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1 PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL - MMADRE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA PERIFERIA DA ZONA LESTE DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP: CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO HABITACIONAL SEM PLANEJAMENTO CONSIDERAÇÕES SOBRE A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE REGIÕES PERIFÉRICAS DA ZONA LESTE DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP À LUZ DO INCREMENTO NÃO PLANEJADO DA TAXA DE URBANIZAÇÃO MUNICIPAL Discente: Fernando Martinez Hungaro Professor responsável: Prof. Dr. Marcelo Rodrigo Alves Colaboradores: Profa. Dra. Patricia Alexandra Antunes Prof.ª Dra. Alba Regina Azevedo Arana Esp. Daniel Angelo Macedo Naiara Pavani

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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOMESTRADO EM MEIO AMBIENTE E

DESENVOLVIMENTO REGIONAL - MMADRE

QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA PERIFERIA DA ZONA LESTE DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP: CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO

HABITACIONAL SEM PLANEJAMENTOCONSIDERAÇÕES SOBRE A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE REGIÕES PERIFÉRICAS DA ZONA LESTE DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP À

LUZ DO INCREMENTO NÃO PLANEJADO DA TAXA DE URBANIZAÇÃO MUNICIPAL

Discente: Fernando Martinez Hungaro

Professor responsável: Prof. Dr. Marcelo Rodrigo AlvesColaboradores: Profa. Dra. Patricia Alexandra Antunes

Prof.ª Dra. Alba Regina Azevedo AranaEsp. Daniel Angelo Macedo

Naiara Pavani

Presidente Prudente-SP2018

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RESUMO

O município de Presidente Prudente-SP apresentou, ao longo de cem anos de

história, uma expansão habitacional caracterizada pela debilidade de um

planejamento urbano que adequasse a taxa crescente de urbanização e as

condições de saneamento básico oferecidas à população prudentina. Tal fato trouxe

o surgimento de pontos geográficos nos quais restou patente, ao longo do processo

de expansão urbana, a contaminação dos aquíferos que os abastecem

(especificamente o Adamantina e o Santo Anastácio), trazendo-se a presença

indevida de várias substâncias indesejadas, inclusive o nitrato. O objetivo deste

Projeto é verificar o processo de urbanização prudentino e como este, quando

relacionado à indisponibilidade de pleno saneamento básico em consonância com o

processo de expansão urbana, levam a um quadro de contaminação das águas

subterrâneas, utilizando-se, como indicadores da qualidade da água, parâmetros

químicos e microbiológicos como o pH, condutividade, concentração de nitrato e

coliformes fecais e totais. Para tanto, a pesquisa se pautará, em sua metodologia,

por uma análise bibliográfica acerca do problema ora delineado, posteriormente se

desenvolvendo mediante pesquisa experimental realizada nas regiões periféricas da

zona leste prudentina. Assim, espera-se que os resultados da pesquisa sirvam não

apenas para a compreensão da situação atual da qualidade das águas de tais áreas,

mas também de base para definições de estratégias destinadas a sanar eventuais

problemas relacionados aos parâmetros analisados.

Palavras-chave: Planejamento Urbano. Urbanização. Nitrato. Escherichia coli. Uso

da Água.

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1 INTRODUÇÃO, JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA

O município de Presidente Prudente/SP, encontrando-se na porção

ocidental do estado de São Paulo, distante cerca de 560 quilômetros da capital do

estado e tendo atingido em 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), a marca de 223.749 habitantes (IBGE, 2016, p.1). Consolida-se,

portanto, como o município mais populoso do Oeste Paulista, sendo polo regional de

mais de cinquenta municípios ao seu redor. Todavia, desde a sua fundação, em 14

de setembro de 1917, passou por colonização rápida e desenfreada, a qual trouxe a

impossibilidade de um planejamento urbano para o seu crescimento e expansão

sustentáveis.

Nos dizeres de Honda et. al. (2014, p. 67), trata-se de um processo de

urbanização periférica e segregada:

Presidente Prudente, município de porte médio, localizado no oeste do Estado de São Paulo, apresentou na sua formação política o coronelismo, alterado pelo populismo a partir da década de 1930, que contribui para a ausência de um processo de planejamento e gestão urbanos efetivos e coerentes.Associado a isso, a ausência de uma política habitacional municipal efetiva, o desinteresse público declarado na definição clara de áreas voltadas à habitação social na estrutura urbana, a falta de preocupação com os ambientes natural e construído, reproduzem e reforçam o modelo de expansão urbana periférica e segregada ocorridos nas últimas décadas.

Consequentemente, diante da expansão desordenada, determinados

problemas surgiram e não foram devidamente tratados ou resolvidos ao longo dos

anos. Especificamente no presente projeto de pesquisa, o enfoque recai sobre a

questão das águas subterrâneas no município, haja vista que a colonização, sem o

devido planejamento, trouxe áreas com contaminação substancial e, por vezes,

impróprias para uso e mesmo ingestão (HONDA, 2014, p. 67). Um dos problemas

tratados como relevantes pela literatura até então existente, aponta em direção às

elevadas concentrações do nitrato nas águas subterrâneas do município (GODOY

et. al., 2004, p. 2).

Segundo Godoy et. al. (2004, p. 2):

Nesta cidade os sinais desta contaminação tornaram-se mais frequentes a partir de 1990, com a intensificação da captação de água através de poços tubulares em sua área urbana e peri-urbana. As informações, esparsas, mas significativas, sobre o fenômeno levaram pesquisadores a refletirem

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sobre questões básicas associadas a ele, tais como a sua gravidade, as prováveis fontes de contaminação, a possibilidade de sua expansão em área, providências factíveis para a remediação do dano representado por ele e a proteção aos aquíferos e à saúde da população.

No mesmo contexto, Guerra (2011, p. 1) trata do processo de

urbanização prudentino como forte e distante de um planejamento necessário:

Este município é parcialmente abastecido pelas águas do Sistema Aquífero Bauru, considerado a maior unidade hidrogeológica em área do Estado de São Paulo, ocupando aproximadamente 47 % do território paulista (96.880 km2. Este aquífero, por compor-se principalmente como livre e possuir grande área de afloramento, é o que apresenta maior vulnerabilidade à contaminação antrópica, com os mais elevados valores de nitrato nas águas subterrâneas no Estado de São Paulo.Nos últimos 70 anos, Presidente Prudente sofreu um forte processo de urbanização, inicialmente sem instalação de rede de esgoto, lançando o efluente in natura no solo. Com o processo de urbanização, as fossas foram desativadas e, atualmente, a rede de esgoto cobre aproximadamente 98%.O processo histórico de ocupação territorial não se restringe somente a Presidente Prudente. Inúmeras cidades do centro-oeste paulista convivem com o mesmo problema, dos quais se destacam São José do Rio Preto, Bauru, Marilia, Jaú, entre outros.

Ainda caracterizando a relevância do problema, Guerra (2011, p. 22),

traz um apontamento de que o município de Presidente Prudente possuía, quando

de sua pesquisa, um total de 212 poços cadastrados, sendo 195 passíveis de

análise por atenderem ao conjunto de informações julgadas necessárias pela autora.

Adicionalmente, ressalta-se o enfoque do problema na zona leste do município, por

conta de sua urbanização mais recente (GODOY et. al., 2004, p. 2; GUERRA, 2011,

p. 22).

Portanto, sendo parte integrante dos aquíferos do grupo Bauru,

especificamente dos conjuntos representados na região pelos aquíferos Adamantina

e Santo Anastácio, estudos relacionados ao tema deixam clara a necessidade de

controle da contaminação das águas subterrâneas principalmente pelo nitrato, haja

vista a notoriedade que a situação assume nos dias atuais. Na ausência de

consideração do que ora se discorre, populações futuras podem ter prejuízos

significativos ao utilizarem ou ingerirem água contaminada.

Justifica-se, portanto, o presente projeto, bem como a consequente

pesquisa a ser desenvolvida, pela relevância do problema apontado, qual seja a

contaminação ainda presente das águas subterrâneas de bairros específicos do

município de Presidente Prudente/SP pelo nitrato, em virtude das modalidades de

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colonização desenvolvidas ao longo dos praticamente cem anos de história do

município, considerando a falta de acompanhamento do saneamento básico em tal

processo.

Ainda como justificativa à escolha do tema, a literatura enfatiza a

necessidade de soluções imediatas para a questão, sob pena de prejuízos futuros

consideráveis. Nos dizeres de Biguelini e Gumy (2012, p. 165), a contaminação por

nitrato na água traz graves consequências à saúde. Seu consumo, por meio das

águas de abastecimento, está associado a dois efeitos adversos à saúde: a indução

à metahemoglobinemia, podendo causar cianose intensa e levar à morte, além de

um aumento no risco de aparecimento de linfomas em pessoas que ingerem, em

longo prazo, água com até 4 partes por milhão (ppm) de nitrato.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar a concentração de compostos químicos e microbiológicos em

poços de zonas periféricas da região leste do município de Presidente Prudente e,

posteriormente, comparar os resultados com o processo de urbanização e ocupação

desta região.

2.2 Objetivos Específicos

1. Levantar dados acerca do processo de urbanização prudentino,

olhando-se, especificamente, para:

a) O movimento de expansão urbana das regiões centrais para as

periferias;

b) A legislação pertinente à ocupação de zonas periféricas;

c) A presença do nitrato como composto marcador do processo

de ocupação urbana;

d) A comparação com outros municípios que tiveram processos

semelhantes de urbanização norteada pela presença do nitrato

como composto identificador da falta de saneamento básico a

acompanhar a ocupação populacional.

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2. Realizar análises químicas e microbiológicas das águas dos poços

identificados e selecionados;

3. De posse das informações e resultados acima, discutir os

resultados obtidos, verificando, ainda, como a concentração de

nitrato nas águas dos poços selecionados e os outros parâmetros,

se encontra em relação aos níveis permitidos pelo Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

Ante tais objetivos, pode-se problematizar a situação ora constatada

mediante a verificação de que existiu, nos cem anos de história do município de

Presidente Prudente, um movimento de urbanização não planejado, o qual hoje gera

suas consequências sobre as mais diversas áreas. Escolhe-se para amostra,

portanto, a zona leste prudentina por seu saneamento básico recente ou mesmo

inexistente, fato que traz a presença de poços que servirão como objeto de pesquisa

experimental.

3 HIPÓTESES

Para o problema de pesquisa ora proposto, delineia-se a seguinte

hipótese:

1. A expansão desordenada e não planejada de determinados bairros

do município de Presidente Prudente/SP contribuiu para o

surgimento de uma taxa de urbanização elevada frente à

inexistência de uma rede pública de saneamento satisfatória, fato

que resultou na criação de hábitos inadequados quanto ao uso da

água e esgoto, especificamente o surgimento do saneamento in

situ. Tais hábitos geraram a contaminação dos aquíferos locais

pelo nitrato e seu consequente retorno para consumo das

populações locais. Nos dias atuais, o problema persiste, de modo

que as regiões com saneamento básico recente ou inexistente

(notadamente pontos da zona leste de Presidente Prudente) ainda

se utilizam de fossas e poços, o que vem a ocasionar a presença

de compostos químicos e microbiológicos nas águas subterrâneas.

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Em tal cenário, espera-se que a pesquisa venha a identificar as

relações entre a urbanização inadequada e a presença indesejada do nitrato nas

águas subterrâneas, a partir da verificação experimental dos poços de regiões

periféricas da zona leste prudentina.

4 REVISÃO DA LITERATURA

A problematização que ora se levanta não é inédita na literatura

direcionada ao tema, vez que pesquisadores já têm trabalhado no apontamento de

aspectos primordiais da situação, bem como em possíveis soluções para tanto. De

tal maneira, a pesquisa a ser derivada do presente projeto partirá, entre outras

premissas, daquilo que já se tem produzido, testando então hipóteses em seu

trabalho de campo para buscar conclusões factíveis.

Desta forma, ao considerar as hipóteses do problema acima

enumeradas, verifica-se que a futura pesquisa deverá se dividir em dois blocos. O

primeiro deles estudará justamente aspectos causadores do problema de pesquisa,

isto é, será realizado um aprofundamento na verificação de que de fato houve, nos

cem anos de história do município prudentino, o surgimento de uma contaminação

excessiva pelo nitrato de determinadas áreas urbanas por conta de um processo de

urbanização não planejado, o qual foi pautado pela expansão da população rumo a

áreas não dotadas de saneamento básico. Em tal contexto, se esmiuçará as

peculiaridades dessa anomalia.

Posteriormente, no segundo bloco, o enfoque recairá sobre o âmbito do

nitrato em si, especificamente no estudo das consequências maléficas e prejudiciais

à saúde dos munícipes que ingerem águas contaminadas. Assim, a revisão literária

que ora se faz também pode ser dividida em dois tópicos.

Preliminarmente, todavia, se deve pontuar a razão da preocupação

com as elevadas concentrações do nitrato nas águas subterrâneas. Neste contexto,

Biguelini e Gumy (2012, p. 165) pontuam:

No organismo humano, o nitrato se converte em nitrito e, quando presente na água de consumo humano, tem um efeito mais rápido e pronunciado do que o nitrato. Se o nitrito for ingerido diretamente, pode ocasionar metahemoglobinemia independente da faixa etária do consumidor.

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A contaminação por nitrato, na água de beber, pode trazer graves consequências à saúde. Seu consumo, por meio das águas de abastecimento, está associado a dois efeitos adversos à saúde: a indução àmetahemoglobinemia, especialmente em crianças (impedindo o transporte de oxigênio no sangue), e a formação potencial de nitrosaminas carcinogênicas. Em crianças esse fato é conhecido como a “Síndrome do Bebê Azul”, e afeta principalmente as crianças muito pequenas e também os idosos. Pode causar cianose intensa (devido à metahemoglobinemia), e levar à morte. As altas concentrações de nitrato podem acarretar graves consequências à saúde, entre eles ocorre um aumento no risco de aparecimento de linfomas em pessoas que ingerem, em longo prazo, água com até 4 PPM de nitrato.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) regulamenta a

questão pela Resolução CONAMA nº 396, datada de 2008 (BRASIL, 2008, p. 1),

segundo a qual a máxima concentração permitida de nitrato, para consumo humano,

em águas subterrâneas, é de 10mgN/L ou 45 mgNO3ˉ/L. Assim, a pesquisa derivada

do presente projeto almejará compreender, como se verá a seguir, o cenário

encontrado no município de Presidente Prudente/SP.

4.1 O Movimento Não Planejado da Urbanização Prudentina

Desde o ano de sua fundação (1917), Presidente Prudente passou por

um crescimento relevante tanto de sua população quanto das áreas habitacionais.

Como consequência, se desenvolveu o processo já tratado pela literatura específica

como segregação socioespacial. Segundo Caldeira (2003, p. 20), a segregação

socioespacial é uma característica bastante relevante nas cidades, pois as normas e

legislações que organizam o espaço urbano estão baseados em padrões de

diferenciação e de separação.

Ainda segundo a autora (2003, p. 21), três formas de segregação

socioespacial podem ser constatadas no decorrer do século XX, período a ser

estudado justamente por concentrar o processo de urbanização do município de

Presidente Prudente. A primeira forma concentra a diferença de tipo de moradia, e

pode ser verificada até os anos 1940. A segunda forma, talvez a mais importante,

está relacionada à dicotomia centro-periferia, cujas principais características se

relacionam ao espaço urbano disperso e às grandes distâncias físico-espaciais entre

as classes socioeconômicas, de modo que as classes média e alta permanecem nas

regiões centrais ao passo que os menos favorecidos permanecem em áreas

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periféricas e precárias. Trata-se do processo de segregação observado com maior

vigor entre os anos 1940 e 1980.

Já a terceira forma de segregação, cujo enfoque se dá a partir de 1980,

é aquela que Caldeira (2003, p. 21) denomina “enclaves fortificados”, ou seja, existe

a separação de grupos sociais por muros e tecnologias de segurança, de modo que

os grupos homogêneos devam viver em locais também homogêneos. Neste

contexto, Lojkine (1997, p. 31) pontua que a política urbana é concebida como

produto das contradições existentes entre as relações de diversas forças sociais, e

identifica a relação direta entre política urbana e segregação espacial, ou entre os

planos elaborados e as práticas ocorridas: nos planos estão implícitas as ações e a

lógica social que os produziu, possibilitando a reprodução das ações

segregacionistas.

No caso de Presidente Prudente, as características acima descritas

são observáveis de modo relevante. Segundo Honda et. al. (2014, p. 67), o

município apresenta em sua formação política “o coronelismo, alterado pelo

populismo a partir da década de 1930, fato que contribuiu para a ausência de um

processo de planejamento e gestão urbanos efetivos e coerentes”. A tal cenário,

adiciona-se a falta de uma política habitacional municipal efetiva, o desinteresse

público na definição de áreas voltadas à habitação social na estrutura urbana, bem

como a falta de preocupação com os ambientes natural e construído. Tudo isso

desembocou no processo de segregação socioespacial nos termos tratados acima.

Em tal situação, necessário se faz observar as décadas de 1970 e

1980, momentos em que a expansão urbana ocorreu sem precedentes, ocasionando

o surgimento de grandes vazios no traçado da cidade, vez que a malha urbana

praticamente dobrou nesse período. Marisco (2003, p. 7), informa que foi a partir daí

que começa a se configurar um processo de urbanização altamente segregacionista

no município. Adicionalmente, Honda (2011, p. 89) traz que:

É a partir da década de 1970 que começa a se configurar um processo de urbanização altamente segregacionista na cidade, com participação direta de vários agentes - Poder Público local, incorporadores imobiliários e proprietários fundiários – que agiam no direcionamento da expansão urbana, assim como na destinação das áreas e regiões voltadas às populações de alta e baixa rendas.Os anos de 1975 a 1977 apresentaram grande elevação dos preços dos terrenos, associado à maior participação de pessoas jurídicas no

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processo de comercialização (60%) e de ampliação do processo de implantação de loteamentos na cidade.

Já Melazzo (1993, p. 56) afirma que o processo de expansão territorial

em Presidente Prudente nas décadas de 1970 e 1980 foi superior ao ritmo de

crescimento populacional e ao número de imóveis urbanos edificados, ou seja, a

oferta de lotes foi superior à demanda existente. Em tal diapasão, os dizeres de

Albano (2013, p. 87), pontuam que:

Nos últimos anos da década de 1980, o solo urbano em Presidente Prudente tinha sua propriedade concentrada na mão de poucos investidores, que agiam no direcionamento da expansão urbana. Este período foi marcado também por transformações nas políticas habitacionais do município, que utilizou de desapropriações e parcerias com empresas privadas para construção de habitações sociais. Nessa década também, alteraram-se os padrões de relação entre centro e periferia, visto que até então o centro tradicional possuía predominância comercial na cidade com características de monocentralidade na concentração de estabelecimentos comerciais e de serviços.

Para Marisco (2003, p. 112), “o processo de urbanização da cidade de

Presidente Prudente é análogo ao verificado em todas as cidades que se originaram

e desenvolveram-se sob o modo de produção capitalista”, ou seja, as porções de

terras mais bem localizadas da cidade são adquiridas pelas classes que podem

pagar o preço desta mercadoria, ao passo que as populações com menores

condições econômicas são excluídas pelo mercado imobiliário, vindo a residir,

portanto, em locais sem infraestrutura e serviços adequados. Tal movimento pode

ser verificado na figura abaixo:

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FIGURA 1 – Evolução da Malha Urbana em Presidente Prudente

Fonte: HONDA, 2011, p. 92.

Como resultado daquilo que ora se expõe, Presidente Prudente

apresenta hoje uma taxa de urbanização de 97,91% (IBGE, 2016, p. 1), número que

a coloca como uma cidade de características urbanas e com baixa população

presente em áreas rurais. Outrossim, é possível verificar que o processo de

urbanização, foi pautado pela falta de planejamento. Por mais que houvesse a

tentativa de implantar políticas públicas efetivas para assegurar o crescimento

igualitário da malha urbana, o processo de segregação socioespacial foi inevitável.

Diante do movimento de crescimento não planejado de determinadas

áreas municipais, fato é que diversos problemas urbanísticos surgiram, de modo que

o presente trabalho realiza o enfoque em direção à insuficiência de saneamento

básico frente ao crescimento populacional desordenado. Em específico, a

abordagem recai sobre a questão da contaminação das aguas subterrâneas pelo

nitrato, justamente pela relevância que o problema adquire quando se verifica a

existência de fossas e poços ainda em atividade, o que vem a reverter águas

contaminadas para o consumo humano.

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4.2 A Contaminação de Águas Subterrâneas por Nitrato em Presidente Prudente

O município de Presidente Prudente teve sua colonização

caracterizada por uma forma não planejada, isto é, seu crescimento se deu sem que

a gestão pública pudesse acompanhá-lo no que tange ao atendimento de todas as

necessidades básicas. O resultado do processo se verifica em praticamente todas

as áreas de políticas públicas. Em uma breve visualização, é possível verificar o

trânsito que hoje se acumula em suas apertadas avenidas, a centralização da

atividade econômica junto a determinadas áreas, em detrimento de outras que

poderiam ser muito melhor utilizadas, entre outros importantes aspectos.

Especificamente no que se refere às águas subterrâneas, há de se observar a

contaminação pelo nitrato, como informam Godoy et. al. (2004, p. 2):

A associação da contaminação das águas subterrâneas por nitrato com o adensamento demográfico da urbanização é tema de numerosos trabalhos científicos. Em pesquisa referente à qualidade das águas subterrâneas na cidade de Nottingham, Reino Unido, Lerner et al correlacionam as altas concentrações de nitrato ao crescimento da cidade. Nesse caso estudado, é apontado mais de um agente da contaminação, sendo incluídos em tal condição os vazamentos das redes públicas de abastecimento de água e de coleta de esgoto, a lixiviação de aterros sanitários e de depósitos de resíduos industriais.

Denota-se, por tal assertiva, que não se trata de algo incomum e

particular apenas ao município de Presidente Prudente, mas, de outra banda, que o

problema é atinente a municípios de porte médio que passam por rápida e não

planejada expansão urbana. Conforme os pesquisadores acima citados (GODOY et.

al., 2004, p. 2), o problema não reside somente na contaminação das águas

subterrâneas pelo nitrato. Ele vai além quando se tem em mente que ainda não

foram implantados mecanismos adequados para o tratamento do nitrato.

A desativação dos poços instalados e em funcionamento é vista, pelos

pesquisadores (GODOY et. al., 2004, p. 2), como uma alternativa, porém ainda

inviável justamente pela impossibilidade da plena substituição pelas águas públicas

em determinadas regiões. De modo alternativo, cita-se a possível instalação de

equipamento destinado à redução do teor de nitrato por resina de troca iônica.

Todavia, tal equipamento tem seu custo de implantação justificado somente para

determinados consumidores.

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Estudando a questão, Guerra (2011, p. 13) se aprofunda nas possíveis

origens da contaminação das águas subterrâneas pelo nitrato:

A contaminação dos aquíferos nas áreas urbanas está relacionada a inúmeras fontes antrópicas, dos quais se destacam os sistemas de saneamento in situ (fossas negras e sépticas), vazamento de esgotos e resíduos sólidos (lixões e aterros sanitários). A alta densidade dessas fontes pode geram um grande volume de carga contaminante poluidora para as águas subterrâneas.Os sistemas de saneamento in situ são implantados em zonas urbanas densamente povoadas onde geralmente a rede de esgotamento sanitário é nula ou insuficiente (zonas não planejadas, periferias das cidades), Nesses locais, o uso de fossas negras e sépticas para a eliminação dos esgotos é comum e a sua manutenção precária pode constituir uma ameaça para a qualidade das águas subterrâneas.

Em sequência, a pesquisadora (GUERRA, 2011, p. 78), após efetuar

amplo trabalho geográfico de mapeamento da contaminação das águas

subterrâneas de Presidente Prudente pelo nitrato, chega, entre outras conclusões, à

afirmação de que a expansão urbana desordenada é realmente o principal motivo

para a intensificação da presença do nitrato, podendo inclusive se identificar três

categorias de águas contaminadas:

1. Zonas com problemas de nitrato ou potencialmente contaminadas

(concentrações acima de 45 mg/L de nitrato);

2. Zonas com possíveis problemas de nitrato (concentrações entre 23

e 45 mg/L de nitrato); e

3. Zonas sem problemas de nitrato ou não contaminadas

(concentrações abaixo de 23 mg/L de nitrato).

Ainda na mesma linha de raciocínio, é cabível a transcrição do

pensamento da pesquisadora em relação a alguns dos resultados alcançados em

seu trabalho de campo (GUERRA, 2011, p. 79):

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a expansão territorial urbana de Presidente Prudente ocasionou uma forte mudança no ciclo hidrológico local em função do aumento da densidade urbana, uso intensivo dos sistemas de saneamento in situ, cobertura incompleta das redes coletoras de esgoto (implantada somente a partir dos anos B0), falta de manutenção e vazamentos das mesmas. Tais alterações aumentaram a carga contaminante de nitrato no subsolo e, por conseguinte, a contaminação das águas subterrâneas.

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Além de Godoy et. al. (2004) e Guerra (2011), os quais

especificamente estudaram o caso de Presidente Prudente/SP, vários são os

pesquisadores que têm, recentemente, trabalhado acerca da relação do processo de

contaminação das águas subterrâneas pelo nitrato e o processo de rápida e

desordenada expansão urbana. Nesse sentido, pertinente se faz apontar o trabalho

de Cagnon (2003), o qual analisou o caso do município de Urânia/SP entre os anos

de 1950 e 2000, procurando estabelecer uma relação entre a contaminação das

águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru por nitrato e os padrões de

urbanização daquele local.

Em âmbito internacional, é relevante mencionar o trabalho realizado

por Drake e Bauder (2005, p. 118), pesquisadores que estudaram o caso do estado

de Montana, nos Estados Unidos. Em sua pesquisa, tais autores utilizaram o

sistema de informação geográfica americano e métodos estatísticos para estudar a

relação entre as variações na concentração de nitrato e os padrões de ocupação

urbana e consequente uso do solo no período entre 1971 e 2003. Na Costa Rica,

Reynolds-Vargas et. al. (2006, p. 229), seguindo a mesma linha, verificaram os

padrões de concentração do nitrato e suas origens nas águas subterrâneas do Vale

Central através de isótopos estáveis e dados hidrogeoquímicos.

Frente a tal análise de outros trabalhos existentes na literatura, com o

seu consequente destaque no presente projeto de pesquisa, observa-se a relevância

do tema que se pretende estudar. Trata-se de fenômeno real e que necessita de

compreensão e tratamento, sob pena de sua intensificação e consequente prejuízo

significativo para as gerações futuras.

5 MATERIAIS E MÉTODOS

No intuito de desenvolver da maneira adequada a pesquisa que

derivará do presente projeto, necessário se faz o estabelecimento de metodologias

coerentes e passíveis de aplicação e consequente validação. Assim, tendo-se

evidências preliminares da existência daquilo que ora se aponta e das

consequências maléficas à população que vem a fazer uso das águas

contaminadas, entende-se por necessário o imediato aprofundamento na

delimitação da situação.

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Para tanto, inicialmente, o enfoque do pesquisador recairá sobre o

estudo do processo de urbanização prudentino. Em tal diapasão, se tomará por base

pesquisa bibliográfica e documental mediante revisão da literatura e das produções

já existentes até então, consultando-se fontes primárias e secundárias (LAKATOS;

MARCONI, 2003, p. 176) e incluindo-se dados e informações obtidos junto aos

órgãos públicos para consolidar os entendimentos do cenário a ser pesquisado.

Deste procedimento inicial, espera-se como resultado um relatório

nítido das características da urbanização prudentina até sua chegada aos elevados

níveis atuais, os quais trazem consequências diversas e muitas vezes maléficas. Em

tal âmbito, frisa-se o enfoque sobre a questão da contaminação das águas

subterrâneas pelo nitrato como problema de pesquisa.

Tendo amealhado informações relevantes a respeito da urbanização

prudentina e suas consequências sobre a contaminação das águas subterrâneas

pelo nitrato, o trabalho do pesquisador adquirirá, a partir de tal ponto, o caráter

experimental, de maneira a propiciar a execução de uma pesquisa de campo capaz

de elucidar as características atuais da presença do nitrato nas águas subterrâneas

relacionadas ao saneamento básico in situ.

Em tal contexto, optar-se-á pelo método dedutivo de pesquisa. Nos

dizeres de Lakatos e Marconi (2003, p. 92), trata-se do argumento que “tem o

propósito de explicar o conteúdo das premissas”, reformulando ou enunciando de

modo explícito a informação já contida nas premissas. Considerando que o

pesquisador pretende analisar o problema a partir de sua ótica generalista, iniciando

o trabalho por evidências da sua existência para então adentrar em suas

especificidades e considerar a pesquisa de campo experimental como forma de

elucidar os aspectos apontados pelos materiais preliminarmente estudados, justifica-

se a escolha do método dedutivo como o mais adequado

Portanto, tem-se, a seguir, um descritivo pormenorizado da

metodologia a ser seguida para o presente trabalho:

5.1 Área de Estudo

No decorrer da pesquisa experimental, o enfoque recairá sobre zonas

nos quais ainda não há saneamento básico, ou em locais de instalação recente do

saneamento. Assim, será possível encontrar fontes de captação de águas

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subterrâneas ainda existentes. No caso em tela, os pontos geográficos

determinados estarão em regiões periféricas da zona leste prudentina, vez que

pesquisas bibliográficas e conversas informais prévias a este projeto revelaram a

existência de poços nas regiões apontadas, justamente pela inexistência de

saneamento básico.

A zona leste do município de Presidente Prudente, tal como a área de

estudo projetada, estão selecionadas no quadrado em vermelho conforme

apresentadas na Figura 2:

FIGURA 2 – Região Proposta para Coleta de Amostras de Águas de

Poços em Presidente Prudente

Fonte: GOOGLE MAPS (2018), adaptado pelo autor.

5.2 Procedimento de Pesquisa

Em sua execução, a pesquisa contará com um procedimento próprio,

com vistas a atender aos seus objetivos gerais e específicos. O fluxograma

mostrado na Figura 3 resume, de modo ilustrativo, tal procedimento:

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FIGURA 3 – Fluxograma Ilustrativo do Procedimento de Pesquisa

Fonte: elaborado pelo autor.

Passa-se, portanto, ao detalhamento das principais etapas do

procedimento de pesquisa acima proposto.

5.2.1 Visita de campo e definição dos pontos

Considerando as informações amealhadas da revisão de literatura e da

definição da área de estudo, o pesquisador realizará visitas de campo nas regiões já

predefinidas. O objetivo de tais visitas será coletar informações sobre a situação

atual dos poços existentes em tais locais, extraindo suas características e o perfil de

seus proprietários e usuários com o intuito de definir os pontos para a posterior

coleta das amostras.

Em um primeiro momento, objetiva-se coletar uma amostra mínima de

30 (trinta) poços de regiões periféricas da zona leste de Presidente Prudente. Tais

poços poderão ou não ser cadastrados junto ao Departamento de Águas e Energia

Elétrica (DAEE), órgão responsável pelo cadastramento de poços no município de

Presidente Prudente, visto que o critério de escolha dos poços será a sua existência

física em si, e não a efetivação de seu cadastramento.

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5.2.2 Coleta e análise das amostras

Efetuado tal mapeamento de poços, serão coletadas amostras de

águas subterrâneas para posteriores análises químicas e microbiológicas. Os

parâmetros a serem avaliados serão: pH, condutividade, concentração da série

nitrogenada (nitrato, nitrito, albuminoide, e amoniacal) e coliformes fecais e totais.

As coletas de amostras de água serão realizadas em duas épocas

distintas, sendo uma no mês de setembro (2018) e outra no mês de janeiro (2019).

Para as coletas, serão utilizados frascos plásticos com capacidade de 1 litros,

devidamente esterilizados e preparados previamente. Posteriormente às coletas, as

amostras serão acomodadas dentro de uma caixa de isopor para então serem

conduzidas até o laboratório de análise de água da Universidade do Oeste Paulista

(UNOESTE), para proceder às análises. Todos os métodos serão analisados

conforme metodologia descrita por Standard Methods for the Examination of Water

and Wastewater (EATON et al., 2005).

5.2.3 Interpretação dos resultados

Para cada atributo estudado, será efetuada uma análise descritiva

auxiliada pela estatística clássica. Assim, serão calculados a média, mediana, moda,

valores mínimos e máximos, desvio padrão e coeficiente de variação

Posteriormente, os resultados serão discutidos tanto à luz da resolução

396 (CONAMA), como também em comparação com outros trabalhos presentes na

literatura.

Frisa-se que, no decorrer da pesquisa e conforme os resultados

obtidos, pode haver maior ou menor aprofundamento de tais análises, as quais

podem evoluir, também, para o estudo de correlações entre variáveis.

6 RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se, com a realização do projeto, um aprofundamento no

entendimento do processo de urbanização prudentino ao longo de seus cem anos

de história, de modo que se possa fazer relações entre urbanização sem

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acompanhamento do saneamento básico e a presença de compostos químicos e

microbiológicos nas águas subterrâneas.

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