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Anno XII Rio de Janeiro» Quarta-feira, 4 de Abril de 1917N, 6-0O- DAM ASO E O VEADO A 1) Damaso, o guarda do Jardim Zoojogico, distrahiu-se deixando a jaula do veado aberta.Este, vendo tão propricia occasiao, resolveu tomar um pouco de ar fora. Damaso percebendo a fuga do animal, sahiu em perseguição. 2) Mas imaginem : ¦*• um veado corre tanto. Da- maso em vão tentou pegal-o d'essa maneira. Mas a in- telligencia vence tudo. Damaso, que.é um rapaz esperto, descobriu uma forma de apanhar o veado. ²,_—^ _ ' ,| \UUr ^_y \s9jT -^ \—\-^T' \~/~^ ""*ai» "^ 3) Pegou numa grande folha de papel, pintou um veado, que parecia verdadeiro, e deixando a porta da jaula aberta em fôrma de alçapão ahi collocou a folha de papel O vea- do, vendo um «semelhante» 4) .. .olhando para elle, pensou que isso fosse um desafio, e avançou sobre elle; resultado: a folha de papel rompeu-se o o veado foi cahir, mesmo dentro da jaula. REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA 00 OUVIDOR 164 RIO DE JANEIRO Publicarão «TO MALHO ianero avulso. SOO réis»; atrasado. ."»<><> réis

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Anno XII Rio de Janeiro» Quarta-feira, 4 de Abril de 1917 N, 6-0O-

DAM ASO E O VEADO

A

1) Damaso, o guarda do Jardim Zoojogico, distrahiu-sedeixando a jaula do veado aberta.Este, vendo tão propriciaoccasiao, resolveu tomar um pouco de ar cá fora. Damasopercebendo a fuga do animal, sahiu em perseguição.

2) Mas imaginem : ¦*• um veado corre tanto. Da-maso em vão tentou pegal-o d'essa maneira. Mas a in-telligencia vence tudo. Damaso, que.é um rapaz esperto,descobriu uma forma de apanhar o veado.

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3) Pegou numa grande folha de papel, pintou um veado,que parecia verdadeiro, e deixando a porta da jaula abertaem fôrma de alçapão ahi collocou a folha de papel O vea-do, vendo um «semelhante»

4) .. .olhando para elle, pensou que isso fosse umdesafio, e avançou sobre elle; resultado: a folha depapel rompeu-se o o veado foi cahir, mesmo dentro dajaula.

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA 00 OUVIDOR 164 — RIO DE JANEIROPublicarão «TO MALHO ianero avulso. SOO réis»; atrasado. ."»<><> réis

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PRESTIDIGITAÇÃO E HONESTIDADE O TICO-TICO

1) O Sr. Anselmo tinha grande habilidadecomo prctidigitador, c por isso, andava semprecom um baralho de cartas no bolso para dis-trahir seus amigos, fazendo sortes e mágicassurprehendentes.

2) Uma noite, passando por uma rua em' obras, h Sr. Anselmo teve a infelicidade decahirtím uma valia muito funda e alli teriaficado-'até o amanhecer se um desconhecidoque passou, por acaso, não tivesse a genti-leza de. o ajudar

3) ...a sahir d'aquella dijfficil situação.Agradecido, o Sr. Anselmo levoucido para sua casa e conversaram,que se chamava Pedrosa, confessou-costumava trabalhar no commercio.

o desconne- iO homem, ¦

¦lhe que fmas...: 1

i IP^IlÉnrV-' fcfllsiiií^^^^ ém, "W'"**"^.

í ¦""' "'"**'-*•* "';"->r"r*^'^Ír^v-^^r - l'm

4) ...«.-. lava desempregado havia já dous me-zes. O Sr. Anselmo então ensinou-lhe varias-sortes de prestidigitação com cartas, dizendo-'lhe : -— "Emquanto não arranja çmprego, o se-nhor poderá ir ganhando sua vida com...-

5) ...isso". Vá pelas cidades do interiordar espectaculos de magia e não passará ne-cessidades — O Sr. Pedrosa agradeceu mui-to e retirou-se. Mas teve logo...

6) ...a idéia de aproveitar para o mal ashabilidades que aprendera. Em vez de dar espectaculos, foi a uma cidade de águas e met-,teu-se no Oasino de jogo, onde, escamote-ando cartas...

Hnirj/S" u «Ti * =sl% m\ m\^ m^"" "'^mmmiS&V rT*W t£m^m\ ~ ¦ A\ m^Ê ' m\ m\

w ¦ \,-^"^ m\ H m\ IIz_. j&M '^H ¦' 3^S| *;| ¦¦

mA\ Mi mWm ^fc^rI^H ;íj J ^-^ ^* -^M Wmmm^MmmK^-

-¦-¦ .

7) -...conseguiu ganhar sempre. Mas acon-teceu que o Sr. Anselmo, precisando repou-sar, foi também a essa cidade e ahi 0/ presi-dente do club de jogo faliou-lhe num 'sujeito

que ganhava sempre..*

8) O Sr. Anselmo foi ao Casino paraconhecel-o, e encontrando Pedrosa cheio debrilhantes, figurando como rico, compre-hendeu logo o que se passava. Então, parasalvar Pedrosa....

9) ...declarou que ia fazer uma sorte comcartas, para distrahir a assistência. — "Vejam !— disse elle — Nada tenho nas mãos e faç°apparecer cartas de dentro d'este chapéu....

/ ""S ^^^*(k\ ^"tikj fjj ' / "**W ^^/^m^m^m*-.' i >V>~ ó '".^m^m^mm,

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HlJua Vk • ,'s -^11 mmmÂJ í f mmmm m\r mm\HÉ-gV "^ WmmMm**''^ -m\Ám\ m^r Êm\\

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10) ...do peito do criado, do pé da mesa,...... „„„..„.. ,ios ],aa lâmpada electrica e ate mesmo

c da? mangas d'este senhor..'.

11) AssimoSr. Anselmo approximou-se dePedrosa e tirou-lhe todas as cirtas que tra-zia escondidas para substituir pelas do jo-go e ganhar pela certa.

12) Pedrosa comprehcndendo que o Sr. An-selmo não se illudira com elle, estava pertur-badissimo...

(.Concilie na penúltima pagina)t

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O TICO-TICO

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fições cie ^ôvô

aaúÃf*f^*~'~

COMO SE EXPLICA O MECANISMO DO CINEMATOGRAPHO

O cinematographo, a melhor, amais moderna e a mais proveitosadas distracções, e que por todas essasqualidades conquistou cm pouco tem-po uma tão grande popularidade nomundo inteiro, contitue também umadas maravilhas da civilização actual.

Photographia com movimento avisão perfeita de todos os aspectosdos homens e das cousas, com sua vi-da natural !... Quem ha cincoentaannos imaginaria siquer um tal pro-digio ?

Pois para a sciencia nada ha maissimples do que a cincinatographia,que é apenas a applicação ce um prin-cipio de historia natural observadopacientemente no apparelho visual.

Como vocês já devem saber (porque foi minuciosamente explicado

• pelo Dr. Sabetudo no nosso alma-

ente os sábios chegaram a descobrirque quando olhamos para algumacousa, nossa retina conserva por ai-gum tempo (muito rápido embora)a imagem reflectida nella.

D'ahi surgiu a idéia de tirar varias.photographias süccessivas de umacousa em movimento. Como cadaimagem se conserva por algum tem-po em nossos olhos desde que se nosapresentem as photographias sueces-sivas, rapidamente ellas se ligam emnossos olhos de tal níodo, que nos te-mos a impressão de um movimentocontinuo, constante e não sentimos asubstituição de umas por outras.

Demonstra-se essa singularidadecom um brinquedo muito antigo cha-mado o zootrap que as ereanças apre-ciavam immensamente em fim doséculo passado c foi o mais legiti-

mem correndo : — No primeiro de-senho o homem quieto, njo segundocom um pé um pouco levantado, noterceiro levantando mais o pé, noquarto com o pé completamente no .ar... E assim por diante, cada de-senho representando um movimentodo mesmo homem correndo...

Essa caixa era collocada sobre umespigão e no qual podia gyrar rápida-mente.

Davam-lhe impulso, e espiavampelas frestas e vendo passar sueces-sivamente os desenhos tinham a im-pressão de que o homem se mexiacorrendo.

Vocês, se o quizerem, armem umbrinquedo assim e verão como é inte-ressante.

Vovô'

nE)__f^ÍENTE ¦'.>'"Preço» das -_.lgaatu.__ dos Jornaes da' -.¦ .<-,"Sociedade Anonymi. O MALHO'

•ti \ 8_Ra _BB-B-M--fc-B>' ^ji-^ni-' ^___Bw_u)»l '*.-/|Síbs i_R__r__fC9__flr 7Plp_8l <**?• ¦ ^^^!_______

|_______9____|_F

l^^Hj —«_- ^________^fii_«

Cm antepassado do chie

nach),os olhos humanos são engenho-sos apparelhos que funecionam exa-ctamente como machinas photogra-phicas. A pupilla (também chamadamenina dos olhos) corresponde aobjectiva; por detraz da pupilla haum espa* que corresponde a câmaraescura das machinas photograpnicas,ao fundo ha um reflector (a retina)

que eqüivale á chapa photograplucac reflecle tudo quanto vemos.

Ora, com o estudo attento c paci-

/ ,-7-; VrCapital o Kstadoa

I I ¦¦• %B S 3

3 SÍOOO 5|000 SfSoo6 I5f000 8*000 6*000o 23*000 12*000 _fooo

12 _0$000 159000 11*000 u

Exterior

12 Sofooo s5_ooo aofooo6 30*000 14*000 11*000

Pedimos aos nossos assignantes,cujas assignaturas terminam ciu30 de H;«r«*<», mandar reformai-as para que não liquem com susseollcceões desfalcadas.

grapho o Zootrapa.

mo antepassado do cinematographoactual.

Esse brinquedo compunha-se doseguinte : Uma caixa de papelão rc-donda, sem tampa, tendo na partesuperior números de pontos cquidis-tanles (isso é collocados a egual dis-tancia um dos outros.

Na parte inferior d'essa caixa pu-nha-se uma tira de papel com dese-nhos de uma mesma figura em variasposições. Por exemplo : —um ho-

As assignaturas começam em qualquertempo, mas terminam em Março, Junho,Setembro ií Dezembro de cada anno. NãoSERÃO ACCEITAS -OR MENOS DÊ TREZ MEZES,

Toda a correspondência, como toda áremessa de dinheiro, deve ser dirigida áSociedade Anonvma "O MALHO", ruado Ouvidor, 164 — Rio de Janeiro.

-*-_»-São nossos representantes exclusivos

nos Estado Unidos e Canadá. "A Inter-national. Advertising Company", ParkRow Building, New Yor^— U. S. A.

Os retratos publicados no Tico-Ticô,só serão devolvidos dentro do prazo de1 mez, depois de sua publicação; findoeste prazo, não serão absolutamente resti-tuidos.

Pedimos aos nossos assignantes do IN-TERIOR, que quando fizerem qualquerreclamação, declarem o LOGAR e o ES-TADO para com segurança attendermosá mesma e não haver extravio.

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O TICO-TICO

m/SS^Sm __________________K-:s

j_j_j_HÉI-i__> _^_^0_____l

P" araÍA- ¦-" .«Bw^- ''«

*BÈ£? ''''%¦

'Senhorita 'Alzira Amélia Passos, filha do0 menino Antônio Galvão

Sr. Oscar Passos, 'fcâdente nesta Capital,Feçk, de 8 annos de edade.

Mme. 'Andrade —iNada. Essa herva ape-nas precisa de humi-dade e sombra.'Alda Soares — O certo, é "Jabotica-

beira'".Mercedes Dias — Para isso não tia

remédio. 2°—Não faz mal laval-o assimmas não o deve far< r muito a meudo.3o.—São manchas de queimadura de sol,na pelle ? Se assim são banhe o logarcom água fria, na qual tenha posto- umCálice <le aguardente e uma mão cheiade polvilho de sacco. Depois de ter ba-rfhado bem, deixe que o polvilho pouseno fundo da bacia, escorra a água e pas-se o polvilho que ficar, assim humido,nos logares queimados pelo sol. O pol--villio seccará logo, formando uma crostasobre a pelle. Deixe-a ficar por algumtempo. O melhor é fazer isso á noite edormir com a crosta do polvilho sobre apelle.

Diana S. — Mas afina! não entendibem qual é o conselho que me pede. Que éafinal o que chama "pensar no futuro'7 ?Será pensar em casar-se ? Aos 15 annos[(salvo casos excepcionaes) isso me pa-rece muito cedo. Em todo o caso pensoque se sua tia lhe tem sincera amizadesó lhe pôde dar bons conselhos e, minhagentil amiguinha fará bem seguindo-os.Mas repito : — suá carta muito bem es-cripta, está comtudo pouco clara.

José Frederico (Campinas) — Absolu-lamente não. A vocação é dom próprioe não de familia»

FJucsto Figualredo — Confesso quenão compreiiendi. Que historia é essa deçnrugice ?

Kfctton — Conforme; ha pessoas, asquaes as massagens electricas fazemgrande bem; a outras nada fazem; a ou-trás ainda, irritam. 2°—Não compre-hendo o que vem a ser trincado da pelle.

No.'l Barbosa.— Essa fabricação depen-de principalmente de appardhos frigori-ficos de modu que é impossível improvi-sal-a em casa. 2" — Os melhores sãçle Toulot. ¦

Alcy Coutinho (Porto Alegre) —0 ro-

mance que publicamos com o titulo O Reido Egypto é original do escriptor Raulde Ivoi e chama-se em írancez Cotisin deLavarêdV. A Rainha dos C°rsat'ios é deGeorges Onry. Ha para vender em Pa-ris. Só os poderá obter fazendo encom-menda em alguma livraria importante. 2"— A dõr de cabeça não é uma moléstia éo symptoma de uma moléstia; por isso,não se pôde dizer : De-me um remédiopara dõr de cabeça. E' preeso saber quala moléstia que causa essa dôr. Geralmenteella é provocada por máu funecionamentodo estômago ou dos intestinos. 3° — Mascomo é que se mette a apostar assim, semsaber do que se trata ? Ha quatro santoscom o nome de Francisco : — S. Fran-cisco de Paula, fundador da Ordem dosMínimos, que nasceu na cidade de Paula,(na Calábria, (sul da Itália); S. Fran-

cisco Xavier, apóstolo das índias, nasci-do no Castello de Xavier (em Navana,França) ; S. Francisco de Gales, nascidono Castello de Gales (França), e que foibispo de Genebra; e S. Francisco Carra-ciolo, nascido em Santa Maria, no norteda Itália.

Chllon 0. Cru.': (Bello Horizonte) —Não ha casa alguma que faça essas tro-cas. 2"—Ora essa 1 Manuscripto quer di-zer " escripto a mão"; portanto, quandose falia de manuscripto, quer-se dizer quenão se trata de obra impressa. Antes dainvenção da imprensa, não havia jornalalgnm. 30 — Mas isso é uma loucura.Como posso eu imaginar " manchas se-melhantes á dormencia" ?

Mcigot—O crépe da China é mais pro-prio.

Juvenal—(Bello Horizonte) Ao queme informam essa pessoa partiu para ointerior para fazer uma grande comprade fructas de conde.

Satyro Molita—O accento tônico é do a.Domingos Alves (Sorocaba)—E' o gé-

neral Valladão. 2."—Faça-se examinarpor um medico.

Romulo — Como não ? Escrever di-rectamente á casa e ella lhe enviará ocatalogo.

OH. SABE TU00.

GUARANÁ*Poderoso fortificante do sangue,

regulador das funcções orgânicas:coração, figado, rins, estômago, in-testinos, fraqueza dos orgams geni-taes e de grande acção diuretica;em pó vidro 2$5oo. Únicos deposi-tarios CHARUTARIA PARA', rtir.do Ouvidor, 120 — Rio.

E' um magnífico passa-tempo, cheio de peripécias in-tehessantes, o j o g o da "A

GUERRA EM FAMILIA",

que está á venda no

PARC-ROYAL

Mimi elegante(Des. de Fiora)

QUANDO EU ERA ASSIM!!!Exclamamos ao ver a nossa photographia do tempo em que

para nós, o subir a uma cadeira, era transpor uma montanha.Imaginae a satisfação dos vossos nénés d'aqui a 20 ou 30 annos,junto do retrato de ayora! I'ma das especialidades da Foto-Rrazilá Rua 7 de Setembro, 115 (junto á Rua Gonçalves Dias) são retra-tos instantâneos de creanças. Naturalidade, semelhança, nitideze perfeição absolutas, são os predicados dos nossos trabalhos.

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O TICO-TICO

HISTORIAS E LEGENDAS

O 1jlOmxoi_ix sem me cioEra uma vez um rapazola que aos

17 annos fazia o desespero de seuspais, um honrado tecelão- que traba-lhava dia e noite em seu rude of ficio.

E esse rapaz chamava-se Conradoe tinha o appellido de Capa Verme-lha, porque durante algum tempoandara sempre com um capote ver-melho, que embora já muito velholhe parecia o cumulo da elegância.Mas o próprio' rapazola que tinhaorgulho de sua robustez, se appelli-dára a si mesmo o Homem Sem' Medo'.

Outra extravagância de%Conradoera a de declarar que nunca se ca-saria. E quando gracejavam comelle a esse respeito, declarava:

— Casarei no* dia em que encon-trar alguém eu alguma cara que mefaça medo.

E com a preoecupação de se mos-trar valente, Conrado estava até setornando inconveniente ; passava odia provocando todos os rapazes desua idade e desafiando toda a gente.Tanto que um bello dia um grupode rapazes da aldeia resolveu com-binar-se para lhe pregar uma par-tida, de combinação com o Pancra-c,o, o coveiro do logar, que era umnegrito ganancioso, sempre dispostoa tirar vantagem de tudo.

Queriam—como diziam todos—ti-rar-lhe a prosa.

Um dia o tecelão mandou o filhobuscar água na fonte do morro. Pa-ra ir lá era preciso atravessar o ce-miteno, mas Conrado não se incom-"iodou com isso. Poz debaixo dooraço um bom cacete e lá se foi.

Quando chegou mesmo no logar"lais escuro do cemitério viu umgrande vulto branco que se collocoutmmovel diante. d'elle.

Olá. camarada ! — exclamouConrado — Deixa-me passar.O fantaçma não se mexeu.—Mal vai ã ¦ gaita ! — exclamouv-onrado — .deixa-me pa?-ar senãoe« te metto c cacete.

O fantasma então adiantou-se pa-ra elle e Conrado sem se intimidardeu-lhe tão valente cacetada na ca.-,beca que o deixou estirado no chão.

O rapaz curvou-se para elle. viuque ^ era Pancracio, que perdera ossentidos com a pancada e tendo re-ceio de que a policia o iucommo-dasse, resolveu fugir.

* * *Partiu' f, pé. peias estradas, re-

solvido a viver de seu trabalho.

Durante seis dias caminhou semdescanso até que, num dia de Car-naval, chegou a uma grande cidade,-onde todos os hotéis estavam cheios!

Perguntando onde poderia encon-trar alojamento, um padeiro que pa-recia um pândego, disse-lhe por iro-nia>:

—Só se quizer um quarto no Cas-tello Satan.

Que vem a ser isso ? — per-guntou o rapaz.

E' um castello mal assombradono qual, ha mais de cem annos, nin-guem se atreve a ficar uma hora queseja.

Pois vou dormir lá — decla-rou Conrado — Isso de fantasmas écommigo. Se o senhor quizer corrercom as despezas comprometto-me

antigos. Conrado ahi poz o cesto so-bre a mesa e dispunha-se a ceiar,quando ouviu trez pancadas na pa-rede e uma voz sepulchral que per-guntava :

—Póde-se entrar ?Ah ! São os meus convidados

disse Conrado. E acerescentou :Não faça ceremonia?.

Immediatamente ouviu-se um ba-rulho no.tecto e um pé de esqueletocahiu diante d'elle., em cima da mesa.

Ora essa ! — exclamou o rapa-zola — Isso são maneiras de seapresentar •?

E com gesto secco atirou o pépara upi canto.

Immediatamente a voz repetiu :—Póde-se entrar ?

- *9 íP8-R5_^Hr

Efi 1 lmmmm kil______^^_____> ¦ jBSJffM

BF -___ I

O fantasma levantou a pedra e des cobriu duas grandes panellas de bar-ro, cheias de moedas de ouro

até a convidar todas as assombra-ções *e almas do outro mundo paraceiarem em minha companhia.

O padeiro, para ver até onde iriaa audácia d'aquelle rapazola, deu-lheuma cesta com viveres e garrafas devinho e conduziu-o até a porta dofamoso Castello de Satan.

Era já tarde da noite. Conradoaccendeu um coto de vela que leva-va e percorreu todos òs corredores esalas em minas, encontrando apenascorujas e morcegos, que esvoaçavampor todos os lados.

Por fim chegou a uma secreta sa-ia, ornada com retratos de fidalgos

— Oh ! homem ! Já lhe disse quenão faça cerimonias commigo !—gri-tou Conrado.

Cahiu sobre a mesa um segundopé, que o rapaz atirou por cima dohombro, dizendo :

—¦ Bom. Agora o par está com-pleto.. Mas que mania de-por os pésem cima da mesa ?

—Póde-se entrar ?—repetiu a vozE assim cahiram sobre a mesa

suecessivamente as pernas, os bra-ços, o tronco e a cabeça de um es-queleío. Depois todos esses pedaçosque Conrado atirara ao chão, come-catam a correr uns atraz dos outros.

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O TICO-TICO

Yini-O BiQcrercLicQ(ViuHo qiie <-á vida)

Para uso dos "convalescerites", dos"neurasthenicos", "dyspepücos , e "ar-thriticos", . „„.

Poderoso tônico e estimulante da v>talidade", 0 VINHO BIOGENICO - é orestaurador naturalmente indicadosem-pre que se tem em vista "uma melhora»da nutrição, um levantamento geraldas forcas, da actividade psychica e daenergia cardíaca.

E' o fortificante preferível nas ..on-valescenças", nas moléstias depressi-vaseconsumptivas.neurasthenias.ane-mias, dyspepsias, adynamias, lympha-tismo, cachexia, arterio sclerose, etc.

Reconstituinte indispensável as se-nhoras que amamentam, -assim comoás amas de leite.

O VINHO BIOGENICO augmenta aquantidade e melhora, a qualidade doleite. E' um poderoso medicamento dio-plástico e lactogenico.

I Encontra-se nas boas pharmaciase drogarias.

Deposito geral: Drogaria GitTonl, rua 1- de Março 17-Rio de Janeiro

até que se juntaram, e formaram umesqueleto completo, que se poz em

pé e embrulhou-se num lençol, di-zendo :

—Segue-me.—i Para onde ? — perguntou Con-

rado.'— Até os subterrâneos do Castel-10 — declarou o fantasma estenden-dd a mão para

"segural-o, por umbraço.

—Alto lá ! Patinha a baixo—disse o rapaz, erguendo o cacete de

que .não se separara.O fantasma recolheu a mão mur-

murando :Finalmente, parece-me que eu

encontrei um homem sem medo.Ah ! sobre isso não ha duvida

— respondeu o rapaz tranqitilla-mente.

Pois bem — disse o fantasmai— Vais me prestar um grande ser-viço.

Qual ?Tirar-me do purgatório.

¦— Cem muito gosto.—E não te arrependerás por que

pagarei generosamente teus serviços.Ora essa ! Você já está reduzi-

do a osso, como me poderá pagar ?Ouve declarou o fantasma —

Ha mais de um século eu éccultei

nos subterrâneos deste castello umgrande thesouro. Dar-te-hei meta-de, se fizeres o que te vou pedir.

Acceito o negocio.—Então segura a vela e acompa-

nha-me.Segure você, que eu não sou

seu creado.Conrado era valente mas não im-

prudente.Não queria dar as costas a um

fantasma, cujas intenções, afinal, elleainda não conhecia bem e que po-dia tramar alguma trahição.

Mas o fantasma não insistiu.Apanhou' elle mesmo a vela e- se-guiu adeante.

Desceu uma. longa escada e che-gou a um subterrâneo onde havia umtúmulo enorme.' — Levante esta pidra — disse ofantasma.

Levante você —- replicou Con-rado — Eu não gostte de receber or-dens nesta terra.

O fantasma obedeceu e levantan-do a pedra descobriu duas guindespanellas de barro, cheias de moedasc!e ouro.

Ahi está — disse o fantasma—Eu adquiri oútróra essa fortunapor meios illicitos; por isso fui con-demnado a ficar vagando neste cas-

tello até encontrar um homem semmedo, que conversasse commigo.;Fica com uma destas panellas, dis-tribue o ouro da outra em esmolas eeu estarei salvo.

No mesmo instante ouviu-se o si-no da egreja próxima tocar a AveMaria da madrugada e o fantasmadesappareceu.

Mas as panellas cheias de ouroficaram. Conrado metteu algumasmoedas no bolso, sahiu, comprouum burro com dous alforges, voltouao subterrâneo e, carregando todo oouro dirigiu-se para a capital.

(Continua)

LEMMA:-E' DEVER DE HONRA PARA

TODOS VS BRAZILEIROS CONCOR-RER NA MEDIDA DE SUAS FOR-ÇAS" PARA A EXTINCÇÃO DOANALPHABETISMO NO TERRITO-RIO NACIONAL". •

— FILIAE-VOS A' LIGA BRAZI-LEIRA CONTRA O ANALPHABE-TISMO.

SEDE :LYCEU DE ARTES E OFFICIOS.

Boro Boracicajs — Pomada milagrosa —

cura feridas, assaduras.

irritações da pelle. etc._-0—r-

ria mais uc um so-iuu eu utumci __»_-*_- «. --¦— --0

S252S___3_!n_í_ra^^ ___SE52--!n_i___^^«v _____Ér* _^ MWMWmmmm&mMÊM

A SALVAÇÃO-DAS-

CREANÇAS*7~'

mwnj»J^^^^M'*^-\ *.*• '-•"___r___T^_i'*:—--^_r_l"! , •__fi_TVT__^ * * __T*-¦» -»*'--•*••'** íâ*~" t!Í-^t_" V .«Jw*-^' -' -MMw-' S-. m .. vM W'_, %'JwrU_V__l-^_ "_K.--_•-¦'¦" 0*

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O TICO-TICO

noMIIVEISA1I0SFez annos

dia 25 de xMarçoo interessante Edmir, residentenesta capital.

Fez annos no dia 20 domez passado a galante meninaIrlanda filha do Sr. CamerinoNery Leite, funccionario postal cesso,desta capital.

—Maria Emilia de Albuquer-que, nossa constante leitora,re-sidente em Campinho,fez annosno dia 31 do mez passado.Passou a 25 de Março o 5-anniversario natalicio da meni-na Julia da Annunciação deAzevedo Penna,Bello Horizonte

BAPTISADOSBaptizou-se ha dias o me-

nino José Geraldo, filho do Sr.Dr. Mario Machado Monteiro,advogado do nosso foro. Ser-viram de padrinhos o Sr. Syl-vio Martins Teixeira e suaexma. esposa.I1SCIMEIT0S

O lar do Sr. José Mourão e desua exma. esposa D. Elza Mou-rão, residentes em Bom Sue-

no Estado de Minas,acha-se enriquecido com o nas-cimento de sua primogênita,que, na pia baptismal receberáo nome de Zuleika.

— Acha em festa o lar do Sr.Carlos de Araújo e Silva, resi-dente nesta capital, com o nas-cimento de um robusto menino

FOOT-BALLUoliis, A. flile-

tiis», ns. 1, 3, £».Bombas, cama.-ras, calções, ca-íi-isas, meias,sliooteii-as, I_a-wn-Tennis, Ba-sl-et-Bal-jP-ng'-Pong o todos osartiaos p a. 1* asport.

CASA STAMPRUA URUGUAYANA N. 9

residente em que receberão nome de Álvaro.RECEBEMOS E MRADECEIOSAntônio de Oliveira, nosso

amfguinho residente nesta ca- A idéa das ciianças— inte-pita), fez annos ante-hontem. ressante órgão dos alumnos do

A galante Vera,1 filha do Grupo Escolar de Mococa.e queSr. Pedro Nunes e D. Maria tem como director o Sr. Anto-Amélia Braga Nunes, fez annos nio Angesami, alumno do 4-no dia 25 de Março. anno do grupo escolar.

Peça a sua mama que, quan-do íôr ao PARG-ROYAL,

compre para o Menino ou Me-

nina, o interessante jogo da«A GUERRA EM

FAMÍLIA"«.««^««««««j^

NA ESCpLA

OS ALUMNOS

t-t Brincam de luta para attingir mais depressa o frasco deJiLIXIR DE NOGUEIRA, o grande depurativo do sangue,que elles todos tomam para gozar saúde e ter sempre essaalegria invejável.

AS PROFESSORAS......modernas nãs se limitam a en-

sinar ás creanças, as luzes da scien-cia. Também- lhes dão lições dehygiene pratica para que as creançassaibam conservara saúde.O EL1X1RDE NOGUEIRA, como depurativodo sangue para pessoas de todas asedades e ambos os sexos, é muitoaconselhado.

Page 8: DAM ASO E O VEADOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1917_00600.pdfcom um baralho de cartas no bolso para dis-trahir seus amigos, fazendo sortes e mágicas surprehendentes. 2) Uma noite,

O TICO-TICO

José Luiz Lixa (?)—Vamos pro-yidenciar para bem servil-o.

José Simões Carneiro (Serrinha)¦— Este anno custa 4$5O0 pelo Cor-reio. Effectivamente não recebemos¦a solução.

i Maria Antonia Guimarães e Sou-za (Rio) — Effectivamente temosdemorado em publicar os seus tra-ballios, mas, creia, não é falta devontade nossa, temos que attenderaos que nos enviaram collaboraçãoem primeiro logar e a sua vez, por-tanto, ainda roo chegou. Continueentretanto, a nos enviar a sua colh

boração que será muito bem reeob'-da,

Nair Ribeiro (Rio) — Pois não,póde enviar os' contos que se estive-rem em condições, serão publicados.

Gracy Cruz (?) — Seu conto,o "Amor materno", vae ser aindasubmettido a exame.

Augusta Gonçalves Ferreira (Rio)i— Aguarde a sua vez.

Mario Fernandes Guimarães (S.Sebastião) — Recebemos, sim, masdepois de encerrado o concurso.

Póde enviar o retrato que serápublicado.

José Antunes de Campos (Faxi-na) — Não ha duvida, póde enviara sua collaboração, não precisa serassignante.

Anys (Rio) — Deve enviar paraesta secção, á Redacção do Tico-Ti-co. Sua carta foi entregue ao Dr.Sabetudo.

RECEBEMOS E VÁO SERSUBMETTIDOS A EXAME OS

SEGUINTES TRABALHOSDE COLLABORADORES D'0TICO-TICO.

Composições, contos e descripçõesde: — Helena Soller, Zelia Azere-

do Penna, Paula Matta Machado,Miguel Ducos, Olga Soller, MariaCeleste Constante, Floriano E. Ri-beiro, Eduardo Carmo, Maria CBarrios, Francisco Galetti e RogérioCoutinho.

Versos, acrosticos e aneedotas, de;—: José Oswaldo Gurgel Mendonça,Erasmo de Castro, Armando OscarSantos Pereira, Antônio Orsi e Che-lon Odelon Cruz.

Perguntas de : — Benjamin Eu-rico Cruz, José Oswaldo GurgelMendonça, Saint-Germain, OscarCoelho, Maria Eucella CastelloBranco, Hélio Motta, Marietta K.,Gele Rosa, Fausto Cardona, JoelmifAraripe Macedo, Hélio Carletto Mi-dosi, Zehuar Araripe Macedo, Ma-rilia Silva, Gastão Souza Moura eBabá Floresta.

Desenhos de : — Oswaldo da Sil-veira, José Oswaldo Gurgel Men-donça, Zeferino M. Girão, MarioQueiroz, Djalma P. Assis, CaetanoDefrang, Mary Wright, Nair W.Costa, Ernani Esmeralda, Margari-da M , José Moraes e Fausto Ca-dorna.

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RIO DE JANEIRO1 ¦ 'il '^"^^rffumC

DESENVOLVIMENTO DAS CREANÇAS—EVITAR A ANEMIA É EVITAR A

DESGRAÇA FUTURASendo a anemia, o estado que conduz

a todas as doenças graves, com ps quaesa pessoa não póde lutar por falta de for-ças, e sendo as creanças seres irrespon-saveis, é obrigação dos pais procuraremque seus filhos se desenvolvam fortes esadios, evitando que se criem fracos esejam mais tarde homens e mulheres inu-teis e doentes.

«I0D0MH0 DE 0HH»O "IODOUNO DE ORH", que,

além de outros, contém em si todos osprincípios do óleo de bacalhau, sem osinconvenientes d'este, é um fortificante edepurativo de primeira ordem, como at-testam muitos e distinetos médicos, e deveser o único remédio aproveitado para for-tificar e ajudar a formar o esqueleto' dascreanças, evitando a fraqueza, com o quese evitará a desgraça futura.

Em todas as Pharmacias e Drogarias.Agentes geraes : Silva Gomes «St Oomp

S. Pedro, 42—Rio de Janeiro.

Leiam "O TICO-TICO'para creanças.

único jornal exclusivamente

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28 J3IL'LIOTHECA D"0 TICO-TICO' A CIDADE DAS ÁGUAS AZUES 25

contrar homens da sua raça, ou dados missionários, tão carinhosos ebons.

Assim viajou durante quasi dousmezes, atravez das intermináveis fio-restas do Alaska.A' os instinctos selvagens

despertavam nella. Então Denê ar-in.iv;; um aivo e uma flecha para ca-

car. Alas no ultimo momento arre-pendia-se sempre. Não tinha cora-geQ para matar animaes, que nãolhe faziam mal.

Sentou-se e viu surgir na entrada dotronco um urso gigantesco ....

Por fim, fatigada, começou a de-sanimar, uma noite sentiu medo.Parecia-lhe que a escuridão da fio-resta estava cheia de ameaças terri-veis.

Viu um no, approximou-se d'elletão cansada e tãov triste, que pareciaprestes a morrer.

Sentiu-se sem coragem para con-tinuar a marcha.

Mas de repente assistiu á intuidação da cidade dos castores, viuum filhote de castor arrastado pelaságuas e teve o impeto de salvaraquella creaftirinha ainda mais fraca.Io que ella...

Atirou-se ao rio, nadou, salvou oanimalsinho e voltou á margem maiaconsolada.

F a fadiga que sentia era tama-nha que então só pensou em repou-sar.

.Procurou um cantinho abrigado.Viu um grande tronco ôco e vazio..Metteu-se nelle e adormeceu, deita-da sobre um monte de folhas seccas.

Depois, confusamente como umsonho, ella sentiu um fôlego ardente,junto de seu rosto, entreviu um vul-to enorme diante d'ella. Mas can-sada como estava não teve for-ças para acordar.

Só muito mais tarde, quando jáo dia vinha rompendo, abriu osolhos, sentou-se e olhou para a aber-tura do tronco.'

Mas nesse momento viu appare-cer alli um urso gigantesco.

O aspecto d'aquelle animal queella nunca vira causou-lhe tal pavorque ella emnallideceu e cahiu semsentidos.

Foi ao vel-a assim e julgando-amorta que Mirko gritara por soe-corro..

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pequena ainda, ignorava que sua raça Depois a menina adoecera, obrigan-.era dos índios Hainah, que por ha- do-os a demorar mais alguns dias.bito immcmorial tinham a mania de Depois, tendo comido uma Herva má,deixar de tempos a tempos o logar em os dous índios morreram e a meninaque viviam para se estabelecer em ou- ficara alli, completamente só.

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Durante muitos dias a menina vagou sósinha pela floresta

tro aldeiamento a grande distancia. E como tudo ignorava da vida, De-Tinham partido todos, deixando nè tivera a existência de um animal-

apenas os pais de Denê, que estavam zinho innocente, que só tem instin-terminando sua bagagem. ctos. Buscava alimentos no matto.

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26 BIBLIOTHECA D"*0 TICO-TICO"

'fechava-se em casa para dormir e re-.flectia longamente sobre 05 myste-rios que a rodeavam.

Lembrava-se vagamente de que an-nos antes o indio mais velho do*ai-deiamento, o que servia de sacerdote,dava-lhe conselhos confusos, recorri-mendando-lhe que tivesse medo deuns tantos animaes e perseguisse ou-tros para" matal-os.

Isso horrisava-a. Ella gostava tan-to de todos .os bichos !

O sareedote indígena ensinara ámenina princípios religiosos muitosingulares. Dizia elle que a alma dos

homens, que morrem, vai para o cor-

po de vários animaes, segundo ellesfossem bons ou maus. Os maus tor-navam-se lobos, os pérfidos seriamraposas, os valentes seriam águias,os covardes tomavam-se corvos etc.

A ella o sacerdote indicava comoexemplo os castores que são traba-lhadores e índustriosos.

A Denê conservara essas crençasaté o dia em que appareceram noaldeiamento missionários christãos,padres que andavam pelas florestasensinado a religião aos indios.

Eram homens brancos vestidoscom simplicidade, mas fallavam comtanta doçura e eram tão caridososque todos os receberam bem. Só-mente o sacerdote selvagem tentoumaltratal-os. Mas elles não se incom-modaram com isso e continuaramcom sua missão.

Denê lembrava-se de que elles lhefallavam em um Redemptor cujaslições era preciso seguir, lembrava-se de que elles liam um livro admi-ravel, cheio de historias maravilho-sas. Nesse livro é que ella começaraa aprender a ler.

Depois a tribu partira e os mis-sionarios a acompanhara.

Um bello dia, tendo seus pais mor-rido, Denê ficou inteiramente só epoz-se a vagar pela floresta, semdestino.

Para onde ir ? Onde procurar au-xilio e amparo ?

Sentiu-se perdida. Como poderiaella tão frágil, tão pequena, vencertodos os obstáculos, c perigos, que iaencontrar na existência ?

Naquelle isolamento e naquelleterror as superstições que o sacer-

Alimentava-se com fructos sylvestrese bebia água dos rios

dote selvagem lhe inculcára, come-çaram a resurgir em seu espirito,confundindo-se com os ensinamentosdos padres christãos.

Caminhava sem cessar, alimentan-do-se com fructas sylvestres, beben-do água dos rios e reflectindo sem-pre.

A esperança voltou-lhe. Resolveuir seguindo em linha recta até en-

A CIDADE DAS ÁGUAS AZÜES 27

A's vezes, os instinctos selvagens renasciam v'ella

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O TICO-TICO

SFÔ1È-.TS T3'Q l ••TTCQ-TÍCQ"Or^ão official da Liga Infantil de Sporfs $thleticos

CAMPEONATO INFANTIL DE FOOT-BALL PARA 1917

WATER-POLOForam jogados, domingo, á tarde,

na enseada de Botafogo, os matchesdo Campeonato de Vvater-Polo doRio de Janeiro :

Segundos teams : Natação, 2 ; Do-queirão, 0.

Primeiros teams: S. Christovão,2;Guanabara, 1.

Infantil; internacional,2 ; S. Chris-tovão, 0.

Boqueirão, 1 ; Icarahy, 0.

FOOT-BALLo. Christovão versus America eVilla Izatcl versus S. Christovãoesteve lincla a festa sportiva do

São Christovão, para entrega de onzemedalhas de ouro aos players doteam Rosa, campeão do torneio inti-mo. O primeiro jogo, entre o VillaIsabel e o segundo team do S. Chris-tovao, foi realizado sob appiausosgeraes e teve o seguinte resultado:

Villa lsabel-1.Segundo team do S. Christovão— 2Seguiu-se o encontro entre os pri-

uieiros teams dò São Christovão edo America, anciosamente esperado.

Terminou com este resultado :America — l:São Christovão—4.

qjyron F. CEm assembléa geral ordinária rea-

lizada em 25 do mez passado, foieleita a seguinte directoria para obiennio de 1917 a 1918 :

William Walkden, presidente; Har-ry Blakley, thesoureiro; Cduard Hi-«uns, secretario; director de sportsCumercindo Gonçalves; Alcides Men-donça, 1- fiscal; João Ferreira dosSantos, 2- fiscal.

Conselho — captain : VictorinoSchiuckebier, Roberto Senhanser elohn Blinkorns.

Essa directoria foi -empossada nodia 27 do mesmo mez.

Alliança Football ClubConforme foi annunciado,realizou-se no dia 29 de março findo a eleição

da nova directoria^ que ficou assimconstituída :

Presidente, Antônio Corrêa, vice-Presidente, Álvaro Pedra (reeleito);1* secretario, João Dutra (reeleito;;f'- secretario Luiz Reis, (reeleito);*' thesoureiro, José Machado dosSantos (reeleito); 2-thesoureiro El-Pidio Encarnação (reeleito); 1'pro-curador, João Cabral (reeleito), ca-Ptain geral, João Machado dosSantos.

CommjSSã0 de sports — Joviniano_ Silva, Luiz Reis e Francisco Flò-res.

Desportivos um rico trophéò que sedenominará "Taça Stamp", para serdisputado em um torneio entre osclubs da primeira divisão.

Está, apenas, sendo aguardada asolução do conselho superior da LigaMetropolitana,, quanto ao numero declubs que irão formar a futura pri-meira divisão.

Stuart Football ClubEm reunião de directoria effeclua-

da no dia 28 do passado, ficou deli-berado :

f- a) approvar a acta da reunião an-terior:

b) nomear como representantesjunto á Liga Municipal de Footballos Srs. Ismael Martino, effectivo, ePedro do Couto Júnior, substituto;

c) acceitar como sócios os Srs.commendador Victorino Vaz Pintodo Amaral, Dr. Antônio Ennés deSouza, Gentil Brasil, Adhemar Cor-rêa da Silva, Annibal de Souza Pi-menta, Joaquim Xavier Gamará,Francisco de Lima, Oswaldo R.Faria e Milton Souto Maior.

NO ESPIRITO SANTOFlamengo "versus" Scratch Fabri-

canteRealisou-se a 25 do corrente, no

campo "Marreta "P. C", em Ca-

choeira do Itapemerim, um matchamistoso entre as equipes infantis"Flamengo" e do "Scratch Fabri-cajite".

Depois de muita peleja conseguiuo "Flamengo'' marcar seu primeiroponto por intermédio de Túlio.

No segundo tempo, marcou maistrês, por Cezar, Virgilio e Eduardo.

Os "teams'' eram os seguintes :Scrath

Alcides (cap.)Singin — Reynaldo

Nôca — Nilo — Custodio .Eduardo — Túlio — Virgilio —Ma-

rio — CezarFlamengo

OnofreGato — Prates

Marques II — Babão — IvoAlfredo — Marques I — Antônio —

Lino — Garcia

Uma taça para um torneio entre os Liberal F. C. "versus" Sport Clubclubs da Ia divisão Lafayctte

Estamos informados de qu# é in- Realisou-se 110 campo do primeiro,tc»çâo da conceituada Casa Siamp, sito á rua Pareto, o encontro idas°ffertar á Associação dos Chrc_tfStás duas equipes acima mencionadas.

O "Liberal" entrou assim cmcampo:

Alberto P. da SilvaSebastião — José Tinoco (cap.)

E. Peixoto — João Miranda — F.de Paiva

Cezar C. — Paulo Cezar — Renato— Narcez — José Maria

Depois de renhida luta sahiu ven--cedor o novel e sympathico "Libe-ral", que estreou de modo brilhan -te por 3x0, tendo marcado os goalsNarcez 2 e J. Miranda 1.

EM CRUZEIRO

infantil Foot-Ball Club •¦versus"Cruzeiro F. B. C.

Realizou-se domingo. 25 de Mar-ço, o primeiro encontro d'estc ãnnw,entre o Infantil e o Cruzeiro F. 6.C. Entraram em campo o Io do In-fahtil x 2o. e 3° do Cruzeiro.

A's 3 i|2 horas, o juiz,- Sr. JoãoFerreira, dava o signal de sabida. OCruzeiro investe logo sobre as barrasdo goal de Romeu, mas sem resul-tado. O primeiro "half-time-' acabaás 4 e 10, tendo havido apenas um"penalty", que. tirado por TônicoRoseira, não dá resultado.

No 2" tempo, em dado momento.a bola sahindo fora cio campo, Laza-ro, "back" do Infantil, pegou-a.tendoo juiz apitado, para "h«nds". Tira-oThomaz I, sendo que o juiz de"goal'' preveniu ao "goal-kceper" deque não defendesse, porque não eracaso de "hands". O "goal" ficoulivre e assim, foi dado o "kick".

A assistência protestou c, á vistaÜ'isso. o Sr. juiz declarou que o"goal" não foi valido.

E assim terminou o "match", como empate de o a o.

Os "teams" estavam assim consti-tuidos :

Infantil :Romeu

Lázaro — ScheidEuclydés — Nelson — Bitetti

Roseira II — A. Paula — Santo-Roseira I — Zézinho

Quem não conhece o JOGODA GUERRA. EM FAMÍLIA,está sem conhecer o melhore mais interessante "QuebraCabeça".

Encontra-se á venda noPARC-ROYAL.

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O TICO-TICOCruzeiro :

SuppoPizzi — ChanatO

Baptista — Geraldo — AbelThomazJÍ —Freitas — Cruz —Pires

— Ozc-as

ROWINGGrupo de Regatas Cragoatá

Em sessão ordinária, reuniram-sea 30. do passado, ás 20 horas, os di-rectores d'este grupo náutico, cstan-do presentes os Srs. membros da di-rectoria, com excepção do Sr. Octa-vio Ache, que se acha ausente d'estacapital.

Foi lida e approvada a acta- dasessão anterior.

O expediente despachado constoude, diversos officios e communiea-ções sobre assumptos vários.

Foram approvadas as seguintespropostas de novos associados :Srs. capitão-tenente Jacob CordovilMaurity, José Pinto Rodrigues, Ma-rio Corrêa Dias, Olavo Leite Bastos,Pedro Advincula da Silveira e Nel-son Augusto Eereira.

Deliberou a directoria que, deMaio em deante, sejam cobradas asjóias dos novos associados.

As cscalações para as próximas re-gatas, foram approvadas •>

Nada mais havendo a tratar, foiencerrada a sessão.;

O "match'- do Natação "versus"

São Christovão

Como estava annunciado, realizou-se sexta-feira, dao "match-tralning"

pes" d'estes clubs,tra esta :

Natação

semana passadaentre as "équi-

cuja organisação

AgostinhoVictorino — Pedro

VieiraWitte — Martins — Tornaghi

São Christovão :Aguiar

Fonseca — Motta

Foi este o resultado dos diversospareôs :

!¦ pareo-iôde Março»—1.500 me-tros -Correram : Escopeta, D. Sua-rez; Estilhaço Zabala, Fábula, J. Es-cobar; Ilerodes, D. Vaz e Cangussú,R. Cruz.

Venceu Estilhaço, em 2- Cangussúe em 3* Escopeta.

Tempo 100 ip"Sabida um tanto demorada, pu-

lando Estilhaço na ponta,seguido deEscopeta e Cangussú. Emquanto narecta do Turf-Club Estilhaço abrialuz de vários corpos, Escopeta e Can-gussú empenhavam-sc em luta atros,que se prolongou até a passagem doscarros, onde Cangussú se livrou dasua adversaria, para atacar o «lea-der», sem resultado. Estilhaço ven-ceu fácil por um corpo de Cangussú,e este chegou em segundo a trêscorpos de Escopeta.

2* pareô—«Initium» —t.200 metros—Correram : ltajubá, J. Coutinho;Bailarina, E. Rodriguez; Iridia, Ray-mundo de Oliveira e Ingrata, C!au-dio).

Venceu ltajubá, em 2- Bailarina eem 3- Ingrata.

Tempo 64 4iõ.Dada a partida, ltajubá obteve a

ponta, seguido de Ingrata e Baila-rina, ficando Iridia fora da combate.Esta ordem só sé alterou no meioda recta de chegada, onde Bailarinapassou a occupar a segunda collo-cação. ltajubá venceu firme por trezcorpos de Bailarina e esta chegou ameio corpo de Ingrata, que foi ter-céirá. . *

3- pareô—üamaraly — 1.000 — me-tros—Çorrerafh: Meduza, J. Couti-nho; Vesuvienrle, Aygusto Vaz; Ale-gre, D. vaz; e Palmeira, R. Cruz.

Venceu Vesuvienne, em 2- Alegre,em 3- Pairnéira.

Tempo 106 ira".Linda corrida. Dada a partida pu-

lou na ponta Palmeira, pela qual,em frente ás archibancadas, passouAlegre, que conseguiu abrir algumaluz. Na entrada da recta do Itama-raty Alegre corria a quatro corposde Palmeira e Vesuvienne lutavacom Meduza para a terceira collo-cação. Esta ordem só se alterou narecta do rio, onde Vesuvienne dei-xou Meduza e atacou Palmeira. Estadesgarou na entrada da recta final,passando então Vesuvienne para osegundo logar e indo atacar o «lea-der». Este resistiu até á passagemdos carros, onde foi subjugado. Ve-suvienne venceu firme por um cor-po de Alegre e este foi segundo atrez corpos de Palmeira.

4* pareô—íCosmosi—1.600 metros—Correram : Espanador, F. Barroso;Marne, E. Rodriguez, Grave Knight

AlcidesJoão Saliture — Angelu' — Ferranti

Foram registrados trez "goals" doSão Christovão, feitos por Angelu', Augüst^VazT^RÍto^BVàncòr D."Sua-dous dos quaes de escapada e um do rez, c Mont Rouge, Lydio de Souza.'¦ Mar~

Pouco depois Mont Rouge esmofe-cia, sendo batido por Espanador. Osdous da frente fizeram o final da car-reira em emocionante luta, que ter-minou com a victoria de GraveKnight por cabeça de Marne. Espa-nador foi terceiro, a um corpo.

5* pareô — tDr. Frontin»—1750me-tros —Correram: Atlas, Zabala; Pis-tachio, D. Suarez; Marvellous, E.Rodriguez e Dusky Boy, AugustoVaz.

Venceu Atlas, em 2* Pistachio, em3- Marvellous.

Tempo 110". .Atlas venceu de ponta. Perseguido

nos primeiros mil c duzentos metrospor Marvellous, suppprtoü o emba-te final de Pistachio, o qual derrotoupor uma cabeça, firme. Pistachioioi segundo, a quatro corpos de Mar-vellous.

0- pareô — «Grande Prêmio Inau-gural» — 17õ() metros — Correram :Battery, J. Coutinho; Insígnia, D.Suarez; Helios, D. Ferreira; PontetCanet, Zabala; Sultão, Le Mener;Cal «pino, R. Cruz; Pégaso, E. Ro-driguez e Enérgica, Augusto Vaz.

Venceu Pégaso, em 2- Sultão, em3- Insígnia.

Tempo 114 3'5".7- pareo-1.009 metros — Empata-

ram Espanador J. Espanador e Buenos Avres, Le Mener e em 3' Macis-te, E.

"Rodriguez.

Tç.upo 107"EM S. PAULO

Realizaram-se,domingo, com bas-tanteanimação.as corridas do JockeyClub Paulistano, no prado daMoóca,tendo sido disputado o «Grande Pre-mio Presidente do Estado».

Q resultado dos pareôs foi o se-guinte :

1- pareô — Pol e Sabá — Poulessimples, 35J600; duplas, 303$000.

Tempo: 09 1-2".2- pareô — Biscaia e Isabeau -

Poules simples, 26$800; duplas,538200.

Tempo: 98 1-2".3- pareô -.—Trigueiro e Saint Tho-

mas-Poules simples,20$800; duplas,20$800.

Tempo : 106"/,• pareô—Saint Ulpian e

— Poules simples, 37Ç000:308000.

Tempo : 10> 1'2".5- pareô — Eclipse e Le

Poules simples, 30$600 ;7CSQ00.

Tempo : 104 ir2".6- pareô— Bukless e Michelena —

Poules simples,18$000; duplas, i5$400

meio do campo.\Vitte marcou o "goal" do Nata-

ção de um "penalty" em Fonseca.Agostinho defendeu dous "penal*-

tys".Alcides e Saliture mostraram-se

faligados.

NOTURF

DERBY-CLUBA inauguração da estação turlista

de 1917, esteve brilhante : animaçãoextraordinária' concorrência grandee tempo magnífico.

Venceu Grave Knight, em 2ne, em 31 Espanador.

Tempo 107 1;V.Corrida emocionante e cheia de

peripécias. Rato Branco pulou nafrente, cedendo logo o logar a GraveKnight. Este firmou-se na posição,na recta do Turf-Club, seguido deMont Rouge e Marne. Pouco depois'com sxcepçáo apenas do «leader»,todos os competidores embolaram*destacando-se, na recta do rio MontRouge c Marne, que atacaram oponteiro.

, Este do meio paja o fim da rectade chegada, abriu os competidores,

Fenianoduplas,

Pompomduplas,

Tempo : 1947- pareô — Ariana e Rose Day —

Poules simples,ic$000; duplas,12$600.Tempo : 102 i.2".8- pareô — Delphim e Zigomar —

Poules simples, 27§400; duplas,41$000.Tempo ; 03 1|2".A raia esteve optima.O movimento geral da casa de pou«

les foi de 43:2'iG$000. "Nem

CORREIO DOS PHILATELISTASXuiz Guaranys Filho (residente á

rua Coronel Moreira Gfsar n. 19.Içarahy, Nictheroy), troca um sellocomniemorativo do Tricenfenario d«Cabo Frio, por uni da Bélgica.

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O TICO-TICO

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íris Dutra¦-...,haíf,j 1

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Fera Ida KankerMüller

Fenelon de MattosSilva

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Evaldo Xow-, pa/ctio Heleno Valle®_®_®__3 —

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Henrique Vas. Corrêa .Vcilio Freitas de Araujo Porto

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UMA LINDA FESTA SPORTIVA O

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m signal dc gratidão pela conquista do Campeonato dc i9i°- Lssa festa

dores do Iobri-

team cm signal dc gllu> inexcedivel

____ ,..-

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Para nossas leitoras

—¦¦ll mui J| fl:. /1) l 'eslido de Unon bordado, para passeio. II) Capa dc estylo moderno.

III) Vestido a escosseza, para menina de 10 a 12 amws. IV) Saiade fantazia cm listas largas c casaco de meia estarão, para usar so-bre uma blusa leve.

~*~UM BftpTISmO ORICIHja

. Os sinos são baptisados comoqualquer christãp, lia annos ceie-bròu-se, com grande pornpa, na basi-lica do Saçré Coeur de Pârisj o bap-tismo do enbrrne sino Savayarde, < ineophito estava revestido, paraaquella cerimonia, de uma grande tu-mea de rendas magníficas que eus-tou cerca de 50 contos de réis e foiofferecida pela madrinha, a condes-sa de Brignon.

_ ( ) padrinho foi monsenhor deChanibery. () sino foi baptisado pelocardeal Richard, e recebeu o nomede Francisca Margarida do Sagra-do Coração.

Não cause estranheza ser feminino0 nome, rJa creança, porque, na lin-

gua franceza a palavra cloche (sino)é do gênero feminino.

—mamt • mm >¦-—-

O ANNEL DE OURO

GrrV

Certo dia, ura príncipe muito rico, tevev mtade de se divertir a pescar. Ãrran-jarani-lhe fogo uma cartna magnífica, dpextremo da qual. pendia uma linha deseda, com um anzol de oiiro. Sentou-se ábeira mar e deitou a linha á água.

' Não tardou muito que apanhasse umaenguia insignificante. Tornou a deitar alinha, mas, d'esta vlz, veiu um granderobalo, que enguliu a isca e o anzo'. dèouro, e arrebentou a linha e safou-se.

— Ora aqui está como são as cousas '.— exclamou o príncipe — O meu anzolde ouro só me serviu para pescar umpeixinho insignificante. Tragam-me antesum anzol de fewo ! E' asneira remata-da arriscar muito, para colher pouco. 1

RomuU) líQNT.q

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O TICO-TICO

+

_S_j->_3? ' ^Ik^^éhPHk-¦ ^Ê^^.-''i,''^m^BÊ iSf*. ¦¦¦¦.^-^^

9 9 a»

/<?__ Coelho Netto (Prcguinho), fi-lho do cscriptor Coelho Netto, quedisputou o Torneio Infantil, peloGuanabara.

í5_-_____5_5Z____5___SE-Z_^_faS_____S_!O PEQUENO TRAVESSODelcio era um menino muito tra-

vosso e maldoso. Seu maior prazerera maltratar os passarinhos e ar-rançar as flores dos jardins. Atira-va pedras aos cães, emfim, fazia mildiabruras.

. Sua mãi desgostava-se mtrito comisso, e dava-lhe mil conselhos, masDelcio nada ouvia e dizia: — "Nãofaz mal!".

A vizinhança não gostava d'eHe esempre o reprehendia.

Num bello domingo de primavera,sahiu Delcio para aprisionar passa-rinhos. Trepou numa trvore e tiroude um ninho quatro pequeninas ave-sinhas.

Coitadinhos! Que dôf não sentiriaa pobre mãi ao não encontrar seusfilhinhos ?

Um senhor que por alli passava,disse-lhe:—"Bem merecias um castigo seve-

ro, tratante !"No dia immediato, pela manha,

sahiu Delcio com cinco companhei-ros para se banharem no rio. Esteestava lindo e transbordante!

—Que bello está o rio ! — dizia,e atirou-se a agua para mostrar-semais valente que os outros.

Os companheiros olharam-n'o es-pautados. Delcio tinha ouvido o gor-geio de um pássaro e olhava distra-hidamente para os arvoredos. De re-pente, viram que o menino nadavamuito ligeiro e os seus companhei-

^^*1^- ¦^*^__>*^»__# __________ -_SW_r ^^- <ÍFrf'^^*____l___ _______________ i____P_f1%-/>____í?^____L'V.T^^w i * ._^*_I_8k''^.'Í_-. Jp^kT' Hm"^

"Teams" da A. C. M., que disputam o "Campeonato Intimo" de baskct-bali. A' direita, M. Sans, director do departamento physico

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Grupo de "water-polo-playcrs" que jogaram os "matches" d'cstc anno

Grupo em que se vêem os petizes dos clubs Guanabara, Boqueirão. Tnter-nacional, Icarahy . _'. Christovão, inscriptos para a disputa do Tor-ncio Infantil de "water-pplo".

*«*^-_K__3__#5#S_=_~3__^ros disseram: susto e de dôr; os companheiros dis-—"Delcio que é tão valente vem seram então:com tanta velocidade! Naturalmen- — Bem feito, quem te mandou serte lhe aconteceu alguma cousa". tão travesso ? Essa lição hade ser-

Quando chegou á margem do rio, vir-te para sempre",os que alli se achavam viram um E desde esse dia, Delcio tomoucarangueijo preso ao calcanhar do juizo, e tornou-se um menino obedi-pobre Delcio, que quasi morria de ente.— Bk.u:za iu; Jesus Garcia.

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O TICO-TICO A ILHA DAS TREVAS OU A LEGENDA DAS SEREIASgT^p-~~- .. ___ ___ ^

[' ~m uma ilha muito prospera, graças á ri-q «za dé seu território, reinava o rei Argus, queJ mtelhgente e bom para seu povo...,

_) Mas tinha tal ciúme de suas riquezasque não permittia o desembarque de es-trangeiro algum. Para impedil-o, usava depoderes mágicos, cercando a ilha de ne-

voeiro...

3) ...e rochedos tão liem occultos que todosos barcos vindos de outras terras alli fiaufra-gavam infallivelmente. Esse terrivel rei ti-nha. .

Ar..,i' ma ,lha de -rande belleza, chamadaAnadna <jue elle desejava casar comum fidal-Ko d* ilha. A princeza tinhaa com isso grande"«gosto, porciue esse fidalgo era de..*

5) ...de gênio sombrio e tristonho. Deresto, todos os habitantes da ilha eramtaciturnos, pelo habito d'aquella vida iso-lada. A única distracção de Ariadna era lere proteger as sereias...

6) ...que viviam em grande quantidadenos arredores da ilha. A princeza passavahoras inteiras conversando com ellas. As se-reias, que muito a estimavam, sabendo do pro-jecto de casamento que a desgostava...

.vil ••,;p^on,etteram-lhe arranjar um noivo«gno delia. E deixando a princeza cheia depidez

S' Partiram' Nadando com grande ra-

8) ..as sereias foram até o littoral deum paiz distante, onde encontraram umjòven pescador, orphão e muito pobre,mas intelligtnte, estudioso, bravo e leal.

9) As sereias approximaram-se e açonse-lharam-lhe que fosse ate á ilha do rei Árgus,onde encontraria a felicidade. —"Encontra-rás muitos perigos ness;i viagem, mas nós teajudaremos...

^-__-_____L____J Ê3_____Í__f___________l mÁ \t'Z —.*°) ...a vencel-os." O rapaz, que era aud_-Cioso e resolut w rapaz- *>

Partiu. resolut°. logo apparelhou seu bote c

11) Quando o rei Argus viu apparecerao longe aquelle bote, tomou logo as maisseveras providencias para impedir que ellechegasse á ilha. D'essa vez.

12) ...o nevoeiro sr tornou tão espessoque parecia impossível vencel-o. E a princezajá estava inquieta, quando ouviu o canto dasserei,is, que, com su.i vo/. poderosa, indicavam

• 1 caminho ao navegante<C°nclue ho próximo numero)

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Zezinho, o Pateta O TICO-T1C

i) 0 Sr Euzebio e D. Maria.rma, sua esposa,eram modestos camponezes, que, por pobreza,retiraram da escola seus filhos Luiz e José, re-colhcndo-os a seu sitio para trabalhar.

2) José, que era trabalhador e corajoso,nãoestranhou aquella vida rude, mas Luiz, queera vaidoso e vadio, julgava-se humilhadopor ter que trabalhar.

3) E tanto discutiu com seus pais, que ãcMbou por convencel-os. de qüe deviam mandaljpara a capital, onde poderia ter -um fututi

4) ,..e elle resolveu partir. Dias depois D.Mariauna cahiu ao rio: José, que estava alliperto, acudiu e salvou-a. Mas aquelle susto lhecausara tamanha impressão...

5) ...que o pobre rapaz enlouqueceu. Nãoteve accessos perigosos, mas {icou pateta edeu para andar pela aldeia fazendo tolices.A vista d'isso, o Sr. Euzebio queria que...

6) ...Luiz ficasse no sitio para ajuda!-*!mas o rapaz, teimoso e sem coração, insiswem partir, declarando que o fazia para não <?o irmão naquelle estado.

7) Chegando, á capital, Luiz apresentou-secom carta? de m-ommendação um negociantemuito rico.. Poré<m este ao vêr que elle quasi

ruçção. .

8) .».declarou'..que só lhe podia dar umlogar de criado, no armazém. Luiz soffrtuprofundo golpe em suas,,pretenções, vendo-se reduzido a Varrer r» espanar' a casa.

9) Demais, com esse trabalho ganhava m.wpouco e mettendo-se a freqüentar botequins, 'cou em pouco, cheio de dividas e tão mal Vtido que...

m seu,uiz foi asMm atira-

miséria, sem ter onde morar e quasi

ii) Por isso, no dia cm que rcc"ebeu umacarta de sua mãi, convidando-o a passar ai-guns dias no sitio • anressou-se a partir

12) Chegando á aldeia, foi recebiagrande alegria por toda a familia. Até ]<ha quem chamavam agora Zezinho, o Pateta 'conheceu-o

{C°nclúc no próximo numetOlí

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Q Ti COT ICO

O nosso ccfolk-lore»Temos visto como a poesia popti-

lar é expontânea e simples, querse tratando da satyra política ou- cri-tica de costumes, quer cantando lou-vores á Virgem e aos santos, cheiade mysticismo e candura.

Referindo-nos ainda ás festas dossantos populares, vemos que o pro-prio nome de São João, (Jokoam)na sua origem hebraica, significa "o

que baptisa, cheio de graça", e é deum suave mysticismo.

Conta o erudito escriptor portu-guez Theophilo Braga, que a usan-ça das fogueiras na noite de SãoJoão é reminiscencia do culto queos germanos e scandinavos devota-vam á deusa Freya ; entretanto, Oli-veira Martins, outro grande escri-ptor, faz remontar essa pratica aotempo de Strabão, em que os povoscelti-bericos tinham o culto do fogo-

Entre nós já vimos a lenda pie-dosa da fogueira accesa por SantaIzabel para annunciar á Virgem Ma-r*a o nascimento de São João.

Encontramos na nossa historia umfacto interessante a respeito das fo-gueiras sanjoanescas.

Em 1681, quando era governadorGo Brazil D. João de Souza, o almo-xarife da Provedoria da FazendaReal, para lisongeal-o, mandou fazerunia fogueira em frente ao palácio¦do governo na noite de São João eoutra deante da casa do provedor damesma Fazenda, o capitão-mór Joãodo Rego Barros, gastando com issoa quantia de S#ooo.

Os outros governadores que se se-Çiuram a D. João de Souza quize-ar» que o almoxarife continuassecom a mesma pratica das fogueirasSanJoanescas, como julga vam ser de

y almoxarife que havia feito asneiras fogueiras á sua custa, re-

v°rr?U a El-rei pedindo-lhe que o li-rasse daquelle gasto, ordenando quee e fosse feito por conta dos cofres<* Fazenda Real.

M-rei decidiu então, por uma car-a-regia de' 10 de Março de 1694,

HUe se nã0 obrigasse o almoxarifeazer as ditas fogueiras e que se os&°\ernadores as queriam, mandas--em fazel-as á sua custa".

/7S n°Handezes, como povos dorte da ]?uropaj accendiam fo-S"eiras por motjvo (ie regosijo pu-c0 ; fogueiras estas que eram ma-

estações do seu culto pagão á

deusa Freya, como já vimos ante-riormente.

Assim, no tempo da sua domina-ção em Pernambuco, narra o histo-riador hollandez Richsoffer, que ei-les festejaram no Recife, na noitede 17 de Fevereiro de 1631, o pri-meiro anniversario da tomada e pos-se da capitania "com fogueiras e ti-ros, por ter decorrido um anno que,com o auxilio de Deus, conquistámosestes sitios e os temos conservado".

Por oceasião de ser assignada atrégua dos dez annos entre a Hespa-nha e a Hollanda, refere outro escri-ptor hollandez que o facto foi feste-jado no Brazil em 1642, "accenden-do-se fogueiras de alegria em di-versos logares de Pernambuco".

teiras e arranjador de bons casamentos para ellas.

Conta a tradição que o santo ha-via sido parodio e era muito cuida-doso em promover casamentos. Asmoças por esse motivo, muito o fes-tejam com danças e descantes.

O padre Lopes Gama, redactor deum interessante periódico humoristi-co e critico chamado O Carapuceiro,dá uma ligeira descnpção d'essas.festas em 1839, quando estavam mui-to em voga.

Nesse sentido escreve elle : "Haordinariamente uma bandeirinha. on-de está pintada a imagem do santo, ealém d'isto, outra de madeira tam-bem entra no fandango.

1 £í \i\y///AAik

O governador mandou o almoxarife accender a fogueira

An..gamente era rara a rua na ei-dade cm que não se viam muitas fo-gueiras na noite de S. João; depoisuma postura municipal decretada em1860 prohibiu terminantemente "acostume de se accender fogueiras n;cidade nas noites de Santo Antônio,S. João e S. Pedro, sob a pena de2o$ooo de multa e o duplo no casodc reincidência".

Hoje somente nos arrabaldes dacidade ou nos campos continua apoética usança das fogueiras nas noi-tes alegres dos trez santos populares.

S. Gonçalo de Amarante é consi-derado o protector das moças sol-

A bandeira e a imagem andamnum corropio, ora nas mãos, ora nacabeça d'esta e daquella. Sôa o esrtrepitoso zabumba, retinem os garri-dos maracás acompanhando as cau-tilenas que dizem

"Viva e revivaSão GonealinhoDáe-me meu santoUm bom maridinlto".

No próximo numero continuare-mos a dar os versos que eram canta-dos nos taes "bailes" de S. Gonçalo.

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O TICO-TICO —=»

Em uma grande festa que houve hadias em casa do Chiquinho, foi muitocommentado o procedimento de certospapás que ainda não fizeram a seus filhosum presente do interessante jogo da"A GUERRA

vendido no PARC ROYAL.lão barato e todos os pães que

querem ver seus filhos distrahidos e con-tentes estamos certos que não deixarãode procurar o PARC ROYAL, paraadquirirem tão interessante passatempo.

I Bromil 1 rI cuira. tosse I

Estes trez meninos, tendo PÍLULASlido annuncios do Bromil f^r^^rtTE3*Çíno "Tico-Tico , tomaram 1 m1&UIç»*3o poderoso xarope e cn-raram-se: o Io de bron-chite, o 2o de coqueluchee o 3o de tosse. ———TT

_. "^ i* u tf r

I BROMIL I *m&~é o mais efficaz dos xaropes >^"'jgÁ ~J#Ê^

DAUDT & OLIVEIRA "TlQ kí\M -I (Sueçessoics de DAUDT & 1.AGCN1LLA) -==:::*=S^-». fY (Vil lUn ^ZZ^^^rio de janeiro r* r\ w \\\ * ^m^^^

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O TICO-TICO

Brinquedos para•o»oèo»o_'j«vi«ü»c«-_«< -• ¦-. *• •¦_ •. • ._•¦_••. «¦^••-¦•^•c«c»c*^'íS_sí^s~''<r_)*í^3s"'r_'_íss**1

os dias de ehuvaVamos agora ensinar a armar um .senho da peça que deve formar a

estrado de professor com a mesa a escrevaninha. (figura 2).cadeira e a escrevaninha. Para ganhar tempo e adeantar o

Como não dispomos de espaço pa- .trabalho, vamos armar desde já essara as varias peças necessárias a tudo peça,

*^i_§__§i_ipLj ¦ "¦ -...L'!(^;i_j___—"3_—_Hg:'!'ift{_ çsí^S^

tü* :|'j:J 1 ; : ; ilj :.!J{1- l h:.'::; ¦¦¦..;. í^§

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Depois façam-se dobras em todosos íogares marcados com linhas gon-tilhadas—sobre trez <.i'es..as n-iluis

marcadas com as íettras a, b e c 110-tarão que ha ao centro um pedaçode traço sem pontilhado. Sobre esses

traços abram cortes com a ponta deum canivete. Esses cortes servirãopara que dobrada a figura, enfiemnelles as Hnguétas também marca?das com as lettras a, b e c,

D'esse modo a escrevaninha fica-rá armada sem attxilio de colla oualfinetes.

Figura I'sso, em uni só numero, damos hoje Copiem o desenho da figura 2 so-ari"i, apenas o modelo. do trabalho bre papel cartão, 011 recortem-a sim-completo (figura 1) como deve fi- plesmente d'esta pagina e çollem-acar depois de prompto c mais o de- sobre papel cartão.

,||j| !j 1 ^a, 1--rS^,B-033. f jggÈ

Na C A S ALAURIA. r naGonçalves Diasn. 78. compra-se as ultimasrevistas e ü_u-rinos chegados.pelo ultimo va-por, pois é aúnica casa quemelhor v:>rieda-de apresenta aopubl-ico, nessegênero.

IO CONTOSEm PRÊMIOS

disínbuirá o semanário O MA-LHO, aos seus ieilores, pormeio do seu grande concurso!

Leiam O MALHO e verão ascondições facilimas para terdireito aos í sorteios de 2:500$,com 11-3 prêmios cada um.

Os prêmios dO MALHO sãoem dinhsiro.

Figura 2

Lstás com a cara queú u:n jardim.

-- Como rY" cravo por todo o

canto.Ora, me.i caro, que

hei de eu lazer ?Muito simplesmente:

•ornar uns 2 a 3 vidrosdo Poderoso ELIXm DE 1NHA.ME GOULARTQue te porá são e bonito.

ACHA-SE A' VENDA O

Almanachd'«0 TICO-TICO'

PARA 1917

PREÇO 4$000, PELO CORREIO RIAIS 500

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O TICO-TICO

Resultado do concurso n. 1.163O concurso de armar, cujo resultado

apresentamos hoje a nossos queridos ami-guinhos, a primeira vista parecia muitofácil, pois que, a solução constituía ape-nas da organização de seis pedacinhosgravados. Mas qual 1 Bem difficil eraaté, pois não se sabia ao certo do que setratava.

Entretanto, foi grande o numero de so.luções certas recebidas, o que se provapela lista que publicamos abaixo.

Eis os nomes dos concorrentes :

Helena Fagundes, Felippe Jorge daSilva, Heloisa de Castro Neves LuizGuyanys Filho, Magdalena dos Guará-riys Laura Fernandes, Arnaldo Câmara,Leonardo Palana, Odette Vianna Bngido,José Armando Fioravanti, Frisolina Pe-reira, Orozimbo Pinto Monteiro Esteves,Joel'Domingues, Dante Del Papa, Ma-ria das Dores Corrêa, Emilia AntoniettaGomes de Castro, Hilda Pinho Jalles,Yolanda Granelli, Ignacio de VmeirosCerneira, Sylvio Pinto Vasconcelios, Car-men Lussac -do Coutto, Torquato Tapa-jós, Dariolina Pereira, Levino Melgjiço,Antônio Gomes, Maria da Rocha Mar-tins, Hilmar Faulhabe, Maria Domin-gues Alonso, Oscar Justen, Davina Nem-bri, Delmor Telles, Raul Blondet, VeraJordão, Octavio dos Santos Pedrosa,Martha Paiva. Margarida Rockert. Au-gusto Firmino Pinto, Sebastião NeivaMagalhães, Rual H. Vieira, Floriano daSilva Rocha, Robert Bruno Goulart Rrbeiro, Maria Julia Pomchet, Inah dePaula Ramos, Iria Gomes Alves, Catu-lino Mesquita, Menotti Conte, Adão Go-mes Octacilio de Freitas Assumpção, Ju-venal Fernandes d< Souza, Dermeval deAlbuquerque Lima, Antonietta Serpa, Al-varo da Cunha Rodrigues, Alberto V ig-gano, Iara Del Porto, Archimedes Car-valho Martins, Margarida Soeiro, Oswal-do Moreira Lopes, Dulce Alvina daSilva, Heitor B.» (Fortes, Maria LuizaSalgado, Jadihel Dorêdo, Eduardo P.da Silva, Altina Tavares, Eurico Almei-

'dá Costa, João da Silva Balthazar, JoséAntônio Lopes Júnior, Sebastião Rodri-gues Pessoa, Kurt Schweitzer, Euclidesde Almeida, José Rangel, Vera Leite Ban-deira de Mello, Yára Leite, Mana A.Lemucchi, Edina da Silva Moraes, Ju-dith Santos, Francisco Alves, Lygia Ma-ria Fernandes de Oliveira, Walfrido Car-doso de Avellar, Eduardo Paz, LauroStudart, Ambrosio dos Santos, íris deOliveira da Costa, Adelaide Ferreira Cos-ta e Souza, Eduardo Pedroso de LimaJúnior, Francisco de Assis da Silva Bran-

"A solução cxocta do concurso de armarn. 1.163

dão, Jonito Tavares, Herminia Brooking,Manoel Américo Duarte, Djanira Mar-tins, Antônio Borges de Faria, Flora Ma-rinho. Ondina Rodrigues, Manoel Borges

Pereira, Hélio de Mattos Gravata, Ju-dith S. Carneiro, Francisco Pereira Bas-tos Filho, Murillo de Camargo Noguei-ra, Nair Cintra, Carmen Rodrigues,Amyntas Garcia da Costa Barros, Fran-cisco de Paula Ferreira da Costa, MariaApparecida Corrêa, Edith Bentley, JoséOswaldo Gurgel de Mendonça, HildaProster, Adriano Bernardino da Silva,Cleopatra Dias, Idaüna Castro, AltinoAlves Mello, José Borges Oliveira,Edgard Vianna Andrade, Zelia Leal Cos-ta Edmundo C. Cardoso, Nicoláu Bispo,Jurandyr Wey, Ydua Caledone de Souza,Guilhermina Loreny, Gabriel Ascenção,Nair Romano, Alfario Bezerra, Manada Conceição Faria, Ostfaldo Luzarc ,Manuel Rosa Netto, João B. Elvoh,Maria Lourdes Lima Alvares, MaurícioFeichholz, Yolanda Teixeira Silva, Syl-vio Modesto Rocha Cardoso, Luiza Au-gusta Cordeiro, Frederico Rocha, Gesual-do Alvim, Gáudio Pires, Yolanda Vieirade Mello, Maria das Dores Cunha, Affon-sina Leite, Alayde Julia Machado, Natha-lina Souza Filgueiras, Risoletta MottaCoelho, Raul Mattos Vieira, Dora AraujoLima Jael Almeida Furtado, Zelia V.Velloso, Carlos Cotta Mello, Haroldo Ro-cha Garey, Mario Muniz, Maria José Mo-reira, Manoel Lourenço das Neves. Jau-dyra Fabricio, Maria dos Santos, JoraideNiehen Anderson, Antônio Martins, Ed-gard Borges. Carlos Dias. Anthero da Sil-va Júnior. Narciso d'OHveira, BeatrizGarcia Orlando Lenzoni, Joaquim Car-do^o. Olga Souza Machado. Eugênio Bomfá Paulo Christo, Rita Cunha Campos,Durval Freitas Emmerick, Francisco Pau-lo Machado Rocha, Hilda Santos, EdithDuque Estrada, Sérgio Augusto BoissoivCarlos Alberto Mesquita. Emilia Nasci-mento Mesquita, Olga Ferreira, PauloHoltanda, Antônio Bernardo Wilck, Ma-noel Costa Guimarães, Oswaldo QuinnoSimões, Nadvr Emback, Moacyr AzevedoMoreno, Djalma Duque Estrada, Ameli-nha Lima. José Souza Machado, TácitoMorbah Nobre, Iracy Maia Porto, PlínioDoyle Silva, Helena B. Alves. Maria Gui-marães, Eloah Monjardim, João FerreiraMegwiski, Nair Silva, Maria ConceiçãoGouvêa, Helena Gonçalves, Mana Cie-ment, Ulysses Perrenaud, Garcia San-tos, Jandyra Azambuja, Juracy ColladoRodrigues', Genny Coelho, Leonil Lapa-gesse Strauer, Lygia Abreu, Manoel Au-gusto Silva, Alfredo José Assumpção,Edgard Pinto Cortez, Orlette Cruz Ran-

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O TICO-TICO

¦-,. %f* ^: j&SÊÊmT ü Wlllk.:.:

J. Francisco Ribeiro, Ernestina We-leta, Ruth Becker, Manoel Mazzi, Rosi-nha da Silveira Rosemburg, AnatildeLins Marinho, Walter Bittencourt Passos,.Isabel de Oliva Velloso, Carlos Fredericodos Anjos, Milton Lucas da Rocha, Cice-ro Paula Souza, Antônio Mendes Netto,Francisco Orsini, Maria S. Carreirão,José Bonilha Rodrigues, Constantino Ma-ciei de Miranda, Louis Silva, Luiza Gui-marães, Beta- Pereira Rosa, Maurício Ga-bizo, Raymundo José Coqueiro Watson,Lnah M. Araújo, Irene Sholl, Maria An-

Eladio e Darcy Vidal Corrêa, reside-ntes tonia Guimarães Souza, Maria Lourdes,em Paranaguá, Estado do Paraná, e Risoleta Nunes, Waldemira Mendes Silva,diiectos filhos'do Sr. Dolorido Corrêa. Hamlelo Lins e Silva, João Elleret, José

Mattos, Oswaldo Goulart, Alberto Vas-^3^S^^^~~~5SS£S=======£^^3 concellos, Heloiza Callado, Hélio SuardFrocoli,

Quintino Fontes, Sylvio César degel, Joaquim Silveira, Olímpio Castellães, Fonsecaj Maria Antonietta A. Freitas,Ulga Garcia, Renata Jardim, Lygia.Al- Yvonne Alexandre, Esmeralda Mendesmeida Figueiredo, Jorge Castro Abreu, Leite) Octacilio de Figueiredo, Nina Fer-au6 7enie N°Sueira. Man0 I"ne. Kofa' reira, Marietta Kraemer, Antônio CarlosAltredo Zany, José Azevedo, Eunice Al- gouza gala2ar Luiza Moreira Pinheiro,ves Barreto, Carlos Mesquita, Mana Aderaar Gonzaga, Victor da Cunha Mó-Lourds Ribeiro, Nair Hollanda Paulo raj Roland goares Bandeira, AlmeirindaW-eUr.Krfter> Eulina Nogueira Machado, Ferraz Dur30j Aldemar Fernandes d'OU-n,;!.. ar40S.° Andrade, Eunco Ohveira vd Antônio Augusto Franco Sobrinho,Luiza Souza, A^}^._^^> Antônio Ferraiol, Eduardo Rodrigues dé

Figueiredo Júnior, David Naegele d'01i-aj ' '-'"'za ouuza, rimcua ">^™Adenio S. Santos, Maria Albertina Barroso, Yvette Jaty Pinheiro, Job Freire,Mana Loureiro Pamplona, Nicolau Novoapampos, Bertha Duque, Mario Andrade,Ltelvina Costa, Aida Malvina Senna.Waldemar Luna, Leonor O. Cordeiro.Lugenia Queiroz Barros, Braz FlorentinoGarcia Souza, Yára Quito, Diva Naze-anze, Gualter Doyle Ferreira, Maria Car-mo Dias Leal, Homero Dias Leal. Ma-n«a Dias Leal, Rubem Dias Leal, Os-waldo Coelho Duarte Milton Pereira,Mano Tavares Guerra, Ignacio V. Parga,Alcenor Silva Mello, Sophia de Oliveira.João B. Rodrigues, Nelson Ballariny.Adelmar Argemiro, Ovidio Ribeiro. Wal-demar Lefévre, Maria Lourdes Corrêa,Eduardo Pinto Almeida, Waldyr Peixo-to, Francisco P. Caldas, Arnaldo M. Go-mes, Corbelina Leão, Maria CarvalhoVeras, Benedicto Dubieux, Carlos Cam-pos, Nelson Raymundo Barreto, ManuelTeixeira Monteiro. Paulo Cavadi, DurvalGomes Velloso, Gilberto Gonzaga Romei-ro, Maria Albertina da Silva Moraes,Heitor José-Pereira Guimarães, DurvaiSerra, Armando Pinto Coelho, Anna Can-dida Mendonça. Adeüna Menezes As-sumpçâo, Magdalena Ribeiro Machado.Raymundo Valente Almeida, Retié Ar.-naldo Fonseca, Clotilde Coelho Gabiraba,José Luiz Cardoso, Odette Rangel Fo-«¦«um, Horacio Gonçalves Martins. José^into Ferreira Magalhães. Christina Mo-netta, Clovis Newton Leme? Maria daUmceiçâo Carneiro de Albuquerque, Se-»ene Espinola Corrêa, Olga Soller. Octa-«Ho Mendes Freitas, - Avany R. Vidal,oswaldo Delgado rte Moraes. Luiz Ber-«areio Godoy Vasconcellos, AIuÍzm Xo.««eira, Daniel Frontiuo da Cosia. El*fogueira Gama, Jorge Campeüo de/ ?"' Írene For|seca, Armando de Al-meiua, Carmen Castro, Luiz Gonzaga doscantos, Ermelinda Ferreira Dias. Mantacantos, Renato Pires Ferreira, CIga ffer-nandes Velloso, Irmã Del Corso João

Carnaval em Porto Jllegrc

*%"

N°ssa gentil assignante Sanluza Mariins,filha do Sr. Oscar Martins, residentecm Porto Alegre; c que no ultimo Car-naval, fez parte do " Grupo dos Floris-

O gdlante Oszvaldo Santps Reis, de 4 an-nos e filho do Sr. AMomo dos Santose D. Eulogia dos Santos.

veira, Feliciano Manhães de Gusmão,Mercedes Araújo Barbosa, Aracy W.Soares, Estherzinha da Costa, Enedino daSilva, Robison Escobar Vianna, AlziraAmélia Passos, Maria Celeste FerreiraNetto, Durval de Oliveira, Lael FeijóSampaio, Helena Possolo, Aldacina Ozo-rio, Alzira >de Castro Sócrates, AlbertoPereira da Cunha Júnior. Ednah SantaRosa, Evany do Prado Torres, HelenaÁvila, José Feliciano Gomes, WladmirG. Ferreira, Lindaurà Eulina Portella,Zilda Meirelles, Mario José Barros, An-tonio Barbosa, José Rabello Reis, JoséPoggi Figueiredo, Eduardo Lister, Mariada Conceição C. da Silva A. dos Reis.Jacy Rosa, Eduardo Carretero, Bene-dieta Ribeiro Ferraz, Flora Noüoway,Fernando Lacourt, Carohy da PenhaReis, Zilka M. Henriques, Soares Ri-beiro Acyr Bueno, Alba Araújo Lei vas,Maria Lima Darbelhy, Gaspar Pacheco,José Maurício Halfed, Carlos RodriguesSantos, Yolanda Alves Penna, Darcy Go-mes Lima, João Ellery, Renato Azevedo,Guiomar Ribeiro da Luz, Altamiro O.Relly de Souza, Benedicta Valladares,Manoel F. Ramos, Arlindo FernandesGaúcho, Homero Fonseca Santos, SylvioFonseca, Raul Lima Filho, André Pas-tore, Maria Elisa Castro, Oscar Souza,Odette Castro Veiga, Newton Silva Di-niz, Lucy da Silva Diniz, Maria Louzada,Adda Belfado Reis, Ernestina C. Monte,Raul Noite Dias.Maria Noemia Mercedes,Maria Orminda, Izaura P. Andrade,Aura Castro, Martha F. Carneiro, OdilaFartes, Alcibiades Noronha, José daCosta Valente, Maria Mendes. ChininhaCruz, Dejanira Lisboa Vampre, AntônioErnani Paula Simões, Ricardo Stoffel,Antônio eixera Souza, Heitor AlambaryLuz, Carlos Castro e SiJva.Odette Leques,Arcadua Corrêa d'01iveira. José do Ama-ral, Yvonne de Castilho Midosi, Wilhel-mine Bicalho, Nelson Silveira, Hélio Cos-letta Midosi da Motta, Zilda de Oliveira,Umbellinha Mello Fleury, Antônio Gon-çalves de Oliveira, Zarpheu Cayres Pinto,João Baptista Lobo, João Maria Fúria-tti, Sylvia Almeida Lisboa, Annita Ca-valcante. Aurora de Oliveira, MarinaPinto, João José Câmara, Oswaldo ReisFranco Ferreira, Luiz Costa Freitas, Josétas Esmeraidinos",

PARA TALHOS, ARRANHÕESE PISAOURASElaaa T^~^^^^bbb\

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O TICO-TICO

RELAS

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Í^*^bAUtá*ÍJIbr^áir ' ~4Í/. -

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Alumnos da escola dc S. João dc Macipó, no Estado dc Minas Geraes, vendo-se á esguerdaD. Maria Monteiro Abelha

esforçada profess°ra

SESZ5?.£2S3?SZ5^SH53H5ZSS5H5H5ilSH5E_25H5HI^^ 2525E5_S.Reis, Carlos Ravnsford Amelita CostaFranco, Hilda I.ussac, Edmundo Gonçal-ves Pinto, Lúcia de Oliveira Barbosa,Romildo Queiroga, Brivaldo Queiroga,Aldeyda Queiroga. Wiadmir Queiroga,Maria do Carmo Padilha, Maria LotvdesChaves Monteiro, Aracy Peres Oliveira,Ernani Santos Silva, Nair Medeiros,OIríii:;. Durão . Armando Coelho, JoãoMotta, Maria Dueu Paula Lima, JarbasPavão, José Hernandez, João Lander,Maria Lourds Camargo, Sulkire Carnei-ro, Maria Lourds Lepage, WaldemarÜulton Marques, Ar.gusto I.over Goulart,Affonso G. Machado, Arlindo de Oli-veira, Lydia Mariano, Manoel \'alladão,Delcio Goulart, Vdalberto Moreira Ba-pista. Dulce Guedes, Joio Cesario FariaAlvim Júnior, Maria Elza Castolano,Mauro Cardoso Salles. Gabrilfina Fer-raz, João Caetano; Sabrno Fleury, HelenaBologne Danton dc Queiroz, HunibGrault Vienna de Lima, Marietta LírioMana A. Mello. Yolanda Souza Coelho.Perminia Uaydana, Nqeroia D. AvellarXair Maranhão, kfarcel30 Garcia JovinaCvon- Abreu, Antonietta Novaes Ri-beiro, Joca Hallais. dq Oliveira ísmael Ij> mitigues, Nelson Arauj Cí rv; lhoM' :i''.'-1' ^zercd i, TranqujHna de Ahida e Albuqu rqi e, híançy lR. Paz, Maria Trindad|ai dyra \eve= Antonia ' G.Eduardo Martins Assis, Da

Lins, Oscar Santos Pereira, João PintoHelena Pereira, José Accioly Santiagod'01iveira, Raul Valença da Câmara, Al-berto F. Baptista, Severo Schechner,Xelia Corrêa, Octavio Monteiro da .Silva,Abilio Freitas Araújo Porto, Ernani Fer-reira Braga, Vicente Gerbare, Ogaritheda Cruz Messeder, Harriette da Silva .Jordão Elir Moura Maia, Manoel Frah-cisco Duaríe. Alberto da Silva Ramos,David Barceilos Gomes, Jalvora Corrêa,

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'nho e Lili, lendo as suns traves-suras

(Des, <le Aniiita Gasfarian)

James Freitas Weyne, Luiz A. Barbosa,José Pav.Ia Bastos, Amélia Carlota daMatta Machado, Atalha de Almeida, An-tonio Lopes da Cunha, Waldemiro Mo-reira, Maria Sylvio Sodré Cunha, Olym-pia de I.ima Câmara. Florenc.o VellasquesAndrade, Almira Netto, Itamar Sequeira,

, Dolores Souza Pimentel, Roberto Brea,Luiz Macedo Castro. Nelson Felicio San-t -. Álvaro Barros Barreto, Alzira Loi.oda. Meras. Ascanio Augusto de Araújo,Fernando de Sotvza Leite, Maria tiraniaNascimento, Fausto dos Reis Lima e Ray-mundo Nonato da Purificação Santos.

FEITO O SORTEIO. VERIFICA-MOS O SEGUINTE RESULTADO :

i prêmio — io$oí o.

VICENTE GERBASEde 14 annos 'le edade. r< á rua doComn-.ercic n. 50, Maceió — Estado de

-" - Uma assignatura animal

ARACY W. SOARESde edade. residente a rua

46, Porto Alegre —-.ide do Su'.

SANAQRYFPEl ROSALSNACÜKA CONSTIPACÕES CURA O (QUELUCHE

Rio de Janeiro, ALMEIDA CARDOSO & COMP- - Rua Marechal Floriano Peixoto, li

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O TICO-TICO

RESULTADO DO CONCURSON.° 1172

SOLUÇÕES EXACTAS

1"—Lua, nua, pua, rua.2.*—Ásia.3-*—Limo, Limav4"—Santiago..")."—Aguardente-.

Grande foi o numero de soluções rece-bidas para o concurso de perguntas cquasi todas estavam certas, obedecendoainda ás condições exigidas previamente.

EIS A LISTA DOS SOLUCION1STAS

Paulo Christo, Theresa Almeida Si-mões, Gualter Doyd Ferreira, GherardoCornaz, Iazu Ne"tto, Maria do Carmottias Leal, Homero Diai Leal, MaiildaL ?s Leal, Rubem Dia-j Leal, Ary Bec,Pedro Clement, Vera de Niemeyer. Ya-í? ^eite, Sidncy de Souza, InnocencioTavares, Virgílio de Castro, Mario Sá,Yolanda Alves Penna Magdalena dos^uaranys, Emilia Pere:ra Roberto Alva-res de Azevedo, Judith Santos, Raymuu-uo jose Coqueiro W. Isabelita A. Sam-Pa-o Vidal, Arminio Pereira Junior,EdithFMi' ?ntoil'o Bernardo Milah, Luiz G.;.mi0A A»tenor Soares de Alendonça.Arae-nco Gonçalves, Renato Jardim, Mario Sil.^a, Gentil Marinho Nair Ferraz, Hei-mar Costa. Irene Baptista, Oswaldo Mo-rÇ!ra Lopes, Guaracy Carneiro, Marcellomareia, Odette Rangel Foraim, Amélia-"o de Albuquerque Souza. Amélia Lu-«s, Mana J. Corria de Souza, Carloscornes da Silva, Cadinhos de Castro eaüva Eurides de-"Castre, Elza Guima-raes, Bibi Lima, Jandyra Pamplona. Ge-orgete Nacarato, .íoão Ellent, Ernani San-tos bi1 ya, Jesus Cliateaubriand de SouzaJUacilo Mendes de Freitas, OrozimboAJont.;u-o Esy.ves, Galilieu Monteiro'Waldemar Uma. Carmen FernandesJvaniei-eira da Cunha-, Enedino da Silva Mo-retino Rezende, Adalgiza Vianna, Arol-do Zani, José Trocoli, Geralda MacedoBenedcla Ribeiro. Manuel Bastos An'dre Pastore, Francisco Bastos, Heiio daMotta, Paulo de Campos. íris de Oliveiratosta Jenny de Oliveira, Carlinho Go-mes da Gama.Olavo Cruz, Alayr CardosoManuel B. Pereira, Álvaro Marcos de

Medeiros, Graziella Coelho, Olympio Cas-tellões, Alberto Paz, João Antônio Pa-checo, Maria de Lourdes Ribeiro, JoãoEllery, Antônio Gomes, Luiz Henrique B.Filho, Déa Lara Cerqueira, Braulio deSooza Machado, Octavio Gomes dosSantos, Djanira Martins, José RangelGuimarães, João Prado Júnior, MariaJudith Borba, Maria do Carmo Gu-erra,Vicente Guerra Filho, Joaquim Silveira,A1var0 Thomaz Coelho, Maria Carpenter,Dinorah Pacheco, Corbelina Leão, HelenaMelga-ço, Hilda Lussac, José O. Gurgel

Wêw

*SÊ^A^Ajjfj0& ... '¦

va, Lu;ziüha Silva, Antonico Silva, Os-waldinho Orlando. Florentino Vella, Car-mita Salgado.Constança Calmon, Maria Aurora da Pu-rificação, Euterpe Madedo Xavier, Ni-colau Novoa Campos, Orlando Lanzoni,Waldemiro Moreira, Edgard P. Cortez,José de Mello Moraes, Floriana Eloy Ri-beiro, José Mariano Halfeld, AlbertoSchuckeber Júnior, Olga Ferreira, Car-los Guilherme Èfnbach. Moacyr Wey,Arnaldo L. da Fonseca, Marietta Kra-mer, Aida Rosa, Emilia do NascimentoMesquita, Renato Silveira Mendes, JoséRangel, Regina Araújo Guimarães, Car-men de Castro, Luiz Lima da Veiga,Arlctte da Cruz Rangel. Zelia VersianiVelloso, Gumercindo dos Santos Júnior,Yolanda Machado, Manoel Alvares, Se-vero Paiva, Laura Ribeiro Paz, Clotildede Campos Cunha, Anala Dulcinéa Mo-reira da Silva, Antonietta Soares de Re-zende, Delcio Goulart, Daniel Florentinoda Costa, Darcy Gomes de Lima, EliToão José Combat. Eufhalia Bach. Sylv:a

de Almeida e Albuquerque, EduardoSanta Rosa, Iracy Maria Porto. VolandaTeixeira da Silva, Yara Del Porto, Je-suina de Freitas Braga, DemosthenesPereira de Almeida, Ceciía de Carvalho,Antônio Barbosa Vianna Netto, R. Pinto)Achilles Monteiro Netto, Waldemar Fi-

.ent, Jair de Mello, Theòdozio MaurícioWanderlev, Maria Orminda da MattaMachado, Jandyra Valle, Carlos R. Fi-lho, Herminia C. Oliveira, Oscar dos

AngeV.ca dos Anjos Osório, galante assi-gnaivle d'" O TMco-Tico", die 2 annosde edade e filha do Sr. José AugustoOs°i'io Junbr.

de Mendonça, Lygia Abreu, João Thomazde Aquino,lrma Solero,Hermann Muller,José Pinto Ferreira de Magalhães,, Gi-ceüa Aldighior-, Octacilio de Freitas As-Sümpção, Oiga Sollér, Orlando BrandãoFidalgo, João Ferreira Migowski, EdithDi:que Estrada, Maria Elza Cartolano,João Ribeiro Netto, André Pastore, Ba-ptisra, Raphael de Maria, Waldemar Le-févre, Leda Collor, Syivio Serra, MariaAmélia, Renato Santos, Rubens Silva,Moniz Freire, Marianna Souza, Amei-aSilva, Jurandyr Porteüa, Zuhnirinha Sil-

0 MALHO 8 os ssiis prêmiosPorque desanimar na luta

pela vida se, comprando sema-nalmente O MALHO, podeis,divertindo-vos com as suaschanjes, obter ao mesmo tem-po, por meio de seus concursostrimestraes, o dinheiro que vospermittirá, endireitar a vida ?

Vejam O MALHO e leiam ascondições do concurso de 10CONTOS, em dinheiro, dividi-dos em 4 sorteios de 2:500$000cada um.

-*-*~*=^í'~.^?.^^*~#^^«5*S«&x^«s^.^*s*^«^.js^3a t5sfô»S»S*S»S*5«5«&^*5*^=SS*^*S«3

È

^EMULSÃO de SCO!:t"í:1 A^

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O TICO-TICO

Alencar, Dorinha S. Siqueira, CarmelitaSantos Pereira, Robenal Silva, MarioMaranhão, Silvio Amarante, Ernestina C.Monte, Arcyria de Castro Sócrates, Tra-jano Avelino, Carlos Américo dos Reis,Odette Castro da Veiga Pinto. MarioCarneiro, Davina Nambri, Raul Blondet,Eryz de Castro, Alzira Amélia Passos,Moacyr de Azevedo. Edgard de Moraes,Francisco Pedroso Filho, João FranciscoPontes, Mercedes Berlink, FioravanteScaldaíerri, Noemia D. Aveliar, MiltonPeixoto Maia, José Bento de Faria, Er-melinda Ferreira Rios, Dariolina Pereira,Zilmar C. Araripc Macedo, Jacy Pegode Amorim, Amelita Costa Franco, Ly-gia Estrella, Olginia Durão, Anna deMoura, Mercedes Araújo Barbosa , Se-bstião Gama Cruz Júnior, Rita Castello,Irmã Corena, Olympia de L. Câmara,Lavnia Arosighsia, Maria de LourdesVianna, Raul de Mattos Vieira, MariaA. L. Naegele, Francisco Calmou, Joa-qu;.m Colombiano Barcellos, AugustoFausto dos Reis e Joaquim Fernandes.

FOI ESTE O RESULTADO FINAL :Io prêmio — io$ooo.

ANTONIETTA SOARES DEREZENDEde 12 annos de edade, residente á rua Ita-quatv 11..168, Cascadura — Capital Fede-ral.

2° prêmio — Uma assignatura animald'0 Tico-Tico.

MARIO MARANHÃOcom 12 annos de edade, residente á ruaVieira dos Santos O. 22, Paranaguá —Estado do Paraná.

3° prêmio — Um enveloppe contendovários sellos estrangeiros no valor de 10francos e offerecido pela casa Taymansde Thuim.

ELI JOÃO JOSÉ COMBATde 11 annos de edade, residente á ruaGavião Peixoto n. 184, Nictheroy — Es-tado do Rio de Janeiro.

CONCURSOS ATRAZADOSPor falta absoluta de espaço deixamos

de publicar os nomes dos leitores que nosenviaram soluções atrazadas dos concur-sos ns. 1.170 e 1.161.

CONCURSO N. 1.180PARA-OS LEITORES DOS ESTADOS

PRÓXIMOS E D'ESTA CAPITAL'Perguntas:

— Qual é o sobrenome doqual trocando-se a primeira"syl-laba por uma vogai, não ficamoço ?

3 syllabas.(Henrique da Conceição)— Qual é a parte da arvore

que lida ás avessas é nome dehomem ?

syllabas.(Oscar Borgette Teixeira)— O que respiramos, jun-tando á vogai e a uma nota mu-

sical, fica um instrumento delavoura ? 3 svllabas.

(Alfredo de Figueiredo)4—Elle é ave domestica,

Ella têm os animaes ?2 syllabas.

(Emma P. Silva)As perguntas de hoje, a pri-meira vista, parecem difficeis,

entretanto, asseguramos desdejá a nossos amiguinhos quenenhumadiOiculdacle encontra-rao na deciíração das mesmas,pois apenas com um pouquinhode attenção e bôa vontade tudose conseguirá...

O encerramento do presenteconcurso será no dia 23 deAbril, entrando em sorteio so-mente as soluções que trouxe-rem á margem'do papel o valerespectivo, a assignatura dopróprio punho do concorrentee ainda a declaração por exten-so da residência e edade.Estan-do todas certas e obedecendoas condições acima estipuladas,entrarão no sorteio geral parao qual temos os seguintes pre-mios a distribuir:

1' prêmio 10$—2- prêmio—Uma assignatura

annual do semanário illustradoO Tico-Tico

CONCURSO N. 1.181

Pa ha os feitores dos Estados e d'êsta capitai,

/**-' ^^H w\* Bw

O concurso de hoje, enviado aesta redacção pelo nosso leitorOmar Lopes Cardoso, é muito fácil,confessamos, apesar de não parecer.O X da questão está, em nossos lei-

tores organizarem com os oito peda-cinhos gravados, a deciina-quartalettra do alphabeto. Facilitada destemodo a solução, esperamos, nenhu-ma difficuldade encontrarão na re-ferida organização d'este concurso,cujo encerramento será no próximodia 30 de Maio.

Como sempre, as soluções devem

vir assiguadas pelo punho do pro-prio concorrente, trazerem a decla-ração por extenso da residência eedade, e, finalmente, virem acompa-nhadas do vale respectivo que seacha numa das paginas á cores. Osprêmios que temos à distribuir emsorteio entre as soluções certas e queobedecerem a todas as condições aci-ma estipuladas, são os seguintes:

i° Prêmio — io$ooo.2o Prêmio — Uma assignatura

annual do Tico-Tico, semanário ü-lustrado infantil.

CORREIO DOS PHILATEUSTASMiguel Ducos (Rua Barão de Guará-

tibu, 25, Cattete, Capital.) -*- Troca sellosda França; Por*ugal, Inglaterra e Itália,por sellos da Rússia", Venezuela, Colom-bia e Equador.

João Alves Valladão (Campanha, sulde Minas) — Troca sello? da França eItália por sellos da Austrália, Montene-gro ou Suissa.

José L. Lixa (Rua í< üi- Dezembro 87,estação da Mangueira) —7 Troca sellos doChile por sellos do Uruguay.

A. Wilcox — Caixa postal n° 51 (Bi-hia, Brazil)—Troca sellos da Inglaterra,França, Canadá, Terra Nora, Hespa-nha, Cuba, Dinamarca e Estados Unidospor sellos do Brazil de 300 réis para cima 1e Tricentenario do Pará e Cabo Frio.

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O TICO-TICO PRESTIDIGITAÇAO E HONESTIDADE < >

!) Tanto que alguns jogadores já des-confiados com elle ainda mais licaiamPreoccupados. E estavam todos assimquando os creados começaram a gritar:—Gatuno l Gatuno I

2) Pedrosa, pensando que se refe-riam a elle, disse muito afílicto ao Sr.Anselmo': — Estou perdido. Cale-seIEu o salvarei — respondeu o Sr. An-sehno.

3) De facto, um gatuno introduzira-seno vestiário do club e estava furtandoos sobretudos e chapéus dos sócios.

4) Mas a policia accudiu logo, pren-V^,° miserável em flagrante e obn-gando-o a resumir tudo...

5) ... collocou immcdiatamentetodos os sobretudos em seu logar.Este facto produziu profunda impres-são em Pedrosa que foi o ultimo a sa-hir...

t>) . .e. contemplando o logar do furtomurmurava :—Santo Deus ! A estas ho-ras era eu que podia estar preso, des-honrado... E muito envergonhado vol-tou ao seu hotel...

7) Ahi cque o deiP'ocurac°rreu a'o

hegando, o porteiro disse-lheegado ja lá tinha estado a suaTremulo de pavor, Pedrosahotel em que o Sr. Anselmo...

8)...se alojara e o bom homem disse-lhe apenas : — «Não se inquiete. Dei-xe tudo por minha conta.» D'ahi apouco chegou o delegado a procura...

9) . ..de Pedrosa. Tinha recebido quei-xa contra elle e queria prendel-o. Maso Sr. Anselmo disse-lhe : — O senhorestá enganado. Este homem, como eu...

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Ilr m-______M. -JcSl y-âA\yy _¦¦¦¦1()) •-. um ai tis

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fem para aqui dar espectaculos. Entãopara lazer reclame resolveu dar prova depua habilidade no próprio Casino, por-uue assim...

ii)... toda a gente fatiara- neii. eseu espectaculo terá grande êxito. Pa-ra provar que as.im é, vou fazer ai-gumas sortes a sua vista. Para provarsua honestidade, meu amigo vae res-tituir todo o dinheiro que ganhou no

lã) O PeJiosd issiiu fez e arrepen-dido de sua deshonestidade, passou atrabalhar somente como artista emprestidigitação, dando espectaculoscom grande êxito.

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r ™t_: «-» W V V*.V* *-rC-rV^_- -IXwMLc.

Você é bicho...E' irracional...Ah!.ikl

Você esta me provocando..Você e um «invertebrado!»

¦!¦¦—« ii""" «i m.""—i ¦—« «ii im n -—a—m—bmMK————

2) . . e .1 'Mil i n ha um irracionalcomi1) Depois que a galünha deixou uma lembrança sobre ameza e fugiu, Chiquinho chamou o <Benjamin e perguntou-lhe:—Você sabe o que é uma gallinha ? E' ave — disse elle. Simé uma ave, um animal doméstico. Você também é um animaldoméstico. Comprehendeu? Com a differença, que você é umanimal racional porque'é gente

3) ...mais do que um macaco mais ou menos feitotodos os outros animaes Foi por isso que gente' Elle, Jagunço, sim. é mais do que qualquerella fez aquillo. Ora. Jagunço que ouvira a cachorro vagabundo; é cachorro intelligente. Mas oconversa achou nisso muita graça. Sendo moleque todo inchado com as palavras de Chiquinho,assim, então como e que elle seria classili- aChou de se metter a debicar o Jagunço, que apezar decado ? Em sua opinião Benjamin, não era... cochorro tem consciência do seu valor" .

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J|Í5iò professo.. JaOjtfrvçofe tá mi offendendo...

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ii-... e por isso reagiu, disse desaforos de foddotamanho. -Benjamin foi se queixar. Chiquinho então ex-plicou que invertebrados são chamados os animaes quenão tem espinha dorsal e vertebrados os que tem. Po-rem, o que o Jagunço quizera dizer é que elle, moleque„a:Jra,raio..mi„caM2.Um.„l„M.,.e„

õ) E... Jagunço não esperou por mais. Fez uma sarrajas-cada temerosa. O moleque parecia massa de farinha, sendobatida na mesa para fazer macarrão. E' que Jagunço ficaracolérico e quando elle fica assim não ha quem não coma. .

6) . .fogo. Rodou... rodou até o molequeficar feito bacalhau Depois trepou-lhe naespinha dorsal, com ar triumphante. Pa-recia-lhe ter tirado a prova de que Denjaminera mesmo «invertebrado».me