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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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GOVERNO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

Unidade Didática

Desenvolvimento das habilidades da leitura e da escrita a partir do estudo

da fábula e do mito

CIANORTE

2010

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IDENTIFICAÇÃO

PROFESSORA PDE: Vera Lúcia Mariano

ÁREA DO PDE: Língua Portuguesa

PROFESSOR ORIENTADOR: Aécio Flávio de Carvalho

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Primo

Manfrinato – Ensino Fundamental e Médio

PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: 5ª série do Ensino

Fundamental

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SUMÁRIO

Capa........................................................................................................................ 01 Identificação............................................................................................................ 02 Mensagem “citação”................................................................................................ 04 Apresentação.......................................................................................................... 05 Objetivo geral......................................................................................................... 06 Objetivos Específicos.......................................................................... 06 Módulo 01.............................................................................................................. 07

Identificando os gêneros..................................................................... 07 Identificando o gênero fábula.............................................................. 08 Atividades............................................................................... 10 Moral da História! O que é isto?.......................................................... 11 Atividades............................................................................... 12 Características específicas do gênero fábula..................................... 12 O diálogo e a pontuação no texto....................................................... 13

Atividades............................................................................... 14 O adjetivo na construção do texto....................................................... 15

Atividade................................................................................ 16 Módulo 02.............................................................................................................. 16

Conhecendo mais sobre os principais fabulistas e uma de suas obras “A raposa e as uvas”.................................................................

17

Atividades.............................................................................. 19 Módulo 03.............................................................................................................. 25

Produção escrita................................................................................. 25 Lendo e conhecendo outras versões.................................................. 26

Módulo 04.............................................................................................................. 27 Fábula: “A queixa do pavão”............................................................... 27

Atividades............................................................................. 28 Um pouco da história.......................................................................... 28 Então, o que é mito?.............................................................. 29

O mito hoje............................................................................. 29 Mitologia................................................................................. 30

Atividades...................................................................... 30 Entendendo a mitologia grega............................................................ 30 Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga.................. 31

Atividade....................................................................... 31 Sugestões de leitura............................................................................ 32

Referências bibliográficas................................................................................... 33

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“Quem inventou a fábula foi o povo, e os

escritores foram aperfeiçoando. A sabedoria

que está nas fábulas é a mesma sabedoria do

povo, adquirida à força de experiências”.

(Dona Benta aos netos, em Fábulas, de

Monteiro Lobato. São Paulo, Brasiliense, 1995.)

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APRESENTAÇÃO

Considerando que a leitura é a base para a construção do saber e, com isso,

instrumento importante na construção do indivíduo como pessoa e como cidadão,

tornam-se relevante buscar estratégias para capacitar os alunos a ler e compreender

diferentes tipos de textos, bem como criar situações eficazes que os motivem à

experiência da produção do discurso escrito.

Neste sentido, escolhemos trabalhar com alunos de 5° série do Ensino

Fundamental, procedimentos de leitura e estudo de fábulas, como recurso de

incentivo à criatividade, à emoção e à imaginação, que possibilitam o conhecimento

de valores, virtudes, vícios, atitudes e saberes humanos em determinados contextos

sócio-histórico culturais.

Entendemos que o gênero narrativo fabulares, num contexto atual de

interação significativa, permitirá que o educando amplie o seu conhecimento a

respeito dele mesmo, do mundo em que vive, e das habilidades específicas de

leitura e escrita.

Os alunos terão a oportunidade, ao longo desta produção didática, de

conhecer mais sobre as fábulas: sua história, seus objetivos, os principais autores, o

seu surgimento, as diferentes versões, e, por meio delas, descobrir como vieram os

homens de determinadas épocas, como agiam e como se comportaram em

sociedade frente a determinadas situações.

Neste estudo, faremos referência a Esopo e a Fedro, os pais do gênero.

Surge ainda a oportunidade de levar os alunos ao mundo greco-latino e aos mitos, e

também a histórias de entidades míticas, porque fazem parte do mesmo plano de

ficção, que é a fábula.

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OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

- Criar situações de motivação e prazer no ato da leitura com vistas à formação de

um hábito, e ao desenvolvimento de uma competência real.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Trabalhar texto fabular como motivador do gosto pela leitura;

- Conhecer a fábula como expressão textual;

- Apreciar as características e qualidades do texto fabulístico;

- Oportunizar ao aluno informações necessárias do mundo Greco-latino;

- Proporcionar aos alunos, condições de conhecerem e valorizarem os clássicos da

literatura infantil e seus criadores;

- Incentivar o processo de produção de texto, proporcionando situações em que o

aluno estruture o pensamento, o raciocínio lógico, seguência e organização de

ideias, produzindo textos com clareza e melhor desempenho.

- Introduzir através das fábulas, conceito de valores, éticos e cidadania.

O processo de avaliação dessa estratégia será contínuo; constará de

atividades de leitura e produção de textos escritos do gênero fábula, de

dramatizações de histórias mitológicas, seja individualmente, seja em grupo.

Para atingir os objetivos, este trabalho se desenvolverá em 32 h/a e será

organizado em módulos.

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MÓDULO 01

IDENTIFICANDO OS GÊNEROS

O que é um gênero textual?

Gêneros textuais são os diferentes textos que circulam em nossa sociedade;

cada texto possui características próprias como: a estrutura, a linguagem, as

condições de produção, veículo onde circula, e o público leitor. Desta forma, podem

ser considerados exemplos de gêneros textuais: histórias em quadrinhos, piadas,

receitas de bolo, contos, a conversa telefônica, carta pessoal, entrevista, bilhete,

discurso político, narração de jogo de futebol, letras de música, email, fábulas e

outros.

Vamos começar nosso trabalho por um gênero que já existia no tempo de

Platão e que é muito usado nos dias de hoje: a fábula.

A propósito: quem foi Platão? Que é uma fábula? Quem inventou essa forma

de texto?

PLATÃO foi um filósofo grego; nasceu em Atenas (principal cidade-estado na

Grécia Antiga) e se destacou entre os pensadores mais influentes da civilização

ocidental. Foi um brilhante escritor filósofo. Seus diálogos abordavam praticamente

todos os tópicos que vieram a ser discutidos por filósofos que se seguiram a ele.

Suas obras fazem parte da mais reconhecida literatura mundial.

Desde jovem, Platão tinha ambições políticas, mas logo se decepcionou com

a liderança política de Atenas. Seu pensamento político pode ser sintetizado na

frase: “Cada um deve atender as necessidades da cidade naquilo pelo qual a sua

natureza esteja mais dotada”.

Escreveu quase todas as suas obras na forma de diálogos. A República é

uma de suas principais obras.

Faleceu aos oitenta anos de idade.

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IDENTIFICANDO O GÊNERO FÁBULA

Na continuidade do procedimento de conhecimento da fábula com vistas ao

exercício da leitura, cabe perguntar:

DE ONDE VÊM AS FÁBULAS?

A fábula, começo de tudo.

As fábulas são tão antigas quanto a conversas dos homens, às vezes, nem

sabemos quem as criou, pois, pela oralidade, eram carregadas como vento de um

lado para outro, já que a própria palavra provém do latim; nessa língua a palavra

“fábula” significava “o ato de contar”, “história”, “narrativa”.

No século VII a.C.(aproximadamente 700 anos antes do nascimento de

Cristo), já se tinha notícias dessas histórias, sendo que as fábulas muito antigas do

Oriente foram difundidas na Grécia, há 2600 anos por um escravo chamado

ESOPO. Apesar de gago, corcunda, feio e miúdo, como diziam alguns, era

inteligente, esperto e de muito bom senso. Por esse motivo, conquistou a liberdade e

viajou por muitas terras dando conselhos através das fábulas. Fedro é o primeiro

escritor latino a compor uma coletânea de fábulas, tendo sido imitado e difundido

várias vezes.

Vamos conhecer um exemplo:

“VÊNUS E A GATA”

Esopo

Uma gata se apaixonou por um rapaz, e pediu, por favor, a Vênus que fizesse

com que ela virasse moça, pois achava que assim podia conquistar o rapaz. A

paixão era tanta que a deusa ficou com pena e transformou a gata numa linda

garota. O rapaz se apaixonou por ela no mesmo instante e pouco depois os dois se

casaram.

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Um dia, Vênus resolveu verificar se a gata tinha mudado por dentro assim

como tinha mudado por fora e mandou um rato passear pelo quarto onde estava o

casal. A garota, completamente esquecida de quem era, correu atrás do rato para

agarrar o bicho. Parecia que estava querendo comer o rato na mesma hora. A

deusa, vendo aquilo, ficou tão chateada que imediatamente transformou a moça de

novo em gata.

MORAL DA HISTÓRIA: A aparência pode ser mudada, mas a natureza

não.

Como se pode ver pelo exemplo, FÁBULA é uma pequena história que

transmite uma lição de moral.

As personagens das fábulas são geralmente animais, que são apresentadas

com certas características que fazem lembrar atitudes humanas, como o egoísmo, a

ingenuidade, a astúcia, a vaidade, a mentira, etc, podem ser escritas em prosa ou

em verso.

A fábula está presente em nossa cultura há muito tempo e, desde que existe,

é utilizada com fins educacionais. Desde as origens, as fábulas foram transmitidas

oralmente de pai para filho, de avó para neta, de amiga para amigo.

Muitos provérbios populares vieram da moral contida nestas narrativas, como

por exemplo: “A pressa é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga”; “Um

amigo” na hora da necessidade é um amigo de verdade em “A cigarra e a formiga”;

”Quem o feio ama, bonito lhe parece, em “A coruja e a águia”; “Quem tudo quer

nada tem, em” A galinha dos ovos de ouro”; “Quem desdenha, quer comprar”, em ”A

raposa e as uvas”.

Algumas associações entre animais e características humanas, feitas pelas

fábulas, mantiveram-se fixas em várias histórias e permanecem até os dias de hoje.

Por exemplo:

Leão – poder real

Lobo – dominação do mais forte

Raposa – astúcia e esperteza

Cordeiro – ingenuidade

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ATIVIDADES

1. Em grupo de até três alunos, pesquisar uma fábula na biblioteca do Colégio e trazer

para a sala de aula.

2. Ler com atenção as fábulas pesquisadas, analisar o comportamento de cada

personagem e relacionar com as atitudes das pessoas na vida real.

3. Ainda em grupo, procurar nos textos elementos comuns que caracterizam o gênero

fábula.

Continuando o conhecimento da fábula:

O gênero fábula continuou presente na história do mundo. Muito depois de

Esopo e de Fedro, (no século XVII =1700), um escritor francês de nome Jean de La

Fontaine ficou famoso porque usava fábulas, em versos e em prosa, para denunciar

as misérias e as injustiças de sua época.

A partir dessa época, muitas histórias, escritas inicialmente para adultos, já

começaram a ser adaptadas para crianças, retirando delas os elementos violentos e

os aspectos nocivos à educação. Mas a fábula moderna preserva todo o vigor que

vem apresentando desde os tempos antigos.

No Brasil, temos o grande fabulista, Monteiro Lobato (de quem falaremos

mais adiante), que além de recontar as fábulas de Esopo e La Fontaine, cria as suas

próprias.

Até hoje esse gênero narrativo existe e por ser curto, tem o poder de prender

a atenção, de entreter e deixar uma mensagem, um ensinamento. E também nos

leva a dois mundos: 1. O imaginário, o narrativo, fantástico: 2. O real, dissertativo,

temático.

Aos longos dos anos, algumas fábulas foram sofrendo transformações. Ao

serem narradas de geração em geração e, também, aos serem contadas a pessoas

de diferentes regiões e de outras culturas, as fábulas foram lentamente se

modificando. E até mesmo a moral das fábulas pode sofrer alterações, dependendo

de quem a conta.

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MORAL DA HISTÓRIA! O QUE É ISTO?

La Fontaine dizia que a moral de uma fábula era a sua “alma”; mas também

dizia que, se o leitor pudesse entender essa moral facilmente durante a leitura, não

era preciso escrevê-la com todas as letras no final. Muitas vezes, a moral da fábula

não está escrita, mas com leitor esperto, é fácil descobri-la.

Portanto, em todas as fábulas existe uma moral, escrita ou não, que ensina

lições de vida e diz como devemos nos comportar. Você sabe por quê? Porque

moral é um conjunto de valores, de princípios que as pessoas adotam como: a

bondade, a virtude, a honestidade, a solidariedade.

Algumas atitudes, nas fábulas, são valorizadas e em outras, não, dependendo

da época e da cultura em que elas foram contadas.

Muitas vezes, a moral de uma fábula pode nos chocar por seu cinismo, pois

mostra claramente a vitória dos espertalhões sobre os ingênuos, dos fortes sobre os

fracos. Mas a lição mais importante desse tipo de texto não está na aceitação pura e

simples da “moral da história”, e sim na análise e compreensão do modo como

certos personagens enganam ou vencem outras,

É bastante comum que a moral de uma fábula entre em conflito com a moral

de uma outra fábula. Por exemplo: na fábula “A raposa e o leão”, a amizade venceu

o medo (da familiaridade nasce o abuso). Na fábula “A raposa e o corvo” onde

mostrou a esperteza da raposa (cuidado com quem muito elogia).

Leitura e interpretação da fábula “O leão e o mosquito”

Esopo

Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor

de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima.

- Você está achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa

que é rei? – disse ele altivo, e em seguida voou para o leão deu uma picada ardida

no seu focinho.

Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que

conseguiu foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou picando o

leão, que começou a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de

feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu. O mosquito

foi embora zumbindo para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou

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direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste

fim, comido por uma aranha minúscula.

MORAL DA HISTÓRIA:............................................................................................

ATIVIDADES

1. Que moral você criaria para a fábula “O leão e o mosquito”?

2. Quais as personagens da fábula?

3. O que aconteceu com o mosquito?

4. Por que o leão ficou tão enfurecido?

5. Numa fábula há sempre uma crítica a determinado tipo de comportamento,

que se deveria ser evitado. Na fábula “O leão e o mosquito”, a crítica refere-se

a que tipo de atitude?

6. Que outro título você daria à fábula “O leão e o mosquito”?

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO GÊNERO FÁBULA

É importante observar aquilo que distingue ou caracteriza o texto da fábula, a

saber:

- Brevidade: a narrativa curta, geralmente, um diálogo;

- As personagens quase sempre são animais;

- Transmite sempre um ensinamento;

- No final da história, destaca-se uma moral;

- Seqüências narrativas – apresenta os elementos da narrativa:

- Ação (seguência de acontecimentos);

- Personagem (seres que participam dos acontecimentos);

- Narrador (que conta a história);

- Tempo e espaço imprecisos: espaço (lugar dos acontecimentos), tempo (quando

acontece a história);

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- Título composto pela referência às personagens;

- Personagens típicas;

- Os ensinamentos são apresentados como válidos para qualquer época e lugar.

O DIÁLOGO E A PONTUAÇÃO NO TEXTO

Recapitulando:

Já lemos vários textos do gênero fábula; você deve ter percebido que a

maioria deles apresenta diálogos. A palavra diálogo vem do grego e quer dizer

“conversação”. Nesta forma de texto, portanto, é freqüente a presença de um sinal

gráfico assim: (-). Isto se chama “travessão”; é este sinal que marca a fala da

personagem. Cada novo parágrafo, iniciado por um novo travessão, indica a

mudança de turno das personagens.

Por exemplo, na versão de Esopo da fábula:”O leão e o mosquito”, o

mosquito responde ao leão:

- Você está achando que vou ficar com medo de você só porque

você pensa que é rei? - disse ele altivo, e em seguida voou para o leão deu

uma picada ardida no seu focinho.

Muitas vezes, num diálogo, queremos identificar a pessoa que está falando.

Para isso, empregamos verbos como dizer, falar, afirmar, negar, responder,

perguntar, indagar, mandar, entre outros.

Estes verbos podem vir antes da fala da personagem, seguidos de dois

pontos, exemplos:

1. Cansada daquela história, uma das rãs pôs a cabeça para fora da água e

disse:

- Chega! Chega! Por favor! O que para vocês é distração, para nós é a

morte!

2. Eles podem aparecer no meio da fala da personagem:

- Nada disso – disse o galo. – Eu canto para ajudar os homens!

3. Podem vir depois da fala da personagem, como já vimos:

- Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros sapos.

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Além do travessão, também é possível utilizar as aspas (“...”) para assinalar a

fala das personagens, introduzida por dois pontos, como no exemplo a seguir:

Quando viu os peixes pulando e batendo a cauda na areia ele sorriu e disse:

(fala do narrador)

“Como vocês não quiseram dançar ao som da minha flauta, também não vou

permitir que dancem agora!” (fala da personagem)

“O sapo e o boi”

Esopo

Há muito, muito tempo existiu um boi imponente. Um dia o boi estava dando

seu passeio da tarde quando um pobre sapo todo mal vestido olhou para ele e ficou

maravilhado. Cheio de inveja daquele boi que parecia o dono do mundo, o sapo

chamou os amigos.

Olhem só o tamanho do sujeito! Até que ele é elegante, mas grande coisa: se

eu quisesse também era.

Dizendo isso o sapo começou a estufar a barriga e em pouco tempo já estava

com o dobro do seu tamanho normal.

Já estou grande quem nem ele? Perguntou aos outros sapos.

Não, ainda está longe! Respondeu os amigos.

O sapo se estufou mais um pouco e repetiu a pergunta.

Não disseram de novo os outros sapos –, e é melhor você parar com isso

porque senão vai acabar se machucando.

Mas era tanta a vontade do sapo de imitar o boi que ele continuou se

estufando, estufando, estufando – até estourar.

MORAL DA HISTÓRIA: Seja sempre você mesmo.

ATIVIDADES

1. Vamos ler com atenção a fábula; “O sapo e o boi” e colocar o travessão onde

necessário.

2. Para que haja identificação do leitor com a história, é necessário caracterizar

as personagens, suas atitudes diante da vida e a situação vivida.

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a) Quem são as personagens?

b) Com que qualidades estas personagens são apresentadas no texto?

3. Retire da fábula acima os verbos que anunciam as falas das personagens:

4. A moral desta fábula apresenta uma reflexão sobre o comportamento

humano. Você acredita que existem pessoas que agem assim? Justifique sua

resposta.

5. Você está de acordo com a moral desta fábula? Justifique sua resposta,

procurando comprová-la com um fato que conheça ou que tenha acontecido

com você.

6. Dê outro final para esta fábula, modificando também a moral da história.

.

O ADJETIVO NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO

Ao ler as fábulas, percebemos que as personagens apresentam determinadas

características: Leão– medroso, enfurecido; sapo – invejoso; boi – imponente; gata–

linda. Estas qualidades são denominadas de adjetivos.

Adjetivos são palavras que modificam o substantivo, atribuindo-lhe

características, como cor, tamanho, finalidade, estado, entre outras.

Vamos ler mais uma fábula e observar como os adjetivos funcionam na

construção do texto.

“O galo e a jóia”

Um galo jovem e enérgico ciscava a poeira do chão quando encontrou uma

jóia. Convencido do que tinha achado uma coisa preciosa, mas sem saber direito

o que fazer daquilo, o galo ficou com ar importante e disse à jóia:

- Olhe, sei que você é uma coisa muito fina. Só que não é do meu gosto.

Para falar a verdade, eu preferia de longe um grão de deliciosa cevada.

MORAL DA HISTÓRIA: Às vezes o que é precioso para um não tem valor para o

outro.

Observaram? As palavras que estão destacadas na fábula “O galo e a jóia”

são adjetivos, são qualidades.

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Esopo termina suas fábulas com frases explicativas, representando a moral;

já os fabulistas a partir de Monteiro Lobato, introduziram os provérbios como

encerramento.

Você sabe o que é um provérbio?

Os provérbios são frases breves, anônimas, populares que são repassadas

de geração a geração, cujo conteúdo tem por objetivo alertar, aconselhar de forma

indireta e rápida, e que nos levam à reflexão, e a um posicionamento crítico sobre as

condutas humanas.

Veja alguns exemplos de provérbios:

- Quem não arrisca, não petisca;

- Quem ama o feio, bonito lhe parece;

- Quem não deve, não teme;

- Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

ATIVIDADE

1. Em dupla, pesquisem mais provérbios junto aos seus familiares, em revistas,

jornais, livros, para-choques de caminhões e na internet, e tragam para a sala

de aula. Após a análise de cada um, faremos cartazes que serão expostos no

mural do Colégio.

MÓDULO 02

Continuando o estudo das fábulas, nesta unidade temática,

estudaremos detalhadamente a fábula, “A raposa e as uvas”, em

versões diferentes, com autores como: Esopo, Fedro, La Fontaine e

Monteiro Lobato. Veremos como diferentes culturas e momentos leem

de formas diversas a mesma história e como estes textos se

caracterizam quando recriados. Analisaremos também as mudanças de

valores (sociais, culturais, religiosos e familiares), entre gerações.

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CONHECENDO MAIS SOBRE OS PRINCIPAIS FABULISTAS E UMA DE

SUAS OBRAS: “A RAPOSA E AS UVAS”.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Raposa_e_as_Uvas

1- Assistiremos agora ao vídeo que retrata a fábula “A raposa e as uvas”,

disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=4qpzwEDZFLc

2- Que diferenças e semelhanças podemos encontrar entre o texto verbal

(representa a fala, a escrita) e o texto não verbal (vídeo)?

Agora é um bom momento para confrontar as várias versões de (Esopo,

Fedro, La Fontaine e Monteiro Lobato) da fábula “A raposa e as uvas” e analisar o

contexto sócio-histórico em cada versão escrita.

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1. ESOPO:

Esopo foi um moralista e fabulista grego do século VI a.C.que teria nascido

em alguma cidade da Anatólia. Sobre sua vida existem versões incertas e

contraditórias, sendo a mais antiga encontrada em Heródito: segundo este

historiador, e também na opinião de Plutarco, Esopo era um escravo gago e

corcunda, mas dono de grande inteligência, que ao obter sua liberdade viajou pela

Ásia, Egito e Grécia.

Durante essas andanças, se tornou amigo do rei Creso, da Líbia, que o

encarregou de levar oferendas ao templo de Delfos, mas chegando lá, e percebendo

a cobiça dos sacerdotes, o fabulista dirigiu sarcasmos aos religiosos, não lhes deu o

dinheiro que o rei enviara e se limitou a fazer sacrifícios aos deuses. Enraivecidos,

os sacerdotes decidiram vingar-se daquela atitude, e para isso esconderam na

bagagem de Éfeso um copo ou faca de ouro, acusando-o em seguida de roubo. Por

essa razão o ex-escravo foi preso e condenado a ser jogado do alto de uma rocha.

Esopo tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais, cada uma

delas com um sentido e um ensinamento. Seus personagens – apesar de selvagens

e irracionais na vida normal – falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou

bons, exatamente como os homens, porque a intenção do fabulista era mostrar

como o ser humano poderia agir. Ele nunca escreveu as narrativas criadas em sua

imaginação, apenas as contava ao povo, que as apreciava e por isso se encarregou

de repeti-las. Apesar disso, somente duzentos anos após a sua morte é que elas

foram transcritas para o papel, e depois reunidas as de vários outros fabulistas que

em épocas e civilizações também inventaram contos de moralidade popular, mas

cuja autoria permaneceu desconhecida.

O filósofo grego Demétrio de Falero (345- 283), que ajudou Ptolomeu I a

organizar a famosa biblioteca de Alexandria, no Egito, foi quem preparou a primeira

coletânea das fábulas de Esopo, que chegaram aos nossos dias através dos

escritos do monge bizantino Maximus Planudes, autor de uma biografia sobre

Demétrio. Antes disto, suas histórias foram registradas em louças e tecidos. Entre as

mais de trezentas histórias atribuídas ao fabulista, as mais conhecidas são: “A

raposa e as uvas”, “O leão e o ratinho”, “A galinha e a pomba”,”A galinha dos ovos

de ouro”, e a “Águia e a coruja”, “A cigarra e a formiga”, “A lebre e a tartaruga”, “A

raposa e o corvo”, “ O sapo e o boi”, e outros.

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Vamos agora, ler e interpretar uma dessas fábulas do autor Esopo: “A raposa

e as uvas”:

Uma raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas

nas grades de uma viçosa videira, alguns cachos de uvas negras e maduras.

Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios pra pegá-las, mas como

estavam fora do seu alcance, acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.

Por fim deu meia volta e foi embora, e consolando a sim mesma, meio

desapontada disse:

- Olhando com mais atenção, percebo que as Uvas estão todas estragadas, e

não maduras como eu imaginei a princípio.

MORAL DA HISTÓRIA: Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o

vaidoso abre assim caminho para sua infelicidade.

ATIVIDADES

1. Que tal, transformar esta fábula em histórias em quadrinhos? (O professor

distribuirá papel sulfite para esta atividade, depois será fixado no mural do

Colégio).

2. Reescreva a fábula:”A raposa e as uvas” substituindo a raposa por um ser

humano, fazendo as adaptações necessárias.

3. Com a colaboração dos Professores de Artes e de Educação Física, em

grupo, vamos dramatizar a fábula: “A raposa e as uvas” nas versões dos

autores: Esopo e Monteiro Lobato, e apresentaremos também aos outros

colegas de outras turmas..

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2. FEDRO: (em latim Phaedrus, 30-16 a.C. – 44-50 d.C.)

Foi um fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Filho de escravos,

provavelmente foi alforriado pelo imperador romano Augusto. Seu nome completo

era Caio Júlio Fedro.(latim: Gaius Iulius Phaedrus).

Coube a Fedro, quando iniciou-se na literatura, enriqueceu estilisticamente

muitas fábulas de Esopo, todas não escritas, mas transmitidas oralmente, isto é,

serviam de aprendizagem, fixação e memorização dos valores morais do grupo

social.

Deste modo, Fedro, como introdutor da fábula na literatura latina, redigia suas

fábulas, normalmente sérias ou satíricas, tratando das injustiças, dos males sociais

políticos, expressando as atitudes dos fortes e oprimidos, mas ocasionalmente

breves e divertidas, explicando-nos, todavia, porque teve tanto sucesso séculos

depois, na Idade Média.

Fabulista da época dos imperadores Tibério e Calígula, nos primeiros séculos

da era cristã, e seguidor de Esopo, Fedro fez a sátira dos costumes e personagens

da época. Por isso, com o grande incômodo que causaram as suas críticas, acabou

sendo exilado. Nesta época, com a morte de Augusto, em 14 d.C. e a ascensão de

Tibério, a monarquia tornou-se um verdadeiro despotismo, sufocando toda a

aspiração de literatura e de independência. Publicou cinco livros de fábulas

esópicas, com prováveis alusões aos acontecimentos de sua vida.

Vamos ler e interpretar a fábula “A raposa e as uvas” na versão do autor Fedro:

O soberbo finge desprezar o que não pode conseguir.

Faminta, uma raposa bracejava

Para d’úvas um cacho agadanhar

D’alta parreira que sobre ela estava,

E neste afã pulava a bom pular.

Como, porém, baldado fosse o intento

De atingir o manjar que a seduzia,

Parou cansada, e neste quebrantamento

Foi-se afastando, enquanto assim dizia:

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-“Inda bem que estão verdes; não as quero:

Travam como de fel; não as tolero”

Aqueles que improperam maldizentes

Do que fazer não podem, neste espelho

Deverão remirar-se, conscientes

De haverem desprezado o bom conselho. (FEDRO, 2001, p.145)

ATIVIDADES

1. Após ter lido a fábula: “A Raposa e as uvas”, NA VERSÃO DE FEDRO,

escreva um bilhete avisando a raposa que as uvas estão verdes. (Use papel

sulfite, pinte as margens e escreva com letra bastão).

2. Usando a linguagem não verbal, crie um pictograma (inspire-se nos sinais de

trânsito) para sinalizar.

A – A localização do parreiral;

B - Proibido entrada de animais;

C – As uvas estão verdes.

3. A Fábula na versão de Fedro está escrita em prosa ou em verso? Justifique

sua resposta.

4. Comente: O que você entende por um texto escrito em prosa? E o texto em

verso?

5. Analise a frase: O soberbo finge desprezar o que não pode conseguir.

3. JEAN DE LA FONTAINE (1621 - 1695

Poeta e fabulista francês, nascido em Château-Thierry, cuja produção literária

caracterizou-se por sua maneira de criticar à sociedade através de recursos como a

sutileza, ironia e astúcia expressas em suas famosas histórias de animais.

Desenvolveu seus estudos básicos em sua cidade natal, entrou para o

Oratório(1641) e logo a seguir foi para o Seminário de Saint-Magloire. Depois de 18

meses como noviço, abandonou a vida religiosa e passou a estudar leis. Casou-se

com Marie Héricart (1647), com quem teve um filho (1654).

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Foi considerado o pai da fábula moderna. Além de compor suas próprias

fábulas, também reescreveu em versos franceses muitas das fábulas antigas de

Esopo e de Fedro (alguns autores chegam a afirmar que La Fontaine não passa de

mero tradutor das obras de Fedro). Aqui neste período, as fábulas ganharam um

sentido mais moderno, pois como participantes da corte francesa, ele criticava a

sociedade por meio de suas fábulas. Em sua obra prima, Fábulas, ele mostra a

vaidade e estupidez das pessoas, atribuindo tais características aos animais. A

principal característica do seu modo de escrever eram a rimas, o que facilitava a

memorização das histórias.

Concluindo, pode-se, até, estabelecer uma seguência axiomática: “La

Fontaine está para a fábula, assim como está para Fedro, que esteve para Esopo. A

inversão da ordem dos termos, ou dos nomes, em quase nada vai mudar o rigor do

raciocínio, a menos que se queira estabelecer a diacronia dos autores. Então será

necessário começar por Esopo: Esopo, do século VI a.C. está para a fábula, assim

como está para Fedro, do século I d.C. e para La Fontaine, do século XVII, já nos

tempos modernos.”(Prof. Dr.Aécio Flávio de carvalho, UEM, 2010).

Vamos ler e interpretar a fábula “A raposa e as uvas” na versão do autor La

Fontaine:

Certa raposa astuta, normanda ou gascã,

Quase morta de fome, sem eira nem beira,

Andando à caça, de manhã,

Passou por uma alta parreira

Carregadas de cachos de uvas bem maduras.

Altas demais – não houve impasse:

“Estão verdes já vi que são azedas, duras...”

Adiantaria se chorasse? (LA FONTAINE, 1989, p.211)

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ATIVIDADES

1. Veja se há, no texto acima, palavras cujo sentido você desconheça. Se

houver, tente deduzir o significado pelo contexto ou consultando os colegas.

Se ninguém souber, consulte o dicionário.

2. Leiam com atenção a fábula: ”A raposa e as uvas”, na versão do autor La

Fontaine, e reconte-a aos colegas, utilizando as suas próprias palavras. (Esta

atividade poderá ser realizada em grupo).

3. Desenhe e ilustre a fábula acima, em uma cartolina, para ser fixado no mural

do Colégio. (Em grupo de até três alunos).

4. Que outra “moral” você daria a esta fábula? Justifique sua resposta.

5. Numa fábula há sempre uma crítica a determinado tipo de comportamento,

que se deveria evitar. Na fábula “A raposa e as uvas”, na versão de La

Fontaine, a crítica refere-se a que tipo de atitude?

4. MONTEIRO LOBATO:

José Bento Monteiro Lobato, nasceu em Taubaté, São Paulo, em 1882 e

morreu em São Paulo, em 1947.

Lobato, um dos maiores escritores de nossa literatura, foi revisor, tradutor,

adaptador de clássicos; escrevia para jornais e criou a Cia Editora Nacional.

Revolucionou a literatura infanto-juvenil escrevendo: “A menina do nariz

arrebitado”, “Reinações de Narizinho”, “O Minotauro”, “Serões de Dona Benta”, e

outros.

Além de recontar as fábulas de Esopo e de La Fontaine, cria as suas próprias

com a turma do sítio, no qual Pedrinho diz:”As fábulas, mesmo quando não valem

grande coisa, têm um mérito: são curtinhas”. Narizinho acha as fábulas sabidíssimas

e Emília as considera uma indireta.

O escritor brasileiro usou fábulas para criticar e denunciar as injustiças,

tiranias, mostrando às crianças a vida como ela é.

Em suas fábulas, alerta que o melhor é ser esperto, inteligente, porque o forte

sempre vence e Visconde afirma que o único meio de derrotar a força é a astúcia.

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Vamos ler e interpretar a fábula “A raposa e as uvas” na versão do autor

Monteiro Lobato:

Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos

cachos maduros, coisa de fazer água à boca. Mas tão altos que nem pulando.

O matreiro bicho torceu o focinho.

- Estão verdes – murmurou. – Uvas verdes, só para cachorros.

E foi-se.

Nisto deu o vento e uma folha caiu.

A raposa ouvindo o barulhinho voltou depressa e pôs-se a farejar...

MORAL DA HISTÓRIA: Quem desdenha quer comprar. (LOBATO, 1994, p.58)

ATIVIDADES

1. Por que a raposa voltou rapidamente ao ouvir um barulho de algo caindo

com o vento?

2. Analise a moral da história: Quem desdenha quer comprar.

3. Agora, compare as fábulas, de acordo com os aspectos indicados no

quadro abaixo, e veja o que muda e o que permanece nas suas

sucessivas reescritas.

ESOPO FEDRO LA

FONTAINE

MONTEIRO

LOBATO

Caracterização das personagens

Indicações de tempo e espaço; apresentação de cenários

Linguagem (vocabulário, presença de diálogos, adjetivos, etc)

Ações das personagens

A reação da raposa quando percebe que as uvas estão verdes

Conflito (elemento de transformação)

Moral da história

Desfecho (situação final)

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4. Na comparação das diferentes versões, é possível perceber indicações

que remetem ao contexto histórico nos quais as fábulas foram escritas?

Justifique sua resposta.

5. Comentar a vida dos fabulistas famosos: Esopo, Fedro, La Fontaine e

Monteiro Lobato.

6. Após leitura das quatro versões da fábula: “A raposa e as uvas”, que tipo

de ensinamento elas apresentaram para a sua vida?

7. Reflita e responda:

Na fábula estudada, a raposa é um animal, que age como humano. E na

vida real, quem seriam estas raposas?

MÓDULO 03

PRODUÇÃO ESCRITA

Chegou a sua vez de produzir uma fábula. Você poderá criar uma diferente,

com animais de sua preferência, ou se preferir poderá criar uma nova versão para a

fábula “A raposa e as uvas”, modernizando-a.

Não se esqueça de alguns detalhes no momento da produção:

- Lembre-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar diretamente

deles (narrador observador);

- Procure usar personagens que representem atitudes e comportamentos que

melhor condizem com as pessoas que serão retratadas na fábula;

- Evite repetições de palavras, use bem o recurso da pontuação;

- Faça diálogos, marcando as falas das personagens com aspas ou com travessão;

- Utilize adjetivos, se necessário;

- Encerre a fábula com uma moral, de acordo com a história que escreveu;

- Dê um título.

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LENDO E CONHECENDO OUTRAS VERSÕES

A fábula “A raposa e as uvas” também foi escrita na versão de outros

escritores como: Millôr Fernandes, Ruth Rocha, e na versão humorada de Jô Soares

(Desfabulando). Chegou a vez de conhecê-las:

1. MILLÔR FERNANDES

De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de

todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral

que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de

um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto,

retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de

novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo que tinha, não

conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes,

com raiva: ”Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes.”E foi descendo,

com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a

pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra,

perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a

parta e...conseguiu! Com avidez colocou na boca o cacho inteiro. E cuspiu.

Realmente as uvas estavam muito verdes!

MORAL DA HISTÓRIA: A frustração é uma forma de julgamento tão boa como

qualquer outra. (FERNANDES,1978, p.65)

2. RUTH ROCHA

Uma raposa passou por baixo de uma parreira carregada de lindas uvas.

Ficou logo com muita vontade de apanhar as uvas para comer. Deu muitos saltos,

tentou subir na parreira, mas não conseguiu.

Depois de muito tentar foi-se embora, dizendo:

- Eu nem estou ligando para as uvas. Elas estão verdes mesmo...(ROCHA, 1996,

P.25)

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3. DESFABULANDO (Jô Soares)

Passava certo dia uma raposa perto de uma videira. Apesar de normalmente

nunca se alimentar de uvas, pois se trata de um animal carnívoro e não vegetariano

– o que nos faz desconfiar um pouco da fábula original -, atenção foi chamada pela

beleza dos cachos que reluziam ao sol. Fenômemo estranhíssimo, uma vez que,

geralmente, para desespero dos ecologistas, sendo grande conhecedor de frutas,

bastou-lhe um olhar para perceber que as uvas não estavam maduras. “Estão

verdes” – disse a raposa, deixando estupefatos dois coelhos que estavam ali perto e

que nunca tinham visto uma raposa falar.

MORAL: Nem todas as raposas são despeitadas. (Jô Soares – Revista Veja –

abril-1992)

MÓDULO 04

No módulo anterior, lemos diversas fábulas, antigas e modernas, em prosa e

em versos. Vamos agora ler a fábula “A queixa do pavão” que tem como

personagens principais Juno, importante deusa grega, e um pavão, e veremos que

muito dos mitos gregos fazem parte da cultura de outros povos, figurando também

nas fábulas.

”A QUEIXA DO PAVÃO”

Esopo

Chateado porque tinha uma voz muito feia, um pavão foi se queixar com a

deusa Juno.

- É verdade que você não sabe cantar – disse a deusa. – Mas você é tão

lindo, para que se preocupar com isso?

Só que o pavão não queria saber de consolo.

- De que adianta beleza com uma voz destas?

Ouvindo aquilo, Juno se irritou.

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- Cada um nasce com uma coisa boa. Você tem beleza, a águia tem força, o

rouxinol canta. Você é o único que não está satisfeito. Pare de se queixar. Se

recebesse o que está querendo, com certeza ia achar outro motivo para reclamar.

MORAL DA HISTÓRIA: Em vez de invejar os talentos dos outros,

aproveite o seu ao máximo.

ATIVIDADES

Interpretando a fábula “A queixa do pavão”

1. Explique com suas palavras o que a deusa Juno respondeu ao pavão.

2. Por que o pavão estava chateado?

3. A quem o pavão foi se queixar?

4. Quais as características do pavão, da águia e do rouxinol?

5. Você concorda com a moral dessa fábula? Justifique sua resposta.

6. Você já sentiu inveja de alguém? De quem? Por quê?

UM POUCO DA HISTÓRIA

Você sabia que os super-heróis dos desenhos animados e dos quadrinhos, e

muitos outros animais, por exemplo, de fábulas, também fazem parte da mitologia?

Você sabia que nos dias atuais não existem seres sobrenaturais como o

Minotauro, que nos desafiam para nos tornarmos heróis como os de antigamente,

mas há outros “seres fantásticos”, muito mais terríveis que o Minotauro, que são a

fome, a Aids, O trabalho infantil, a violência, os desastres ecológicos, etc.

Porém, estamos vendo novos heróis, os Voluntários que usam seus

“superpoderes” para ajudar os outros, embora não sejam fortes, bonitos e

destemidos, eles se destacam participando de campanhas de solidariedade.

Você também pode ser um herói, tratando bem as pessoas, a escola de seu

bairro, seus colegas, enfim, melhorando o mundo.

Para você, quem são os heróis da vida cotidiana? (Levantar os modelos de

vida que esses heróis representam: jogadores de futebol, amigos, parentes), refletir

sobre o que os levam a ser considerados heróis e compará-los aos heróis

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mitológicos, pode ser a base para uma discussão sobre os valores por eles

defendidos.

Os personagens da mídia são vistos, também, como novos heróis, fazem

parte, simultaneamente, da vida comum e de um mundo distante. É esse duplo

caráter que garante sua eficácia, enquanto mitos, desperta no indivíduo um

processo de projeção identificando, tornando-se modelos de vida.

Essa conversa pode conduzir os educandos a perceberem quais as virtudes

e características que julgam importantes hoje, além de estimular o questionamento

sobre os modelos de comportamento dos heróis de hoje e de ontem, que são

reproduzidos pelos alunos.

ENTÃO, O QUE É MITO?

“Mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser

abordada e interpretada através de perspectivas múltiplas e complementares. O mito

conta uma história sagrada, ele relata um acontecimento ocorrido no tempo

primordial, no tempo fabuloso do “princípio”. Em outros termos, o mito narra como,

graças às façanhas dos Entes Sobrenaturais, uma realidade passou a existir, seja

uma realidade total, o Cosmo, ou apenas um fragmento: uma ilha, uma espécie

vegetal, um comportamento humano, uma instituição. O mito fala apenas do que

realmente ocorreu, do que se manifestou plenamente” (Mito e Realidade, p.11).

Segundo o Dicionário Aurélio: “mito é a narrativa dos tempos fabulosos ou

heróicos, ou a representação de fatos ou personagens reais exagerada pela

imaginação popular e pela tradição”.

O mito foi criado para explicar algo que a ciência não consegue explicar. Ele

surge quando o homem encontra no meio algo que não pode explicar através de sua

experiência, e é descartado quando a comprovação científica deste fato é realizada.

O MITO HOJE

O conceito de mito passou por evolução, pois antes ele se compunha de

fábulas e estórias fantásticas e hoje adota um significado mais profundo, que tem

mais a ver com as emoções humanas.

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Tanto o homem moderno como o antigo, não possui somente a razão, mas

sentimentos e emoção. Assim tudo aquilo que os seres humanos têm em comum se

revela nos mitos. Eles são partes do inconsciente coletivo das pessoas, ou Seja,

tudo aquilo que elas desejam ou sentem se resume em um símbolo, um único mito.

MITOS São pistas para as potencialidades espirituais da vida humana, daquilo que

somos capazes de conhecer e experimentar interiormente.

Os mitos hoje têm um poder muito grande, que nós às vezes nem

percebemos. Eles representam todas as preocupações, desejos e anseios de todos

nós. Eles são memórias, viverão até que não haja mais homem sobre a terra e

talvez até depois disso.

MITOLOGIA:

As mitologias são conjuntos de figuras simbólicas do imaginário, imaginário

esse, fantasioso em que deuses, semideuses e heróis engendram modelos de

comportamento e de modos arquetípicos de estar em relação com o mundo.

ATIVIDADES

1. Você conhece alguma história que fala de mito? Que tal repassarmos

aos nossos amigos da sala.

2. Pesquise na biblioteca do Colégio, em livros ou mesmo na internet

outros textos míticos e traga-os à nossa realidade.

3. Compartilhe com os amigos os textos pesquisados.

ENTENDENDO A MITOLOGIA GREGA

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e

buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens

e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, titã e centauros habitavam o

mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza,

para conseguir atingir seus objetivos.

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Ao final deste módulo, faz-se necessário ainda, conhecer os principais seres

mitológicos da Grécia Antiga:

Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram:

1. Heróis: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplo:

Heracles ou Hércules e Aquiles;

2. Ninfas – seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando

alegria e felicidade;

3. Sátiros: figura com corpo de homem chifres e patas de bode;

4. Centauros: figura formada por uma metade de homem e outra de cavalo;

5. Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros

com seus cantos atraentes;

6. Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes;

7. Quimeras: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas;

8. Minotauro: É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes,

desenhos animados, peças de teatro, jogo, etc. Esse monstro tinha corpo

de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitavam um labirinto na ilha

de Creta;

9. Labirinto: Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se

perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro.

ATIVIDADE

1- Aprofunde mais o seu conhecimento, através da pesquisa, alguns dos

seres mitológicos citados acima: Ninfas, Minotauro e sereias, e busque

diferentes textos de sua autoria.

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Apresentamos em seguida, sugestões de leitura de fábulas, com o objetivo

de provocar mais atitudes de leitura e de interpretação. Vamos então, na medida do

possível conhecê-las?

SUGESTÕES DE LEITURA

1. A reunião geral dos ratos

2. O urso e as abelhas

3. A gralha vaidosa

4. O leão apaixonado

5. O vento e o sol

6. As árvores e o machado

7. O leão e as outras feras

8. O homem e suas duas mulheres

9. O ratinho da cidade e o ratinho do campo

10. A raposa e a cegonha

11. O leão e o ratinho

12. A velha e suas criadas

13. O burro e o cachorrinho

14. Os dois amiguinhos

15. O gato, o galo e o ratinho

16. O lobo e o burro

17. A cigarra e as formigas

18. O parto da montanha

19. A raposa e o leão

20. O gato e o galo

21. O urso e a raposa

22. O cachorro na manjedoura

23. O rapaz e a moça inconstante

24. A raposa e o corvo

25. O homem, seu filho e o burro

26. O lobo e a cabra

27. O pescador flautista

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28. Os meninos e as rãs

29. O burro que vestiu a pele de um leão

30. O cachorro e sua sombra

31. A raposa e a máscara

32. A águia e a seta

33. As rãs em busca de um rei

34. A gansa dos ovos de ouro

35. O macaco e o golfinho

36. As viajantes e o urso

37. Os ladrões e o galo

38. O astrônomo

39. O burro e o seu condutor

40. A rosa e a borboleta

41. O garoto do “Olha a lobo”

42. O milhafre, o falcão e os pombos

43. As lebres, as raposas e as águias

44. O leopardo e a raposa

46. A lebre e a tartaruga.

E outras...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASH, R.E HIGTON, B. Tradução Heloise Jahn. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994. CARVALHO, Aécio Flávio. A Ascendência Clássica de La Fontaine, 2010. ELÍADE, Mircea. Mito e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 1986. FERNANDES, Evanil Rodrigues. O espaço do Mito nas HQS Contemporâneas, Google. Acessado em 20 de abril de 2010. MACHADO, Ana Maria. Clássicos de Verdade - Mitos e Lendas greco-romanos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2006.

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