da escola pÚblica paranaense 2009 - … · do ensino fundamental e para o ensino médio. seed. ......
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
OAC - OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA
IMAGEM CORPORAL EM ADOLESCENTES ESCOLARES
Produção Didático-Pedagógica - OAC -
Objeto de Aprendizagem Colaborativa,
elaborado pela professora Regina Cieniuch,
da disciplina de Educação Física, Município
de Cruz Machado, Núcleo Regional de
Ensino de União da Vitória, como parte
integrante do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), sob a orientação da
professora Maria Angélica Binotto –
UNICENTRO – Campus de Irati.
CRUZ MACHADO – 2010
Proposta N°9247
Situação do OAC: Rascunho
Autor: REGINA CIENIUCH
Estabelecimento: CERRO AZUL, C E BARAO DO - EF MEDIO NORM
Ensino: ENSINO MEDIO
Disciplina: EDUCACAO FISICA
Conteúdo: GINÁSTICA
Cor do conteúdo:
Relato
Chamada para o Relato:
A Educação Física pode contribuir para minimizar as insatisfações corporais
em adolescentes escolares?
Texto:
Adolescentes Escolares e a preocupação com a imagem corporal
Considerando o tema e sua contextualização histórica, observou-se por
meio da literatura que a preocupação com a imagem corporal começou na
França, século XVI, com registros do médico Ambroise Paré, sobre queixas de
pacientes que diziam sentir dor em membro amputado. Atualmente,
contribuições de Paul Schilder são referências em estudos de imagem corporal,
estudiosos relatam que ele antecipou a importância das pesquisas sobre
percepção corporal, chamou a atenção para beleza, aparência e atratividade.
Para Schilder (1999) , “entende-se por imagem do corpo humano a figuração
de nosso corpo formada em nossa mente...”. Contemporaneamente as
preocupações com a imagem do corpo são acentuadas, se as percepções não
se aproximam dos padrões de beleza estabelecidos, ocorre a insatisfação com
a imagem corporal.
Pesquisas revelam que antes da puberdade devido às alterações das
estruturas corporais aparecem as primeiras preocupações com a imagem
corporal, porém na adolescência elas se intensificam. Pela necessidade de
enquadrar-se aos padrões pré estabelecidos em relação a beleza corporal,
podem ocorrer comportamentos patológicos de controle de peso que levam ao
desenvolvimento de desordens alimentares, tais como anorexia e bulimia
nervosa. A insatisfação com a imagem corporal não provêm somente dos
transtornos alimentares, a obesidade também colabora nesse sentido, e por se
tratar de um componente de dimensão emocional, ela pode ser observada
ainda em pessoas eutróficas isentas de transtornos alimentares e obesidade.
Neste sentido, a Educação Física, conforme trazem as Diretrizes
Curriculares do Paraná, explora os conhecimentos relativos ao corpo e suas
relações com o mundo. Tornando-se assim importante a atuação de
educadores no sentido de abordar temáticas que envolvam a preocupação com
o corpo sob uma perspectiva crítica para minimizar as insatisfações corporais
que possam ser construídas ao longo da vida.
Portanto, este OAC objetiva trazer mais conhecimentos aos profissionais
da educação física, em relação as percepções corporais de seus alunos, para a
partir disso intervir com propostas pedagógicas que auxiliem no
desenvolvimento da imagem corporal. Através das sugestões neste estudo
apresentadas, será possível realizar pesquisas entre os alunos para verificar a
insatisfação com a imagem corporal sugerindo-se textos que podem também
ser utilizados pedagogicamente visando auxiliar o adolescente na sua
percepção em relação com a sua imagem corporal e o profissional que atua
neste contexto.
Referências bibliográficas:
CAMPANA, A.N.N.B.; TAVARES, M.C.G.C.F. Avaliação da Imagem
Corporal: instrumentos e diretrizes para pesquisa. São Paulo: Phorte, 2009.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais
do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. SEED. Curitiba, 2009.
TAVARES, Maria da Consolação G. Cunha F. Imagem Corporal – Conceito e
Desenvolvimento. Barueri, SP: Manole,2003.
TAVARES, Maria da Consolação G. Cunha F (org). O Dinamismo da Imagem
Corporal. São Paulo: Phorte, 2007.
SCHILDER, P. A Imagem do corpo: as energias construtivas da psique.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Sugestão de Leitura Categoria: Livro 1
Sobrenome: CAMPANA
Nome: Angela Nogueira Neves Betanho
Sobrenome Autor: TAVARES
Nome Autor: Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes
Título do Livro: Avaliação da Imagem Corporal
Edição: não consta
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Phorte
Ano da Publicação: 2009
Comentários:
Esta obra levou em consideração o crescimento das pesquisas relacionadas à
imagem corporal nas mais variadas áreas de atuação. É justificado que com
esse interesse em pesquisar o tema, conceitos e formas de avaliação
equivocados muitas vezes são adotados pelos pesquisadores, prejudicando as
pesquisas, gerando dados confusos. Com essa preocupação, as autoras
propuseram esta obra para descrever as tendências atuais de pesquisa em
imagem corporal, descrevendo e indicando as possibilidades de aplicação de
instrumentos validados. O livro é composto por cinco capítulos que abordam
desde os aspectos históricos e conceituais do tema, passando para a avaliação
perceptiva e atitudinal, a seguir apresentando instrumentos disponíveis para
avaliar a imagem corporal e finalmente apontando diretrizes para a validação
de instrumentos. Explica sobre os cuidados a serem tomados ao se realizar
pesquisas sobre imagem corporal e apresenta instrumentos que podem ser
usados nas pesquisas, sejam eles criados no Brasil ou traduzidos e adaptados
que passam pelo estudo de validação psicométrica. Alerta que um instrumento
criado num país só poderá ser usado em outro depois de ter sido traduzido,
adaptado e validado, isso garante que os dados levantados pelos instrumentos
estarão livres de erros aleatórios e que darão informações acerca daquilo que o
pesquisador vai investigar.
Livro 2:
Sobrenome: TAVARES
Nome: Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes
Título do Livro: Imagem Corporal – conceito e desenvolvimento
Edição: não consta
Local da Publicação: Barueri - São Paulo
Editora: Manole
Ano de publicação: 2003
Comentários:
O livro apresenta, de forma atualizada, o conceito e desenvolvimento da
imagem corporal de forma coerente com os conhecimentos científicos atuais.
Também relata como iniciaram as primeiras pesquisas e o interesse pelo tema,
e explicita como ocorrem atualmente essas pesquisas, comentando que são
realizadas de forma isolada, porém, com a existência de uma busca de maior
comunicação entre os pesquisadores com a valorização de trabalhos conjuntos
e estruturação de linhas de pesquisa. O mesmo destina um capítulo relatando
sobre as idéias de Paul Schilder, abordando sobre os aspectos fisiológicos,
libidinais e sociais apresentados por ele, bem como as conclusões a que
chegou esse filósofo, psicólogo e médico que representa um marco nos
estudos da imagem corporal. Em relação ao desenvolvimento da imagem
corporal, são apresentados conceitos sobre as sensações corporais, pulsões,
fantasias e narcisismo de maneira clara, que levam o leitor a melhor entender a
dimensão psicológica do tema. São também abordados princípios norteadores
para facilitar o processo de desenvolvimento da imagem corporal. A obra é
destinada a estudantes e profissionais de várias áreas, como Educação Física,
Medicina, Psicologia e Fisioterapia, e àqueles interessados em compreender
melhor a dimensão de uma abordagem corporal no processo de formação e
desenvolvimento da imagem corporal das pessoas.
Livro 3:
Autor: TAVARES
Nome Autor: Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes
Título do Livro: O dinamismo da imagem corporal
Edição: não consta
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Phorte
Ano da Publicação: 2007
Comentários:
O livro é uma coletânea de vários textos que representam um recorte da
produção do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Imagem Corporal, da
UNICAMP, formado por professores universitários, alunos de graduação e pós-
graduação e profissionais de várias áreas que tem interesse pelo tema. Na
primeira parte da obra é apresentado o conceito de imagem corporal
considerando diversos aspectos de neurofisiologia, sociologia e psicologia
pertinentes ao tema que procuram esclarecer a questão “afinal, o que é
imagem corporal?”. A obra considera que uma das maiores polêmicas quando
se trata da definição de imagem corporal é a distinção ou não, entre imagem
corporal e esquema corporal, esclarecendo de forma simples que a maioria dos
estudiosos que defende uma divisão entre esses termos atribui à imagem
corporal características “psicológicas”, subjetivas e ao esquema corporal
características “biológicas”. Na sequência da obra, especialistas de diversas
áreas apresentam temas relacionados com imagem corporal, segundo seus
contextos profissionais, entre os quais, na área da Educação Física, destacam-
se: Imagem corporal em Educação Física: re-significando a desvantagem;
basquete sobre rodas e a imagem corporal; atividade física, envelhecimento e
imagem corporal; imagem corporal e deficiência visual; a imagem corporal e as
sensações, na prática do Rolfing® e do SE® - Experiência Somática®.
Categoria: Periódico
Sobrenome: DINA
Nome: Alves
Sobrenome Autor: PINTO
Nome Autor: Mário
Sobrenome Autor: ALVES
Nome Autor: Sara
Nome do Periódico: Cultura e imagem corporal
Local da publicação: Revista Motricidade Volume:5 Número:1
Disponível em (endereço
WEB):http://www.revistamotricidade.com/arquivo/2009_vol5_n1/v5n1a02.pdf
Data de Publicação (mês.ano): Janeiro/2009
Comentários:
Esse estudo teve como objetivo principal estabelecer a relação existente entre
cultura e imagem corporal. O autor considera que ao longo da História foi
sempre evidente a importância da cultura enquanto reguladora do
comportamento humano, uma vez que o indivíduo é socializado, partilha e
interioriza um conjunto de atitudes, crenças, valores que são transmitidos de
geração em geração. Reforça que o indivíduo molda as suas ações em função
daquilo que é normal e aceitável no seu meio social, na procura incessante de
preencher os requisitos exigidos pela cultura à que pertence. Nele é destacado
que as sociedades ocidentais retratam uma verdadeira “cultura do magro” que,
segundo investigações realizadas apontam o sexo feminino como a principal
“vítima”, todavia reforça que é cada vez mais evidente que a insatisfação
corporal é uma realidade para ambos os sexos. O trabalho foi baseado na
leitura e análise de trinta e quatro artigos científicos relacionados ao tema
“satisfação corporal e cultura”, publicados a partir de 2000, a grande maioria
desses escritos em inglês ou português do Brasil, consultados em bibliotecas,
através da internet. Na conclusão da pesquisa é afirmado que a cultura
desempenha um papel fundamental na maneira como o indivíduo percebe e
deseja sua imagem corporal.
Categoria: Revista Científica
Sobrenome: CONTI
Nome: Maria Aparecida
Sobrenome Autor: SLATER
Nome Autor: Betzabeth
Sobrenome Autor: LATORRE
Nome Autor: Maria do Rosário Dias de Oliveira
Título do artigo: Validação e reprodutibilidade da Escala de Evaluación de
Insatisfación Corporal para Adolescentes
Título da revista: Revista Saúde Pública
Local da Publicação: São Paulo
Volume ou tomo: 43
Página inicial: 515 Página final: 524
Disponível em (endereço
WEB):http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102009000300016
Data de Publicação (mês.ano): Junho/2009
Comentários:
Este artigo é resultado de uma pesquisa destinada a validar a escala de
insatisfação com a imagem corporal em adolescentes, da versão espanhola
para o português. Segundo as pesquisadoras, instrumentos com tradução e
adaptação cultural validados para a realidade brasileira garantem que as
informações obtidas sejam fidedignas ao grupo pesquisado. Esses
instrumentos podem ser aplicados em contexto epidemiológico, clínico e
promoção da saúde. A EEICA (Escala de Evaluación de Insatisfación Corporal
para Adolescentes) avalia a insatisfação corporal de jovens do sexo masculino
e feminino, na faixa etária de 12 a 19 anos. As vantagens desta escala em
relação às demais referem-se a sua facilidade de aplicação e correção, bem
como à obtenção de informações referentes à frequência de comportamentos
relacionados ao cuidado corporal, percepção corporal, influência familiar e
social. A EEICA é, na verdade, um questionário de 32 questões de
autopreenchimento na forma de escala Likert de pontos, que tem uma variação
de seis categorias de resposta: 1 – nunca; 2 – quase nunca; 3 – algumas
vezes; 4 – muitas vezes; 5 – quase sempre; 6 – sempre. As questões com
direção negativa (questões 6, 10, 18, 21, 27, 29 e 32) assumem o valor 0 para
as respostas sempre, quase sempre e muitas vezes, o valor 1 para a resposta
algumas vezes, o valor 2 para a resposta quase nunca e o valor 3 para a
resposta nunca. O escore é calculado pela soma das respostas e varia de 0 a
96 pontos. Quanto maior a pontuação, maior a insatisfação corporal do
adolescente.
Imagens
Comentários e outras sugestões de Imagens:
Homem Vitruviano é um desenho com mais de 500 anos, de meados de 1490,
feito pelo renascentista Leonardo da Vinci que representa um estudo sobre as
proporções do corpo humano e que é atualmente, citado como referência
estética da simetria e proporção corporal. Da Vinci acreditava na perfeição da
figura humana e buscava estabelecer um tipo de beleza ideal, o que comprova
que a preocupação com a estética, forma, proporção e composição do corpo
humano não são exclusivas da era contemporânea. Contudo, é inegável que os
padrões estéticos mudam de geração em geração influenciados pela cultura
vigente. Pinturas de Peter Raul Rubens (1577-1640) e Francisco de Goya
(1746-1828) ilustram mulheres com formas obesas, bem diferentes da estética
atual de beleza corporal que valoriza a magreza. As Três Graças, imagem
encontrada no link http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/licao-peso-
475584.shtml consultado em março, 2010, e Maia Desnuda de Goya, imagem
encontrada no link: http://movimentodomundo.blogspot.com/2009/11/sombras-
de-goya.html consultado em março, 2010, são obras, respectivamente de Peter
Raul Rubens e Francisco de Goya que podem ser citadas como exemplos em
comparação aos modelos atuais de magreza. Para exemplificar com ilustração
o padrão atual de beleza pode ser usada imagem de uma modelo
extremamente magra encontrada no link
www.esramada.pt/pt/alunos/alimsau/anorexia.htm, consultado em maio de
2010. E a fim de ilustrar um transtorno alimentar, anorexia, indica-se desenho
encontrado no link
http://www.senado.gov.br/sf/senado/portaldoservidor/jornal/Jornal109/nutricao
_disturbios.aspx, consultado em maio de 2010. Para realização de pesquisa
com adolescentes, sugere-se a escala de silhuetas, encontrada na dissertação
de mestrado, consultada em maio de 2010, no link
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/ECJS-
76KMH6/1/ana_elisa_ribeiro_fernandes.pdf
Sítio
Título do Sítio: Saúde em movimento
Disponível em (endereço web): http://www.saudeemmovimento
Acessado em (mês.ano): Março/2010
Comentários:
É um site voltado para a área da saúde. Relacionado ao tema deste OAC, traz
informações sobre atividade física em vários aspectos: vantagens fisiológicas,
efeitos sobre o organismo, cuidados com o sedentarismo, efeitos psicológicos e
cognitivos, entre outros. Também apresenta conteúdos relacionados à nutrição:
nutrientes e funções, nutrição e qualidade de vida, nutrição e alimentos
funcionais e nutrição esportiva. Presta também serviços como: programas de
avaliação física, ingestão calórica e outros. Sugere outras fontes de pesquisa
de temas relacionados à saúde e educação física.
Título do Sítio: Psiqweb
Disponível em (endereço web): http://www.psiqweb.med.br
Acessado em (mês.ano): Março/2010
Comentários:
Apresenta temas de psiquiatria geral, entre os quais, de interesse para essa
produção didática-pedagógica, adolescência e puberdade, transtornos
alimentares, obesidade, entre outros.
Título do Sítio: Nutrociência
Disponível em (endereço web): http://www.nutrociencia.com.br
Acessado em (mês.ano): Março/2010
Comentários:
É uma empresa de orientação e apoio na área de nutrição, alimentação e
qualidade de vida. Tem como principais objetivos a difusão de informação
científica para profissionais e alunos. Trata de conteúdos como: adolescência,
alimentos, saúde, atividade física, projeto saúde modelos, artigos científicos,
receitas, análise crítica de dietas, auto-imagem, e outros.
Título do Sítio: Abeso
Disponível em (endereço web): http://www.abeso.org.br
Acessado em (mês.ano): Março/2010
Comentários:
Sítio que tem informações diversas relativas ao estudo da obesidade. Através
da promoção e disseminação de pesquisas em obesidade tem como objetivo
desenvolver o conhecimento sobre esse tema promovendo o contato entre
pessoas interessadas no assunto. Está disponível neste sítio, além de artigos,
revistas, notícias, receitas, dicas, links, etc.
Sons e Vídeos
Categoria: Vídeo
Título: imagem corporal perfeita: fanatismo como resposta cultural.
Direção: não consta
Produtora: Carla Nunes; Jaqueline Risson; Helen Schimidt; Let
Duração (hh:mm): 00:10
Local da Publicação: http://www.youtube.com
Ano: 2008
Disponível em (endereço web):
http://www.youtube.com/watch?v=Ve_OwjVX6CE
Comentários:
O vídeo sugerido é uma realização de alunos do curso de Fisioterapia da
Universidade Federal do Pampa, na disciplina de Introdução a Ciências da
Saúde, que traz inicialmente o conceito de imagem corporal, seguido de uma
observação sobre as preocupações com o corpo em diferentes momentos da
História da humanidade. Nesta produção é comentado sobre as influências
para o processo de formação da imagem corporal, dando ênfase à mídia. São
citados autores que sugerem a magreza como condição ideal de aceitação
social para mulheres e corpo forte e volumoso para homens, e conclui que as
atitudes tomadas em relação ao corpo, para ambos os sexos, ocorrem no
sentido de atender às pressões culturais da sociedade. Este recurso pode ser
usado com os alunos para aprofundar o conteúdo teoricamente estudado sobre
imagem corporal, pois é de simples compreensão e traz imagens referentes ao
tema.
Categoria: Vídeo
Título: Super size me – a dieta do palhaço
Direção: Morgan Spurlock
Produtora: Morgan Spurlock
Duração (hh:mm): 01:38
Local da Publicação: EUA
Ano: 2004
Disponível em (endereço web): não encontrado
Comentários:
Visando ampliar os conhecimentos sobre a obesidade, sugere-se o filme Super
Size Me (2004), que é um documentário, com direção e interpretação de
Morgan Spurlock. O protagonista decide fazer uma experiência com seu
próprio corpo e passa a alimentar-se durante 30 dias somente com refeições
da rede McDonald’s. O documentário mostra a cultura do fast food nos Estados
Unidos, o aumento da obesidade na população jovem desse país, e os efeitos
físicos e mentais que os alimentos desse tipo podem provocar. A idéia do filme
foi fazer uma experiência limite, a fim de medir os efeitos prejudiciais para a
saúde de uma dieta constituída por fast food. No decorrer do documentário são
confirmadas as suspeitas dos prejuízos que esse tipo de alimentação pode
acarretar ao organismo, pois o protagonista apresentou problemas no sistema
endocrinológico, digestivo e circulatório.
Categoria: Vídeo
Título: Susan Boyle – a verdade
Direção: não consta
Produtora: webmasterDuração (hh:mm): 00:07
Local da Publicação: youtube.com
Ano: 2009
Disponível em (endereço
web):http://www.youtube.com/watch?v=Ve_OwjVX6CE
Comentários:
Com a finalidade de conduzir os adolescentes a uma reflexão sobre a beleza,
se ela está somente na aparência física ou se pode ser também encontrada na
capacidade das pessoas de bem fazer aquilo a que se propõe, será
apresentado um recurso audiovisual - multimídia, no qual Susan Boyle é motivo
de dúvidas em uma apresentação artística devido a sua aparência, porém após
sua apresentação musical passa a ser admirada pelos jurados e por toda
platéia. Com este vídeo é possível fazer algumas reflexões: é justo que
pessoas desprovidas de beleza sejam discriminadas unicamente por suas
aparências? Somente as pessoas corporalmente belas tem possibilidades de
ser talentosas?
Notícias
Categoria Jornal
Sobrenome:Agência
Nome:Senado
Comentários:
Com o objetivo de evitar distúrbios alimentares como a anorexia, tramita
no Senado um projeto de lei – o PLS 691/07 – que proíbe a apresentação das
modelos com Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 18 e também impede a
“promoção de sua imagem por qualquer meio”. A matéria está na pauta da
Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), que se reúne na manhã
desta quarta-feira (14).
Quando apresentou a proposta, em 2007, o senador Gerson Camata
(PMDB-ES) citou o caso da modelo paulista Ana Carolina Reston Macan, que
morreu em novembro de 2006, aos 21 anos, vítima de anorexia. No texto do
projeto, ele afirma que “as modelos para serem aceitas por agências e
poderem desfilar, precisam ter IMC de subnutrição, fator de extremo risco à
saúde, sem falar no péssimo exemplo para milhares de mulheres adolescentes
e adultas”.
O relator da matéria, senador Papaléo Paes (PSDB-AP), defendeu a
aprovação do texto e argumentou que, “de fato, a anorexia acomete,
predominantemente, as modelos da indústria da moda, que associa a ideia de
beleza à imagem de corpos esquálidos”. Papaléo lembra que, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa tem peso abaixo do
recomendado quando seu IMC é inferior a 18,5. Ele observou ainda que os
governos da Espanha e da Itália já teriam adotado medidas para controlar o
IMC de modelos.
Cálculo do IMC:
Utilizado para avaliação de adultos, O Índice de Massa Corporal é
calculado a partir do peso e da altura da pessoa: divide-se o peso (em kg) pelo
quadrado da altura (em metro). Camata ressalta que, apesar de não ser um
indicador da composição corporal (que exige uma avaliação mais detalhada), o
IMC pode ser utilizado para avaliar o estado nutricional e apontar possíveis
problemas de subnutrição ou obesidade.
Modificações:
Em seu relatório, Papaléo promoveu alterações no texto, mas disse que
essas mudanças “preservam integralmente o conteúdo do projeto original”.
Segundo ele, isso foi necessário, entre outras razões, para deixar mais clara a
redação e as definições contidas na proposta.
Antes de chegar na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), esse projeto
de lei havia sido aprovado em outra comissão do Senado: a de Ciência,
Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Se for aprovado na
CAS, o texto deverá ser enviado à Câmara dos Deputados.
Comentários:
Os valores do IMC (Índice de Massa Corporal) podem ser utilizados tanto para
diagnosticar sobrepeso e obesidade quanto para diagnosticar desnutrição
energética crônica. Os dois extremos de IMC estão associados, com maior
risco de morbidade e mortalidade. A magreza excessiva pode trazer sérias
complicações à saúde, oferecendo maior suscetibilidade a lesões e infecções,
distúrbios endócrinos, além de problemas graves na função cardíaca e por
isso, deve ser considerada como prioridade e tratada adequadamente. Estudos
revelam que a tuberculose, câncer pulmonar e doenças pulmonares obstrutivas
crônicas são doenças que tem levado à morte pessoas com IMC baixo. Várias
fontes confirmam que realmente muitas modelos apresentam IMC abaixo do
estado de nutrição. Caso as agências que as contratam continuem aceitando
essa situação, realmente os casos de transtornos como bulimia e anorexia
nervosa continuarão aumentando em nosso país, modelos e pessoas que
perseguem um padrão estético de magreza estarão suscetíveis à doenças e a
população de todas as faixas etárias continuará recebendo essa influência que
não é positiva para a formação da imagem corporal. Na divulgação da notícia
acima, havia um espaço para comentários a respeito do projeto apresentado e
esses foram em relação ao preconceito contra as pessoas magras e a falta do
que fazer no Senado, mostrando que não existe uma preocupação com esse
tipo de questão.
Curiosidades
Título: Seus Filhos
Fonte: : http://bandnewsfm.band.com.br/colunista.asp?ID=142
Texto:
A jornalista Inês de Castro da Band News FM, conversa com a
consultora educacional e psicóloga Roseli Sayão, no programa de rádio Dentro
do Espelho, sobre a preocupação excessiva com o corpo na adolescência.
Coloca que 6% de cirurgias plásticas no Brasil são feitas entre jovens entre 13
e 16 anos, similar aos adolescentes americanos. Outro alerta é de que 38%
dos jovens brasileiros estão insatisfeitos com a aparência. Nesse sentido,
Roseli Sayão comenta sobre as mudanças diárias nos jovens e na pressão
social e cultural a que estão submetidos em relação ao corpo. No decorrer do
programa, são entrevistados jovens que declaram sofrer preconceitos caso
sejam muito altos, gordos, magros, e nos depoimentos alguns dizem não
importar-se com a opinião alheia, entretanto outros relatam que sentem-se
abalados com o pensamento das outras pessoas. Na continuidade, o
psicanalista Marco Antonio de Tomazzo fala da autoestima relacionada à
imagem corporal. Também é falado sobre o aumento de casos dos transtornos
alimentares: bulimia e anorexia, quando é dito que estima-se que os casos tem
aumentado em torno de 15% ao ano, além do que, há um aumento significativo
dos distúrbios alimentares nos homens. Relacionado ainda à imagem corporal,
a jornalista aborda outros aspectos que influenciam os jovens, como: roupas,
moda, cabelo e participação nas chamadas “tribos” como roqueiros, hemo,
entre outros. Esta sugestão de áudio enriquece o conteúdo desenvolvido neste
OAC, uma vez que busca dar orientações aos pais discorrendo sobre temas
relacionados à imagem corporal na adolescência.
Curiosidades
Título: Dissertação de mestrado intitulada: “Validação e confiabilidade de uma
Escala de Silhuetas Tridimensional para o cego congênito”.
Fonte: http://dominiopublico.qprocura.com.br/dp/114920/Validacao-e-
confiabilidade-de-uma-escala-de-Silhueta
Texto:
A inclusão tem sido muito debatida nos meios educacionais, e, trabalhos
que buscam atender as necessidades das minorias merecem sempre ser
destaque. Em termos de estudos sobre imagem corporal pouco se encontra de
material direcionado para o público com limitações. Nessa perspectiva,
Morgado (2009) teve a iniciativa de criar e adaptar escalas de silhuetas para
avaliar a insatisfação corporal do cego congênito e verificar as qualidades
psicométricas da escala criada. O estudo de Morgado (2009) foi estruturado em
quatro artigos encaminhados para a Revista de Educação Especial em agosto
de 2009. O primeiro artigo “Adaptação de Escalas de Silhuetas Bidimensionais
(ESB) e Tridimensionais (EST) para o deficiente visual” descreve o processo de
confecção das duas Escalas de Silhuetas; o segundo artigo “Análise
exploratória das Escalas de Silhuetas Bidimensionais e Tridimensionais
adaptadas para o deficiente visual”, verifica a representatividade das escalas
para cegos; o terceiro artigo analisa a aplicabilidade da ESB e tem o título
“Escala de Silhuetas Bidimensionais: é uma investigação acerca da sua
aplicabilidade ao cego congênito”; e o quarto artigo “Evidências iniciais da
validade e confiabilidade de uma Escala de Silhuetas Tridimensionais para o
cego congênito”, verifica as qualidades psicométricas da EST. A pesquisa é
relevante por ser inovadora em relação a estudos sobre imagem corporal em
deficientes visuais, por apresentar a Escala de Silhuetas Tridimensional como
um instrumento mais adequado e representativo de diferentes dimensões e
formas corporais para o cego, e por tornar possível o estudo sobre a satisfação
corporal deste público.
Investigando
Título: Diretrizes curriculares do Paraná e abordagens reflexivas sobre corpo e
saúde
Texto:
O texto das Diretrizes Curriculares do Paraná (2009) visa romper com a
maneira tradicional de como os conteúdos tem sido trabalhados na Educação
Física, e utiliza-se dos Elementos Articuladores para integrar e interligar as
práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada. São propostos
nove elementos articuladores: cultura corporal e corpo, cultura corporal e
ludicidade, cultura corporal e saúde, cultura corporal e mundo do trabalho,
cultura corporal e desportivização, cultura corporal técnica e tática, cultura
corporal e lazer, cultura corporal e diversidade e cultura corporal e mídia. Estes
são citados e entendidos, ao mesmo tempo, como fins e meios do processo
ensino/aprendizagem, uma vez que transitam pelos conteúdos estruturantes e
específicos da Educação Física.
Ao tratar da questão da imagem corporal dois desses elementos
articuladores: a cultura corporal e corpo, e cultura corporal e saúde possibilitam
abordagens reflexivas e críticas. Aspectos de valorização do corpo, as
discussões relativas aos referenciais de beleza, a importância da prática
constante de atividades físicas, os transtornos alimentares, a obesidade e
alimentação adequada serão temáticas indicadas para sensibilização e reflexão
em torno da percepção da imagem corporal.
Segundo Tavares (2003), é ressaltado que embora as primeiras
investigações a respeito da imagem corporal tenham surgido no contexto da
neurologia, atualmente é um tema de interesse de profissionais de várias
áreas, em especial os que lidam com o corpo humano e suas relações com o
mundo. A educação física conta hoje, com várias pesquisas nesse sentido.
Referências bibliográficas:
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais
do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. SEED. Curitiba, 2009.
TAVARES, Maria da Consolação G. Cunha F. Imagem Corporal – Conceito e
Desenvolvimento. Barueri, SP: Manole,2003.
Propondo Atividades
Título: Comparativo do IMC com a escala de figuras Texto:
a. Pesar os alunos e medir suas estaturas;
b. Calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), dado pelo quociente
PESO/ALTURA², sendo o peso corporal expresso em quilogramas (Kg)
e a estatura em metros (m); verificando se há casos de sobrepeso,
obesidade ou desnutrição;
c. Utilizar a escala de silhuetas indicada nas imagens deste OAC e
encontrada em Fernandes (2007). A escala em questão apresenta uma
sequência de cinco silhuetas corporais, sendo que a primeira representa
um corpo excessivamente magro, evoluindo em ilustrações de corpos
cada vez maiores de tamanho, até a última que simboliza a obesidade.
Abaixo do desenho das silhuetas a escala é numerada de 1 a 9,
representando o corpo atual, e para este instrumento são estabelecidas
quatro categorias: baixo peso – 1, eutrofia - 2 a 5, sobrepeso - 6 e 7, e
obesidade - 8 e 9 (MADRIGAL – FRITSCH et al, 1999). O participante
deverá escolher entre as silhuetas e marcar na numeração de 1 a 9, a
qual melhor represente o seu próprio corpo naquele momento. Em
seguida deverá indicar, no mesmo instrumento que repete a numeração
de 1 a 9, qual a silhueta que gostaria de ter.
d. Comparando o IMC com as figuras marcadas na escala, verificar se no
grupo investigado existe a insatisfação com a imagem corporal.
Título: Dinâmica de grupo – vivências de meu corpo
Texto:
a. Objetivos: refletir sobre a imagem corporal que cada adolescente tem de
si; socializar, sem o grupo saber quem escreveu, a vivências em relação
ao corpo; permitir que o adolescente perceba que a insatisfação com a
imagem corporal não é uma questão somente sua;
b. Tamanho do grupo: até 35 pessoas;
c. Tempo necessário: 40 a 50 minutos;
d. Material a ser utilizado: caneta e folhas em branco;
e. Ambiente físico: sala de aula;
f. Desenvolvimento:
Distribuir a cada aluno uma folha em branco e uma caneta;
Traçar uma risca no meio da folha, dividindo-a ao meio;
Pedir para que os adolescentes escrevam na parte de cima da folha as
partes do corpo que mais gostam;
Na parte debaixo, deverão escrever as partes que menos gostam;
Organizar um grande círculo, onde todos sentados no chão, irão deixar
suas folhas com a escrita voltada para baixo;
Orientar aos participantes que será tocada uma música, e quando iniciar
deverão passar a folha ao colega da direita até que a música pare;
Quando a música parar de tocar, solicitar aleatoriamente para que ao
menos dez alunos leiam para o grande grupo o que está escrito no
papel;
Finalizar a dinâmica pedindo para que cada um responda para si
mesmo: escrevi mais partes do corpo que gosto? Escrevi mais partes do
corpo que não gosto? Preciso melhorar minha percepção em relação a
meu próprio corpo? Como posso fazer para estar mais satisfeito com
minha imagem corporal?
· Sugestão: Essa dinâmica pode ser também feita da seguinte maneira, ao
entregar a folha em branco e a caneta pedir que individualmente cada
adolescente escreva uma carta a si próprio, como se estivesse escrevendo
a seu (sua) melhor amigo (a). Abordar sobre: como se sente no momento
em relação a seu corpo, já sentiu vergonha de ir a algum lugar público por
sentir-se feio, acha que as pessoas mais “bonitas” tem mais chances de
dar-se bem na vida, tem alguma parte de seu corpo que gosta menos, tem
alguma parte de seu corpo que gosta mais, seria capaz de fazer cirurgia
plástica para melhorar a aparência de alguma parte de seu corpo que não
gosta, acha necessário parar de comer para emagrecer, como espera estar
sentindo-se em relação a sua imagem corporal dentro de 20 a 30 dias? Não
se deve colocar o nome na carta e a dinâmica continua com os passos
acima descritos: círculo, deixar a escrita para baixo, passar para direita com
a música, parar quando a música parar e realizar leituras. Todo material
produzido deverá ser entregue ao professor.
Título: Reflexões sobre imagem corporal
Texto:
a. Com os alunos em sala de aula realizar uma chuva de idéias referente
ao tema imagem corporal, perguntando o que vem à cabeça quando se
fala em imagem corporal, com a finalidade de investigar o conhecimento
que trazem sobre o assunto. Um participante irá ao quadro para anotar o
que os colegas dizem e outro registrará em papel, que será entregue ao
professor.
b. Em seguida assistir ao vídeo a imagem corporal perfeita – fanatismo
como resposta cultural, acessado em novembro de 2009, encontrado no
link: http://www.youtube.com/watch?v=Ve_OwjVX6CE
c. Assistido o vídeo, a turma será dividida em cinco grupos para realizar
leitura com definições de imagem corporal e a cada grupo será entregue
uma pergunta referente ao texto.
d. Destinar um tempo suficiente para que possam elaborar suas respostas
e após realizar a apresentação dessas ao grande grupo.
Sugestões de questionamentos: Converse com seus colegas sobre o texto e
vídeos, e avaliem se do ponto de vista do grupo, a insatisfação da imagem
corporal existe no meio onde vocês vivem ou não? Quais motivos você
acha que levam o adolescente a ter insatisfação com sua imagem
corporal? Com base no texto, responda ao seguinte questionamento: que
impressões o texto lido passa para você em relação aos padrões de beleza
atuais e dos tempos antigos? Como se explica o fato de uma pessoa não
ser obesa, estar eutrófica (não tem sobrepeso e nem é obesa), não estar
com transtorno alimentar e sentir-se com insatisfação em relação a sua
imagem corporal? Como poderia a educação física contribuir para que
adolescentes tenham uma imagem corporal mais aceitável?
Contextualizando
Título: Reflexões sobre o corpo na Educação Física
Texto:
É possível perceber as tendências que existiram em relação ao corpo na
história da humanidade. Inicialmente, era uma ferramenta para garantir a
sobrevivência, passa a ser preparado para as guerras, transita pelo
sedentarismo quando o homem passa a ser proprietário de terras. Na Grécia
Antiga são valorizados aspectos educativos de saúde e beleza corporal, com
os Romanos, a supervalorização da intelectualidade e na modernidade com a
industrialização o corpo passa a ser visto como uma máquina.
Na atualidade as informações são muitas, ao mesmo tempo que se
instiga o consumo dos mais saborosos pratos, ouve-se discursos sobre
regimes de emagrecimento; motiva-se para a prática de atividades físicas mas
pede-se cuidado com os exageros; cultua-se o corpo magro e apresentam-se
os fast-food. Que decisões um adolescente em formação pode tomar diante de
tantas dualidades? A Educação Física, tendo como objeto de estudo a cultura
corporal, deixa muitas vezes de realizar reflexões sobre o corpo. Na educação,
convivemos com adolescentes que estão em contato diário com as novas
tecnologias, que sugerem um padrão de beleza corporal ideal almejado por
meninos e meninas.
Torna-se um desafio para os educadores informar e orientar os
adolescentes que vivem essas contradições em relação a seu próprio corpo. À
Educação Física, cabe uma ação educativa que leve a tomadas de decisões
conscientes após intervenções pedagógicas variadas. Assim abordar
conteúdos relacionados aos transtornos alimentares, obesidade, alimentação
saudável, prática de atividades físicas, constituirão um repertório importante na
formação de opiniões críticas relativas à imagem corporal em adolescentes.
Referências bibliográficas:
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é Educação Física. Editora Brasiliense:
São Paulo. 1986, 5ª Ed. 113 p.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais
do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. SEED. Curitiba, 2009.
Perspectiva Interdisciplinar
Título: O corpo nas ciências humanas, na arte e na antropometria.
Texto:
O homem para garantir sua sobrevivência, reprodução e povoamento,
necessitou conhecer a natureza, explorou diferentes espaços, organizou-se em
grupos e com o corpo andou, correu, rastejou, enfim buscou alimentos. Assim
desenvolveu habilidades corporais, aprendeu a organizar-se em sociedade e
garantiu sua sobrevivência. Essas relações mudaram. Se na antiguidade nosso
corpo satisfazia-se com a possibilidade de sobreviver, hoje as necessidades
corporais são outras, preocupações com a imagem corporal são acentuadas.
Somos pressionados em numerosas circunstâncias a concretizar, em nosso
corpo, o corpo ideal de nossa cultura (Tavares, 2003).
Portanto, o entendimento de como o corpo humano é tratado nas
relações de trabalho, como o processo de industrialização alterou o movimento
corporal, a relação do homem com a natureza e a organização da sociedade
são abordagens da História, Filosofia e Sociologia que despertam uma visão
crítica sobre a cultura corporal.
O conceito de belo muda de tempos em tempos. Estudo de Michels
(2000) compara padrões de estética corporal em distintas épocas, obras de
Paul Rubens e Maya Desnuda de Goya são citadas e trazem imagens de
mulheres obesas como belas. A forma masculina veiculada pelos gregos trás
figuras de homens musculosos, ideal de beleza ainda perseguido. Na
antropometria, ciência das medidas corporais, que teve origem na medicina,
biologia e artes plásticas, o corpo humano é retratado levando-se em
consideração as proporções ideais entre as partes corporais. Assim a disciplina
de arte e o estudo da antropometria muito podem contribuir para a
compreensão do estudo sobre imagem corporal.
Referências bibliográficas:
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é Educação Física. Editora Brasiliense:
São Paulo. 1986, 5ª Ed. 113 p.
MICHELS, Glaycon. Aspetos Históricos da Cineantropometria – Do Mundo
Antigo ao Renascimento. Revista Brasileira de Cineantropometria &
Desempenho Humano. Volume
TAVARES, Maria da Consolação G. Cunha F. Imagem Corporal – Conceito e
Desenvolvimento. Barueri, SP: Manole,2003.