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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

CLEUSA DO ROCIO BATISTA DE AGUIAR

PDE

2009/2010 Piraquara

2

NRE: ÁREA METROPOLITANA NORTE

Professora: CLEUSA DO ROCIO BATISTA DE AGUIAR

COLÉGIO ESTADUAL DR GILBERTO ALVES DO NASCIMENTO

Disciplina: PEDAGOGIA Título: CONHECENDO OS FATORES DA INDISCIPLINA Orientador: ÉMERICO ARNALDO DE QUADROS IES: FAFIPAR (PARANAGUA)

Município: PIRAQUARA

PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO – ESCOLA/ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES

3

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..............................................................................................4

INTRODUÇÃO...................................................................................................5

UNIDADE I.........................................................................................................6

UNIDADE II .....................................................................................................13

UNIDADE III......................................................................................................20

UNIDADE IV......................................................................................................30

UNIDADE V .....................................................................................................39

UNIDADE VI......................................................................................................45

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................48

ANEXOS............................................................................................................52

4

APRESENTAÇÃO

CONHECENDO OS FATORES DA INDISCIPLINA

Este caderno pedagógico se destina aos alunos do Curso de

Formação de Docentes da rede pública do Estado do Paraná. É uma produção

resultante dos estudos realizados no Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE é uma ação intencional voltada para a melhoria da qualidade de ensino

embasada no enfrentamento de uma das problemáticas mais recorrentes no

cotidiano de nossas escolas e que se manifestam nas relações dos alunos entre si,

dos alunos com os professores e com o ambiente físico, situações que precisam ser

resolvidas em sala de aula, entre o professor e o aluno e fora da sala de modo geral.

A escolha do tema para realização da pesquisa resultou das conversas com

professores, pedagogos, familiares, e com os próprios alunos, pois todos observam

que a violência vem aumentando nos últimos tempos e se manifestam de várias

formas.

Este caderno apresenta uma proposta de atividades que deverão ser

trabalhadas a fim de aprofundar o tema, pois ele tem sido um entrave nas relações

em todas as modalidades de ensino.

O caderno pedagógico divide-se em seis unidades sendo elas:

I – Origem e Conceito de Indisciplina

II – Discutindo conceitos de violência,

III – Discutindo Origem e Conceito do Bullying

IV - Dinâmicas como procedimentos que envolvem ações educativas

V – Músicas como procedimentos que envolvem ações educativas

VI – Atividades Complementares

Este material não tem a pretensão de esgotar um tema muito complexo

como esse, pois ele tem múltiplas causas, além disso, assume formas diferentes em

nossa sociedade. Nesse contexto, procuramos elaborar algumas estratégias com a

intenção de servir de referência para que essa questão seja melhor refletida e

discutida entre os envolvidos e interessados no tema no caso professores e alunos

do Curso de Formação de Docentes.

CLEUSA DO ROCIO BATISTA DE AGUIAR

5

INTRODUÇÃO

Um tema muito debatido em educação nos últimos tempos é a violência. Ela

tem sido alvo de inúmeras discussões entre os educadores brasileiros dos diferentes

níveis de ensino, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, conforme

podemos comprovar através de estudos realizados.

Vivemos hoje no Brasil, e no mundo, situações de violência, de corrupção,

de "desmando", de impunidade, que vêem se alastrando de forma espetacular no

imaginário social e que repercute nas instituições de ensino e na sociedade como

um todo. E de acordo com Aquino (2002), não há dúvida de que o cotidiano escolar

é herdeiro direto do entorno social e de que os reveses da relação professor-aluno

seria conseqüência, mais ou menos imediata, de entraves estruturais de múltiplas

ordens - culturais econômicas e políticas.

Considerando que esse é o âmbito em que os professores estão educando

e formando crianças, adolescentes e jovens, é importante frisar que as influências

culturais não são recebidas passivamente pelos sujeitos, na medida em que o

indivíduo internaliza de modo ativo e singular, os valores morais transmitidos a eles

e que são incorporados ou que formam a identidade desses indivíduos.

Em outras palavras, segundo Rego (2007) o comportamento (in)

disciplinado é aprendido, ninguém nasce rebelde ou disciplinado, o comportamento

indisciplinado não resulta de fatores isolados como, por exemplo, exclusivamente da

educação familiar, influência da TV, da falta de autoridade do professor, da violência

da sociedade atual, mas da multiplicidade de influências que recaem sobre a criança

e o adolescente ao longo do seu desenvolvimento.

Além de toda transformação histórico-social e das mudanças pedagógicas

que interferiram na escola, nas atitudes dos professores e no comportamento de

nossos alunos, ainda deparamo-nos com outros fatores determinados por essas

condições, que prejudicam a relação professor/aluno e que por vezes acabam

culminando em indisciplina.

6

Unidade I

7

Origem e Conceito de Indisciplina

De modo geral a indisciplina é uma constante nas salas de aula, tornando-

se um obstáculo no processo ensino-aprendizagem, prejudicando o exercício da

função docente e o aproveitamento dos conhecimentos por parte dos alunos

envolvidos. De fato, a questão da indisciplina necessita de uma reflexão urgente e

coletiva, e cabe a nós educadores juntamente com os alunos do curso de Formação

de Docentes buscarmos caminhos, começando por analisar os conceitos "O que é

indisciplina?”

Iniciamos com uma reflexão a respeito da origem e o significado da palavra

indisciplina. A origem etimológica da palavra indisciplina vem do latim, prefixo in.

Entretanto o dicionário Ferreira refere-se ao termo indisciplina como sendo “[...]

procedimento, ato ou dito contrário à disciplina” (FERREIRA, 2003 p.432).

Segundo Fortuna (2002), indisciplina é o não-cumprimento de regras; é

rebeldia contra qualquer regra construída; é desrespeito aos princípios de

convivência combinados, sem uma justificativa viável; é o não-cumprimento de

regras criando transtornos; é a incapacidade de se organizar e de se relacionar de

acordo com normas e valores estabelecidos por um grupo.

Outro conceito de disciplina é o reconhecimento da atividade em grupo

harmonicamente supervisionada por uma autoridade externa no caso o professor.

Esse reconhecimento pressupõe, da parte do aluno, valores éticos anteriores à

escolarização: entendimento de regras, divisão de responsabilidades, cooperação,

solidariedade etc. E, acima de tudo, reconhecimento dos direitos do outro, sem o

que fica difícil a convivência em grupo. Tais noções vêm da família, são raros os

casos de alunos que os desenvolvem por conta própria e nem toda família tem

condições de fornecer tais valores.

Então vamos pensar no que acontece dentro da sala de aula, quando o

professor (a) tenta desenvolver o conteúdo de sua disciplina para crianças ,

adolescentes e jovens desinteressados, apáticos, bagunceiros, isto é indisciplinados.

Muitos professores, numa situação difícil, pensam em punir severamente à antiga,

os bagunceiros, expulsar da sala, tirar nota, ganhar no grito, enfim, reprimir

severamente os maus elementos. Era assim que antigamente a escola procedia e as

famílias, como no ensino, a disciplina era obtida à custa de medo, submissão e

coerção.

8

Ninguém nasce rebelde ou disciplinado, trata-se de um comportamento

construído. Se antigamente disciplina equivalia ao silêncio absoluto, a disciplina

desejada hoje é a do interesse e da participação.

Observamos que muitos professores concebem a indisciplina como um

problema externo à sua prática, pertencente a outros sujeitos. Referem-se a valores

que são rompidos, ora pelos alunos, ora pela escola enquanto instituição, ora pela

família e também por outros profissionais atuantes na escola, não sendo, portanto

fruto de sua prática. Aquino (1996) nos aponta que, se olhássemos a indisciplina

com os olhos dos alunos, talvez, encontraríamos as incógnitas desta equação

aparentemente insolúvel. Faz-se necessário rever a prática pedagógica para tornar a

sala de aula mais atrativa que os outros espaços da escola.

O fato de que o trabalho escolar deva se constituir em prazer não significa

que ele se transformou em lazer. Daí a importância de se fazer uma negociação

permanente. Como nem todo assunto vai interessar a todo mundo todos os dias,

convém fazer um acordo (Contrato social) com a classe, estabelecendo regras, uma

vez acatadas pela maioria, a turma se obriga a cumpri-las. Caso uma ou várias

regras, com o tempo, não funcionem mais, para-se tudo e discute-se com os alunos

a retomada das mesmas ou a criação de novas regras.

Essa postura de professor interessado com a classe como um todo é

fundamental. Existe, sim, uma liberdade na organização da classe, mas ela se

destina ao aprendizado. E para que ela aconteça, é necessária a presença de uma

autoridade representada pelo professor. Em outras palavras o professor não é o

dono do saber, mas aquela pessoa que orienta a classe para que ela construa seu

jeito de aprender, cada vez mais e melhor.

Com o passar do tempo, a turma vai percebendo a legitimidade dessa

autoridade. Mas vai percebendo na prática, através daquilo que viveu e não porque

alguém disse que é assim e pronto. Essa é a nova disciplina. Um imenso desafio

para professores e alunos.

9

Encaminhamento metodológico

Explicar o Projeto de Intervenção e apresentar o Material Didático elaborados

como atividade do PDE.

Relatar o resultado da aplicação do questionário de sondagem, para os

alunos das turmas do 2º ano da manhã e noite, envolvidas no projeto em

2009. Abordando os problemas verificados.

Apresentação dos resultados em PowerPoint.

Leitura de textos /vídeos/ reportagens

Analises e reflexões dos textos

Realização das atividades

Dinâmicas

Proposta de trabalho para o aluno

1 - Analise e discussão dos resultados apresentados

2 - Leituras do texto

- Analisando o texto, em sua opinião:

a) O que é indisciplina?

b) Na sua classe, tem indisciplina?

c) O que causa a indisciplina?

d) O que acontece com alunos indisciplinados na escola? e) Como são construídas as regras na escola? E na classe? f) O que se pode fazer para evitar que surjam situações de indisciplina na sala de

aula e, assim, garantir a ordem necessária para que o grupo funcione

adequadamente?

3- Vídeos:

Assista aos vídeos e anote as suas reflexões:

1-Telma Vinha fala sobre o desenvolvimento moral

http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/telma-vinha-

desenvolvimento-moral-504946.shtml

2- Terezinha Rios explica o papel da escola na formação ética dos alunos

10

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/terezinha-rios-professor-etica-

504826.shtml

1- Ana Aragão relata casos de conflito na escola

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/orientador-educacional/ana-aragao-

equivocos-conducao-conflitos-504953.shtml

1) Que leitura é possível fazer a partir dos vídeos?

2) As imagens têm alguma identidade com a sua sala de aula?

3) Que conclusão você chegou após a leitura das imagens?

4- PARA REFLETIR

1- Dividir a turma em grupos, cada grupo faz a analise de uma reportagem.

2- Registro dos conteúdos e das discussões,

3- Socializar as discussões em plenária

5 - REPORTAGENS

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/indisciplina-503228.shtml

O que é indisciplina

Repensar a indisciplina

"A indisciplina como aliada"

À beira do caos

Disciplina é um conteúdo como qualquer outro

6 – PESQUISA

Pesquisa e estudo do regimento escolar, fazendo analise dos direitos/deveres/ regras e punições.

7 - OFICINA

Como se resolve a indisciplina.

Junto com seus colegas, monte um quadro de sugestões sobre como se resolve a

indisciplina na sala de aula.

11

DINÂMICA DAS FIGURAS DE PERCEPÇÃO

Objetivo:

Provocar uma reflexão sobre o modo que como cada um aborda a realidade

partindo das suas experiências. O modo como se percebe as situações

desencadeiam certos sentimentos e consequentemente ações específicas.

Materiais:

Transparências de imagens de percepções (ou cópias da transparência para todos

os participantes).

1- Folha de papel kraft e pincéis atômicos para registrar as opiniões do grupo.

Tempo: 5 minutos

Descrição:

Mostrar a transparência para o grupo (ou entregar para cada participante uma

cópia da transparência). Dar ao grupo alguns minutos para que observem a figura.

Depois abrir a discussão para o grupo com base no seguinte roteiro:

→ O que vocês enxergam nessa figura?

→Quais são os critérios que vocês utilizaram para definir isso?

→Por que será que as pessoas viram coisas diferentes?

→Por que será que uma mesma pessoa pode ter visto coisas diferentes?

12

DEBATE (20 min.)

Mostrar a 1ª figura (Homem abraçado de costas). Questionar as pessoas

sobre o que elas estão vendo - O que acham que esta se passando nessa cena? O

que as faz pensar nisso? E se fosse o marido ou namorado de vocês? Depois que

eles apresentam seus pontos de vista mostrar a 2ª figura (Homem de frente,

abraçando o cachorro). Perguntar E agora? Qual a diferença entre o que vocês

perceberam e a realidade? Por que será que vocês perceberam algo que não era a

realidade? Lembrete - Nesta figura aparecem informações adicionais que

esclarecem a realidade percebida.

Mostrar a 2ª figura (Pescaria). Questionar as pessoas sobre o que elas estão

vendo - O que vocês enxergam nessa figura? Quais são os critérios que vocês

utilizaram para definir isso? Depois que eles apresentam seus pontos de vista

mostrar a figura de ponta cabeça. Perguntar E Agora? Qual a diferença entre o que

vocês viram na 1ª e 2ª vez? Por que será que houve essa diferença? Lembrete -

(Mudança de prisma na situação, para todas as pessoas alterando a imagem vista).

Mostrar a 3ª figura (Velha - Jovem). Questionar as pessoas sobre o que elas

estão vendo - O que vocês enxergam nessa figura? Quais são os critérios que vocês

utilizaram para definir isso? Depois que eles apresentaram seus pontos de vista, se

as pessoas viram apenas uma das imagens questionar sobre o que elas não viram -

Ex: Mas a velha (jovem)? Se ambas as imagens foram vistas perguntar Por que será

que as pessoas viram coisas diferentes? Teve gente que viu as duas imagens? Por

que será que alguns viram as duas imagens ou apenas uma? Pedir que as que

conseguiram ver as duas imagens ajudem as pessoas a enxergar a imagem que

ainda não foi percebida. Lembrete - Para a situação dada de uma única maneira, as

pessoas focalizam de formas diferentes e para ver as duas imagens tem-se que

mudar o enfoque.

Mostrar a 4ª figura (Janela). Questionar as pessoas sobre o que elas estão

vendo - O que vocês enxergam nessa figura? Quais são os critérios que vocês

utilizaram para definir isso? Depois que eles apresentaram seus pontos de vista.

Pergunta-se por que será que eles observaram isso?

13

Unidade

II

14

VIOLÊNCIA

A violência é uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade.

É um atentado contra a pessoa cuja vida, saúde e integridade física ou liberdade

individual correm perigo a partir da ação de outros. Entendemos assim a violência

como ausência de respeito aos direitos do outro. (SILVA, 2004).

São inúmeros os tipos de violência: contra o patrimônio, física, verbal,

simbólica, pedagógica. Segundo Charlot (2002) devemos fazer distinções

conceituais necessárias sobre a violência na escola, a violência à escola, e a

violência da escola.

Violência na escola é aquela que se produz dentro do espaço escolar, sem

estar ligada à natureza e as atividades da instituição, fazem parte da vida da

comunidade. Quando um grupo de jovens entra na escola para resolver as questões

de conflito, resolver as contrariedades, as diferenças, acertar contas de disputas de

bairros, brigas de rua etc. a escola é apenas o lugar em que ocorre a violência que

poderia ter acontecido em qualquer outro (CHARLOT, 2002).

A violência à escola está ligada à natureza e às atividades da instituição

escolar; quando os alunos insultam os professores, quando danificam carteiras,

cadeiras, vidraças e paredes, quando usam boné, óculos de sol, celular, durante a

aula, quando são desrespeitosos com os que ali prestam serviço etc. Muitas vezes

os alunos se entregam as violências que visam diretamente à instituição e aqueles

que a representam. Essa violência contra a escola deve ser analisada junto com a

violência da escola (CHARLOT, 2002).

Violência da escola é uma violência institucional, simbólica, que os jovens

sofrem através da maneira como a instituição e seus representantes os tratam como

exemplo: quando as escolas impõem conteúdos destituídos de interesse e de

significado para a vida dos alunos, ou quando professores se recusam a

proporcionar explicações suficientes, abandonando os estudantes à sua própria

sorte, desvalorizando-os com palavras e atitudes de desmerecimento (CHARLOT,

2002).

Para Abramovay a violência também pode ser contra o professor, são

identificadas diversas situações desrespeitosas de ofensa e até humilhação, a que

professores são submetidos na sua rotina diária de trabalho. Há casos de

15

professores e diretores que foram ameaçados de morte, ou então tiveram o

constrangimento de sofrer ameaças físicas, sem contar os danos causados a seus

veículos. Aparecem muitas ocorrências de pneus furados, carros arranhados, quer

dizer, além da própria pessoa, o bem material do professor também é um alvo; os

professores não têm formação para enfrentar esse tipo de ocorrência, isso não é

discutido, as ações que se poderiam planejar, para equacionar esse tipo de

comportamento, simplesmente não são tratadas. (ABRAMOVAY, 2002).

Os efeitos dessa violência vêm crescendo de forma visível, ao longo dos

últimos anos, várias são as medidas adotadas para preveni-la e mesmo contê-la:

muros, grades, seguranças, monitoramento através de câmaras de vídeo, patrulha

escolar. Neste processo de armamento/desarmamento, a escola vem perdendo seu

caráter educativo, passando a reproduzir um modelo de estrutura social degradado e

corrompido. Dentro desses princípios, a escola é parte da sociedade e reproduz a

violência cotidianamente através de mecanismos de opressão e de diferenciação

dos seus integrantes.

Precisamos conceituar o que de fato constitui violência. Definir violência hoje

se tornou algo muito complexo. Para Silva (2005), há violência quando um ou vários

atores agem de maneira a causar dano – em graus variáveis - a uma ou várias

pessoas, podendo ser ele físico ou moral.

Segundo Candau (2000), a violência não pode ser reduzida ao plano físico,

mas abarcar o psíquico e o moral. O que especifica a violência, na verdade, é o

desrespeito, a coisificação, a negação do outro, a violação dos direitos humanos. A

violência, neste sentido, resulta da ação transgressora exercida por um ou mais

indivíduos, para negar a liberdade de outrem, obrigando a vítima à submissão da

força física e psicológica exercida numa relação desigual de poder.

A violência que se encontra nas relações humanas, seja ela percebida

explicita ou implicitamente, adentra os muros da escola e cria uma situação de

desequilíbrio entre a função informadora da escola, consagrada tradicionalmente à

incorporação do saber socialmente acumulado, e a função formadora do ser

humano, necessária nos dias atuais para repensar a educação dos valores de

convivência, de solidariedade e de tolerância. É importante não pensar essas

funções como dicotômicas, mas como partes que se articulam para atingir um

objetivo comum (MUNARIN, 2007).

16

As situações de violência comprometem o que deveria ser a identidade da

escola-lugar de sociabilidade, de aprendizagem de valores éticos e de formação de

espíritos críticos, pautados no diálogo, no reconhecimento da diversidade e na

herança civilizatória do conhecimento acumulado. Essas situações repercutem sobre

a aprendizagem e a qualidade de ensino tanto para alunos quanto para professores

(ABRAMOVAY, 2003).

No Brasil, os inúmeros casos de violência envolvendo alunos, professores e a

própria instituição geram um mal estar coletivo e introduzem a insegurança e o medo

dentro da comunidade escolar, uma vez que já não se sentem seguros e protegidos

pelos muros da escola. Esse mal estar deve levar a sociedade à mobilização de

esforços para compreender a dinâmica da violência escolar, suas causas e

conseqüências, bem como vias alternativas para a sua prevenção e redução

(MUNARIN, 2007).

A violência escolar deve ser vista principalmente dentro de dois espaços de

delimitação, revelando suas causas externas e internas. Muitos educadores

atribuem o resultado da violência escolar a um prolongamento da violência existente

na sociedade. Limitar-se a esta análise dificulta a compreensão e o enfrentamento

do problema, pois pode ser interpretada como problema externo – solução externa,

deixando a equipe escolar à espera de soluções miraculosas vindas de outras

instituições ou de órgãos governamentais (MUNARIN, 2007).

Segundo Candau (2000), não se pode dissociar a questão da violência na

escola da problemática da violência presente na sociedade em geral. Para se

compreender a violência é preciso partir de sua complexidade e multicausalidade. O

fenômeno da violência apresenta não só uma dimensão estrutural, mas também

uma dimensão cultural, ambas articuladas e interconectadas. Para a autora, a

relação entre a escola e a violência não pode ser concebida como processo exterior,

mas também interno. A escola também produz violência.

Por isso considerar a violência gerada pela dinâmica da própria escola

possibilita a análise e reflexão dos envolvidos no processo escolar e, por

conseqüência, a prevenção e a redução do fenômeno. A escola é o espaço, a

instituição, que tem como objetivo maior educar/ensinar, não se omitir, visto que a

ela foi confiada a autoridade do conhecimento acumulado pela humanidade para

que este seja repassado às gerações presentes e futuras (MUNARIN, 2007).

17

A escola, como organizadora das práticas educativas, é, em alguns aspectos,

responsável pela produção de um comportamento agressivo ao estabelecer normas

de conduta autoritárias, repressivas e violentas, por não abrir um canal de

comunicação entre os diversos atores do processo educacional, por se omitir em

intervir nas práticas violentas adotadas nos relacionamentos interpessoais, por

desenvolver um método de ensino ineficaz e inadequado à clientela escolar e por

excluir os alunos que não se adaptam à forma de ensinar e de avaliar a

aprendizagem. Muitas dessas ações autoritárias e improdutivas ilustram o cenário

de nossas escolas, onde crianças e jovens são submetidos no cotidiano escolar

(MUNARIN, 2007).

Quando crianças, adolescentes e jovens conseguem estabelecer vínculos

afetivos concretos com seus colegas, professores e demais funcionários, a escola

passa a ser o espaço mais importante para o exercício do ser e do conviver. Porém,

quando essas relações não são estruturadas por laços fraternos de amizade,

solidariedade e respeito mútuo, a escola passa a ser percebida como um lugar

indesejável para se estar e conviver, resultando em conflitos interpessoais,

agressões contra a própria instituição, prejudicando a qualidade das relações

educativas, o equilíbrio emocional dos envolvidos e a qualidade do processo ensino-

aprendizagem. A violência tende a se fortalecer pelas atitudes dos seus

participantes e, muitas vezes, justificada pela organização e estrutura da sociedade,

que passa despercebida, aumentando consequentemente o número de vítimas e

agressores (MUNARIN, 2007).

18

Encaminhamento metodológico

Apresentação do texto em PowerPoint.

Leitura de textos /vídeos/ reportagens/Músicas

Analises e reflexões dos textos

Realização das atividades

Visitas a Instituições

Proposta de trabalho para o aluno 1- Vídeos:

Assista aos vídeos e anote as suas reflexões:

- Jornal Nacional - Globo - As causas da violência - bullying - com participação do

Promotor Lélio Braga Calhau 2008.

http://www.youtube.com/watch?v=8q3z5lp5U1A&feature=related - Jornal Nacional e Abrapia - Vídeo de reportagem sobre Bullying.

http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=mGbmqdGeokM

- Pesquisa da Unesco mostra o aumento da violência contra professores

http://www.espacopublico.blog.br/?p=6396

1) Que leitura é possível fazer a partir dos vídeos?

2) As imagens têm alguma identidade com a sua sala de aula?

3) Que conclusão você chegou após a leitura das imagens?

2- Texto – Aspectos Sociológicos e Psicológicos da Violência (Anexo)

Após Leitura e analise do texto:

2.1 - Defina os conceitos encontrados:

A – Conceito de Agressividade

b- Conceito de Violência

c- Conceito de Não-Violência

d- Conceito de Prevenção

19

2.2 - Cite as principais causas da violência na escola.

2.3 - Quais são as violências típicas, mais comuns do ambiente escolar.

2.4 - O que essas causas acabam gerando?

2.5 - Após discutir com seus pares estabeleça algumas soluções para prevenção

da violência no ambiente escolar.

3-REPORTAGENS

- Leitura e analise das reportagens.

Violência contra professores/alunos

http://www.jt.com.br/editorias/2007/06/25/ger-1.94.4.20070625.34.1.xml

- Aulas reduzidas para discutir violência contra professores no Paraná

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/04/09/295283804.asp

- Professor vira vítima de pais de alunos

http://www.jt.com.br/editorias/2007/06/25/ger-1.94.4.20070625.34.1.xml

4- Discuta com seus colegas e professor (a) as questões a seguir:

Essas atitudes são comuns em nossa escola?

Alguém já presenciou alguma cena como essa, seja em sala de aula, no

pátio, ou no recreio?

Como isso aconteceu?

Alguém já foi vítima de ações como está em nossa escola?

5- VISITAS

Dividir a turma em grupos, elaborar questões para pesquisa diagnóstica

em Orfanatos e Creches (Sistema Carcerário);

Realizar as visitas com entrevistas;

Socializar os resultados em Seminário

Entregar em trabalhos escritos os resultados das entrevistas e

comentários após a socialização.

6 – PALESTRA

Palestra de informação e orientação aos alunos/professores sobre Violência.

20

Unidade

III

21

BULLYING

Ao lado da violência explicita existe uma outra forma de violência, que

também precisa ser motivo de preocupação para os profissionais da educação: a

violência implícita nos relacionamentos interpessoais que gera e alimenta a violência

explícita e causa profundos traumas psicológicos.

Este tipo de violência, com suas conseqüências devastadoras sobre a

personalidade em formação de muitas crianças e jovens, é conhecido como

“bullying” escolar.

A palavra “bullying” é de origem inglesa derivada do verbo inglês “bully”.

Segundo o dicionário Webster a palavra significa tratar de forma abusiva ou afetar

(alguém) por meio de força ou coerção.

O termo pode ser traduzido por zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar,

humilhar, isolar, perseguir, ignorar, ofender, sacanear, bater, ferir, roubar, quebrar

pertences ou usurpá-los, discriminar e apelidar pejorativamente. Também adota

aspecto de adjetivo, referindo-se a “valentão”, “tirano”. Como verbo ou como

adjetivo, a terminologia “bullying” tem sido adotada em vários países.

Segundo Fante (2005), o bulismo é um conjunto de atitudes agressivas,

intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou

mais alunos, causando dor, angústia e sofrimento a indivíduos mais fracos e

incapazes de se defenderem.

Nesse mesmo sentido, Constantini (2004), define bulismo como um

comportamento ligado à agressividade física, verbal ou psicológica. Para ele é uma

ação de transgressão individual ou de grupo, que é exercida de maneira continuada

com uma vítima predestinada.

De acordo com Olweus (2004), um aluno é vítima de bulismo quando é

exposto de forma sistemática e continuada a ações negativas por parte de um ou

mais colegas. É uma ação negativa quando alguém intencionalmente inflige ou tenta

infligir injúrias ou causar desconforto em alguém. As ações negativas podem ser

verbais, por exemplo, ameaças, escárnio, provocações e apelidos, ou físicas,

quando empurram, batem, chutam, beliscam, ou controlam alguém pelo contato

físico.

Não são caracterizados como bulismo os conflitos e agressões que ocorrem

entre alunos com capacidade física semelhante e com habilidades mentais e sociais

22

idênticas. De forma geral o que caracteriza o bulismo, é o comportamento agressivo,

e a sua natureza repetitiva e o desequilíbrio de poder existente entre a vítima e o

agressor.

Considerando a desigualdade de habilidades, sejam elas físicas psicológicas

ou sociais, o bulismo pode ser caracterizado como um comportamento cruel,

camuflado sob a máscara de brincadeiras, mas que disfarçam o propósito de

maltratar e intimidar.

As simples “brincadeirinhas de mau-gosto” de antigamente, hoje

denominadas “bullying”, podem revelar-se em uma ação muito séria, transformam as

vítimas em objeto de diversão e prazer por meio de brincadeiras maldosas e

intimidadoras. Causam desde simples problemas de aprendizagem até os sérios

transtornos de comportamento, responsáveis por índices de suicídios e homicídios

entre estudantes.

Este fenômeno mantém um caráter oculto, pelo fato das vítimas não terem

coragem suficiente para denunciar. Isso contribui com o desconhecimento e a

ignorância sobre o assunto por parte dos profissionais ligados à educação.

Estudos realizados até o momento apontam para alguns traços de

comportamentos sociais comuns a vítimas e agressores e justificam a divisão dos

envolvidos em categorias e subtipos. Assim, de acordo com Olweus (2004) as

vítimas podem ser classificadas:

- vítima passiva: caracteriza-se pelo medo do confronto e pela incapacidade

de encontrar ajuda de colegas;

- vitima cooperante: pretende chamar a atenção do grupo e para isso, adota

uma estratégia de vitimação;

- vitima provocatória: intencionalmente provoca e atrai reações agressivas,

mas não consegue lidar com as retaliações;

- pseudovítima: declarar-se alvo de agressões dos outros sem que o ato

agressivo ocorra;

- vitima agressora: a vitima passa a reproduzir os maus-tratos sofridos,

vitimando os mais novos ou da mesma idade.

Há uma idéia preconcebida de que as vítimas são escolhidas por

apresentarem alguma característica que as diferencia dos demais (ser gordo, magro

demais, usar óculos, ter espinhas, nariz e orelhas que se destacam etc).

23

Porém, nos estudos realizados por Olweus (2004) constatou-se que não é

uma regra geral. Para Olweus a única característica individual que interfere nas

agressões é a força física; as vítimas são fisicamente mais fracas do que os

agressores. A passividade da vítima faz com que os agressores sintam-se

poderosos, com poder e superioridade que os tornam lideres e temidos pela maioria

dos alunos da classe e às vezes da escola.

O agressor pode ser de ambos os sexos. Tem caráter violento e perverso,

com poder de liderança obtido por meio da força e da agressividade. Age sozinho ou

em grupo. Apresenta aversão às normas, não aceita ser contrariado, geralmente

está envolvido em atos de pequenos delitos. Seu desempenho escolar é deficitário,

mas isso não configura dificuldade de aprendizagem, já que muitos apresentam nas

séries iniciais rendimento normal ou acima da média.

Segundo Olweus (2004), há três motivos que causam a conduta dos

agressores: Em primeiro lugar, os agressores sentem uma necessidade imperiosa

de poder e domínio, desfrutado na relação desigual. Em segundo lugar, a carência

afetiva típica dos contextos familiares em que foram educados os agressores,

produz satisfação ao causar dor ou sofrimento em alguém. Em terceiro lugar, a

recompensa pela ação transgressora pode vir através de dinheiro, objetos, ou

através da popularidade entre os companheiros.

Estudos mostram que os contextos familiares de onde provêm vítimas e

agressores também apresentam características e traços peculiares. As famílias da

vitimas possuem uma coesão interna, porém, falta aos membros uma sensibilidade

para captar o sofrimento das vitimas ou, quando declaradas, não conseguem

oferecer ou buscar ajuda para resolução dos conflitos. As famílias dos agressores

geralmente, não valorizam a afetividade e desconhecem a importância dos valores

necessários para a convivência social, demonstrando uma quebra dos laços

parentais ou pela inexistência deles (CONSTANTINI, 2004; FANTE, 2005).

Os agressores frequentemente vêm de lares onde a punição física e

psicológica é usada, e as crianças são ensinadas a agredir fisicamente como uma

forma de lidar com os problemas. Os agressores custam a adaptar-se às normas

escolares e procuram desafiar as autoridades, demonstrando um comportamento

anti-social (OLWEUS, 2004; FANTE, 2005).

24

Olweus (2004) aponta quatro fatores importantes no desenvolvimento de um

modelo de reação agressivas: 1- carência de afeto nos relacionamentos

interpessoais; 2) permissividade (excesso de liberdade e falta de limites); 3) castigos

físicos como forma de demonstrar a autoridade; 4) temperamento da criança e do

jovem.

Espectadores ou testemunhas

Por fim, temos os espectadores/testemunhas, estudantes que não participam

necessariamente de forma ativa do “bullying”. Podem ser subdivididos em quatro

grupos: os auxiliares (os quais ajudam o autor a efetuar o abuso), os incentivadores

(que instigam o autor a praticar a agressão), os observadores (só observam ou

simplesmente se afastam) e os defensores (protegem o alvo ou chamam alguém

que possa intervir em favor deste, como um professor). Lopes (2005) chama a

atenção para a importância da figura da testemunha: seu silêncio legitima as ações

do agressor, enquanto sua ação pode ser decisiva para o fim dos abusos. Na atualidade, a internet passou a propagar o bulismo, através de blogs,

orkuts e programas de mensagens instantâneas. Muitos jovens ocupam estes

espaços virtuais para fazerem comentários maldosos sobre as pessoas, fazerem

gozações, ameaçarem, chantagearem e revelarem segredos, divulgarem

informações mentirosas ou boatos cruéis sobre os colegas e seus familiares e até

mesmo sobre os profissionais da escola. (FANTE, 2004).

Esse comportamento ganha dimensões imensuráveis, já que grande parte

dos casos inicia no ambiente escolar e extrapola os muros da escola. Muitas dessas

ações são anônimas e, em alguns casos, não é possível descobrir quem é o

agressor. Essa forma de violência é denominada de “cyberbulismo” (FANTE, 2004).

Como lidar com o bullying?

A escola precisa investir em prevenção e os profissionais devem ser

orientados a observar sinais de bullying, já que as vítimas não costumam falar. O

agressor, não pode ser visto apenas como um menino malvado que precisa ser

punido, mas também como alguém que precisa de algum tratamento e de limites

muito firmes. É óbvio que a vítima sofre mais e precisa de muito mais cuidado que o

agressor, porém é importante ressaltar que a princípio o bullying não é caso de

polícia, mas de educação.

25

Encaminhamento metodológico

Apresentação do texto em PowerPoint.

Leitura de textos /vídeos/ reportagens

Analises e reflexões dos textos/Músicas

Elaboração de uma Cartilha sobre bullying

Realização das atividades

Proposta de trabalho para o aluno

1 ) Leitura do texto:

Após analise e reflexão do texto, em sua opinião:

a) O que é Bullying?

b) O que significa ser vítima de bullying?

c) d) O que significa ser agressor (aquele que pratica bullying)?

d) Quais os tipos de bullying existentes na escola?

e) O que fazer para não ser vítima desse tipo de violência?

f) Como ajudar os colegas e a escola a superar este problema?

2)Vídeos:

2.1) Assistam atentamente aos vídeos fazendo anotações sobre os pontos que

lhe chamaram atenção.

- Vídeo DIGA NÃO AO BULLYING

http://www.projetovirtual.com.br/index.php/2009/02/diga-nao-ao-bullying/

- Psicóloga foi testemunha em caso de bullying que gerou indenização↑

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/05/psicologa-foi-

testemunha-em-caso-de-bullying-que-gerou-indenizacao.html (jornal hoje)

- Blog criado pelo Promotor de Justiça Lélio Braga Calhau

www.bullyingestoufora.blogspot.com (Promotor - Lélio Braga Calhau)

26

2.2) Discuta com seus colegas e professor (a) as questões a seguir:

a) Que leitura é possível fazer a partir dos vídeos?

b) As imagens têm alguma identidade com a sua Escola ou Sala de Aula

c) Que conclusão você chegou após a leitura das imagens?

3) Música anti-bullying composta pela Banda Mobilize Governador Valadares/MG em

parceria com o Promotor de Justiça (MG) Lélio Braga Calhau.

http://mais.uol.com.br/view/6hksv818s2vh/musica-sofrendo-em-silencio-acustico--banda-mobilize-0402346AC4C90366?types=A&

Após ouvir a música, converse com seus colegas a respeito das idéias que fala a

letra da música.

LETRA DA MUSICA “SOFRENDO EM SILENCIO”

Letra: Promotor de Justiça Lélio Braga Calhau e Adriele Lima. ...

No silêncio do meu quarto ninguém pode ver

O tanto que palavras fazem sofrer

Por ser diferente às pessoas acham que

Podem ferir alguém como se não fosse nada

Você pode respeitar e é capaz de amar alguém que sofre em silêncio?

Você pode respeitar e pode entender que bullying fere a alma?

4) Complete a tabela com palavras que representam o Bullying observadas no texto

ou que identificam casos de bullying que você conhece.

PALAVRAS RELACIONADAS ÀS SITUAÇÕES DE BULLYING

4.1) A PARTIR DAS PALAVRAS RELACIONADAS ACIMA

Procurar no dicionário o significado das palavras encontradas.

Escrever frases baseadas nas palavras encontradas.

Ler as frases para os colegas.

27

5) Observem a imagem dos três macacos e registre o que elas representam e

relacione-os com as testemunha do bullying, fazendo seus comentários.

6) A partir das figuras apresentadas pelo professor (a) que retratam casos de

bullying construa um texto relatando seus comentários e reflexões.

7) Em grupos, os alunos criam uma cartilha que identificam as situações de bullying

na escola. Cada grupo poderá criar o texto e ilustrar as situações de vítima, de

agressor ou testemunha, e medidas para prevenção etc.

Exemplo de:

Cartilha Bullying disponível em

http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=19

8) Pesquise nos jornais, revistas e internet casos de bullying e montem um mural.

Após a montagem de o mural, ler as reportagens e trocar idéias com o professor e

colegas. Analisando se haveria uma melhor forma de resolver os conflitos

apresentados.

Exemplo:

RELATOS DE CASOS DE BULLYING

1- Bullying e discriminação na escola Meu filho de 11 anos sofre bullying na escola, a qual não consegue tomar

medidas eficazes para eliminar essa prática abominável. Ele já não participa mais do

28

recreio, ficando recluso na biblioteca, para evitar as "zoações" e, conseqüentemente,

as brigas nas quais se envolve, pois ninguém é de ferro e ele não tem sangue de

barata! Tenho que aguardar o final do ano letivo para trocá-lo de colégio, pois se o

fizesse agora, o prejuízo pedagógico seria enorme. Assim sendo, gostaria de saber

se existe, no Rio de Janeiro, algum advogado especializado no assunto, pois estou

precisando de orientação legal. Agradeço antecipadamente por qualquer ajuda.

2 - Violências na escola

Gostaria de relatar o caso do meu filho, que está sendo perseguido por um

aluno da mesma escola pública que ele. Há 15 dias o aluno "X valentão", da 6ª série

tentou atrapalhar o jogo de vôlei das alunas. “Meu filho não permitiu que ele

travasse” a bola. Nisso, o tal "x" partiu com tudo para a agressão física, junto com

outros colegas que acompanham o tal "x". Meu filho já caído ao chão, conseguiu se

levantar rapidamente e correu por toda a escola, (e os outros atrás dele para pegá-

lo) até que conseguiu entrar na sala dos professores para se abrigar. Tive que ir

buscá-lo na escola e a mesma adotou as formas de costume para esses casos:

ocorrências e comunicados aos pais e ao conselho tutelar. Mas essas ações não se

mostraram eficazes visto que, embora eu e o pai dele estar buscando e levando-o à

escola, essa semana, o "x" , dentro da escola abordou-o novamente e o relato é o

seguinte: seis alunos jogavam cartas quando ele chegou e ordenou que todos se

levantassem, bateu na cara de todos os meninos, disse para meu filho não tentar

correr porquê ele estava com a "quadrada" (arma) e obrigou meu filho entrar num

carro de um desconhecido na rua e só sair quando ele ordenasse. Meu filho tomou

pavor de andar sozinho e não quer ir à escola. Ontem mesmo, a turma desses "x"

jogou um copo na cabeça do meu filho... Já marquei uma reunião na secretaria de

educação da nossa cidade para tratarmos desse assunto. O diretor da escola

também se mostrou interessado na resolução do caso, uma vez que esse tal "x"

sempre vem apresentando problemas na sala de aula com os colegas (todos têm

medo dele... até o sapato dele os colegas têm que limpar...). Já convocamos os pais

e a comunidade escolar que também está interessada na solução e na paz. Porém

todas as leis protegem esse tipo de aluno, inclusive o Estatuto da Criança e do

Adolescente. O que fazer? Nem a polícia quis fazer um boletim de ocorrência -

29

mesmo com todo o apoio da escola - porque alegou que meu filho não ficou com

hematomas e que nesses casos é preciso exame de corpo delito. Não sabemos o

quê fazer para proteger todos os alunos desse tipo de aluno. Talvez retirar todos os

alunos que são da paz da escola?

9 - FILME

1- Roteiro para analise de filmes (anexo)

2- Análise critica do conteúdo do filme

3- Reflexões acerca da temática abordada pelos filmes e sua relação com a

realidade das nossas escolas.

- Bang Bang Você Morreu (Bang Bang You Are Dead)

Lançamento: 08/03/2002

Direção: Guy Ferland

Atores/Artistas: Ben Foster, Tom Cavanagh, Randy Harrison

País/Ano de Produção: EUA - 2002

Duração: 93 Minutos

Faixa Etária: 16 Anos.

http://www.youtube.com/watch?v=T_xZtKVkDfU&feature=related

Um grande Garoto (About a Boy)

Lançamento: 2002

Direção: Chris Weitz/ Paul Weitz

Atores/Artistas: Hugh Grant, Toni Collette, Rachel Weisz, Nicholas Hoult, Isabel

Brook, Victoria Smurfit.

País/Ano de Produção: Inglaterra 2002

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 105 minutos

Classificação: livre

http://www.sessaopipoca.net/filme-um-grande-garoto-about-a-boy/

30

Unidade

IV

31

Dinâmicas de grupos:

As dinâmicas de grupo podem ser entendidas como procedimentos que

envolvem ações educativas realizadas com grupos de alunos, visando a favorecer a

emergência de interação social construtiva, baseada na comunicação, cooperação,

confiança, reciprocidade, respeito mútuo e responsabilidade (GONÇALVES, 2005).

1- AS MARCAS OBJETIVOS:

Auxiliar o participante a compreender como estereótipos e interpretações

subjetivas interferem na percepção do outro.

O QUE IRÁ PRECISAR:

Sala ampla e confortável

Batom

Música instrumental de fundo

Tempo: 20 minutos

O QUE DEVERÁ FAZER:

O grupo deverá estar em círculo

Solicitar que cada participante observe atentamente a pessoa ao seu lado

direito

A partir de esta observação marcar o rosto da pessoa observada com um

sinal que

Simbolize o que percebeu sobre ela.

Após a reflexão, o facilitador propõe que sejam apagadas as marcas pelas

próprias pessoas que as fizeram.

PONTOS PARA DISCUSSÃO:

Como adquirimos estereótipos?

Por que as aparências enganam?

Os estereótipos influenciam no comportamento e no sentimento

das pessoas? De que forma?

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2- E A CANOA VIROU

OBJETIVOS:

Discutir a natureza do preconceito e maneiras pelas quais

discriminamos ou não discriminamos alguém.

O QUE IRÁ PRECISAR:

Sala ampla, que permita a formação de grupos, com aparelho de som,

música; “Fulgaz” Marina Lima e Antonio Cícero.

http://letras.terra.com.br/marina-lima/88108/

O QUE DEVERÁ FAZER:

Formar grupos de 5 (cinco) ou 6 (seis) participantes

Apresentar ao grupo a seguinte situação:

Cada grupo está num barco em alto mar. O barco bate em um recife e

pode afundar a qualquer momento. Vem um bote salva vidas que tem

capacidade de transportar quase todas as pessoas, menos uma. Por isso,

cada grupo vai excluir um membro, baseado em critérios decididos e aceitos

pelo grupo.

TEMPO – 15 minutos

Quem for excluído ficará em um lugar da sala pré fixado discutindo os

critérios utilizados para a exclusão e o sentimento de ser excluído.

Os não excluídos discutirão o que sentem ao terem de excluir alguém do

grupo e definir os critérios de exclusão.

PONTOS PARA DISCUSSÃO:

Como interagem as pessoas excluídas e as pessoas que excluem?

Quais os sentimentos evidenciados pelos excluídos?

Como o grupo se sente ao ter de excluir alguém?

RESULTADO ESPERADO:

Promover uma reflexão sobre atitudes de discriminação e

preconceito.

33

3 - DINÂMICA - BALÃO NO PÉ

OBJETIVOS:

Promover a reflexão sobre situações de proteção e riscos

DESENVOLVIMENTO

Em sala, com música alegre. Cada participante deve ganhar um balão e um

pedaço de barbante,

Todos no centro da sala em pé. Cada um deve inflar seu balão e amarrar no

tornozelo direito,

Em seguida, todos devem dançar. Quando a música parar, cada um deve

defender o seu balão, pois pode ser estourado por outro participante.

A brincadeira termina ao final da música.

PONTOS PARA DISCUSSÃO:

Quantos balões sobraram?

Como cada um se defendeu para proteger o seu balão?

4- O JOGO DA AUTO-ESTIMA Objetivo:

Explicar aos jovens o que é auto estima e o que influi nela.

Tempo: 20 a 30 minutos

Material: Folhas de papel para cada participante do grupo

Observação:

Certifique-se de ter a mesma quantidade de frases para reforçar a auto-

estima e para enfraquecê-la. Adapte ou crie novas frases, de forma que

reflitam o mais fielmente possível as situações vividas pelos jovens em sua

comunidade.

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Processo:

Pergunta-se ao grupo se eles sabem o que é auto-estima. Se ninguém

souber, explique que a auto-estima é a forma como uma pessoa se sente a

respeito de si mesma, e que a auto-estima está estreitamente relacionada

com a nossa família e nosso meio ambiente. Mostre que, a cada dia,

enfrentamos situações que afetam o modo como nos sentimos a respeito de

nós mesmos. Por exemplo, se brigamos com os pais, ou se um amigo (a) nos

crítica, isso pode prejudicar nossa auto - estima.

Entregue uma folha de papel para cada participante, explicando que

representa sua auto-estima. Explique que você terá uma lista de situações

que podem ocorrer, ocasionando prejuízo à nossa auto-estima.

Diga que cada vez que você ler uma frase, eles devem arrancar um pedaço

da folha de papel, na mesma proporção em que essa situação afetaria a auto-

estima.

Dê um exemplo: leia a primeira frase, rasgue um pedaço de sua própria folha

de papel, dizendo: “Isso me afeta muito, ou isso não me afeta muito”.

Leia as frases que julgar adequadas, ou crie suas próprias frases.

Depois de ler todas as frases que afetam a auto-estima, explique que agora

eles vão recuperar a auto-estima. Diga que reconstituirão sua auto-estima aos

pedaços também.

Pontos de Discussão:

Todos (as) recuperaram sua auto-estima?

Qual foi a situação que mais afetou sua auto-estima? Por quê?

E qual causou menos danos?

Qual foi a situação mais importante na recuperação da auto-estima?

O que podemos fazer para defender nossa auto-estima quando nos

sentimos atacados?

Que podemos fazer para ajudar nossos (as) amigos(as) e familiares

quando sua auto-estima está baixa?

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Atividades Opcionais

Peça aos jovens que façam uma lista sobre como reagiriam a situações que

afetaram sua auto-estima, e como poderiam se defender do efeito que essas

situações podem causar.

5 - Problemas e soluções Objetivo:

Motivar a análise e a discussão de temas problemáticos; buscar estabelecer o

consenso. Número de participantes: No máximo 20.

Material:

Lousa ou papel; giz ou pincel atômico e apagador; recorte de notícias, se for

um fato jornalístico. Desenvolvimento:

Um membro do grupo relata um problema (verdadeiro ou fictício), um caso, um

fato jornalístico, ou determina situação que necessite uma solução ou

aprofundamento.

Havendo mais de um caso, o grupo escolhe um para o debate; todos são

convidados a dar sua opinião sobre a questão e as idéias principais são

anotadas no quadro ou no papelógrafo.

A idéia mais comum ou consensual a todos os participantes é então destacada

e melhor discutida, ampliando a visão do fato, como uma das possíveis

soluções ou aprofundamento do problema. Avaliação:

Após o consenso, faz-se uma pequena avaliação do exercício; em que ele pode

nos ajudar como pessoas e como grupo?

Pontos de destaque

Outras aplicações para este exercício.

36

6- DINÂMICA DOS DESEJOS

OBJETIVOS:

Propiciar um encerramento com celebração e confraternização.

O QUE IRÁ PRECISAR:

Bexigas, papelotes, canetas, som (música).

O QUE DEVERÁ FAZER:

O facilitador pede que cada um encha seu balão, pensando em desejos que

quer que se espalhe por todo o grupo e se estenda por todo o planeta. Após,

jogam os balões para o alto, mantendo-os no ar, e como fogos de artifício,

explodem os balões que espalham aqueles desejos. O facilitador deve ir dando

a direção simbólica da vivência convidando a todos para “banharem-se”

naqueles desejos e, com abraços despedem-se. 7 - Dinâmica - Mural da paz Objetivo

Construir e partilhar mensagens de paz.

Material necessário:

Folhas de papel;

• Tinta e outros materiais que se deseje utilizar na montagem;

• Cola ou fita adesiva.

Desenvolvimento:

• O grupo faz um painel de papel.

• Tudo o que se tem a fazer é representar, cada um a seu jeito, o que entende por

Cultura de Paz. É aconselhável colocar, no local que vai ser pintado, os seis pontos

do Manifesto/2000: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, redescobrir a

solidariedade, preservar o planeta e ouvir para compreender.

• Cada participante começa trabalhando num pedaço do mural e, depois, todos

podem interagir e completar os desenhos feitos por todos. Ao final, cada um pode

completar o desenho com uma frase sobre o que acha necessário fazer para atingir

a paz.

37

• Outro ponto importante desta atividade é o próprio resultado. Como as pessoas

enxergam a questão da paz? Quais foram os elementos que mais apareceram? O

que falta na nossa vida pessoal e coletiva para atingir essa paz?

8 - Somos nós que fazemos à vida

Objetivo:

Focalizar a diferença que existe entre atitudes mecânicas e atitudes positivas

Material: música O que é o que é (Gonzaguinha).

http://letras.terra.com.br/gonzaguinha/463845/

Desenvolvimento:

1) Coloque uma música de fundo e peça que as pessoas circulem pelo espaço onde

estão e, em silêncio, pensem nas coisas que ameaçam as suas vidas (violência,

doenças, trânsito etc.);

2) Peça para que continuem caminhando e falando, em voz alta, como se sentem

frente a essas ameaças;

3) Pare a música e peça às pessoas que expressem com o corpo esses seus

sentimentos. E permaneçam assim, paralisados, como se fossem estátuas,

expressando seus sentimentos de medo, cansaço, tristeza, decepção, raiva,

indiferença, pavor frente ao que lhes ameaça a vida;

4) Depois de alguns minutos, convide a repetirem a frase: Somos nós que fazemos à

vida, como der, ou puder, ou quiser;

5) Convide as pessoas a tomarem uma atitude: a permanecerem assim paralisadas

ou a deixarem de ser estátuas, a se sacudirem, e a dizerem bem alto os seus

desejos para a vida, o que buscam na vida: paz, dignidade, alegria, amor etc.

6) Todos voltam a fazer um minuto de silêncio para assumirem um compromisso em

38

favor da vida, para si e para os outros, enquanto ouvem baixinha a música O que, o

que é?

7) Aumente o volume e convide a todos para cantarem com entusiasmo;

8) Finalize com um momento de partilha sobre os sentimentos que trazemos

conosco em relação à vida e como eles influenciam as nossas atitudes, deixando-

nos paralisados ou mobilizados na defesa da vida.

9 - Solidariedades é a gente que faz

Objetivo: conscientizar-se da importância da solidariedade na convivência social.

Material: revistas, jornais, papel ofício, cola, fita crepe, hidrocolor, papel metro.

Desenvolvimento:

Formar subgrupos.

2) Distribuir material aos subgrupos.

3) Cada subgrupo deve montar, com o material recebido, um painel no qual

apresente situações de solidariedade, em oposição a situações individualistas,

dando um título sugestivo para o trabalho.

4) Apresentação dos painéis, seguida de discussão sobre os pontos que mais

chamarem a atenção do grupo.

5) Plenário - discutir as seguintes questões:

Qual a importância da solidariedade na sociedade contemporânea?

De que iniciativa solidária você já participou?

Que pessoas e organizações são exemplos de solidariedade no bairro, na

escola, na sociedade?

6) Fechamento: o facilitador ressalta para o grupo o valor da solidariedade para

o enfrentamento de questões como fome, educação, saúde, emprego etc.

39

Unidade

V

40

MUSICA

Converse com seus colegas a respeito das idéias que fala a letra da música e

discutam as questões abaixo:

Palavras (Titãs)

http://letras.terra.com.br/titas/86524/

Palavras não são más

Palavras não são quentes

Palavras são iguais

Sendo diferentes

Palavras não são frias

Palavras não são boas

Os números pra os dias

E os nomes pra as pessoas

- Eu, caçador de mim (Milton Nascimento) http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/47402/

Por tanto amor

Por tanta emoção

A vida me fez assim

Doce ou atroz

Manso ou feroz

Eu caçador de mim

Para debate

O que a música nos provoca? Qual a relação com o tema? As palavras que dizemos ou ouvimos demonstram sentimentos e emoções. Mostram

a nossa percepção sobre a situação. Prestamos atenção no que dizemos? Quando as palavras podem ofender? A palavra em si é neutra, mas, dependendo de como a usamos, influenciará na resolução de um conflito (pacificamente ou não).

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Para debate:

O que a música nos provoca? Qual a relação com o tema? Quando nos dispomos a nos conhecer melhor, a saber, quem somos o que

queremos o que nos incomoda, quando somos “caçadores” de nós mesmos, aprendemos a nos respeitar e consequentemente, a respeitar as pessoas a nossa volta!

O que estamos sentindo? Quando sentimos algo que nos causa mal estar, como reagimos?

Expressamos de forma aleatória, ou guardamos estes sentimentos cada vez mais fundos?

O Segundo Sol (Cássia Eller) http://letras.terra.com.br/cassia-eller/12570/

Quando o segundo sol chegar

Para realinhar as órbitas dos planetas

Derrubando com assombro exemplar

O que os astrônomos diriam se tratar

De um outro cometa

Para debate

O que a música nos provoca? Qual a relação com o tema?

Alguma vez alguém tratou uma idéia sua como cometa, quando na verdade

era um sol?

A música reforça a idéia de que muito do que percebemos e vivemos não tem

explicação, não tem uma única verdade. Sendo assim, dar sermões é tentar impor

ou fechar questões que dificilmente podem ser fechadas, impostas. A idéia

principal é levar em consideração que os outros podem perceber a mesma

situação de formas diferentes das nossas, e que também devem ser levadas em

consideração (mesmo que não concordemos). Esta é a essência para evitarmos

os sermões e praticarmos a escuta do outro, o entendimento alheio.

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TOCANDO EM FRENTE (Almir Sater) http://www.youtube.com/watch?v=1QjtpNfdFwE&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=wr-RXsLEH_Y&feature=related

Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso, porque já chorei demais. Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe.

Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei. Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir, Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha, e ir tocando em frente. Como um velho boiadeiro levando a boiada, eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou, de estrada eu sou

O Que É, O Que É?- Composição: Gonzaguinha http://letras.terra.com.br/gonzaguinha/463845/

Eu fico Com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita... Viver! E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz... Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita

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“Fulgaz” Marina Lima e Antonio Cícero.

http://letras.terra.com.br/marina-lima/88108/ Meu mundo você é quem faz Música, letra e dança Tudo em você é fullgás Tudo você é quem lança Lança mais e mais Só vou te contar um segredo Não nada Nada de mal nos alcança Pois tendo você meu brinquedo Nada machuca, nem cansa Gentileza - Marisa Monte http://letras.terra.com.br/marisa-monte/47282/ http://www.youtube.com/watch?v=VKnVAZHehV0 Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza A palavra no muro Ficou coberta de tinta Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza Só ficou no muro Tristeza e tinta fresca Paciência - Lenine Composição: Lenine e Dudu Falcão http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não pára... Enquanto o tempo Acelera e pede pressa Eu me recuso faço hora Vou na valsa A vida é tão rara...

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A Cor do Sol - Cidade Negra http://www.youtube.com/watch?v=vVcKhB85VlQ Amor! Estamos atravessando O milênio O novo tempo está chegando A cor do sol está brilhando E anuncia Um novo dia de folia... A inocência do respeito A alegria de estar sério O bom humor e sentimento Nós vamos levar, eh!

Pensamento - Cidade Negra Composição: Ras Bernardo / Lazão / Da Gama / Bino http://letras.terra.com.br/cidade-negra/45286/ Você precisa saber O que passa aqui dentro Eu vou falar pra você Você vai entender A força de um pensamento Pra nunca mais esquecer Pensamento é um momento Que nos leva a emoção Pensamento positivo Que faz bem ao coração O mal não O mal não

Minha Alma - O Rappa Composição: Marcelo Yuka http://www.bastaclicar.com.br/musica/letra_musica_mostra.asp?id_musica=7283&id_artista=128&id_album=598 A minha alma tá armada e apontada Para cara do sossego! (Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!) Pois paz sem voz, paz sem voz Não é paz, é medo! (Medo! Medo! Medo! Medo!) As vezes eu falo com a vida, As vezes é ela quem

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Unidade

VI

46

RECURSOS COMPLEMENTARES

Blog criado pelo Promotor de Justiça Lélio Braga Calhau

www.bullyingestoufora.blogspot.com Leitura e discussão sobre o Livro Bullying o que você precisa saber Identificação,

prevenção e repressão (Promotor Lélio Braga Calhau - Editora Impetus).

Leitura e discussão sobre os livros:

Diferentes. Pensando Conceitos e Preconceitos (Leão, Liana)

Quando um não quer dois não brigam (Garcia, Alfredo).

Na minha escola todo mundo é igual (Ramos, Rossana)

Dramatização do Filme Bang Bang. Você morreu

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_izquierda_w.php?id_activid

ad=1717&id_pagina=1

http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=19

http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/como-lidar-

brincadeiras-431324.shtml

http://revistaescola.abril.com.br/. shtml

ABRAPIA – Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Criança e ao

Adolescente. Bullying, o que é? Rio de Janeiro.

Outros filmes

Adultos/Adolescentes

Raízes do mal

Um grande garoto

Garotas malvadas

Nunca fui beijada

Carrie, a estranha.

Tiros em columbine

Crianças

Ponte para Terabítia

Grinch

Happy Feet, o pingüim.

A casa monstro

Lucas, um intruso no formigueiro.

47

Critérios norteadores para a avaliação:

Participação nas discussões e reflexões a partir das questões norteadoras;

Criatividade e ligação com os conceitos trabalhados durante a aula para

elaboração de textos, que poderá ser descritivo ou narrativo;

Trabalho colaborativo na criação das cartilhas, sugestão de idéias,

criatividade e integração com o grupo;

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse contexto é preciso compreender a violência instaurada na sociedade

e que adentra os muros da escola e se manifestam através da indisciplina e o

bullying. Para isso se faz necessário embasar-se teoricamente e refletir sobre os

fatores que geram essas manifestações, para que possamos desenvolver um

trabalho articulando teoria à prática, tendo condições de planejar estratégias de

ações voltadas para prevenção e/ou enfrentamento dessas questões de forma mais

consciente, e contribuir para o avanço das relações entre escola/ aluno/ família/

sociedade, bem como a melhoria da qualidade de ensino tendo em vista a realidade

e o fortalecimento de uma cultura de não-violência.

Se desejarmos contribuir efetivamente para o desenvolvimento integral das

novas gerações em formação, precisamos estar convictos da necessidade e

viabilidade do trabalho integrado sistemático e permanente de educação para o

respeito aos direitos humanos, à diversidade, os valores éticos, enfim educação para

a paz.

48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2002. AQUINO, Julio B. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São

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ad=1717&id_pagina=1Acessado em 09/07/10

Músicas Titãs. Palavras. Composição: Marcelo Fromer / Sérgio Britto-Acústico MTV- São

Paulo / Warner/ ano 2005 Faixa 10

Milton Nascimento, Eu, caçador de mim - Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio

Magrão – LP Milton Nascimento/ gravadora Ariola / ano 1981 / faixa 7

Cássia Eller - O Segundo Sol - Composição: Nando Reis/Acústico MTV – São Paulo

Universal Music/ ano 2005/ faixa 12

Almir Sater - Tocando em frente - Composição: Almir Sater e Renato Teixeira/CD/

Abril Music/ ano 2001/ faixa 2

Marina Lima – Fulgaz - Composição: Marina Lima - Antonio Cicero/ Rio de Janeiro /

gravadora Universal/ ano 1983/ faixa 1

Gonzaguinha - O que é o que é - Composição: Gonzaguinha – CD - Rio de Janeiro/

Atlantic Records/ ano 2004/ faixa 1 Marisa Monte - Gentileza – CD –Rio de Janeiro - gravadora: EMI - ano de

lançamento: 2000 – faixas 10

Cidade Negra - A Cor do Sol - CD – Rio de Janeiro - Gravadora: Som Livre - Ano

de lançamento 2008 – faixa l4 Cidade Negra- Pensamentos – Composição: Ras Bernardo / Lazão / Gama / Bino CD – Rio de Janeiro – Gravadora: Som Livre - Ano de lançamento 2008 - faixa 9 O Rappa - Minha Alma - Composição: Marcelo Yuka – Warner – ano de lançamento

2008 – faixa 12

52

ANEXOS

ROTEIRO PARA ANÁLISE DO FILME

FICHA TÉCNICA DO FILME

Titulo do filme:

Atores principais:

Direção:

Produção:

Duração:

TIPO DE FILME

Histórico ( ) Documentário ( ) Outros ( ) - especifique

Adaptação ( ) Comédia ( )

Ficção ( ) Aventura ( )

TIPO DE LINGUAGEM/VOCABULÁRIO

Rico ( ) Pobre ( ) Uso de gíria ( ) Cientifico ( ) Técnico ( )

GRAU DE ENTENDIMENTO

Fácil ( ) Razoável ( ) Difícil ( )

VALORES CINEMATOGRÁFICOS

O (ótimo) B (bom), M (médio), F (fraco) e P (péssimo)

Fotografia –

Cenários –

Diálogos -

Música –

Efeitos –

Enredo –

53

TEMAS QUE ESTÃO SENDO TRATADOS

Administrativo ( ) Religiosos ( ) Econômicos ( )

Políticos ( ) Científicos ( ) Psicológicos ( )

Culturais ( ) Tecnológicos ( ) Outros ( )

CENA (S) DE MAIOR INFLUÊNCIA OU IMPACTO – JUSTIFIQUE

IDÉIA OU MENSAGEM CENTRAL DO FILM E

ENREDO

CONTRIBUIÇÃO DO FILME PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA

RELACIONE AS CONTRIBUIÇÕES DO FILME Á SUA FORMAÇÃO

AVALIAÇÃO FINAL

( ) Ótimo ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Sofrível ( ) Péssimo

COMENTÁRIOS FINAIS E/OU SUGESTÕES