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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

UNIDADE II

DANÇA FOLCLÒRICA

Londrina 2010

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDUNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDEEDUCAÇÃO FÍSICA

Autora:DORIANE RIZZO

Orientadora:PROFª MS KARINA DE TOLEDO ARAÚJO

Londrina 2010

Unidade Didática parte integrante do Caderno Pedagógico de Dança apresentado à Secretaria de Estado da Educação – SEED, como material didático resultante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, em Educação Física, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina-UEL, sob a orientação da Profª Ms Karina de Toledo Araújo.

Este material pode ser reproduzido com suas imagens e textos fazendo referência a autora.

Londrina 2010

INTRODUÇÃO

Esta unidade tem por objetivo contribuir para a aprendizagem da

educação física de maneira significativa. Assim, buscaram-se estratégias de ensino

e aprendizagem para a construção do conhecimento e no desenvolvimento das

habilidades cognitivas, motoras e afetivas relacionadas ao conteúdo Dança, em

específico as danças populares e folclóricas.

Este material foi elaborado para o primeiro ano do ensino médio integrado

formação de docentes, em consonância com as orientações contidas nas Diretrizes

Curriculares de Educação Física do estado do Paraná, mas também pode e deve

ser direcionado para outros níveis de ensino conforme os objetivos relacionados a

cada série.

Como é sabido, o folclore brasileiro é muito rico e tem uma grande

diversificação em todo território. As manifestações folclóricas fornecem um rico

material a ser explorado e um constante tema para pesquisas.

Nesse passo, o presente caderno procura resgatar uma tradição cultural

que resiste em algumas regiões do Brasil graças ao empenho de alguns grupos e

contemplará detalhes de maneira especial da Folia de Reis e do Carnaval por se

tratarem das festas folclóricas mais presentes em nossa cidade/comunidade, em

Ivaiporã Pr, existe a Companhia de Reis Ireno Custódio Teixeira (fundada em 1959),

e desde esta época, todos os anos sai com sua comitiva em peregrinação pela

cidade e sítios próximos. Além do contexto histórico e religioso, a dança folclórica

aborda a linguagem musical, uma vez que os Santos são homenageados através de

cânticos com a utilização de instrumentos musicais, os quais têm papéis definidos

no contexto histórico cultural.

Além disso, o uso de cores e de elementos como as máscaras contribuem

para a concepção de arte popular das manifestações, e as vestimentas também

auxiliam no entendimento e identificação de cada ritmo abordado neste caderno.

No Brasil existe uma miscigenação de raças que formatou a identidade do

povo brasileiro e produziu uma gama de manifestações populares, que são

reproduzidas em festas onde se cultivam lendas seculares e mobilizam milhões de

pessoas. Anualmente, dezenas de festas folclóricas se repetem em datas pré-

determinadas, estas celebrações do folclore brasileiro se diversificam de acordo com

a cultura local. Tal fato ocorre, devido à extensão do território brasileiro, e pelo fato

do país ter sido colonizado por diversas etnias. Porém, embora os ritmos,

movimentos, vestimentas e coreografias sejam diferentes, todos seguem os

costumes tradicionais de uma determinada região, entre os quais: crenças, cantos,

danças e trajes de um povo. Por isso, é importante se estudar alternativas de

resgate e perpetuação do folclore. Sendo assim, justifica-se necessidade de um

estudo sobre a relevância do conteúdo dança no cotidiano de nossos educandos.

Portanto, o estudo de história é fundamental para o entendimento da

dança folclórica, pois segundo Santos (1983, p. 07) “a história registra com

abundancia as transformações pelas quais passam as culturas” Neste sentido é isso

que ocorrem com as danças folclóricas. Ao passar dos anos elas são transmitidas de

geração a geração e contribuem na perpetuação, produção de conhecimento e

transformações sociais bem como, para análise e efeitos sobre o patrimônio cultural

da humanidade.

Percebemos a importância de enfatizar os conteúdos propostos pela

dança folclórica, pois ela reúne e retrata em cada detalhe um conjunto de idéias e

expressões de uma determinada comunidade, permitido realizar a transposição do

paradigma da educação física, buscando não ancorar a nossa prática educativa na

aptidão física ou esportiva, mas perpassar pedagogicamente todos os elementos

que constituem a cultura corporal.

Folia de Reis

Quando falamos de “Rei”, é importante entender o significado desta

palavra, sabemos que este rege ou governa um Estado monárquico, mas também

há o Rei dos Reis - Jesus Cristo e o Rei Momo aquele indivíduo geralmente

escolhido entre os (gordos), que se fantasia de Rei do carnaval. E também existe

uma expressão "ter o rei na barriga”, usado para uma pessoa que se acha

importante em demasia, presunçoso orgulhoso e arrogante.

Nas próximas páginas conheceremos um pouco mais sobre dois tipos

Reis, os Reis Magos, presentes no tema Folia de Reis e o Rei Momo como um dos

personagens do tema carnaval.

Saiba mais

A Folia de Reis ou Reisado surgiu na Espanha, no início do século XIII, de

lá foi para Portugal e estes a trouxeram para o Brasil, onde recebeu aprimoramento,

tornando-se uma das principais peças do nosso folclore. No Estado de Minas Gerais

foi onde mais se enraizou esta forma de expressão, que é uma celebração da

viagem que os magos fizeram à Belém para adorar o menino Jesus.

Esta viagem foi realizada há muito tempo e faz referencia ao nascimento

do menino Jesus, relatada na Bíblia Sagrada (Mt2, 1-2.9-11:)

[...]“Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém. E eis que a estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. Entrando na casa acharam o menino com Maria, sua Mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.[...]

Curiosidade:

• Ouro – metal precioso simboliza riqueza.• Incenso – resina aromática simboliza bons fluidos.• Mirra – goma resinosa odorífera com fim curativo simboliza saúde.

Durante o Papado de Júlio I, no ano 350 d C este decretou a substituição

da festa em veneração ao deus sol pela data em que teria nascido Jesus o Salvador

e assim estabeleceu-se o dia 25 de dezembro como data do nascimento de Jesus,

aproveitando uma festa pagã conhecida como “férias de inverno” que era dedicada a

Saturno o deus da agricultura que era realizada nesta data em Roma.

Por sua vez, o dia em que os reis magos se ajoelharam na presença do

menino Jesus, 1º de Janeiro, foi reconhecido como o dia da confraternização

universal, que quer dizer: “A humanidade prostrada diante de Deus”. Isso porque

cada um dos reis lá presente representava uma das gerações descendentes dos

filhos de Noé, Melchior os semitas (continente asiático), Gaspar os camitas

(continente africano) e Baltazar os jafelitas (continente europeu).

Desta foram, o dia 06 de janeiro foi instituído como o dia de Reis, pois

neste dia eles retornaram à sua terra e para despedida fizeram uma grande

manifestação popular a epifania.

Curiosidade:

Muitas pessoas acabam montando o presépio na época do natal, mas não conhecem seu significado. Tradicionalmente armam com os personagens do presépio: pastores, reis, animais e outros sempre na mesma posição. Contudo, do dia 25 de dezembro a 1º de janeiro, eles estão indo em direção à gruta, local do nascimento, e do dia 1º aos 06 de janeiro, estão em sentido contrário, saindo da gruta.

Para os seus devotos, os Magos são os primeiros santos do cristianismo.

Eram homens justos e piedosos, foram pré-destinados a receber a divina visão da

estrela. A folia de reis é composta por pessoas (foliões), e tem como personagens

principais: mestre ou embaixador, contramestre (dueto), contralto (tenor), tiple

(soprano), contratiple (quinteto), tala (sexteto), talinha (sétima), três Reis Magos,

palhaços ou “bastião”, porta bandeira (bandereiro), e instrumentistas que procuram

seguir as tradições.

Segundo Luz (2000), a saída da folia de reis é realizada no dia 24 de

dezembro, após a meia noite, onde um grupo de foliões percorre a cidade e sítios

entoando músicas e louvando o nascimento do Deus Menino, sua chegada é no dia

06 de janeiro, dia de Santos Reis, celebrando com grande entusiasmo o retorno dos

magos aos reinos do oriente.

Durante a peregrinação, os foliões ostentam uma bandeira confeccionada

em tecido de boa qualidade, bordada a mão ou pintada a óleo, com figuras de José,

Maria, menino Jesus, e os Reis Gaspar, Baltazar e Melchior, presa em haste de

madeira de forma que quando empunhada fique à direita da pessoa que a ostenta,

enfeitada com fitas coloridas e flores artificiais, é venerada e reverenciada pelos

foliões.

A porta bandeira, também chamada de bandeireiro, deve adiantar-se uns

dois ou três metros dos foliões, ficando espaço para os palhaços desenvolverem seu

trabalho.

É tarefa dos palhaços “bastião” perguntarem por onde passam se as

pessoas aceitam a bandeira e a folia de reis em sua casa, caso aceito, cabe ao

mestre, também chamado de embaixador, que é o integrante responsável pelos

versos de improviso “as embaixadas”, coordenar a saudação dos foliões à família

que os recebe. Ele é acompanhado dos demais cantores.

Os instrumentos em sua maioria são de confecção caseira e artesanal os

mais utilizados são: viola violão, sanfona, reco-reco, chocalho, cavaquinho, triângulo,

tambor, pandeiro e outros, são igualmente enfeitados com fitas de seda nas cores:

branca, azul, rosa, amarelo, vermelho e verde.

A música é típica, os versos tradicionalmente baseados nas escrituras

sagradas (bíblia), falam da anunciação, nascimento e adoração ao recém-nascido. A

poesia fica a cargo do embaixador, responsável pela elaboração dos versos além

dos tradicionais sendo passados de pais para filhos através dos tempos.

Segundo Luz (2000):

Os instrumentos são enfeitados com fitas de seda, nas cores:• Branca – cor do menino Jesus, símbolo da paz.• Azul – cor da virgem Maria, símbolo do céu.• Rosa – cor de São José, símbolo do amor e da paciência.• Amarelo – cor do ouro, símbolo da realeza.• Vermelho – cor do fogo do incenso, símbolo do sofrimento.

Os Palhaços ou “bastião” usam máscara e espada ou facão de madeira.

É com ela que protegem a bandeira, como guardiões, não podem sair de perto da

bandeira e nem passarem à sua frente. Se houver um encontro de bandeiras(duas

folias) o Bastião deve defendê-la, então os Bastiões dos dois grupos “cruzam as

espadas” e dançam.

Bastião também conhecido como: marungo, palhaço e guarda de

Herodes, responsável pela parte cômica da folia, eles não pintam o rosto como os

palhaços de festas infantis ou carnaval eles usam máscaras que escondem seus

rostos. Muitas são as histórias que explicam o surgimento desses personagens, a

mais comum relatada por Garbosi (2002), é que eram dois oficiais da guarda

herodiana que atendendo ordens vestiram roupas exóticas e se disfarçaram e

acompanharam os Reis Magos como espiões, para trazer-lhe um relatório,

delatando o lugar correto onde o menino se encontrava. Os Magos notaram que

após passarem a cidade de Jerusalém surgiram dois elementos com roupas

extravagantes que não faziam parte de sua comitiva. Pegaram seus instrumentos e

começaram tocar e cantar, como a música era mágica os guardas começaram a

dançar e iam à frente fazendo graça, confundindo os soldados de Herodes. Com o

seu jeito alegre e suas vestimentas coloridas são responsáveis pela distração e

divertimento de quem assiste ou acompanha uma folia de reis.

Ao encontrar o menino em Belém, fizeram suas reverencias, renderam

suas homenagens, ofereceram suas dádivas e foram embora e com receio de serem

mortos por Herodes, vestiram uma máscara e viajavam com os magos e nunca mais

voltaram para dar notícias a Herodes.

Bastião Folia de Reis

Foto: Doriane Rizzo - jan/2007.

Curiosidades:

Nas residências onde se tem presépios montados, a entrada dos palhaços “bastião” só é permitida após o mestre/embaixador cantar saudando os donos da casa e após cantar convidando-os para entrar, aí eles devem entrar na casa de joelhos, da porta até diante do presépio, e recitar um poema, devendo ainda, permanecerem de joelhos até cantarem para se levantarem. Também é de costume montar-se na entrada da casa um cruzeiro com flores nas cores das bênçãos desejadas e em baixo colocar moedas enterradas ou não. Neste caso, após o embaixador cantar saudando o cruzeiro e falando das cores os bastiões desfazem o mesmo à procura das moedas que são guardadas para a bandeira.

Bastião's desfazendo cruzeiro em busca de moedas

Foto: Doriane Rizzo – jan/2007.

Uma das grandes transformações que ocorreu com a folia de reis é que

segundo Araújo (1964), as folias saiam para a peregrinação visitando as casas

sempre à noite, imitando os Reis Magos e paravam quando os primeiros raios de sol

apontavam.

A folia de reis da cidade de Ivaiporã-Pr atualmente sai para a peregrinação

apenas durante o dia devido aos problemas da atualidade como a insegurança,

medo de furtos e outros fatos que nos levam a ficar trancados. Esta alteração gera

um dos maiores problemas a serem enfrentados pelos foliões, a indisponibilidade de

horários, pois muitos não estão de férias e necessitam trabalhar.

Outra diferença percebida entre as Folias é a presença do palhaço, como define este texto de Araújo (1964, p.129 e 130):

[...] A presença de palhaços em algumas folias de reis não lhes tira o caráter sagrado do peditório. Nas folias, a função do palhaço varia. Não só a função bem como o simbolismo. Nas capixabas eles representam o satanás, daí trajar-se de vermelho, chapéu cônico, mascarados e o inseparável relho. Não entram nas casas e locais onde há imagens de santos, presépios ou cruzes. Já em Minas Gerais, são os representantes de Herodes, seus espias que seguiram os reis magos e acabaram convertendo-se ao cristianismo. São também chamados

“guardas da companhia”, Morongo, ou marongo, Sebastião ou Bastião, todos, porém usam disfarce – a máscara.

Varia o número de palhaços: nuns dois, noutras três. A presença dos palhaços nas folias de reis é notada em várias regiões. Mas, deve-se adiantar que num mesmo Estado, é encontrado em vários municípios, noutros não, como acontece em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Neste, quando o grupo tem palhaços é chamado de folia de reis, quando não, é bandeira ou terno de reis. Os palhaços nas folias de reis da região do minerador chegam além das fronteiras de Minas Gerais, até nas folias baianas. Não existem da beira-mar na região da ubá, a não ser no Estado do Rio de Janeiro, onde encontramos. Ainda em Minas Gerais, há a denominação de turundu dada à folia de reis, que mais parece reisado, número de membros é de cerca de trinta, incluso os tocadores de instrumentos liderados pela viola e rabeca. O peditório é feito à noite. Cantam e dançam e o solo é turundum propriamente.

A folia de reis na Bahia é acompanhada por um terno de zabumba e não como no Sul, por violeiros pandeiros ou adufes, rabeca, cavaquinhos e caixa. (Neste período aparece a CARETADA, folguedo popular baiano, rancho que sai com vários fantasiados e com máscaras – as caretas). Aliás, em Minas Gerais, nos “santos reis” o número de cantadores e participantes das folias varia, chega a ser mais ou menos dez: violas, cavaquinhos, rabeca, caixas porta-estandarte, palhaços, “embaixador” ou “capitão da companhia” O embaixador e o tirador de versos entregam o estandarte como se faz na folia do divino. No Rio Grande do Sul, no terno de reis (tiradores de reis, tiradores, bando de reis ou reses) há violões caixa, rabeca e ferrihos. [...]

Podemos notar neste texto de 1964 que muitas tradições culturais da folia

de reis são perpetuadas. Ao compararmos com os dias atuais podemos notar quanto

destas tradições permanecem e também o quanto foram transformadas, adaptadas,

modificando os elementos de origens e assim reproduzindo o conhecimento popular.

Existem várias manifestações populares que são derivadas da Folia de

Reis, embora a dança e a música seja diferente o objetivo é sempre o mesmo cantar

e dançar saudando o nascimento de Jesus.

Nas diferentes regiões brasileiras existem algumas diferenças de

denominações nas festas do ciclo natalino, que vai 24 de dezembro a 06 de janeiro

que, segundo Cortes (2000), com o passar dos tempos foram agregando elementos

da cultura popular tais como:

• Região norte - Marujada em Bragança Paraense, realizada de 18

a 26 de dezembro, homens e mulheres, jovens e velhos trocam passos

ao som de ritmos como o chorado, a valsa, a mazurca, o xote e o

retumbão.

• Região nordeste – Folguedos Natalinos em Alagoas, realizado de

24 de dezembro a 06 de janeiro, conjunto de folguedos que apresenta

entremeios com representações, cantos e declamações como a folia de

reis.

• Região Centro-oeste – Nesta região não é muito difundida a folia

de reis, pelo fato da miscigenação de sua população povos de outras

áreas do Brasil, índios nativos e também com a proximidade com o

Paraguai e a Bolívia adotou algumas características.

• Região Sudeste – Folias de reis, com indumentárias variadas

dependendo da localidade, músicas com cantos baseados no Novo

Testamento da Bíblia, com característica inconfundível: o sopraninho

espécie de voz em falsete que estica as estrofes.

• Região sul - Boi de mamão em Santa Catarina, lá se encontrou

uma maneira de perpetuar as tradições, em algumas colônias

incorporaram a festa do boi catarinense às danças do pau de fitas e das

balainhas, a fim de introduzir o folguedo.

Neste trecho Cortes (2000, p.152) nos mostra mais detalhes da Folia de Reis:

[...] Uma das exigências para participar de uma folia é que o folião deve permanecer nela por sete anos seguidos da comemoração, sob pena de receber castigos caso a exigência não seja cumprida. Após o período, o devoto está apto a se tornar mestre ou está livre das obrigações com o grupo. A participação nas folias é motivada pelo pagamento de promessas ou para fazer pedidos ao Menino Jesus. Não é permitida a presença de mulheres integrantes dos grupos, mas elas podem acompanhá-los nas, suas visitas. Geralmente, as pastorinhas, formadas exclusivamente de mulheres em algumas localidades, saem com estes grupos, formando uma grande procissão em louvor ao Menino Deus. As folias de reis fazem peregrinações sempre à noite, ao contrário das folias do Divino, diurnas. Realizam o ato sagrado indo às casas de devotos, que acreditam serem abençoados pela visita da bandeira e pelas rezas. Ao chegarem, entoam cantos de saudação aos donos da casa e em louvor a Jesus Cristo, pedindo proteção e benção aos moradores. Findo o ato sagrado, realizam a parte profana com a apresentação de danças como lundu, o guaiano, a chula e, às vezes, o batuque de viola, que consistem em sapatear ao som das violas, demonstrando grande

perícia dos dançarinos. [...]

Outra particularidade dos foliões é que não cobram para cantar nos dias

da folia, cantam por fé e devoções sentem como se fora um integrante da caravana

dos magos. Durante os dias da folia quando recebem ofertas em dinheiro e

espécies, donativos, prendas animais e alimentos, por onde cantam, guardam e

parte destas ofertas é para fazer uma festa no dia de Reis onde todos são

convidados. E a parte restante das ofertas é doada para uma instituição de caridade

local.

Música de Folia de Reis

Domínio Público: disponível em. Folia de Reis wwwjangabrasil.com.br

Boa noite meu sinhoro que aqui cheguemo cantandoAi, ai, meu Deus, que aqui chSanto Reiseguemo cantando

Isto são vespra de festa entrada do novo anoAi, ai, meu Deus, entrada do novo ano

Sinhoro dono da casa manda abrir suas portariaPara entrar o Rei da Glória, filho da Virgem MariaE também a sua dona não se deita em colchão

Menino deus foi nascido entre as painha do chão

O galo crista de serra é um passo agarantidoFoi ele que deu a nova que Jesus era nascido

Vinte e cinco de dezembro Menino Deus foi nascidoNo dia seis de janeiro ele foi reconhecido

Foi na quarta-feira santa que Jesus foi judiadoFoi na quinta-feira santa que Jesus foi cravejado

Foi na sexta-feira santa que Jesus foi sepultadoE no sábado da lelúia ele foi ressuscitado

E vai a garça voando nos ar ela bateu asaBateu e foi dizendo viva o dono dessa casa

Santo Reis pede a esmola não é pra ganhar dinheiroÉ pra cumprir uma promessa no dia seis de janeiro

Deus lhe pague pela oferta vosmicê com a sua famíliaSua cama já tá feita nos pé da Virgem Maria

Sinhoro me dê licença pra nós poder viajarQue as noite são pequena e temos muito que andar

Ora e viva ora e viva e tornou orar e vivarViva o nosso Santo Reis e Deus menino no altar

Ora e viva ora e viva nos quatro braços da cruzViva o nosso Santo Reis para sempre amém Jesus

Viva o Santo Reis! Viva!Viva os folião! Viva!

Vivas os dono da casa! Viva!

Brandão (2003, p.71a73), explica a presença da folia de reis na música e procura

organizar a história:

[...] há várias Folias de Reis nos discos de música do centro-sul do Brasil que Marcus Pereira fez gravar. “Caliz Bento”, que Milton Nascimento canta nos Gerais, é toada de congos ou foliões. Toda a gente da roça conhece. Muitas duplas sertanejas fazem nos seus discos uma ou duas faixas de folias. Alguns cantores são quase especialistas em gravá-las. De Moreno e Moreninho conheço três discos: Hinos de Reis, Folia de Reis e Capelinha de Santos reis. Em outro disco João Mariano e Zé Silveira se anunciam “os Foliões do Brasil”. Num outro, ainda, Toninho e Marieta dizem: Santos Reis estão chamando. Há muitos mais, e mais haverá. Nos discos, algumas toadas de folias aparecem com o nome da dupla compositora. As pessoas da roça que até a pouco conheciam as Folias de Santos Reis de as viverem ou de as receberem em suas casas uma vez por ano, agora aprendem “toadas de longe” gravadas nos discos.As das cidades aprendem com Moreno e Moreninho, com as “renovações” de pessoas eruditas cuja presença por certo provoca modificações importantes no modo de compreender e criar o ritual. Aprendem com Milton Nascimento, de cuja voz aguda e cheia de maravilhas ouve espantados os sons remotos da infância na roça de Três Pontas, Minas Gerais. Aprendem até com Ivan Lins, que colocou com arte o piano na folia.Procuremos organizar o fio dessa história, leitor.1. Danças profanas, alegres danças populares (folclóricas) por nome Folia, que rapazes dançavam no Portugal antigo com guizos, caixas, adufes (pandeiros) e violas;2. Pequenos autores, dramas de fundo devocional, popular, representados por ocasião de alguns ciclos do calendário litúrgico católico durante a Idade Média, depois incorporada, por um processo de “eruditização”, ao interior de rituais litúrgicos da hierarquia eclesiástica; redefinidos e, mais tarde, escritos em Portugal e Espanha por intelectuais letrados;3. Dramas incorporados que se ampliam e tomam o lugar central nos ritos

litúrgicos de festejos “de igreja”, incluindo cantos, danças, movimentos expressivos coletivizados; que são mais tarde colocados sob suspeita e controle de autoridades religiosas;4. Dramas como “auto”, canto e dança que são trazidos ao Brasil, sobretudo pelos missionários jesuítas, e que passam das aldeias tribais de catequese para cerimônias das igrejas das cidades do período colonial;5. Outra vez, sobretudo após a independência, esforços redobrados de controle eclesiástico sobre as “manifestações” populares mescladas com os ritos litúrgicos oficiais; expropriação do saber popular contido nos seus ritos e do poder popular de realizá-los coletivamente dentro das igrejas ou em frente a elas;6. Migração cultural de ritos populares do interior do templo, para posições marginais – não litúrgicas – nos festejos devocionais; “purificação” erudita das cerimônias litúrgicas e separação de sistemas rituais de devoção católica: os da igreja versus os populares;7. Incorporação de ritos como as folias de santos reis ao mundo cultural camponês, o que significa a sua separação da estrutura religiosa eclesiástica e a sua integração em uma estrutura devocional comunitária;8. Retorno de grupos de foliões de santos reis à cidade, convocado pela migração de agentes produtores do ritual para os centros urbanos; realocação da folia de reis no mundo urbano;9. Reaproximação de setores progressistas da Igreja Católica de grupos populares de agentes produtores do catolicismo de folk; produção de novas formas de prática ritual: “renovação”, “libertação”; integração dos rituais em práticas político-pastorais de mobilização popular;10. Aproximação de sujeitos e agencias da indústria cultural da folia de santos reis; gravações, novas toadas, músicas e letras eruditizadas.

Como vemos nesta síntese da história da presença da folia de Reis é fato

que trazemos em nossos corpos marcas das antigas gerações e neles encontramos

significações para determinados fatos culturais, que nos auxiliam nos estudos da

história. Não há cultura sem história.

E através do desenvolvimento das civilizações, as “danças folclóricas

retratam época e etapas do desenvolvimento sócio econômico”, que ao passar dos

anos são transmitidas de geração a geração e contribuem na perpetuação, produção

de conhecimento e transformações sociais bem como, na preservação do patrimônio

cultural da humanidade1. Neste sentido, vamos desfrutar de mais um detalhe desta

maravilha da antiguidade, iremos verificar onde atualmente está localizado o

dormitório dos restos mortais dos “Três Reis Magos”, nos dias atuais.

1Patrimônio Cultural da Humanidade: é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, deva ser considerado de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo.Disponível:<http://wikipedia.org/wiki/Património_cultural

Na Alemanha está situada, Colonia ou Köln (em alemão) que é a quarta

maior cidade do País, e a maior do Estado de Renânia do Norte – Vestfália é

considerada a capital econômica, cultural e histórica do estado. Nesta maravilhosa

cidade onde possui um dos mais importantes portos fluviais do país também está a

maior Catedral da Alemanha a Catedral de Colônia.

A Catedral de Colônia (alemão: Kölner Dom) é uma igreja de estilo gótico,

teve sua pedra fundamental lançada em 15 de agosto de 1248, foi projetada para

ser um retrato terrestre da Jerusalém celeste e encarregada ao mestre francês

Gerhard. (Nesta época ninguém imaginaria que sua obra seria concluída 600 anos

mais tarde, construção esta interrompida em 1560, por problemas financeiros e as

obras somente foram reiniciadas em 1840).

Catedral de colônia - porta central

Foto: Doriane Rizzo – nov/2007

Hoje quem supervisiona as obras na Catedral é a arquiteta Barbara

Schock-Werner, segundo ela essa igreja é especial. A Catedral praticamente não

sofreu alterações ao longo dos séculos. Entretanto por ter sido incendiada na II

Guerra Mundial, possuía uma cor escura, quase negra, sua parte externa está sendo

restaurada para resgatar sua cor original, (esta restauração iniciou há sete anos

atrás).

Após o lançamento da pedra fundamental deu-se origem a uma lenda que

persiste até hoje, dizem os moradores de Colônia que quando a catedral ficar

pronta, o mundo vai acabar, porém a atual mestre de obras e “restauradora Barbara

Schock-Werner vê essa profecia com tranquilidade, pois a catedral nunca estará

completamente pronta, pelo seu tamanho e devido as intempéries o melhor que se

pode fazer é conter sua decadência (FOLHETO TURÍSTICO DA CATEDRAL DE

COLÔNIA).

Na parte interna possui um crucifixo de madeira localizado na última

capela à direita de quem olha o altar este está datado de 971, e á direita o quadro “A

Adoração dos Reis”, de Stephan Lochner, 1440.

Ao fundo do altar central está localizado uma urna de ouro (relicário criado

de 1181 a 1230, por Nikolaus de Verdun), contendo os restos mortais dos Três Reis

Magos, trazidos de Milão para Colônia, em 1164, pelo arcebispo Reinold Von Dasse

Relicário onde estão os restos dos Três Reis Magos

Foto: Doriane Rizzo - nov/2007.

Após o que foi apresentado de maneira sintética sobre Folia de Reis,

iremos propor algumas atividades que podem ser desenvolvidas nas aulas de

Educação Física.

Professor estas atividades sugeridas a baixo podem ser desenvolvidas

conforme cronograma de conteúdos e respeitando o andamento da aprendizagem

dos educandos, assim poderá variar a quantidade de aulas para se desenvolver

cada atividade respeitando as particularidades de cada turma.

ATIVIDADE I

Assunto tratado – Origem da Folia de Reis.

Objetivo - Conhecer sobre as variações da origem da Folia de Reis.

Descrição:

A Folia de Reis é dançada de formas diferentes nas várias regiões Brasileiras.

Vamos pesquisar:

Separe os alunos em grupos, cada grupo ficará com uma Região Brasileira (sorteio).

Após esta divisão cada grupo deverá pesquisar como é vivenciada a folia de reis em

cada região, costumes, crenças, danças, cultura e vestimentas.

ATIVIDADE II

Assunto tratado – Origem da Folia de Reis.

Objetivo - Conhecer sobre as variações da origem da Folia de Reis e o contexto em

que se desenvolvem.

Descrição:

Após a pesquisa, promover um debate em sala de aula, onde cada grupo

apresentará seu trabalho e o socializará com os demais grupos. E para concluir esta

atividade iremos confeccionar um painel sobre as diferenças encontradas nas folias

e fixemos no mural da Escola.

ATIVIDADE III

Assunto tratado – História da Folia de Reis.

Objetivo - Conhecer os aspectos históricos da Folia de Reis e reconhecer as

possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção da bandeira da Folia de

Reis.

Descrição:

Neste momento iremos nos deter à bandeira da folia de Reis: Cada grupo ( já

determinado na atividade I), ficará encarregado de pesquisar junto a comunidade um

detalhe da bandeira da Folia de Reis,como: seu formato, a gravura, as flores as

várias fitas, e buscar entender seus significados de cores e o que elas representam

na Folia de Reis.

Ao final todos confeccionarão uma bandeira e cada grupo ficará responsável por um

item desta criação.

ATIVIDADE IV

Assunto tratado – História da Folia de Reis.

Objetivo - Conhecer os aspectos históricos da Folia de Reis e experimentação,

criação de diferentes sequencias de movimentos.

Descrição:

Nesta etapa das atividades, dividiremos os alunos em três grupos cada um

pesquisará os significados:

Grupo I - significado do ouro;

Grupo II - significado do incenso;

Grupo III – significado de mirra,

Após para entender o porquê dos Reis terem presenteado o menino Jesus com

estes elementos. Cada grupo fará uma sequencia de movimentos que retratem este

significado.

ATIVIDADE V

Assunto tratado – Origem e história da Folia de Reis.

Objetivo - Conhecer os aspectos históricos da Folia de Reis e reconhecer as

possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de mascaras (bastião) da

Folia de Reis.

Descrição:

Ainda mantendo os grupos, iremos tentar produzir mascaras que os bastiões

utilizam nas Folias de Reis, conforme as pesquisas já realizadas na atividade I, em

equipes e mantendo as regiões, iremos descobrir se são iguais, quais serão as

semelhanças, se todas as folias possuem máscaras e muito mais, (podemos

confeccionar em papel machê, materiais recicláveis, napas, couros e ou cartolinas).

ATIVIDADE V I

Assunto tratado – Contextualização da dança folclórica, através do folguedo Folia de

Reis.

Objetivo - Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, da folia de

reis por meio da criação e adaptação de coreografias.

Descrição:

Para melhor entendermos a Folia de Reis, faremos uma atividade partindo da letra

da música “Reza de Folia” - CD reinado de Chico Lobo seguirá a seguinte

sequencia:

1. Os alunos sentados formando um círculo, cada um com a letra da música em

mãos, irão ouvir e acompanhar a melodia.

2. Na segunda vez tentarão cantar acompanhando o CD.

3. Cada aluno tentará explicar o significado desta canção em apenas uma

palavra, dirá o que sentiram da música o que representa para ele.

4. Dividir os alunos em grupos por afinidades de significados da musica.

5. Cada aluno pensará, criará e apresentará um único movimento que expresse

o significado de sua palavra, dentro de cada grupo não poderá ter movimentos

iguais.

6. Cada grupo montará uma sequencia de movimentos, juntando as criações

individuais e transformando-as em uma única de todo o grupo.

7. Após ensaios na sala de aula, cada grupo irá apresentar sua seqüência para

os demais.

8. Agora com uma coreografia montada e á partir do sentimento e significado

musical, partindo da criatividade e respeitando a vivencia de todos, cada grupo irá

experimentar outro ritmo para esta mesma coreografia.

Observação: esta atividade será trabalhada em várias aulas, respeitando o

andamento da turma.

Sugestões de músicas:

• Palhaços de Reis - letra de Ivan Lins e música Hiper musicam.

• Bandeira do Divino – Ivan Lins.

• Folia de Reis - Baiano e os Novos Caetanos.

• Cio da Terra - Pena Branca e Xavantinho com participação de Milton

Nascimento.

• Meu Reino Encantado - Valdemar dos Reis e Vicente F. Machado.

• Cantiga de Caicó - Milton Nascimento.

• Em Nome de Deus - Milton Nascimento.

• Encontro das Bandeiras - Pena Branca e Xavantinho.

• Santo Reis – Elomar.

Sugestões de sites:

• www.trespontas.mg.gov.br ( e-mail: [email protected])

Encontro de folia de reis, ocorrido em 12/02/2010.

• www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/foliadereis.html

• www.cidadespaulistas.com.br/folia-de-reis/foliadereis.html

• www.foliadereis.com.br

Sugestões de videos

• www.youtube.com

Folclore folia de Reis (01) – 1 min 59 seg. – 12 de set 2007.

Folclore folia de Reis (02)- dança brasileira – 1 min. 37 seg. – 12 set 2007.

• www.dailymotion.com

Folia de reis – reisada – 7min - 6 set 2008

Carnaval

Comentamos antes sobre os Reis Magos – Folias de Reis, agora irão

conhecer outro rei, o Rei Momo aquele que faz parte da festa do carnaval tão

difundida em todo o mundo.

O Carnaval caracteriza-se por ser uma festa popular com divertimentos

públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas que acontece todos os

anos, geralmente é muito alegre e divertida.

Vamos nos aprofundar mais:

O carnaval é uma festa popular conhecida pelo mundo todo, porém não

se sabe ao certo onde surgiu, uns dizem que surgiu com o Rei Dionísio, há mais ou

menos dez mil anos antes de Cristo. Segundo Hiram Araújo, pesquisador do

carnaval, o culto ao deus Dionísio ou Baco, acontecia há mais de três mil anos na

Grécia, e eram celebrações profanas, que se estendiam por três dias, onde havia

uma teatralização, na qual homens e mulheres faziam pinturas nas faces e roupas, e

faziam também, inversões de papéis como: homem/mulher, rico/pobre, reis/plebeus,

e assim aproveitavam do anonimato, pois estavam diferentes devido às fantasias.

Até hoje em alguns bailes de carnaval temos estas inversões que foram

perpetuadas.

Curiosidade:

Antes de Cristo, o povo reunia-se com rostos mascarados e corpos pintados para

espantar os demônios da má colheita.

A origem do carnaval está associada às festas romanas e egípcias. Os

romanos comemoravam as saturnais, que correspondia ao primeiro dia de cada mês

na antiguidade. Eram festas instituídas por Janus em homenagem ao deus Saturno,

nestas festas não tinham diferenças sociais, as pessoas eram livres para decidirem

aonde iriam, todos se misturavam em igualdade. Enquanto duravam os festejos os

tribunais e escolas não funcionavam; os escravos percorriam as ruas cantando e

dançando na maior desordem. As pessoas com certo nível cultural geralmente iam

para o campo. Após estes festejos, os romanos comemoravam as lupercais,

realizadas em fevereiro, homenageavam o deus Pã, nesta festa consagrava-se o

princípio da fertilidade e ao vinho. Os egípcios festejavam a deusa Isis e o Touro

Apis (relacionada à mitologia2 ).

Todas as civilizações antigas tinham festas chamadas de bacanais, dando

continuidade aos costumes dos romanos. Na Europa, as festas de carnavais mais

famosas eram e ainda são: as de Paris, Veneza, Munique e Roma seguidas por

Nápoles, Florença e Nice.

Curiosidade:

Segundo Lima (1997), uma das prováveis origens da palavra carnaval

estaria no “carrum” (carro, carroça) e na expressão “carnem levare” (retirar a

carne). Seria uma alusão ao período da quaresma, quando católicos e ortodoxos

fazem abstinência e penitência.

O carnaval não é realizado sempre na mesma data como outras festas ou

feriados de nosso calendário, ele sempre respeita a determinação da sexta-feira da

Paixão, que é marcada na primeira lua cheia subsequente ao dia 21 de março. Por

este motivo a quaresma 3, iniciada na quarta-feira de cinzas, é finalizada no domingo

de Ramos4 .

2 Mitologia: é o estudo dos mitos (lendas e/ou histórias) de uma cultura (AURÉLIO 3 Quaresma : Período do ano litúrgico das Igrejas cristãs.começa na quarta-feira de cinzas, 40 dias

antes da Páscoa (excluindo os domingos) e termina no domingo de Páscoa. ( AURÈLIO). 4 Domingo de ramos: último domingo da quaresma. (AURÈLIO)

Máscaras do carnaval de Veneza

Foto: Doriane Rizzo – jun/ 2010

Conforme o relato Hiram Araújo (s.d.), pesquisador, no mundo o carnaval é uma manifestação de forte impacto como descreve:

O de Veneza, por exemplo, é exuberante e conhecido no mundo pela navegação de gôndolas iluminadas pelos canais da cidade e a concentração, na Praça de São Marcos, de personagens típicos, como arlequins, polichinelos e outros da Comédia d’ell arte. Historicamente, conta com máscaras muito criativas e bem elaboradas, também famosas internacionalmente. As máscaras, apesar de remeterem ao disfarce que garantia o anonimato para se divertir na Grécia e em Roma, surgiram bem antes das homenagens a Dionísio: na pré-história mesmo já eram utilizadas. Além da Itália, outros países europeus têm carnavais tradicionais também, especialmente aqueles em que há predominância católica. Na Alemanha – onde a festa se chama “Karneval” ou, mais ao sul, “Fasching” e vai de 11 de novembro à quarta-feira de Cinzas – existe a mesma noção de válvula de escape tão característica do carnaval. A animação é grande principalmente no Mainz, em Düsseldorf, Bonn e em Colônia, às margens do Reno. O carnaval de Nice, na França, é bem conhecido, pela monumental parada de carros alegóricos a as gigantescas figuras que são movimentadas. Nos Estados Unidos, Nova Orleans se destaca pelo Mardi Grass, que significa terça-feira gorda e teve origem em 1857. Durante o período, dezenas de agremiações desfilam pelas ruas da cidade, as pessoas saem de casas fantasiadas e os bares ficam abertos 24 horas por dia. Em meio a uma mistura de estilos musicais, essencialmente de origem negra, as bandas de jazz sobressaem.

Como toda festa folclórica o carnaval não poderia ser diferente e adaptou-

se aos trópicos, esta adaptação foi tão bem sucedida que em algumas cidades e

vilarejos da América Espanhola, as práticas indígenas se misturaram às ibéricas, as

quais muito se assemelham o carnaval brasileiro, principalmente pelo fato de ter

lugar na mesma época do ano e a grande intensidade da manifestação de alegria.

No Brasil o carnaval chegou desde os primeiros tempos da colonização

portuguesa. Onde era denominada de “Entrudo” que significa entrada, sendo

festejada em comemoração a entrada da primavera, isto muito antes do cristianismo

e era precedida por várias comemorações espalhadas no calendário, que a

anunciavam. Após o cristianismo, passou a se realizar do Sábado Gordo á Quarta-

feira de cinzas.

A comparação entre as festividades do carnaval de Portugal e o do Brasil

chama muito a atenção por semelhanças e divergências, nos dois países, a festa

sempre ocorreu na mesma época do ano, ou seja, quarenta dias antes da Semana

Santa, com o passar dos anos sofreram transformações realizadas com os

folguedos. Em Portugal o entrudo torna-se inexistente enquanto no Brasil no século

XX o carnaval passa a constituir a grande festa nacional. Após se dá nova fase em

Portugal é implantado o carnaval Burguês sem destruir o entrudo, no Brasil o

entrudo chega ao fim por toda parte, dando início aos bailes de carnaval e carnaval

de rua, isto nas grandes cidades onde havia maior aglomeração de pessoas.

Estas novas atividades carnavalescas tomam conta da região onde se

localizavam os fazendeiros de café que financiavam a fundação de associações

carnavalescas, e os desfiles tomaram o lugar dos banhos de água e de lama, este

percurso teve início nas cidades mais próximas do Rio de Janeiro por volta de 1860,

atingindo São Paulo após 1875.

Estas semelhanças e divergências entre o carnaval de Portugal e do

Brasil alteram o seu sentido, porém não diminuem a emoção e o entusiasmo que

foram implantados, e demonstram que os processos de modernização não destroem

as festividades folclóricas em que a emoção impera.

Lima (1997) descreve muito bem esta história:

Mesmo sendo o entrudo composto de ações que lembravam uma espécie de guerra, com limões de cheiro e similares, bacias de mijo e água suja atiradas pela janela, havia um tom festivo que ficava por conta da população negra que ocupava as ruas com músicas e danças, como os Cucumbis, espécie de mascarada africana que saíam em grande passeata, agitando chocalhos, tocando marimbas e batendo rudes tambores.

O entrudo, alvo de proibições oficiais desde o tempo colonial devido ao seu espírito perturbador da ordem pública, cede, progressivamente, lugar ao carnaval. Difícil precisar datas, mas são seguramente os últimos vinte anos do século XIX que delimitam o início do carnaval, como substituto do entrudo.

Nos festejos do entrudo, a casa era o espaço privilegiado dos jogos. No carnaval, a rua passou a ser a sede dos festejos, restringindo-se, aos bailes carnavalescos, as únicas atividades em recinto fechado.

Com o entrudo, chegaram às limas de cheiro, que foram substituídas pela bisnaga com água aromatizada, em 1875. Logo depois, em 1877, surgem o confete e o jetone ( confeitos em papéis coloridos), em 1895, as línguas-de-sogra foram introduzidas no carnaval brasileiro. As serpentinas, em 1892. Narizes e barbas postiças, bigodes e óculos de celulóide coloridos, procedentes da Alemanha, entram, no carnaval, em 1901. O laça-perfume surgiu em 1906, fabricado, na Suíça, pela Fábrica Rodo, em três tamanhos. Em 1927, surge o lança-perfume metálico Rodouro, sendo proibido seu uso em 1962.

Segundo Queiroz (1992), o primeiro baile carnavalesco do Brasil ocorreu

exatamente a 20 de janeiro de 1840 quando uma senhora italiana, dona de um hotel

no Rio de Janeiro, resolveu organizar um baile de mascaras como é a moda na

Europa durante o carnaval, o sucesso foi tão grande que após esta noite, o folguedo

tornou-se resistente nos festejos de Momo, e mais apreciado.

Rei Momo e Rainha do carnaval uma criação necessária para dar real

característica ao reinado carnavalesco. A principio era apenas o Rei (sempre o

escolhido é gordo, uma pessoa obesa), depois vieram os concursos de Rainha do

carnaval, que ao contrário do Rei sempre era uma jovem bonita e elegante, estes

concursos se realizavam mais ou menos duas semanas antes do início do carnaval.

Durante seu reinado, que tinha a duração da festa do carnaval, tinham como missão,

manter a alegria e fazer com que seus súditos os foliões brinquem com sabedoria e

respeito. Eles abrem oficialmente o carnaval e ficam simbolicamente responsáveis

pela ordem e alegria dos festejos.

Durante o período do carnaval, alguns clubes sociais realizam bailes,

onde os salões são decorados, os foliões se fantasiam individualmente ou em

grupos (os chamados blocos), existe a presença do Rei Momo e da Rainha e tudo é

animado por uma banda que toca marchinhas de carnaval e ritmos dos atuais trios

elétricos. Estes bailes eram mais presentes na década de 70 a 80 do século XX,

principalmente nas cidades do interior, com o passar dos anos, os jovens foram

dando preferência a outras atividades nesta data como: viajar para o litoral, retiros

espirituais, ou viajam para os grandes centros, para participarem dos festejos mais

famosos desta época. Esta comemoração faz do carnaval Brasileiro uma atração

turística de primeira grandeza.

O carnaval no Rio de Janeiro segundo Cortês (2000), é considerado a

maior festa popular profana do mundo. Sua origem está relacionada à vários

elementos, como o samba de roda da Bahia, música popular e ranchos (grupo de

foliões que utilizavam instrumentos de sopro e corda) ou cordões existentes no

século passado.

O que faz o carnaval carioca ser exportado para todo o mundo, é o desfile

das escolas de samba, onde se representa um espetáculo em que a riqueza das

melodias e a beleza rítmica dos passistas se misturam ao luxo e criatividade das

fantasias e carros alegóricos.

Curiosidades do carnaval carioca:

O primeiro desfile extra oficial ocorreu em 1932, e o primeiro oficial em

1935, na Praça Onze, e as cores da escola eram vermelho e branco..

A primeira escola de samba que apareceu foi a “Deixa Falar”, fundada

em 1928, no bairro do Estácio, zona norte da cidade.

Escola de samba, esta denominação surgiu porque a Deixa Falar

realizava seus ensaios, ao lado de uma Escola Normal.

A escola de samba geralmente é formada pela comunidade de um

determinado bairro, unidas pelo canto e dança do samba, cada escola possui uma

comissão de dirigentes que organizam as atividades da escola para o desfile. Esta

preparação leva um ano,onde se organiza os quesitos impostos pela organização do

carnaval, que variam de município para município. Cada comissão de organização

municipal determina as suas regras como por exemplo o tempo de duração dos

desfiles, no grupo especial do Rio de Janeiro as escolas tem no máximo uma hora e

vinte minutos pra atravessar toda a Passarela ou Sambódromo.

Curiosidade:

Passarela Profº Darcy Ribeiro, ou como é mais conhecida

Sambódromo, localiza-se na avenida Marques de Sapucaí na cidade do Rio de

Janeiro. Encomendada no governo de Leonel Brizola ao Arquiteto Oscar

Niemeyer no início da década de 80, com o objetivo de dotar a cidade de um

equipamento urbano permanente para a exibição do tradicional espetáculo do

desfile das escolas de samba.

Diversos elementos caracterizam um desfile de escolas de samba, no

qual os jurados avaliam o desempenho das escolas durante os desfiles e os

atribuem notas, para após a apuração sabermos qual escola é a vencedora. Estes

elementos variam de acordo com a comissão municipal mas os mais comuns são:

• Comissão de frente –primeiro grupo da escola a se apresentar,

composta de 10 a 15 elementos que realizam uma coreografia de acordo

com o enrredo.

• Alegorias e adereços – carros com eixos de ferro, geralmente

empurrados por pessoas(localizadas a baixo ou atrás), em cima são

decorados com esculturas, enfeites onde são utilizados diversos materiais

para melhor representar o enredo. Nestes carros também são colocados

os destaques da escola (pessoas homenageadas) e passistas.

• Evolução, harmonia e conjunto – tudo está relacionado a

velocidade, animação, empolgação e movimentação dos componentes da

escola durante o desfile.

• Enredo – sempre é escolhido logo após o carnaval de um para se

trabalhar nele todo o ano seguinte.Este guiará todo os trabalhos para o

próximo desfile.

• Samba-enredo – melodia que vai contar o eredo da escola

devendo ser musicalmente rico e sem vícios de linguagem.

• Mestre-sala e porta bandeira – casal que realiza uma coreografia

graciosa, suas roupas lembram trajes de gala do século XVII, estilizadas e

adaptadas para os dias atuais.

• Bateria – uma grande equipe com instrumentos musicais e de

percussão que variam entre as escolas os mais comuns são: surdo de

primeira, surdo de segunda, surdo de terceira, caixa de guerra, repique,

chocalho, tamborim, cuíca, agogô, reco-reco, pandeiro e prato. Estes

acompanham o canto e dão ritmo ao desfile.

• Rainha de bateria –mulher bonita e bem charmosa da comunidade

ou artista famosa, vai sambando e fazendo evoluções á frente da bateria

para reverencia-la e inspira-la.

• Ala das baianas – senhoras vestidas com trajes estilizados que

lembram as antigas baianas, suas coreografias geralmente são giros e

meio giros.

• Velha guarda – esta foi a maneira encontrada para homenagear os

fundadores da escola e ou antigos sambistas agora idosos, trajam ternos,

blaiser, saias nunca fantasias.

• Interprete ou puxador – pessoa de boa voz responsável pelo

samba-enredo é auxiliado por um grupo de apoio de cantores.

Curiosidade:Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais no Rio de Janeiro :2000 - Imperatriz Leopoldinese2001 - Imperatriz Leopoldinese2002 - Mangueira2003 - Beija-Flor2004 - Beija Flor2005 - Beija-Flor2006 - Unidos de Vila Isabel2007 - Beija-Flor2008 - Beija-Flor2009 - Acadêmicos do Salgueiro2010 - Unidos da TijucaEscolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais em São Paulo:2000 - Vai-Vai, X-9 Paulistana 2001 - Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde 2002 - Gaviões da Fiel 2003 - Gaviões da Fiel 2004 - Mocidade Alegre

2005 - Império de Casa Verde 2006 - Império de Casa Verde 2007 - Mocidade Alegre2008 - Vai-Vai2009 - Mocidade Alegre2010 - Rosas de Ouro

Em todo Brasil uma grande característica do carnaval o samba é

presença marcante em todos os estados e regiões, apesar do modelo de carnaval

existente no Rio de Janeiro acabar impondo seu estilo, por sua grandeza, outras

regiões tentam manter as tradições existentes adaptando o carnaval:

o Região Norte – Boi-Bumbá presente na grade festa de Parintins,

uma variante do bumba-meu-boi. Uma das danças que se assemelham

ao carnaval é o carimbo e lundu por sua maior característica ser a

sensualidade e o entrelaçamento dos pares.

o Região Nordeste – Bumba-meu-boi, e outras festas baseada nos

afoxés, no culto aos orixás e recentemente nos trios elétricos. Uma das

principais danças é o frevo por ser uma dança de multidões onde todos

aderem como uma corrente eletrizante. Em Pernambuco a mais bela

manifestação do carnaval está na evolução das tribos de caboclinhos.

o Região Centro-Oeste - Nesta região o carnaval não segue

característica própria, pelo fato da miscigenação de sua população povos

de outras áreas do Brasil, índios nativos e também com a proximidade

com o Paraguai e a Bolívia adotou algumas características.

o Região Sudeste – Nesta região o carnaval impera no Rio de

Janeiro e São Paulo com as escolas de samba

o Região Sul – Fandango no Paraná festa que congrega várias

danças regionais, as danças desta região evidenciam o romantismo no

espírito de fidalguia lembrando os grandes bailes da corte.

Após o que foi apresentado de maneira sintética sobre Carnaval uma das

maiores manifestações folclóricas do Brasil, iremos propor algumas atividades que

podem ser desenvolvidas nas aulas de Educação Física.

Professor as atividades sugeridas a baixo podem ser desenvolvidas

conforme cronograma de conteúdos e respeitando o andamento da aprendizagem

dos educandos, assim poderá variar a quantidade de aulas para se desenvolver

cada atividade respeitando as particularidades de cada turma.

ATIVIDADE I

I

Assunto tratado – Origem do carnaval.

Objetivo - Conhecer sobre as variações da origem do carnaval.

Descrição:

O carnaval é dançado de formas diferentes nas várias regiões Brasileiras. Vamos

pesquisar:

Separe os alunos em grupos, cada grupo ficará com uma Região Brasileira (sorteio).

Após esta divisão cada grupo deverá pesquisar como é vivenciado carnaval em

cada região, costumes, crenças, danças, cultura e vestimentas.

ATIVIDADE II

Assunto tratado – Origem do carnaval.

Objetivo - Conhecer sobre as variações da origem do carnaval e o contexto em que

se desenvolvem.

Descrição:

Após a pesquisa, promover um debate em sala de aula, onde cada grupo

apresentará seu trabalho e o socializará com os demais grupos. E para concluir esta

atividade iremos confeccionar um painel sobre as diferenças encontradas nos

carnavais e fixemos no mural da Escola.

ATIVIDADE III

Assunto tratado – História do carnaval.

Objetivo - Conhecer os aspectos históricos do carnaval e reconhecer as

possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de um enredo.

Descrição:

Neste momento iremos nos deter ao enredo de uma escola de samba imaginária:

Cada grupo (já determinado na atividade I) ficará encarregado de pesquisar junto a

comunidade um detalhe que possa servir de enredo para a sua escola de samba.

Após tentarão montar um samba-enredo (parodiado).

Ao final todas as equipes apresentarão seu samba-enredo.

ATIVIDADE IV

Assunto tratado – História do carnaval.

Objetivo - Conhecer os aspectos históricos do carnaval e experimentação, criação

de diferentes seqüências de movimentos.

Descrição:

Após pesquisa da atividade I (mantendo os grupos), cada um irá montar uma

seqüência de movimentos rítmicos que exemplifique o carnaval vivido na região

pesquisada e apresentar em sala de aula.

ATIVIDADE V

Assunto tratado – Origem e história do carnaval

Objetivo - Conhecer os aspectos históricos do carnaval e reconhecer as

possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de mascaras de carnaval.

Descrição:

Neste momento, iremos tentar produzir mascaras que os foliões utilizam no bailes de

carnaval, (podemos confeccionar em papel machê, materiais recicláveis, napas,

couros e ou cartolinas tudo bem colorido).

ATIVIDADE VI

Assunto tratado – Contextualização da dança folclórica, através do folguedo

carnaval.

Objetivo - Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, do carnaval

por meio da criação e adaptação de coreografias.

Descrição:

Para melhor entendermos o carnaval, faremos uma atividade partindo da letra da

música “Maria, carnaval e cinzas” – Luiz Carlos Paraná, interpretada por Roberto

Carlos (1968) seguirá a seguinte sequencia:

1. Os alunos sentados formando um círculo, cada um com a letra da música em

mãos, irão ouvir e acompanhar a melodia.

2. Na segunda vez tentarão cantar acompanhando o CD.

3. Cada aluno tentará explicar o significado desta canção em apenas uma

palavra, dirá o que sentiram da música o que representa para ele.

4. Dividir os alunos em grupos por afinidades de significados da musica.

5. Cada aluno pensará, criará e apresentará um único movimento que expresse

o significado de sua palavra, dentro de cada grupo não poderá ter movimentos

iguais.

6. Cada grupo montará uma sequencia de movimentos, juntando as criações

individuais e transformando-as em uma única de todo o grupo.

7. Após ensaios na sala de aula, cada grupo irá apresentar sua sequencia para

os demais.

8. Agora com uma coreografia montada e á partir do sentimento e significado

musical, partindo da criatividade e respeitando a vivencia de todos, e cada grupo irá

experimentar outro ritmo para esta mesma coreografia.

Observação: esta atividade será trabalhada em várias aulas, respeitando o

andamento da turma.

Sugestões de marchinhas:

http://letras.terra.com.br/marchinhas-de-carnaval

• Ai Morena.

• Atrás da banda.

• Balance – Braguinha/Alberto Ribeiro – interpretada por Gal Costa..

• Colombina lê lê lê.

• Chiquinha Bacana - Braguinha/Alberto Ribeiro.

• Turma do funil – comp. Mirabeu/M. de Oliveira/Urgel de Castro.

• Mamãe eu quero – by Marcha De Jararaca EV. Paiva.

• O abre alas.

Sugestões de videos

www.google.com.br/#q=videos+de+carnaval.

• Carnaval antigo 002 – 1 min 16 seg – 19 fev. 2009.Vídeo acervo tv Brasil –

youtube.com

• Domingo de carnaval no Recife antigo – 36 seg. – 9 de dez. 2008 –

uol.com.br.

• Tradição do carnaval carioca: os grupos de bate-bolas – 1 min 28 seg – 7 set.

2008 – globo.com.

REFERÊNCIAS

ARAÙJO, Alceu Mayard. Folclore Nacional vol 1. São Paulo: Melhoramentos, 1964.

ARAÙJO, Hiram./História do Carnaval no mundo./ Disponível em:

<http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/história-do-carnaval-no-mundo.>.Acesso em :

04 junho 2010.

BÍBLIA. Portugues. Bíblia Sagrada. Tradução por Frei João José Pereira de Castro.

São Paulo: Ave Maria, 1994.p.1285-1286.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore. 13ª edição, São Paulo: Ed.

Brasiliense, 1994.

CÔRTES, Gustavo. Dança Brasil! Festas e Danças Populares. Belo Horizonte.

Leitura, 2000

GARBOSI, Francisco. História, Mensagens e Embaixadas de Folia de Reis.

Londrina. Maxiprint, 2002.

HOLANDA, Aurélio B. F, Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 1ª edição, editora

Nova Fronteira; Rio de Janeiro;

LIMA, Claudia M. de A.R.,História do Carnaval.Recife.Bagaço,1997.

LUZ, Silrey, Cia Santo Reis Ireno Custódio Teixeira, São Paulo, Pauligraf, 2000;

Patrimônio Cultural da Humanidade, Disponível em

:http://wikipedia.org/wiki/Património_cultural Acesso em 05 julho 2010.

QUEIROZ, Maria Izaura Pereira, Carnaval Brasileiro, São Paulo, Brasiliense,1992.

ZIETHEN, Horst, Guía de la catedral y de la ciudad de Colonia,Texto Dr. Max-Leo

Schwering, ZV Ziethen-Verlag Gmbh, Albanstrabe 26. 50259 Pulhei