da escola pÚblica paranaense 2009 · josé bernardes 1 dr. nilton munhoz gomes 2 resumo: ......
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência da Educação Departamento de Políticas e Programas Educacionais
Coordenação Estadual do PDE
A PRESENÇA DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA (PARAPLEGIA E
TETRAPLEGIA) NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE 5ª SÉRIE NA MODALIDADE DE HANDEBOL DO ENSINO REGULAR
PROFESSOR PDE: José Bernardes
ORIENTADOR DA IES: Dr. Nilton Munhoz Gomes
LONDRINA – PR
2011
2
A PRESENÇA DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA (PARAPLEGIA E TETRAPLEGIA) NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE 5ª SÉRIE NA
MODALIDADE DE HANDEBOL DO ENSINO REGULAR
José Bernardes 1
Dr. Nilton Munhoz Gomes 2
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi discutir propostas metodológicas e
apontar possíveis estratégias para a inserção de alunos com DF (paraplegia e
tetraplegia) na modalidade de handebol nas aulas de Educação Física regular a
partir das perspectivas de alunos sem deficiência. O estudo se caracteriza como
pesquisa qualitativa do tipo descritiva, no qual foi aplicado um questionário aberto
contendo 3 questões subjetivas, para 29 alunos de 5ª série da rede estadual, em
duas etapas, anterior e posterior a aplicação do projeto. Os resultados mostraram
que antes da aplicação do projeto, quase todos os alunos achavam que uma pessoa
com deficiência física só poderia jogar handebol se pudesse mexer com os braços e
as mãos, mas não concordavam que uma pessoa DF (paraplégica/tetraplégica) que
não anda e não mexe os braços, pudesse jogar handebol. Mas após a aplicação do
projeto, todos os alunos com exceção de um, concordaram com a possibilidade
dessas pessoas participarem do jogo de handebol, bem como apresentaram
atividades pedagógicas, teóricas e práticas visando a participação desses alunos
deficientes físicos nas aulas de handebol e participarem do processo ensino
aprendizagem. Com isso conclui-se que quando [e dado a oportunidade de alunos
sem deficiência vivenciarem, discutirem, experimentarem e, quando possível,
conhecerem alunos com deficiência física, este na maioria das vezes muda seus
conceitos acerca de alunos nestas condições (DF) pois percebem suas
potencialidades e capacidades.
PALAVRAS CHAVES: Inclusão, Deficiência Física,Handebol,Educação Física.
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ABSTRACT: The objective was to discuss methodological proposals and
identify possible strategies for the inclusion of students with SCD (paraplegia and
quadriplegia) in the sport of handball in regular physical education classes from the
perspectives of students without disabilities. The study is characterized as a
descriptive qualitative research, which was applied a questionnaire consisting of
three subjective questions for 29 students from 5 th grade from the state in two steps,
before and after the implementation of the project. The results showed that before
the implementation of the project, almost all students felt that a person with
disabilities could only play handball you could move his arms and hands, but
disagreed that a person DF (paraplegic / quadriplegic) who does not walk and does
not move his arms, he could play handball. But after the implementation of the
project, all students except one, agreed with the possibility of these people play the
game of handball, and presented educational activities, aiming at the theoretical and
practical participation of disabled students in classes and participate in handball the
learning process.
KEY WORDS: Inclusion, Disability, Handball, Physical Education.
1 Professor da Rede Estadual de Ensino, participante ao Programa de
Desenvolvimento Educacional, ano 2009.
2 Professor orientador pertencente ao curso de Educação Física da UEL, campus
Universidade Estadual de Londirna-Pr.
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INTRODUÇÃO
Através das aulas ministradas no decorrer destes anos, quando nos
deparamos com alunos com necessidades especiais,especialmente os cadeirantes,
(paraplégicos/tetraplégicos) sentimos muitas dificuldades de inserir os mesmos nas
atividades práticas de Educação Física.
O Parecer nº 13/2009 traz como esta inclusão deve ocorrer de maneira
satisfatória e efetiva para aqueles que dela necessitam. Assim, ao adotar a proposta
de Educação Inclusiva, todos os alunos, independentemente do tipo ou grau de
comprometimento, devem ser matriculados diretamente no ensino regular, cabendo
à escola se adaptar para atender às suas necessidades.
Com isto, o presente projeto tem como objetivo apresentar propostas
metodológicas para a inserção de alunos com DF(paraplegia e tetraplegia) na
modalidade de handebol nas aulas de Educação Física regular a partir das
perspectivas de alunos sem deficiência.
Com isso, o professor deve buscar meios e estratégias para inserir o aluno
com Necessidades Especiais no contexto escolar, independentemente qual tipo de
deficiência ele tenha, sem discriminação obtendo uma integração e sociabilização
com os demais alunos.
A inclusão deve acolher todas as pessoas, sem exceção EDLER (1998,p.
170) enfatiza que todos devem participar da vida acadêmica, em escolas
consideradas comuns e em classes regulares devendo ser desenvolvido um trabalho
pedagógico que sirva para todos, indiscriminadamente.
O presente estudo justifica-se em proporcionar ao Professor de Educação
Física da Educação Básica Paranaense conteúdos para suas aulas como apoio
pedagógico que possa contribuir para Inclusão Escolar.
REFERENCIAL TEÓRICO:
Entende-se por inclusão a garantia do acesso contínuo ao espaço comum
da vida em sociedade, sociedade essa que deve estar orientada por relações de
acolhimento a diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais. Aceitar
a inclusão é ter a capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim ter o
5
privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós, afinal, todos
somos diferentes. O processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir,
em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais, e
simultaneamente estas se preparam para assumir seus papeis na sociedade. A
inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda
excluídas, e a sociedade busca, em parceria,equacionar problemas,decidir sobre
soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1997, p
41).
WERNECK, (1997, p. 42), vai nos dizer que “a inclusão vem quebrar
barreiras cristalizadas em torno de grupos estigmatizados”; isso caracteriza a
necessidade dessa inclusão, a qual deve aprender a refletir criticamente e a
pesquisar, sem medo de ser arriscar, mas com muita coragem de criar e de
questionar o que está estabelecido, em busca dos rumos inovadores tão
necessários à inclusão. No entanto cabe a escola apostar nessa transformação,
acreditando no aluno, respeitando seu ritmo de aprendizagem e elevando sua auto-
estima, portanto devemos reconhecer que somos diferentes, e para isso ocorrer
devemos ter as mesmas oportunidades de acesso a uma vida melhor.
Participar de um processo inclusivo é estar predisposto, sobretudo, a
considerar e respeitar as diferenças individuais, criando a possibilidade de aprender
sobre si mesmo e sobre cada um dos outros em uma situação de diversidade de
idéias, sentimentos e ações. (PEDRINELLI, 2002, p. 54) A escola inclusiva implica
uma nova postura da escola comum, pois propõe um novo projeto pedagógico. Ela
capacita seus professores, prepara-se, organiza-se e adapta-se para oferecer
educação de qualidade para todos, visando um processo abrangente, dinâmico, que
evolui constantemente, não limitado ou restrito por salas de aulas numerosas, nem
por falta de recursos adequados. Para uma educação inclusiva de qualidade, é
urgente que façamos uma redefinição de planos, traçando uma meta de fazermos
essa escola voltada para a cidadania global plena, livre de preconceitos, que
reconhece e valoriza as diferenças. “É preciso que tenhamos o direito de sermos
diferentes quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de sermos iguais
quando a diferença nos inferioriza." (MANTOAN,2003,p.34).
6
Recriar um novo modelo educativo com ensino de qualidade, que diga não á
exclusão social, implica em condições de trabalho pedagógico e uma rede de
saberes que se entrelaçam e caminham no sentido contrário do paradigma
tradicional. De acordo com as Leis de Diretrizes da Rede Pública do Estado do
Paraná, a educação especial deve ser oferecida na rede regular de ensino, gerando
uma modificação nos estabelecimentos de ensino e no sistema educacional, visando
viabilizar a educação de pessoas com deficiência segundo uma perspectiva inclusiva
desde a Educação Infantil até os níveis mais elevados de instrução e ser oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino.
A Declaração de Salamanca, quando discute Princípios, Política e Prática
em Educação Especial (1994) destaca que:
1-Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade
de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem.
2-Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem que são únicas.
3-Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais
deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de
tais características e necessidades.
4-Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades.
5-Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,
construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além
disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimora
a eficiência e em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
6- O Parecer nº 13/2009 deixa claro a importância do Decreto MEC nº 6.571/2008.
Sua relevância está evidente, ao garantir recursos de acessibilidade para os alunos
em situação de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
superdotação/altas habilidades na educação básica. Revela avanços, estimulando e
dando sustentabilidade ao processo de inclusão escolar no Brasil, cuja importância é
7
inquestionável . Isto, certamente, não é simples, pois para oferecer uma educação
de qualidade para todos os educandos, inclusive os que têm necessidades
especiais, a escola precisa reorganizar sua estrutura de funcionamento, metodologia
e recursos pedagógicos, e principalmente, conscientizar e capacitar seus
profissionais para essa nova realidade. Este último aspecto merece destaque, já que
diversos estudos vêm apontando a melhoria da formação de professores como
condição essencial e premente para a efetivação da Educação Inclusiva (BUENO,
1999, p. 7-25; GLAT & PLETSCH, 2004, p. 3).
Assim, ao adotar a proposta de Educação Inclusiva, com sua ênfase em
práticas pedagógicas diversificadas e adaptadas às necessidades educacionais de
todos os alunos, a escola estará, em última instância, desenvolvendo um trabalho
preventivo, e contribuindo em direção à meta de equiparação de oportunidades
educacionais, sem a qual não se poderá construir uma sociedade verdadeiramente
democrática.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 85) citam que “A Educação
Física para alcançar todos os alunos deve tirar proveito dessas diferenças ao invés
de configurá-las como desigualdades”. Com isso estará contribuindo para que todos,
sem exceção, possam usufruir desta prática, tendo a oportunidade de mostrar suas
possibilidades e potencialidade, independente de sua condição. O projeto político
pedagógico da Escola Estadual João de Santa – Ensino Fundamental, onde atuo,
tem como objetivo geral proporcionar aos educandos formação necessária para o
desenvolvimento de suas potencialidades, priorizando as pessoas e garantindo o
acesso a apropriação do conhecimento, visando integrar a diversidade social,
cultural e cognitiva, bem como a preparação para o exercício consciente da
cidadania. As adaptações pedagógicas são modificações realizadas além do
planejamento, nos objetivos da escola, nos conteúdos, nas atividades, nas
estratégias de aplicação desse conteúdo e de avaliação. O currículo escolar é
construído a partir do projeto pedagógico da escola (comumente conhecido como
PPP), que é o guia sugerido sobre o que, quando e como ensinar; e o que, como e
quando avaliar. Ou seja, é a expressão política e cultural dos interesses, aspirações,
dúvidas e expectativas da comunidade escolar. Em reuniões pedagógicas da Escola
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Estadual João de Santa muitas vezes foi cogitado que se faz necessário, e urgente
um incentivo governamental para adequação de espaço físico, oferta de cursos de
capacitação e demanda para contratação de pessoas qualificadas. Só assim a
escola vai se tornar adequada à inclusão. Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) vêm contribuindo para levar a disciplina de Educação Física a um lugar de
destaque na formação de cidadãos críticos, participativos e com responsabilidades
sociais.
A interação entre os alunos vira a ser fundamental no desenvolvimento do
aprendizado, de acordo com Vigotsky sabemos que para ele o aprendizado se dá de
forma melhor e mais eficaz num ambiente de interação, nas relações entre os alunos
e não no individual. Grigo Letto vai nos dizer que “o estímulo à interação aluno-aluno
parece contribuir para desenvolver a autonomia do aprendiz e ajudá-lo a converter o
conhecimento externo em seu próprio” (Grigo Letto, 2001 pg.394), e da mesma
forma “a interação aluno-aluno parece contribuir para o desenvolvimento da
autoconfiança e autonomia do aprendiz” (Grigo Letto, 2001 pg.395 ). Na escola o
contexto é dinâmico e as pessoas regulam suas ações de acordo com ele A
Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir
então outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento,
formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,
instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e
dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da
vida. (BETTI, 2002, p.75).
Para um melhor entendimento e visualização, faz-se necessário uma breve
contextualização da Educação Física na escola. Situando-se historicamente, a
disciplina de Educação Física no Brasil, nas Diretrizes Curriculares, optou-se por
retratar os movimentos que a constituíram como componente curricular. As primeiras
sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais receberam em solo
nacional ocorreram a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de
conhecimentos médicos e de instrução física militar, e então denominada ginástica,
surgiram devido a preocupação com o desenvolvimento da saúde e da formação
moral dos cidadãos brasileiros. No final da década de 1930, o esporte começou a se
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popularizar e passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de
Educação Física.
“Garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural [...] Por isso as aulas de educação física podem revelar excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de idéias e de valorização humana, para que o outro seja considerado [...] busca-se, com isso, uma conscientização das diferenças existentes entre as pessoas, tendo o respeito e o convívio social como pressuposto básico de convivência”. (SEED 2008, p.49,60 e 61).
“O educador na sua prática, quer queira quer não, é um veiculador de
valores. É nesse sentido que reside a ligação da forma de ensino com seu conteúdo”
(Bracht,1992,p.74).
Este estudo especificamente está discutindo questões acerca do esporte, e
este pode ser coletivos e individuais e são abordados com métodos teórico/prático,
facilitando ao aluno sua aprendizagem o desenvolvimento de habilidades físicas,
táticas e regras básicas das modalidades esportivas. O professor de educação física
deve conhecer as potencialidades de seus alunos com necessidades educativas
especiais e não excluir das aulas, muitas vezes, sob o pretexto de preservá-los. A
escola opta por dispensá-los da educação física, por considerar professor
despreparado para dar aula para esses alunos e o professor muitas vezes, não
tendo o interesse em trabalhar com esse aluno utiliza o mesmo discurso a seu favor.
As aulas de educação física oferecem um amplo aprimoramento de
capacidade e habilidades aos alunos, devido ao grande número de conteúdos
estruturantes desta disciplina. O Desporto Escolar é um instrumento educativo, que
vem assumindo o valor e a importância que merece no combate ao insucesso e
abandono escolar, na inclusão, na igualdade de oportunidades, de benefício para a
saúde e desenvolvimento de importante instrumento na melhoria da aprendizagem
dos nossos alunos. Sendo assim, é fundamental a inclusão dos alunos com DF nas
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aulas de educação física, considerando que o professor deve fazer adaptações nas
atividades conforme as necessidades de cada aluno. Para tanto, precisamos de
conhecimentos básicos sobre a DF que a paraplegia e a tetraplegia ocasionam nos
indivíduos.. WINNICK, (2004,6 e 7) afirma que o Esporte Adaptado estimula e
incentiva a participação e a excelência em diversos ambientes. Acredita-se que esse
modelo proporciona maior participação dos portadores de deficiência no esporte, e
que levará a opções mais criativas e padrões de agrupamento em todos os níveis da
prática esportiva. A Educação Física Adaptada também pode ser conceituada como
a Educação que envolve modificações ou ajustamentos das atividades tradicionais
da Educação Física para permitir às crianças com deficiências participar com
segurança de acordo com suas capacidades funcionais. (DUARTE; LIMA 2003, p.
92).
O professor deve priorizar uma formação contínua, aprender a trabalhar com
situações diversificadas com as que nos deparamos dia a dia em nossa profissão. A
realização das aulas é o ponto chave da inclusão. É nesta hora que toda teoria é (ou
pelos menos deveria ser) colocada em prática. Este processo envolve desde o início
da preparação das aulas até o processo de execução, tornando a aula própria as
necessidades dos discentes. Entende-se por handebol adaptado, as adequações
das regras que possibilitam a participação, o desenvolvimento físico, afetivo e
mental, a interação entre alunos com DF e sem DF, motivando e melhorando a auto-
estima. Portanto esta adaptação é necessária para a inclusão de alunos com DF nas
escolas regulares. Experiências esportivas modificadas ou especialmente
designadas para suprir as necessidades especiais de indivíduos. O âmbito do
esporte adaptado inclui a integração de pessoas portadoras de deficiências com
pessoas 'normais', e lugares nos quais que se incluem apenas pessoas com
condições de deficiência. (Winnick apud Araújo, 1997). Diante desta realidade, o
handebol que queremos introduzir na escola é o handebol convencional, porém,
diante da presença de aluno com DF se faz necessário aplicar essas „adaptações‟
para que esse aluno participe ativamente na aula.
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METODOLOGIA
O presente ESTUDO SE CARACTERIZA COMO QUALITATIVO do tipo
experimental Thomas e Nelson (2002 ), afirmam que o seu valor está baseado na
premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por
meio da observação, análise e descrição objetivas e completas. Optou-se por uma
pesquisa de campo, que segundo Gil (2008, p.53), pode ser definido como: “O
estudo de campo procura muito mais o aprofundamento das questões propostas do
que a distribuição das características da população segundo determinadas
variáveis.”
PARTICIPANTES
Participaram deste estudo 29 alunos de 5ª série com idade entre 10 e 13
anos, sendo 12 do sexo feminino e 17 do sexo masculino.de uma Escola Estadual
de Cambé-Pr.O critério para a seleção foi que o aluno estivesse participando
efetivamente das aulas de educação física.
PROCEDIMENTOS
Inicialmente elaborou-se um Programa de Intervenção Pedagógica, onde
neste continha um Cronograma de Ação (Anexo 1), contendo 21 aulas de 50
minutos. Num segundo momento, a turma escolhida para participar do estudo, foi
dividida em 5 grupos com número iguais de participantes conforme número de
alunos na turma, onde permaneceram juntos durante toda aplicação do projeto.Os
alunos receberam um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) para
levarem aos seus responsáveis, explicando o objetivo e a justificativa desse estudo.
Os responsáveis concordaram com a realização da pesquisa, assinaram o termo e
enviaram pelos seus filhos de volta para a escola. Todos os alunos foram
autorizados a participar do projeto.
Após autorização, iniciou-se a aplicação do cronograma de ação, que
aconteceu 3 vezes por semana, nas aulas de educação física. Conforme
cronograma, na aula número 3, aplicou-se um questionário contendo 3 questões
abertas, para serem respondidas pelos alunos: Você acha que uma pessoa com
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deficiência física pode jogar handebol? Você acha que uma pessoa que não anda
pode jogar handebol? Você acha que uma pessoa que não anda e não mexe com os
braços pode jogar handebol?As questões foram novamente respondidas pelos
alunos na aula número 21 do cronograma de ação. ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram analisados qualitativamente,utilizando como estratégia a
Analise de Conteúdo (BARDIN, 2004), agrupando as respostas apresentadas pelos
alunos em categorias conforme foram aparecendo, antes e durante a aplicação do
questionário. Após categorização realizou-se uma análise quantitativa verificando a
freqüência de respostas que apareceram nas categorias.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Os dados serão apresentados em tabelas, tendo esta à sua esquerda as
respostas apresentadas pelos alunos antes da aplicação do cronograma de ação e a
sua direita, após o cronograma de ação.Em seguida, as tabelas serão descritas e
posteriormente analisadas conforme o surgimento e/ou exclusão das categorias,
destacando junto com a literatura a mudança de conceitos que envolvem o estudo.
1- Você acha que uma pessoa com deficiência física consegue jogar handebol?
ANTES DA APLICAÇÃO DO PROJETO DEPOIS DA APLICAÇÃO Sim 26 Não 02 Depende 01 Sim 29 Não 00 Depende 00
Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas Justificativa
Com cadeira de rodas 09
Não consegue correr 01
Depende da deficiência 01
Com cadeira de rodas 09
Com ajuda 04 Não justificou 01
Força de vontade 08
Força de vontade 04
Braços funcionais 04
Não justificou 10
Não justificou 08
TABELA: 1 QUESTÃO N. 1
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Antes da Aplicação do Projeto, dos 29 alunos, 26 responderam Sim, 2
alunos responderam não e 1 depende.
Dos 26 alunos que disseram sim, 9 alunos disseram que com o uso da
cadeira de rodas os mesmos podem fazer as jogadas e utilizar os fundamentos do
handebol como os demais alunos, 4 justificaram que com ajuda poderiam jogar
handebol, e essa ajuda poderia ser com vários recursos, enquanto outros 04
responderam que por força de vontade eles podem participar dos jogos e de
qualquer outra atividade física. Outros 10 alunos não justificaram as suas respostas.
Dos alunos que disseram não, 1 aluno justificou que não é possível, pois não
consegue correr e o outro não justificou sua resposta. Apenas 1 aluno achou que
depende, mas não justificou.
Depois da Aplicação do Projeto, dos 29 alunos que disseram sim, 9
argumentaram que através da utilização de cadeira de rodas é possível jogar
handebol, 8 afirmaram que é preciso ter força de vontade, 4 porque tem braços
funcionais e 8 alunos não justificaram suas respostas.
Analisando os dados antes e após a aplicação do projeto já podemos
observar que houve uma mudança na concepção quanto a resposta de 2 alunos,
que antes da aplicação do projeto não concordavam e passaram a entender que é
possível sim sua participação, conforme afirma
SANTIAGO;SOUZA;FLORIANO,2005, que
No esporte e na educação física, busca-se detectar as potencialidades dos alunos, atletas ou reabilitandos e desenvolvê-las, quebrando visões deturpadas de que pessoas deficientes são um estorvo ou problema para a sociedade.
Podemos observar que na 1ª questão que após a aplicação do projeto, 2
alunos foram acrescentados as respostas quanto ao Sim e no quadro depende,
somente havia 1 aluno antes da aplicação do projeto e após a aplicação não houve
nenhum. Com isso podemos afirmar que houve um grande avanço quanto ao modo
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de pensar dos alunos sobre a possibilidade ou não do aluno ser incluso nas aulas de
Educação Física, pois quando o aluno vivencia, participa e discute com respeito às
pessoas com necessidades especiais, o seu modo de pensar e agir a respeito das
mesmas é totalmente diferente e o seu convívio vai fazer que estes alunos se sintam
melhor, útil e valorizado, aumentando assim a auto-estima e o seu relacionamento
para com os demais colegas.
O preconceito justifica nossas práticas de distanciamento dessas pessoas, devido às suas características pessoais (como também ocorre com outras minorias), que passam a ser o alvo de nosso descrédito e têm reduzidas as oportunidades de se fazerem conhecer e as possibilidades de conviverem com seus colegas de turma, sem deficiência. (MANTOAN, 2005, p. 27).
2- Você acha que uma pessoa que não anda pode jogar handebol?
ANTES DA APLICAÇÃO DO PROJETO DEPOIS DA APLICAÇÃO Sim 26 Não 02 Depende 01 Sim 29 Não 00 Depende 00
Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas
Com cadeira de roda 07
Não consegue correr 01
Depende da deficiência 01
Com cadeira de rodas 14
Braço funcional 06
Não justificou 01
Braços funcionais 09
Com ajuda 03 Força de vontade 05
Força de vontade 01
Com ajuda 02
Não justificou 10
Não justificou 01
TABELA : 2 QUESTÃO 1
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Antes da Aplicação do Projeto tínhamos as seguintes respostas:Dos 29
alunos que participaram do projeto 26 disseram que sim,que poderia jogar handebol
pois existem outros meios para que eles possam se locomover. E com cadeira de
rodas 7 alunos disse que sim pois eles iriam utilizar as mãos para o jogo de
handebol . No quadro braços funcionais 06 responderam quem também poderiam
pois o handebol se joga com as mãos e braços para fazer os gols. 3 alunos
responderam que com ajuda também que haveria condições dos mesmos
participarem das aulas,pois existem outros meios para se locomover-se. Força de
Vontade 1 disse que poderia participar bastaria ele querer. Não justificaram 10
alunos quanto as suas respostas. No quadro não 2 alunos responderam que uma
pessoa que não anda , não consegue jogar handebol. Não consegue Correr 1 aluno
respondeu que ele não poderia jogar , como faria para locomover-se . E não
justificou sua resposta somente 1 aluno. Enquanto que 1 aluno respondeu que depende da deficiência física Depois da Aplicação do Projeto : Obtivemos os
seguintes resultados , dos 29 alunos todos disseram que sim que eles poderiam
jogar handebol. E com o auxilio de cadeira de rodas 14 alunos também disseram
que sim . Em braços funcionais aparecem 9 dos alunos com estas respostas.
Enquanto que em força de vontade aparecem 5 alunos com estas respostas
afirmando que sim e com ajuda 2 alunos responderam que sim .Não justificou sua
resposta 1 aluno. No quadro depende aparece 00. A Educação Física Adaptada
também pode ser conceituada como a Educação que envolve modificações ou
ajustamentos das atividades tradicionais da Educação Física para permitir às
crianças com deficiências participar com segurança de acordo com suas
capacidades funcionais. (DUARTE; LIMA 2003, p. 92).
Podemos perceber que houve uma grande avanço quanto ao antes da
aplicação do projeto e após a aplicação. Através deste projeto podemos perceber
claramente que o aluno com DF seja ela qual for não pode ficar isolado ou fora das
atividades quais quer que seja e sim incluir em todas as atividades de educação
física que são ofertadas nas escolas para que haja uma melhor integração e
participação de todos. Segundo SALAMANCA toda criança tem direito fundamental
à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado
16
de aprendizagem.Toda criança possui características, interesses,habilidades e
necessidades de aprendizagem que são únicas.
3 - Voçe acha que uma pessoa que não anda e não mexe os braços pode jogar handebol?
ANTES DA APLICAÇÃO DO PROJETO DEPOIS DA APLICAÇÃO Sim 03 Não 26 Depende 00 Sim 28 Não 01 Depende 00
Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas Justificativas
Com ajuda 01 Não mexe os braços nem pernas 04
Depende da deficiência 02
Com ajuda de guia 19
Não mexe os braços nem as pernas 01
Não justificou 02
Não mexe os braços 03
Com a cabeça 07
Não consegue se mexer 01
Força de vontade 01
Não justificou 22
Não justificou 03
TABELA: 3 QUESTÃO 3
Antes da Aplicação do Projeto: quando dos 29 alunos 3 disseram quem
sim, podem participar em um jogo de handebol como os demais alunos com ajuda.
1 aluno respondeu que poderia jogar. 2 alunos não Justificaram suas respostas.
Enquanto que 26 responderam que não, 4 alunos responderam não mexe os braços
e nem as pernas e 3 responderam que não mexe os braços e 1 disse que não
consegue se mexer, embora 22 alunos não justificassem suas respostas talvez por
haver alguma dúvida quanto à possibilidade deles jogarem handebol. 2 alunos
disseram depende da deficiência.
Depois da Aplicação do Projeto: quase todos os alunos entenderam que é
possível o DF participar das aulas de handebol. Dos 29 alunos 28 disseram que sim
que eles teriam condições de participar de um jogo de handebol, 19 responderam
com ajuda de guia, 7 alunos responderam que ele pode jogar handebol com
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movimentos combinados (mov. indicativo com a cabeça), aonde ele direcionar a
cabeça deverá ser passada. E 1 respondeu que por força de vontade ele poderia
jogar. 3 não justificaram suas respostas.
JANES (2007,p.102) diz que
O que esta em questão não seria ser deficiente ou não, mas o compromisso de todo educador que busca a construção de uma sociedade democrática e, consequentemente, de um sistema educacional democrático.
Podemos entender o quanto é importante incluirmos nossos alunos com DF
nas aulas de educação física,seja qual for a sua deficiência.
Essa mudança de concepção baseia-se na crença de que as mudanças estruturais, organizacionais e metodológicas poderão responder às necessidades educativas e beneficiar todas as crianças, independentemente de apresentarem qualquer tipo de deficiência. (BRASIL, 2004, p.12)
Obtivemos um excelente resultado quanto a este projeto, pois creio que
novos irão surgir para que possamos ter uma educação e uma inclusão destes
alunos de melhor qualidade possibilitando a todos uma integração e comum com a
sociedade.
18
CONCLUSÃO:
Objetivo principal, apresentar propostas metodológicas para a inserção de
alunos com DF (paraplegia e tetraplegia) no handebol nas aulas de Educação Física
no ensino regular a partir das perspectivas de alunos sem deficiência.
Foram utilizados diversos meios e estratégias para a realização e conclusão
deste trabalho no qual houve um excelente resultado, conforme atestado nas tabelas
disponíveis neste.
Conclui-se então que, o resultado da aplicação do projeto foi muito bom.
Através das atividades metodológicas e das respostas aos questionamentos tanto
no período que antecedeu a aplicação do projeto como após este trabalho, os
mesmos tiveram uma nova visão quanto ao aluno cadeirante e sua participação nas
aulas de handebol. A participação ativa e consciente dos alunos foi de suma
importância em todas as etapas de aplicação do projeto. Ficou claro que a
participação destes alunos nas atividades adaptadas contribui para a integração dos
cadeirantes e a elevação da auto-estima quando nos deparamos com estes alunos
em nossas aulas. Os objetivos alcançados somam quase 100%.
Encontrando uma comunidade escolar com alunos com novas visões a
respeito do aluno a ser incluso nas aulas ou atividades de educação física. Ficamos
felizes por poder contribuir um pouco com estas pessoas e esperamos que haja
continuidade quanto a esse trabalho, não somente aos níveis de ensino mas em
outros projetos de inclusão visando assim não só o deficiente mas todas as pessoas
com quem eles convivem para que se construa uma sociedade mais justa e humana
para com todos.
19
REFERÊNCIAS
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre, Magister,
1992.p.74.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/96.
Brasília: MEC, 1996
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica/ Secretaria de Educação Especial – MEC; SEESP, 2008.
BUENO, J. G. Crianças com necessidades educativas especiais, política educacional e a formação de professores: generalistas ou especialistas. Revista Brasileira de Educação Especial, vol. 3. Nº5, 7-25, 1999.
DUARTE, E; LIMA, S. T. Atividade Física para Pessoas com Necessidades
Especiais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.p.92
EDLER, C.R. Temas em Educação Especial. Rio de Janeiro: WVA Ed. 1998. GLAT, R; PLETSCH, M. D. O papel da universidade frente às políticas públicas para Educação Inclusiva. Revista Benjamim Constant, ano 10, nº 29, p. 3-8, 2004.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar. O que é? Por quê? Como fazer? São
Paulo: Ed. Moderna, 2003.p.34
PEDRINELLI, V. J. Possibilidades na diferença: o processo de inclusão, de
todos nós. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Revista
Integração. Ano 14, Edição Especial, 2002.
RESOLUÇÃO 13/2009, Lei. Brasil, 2009. Disponível em: http://www.apaebrasil.org.br/arquivos.phtml?t=10019. Acesso em: 11/04/10
20
SALAMANCA, Lei. Espanha, 1994. Disponível em: http://pt.wikisource.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_de_Salamanca. Acesso em: 05/04/10 SEED 2008,p.49,60,61. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
Secretária de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Paraná, 2008. Site consultado em 21/08/10
WERNECK, Cláudia. Ninguém mais vai ser bonzinho, na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
WINNICK, Joseph P. Educação Física e esportes adaptados. Barueri, Editora
OUTROS AUTORES CONSULTADOS:
BARDIN (2004)
BETTI, M. 2002, p.75
GIL 2008, p.53 GRIGO LETTO, M.; CARMAGNANI, A. M. G. 2001, p.394 e 395.
JANES 2007, p.102 MANTOAN, M. T.E 2005, p.27
MANOLE, 2004.
SANTIAGO, SOUZA, FLORIANO 2005
THOMAS E NELSON 2002
21
ANEXOS
ANEXO 1
Cronograma de Ação
01 Avaliação diagnóstica: Pesquisa - Qual a origem da Inclusão?
02 Conversa inicial sobre diversidade (texto a ser selecionado), dinâmica
03 Aula teórica instigando sobre a paraplegia e a tetraplegia com relação a prática esportiva:
1 - Você acha que uma pessoa com deficiência física pode jogar handebol?
2 - Você acha que uma pessoa que não anda pode jogar handebol?
3 - Você acha que não anda e não mexe com os braços pode jogar handebol?
Apresentação de vídeos
04 O que é Paraplegia e tetraplegia? Texto informativo
05 Feed back sobre paraplegia/tetraplegia. Experiência com cadeira de rodas
06 Esclarescimento sobre a coleta de dados (divisão de grupos) mais estudo
07 Passe de bola com ambas as mãos, atividade lúdica e feed back da aula (convencional)
08 Objetivo:
Discussão em grupos sobre como o aluno incluso cadeirante pode praticar os passes do handebol – criação de estratégias
09 Aplicação das estratégias apresentadas pelos alunos
10 Dribles, atividade lúdica e feed back da aula (convencional)
11 Discussão em grupos sobre como o aluno incluso cadeirante pode praticar
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os passes do handebol – criação de estratégias
12 Aplicação das estratégias apresentadas pelos alunos
13 Posicionamento em quadra, atividade lúdica e feed back da aula (convencional)
14 Discussão em grupos sobre como o aluno incluso cadeirante pode participar das atividades posicionamento em quadra do handebol– criação de estratégias
15 Aplicação das estratégias apresentadas pelos alunos
16 Jogo de handebol e feed back (convencional)
17 Discussão em grupos sobre como o aluno incluso cadeirante pode participar do jogo de handebol – criação de estratégias
18 Aplicação das estratégias apresentadas pelos alunos
19 Aplicação das estratégias apresentadas pelos alunos
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Visita as UEL para proporcionar situações de jogo e convivência com atletas de handebol na condição de DF (paraplegia)
Avaliação final (retomar questões aula 3 e fazer feed back sobre possibilidades)
O programa está dividido por temas, pois de acordo com a necessidade, o
mesmo poderá incluir conteúdos em um encontro (aula), dois ou mais, bem como trabalhar dois temas em uma aula.
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ANEXO 2 MATERIAL DIDÁTICO – Pedagógico produzido pelos alunos, com atividade que visam à inclusão de alunos DF nas aulas de handebol do ensino regular.
Neste encontro será discutido como o aluno cadeirante DF
(paraplegia/tetraplegia) poderá participar das aulas de handebol;
Os alunos em grupos criaram estratégias de como o DF pode praticar os
passes do handebol.
1. ORGANIZAÇÃO: Os alunos serão devidos em dois grupos se movimentando em
várias direções, espalhados na quadra, conforme o número de alunos e numerados
de acordo com a sua quantidade, sendo que em cada grupo deverá ter um
cadeirante. EXECUÇÃO: A bola sairá com número um (1), falando bem alto seu número, que
deverá passar a bola para o aluno de número dois (2), e assim sucessivamente até
que todos (inclusive os cadeirantes) tenham executado o passe de ombro do
Handebol, quando chegar ao último número a bola deverá retornar ao número um
(1). 2. ORGANIZAÇÃO: Os alunos ficarão distribuídos na quadra em duas colunas, uma
de frente para a outra, cada coluna com um cadeirante que iniciará com a bola. EXECUÇÃO: O aluno cadeirante que se encontra na quadra começará passando a
bola ao aluno que estiver na sua frente, e este deverá devolvê-la ao cadeirante num
passe de ombro. O cadeirante passa a bola a outro aluno que estiver à frente e
assim sucessivamente até que todos tenham participado do passe de bola. Então, o
aluno que ocupava a cadeira de rodas é substituído por outro aluno que simulará ser
cadeirante. Esta atividade se repetirá até que todos tenham “experimentado” a
cadeira de rodas. 3. ORGANIZAÇÃO: Os alunos serão divididos em dois grupos, sendo que cada
grupo deverá ter um cadeirante. Os grupos se espalharão pela quadra de Handebol,
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ocupando os espaços. EXECUÇÃO: Para iniciar o jogo, disputa-se a bola através do
par ou ímpar. A equipe que ficar de posse da bola deverá passá-la aos seus
companheiros através dos passes de ombro ou “picado” evitando que o grupo
adversário se aposse da bola. A cada dez passes de uma mesma equipe, marca-se
um ponto, desde que o cadeirante também tenha participado. A cada ponto
marcado, reinicia-se o jogo com a posse de bola para o grupo adversário.
4. ORGANIZAÇÃO: Os alunos ficarão distribuídos em um grande círculo, sendo que
um aluno cadeirante ficará no centro. EXECUÇÃO: O aluno cadeirante que se
encontra no centro do círculo, começa passando a bola ao aluno que estiver na sua
frente, e este deverá devolvê-la ao cadeirante com passe com duas mãos por cima
da cabeça. O cadeirante passará a bola para cada um dos alunos do círculo até que
todos tenham participado do passe de bola. Então, o aluno que estava no centro do
círculo é substituído por outro aluno que começará os passes novamente. Esta
atividade se repetirá até que todos tenham passado pelo centro do círculo e
executado os passes aos demais. 5. ORGANIZAÇÃO: Os alunos serão divididos em dois grandes grupos. Cada grupo
se subdividirá em duas fileiras, uma de frente para a outra. Em cada grupo haverá um cadeirante. EXECUÇÃO: O passe se iniciará pelos primeiros alunos da fileira
que trocarão um passe de bola entre si e em seguida passarão a bola ao segundo
aluno da fileira, deslocando-se por fora das fileiras, colocando-se no último lugar. O
exercício se repete, até que todos tenham efetuado os passes de bola.
ATIVIDADES:
Discutir em grupos sobre como o aluno incluso, cadeirante, pode praticar os
dribles do handebol – criação de estratégias.
Sugeriu a seguinte atividade:
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1. ORGANIZAÇÃO: Os alunos serão divididos em dois (2) grupos, e ficarão
posicionados em duas colunas. Cada coluna terá um cadeirante e deverão ficar de
frente para cinco (5) cones, distanciados entre si por mais ou menos um (1) metro de
distância. EXECUÇÃO: Ao sinal dado pelo professor (a), o primeiro aluno de cada
coluna sairá driblando com a bola fazendo o zig-zag entre os cones, dando a volta
por trás do último, voltando por fora dos obstáculos e entregando a bola para o
segundo da coluna, que deverá repetir o exercício, sempre passando a bola ao
próximo aluno que estiver na vez, até que todos tenham realizado o exercício
proposto. 2. ORGANIZAÇÃO: Dividem-se os alunos em grupos de cinco (5) a seis (6), sendo
que em cada grupo deverá ter um cadeirante. EXECUÇÃO: Os grupos deverão
disputar tirando “PÔ” para ver quem começará jogando em quadra e em que ordem.
As duas equipes jogarão entre si, executando apenas o drible e o passe quicado
como fundamento principal do jogo e poderão arremessar a bola ao gol. O professor
determinará o tempo para troca das equipes. Será valido o gol somente se todos da
equipe tenham executado o passe e driblado a bola. 3. ORGANIZAÇÃO: Os alunos separados em três (3) filas no fundo da quadra,
sendo que em cada fila deverá ter um aluno cadeirante. Cada fila ficará com uma
bola de handebol. EXECUÇÃO: Ao sinal do professor os primeiros alunos da fila
deverão executar o drible alternando as mãos se deslocando o mais rápido possível
até o oposto da quadra, voltar para seu grupo passando a bola para o segundo da
fila e se posicionando no final dela. O exercício repete-se sucessivamente até que
todos do grupo o tenham realizado. Marcará pontos a equipe que executar a
atividade proposta em menor tempo. 4. ORGANIZAÇÃO: Os alunos ficarão dispostos em duas colunas, de frente para
quatro (4) cones separados entre si em uma distância de mais ou menos um (1)
metro uns dos outros. Cada equipe terá um cadeirante (DF). EXECUÇÃO: Ao sinal
dado pelo professor (a), os dois primeiros alunos saem driblando com a bola
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alternando de mão, direita e esquerda, fazendo um zig-zag entre os cones,
contornando por fora e entregando a bola para o segundo da fila, que repetirá o
exercício, e assim sucessivamente, até que todos do grupo tenham participado do
exercício. 5. ORGANIZAÇÃO: Os alunos serão divididos em 3 (três) em 3, sendo que cada
grupo deverá ter um cadeirante. Os alunos ficarão dispostos na quadra bem distante
um grupo do outro. EXECUÇÃO: Ao sinal dado pelo professor, o primeiro aluno sai
driblando com a bola, e os outros dois irá tentar tomar a mesma para si, ao comando
do professor será trocado quem está com a posse da bola entre os alunos, até que
todos possam ter participado do exercício. Aplicar na prática as estratégias
apresentadas pelos alunos, sobre como o aluno incluso pode praticar os passes,
dribles e arremessos do handebol. 6. ORGANIZAÇÃO: Alunos divididos em grupos de cinco (5), ocupando as posições
na quadra de handebol: ala direita, ala esquerda (cadeirante), pivô, armador central,
armador direito,armador esquerdo. EXECUÇÃO: Os alunos em grupos de cinco (5)
em cinco (5), disputarão através do “PÔ” quem irá começar os posicionamentos do
Handebol em quadra. Cada aluno deverá ocupar uma posição de defesa e outra de
ataque, respeitando as posições estabelecidas em quadra. 7. ORGANIZAÇÃO: Sugeriram os 14(quatorze) alunos em quadra, porém citou os
dois (2) pivôs como cadeirantes de cada equipe e os outros jogadores de forma
aleatória, sem definir as posições para ambas as equipes. EXECUÇÃO: Sugeriu um
jogo de handebol, porem sem definição de posições em quadra. 8. ORGANIZAÇÃO: Este grupo sugeriu dividir os alunos por equipes de sete (7)
alunos em cada grupo. Cada grupo com sua cor já estipulada. EXECUÇÃO: Foi
sorteado pelo professor quais os times que iriam começar a atividade de
posicionamentos em quadra. Cada grupo deveria ocupar as seguintes posições: no
ataque: Ala direita, ala esquerda, armador central, armado direito, armador esquerdo
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e como pivô um (1) cadeirante. (sistema 5x1). Na defesa: O mesmo sistema, mas
fazendo defesa 6x0. 9. ORGANIZAÇÃO: Alunos divididos em grupos de cinco (5), sendo que o
cadeirante ocupa a posição de armador esquerdo, armador direito, pivô, ala
esquerda e ala direita E armador central. EXECUÇÃO: Os alunos executarão estas
posições tanto no ataque, como na defesa 6x0. 10. ORGANIZAÇÃO: Alunos divididos em grupos de cinco (5), sendo um (1)
cadeirante em cada grupo. Os alunos ocuparão os posicionamentos em quadra da
seguinte maneira: ala direita; ala esquerda pivô; armador direito, armador esquerdo,
e armador central (sendo que o armador central será o cadeirante). EXECUÇÃO: Os
alunos participarão do jogo de handebol durante cinco (5) minutos, ocupando as
posições acima citadas. Não será permitido arremessar a bola ao cesto antes da
equipe ter passado a bola ao cadeirante. Vence a equipe que fizer mais pontos
durante cinco (5) minutos. 11. ORGANIZAÇÃO: Os alunos foram divididos em quatro (4) grupos de sete (7) e
cada equipe utilizou o sistema 6x0 do handebol, respeitando os posicionamentos em quadra tanto no ataque como na defesa. EXECUÇÃO: Cada grupo deu um nome a
sua equipe e elegeu um representante para disputar quais equipes começaria
jogando. Cada jogo teria um tempo de duração de dez (10) minutos, então trocaria os times.
Cada time deveria jogar respeitando as posições em quadra tanto no ataque quanto
na defesa. As posições seriam: goleiro , ala esquerda ala direita, um (1) pivô e dois
(2) armadores, direito e esquerdo e o armador central seria o (cadeirante). A equipe
só marcaria gol se todos os jogadores participassem das jogadas principalmente dos
passes
12. ORGANIZAÇÃO: Os alunos foram divididos em 4 (quatro) grupos de 7(sete) ,
totalizando 28 alunos e uma equipe com um de reserva. Cada equipe com (um ) (1)
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cadeirante sem guia. EXECUÇÃO: Todos os grupos utilizarão o sistema 6x0 do
handebol, sendo que em cada grupo o cadeirante ocupará a posição do armador
central e os demais alunos em suas posições somente poderá ser arremessada a
bola ao gol se a mesma foi passada ao cadeirante antes. As equipes elegeram um
representante para disputar quem iniciaria com a posse da bola. Cada jogo terá um
tempo de duração de dez (10) minutos, então se trocam os times. Cada time deve
jogar respeitando as posições em quadra tanto no ataque quanto na defesa. Vence a equipe que jogar dentro das propostas apresentadas, passando a bola para
todos da equipe e a que marcar maior número de gols durante um tempo
determinado de dez (10) minutos.
13. ORGANIZAÇÃO: Os alunos serão divididos em quatro (4) grupos de sete (7)
sendo que em cada equipe deverá ter dois (2) cadeirantes um sem guia e o outro
com guia. As equipes disputarão através do sistema “dois ou um”, para ver quem
começará jogando. Todas as equipes utilizarão o sistema 6x0 do handebol. Cada
jogo terá duração de dez (10) minutos, vencendo a equipe que marcar o maior
número de gols. EXECUÇÃO: A equipe será obrigada a passar a bola para os
cadeirantes antes de arremessar ao gol. O cadeirante com guia executará os
fundamentos do handebol, e o fará com os movimentos da cabeça conforme
combinado com sua equipe e também com sua fala.
14. ORGANIZAÇÃO: Os alunos serão divididos em quatro (4) grupos de sete cada
equipe terá um cadeirante com guia. Será utilizado o sistema 6xo do handebol. A
partida terá a duração de dez (10) minutos. EXECUÇÃO: Será disputado através do
(par ou impar )a ordem de início dos jogos.As equipes ocuparão as posições:
cadeirante com guia na ala direita, ala esquerda, pivô e dois (2) armadores:
esquerdo, direito e armador central. O guia deste cadeirante (tetraplégico) deverá
empurrar a cadeira, receber a bola pelo cadeirante e passar a bola para quem o
mesmo determinar através da sua fala ou olhar. A cada dois fundamentos o
cadeirante tem que receber a bola, vence a partida a equipe que fizer o maior
número de gols.
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Estamos realizando na Escola Estadual João de Santa um Projeto PDE (Programa
de Desenvolvimento Educacional) na área de Educação Física, intitulado A presença
do aluno com deficiência física (paraplegia e tetraplegia) nas aulas de educação
física de 5ª série na modalidade de handebol do ensino regular.Eu permito
que.....................................................participe deste projeto. Os objetivos desta
pesquisa são: É que o aluno com deficiência física tenha os mesmos Direitos de
participar nas aulas de Educação Física, quanto aos demais alunos não deficientes.
Fazer com que o aluno não deficiente passe por situações como deficiente nas aulas
práticas de Educação Física. Caso aceite participar deste projeto de pesquisa,
gostaríamos que soubesse que: a) Os dados coletados através da entrevista
poderão ser divulgados em trabalhos apresentados em eventos técnico-científicos e
publicações técnicas da área; b) Na utilização e apresentação dos dados coletados,
será preservado o anonimato dos participantes;
Agradecemos sua atenção e participação.
Eu,_________________________________________________________________
__________________________ portador da RG.________________ declaro estar
ciente de que a participação é voluntária e que fui devidamente esclarecido (a)
quanto aos objetivos e procedimentos desta pesquisa.
Cambé, ____de ______________de 2010
_________________________________
Assinatura do participante