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Jornal do Commercio - PE 01/12/2012 - 10:34 Lei seca muda hábitos Modelo de fiscalização, que há um ano virou política de governo, tem feito motoristas evitarem a mistura álcool e direção Roberta Soares Um ano atrás, a Lei Seca mudava de cara em Pernambuco. Depois de três anos de criação no País, passava por uma reformulação no Estado, virando programa de governo e, consequentemente, ganhando força política para operar. Resultado: mudou hábitos. Fez com que uma grande quantidade de motoristas pensasse duas vezes antes de assumir o volante tendo consumido bebida alcoólica. Os números comprovam isso. Dos 215 mil motoristas abordados nos dez primeiros meses da nova Lei Seca (dezembro de 2011 a outubro de 2012), apenas 8.317 foram autuados por alcoolemia. Ou seja, menos de 4% do total de condutores que fizeram o teste do etilômetro. É um avanço. A Secretaria Estadual de Saúde, que desde dezembro de 2011 assumiu a gestão da operação, ainda não fechou os dados dos primeiros 12 meses, embora a nova Lei Seca esteja completando um ano hoje. Pelos dados computados até outubro, as blitzes, de fato, incorporaram a missão de abordar o maior número possível de motoristas. O princípio da Lei 11.705, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de submeter ao teste de alcoolemia apenas aqueles condutores que estivessem com sinais de embriaguez, foi ignorado pelas equipes que compõem a nova Lei Seca pernambucana. E, aí, os números de motoristas submetidos ao teste aumentou de forma impressionante. Em dez meses, chegou a 206.689. Por isso, é comum motoristas dizerem, com ironia, que "até poste é parado e submetido ao teste do etilômetro" nas blitzes. Antônio Carlos Figueira, secretário estadual de Saúde e o homem que conseguiu fortalecer a Lei Seca em Pernambuco, explica que a concepção de convidar para o teste todos os condutores parados pelas equipes foi evitar privilégios. "Nossa intenção é dar um tratamento igual para todos, acabando com as antigas carteiradas. É tanto que, nesse primeiro ano, já tivemos algumas personalidades da sociedade paradas e autuadas, sem qualquer denúncia na ouvidoria. Antes de implantar o novo modelo, fui ao Rio de Janeiro para conhecer a eficiência deles e esse método era uma das razões do sucesso da operação", defende o secretário. Como política de governo, a nova Operação Lei Seca teve o mérito de ganhar reforço nas equipes, especialmente de policiais militares, fundamentais para impor respeito junto aos motoristas - sem os PMs, era comum os agentes de trânsito do Detran serem intimidados por condutores durante as abordagens. E mais. As blitzes passaram a ser diárias, em seis pontos de fiscalização itinerantes no Grande Recife, envolvendo 218 profissionais da Secretaria de Saúde, Detran-PE e PM. A interiorização é outro mérito

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Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:34

Lei seca muda hábitos Modelo de fiscalização, que há um ano virou política de governo, tem feito motoristas evitarem a mistura álcool e direção Roberta Soares Um ano atrás, a Lei Seca mudava de cara em Pernambuco. Depois de três anos de criação no País, passava por uma reformulação no Estado, virando programa de governo e, consequentemente, ganhando força política para operar. Resultado: mudou hábitos. Fez com que uma grande quantidade de motoristas pensasse duas vezes antes de assumir o volante tendo consumido bebida alcoólica. Os números comprovam isso. Dos 215 mil motoristas abordados nos dez primeiros meses da nova Lei Seca (dezembro de 2011 a outubro de 2012), apenas 8.317 foram autuados por alcoolemia. Ou seja, menos de 4% do total de condutores que fizeram o teste do etilômetro. É um avanço. A Secretaria Estadual de Saúde, que desde dezembro de 2011 assumiu a gestão da operação, ainda não fechou os dados dos primeiros 12 meses, embora a nova Lei Seca esteja completando um ano hoje. Pelos dados computados até outubro, as blitzes, de fato, incorporaram a missão de abordar o maior número possível de motoristas. O princípio da Lei 11.705, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de submeter ao teste de alcoolemia apenas aqueles condutores que estivessem com sinais de embriaguez, foi ignorado pelas equipes que compõem a nova Lei Seca pernambucana. E, aí, os números de motoristas submetidos ao teste aumentou de forma impressionante. Em dez meses, chegou a 206.689. Por isso, é comum motoristas dizerem, com ironia, que "até poste é parado e submetido ao teste do etilômetro" nas blitzes. Antônio Carlos Figueira, secretário estadual de Saúde e o homem que conseguiu fortalecer a Lei Seca em Pernambuco, explica que a concepção de convidar para o teste todos os condutores parados pelas equipes foi evitar privilégios. "Nossa intenção é dar um tratamento igual para todos, acabando com as antigas carteiradas. É tanto que, nesse primeiro ano, já tivemos algumas personalidades da sociedade paradas e autuadas, sem qualquer denúncia na ouvidoria. Antes de implantar o novo modelo, fui ao Rio de Janeiro para conhecer a eficiência deles e esse método era uma das razões do sucesso da operação", defende o secretário. Como política de governo, a nova Operação Lei Seca teve o mérito de ganhar reforço nas equipes, especialmente de policiais militares, fundamentais para impor respeito junto aos motoristas - sem os PMs, era comum os agentes de trânsito do Detran serem intimidados por condutores durante as abordagens. E mais. As blitzes passaram a ser diárias, em seis pontos de fiscalização itinerantes no Grande Recife, envolvendo 218 profissionais da Secretaria de Saúde, Detran-PE e PM. A interiorização é outro mérito

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da nova Lei Seca. Agora, são três equipes permanentes no interior. Antes, as blitzes eram esporádicas. "Percebemos uma grande transformação no comportamento dos condutores que antes desafiavam a lei. Em dezembro de 2011, primeiro mês da nova operação, tivemos 58 crimes de trânsito. Em outubro de 2012, mesmo tendo abordado 620 carros a mais, registramos 32 crimes de trânsito. Essa redução de 45% se explica pelo fato de os condutores, especialmente na RMR, já estarem acostumados a não beber e dirigir", diz Antônio Figueira. A redução é confirmada, também, pela Polícia Civil. "Além de uma queda superior a 10% nos inquéritos relacionados a flagrantes de alcoolemia, notamos que também houve uma redução no envolvimento do consumo de álcool nos delitos de trânsito, como acidentes e lesões corporais", diz o delegado de Delitos no Trânsito, Newson Motta.

Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:35

Pouca gente tem a carteira suspensa Esse cenário já foi pior. Pernambuco chegou a levar três anos para concluir o processo de suspensão da permissão para dirigir O fôlego da nova Lei Seca pernambucana é grande para fiscalizar e autuar os motoristas que ainda insistem em dirigir depois de beber, mas é fraco na hora de punir. Os ritmos são bem diferentes. A estrutura do governo do Estado para analisar as autuações e decidir se o condutor terá a permissão para dirigir suspensa por um ano ainda é insuficiente. Em média, um motorista notificado numa blitz da Lei Seca leva pelo menos dois anos para ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Esse cenário já foi pior. Pernambuco chegou a levar três anos para concluir o processo de suspensão da permissão para dirigir. Houve uma ampliação de uma para três Juntas Administrativas de Recursos de Infração (Jaris) do Detran-PE, mas ainda é pouco. Os números mostram a ineficiência. Enquanto 21.692 motoristas foram autuados por alcoolemia em Pernambuco desde a criação da Lei Seca, em 2008, apenas 10% (2.051) dos condutores tiveram a CNH suspensa. Além de um efetivo pequeno, a lei prevê muitas fases de defesa para o condutor, o que retarda a análise. "Isso é um problema, por que passa a sensação de impunidade. Vamos continuar trabalhando junto ao governo do Estado para ampliar o efetivo e a quantidade de Jaris do Detran", garantiu Antônio Figueira, coordenador da nova Lei Seca pernambucana.

Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:35

"Não bebo mais antes de dirigir" Entrevista-Rogério Andrade O professor de física Rogério Andrade, 41 anos, representa como ninguém os efeitos positivos da lei seca. Após ser parado em uma blitz, conseguiu evitar o teste e, desde então, parou de beber e dirigir. JC - A lei seca mudou seus hábitos ao volante?

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ROGÉRIO ANDRADE - Sim, de fato. Nunca fui de beber muito e dirigir. Sempre fui cuidadoso, mas bebia e dirigia. Há dois anos, aproximadamente, fui parado numa blitz na saída de Olinda (Grande Recife), e consegui escapar do teste do bafômetro depois de convencer o agente de trânsito de que, embora tivesse consumido bebida alcoólica cinco horas antes, estava bem, sem qualquer sinal de embriaguez. Usei o argumento do bom senso e consegui convencê-lo. Isso porque, além de ter bebido pouco, não estava mais sob efeito do álcool. Dei sorte. Mas senti a lei de perto e decidi que não passaria por uma situação daquelas novamente. Então, mudei de hábitos. Hoje, se vou beber, não dirijo. Vou de táxi ou faço um revezamento com minha mulher. Não importa se vou beber uma ou 15 taças de champagne. Se for para um local longe, prefiro não beber. JC - Pelo que você conta, concorda com a lei seca? ROGÉRIO ANDRADE - Acho que lei é lei. Tem que ser respeitada. Uma quantidade de bebida que pode ser muita para mim, é pouca para outro. Por isso é difícil fazer uma lei que se adapte a todos. Portanto, o jeito é respeitar. Depois de um tempo, você começa a entender que, de fato, é perigoso beber e dirigir. Mesmo sendo pouco. É como usar cinto de segurança e não avançar o sinal vermelho. Você passa a respeitar por questões de segurança, não apenas porque pode ser multado. No caso da lei seca é a mesma coisa. É claro que o valor da multa (R$ 957,70) e a possibilidade de ficar sem dirigir um ano pesam, mas o mais importante é a segurança. Além disso, tenho responsabilidade como professor e formador de opinião. Trabalho com adolescentes. Imagine o exemplo que daria se me envolvesse num acidente estando alcoolizado?

Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:28

Hoje é dia de fazer exame rápido de aids No dia mundial de luta contra doença, campanha pretende acelerar diagnóstico e permitir que o tratamento comece mais cedo Dez mil testes rápidos de HIV são oferecidos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) hoje, Dia Mundial de Luta contra a Aids. A campanha deste ano do Ministério da Saúde incentiva a realização do exame para acelerar o diagnóstico e permitir que os pacientes comecem o tratamento mais cedo. No Brasil, estima-se que 530 mil pessoas vivam com o vírus atualmente, porém 130 mil não sabem por nunca terem realizado o teste. Com o exame rápido, descobre-se o diagnóstico em meia hora. O Recife recebe a ação no Pátio do Carmo, na área central, a partir das 9h. Há testes disponíveis para 400 pessoas. A rede de referência em tratamento de HIV/aids também tem programação nesta data. O Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, mobilizou psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros para orientar quem for à unidade, além de montar bazar beneficente. Outros 18 municípios contam com posto da campanha. Na Região Metropolitana, Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista oferecem o serviço. Goiana, Itambé, Timbaúba e Vitória de Santo Antão são os polos da Zona da Mata. Do Agreste, Garanhuns e Santa Cruz do Capibaribe recebem os pacientes. Os moradores do Sertão encontram o teste rápido em Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Petrolina, Salgueiro e Serra Talhada.

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Pernambuco registra casos de aids desde 1983. Até hoje, 17.459 pessoas receberam o diagnóstico positivo para a doença no Estado. Somente este ano houve 383 casos novos e 59% deles eram homens. PROTESTO O laço vermelho que simboliza a luta contra a aids cobriu ontem as escadarias do prédio da Fundação de Saúde Amaury de Medeiros (Fusam), na Boa Vista, onde funciona o Programa Estadual de DST/aids. Ativistas cobraram o uso de R$ 160 milhões represados em Estados e municípios para ações de combate à epidemia. Um dos manifestantes cobriu-se de ketchup para simbolizar os 7.465 óbitos de pessoas com aids registrados em Pernambuco de 1983 a julho deste ano. Hoje, às 8h, o Fórum Articulação Aids em Pernambuco estende faixa na Ponte Duarte Coelho, no Centro. "Queremos mostrar que, na luta contra a aids, precisamos de todo mundo", reforçou Miriam Fialho, da coordenação do fórum.

Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:33

Ex-diretora do Dom Moura se diz inocente Emília ficou à frente do Hospital Dom Moura por um período de pouco mais de cinco anos Mencionada na investigação policial que desvendou esquema de desvio de verba no Hospital Dom Moura, em Garanhuns (Agreste), a ex-gestora da instituição Maria Emília Pessoa procurou a imprensa ontem para declarar a sua inocência. Ela foi exonerada, a pedido, e afirma ter sido vítima da confiança que depositou na equipe do hospital. "Desconheço completamente esse desvio. Se desconfiasse, teria tomado as medidas cabíveis. Confiei demais. Mas qualquer gestor faz isso. Não sou a primeira nem a última que vai errar na escolha da equipe". Emília ficou à frente do Hospital Dom Moura por um período de pouco mais de cinco anos. Ontem, o Diário Oficial publicou a sua exoneração do cargo. "Entreguei o cargo por uma questão de moral e de princípios. Não é porque sou culpada, até porque não há nenhuma prova que me ligue a esse fato, que ainda é uma suposição", afirmou. Karla Milena Freitas foi nomeada para substituí-la na direção do hospital. "Pega de surpresa" com a denúncia, Emília disse que evitou contato com a imprensa anteontem, quando foi procurada pela reportagem, porque estava sem condição de comentar o assunto. "Não conseguia nem ficar em pé. Estou muito abalada". Além de Emília, outras quatro pessoas foram citadas como envolvidas no desvio de pouco mais de R$ 49 mil. Apesar de se dizer traída pela equipe, a ex-gestora prefere "não entrar no mérito" da investigação. "Estou sendo vítima de um pré-julgamento. Não quero acusar ninguém para não atrapalhar as investigações", declarou. Emília acredita que o desvio foi um caso isolado. "Já fui auditada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), inclusive este ano, e nunca houve irregularidades na minha gestão."

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Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:36

Estado culpa a direção do Huoc por crise Governo rebate críticas de profissionais e alunos da UPE e afirma que falta um gestor capaz de resolver os problemas O governo do Estado voltou a responsabilizar, esta semana, a direção do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) pelos problemas que levaram ao fechamento de 112 leitos e restrição no atendimento de pacientes. Rebatendo críticas do movimento estudantil, professores e servidores da Universidade de Pernambuco (UPE) quanto à falta de apoio financeiro estadual, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, alega que em cinco anos a unidade teve quase triplicados os repasses públicos, do Ministério da Saúde e do Tesouro Estadual. "O investimento, que em 2006 foi de R$ 56 milhões, pulou para R$ 135 milhões no ano passado. Eu posso até dizer que esses recursos não são suficientes para resolver os problemas do hospital, mas precisamos de um gestor que acompanhe as carências e tenha projetos. Relatórios dão conta da falta de cuidados com a manutenção. Não estou dizendo que há irregularidades administrativas, mas há um problema gerencial evidente", enfatizou. Alencar prometeu mais apoio do governo ao Huoc e contestou insinuações da comunidade universitária de que houvesse interesse deliberado pela falência do serviço. "Para a gente, é um soco no estômago ter feito tanta coisa em alta velocidade e não conseguir resolver o problema do Oswaldo Cruz. Fizemos rapidamente três hospitais, 14 UPAs, estradas, escolas técnicas, escolas de referência, multiplicando por dez, por 20. Será deliberado? Será que a gente gostaria de ter esse flanco aberto numa gestão tão aprovada, tão reconhecidamente propositiva, inclusive na saúde? Não faz sentido", desabafou. "Não é possível ter o reitor, o diretor do hospital e a culpa ser só do governo. Na hora do bônus é a autonomia universitária, na hora do ônus é o governo. Pelo amor de Deus, vamos equilibrar essa balança!", disse. Ele lembrou ações realizadas para valorizar a UPE, como a gratuidade dos estudantes e a expansão de cursos no interior. O secretário explicou que não era possível fazer as mudanças no Huoc rapidamente. Primeiro, tinha que mudar o mecanismo de gerenciamento para conhecer melhor a situação do hospital e resolver os problemas estruturais e de funcionamento. "A direção sequer sabe qual é a escala de médicos", comentou, baseado-se em relatórios de fiscalização feita por outras entidades. Uma intervenção imediata não foi feita, esclarece, para proteger a autonomia da UPE, "um valor democrático importante". Daí foram construídas mudanças para permitir maior participação do governo na administração dos hospitais (além do Huoc, a UPE tem o Pronto-Socorro Cardiológico e o Centro de Saúde Amaury de Medeiros, que engloba a Maternidade da Encruzilhada). O Conselho Universitário já autorizou a modificação. "Vamos resolver o problema de gestão, aportar os recursos mediante a apresentação de projetos que resolvam os problemas e não sejam paliativos, que a pactuação e contratualização sejam respeitadas. Que se abram os leitos, sejam recuperados os pavilhões e a gente seja demandado a contratar mais profissionais. Queremos contratar mais gente, desde que tenhamos segurança de que vamos botar médico lá para resolver esses problemas estruturais gravíssimos. Estamos atentos a isso e vamos pedir, inclusive, a ajuda dos órgãos de controle para acompanhar a mudança", completou.

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A previsão, segundo ele, é que no próximo mês esteja instalado o Conselho Administrativo dos Hospitais Universitários, fórum que terá a participação de secretarias do governo e de representações da comunidade, para acompanhar a gestão a ser feita por um dirigente indicado pela reitoria. Até então, o diretor do hospital era escolhido por eleições diretas da comunidade. O plano de investimento será contratado à medida que estudos forem concluídos. "Se for preciso aportar R$ 20 milhões para resolver tais e tais problemas, vamos aportar os R$ 20 milhões mesmo numa crise danada, numa seca terrível, que está direcionando a energia da gestão para conviver com essa dificuldade", disse o secretário. O governo acusa a direção do Huoc de não ter cumprindo acordo de 2009 que previa a abertura de 120 leitos. Segundo o secretário de Administração, Ricardo Dantas, o governo repassou R$ 7,8 milhões para pagamento de dívidas e antecipou por seis meses dinheiro do SUS como se os 120 leitos estivessem funcionando. "Havia meta de redução de despesa e qualquer alteração nos contratos em vigor deveria passar pela anuência da Controladoria-Geral. Ao fim do exercício de 2009, a Controladoria voltou ao hospital e detectou o contrário. Nenhum leito foi aberto quando a obrigação era ativar pelo menos 50% em três meses. E os contratos foram repactuados sem formalização". Sobre a demora para a recomposição de pessoal - só agora foram autorizados concurso e seleção simplificada para 360 profissionais -, os secretários alegam que havia discordância entre os números apresentados pelo hospital e os calculados pelo governo. O diretor do Hospital Oswaldo Cruz, Raílton Bezerra, diz que o acordo para a abertura dos 120 leitos foi cumprido e atestado por auditoria do Ministério da Saúde. Ele defende-se, alegando que os problemas de manutenção do hospital e que ocasionaram o fechamento de serviços resultaram da ausência de verba de custeio, que deveria ser repassada pelo governo, e ao quadro insuficiente de funcionários. ‘O Estado paga a folha de pessoal e nós somos obrigados a usar verba do SUS, destinada a remédios e outros insumos, para pagar terceirizados e outras despesas. Segundo Bezerra, já neste fim de semana algumas escalas estarão recompostas, possibilitando a retomada de serviços. os plantões extras foram autorizados pelo Estado, que pagará por eles.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:53

HIV positivo não é sentença de morte Cuidados com o corpo, alimentação e bem-estar ajudam no tratamento da doença Bárbara Franco Há quatro anos, Caiocesar Almeida recebeu o documento que muitos entenderiam como uma sentença de morte. Seria verdade se isso não passasse de um estereótipo criado pela sociedade quando alguém é diagnosticado com HIV positivo. Caiocesar, hoje com 26 anos, convive bem com a infecção. Ele adquiriu o vírus de forma traumática e, infelizmente, comum entre outras pessoas soropositivas. O transmissor foi um antigo companheiro com quem ele chegou a dividir um lar. O relacionamento acabou e somente dois meses depois Caiocesar soube que estava infectado, a partir de um exame de sangue. Hoje, 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Desde 1983, quando surgiu o primeiro caso de HIV no Estado, foram diagnosticados 17.459 casos, de acordo

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Secretaria Estadual de Saúde (SES). Desses, 11.219 foram em homens, 5.736 em mulheres e 504 em pessoas menores de 13 anos. Só em 2012 (até 17 de junho), foram diagnosticados 383 novos casos (cinco em menores de 13 anos, 227 em homens e 151 em mulheres). O Ministério da Saúde identificou que cerca de 530 mil brasileiros estão infectados pelo vírus do HIV. Cada vez mais a epidemia no País tende a estabilização, mas numa quantidade alta de pessoas doentes. No Brasil, são 35 mil novos casos a cada ano e em Pernambuco o número chega a 1,2 mil. A primeira situação preconceituosa vivenciada por Caiocesar aconteceu no ambiente domiciliar. Os parentes separavam pratos, talheres, toalhas porque acreditavam que compartilhando esses objetos seriam contaminadas. Pura falta de informação. “No começo é muito difícil. Quanto menor a informação, mais complicado. Por isso, resolvi pesquisar maneiras para conseguir continuar vivendo”. Aos poucos, Caiocesar soube que não precisava se isolar, que não existia necessidade de sofrer por conta do vírus positivo. “Quando se é jovem, é ainda mais complicado entender a doença. A raiva e a angústia podem tomar conta de você”, comentou Caiocesar. “Vi que posso ter uma vida normal e eu quero passar isso para outras pessoas. Me sinto muito mais vivo agora, apesar de ter HIV”. Hoje, ele faz musculação, se preocupa com uma alimentação saudável e sabe que não pode levar uma vida com excessos. “Mas qualquer pessoa deveria se cuidar, independente do HIV. Sendo que, com o vírus, estamos mais sensíveis a qualquer outra doença que podem baixar ainda mais nossa imunidade”, revela Caiocesar. Por meio da internet, ele conseguiu ter mais informações sobre a doença e descobriu que existia a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV-Aids. “Resolvi fazer uma mobilização nessa mesma linha, sendo que voltada para o Nordeste”. Hoje, Caiocesar é o coordenador da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV-Aids do Nordeste. Os encontros são marcados uma vez por mês e podem acontecer tanto na Organização Não Governamental Gestos como também no Grupo de Trabalhos em Prevenção Positivo (GTP+), ambas no Recife. Para mais informações, entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo blog www.jovemmaisnordeste.blogspot.com.br. Caiocesar acredita que ainda faltam políticas públicas voltadas para o público jovem que vive com HIV-Aids em Pernambuco. “A gente vê muita campanha de testagem rápida, campanha de prevenção dentro das escolas, mas e aquelas pessoas que já estão convivendo o vírus?”, questionou. Ele acredita que o Estado poderia se mobilizar para propagar a informação de que é, sim, possível viver feliz com a infecção.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:56

Cidades de PE estão no ranking Número de casos tem crescido entre mulheres. No início da epidemia, nos anos 1980, eram 30 homens infectados para uma mulher O relatório do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2012, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, aponta alguns municípios pernambucanos no ranking das 100 cidades acima de 50 mil habitantes com maior incidência de HIV. São elas: Recife, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Abreu e Lima, Olinda, Jaboatão dos

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Guararapes, Escada, Paulista e Igarassu. O coordenador do Programa Estadual de DST/Aids, François Figueirôa, afirma que apenas dez municípios não têm nenhum registro da doença. “E isso não significa que não tenha nenhum caso, isso significa que não temos notificação de caso”. O número de casos tem crescido entre mulheres. No início da epidemia, nos anos 1980, eram 30 homens infectados para uma mulher. Hoje, esse número chega a 1,8 homens para cada mulher. “Tudo isso é dinâmico. A gente tem mais pessoas heterossexuais infectadas pela doença, diferente de antigamente que atingia mais homossexuais”, revela François. Segundo François, 73% das infecções acontecem entre heterossexuais. CORREIA PICANÇO A referência estadual para atendimento de doenças infecto-contagiosas, especificamente Aids e meningite em Pernambuco é o Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, no Recife. A unidade atende 60% das demandas dos pacientes de Aids do Estado. Isso significa 2,5 mil atendimentos ambulatoriais e outros três mil na emergência, mensalmente. No local, ainda há tratamento de tuberculose, principal co-infecção da doença.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:58

Entidades cobram mais investimentos Erguendo faixas com o seguinte questionamento “Quantos ainda precisam morrer? Estamos vivos mesmos?” as lideranças usaram velas para simbolizar as milhares de mortes ocorridas nos últimos 30 anos Ivson Menezes Um ato pela visibilidade, respeito e dignidade. Foi com esta intenção que representantes de diversas entidades ligadas à defesa de políticas públicas de controle e combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), HIV, Aids e Hepatite viral estiveram reunidas ontem à tarde. A ação ocorreu para reivindicar a garantia de recursos federais para ações de prevenção, pesquisa, incorporação de novas tecnologias, articulação com a sociedade civil e apoio a mobilização social para ações específicas. O encontro aconteceu na praça Oswaldo Cruz, bairro da Boa Vista, área Central do Recife. Erguendo faixas com o seguinte questionamento “Quantos ainda precisam morrer? Estamos vivos mesmos?” as lideranças usaram velas para simbolizar as milhares de mortes ocorridas nos últimos 30 anos. Para o coordenador da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids - Núcleo Pernambuco, Jerônimo Duarte Ribeiro, 45, a mobilização se faz necessária para denunciar os problemas que os pacientes enfrentam na rede pública. “A demora no acesso as consultas devido à sobrecarga de pacientes nos hospitais de referência, falta de Unidade de Terapias Intensivas (UTI), de profissionais de saúde e de remédios”, explicou. Ainda segundo Jerônimo Duarte cerca de R$ 60 milhões estariam presos no Governo Federal. “A burocracia para liberação destas verbas é o principal problema. No entanto, enquanto o dinheiro não chega a situação das pessoas vai se agravando”. Uma carta com os principais pontos questionados será entregue ao Governo do Estado,

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à Secretaria Estadual de Saúde, ao MPPE, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa e Ordem dos Advogados (OAB), secção Pernambuco.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:14

Folha da Cidade Cadê, os remédios? Há, pelo menos, dois meses, que faltam vitamina C, o remédio para TB (que é obrigação do Estado fornecer) e outros medicamentos, no Lafepe. Será que é a burocracia dos editais? Se for, não pode haver planejamento para comprar antes que falte? Saúde Cuidados básicos de saúde, exames, bem-estar e outros serviços, de graça ao público, serão oferecidos, na manhã de hoje, em Piedade, pelo Hospital Memorial Guararapes, em parceria com a Uninassau, no Memorial na Comunidade.

Diario de Pernambuco - PE01/12/2012 - 11:02

João Alberto Movimento Rômulo Maciel Filho, presidente da Hemobrás, está na Suíça, acertando parcerias para a transferência de tecnologias.

Diario de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:30

Bandeira 2 nos táxis do Recife A partir das 6h de hoje, os 6.125 taxistas vão cobrar R$ 2,22 por quilômetro. A bandeirada passa para R$ 3,80 Carolina Braga As comemorações de fim de ano estão se aproximando e quem conta com táxi para ir ou voltar das festas terá que ficar atento ao valor da tarifa. A partir das 6h de hoje, todos os táxis do Recife vão operar na Bandeira 2, independentemente do horário. A medida foi publicada no Diário Oficial da última quinta-feira e deve durar até o dia 2 de janeiro. A decisão acontece todos os anos visando garantir uma gratificação extra para os taxistas, já que eles não têm o 13º salário. Para o aposentado José Saturno, 60, o aumento tem uma lado bom e outro ruim: “O ruim é que durante as festas de fim de ano a maioria das pessoas gosta de ingerir bebidas alcoólicas e, por conta da Lei Seca, todo mundo corre para os táxis e tem que pagar mais. Mas para os próprios taxistas é como um bônus”. A professora Fátima Sampaio, 54 anos, costuma usar táxi apenas em casos de emergência, geralmente quando adoece. Para ela, qualquer aumento a mais no bolso do brasileiro não é bem-vindo. “Neste mês de festa, todos os produtos aumentam muito, até o táxi”, comentou. O valor do quilômetro rodado na Bandeira 2 é de R$ 2,22 e a bandeirada custa R$ 3,80.

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Nos outros meses do ano, esse valor é cobrado apenas depois das 22h, finais de semana e feriados. “A medida é adotada como estímulo para os taxistas. Além disso ela repercute na melhoria do serviço prestado à população”, afirmou a presidente da CTTU, Maria de Pompéia. Célio Ferreira, 66, é taxista há mais de 40 anos. Para ele, o maior problema da medida é que as pessoas não sabem e reclamam bastante no começo do mês de dezembro. “Quem é cliente de táxi não deixa de usar o transporte por causa do aumento. É muito bom para a gente”, disse. O motorista de táxi, José Luiz Soares de Queiroz, 50, também enxerga as vantagens. “Esse mês é muito vantajoso para nós, taxistas. Além de trabalhar mais, ganhamos mais também. A quantidade de clientes e de corridas aumentam com essas festas”, disse. SAIBA MAIS O que muda? - A partir das 6h de hoje, todos os 6.125 táxis do Recife vão operar na bandeira 2 em todos os horários - O valor do quilômetro rodado na bandeira 2 é de R$ 2,22 e bandeirada é de R$ 3,80 - Na bandeira 1, os quilômetros rodados custam R$ 1,85 Até quando? A mudança acontece até as 6h do dia 2 de janeiro Terminal Integrado de Passageiros (TIP) Os táxis vão operar pela tabela B, valores equivalente à bandeira 2 dos táxis comuns que possuem taxímetro Serviço de táxi especial do Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre Será cobrada uma tarifa adicional nas viagens (valor não informado) Táxis especiais de hotéis Passará a rodar na bandeira 2 (R$ 2,66 por quilômetro rodado) e o valor da bandeirada é de R$ 4,56

Vanguarda - Caruaru - PE01/12/2012 - 12:35

Conheça seu vereador Segue série de entrevistas com os vereadores eleitos no último pleito em Caruaru Nome: Lourinaldo José da Silva Idade: 48 Local de nascimento: Sítio Juá, em Caruaru

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O senhor é situação ou oposição ao Governo Municipal? Oposição. Como o senhor avalia o governo Dilma? Um governo bom. Como o senhor avalia o governo Eduardo Campos? Também um governo bom. Como o senhor avalia o governo Queiroz? Deixa muito a desejar. Durante o seu mandato, o senhor vai defender que bandeiras? Vou lutar para melhorias na saúde e na educação. Qual a sua opinião sobre o julgamento da Ação Penal 470 (o chamado ‘‘mensalão'')? Essa é a realidade do PT, porque a gente sabe que Genoino e Dirceu comandavam tudo. Foi um dos maiores escândalos da política, inclusive pior que a ditadura militar. Na sua opinião, quais os principais serviços municipais que precisam de melhorias? Muitos setores, especialmente na educação e saúde, que são áreas onde a população reclama mais, principalmente quem mora longe do perímetro urbano. Vou fiscalizar os distritos mais distantes, as escolas e os postos de saúde. O senhor já pensou no primeiro projeto que vai apresentar? Qual será o conteúdo? Eu vou analisar alguns projetos que foram aprovados e não sancionados, mas uma coisa me chamou a atenção nessa legislatura, que foi a não aprovação da escolha para diretor de escola através do voto. Foi um projeto do grande vereador Demóstenes Veras e vou me dedicar a essa causa. Acho que se conseguirmos aprovar esse projeto vamos avançar muito e acabar com os cabides de emprego. Nome: Joseval Bezerra de Lima Idade: 46 Local de nascimento: Sítio Salgadinho, em Caruaru O senhor é situação ou oposição ao Governo Municipal? Oposição. Como o senhor avalia o governo Dilma? Bom. Como o senhor avalia o governo Eduardo Campos? Excelente. Como o senhor avalia o governo Queiroz? Não tenho nota para dar a esse governo. Durante o seu mandato, o senhor vai defender que bandeiras? Educação, saúde e melhorias na zona rural. Qual a sua opinião sobre o julgamento da Ação Penal 470 (o chamado ‘‘mensalão'')? Muito bom para o país e mostrou a verdadeira face do PT. O julgamento contribuiu também para dar mais credibilidade à Justiça, já que a maioria dos brasileiros pensava que a Justiça era só para pobres. Na sua opinião, quais os principais serviços municipais que precisam de melhorias? Todos. Aqui não funciona quase nada, mas os piores setores são educação, saúde e as

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estradas da zona rural, principalmente no segundo distrito. O senhor já pensou no primeiro projeto que vai apresentar? Qual será o conteúdo? Ainda é cedo para pensar num projeto, mas vou cobrar mais escola na zona rural, já que a maioria só funciona em anexo. Nome: Leonardo Chaves da Silva Idade: 66 Local de nascimento: Rua Amarela, na beira do rio Ipojuca, em Caruaru O senhor é situação ou oposição ao Governo Municipal? Situação. Como o senhor avalia o governo Dilma? Ela está dando conta do recado. O Brasil tornou-se outro país antes e depois da gestão do presidente Lula. Foi uma troca de governo de forma correta, com a maioria dos projetos tendo continuidade e registrando ainda avanços nas áreas econômicas e sociais. Como o senhor avalia o governo Eduardo Campos? Um governo fora de série. Se estabelece pelo que tem realizado, pelo que realizou e o legado que vai deixar. Um governador que sabe tratar o lado administrativo e o político com a mesma sabedoria, com a mesma competência. Como o senhor avalia o governo Queiroz? Ele fez o que pode e fez muito. O prefeito José Queiroz impressiona pela sua vontade e dedicação por Caruaru. Um prefeito que trabalha quase 24 horas por dia e sempre com otimismo. Apesar de Caruaru ter perdido muita receita, a cidade não parou e avançou em praticamente todas as áreas. Aliás, Caruaru é a cidade que mais cresce no Estado, superando até os índices de Pernambuco. Durante o seu mandato, o senhor vai defender que bandeiras? Vamos defender a cidade como um todo, não bandeiras exclusivas. Penso, entre outros projetos, solicitar mais escola na zona rural e pavimentação, pois o homem que mora no interior do município não é mais aquele de 20 anos atrás. Temos uma zona rural incluída no setor de confecções e, hoje, praticamente não há êxodo. Qual a sua opinião sobre o julgamento da Ação Penal 470 (o chamado ‘‘mensalão'')? O Brasil precisava e o Judiciário deu a resposta que todos esperavam. Acredito que, a partir de agora, a sociedade dará mais credibilidade ao Judiciário. Na sua opinião, quais os principais serviços municipais que precisam de melhorias? A saúde, mas tenho certeza que essa próxima gestão será dedicada a esse setor. Estão chegando equipamentos como o Hospital Mestre Vitalino, o Hospital da Mulher, a UPA Especialidades, duas UPAs Municipais, concurso de médicos no Estado e município. Vai ser um setor que avançaremos bastante. O senhor já pensou no primeiro projeto que vai apresentar? Qual será o conteúdo? Um dos meus sonhos é erradicar o carro-pipa da zona rural de Caruaru e, por isso, vou lutar bastante para que o abastecimento chegue em todas as comunidades.

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Vanguarda - Caruaru - PE01/12/2012 - 12:45

Hemope na busca por doadores Apesar das campanhas para sensibilizar a população sobre a importância da doação de sangue, a frequência ainda está abaixo da média. Estoque da unidade de Caruaru é preocupante Robson Meriéverton Com o slogan "Você nem me conhece, mas pode salvar a minha vida", os hemocentros de todo o Brasil participaram da Semana Nacional de Doação de Sangue, que aconteceu entre os dias 26 e 30 de novembro. Instituído através de decreto do então presidente Lula, o objetivo foi angariar doações para abastecer o estoque das unidades, já se preparando para o período de festas de fim de ano. Em Caruaru, durante o período, o fluxo de doadores ficou dentro da média, mas ainda é pequeno se comparado à demanda. Para reverter esse quadro, desde o ano passado que o Ministério da Saúde ampliou a idade mínima para o doador, passando a ser de 16 anos. A autônoma Eliane Freire, de 43 anos, é doadora há 15. O incentivo para o ato veio a partir de uma razão que motiva a maioria dos doadores: caso de necessidade de familiares e amigos. "Minha mãe precisou fazer uma cirurgia. Foi quando tomei a iniciativa de doar pela primeira vez. De lá para cá, nunca mais deixei de doar", conta. Sobre o sentimento que envolve o ato, Eliane diz que vai além do que uma simples obrigação humana. "Só em saber que essa doação pode salvar uma vida já é bem compensador". Sendo assim, muitos parentes e amigos passaram a ser também doadores por incentivo de Eliane. De acordo com a assistente social do Hemope Caruaru, Verônica Arruda, o estoque da unidade de Caruaru, assim como o dos outros oito bancos de sangue do governo, é preocupante, uma vez que o número de doadores não é suficiente para atender a demanda. "O Hemope Caruaru é responsável por atender a demanda de 32 municípios. A nossa média ideal seria de 100 pessoas diárias, mas hoje a média que contamos não ultrapassa a casa dos 70 doadores diários", explica Verônica. Cada bolsa de 450 ml de sangue pode salvar até três pessoas de uma só vez, visto que os componentes do sangue são separados para atender determinada necessidade. Os componentes são plasma, plaquetas e hemácias. O Dia Nacional do Doador foi comemorado no Hemocentro de Caruaru na quarta-feira (28). Foram oferecidos para os doadores um café da manhã reforçado e uma recepção bastante calorosa com a participação de artistas locais. "Geralmente realizamos campanhas de doação de sangue na época que antecede o período festivo, já que o índice de precisão tende a ser maior devido aos acidentes que acontecem. Sendo assim, temos de ter uma demanda considerável para atender essas necessidades", lembra a assistente social. Fora isso, o hemocentro conta com um banco de dados que agrupa informações de vários doadores. "No período certo, entramos em contato com eles para que venham fazer doação", reforça Verônica. O surubinense José Erivaldo, de 39 anos, reserva de duas a três datas por ano para comparecer ao Hemocentro. "Sempre que estou aqui por Caruaru para resolver alguma pendência aproveito para doar sangue", afirma. A incisão dura de sete a oito minutos.

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"Nessas horas costumo pensar nas pessoas que estão precisando dessa doação. Saber que podemos contribuir para que vidas sejam salvas é muito gratificante", completa. Doar sangue é bem mais fácil do que se pensa. Basta estar bem de saúde, pesar acima de 50 kg, ter idade entre 16 e 68 anos e apresentar documento de identificação. Menores de 18 anos necessitam ser acompanhados do responsável legal para autorização formal. Outras condições necessárias antes da doação são estar alimentado, dormir no mínimo seis horas na noite anterior e não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação. AMPLIAÇÃO Desde o ano passado que o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para doação de sangue. Idosos com até 68 anos e jovens a partir de 16 anos podem ser doadores. Com a ampliação da idade - que antes era de 18 a 65 anos -, o governo espera aumentar das atuais 3,5 milhões para 4 milhões de doações por ano. "Vale lembrar que é necessária a presença dos pais ou responsáveis, mas somente para autorizar o ato. Até porque, antes da doação, são realizados exames sorológicos para detectar possíveis casos de Hepatite B e C, Aids, sífilis e doença de chagas", explica Verônica. Dados do Ministério da Saúde indicam que 1,9% dos brasileiros doam sangue regularmente. A taxa está dentro do parâmetro de 1% a 3% definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mas, de acordo com o governo, ainda precisa melhorar. O governo diz que, com o aumento da faixa etária, 13,9 milhões de pessoas serão estimuladas a doar sangue. Hoje, 1,9% da população tem essa prática, o que resulta em 3,5 milhões de bolsas por ano, quando o ideal seriam 5,7 milhões. O Hemope de Caruaru funciona de segunda a quinta, nos períodos da manhã e tarde. Na sexta-feira, o hemocentro funciona somente pela manhã.

Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:39

Brasil produzirá medicamento contra a aids Sulfato de atazanavir será feito pelo Farmanguinhos A partir de 2017, o País contará com produção própria de um dos principais antirretrovirais utilizados no tratamento contra a aids, o sulfato de atazanavir. O Ministério da Saúde assinou, na manhã de ontem - véspera do Dia Mundial de Combate à Aids -, um acordo para transferência da tecnologia de fabricação do medicamento no laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A produção nacional significará, segundo o ministério, uma economia de R$ 385 milhões em cinco anos. O medicamento é utilizado por cerca de 45 mil brasileiros em tratamento contra o HIV, cerca de 20% do total de pacientes do SUS. Anualmente, o ministério gasta cerca de R$

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87 milhões só na compra dos medicamentos. A partir do próximo ano, o remédio já será distribuído com embalagem nacional e técnicos brasileiros serão treinados pelo laboratório americano Bristol-Meyers Squibb, que detém a patente. Com o novo acordo, serão 11 remédios produzidos no País entre os 20 medicamentos distribuídos gratuitamente pelo governo a portadores do HIV. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu as parcerias com laboratórios privados para garantir a sustentabilidade do programa de tratamento à aids, que atende 217 mil brasileiros. "Isso permite que o setor continue investindo no Brasil, para desenvolver novos medicamentos, e traga para os nossos laboratórios públicos tecnologia moderna." O medicamento é um inibidor da reprodução do vírus no organismo e integra o coquetel de três remédios utilizados diariamente pelos usuários. A utilização do atazanavir corresponde à segunda fase do tratamento, quando as primeiras combinações já não surtem efeito para o paciente. Pelas contas do governo, serão 127 milhões de cápsulas produzidas anualmente no País a partir de 2017. A previsão da Fiocruz é atender, já em 2015, ao menos 50% da demanda nacional do produto. Pelo contrato, o Farmanguinhos terá que garantir um valor final para o medicamento 5% mais barato que o preço atual, ainda que opere no vermelho. "Vamos ter que nos virar", afirmou Hayne da Silva, diretor de produção de Farmanguinhos. "Para nós, a vantagem é aprender e para eles, vender uma tecnologia que vai entrar em domínio público em 2017." O governo não vai pagar pela transferência de tecnologia, mas garante a compra dos medicamentos diretamente com o laboratório americano até o final da parceria. É a primeira parceria para a fabricação nacional de um medicamento com patente ainda válida. "Isso vai ajudar na entrada de outros produtos inovadores que estamos desenvolvendo", afirmou o presidente do laboratório no Brasil, Gaetano Crupi. A opção pela parceria com o laboratório americano, entretanto, é questionada pelo coordenador de pesquisas da Associação Brasileira Intersdisciplinar de Aids (Abia), Pedro Villardi. Segundo ele, faltou transparência nos critérios de prazos para a transferência, valores finais do produto e termos do acordo.

Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 10:59

Fiscais da cidadania Neste processo, a imprensa tem o papel de conferir visibilidade ao olhar crítico da sociedade Uma das causas do abismo entre o discurso e a prática dos que chegam ao poder, no Brasil, tem sido a transformação dos programas de governo em meras peças de propaganda, desenvolvidas por marqueteiros para uso exclusivo na retórica de campanha. O resultado é a falta de ligação desses instrumentos com a realidade, quando deveriam ser a base do compromisso dos eleitos e o principal meio de cobrança social da responsabilização dos gestores. Muito embora não tenha sido apreciado o projeto na Câmara de Vereadores que estipula um Plano de Metas para os prefeitos eleitos no Recife, a partir das promessas eleitorais,

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a população desta vez pode se preparar para cobrar do futuro prefeito, Geraldo Júlio, tudo o que prometeu. O registro em cartório de seu programa de governo, na campanha, abre a perspectiva da disposição concreta do cumprimento, bem como dá a chance de acompanhamento dos projetos e ações pela coletividade. Desta maneira, a cidade tem a oportunidade de evoluir de uma só vez política e administrativamente, através da recuperação da confiança no discurso eleitoral e do retorno do encontro do que se diz antes ao que se faz depois de contados os votos e consagrada a vitória pela escolha do povo. Neste processo, a imprensa tem o papel de conferir visibilidade ao olhar crítico da sociedade. Ainda mais no momento em que a capital necessita de mudanças urgentes em tantos setores, do descontrole urbano aos problemas na educação, na saúde, na mobilidade, na infraestrutura. Foi com essa premissa que o JC publicou a série de reportagens "Os fiscais de Geraldo", oferecendo voz a personagens que apareceram na campanha como fiadores da esperança depositada no então candidato. Seu Lauro, do Ibura, dona Maria Lúcia, dos Coelhos, Rosa Santos, do Coque, dona Jaci, dos Torrões, seu Abdias e dona Marilúcia, da Macaxeira, receberam da reportagem cópias do programa de governo, com poucas páginas, mas elementos suficientes para a fiscalização cidadã. Geraldo, de acordo com o documento, vai implantar um Hospital da Mulher, 20 Upinhas e seis UPA-Especialidades. Vai destinar R$ 115 milhões para a construção de centros de educação infantil e para levar o ensino integral para a rede de escolas municipais. Vai construir cinco centros comunitários com bibliotecas, quadras poliesportivas e salas para teatro e cinema. Vai dobrar o efetivo da Guarda Municipal e colocar 400 câmeras de monitoramento nas ruas. Vai fazer um conjunto habitacional e um parque na comunidade do Bode, no Pina. Vai construir 76 km de ciclovias e tornar o Rio Capibaribe, finalmente, navegável para a locomoção dos recifenses. Mas será que vai, mesmo? Para não repetir a sina dos projetos que não passam de intenções, ele não perde uma chance de reafirmar o ânimo para o trabalho. E foi o que disse ao JC, em entrevista publicada na última terça-feira: "Vou trabalhar incansavelmente para cumprir o que está no papel". A cidadania de olhos abertos estará a postos.

Jornal do Commercio - PE01/12/2012 - 09:28

Do Litoral ao Sertão Vacinação Hoje é dia de levar cães e gatos para vacinar. Arcoverde, no Sertão, realiza campanha de imunização para evitar casos de raiva no município. Serão 18 pontos abertos para a população da área urbana, entre postos de saúde, escolas e praças. A partir de segunda-feira, as ações ocorrerão na zona rural.

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Diario de Pernambuco - PE01/12/2012 - 09:08

Gestões que fazem mal à saúde Radiografia dos investimentos revela que, em cinco prefeituras, falta atenção aos hospitais Aline Moura Alguns prefeitos eleitos de Pernambuco não poderão se dar ao luxo de se dedicar, nestes primeiros meses de mandato, à construção de uma marca que coloque seu governo na vitrine. A partir de 2013, há gestores que terão trabalho em dobro para retomar os investimentos em áreas estagnadas, porque o básico não está sendo cumprido pelas atuais prefeituras. Cidades como Recife, Barreiros, Belém de Maria, Ibimirim e Calumbi, por exemplo, precisam dar uma atenção a mais à saúde, área muito cobrada pelos eleitores. Para se ter uma ideia, esses cinco municípios foram os únicos no estado, de um total de 184, a não aplicar os 15% da receita na saúde, como exige a Constituição Federal. Os dados, disponíveis no site do Tribunal de Contas do Estado, são referentes a 2011, último ano com informações já consolidadas. São números divulgados com base em informações oficiais do governo federal, especialmente do DataSus, e sinalizam para a dificuldade dos futuros prefeitos e a possível punição dos atuais. Os dados referentes a 2012 ainda estão em processamento, já que o exercício financeiro ainda não foi encerrado. A herança nada desejável no setor responsável pela vida pesa para os usuários do SUS, para os sucessores e atuais prefeitos, a exemplo de João da Costa (PT), Toinho (PSB), Wilson de Lima e Silva (PTB), Padre Marcos (PSDB) e Erivaldo José da Silva (PSB). Eles administram, respectivamente, Recife, Barreiros, Belém de Maria, Ibimirim e Calumbi, e pecaram nos investimentos em saúde. Um outro dado exposto no site do TCE chama a atenção. Embora os municípios precisem se enquadrar no plano nacional de resíduos sólidos até 2013, 85 cidades pernambucanas não conseguem sequer coletar o seu lixo de forma adequada. A lei 12.305/12 exige, por exemplo, a coleta seletiva do lixo em todos os municípios, mas há cidades que sequer recolhem o resíduo misturado dos moradores. As 10 piores do ranking são Carnaubeira da Penha, Calumbi, Santa Filomena, Dormentes, Vertentes do Lério, Afrânio, Parnamirim e Santa Maria do Cambucá. Esses municípios coletam menos de 35% dos resíduos sólidos. Segundo o consultor-chefe de planejamento e gestão orçamentária da Consultoria em Administração Municipal (Conam), José Carlos Polo, os prefeitos que deixaram de aplicar 15% na saúde não só podem ter as contas rejeitadas pelo TCE, como o seu município pode ficar impedido de receber as transferências voluntárias, ou sofrer intervenção estadual. “Há casos que a rejeição das contas pode ensejar na inelegibilidade do gestor, se houver entendimento de que houve irregularidades insanáveis, com ato doloso. Ele pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa”, advertiu. Para José Carlos Polo, não há o mesmo rigor na fiscalização com a coleta de lixo, mas os prefeitos devem correr para se adequar à nova legislação, por ser uma forma de receber benefícios ou financiamento de entidades federais para tal finalidade.

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Saiba mais Quadro de investimentos * 85 municípios pernambucanos não atingiram 60% da coleta de lixo em residências acompanhadas pelas equipes de saúde da família * 10 municípios não conseguem coletar 50% do lixo.Os piores são Carnaubeira da Penha (13,2%), Casinhas (19%), Paranatama (26,3), Calumbi (27,9%), Santa Filomena (29,3%), Dormentes (30,2%), Vertente do Lério (30,6%), Afrânio (30,8), Parnamirim (30%) e Santa Maria do Cambucá (32,4%). Todos coletam menos de 35% do lixo * 5 municípios investiram menos de 15% dos recursos próprios em saúde. Os piores do ranking foram Barreiros (13,13%), Belém de Maria (13,68%), Ibimirim (13,85%), Calumbi (14,56%) e Recife (14,95%) * 22 municípios do estado não atingiram 60% no índice de cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família no município * Ano de referência: 2011 ** 4 municípios de Pernambuco apresentam taxa de mortalidade infantil bem próxima da considerada alta, que é acima de 49 por cada 1.000 nascidos vivos. No ranking negativo estão o Cabo (40), Moreilândia (40), Santa Maria do Cambucá (39,6), Vertentes (35,5) ** Ano de referência: 2010

Diario de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:33

Aids, apoio é essencial Nos grupos, como o do Lessa de Andrade, soropositivos trocam experiências. Entendem que não são únicos Bruna Monteiro É um cômodo único. O branco na parede, apesar de antigo, parece impecável. Apenas um buraco de ar-condicionado tapado por argamassa parece destoar do ambiente pacato. As janelas entregam que a sala fica no primeiro andar. E a luz branca que vai amarelando esclarece que a tarde passa depressa. É uma quinta-feira e a Estrada dos Remédios, na Madalena, não poderia ter um nome mais adequado para abrigar aquelas reuniões semanais de grupo de adesão e acolhimento de pessoas soropositivas ou que possuem alguma doença sexualmente transmissível da Policlínica Lessa de Andrade.

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Mesa de mármore ao centro. O encontro se inicia com quase todos os assentos de cadeiras pretas preenchidos. Nas conversas travadas no local, ideias e trocas sobre relacionamentos, família, coragem, o tempo. Os olhos entregam a busca de força uns nos outros. Uma senhora de 65 anos faz uma brincadeira com uma garota de 21. Gargalhadas. De diferentes biótipos, classes sociais e modos de vida, parecem se comunicar como uma família. E são. Em comum possuem o fato de serem portadores do HIV, que chegou ao Brasil na década de 80 intitulada como “grave e terminal”. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o vírus da Aids já matou mais de 25 milhões de pessoas pelo mundo desde o seu descobrimento. A partir de 1983, quando Pernambuco começou a registrar casos de Aids, já foram 17.459 pessoas diagnosticadas com a doença. Até julho passado foram registrados 383 novos casos. Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Baque duplo Naquela quinta-feira em particular, um novo integrante do grupo ainda carregava o exame nas mãos. Havia descoberto há poucas horas. Fez o teste porque seu companheiro foi internado. Baque duplo. Após ter pego o resultado com a recepcionista, foi encaminhado ao psicólogo e recebeu a indicação de frequentar o grupo de acolhimento do Lessa. Lá, falou pela primeira vez para alguém que estava com HIV. “No grupo eles percebem que não são os únicos. Ficam mais à vontade para falar do que com a família ou amigos”, destaca o psicólogo Fernando Santos, especialista em estudo sobre Aids. O grupo tem como objetivo reunir pessoas que estão vivendo a mesma situação sorológica com o apoio de profissionais capacitados para fazer com que as pessoas administrem melhor sua saúde e vivência com a doença, explica Acioli Neto, coordenador de DST/Aids e hepatites virais do Recife. “O HIV envolve questões sociais, emocionais, psicológicas muito profundas desde a aceitação até a escolha ou não do sigilo da enfermidade”, observa o coordenador. Assim, a doença grave e terminal se configura como uma doença que pode ser tratada. Sem medo. Uma doença que, apesar da angústia de ainda não haver cura, não impede as pessoas de viverem.

Diario de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:45

"Eu tenho Aids e vivo bem" “Doeu ainda mais descobrir que ele sabia e não me contou”, disse Caio César A carta do Hemocentro, hospital para o qual sempre doava sangue, solicitava um novo exame. “A assistente social falou que poderia ter algum problema”. Quando ela saiu da sala, ele sentou em frente ao computador e viu o resultado. De imediato começou a chorar e ligou para o namorado. “Doeu ainda mais descobrir que ele sabia e não me contou”. A descoberta levou ao fim do relacionamento. Ficou dois anos sem se tratar. Escolheu não acreditar. “Não contei a ninguém.” Na virada do ano novo de 2011, o resultado voltou a lhe assombrar. E se fosse verdade? Voltou ao hospital, fez o exame e recebeu a confirmação do inevitável: Caio César, aos 24 anos, era soropositvo.

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Diante do duplo preconceito da família, não apenas por contrair a doença, mas também por ser gay, buscou na internet as forças que não encontrava em si. Entrou no site ‘Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV e Aids’ e conheceu outros jovens como ele. “Um dos coordenadores trocou e-mails e começou a me dar forças para entender que eu não estava só”. Hoje, aos 26, Caio representa a rede em Pernambuco, além de coordenar encontros mensais do grupo. São 23 jovens com idades entre 15 e 26 anos que se reúnem para conversar. “A maior emoção é quando eu escuto ‘Caio tu é um exemplo’. É fazer a pessoa olhar pra si mesmo e pensar: eu tenho HIV e vivo bem”, ensina.

Diario de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:34

Diario urbano Na lista Hoje, Dia Mundial da Luta Contra a Aids, não dá para esquecer que Pernambuco tem cinco municípios incluídos no ranking das cem cidades brasileiras com 50 mil habitantes ou mais com maior taxa de incidência da doença (Cabo de Santo Agostinho, Olinda, recife, Goiana, Abreu e Lima). E o MS ainda tentou complicar a vida das entidades que lidam com o problema, a partir da proposta de empregar recursos específicos em outras áreas da Saúde.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:44

Congresso discute dislexia Para a presidente da Fundação Altino Ventura (FAV) e organizadora do Congresso, Liana Ventura, a discussão se faz importante já que é preciso entender as singularidades de cada paciente para uma melhor inserção no ambiente escolar Rodrigo Passos O V Congresso Internacional de Dislexia e Distúrbios de Aprendizagem começou on-tem, no Auditório Tabocas, no Centro de Convenções, em Olinda. O evento tem por objetivo propor o debate sobre as teorias que provocam a dislexia. Cerca de 97 palestrantes do Brasil, Estados Unidos e Europa participam do evento, que encerra hoje. Para a presidente da Fundação Altino Ventura (FAV) e organizadora do Congresso, Liana Ventura, a discussão se faz importante já que é preciso entender as singularidades de cada paciente para uma melhor inserção no ambiente escolar. “A dislexia, de uma forma bem simples, é a dificuldade e desordem da criança que tem a dificuldade de aprender a ler e escrever, mas esses problemas podem persistir até a vida adulta”, analisou. Ainda segundo a organizadora, existem vários tipos de dislexia, mas o mais comum é a do desenvolvimento, de origem genética. Outro formato é a adquirida, que atinge pessoas que sofreram problemas neurológicos como tumor cerebral, traumas, entre outros, e desaprendem a ler e escrever. Os sinais do distúrbio nas crianças podem ser percebidos nos primeiros níveis de alfabetização. “Os pais devem ficar alertas, principalmente quando as crianças têm dificuldades, trocam letras, pulam linhas, dificuldades em ler palavras longas”, disse.

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Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 09:58

Brasil anuncia a produção nacional de antirretroviral Medicamento faz parte de coquetel distribuído a 45 mil pessoas em tratamento contra o HIV ABr, Folhapress e AE Mais um remédio para tratamento de HIV/aids será feito no Brasil. O Ministério da Saúde anunciou, ontem, o início da troca de tecnologia para produção nacional do antirretroviral Atazanavir. Assim, 11 dos 20 remédios oferecidos pelo sistema público de saúde serão fornecidos por laboratórios nacionais. O medicamento faz parte do coquetel distribuído para 45 mil pessoas, cerca de 20% dos pacientes. Para a produção, o ministério firmou parceria com o laboratório americano Bristol-Myers Squibb para a transferência da tecnologia de fabricação do antirretroviral sulfato de atazanavir. Com a transferência de tecnologia, em 2017 o remédio será totalmente produzido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Especialistas do instituto irão aos Estados Unidos aprender, no laboratório Bristol, a produzir o medicamento. O Bristol detém a patente até 2017. “A parceria é fundamental para que o Brasil produza mais um medicamento contra a aids com tecnologia nacional”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Anualmente, o ministério gasta cerca de R$ 87 milhões somente na compra dos medicamentos, e a previsão é de que a parceria resulte em economia de R$ 385 milhões em cinco anos. A partir do próximo ano, o remédio já será distribuído com embalagem nacional. O medicamento é um inibidor da reprodução do vírus no organismo e integra o coquetel de três remédios utilizados diariamente pelos usuários. A utilização do atazanavir corresponde à segunda fase do tratamento, quando as primeiras combinações já não surtem efeito para o paciente. Pelas contas do governo, serão 127 milhões de cápsulas produzidas anualmente no País até 2017. A previsão da Fiocruz é atender, já em 2015, ao menos 50% da demanda nacional do produto. Pelo contrato, o laboratório Farmanguinhos terá que garantir um valor final para o medicamento 5% mais barato que o preço atual, ainda que opere no vermelho. “Vamos ter que nos virar”, afirmou o diretor de produção de Farmanguinhos, Hayne da Silva. “Para nós, a vantagem é aprender e para eles, vender uma tecnologia que vai entrar em domínio público”, completou. O governo não vai pagar pela transferência de tecnologia, mas garante a compra dos medicamentos diretamente com o laboratório americano até o final da parceria.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:02

Dia Mundial contra a Aids Produção nacional do Atazanavir será possível graças a uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada entre o Ministério da Saúde - por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - e o laboratório internacional Bristol-Myers Squibb A partir de 2013, começa a ser distribuído, na rede pública de saúde, mais um medicamento com o rótulo nacional para o tratamento da Aids: o Sulfato de Atazanavir.

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A boa notícia foi dada , ontem, véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, pelo Ministério da Saúde e divulgada pela Agência Saúde, confirmando o processo de transferência de tecnologia para a produção do medicamento no País. O antirretroviral que já é distribuído aos pacientes do SUS, é utilizado por cerca de 45 mil pessoas - perto de 20% do total de pacientes, 217 mil. A produção nacional do Atazanavir será possível graças a uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada entre o Ministério da Saúde - por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - e o laboratório internacional Bristol-Myers Squibb. Atualmente, o Atazanavir é importado. Com a PDP, a expectativa é de que o Ministério da Saúde economize cerca de R$ 81 milhões por ano, durante a parceria. Vale acrescentar que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que essa é a primeira PDP para a produção de um medicamento para o tratamento de HIV/Aids pela Farmanguinhos e que a iniciativa fortalece o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde, garantindo acesso universal e gratuito aos antirretrovirais desde 1996. Essa iniciativa reforça o compromisso do Ministério de fortalecer o Complexo Industrial da Saúde e possibilita a autonomia do país na produção de medicamentos. Com a parceria, o Brasil terá capacidade para se tornar autossuficiente na produção do Atazanavir e para fortalecer a sua indústria farmoquímica.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:01

Divulgadas operadoras que serão fechadas Este tipo de portabilidade, em vigor desde abril de 2011, possibilita ao usuário mudar para um convênio compatível com o anterior em situações especiais A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou a lista de operadoras de planos de saúde que terão as atividades encerradas por causa de graves problemas econômico-financeiros e administrativos. Os usuários desses convênios têm até 60 dias para solicitar a portabilidade especial de carências para outras operadoras. A lista com as operadoras que serão fechadas pode ser conferida no link http:// bit.ly/Uxb71m. Este tipo de portabilidade, em vigor desde abril de 2011, possibilita ao usuário mudar para um convênio compatível com o anterior em situações especiais. São permitidas as trocas nos seguintes casos: quando a operadora tem o registro cancelado pela ANS, está em processo de falência ou por causa da morte do titular do plano. Nessas situações, o consumidor tem algumas vantagens, como trocar de plano de saúde independentemente do mês de aniversário do contrato, fica desobrigado de cumprir a permanência mínima no plano e novas carências e o preço do novo plano deve ser igual ou menor que o antigo.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:12

Folha Econômica Concorrência A pernambucana MV, líder nacional em sistema de gestão de saúde, venceu a

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concorrência para remodelar os processos e serviços de assistência médica e controles administrativos do Hospital das Clínicas de São Paulo. O sistema gerenciará as informações de 2.153 leitos.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:04

Cartas Hospital do Tricentenário de Olinda As maravilhas do bom funcionamento do Hospital do Tricentenário de Olinda pelo virtual e reeleito prefeito do município ruem quando a população precisa de um atendimento ali. O que é oferecido pelo SUS comenta-se que “dá pro gasto”, porém, nas atribuições da Prefeitura, aí a coisa pega. Falta médico, material hospitalar, falta tudo. Nilson Aguiar de Freitas - Olinda/PE

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 10:18

Foco Saúde Simone Lima com Mariana Fontes Tramita na Câmara Municipal projeto de lei da vereadora Aline Mariano que prevê a obrigatoriedade das redes de fast food informarem aos consumidores os dados nutricionais dos alimentos. A matéria prevê que as informações da quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e sódio, bem como o valor calórico deverão estar impressas nas embalagens individuais ou em cardápios, cartazes, folders e tabelas afixados em locais visíveis. Os estabelecimentos que descumprirem ficariam sujeitos à multa no valor de R$ 2 mil. Uma lei semelhante já está em vigor em São Paulo. Cenário Os oncologistas Júlio Romão e Liliane Chousinho participaram do Simpósio Oncoclínicas do Brasil, recentemente, no Hotel Sheraton, no Rio de Janeiro. O evento discutiu o tratamento do câncer de mama.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 11:23

Médicos não recebem salários integrais Diretora do Simepe, Ana Carolina Oliveira, informou que, na última quinta-feira, a prefeitura pediu que a negociação se estendesse até a segunda-feira, quando ocorrerá uma nova conversa com a categoria, às 18h, uma hora antes da assembleia Renata Coutinho Médicos de Caruaru estão sem receber o salário integral desde o mês de setembro e ameaçam deflagrar uma paralisação de advertência. Os profissionais afetados - cerca de 20, segundo a regional de Caruaru do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) - se reunirão em assembleia, na próxima segunda-feira, para decidir como pressionar a prefeitura. Segundo a direção do Simepe, a administração teria prometido acertar as contas com os profissionais até ontem, o que não aconteceu.

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A diretora do Simepe, Ana Carolina Oliveira, informou que, na última quinta-feira, a prefeitura pediu que a negociação se estendesse até a segunda-feira, quando ocorrerá uma nova conversa com a categoria, às 18h, uma hora antes da assembleia. Atualmente, o salário base de um médico por 20 horas semanais é de R$ 3.670. Já o profissional de PSF deve ganhar R$ 7.340. O secretário de Administração, Antônio Adenildo, afirmou que tudo deverá ser resolvido na segunda, quando a prefeitura apresentará um cronograma de pagamento. Segundo ele, o problema aconteceu com médicos nomeados em agosto e que demoraram a abrir a conta corrente, ficando fora da folha de agosto e setembro.

Folha de Pernambuco - PE01/12/2012 - 11:03

Células-tronco são criadas do sangue Pesquisa foi publicada na revista científica “Stem Cells: Translational Medicine” Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram uma forma de criar células-tronco a partir do sangue e da pele. A pesquisa mostrou que essas células-tronco podem ser usadas no combate às doenças de circulação e do coração. O cientista Amer Rana, do departamento de Medicina da Universidade de Cambridge, disse que a descoberta aumentou a esperança dos doentes que sofrem com os problemas cardiovasculares. A pesquisa foi publicada na revista científica “Stem Cells: Translational Medicine”. “Estamos entusiasmados por ter desenvolvido um método prático e eficiente para criar células-tronco”, disse Rana. Há expectativas de que, futuramente, essas células-tronco possam colaborar para reparar o tecido danificado, sem ser atacadas pelo sistema imunológico do corpo.