da escola pÚblica paranaense 2009 - … · animais quanto à organização e a estrutura e a...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
LEINE APARECIDA CARVALHO VOLPE
CADERNO PEDAGÓGICO
CÉLULA:
RELAÇÃO, TEORIA E PRÁTICA
LONDRINA
2010
2
LEINE APARECIDA CARVALHO VOLPE
CÉLULA: RELAÇÃO,TEORIA E PRÁTICA
Material Pedagógico para Implementação na
Escola apresentado à UEL - Universidade
Estadual de Londrina e a Secretaria de
Estado de Educação do Paraná à ser
desenvolvido pelo Professor PDE.
Orientadora: Prof ª. Drª. Lucia Giuliano
Caetano.
LONDRINA
2010
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, a minha orientadora Prof.ª Drª. Lucia
Giuliano Caetano não só pela constante orientação neste trabalho, mas, sobretudo
pela sua amizade e dedicação.
Gostaria de agradecer meu marido Arsoni, meus filhos Thaísa e Iago, que
contribuíram para que mais esta etapa fosse possível.
Aos colega pela paciência, amizade e carinho, meus sinceros
agradecimentos.
4
APRESENTAÇÃO
Este Caderno Pedagógico é resultado do Programa de Desenvolvimento
Educacional do Paraná - PDE – Turma 2009, que nos possibilitou o retorno à
Universidade para uma aproximação entre a teoria e a prática.
O objetivo principal, então, é contribuir com sugestões de atividades, a serem
desenvolvidas ao se trabalhar com o conteúdo de ciências: célula.
A compreensão da célula como uma estrutura microscópica e viva, que se faz
presente em cada tecido, em cada órgão e constituindo cada estrutura dos seres
vivos é de fundamental importância, pois muitos de nossos alunos vêem a célula
como uma estrutura complicada e esquisita com nomes difíceis de serem
memorizados, não conseguindo compreendê-la como sendo uma peça fundamental
que compõe seu corpo. Sendo assim, é necessário que os alunos tenham a
compreensão da célula quanto a sua estrutura e atividade, para estabelecer
relações entre os conceitos apreendidos sobre células com a constituição e
atividades de seu corpo.
Propõem-se então, atividades que utilizem do laboratório de ciências, quando
disponível na escola, na falta deste, as atividades podem ser realizadas em outros
ambientes da escola; utilização do laboratório de informática, para realizar pesquisas
de textos científicos, vídeos e imagens relacionadas ao conteúdo com a socialização
das mesmas em atividades vinculadas a TV multimídia, sendo esta um recurso
pedagógico presente nas escolas públicas do Estado do Paraná e que vem
proporcionando aos alunos e professores aulas mais atraentes, prazerosas e
significativas; contribuindo de forma valiosa com o trabalho do professor e com a
aprendizagem dos alunos. Também se sugere-se atividades de observação, pois as
mesmas contribuem para que os alunos valorizem a utilização do microscópio e
aprendam utilizá-lo com cuidado e corretamente, já que se trata de um instrumento
de custo alto e delicado. Contribuir seqüencialmente com procedimentos
necessários para preparação de lâminas assim como focalizar as imagens de
amostras a serem trabalhadas. A partir das visualizações efetivadas espera-se que o
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aluno consiga formar suas próprias conclusões, estimulando a discussão,
questionamento e privilegiando o envolvimento do aluno.
Ao se trabalhar com construção de modelos de células animais e vegetais,
valorizando a autonomia do aluno para representar o entendimento do conteúdo
estudado; contribuindo para que a aprendizagem desenvolva a capacidade do aluno
em organizar sistematicamente suas idéias e informações obtidas e expressa-las
com clareza e criatividade.
Trabalhar os sistemas biológicos levando o aluno a perceber que seu
organismo é um sistema inter-relacionado, ou seja, é um conjunto no qual há uma
integração entre os componentes, proporcionando uma visão de totalidade de seu
corpo. Para melhor compreender essas relações, faz-se necessário entender a sua
constituição celular e a diferenciação celular, quanto ao tamanho, forma e função
que elas realizam dentro dos sistemas.
Ao final do trabalho com as células, o professor irá observar se houve
compreensão e anotará as observações de cada atividade para ajudá-lo na
avaliação final do estudo.
Leine Aparecida Carvalho Volpe.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................08
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................09
2.1. A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS............................................................................09
3. UNIDADE DIDÁTICA 1: MICROSCÓPIO.............................................................10
3.1. ATIVIDADE 1: Compreensão e Uso do Microscópio óptico...............................15
3.2. ATIVIDADADE 2: Preparação de Lâminas Permanentes...................................17
4. UNIDADE DIDÁTICA 2: CÉLULAS: ULTRA ESTRUTURA...............................25
4.1. MEMBRANA PLASMÁTICA................................................................................25
4.2. CITOPLASMA.....................................................................................................25
4.3. RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO........................................................................26
4.4. COMPLEXO DE GOLGI.....................................................................................27
4.5. LISOSSOMOS....................................................................................................28
4.6. MITOCÔNDRIAS................................................................................................28
4.7. PEROXISSOMAS...............................................................................................28
4.8. CITOESQUELETO............................................................................................29
4.9. NÚCLEO............................................................................................................30
5. UNIDADE DIDÁTICA 3..........................................................................................32
5.1. ATIVIDADE 1: Preparação de Lâminas a Fresco de Célula Vegetal e Célula
animal.........................................................................................................................33
5.2. ATIVIDADE 2: Célula animal (mucosa bucal)....................................................35
5.3. ATIVIDADE 3: Permeabilidade da Membrana Celular.......................................38
5.4. ATIVIDADE 4: Diferenciando Formas Celulares................................................40
5.4.1. ATIVIDADE: Célula da Samambaia.................................................................41
6. UNIDADE DIDÁTICA 4: SISTEMA DIGESTÓRIO................................................44
6.1. ATIVIDADE 1: Sistema Digestório.....................................................................47
7. UNIDADE DIDÁTICA 5: SISTEMA CIRCULATÓRIO...........................................49
7.1. ATIVIDADE 1: Sistema Circulatório...................................................................52
8. UNIDADE DIDÁTICA 6: SISTEMA EXCRETOR...................................................53
8.1. ATIVIDADE 1: Sistema excretor.........................................................................54
9. UNIDADE DIDÁTICA 7..........................................................................................56
9.1 ATIVIDADE 1: Material Genético – Cromossomos..............................................56
7
9.2. ATIVIDADE 2: Mitose..........................................................................................61
9.3. ATIVIDADE 3: Meiose.........................................................................................64
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................69
REFERÊNCIAS.........................................................................................................70
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1. INTRODUÇÃO
A célula é uma estrutura viva formadora de todos os seres vivos, se apresenta
isoladamente em seres unicelulares, ou se organizam para compor estruturas como
tecidos, órgãos e sistemas que constituem os seres multicelulares (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
As células de organismos multicelulares apresentam formas e estruturas que
variam e se diferenciam conforme as funções específicas que realizam nos
diferentes tecidos.
As células dos vegetais se assemelham às animais em muitos aspectos de
sua morfologia, como a estrutura molecular das membranas e das várias organelas,
Também são semelhantes em vários mecanismos moleculares básicos, como a
replicação do DNA e sua transcrição em RNA, a síntese protéica e a transformação
de energia via mitocôndrias. Diferem, porém, em algumas características
morfofisiológicas importantes. Juntamente com a presença de uma parede celular
rígida e o desenvolvimento de um grande vacúolo utilizado para vários fins, os
plastídios são componentes característicos das células vegetais. Eles conferem a
essas células a capacidade de sintetizar compostos orgânicos, utilizando gás
carbônico e a energia da luz solar, através de um processo complexo chamado
fotossíntese. Também existem diferenças importantes entre as células vegetais e as
animais quanto à organização e a estrutura e a expressão da cromatina e dos
cromossomos. (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005 p.240).
O estudo da célula é de vital importância para a humanidade, pois graças a
esses conhecimentos, atualmente e futuramente, os estudos estão cada vez mais
avançados na genética, na fisiologia, e na patologia, e isso tem tornado as
pesquisas realizadas em citologia cada vez mais difundidas pela mídia.
Os conhecimentos sobre as células progridem à medida que as técnicas de
investigação se aperfeiçoam. O aparecimento de um novo instrumento de trabalho,
ou a aplicação mais engenhosa de um aparelho já existente, leva sempre a novas
descobertas e à elucidação de algumas funções celulares. (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005 p.19)
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Desde as últimas décadas do século XX, estão sendo propostas mudanças
nos objetivos da educação cientifica que interferem na compreensão de conceitos do
conteúdo educacional. Essas novas idéias, que no Brasil foram direcionadas pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), refletiram todo um debate internacional
sobre o entendimento desse conceito. Exige-se agora que o ensino consiga conjugar
harmoniosamente a dimensão conceptual da aprendizagem disciplinar com a
dimensão formativa e cultural. (CARVALHO, 2004, p.2,)
A orientação das Diretrizes Curriculares de Ciências do Estado do Paraná nos
mostra que:
A disciplina de Ciências agrega um conjunto de conhecimentos que são
fundamentais para entender e dar explicações aos fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo. Para isso, estabelece relações entre os diversos
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos cenários estão os
problemas reais, a prática social. Pode-se então concluir que esse olhar voltado
para o objeto de estudo torna-se mais amplo, privilegiando as relações e as
realidades em estudo (DCE, 2006).
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3. UNIDADE DIDÁTICA 1: MICROSCÓPIO
Conforme Cooper (2001) Por ser a maioria das células tão pequenas o olho
humano por si só não consegue visualizá-las em seus detalhes, logo, se faz
necessário o uso de um equipamento que permita identificar detalhes da estrutura
celular.
O microscópio é um instrumento que amplia as imagens e propicia a
oportunidade de distinguir objetos separados por distâncias pequenas, o fato de
ampliar a imagem não garante o aumento do nível dos detalhes, mais importante
que ampliar a imagem, é o poder de resolução do aparelho.
MICROSCÓPIO ÓPTICO OU DE LUZ
Inicialmente o microscópio óptico que também é conhecido como microscópio
de luz, permitiu a descoberta das células e a formulação da teoria de que todos os
seres vivos são constituídos por células (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
O poder do microscópio ótico foi consideravelmente aprimorado com o uso de
câmaras digitais e computadores conectados ao aparelho para melhorar a análise e
os processamentos das imagens. Os sistemas eletrônicos de análise e
processamento de imagens melhoram consideravelmente o contraste das imagens
obtidas com o microscópio ótico, possibilitando a visualização de pequenos pontos
que de outro modo não poderiam ser detectados se dependesse apenas do olho
humano (COOPER, 2002).
Parte Mecânica
Segundo Jordão et al, (1998, p.14) têm-se as seguintes partes mecânicas:
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a) PÉ ou BASE – é o suporte do microscópio, peça que sustenta todas as
outras.
b) BRAÇO ou COLUNA – peça que liga o pé à parte superior do microscópio.
c) PLATINA – peça de apóio da lâmina contendo o material para estudo
(preparação). No centro possui um orifício para a passagem da luz.
d) CHARRIOT – peça ligada a platina para movimentar a lâmina no plano
horizontal. Possui uma alavanca que prende a lâmina sobre a platina. Dois
parafusos laterais promovem a movimentação do charriot. O menor (inferior)
permite o deslizamento da lâmina da esquerda para a direita e vice-versa e o
menor (superior) de trás para frente e vice- versa.
e) PARAFUSO MACROMÉTRICO – localiza-se em ambos os lados da coluna e
serve para ajustar o foco. Permite grandes avanços ou recuo da platina em
relação à objetiva.
f) PARAFUSO MICROMÉTRICO – localiza-se também em ambos os lados da coluna
encaixados sobre o parafuso macrométrico encaixado sobre o parafuso
macrométrico (em alguns microscópios, associados ao mesmo parafuso
macrométrico). Ajusta o foco finalmente, através de pequenos avanços e
recuos da platina.
g) CANHÃO – parte superior do microscópio constituída por uma peça semi-
esférica ligada a um tubo oco.
h) REVÓLVER – peça em que se encaixam as lentes objetivas. Nela existe um
disco em ranhuras por onde se faz o giro do revólver para a mudança das
objetivas.
Parte Óptica
Segundo Jordão et al (1998, p.15) a parte óptica é dividida em:
a) SISTEMA DE ILUMINAÇÃO – todos os seus elementos estão abaixo da
platina, sendo:
FONTE DE LUZ - acoplada ao pé do microscópio. Opcionalmente pode
receber filtros.
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CONDENSADOR – conjunto de lentes situado abaixo da platina. Concentra a
luz e fornece iluminação uniforme à preparação biológica. Fornece também
possibilidades de contraste da imagem, principalmente no caso de
observação de preparação a fresco. O parafuso localizado lateralmente
permite a movimentação do condensador.
DIAFRAGMA – dispositivo que regula a intensidade de luz que atinge a
preparação, comandado através de uma alavanca de abertura e fechamento
da peça, localizada no condensador. A sua regulagem adequada evita os
raios luminosos marginais, obtendo-se mais nítida. (Alguns microscópios são
dotados ainda de um outro tipo de diafragma, chamado diafragma de campo,
constituído de um anel giratório sobre a fonte de luz, no pé do microscópio).
b) OBJETIVAS – cada objetiva é um conjunto de 4 ou mais lentes superpostas.
O microscópio possui geralmente 4 objetivas, proporcionando aumentos
diferentes. O valor do aumento está gravado na própria objetiva. O segundo
número gravado corresponde à abertura numérica da lente. Podem também
ser encontradas inscrições gravadas nas objetivas, tais como Achro, Plan,
Apo, Ph1,Ph2, etc. Estas inscrições referem-se ao tipo de construção óptica,
relativo a correções que a lente faz e a sua aplicação específica. Por ex.: Ph
refere-se á objetiva utilizada para microscopia de contraste de fase.
c) OCULAR – é a lente superior do microscópio que se encaixa no tubo, o qual
pode sustentar 1 ou 2 oculares (microscópios mono- ou binoculares,
respectivamente). Constitui-se de 2 lentes convergentes que ampliam e
corrigem defeitos da imagem dada pela objetiva. Traz gravado o aumento que
proporciona.
Manuseio correto para focalização
O manuseio correto do aparelho, segue as etapas seguintes descritas por
Jordão et al (1998, p.19).
1) Gire o revolver, encaixando a objetiva de menor aumento no eixo óptico.Quando
se encaixa corretamente se produz um pequeno ruído característico.
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2) Abra a presilha do charriot e coloque e coloque a lâmina sobre a platina, sempre
co a lamínula voltada para cima .Verifique anteriormente se a lâmina esta limpa.
3) Centralize o material no orifício da platina, utilizando os parafusos do charriot.
4) Coloque o condensador em sua posição mais elevada.
5) Levante a platina até o fim, movimentando o parafuso macrométrico com as
duas mãos. Quando chegar ao final não force o parafuso, pois pode danificá-lo.
6) Acenda a luz do microscópio.
7) Certifique-se que o diafragma está aberto, olhando se há passagem de luz
através da lâmina.
8) Olhando agora através da(s) ocular(es), com os dois olhos abertos, abaixe
lentamente a platina , movimentando o parafuso macrométrico com as mãos,
até que o material possa ser visto.
9) Observando o material, corrija a distância entre as duas oculares, de tal forma
que passe a enxergar um só campo de imagem. Observe a medida da distância
inter-pupilar alcançada na escala existente entre as oculares. Agora, se o seu
microscópiotiver uma das oculares com ajuste giratório, marque nesta ocular o
mesmo valor alcançado na distância inter-pupilar.
10) Neste momento, refine o ajuste de foco utilizando o parafuso
11) Explore a preparação utilizando os parafusos do charriot.
12) A preparação pode agora ser observada com as demais objetivas, respeitando
sempre a ordem crescente de seus aumentos.Antes de passar para a objetiva
de aumento imediatamente superior, coloque sempre a parte do material a ser
observada no centro do campo de observação.
13) A partir da objetiva de aumento médio (10X) e com as demais objetivas, faça o
ajuste de foco utilizando somente o parafuso micrométrico.
14) Quando necessário o uso da objetiva de 100X, chamada objetiva de imersão, é
imprescindível o uso do óleo de imersão entre a lâmina e a objetiva. Para fazê-
lo, siga os passos seguintes:
a) após ter focado com a objetiva de 40X, gire o revólver em direção à objetiva
de 100x, sem encaixá-la no eixo óptico;
b) pingue uma gota de óleo de imersão sobre a região iluminada da lâmina;
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c) complete o giro do revólver, encaixando a objetiva de 100X. Ao encaixar a
objetiva de 100X, esta lente deve mergulhar na gota de óleo e arrastá-la pela
lâmina á medida que a preparação é explorada;
15) A cada objetiva que estiver usando, ajuste a iluminação movimentando o
condensador e adequando a abertura do diafragma.
16) Terminando a observação:
a) desligue a luz;
b) gire o revólver para encaixar a objetiva de menor aumento);
c) abaixe totalmente a platina;
d) retire a lâmina e limpe-a, antes de guardá-la;
e) limpe as objetivas, enrole o fio no pé do microscópio e cubra-o a capa.
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA
Permite ver a imagem tridimensional das células. No microscópio eletrônico
de varredura, o feixe de elétrons não passa através da amostra. Em vez disso, a
parte superficial da célula é coberta com um metal pesado, e um feixe de elétrons
varre a superfície do material. Elétrons que são dispersos ou lançados a partir da
superfície da amostra são detectados para gerarem uma imagem tridimensional
quando o feixe de elétrons move-se através da célula. Por ser a resolução da
microscopia eletrônica de varredura somente de 10nm, seu uso é geralmente
limitado ao estudo de células inteiras em vez de organelas sub-celulares e
macromoléculas (COOPER, 2001).
MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA
É uma técnica muito sensível e diversificadamente usada para o estudo da
distribuição intracelular de moléculas. Um corante fluorescente é aplicado para
marcar a molécula de interesse dentro da célula fixada ou viva. O corante
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fluorescente é uma molécula que absorve luz em um comprimento de onda e emite
luz em um segundo comprimento de onda, tal fluorescência é detectada pela
iluminação da amostra no comprimento de onda da iluminação da amostra que
contenha o corante, seguida do uso de filtros para detectar o comprimento de onda
específico que o corante emite (COOPER, 2001, p. 47).
MICROSCOPIA DE CONTRASTE DE FASE
Empregado principalmente para o estudo de células vivas. É de grande
aplicação para a observação de células cultivadas, cujo crescimento e divisão
mitótica pode ser facilmente seguida sem a utilização de corantes (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005, p. 22).
3.1. ATIVIDADE 1: Compreensão e Uso do Microscópio Óptico.
Material
a) Microscópio óptico
b) Lâmina com duas letras
Procedimento
1) Coloque a lâmina com as letras sobre a platina do microscópio.
2) Focalize
3) Observe a posição da letra, com a objetiva de 5X
4) Focalize a segunda letra e observe a sua posição na imagem formada.
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5) Mude para a objetiva de 10X, conforme procedimento antes descrito, e observe.
Exercícios
1. Esquematize as imagens levando em consideração o tamanho e o formato das
letras observadas (Figura 1 e Figura 2)
2. Que diferenças você observou entre as posições das letras a olho nu e na
imagem ao microscópio óptico.
3. Dê nome as partes do microscópio na Figura 3.
Figura 3. Elementos do microscópio.
Fonte: GUIMARÃES (2010).
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Resultado
Figura 1 - Lâmina com a letra A.
Figura 2 - Lâmina com a letra F
3.2. ATIVIDADADE 2: Preparação de Lâminas Permanentes.
Objetivo
Preparar lâminas permanentes de fígado, estômago, coração e rim.
Material
a) Rato
b) Éter etílico
c) Algodão
d) Tesoura
e) Pinça
f) Solução salina 0,9%
g) Fixador Bouin
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h) Becker
i) Alcoóis absoluto, 95% e 70%
j) Xilol
k) Parafina
l) Forma de alumínio
m) Taco de madeira
n) Micrótomo
o) Gelatina incolor
p) Lâmina
q) Lamínula
r) Cesto de vidro
s) Água destilada
t) Corante hematoxilina
u) Corante eosina
Procedimentos
1) Anestesiar o animal com éter (Figura 4);
Figura 4.
2) Retire o coração, rim, fígado e estômago, cuidadosamente, não pressionando
com a pinça, para que o órgão seja preservado, como mostrado na Figura 5.
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Figura 5 - Extração de órgãos para estudo das células.
3) Colocar em solução salina (soro fisiológico) para tirar o excesso de sangue;
4) Deixar no fixador Bouin por 3 horas; Segundo Jordão et al (1998), o fixador
Bouin é preparado com 75ml de ácido pícrico, 25ml de formol e 5ml de ácido
acético, usar uma quantidade de fixador em que o material fique totalmente
mergulhado na solução e o tempo de fixação varia de acordo com o material.
5) Retirar o excesso de gordura e tecidos adjacentes, fragmentar os órgãos em
pedaços menores e colocar no mesmo fixador, limpo, por aproximadamente 24
horas; Conforme Ross e Pawlina (2008). A fixação é a etapa da preparação que
consiste em mergulhar os pedaços dos órgãos, assim que eles forem retirados
dos organismo, a fixação irá evitar a degradação celular e tecidual, matando os
microrganismos que provocam alterações indesejáveis no material, impedirá a
destruição por autólise como também causar o enrijecimento do tecido.
6) Colocar o material fixado para desidratar no álcool 95%, trocando-o por 4 vezes,
a cada 30 minutos. Conforme Ross e Pawlina (2008), após a fixação o material
deve ser desidratado sendo mergulhado em várias soluções de álcool de
concentração ascendente até o álcool 100% para ser eliminada a água.
7) Passar para o álcool absoluto fazendo a troca por mais 4 vezes, a cada 30
minutos;
8) Mergulhar no xilol para a diafanização, trocando-o por 4 vezes, a cada 30
minutos. De acordo com Ross e Pawlina (2008), a diafanização consiste em
tornar o material translúcido empregando o xilol ou toluol, que são solventes
orgânicos miscíveis em parafina.
9) Colocar na parafina a 60ºC, para a impregnação, mantendo-o em estufa e
trocando por 4 vezes, a cada 30 minutos (Figura 6).
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Figura 6 - Cubas contendo parafina líquida com órgãos mergulhados.
10) Preencher a forma de alumínio com parafina, mergulhar o material para a
inclusão e deixar em repouso até solidificar;
11) Retirar da forma de alumínio (Figura 7) e colar o bloco de parafina no taco de
madeira (taqueamento) (Figura 8), aparar as arestas formando o bisel. Para
Ross e Pawlina (2008), após a solidificação da resina (parafina) a mesma deve
ser preparada a fim de se obter um bloco com forma conveniente, colocando em
taco de madeira que servirá de suporte para posterior secção no micrótomo.
Figura 7 - Órgãos incluídos em parafina.
Figura 8 - Blocos de parafinas colocados
sobre cubos de madeira para microtomia.
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12) Levar o material para o micrótomo para realizar o corte (microtomia) (Figura 9);
com a navalha bem afiada, cortar o material numa espessura de 7 µm (Figura
10);
Figura 9 – Micrótomo, realizando cortes.
Figura 10 – Fita contendo cortes de 7 µm
de espessura.
13) Mergulhar os cortes no banho-maria da água com gelatina incolor a 45ºC, para
que o material se distenda (Figura 11);
Figura 11 – Banho-maria com cortes flutuando.
14) “Pescar” o material com a lâmina, posicionando o bisel para o lado direito; retirar
o excesso de água e levar a lâmina para a estufa 20ºC para secar; deixando-a
por 24 horas (Figura 12);
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Figura 12 – Pescando o corte com uma lâmina de vidro.
15) Dispor as lâminas de maneira uniforme na cesta de vidro para realizar a
coloração (Figura 13);
Figura 13 - Cesta de vidro contendo cortes de órgãos.
16) Mergulhar a cesta no xilol I por 10 minutos e em seguida, passar para o xilol II
por 5 minutos;
17) Começar a desparafinização, passando pelo álcool absoluto por duas vezes,
trocando a cada 5 minutos;
18) Colocar no álcool 95% por 5 minutos;
19) Realizar a hidratação, no álcool 70%, durante 5 minutos (Figura 14);
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Figura 14 – Série de soluções com concentração de álcool descendente.
20) Deixar em água destilada por 5 minutos;
21) Colocar no corante hematoxilina (coloração do núcleo) por 1 minuto e lavar, com
água corrente em abundância (viragem) durante 10 minutos (Figura 15).
Conforme Ross e Pawlina (2008), para colorir ou corar o material biológico a fim
de aumentar o contraste dos diferentes componentes celulares, são usados
diferentes tipos de corantes, dentre eles hematoxilina-eosina (HE) é a mais
usada, a hematoxilina cora em azul ou violeta o núcleo da célula e a outras
estruturas ácidas e a eosina, cora em rosa o citoplasma e estruturas básicas.
Figura 15. Lavagem do corante em água corrente.
22) Submeter ao corante eosina (coloração do citoplasma) por 10 segundos e lavar
em água corrente;
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23) Deixar no álcool 70% durante 5 minutos;
24) Passar pelo álcool 95% por 5 minutos;
25) Colocar no álcool absoluto durante 2 vezes, a cada 5 minutos;
26) Mergulhar na solução álcool-xilol por 5 minutos;
27) Passar no xilol para a diafanização por 5 minutos;
28) Deixar no xilol para a montagem, durante 5 minutos;
29) Pingar uma gota de resina (bálsamo do Canadá) sobre a lâmina (Figura 16),
virar a lamínula sobre ela para adesão, cuidando para evitar a formação de
bolhas de ar (Figura 17);
Figura 16- Pingando uma gota de resina
sobre a lâmina.
Figura 17 - Cobrindo com a lamínula e
esperando secar.
30) Deixar na estufa a 37ºC por 30 dias para a secagem da resina.
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4. UNIDADE DIDÁTICA 2: CÉLULAS, ULTRA ESTRUTURA
4.1. MEMBRANA PLASMÁTICA
A membrana plasmática ou celular separa o meio intracelular do extracelular
sendo a principal responsável pelo controle da entrada e saída de substancias. A
membrana plasmática não é visível ao microscópio óptico, e sua analise só pode
ser realizada através do microscópio eletrônico (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
Na membrana encontram-se os receptores específicos, que tem a capacidade
de reconhecer outras células e diversos tipos de moléculas, como, por exemplo,
hormônios. Este reconhecimento, pela ligação de uma molécula especifica (sinal
químico ou ligante) com o receptor desencadeia uma resposta que conforme o
estímulo recebido a resposta pode ser contração ou movimento celular, inibição ou
estimulação da secreção, síntese de anticorpos, proliferação mitótica entre outros.
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
4.2. CITOPLASMA
O citoplasma encontra-se preenchido pelo hialoplasma, onde o hialoplasma
das células eucariontes contém as organelas, como: mitocôndrias, retículo
endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos, centríolos e peroxissomos e outras
que podem apresentar depósitos de substâncias, como grânulos de glicogênio, de
secreção e gotículas lipídicas. Têm-se também um citoesqueleto que além de
responsável pela manutenção da forma celular é suporte para as organelas
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
26
4.3. RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
No hialoplasma, existe uma rede de vesículas achatadas, vesículas esféricas
e túbulos que se intercomunicam, formando um sistema contínuo, formado por uma
unidade de membrana que delimita cavidades, as cisternas do reticulo
endoplasmático. As cisternas constituem um sistema de tuneis. Distingui-se o
retículo endoplasmático rugoso, ou granular e o liso (JUNQUEIRA e CARNEIRO,
2005).
A) RETICULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO OU GRANULAR
O retículo endoplasmático rugoso (RER) se apresenta como uma série de sacos
achatados, limitados por membrana e interconectado, com as partículas brotando na
superfície exterior da membrana. Apresenta na sua superfície ribossomos. O RER é
bem desenvolvido nas células que sintetizam a proteína destinada a sair da célula,
sendo denominadas de (células secretoras). Contudo o RER não se limita ás células
secretoras e neurônios. Todas as células do organismo contém esta organela, mas
em menor quantidade (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
B) RIBOSSOMOS
Os ribossomos são partículas eletrodensas, constituídas de ácido ribonucléico
(RNA ribossômico ou rRNA) e proteínas. Cada ribossomo é formado por duas
subunidades de tamanhos diferentes, que se associam somente quando estão
associados aos filamentos de RNA mensageiro - mRNA (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
Vários ribossomos se associam a um único filamento de RNA mensageiro
(mRNA), formando os polirribossomos que ficam dispersos no citoplasma ou presos
27
à superfície externa do retículo endoplasmático rugoso. É nos polirribossomos que
ocorre a síntese de proteínas (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
C) RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO
Apresenta-se principalmente como túbulos que se anastomosam e se
continuam com o retículo endoplasmático. O retículo endoplasmático liso é muito
desenvolvido nas células, que secretam hormônios esteróides, como as células
hepáticas e as células da glândula adrenal, entre outras (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
4.4. COMPLEXO DE GOLGI
Essa organela é também conhecida como zona ou Complexo de Golgi
constituído por um número variável de vesículas circulares achatadas e por
vesículas esféricas de diversos tamanhos. Em muitas células, o Complexo de Golgi
localiza-se em posição constante, quase sempre ao lado do núcleo; em outras
células, ele se encontra disperso pelo hialoplasma. Essa organela tem múltiplas
funções, porém é muito importante na separação e endereçamento das moléculas
sintetizadas nas células, encaminhando-as para as vesículas de secreção, que
serão expulsas da célula. Algumas vesículas são liberadas, mas muitas
permanecem no interior da célula, dependendo do tipo da cobertura de membrana e
de seu conteúdo. Os lisossomos são vesículas que tiveram sua RER, em seguida
foram para o Complexo de Golgi e são liberadas para participarem da digestão
celular (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
28
4.5. LISOSSOMOS
Os lisossomos são organelas de forma e tamanho muito variáveis, cujo
interior é ácido por apresentar diversas enzimas hidrolíticas (enzimas que rompem
moléculas, adicionando os átomos das moléculas de água). As hidrólases dos
lisossomos têm atividade máxima em pH ácido. Essas enzimas são sintetizadas
pelos polirribossomos que se prendem ao retículo endoplasmático rugoso. Os
lisossomos são responsáveis pela digestão de moléculas introduzidas por
pinocitose, fagocitose e também pela digestão de organelas não mais funcionais,
sendo responsável pela renovação celular mantendo seus componentes em bom
estado funcional e em quantidade adequada às suas necessidades em
determinados momentos (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
4.6. MITOCÔNDRIAS
As mitocôndrias são organelas esféricas ou, alongadas e sua principal função
é produzir energia (ATP) gradualmente das moléculas de ácidos graxos e glicose,
provenientes dos alimentos, podendo também produzir calor. A energia armazenada
no ATP (adenosina-trifosfato) é utilizada pelas células para realizar suas diversas
atividades, como movimentação, secreção, multiplicação entre outras (JUNQUEIRA
e CARNEIRO, 2005).
4.7. PEROXISSOMAS
Os peroxissomas (microcorpos) são organelas esféricas, limitadas por
membrana, contêm enzimas oxidativas e principalmente as catálase. Quase todas
as enzimas oxidativas produzem peróxido de hidrogênio como um produto da reação
de oxidação. O peróxido de hidrogênio é uma substância tóxica e a catálase regula
29
cuidadosamente o conteúdo celular de peróxido de hidrogênio ao desdobrá-lo em
água e oxigênio, protegendo assim a célula (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
Enzimas oxidativas são particularmente importantes nas células hepáticas
(hepatócitos), onde elas realizam vários processos de destoxificação do álcool
ingerido e convertê-lo em acetaldeído, a B-oxidação dos ácidos graxos também é
uma função importante dos peroxissomas produzindo Acetil-CoA que será utilizada
para produzir ATP (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
4.8. CITOESQUELETO
Muitas células têm forma irregular como os neurônios, com prolongamento
muito longos, além disso, o núcleo, as organelas, vesículas de secreção e outros
componentes celulares têm localização definida, quase sempre constante,
dependendo do tipo celular. Com o avanço de várias técnicas o citoesqueleto pode
ser identificado e relacionado com as funções de suporte mantendo a forma celular e
a posição de seus componentes, foi confirmado seu papel também no movimento
celular. Ele estabelece, modifica e mantém a forma das células (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
A) CENTRÍOLOS
Os centríolos, visíveis na microscopia óptica, e correm nas células animais,
são citoplasmáticos pareados, curtos e semelhantes a bastonetes, é formado de
nove trincas de microtúbulos. Nas células em repouso, os centríolos apresentam
uma orientação ortogonal; um centríolo no par está disposto em ângulos retos em
relação ao outro. Em geral, os centríolos são encontrados em íntima proximidade
com o núcleo, a região da célula que contem os centríolos e o material pericentriolar
é chamada de MTOC ou centrossomo é a região em que muitos microtúbulos são
formados e a partir da qual eles são então direcionados para destinações
30
específicas dentro da célula. Quando inicia-se a divisão celular um dos centríolo
migra para o pólo oposto, dando origem ao fuso mitótico que é responsável pelo
deslocamento dos cromossomos e também pela citocinese (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
4.9. NÚCLEO
A presença do núcleo é a principal característica que distingue uma célula
eucarionte de uma procarionte. A maior parte da informação genética da célula está
contida no DNA do núcleo, existindo apenas uma pequena porção fora dele, nas
mitocôndrias e cloroplastos, além disso, o núcleo controla o metabolismo celular
através da transcrição do DNA nos diferentes tipos de RNAs. Os RNAs são
traduzidos em proteínas, os efetores finais da informação genética, responsáveis
pela estrutura celular e sendo enzimas, definem o metabolismo de uma determinada
célula (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
A) CROMATINA
O termo cromatina (do Grego croma, cor) designa, com exceção dos
nucléolos, toda a porção do núcleo que se cora e é vivível ao microscópio de luz.
Nos eucariontes, o DNA está complexado com proteínas específicas, histonas,
constituindo a cromatina. Sua organização é dinâmica, pois se altera de acordo com
a fase do ciclo celular e com o seu grau de atividade. No núcleo interfásico, a
cromatina se apresenta descompactada, e na divisão (mitose ou meiose), a
cromatina está altamente compactada, constituindo os cromossomos. Assim, a
cromatina e os cromossomos representam dois aspectos morfológicos e fisiológicos
da mesma estrutura (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
31
B) NUCLÉOLO
Os nucléolos são estruturas nucleares esféricas, não envolvidas por
membrana. Eles são facilmente vistos ao microscópio de luz, graças ao seu
tamanho, o nucléolo esta relacionado com a intensidade de síntese protéica que
ocorre no citoplasma. As células que sintetizam proteínas ativamente têm nucléolos
maiores que outros tipos celulares. A forma dos nucléolos varia bastante entre os
diferentes tipos celulares, dependendo de sua atividade funcional. Os nucléolos são
formados por grânulos de Ribonucleoproteínas (RNAr + proteínas), portanto são
responsáveis pela produção de Ribossomos. Em células que apresentam alta
atividade de produção de ribossomos, os nucléolos são geralmente grande e
complexos; nucléolos pequenos, são encontrados em células que produze poucos
ribossomos, como os linfócitos e monócitos do sangue (JUNQUEIRA e CARNEIRO,
2005).
C) ENVOLTÓRIO NUCLEAR
O envoltório nuclear é formado por duas membranas com um aspecto de
cisterna perinuclear entre elas, separa o nucleoplasma do citoplasma. O envoltório
nuclear fornece uma barreira membranosa seletivamente permeável entre o
compartimento nuclear e o citoplasma, ele envolve a cromatina. O envoltório nuclear
apresenta duas membranas nucleares (externa e interna) com um espaço de
cisterna perinuclear entre elas. O espaço claro da cisterna perinuclear exibe
continuidade com o espaço da cisterna do RER. As duas membranas não são
continuas apresentando poros nucleares, circundado por várias proteínas, permitem
o transporte ativo de proteínas ribonucleoproteínas e RNA entre o núcleo e o
citoplasma e vice-versa (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
32
5. UNIDADE DIDÁTICA 3
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DAS CÉLULAS VEGETAIS
A) Presença de Paredes
Conforme os autores Junqueira e Carneiro (2005). A célula vegetal além de
possuir membrana plasmática conta também com paredes celulósica constituída
abundantemente de polissacarídeos, é um tipo de matriz extracelular espessa rígida
e forte e influi no crescimento, nutrição, reprodução e defesa protege contra os
efeitos da baixa pressão, funciona também como uma barreira protetora contra
lesões e infecções, impermeabilizando a superfície de folhas e frutos, da
sustentação e age como esqueleto da planta determinando o formato celular e a
forma da própria planta.
B) Presença de Plasmodesmos
De acordo com Junqueira e Carneiro (2005). Os plasmodesmos são canais
que visíveis ao MO assemelham-se com linhas finas, são estruturas abundantes e
ocorrem ao longo da parede celulósica, mas, frequentemente, mostram-se
agregados em determinadas zonas, onde a parede primária é fina, formando
campos de pontuação primária, ou apenas pontuações primárias.
33
C) Presença de Plastídios
De acordo com os autores Junqueira e Carneiro (2005), os plastídios ou
plastos compõem um conjunto de organelas específicas, contendo membrana dupla
e genoma próprio. Os plastos classificam-se de acordo com a cor e a função.
Cromoplastos contém pigmentos e leucoplacitos apresentam substâncias de
reserva.
D) Vacúolos Citoplasmáticos
É uma organela muito evidente e repleta de fluido podendo desempenhar
várias funções como: acumular nutrientes, armazenar substância como proteínas,
ópio, látex assim como substâncias nocivas, que serve de proteção para a planta
contra os predadores. A diversidade de funções dos vacúolos está relacionada com
a diferença de suas substâncias (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
5.1. ATIVIDADE 1: Preparação de Lâminas a Fresco de Célula Vegetal e Célula
Animal.
Objetivo
Preparar e observar lâminas a fresco de células vegetais ao microscópio;
34
Materiais
a) Microscópio
b) Lâmina
c) Lamínula
d) Pinça
e) Folha de Tradescantia
f) Elodea
g) Água
h) Conta gotas
i) Papel – filtro
Procedimentos
1) Com lâmina de barbear, retire a epiderme da folha Trandescantia de forma
mais fina possível do lado inferior da folha.
2) Colocar sobre uma lâmina, acrescentar água e cobrir com uma lamínula.
3) Retirar uma folha de Elodea
4) Coloque o material sobre a lâmina, em seguida pingue uma gota de água,
coloque a lamínula sobre o material, seque o excesso de água com o papel –
filtro (Figura 18 e Figura 19)
Figura 18 - Folha de Transdescantia
para preparação em lâmina.
Figura 19 – Folha da Elodea sobre a
lâmina
35
5) Coloque a Lâmina preparada na platina do microscópio, observando
primeiramente com a lente de menor aumento, depois em maior aumento.
Exercícios
a) Represente com um desenho o que você observou ao visualizar o material.
b) Que estrutura celular foi possível visualizar?
Resultados
Figura 20 - Célula da Trandescantia, objetiva
de 20X.
Figura 21 - Célula da Elodea, objetiva de
100X.
5.2. ATIVIDADE 2: Célula Animal (Mucosa Bucal).
Objetivo
Preparar e observar células de tecido animal ao microscópio;
36
Materiais
a) Microscópio
b) Lâmina
c) Lamínula
d) Palito de sorvete
e) Azul de metileno
f) Conta gotas
g) Papel- filtro
Procedimento
1) Utilizando o palito de sorvete raspe com delicadeza o lado interno da
bochecha (Figura 22), até que fique depositado nele uma quantidade
conveniente de material a ser observado (material esbranquiçado).
Figura 22 - Retirando material da mucosa bucal.
2) A seguir, passe o palito com o material sob a lâmina, no meio da mesma para
que fique depositado (esparramado) nela a amostra retirada (Figura 23).
37
Figura 23 - Depositando material coletado sobre a lâmina.
3) Descarte o palito.
4) Pingue uma gota de azul-de-metileno sobre o material e cubra com a
lamínula. Bata delicadamente com o dedo sobre a lamínula a fim de que
sejam removidas quaisquer bolhas de ar que possam ter se formado.
5) Use papel-filtro para secar o excesso de corante (Figura 24).
Figura 24 - Retirando excesso de água da lâmina com papel-filtro.
6) Leve ao microscópio, coloque a lâmina sobre a platina do microscópio
prendendo-a com as presilhas, regule o foco e examine a preparação (Figura
25).
38
Exercício
a) Através de um desenho esquemático represente a imagem observada.
Resultado
Figura 25– célula da Mucosa Bucal.
5.3. ATIVIDADE 3: Permeabilidade da Membrana Celular
Objetivos
Compreender a permeabilidade da membrana celular;
39
Materiais
a) Um saquinho de celofane;
b) Recipiente em forma de pote e transparente de tamanho conveniente que
caiba o saquinho;
c) Colheres de farinha de trigo;
d) Suco de uva (1 pacotinho).
Procedimentos
Coloque a farinha de trigo dentro do saquinho de celofane e amarre vedando
bem. Em seguida prepare uma solução bem concentrada com água e suco de uva.
Mergulhe o saquinho com a farinha dentro do recipiente que contém a solução de
suco de uva, com a ponta amarrada para fora da água. Deixe o experimento de um
dia para o outro e observe o que aconteceu.
Discussão
a) Qual o aspecto da farinha de trigo antes e depois da experiência.
b) O que você conclui a respeito da embalagem de plástico após observar o
ocorrido com a farinha de trigo depois de ficar algum tempo mergulhada no
suco de uva.
c) Que parte da célula representa a embalagem plástica?
d) Faça uma relação entre a ação de embalagem plástica no experimento e a
membrana celular das células.
40
5.4. ATIVIDADE 4: Diferenciando Formas Celulares.
Objetivo
Comprovar que existem diferentes formas celulares;
Material
a) Lâmina permanente de fígado;
b) Células da mucosa bucal;
c) Células da samambaia.
Procedimento
a) Observar as lâminas permanentes de corte de fígado e célula da mucosa
descrita na atividade anterior.
.
Exercícios
a) O que você observou comparando as diferentes células?
41
5.4.1. ATIVIDADE: Célula da Samambaia
Objetivo
Observar as células da epiderme da samambaia.
Materiais
a) Folha de samambaia
b) Lâmina
c) Lamínula
d) Lâmina de barbear
e) Papel-filtro
Procedimento
1) Retirar a epiderme da folha da samambaia do lado inferior, com a lâmina
de barbear (Figura 26).
Figura 26 – Retirando a epiderme da folha da samambaia.
42
2) Colocar o material sobre a lâmina, e pingar uma gota de água e cobrir
com a lamínula.
3) Retirar o excesso de água com o papel-filtro;
4) Observar ao microscópio óptico, com objetiva de 5X e em seguida
prosseguir para as de 10X e 40X (Figura 27).
Figura 27. Lâmina da epiderme da samambaia na objetiva de 40X.
Resultado
Figura 28. Lâmina de Fígado. Célula hepática binucleada. Objetiva de 40X.
Figura 29. Célula da epiderme da samambaia. Formato irregular. Objetiva de 20X.
Figura 30. Célula da Mucosa Bucal. Célula mononucleada
43
Discussão
O que você observa analisando os 3 tipos de células (fígado, samambaia e
mucosa bucal)?
44
6. UNIDADE DIDÁTICA 4: SISTEMA DIGESTÓRIO
Os nutrientes que as células do nosso corpo precisam para se manterem
vivas e para que novas células sejam formadas ou reconstruídas, vem dos alimentos
que ingerimos. Os alimentos ingeridos são transformados no sistema digestivo.
O sistema digestivo consiste no canal alimentar e nos seus principais órgãos
associados, a língua, os dentes, as glândulas salivares, o pâncreas, o fígado e a
vesícula biliar (ROOS e PAWLINA, 2008, p.481).
CAVIDADE ORAL
Tal consiste na boca e seus componentes, como: a língua, os dentes e suas
estruturas de sustentação (periodonto), as glândulas salivares maiores e menores e
as amídalas as tonsilas (ou amígdalas) consistem em agregados de nódulos
linfáticos que estão agrupados em torno da abertura posterior das cavidades oral e
nasal. A cavidade oral é revestida por uma mucosa mastigatória, uma mucosa de
revestimento e uma mucosa especializada (ROOS e PAWLINA, 2008).
GLÂNDULAS SALIVARES
A maior parte da saliva é produzida pelas glândulas salivares, e uma menor
quantidade deriva do sulco gengival, das crípitas tonsilares e da transsudação geral
do revestimento epitelial da cavidade oral. A saliva tem inúmeras funções
relacionadas a partir das atividades metabólicas e não metabólicas (ROOS e
PAWLINA, 2008).
45
ESÔFAGO
Esôfago é um tubo muscular fixo que leva alimento e líquido da faringe para o
estômago, o esôfago cursa ao longo do pescoço e do mediastino onde é fixado a
estruturas adjacentes por tecido conjuntivo (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 526).
ESTÔMAGO
O estômago é uma área expandida do tubo digestivo que se localiza abaixo do
diafragma e recebe o bolo alimentar proveniente do esôfago. A mistura e a digestão
parcial do alimento no estômago por suas secreções gástricas produzem uma
mistura líquido-pastosa denominada quimo. O quimo, então se direciona para o
intestino delgado para uma maior digestão e absorção (ROOS e PAWLINA, 2008).
A anatomia macroscópica subdivide o estômago em regiões histológicas:
Região cárdia: parte próxima do orifício esofágico.
Região pilórica: porção proximal ao esfíncter pilórico.
Região fúndica: porção maior do estômago, que está situada entre a cárdia e
o piloro.
INTESTINO DELGADO
É o componente mais longo das vias digestivas e é dividido em três porções
anatômicas: Duodeno, Jejuno, Íleo (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 539).
O intestino delgado é o local principal da digestão dos alimentos e de absorção
dos produtos da digestão (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 539).
INTESTINO GROSSO
O intestino grosso compreende o ceco com seu apêndice vermiforme projetante,
o colo, o reto e o canal anal. O colo ainda é dividido em sua localização anatômica
como: colo ascendente, transverso, descendente e sigmóide. As principais funções
46
são: absorção de eletrólitos e água e eliminação de alimentos não digeridos e
detritos (ROOS e PAWLINA, 2008).
FÍGADO
O fígado é a maior massa de tecido glandular do organismo e órgão interno,
pesando cerca de 1500g. O fígado é anatomicamente dividido por sulcos profundos
em dois grandes lobos (os lobos direito e esquerdo) e em dois lobos menores (os
lobos quadrado e caudado). É importante na captação, no armazenamento e na
distribuição de nutrientes e vitaminas da corrente sanguínea, além de manter o nível
sanguíneo de glicose e regula os níveis circulantes das lipoproteínas de muito baixa
densidade (ROOS e PAWLINA, 2008).
VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar é uma bolsa distensível em forma de pêra. Está ancorada na
superfície visceral do fígado e concentra e armazena a bile (ROOS e PAWLINA,
2008, p. 595).
PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula alongada descrita em três partes; cabeça, corpo e
cauda (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 598).
A função dupla do pâncreas é relegada a dois componentes estruturalmente
distintos, o componente exócrino sintetiza e segrega enzimas no duodeno, que são
essenciais à digestão no duodeno e o componente endócrino sintetiza e segrega os
hormônios insulina e glucagon no sangue. Esses hormônios regulam o metabolismo
da glicose, dos lipídios e das proteínas no organismo (ROOS e PAWLINA, 2008).
47
6.1. ATIVIDADE 1: Sistema Digestório.
Objetivo
Compreender que os alimentos que ingerimos são primeiros transformados no
aparelho digestivo para depois serem assimilados pelas células do corpo.
Material
a) Lâminas da mucosa bucal;
b) Lâminas de estômago;
c) Laminas de fígado;
d) TV multimídia;
Atividades
a) Observar as lâminas de células da mucosa bucal ao MOl.
b) Observar lâminas de estômago ao microscópio óptico.
c) Observar lâminas de fígado ao MO.
Obs: As atividades não se esgotam aqui, ficando a critério do professor enriquece-
lás de acordo com a turma.
48
Resultados
Figura 31 – Célula da Mucosa Bucal. Célula poligonal, núcleo esférico.
Legenda da Figura 28:
1- Mucosa
2- Submucosa
3- Muscular externa
4- Vaso sanguíneo
Figura 32 – Corte histológico do Estômago. Objetiva de 10X.
Figura 33 - Corte histológico de Fígado. Objetiva de 40X.
49
7. UNIDADE DIDÁTICA 5: SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema CV é um sistema de transporte que leva sangue e linfa aos tecidos do
corpo e a partir deles. Os elementos componentes desses líquidos incluem células,
nutrientes, resíduos, hormônios e anticorpos. (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 367).
CORAÇÃO
O coração é uma bomba muscular que controla o fluxo unidirecional do sangue.
Onde, é constituído de quatro câmaras, os átrios direito e esquerdo e os ventrículos
direito e esquerdo, através dos quais o sangue é bombeado. As valvas protegem as
saídas das câmaras, impedindo o refluxo do sangue. Um septo interatrial e um septo
interventricular separam os dois direito e esquerdo do coração. O átrio direito (AD)
recebe sangue retornando do corpo pelas veias cava superior e inferior, as duas
maiores veias do corpo. O ventrículo direito (VD) recebe sangue do átrio direito e o
bombeia aos pulmões para oxigenação pelas artérias pulmonares. O átrio esquerdo
(AE) recebe o sangue oxigenado retornando dos pulmões pelas quatro veias
pulmonares. O ventrículo esquerdo (VE) recebe sangue do átrio esquerdo e o
bombeia à aorta para distribuição à circulação sistêmica (ROOS e PAWLINA, 2008).
Legenda da Figura 34:
1) Núcleo
2) Citoesqueleto (citoplasma)
Figura 34 – Corte histológico do coração, núcleo alongado. Objetiva de 100X.
50
VASOS SANGUÍNEOS
Os vasos sanguíneos estão dispostos de tal modo que o sangue aportado
pelo coração chega rapidamente a uma rede e vasos estreitos e de paredes finas,
os capilares sanguíneos, nos tecidos de todas as partes do corpo ou bem próximos
deles (ROOS e PAWLINA, 2008 p. 367).
VASOS LINFÁTICOS
Vasos linfáticos levam líquidos à corrente sanguínea. Os vasos linfáticos são
unidirecionais, levando líquido unicamente a partir dos tecidos, os vasos menores
são chamados de Capilares linfáticos, pois convergem para vasos progressivamente
maiores, denominados Vasos Linfáticos (ROOS; PAWLINA, 2008).
ARTÉRIAS
As artérias são vasos sanguíneos que levam o sangue do coração aos
capilares nos tecidos. As artérias são classificadas por seu diâmetro e pelas
características da túnica média. A aorta é a artéria que leva o sangue a partir do
ventrículo esquerdo, sendo designada como artéria elástica, devido à grande
quantidade de material elástico disposto em lamelas fenestradas, entremeado às
células musculares lisas da túnica média (ROOS e PAWLINA, 2008).
Tradicionalmente as artérias são classificadas em três tipos, com base no
tamanho e nas características da túnica média (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 373):
Artérias grandes ou elásticas.
Artérias médias ou musculares (muitas das artérias corporais “nomeadas”).
Artérias pequenas e arteríolas.
51
CAPILARES
São os vasos sanguíneos de menor diâmetro. Os capilares formam redes
vasculares sanguíneas que permite que líquidos contendo gases, metabólicos e
produtos de excreção passam por suas paredes. Devido a duas paredes finas e à
estreita associação física a células e tecidos metabolicamente ativos, os capilares
são particularmente indicados ao intercâmbio de gases e metabólitos entre as
células e a corrente sanguínea (ROOS e PAWLINA, 2008).
ANASTOMOSES ARTERIOVENOSAS
As anastomoses arteriovenosas possibilitam ao sangue contornar os
capilares, proporcionando vias diretas entre artérias e veias. As anastomoses AV
são comuns na pele da ponta dos dedos, no nariz e nos lábios e no tecido erétil do
pênis e do clitóris (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 385).
VEIAS
Tradicionalmente, as veias são divididas em três tipos com base no tamanho:
Veias pequenas ou vênulas, sub-classificadas adicionalmente como vênulas pós
capilares e musculares, Veias médias e Veias grandes (ROOS e PAWLINA, 2008,
p.385).
SANGUE
O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema
cardiovascular, tal é constituído de células e seus derivados e em, um líquido rico,
em proteínas denominado plasma. As células sanguíneas e seus derivados
apresentam (ROOS e PAWLINA, 2008):
Eritrócitos, também conhecidos como hemácias.
52
Leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos que são: Neutrófilos,
Eosinófilos, Basófilos, Linfócitos e Monócitos.
Plaquetas, os trombócitos .
O plasma, mais de 90% do plasma, em peso, é água, que serve como
solvente para diversos solutos, incluindo proteínas, gases dissolvidos, eletrólitos,
nutrientes, substâncias reguladoras e materiais de excreção (ROOS e PAWLINA,
2008, p. 250).
7.1. ATIVIDADE 1: Sistema Circulatório
Objetivo
Observar e identificar os elementos celulares do sangue;
Resultado
Legenda da Figura 35:
1) Hemácias humanas
2) hemácias com pouco
material
3) Hemácias de ave
4) Monócito
5) Linfócito jovem
6) Linfócito chanfradura
7) Linfócito trilobado (neutrófilo)
8) Linfócito bilobado
9) Linfócito tetralobado
10) Eosinófilo
11) Eosinófilo
12) Eosinófilos
Figura 35 – Prancha de Sangue: Leucócitos.
53
8. UNIDADE DIDÁTICA 6: SISTEMA EXCRETOR
O sistema urinário consiste em dois rins; dois ureteres, que cursa do rim até a
bexiga; e uretra, que cursa da bexiga até o exterior do corpo. Eles conservam água,
eletrólitos essenciais e metabólicos, e removem do organismo certos dejetos do
metabolismo. Os rins são importantes na regulação e manutenção da composição e
do volume do líquido extracelular. Também são essenciais na manutenção do
equilíbrio ácido-básico. (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 652).
ESTRUTURA GERAL DO RIM
Os rins são órgãos avermelhados em forma de feijão localizados em ambos
os lados da coluna vertebral no espaço retroperitoneal da cavidade abdominal
posterior. Cada rim mede cerca de 10 cm de comprimento, 6,5 cm de largura e 3 cm
de espessura (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 652).
A borda medial côncava de cada rim contém um hilo, uma região indentada
através da qual vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos entram e saem do rim.
A origem do ureter, em forma de funil, a pelve renal, também deixa o rim ao nível do
hilo (ROOS e PAWLINA, 2008, p. 676).
O néfrom é a unidade funcional do rim. Existem cerca de 2 milhões de néfrons
em cada rim humano, onde são responsáveis pela produção de urina e
correspondem à porção secretora de outras glândulas. Os túbulos coletores,
responsáveis pela concentração final de urina são análogos aos ductos das
glândulas exócrinas. As porções tubulares do néfron são o segmento espesso
proximal (consistindo no túbulo contorcido proximal e no túbulo reto proximal), o
segmento delgado, que constitui o ramo delgado da alça de Henle e o segmento
espesso distal, constituindo no túbulo reto distal e no túbulo contorcido distal. A alça
de henle é a porção em forma de U que consiste nas porções espessas retas dos
túbulos proximal e distal e no segmento fino entre eles. O túbulo contorcido distal
une-se ao túbulo coletor. O néfrom e o túbulo coletor constituem o túbulo urinífero
(ROOS e PAWLINA, 2008, p. 680).
54
URETERES
Cada ureter conduz urina da pelve renal para a bexiga e tem cerca de 24 a 34
cm de comprimento. A porção distal do ureter entra na bexiga urinária e segue um
caminho oblíquo através da parede da bexiga urinária (ROOS e PAWLINA, 2008, p.
674).
BEXIGA
A bexiga é um reservatório distensível para urina, localizado na pelve,
posteriormente à síntese púbica; seu tamanho e sua forma modificam-se quando
enche. A Bexiga tem três aberturas, duas para os ureteres (orifícios ureterais) e uma
para a uretra (orifício uretral interno). A contração do músculo destrusor da bexiga
compreende todo o órgão e força a urina para a uretra (ROOS e PAWLINA, 2008, p.
675).
8.1. ATIVIDADE 1: Sistema Excretor
Objetivo
Reconhecer a estrutura celular do Rim;
Material
a) Lâmina permanente de rim
b) TV multimídia.
c) Microscópio
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Atividades
a) Observar ao microscópio óptico as lâminas de rim (Figura 36 e Figura 37)
b) Esquematizar através de desenhos as imagens visualizadas.
Resultado
Figura 36 – lâmina de rim: Túbulos contorcidos proximais. Objetiva de 100X.
Figura 37 – Aspecto geral do rim. Objetiva de 10X
56
9. UNIDADE DIDÁTICA 7.
9.1. ATIVIDADE 1: Material Genético – Cromossomos
Os cromossomos são estruturas celulares filamentosas individuais,visíveis ob
durante a divisão celular (mitose ou meiose), são originadas pelar condensação das
fibras de cromatina. Devido a isso, seu estudo deve se realizar em células que estão
em divisão. A melhor fase para observar é a metáfase, quando os mesmos atingem
o máximo de condensação (JORDÃO, et al. 1998).
Cada espécie, animal ou vegetal, é caracterizada por apresentar, na maioria
de suas células somáticas, um número de cromossomos que é constante, os quais
têm tamanhos e tipos também constantes. A classificação dos cromossomos é feita
por tamanho (do maior para menor) e pela posição do centrômero. Um cromossomo
é identificado como metacêntrico quando tem centrômero mediano, que o divide em
dois braços iguais. É submetacêntrico quando tem centrômero submediano,
dividindo-o em dois braços de tamanhos desiguais e acrocêntrico quando tem
centrômero subterminal (JORDÃO, et al. 1998).
Objetivo
Reconhecer os tipos de cromossomos;
Material
Lâminas permanentes de cromossomos de rato que foram confeccionadas segundo
o protocolo descrito a seguir:
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1) Injetar na cavidade peritoneal do animal 0,5 ml de colchicina a 0,025 para
cada 100g de peso, esperar 2 horas.
2) Anestesiar o animal com éter e dissecá-lo, retirando os fêmures (Figura
38), estes deverão ser descamados e limpos completamente e, a seguir
desarticulados da tíbia e cortados na altura da virilha.
Figura 38.
3) Cortar os fêmures, na região das epífases e injetar 10 ml de solução
hipotônica, Kcl 0,75 molar com auxílio de uma seringa, retirando assim a
medula, que deveráser coletada num Becker e homogeneizada (Figura
39).
Figura 39.
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4) Colocar o Becker na estufa a 37ºC por 10 a 15 minutos.
5) Transferir o conteúdo do Becker para um tubo de centrífuga, com o auxílio
de uma pipeta Pauster (Figura 40) e centrifugar a 1200rpm por 10 minutos
(Figura 41).
Figura 40.
Figura 41.
6) Descartar o sobrenadante e adicionar aproximadamente 8ml de fixador de
Carnoy ( 3 partes de metanol para 1 parte de ácido acético glacial).
7) Ressuspender e centrifugar novamente por 5 minutos a 1200 rpm.
8) Repetir os itens 6 e 7 por duas vezes. Após a última centrifugação e
eliminação do sobrenadante, adicionar cerca de 1ml de fixador,
dependendo da quantidade de material sedimentado, e ressuspender bem
o material. Este poderá ser então guardado em freezer, acondicionado em
pequenos frascos tipo “Eppendorf”, ou trabalhado conforme os seguintes
passos:
9) Pingar 3-4 gotas da suspensão obtida sobre diferentes regiões de uma
lâmina bem limpa e conservadas em quente, inclinando-as levemente.
Passar estas lâminas rapidamente sobre a chama de uma lamparina de
álcool para secar, ou sobre uma lâmina que deve ter sido mergulhada em
água fervendo, formando assim uma camada fina de água sobre esta, ou
ainda sobre uma lâmina colocada sobre um suporte no interior de um
banho-maria a 60ºC (método de espalhamento).
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10) Deixar secar no ar.
11) Corar com solução de Giemsa a 5% em tampão fosfato (pH=6,8), durante
7-8 minutos.
12) Lavar a lâmina com água destilada ou água corrente e deixar secar ao ar.
Obs.:
a) Com a objetiva de 10x, localizar um conjunto de cromossomos.
b) Com a objetiva de 40x, procure um conjunto de cromossomos, no qual os
mesmos estejam bem separados.
c) Com a objetiva de 100x (imersão), observe e esquematize a morfologia dos
cromossomos, nas diferentes amostras.
Atividades
a) Observar as imagens abaixo.
b) Pesquisa no laboratório de informática sobre cromossomos e suas formas.
c) Identificar no material observado os diferentes tipos de cromossomos
observando lâminas permanentes no microscópio.
Figura 42- Cromossomos Metafásico: A= humano e B=rato.
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Resultado
Figura 43 - Partes do Cromossomo.
Legenda da Figura 44:
1) Núcleo interfásico (cromatina
distendida)
2) Núcleo Prófase (cromossomos
espiralizados), iniciando a
esperilização.
3) Cromossomos humano mais
espiralizados
4) Cromossomos com grau
máximo de espiralização.
Figura 44 – Diferentes níveis de compactação do material genético.
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9.2. ATIVIDADE 2: Mitose
A mitose é um processo contínuo que ocorre na célula, durante esse período
acontece uma divisão exata do material celular, onde a célula mãe origina duas
células filhas idênticas a ela. Graças a esse processo de divisão celular é que os
organismos crescem por aumento do número de células, partes danificadas de
tecidos e órgãos são regeneradas, assim como a manutenção de tecidos e órgãos.
Esse processo natural se dá de forma contínua, mas para facilitar o estudo, ela é
subdividida em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
INTERFASE, a célula cresce até alcançar um tamanho conveniente e
constante, antes de dividir-se. Logo a interfase leva ao crescimento celular,
duplicação do conteúdo e preparação para nova divisão.
PRÓFASE (pro, primeira ) é a fase que ocorre a condensação gradual das
fibras de cromatina, que se tornam progressivamente mais curtas e espessas, até
formar os cromossomos. Devido a condensação progressiva, a cromatina fica inativa
e deixa de transcrever RNAs e finalmente , as sínteses de RNA e de rRNA param e
a de tRNA diminuem consideravelmente, os nucléolos se desorganizam
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
METÁFASE (meta, metade) o início desta fase se define pela
complementação do alinhamento dos cromossomos na parte equatorial da célula,
formando a chamada placa metafásica, os cromossomos ficam mantidos nessa
posição, por um espaço curto de tempo (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
ANÁFASE (Ana, movimento) nesta fase rompe-se o equilíbrio metafásico e
acontece a migração das cromátides, que agora passam a se chamarem de
cromossomos filhos (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
TELÓFASE (telos, fim) tem início quando os cromossomos-filhos alcançando
os respectivos pólos, o que se caracteriza pelo total desaparecendo dos
microtúbulos cinetocóricos. Ocorrem, então, a reconstituição dos nucléolos e a
divisão citoplasmática, levando à formação das células-filhas (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
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CITOCINESE (citos, célula e cinesis, movimento) consiste na divisão do
citoplasma (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
Objetivo
Entender que o crescimento do nosso corpo e a reposição de células que
envelhecem e morrem se dá através de um processo de divisão celular denominado
mitose.
Material
a) Cebola
b) Copo com água
d) Lâmina
e) Lamínula
f) Estilete
g) fixador etano l- ácido acético
h) Solução de álcool 70%
i) Ácido acético 45%
J) Lamparina
l) Corante. Orceina Aceto –cloridrica
Procedimento
Segundo Jordão et al, (1998):
a) Coloque uma cebola sobre um recipiente com água, de maneira que a parte
inferior do bubo fique mergulhado na água. Depois de 24-48 horas, as raízes
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iniciam o seu desenvolvimento. Quando as raízes atingirem, no mínimo, de 1
a 2 cm, colete as raízes e coloque no fixador ( etanol: ácido acético 3:1) por
12-24 horas. Depois, prepare as lâminas ou transfira o material para solução
de álcool 70%, onde é conservado em geladeira.
b) Coloque as pontas de raízes em ácido acético 45%, por uns 10 min.
c) Tome uma raiz e separe a região meristemática ( de cerca de 2mm a partir da
coifa), cortando-a com uma gilete. Desprese tanto os primeiros 0,7mm,
correspondentes à coifa como o retante da raiz.
d) Pingue sobre o meristema uma gota de ácido acético 45%.
e) Cubra co lamínula, sem formar bolhas de ar.
f) Esmague o material, batendo suavemente com a ponta de um lápis sobre a
lamínula, em sentido circulat, até que o material se espalhe.
g) Apóie a lâmina sobre uma superfície bem lisa, cubra com um pedaço de papel
filtro e, com a polpa do polegar sobre o papel, pressione o material com força.
Não deixe a lamínula se deslocar.
h) Vede a lamínula com esmalte incolor para evitar que o material se seque.
i) Observe ao MO e ao microscópio de contraste de fase (MCF).
Atividade
Reconhecer as diferentes fases da mitose
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Resultado
Legenda da Figura 44:
1- Interfase
2- Prófase
3- Metáfase
4- Anáfase
5- Telófase
6- Citocinese
Figura 44 - Fases da Mitose.
9.3. ATIVIDADE 3: Meiose.
A meiose é o processo de divisão celular que reduz à metade o número de
cromossomos. Meiose (grego meion, redução) na fecundação, os gametas
masculino e feminino se fundem. Para que haja a redução do número
cromossômico, é preciso que ocorram duas divisões celulares sucessivas, meiose I
e meiose II (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
LEPTÓTENO, fase em que a cromatina começa a se condesar gradualmente
em cromossomos, mas só são visíveis ainda filamentos finos ao microscópio óptico.
Leptóteno( leptos,em grego, significa delgado e tainia, filamento ou fita (JUNQUEIRA
e CARNEIRO, 2005).
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ZIGÓTENO (do grego zygós, laço, união) ocorre a aproximação dos
cromossomos homólogos, que se alinham lateralmente de maneira precisa, mas não
se fundem, permanecendo uma distância entre eles (JUNQUEIRA e CARNEIRO,
2005).
PAQUÍTENO (do grego pachys,espesso) o conjunto formado pelos
cromossomos homólogos é denominado bivalente ou tétrade porque apresenta dois
cromossomos unidos e tétrade porque constituído pelas quatro cromátedes
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
DIPLÓTENO (do grego diplos, duplo) acontece um início de divisão entre os
cromossomos homólogos, que podem ser observados individualmente. Essa
separação não é completa, porque existem vestígios do complexo sinaptonêmico em
alguns pontos chamados quiasmas (do grego chiasma,disposição em cruz)
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
DIACINESE (do grego dia, através, e kinesis, movimento) caracteriza-se pelo
aumento da repulsão entre os cromossomos homólogos, o afastamento leva à
terminalização dos quiasmas, ocorre o deslocamento dos quiasmas para as
extremidades dos cromossomos conforme a separação aumenta (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
METÁFASE I os dois cromossomos homólogos ficam dispostos na placa
equatorial lado a lado devido ao recente término do pareamento entre eles ou
devido à manutenção dos quiasmas até essa fase (JUNQUEIRA e CARNEIRO,
2005).
ANÁFASE I nesta fase é fácil ver que os cromossomos em movimento para
os pólos celulares são formados por duas cromátides, ligadas por seus centrômeros
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
TELÓFASE I ocorre a descondensação cromossômica e a reorganização dos
dois núcleos filhos (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
INTERCINESE é o estágio entre as duas divisões meióticas e, nessa fase,
não ocorre nova síntese de DNA (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
PRÓFASE II ocorre uma nova formação do fuso ás perpendicular ao anterior
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
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METÁFASE II são os cinetócoros das cromátides-irmãs que se dirigem para
pólos opostos da célula, ligando-se às fibras do fuso de lados contrários
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
ANÁFASE II acontece a separação das cromátides, que vão para para os
pólos opostos da célula (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
TELÓFASE II é a última fase da segunda divisão meiótica, acontece a
citocinese, que origina as quatro células, cada uma com número haplóide de
cromossomos (n) (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
Objetivo
Observar as diferentes fases da meiose.
Material
a) Antéra de milho – inflorescência masculina fixada em álcool (etanol) mais
ácido acético, na mesma proporção – 24 horas. Depois álcool 70% para
conservar.
b) Pinça
c) Lâmina de barbear
d) Prego (ferro) para oxidar o corante
e) Corante (Carmim propiônico)
f) Lâmina
g) Lamínula
h) Papel absorvente
i) Bastão metálico
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Procedimento
a) Retire com uma pinça várias anteras de milho do material conservado e
coloque-os uma porção desse material sobre a lâmina.
b) Corte a parte posterior das anteras expondo a massa celular.
c) Retire com uma pinça todas as membranas, deixando apenas a massa
celular.
d) Use a lâmina para cortar em partes bem pequenas.
e) Em seguida pingue o corante (Carmim propiônico) e macere com o bastão
metálico por alguns segundos.
f) Coloque o material macerado em contato com o prego, para que ocorra a
oxidação do corante, isso tornará o material mais escuro, facilitando a
visualização.
g) Coloque a lamínula sobre o material delicadamente para que não fome
bolhas e para que as células se espalhem.
h) Aqueça o preparado rapidamente na chama da lamparina sem dixar secar o
material.
h)Utilize o papel absorvente para envolver a lâmina, no papel absorvente e faça
pressão com o polegar, com o propósito de amassar o conteúdo.
i) Usar a objetiva de 40X.
Através da Figura 4, tem-se as fases da Meiose.
Atividades
a) Esquematizar as diferentes fases da meiose
b) No laboratório de informática pesquisar sobre os processos de divisão celular
mitose e a meiose.
Observação: Nas aulas será utilizada a TV multimídia para apresentar imagens
obtidas de lâminas retratando a meiose.
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Resultado
Figura 45– Fases da Meiose.
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10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme planejado para o caderno pedagógico, a necessidade de uma
reflexão acerca do estudo da célula guia esse estudo, no qual se pretende minimizar
a dificuldade que os alunos têm de compreender a mesma, trabalhando com
metodologias significativas sobre o estudo das células, estimulando a curiosidade e
trazendo mais proximidade do conteúdo trabalhado com a realidade do cotidiano dos
alunos.
O objetivo principal deste Caderno Pedagógico é construir o conhecimento
sobre células, através de práticas desenvolvidas em sala de aula, em laboratórios de
ciências e de informática, com atividades diversificadas, relacionando a teoria e a
prática.
A compreensão da célula como uma estrutura microscópica e viva que se faz
presente em cada tecido em cada órgão e que está relacionada com cada estrutura
do corpo humano, determinando o seu bom ou mau funcionamento é de
fundamental importância no estudo do corpo humano.
Sendo assim, este caderno pedagógico, é um material que tem por objetivo
contribuir para a produção de material teórico-pedagógicos, que poderá intervir em
nossa realidade escolar.
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, A. M. P.de ( org). Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. COOPER, M. Geoffey. A célula, uma abordagem molecular. 2ª Ed. Ed: Artmed. 2002. JORDÃO, Berenice Quinzani; ANDRADE, Célia Guadalupe Tardele de Jesus; RUAS, Claudete de Fátima; CÓLUS, Ilce Mara de Syllus e BUIM, Marcilei Elisa. Práticas de biologia celular. Londrina: Ed. UEL, 1998.
JUNQUEIRA, L.C. e J. CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação básica. 2006. ROSS, Michael H; PAWLINA, Wojciech. Histologia. 5ª Ed. Ed: Guanabara Koogan.
2008.