folia & foliões

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F O L I A & F O L I O E S GALO DA MADRUGADA Reverencia Ariano Suassuna Paço Do Frevo VENHA CONHECER NOSSA HISTORIA 2014 - R$ 10,00 O FREVO Ritmo Pernambucano

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Alunos: Altair Alves e Danielle Vilar

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FOLIA & FOLIOESGALO DA

MADRUGADAReverencia Ariano Suassuna

Paço Do FrevoVENHA CONHECER

NOSSA HISTORIA

2014 - R$ 10,00

O FREVO RitmoPernambucano

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ALÔ FOLIÕES ESTA É MAIS UMA EDIÇÃODA NOSSA REVISTA ANUAL “FOLIA & FOLIOES”

SABEMOS DA IMPORTÂNCIA DE LHE DEIXAR BEMINFORMADO SOBRE O CARNAVAL DO NOSSO ESTADO.

TRAZEMOS NESTA EDIÇÃO UM MAIS UMA VEZ O ASSUNTOQUE TODO TURISTA PROCURA, SEJAM BEM VINDOS

AO MELHOR E MAIOR CARNAVAL DO MUNDO.

PERNAMBUCO SEMPRE ESTARÁ DE BRAÇOS ABERTOSPARA RECEBER VOCÊ FOLIÃO, E A REVISTA

“FOLIA E FOLIÕES”, ESTÁ TRAZENDO O MELHOR PRA VOCÊ.

LEVE PARA TODA SUA FAMILIA, AMIGOS E COLEGASUM POUCO DO QUE VOCÊ VIVEU NO CARNAVAL DE 2014.

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SUMÁRIO

. . . . . . HISTÓRIA DO FREVO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . FREVO PATRIMÔNIO IMATERIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . CARNAVAL DE BEZERROS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . GALO DA MADRUGADA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . PAÇO DO FREVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . ESCOLAS DE SAMBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . .RECIFE / OLINDA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . .CARNAVAL DE PESQUEIRA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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O FREVO RitmoPernambucano

O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha e do maxixe. Surgido em Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acel-erado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, capoeiras saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo. A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo tem cerca de 100 passos. O nome FREVO vem de ferver e foi atribuido ao ritmo pelo mesmo causar efervescência, agitação, con-fusão, rebuliço entre os dançantes.O Jornal Pequeno, ves-pertino do Recife que mantinha a melhor seção carnava-lesca da época, na edição de 12 de fevereiro de 1908, fez a primeira referência à dança, chamando-a de frevo.De instrumental, o gênero ganhou letra no frevo canção e saiu do âmbito pernambucano para tomar o país. Basta dizer que O Teu Cabelo Não Nega, de 1932, considerada a composição que fixou o estilo da marchinha carnava-lesca carioca, é na verdade uma adaptação do composi-tor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos pernambucanos Irmãos Valença.

O FREVO Música

Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensaram em dar ao povo mais animação nos fol-guedos de carnaval, e a gente de pé no chão, queria música barulhenta e animada, que desse espaço para extravasar alegria dentro daquele improviso. No decorrer do tempo a música ganha características próprias acompanhada por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos. Nas suas origens o frevo sofreu várias influências ao lon-go do tempo, produzindo assim variedades. A década de trinta serve de base para a divisão do frevo em: Frevo-de-Rua, Frevo-Canção, Frevo-de-Bloco.

O FREVO dE Rua

É o mais comumente identificado como simples-mente frevo, cujas características não se assemelham com nenhuma outra música brasileira, nem de outro país. O frevo-de-rua se diferencia dos outros tipos de frevo pela ausência completa de letra, pois é feito unicamente para ser dançado. Na música é possível distinguir-se três class-es: o frevo-abafo ou de encontro, no qual predominam os instrumentos metálicos, principalmente pistões e trom-bones; o frevo-coqueiro, com notas agudas distancian-do-se no pentagrama e o frevo-ventania, constituído pela introdução de semicolcheias. O frevo acaba, temporar-iamente, em um acorde longo e perfeito. Frevos-de-rua famosos Vassourinhas de Matias da Rocha, Último dia de Levino Ferreira, Trinca do 21 de Mexicano, Menino Bom de Eucário Barbosa, Corisco de Lorival Oliveira, Por-ta-bandeira de Guedes Peixoto, entre outros.

FREVO cançãO

Nos fins do século passado surgiram melodias bonitas, tais como A Marcha n° 1 do Vassourinhas, at-ualmente convertido no Hino do carnaval recifense, presente tanto nos bailes sociais como nas ruas, capaz de animar qualquer reunião e enlouquecer o passista. O frevo-canção ou marcha-canção tem vários aspectos sem-elhantes à marchinha carioca, um deles é que ambas pos-suem uma parte introdutória e outra cantada, começando ou acabando com estrebilhos.

FREVO dE blOcO

Deve ter se originado de serenatas preparadas por agrupamentos de rapazes animados, que participavam simultaneamente, dos carnavais de rua da época, pos-sivelmente, no início do presente século. Sua orquestra é composta de Pau e Corda: violões, banjos, cavaquinhos, etc. Nas últimas três décadas observou-se a introdução de clarinete, seguida da parte coral integrada por mulheres.

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O FREVO dança Vários elementos complementares básicos com-põe toda dança, em especial no frevo os instrumentos musicais serviam como arma quando se chocavam agremiações rivais. A origem dos passistas são os ca-poeiras que vinham frente das bandas, exibindo-se e praticando a capoeira no intuito de intimidar os grupos inimigos. Os golpes da luta viraram passos de dança, embalados inicialmente, pelas marchas e evoluindo junto com a música do frevo.

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a sOMbRinHa

Outro elemento complementar da dança, o pas-sista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias. A sombrinha em sua origem não passava de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defe-sa, já que a prática da capoeira estava proibida.

Este argumento baseia-se no fato de que os primeiros frevistas, não conduziam guarda-chuvas em bom estado, valendo-se apenas da solidez da armação. Com o decor-rer do tempo, esses guarda-chuvas, grandes, negros, vel-hos e rasgados se vêm transformados, acompanhando a evolução da dança, para converter-se, atualmente, em uma sombrinha pequena de 50 ou 60 centímetros de diâmetro.

O VEsTuÁRiO

Também como elemento imprescindível em al-gumas danças folclóricas, o vestuário que se precisa para dançar o frevo, não exige roupa típica ou única. Geral-mente a vestimenta é de uso cotidiano, sendo a camisa

mais curta que o comum e justa ou amarrada à altura da cintura, a calça também de algodão fino, colada ao cor-po, variando seu tamanho entre abaixo do joelho e acima do tornozelo, toda a roupa com predominância de cores fortes e estampada. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short sumário, com adornos que dele pen-dem ou mini-saias, que dão maior destaque no momento de dançar.

PassOs dO FREVO

A dança do frevista é geralmente caracterizada pela sua individualidade na exibição dos passos. Os pas-sos nasceram da improvisação individual dos dançarinos, com o correr dos anos, dessa improvisação se adotaram certos tipos ou arquétipos de passos. Existem atualmente um número incontável de passos ou evoluções com suas respectivas variantes. Os passos básicos elementares po-dem ser considerados os seguintes: dobradiça, tesoura, locomotiva, ferrolho, parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, saci-pererê, abanando, caindo-nas-molas e pernada, este último claramente identificável na capoeira.

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unesco concede título de Patrimônio imaterial da Humanidade ao frevo

anúnciO FOi FEiTO EM PaRis, duRanTE a cERiMônia REaliza PEla ORganizaçãO. O FREVO FOi a única Ex-

PREssãO da culTuRa bRasilEiRa aValiada EM 2012.

O frevo, principal ritmo que anima o carnaval pernambucano, foi reconhecido no dia 04 de Dezembro de 2012, como Patrimônio Imaterial da Humanidade. O anúncio foi feito em Paris, durante a cerimônia organiza-da pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A escolha do ritmo para receber o título se deu na 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Sal-vaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, na sede da Unesco. A proposta de inscrição do frevo foi realizada pelo Ministério da Cultura (MinC) e Instituto do Pat-rimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O frevo foi a única expressão da cultura brasilei-ra avaliada nesta sessão, junto com outras 35 propostas, entre elas o canto budista de Ladakh (Índia), o trançado de chapéus de palha (Equador) e a luteria tradicional de violinos em Cremona (Itália).

O frevo tem o título de Patrimônio Cultural Ima-terial Brasileiro desde 2007, ano do seu centenário, quan-do também foi inscrito pelo Iphan no Livro de Registro das Formas de Expressão. De acordo com a inscrição, ‘é uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no estado de Pernambuco.

Uma comissão partiu do Recife para acompanhar a reunião, junto à secretária de Cultura do Recife, Simone Figueirêdo, e ao presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), André Brasileiro.

De acordo com a Unesco, o Patrimônio Cultural Imaterial abrange práticas e expressões vivas passadas de uma geração à outra. Inclui tradições orais, artes performáti-cas, práticas sociais, eventos celebratórios, sabedorias e práti-cas relacionadas à natureza e ao universo.

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Os PaPangus dO caRnaVal dE bEzERROs, uMa TRadiçãO cEnTEnÁRia:

A tradição dos Papangus é comum a quase todo o interior de Pernambuco, mas se mantém mais forte no município de Bezerros.

A história dos Papangus de Bezerros tem várias versões e remete ao ano de 1881. “O papa-angu nasceu de uma brincadeira de familiares dos senhores de en-genhos, que saiam mascarados, mal vestidos, para visitar amigos nas festas de entrudo – antigo carnaval do sécu-lo dezenove –, e comiam angu, comida típica do agreste pernambucano. Por isso, as crianças passaram a chamar os mascarados de papa-angu”, esclarece o professor Ron-aldo J. Souto Maior, fundador do Instituto de Estudos Históricos, Arte e Folclore dos Bezerros.

Há versões populares sobre a origem desses per-sonagens no carnaval de Bezerros. Uma, vem de uma história muito antiga: dois irmãos que comiam muito angu, resolveram cortar as pernas das calças e cobrir o rosto com capuz para não serem reconhecidos, mas o disfarce não funcionou. Foram descobertos pela gula. Outra, é que, no século 19, os mascarados ganharam esse nome depois que uma senhora resolveu preparar angu de xerém para alimentá-los.

HisTÓRia dO PaPangu:

Personagens indispensáveis no carnaval de Per-nambuco, os Papangus são hoje alegres foliões mascara-dos que circulam pelas ruas das cidades, dando um col-orido especial à festa, especialmente em Bezerros, que apresenta a maior concentração desse tipo de carnavale-sco. Mas a história não começou assim.

O caRnaVal dE bEzERROs Figura temida, sobretudo pelas crianças, o pa-pangu que puxava as procissões religiosas começou a ser questionado e proibido partir de 1831 através das Postu-ras da Câmara Municipal do Recife. Depois disso, o ter-mo papangu passou a denominar tudo o que fosse agres-sivo ou grosseiro. Em 1846, circulou no Recife um jornal político, de linha editorial panfletária, sob o título de “O Papa-Angu”.

O historiador Renan Pimenta Filho descreveu e caracterizou bem os Papangus: “Indivíduo que ia à frente da Procissão de Cinzas (realizada na quarta-feira de cinzas no Recife e em Olinda) encarregado de tocar cor-neta anunciando o cortejo. Ele vestia uma túnica de tecido escuro, tinha a cabeça e o rosto cobertos por um capuz branco com três buracos: um na boca e dois nos olhos. Levava um chicote com o qual batia nos moleques que tentavam perturbar o desfile religioso. Atrás do papangu, vinham as várias alas da procissão”.

Em Bezerros, os primeiros Papangus de que se têm notícias surgiram na década de 1930. Os chamados “Papangus pobres”, que trajavam roupas velhas e máscaras rústicas confeccionadas com papel jornal e goma.

Em 1905, o Papangu consagra-se no Carnaval de Bezerros, e a partir dos anos 1960, os Papangus de Bezer-ros ficaram mais numerosos, embora uns ainda usando fantasias pobres, mas outros já exibindo batas coloridas e máscaras bem trabalhadas. A década de 1990, marcou a grande mudanças nas indumentárias, depois que a tele-visão começou mostrar o carnaval da cidade. Nesse mo-mento, os papangus bezerrenses passaram a usar máscar-as sofisticadas, confeccionadas com diferentes tipos de materiais e desenhadas por artistas plásticos locais ou de outras regiões de Pernambuco.

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A “brincadeira” cresceu tanto que, hoje, Bezerros é conhecida como a Terra dos Papangus. A cultura do papangu é vivenciada durante o ano inteiro, através das oficinas de máscaras, da culinária desenvolvida com vari-ados pratos feitos com angu, além das oficinas de dança e música carnavalesca. Atrações que se mistruram ao turis-mo rural e de aventura que também caracteriza a região

A EVOLUÇÃO DAS MÁSCARAS D OS PAPANGUS:

Antigamente os Papangus usavam máscaras con-feccionada com coité (cuia do fruto), e pintadas com azeitona preta, açafrão e folha de fava. Os mascarados us-avam chocalhos ao redor da roupa, que era enfeitada com palha de banana e nas mãos levavam maracás de coco seco com pedra dentro.

Atualmente, a matéria–prima usada nas máscar-as é o papel colé e maché. Os papangus vestem túnicas compridas, dos pés à cabeça, colocam as máscaras para ficarem totalmente cobertos, pois a meta é se esconder, ganhando a farra sem ser identificados.

Antes de cair na folia, costumam comer angu, que é normalmente fornecido pelos moradores locais, man-tendo vida a tradição centenária.

Quando vai chegando a época próxima do carna-val, os foliões procuram confeccionar suas fantasias em segredo, para não correrem o risco de ser desmascarados antes da festa.

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galo da MadrugadaO maior bloco carnavalesco do Mundo.

O Galo da Madrugada é um Clube carnavalesco que sai todo sábado de carnaval do bairro de São José, um dos bairros do centro da cidade do Recife, capital do esta-do de Pernambuco, nordeste do Brasil.Foi oficialmente considerado pelo Guinness Book - o liv-ro dos recordes - o maior bloco de carnaval do mundo em 1995, Além do Recife, o Galo está presente em várias cidades do Brasil

Em 2011, o desfile do Clube de Máscaras Galo da Madrugada, no centro do Recife, arrastou mais de 1,7 mil-hão de foliões. A agremiação foi criada por Enéas Freire em 1978 e surgiu na rua Padre Floriano nº 43, no bairro de São José.

Em 2012, o bloco teria, segundo fontes da própria organização, levado cerca de 2 milhões de pessoas.

Em 2013, seguindo a tendência dos anos anteri-ores, o número de foliões aumentou e o bloco reuniu cer-ca de 2,3 milhões de pessoas no centro do Recife.2 3 4 .Em 2014, o bloco teve 2,4 milhões de pessoas.

Trajeto O trajeto do Galo começa em frente ao Forte das Cinco Pontas, passando pela Travessa do Forte, Forte das Cinco Pontas, Rua Imperial, Praça Sérgio Loreto(sentido Av.Sul), Av. Sul, Rua Saturnino de Brito, Rua Imperial(-sede do Galo), Praça Sérgio Loreto(sede do Galo), Rua do Muniz, Av. Dantas Barreto, Av. Guararapes(apoteose) e dispersão na Rua do Sol. Vários barcos se posicionam no Rio Capibaribe para acompanhar a passagem do bloco.

A movimentação de pessoas no centro do Recife no sábado de carnaval do Galo da Madrugada dura todo o dia. Os foliões começam a chegar de manhã - por volta das 7 horas da manhã - e o bloco tem sua saída oficial por volta das 09 horas; os trios elétricos tocam até cer-ca de 18 horas e até a noite ainda sobram muitas pessoas voltando para casa ou seguindo direto para outra aglom-eração de carnaval do Recife, a maioria delas localizadas no perímetro do Recife Antigo.

O Galo da Madrugada é composto por carros alegóricos, freviocas e vários trios elétricos (cerca de vinte e sete em 2009).

O principal ritmo tocado no bloco é o frevo, mas vários outros ritmos são executados pelas dezenas de trios que cruzam a cidade animando os foliões.

Hino do galoMúsica: José Mário Chaves

Letra: Alceu Valença

Refrão:Ei pessoal, vem moçada

Carnaval começa no Galo da Madrugada (bis)

A manhã já vem surgindoO sol clareia a cidade com seus raios de cristal

E o Galo da MadrugadaJá está na rua, saudando o Carnaval

Refrão...

As donzelas estão dormindoAs flores recebendo o orvalho matinal

E o Galo da Madrugada

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Já está na rua, saudando o Carnaval

O Galo também é de brigaAs esporas afiadas, e a crista é coralE o Galo da MadrugadaJá está na rua, saudando o Carnaval

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Instalado no Bairro do Recife, o Paço do Frevo é um espaço dedicado à difusão, pesquisa, lazer e formação nas áreas da dança e música do frevo, visando propagar sua prática para as futuras gerações. É um espaço para perpetuar a riqueza de um dos principais ícones da identidade pernambucana, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural e imaterial brasileiro. Uma iniciativa da Prefeitura do Recife, com criação e realização da Fundação Roberto Marinho. Venha mergulhar em um vasto universo de personalidades, histórias, memórias e experimentar o carnaval pernambucano durante o ano todo.

TEM FREVO PaRa TOdOs, O anO TOdONO PAÇO DO FREVO VOCÊ ENCONTRA UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE AÇÕES, PROJETOS E ATIVIDADES PARA VALORIZAR, PROTEGER, TRANSMITIR E PROMOVER O FREVO.

cEnTRO dE dOcuMEnTaçãO

A história do frevo é contada em vídeos, numa linha do tempo e no Centro de Documentação Maestro Guerra Peixe, que reúne documentos e informações rela-tivos ao universo do frevo.

EscOla dE Música

A Escola de Música permite um contato siste-matizado com a música do frevo, em suas diversas lingua-gens e modalidades, para formar novos músicos e novos repertórios.

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HORa dE aVançaR

O carnaval é o maior companheiro do frevo, mas também seu algoz. A ideia central do paço é desvincular o gênero musical pernambucano da folia. Mesmo que tenha seu auge na festa, ele é tocado ao longo do ano – ainda assim, restrito a Pernambuco, “ao contrário do samba, um gênero transregional”, comenta o músico Antônio Nóbre-ga. “Aqui, oferece-se um olhar um pouco mais avançado sobre o frevo”, acrescenta ele.

O espaço vai funcionar também como escola, con-tando com salas de aula e estúdio, onde os alunos gravarão frevos que serão veiculados numa web radio. Há cursos de dança, adereços e maquiagem. “Vamos oferecer de ofici-nas pequenas a cursos longos. Teremos a documentação disso para que o processo faça parte da história do próprio frevo”, comenta Vilma Guimarães, gerente de Educação da Fundação Roberto Marinho.

O maestro Spok, da SpokFrevo Orquestra, começa a dar aulas em março. “A sazonalidade é o grande proble-ma”, afirma ele, referindo-se à concentração de atividades no período carnavalesco. Montada há pouco mais de uma década, sua big band quebrou paradigmas. Referência na música instrumental, ela se apresenta durante todo o ano tanto no Brasil quanto no exterior. Em outubro, Spok vai tocar no Lincoln Center, em Nova York, o palco sagrado do jazz.

“Frevo não tem escola, pois nasce na rua. Sempre sonhei com um espaço para lapidar a técnica dessa músi-ca”, diz Spok. Ariano Suassuna completa: “O Paço do Fre-vo muda a situação, porque agora as pessoas têm como compreender manifestação cultural tão importante.”

Maestro Spok fala um pouco da alegria de ver o Paço do Frevo sair do papel.

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Escolas de samba do carnaval de Pernambuco

Manifestação cultural popular, musical, co-reográfica e poética, o samba acontece em quase todos os Estados brasileiros, com destaque para Bahia, Rio de Ja-neiro e Pernambuco, desde os tempos coloniais. No nosso estado, o samba organizado em escolas, adquire carac-terísticas próprias, como por exemplo, a incorporação de instrumentos de execução musical e coreografias herda-das do frevo, do maracatu, da capoeira, além de outras expressões.

A palavra “escola”, com relação ao Samba, foi uti-lizada primeiramente pelos velhos sambistas cariocas, que se reuniam na casa da Tia Ciata, de onde teria surgido o Bloco Deixa Falar, fundado por Ismael Silva, na década de vinte. Ali estavam ninguém menos que Sinhô, Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha, entre outros batutas. Dada a uniformidade das vestimentas do bloco, este tomou aspecto de grupo de colegiais, daí ser comparado a colégio, enfim, Escola de Samba.

Chegou ao Recife na época da Segunda Guerra Mundial, em 1942, o Encouraçado São Paulo, que trazia entre seus tripulantes, além de uma banda marcial, ele-mentos que compunham um bloco de samba, que desfilou na cidade, pela primeira vez, com o nome de Mimosas da Folia. Já havia em Casa Amarela a batucada o Bando da Noite, que passou a ser chamada, ainda como batucada de Cuíca de Bambu, e por fim Escola de Samba Quatro de Outubro. Nos anos 1930, a Escola de Samba Limonil, do bairro de Afogados, entra para a história do Carnaval da cidade.

Um misto de festa e espetáculo, o desfile de uma escola de samba é um verdadeiro ritual que gira em tor-no do canto, do visual, da música e da dança. O enredo transforma-se numa linguagem plástica traduzido nas fantasias, adereços e alegorias. A presença do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira no desfile é um dos ele-mentos mais representativos. Num bailado harmonioso, exibe o maior símbolo da agremiação: o Pavilhão. Out-

ras figuras importantes de uma escola são as baianas, a comissão de frente, e os destaques, com suas fantasias de luxo e volumosas. À bateria cabe sustentar com sua mar-cação, a cadência, o canto e a evolução de todo o grupo, além de permitir aos passistas demonstrarem toda graça e sensualidade. Surdos, agogôs, repiques, pandeiros, caixas, apitos, tamborins, cuícas, reco-recos, ganzás e chocalhos compõem a bateria de uma escola. É importante destacar o papel do mestre de bateria e seus ritmistas. Essa relação é fundamental para que haja harmonia.

Com extraordinária beleza, as escolas de samba contam histórias e sonhos, ficção e realidade, isto é, um espetáculo que sintetiza em seu conjunto, a seqüência in-tegral e a fluência de apresentação, a unidade e o equilíbrio artístico das diversas formas expressivas do desfile (musi-cal, dramática, visual) e a energia de comunicação de to-dos os participantes.

FEdERaçãO das EscOlas dE saMba dE PERnaMbucO

A Federação das Escolas de Samba de Pernambu-co - FESAPE - é um entidade representativa de escolas de samba do estado de Pernambuco, Brasil. Fundada em 1954, organizou o desfile de escolas de samba no Carna-val do Recife até 1992, quando muitas escolas voltaram a participar do concurso promovido pela Federação Carna-valesca de Pernambuco, sendo que a partir de 2000 houve também o conurso da Associação das Escolas de Samba de Pernambuco.

Até 2002, a FESAPE seguiu organizando seu des-file próprio, até que em 2003 a Fundação de Cultura da Ci-dade do Recife assumiu o evento, unificando novamente a competição. Apesar disso, ainda as escolas de samba estão divididas entre FESAPE e AESPE, reconhecendo uma ou outra como seu órgão representativo oficial junto ao pod-er público e instituições privadas. Entre as escolas filiadas à FESAPE atualment es-tão:Gigante do Samba, Galeria do Ritmo, Samarina e Cri-ança e Adolescente.

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assOciaçãO das EscOlas dE saMba dE PERnaMbucO

A Associação das Escolas de Samba de Pernam-buco - AESPE - é um entidade representativa de escolas de samba do estado de Pernambuco, Brasil. Foi fundada como uma dissidência da FESAPE, organizando seu pri-meiro concurso carnavalesco a partir de 2000 até 2002, quando para o ano seguinte a Fundação de Cultura da Ci-dade do Recife assumiu o evento, unificando novamente a competição. Apesar disso, ainda as escolas de samba estão divididas entre FESAPE e AESPE, reconhecendo uma ou outra como seu órgão representativo oficial junto ao pod-er público e instituições privadas.

A AESP é ligada à Associação Carnavalesca de Pernambuco. Entre as escolas filiadas à AESPE atual-mente estão: Estudantes de São José, Unidos de São Car-los, Queridos da Mangueira, Deixa Falar e Preto Velho.

EscOlas dE saMba

• G.R.E.S. Limonil - fundada em 1935• G.R.E.S. Gigantes do Samba - fundada em 1942• G.R.E.S. Estudantes de São José - fundada em 1949• G.R.E.S. Sambistas do Cordeiro - fundada em 1956• G.R.E.S. Galeria do Ritmo - fundada em 1962• G.R.E.S. Luar de Prata - fundada em 1963• G.R.E.S. Grêmio Recreativo Escola de Samba

Estas são algumas das Escolas de Samba que fizeram ou fazem o carnaval de Pernambuco.

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REciFE & Olinda

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Pistola é o grande home-nageado do carnaval de Todas as culturas 2014

O paraibano Carlos Antônio, mais conhecido como Pistola, e que prefere não dizer a idade, mora em Pesqueira desde pequeno. Ele foi escolhido por votação, dia 14, por representantes dos blocos e agremiações que desfilarão no Carnaval de Pesqueira, ‘’para mim é uma grande honra e eu não esperava ser homenageado. Em outros carnavais, a gente só via gente importante sendo destaque, por isso, estou muito feliz” disse Pistola.

Pistola é uma figura folclórica e que diverte a to-dos em dias de festa, principalmente nos carnavais de Pesqueira. Ele “assume” a cada ano um personagem, “este ano vou sair de Paloma, aquela da novela das 8, vou me vestir e brincar neste carnaval” revela Pistola

O evento aconteceu no teatro da Rádio Jornal , em Pesqueira, onde contou com a presença de diretores e assessores da Secretaria de Turismo do município, entre eles Ricardo (Dico), Sargento Miranda, Rosângela Ama-ral, Wercilei de Freitas entre outros.

É por meio de uma politica de valorização cul-tural que a Prefeitura de Pesqueira, através da Secretaria Municipal de Turismo lançou desde 2013 o Carnaval de Todas as Culturas. O objetivo é valorizar e evidenciar o po-tencial local por meio da diversidade cultural existente no município. O brilho colorido e a animação de mais de 115blocos e troças irão comandar a festa do Carnaval de Pesqueira 2014. As Cambindas Velhas, com suas roupas coloridas e muita irreverência, saem pelas ruas fazendo suas evoluções ao som dos tambores e taróis há exatos 104 anos. O Lira da Tarde que arrasta multidões ao som do Frevo e do Maracatu. Os Caiporas com sua tradicio-nal troça desfilando há mais de 50 carnavais. Em 2014, os ritmos caboclinho, maracatu, frevo, axé e samba, sem contar blocos de rua, escolas de samba, atrações a nível regional e nacional, que fazem do nosso carnaval um dos melhores de Pernambuco, serão as obras primas para uma das maiores manifestações culturais do país.

A cidade está preparada para receber os turis-tas, que, inclusive nesta época do ano, chegam de todas as regiões do Brasil. Orquestras afinadas e ensaiadas para

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darem som, e Blocos e Troças para darem cor ao nosso Carnaval, Hotéis e Pousadas prontos para darem confor-to ao folião, e dezenas de residências alugadas, tudo isso fazendo a economia aquecer, gerando emprego e renda garantida. Distante 215 km da Capital do Estado Recife, a cidade que teve a primeira indústria de doce do País é conhecida também nacionalmente pela tradição da Ren-da Renascença e o Turismo Religioso, sendo nosso carna-val realizado esse ano de 27 de Fevereiro a 04 de Março de 2014. E você é o nosso convidado especial.

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