.6.3 INTERFACE GRÁFICA DO DVD

A interface gráfica do DVD foi desenvolvida seguindo os padrões de identidade visual

do projeto. O menu principal apresenta os mesmos grafismos utilizados no livreto. Dentro

deste menu principal, existem três possibilidades de acesso à navegação, sendo elas o “iniciar

filme”, “seleção de cenas” e “extras”.

Figura 25 – Layout Menu Principal

Ao ativar a opção “iniciar filme” o usuário determina que a exibição do seja iniciada

por inteiro. Em “seleção de cenas”, segue outro tipo de visual para ilustrar a idéia de

organização e separação de materiais, sendo neste caso, a separação dos capítulos por cenas.

A última opção, “extras”, mantém o mesmo tipo de organização de “pastas” e apresenta

curiosidades a respeito do Design Gráfico.

Page 49: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

49

Figura 26 – Layout Submenus – “Seleção de Cenas” e “Extras”

Page 50: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

50

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho surgiu através de interesses comuns por parte de seus autores e foi

desenvolvido para a obtenção do título de bacharelado em Design Gráfico pela Universidade

Vale do Rio Doce.

Teve como objetivo destacar a importância do trabalho do designer gráfico nos meios

empresariais através da produção de um material informativo do design gráfico viabilizando o

design como atividade de extrema importância neste meio.

Pretendeu-se mostrar o designer presente em todas as etapas da produção, deste modo

aplicando todas as etapas do trabalho do designer, desde a elaboração do material até a

produção, focando em algumas partes do projeto tornando o material final mais atrativo ao

público usuário e gerando identificação com o próprio produto.

Foi necessário entender e demonstrar que o design é um propulsor da economia, que

as empresas devem compreender o valor do design para seus negócios.

Explicar que designer por trás do projeto necessita de conhecimentos de outras áreas

para atender às necessidades de mercado, e até, de certa forma, exercer persuasão sobre o

consumidor. Analisar o design como propulsor da economia é imprescindível para os

envolvidos no mundo dos negócios e no design.

Importante foi aplicar e entender a preocupação em facilitar e melhorar o acesso à

informação no design de interfaces audiovisuais. E ainda que os aspectos da produção e da

interdisciplinaridade do design gráfico devem ser usados na criação de um projeto, atingindo

de melhor maneira o público desejado seja qual forem o segmento e aplicação.

Destaca-se também a importância da pesquisa neste projeto. A pesquisa bibliográfica e

análises de diferentes produtos forneceram base teórica e referências para questões e soluções

que foram necessárias no decorrer do desenvolvimento do projeto.

Portanto, entendemos que o trabalho do design agrega valor em um projeto em uma

gama de atividades nas quais foi instruído a desempenhar por sua formação, desde a pesquisa

passando pela metodologia até a produção.

Page 51: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

51

5. BIBLIOGRAFIA

ADG BRASIL. O valor do design : Guia ADG Brasil de Prática Profissional do Designer

Gráfico. 4ª ed. São Paulo: SENAC, 2008. 224p.

ALVES, Marcus Vinicius Barili. O profissional e o Mercado. In: O Valor do design. 2ed.

São Paulo: Senac: 2004.

BERTOMEU, João Vicente Cegato, (org.). Criação visual e multimídia. São Paulo:

Cengage Learning, 2010. 148p.

CARDOSO. Rafael. O design Brasileiro antes do Design. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

CHEVALIER, Jean; GHERRBRANT, Alain. Dicionário dos Símbolos - 18ª ed. Rio de

Janeiro: José Olympio, 2003.

COUTO, Rita Maria de Souza. Escritos sobre ensino de design no Brasil. Rio de

Janeiro: Rio Books, 2008

MACIEL, Rosilene C. Tradição e tecnologia do ensino em artes visuais. Monografia.

2009.

MEGGS, Philip B. História do Design Gráfico São Paulo: 2AB, 2009.

NEGRÃO, Celso. Design de embalagem: do marketing à Produção. São Paulo: Novatec,

2008.

NEWARK, Quentin. O Que é Design Gráfico? São Paulo Bookman. 2009. 255p.

NIEMEYER, Carla. Marketing no Design Gráfico. 3. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2002.

NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: origens e instalação. Rio de Janeiro: 2AB, 2000.

Page 52: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

52

ROYO, Javier. Design Digital. São Paulo: Rosari, 2008. 167p.

SAVIANI, Dermeval. Educação Brasileira, Estrutura e Sistema. São Paulo: Autores

associados, 1974.

STOLARCSKI, André. Alexandre Wollner e a formação do design moderno no Brasil.

São Paulo: Cosac Naify, 2004.

SUANNES, Alexandre. O valor do Design. São Paulo: Senac , 2004.

VILLAS-BOAS, André. O que é e o que nunca foi Design Gráfico. Rio de Janeiro: 2AB,

2003.

Page 53: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

53

5.1 REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

ADG

Disponível em:

http://www.adg.org.br/adgbrasil.php

ADEGRAF

Disponível em:

http://www.adegraf.org.br

Page 54: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

54

6. ANEXOS

Anexo I – Formulário de pesquisa

Page 55: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

55

Anexo II – Estudos e Rafes

Page 56: Daniel Alves Chambella Guilherme Emanuell Nunes Lima Brito ......lemos. Interagimos com o design da sinalização de trânsito, da publicidade, das revistas, dos medicamentos, da logo

56