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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA

TÍTULO: Um Estudo Sobre As Teorias Administrativas Elencadas No Curso Técnico

Em Administração Do Colégio Estadual Pedro II Da Cidade De Umuarama-Paraná

ÁREA DO PDE: Disciplinas Técnicas

PROFESSORA PDE: Marilete Gomes Duarte

ORIENTADORA: Profª Daniele de Lourdes Curto da Costa

MARINGÁ

2009

2

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

CADERNO PEDAGÓGICO

MARILETE GOMES DUARTE

TEMA: DIFERENTES ABORDAGENS SOBRE AS TEORIAS

ADMINISTRATIVAS

Projeto apresentado à Secretaria de Estado da Educação – SEED, como

parte dos requisitos do Programa Educacional – PDE, em convênio com a

Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Orientadora: Profª Daniele de Lourdes Curto da Costa

MARINGÁ

2009

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SUMÁRIO

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8.1

8.2

IDENTIFICAÇÃO ...............................................................................................

INTRODUÇÃO ...................................................................................................

ADMINISTRAÇÃO: CONCEITO ......................................................................

Definição de Conceito .........................................................................................

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO .......................................................

Conhecimentos Descritivos .................................................................................

Conhecimentos Prescritivos .................................................................................

ESTUDO DE CASO: O Administrador como Agente de Mudanças...................

Quais são suas motivações ...................................................................................

TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA ..............................................

A Obra de Taylor .................................................................................................

Primeiro Período de Taylor ..................................................................................

Segundo Período de Taylor ..................................................................................

A Administração Como Ciência ..........................................................................

Princípios Básicos de Henry Ford .......................................................................

Princípios da Eficiência de Harrington Emerson .................................................

ESTUDO DE CASO: Por alguns dólares a mais .................................................

TEORIA CLÁSSICA DAS ORGANIZAÇÕES .................................................

As Funções Básicas da Empresa ..........................................................................

Conceito de Administração ..................................................................................

Princípios Gerais da Administração para Fayol ...................................................

Os 14 Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol .................................

ESTUDO DE CASO: Técnicos e gerentes ..........................................................

ESTUDO DE CASO: O Descobrimento da América ..........................................

TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO..........................................

ESTUDO DE CASO: Desperdício nos Supermercados ......................................

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ...........................................................

Elton Mayo ..........................................................................................................

A Experiência de Hawthorne ...............................................................................

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9.2

9.2.1

9.2.2

9.2.3

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10.1

11

11.1

11.1.1

Primeira Fase da Experiência de Hawthorne .......................................................

Segunda Fase da Experiência de Hawthorne .......................................................

Terceira Fase da Experiência de Hawthorne .......................................................

Quarta Fase da Experiência de Hawthorne ..........................................................

Conclusões da Experiência de Hawthorne ...........................................................

Conclusões Finais da Experiência de Hawthorne ................................................

Comparação entre a Teoria Clássica e das Relações Humanas ...........................

ESTUDO DE CASO: Um Problema Administrativo na Antiguidade – A

Grande Pirâmide ..................................................................................................

TEORIA DA BUROCRACIA ............................................................................

Tipos de Sociedade ..............................................................................................

Sociedade Tradicional ..........................................................................................

Sociedade Carismática .........................................................................................

Sociedade Burocrática .........................................................................................

Tipos de Poder .....................................................................................................

O Poder Legítimo .................................................................................................

O Poder Referente ................................................................................................

O Poder do Saber .................................................................................................

ESTUDO DE CASO: Você vai se aposentar? .....................................................

TEORIA COMPORTAMENTAL .......................................................................

Hierarquia de Necessidades de Maslow ..............................................................

ESTUDO DE CASO: Fiat tenta motivar funcionário ..........................................

TEORIA DOS SISTEMAS .................................................................................

Tipos de Sistemas ................................................................................................

Quanto a sua constituição ....................................................................................

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11.1.1.1 Sistemas Físicos ou Concretos ............................................................................. 37

11.1.1.2 Sistemas Abstratos ou Conceituais ...................................................................... 37

11.1.2 Quanto a sua natureza .......................................................................................... 37

11.1.2.1 Sistemas Fechados ............................................................................................... 38

11.1.2.2 Sistemas Abertos .................................................................................................. 38

11.2

Conceitos Fundamentais do Enfoque Sistêmico ..................................................

ESTUDO DE CASO: Uma visão de sistemas .....................................................

38

38

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14.1

14.2

TEORIA DA CONTINGÊNCIA .........................................................................

ESTUDO DE CASO: O outro lado da mesa .......................................................

SISTEMA JAPONÊS ..........................................................................................

ESTUDO DE CASO: A Teoria e a Política Enfrentam o Poder e a Motivação

na Consolidated Automobile ...............................................................................

OS 5 S DA REENGENHARIA ...........................................................................

O que é o 5S? .......................................................................................................

Os 5 S ...................................................................................................................

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14.2.1 Seiri: Senso de utilização .................................................................................... 45

14.2.2 Seiton: Senso de ordenação ................................................................................ 45

14.2.3 Seisō: Senso de limpeza ...................................................................................... 46

14.2.4 Seiketsu: Senso de saúde .................................................................................... 46

14.2.5 Shitsuke: Senso de autodisciplina ....................................................................... 46

15

16

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................

REFERÊNCIAS ...................................................................................................

46

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6

1 - IDENTIFICAÇÃO

PROFESSORA PDE: Marilete Gomes Duarte

ÁREA PDE: Disciplinas Técnicas

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO : Umuarama Pr.

PROFESSORA ORIENTADORA DA IES: Profª Daniele de Lourdes Curto da

Costa

IES VINCULADA : Universidade Estadual de Maringá - UEM

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA: Caderno Pedagógico

TEMA: Diferentes Abordagens sobre as Teorias Administrativas

TÍTULO: Um Estudo Sobre As Teorias Administrativas Elencadas No Curso Técnico

Em Administração Do Colégio Estadual Pedro II Da Cidade De Umuarama-Paraná

TEMPO ESTIMADO PARA APLICAÇÃO: 32 horas/aulas

2 - INTRODUÇÃO

Este trabalho constitui um Projeto de Intervenção Pedagógica para Implementação no

Colégio Estadual Pedro II Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, da cidade de

Umuarama, Paraná, que foi elaborado sob orientação da Professora Orientadora: Daniele de

Lourdes Curto da Costa-UEM, como parte das atividades do Programa de Desenvolvimento

Educacional-2009 - PDE, integrante do Plano Integrado de Formação Continuada, da

Secretaria de Estado da Educação - Estado do Paraná.

Este Material Didático será utilizado como uma das ferramentas para a Proposta de

Intervenção na Escola que desenvolverá no segundo semestre de 2010.

7

Um dos papéis da educação é produzir conhecimentos inovadores que contribuam de

alguma maneira, com a sociedade e a ciência em geral.

A Educação não se basta por si mesma, necessita estar ligada e em contato contínuo

com a realidade que a cerca, caso contrário as teorias desenvolvidas estarão cada dia mais

distantes da prática e a aprendizagem acontece pela interação do aluno com os objetos de

conhecimento e através de uma construção interna realizada por ele, que vai ampliando suas

idéias, crenças e formas de agir, a partir de um ambiente rico não só em materiais, mas

também em intervenções desafiadoras.

O professor tem, portanto, um papel fundamental nessa construção, observando o

modo como o discente está pensando, planejando e colocando em prática intervenções que

vão ao encontro de seu aluno e que sejam capazes de desafiá-lo para que ele avance em suas

concepções, colocando-se perguntas e problemas, instrumentalizando-o para buscar soluções,

incentivando e valorizando suas manifestações, na perspectiva do desenvolvimento da

autoconfiança necessária, e avaliando seus progressos e suas necessidades, bem como seu

próprio trabalho como professor, para reformular e incrementar o que for preciso.

E toda proposta de intervenção pedagógica, surge da análise e pesquisa criteriosa do

conteúdo programático de sua disciplina e após essa análise busca-se através de pesquisas

levantar dados bibliográficos que demonstrem a grau de eficiência e abrangência educacional

da realidade escolar e uma vez levantados os dados, é possível avaliar quais são as melhores

intervenções pedagógicas e como elas devem ocorrer, para facilitar, auxiliar e implementar o

processo pedagógico, visando sempre mais eficiência, motivação, praticidade para elevar o

grau de aproveitamento dos alunos.

O presente material didático busca através de uma revisão da literatura proporcionar

uma visão geral das teorias de administração que são elencadas no curso técnico em

administração do Colégio Estadual Pedro II e como metodologia será desenvolvida através de

pesquisa bibliográfica, com o intuito de levantar os dados pertinentes ao trabalho que se

propõe realizar. A proposta desse Caderno Pedagógico é a elaboração de um material de apoio

com estudos de casos ilustrativos, através de leituras, debates, trocas de informações para que

as teorias sejam estudadas e refletidas pelos alunos sobre sua aplicabilidade dentro das

organizações, bem como em sua vida profissional.

8

3 - ADMINISTRAÇÃO: CONCEITO

3.1 – Definição de Conceito

A palavra administração tem origem no latim e significa: administratione Ad =

(direção para, tendência, junto de) Minister = (subordinação e obediência) aquele que realiza

uma função abaixo do comando de outrem, portanto, administração é uma ação de prestar um

serviço. Administração é o processo de tomar e colocar em práticas decisões sobre objetivos e

utilização de recursos. Objetivos, decisões e recursos são as palavras-chaves na definição do

conceito de administração (MAXIMIANO, 1997, p. 16).

4 - TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Geral da Administração é o corpo de conhecimentos a respeito das

organizações e do processo de administrá-las. É formada por princípios, proposições e

técnicas em permanente elaboração. Não há na teoria da administração fórmulas ou receitas

definitivas, como acontece com outras disciplinas. Teoria, em administração, significa um

conjunto de conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das

organizações. As teorias da administração compreendem dois tipos principais de

conhecimentos (ou teorias): descritivos e prescritivos.

4.1 - Conhecimentos Descritivos

Conhecimentos de natureza descritiva são os que se propõem explicar um evento ou

fenômeno da realidade. As teorias descritivas da administração compreendem explicações ou

interpretações das organizações e do processo administrativo. Seu objetivo entender e explicar

as organizações e os administradores. Procuram explicar o que são as organizações e como

são administradas, (realidade).

4.2 - Conhecimentos Prescritivos

Há teorias que propõem recomendações, soluções para problemas ou decisões que

devem ser tomadas em certas situações: são as teorias prescritivas, que compreendem duas

9

grandes categorias: doutrinas (princípios ou preceitos) e técnicas. Procuram explicar como as

organizações devem ser administradas (propõem recomendações).

ESTUDO DE CASO

O Administrador como Agente de Mudanças

O administrador deve estar focalizado no futuro para poder preparar a sua empresa

para enfrentar os novos desafios que surgem, sejam através de novas tecnologias, novas

condições sociais e culturais, novos produtos e serviços. Além disso, deve pensar globalmente

(ver o mundo) e agir localmente (atuar na empresa). Para levar a sua empresa à excelência, o

administrador deve ter espírito empreendedor, aceitar desafios, assumir riscos e possuir um

senso de inconformismo sistemático. Somente assim o administrador pode conduzir sua

empresa a uma situação melhor.

O que você acha de tudo isso? E como você descreveria um Administrador?

Quais são suas motivações

Faça um circulo ao redor do número que melhor exprime sua opinião. Responda

pensando em seu trabalho atual e sua experiência.

DISCORDO/CONCORDO

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Sempre tento melhorar meu desempenho no trabalho.

Sempre tento melhorar meu desempenho no trabalho.

Estou sempre conversando a respeito de assuntos que são do trabalho.

Gosto de enfrentar desafios.

Gosto de assumir responsabilidades.

Para mim, é importante ser apreciado por outras pessoas

Gosto de saber como está meu desempenho quando trabalho.

Costumo enfrentar as pessoas que fazem coisas das quais não gosto.

Tenho a tendência de ficar amigo das pessoas com quem trabalho.

Gosto de definir e realizar objetivos factíveis.

Gosto de influenciar outras pessoas para que façam as coisas de meu modo.

Gosto de pertencer a grupos e organizações.

Para mim, é motivo de satisfação terminar uma atarefa difícil.

Estou sempre me esforçando para controlar minha vida e que pode afetá-la.

Gosto mais de trabalhar com outros do que sozinho

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Fonte: MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 2. Ed.

São Paulo: Atlas, 2000. pg 382.

10

5 - TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A abordagem típica da Escola da Administração Científica é a ênfase nas tarefas. O

nome Administração Científica é devido a tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos

problemas da Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Os principais

métodos científicos aplicáveis aos problemas da administração são a observação e a

mensuração.

A Escola da Administração Científica foi iniciada por volta de 1900 pelo engenheiro

americano Frederick W. Taylor, considerado o fundador da moderna Teoria da

Administração. Taylor teve inúmeros seguidores (como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth

e outros) e provocou verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo

industrial da sua época. Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma do

desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar o nível de produtividade

através da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.

O principal objetivo da administração deve ser o máximo de prosperidade ao patrão e,

ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O princípio de máxima

prosperidade para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado deve ser

o fim principal da Administração, sendo desnecessário demonstrá-lo. Assim, deve haver uma

identidade de interesses entre empregados e empregadores.

5.1 - A Obra de Taylor

Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica,

nasceu em Filadélfia, nos Estados Unidos e começou sua carreira profissional como aprendiz

de operário de uma oficina mecânica. Veio de uma família “quaker” de princípios rígidos, foi

educado dentro de uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Sua

ascensão profissional foi bastante rápida: em apenas seis anos já era engenheiro-chefe de

oficinas Nos seus primeiros estudos, tomou contato direto com os problemas sociais e

empresariais decorrentes da Revolução Industrial. Naquela época estava em moda o sistema

de pagamento por peça ou por tarefa e preocupado com a desorganização administrativa,

buscou encontrar maneiras de reverter isso, estudando, por exemplo, o uso do tempo dentro

das organizações.

11

5.1.1 - Primeiro Período de Taylor:

Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde,

generalizou suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu em caminho de

baixo para cima e das partes para o todo. Taylor expõe que:

1 - O objetivo de uma boa Administração é pagar salários altos e ter baixos custos

unitários de produção.

2 - Para realizar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de

pesquisa e experimentação, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados

que permitam o controle de operações fabris.

3 - Os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que

os materiais e as condições de trabalho sejam cientificamente selecionados, para que as

normas possam ser cumpridas.

4 - Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas

aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal seja

cumprida.

5 - Uma atmosfera de cooperação dever ser cultivada ente a Administração e os

trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a

aplicação dos princípios mencionados.

5.1.2 - Segundo Período de Taylor:

Nesse segundo período, desenvolveu seus estudos sobre a Administração geral, a qual

denominou Administração Científica, sem deixar, contudo sua preocupação com relação à

tarefa do operário. Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de três tipos de

problemas:

1 - Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a

produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários

pela gerência.

Segundo Taylor há três causas determinantes da vadiagem no trabalho:

A - O erro de que um rendimento maior do homem e da máquina terá como resultante

o desemprego de grande número de operários;

B - O sistema defeituoso de administração que força os operários à ociosidade no

trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses;

12

C - Os métodos empíricos ineficientes, utilizados nas empresas, que fazem o operário

desperdiçar grande parte do seu esforço e do seu tempo.

2 - Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário

para sua realização.

3 - Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.

Para sanar esses três problemas, idealizou o seu famoso sistema de Administração que

denominou Scientific Management e que nos países de língua latina foi difundido sob os

nomes de Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Científica no Trabalho e

Organização Racional do Trabalho.

5.2 - A Administração Como Ciência

Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas

cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o

empirismo, à ciência. Sua obra deve ser analisada, principalmente, pela importância da

aplicação de uma metodologia sistemática na análise e na solução dos problemas de

organização, no sentido de baixo para cima.

A Administração Científica constitui uma combinação dos seguintes ingredientes:

1 - Ciência, em lugar do empirismo.

2 - Harmonia, em vez de discórdia.

3 - Cooperação, não individualismo.

4 - Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida.

5 - Desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar maior eficiência e

prosperidade.

Taylor verificou que os operários aprendiam suas tarefas por meio da observação dos

companheiros. Notou que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma

grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Esses

instrumentos e ferramentas devem ser aperfeiçoados por meio da análise científica e um

detalhado estudo de tempos e movimentos. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e

rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho

(ORT).

A Organização Racional do Trabalho (ORT) se baseia em:

1 - Estudo dos Tempos e Movimentos

2 - Estudo da Fadiga Humana

13

3 - Divisão do Trabalho e Especialização do Operário

4 - Desenho de Cargos e Tarefas

5 - Incentivos Salariais e Prêmios de Produção

6 - Conceito de Homo Economicus

7 - Condições De Trabalho

8 - Padronização

9 - Supervisão Funcional

5.3 - Princípios Básicos de Henry Ford

Henry Ford (1863-1947), iniciou sua vida como mecânico, chegando a engenheiro

chefe de uma fábrica. Idealizou e projetou um modelo de carro e fundou, em 1903, a Ford

Motor Co. Sua idéia era fabricar carros -antes artesanais e destinados a poucos milionários –a

preços populares dentro de um plano de vendas e assistência técnica. Revolucionou a

estratégia comercial da época e ficou sendo o mais conhecido de todos os precursores da

moderna Administração, Henry Ford (1863-1947), fez uma das maiores fortunas do mundo

graças ao constante aperfeiçoamento de seus métodos, processos e produtos.

Ford adotou três princípios básicos:

- Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de produção com o

emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no

mercado.

- Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque

da matéria-prima em transformação. A velocidade da produção deve ser rápida.

- Princípio da produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção do

homem no mesmo período (produtividade) através da especialização e da linha de montagem.

Entre 1905 e 1910 Ford promoveu a grande inovação do século XX: A produção em

massa. Embora não tenha inventado o automóvel e nem mesmo a linha de montagem, Ford

inovou na organização do trabalho: a produção de maior número de produtos acabados com a

maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível. Em 1913 já fabricava 800 carros por

dia. Em 1914, repartiu com seus empregados uma parte do controle acionário da empresa.

Estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e jornada diária de oito horas, quando

na época, a jornada variava entre dez e doze horas. Utilizou um sistema de concentração

vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado. Por meio da

racionalização da produção, idealizou a linha de montagem, que permitiu a produção em

14

série. O produto é padronizado, em seu material, mão-de-obra, maquinário, desenho a um

mínimo de custo possível. A condição precedente, necessária e suficiente é a capacidade de

consumo em massa, seja real ou potencial. Daí, os preços baixos: um carro por 500 dólares.

A produção em massa se baseia na simplicidade. Três aspectos suportam o sistema:

1. A progressão do produto através do processo produtivo é planejada, ordenada e

contínua. Não há interrupções.

2. O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de obrigá-lo a ir buscá-lo.

3. As operações são analisadas em todos os seus elementos.

5.4 - Princípios da Eficiência de Harrington Emerson

Harrington Emerson (1853-1931), um dos principais auxiliares de Taylor, foi o

homem que popularizou a Administração Científica e desenvolveu os primeiros trabalhos

sobre seleção e treinamento de empregados. Além de grande colaborador de Taylor, procurou

simplificar os métodos de estudo e trabalho através dos seus 12 princípios da eficiência, que

são:

1 - Traçar um plano objetivo e bem definido, de acordo com os ideais.

2 - Estabelecer o predomínio do bom senso.

3 - Manter orientação e supervisão competentes.

4 - Manter disciplina.

5 - Manter honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no trabalho.

6 - Manter registros precisos, imediatos e adequados.

7 - Fixar remuneração proporcional ao trabalho.

8 - Fixar normas padronizadas para o trabalho.

9 - Fixar normas padronizadas par as operações.

10 - Estabelecer instruções precisas.

11 - Fixar incentivos eficientes ao maior rendimento e à eficiência.

12 - Emerson antecipou-se à Administração por Objetivos (APO) proposta por Peter

Drucker na década de 60.

Questões para revisão de estudo:

1 – Qual a ênfase da administração cientifica?

2 – Qual deve ser o objetivo da administração, segundo Taylor?

3 – Defina os períodos de Taylor?

4 – Qual a diferença entre empirismo e ciência?

15

5 - Qual a combinação da administração cientifica?

6 – Quais são as bases da administração cientifica?

7 – Quais os princípios básicos de Ford?

8 – Defina os princípios de Emerson?

ESTUDO DE CASO

Por alguns dólares a mais

Recentemente, uma fábrica nacional de equipamentos industriais recebeu alguns

pedidos grandes. Ao verificar que não ia conseguir atendê-los sem aumentar muito a

produção, a empresa criou um plano de incentivos para complementar o pagamento horário.

Segundo o programa, todos os aumentos de produtividade resultariam em aumentos salariais

da mesma magnitude (veja a tabela a seguir)

Valor do

pagamento anterior

por hora ($)

Aumento de

produtividade (em %)

Bônus de

produtividade ($)

Novo valor

por hora ($)

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12,00

Além disso, a empresa queria aplicar o mesmo esquema de incentivos para os

trabalhos aos sábados, em que pagava 50% a mais por hora, e aos domingos, em que se

pagava o dobro da hora. A direção indicou que estava apostando em um aumento de 40% na

produtividade.

Decorridos dois meses, entretanto, ficou claro que o plano estava funcionando. A

produtividade havia aumentado em média 17% e, apesar de todos os esforços dos gerentes,

somente 23% dos funcionários estavam dispostos a trabalhar nos sábados, e 14%, aos

domingos.

A opinião de um dos gerentes foi: “O que mais eles querem? Nesse esquema novo,

eles podem ganhar bem mais que antes. Mas a maioria dos funcionários com os quais

conversei disse que não está interessada no dinheiro extra. Um deles contou que passava o fim

16

de semana trabalhando em seu jardim, e o outro levava os filhos para pescar. Não consigo

entender esse tipo de gente. Eles preferem divertir em vez de trabalhar. Acho que a ética

protestante está morta”. Um dos funcionários, contudo, apresentou um motivo diferente para a

inesperada falta de aumento de produtividade. “Quem se importa com o dinheiro extra? Estou

ganhando mais que o suficiente. O que vou fazer com $ 2000 a mais? Melhor eu içar em casa,

curtir a minha família e assistir ao futebol na TV. Não vou me matar por um pouco dinheiro a

mais.

Fonte: SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2008, p 128.

Questões para Debates

1 – Por que o esquema de incentivos está tento tão pouco efeito?

2 – Como você interpretaria esses resultados?

3 – Que sugestões você daria à empresa?

6 - TEORIA CLÁSSICA DAS ORGANIZAÇÕES

A segunda corrente da administração clássica é a Teoria clássica das organizações,

desenvolvida em 1916 por seu fundador, o engenheiro francês Jules Henry Fayol (1841-

1925). Essa abordagem surgiu frente à necessidade da definição de estratégias para

administrar as organizações complexas. Diferentemente de Taylor, Fayol concentrou-se nos

elementos da administração superior das organizações, fato que contribuiu para sua adesão

aos princípios administrativos definidos numa visão de universalidade. Para ele, o

gerenciamento poderia ser ensinado, com base no pensamento administrativo mais geral.

A Teoria Clássica formula uma Teoria da Organização, tendo por base a

Administração como uma ciência. A ênfase na estrutura visualiza a organização como uma

disposição das partes (órgãos) que a constituem, sua forma e o inter-relacionamento entre

essas partes. Essa teoria da organização restringe-se apenas à organização formal. Para tratar

racionalmente a organização, essa deve se caracterizar por uma divisão do trabalho e

correspondente especialização das partes (órgãos) que a constituem. A divisão do trabalho

pode ser vertical (níveis de autoridade) ou horizontal (departamentalização).

À medida que ocorre divisão do trabalho e especialização, deve haver coordenação

para garantir a harmonia do conjunto e conseqüentemente a eficiência da organização. Além

disso, existem órgãos de linha (autoridade linear) e órgãos staff (autoridade de staff para

17

prestação de serviços e consultoria). Para conceituar a Administração os autores clássicos

utilizam o conceito de elementos da Administração (ou funções do Administrador), que

formam o processo administrativo.

6.1 - As Funções Básicas da Empresa

Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções, a saber:

1 – Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da

empresa.

2 – Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e permutação.

3 – Funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de capitais.

4 – Funções de segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das

pessoas.

5 – Funções contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e

estatísticas.

6 – Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras

cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da

empresa, pairando sempre acima delas.

A formulação do programa de ação geral da empresa e de coordenar os esforços gerais

compete à função administrativa, designada pelo nome de Administração.

A visão de Fayol sobre as funções básicas da empresa está ultrapassada. Hoje, as

funções recebem o nome de áreas da administração: as funções administrativas recebem o

nome de área de administração geral; as funções técnicas recebem o nome de área de

produção, manufatura ou operações e as funções comerciais, de área de vendas/marketing. As

funções de segurança passaram para um nível mais baixo. E, finalmente, surgiu a área de

recursos humanos ou gestão de pessoas.

6.2 - Conceito de Administração

Para esclarecer a função administrativa, Fayol define o ato de administrar como:

prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções administrativas envolvem os

cinco elementos da Administração, isto é, as funções do administrador, a saber:

1) Prever: Visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

2) Organizar: Constituir o duplo organismo material e social da empresa.

18

3) Comandar: Dirigir e orientar o pessoal.

4) Coordenar: Ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.

5) Controlar: Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as

ordens dadas.

Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado processo

administrativo. Estão presentes no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de

atividade da empresa.

Previsão: Envolve a avaliação do futuro e o aprovisionamento em função dele.

Organização: Proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa e pode ser

divida em organização material e organização social.

1 Comando: Leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o máximo

retorno de todos os empregados no interesse dos aspectos globais.

2. Coordenação: Harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu trabalho e

sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins.

3. Controle: Consiste na verificação para certificar se todas as coisas ocorrem em

conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos.

O objetivo é localizar as fraquezas e erros no intuito de retificá-los e prevenir a recorrência.

6.3 - Princípios Gerais da Administração para Fayol

Como toda ciência, a Administração deve se basear em leis ou em princípios. Fayol

tentou definir os “princípios gerais” de Administração, sem muita originalidade, baseado em

diversos autores da época. Ele adota a denominação princípio, afastando dela qualquer idéia

de rigidez, pois nada existe de rígido ou de absoluto em matéria administrativa. Tudo em

Administração é questão de medida, ponderação e bom senso. Os princípios são maleáveis e

adaptam-se a qualquer circunstância, tempo ou lugar.

6.3.1 - Os 14 Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol, são:

1 - Divisão do trabalho: Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para

aumentar a eficiência.

19

2 - Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de

esperar obediência. A responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade e significa o

dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.

3 - Disciplina: Depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito

aos acordos estabelecidos.

4 - Unidade de Comando: Cada empregado deve receber ordens de apenas um

superior. É o princípio da autoridade única.

5 - Unidade de Direção: Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que

tenham o mesmo objetivo.

6 - Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os interesses gerais da empresa

devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas.

7 - Remuneração do pessoal: Deve haver justa e garantida satisfação para os

empregados e para a organização em termos de retribuição.

8 - Centralização: Refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da

organização.

9 - Cadeia escalar: É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo

em função do princípio do comando.

10 - Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e

humana.

11 - Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.

12 - Estabilidade do pessoal: A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência

da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanece no cargo, tanto melhor para a

empresa.

13 - Iniciativa: A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu

sucesso.

14 - Espírito de equipe: A harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a

organização.

Assim, a Teoria Clássica caracteriza-se pelo seu enfoque prescritivo e normativo:

prescreve quais os elementos da administração (funções do administrador) e quais os

princípios gerais que o administrador deve seguir na sua atividade. Esse enfoque prescritivo

20

normativo indica como o administrador deve proceder no trabalho e passou a ser o principal

filão da Teoria Clássica.

ESTUDO DE CASO

Técnicos e gerentes

Uma empresa de consultoria administrativa de São Paulo recebeu um telefonema de

uma fábrica local de máquinas industriais. Os diretores da fábrica haviam acabado de encerrar

a reunião trimestral e tinha concluído que era preciso fazer alguma coisa para melhorar as

operações. Os lucros estavam caindo há seis trimestres consecutivos. As vendas haviam sido

muito boas, mas aparentemente os custos estavam fora do controle.

Os consultores passaram dez semanas analisando as operações da empresa. Todos os

membros foram entrevistados, do principal executivo ao porteiro. Quando a equipe de

consultores encerrou a análise, entregou um relatório de 212 páginas à diretoria da empresa. A

seguir temos uma das principais conclusões.

“Desde sua fundação, a empresa segue uma política de promoções internas. O

principal critério aparentemente é a competência técnica, tanto nos níveis superiores como

inferiores. Não é raro encontrar gerentes no piso da fábrica examinando e comentando

problemas técnicos. Dessa forma, infelizmente, sobra pouco tempo para gerenciar. Na

realidade, essas funções gerenciais, como planejamento, organização e controle, praticamente

não recebem atenção. A empresa necessita de um influxo de pessoas externas para

administração, que dêem menos atenção ao aspecto técnico e mais ao lado gerencial”.

Fonte: SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2008, p 143.

Questões para debates:

1 - Como essas conclusões se encaixam na filosofia administrativa de Fayol?

2 - É comum que os gerentes dependam de mais tempo no lado técnico do que no

lado administrativo do trabalho? Explique.

3 - Como esses problemas podem ser resolvidos?

MINICASO: O Descobrimento da América

Uma vez tomada a decisão de procurar um novo caminho para o Oriente, Cristóvão

Colombo, começou a fazer um levantamento de tudo o que seria necessário para a missão.

Obter e abastecer diversos navios, treinar a tripulação e partir, tudo isso com datas-limites

21

específicas. O governo espanhol, que patrocinou a expedição, queria aumentar a riqueza da

nação.

Colombo não descobriu a nova rota para a China. Assim, deixou e alcançar seu

objetivo específico. No entanto, a descoberta da América foi uma fonte incalculável de

riqueza para a Espanha. É possível que um funcionário trabalhe bem e tenha seu desempenho

avaliado positivamente, apesar de não ter alcançado seu objetivo específico.

O sistema de planejamento e controle da realização de objetivos exige avaliações

baseadas em bom-senso. Se não for assim, Colombo poderá ser mal avaliado por ter

descoberto a América. Quais princípios de Fayol podem ser usados para interpretar essa

história de Colombo e a descoberta da América? Justifique sua resposta.

Fonte: MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 2. Ed. São

Paulo: Atlas, 2000, p 87.

7 - TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria Clássica

devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho

das organizações de hoje. Em outros termos, a Teoria Neoclássica é exatamente a Teoria

Clássica colocada no figurino das empresas de hoje, dentro de um ecletismo que aproveita a

contribuição de todas as demais teorias administrativas.

Hoje em dia é moda menosprezar Taylor, mas ele foi o primeiro homem de que se tem

noticia que não aceitou o trabalho como favas contadas, mas o examinou e o estudou a fundo.

Os neoclássicos preocupam-se em estabelecer normas de comportamento

administrativo. Os princípios da Administração que os clássicos utilizam como “leis”

científicas são retomados pelos neoclássicos como critérios mais ou menos elásticos para a

busca de soluções administrativas práticas. Na Teoria Neoclássica, as funções do

administrador recebeu roupagem nova e atualizada aos elementos da administração

defendidos por Fayol (Prever, organizar, comandar, coordenar e controlar). As funções do

administrador são: Planejamento, organização, direção e controle. O desempenho dessas

quatro funções básicas forma o chamado processo administrativo.

Cada empresa deve ser considerada sob o ponto de vista de eficácia e de eficiência,

simultaneamente. Eficácia é uma medida normativa do alcance de resultados, enquanto

22

eficiência é uma medida normativa de utilização dos recursos nesse processo.

O ponto fundamental da Teoria Neoclássica é o de ser a Administração uma técnica

social básica. Isto leva à necessidade de o administrador conhecer, além dos aspectos técnicos

e específicos de seu trabalho, também os aspectos relacionados com a direção de pessoas

dentro das organizações.

EFICIÊNCIA EFICÁCIA

- Preocupação com os meios;

- Capacidade de fazer certo as coisas;

- Preocupação com os métodos;

- Preocupação com os problemas;

- Jogar um belíssimo futebol;

- Escolher o melhor roteiro;

- Não faltar às aulas;

- Rezar.

- Preocupação com os fins;

- Capacidade de fazer a coisa certa;

- Preocupação com os resultados,

- Preocupação com as soluções;

- Marcar um gol e ganhar a partida;

- Chegar ao destino da viagem;

- Aprender a ser bem-sucedido.

- Chegar ao céu.

A Teoria Neoclássica surgiu com o crescimento exagerado das organizações. Uma das

respostas que procurou dar foi a respeito do dilema centralização versus descentralização. Boa

parte do trabalho dos neoclássicos está voltada para fatores que levam à decisão de

descentralização, bem como às vantagens e desvantagens que a descentralização proporciona.

Segundo a Teoria Neoclássica, a organização formal apresenta cinco características

básicas: divisão do trabalho, especialização, hierarquia, amplitude administrativa e

racionalismo. Para atender a essas características que mudam de acordo com as organizações,

a organização formal pode ser estruturada por meio de três tipos: linear, funcional e linha-

staff.

A organização linear é o tipo de organização mais antigo e simples, está baseada no

princípio da unidade de comando. Suas características são: autoridade única com base na

hierarquia, linhas formais de comunicação, centralização das decisões e seu aspecto

piramidal.

Suas vantagens são a simplicidade, clareza das delimitações das responsabilidades de

cada órgão, facilidade de implantação, estabilidade e adequação a organizações de pequeno

porte.

Suas desvantagens são: comando autocrático, tendência à rigidez e à inflexibilidade,

falta de especialização, ênfase em chefes generalistas e congestionamento dos canais de

comunicação na medida em que a organização cresce.

A organização funcional se baseia no princípio funcional, ou seja, no princípio da

23

especialização. Suas características são: autoridade funcional ou dividida, linhas diretas de

comunicação, descentralização das decisões e ênfase na especialização.

Suas vantagens são: melhor supervisão técnica devido à especialização dos órgãos de

comunicações diretas e sem intermediação.

Suas desvantagens são: subordinação múltipla que provoca a diluição da autoridade

de comando, tendência à concorrência entre os diferentes especialistas, confusão quanto aos

objetivos e existência de tensões e de conflitos dentro da organização. É apropriada para

organizações pequenas ou quando se pode delegar temporariamente autoridade funcional a

algum órgão para implantar algo ou avaliar alguma atividade.

A organização linha-staff é uma combinação da organização linear e a funcional,

maximizando as vantagens de ambas e reduzindo as suas desvantagens, mas predominando as

características lineares. Existem órgãos de linha ( de execução ou de operação) e órgãos de

staff (de consultoria, assessoria ou prestação de serviços especializados).

Suas vantagens são: oferta interna de assessoria especializada e inovadora, com a

manutenção do princípio da unidade de comando e atividade conjunta e coordenada dos

órgãos de linha e staff.

Suas desvantagens são: possibilidade de conflitos entre a operação (linha) e a

assessoria (staff) e dificuldade no equilíbrio dinâmico entre o poder de linha e o poder de

staff. Esse tipo de organização é o mais utilizado nas empresas.

As comissões (comitês, juntas, conselhos, grupos de trabalho, etc.) são grupos de

pessoas designadas para desempenhar alguma atividade específica. Não constituem um órgão

da estrutura organizacional, podendo assumir uma variedade de formas e existir em períodos

variados.

Suas vantagens são: proporcionar um processo de decisão e de julgamento em grupo,

envolvimento e coordenação de pessoas e atividades diferenciadas, facilitando a transmissão

rápida de informações.

Suas desvantagens são: perda de tempo na tomada de decisões à medida que seu

tamanho aumenta, o custo de tempo e de dinheiro das pessoas envolvidas, divisão da

responsabilidade e necessidade de um coordenador eficiente.

Afim de responder às exigências internas e externas, os neoclássicos retomaram e

enriqueceram os conceitos referentes à especialização da organização: a organização pode

desenvolver uma especialização vertical (proporcionando maior número de níveis

hierárquicos) e uma especialização horizontal (proporcionando maior número de órgãos

especializados, ou seja, departamentalização).

24

A departamentalização constitui a combinação e/ou agrupamento adequados das

atividades necessárias à organização em departamentos específicos. Assim, a

departamentalização pode apresentar vários tipos: por funções, produtos ou serviços,

localização geográfica, clientes, fases do processo ou por projeto.

Cada tipo de departamentalização apresenta características, vantagens e limitações que

influirão nas decisões quanto às escolhas de alternativas de departamentalização a adotar em

cada organização.

ESTUDO DE CASO

Desperdício nos Supermercados

As perdas dos supermercados brasileiros na venda de frutas, legumes e verduras chega

a 4 bilhões de reais por ano. Na prática, significa que dos 55 milhões de toneladas produzidos

no país, 13 milhões vão para o lixo, ou seja, cerca de 24% da colheita. Nos países da Europa e

nos Estado Unidos, as perdas com esses produtos representam entre 7% e 8% das compras das

redes. Em cinco anos, a associação de supermercados brasileiros acredita que as lojas já

estarão operando com percentual próximo a 10%.

O trabalho para reduzir o desperdício, segundo a associação, tem de envolver desde a

produção até a distribuição dos produtos. O presidente da associação acredita que, se a

CEAGESP (entreposto atacadista e distribuidor de produtos) abrir no final de semana, as

sobras diminuirão. Além disso, as perdas serão menores e as embalagens forem apropriadas.

Com base no estudo dos princípios da eficiência, e em sua experiência pessoal,

indague que medidas poderiam ser postas em prática pelos supermercados para reduzir o

desperdício com os hortifrutícolas. Se possível, visite um supermercado a título de pesquisa

para realizar esse exercício.

Fonte: MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 2. Ed. São

Paulo: Atlas, 2000, p 135.

8 - TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

Principais vultos: Eltom Mayo (1880/1947), Kurt Lewin (1890/1947), John Dewey,

Morris Viteles e George C. Homans.

A Teoria das Relações Humanas, surgiu nos estados unidos como conseqüência

imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo

25

e seus colaboradores. Foi basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria

Clássica da Administração.

A origem da Teoria das Relações Humanas são:

a) - A necessidade de humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos

conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida

do povo americano;

b) -O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia e

a sociologia;

c) - As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de

Kurt Lewin foram capitais para o humanismo na administração;

d) - As conclusões da Experiência em Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932,

sob a coordenação de Elton Mayo.

8.1 - Elton Mayo

Cientista social Australiano emigrado para os Estados Unidos, foi considerado o

fundador da Sociologia Industrial e do Movimento das Relações Humanas. Como professor e

diretor de pesquisas da Escola de Administração de Empresas de Harvard, Mayo dirigiu o

projeto de pesquisa da fábrica de Hawthorne da Western Eletric, em Chicago de 1927 à 1932.

Mayo escreveu três livros, baseados nas descobertas da experiências realizada em Hawthorne,

e que deram origem à teoria das Relações Humanas: The Humam Problems of an Industrial

Civilization (1933), The Social Problems of an Industrial Civilization (1945) e The Political

Problem of an Industrial Civilization (1947). Colaboraram com Mayo nas pesquisa em

Hawthorne, Fritz J. Roethlisberger professor de Relações Humanas em Harvard e Willian J.

Dickson funcionário do Departamento de Pessoal de Hawthorne.

8.2 - A Experiência de Hawthorne

Por volta de 1923, Elton Mayo conduzira uma pesquisa em uma indústria têxtil

próxima a Filadélfia. Essa empresa vinha apresentando os seguintes problemas:

a) - Problemas de Produção,

b) - Rotação de pessoal anual ao redor de 250%.

Mayo introduziu inicialmente um intervalo de descanso, deixando a critério dos

empregados na decisão de quando as máquinas deveriam ser paradas e contratou uma

26

enfermeira. Em pouco tempo emergiu um espírito de grupo e, a produção aumentou e a

rotação de pessoal declinou.

Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisas iniciou uma experiência em uma fábrica

da Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne, cuja finalidade

também era a de determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos

operários, medida com base na produção. Essa experiência se tornaria famosa, foi coordenada

por Elton Mayo, e logo estendeu-se também ao estudo da fadiga, dos acidentes no trabalho, da

rotatividade do pessoal (turnover) e do efeito das condições físicas de trabalho sobre a

produtividade dos empregados.

8.2.1 - Primeira Fase da Experiência de Hawthorne

Na primeira fase da experiência, dois grupos de operários que faziam o mesmo

trabalho, em condições idênticas, foram escolhidos para experiência: um grupo de observação

trabalhou sob intensidade de luz variável, enquanto o grupo de controle trabalhou sob

intensidade constante. Pretendia-se conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos

operários. Todavia, os observadores não encontraram uma relação direta entre ambas as

variáveis. Verificaram, desapontados, a existência de outras variáveis, difíceis de ser isoladas.

8.2.2 -Segunda Fase da Experiência de Hawthorne

Na segunda fase foram selecionadas seis empregadas de nível médio – nem novatas,

nem peritas – para constituírem o grupo experimental: cinco moças montavam os relés,

enquanto a sexta fornecia as peças necessárias para manter o trabalho contínuo. As moças

foram convidadas para participar na pesquisa e completamente esclarecidas quanto aos

objetivos desta: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho( períodos

de descanso, lanches, redução do horário de trabalho etc.).

Conclusões sobre a experiência:

a) a moças alegavam gostar de trabalhar na sala de provas, porque era divertido e a

supervisão branda lhes permitia trabalhar com mais liberdade em menor ansiedade;

b) havia um ambiente amistoso e sem pressões, no qual a conversa era permitida,

aumentando a satisfação no trabalho;

c) não havia temor ao supervisor apesar de terem maior supervisão na sala de provas

do que no departamento;

27

d) houve um desenvolvimento social experimental, tornaram-se uma equipe;

e) o grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns.

8.2.3 - Terceira Fase da Experiência de Hawthorne

Preocupados com a diferença de atitudes entre as moças do grupo experimental e as do

grupo de controle, os pesquisadores aos poucos foram-se afastando do interesse inicial

de verificar as melhores condições físicas de trabalho e passaram a fixar definitivamente ao

estudo das relações humanas no trabalho. Assim iniciou-se o Programa de Entrevistas. Esse

programa compreendia entrevistar os empregados para obtenção de maiores conhecimentos

sobre suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao seu trabalho e quanto ao

tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões que pudessem ser aproveitadas no

treinamento dos supervisores. O programa de entrevistas revelou a existência de uma

organização informal dos operários, a fim de estes se protegerem contra aquilo que

consideravam ameaças da administração contra se bem-estar.

8.2.4 - Quarta Fase da Experiência de Hawthorne

Escolheu-se um grupo experimental para montagem de terminais para estações

telefônicas, que passou a trabalhar em uma sala especial com idênticas condições de

trabalho do departamento.

O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo, havendo um salário-hora

com base em inúmeros fatores e um salário-mínimo horário, para o caso de

interrupções na produção. Os salários somente podiam ser elevados se a produção total

aumentasse.

Assim que se familiarizou com o grupo experimental, o observador pôde constar que

os operários dentro da sala usavam de uma porção de artimanhas: logo que os operários

montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo de trabalho.

Relatavam a sua produção de tal forma que a produção em excesso de um dia pudesse

ser somente acusada num dia deficitário, como também solicitavam pagamento por excesso

de produção.

8.2.5 - Conclusões da Experiência de Hawthorne

28

A experiência em Hawthorne permitiu o delineamento dos princípios básicos da

Escola das Relações Humanas que veio a se formar logo em seguida.

As principais conclusões.

a) - Nível de Produção é Resultante da Integração Social e não da capacidade físi-

ca ou fisiológica do empregado (como afirmava a teoria clássica), mas por normas sociais e

expectativas que o envolvem. É a capacidade social do trabalhador que estabelece seu nível de

competência e de eficiência. Quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto

maior a sua disposição de produzir;

b) - Comportamento Social dos Empregados se apóiam totalmente no grupo. Os

trabalhadores não reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros do grupo. O

grupo que define a quota de produção. O grupo pune o indivíduo que sai das normas grupais;

c) - Grupos informais – Os pesquisadores de Hawthorne concentraram suas pesquisas

sobre os aspectos informais da organização. A empresa passou a ser visualizada como uma

organização social composta de diversos grupos sociais informais. Esses grupos informais

definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sanções sociais, seus

objetivos, sua escala de valores sociais, suas crenças e expectativas. Delineou-se com essa

teoria o conceito de organização informal;

d) - As Relações Humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre

pessoas e grupos. Os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e

mantém-se uma constante interação social. Relações Humanas são as ações e atitudes

desenvolvidas pelos contatos entre pessoas e grupos. Cada indivíduo é uma personalidade

diferenciada que influi no comportamento e atitudes uns dos outros com quem mantém

contatos. É exatamente a compreensão da natureza dessas relações humanas que permite ao

administrador melhores resultados de seus subordinados;

e) - A importância do Conteúdo do Cargo. A maior especialização e portanto a

maior fragmentação do trabalho não é a forma mais eficiente do trabalho. Mayo e seus

colaboradores verificaram que a extrema especialização defendida pela Teoria Clássica não

cria necessariamente a organização mais eficiente. Foi observado que os operários trocavam

de posição para variar a monotonia, contrariando a política da empresa. Essas trocas eram

negativas na produção, mas elevava o moral do grupo;

f) - Ênfase nos aspectos emocionais. Os elementos emocionais, não planejados e

mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer atenção especial por parte de

quase todas as grandes figuras da Teoria das Relações Humanas.

29

8.3 - Conclusões Finais da Experiência de Hawthorne

1. O nível de produção é resultante da integração social

2. O comportamento social dos empregados se apóia totalmente no grupo

3. As recompensas e sanções sociais influem significativamente no comportamento

dos indivíduos

4. As empresas são constituídas por grupos formais e informais cada qual com a sua

relativa importância para o desempenho

5. Os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e mantêm-se em

uma constante interação social

6. O conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do

trabalhador; portanto a especialização não é a forma mais eficiente de divisão do trabalho.

7. A administração deve dar ênfase aos aspectos emocionais.

8.4 - Comparação entre a Teoria Clássica e das Relações Humanas

TEORIA CLÁSSICA

-Trata da organização como uma máquina

- Enfatiza as tarefas ou a tecnologia

- Inspiradas em sistemas de engenharia

- Autoridade centralizada

- Linhas claras de autoridade

- Especialização e competência técnica

-Acentuada divisão do trabalho

- Confiança nas regras e regulamentos

- Clara separação entre linha e staff

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

- Trata a organização como um grupo de

pessoas

- Enfatiza as pessoas

- Inspirada em sistemas de psicologia

- Delegação plena de autoridade

Autonomia do empregado

- Confiança e abertura

- Ênfase nas relações humanas

- Confiança nas pessoas

- Dinâmica grupal e interpessoal

Questões para revisão:

1 – Quais são as origens da Teoria das Relações Humanas?

2 – Comente o impacto da civilização industrializada sobre a criatura humana.

3 - Faça um confronto entre Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas.

ESTUDO DE CASO

30

Um Problema Administrativo na Antiguidade – A Grande Pirâmide

A grande pirâmide foi construída para ser a tumba de Quéops, um faraó do Egito, por

volta de 2000 a 3000 AC. Foi necessária uma imensa habilidade administrativa para planejar,

programar e coordenar a construção. Não se tem certeza sobre a forma exata pela qual a foi

administrada – isso ainda é motivo de muitos debates.

Quéops comissionava o projeto. Um arquiteto escolhia o local específico e desenhava

as plantas. Havia muitos problemas a resolver. Era preciso desenvolver e coordenar um

cronograma. Era preciso realizar ajustes para as mudanças de projeto e para os problemas de

construção, e era preciso supervisionar cuidadosamente a qualidade da obra. O resultado final

foi um produto construído com tanta perfeição que não se consegue introduzir uma faca nas

junções entre as pedras.

Não há um consenso entre os especialistas quanto à forma pela qual o projeto foi

executado. Foram utilizadas rampas? Os construtores tinham conhecimentos de engenharia

que desconhecemos? Seja como for, a construção da pirâmide foi um imenso feito de

planejamento e coordenação.

Se a grande pirâmide fosse construída hoje, a abordagem, sem dúvida alguma, seria

diferente, mas muitos problemas de planejamento, coordenação e tomada de decisão seriam

os mesmos. Houve uma explosão de novas idéias sobre administração nos últimos anos.

Todavia, existe o mesmo problema administrativo básico tanto hoje quanto na época de

Quéops. Qual a melhor forma de atingir as metas da empresa? A história nos fornece alguns

exemplos úteis. Analisando o passado, podemos enxergar melhor o futuro.

A história da Grande Pirâmide levanta várias questões críticas, que você poderá

responder em seu grupo.

Entre elas, temos:

1- Sempre houve necessidade de administradores?Dê a sua explicação.

2- Quais as diferenças entre os administradores de hoje e os do passado?

3- É mais fácil ser um administrador atualmente do que na época em que a Grande

Pirâmide foi construída? Explique.

4- A compreensão da história da administração pode ajudar atualmente na prática da

administração? Explique.

31

Nota: A construção da grande Pirâmide de Quéops envolveu o trabalho de mais de

cem mil homens, durante vinte anos, tendo se utilizado de 2,3 milhões de blocos, cada um

com peso médio de 2,5 toneladas.

Fonte: SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2008, p 101.

9 - TEORIA DA BUROCRACIA

A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto

é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima

eficiência possível no alcance desses objetivos.

As origens da burocracia - como forma de organização humana – remontam à época

da Antiguidade. Contudo, a burocracia – tal como ela existe hoje, como a base do moderno

sistema de produção – teve sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o

Renascimento.

Weber salienta que o sistema moderno de produção, racional e capitalista, não se

originou das mudanças tecnológicas nem das relações de propriedade, como afirmava Karl

Marx, mas de um novo conjunto de normas sociais morais, às quais denominou “ética

protestante”: o trabalho duro e árduo como dádiva de Deus, a poupança e o ascentismo que

proporcionaram a reaplicação das rendas excedentes, em vez do seu dispêndio e consumo em

símbolos materiais e improdutivos de vaidade e prestígio. Para melhor compreender a

burocracia, Weber estudou os tipos de sociedade e os tipos de autoridade ou poder.

9.1 - Tipos de Sociedade

9.1.1 - Sociedade Tradicional

É a sociedade natural. Que provém do próprio ambiente em que a pessoa está inserida.

Pode ser proveniente de vínculo sanguíneo ou dependência patrimonial. Como a família, os

patriarcas, senhores feudais e monarcas absolutistas. Assim o poder é herdado ou delegado e

aceito pela sociedade com base na tradição, usos e costumes do povo.

9.1.2 - Sociedade Carismática

32

É aquela em que voluntariamente o indivíduo resolve ingressar, motivado por

ideologias. Como a Igreja e partidos políticos. O poder é estabelecido com base no carisma

(poder de influência) e aceito pela população pelas virtudes da liderança.

9.1.3 - Sociedade Burocrática

Defendida por Weber como sendo a ideal. Onde as regras são impessoais e estão

centradas em normas e processos e não nas pessoas. Por isso são mais racionais e menos

pessoais. O poder é impessoal e estabelecido em normas formais e aceito pela população por

ser justa, baseadas em critérios técnicos previamente estabelecidos.

9.2 - Tipos de Poder

9.2.1 - O Poder Legítimo

É o conferido pela posição ocupada na organização. Inclui quase sempre, dois poderes

que o complementam: o poder de recompensa e o coercitivo ou de punição, instrumentos para

o exercício do poder legítimo.

9.2.2 - O Poder Referente

Corresponde à influência exercida pelo líder em virtude da afeição e do respeito que

as pessoas têm por ele, em função de suas qualidades como seu caráter, a força de sua

personalidade, sua coragem, sua capacidade de agir e sua ousadia.. Os líderes carismáticos

têm esse tipo de poder no mais alto grau.

9.2.3 - O Poder do Saber

Baseado nos conhecimentos que a pessoa tem. Inclui os conhecimentos técnicos, a

experiência e o poder da informação. Algumas pessoas não cedem informações para reter este

tipo de poder. (LACOMBE & HEILBRON –2006).

Autoridade é o poder concedido pela instituição. É possível ter poder e não ter

autoridade, mas não é possível ter autoridade e não ter poder.

33

ESTUDO DE CASO

Você vai se aposentar?

Há dez anos, Joana resolveu se aposentar. Havia trabalhado durante 31 anos, sendo 21

em um banco e em uma empresa de serviços, e tinha os registros desses empregos em sua

carteira profissional. Quando estava aperto de cumprir o tempo de serviço previsto para

aposentadoria, Joana foi buscar informações sobre como deveria proceder, e foi informada de

que, em seu caso, o processo seria muito rápido, pois seus dois únicos empregos estavam com

os registros adequados e a contagem de tempo seria imediata, sem burocracia. Mas não foi

isso que aconteceu.

Ao decidir se aposentar, Joana dirigiu-se a uma das agências da Previdência Social.

Era preciso fazer um agendamento do atendimento. Acertado para dali a 15 dias. No entanto,

antes da data prevista, os funcionários da Previdência Social entraram em greve, com uma

paralisação que durou meses. Quando acabou a greve, havia uma série de serviços em atraso,

e os serviços essenciais foram então priorizados, como licença gestante e licença saúde. Joana

foi à agência diversas vezes durante sete meses. Já estava desolada. Em uma dessas visitas,

um dos funcionários da agência lhe mostrou um cubículo, com cerca de quatro metros

quadrados de área, que continha caixas e mais caixas de processos, o funcionário lhe disse que

seu processo era um daqueles e que não havia data certa para sua análise. O que era um sonho

esperado acabou se transformando em pesadelo!

Acontece que Joana não era mulher de ‘ficar parada’. Estava se aposentando com

pouco mais de quarenta anos e tinha qualificação para conseguir outro emprego. Assim,

enquanto esperava pela aposentadoria, Joana começou uma nova trajetória de carreira que

havia escolhido para sua maturidade. Ao mesmo tempo em que trabalhava oito horas em uma

empresa de serviços, à noite dava aulas em uma faculdade privada. O novo trabalho lhe exigia

muita energia, mas ao mesmo tempo a mantinha sempre atualizada, pois vivia em contato

com jovens universitários. Como dizia um amigo seu: “Todos os anos os professores ficam

um ano mais velhos, mas os alunos têm a mesma idade!”

Foram dois anos estafantes, com duas jornadas de trabalhos diárias que, somadas, iam

das 8 horas da manhã às 10 horas da noite. Até que, finalmente, Joana recebeu uma

notificação da Previdência Social de que sua aposentadoria havia sido liberada! Após mais

algumas visitas à agência, exigência de alguns documentos, preenchimento de formulários e

pagamentos de algumas taxas, Joana conseguiu se aposentar.

34

Poucos anos mais tarde, houve uma mudança nas regras para liberação do Fundo de

Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Foi autorizado o saque do Fundo para aqueles

profissionais que continuaram trabalhando, após se aposentarem, no mesmo emprego que

tinham antes. Essa era situação de Joana, que tinha valores do FGTS recolhidos após

aposentadoria em seu emprego como professora. A possibilidade de sacar esse montante de

dinheiro vinha em boa hora, pois ela estava fazendo alguns investimentos e esse dinheiro

poderia complementar o valor necessário.

Entretanto, para efetuar esse saque, Joana deveria dirigir-se a uma das Agências da

Previdência Social para solicitar a emissão de uma certidão específica para levantamento de

Fundo. Então, um dia Joana toma coragem e vai a uma das agências próximas à sua casa.

Pega uma senha de atendimento e aguarda sua vez. Trinta e cinco minutos mais tarde, Joana

fica sabendo que poderia ser solicitado o documento diretamente na sua residência, pela

Internet. Ela não acredita no que houve! A Previdência se modernizara e a burocracia parecia

coisa do passado! Entretanto, foi informada de que, apesar dessa possibilidade, o documento

não seria emitido imediatamente: demoraria 15 dias para chegar à sua residência, pelo correio.

Aliás, Joana fica sabendo que outros serviços prestados pela Previdência também poderiam

ser feitos pela Internet, mas para alguns deles havia necessidade de uma senha apenas liberada

pessoalmente ao segurado. Os procedimentos burocráticos, nesses casos, são adotados para

evitar fraudes no sistema. Joana pensa consigo: “Dessa vez a burocracia está a favor da

gente!”.

Caso elaborado por Ana Maria Roux Cesar.

Fonte: http://www.mpas.gov.br/pg_secundarias/servico.asp (Observação: as

informações sobre a Previdência Social foram retiradas desse site Web; o relato, verídico, é

parte do depoimento de uma pessoa aposentada, cujos dados foram modificados para evitar

identificação) e SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2008, p 165.

Questões para debates:

1 – Dê sua opinião sobre os procedimentos burocráticos adotados pelas empresas?

2 – Como é o Processo de compra de ingressos para um show ou teatro pela internet?

Há burocracia nesse processo? Justifique sua resposta.

3 - Você utiliza a internet para adquirir alguns produtos? É confiável?

10 - TEORIA COMPORTAMENTAL

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A Teoria comportamental surgiu com uma abordagem um pouco diferenciada das

analisadas antes, ainda que tenha se estruturado considerando algumas idéias da Escola das

relações humanas. Ela se inclui entre as teorias descritivas e interpretativas, sobretudo por

direcionar suas preocupações para a pessoa humana.

De acordo com essa teoria, o comportamento humano é reforçado por suas próprias

conseqüências. Nesse sentido, sempre que existir a necessidade do organismo se proteger ou

atender a alguma necessidade de sobrevivência, haverá, consequentemente, a repetição do

mecanismo, conhecido por condicionamento operante.

O grande expoente dessa teoria foi o economista norte-americano Simon de Alexander

de Herbert (1916-2001), sobretudo, por ter assegurado destaque aos limites da racionalidade e

ao processo de tomada de decisão. Simon mostrou-se descontente com a administração

formal, considerando- a como algo sustentado por meros discursos. Em função disso, passou a

defender e acreditar em uma ciência que, segundo seu entendimento, seria capaz de

compreender os lados social e racional do homem.

Para os defensores da Teoria Comportamental, o trabalho das pessoas deve mostrar-se,

ao mesmo tempo, eficaz e eficiente. Nessa lógica, o trabalho mostra-se dotado de eficácia,

quando alcança os objetivos da organização, e eficiente quando atinge objetivos pessoais.

Como qualquer outra teoria, a Teoria comportamental revelou insuficiências e

limitações. Apesar disso, mostrou ser possível a busca por uma maior e melhor aproximação

entre indivíduo e organização, com o propósito de encontrar soluções menos conflitantes tanto

para um quanto para o outro. Por isso, alguns estudiosos das organizações entendem que, se

não fosse os avanços dessa teoria, é possível que ainda nos dias atuais as organizações

revelassem dificuldade em descobrir formas de aproximar as pessoas dentro dos

estabelecimentos.

Por último, é importante lembrar que, para essa teoria, não é somente o administrador

quem toma as decisões. Ao contrário, ela enfatiza que todas as pessoas dentro de uma

organização, em todas as áreas, independentemente de níveis hierárquicos e de situações,

estão permanentemente tomando decisões relacionadas ou não com o seu trabalho.

Alguns estudos se destacaram na análise do comportamento humano na organização,

como: Kurt Lewin, Douglas McGregor, Herbert A. Simon, Chirs Argyris, Frederick

Herzberg, Chester Barnard, Abraham H. Maslow, que criou uma hierarquia de necessidades e

de Rensis Likert que desenvolveu o estudo dos quatro sistemas administrativos.

36

10.1 - Hierarquia de Necessidades de Maslow

Fisiológicas - alimento, repouso, abrigo, sexo;

Segurança - segurança, proteção contra o perigo, doença, incerteza, desemprego.

Sociais - relacionamento, amizade, aceitação, afeição, compreensão, consideração.

Estima - status e prestígio, confiança, progresso, apreciação e admiração dos colegas.

O elogio é a forma mais simples, barata e eficaz para motivar o funcionário.

Auto-Realização - auto-realização e desenvolvimento, excelência pessoal,

competência.

O que motiva as pessoas são as necessidades insatisfeitas. O progresso é causado pelo

esforço das pessoas para satisfazer às suas necessidades. As pessoas sempre têm necessidades

insatisfeitas. Quando uma necessidade prioritária é satisfeita, ainda que não o seja à

saciedade, outras emergem e ocupam o primeiro lugar na lista de prioridades. (LACOMBE &

HEILBORN – 2006, p. 312).

ESTUDO DE CASO

Fiat tenta motivar funcionário

Outubro de 1.998. A Fiat Automóveis está sendo atingida pela retratação do mercado.

Sua fábrica sofreu 6 paralisações neste ano. Sua produção teve queda de 20%. Suas vendas,

redução de 15%. Apesar de tudo, a empresa tem evitado dispensas e lança um programa para

elevar o moral de seu pessoal. Os investimentos estão sendo mantidos e a empresa quer

continuar buscando a liderança do mercado automobilístico brasileiro, que acredita voltará a

crescer depois da recessão. Para isso, precisa manter-se competitiva e preparar-se para a

retomada.

Ao chegar para o trabalho numa segunda-feira, os funcionários da empresas ou das

prestadoras de serviços são recebidos pelos chefes, gerentes e diretores, todos vestindo uma

camisa branca com a palavra Expert estampada no peito. Cada funcionário receberá uma

camiseta igual, um bloco de anotações e um manual de instruções do novo programa de

excelência e produtividade.

O programa Expert pretende motivar os funcionários de todos os níveis para que

apresentem sugestões e participem diretamente do monitoramento de projetos de melhoria do

desempenho. Durante a fase de preparação do programa, surgiram cerca de 600 sugestões,

que foram transformadas em projetos. Os projetos foram agrupados em 6 áreas: qualidade,

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redução de custos do produto e de processos, conquista de clientes, desburocratização e

simplificação. Um exemplo é o projeto que tem como objetivo eliminar relatórios e

informações inúteis, com o objetivo de reduzir em até 50% os papéis em toda a empresa. As

pessoas demonstram interesse em participar, desde que como tripulantes, não como

passageiros.

Fonte: MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 2. Ed. São

Paulo: Atlas, 2000.

Questões para debates:

1 - Qual é seu prognóstico sobre o grau de sucesso desse programa?

2 - Você tem motivação no seu trabalho?

3 - Você tem liberdade de dar sugestões aos seus superiores?

11 - TEORIA DOS SISTEMAS

Baseada numa abordagem cientifica e voltada para os detalhes da organização, a teoria

dos sistemas fornece um meio para interpretar as organizações, traz uma visão holística de

todo o processo e enfatiza os processo. Foi lançada pelo biólogo alemão Ludwig von

Bertalanffy, em 1937, partindo do pressuposto de que há uma integração entre todos os ramos

do conhecimento. A abordagem sistêmica vê a organização como um todo integrado,

constituída de parte que interagem entre si, e inserida numa ambiente com o qual interage

permanentemente. (LACOMBE & HEILBORN – 2006)

11.1 - Tipos de Sistemas

11.1.1 - Quanto a sua constituição podem ser:

11.1.1.1 - Sistemas Físicos ou Concretos: Quando composto de equipamentos,

maquinários, podendo ser descritos em termos quantitativos de desempenho.

11.1.1.2 - Sistemas Abstratos ou Conceituais: Quando compostos por conceitos,

planos, hipóteses, idéias, etc. Sendo que existe uma complementaridade (variante

combinatória que ocorre em condições contextuais específicas.) entre ambos.

11.1.2 - Quanto a sua natureza podem ser:

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11.1.2.1 - Sistemas Fechados: São sistemas que não apresentam intercâmbio com o

meio ambiente, ou seja, que não interagem com o meio ambiente externo; Não recebem e nem

influenciam o meio ambiente. Comportamento é determinístico e programado.

11.1.2.2 - Sistemas Abertos: São os sistemas que apresentam relações de intercâmbio

com o ambiente, através de entradas e saídas. Este sistema troca matéria e energia com o meio

ambiente são organizações dependentes de insumos que provêm do mundo externo (matérias-

primas);

11.2 - Conceitos Fundamentais do Enfoque Sistêmico

O ponto de partida do enfoque sistêmico é a idéia de sistema. Sistema é um todo

complexo ou organizado; é um conjunto de partes ou elementos que forma um todo unitário

ou complexo. Um conjunto de partes que interagem e funcionam como todo é um sistema.

Qualquer entendimento da idéia de sistema compreende:

- Um conjunto de entidades chamadas partes, elementos ou componentes.

- Alguma espécie de relação ou interação das partes.

- A visão de uma entidade nova e distinta, criada por essa relação, que se consegue

enxergar focalizando o todo e não suas partes.

Exemplo: Pense nas mercadorias que estão dentro de um depósito de materiais de

construção. Apenas componentes isolados, sem nenhuma relação entre si. Junte-os por meio

de um projeto e de esforço humano e pronto, você constrói uma casa, um sistema de

habitação, uma nova entidade. Você nem precisa construir a casa de fato: basta construí-Ia em

sua imaginação e - pronto - você enxergará os materiais dentro de um enquadramento

sistêmico.

ESTUDO DE CASO

Uma visão de sistemas

Sandra Martins, gerente geral de uma importante cadeia de lojas de alimentação,

mantinha reuniões mensais com seu pessoal. Ela gostava de encarar essas reuniões como uma

chance de transmitir idéias novas e trocar informações sobre quaisquer problemas que

tivessem surgido no mês anterior. Depois de ter feito algumas leituras sobre a abordagem de

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sistemas na administração e achar que ela poderia ser aplicada à administração das lojas,

resolveu falar a respeito disso em uma das reuniões. Ela disse ao grupo:

Vocês sabem, outra coisa que quero que todos comecem a fazer é pensar em nosso

departamento como se fosse um sistema. É uma idéia nova em administração, mas acho que é

realmente muito boa.

Um dos gerentes perguntou o que ela queria dizer com a palavra ‘sistema’. Ela

respondeu:

Um sistema é composto por uma série de itens inter-relacionados. Cada um causa um

efeito nos demais e também, pode ser influenciado por eles. É como o corpo humano. Um

choque em qualquer parte do corpo pode influenciar os demais, pois o corpo humano é um

sistema. Em uma organização é a mesma coisa. Se uma parte da organização está com

problemas, podem afetar todas as outras. Você deveria ler sobre este assunto. Vou pedira à

minha secretaria que lhe traga algum material sobre isso.

Assim, a reunião terminou, e os gerentes começaram a sair da sala. Alguns

atravessaram a rua para almoçar juntos. No restaurante, aconteceu a seguinte conversa:

– Sabe, eu ainda gostaria de entender como a organização pode ser um sistema. Não

entendi nada do que ela disse nessa parte.

– Não precisa ficar preocupado... Duvido que alguém tenha entendido...

– Acho que nem ela sábia do que estava falando.

– Bem, sabendo ou não, se ela mandar aquele material nós vamos poder ler e saber a

que se refere. Acho que ela fica jogando idéias novas em cima de nós antes e saber direito do

que se trata.

Fonte: SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2008, p 329.

Questões para debate:

1 – O que é abordagem de sistema na administração?

2 – Sandra realmente compreendeu o conceito de sistema? Explique.

3 – O que é preciso saber para compreender bem a abordagem de sistemas?

12 - TEORIA DA CONTINGÊNCIA

A Teoria da Contingência dá ênfase à relatividade, tudo é relativo. Tudo depende de

seu ambiente externo, que cria uma relação funcional entre o ambiente e as técnicas

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administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. Surgiu no ano

de 1972, voltada ao ambiente, sendo que seu principal expoente foi Joan Woodward. A

essência dos estudos de Joan Woodward é que não existe uma única maneira certa de montar

a estrutura organizacional; existem sempre várias alternativas e a melhor depende de cada

caso específico.

A Teoria da Contingência ou Teoria Contingencial defende que não há nada de

absoluto nas organizações ou mesmo na teoria administrativa. Para essa teoria, há uma relação

funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o

alcance eficaz dos objetivos de qualquer organização.

Um dos princípios nos quais se fundamenta a Teoria da contingência é a não

existência de uma maneira única de as organizações melhor funcionarem. Ao contrário, as

organizações precisam estar sistematicamente sendo ajustadas às condições ambientais, já que

não há nada de absoluto na origem ou princípios de organização. Veja como essa idéia – a

ausência de verdades absolutas – é importante para a educação, bem como para a escola.

Uma das grandes contribuições da Teoria da contingência foi a demonstração do

princípio de que, para administrar uma organização é preciso encontrar o seu próprio modelo,

pois não há uma fórmula pronta e acabada. Não existe uma regra geral que possa servir para

todas as organizações. Cada caso deve ser estudado e desenvolvido, sendo que a dinâmica da

administração não permite que se utilize um padrão igual para todas as organizações.

Os estudos que originaram a Teoria da Contingência enfatizaram dois conceitos

básicos sobre a dinâmica das organizações. Um deles, a diferenciação, parte da relação que

cada subsistema da organização tem unicamente com o que lhe é importante. O outro,

integração, opõe-se ao conceito anterior, e se refere ao processo gerado por pressões vindas

do ambiente global da organização visando a coordenação entre os vários órgãos ou

subsistemas.

A conclusão é que para uma organização obter bom desempenho, sua estrutura

organizacional deve ser projetada de modo a se ajustar às demandas situacionais que derivam

da tecnologia que está sendo usada, da sua posição mercadológica, da sua diversidade de

produtos, da velocidade de mudanças, e do seu tamanho. (LACOMBE & HEILBORN –

2006).

ESTUDO DE CASO

O outro lado da mesa

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O vendedor Humberto começou a trabalhar há 14 anos na Afrodite, uma grande

empresa do ramo têxtil e de confecções. Sua equipe tinha outros quatro vendedores. Três

deles atendiam pequenos varejistas, representando 20% das vendas. Outro vendedor era

especializado em atacadistas, respondendo por outros 20% do faturamento. Humberto, o mais

experiente, vendia pra grandes varejistas, como cadeias de lojas e supermercados. Sozinho,

Humberto produzia 60% das vendas. Humberto e seus colegas tinham relações muito cordiais.

Era, como diziam, “bons amigos que trabalhavam juntos”.

Sérgio o supervisor de Humberto, era considerado um dos melhores gerentes da

Afrodite. A intervalos regulares, chamava cada um de seus vendedores para perguntar sobre

seu desempenho e dar instruções. A maior parte das perguntas de Sérgio dizia a respeito aos

índices de desempenho da equipe – o número de visitas feitas por dia, a taxa de vendas

efetuadas em relação ao total das visitas, e assim por diante. Quase sempre, ele dizia que iria

conversar novamente com o vendedor dali a uma semana, para cobrar os resultados.

Infalivelmente, uma semana depois, o vendedor era chamado. Ele usava uma lista de assuntos

pendentes, que atualizava continuamente, para fazer as cobranças e dar as ordens.

Um dia, Sérgio foi promovido e escolheram Humberto para ficar em seu lugar. Um de

seus colegas o substituiu e trouxeram um vendedor de fora para completar a equipe.

Umberto foi apanhado de surpresa:

- Estou como o homem que foi jogado na água para aprender a nadar. E, agora, que

faço? Não recebi quase nenhuma orientação?

Confuso, Humberto decidiu imitar alguns dos comportamentos de Sérgio. Ele logo

descobriu que, do outro lado da mesa, as coisas não eram tão fáceis. Sérgio definia metas e

cobrava seu cumprimento. Humberto dava as ordens, mas, quando chegava o momento da

cobrança, ou tinha se esquecido de que havia pedido, ou tinha perdido as anotações.

Frequentemente, ele simplesmente se esquecia de chamar os vendedores para prestar contas.

- O simples fato de definir as metas e pedir relatórios começou a criar problemas,

como passaram a dizer seus colegas:

- Quem ele pensa que é? Aonde quer chegar? Quando era vendedor, nunca se

preocupou com essa burocracia. Como é que agora ele vive pedindo isso para nós?

Para manter sua autoridade, Umberto decidiu cortar o relacionamento social com seus

colegas. Quando alguém lhe disse que se havia tornado seco e até mesmo rude, ele responde:

-Você sabe, agora sou gerente. Gerentes não pode confraternizar com funcionários

Faz parte do papel. Eu não sou assim. É o meu cargo que exige.

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Depois de pouco tempo, as vendas começaram a cair. A situação só não ficou

desastrosa porque a administração superior entrou em cena, negociando diretamente com

grandes clientes. Isso permitiu manter o volume de vendas nos níveis anteriores.

Os diretores logo estabeleceram uma relação de causa e efeito entre Humberto e os

problemas naquela equipe de vendas. No entanto, os antigos colegas de Humberto achavam

que a promoção fora merecida. Ele era um ótimo vendedor e tinha sensibilidade para o mundo

dos negócios. Ele conhecia muito bem sua empresa, assim como seus clientes e os produtos

que vendia.

Agora, a Afrodite está tentando resolver o problema. Recentemente, o diretor de

vendas disse a outro supervisor:

- Eu me recuso a acreditar nessa história que perdemos um bom vendedor e

ganhamos um mau supervisor. Sou pago para resolver problemas assim, mas não sou

obrigado a ter respostas para todas as perguntas. Espero que você e os outros me ajudem a

encontrar uma solução para o caso de Humberto.

Fonte: MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 2. Ed. São

Paulo: Atlas, 2000, p 46.

Questões para debate:

1. Qual é o problema que o diretor de vendas tem que resolver?

2. O que você faria se você fosse escolhido para ocupar esse referido cargo?

3. Como deve ser feita a escolha de uma promoção de funcionário? O melhor de sua

área! ou outra opção!

4. Como desenvolver as habilidades nos funcionários? E como detectá-las?

13 - SISTEMA JAPONÊS

Toyotismo é um sistema de organização voltado para a produção de mercadorias.

Criado no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, pelo engenheiro japonês Taiichi Ohno, o

sistema foi aplicado na fábrica da Toyota (origem do nome do sistema). O Toyotismo

espalhou-se a partir da década de 1960 por várias regiões do mundo e até hoje é aplicado em

muitas empresas

A partir dos anos 70, o modelo Toyotista espalhou-se pelo mundo implantando uma

nova forma de trabalho. A principal idéia era produzir somente o necessário, reduzindo os

estoques (flexibilização da produção), produzindo em pequenos lotes, com a máxima

qualidade, trocando a padronização pela diversificação e produtividade.

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Os trabalhadores passaram a adotar o conceito de um trabalho dinâmico e em equipe.

As relações de trabalho também foram modificadas, pois agora o trabalhador deveria ser mais

qualificado, participativo e polivalente, ou seja, deveria estar apto a trabalhar em mais de uma

função.

Os japoneses alcançaram maior sucesso na conquista do mercado automobilístico e

assim, conseguiram enfrentar melhor a crise econômica e a saturação do mercado, adaptando-

se as mudanças tecnológicas com flexibilidade e integração no sistema de produção.

ESTUDO DE CASO

A Teoria e a Política Enfrentam o Poder e a Motivação na Consolidated

Automobile.

Às 6 horas da manhã de uma terça-feira, dois jovens trabalhadores de linha de

montagem de automóveis, descontentes por não terem conseguido que seu supervisor fosse

transferido, cortaram a força para uma linha de montagem automática e pararam a fábrica da

Consolidated Automobile Manufacturers, Inc.

A casa de força, contendo transformadores, chaves e outros equipamentos elétricos de

alta voltagem, estava posicionada perto do centro da fábrica num espaço de 1,83m x 2,5m.

Envolvendo esse espaço havia uma cerca de 3 metros de altura, com um portão trancado do

mesmo tamanho, formando uma gaiola protetora ao redor da instalação que garanta uma certa

segurança.

Os dois trabalhadores da linha de montagem, William Strong e Larry Kane,

penetraram na casa de força simplesmente pulando a cerca. Uma vez no seu interior,

interromperam a linha de montagem desligando as chaves e cortando a força. Strong e Kane,

que trabalhavam como soldadores, haviam tomado a questão nas próprias mãos quando o

processo de reclamação desencadeado pelo sindicato não andara tão rápido como queriam. Os

outros trabalhadores, inativos pelo protesto dramático e pela linha de montagem imobilizada,

agruparam-se ao redor da área cercada, encorajando aos gritos os dois homens que estavam lá

dentro. Em resposta a isso, Strong e Kane cantavam: "Quando você corta a força, você ganha

força." Estavam no processo de se tornarem heróis para seus colegas. Sam Winfare, que

supervisionava Strong e Kane e que fora o alvo de seu protesto, era supervisor há pouco

tempo. Ao explicar os eventos que levaram ao protesto, Winfare disse que, antes dele assumir,

a produção daquela linha de montagem vinha sendo cronicamente abaixo da cota, e que o

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gerente da fábrica tinha-lhe dito claramente que seu trabalho era melhorar a taxa de produção.

A produção havia melhorado significativamente no curto tempo em que Winfare vinha sendo

supervisor. Winfare alertou o gerente da fábrica de que sua transferência apenas criaria um

sério precedente, que teria efeitos por longo tempo, e argumentou: "O fato da empresa me

remover vai criar uma situação na qual as operações da fábrica vão estar sujeitas aos

caprichos de qualquer empregado ressentido". Sua afirmação foi confirmada pelos

comentários de um representante sindical, que disse haverem outras condições na fábrica que

requeriam melhorias - como a comida na cantina e o calor de mais de 38 graus na oficina de

metalurgia. Além disso, disse o representante, havia pelo menos mais um supervisor que

deveria ser removido. Ele deu a entender que, caso o protesto da casa de força tivesse sucesso,

alcançaria dois objetivos: os empregados poderiam ditar a pauta de problemas a serem

resolvidos pela empresa e, simultaneamente, solapar o poder da empresa de estabelecer suas

prioridades. O último comentário do representante sindical foi que dois homens fazendo uma

greve arriscada e não autorizada poderiam conseguir o mesmo resultado de uma greve total e

legal. Cada minuto que passava estava custando à empresa a não-produção de um automóvel

avaliado em 6.000 dólares; o custo de cada hora de produção perdida era, portanto, de

360.000 dólares. Assim que deu início à reunião dos administradores para resolver o dilema, o

gerente da fábrica sentiu a pressão para alcançar dois objetivos: (1) reiniciar a produção da

linha de montagem não lucrativa (uma solução sobre a qual estava em dúvida), e (2)

desenvolver políticas para prevenir futuras interrupções da produção causadas por operários

das linhas de montagem.

Fonte: STONER, James A F., FREEMAN, R. Edward, Administração. Rio de Janeiro:

PHB, 1995

Questões para debates:

1. Qual é o verdadeiro problema neste caso?

2. Como deveria o gerente da fábrica restabelecer a produção na linha de montagem?

3. Qual a solução que você daria para prevenir futuras interrupções na produção?

Faça uma visita virtual na fabrica da Toyota:http://www.toyota.com

14 - OS 5 S DA REENGENHARIA

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5S é uma referência a uma série de cinco palavras japonesas que, transliteradas para o

alfabeto latino, se iniciam com a letra "S"; às vezes adaptado ao português como "cinco

sensos". Esta série dá nome a uma metodologia geralmente interpretada como uma

"organização padronizada", embora a metodologia seja mais do que uma simples organização.

Trata-se de uma filosofia e uma maneira de organizar e gerenciar o espaço de trabalho com o

propósito de melhorar a eficiência através da eliminação de materiais não mais usados,

melhorando o fluxo de trabalho e mitigando os processos desnecessários.

14.1 - O que é o 5S?

Trata-se de um método para organizar o espaço de trabalho, especialmente o espaço

compartilhado (como a área de uma loja ou um escritório), e mantendo-o organizado. Em

geral é referido como uma simples metodologia de organização, mas sua abrangência vai

além da mera organização. O propósito central do 5S é a melhoria da eficiência no ambiente

de trabalho, evitando que haja perda de tempo procurando por objetos perdidos. Além disso,

uma vez implementado, fica evidente quando um objeto saiu de seu lugar pré-estabelecido. Os

partidários do 5S acreditam que os benefícios de sua metodologia provêm da decisão sobre o

quê deve ser mantido, onde, e como deve ser armazenado. Esta decisão faz o processo advir

de um diálogo sobre padronização que gera um claro entendimento, entre os empregados, de

que maneira deve ser feito, de forma também a insuflar a responsabilidade do processo em

cada empregado.

14.2 - Os 5 Ss são:

14.2.1 - 3 Seiri: Senso de utilização. Refere-se à prática de verificar todas as

ferramentas, materiais, etc. na área de trabalho e manter somente os itens essenciais para o

trabalho que está sendo realizado. Tudo o mais é guardado ou descartado. Este processo

conduz a uma diminuição dos obstáculos à produtividade do trabalho.

14.2.2 - Seiton: Senso de ordenação. Enfoca a necessidade de um espaço

organizado. A organização, neste sentido, refere-se à disposição das ferramentas e

equipamentos em uma ordem que permita o fluxo do trabalho. Ferramentas e equipamentos

deverão ser deixados nos lugares onde serão posteriormente usados. O processo deve ser feito

de forma a eliminar os movimentos desnecessários.

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14.2.3 - Seisō: Senso de limpeza. Designa a necessidade de manter o mais limpo

possível o espaço de trabalho. A limpeza, nas empresas japonesas, é uma atividade diária. Ao

fim de cada dia de trabalho, o ambiente é limpo e tudo é recolocado em seus lugares, tornando

fácil saber o que vai aonde, e saber onde está aquilo o que é essencial. O foco deste

procedimento é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário, e não uma mera

atividade ocasional quando os objetos estão muito desordenados.

14.2.4 - Seiketsu: Senso de saúde. Refere-se à padronização das práticas de trabalho,

como manter os objetos similares em locais similares. Este procedimento induz a uma prática

de trabalho e a um layout padronizado.

14.2.5 - Shitsuke: Senso de autodisciplina. Refere-se à manutenção e revisão dos

padrões. Uma vez que os 4 Ss anteriores tenham sido estabelecidos, transformam-se numa

nova maneira de trabalhar, não permitindo um regresso às antigas práticas. Entretanto, quando

surge uma nova melhoria, ou uma nova ferramenta de trabalho, ou a decisão de implantação

de novas práticas, pode ser aconselhável a revisão dos quatro princípios anteriores.

15 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta deste material pedagógico é que haja a participação ativa dos alunos,

durante todo o processo de sua implementação e através de uma revisão da literatura

proporcionar por meio de estudos de casos ilustrativos uma visão geral das teorias que são

elencadas no curso técnico em administração do Colégio Estadual Pedro II, possibilitando

assim criar os processos interativos entre o professor e os alunos e que essa interação possa

ser realizada através de uma dimensão coletiva e colaborativa, para que seja desenvolvido o

processo de aprendizagem e apropriação do conhecimento e que possam desenvolver a sua

aplicabilidade dentro das organizações, bem como em sua vida profissional e pessoal. O

papel do professor é propiciar ao aluno oportunidades planejadas que favoreçam o

desenvolvimento de suas capacidades, habilidades e atitudes que o transformem num cidadão

e toda aprendizagem acontece pela interação do aluno com os objetos de conhecimento e

através de uma construção interna realizada por ele, que vai ampliando suas idéias, crenças e

formas de agir, a partir de um ambiente rico não só em materiais, mas também em

intervenções desafiadoras.

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16 - REFERÊNCIAS

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