daki janeiro de 2015

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São Gonçalo Rio de Janeiro Ano 2 Nº 14 Janeiro de 2015 [email protected] SECRETÁRIO, NANCI JÁ MIRA 2016 EM SG D4 IDOSOS DE ABRIGO SOFREM COM CALOR D7 POLICIAIS DEFENDEM LEGALIZAR AS DROGAS D9 GUIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS DAKI D10 DO PORTO VELHO À REITORIA DA CÂNDIDO MENDES PARA SER GRANDE, TEM QUE PENSAR GRANDE JORNAL ESTREIA CADERNO CULTURAL NESTA EDIÇÃO MULIM CORTA 20% DO ORÇAMENTO DE CABO A RABO MARCELO BARBOSA CONTA COMO FOI O 3º FÓRUM RIO JOBSON, depois da chapuletada do Gonçalense FC sobre o Botafogo É o Gonça! É o Gonça! Com medida, aproximadamente mil servidores serão exonerados, além de todas as secretarias sofrerem com o corte que pode chegar R$ 50 milhões. Pag. 3 Se tava faltando, não falta mais. A partir dessa edição o gon- çalense querido fica sabendo o que rola na cultura e nas artes. Pág. 13 Ousado e visionário, Joacir Thomaz, presi- dente do clube, constrói estádio com capacidade para 43 mil pessoas e quer ter quinta maior torcida até 2019. Págs. 12 e 16 EU NUNCA TINHA OUVIDO FALAR, MAS AGORA SEI QUEM É... COINCIDÊNCIAS QUE CERCAM O SECRETÁRIO Claudio Mendonça, secretário de Educação, é conhecido por fazer compras sem licitação por onde passou PÁGINA 5 Uma das advogadas mais importantes da cidade fala sobre o novo FGTS. P3 Nosso colunista foi à Nova Iguaçu onde foram debatidas soluções para as cidades. P6 Josè Carlos Oliveira, pró-reitor da universidade, conta a sua trajetória. P7 ADRIANA BRANDÃO ESTREIA COLUNA JURÍDICA DIVULGAÇÃO 0,75 R$

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Publicação de janeiro de 2015 com 16 páginas, 4 a mais que a edição passada.

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Page 1: DAKI JANEIRO DE 2015

São Gonçalo Rio de Janeiro Ano 2 Nº 14 Janeiro de 2015 [email protected]

SECRETÁRIO, NANCI JÁ MIRA 2016 EM SG D4

IDOSOS DE ABRIGO SOFREM COM CALOR D7

POLICIAIS DEFENDEM LEGALIZAR AS DROGAS D9

GUIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS DAKI D10

DO PORTO VELHO À REITORIA DA CÂNDIDO MENDES

PARA SER GRANDE, TEM QUE PENSAR GRANDE

JORNAL ESTREIA CADERNO CULTURAL NESTA EDIÇÃO

MULIM CORTA 20% DO ORÇAMENTO DE CABO A RABO

MARCELO BARBOSA CONTA COMO FOI O 3º FÓRUM RIO

JOBSON, depois da chapuletada doGonçalense FCsobre o Botafogo

É o Gonça!É o Gonça!

Com medida, aproximadamente mil servidores serão exonerados, além de todas as secretarias sofrerem com o corte que pode chegar R$ 50 milhões. Pag. 3

Se tava faltando, não falta mais. A partir dessa edição o gon-çalense querido fica sabendo o que rola na cultura e nas artes. Pág. 13

Ousado e visionário, Joacir Thomaz, presi-dente do clube, constrói estádio com capacidade para 43 mil pessoas e quer ter quinta maior torcida até 2019. Págs. 12 e 16

EU NUNCA TINHA OUVIDO FALAR,MAS AGORASEI QUEM É...

COINCIDÊNCIAS QUE CERCAM O SECRETÁRIO Claudio Mendonça, secretário de Educação, é conhecido por fazer compras sem licitação por onde passou

PÁGINA 5

Uma das advogadas mais importantes da cidade fala sobre o novo FGTS. P3

Nosso colunista foi à Nova Iguaçu onde foram debatidas soluções para as cidades. P6

Josè Carlos Oliveira, pró-reitor da universidade, conta a sua trajetória. P7

ADRIANA BRANDÃO ESTREIA COLUNA JURÍDICA

“DIVULGAÇÃO

0,75R$

Page 2: DAKI JANEIRO DE 2015

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD2

Uma publicação Editora Apologia Brasil Ltda. Travessa Lafaiete Silva, 463, Porto Velho - SG. Telefone: 7767-5595 Email: [email protected] - Editor-Chefe: Helcio Albano Fotos: Agência AB e Divulgação - Conselho Gestor: Marcelo Barbosa, Darc Freitas Colaboração: Flavinho Batata

Ano 2 Nº 14 JANEIRO de 2015 Distribuição Dirigida na Cidade de São Gonçalo FACEBOOK: www.facebook.com/jornaldaki <> BLOG: dakisg.blogspot.com.br

CULPA O PREGOEIRO...

Notícias quentes na hora da pausa

TCE endurece com prefeito e mantém multa

Caro leitor e leitora Daki. Uma das funções do verea-dor é a criação de leis que aprimorem as relações so-ciais e dos indivíduos perante a administração pública. Uma outra função, tão importante quanto, é a da fis-calização dos atos do governo. E nisso em São Gonçalo vamos de mal a pior.

A principal prerrogativa de qualquer governo é gover-nar, para isso é que ele foi eleito depois que, de forma democrática, apresentou as suas propostas que foram escolhidas pela maioria da população no exercício so-berano do voto. Mas todo governo deve respeitar as regras estabelecidas e estar sempre atento aos anseios da sociedade que a cada dia fica mais exigente.

Por isso que em 2009 criamos e fizemos aprovar a Lei 234/09 que versa sobre a publicidade dos gastos da prefei-tura na internet com linguagem simples e de fácil entendi-

mento para todos os cidadãos gonçalenses. Porém, nem a ex-prefeita da cidade e nem o atual se mostraram dispos-tos a oferecer essa importante e necessária ferramenta de controle sobre como e onde se gasta o nosso dinheiro.

Em pleno século 21 ainda somos reféns das letras miú-das e das informações truncadas publicadas no Diário Oficial. E quando identificado algum ato obscuro da administração pública, não raramente, nós vereadores, ainda temos que driblar a má vontade dos secretários que respondem cada um por suas pastas quando convo-cados para dar explicações no parlamento. A sociedade quer e exige mais transparência do poder público.

***

Nesta minha primeira coluna do ano desejo saúde, ainda mais saúde, paz e sabedoria a todos. Feliz 2015.

CÂMARA AGORA www.vereadormarlos.com.br

Coluna do MarlosCafé com Política

ELEIÇÕES OAB II ANO NOVO, CASA NOVA Política Em 2015 a Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção São Gonçalo, escolherá sua nova diretoria para o triênio 2016-2018 muito provavel-mente entre 3 chapas concorrentes.

ELEIÇÕES OABO atual presidente da OAB/SG, que venceu o último pleito pela NOVA OAB, está tendo sérias dificuldades em achar um sucessor. A cada convite que faz, mais um não é escutado.

O presidente da Câmara de Vereadores, Diney Marins, finalmente apresentou o projeto arquitetô-nico da nova casa dos parlamentares gonçalen-ses no prédio do antigo Fó[email protected]

Fiscalização: problemas objetivos

O Tribunal de Contas do Estado bateu o martelo e exigiu que a prefeitura realize imediatamente licitação para coleta de lixo na cidade, além de ter mantido multa de R$ 119 mil ao prefeitoe aplicado outra multa diária de R$ 11 mil a contar do dia 7 de dezembro de 2014.

A prefeitura enviou edital de licitação errado para o TCE, o que, segundo o tribunal, é uma forma de atrasar a contratação em definitivo de uma empresa e assim ter o pretexto de contratar emergencialmente.

O Jornal Daki adquiriu um colunista de peso. Todas as terças-feiras o nosso blog publica os artigos do verea-dor Marco Rodrigues, que narra os principais assuntos da semana na Câmara de Vereadores.

POR DENTRO

O leitor Daki agora tem esse jornal e nossas mídias na internet para ficar bem informado. Através do blog, do facebook e do Youtube você tem à dis-posição 24 horas por dia nossos conteúdos.

+blogFabiano Barreto, o homem do tanque rosa do Patronato

Tendências & Debates Daki: Regulação da Mídia

TV Daki: Entrevista com Helcio Albano

Todo dia uma nova entrevista

Sabe o cara que pintou o tanque de guerra da Praça dos Ex-Combaten-tes de rosa? Pois é, o Jornal Daki ba-teu um papo longo com ele (foto) e descobriu que na verdade quis chamar a atenção para o aban-dono de nossa cidade. Vai lá e tire suas conclusões.

Esse é o assunto do ano e ainda vai dar muito o que falar. Os barões da imprensa já taxam de cen-sura e não querem nem debater o assunto. Seto-

res importantes da sociedade e defensores da democratização dos meios de comunicação

querem a regulação logo. E aí? Vai no blog.

O Jornal Daki reconhece o imenso valor dessa gente da terra e dá visibilidade a elas em micro-entrevistas que vão para a rede todos os dias, sempre com uma personalidade dife-rente, entre elas, Josias Avila (foto), ex-deputado e atual presidente do Abrigo Cristo Redentor. Conhece alguém que merece visibilidade? Então entra em nossa página do face, indica a pessoa, que a gente corre atrás e faz a entrevista.

O idealizador do Jornal Daki deu uma entrevista ao programa Sua Cidade, Seus Valores e revelou os seus planos

de conqusitar o mundo. Assista.

+blog

Por Darc Freitas

Page 3: DAKI JANEIRO DE 2015

Executivo corta 20% do orçamento de 2015

D3ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

DINDIM A MENOS

No mês passado, o Su-premo Tribunal Federal declarou inconstitucionais normas que previam pres-crição de 30 anos para co-brança judicial do FGTS, alterando a sua jurispru-dência para o prazo de 05 anos. Na referida decisão, o Ministro Gilmar Mendes, explicou que o artigo 7º, inciso III da Constituição, portanto, entendeu que, se a Constituição regula a matéria, não poderia a lei ordinária tratar o tema de outra forma.

O FGTS é um conjunto de recursos captados jun-to ao setor privado, que todo trabalhador brasi-leiro com contrato de tra-balho formal tem direito, criado em 1966, com o objetivo de regularizar a relação Empregado x Empregador, construindo um pecúlio para o traba-lhador quando de sua aposentadoria ou o prote-gendo da demissão sem justa causa.

O recolhimento do FGTS é uma obrigação do Em-pregador, e se não forem realizados, os Emprega-dores estão sujeitos à mul-ta e e juros de mora, mas quando o trabalhador é demitido sem justa causa, o empregador é obrigado a fazer um outro depósito, a título de multa rescisória corresponde a 50%, dos quais 40% são creditados na conta vinculada do tra-balhador. O empregador doméstico credita ao tra-balhador os 50%.

Os depósitos podem ser sacados nas seguintes si-tuações:

SE LIGA!

As regras do FGTS mudaram.E agora, o que fazer?

- Demissão sem justa causa; Término do contra-to por prazo determina-do; Rescisão do contrato por extinção total ou par-cial da empresa; Rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior; Aposentadoria; Necessi-dade pessoal, urgente e grave quando a situação de emergência ou o esta-do de calamidade pública for assim reconhecido por meio de portaria do Go-verno Federal; Suspensão

do Trabalho Avulso; Fale-cimento do trabalhador; Idade igual ou superior a 70 anos; Trabalhador ou seu dependente portador do vírus HIV; Trabalhador ou seu dependente aco-metido de neoplasia ma-ligna - câncer; Trabalha-dor ou seu dependente em estágio terminal, em razão de doença grave; Conta sem depósito por 3 anos seguidos, cujo afas-tamento tenha ocorrido até 13/07/90; 03 anos se-guidos fora do regime do FGTS, cujo afastamento tenha ocorrido a partir de 14/07/90, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta; Compra da casa própria, liquidação ou amortização de dívida ou pagamento de parte das prestações de financia-mento habitacional.

Para o prefeito conseguir a verba extra foi modificado o parágrafo do artigo 8º da Lei Orgânica Municipal que proibia usar dinheiro de supéravit do ano vigente da LOA.

Depois dos governos federal e estadual anun-ciarem cortes no orça-mento, chegou a vez da prefeitura de São Gon-çalo. O Prefeito Neilton Mulim publicou decreto que determina o corte de gastos e custeio da admi-nistração. O corte de 20% de custeio e pessoal deve chegar a R$ 50 milhões ao ano. A determinação se antecipa à previsão de queda de arrecadação de ICMS e royalties de petró-leo este ano.

Em São Gonçalo serão reduzidos em 20% o valor dos contratos administra-tivos. Outra determinação

Com medida, estima-se que mil servidores em cargos de comissão sejam exonerados. Todas as secretarias terão gastos reduzidos e novos investimentos ficam comprometidos

é a redução de até 20% dos servidores em cargos de comissão, atingindo aproximadante mil pes-

soas em diversas áreas da administração. Governo alega que serviços não se-rão afetados.

Os Cortes de pessoal co-meçaram no final de 2014 com a extinção ou fusão

de algumas secretarias e autarquias do município. Estima-se em 5.500 o nú-mero de cargos em comis-são (nomeados) de um to-tal de 12 mil servidores da administração direta. Em 2011 o Ministério Público exigiu a assinatura de um Termo de Ajuste de Con-duta (TAC) com a prefeitu-ra para eliminação de 50% dos cargos em comissão e contratação de funcioná-rios efetivos.

Sinal Amarelo

A medida tomada pelo executivo compromete novos investimentos no município que depende

fortemente dos repasses estaduais e federais que também tomaram medi-das de contenção de gas-tos. “Será um ano difícil para os gonçalenses pois os gastos da prefeitura se restringirão apenas ao que está estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA)”, disse o vereador Marlos Costa.

No final do ano passado o prefeito recorreu aos ve-readores para que mudas-sem a Lei Orgânica Muni-cipal e assim possibilitar o uso de R$ 36 milhões para pagamento de fornece-dores que estavam sem receber desde agosto.

Prefeito espera obter um corte de até R$ 50 milhões com custeio edministrativo e de pessoal

O recolhimento do FGTS é uma obrigação do Em-pregador, e se não forem realizados, os Empregado-res estão sujeitos à multa e e juros de mora

Estima-se em 5.500 o número de cargos em comissão (nomeados) de um total de 12 mil servidores da admi-nistração direta

Olhar JurídicoPOR ADRIANA BRANDÃO

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Page 4: DAKI JANEIRO DE 2015

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD4

Amigo leitor e leitora Daki, finalmente a casa legislati-va da nossa cidade, após al-gumas audiências públicas envolvendo sociedade e o Executivo municipal, termi-nou os trabalhos de leitura, análise e de proposições de emendas parlamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA) que passa a vigorar em 1º de janeiro de 2015.

A LOA é uma exigência constitucional que equiva-le ao orçamento (receitas e despesas) de uma família du-rante o ano. Para 2015 o orça-mento da prefeitura ficou um pouco acima de R$ 1,2 bilhão para serem gastos com a fo-lha salarial dos funcionários e com todas as secretarias da administração pública direta e indireta, sejam em despesas obrigatórias ou em investi-mentos para a cidade.

O governo apresenta uma planilha que deve conter to-das as receitas do município, sejam elas advindas dos tribu-tos ou de repasses dos gover-nos estadual e federal, e tam-bém as despesas obrigatórias. A diferença positiva (o dinhei-ro que sobra) é utilizado para investimentos e melhorias da vida do gonçalense.

É aí que a sociedade e os vereadores podem ter prota-gonismo ao propor em for-ma de destaque, emendas ao que foi elaborado pelo Executivo. O nosso mandato, por exemplo, depois de ouvir a população, criou e aprovou três emendas ao orçamento que beneficiam os bairros do Jardim Catarina e Laranjal. E você, vamos nos encontrar na LOA/2016? Muita saúde e paz neste ano que se inicia.

No dia 5 de janeiro, fo-ram empossados os novos secretários escolhidos a dedo pelo governador Luiz Fernando Pezão após uma intrincada e sofisticada equação política no esta-do. Dentre eles, o deputado José Luiz Nanci, que ocu-pará uma secretaria criada sob medida para o médico gonçalense: a de Envelheci-mento Saudável e Qualida-de de Vida.

Não se sabe ainda qual será exatamente sua dotação or-çamentária neste ano, pois a Lei Orçamentária Anual (LOA-2015) enviada pelo executivo aos deputados da Alerj para o exercício fiscal vigente, que prevê R$ 7 milhões para a pasta, deve sofrer cortes de contingência pelo Executivo. Mas isso não chega a ser um problema imediato para o seu titular, que ainda preci-sará gastar boa parte do seu tempo em estudos e elabora-ção de ações para a área, que efetivamente só serão coloca-das em prática no segundo semestre.

Missão Cumprida

SUCESSÃO

PORVEREADOR

PROFESSORPAULO

CIDADE EM DEBATE

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Grupo político articula frente ampla para as eleições

Nanci assume secretaria e mira 2016

As eleições acabaram, entrou o recesso parlamentar e todo mundo curte o descanso po-lítico merecido. Ledo engano. Os bastidores da política gon-çalense estão mais agitados do que nunca.

Políticos de diferentes par-

Deputado se equilibra entre gestão e política em 2015

tidos se uniram em torno de uma agenda política que foca as eleições municipais em 2016 e a escolha do futuro candidato ao executivo que enfrentará o atual prefeito Neilton Mulim e possivelmente José Luiz Nanci.

Na linha de frente do grupo

estão os parlamentares Marlos Costa (PT), Marco Rodrigues (PSD), Alexandre Gomes (PSB) e Diego São Paio (PRP). Marlos, seguindo cronograma parti-dário, lançou seu nome como pré-candidato em reunião do seu partido em dezembro. In-ternamente, precisará disputar

O Rio de Janeiro concentra a maior população idosa do Brasil, 14,9% segundo últi-mo censo do IBGE realizado em 2010. São 2,4 milhões de pessoas com 60 anos ou mais que pela primeira vez serão foco preferencial das ações do estado em saúde, educação, cultura e esportes, e ligar todos esses pontos não será uma tarefa simples para o secretário, porém aus-piciosa para uma boa parte da população que vive sob extrema precariedade nessa fase especial de suas vidas.

E a nomeação do gon-çalense ilustre como secre-tário de estado vem gerando fortes emoções no mundo político de sua cidade natal. Tido como o grande vitorio-so das eleições passadas na cidade, o médico anestesis-ta José Luiz Nanci é o aglu-tinador natural das forças de oposição ao governo Neil-ton Mulim, e sua candidatu-ra ao cargo máximo da mu-nicipalidade é dada como certa em 2016. A política ama as especulações, assim

como ama o poder. E o go-vernador Pezão deu todas as condições a Nanci para isso. José Luiz Nanci hoje é, junto ao prefeito Neilton Mulim, a principal peça política no tabuleiro do poder em São Gonçalo.

BREVE AUSÊNCIA

Nanci se afastou temporia-riamente do cargo e retorna-rá ao governo do estado após a eleição da mesa diretora da Assembléia Legislativa do Es-tado do Rio de Janeiro (Alerj) que ocorrerá nos dias 1 e 2 de fevereiro. Quem assume o cargo interinamente é Ro-gério Jorge Rodrigues, sub-secretário administrativo da pasta e assessor do deputa-do. “Ficarei na Alerj somente

até o fim de janeiro, para ser empossado como deputado estadual reeleito, em cerimô-nia marcada para o início de fevereiro, e participar da vo-tação para a nova Mesa Dire-tora da Casa”, esclarece.

Em cerimônia de posse da secretaria, Nanci afirmou que há muitos projetos para colocar em prática, como a ginástica da terceira idade e ter um ônibus itinerante que vai percorrer todo o estado do Rio, com nutricionista, oftalmologista, geriatria e dentista para promover o envelhecimento saudável. As ações da secretaria, antes concentradas na capital e na região serrana, serão imple-mentadas em toda área me-tropolitana.

a indicação com mais quatro outros nomes, entre eles, o ex--vereador Miguel Moraes.

O PSB vive uma luta surda pelo controle do partido entre o ex--deputado Dilson Drumond e o grupo do presidente da Câma-ra Diney Marins e Osmar Leitão, atual presidente do partido, que apoiam a frente pluriparti-dária criada. Inspiração para o surgimento da frente foi o Gru-po Lavoura.

Page 5: DAKI JANEIRO DE 2015

Claudio Mendonça, conhecido em Búzios como “secretário-inexigibilidade”, comprou R$ 8 milhões em livros sem concorrência

D5ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

O Diário Oficial de 10 de se-tembro trouxe em sua pági-na um ato de “Ratificação de Inexigibilidade” na aquisição do projeto “Magia de Ler”, da Editora Melhoramentos, no valor de R$ 8.050.782,00 que, segundo o documento, será implantado nas unidades de educação infantil do primeiro segmento em São Gonçalo a partir de 2015. Quem assina a autorização do ato que deso-briga concorrência de preços é o secretário de Educação do Município, Claudio Roberto Mendonça Schiphorst.

O atual secretário de Edu-cação de São Gonçalo é bem conhecido no magistério e no meio político fluminenses, pri-meiro ligado ao PDT e, depois, à família Garotinho. Foi esta úl-tima que permitiu a Mendonça tornar-se secretário de estado nos anos 2004/2006, além de presidir diversas fundações, sempre ligadas à educação. Aliás, foram essas experiências que dão dor de cabeça atual-mente ao secretário junto à Justiça e que começaram a construir sua fama de “secretá-rio-inexigibilidade”.

Em decisão publicada no dia 08 de novembro de 2013 e am-plamente repercutida pela im-prensa, a 14ª Vara de Fazenda

Secretário compra lote de livros sem licitação

Claudio Mendonça com o prefeito Neilton Mulim: gastança

Inexigibilidade [ine-zi-gi-bilidade] = o que inexige ou que não exige

Pública da capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) condenou Mendonça, juntamente com a ex-governadora Rosinha Garo-tinho, pelo crime de improbi-dade administrativa por terem contratado, sem licitação, a Fundação Euclides da Cunha para implantação de um pro-grama de informática que con-templaria os municípios do Rio com a criação de 254 salas e laboratórios equipados.

A juíza Simone Lopes Cos-ta informou na decisão - que obrigou os réus a pagarem multa, além de terem perdido os direitos políticos -, que no processo não ficou provado a instalação das salas e, “inde-pendentemente da instalação dos laboratórios, tal atividade deveria ter sido precedida de licitação, uma vez que com-petiria a qualquer empresa do setor a participar da concorrên-cia pública” . A decisão foi pro-ferida em primeira instância e cabe recurso no pleno do TJRJ.

E a passagem de Mendonça nos dois últimos municípios como secretário, antes de São Gonçalo, também não foI tran-quila. Em Niterói, cidade onde mora, entre 2010/2012 quan-do foi presidente da Fundação Municipal de Educação (FME), cargo que detém a chave do cofre, Claudio Mendonça teve

duros embates com o sindica-to local dos professores (Sepe) e com vereadores de oposi-ção ao prefeito Jorge Roberto Silveira. O sindicato, inclusive, chegou a promover um plebis-cito na rede de ensino (com nú-meros não revelados) em que 92% dos votantes rechaçaram as políticas da FME e o próprio secretário.

Em meio às acusações de fal-ta de transparência nos gastos da Fundação, a aquisição (sem licitação) do programa “Magia de Ler” foi a gota dágua para o desgaste das relações de Men-donça e a comunidade edu-cacional de Niterói. Aquisição à Melhoramentos também foi de R$ 8 milhões em três anos.

No município de Búzios a si-tuação não foi diferente. Lá fez inimigos ferozes na Cãmara de Vereadores e entre profissio-nais da educação. Chamado pela imprensa local de “reati-vo como uma onça”, os bate--bocas entre Mendonça e um blog local de grande audiên-cia já entraram para a história da pequena cidade da Região dos Lagos. Foi neste blog que surgiu a alcunha de “secretá-rio-inexigibilidade. O então se-cretário da pasta em Búzios em 2013/2014 também enfrentou uma situação inusitada em que até o vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, marchou com

manifestantes contra a situa-ção da educação na cidade, que passava por uma séria cri-se de merenda estragada. Mu-niz criticava, como ocorrido em Niterói, a falta de transparência da secretaria e a “caixa preta” em que tinha se tornado. E a aquisição do programa “Magia de Ler” por R$ 490 mil, também sem licitação, pesou na opinião do vice-prefeito.

Já em São Gonçalo, Mendon-ça - que foi consultor do Banco Mundial e ex-candidato derro-tado a vereador pelo PSC de Niterói em 2012, quando ob-teve 621 votos - promete mais polêmica. Francamente con-trário, por razões diversas, às eleiçoes diretas para diretores de escola, disse recentemente à TV Win que a aprovação de tal medida não passa porque os diretores são indicações dos vereadores. Em outubro, na audiência pública sobre a LOA 2015, entre afirmações consideradas arrogantes pe-los vereadores presentes, ten-tou justificar a compra de R$ 8 milhões em livros com a in-tenção de gastar mais R$ 4 mi-lhões no programa “Magia de Ler” até dezembro, sempre fiel ao seu estilo “inexigibilidade”.

Tentamos entrar em conta-to com o secretário através de email com perguntas que você pode ter acesso em nosso blog.

Por Helcio Albano

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Para saber mais, acesse:www.imob12.com.br

Ligue: (21) 975750194

SÃO GONÇALO VOCÊ ENCONTRA AQUI

www.tvpontodevista.com.br

Page 6: DAKI JANEIRO DE 2015

GALO BRANCO Moradores re-clamam da falta de regularidade das linhas da Viação Galo Branco. Espera chega a mais de 1 hora para o 530.

VILA LAGE Uma das portas de entrada da cidade, o bairro vira um caos quando chove mais forte. Há anos moradores pedem por reurbanização do local.

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD6

Nos [email protected]

Prefeitura dá um ‘migué’ na Record e não comparece

Planejamento da cidade requer participação

Até às 11:59 da manhã do dia 03 de dezembro os moradores da Rua Antonio Carlos, no Por-to Velho, esperaram os servidores da prefeitura que uma semana antes prometeram, com regis-tro do programa Balan-ço Geral, da TV Record, resolver (ou começar a resolver) os problemas da localidade.

Meio dia em ponto, o apresentador Wagner Montes chama o link da reportagem que logo

Moradores da Rua Antonio Carlos e equipe do Balanço Geral esperaram, esperaram e nada

mostra o entulho, o es-goto e a decepção dos moradores com a falta de compromisso da pre-feitura: “Já fizemos ofício, relatamos o problema à Ouvidoria, chamamos a TV. Agora iremos procu-rar o ministério público (MP) denunciando o pre-feito pelo crime de res-ponsabilidade. Não é só aqui não, o bairro todo sofre”, disse Flavio Car-neiro, o Flavinho Batata.

A denúncia no MP será protocolada este mês.

Flavinho Batata com repórter: decepção

REPRODUÇÃO

Maria Rita e Paul Leroux na mesma ano após ano

Geralmente as coisas que são tão absurdas costumam chamar mais a atenção. Mas não é isso que acontece em relação à prefeitura que até hoje não resolveu os proble-mas das enchentes na Rua Maria Rita, no Porto Novo, e na Paul Leroux, no Marimbondo.

Na Maria Rita, na altura do número 1207, há um valão que há anos está assoreado e qualquer chu-vinha faz transbordá-lo, in-tensificando o mal cheiro

Esgoto e lixo a céu aberto já fazem parte da paisa-gem sem que o poder público resolva o problema

e o risco de doenças para quem passa pela rua em dias de enchentes, como afirma o comerciante Clau-dio Fillipe, de 20 anos.

Já na altura do número 642 da Rua Paul Leroux é o lixo que predomina, tra-zendo toda sorte insetos e ratos que infernizam a vida do pedreiro Luiz Gustavo.

Sugerimos aos morado-res que azucrinem a pre-feitura através da Ouvido-ria municipal. O telefone é 2199-6374.

Assoreamento já quase no nível da calçada

Meu bairro, minha rua

Tive a sorte de participar, convidado pelo meu que-rido amigo Fernando Busson, do 3º Forum Rio, pro-movido pela Casa Fluminense, que ocorreu em Nova Iguaçu no final do ano passado, tendo como princi-pais temas a segurança, mobilidade, Baía de Guana-bara e cultura.

Esse evento é realizado a cada quatro meses e funciona como um espaço de diálogo e articula-ção entre grupos, instituições e indivíduos que atuam para ampliar a democracia, enfrentar as desigualdades e estimular o desenvolvimento sustentável no Estado do Rio.

Para mim foi único, proveitoso e saboroso saber que tanta gente, seja por iniciativa individual ou ins-titucional, está antenada com os problemas que afli-gem a região metropolitana do Rio, e que somente por uma ação conjunta e integrada do poder público e da sociedade civil vamos conseguir superá-los de modo criativo, inteligente e sustentável.

Também lá tive a certeza de que através do senso comum pouco avançaremos em questões comple-xas como segurança e mobilidade, por exemplo. Para se compreender com profundidade esses te-mas, há de se mergulhar nos exemplos já existentes ao mesmo tempo colocando as nossas mentes para refeletir sobre propostas alternativas que sejam cal-cadas na realidade. A região metropolitana não é para amadores.

Email:[email protected]

Page 7: DAKI JANEIRO DE 2015

mais, são também professores das universidades públicas. Há um controle freqüente por parte do órgão competente, sem entrarmos no mérito da autonomia universitária, seria muito pra eles. O que nos so-bra, na verdade, o próprio alu-no. É isso! A diferença está no grau de percepção do aluno.

Lembrei-me então das tar-des em que minha única preocupação era comprar o pão às três horas da tarde e

esperar os amigos para uma boa partida de futebel, no saudoso campo da Brama. Das noites onde nos reuní-amos para ouvir as histórias contadas pelos nossos pais e pelos pais de nossos amigos, que carinhosamente chamá-vamos de tios. Época em que nosso único medo vinnha dos mortos, pelas histórias enriquecidas em fantasias, e não dos vivos, como hoje ocorre. Sem estes momen-tos, hoje não seria metade do que sou e apenas sou!

Não somos partes dissocia-das da realidade que vive-mos. Porque conhecimento vem da escola sim, mas edu-cação vem de casa.

José Carlos S. Oliveira é pró--reitor da Universidade Cân-dido Mendes e bem nascido e criado no Porto Velho.

D7ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

Operadoras vão barrar internet ao fim do pacote

Trânsito muda preferência para contratação

MEMÓRIAS I José Carlos O. Santos

As empresas que ofere-cem o pior e mais caro ser-viço de internet do mundo não dão moleza para o so-frido cliente: agora quan-do o pacote de dados da internet acabar eles vão cortar de vez. Antes só di-minuíam a velocidade.A quem reclamar? Tem

não. Que o santíssimo espí-rito do wifi nos livre de ficar sem internet.

Não teve jeito. O caos no trânsito que faz o traba-lhador perder até 4 horas pra ir e voltar do seu local de trabalho anda influindo na escolha dos funcioná-rios pelas empresas. Agora currículo e proximidade de moradia ao emprego têm o mesmo peso, é o que aponta uma pesquisa do Sebrae com 800 empresas no Rio. Em alguns casos, e não são poucos, a mora-dia do candidato tem peso ainda maior.A pesquisa só vem a con-

solidar, mas só que de maneira inversa, uma ten-dência dos próprios traba-lhadores a procurarem em-prego perto de suas casas. Motivo: qualidade de vida.

Não somos partes disso-ciadas da realidade que vivemos

Certa vez, convidado pela subseção da OAB de São Gonçalo, para falar aos alunos do ensino médio da região, destaquei, como requisito es-sencial, o fazer pelo aprender, pois ao perquirir nossos obje-tivos com uma concorrência cada vez mais necessitada pela colocação, temos a errô-nea percepção de que, sendo o tempo curto, devemos nos agarrar a primeira oportuni-dade que aparece, sem ao menos saber se estamos no lugar certo.

É vital para aqueles que bus-cam a realização de seus so-nhos, o sucesso profissional, ter a noção exata de suas po-tencialidades de forma que possam adequá-las ao ofício. Esta adequação, na verdade, é o equilíbrio entre o labor e labuta. Este como verdadei-ro mecanismo producente, sendo o primeiro, como defi-nição dos romanos, a satisfa-ção sobre o fazer de outrem como extensão do próprio corpo, o que hoje dizemos “nasci pra isso”.

Nesta mesma palestra, uma aluna do ensino médio sus-tenta a dificuldade encon-trada, por ela e seus colegas, e não conhecendo o mundo do qual já faço parte, sem ter a certeza de que um dia poderá também integra-lo, questiona-me sobre a dife-rença entre uma instituição de ensino superior particular e uma pública. Sem vacilar respondi: nenhuma!

Fundamentei: como exem-plo, utilizei o curso de direito, quando o MEC exige no currí-culo disciplinas fundamentais para o exercício da profissão. Os professores das institui-ções particulares, cada vez

Cristo Redentor pede ajuda à sociedadeTradicional abrigo de idosos da cidade passa por sérias difi-culdades financeiras. Forte calor piora ainda mais o problema

O Abrigo do Cristo Redentor, no bairro Estrela do Norte passa por situação crítica devido aos não repasses obrigatórios do governo do estado, via Funda-ção Leão XIII, com a instituição. Segundo o presidente interino do Abrigo, Josias Ávila, só está sendo possível continuar a assis-tência aos idosos pela boa von-tade dos funcionários e a solida-riedade da população. “Estamos com um déficit de mais de R$ 600 mil e sobrevivemos através de doações”, afirma Ávila.

As altas temperaturas castigam os idosos acamados que são os

Os alunos, professores, diretoras e funcionários do C.E. Cel. Francisco Lima promoveram, no último dia 04 de dezembro, um grande projeto de solidariedade, como ação bimestral da área de humanas, onde fo-ram realizadas visitas ao Lar casa Adonai, ao Asilo Lar Batista e tam-bém receberam, na escola, os alunos da Creche Cidadãos do Futuro e do REAME. No mesmo dia, o Francisco Lima foi premiado pelo projeto “Pedalando nas Escolas” pela Sec. Estadual de Educação.

mais vulneráveis do abrigo: “Da-mos a eles atenção redobrada”, disse Josias, que comemora a doação de condicionador de ar de um dos colaboradores.

Na campanha para o governo do estado, o governador eleito Pezão reconheceu o problema e prometeu resolvê-lo. Enquanto a solução não vem em definitivo para o Abrigo, a instituição po-derá contar com emenda parla-mentar do deputado Commte Bitencourt que destina uma verba R$ 1,2 milhão para obras emergencias no prédio, como a troca do antigo telhado.

Idosos mais vulneráveis sofrem com calor intenso do verão

Quando escolhas certas fazem toda a diferença

FOTO REGISTRO

SEU BOLSO

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JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD8

Cáritas dá apoio psico-pedagógico no Gradim

“É melhor trocar o galo da igreja pelo urubu”

O Cáritas – Centro de apoio es-colar e psicopedagógico aten-de crianças, jovens e adultos com dificuldades de aprendi-zagem, síndromes ou transtor-nos, de forma gratuita ou com valores acessiveis, na região do Bairro do Gradim.

O projeto tocado pela psico-pedagoga Claudia Nepomuce-no existe desde 2011e mantém convênios com a igreja Nossa

Senhora da Conceição e esco-las que encaminham aqueles que têm dificuldade de apren-dizagem e que precisam de apoio clínico especializado.

O projeto também se estende aos responsáveis dos pacientes que se reúnem de 3 em 3 me-ses para monitorar os avanços obtidos pelos assistidos. O Cá-ritas fica na Rua Visconde de Itaúna, 1299- Gradim.

Claudio Nepomuceno coordena o programa desde 2011

O padre Wilson Luís Ramos que sofreu racismo dos fiéis

O papa Francisco já manifestou por mais de uma vez seu ponto de vista condenando o racismo, mas parece que o bispo Dom Luiz Antônio Cipolini não atende aos recados do sumo pontífice. Bispo de Marília, Dom Luiz en-carou o caso de racismo sofrido por um padre negro tomando a atitude mais cômoda: tirar a víti-ma da paróquia.

O fato ocorreu na cidade de Adamantina, interior de São Paulo. Wilson Luís Ramos, padre da principal paróquia da cida-

Os destino dos 43 estu-dantes desaparecidos na ci-dade de Iguala, México, ain-da é um mistério apesar de haver fortes indícios de que tenham sido assassinados pelas forças de segurança e por narcotraficantes a man-do do prefeito e de sua mu-lher, que tem vínculo com o cartel (facção) local. Lá, a polícia é controlada pelo prefeito.

O país, que vem sendo re-fém do crime organizado, principalmente nas regiões próximas aos EUA, entrou em crise com manifestações diárias da população que pressionam as autoridades a solucionar imediatamente o sumiço dos estudantes.

de, afirma ter sofrido rejeição de alguns fiéis por ser negro e atuar em favor dos mais po-bres. Ele disse que ouviu mu-lheres dizendo que deveriam trocar o galo no topo da igreja por um urubu.

Dom Luiz, alegando que a paróquia está dividida, com “grave prejuízo ou perturba-ção à comunidade eclesial”, decidiu tirar o padre do lugar, apesar dos protestos da maio-ria da população pela manu-tenção do pároco.

No México, sumiço dos estudantes ainda intriga

GIRO PELO MUNDO

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D9ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

Grupo de policiais quer acabar com proibição às drogas No Brasil, 167 policiais fazem parte da LEAP, associação dos agentes da lei contra a proibição. Eles conhecem de perto a “guerra às drogas” e dizem que a proibição, além de ineficiente, só serve para criminalizar os mais pobres

DIVULGAÇÃO

EspecialPonte.Org

“Sou coronel inativo na Polícia Militar, onde traba-lhei por 33 anos, fui chefe do Estado-Maior Geral da PM e comandei batalhão, sempre com aquela ideia de que nós precisávamos combater os traficantes e, principalmente, os usuá-rios. Percebi que o traba-lho que nós fazíamos era como enxugar gelo. E eu pergunto: para quê? Por que tanta gente morta? Qual é a finalidade disso?”, conta o coronel reforma-do da PM Jorge da Silva.

Em busca de respostas, o coronel resolveu cur-sar Ciências Sociais “para refletir”. Hoje professor aposentado da Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Silva tor-nou-se um dos porta-vo-zes do ramo brasileiro da Law Enforcement Against Prohibition, associação de agentes da lei contra a proibição das drogas.

“O proibicionismo é um modelo macabro, que produz mortes principal-mente de pessoas po-bres, que não têm voz e morrem como baratas no Brasil inteiro”, afirmou, em 24/11, durante o seminá-rio “Drogas: Legalização + Controle”, uma iniciativa da Leap Brasil e do Fórum Permanente de Direitos Humanos da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Para Sil-

va, legalizar não significa liberar. “Liberado é como está hoje. Nossa proposta é legalizar sob o controle do Estado, e não do mer-cado mundial de drogas”, afirma.

A Leap foi criada para dar voz a integrantes ou ex-integrantes da polícia e do sistema penal, que, vivendo na pele a política de guerra às drogas, de-cidiram “falar claramente sobre a necessidade da legalização e consequen-te regulamentação da produção, do comércio e consumo de todas as dro-gas”, explicou o delega-do Orlando Zaccone, na abertura do evento.

Segundo Zaccone, a LEAP Brasil possui, hoje, 236 membros, dos quais 167 são policiais, a maioria deles na ativa. A entidade

está presente em 21 es-tados brasileiros e no Dis-trito Federal, e conta com 1250 apoiadores. “Nós defendemos a legalização de todas as drogas. E sa-bem por quê? Porque nós somos ‘maus’”, ironizou Zaccone. “E somos ‘maus’ porque os ‘bons’ têm pro-duzido um dos maiores genocídios da História”, completou.

Mãos sujas

“Estou muito cansado de ver policiais morrendo”, afirmou o detetive inspe-tor Francisco Chao, que atua há 19 anos na Polícia do Rio, com passagem por unidades como a Coorde-nadoria de Recursos Espe-ciais (CORE) e a Delegacia de Repressão a Entorpe-centes (DRE). “Eu gostaria muito, antes de me apo-sentar na polícia, e faltam

dez anos, de ver o fim da insanidade dessa guerra, que não interessa à polícia e nem à sociedade.”

Chao, que fez uma par-ticipação no filme “Tropa de Elite 2”, contou que a guerra às drogas do mun-do real é muito diferente do cinema, e não só por-que “sangue cenográfico não fede”, mas principal-mente porque a violência e a corrupção apagam as fronteiras entre mocinhos e vilões. “O informante da droga a gente não encon-tra na igreja. Ele é um in-formante sujo, e não tem como mexer com sujeira sem sujar as mãos.”

Para o delegado Thiago Luís Martins, que durante três anos atuou na Dele-gacia de Combate as Dro-gas (DCOD) do Rio, o mo-delo proibicionista está

na raiz dos abusos come-tidos pelas polícias contra os moradores de favelas e periferias, embora o dis-curso oficial prefira culpar os indivíduos. “Quando a polícia mata um trabalha-dor, esse discurso parte da ideia de que o problema não é da política de com-bate às drogas, mas, sim, de um policial bandido que está na corporação, o que não é verdade”, afir-mou.

A causa, segundo Mar-tins, está numa segu-rança pública que opera pela lógica da guerra. O delegado afirma que o estresse dos confrontos é tão grande que há casos de policiais que “surtam” e disparam contra os pró-prios colegas. “Em tiroteio na favela, ninguém sabe quem atirou em quem”, disse. “A morte de inocen-

tes, o policial que perde a noção na hora do comba-te e acaba se excedendo, são fenômenos produzi-dos pela guerra.”

Falando sobre as origens do proibicionismo, Mar-tins disse que a separa-ção entre drogas lícitas e ilícitas não se baseou em critérios científicos, e, sim, em preconceitos. O mo-delo proibicionista ado-tado pelo mundo nasceu nos Estados Unidos, onde, a partir dos anos 20, o governo passou a proibir substâncias associadas, no imaginário americano, a grupos sociais margina-lizados: a maconha, rela-cionada aos mexicanos, o ópio, aos chineses, e a cocaína aos negros. “O ra-cismo, a discriminação e o preconceito orientam a política antidrogas desde o seu início”, afirmou.

Policiais participam do seminário “Drogas: Legalização + Controle”, no Rio de Janeiro | Foto: LEAP Brasil

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Cursos: mais de 1000 vagas em São Gonçalo

Já estão abertas as inscrições para preencher mais de 1.100 vagas em cursos profissionali-zantes, oferecidos pela secretaria de Desenvol-vimento Social de São Gonçalo. As aulas acon-tecerão nos Polos de Qualificação Profissional de Vista Alegre, Trindade e Coelho. A oportunidade de capacitação é voltada para jovens e adultos.

os cursos estão distribuídos em três localidades, os polos de de Qualificação da Trindade, Coelho e Vista Alegre. Maiores informações pelos telefones 3710-1706 e 2724-3518. É necesssário documentação para a matrícula.

Entre os diversos cursos oferecidos estão artesanatos em EVA, ca-beleireiro, canto e violão, capitonê, compotas, con-feiteiro, corte e costura, decupagem, depilação, desenho artístico, doces finos, entrelaçados em fitas, escultura em frutas e legumes, informática, inglês, limpeza de pele, manicure, noções bási-cas de massagem.

Page 11: DAKI JANEIRO DE 2015

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JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD12

EsporteGrafia l Por Rennan Rebello

do Gonçalense. A empatia do nosso time com o público pode nos trazer 150 mil torce-dores nesses quatro anos, aí ultrapasseremos o Goytacaz em número de torcida. Nos transformaremos no cão fare-jador dos quatro grandes do Rio”, afirmou bem-humorado.

E se Joacir pensa em con-quistar corações e mentes dos torcedores, ele está no cami-nho certo. No mesmo progra-ma afirmou que o Gonçalense não é apenas futebol. Está nos planos do clube investir em outras modalidades do espor-te, como futebol feminino e americano, atletismo e artes marciais. Algumas academias já possuem convênio com o tricolor.

Por essas e outras é que vai ficar marcado o jogo contra o Botafogo no dia 17 de janei-ro. Perguntado se ouvira falar do Gonçalense, o jogador Jobson disse que não, mas que a partir daquele dia ia saber quem o Gonçalense é.

Rennan Rebello é membro fundador do coletivo audiovi-sual Moinhos de Vento, respon-sável pelo blog esportegrafia.blogspot.com.

Nós do Jornal Daki e do EsporteGrafia participamos de um debate animado e descontraído a convite do programa Debate Esportivo Gonçalense, na Radio Stillus FM, com o presidente do Gonçalense FC, Joacir Tho-maz, e saímos entusiasma-dos com o que ouvimos.

Entre uma brincadeira e outra com o Glorioso, que foi batido em jogo-treino pelo tricolor metropolitano por 1x0, gol de Raí (lembre desse nome), no centro de treina-mentos de Várzea das Moças, em Niterói, o presidente do time afirmou que sonha alto e trabalha noite dia para reali-zar o seu sonho: “Queremos e podemos ser a quinta maior força do estado”, disse.

E para chegar a esse objeti-vo ele se utiliza de duas coisas simples: a paixão do gon-çalense pelo futebol e a mate-mática. Se tudo der certo em seu planejamento, em 2019 o Catarinão já estará pronto e o time firme tanto na série A do Carioca como na elite do fu-tebol brasileiro: “ Teremos um estádio para 43 mil pessoas. Só no (Jardim) Catarina, onde está sendo construído, temos mais de 80 mil pessoas que com certeza acompanharão os jogos já como torcedores

CRUZADAS

1.Forrar o fundo da panela de pressão com metade das ce-bolas, desfazer um cubo de caldo de carne e colocar por cima das cebolas, adionar a carne, por cima desfazer outro cubo de caldo de carne, cobrir a carne com o restante das cebolas e desfazer o outro cubo por cimas das cebolas2.Fechar a panela de pressão, sem adicionar água, deixar mais ou menos uns 25 minutos, abrir a panela, verificar se a carne está mole, senão deixar mais uns 10 minutos3.Está pronta uma carne saborosa, prática e rápida de fazer4.Se quiser pode, depois da carne pronta adicionar umas batatas em rodelas e deixar mais uns 10 minutos no fogo5.Fica uma delícia

1kg de carne (acém patinho lombo de porco)8 cebolas grandes cortadas em rodelas3 ou 4 cubos de caldo de carne

Modo de PreparoIngredientes

Receita Rápida l Carne de Panela com Batata

35min

5 porções

Gonçalense FC almeja ser quinta força do estado

No programa, Joacir cumprimentando Rodrigo Santos

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Page 13: DAKI JANEIRO DE 2015

D13ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIRO JORNAL DAKI a notícia que te interessa

Uma mordida de um cachorro teria sido o mo-tivo para o primeiro tex-to. Logo após este fato, o cronista em questão postou no site de rela-cionamentos do face-book tudo sobre o fatídi-co acontecido

“O lançamento da coletânea

literária “Crônicas de Gon-ça” em 2013 pelas mãos do mentor da obra André Cor-reia, Carol Magalhães, Édi-po Ferreira, Fernando Porto e Nicolle e Juareis Mendes é um marco na produção lite-rária independente na cena cultura de São Gonçalo.

Segundo André Correia, “o livro ‘Crônicas D’Gonça’

CadernoAgliberto Mendes es-treia coluna onde fala-rá dos “causos” sobre a cidade que tanto ama e que escolheu para viver. Nesta edição ele fala de Gonçalo, o santo. de CULTURA

Contando Histórias...

Agliberto, o Vovozinho

é uma obra literária que sur-giu por acaso. Uma mordida de um cachorro teria sido o motivo para o primeiro texto. Logo após este fato, o cronista em questão postou no site de relacionamentos do facebook tudo sobre o fatídico acontecido. O fato foi intitulado ‘Crônica I-re-levante. A mordida do Leão’ e o texto ganhou a opinião pública digital”.

A partir daí outros autores se juntaram à ideia e posta-ram os seus cotidianos na mesma página de relaciona-mentos. “O montante deste conteúdo involuntariamen-te sugeriu a elaboração de um livro a partir da relação com a internet e o lugar em que vivem”, lembra Correia. A obra literária não busca um modelo científico para a crônica, incluindo prosas e

acrósticos.

O livro provou aos autores a viabilidade da produção independente ao mesmo tempo que criou know-how para obras futuras: O con-teúdo revela não só a ca-pacidade de produção da juventude, mas também a gerência de ideias acerca do que pretende realizar na so-ciedade”, encerra Correia.

Autores no dia do lançamento da obra “Crônicas de Gonça”, produção indepen-dente com autores novatos da cidade de São Gonçalo.

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JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD14

Juca Ferreira toma posse

Bares apostam em Gastronomia com cultura

Ministro tem como grande desafio reestruturar os pontos de cultura em todo o país

Um camarãozinho, cerveja gelada e muito jazz

Juca Ferreira tomou posse como ministro da Cultura pela segunda vez no dia 12 de janeiro. Juca já havia comanda-do a pasta no segundo governo Lula, substi-tuindo Gilberto Gil. E agora, o que esperar?

É sabido que o ano de 2015 será barra-pesada para as contas do gover-no. A presidenta Dilma ordenou corte em to-dos os ministérios, e a Cultura que não tem lá um grande orçamento, também vai sofrer cor-tes. Mas mesmo assim, setores da área estão fes-tejando a nomeação. Por quê? Pelo o que o minis-tro já fez e a forma como dialoga com o setor.

O português Gonçalo Pereira, padre domini-cano, falecido na cidade de Amarante, foi beati-ficado, mas não chegou a ser reconhecido como Santo, devido a uma série de dificuldades e imprevistos, relaciona-dos à longa guerra tra-vada entre Portugueses e Espanhóis. Mas, em respeito à qualidade do seu trabalho religioso, e ao seu imenso núme-ro de devotos, a Igreja Católica determinou que o dia 10 de janei-ro fosse dedicado a São Gonçalo, de Amaran-te. Mais tarde, essa data foi alterada para 16 de Setembro.

Segundo a lenda, to-cava violão e usava a dança, como ferra-menta para convencer e evangelizar pessoas. Talvez, por isso, é tido como protetor dos vio-leiros, mas não é só, pois, também, é patro-no dos ossos, acode em casos de enchentes, e, como Santo Antônio, é casamenteiro.

Outro português, fi-dalgo, natural da mes-ma Amarante, também chamado Gonçalo, porém sendo Gonçal-ves de sobrenome, ao receber a doação de

Tá a fim de curtir um happy-hour ou uma noite agradável com o/a namorado/namorada comendo um delicio-so petisco ouvindo boa música? Pois os seus problemas acabaram.

Alguns bares de São Gonçalo diversifica-ram os seus modelos de negócios e oferecem à clientela muito mais

É ideia de Juca Ferrei-ra os festejados Pontos de Cultura, que impôs uma nova lógica de dis-tribuição de verbas e de produção do fazer cultu-ral em todo o país, desde os grandes centros até as periferias.

Segundo o jornalista Luis Nassif, a cultura tem um lado tradicional (a cultura regional), um lado empresarial (a in-dústria do audiovisual) e um lado transgressor. Para ele, a estratégia de Juca contempla as três frentes, e por isso põe de lado a ideia patrimonia-lista de tutelar a cultura como mera produtora de entretenimento com subsídio do governo.

que um chopp ou uma porção de frango a pas-sarinho.

O Cultural Bier, que fica na Parada 40, inves-te em alta gastronomia com pratos variados. Lá também é possível en-contrar uma boa carta de cervejas artesanais a partir de R$ 8. Se não bastasse tudo isso, o cheff e proprietário do

bar, Kleber Murilo, pre-senteia seus clientes e amigos com boa música que vai da MPB até uma bela jam session de jazz às quartas.

Já o Sintonia Fina, no Centro, não fica para trás na cozinha, mas a sua especialidade cul-tural é a poesia e a lite-ratura. O proprietário Fábio Hartmann, que

também é poeta, pro-move todos os meses o Diário da Poesia, com convidados super espe-ciais que transformam o restaurante numa verdadeira galeria de arte com música, expo-sições, lançamentos li-terários e, claro, poesia.

Então, já sabe para onde ir? Os dois bares têm páginas no face.

uma sesmaria, inicia o povoamento de nossa cidade, São Gonçalo, e constrói a Capela dedi-cada a São Gonçalo De Amarante, hoje, a nossa Igreja Matriz. Conta-se que São Gonçalo, para reabilitar as prostitutas, vestia-se de mulher e dançava e cantava com elas a noite toda.

Segundo os mais an-tigos, a mulher que tocar o túmulo de São Gonçalo do Amaran-te, em Portugal, terá casamento garantido, dentro de no máximo, um ano.

Em Portugal, o San-to já foi muito home-nageado com danças, que aconteciam den-tro de Igrejas, e esses eventos comemorati-vos eram chamados de “Festa das Regateiras”, ocasiões em que par-ticipavam as mulheres que queriam se casar.

Alguns dados, mas não todos, foram con-sultados em “O Muni-cípio de São Gonçalo e sua História”, obra da Professora Ma-ria Nelma Carvalho Braga. Os versos da religiosidade popular estão na página “Me-mórias de São Gonça-lo”, no facebook.

OVovozinhoPor Agliberto Mendes

São Gonçalo: o santo gente boa

“SUA CIDADE E SEU VALORES” RADIO FLUMINENSE AM 540Todo sábado, Nelson Carneiro comanda um debate sobre temas variados do país, do estado e de São Gonçalo De 10 h ao Meio Dia

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D15ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIRO JORNAL DAKI a notícia que te interessa

Sorria: este carnaval será televisionado

Blogs culturais de SG promovem auto-estima da cidade

Por iniciativa pessoal ou coletiva de autores e pesquisadores, cidade passa a conhecer a sua história através da blogosfera

Moinhos de Vento prepara cobertura como nunca se viu em SG

Tardock, Alex Wölbert e Wilson Tafulhar: produtores de conhecimento

Peu (boné) e Rebello (selfie) com os amigos

Não faz muito tempo, a vida cultural de São Gonçalo era um enor-me Saara de idéias. Não porque necessariamente uma cidade deste tama-nho não produzia cultu-ra, arte e conhecimento, simplesmente não tinha por onde escoar o que era produzido. Isso mu-dou com o advento e po-pularização da internet.

Hoje, dezenas de blogs de iniciativas pessoais ou de produção coletiva de escritores e pesquisa-dores habitam a rede de computadores levando informação e curiosida-des sobre São Gonçalo. É o caso da página Ta-fulhar, criada e admi-nistrada pelo sociólogo Wilson Vasconcelos. Lá o leitor tem acesso a dados estatísticos e pas-sagens históricas sobre a cidade de autoria do próprio Vasconcelos ou de seus colaboradores fi-xos, como o historiador Luciano Tardock, coor-denador do programa Memória de São Gonça-lo, que o internauta tam-bém encontra na rede.

E quem disse que ape-nas pesquisadores e his-toriadores por forma-ção escrevem sobre São Gonçalo? Na rede vários autores com profissões distintas se aventuram no nobre ofício de pro-duzir conhecimento para o gonçalense ávido por se pertencer à cida-

Os trepidantes rapazes do coletivo audiovisual gonçalense Moinhos de Vento vão cair na folia e cobrir o evento momes-co aqui na terrinha.

Wemerson Peu e Ren-nan Rebello, com ajuda mais que bem-vinda de amigos voluntários, pre-tendem fazer um apa-nhado geral do carnaval gonçalense: “Vamos fazer matérias, pegar o desfile, os blocos de rua, a apuração e outras curiosidades e imagens. Serão webprogramas curtos com formato web mesmo”, disse Rebello.

A Moinhos de Vento se notabilizou depois da cobertura das finais en-

O evento Uma Noi-te na Taverna com 11 anos de estrada subiu no muro. O adminis-trador central do Sesc pediu à gerência regio-nal que suspendesse todos os eventos de ter-ceiros até a conclusão da auditoria interna da instituição.

Com um mix artísti-co que envolve desde música, dança e expo-sição, o evento Diário da Poesia retorna ao restaurante cultural Sintonia Fina no dia 06 de fevereiro. Entre os convidados, Renato Cardoso, Felipe Gam-barine e Melisa.

O trio Madame Lyn segue firme de forte aos sábados no bar Parada do Chopp no fervo do Patronato, próximo à Uerj São Gonçalo.

O repertório é o bom e velho roquenrol, com Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Creedence eo blues brazuca do Celso Blues Boy. Os shows sempre come-çam entre 20:30 e 21 horas.

de, nem que não seja um gonçalense nato. Alex Wölbert é um des-ses casos.

Nascido e criado na Penha, e formado em tecnologia da informa-ção, Wölbert desde 2003 mergulhou na história de São Gonçalo como forma de adaptação à sua nova cidade que escolheu como mora-da. “O convívio com as pessoas que verdadeira-mente amam a cidade me estimulou a conhe-cê-la e posteriormente

escrever crônicas tendo como pano de fundo a sua história”, explica Wölbert.

Para o também blo-gueiro e editor do Jornal Daki, Helcio Albano, o surgimento dos blogs culturais demonstram um reordenamento da produção intelectual em São Gonçalo: “A cidade sofreu muito com o es-vaziamento de suas me-lhores cabeças num pas-sado recente. Por vários motivos, hoje a cidade consegue retê-las. E isso faz um bem enorme, sobretudo para a nossa autoestima”, encerra.

A cidade sofreu muito com o esvazia-mento de suas me-lhores cabeças num passado recente

PAINEL DAKI

tre os clubes Gonçalense FC e São Gonçalo FC na Série C do campeona-to carioca vencido pelo primeiro: “Foi uma ex-periência enriquecedo-ra que nos mostrou do quanto a cidade é carente de produção audiovisual

original. E vamos tentar captar nesse carnaval o verdadeiro espírito fo-lião do gonçalense”, afir-ma Wemerson Peu.

O coletivo disponibili-zou cotas de patrocínio e os detalhes são encon-tradas no facebook.

Sesc não garante continuidade da Taverna em 2015

Diário da Poesia volta em fevereiro no Sintonia Fina

Madame Lyn aos sábados no Parada do Chopp

+blog ENTREVISTA WILSON TAFULHAR

Page 16: DAKI JANEIRO DE 2015

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO II Nº XIV JANEIRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIRO

“Hoje, para alguém ser uma pes-soa decente, precisa ser herói”.

A Casa da Rússia, fala do Sean Connery

Por Cris Souza - blogdacris2014.blogspot.com.br

Depois de algumas leituras estudando sobre ética, essa frase me impactou e me levou a vários questio-namentos sobre a minha maneira de ser ou não ser, dentro de uma sociedade onde o eu vem sempre em primeiro plano.

Se alguém me perguntar se sou uma pessoa boa ou ruim, sem pensar muito responderei que sou uma pes-soa que não faço mal a ninguém, não traio as pessoas que eu amo, sou uma cidadã. Mas essas convicções não me assegura ser ética.

Claro que já fiz coisas das quais não me orgulho, e gos-

taria de não repetí-las e a decisão será sempre minha.

A indiferença e a individualidade passarama a ser tidas como formas de autoproteção e uma maneira de alheamento com o que acontece ao nosso redor. Quan-do eu deixo de ajudar uma pessoa que me pede dinhei-ro na rua por achar que a mesma irá usá-lo de forma inadequada, será que cabe a mim fazer esse juízo de valor? Acredito que não!

A verdade, justiça, bondade e honestidade são temas recorrentes e me faz pensar sobre as minhas atitudes e o quanto realmente desejo com elas transformar a mi-nha vida e quem sabe de algumas pessoas.

A filosofia me salvou em um momento de escuridão e me fez ver a vida de um modo mais leve e acreditar que estou nesse mundo por uma força maior que vai além do meu entedimento e sendo uma errante, desejo acertar algumas vezes.

A ética, a filosofia e eu

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NO BLOG, entrevista exclusiva com Romulo Narducci, que lançou o livro de contos “Angustiolândia”

seguinte já com o nome de Gonçalense Futebol Clube, composto por jo-gadores e comissão téc-nica que o acompanha-ram quando saiu do São Gonçalo FC. “Essa his-tória te lembra alguma coisa?” pergunta Joacir, com um sorriso leve no rosto. Lembra sim, a his-tória do surgimento do time do Flamengo de-pois de uma dissidência na diretoria do tricolor das Laranjeiras. Na final da Série C, vencida pelo tricolor metropolitano, estava em jogo muito mais que futebol...

O clube, que conta com 4 categorias (infantil, ju-venil, juniores e profis-sionais) e folha salarial de pouco mais de R$ 200 mil mensais, se re-forçou para a disputa da série B, mas sem esque-cer o lado social: “Con-tamos com profissionais de diversas áreas como psicólogos, fisioterapeu-tas e assistentes sociais

Joacir: o empreendedorde sonhos

Quando dobramos a Rua 27 no bairro Jar-dim Catarina não acre-ditamos no que vimos. Mas estava lá, bem em frente aos nossos olhos o maior canteiro de obras já erguido em terras gonçalenses. No terre-no, uma grandiosidade de 200 mil m², será er-guida a casa do Gon-çalense FC com capa-cidade final para 43 mil espectadores: o Estádio ‘Cata-Vento’ Cantídio de Oliveira Thomaz, ou simplesmente ‘Cata-rinão’. “Temos um pla-nejamento com pé no chão. Em 7 de março, na estreia do time na Série B contra o Olaria, nosso estádio terá 5 mil assen-tos, em 2016, 20 mil e, finalmente, trabalhare-mos com o horizonte dos 43 mil lugares em 2017, quando estiver-mos firmes na série A do Carioca”, disse Joacir Thomaz, presidente do clube fundado em 2014 e que conseguiu no mes-mo ano acesso à Série B com o título de campeão contra o rival da cidade, São Gonçalo FC.

A história do capixaba Joacir de Oliveira Tho-maz, 60, é reveladora. Aos dois anos chega à cidade com a família que se instala no bairro Jardim Catarina. Entra no ramo de transpor-tes da construção civil como capataz e, em poucos anos, adquire um caminhão que logo se tornaria uma frota. O faro empresarial o faz

fundar sua construtora, a Macroaction, que hoje realiza obras de terrapla-nagem em todo o estado do Rio. Mas onde entra o futebol nessa história?

Em 1994. Agora o ze-loso pai Joacir acompa-nha o filho Thiago em uma ‘peneira’ do Olaria no subúrbio carioca. O garoto bom de bola é aprovado e passa a fre-quentar as dependên-cias do clube para trei-nar. “Acompanhando o Thiago foi que me dei conta de como o mun-do do futebol é cruel nos bastidores. Os jogado-res em geral são muito carentes”, reflete Joacir. Foi aí novamente que o faro do empresário falou mais alto. Convivendo com o mundo boleiro, logo se tornaria empre-sário de alguns garotos que acompanhavam seu filho. A sua experiência no ramo foi bem suce-dida no estado de Santa Catarina, onde chegou a patrocinar alguns clubes e a aprender a gestão do esporte tão importante para a saúde financeira de um time de futebol.

Sentiu-se então prepa-rado para construir um centro de treinamento e mais tarde criar o pró-prio clube em sua cida-de, São Gonçalo. Após uma passagem contur-bada pelo São Gonçalo FC em 2013, compra o clube Tanguá Esporte e Cultura e se increve na Federação para disputar o campeonato do ano

que cuidam da garota-da. “São Gonçalo é um celeiro de craques que queremos que fiquem na cidade, no Gonçalen-se, com toda a estrutura e bem-estar. Não precisa mais cruzar a ponte e passar dificuldades que nós sabemos que são muitas”, afirma Joacir, que celebra a boa relação com o poder público e o prefeito: “Ele sabe da im-portância desse trabalho e se dispôs a ajudar”, disse, salientando ser radicalmente contra ser financiado com dinhei-ro público: “Uma cidade carente como a nossa tem outras prioridades”, explica.

Com seu filho Thiago, agora como braço direi-to no Gonçalense, Joacir sonha alto: “Vamos levar o Gonçalense para a Sé-rie A do Brasileiro em 2019. Quem ama essa cidade acredita em seu potencial e investe aqui”, encerra Joacir.

O empresário e presidente do Gonçalense FC foi levado para o mundo do futebol pelas mãos do filho

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Por Helcio Albanoe Darc Freitas