da margem sul - loja ispaloja.ispa.pt/sites/default/files/users/3/a-balada-da-margem-sul.pdf · a...
TRANSCRIPT
HÉLDER COSTA
A BALADA DA MARGEM SUL
ISPA – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO / 2010
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 1
TÍTULO: A BALADA DA MARGEM SULAUTOR: HÉLDER COSTA
© INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA-CRLRUA JARDIM DO TABACO, 34, 1149-041 LISBOA
1ª EDIÇÃO: ABRIL DE 2010TIRAGEM: 500 EXEMPLARES
COMPOSIÇÃO: ISPA – INSTITUTO UNIVERSITÁRIOFOTOGRAFIA DA CAPA – MIGUEL CLARO
FOTOGRAFIAS: LUÍS ROCHA – MEFIMPRESSÃO E ACABAMENTO: SERSILITO – EMPRESA GRÁFICA, LDA.
DEPÓSITO LEGAL: 309096/10ISBN: 978-989-8384-01-0
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 2
Quem tem medo morre um pouco todos os dias, quem não tem medo sómorre uma vez.
Paolo Borsellino, advogado assassinado pela Máfia em 1992
3
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 3
AA BBAALLAADDAA DDAA MMAARRGGEEMM SSUULL
O ódio anda à solta nas grandes metrópoles.
A necessidade, a insegurança, o futuro sombrio transformaram o homem – eprincipalmente a juventude – numa massa irregular, inconstante e suicidária.
Os bandos, cada vez mais frequentes e maiores, criam-se não por solidariedadeou afectividade, mas por obediência a um espírito de guerra, de agressão. Trata-se de excluir e marginalizar o outro, e acredita-se que a morte do adversário//inimigo é a garantia da vida própria e do futuro sem manchas.
O pano de fundo mais evidente de toda esta linha doutrinária é o racismo.
Nada mais fácil que identificar a diferença pela cor da pele. Apesar de essa pelediferente deixar de ser importante quando o seu portador for milionário ou altafigura social – o que prova muito claramente que, no fundo, o racismo não passade uma mistificação e de um embuste que mascara a verdadeira verdade – acontinuidade ad eternum?, da luta de classes.
Na margem sul do Tejo, frente a Lisboa, zona de grande tensão e conflitos entrea população, causados pelo desemprego e encerramento de unidades industriais,vivem grupos de jovens radicalmente inimigos.
Os mais célebres e activos são os skin-heads e os negros marginais.
Comunidades opostas, rivais, mas de idênticos princípios sectários e dogmáticos,são confrontadas com o amor absurdo e proibido que nasce entre um skin-heade uma negra.
Trata-se de uma possível versão contemporânea de um dos pontos altos dadramaturgia universal (Romeu e Julieta) e dos grandes temas que a humanidadetransmitiu de pais para filhos: amores contrariados, conflitos inter-rácicos edesencontro entre o sonho, a esperança e o fatalismo trágico.
Hélder Costa
5
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 5
A BARRACA estreou “A BALADA DA MARGEM SUL” no dia 18 de Fevereiro de2010, no teatro A BARRACA em Lisboa
FFIICCHHAA TTÉÉCCNNIICCAA EE AARRTTÍÍSSTTIICCAA
Hélder Costa – Texto, Encenação, Espaço cénicoJorge Palma – CançõesCélia Alturas – CoreografiaFernando Cardoso – Movimento, Lutas, Vídeo, Making ofJosé Reis e Chullage – Apoio de lutasPaulo Serafim – VozesRita Fernandes e Ruben Santos – Guarda-roupaInna Siryk – CostureiraLuís Thomar – AdereçosRicardo Santos – SonoplastiaFernando Belo – LuminotecniaJosé Carlos Pontes – Recolha de som e vídeoElsa Lourenço e Inês Aboim – Relações públicas e ProduçãoInês Costa – Assistência de produçãoMaria Navarro – SecretariadoLuís Rocha e Tânia Araújo – MEF – FotografiasMiguel Claro – Fotografia do cartaz
Sérgio Moras – Skin Pedro Patrícia Adão Marques – IsabelPedro Borges – Skin Carlos Ciomara Morais – LeonorRuben Santos – Skin Cabeçudo, aluno Adi – Sónia, Betty, FeiticeiraAdérito Lopes – Skin, Padre, Aluno Fabrizio Quissanga – Pai, Preto velhoRute Miranda – Skin, Elisa, Professora Carlos Paca – João, Aluno, GangRita Fernandes – Mãe, Freira Giovanni Lourenço – Aluno, Preto velho, Gang
E os estagiários da Escola Gil Vicente
Diogo Severino – Skin Lingrinhas, AlunoMaikel Sani – Aluno, Preto velhoVera Ferreira – Skin Rosa, Colegial
7
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 7
PPEERRSSOONNAAGGEENNSS
Brancos NegrosPedro Leonor, cabeleireiraIsabel, costureira, irmã de Pedro Pai de LeonorMãe de Pedro, viúva ManuelElisa, professora JoãoPadre Eusébio
Feiticeira
Grupo Skin-head Grupo Negro / Festa, futebolCarlos, chefe EusébioPedro ManuelCabeçudo JoãoLingrinhasRosaLaurinda
Grupo Negro / DrogaJoão
BettyXico
8
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 8
9
CCEENNAASS
II –– OOSS AANNJJOOSS DDAA NNOOIITTEE
01. Pedro sai de casa
02. Leonor, cabeleireira
03. Encontro dos skin-heads
04. O baile
05. Reunião dos skin-heads
06. O cerco
07. Fim de festa
08. Skin-heads / Aula de política 1
IIII –– LLUUTTOO EE RREEVVOOLLTTAA
09. O velório
10. As “razões” dos jovens negros
11. Na escola
IIIIII –– OO ““ EEMMPPRREEGGOO””
12. As “razões” dos skin-heads
13. Donos da rua
IIVV –– AA GGUUEERRRRAA AAPPRROOXXIIMMAA--SSEE
14. Pedro protege Leonor
15. Leonor é castigada
16. Pedro e Isabel
17. O dinheiro domina a cidade
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 9
10
VV –– QQUUEEMM CCOOMM FFEERRRROO MMAATTAA
18. Skin-heads / Aula de política 2
19. Caça aos pretos
20. Casa de Pedro apedrejada
21. Leonor protege Pedro
22. Os skin-heads castigam Pedro
23. Pedro no andaime
VVII –– OO SSOONNHHOO
24. A feiticeira negra
25. Tu és o mundo
VVIIII –– EENNCCOONNTTRROO CCOOMM AA MMOORRTTEE
26. O grande confronto
27. As famílias
28. Imperdoável
balada_inicio.qxp 13-04-2010 11:48 Page 10
CCEENNAA II –– OOSS AANNJJOOSS DDAA NNOOIITTEE
01. Pedro sai de casa
02. Leonor, cabeleireira
03. Encontro dos skin-heads
04. O baile
05. Reunião dos skin-heads
06. O cerco
07. Fim de festa
08. Skin-heads / Aula de política 1
Balada_Cena I.qxp 10-04-2010 10:31 Page 11
HHÉÉLLDDEERR CCOOSSTTAA – Escritor, Dramaturgo, Encenador e Actor
Estudos de Direito em Lisboa e Coimbra.
Licenciatura da Faculdade de Letras / Institut d’Études Théatrales – Sorbonne, Paris.
Director do grupo de teatro A BARRACA (Lisboa, Portugal).
Participou no CITAC (Coimbra), e foi presidente do Cénico de Direito (duas menções honrosasno Festival Mundial de Teatro Universitário de Nancy – 1966/67).
Fundador do Teatro Operário de Paris (1970).
Assistente de encenação e co-autor com Luís de Lima e Luiz Francisco Rebello do 1º espectáculocriado a seguir ao 25 de Abril: “Liberdade, Liberdade” (1974).
Encenador no Grupo de Acção Teatral A BARRACA (Prémio Unesco 92), dirigiu vários espec-táculos em Espanha, Brasil, Dinamarca e Moçambique.
Dirigiu cursos e participou em congressos, festivais e filmagens em França, Suécia, Alemanha,Suíça, Holanda, Argentina, Cabo Verde, México, Bolívia, Chile, Inglaterra, Colômbia, Venezuela,E.U.A., U.R.S.S., Bélgica, Itália, Macau, Cuba, Nicarágua, Uruguai e Azerbeijão.
TTEEXXTTOOSS OORRIIGGIINNAAIISS,, DDRRAAMMAATTUURRGGIIAASS,, TTRRAADDUUÇÇÕÕEESS
Mais de 30 peças editadas e montadas em vários grupos de cidades Portuguesas e outros países.
Algumas peças abordam situações e personagens da História e Cultura de Portugal (sem histori-cismo, e com a preocupação de se tirarem lições úteis para o presente).
Outras peças incidem, de forma absurda e satírica, sobre situações da política internacional con-temporânea e comportamentos individuais e colectivos.Além dos seus textos dirigiu Gil Vicente, Chiado, Dário Fo, Brecht, Mrozeck, Fassbinder, BenHecht, Woody Allen, Oswaldo Dragun, Lope de Vega, Ettore Scola, Ionesco, Molière, Eça deQueiroz, Cândido Pazó, Luís de Sttau Monteiro, Augusto Boal, entre outros.
PPEEÇÇAASS CCOOMM MMOONNTTAAGGEENNSS IINNTTEERRNNAACCIIOONNAAIISS
O Príncipe de Spandau – teve estreia mundial em Viena de Áustria e foi montado na Dinamarca,na Bolívia, em Madrid, Paris, Bruxelas, Noruega, Suécia, Roménia, Lisboa, Suiça e Londres. Estáem pré-montagem no Brasil. Em fase de preparação na Grécia, Suiça e em Espanha – Madrid,Teatro Español.
Zé do Telhado (França, Canadá).
D. João VI (Centro Cultural do Banco do Brasil – RJ, Brasil).
71
Balada_Final.qxp 10-04-2010 13:33 Page 71
Calamity Jane (Espanha, Dinamarca, México).
Mi Rival (Espanha).
O Incorruptível (França, Brasil, Espanha – Madrid, Teatro Español e Barcelona). Novas montagensem preparação no Brasil (Universidade de Bahia, S. Paulo e Rio de Janeiro) onde se prepara tam-bém uma montagem em marionettes. Em fase de montagem na Argentina. Estreia em 2010 no Th.St. Gervais, Geneve (Suiça) e em Milão (Itália).
Sexo, Nunca Mais! – (Paris, França). Em preparação em S. Paulo, Brasil.
Marilyn, Meu Amor – Preparação em Espanha, Argentina e Brasil.
A Pessimista – Preparação em Buenos Aires.
TTRRAADDUUÇÇÕÕEESS // EEDDIIÇÇÕÕEESS
El Principe de Spandau y otras piezas – castellano – Hiru Teatro.
El Incorruptible – castellano – Hiru teatro.
O Príncipe de Spandau – traduzido em castelhano, catalão, francês, dinamarquês, inglês, alemão,romeno, grego, sueco e norueguês.
Mi Rival – traduzido em castelhano e inglês.
Parabéns a Você – traduzido em castelhano e inglês.
O Incorruptível – traduzido em castelhano e francês.
Fernão, Mentes? – traduzido em Italiano.
D. João VI – traduzido em castelhano.
Calamity Jane – traduzido em castelhano, catalão e dinamarquês.
Sexo, Nunca Mais! – traduzido em Francês e Inglês.
A Estátua de Saddam – traduzido em Inglês.
Rato Mickey – traduzido em Inglês.
PPRRÉÉMMIIOOSS
PPoorrttuuggaall –– TTeexxttooss ee eenncceennaaççããoo
Teve vários prémios de que se destacam: Grande Prémio de Teatro da RTP (“Damião de Góis”),Associação de Críticos (“É menino ou menina”), Casa da Imprensa (“Fernão Mentes?”), Associação25 de Abril, revistas “Sete”, “Mulheres”, “Nova gente” e vários Festivais de Teatro.
EEssppaannhhaa
Festival de STIGES – Barcelona, 1978(“Zé do Telhado”, melhor espectáculo, e “D. João VI”, melhor texto).
Associação de Actores e Directores da Catalunha (“Dancing”), 1989.
CCoollôômmbbiiaa
Melhor espectáculo, Festival Internacional de Teatro (“Dancing”), 1990.
72
Balada_Final.qxp 10-04-2010 13:33 Page 72
MMééxxiiccoo
1º Prémio do 1º Festival Internacional da Ciudad de México (“Dancing”), 1990.
VVeenneezzuueellaa
“Fernão, Mentes?” – Melhor espectáculo, Festival Internacional de Teatro, 1983.
BBrraassiill
Jornal do Brasil (D. João VI e Preto no Branco), 1980.
Revista VEJA (Morte Acidental de um anarquista), 1981
IInnggllaatteerrrraa
Festival de Edimburg (O Príncipe de Spandau), 2001.
CCIINNEEMMAA
“Bom povo português” de Rui Simões, “Vidas” de Cunha Telles, “Saudades para D. Genciana” deEduardo Geada, onde além de actor foi co-argumentista (Prémio do Instituto Português deCinema), “Love Actually” de Richard Curtis e “Absurdistan” de Veit Helmer.
TTEELLEEVVIISSÃÃOO
Em televisão foi autor dos textos e dirigiu “Entrevistas Históricas” dos programas “Tal e Qual” deJoaquim Letria, e “1,2,3” e “Ideias com História” de Carlos Cruz, e participou nas séries tele-visivas de José Carlos de Oliveira “O Dragão de Fumo” (co-argumentista e actor) e “O Crime” (co-argumentista e actor), foi protagonista do telefilme “Ici-peut-être” de Gerard Chouchan para aORTF (Paris) e actor em “Assunto Reiner” telefilme para Catalunha, Valência e Andaluzia.
PPEEDDAAGGOOGGIIAA
Pertence ao corpo pedagógico da Escuela Internacional de Teatro da América Latina y Caribe.Ministrou cursos em Tlaxcala (México), Buenos Aires, Teatro San Martin (Argentina), TeatroCarlos Gomes, Rio de Janeiro (Brasil).Santiago de Compostela, Cáceres, Mérida, Cadiz, Zaragoza, San Sebastien (Espanha).Nápoles (Itália), Maputo (Moçambique), etc.
OOBBRRAASS DDOO AAUUTTOORR ((PPUUBBLLIICCAADDAASS))
O Incorruptível – Ed. Caminho.Queres Ser Ministro? – Ed. ASA.Conversas com Gente Famosa – Ed. ISPA.Ódio no Palácio Real – Ed. Campo das Letras.O Saudoso Tempo do Fascismo – Ed. Parvoíces
TTEEXXTTOOSS PPUUBBLLIICCAADDOOSS // TTEEAATTRROO
Liberdade, Liberdade (com Luis de Lima e Luiz Francisco Rebello) – Prelo, 1974.
73
Balada_Final.qxp 10-04-2010 13:33 Page 73
74
Histórias de Fidalgotes e Alcoviteiras, Pastores e Judeus, Mareantes e Outros Tratantes, Sem Esquecer as Mulheres e Amantes (dramaturgia sobre textos de Gil Vicente e Ruzante) – Coop. de Acção Cultural(GAC), 1976.O Congresso dos Pides e um Inquérito (inseridos na obra colectiva Ao qu’isto chegou!) Estampa, 1977e em “Dramaturgia de Abril” – SPA, 1999.A Camisa Vermelha – Centelha, 1977.3 Histórias do Dia a Dia (O jogo da bola, A sorte grande, A vaca prometida) – SPA, 1977.Zé do Telhado – Centelha, 1978.D. João VI – Centelha, 1979.Um Homem é um Homem – Damião de Góis – Centelha 1979.Teatro Operário (estudo teórico e textos colectivos do Teatro Operário de Paris) – Centelha, 1980.É Menino ou Menina? – Didáctica Editora, 1980.Preto no Branco (adaptação de Morte acidental de um Anarquista, de Dario Fo) – A Barraca, 1980.Fernão, Mentes? – A Barraca,1981.A Viagem – Camões, poeta prático – Centelha, 1982.Uma Floresta de Enganos – A Barraca, 1991.O Príncipe de Spandau, Mi Rival, Parabéns a Você – SPA, 1997.Marylin Meu Amor – Colibri, 1997.O Mistério da Camioneta Fantasma – Colibri, 2001.A Farsa (adapt. da obra de Raul Brandão, workshop na Biblioteca Raul Brandão, Guimarães) –Biblioteca Raul Brandão, 2002.O Incorruptível (1 actor, 1 actriz) – A Barraca, 2003.Os Renascentistas – ISPA, 2004.Bushlândia (Sexo, Nunca Mais!, A Estátua de Saddam, Rato Mickey) – Parvoíces, 2004.Zé do Telhado – A Barraca, 2004.4 Comédias em 1 Acto (A Borbulha, Que bom cu que ele tem, A Pessimista, As aventuras do meninoPaulinho) – Parvoíces, 2006.Obviamente Demito-o! – ISPA, 2008.D. João VI – ISPA, 2008.O Professor de Darwin – Gradiva, 2009.A Balada da Margem Sul – ISPA, 2010.
TTEEXXTTOOSS NNÃÃOO PPUUBBLLIICCAADDOOSS // TTEEAATTRROO
António Aleixo – Este livro que vos deixo, 1977.Santo Operário, 1982.Um Dia na Capital do Império (sobre o Chiado), 1983.Viva a Republica, 1986.Pata de Leão, 1986.Calamity Jane, 1986.O Diabinho da Mão Furada, 1987.O Baile, 1988.
Balada_Final.qxp 10-04-2010 13:33 Page 74
Dancing, 1988.O Azeite, 1989.Pimenta, Cravo e Canela, 1990.Cartas de Amor, 1991.Os Bastardos de Salazar, 1994.O Abrigo, 1995.Viva la Vida!, 1996.Gulliver, 1996.Queres Ser Ministro?, 1996.A Barca do Mundo, 1998.Abril em Portugal, 1999.Lampião Encontra Zé do Telhado, 2003.Encontro de Poetas, 2004.Foral de Vila Nova de Famalicão – 800 Anos, 2005.El Incorruptible – Teatro Español, Madrid, 2008.Raquel e Jacob, 2009.As Peúgas de Einstein, 2009.
75
Balada_Final.qxp 10-04-2010 13:33 Page 75