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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – JACAREZINHO

DAMÁZIO FERREIRA BONFIM

CADERNO PEDAGÓGICO

O TEXTO POÉTICO EM SALA DE AULA

2010

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – JACAREZINHO

DAMÁZIO FERREIRA BONFIM

CADERNO PEDAGÓGICO

O TEXTO POÉTICO EM SALA DE AULA

Caderno Pedagógico apresentado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como requisito parcial ao PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional, pela UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná da cidade de Jacarezinho e NRE - Núcleo Regional da Educação de Cornélio Procópio, na área de Língua Portuguesa.

Orientadora: Profª Dra Luciana Brito.

2010

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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................... 5

2- INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5

3- TEXTOS E ATIVIDADES PARA A SEQUÊNCIA A ........................................ 8

3.1. ATIVIDADE A .............................................................................................. 8

3.2. ANÁLISE DE IMAGENS .............................................................................. 9

3.2.1. ATIVIDADE 1 ........................................................................................... 9

3.2.2. ATIVIDADE 2 ........................................................................................... 9

3.2.3 ATIVIDADE 3: ......................................................................................... 10

3.3. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM TEXTO AUTOBIOGRÁFICO ... 10

E PERGUNTAS PARA UM CADERNO DE ENQUETE ................................... 10

3.4. PROVÉRBIOS POPULARES .................................................................... 11

3.4.1. ATIVIDADE 4 ......................................................................................... 12

3.5. TEXTO TEATRAL ..................................................................................... 13

3.5.1. ATIVIDADE 5 ......................................................................................... 14

3.5.2. ATIVIDADE 6: O texto teatral ................................................................. 19

3.6. TEXTOS NARRATIVOS ............................................................................ 20

3.6.1. Gênero narrativo .................................................................................... 20

3.6.2. ATIVIDADE 7 ......................................................................................... 20

3.6.3. ATIVIDADE 8 ......................................................................................... 23

3.7. LETRA DE MÚSICA .................................................................................. 23

ATIVIDADE 9 ................................................................................................... 23

3.8. TEXTOS POÉTICOS................................................................................. 24

4 - TEXTOS E ATIVIDADES PARA A SEQUÊNCIA B ..................................... 27

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4.1 VERSIFICAÇÃO ......................................................................................... 27

4.1.1. Verso ...................................................................................................... 27

4.1.2. Sílaba do verso ...................................................................................... 27

4.1.3. Números de sílabas do verso ................................................................. 28

4.2. ESTROFES ............................................................................................... 30

4.3. ALGUNS TIPOS DE POEMAS .................................................................. 31

4.3.1. Gênero Lírico .......................................................................................... 31

4.3.2. Gênero Épico ......................................................................................... 34

5. POEMAS SÓ PARA SEREM LIDOS ............................................................ 34

5.1. POEMAS DE ISMAEL RIBEIRO ............................................................... 46

5.2 - POEMAS DOS ALUNOS DA 4ª SÉRIE ................................................... 63

6 - ATIVIDADE C .............................................................................................. 69

7 - ATIVIDADE D .............................................................................................. 72

8 - ATIVIDADE E .............................................................................................. 73

9 – ATIVIDADE F ............................................................................................. 73

10 – ATIVIDADE G ........................................................................................... 73

11- SUGESTÕES DE LEITURA ....................................................................... 74

12- CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 75

13- REFERÊNCIAS .......................................................................................... 76

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1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 Área: Língua Portuguesa

1.2 Professor PDE: Damázio Ferreira Bonfim

1.3 Professor Orientador: Profª Dr.ª Luciana Brito

1.4 IES Vinculada: UENP – Jacarezinho

1.5 Escola de Implementação: Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes

1.6 Município: Jataizinho

1.7 NRE: Cornélio Procópio

1.8 Público-Alvo: Alunos do ensino fundamental - Oitava série

2- INTRODUÇÃO

O PDE/Paraná surge como uma oportunidade de aprofundamento de

estudos. O professor tem a oportunidade de pesquisar e atualizar seus

conhecimentos para melhorar a qualidade de suas aulas. A prática docente fica

então enriquecida, pois o contato com teorias desconhecidas proporciona tanto

a solidificação de práticas realizadas sob uma forma intuitiva, quanto a

possibilidade de se exercer a criatividade, no preparo das atividades, sob a

égide dos novos conhecimentos adquiridos.

No caso específico da Língua Portuguesa, os conteúdos são amplos e

só com um planejamento criterioso pode-se almejar um bom aproveitamento no

processo de ensino-aprendizagem. E, para tanto, são necessários os anos de

práticas, também a persistência no contínuo aprendizado. Guimarães Rosa já

disse: ―Professor é aquele que aprende‖. Quanto aos anos de prática, é

necessário aprender com os acertos e, principalmente, com os erros, para que

se evite repeti-los.

O nosso objeto de estudo é a Literatura, e mais especificamente os

textos poéticos. A finalidade principal é a de despertar no aluno o gosto pela

leitura. Há uma sequência de intervenções pedagógicas que hão de nortear a

execução do projeto na escola. A escolha de textos passará por uma

sequência didática que parta da análise comparativa de alguns tipos textuais,

até o momento em que se priorize a Literatura e, em especial, os textos

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poéticos, obedecendo-se a critérios diagnósticos, os quais revelem o nível de

leitura da turma. A prioridade dada aos textos poéticos se justifica por ser uma

tipologia textual que tem na plurissignificação uma de suas características

básicas. O que o torna de uma dificuldade interpretativa maior.

A necessidade de se trabalhar com a poesia na formação social e

subjetiva dos adolescentes será a princípio um dos principais objetivos a serem

alcançados. E quando se fala em formação subjetiva, se propõe aqui o

desenvolvimento da sensibilidade que a leitura poética pode proporcionar. As

temáticas trabalhadas podem enriquecer as experiências individuais e coletivas

da existência humana. A questão dos valores pode ser reafirmada, ou

questionada. A crescente habilidade interpretativa deve ser buscada, como

uma estratégia de melhorar a capacidade de leitura e de interação com o

mundo real.

A primeira preocupação do professor deve ser o conhecimento da turma

com a qual irá trabalhar. Conhecimento no sentido de perceber em que nível de

leitura e de leitura literária a turma se encontra. É pertinente uma intervenção

diagnóstica, para que se possam estabelecer parâmetros individuais e

coletivos. Essa intervenção pode ser realizada por meio de um ―caderno de

enquete‖, de maneira que várias perguntas dirigidas aos alunos podem

colaborar para a elaboração de um mapeamento linguístico-literário da turma.

Se isso não for suficiente, pode-se recorrer a um debate sobre a importância da

leitura e da Literatura no momento atual. A partir disso, tem-se um ponto de

partida para o início do trabalho.

A princípio, a sequência pedagógica percorrida neste projeto será a

seguinte:

a) aulas sobre diferenciação de tipologia textual;

b) peculiaridades de modalidades literárias, com maior ênfase em poemas;

c) leitura interpretativa feita pelo professor;

d) organização dos alunos em equipe de cinco ou sete membros para

realizarem leituras de poemas em sala de aula;

e) montagem de um cronograma para as apresentações (tempo estipulado:

mínimo de cinco e máximo de dez minutos por apresentação);

f) debate com grupo de verbalização (GV) e grupo de observação (GO);

g) produção de texto sobre a temática da obra em foco.

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Na atividade A, deve-se recorrer a vários tipos de textos que

contemplem as temáticas preferidas dos alunos, percebidas na sondagem

diagnóstica. Também podem ser incluídas outras modalidades artísticas, tais

como: pintura, escultura, charge, pequenos vídeos da Internet, dentre outros.

Na atividade B, poder-se-ia preparar atividades baseadas nos estudos

teóricos de Antônio Cândido, em sua abordagem social e estudos analíticos de

poemas, em duas obras prioritariamente: Literatura e Sociedade e Na sala de

Aula, caderno de análise literária. Também poderão ser incluídos aí livros de

determinados poetas ou antologias com poetas variados. O professor pode

também organizar uma antologia de poemas para trabalhar com seus alunos.

O livro Poesia na Sala de Aula, de Hélder Pinheiro, será um excelente apoio

nesta etapa do trabalho.

Na atividade C, o professor fará uma leitura interpretativa do poema: ―A

morte de Nanã‖, de Patativa do Assaré, sob a perspectiva Brechitiana de

interpretação. E também a leitura do poema: ―Caso do vestido‖, de Drummond,

dessa vez sob a perspectiva do método de interpretação de Stanislavisk. Essas

leituras se fazem necessária, pois podem servir de ―modelo‖ para os alunos por

ocasião das suas leituras

Nas atividades D e E, organizar os alunos em equipe de cinco a sete

membros, sortear as equipes para elaborar um cronograma para

apresentações semanais. Nessa oportunidade além de ser necessária análise

dos poemas escolhidos, também é preciso que haja técnicas de interpretação.

As equipes que necessitarem de um apoio maior do professor, com relação aos

ensaios, poderão ser atendidas em reuniões de contraturno.

Quanto à atividade E, a estipulação de um tempo mínimo e máximo tem

como objetivo coibir os excessos (que seriam bem-vindos), como também

forçar a leitura de um número maior de poemas. Caso contrário, um aluno

poderia escolher um haicai e se daria por satisfeito, pois teria lido um poema na

íntegra. O exercício de criatividade por parte dos alunos deve ser elogiado, pois

assim outras equipes se empenharão em realizar um bom trabalho.

No que se refere à atividade F, devido ao número de mais ou menos

quarenta alunos por turma, se faz necessária a divisão em dois grupos para o

debate oral. O grupo de verbalização faz uso da oralidade, enquanto o grupo

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de observação simplesmente ouve. Após um tempo pré-estipulado, invertem-se

os papéis: quem falava passa agora a só ouvir. O interessante desse debate,

sob a perspectiva da temática da obra estudada, é fornecer elementos à

produção textual, que virá na sequência.

No que tange à atividade G, a produção de texto poderá ser individual e

pode fazer parte do conjunto de avaliações do bimestre. Podem-se exigir textos

narrativos, dissertativos ou poéticos, no entanto é bom que todos produzam

sob os moldes da mesma tipologia textual. É praticamente impossível escrever

acerca do que não se conhece nem domina. O debate surge com intuito de

fornecer elementos para que o aluno tenha condições de planejar a estrutura

de seu texto.

3- TEXTOS E ATIVIDADES PARA A SEQUÊNCIA A

3.1. ATIVIDADE A Na atividade A deve-se recorrer a vários tipos de textos que contemplem

as temáticas preferidas dos alunos, percebidas na sondagem diagnóstica.

Também podem ser incluídas outras modalidades artísticas, tais como: pintura,

escultura, charge, pequenos vídeos da Internet, dentre outros. Utilizando-se,

nesse momento, do método recepcional e do método semiológico (AGUIAR;

BORDINI 1993, p 91-135). O método recepcional centra-se no leitor, enquanto

que o método semiológico prima-se por privilegiar diferentes gêneros textuais,

sendo assim mais aproximado de Bakhtin, no que tange aos gêneros do

discurso.

Essa etapa do desenvolvimento do projeto necessitará de duas horas

aulas para sua realização. Nessa prática pedagógica, priviligiar-se-ão as

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em suas sugestões de trabalhar-

se com os diferentes gêneros do discurso. As atividades elaboradas para os

alunos terão como foco: roteiro para um caderno de enquete e criação de um

texto autobiográfico, análise de provérbios populares, textos narrativos, textos

poéticos, imagens e desenhos do aluno Cristian.

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3.2. ANÁLISE DE IMAGENS 3.2.1. ATIVIDADE 1

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14

1- A imagem lembra o mapa das Américas. As cores utilizadas lembram a cor de que bandeiras e de que países, respectivamente? 2- Qual a leitura que você pode fazer dessa imagem? 3.2.2. ATIVIDADE 2

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/4portugues/9agua.jpeg

1- Você já ouviu falar de personificação ou prosopopeia? É uma figura de linguagem que consiste em atribuir características humanas a seres inanimados. Em que consiste basicamente essa personificação?

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2- Arnaldo Antunes é um poeta atual. Você conhece algum de seus poemas? Caso não conheça, pesquise e traga para nos mostrar.

3.2.3 ATIVIDADE 3:

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14&min=20&orderby=titleA&show=10

1- Como se constrói o humor na tira? 2- Você acha que uma reforma ortográfica pode interferir na comunicação? 3.3. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM TEXTO AUTOBIOGRÁFICO E PERGUNTAS PARA UM CADERNO DE ENQUETE

Nessa atividade determinar-se-á o horizonte de expectativa (AGUIAR;

BORDINI 1993, p. 91-92-93), numa clara aplicabilidade do método recepcional

nas etapas do seu desenvolvimento.

Para ajudá-lo a compor esse texto, responda a algumas perguntas. Dê

respostas completas a cada uma delas.

a) Qual é o seu nome completo?

b) Quantos anos você tem?

c) Onde você mora? (nome da rua, número, bairro)

d) Você tem irmãos? Quantos?

e) O que você mais gosta de fazer?

f) Seu pai e sua mãe trabalham? Em quê?

g) Você conversa muito com seu pai e com sua mãe? Sobre o que conversam?

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h) O que você acha do estudo? E da escola em que estuda?

i) Você já leu algum livro? Qual? Gostou?

j) Você leu porque o professor indicou, ou foi iniciativa sua?

k) Você gosta de poesia? De que tipo? Qual o poeta de sua preferência?

l) Você gosta de filmes? Que estilo de filme? E de música você gosta? E de

que tipo?

m) Você é feliz? Quando você fica muito alegre?

n) Às vezes bate uma tristeza, não é? Em que ocasiões isso acontece?

o) Você acha que a poesia pode ajudar a gente a espantar as tristezas?

p) A Arte, de uma maneira geral, pode melhorar o mundo? Qual a sua opinião?

Para elaborar seu texto, você pode agrupar as suas respostas em quatro

parágrafos:

a) 1º parágrafo – respostas a, b, c, d;

b) 2º parágrafo – respostas e, f, g, h;

c) 3º parágrafo – respostas i, j, k, l;

d) 4º parágrafo – respostas m, n, o, p.

Invente um título para seu texto.

3.4. PROVÉRBIOS POPULARES

Os provérbios populares atravessaram os tempos e se mantiveram

vivos na memória do povo, manifestando ensinamentos e conhecimentos,

passados de geração em geração. Autores anônimos e criativos legaram a

posteridade uma sabedoria folclórica.

Você deve conhecer diversos provérbios populares, então vamos ler

alguns. Iniciar os trabalhos com a interpretação dos provérbios populares pode

ser uma maneira de mostrar ao aluno que quem interpreta um provérbio

popular adequadamente tem condições de interpretar qualquer outro tipo de

texto, desde que desenvolva uma habilidade linguística para tal. Abaixo vai

alguns:

―Quem ama o feio bonito lhe parece.‖

―De grão em grão a galinha enche o papo.‖

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―Quem diz o que quer ouve o que não quer.‖

―À noite todos os gatos são pardos.‖

―Santo de casa não faz milagres.‖

―Águas passadas não movem moinho.‖

―Cesteiro que faz um cesto faz um cento.‖

―O diabo não é tão feio quanto se pinta.‖

―Pelo dedo se conhece o gigante..‖

―O hábito não faz o monge.‖

―Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.‖

―Quem com ferro fere com ferro será ferido.‖

“Deus ajuda quem cedo madruga.‖

Fonte: http://www.hkocher.info/minhaz_pagina/proverbios.htm

3.4.1. ATIVIDADE 4 1. Identifique o sentido de cada provérbio acima.

2. Pesquise com seus pais, avós, ou na Internet, outros provérbios que não

constam nessa lista

3. Linguagem concisa versus linguagem prolixa

Linguagem concisa é resumida, condensada, é expressa de forma sucinta

Linguagem prolixa é extensa, com excesso de palavras, cheia de detalhes e

minúcias.

Millôr Fernandes, um grande humorista, reescreve em linguagem prolixa um

provérbio popular, tente identificá-lo.

a) Quem ama o feio bonito lhe parece.

b) De grão em grão a galinha enche o papo.

c) Quem diz o que quer ouve o que não quer.

d) Á noite todos os gatos são pardos.

e) Santo de casa não faz milagres

f) Águas passadas não movem moinhos.

g) Cesteiro que faz um cesto faz um cento.

h) O diabo não é tão feio quanto se pinta.

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i) Pelo dedo se conhece o gigante.

j) O hábito não faz o monge.

( ) De unidade de cereal em unidade de cereal a ave de crista carnuda e asas

curtas e largas da família das galináceas abarrota a bolsa que existe

nessa espécie por uma dilatação do esôfago e na qual os alimentos

permanecem algum tempo antes de passarem à moela.

(FERNANDES, Millôr. Provérbios modernizados. In: Millôr Fernandes)

4-Tente fazer como Millôr Fernandes. Escreva em linguagem prolixa o

provérbio:

―Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.‖

Você pode usar as seguintes sugestões para substituir as palavras do

provérbio:

Água Substância inodora e incolor

Mole Cede facilmente à compressão

Tanto bate Numerosas pancadas sucessivas

Pedra Matéria mineral sólida

Dura Difícil de penetrar, perfurar

Até que fura Cavidade na superfície externa

3.5. TEXTO TEATRAL O teatro não nasceu na Grécia, como apregoa alguém menos avisado.

Surgiu muito antes, e nessa origem muito do aspecto religioso foi detectado:

O teatro tem uma origem religiosa, várias comunidades dele se fazia uso para manifestar suas crenças através de rituais cênicos. Na índia, desde o século XVI a.C., atribuía-se a paternidade do teatro litúrgico a Brama. O budismo constitui, na China antiga, um verdadeiro teatro religioso. O Egito realizava um teatro cujos temas centrais eram a ressurreição de Osíris e a morte de Hórus. Nos tempos pré-helênicos, os cretenses já celebravam seus mitos em teatros, remontando ao século XIX a.C. (Nuñez, 1994, p. 17).

O que os gregos fizeram, e em especial os atenienses, foi criar

características próprias das artes cênicas, as quais influenciariam toda a

civilização ocidental:

O teatro grego tem sua provável origem nas festividades religiosas de louvação a Dionísio, por ocasião da colheita das uvas, sacrificava-se um bode acusado de comer as folhas das videiras. A parte mais importante desses rituais era constituída de danças e preces. Dionísio

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deus trácio, e não grego deus da orgia e do entusiasmo obtidos através do vinho, atributo maior desta divindade (Nuñez, 1994, p.26).

A etimologia da palavra tragédia, tragos, em grego quer dizer bode, e

óide significa canto, portanto tragoédia significa: o canto do bode. No teatro

trágico grego fazia-se a encenação para tentar estar em harmonia com os

mitos. Tragédia acabou por se tornar uma conceituação de um determinado

gênero teatral.

A Grécia também influenciaria as artes cênicas no Império Romano:

A origem do teatro popular latino também está associada a ritos religiosos, uma dessas cerimônias é o culto aos antepassados. Os latinos conservam certos elementos do teatro grego, sendo que o primeiro a introduzir em Roma o teatro grego foi Lívius Andronicus. Os dramas litúrgicos da Idade Média coexistiam com o teatro profano, sendo que os religiosos têm como base o cristianismo. (Nuñez, 1994, p. 26).

O teatro chega aos nossos dias sofrendo influências das mais variadas,

desde a antiguidade oriental, dos gregos e romanos; e por último, dos outros

povos europeus.

O texto que você vai ler foi uma criação coletiva dos alunos envolvidos

no Projeto Viva Escola, apresentado no Dia das Mães, em maio de 2009, na

Rádio Comunitária Nova Geração, no Município de Jataizinho.

3.5.1. ATIVIDADE 5 COLÉGIO ESTADUAL PROF.ª ADÉLIA ANTUNES LOPES JATAIZINHO- PR PROJETO VIVA ESCOLA Autores: Alunas do projeto Alunas: Ana Carolina da Costa Ana Elisa de Oliveira Heloisa Novaes Vieira dos Santos Isabel Paula de Oliveira Isabela Figueira da Costa Jaine Pereira da Silva Mikaela Fernanda Fioravante Professor: Damázio Ferreira Bonfim Radioteatro- Cena única Personagens: Mãe, filha, Dóris, Luana, vendedora, voz 1, voz 2. Peça radiofônica: Dia das Mães

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Filha – Mãe, posso ir à praça hoje com as minhas amigas? Mãe – Não.filha; você é muito novinha para isso... Filha – Ara, mãe... Deixa eu ir... Batem palmas à porta... Filha – Quem é? Dóris – É a Dóris... Filha – Entra... Tá aberta... (Barulho de porta rangendo) Dóris – Oi Filha – Oi... Sons de beijos Dóris – Oi, amiga, tudo bem? Filha – Estaria tudo azul com bolinha cor de rosa se a minha mãe me desse um presente... Mãe - Que presente? Mas hoje não é dia de você dar presente pra mãe? Filha – É, mas bem que ela poderia deixar eu ir na praça com minhas amigas... Mãe – E com os amigos também, né... Você é muito novinha... Já disse... Filha – e eu já ouvi... (Choro) Dóris – Chore não, amiga... Chore não, (Chora também) Filha ¬ Mas por que você tá chorando também? Dóris ¬ Solidariedade feminina. Mãe – Vou para o meu quarto acessar o meu Orkut. Fique à vontade, Dóris. Dóris – Então pelo jeito você não vai pra praça hoje? Filha - Só se minha mãe mudar de opinião. Batem palmas à porta. Filha – Quem é? Luana – Sou eu, a Luana.

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Filha – Entra aí, migona... Luana – E daí... Tô chique... Será que hoje a praça vai tá bombando? Filha – (Chora) Luana – Que foi... Doença? Filha – Doença de mãe... Luana – Sua mãe tá doente? Dóris – Não... Simplesmente não quer deixar ela sair... Luana – Então você viu a Malhação ontem? Vocês viram? Filha e Dóris – Vimos... Batem à porta Filha – Quem é? Vendedora - Sou Débora, vendedora de presentes de mãe pro dia das mães... Filha – Tá bom, entra aqui... Vendedora – Oi, meu nome é Débora, sou vendedora de produtos de beleza Filha – Não tem nada aí que deixa mãe calma e boazinha? Dóris – Quanta coisa... Filha – Que fedozinho gostoso... Dóris – Eu vou querer um kit... Quanto é? Vendedora – 230 reais... Filha – Tudo isso? E se nós três comprarmos? Não tem um desconto? Vendedora – Daí eu faço um descontinho As três – Descontinho? (em coro) Vendedora – Passa lá na loja do lado da igreja... Hoje vamos estar aberto até as 9 da noite... Dóris – Pode deixar... Vamos lá

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Vendedora.-. Então tchau. Todas – Tchau... (em coro) Dóris – Ah! Eu tenho uma ideia... A gente compra um Kit e divide em três, e daí cada uma dá pra sua mãe Luana – Realmente é uma boa ideia. Filha – Também acho... Mãe – Filha, vai pra cozinha e comece a lavar louça, enxugar, guardar e limpar o fogão... Filha – Mas mãe eu sou muito novinha pra isso tudo. Mãe – Filha, você já é uma mocinha... Linda, inteligente e obediente Dóris – Sua mãe ainda não foi no Adélia pegar seu boletim? Luana – Tá cheio de nota vermelha. Filha – Psiu... Mãe - O que vocês estão falando? Dóris – Vai começar a novela das seis... Mãe – Nossa; que amigas que vocês são... Nem me chamaram. Dóris – Já vai começar... Enquanto as vozes fazem referências às novelas de televisão, ouve-se um fundo musical a se escolher previamente. Voz 1 – A lua tá no céu... as estrelas todas brilhantes. Se você não gosta de mim, por que roubou a minha égua? Voz 2 – Na sobremesa, quero queijo e goiabada, já que eu não gosto de você, vou te dar um carro zero quilômetro... Voz 1 – Minha égua deu à luz, o duro agora vai ser pagar a conta do SAAE. Voz 2 – Já que você tem égua, vou te dar uma carroça de ouro e prata. Voz 1 – Não será ouro nem prata, vai ver é lata... Filha – Mãe, eu já terminei o serviço... Mãe, já terminei o serviço..... Luana – Fala de novo; é a novela preferida dela

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Dóris – Fala de novo... Agora é comercial... Filha – Mãe, já fiz tudo... Mãe – Guarda na geladeira Filha – Guardar o quê? Mãe – Ah, Filha, desculpa, é que eu estava vendo a tevê... Vá pro seu quarto se arrumar, mudei de ideia, pode ir com suas amigas... Filha - Oba, já tô indo... Dóris – É isso aí; que bom que a senhora vai deixar... Mãe – Sabe como é, filha é filha, né? Luana – E mãe é mãe, não é? Mãe – É, mãe é dedicação integral, sem férias... Filha – Tô pronta, amigas, vamos? Mãe – Esperem aí... Eu também vou junto... Todas – Ah... Não, (em coro) TEXTOS DO DIA DAS MÃES (Lido após a peça com fundo musical: Enya – Marble halls. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=WnvKPQ26U_g )

Mãe deveria ser profissão Com carteira assinada E fundo de garantia por tempo de serviço E indeterminado. Por que filho dá um trabalhão. Quando nasce, chora, Suja as fraldas, Não deixa dormir de noite. Quando começa a andar: Dandá prá ganhar vintém. Entra na escola, pronto: Mãe, seu filho não para quieto, Não faz as tarefas, faz birra, É mimado, briguento... Ô coitada da mãe. Vem para a quinta série: Quase as mesmas reclamações... Ninguém para falar:

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Seu filho é bonzinho, um amorzinho, Estudioso e educado. E quando começa a namorar, Quer dinheiro, a chave da casa E é só cabelo branco que aumenta, Pinta esse cabelo. ó mulher... Depois casa: Mãe, cuide de seu neto, Vou passear com o meu marido, ou com a minha mulher... Pensando bem, mãe não é profissão, É sacerdócio, pois a dedicação é integral. Mãe, seja feliz nesse dia e se puder em todos os outros dias do ano, também. Um beijo e um abraço do pessoal que tentou, no seu dia, dar um pouco de alegria Prá vocês, através do radioteatro.

FIM

3.5.2. ATIVIDADE 6: O texto teatral 1) O texto teatral apresenta características que diferem dos outros textos que

você está acostumado a ler. Nele aparecem as rubricas e as indicações

cênicas, as quais fornecem elementos para os atores e diretor de cena

montarem o espetáculo. No caso específico do texto acima, é uma peça

para um radioteatro, ou seja, os alunos-atores têm que se preocupar, e em

muito, com a voz, pois toda emoção, sentimentos, sensações, enfim, têm

que ser passados unicamente através da voz, os efeitos sonoros também

são fundamentais nesse tipo de veículo.

a) Identifique no texto as rubricas e as indicações cênicas.

b) Encontre no texto os efeitos sonoros sugeridos.

2) Observe também que, antes de cada fala, vem o nome dos personagens. É

evidente que o texto de teatro emprega sempre o discurso direto. O narrador

não aparece como nos outros textos literários, que você já deve ter lido. O

texto teatral também pode ser lido; no entanto, ele foi concebido para se

realizar no palco. No caso desse que você leu, foi criado para ser utilizado

numa atividade somente de audição, entretanto pode sofrer algumas

pequenas alterações e ser utilizado também em um palco. Quais alterações

você sugeriria?

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3.6. TEXTOS NARRATIVOS 3.6.1. Gênero narrativo Narrativa é todo discurso que apresenta uma história, constituída por

uma pluralidade de personagens, cujos episódios de vida se entrelaçam num

tempo e espaço determinado. As principais manifestações narrativas são:

romance, novela, conto e crônica.

O cavalo Um belo dia de domingo ensolarado, eu estava andando com o cavalo

do meu irmão (isto é, com o cavalo que pertence ao meu irmão), devagarzinho, apreciando a beleza do dia.

Resolvi ir para o lado da BR 369, lá perto do pedágio. O rapaz que trabalhava lá resolveu me cobrar para passar: - Se tivesse só duas pernas, seria igual à moto, e não pagaria, mas tem

quatro. - O quê? – disse eu. - É isso aí, passou aqui pagou. - Posso voltar para trás? Não tenho dinheiro. - Não. - Não? Parece que o cavalo escutou isso, deu marcha a ré, mostrou os dentes e

saiu a todo galope. O rapaz chamou o guarda, e o guarda saiu correndo com a viatura. O cavalo, quando percebeu que estava sendo perseguido, pegou 300km

por hora na reta, só diminuindo um pouquinho na curva, mais ou menos uns 200km/h. Tapei os ouvidos para não enxergar.

O guarda atrás, pega não pega: - Para, senão eu atiro. Foi o cavalo escutar isso, correu um pouquinho mais... E quando chegou

à ponte, fez que ia para Ibiporã e deu meia-volta no ar e entrou no centro de Jataizinho, subiu a avenida asfaltada, virou na estrada de pura terra que vai para o pombal (a poeira chegava ao céu, até os anjos começaram a tossir). Cheguei em casa. guardei o cavalo. Meu irmão disse:

- Parece que ele tá meio suado. - É. – respondi – e perguntei ao meu irmão: - Domingo que vem você me deixa dar outra voltinha? - Deixo, Paulo. Paulo Ricardo da Silva- Aluno da 5ª A 1998

3.6.2. ATIVIDADE 7 1) Após uma leitura silenciosa e individual, alunos voluntários farão a leitura em

voz alta; sendo o primeiro, o narrador; e os outros, os demais,

respectivamente. (atividade oral).

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2) Logo no início do texto aparece uma ambiguidade semântica, isto é, uma

oração que apresenta dupla interpretação. Você é capaz de identificar essa

oração? Aponte as duas possíveis interpretações.

3) O texto contém elementos humorísticos em sua estrutura. Aponte alguns

que você tenha percebido.

4) Jataizinho tem o segundo pedágio mais caro do Estado do Paraná. Você

conseguiu ver uma ―pontinha‖ de crítica sobre isso nesse texto? Justifique.

5) Após uma leitura silenciosa e individual, alunos voluntários farão a leitura em

voz alta, sendo o primeiro, o narrador; e os outros , as demais personagens.

6) Os personagens de uma narrativa podem ser classificados em:

a) protagonista = personagem central;

b) antagonista = personagem que se opõe ao protagonista, criando uma

tensão;

c) secundário = personagem cuja importância dentro da narrativa é menor.

Classifique as personagens do texto que você leu de acordo com esses

conceitos.

7) O conflito é o elemento da narrativa que consiste na oposição entre duas

forças ou duas personagens. Qual é o conflito existente no conto?

8) Qual é o clímax, ou seja, o momento de maior tensão da narrativa?

9) A semelhança existente entre os fatos narrados e a realidade constitui na

narrativa o que chamamos de verossimilhança. Para que uma narrativa seja

verossímil, ela precisa ter uma lógica interna, o que faz a história parecer

verdadeira para o leitor. O texto que você leu possui verossimilhança?

Comente sua resposta.

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10) Em toda narrativa, há a presença do narrador, que não deve ser

confundido com o autor do texto. O narrador é, assim como as personagens,

um ser fictício. Ele pode ser um dos personagens da história, nesse caso, é

chamado de narrador-personagem. e o foco narrativo, ou seja, o ponto de

vista pelo qual a história é narrada é o de 1ª pessoa. Quando o narrador não

participa da história, mas apenas a narra, o foco narrativo é o de 3ª pessoa.

Caracterize o narrador e o foco narrativo do texto lido.

O casamento do galo e da galinha

Uma vez, de manhãzinha, o galo cantou. E, sempre que o galo cantava. a galinha ficava olhando apaixonada e ficava paquerando o galo.

A menina que morava no mesmo sítio que esse galo e essa galinha ficou observando os dois e falou:

- Vou tirar as medidas do galo e da galinha, para fazer as roupas que eles usarão na hora do casamento.

Bom, e lá foi a menina, tirou as medidas dos noivos, arrumou o altar, fez uma igreja improvisada com galhinhos de árvore, à sombra do pé de manga, colocou flores, tapete vermelho e todas as coisas que ela se lembrava que existia no casamento de gente.

Saiu pelo sítio convidando todos que encontrava, convidou a vaca e o boi, o pato e a pata, e outros casais de bichos,todos que ela encontrou pessoalmente,e para aqueles que ela não conseguiu encontrar deixou um caprichado convite impresso em letras de forma, que ela mesma fez aproveitando restos de cadernos do ano passado.

Como os bichos na hora do casamento se recusavam a ficar todos juntos, ela pegou espigas de milho e começou a distribuir os comes e bebes antes da hora, aí eles foram ficando.

Difícil foi vestir a noiva e o noivo, mas com muito jeito e muito milho, ela terminou por conseguir.

Só aí é que notou que os demais bichos estavam pelados, bom, deixa assim mesmo, só quem casa é que se veste.

O galo e a galinha estavam impacientes,assim como os outros bichos e não deixavam realizar a cerimônia conforme manda o costume, mas afinal o casamento se realizou, pois o galo começou a rodear a galinha, talvez querendo dar o famoso beijinho que se dá quando se casa.

A cerimônia foi interrompida, quando a mãe chama a menina para o almoço que estava à mesa. Os convidados se dispersam pelo sítio. E, pela janela, a menina observa o galo e a galinha em plena lua-de-mel. Afinal eles já se casaram, não é?

Aline Lino Souza 5ª A - 1998

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3.6.3. ATIVIDADE 8 1) Após uma leitura individual e silenciosa, faremos uma leitura individual e em

voz alta, do tipo: ponto – final - passa. (obedecendo a disposição das

carteiras na sala de aula, chegando ao último aluno, recomeça na ordem

invertida.)

2) Uma narrativa, embora fictícia, ou seja, imaginária, ocorre num determinado

lugar, a que chamamos espaço da narrativa. Em que espaço ocorrem os

fatos no texto que você leu?

3.7. LETRA DE MÚSICA

Cuitelinho

Cheguei na beira do porto Onde as ondas se espaia As garças dá meia volta, Senta na beira da praia E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai. Quando eu vim de minha terra, Despedi da parentaia, Eu entrei em Mato Grosso, Dei em terras paraguaia, Lá tinha revolução, Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai. A tua saudade corta Como o aço de navaia Coração fica aflito Bate uma, a outra faia E os óio se enche d’água Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai.

Domínio popular http://www.youtube.com/watch?v=Z_LKTflQrBI

Cuitelinho = termo utilizado em algumas regiões para designar o beija-flor.

ATIVIDADE 9

1- Audição da música em silêncio.

2- Ouvir a música e ler a letra (cada aluno terá uma cópia).

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3- Vamos cantar juntos com o DVD

4- Navaia = navalha. Pesquise no dicionário o significado. Vai ajudar você a

entender melhor a música.

3.8. TEXTOS POÉTICOS

O que é poesia? O que é arte? Perguntas simples de se fazer e tão

complexas serão as possíveis respostas. Então para começo de conversa,

vejamos o que diz Alfredo Bosi:

A arte é um fazer. A arte é um conjunto de atos pelos quais se muda a forma, se transforma a matéria oferecida pela natureza e pela cultura. Nesse sentido, qualquer atividade humana, desde que conduzida regularmente a um fim, pode chamar-se artística. (Bosi; 1995, p.13)

Então, por extensão, podemos conceber a poesia como uma manifestação

da criatividade humana, que normalmente pode se utilizar da palavra como

objeto de trabalho, dentre outros elementos.

O dia de um drogado ―Hoje, eu acordei com a riqueza, Acordei com a pobreza. Sonhei com alegria, Acordei na tristeza. Sonhei com o amor, Acordei com as trevas. Sonhei com amizades, Acordei com os inimigos. Sonhei com a liberdade, Acordei com as drogas. Pensei que era um sonho, Mas era um pesadelo.‖

Angélica Kelci. Aluna da 5ª A – 1998 Paz Paz, paz, paz Paz é a vida Que nos dá o amor. Paz não é a guerra É a vida que voa Pomba que significa a paz.

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Paz, paz, paz, Paz e o amor Que nos dá o calor. Paz é a nossa vida Que ninguém morre antes. Paz, paz, paz, Paz é uma canção que Nos dá no coração.

Elivelton Leirão Alves de Oliveira - 5ª A 2004

Às vezes me pergunto se eu viverei não por pequenos momentos , E sim por grandes acontecimentos...

Quero deixar de acreditar que um dia tudo de bom acaba. Quero viver na certeza que o bom durará...

Assim como os raios do sol que nunca deixaram de brilhar igual a um farol. Sou menina não sou poeta

Mas me cubro de versos, para suportar o ar, de descrença dessa tal humanidade.

Que por maior que seja não deseja mudança... Não acredita na sublime capacidade da ESPERANÇA.

Duany - 8ª série 2006

Amor, meu amor, mato e morro por ti... Oh! Quão sublime e inabalável tu és!

Quando achei sentir o gosto amargo do fel Tu me mostraste ser fiel!

Me dando força e esperança para erguer minha cabeça e crer no ser...

Crer no certo Crer no concreto

Crer no impossível Crer no insuportável

Tu, só tu, Amor, fizeste ver Que sou capaz. que tenho paz

Que por mais dolorosa minha caminhada Tu serás minha escada nas partes altas ...

E minha luz na escuridão; serás meu quinhão. Hoje agradeço através de uma oração e te ofereço meu

Coração! Duany - 8ª série 2006

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Por muito tempo desacreditei nas pessoas Por muito tempo presenciei os atos terríveis da sociedade

Por muito tempo fui triste... Por muito tempo acreditei que tinha morrido.

Bastou um segundo para ver que nada vivi e sim que estou começando a viver....

E junto com tudo que descobri e vi tenho forças para acreditar...

Por muito tempo acreditarei e viverei!

Duany - 8ª série - 2006 Escrita Fico, enquanto escrevo Olhando nas linhas do papel aparecem As palavras Cada linha sendo preenchida por um lindo ―garrancho‖ Que na arte poderiam ser considerados desenhos abstratos Os mais belos desenhos Pois eles retratam o que nenhuma flor O que nenhum sol Pode retratar Retrata o que penso O que sinto E também as emoções que possa sentir Afinal de contas piadas fazem rir O roteiro da novela faz com que o ator chore A redação pode trazer indignação A dissertação bem feita pode mudar opiniões O poema toca e ilude Se tem obra de arte mais bela que a escrita Ainda não me foi apresentada.

Luana da Silva santos- 3º ano do ensino médio

O leão Leão é um bicho muito amigão. Rugindo como um trovão Dá um pulo acerta o avião. É o rei da criação, da floresta. Deu um pulo levou um tiro na testa. Leão! Leão era um bicho com muita paixão. Só que quando morreu deixou dois filhão. O Carlos e o Sebastião. Foi Deus quem te fez ou não.

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Leão seus filhos cuidaram de sua criação. Todas as noites foi tantas saudades de você Até que um dia a floresta se desmatou. E o poema acabou.

João Henrique Vieira 5ª C matutino - 2010

4 - TEXTOS E ATIVIDADES PARA A SEQUÊNCIA B

4.1 VERSIFICAÇÃO 4.1.1. Verso

O poema, além do predomínio da linguagem conotativa, caracteriza-se

pela presença do ritmo. Na música o ritmo é obtido pelo movimento que se

repete com intervalos regulares dos tempos fortes e fracos. No poema, obtém-

se o ritmo pela repetição regular dos sons, com acentos fortes e fracos.

Leia estes versos de Gonçalves Dias, contidos no poema ―IJuca

Pirama‖. http://www.poemhunter.com/ecard/1/prepare.asp?poem=385758

―meu can to de mor te

guer rei ros, ou vi”

1 2 3 4 5 Cada uma dessas linhas forma uma unidade rítmica, que denominamos

verso.

Verso é a frase ou segmento frasal que possui unidade rítmica.

4.1.2. Sílaba do verso A sílaba poética difere da sílaba gramatical. O gramático fixa-se nos

elementos gramaticais da palavra, ao passo que o poeta considera apenas o

ritmo das palavras. Compare a contagem de sílabas do verso seguinte, retirado

de um poema de Olavo Bilac:

―E a alma de sonhos povoada eu tinha.‖ http://www.releituras.com/olavobilac_menu.asp ,

Gramático:

E a al ma de so nhos po vo a da eu ti nha

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Poeta:

Eaal ma de so nhos po vo a daeu ti nha

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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Vamos aprender a contar as sílabas como o poeta faz?

Regras para contagem de sílabas poéticas.

1) Contam-se as sílabas até a última tônica do verso

E /pa/ ra/ mos/ de/ sú/ bi/ to/ naes/ tra /da

Esse verso apresenta 10 sílabas poéticas.

2) A última vogal átona de uma palavra pode desaparecer ma pronúncia diante

de uma vogal de natureza diversa. A esse fenômeno chamamos elisão

Naex/ ter /ma/ cur/va/do/ ca/ mi/nhoex/ ter/ mo.

Esse verso apresenta também 10 sílabas poéticas.

3) Sendo a última vogal átona de uma palavra igual à seguinte, com ela funde-

se numa única sílaba. A isso chamamos crase.

Ven/ doo/ teu/ vul/ to/ que/ de/sa/ pa/ re/ce

Também esse verso apresenta 10 sílabas poéticas.

4.1.3. Números de sílabas do verso

O verso classifica-se de acordo com o número de sílabas poéticas que

apresenta. Vejamos alguns que mais frequentemente aparecem:

a) Pentassílabos – versos de cinco sílabas, também denominados redondilha

menor.

―Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas Nas selvas cresci, Guerreiros, descendo Da tribo Tupi.‖ Gonçalves Dias

http://www.poemhunter.com/ecard/1/prepare.asp?poem=385758.

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b) Heptassílabos – versos de sete sílabas, também conhecidos por

redondilha maior:

―Oh! Que saudades que tenho Da aurora de minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais!‖ Casimiro de Abreu

http://juliribeiro.wordpress.com/category/casimiro-de-abreu/

c) Decassílabos – versos de dez sílabas, ―Desesperança das desesperanças... Última e triste luz de uma alma em treva... - A vida é um sonho vão que a vida leva Cheio de dores tristemente mansas.‖ Vinícius de Moraes http://www.scribd.com/doc/5484195/Moraes-Vinicius-de-O-caminho-para-a-distancia-Livro ,

d) Dodecassílabos – versos de doze sílabas, também conhecidos como

alexandrinos:

―Ah! Quem há de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não escreve? - Ardes, sangras, pregada à tua cruz e, em breve, Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...‖ Olavo Bilac http://www.literaturaemfoco.com/?cat=5

e) Mais de doze versos - polimétricos

Vimos nos itens anteriores versos que apresentam uma regularidade

métrica, ou seja, apresentam o mesmo número de sílabas poéticas em todos

os seus versos. Denominam-se versos regulares.

Há versos, entretanto, que não apresentam igualdade silábica. Trata-se dos

versos irregulares ou livres.

Leia atentamente esse exemplo de versos livres no poema a seguir:

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O Tejo é mais Belo O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. O Tejo tem grandes navios E navega nele ainda, Para aqueles que veem em tudo o que lá não está, A memória das naus. O Tejo desce de Espanha E o Tejo entra no mar em Portugal. Toda a gente sabe isso. Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem. E por isso porque pertence a menos gente, É mais livre e maior o rio da minha aldeia. Pelo Tejo vai-se para o Mundo. Para além do Tejo há a América E a fortuna daqueles que a encontram. Fernando Pessoa http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/guard_rebanhos.pdf,

4.1.4 – Rimas Rima é a coincidência sonora entre as palavras, podendo aparecer no

final do verso, (mais comum), ou no meio dos versos.

Classificação Sonoridade a) Rimas toantes: identidade de sons entre vogais. b) Rimas soantes: correspondência completa entre vogal e consoante

Quanto à posição do acento tônico: a) agudas – as palavras que rimam são oxítonas; b) graves – as palavras que rimam são paroxítonas; c) esdrúxulas – as palavras que rimam são proparoxítonas. 4.2. ESTROFES

Estrofe é um conjunto de versos.

Dois versos Dístico

Três versos Terceto

Quatro versos quadra ou quarteto

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Cinco versos quinteto ou quintilha

Seis versos sexteto ou sextilha

Sete versos sétima ou septilha

Oito versos Oitava

Nove versos novena ou nona

Dez versos Décima

4.3. ALGUNS TIPOS DE POEMAS 4.3.1. Gênero Lírico

O gênero lírico deriva de ―lira‖, instrumento musical usado pelos antigos

gregos para acompanhar alguns tipos de poemas.

a) Quanto ao conteúdo, os poemas líricos se caracterizam pelo predomínio

dos sentimentos e das emoções íntimas, o que os tornam subjetivos. As

principais espécies do gênero lírico são ode, hino, elegia, epitalâmio, idílio,

écloga, sátira, haicai, acróstico.

Ode e Hino; os dois nomes vêm da Grécia e significam ―canto‖. Ode é uma

poesia entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a

pátria ou louvar a divindades.

Elegia; é uma poesia lírica em tom melancólico. Fala de acontecimentos

tristes ou da morte de alguém. O ―Canto do Calvário‖, de Fagundes Varela,

sem dúvida é a mais famosa elegia da literatura brasileira, inspirada na

morte prematura de seu filho.

Epitalâmio; poesia feita em homenagem às núpcias de alguém.

Idílio e écloga; ambas são poesias bucólicas, pastoris. A écloga difere do

idílio por aquela apresentar diálogo.

Sátira; poesia que propõe a corrigir os defeitos humanos, mostrando o

ridículo de determinadas situações.

Haicai; forma fixa de origem japonesa, são ao todo 17 sílabas em 3 versos.

Acróstico; letras iniciais, lidas na vertical, formam um nome ou uma

mensagem.

b) Quanto ao aspecto formal, as poesias líricas podem apresentar forma fixa

ou livre. Das poesias de forma fixa ou livre, a que mais resistiu ao tempo,

aparecendo até nossos dias, foi o soneto.

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O soneto é uma composição poética de catorze versos distribuídos em dois

quartetos e dois tercetos. Apresenta sempre métrica – mais usualmente, versos

decassílabos ou alexandrinos - e rima. Soneto significa ―pequeno som‖ (em

italiano) e teria sido usado pela primeira vez por Jacob de Lentini, da escola

Siciliana (séc. XIII), tendo sido, mais tarde, difundido por Petrarca (séc. XIV).

SONETO

Sete anos de pastor Jacó servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela. E a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, Passava, contentando-se com vê-la; Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos Lhe fora assim negada a sua pastora, Como se a não tivera merecida, Começa de servir outros sete anos, Dizendo:- Mais servira, se não fora Pra tão longo amor tão curta a vida!

Luís Vaz de Camões (1524/25?/1580) http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/literatura/obras_completas_literat

ura_brasileira_e_portuguesa/LUIS_CAMOES/SONETOS/SONETOS.HTML , Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto, Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu pranto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive, Quem sabe a solidão, fim de quem ama,

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Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama, Mas que seja infinito enquanto dure!

Vinícius de Moraes - Livro didático público http://www.diaadia.pr.gov.br/projetofolhas/livreto/linguaportuguesa.php

Hino de Jataizinho Autor – Sebastião Lima Jataizinho, minha terra querida, Já nasceste coberta de glória Pois em defesa da Pátria estremecida O seu nome entrou na história. Foi Joaquim Francisco um bandeirante, Que rompendo agreste sertão Em sua marcha triunfante Aqui plantou nova civilização. (Estribilho) Jataizinho, berço amado e varonil. Tens o nome alcantorado na história do Brasil Outros nomes vieram primeiro Antecedendo a final consagração. E só Jataizinho, tão pujante e altaneiro. Ficou para sempre em nosso coração. Frei Timóteo, nome exponencial Pelos seus feitos nosso preito de saudade Pois seu vulto perene imortal Viverá por toda eternidade. És a senda florida do norte Outra terra mais linda não há E o teu povo valoroso e forte Engrandece o gentil Paraná.

http://www.diaadia.pr.gov.br/hinos/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=265

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4.3.2. Gênero Épico

O termo épos + poié vem do grego, épos significa palavra ou narração,

poié significa faço. O termo épos designava também um tipo de verso, o

hexâmetro, composto de seis pés, usado para poemas longos que exaltavam

os feitos heróicos das divindades ou dos homens ilustres. Tal forma métrica

passou a designar um tipo de poesia: a épica, chamada também de epopéia.

Aristóteles distinguiu o épos, a palavra narrada, da lírica, que era a palavra

cantada, e do drama, que era a palavra representada. O gênero épico, mais

tarde, tornou-se quase sinônimo de gênero narrativo, em versos ou em prosa.

A poesia épica é a primeira forma culta da civilização ocidental. As

narrações míticas e lendárias que a imaginação popular foi criando a partir de

acontecimentos históricos, após a fase de transmissão oral, quando um povo

chega a dominar o alfabeto e a ter uma língua ou dialetos escritos, são

elaboradas por um poeta que lhes dá uma veste literária e as consagra para

sempre.

5. POEMAS SÓ PARA SEREM LIDOS

Todorov, em A Literatura em perigo, aponta várias causas para o

desinteresse crescente para com o objeto literário, dentre tantas está a

prioridade dada às teorias literárias em desatenção à obra em si, o que torna o

ensino de Literatura desinteressante para os alunos, em qualquer nível escolar.

Esse fenômeno que ocorre na França também ocorre no Brasil. Já que o nosso

público-alvo é uma oitava série do ensino fundamental, nada mais coerente do

que valorizar o texto poético em si, diante de suas prováveis qualidades

estéticas.

―Oh! Bendito o que semeia Livros... Livros à mão-cheia

E manda o povo pensar! O livro caindo n’alma

É gérmen – que faz a palma, É chuva – que faz o mar.‖

Castro Alves

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http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_9792/artigo_sobre_hist%C3%93ria_em_quadrinhos:_uma_estrategia_de_leitura , Num Meio-Dia de Fim de Primavera Num meio-dia de fim de primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer à terra. Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe. Tinha fugido do céu. Era nosso demais para fingir De segunda pessoa da Trindade. No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras. No céu tinha que estar sempre sério E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo à roda da cintura Como os pretos nas ilustrações. Nem sequer o deixavam ter pai e mãe Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque não era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter. Não era mulher: era uma mala Em que ele tinha vindo do céu. E queriam que ele, que só nascera da mãe, E nunca tivera pai para amar com respeito, Pregasse a bondade e a justiça! Um dia que Deus estava a dormir E o Espírito Santo andava a voar, Ele foi à caixa dos milagres e roubou três. Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido. Com o segundo criou-se eternamente humano e menino. Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz E deixou-o pregado na cruz que há no céu E serve de modelo às outras. Depois fugiu para o sol E desceu pelo primeiro raio que apanhou. Hoje vive na minha aldeia comigo. É uma criança bonita de riso e natural. Limpa o nariz ao braço direito,

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Chapinha nas poças de água, Colhe as flores e gosta delas e esquece-as. Atira pedras aos burros, Rouba a fruta dos pomares E foge a chorar e a gritar dos cães. E, porque sabe que elas não gostam E que toda a gente acha graça, Corre atrás das raparigas pelas estradas Que vão em ranchos pela estradas com as bilhas às cabeças E levanta-lhes as saias. A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as cousas. Aponta-me todas as cousas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas Quando a gente as tem na mão E olha devagar para elas. Diz-me muito mal de Deus. Diz que ele é um velho estúpido e doente, Sempre a escarrar no chão E a dizer indecências. A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia. E o Espírito Santo coça-se com o bico E empoleira-se nas cadeiras e suja-as. Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica. Diz-me que Deus não percebe nada Das coisas que criou — "Se é que ele as criou, do que duvido" — "Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória, Mas os seres não cantam nada. Se cantassem seriam cantores. Os seres existem e mais nada, E por isso se chamam seres." E depois, cansados de dizer mal de Deus, O Menino Jesus adormece nos meus braços E eu levo-o ao colo para casa. ............................................................................. Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro. Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava. Ele é o humano que é natural, Ele é o divino que sorri e que brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza Que ele é o Menino Jesus verdadeiro. E a criança tão humana que é divina É esta minha quotidiana vida de poeta, E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre, E que o meu mínimo olhar Me enche de sensação, E o mais pequeno som, seja do que for, Parece falar comigo.

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A Criança Nova que habita onde vivo Dá-me uma mão a mim E a outra a tudo que existe E assim vamos os três pelo caminho que houver, Saltando e cantando e rindo E gozando o nosso segredo comum Que é o de saber por toda a parte Que não há mistério no mundo E que tudo vale a pena. A Criança Eterna acompanha-me sempre. A direção do meu olhar é o seu dedo apontando. O meu ouvido atento alegremente a todos os sons São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas. Damo-nos tão bem um com o outro Na companhia de tudo Que nunca pensamos um no outro, Mas vivemos juntos os dois Com um acordo íntimo Como a mão direita e a esquerda. Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas No degrau da porta de casa, Graves como convém a um deus e a um poeta, E como se cada pedra Fosse todo um universo E fosse por isso um grande perigo para ela Deixá-la cair no chão. Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens E ele sorri, porque tudo é incrível. Ri dos reis e dos que não são reis, E tem pena de ouvir falar das guerras, E dos comércios, e dos navios Que fica fumo no ar dos altos-mares. Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade Que uma flor tem ao florescer E que anda com a luz do sol A variar os montes e os vales, E a fazer doer nos olhos os muros caiados. Depois ele adormece e eu deito-o. Levo-o ao colo para dentro de casa E deito-o, despindo-o lentamente E como seguindo um ritual muito limpo E todo materno até ele estar nu. Ele dorme dentro da minha alma E às vezes acorda de noite E brinca com os meus sonhos. Vira uns de pernas para o ar, Põe uns em cima dos outros E bate as palmas sozinho Sorrindo para o meu sono.

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Quando eu morrer, filhinho, Seja eu a criança, o mais pequeno. Pega-me tu ao colo E leva-me para dentro da tua casa. Despe o meu ser cansado e humano E deita-me na tua cama. E conta-me histórias, caso eu acorde, Para eu tornar a adormecer. E dá-me sonhos teus para eu brincar Até que nasça qualquer dia Que tu sabes qual é. Esta é a história do meu Menino Jesus. Por que razão que se perceba Não há de ser ela mais verdadeira Que tudo quanto os filósofos pensam E tudo quanto as religiões ensinam?

Fernando Pessoa http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/guard_rebanhos.pdf,. XIV - Não me Importo com as Rimas Não me importo com as rimas. Raras vezes Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra. Penso e escrevo como as flores têm cor Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me Porque me falta a simplicidade divina De ser todo só o meu exterior Olho e comovo-me, Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado, E a minha poesia é natural como o levantar-se vento...

Fernando Pessoa http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/guard_rebanhos.pdf,

O Luar O luar através dos altos ramos, Dizem os poetas todos que ele é mais Que o luar através dos altos ramos.

As palavras destacadas no poema acima devem ser lidas sem

pausa, a esse fenômeno dá-se o nome de enjambement, do francês, que

quer dizer encadeamento.

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Mas para mim, que não sei o que penso, O que o luar através dos altos ramos É, além de ser O luar através dos altos ramos, É não ser mais Que o luar através dos altos ramos.

Fernando Pessoa http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/guard_rebanhos.pdf,. Argila Somos argila dorida, Sangrando em face dos astros, Na vertente dos abismos.

Helena Kolody

http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/helenakolody.pdf,

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=4&min=130&orderby=titleA , Essa Negra Fulô

Ora, se deu que chegou (isso já faz muito tempo) no bangüê dum meu avô uma negra bonitinha chamada negra Fulô.

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô! (era a fala da sinhá) ¬ Vai forrar a minha cama pentear os meus cabelos,

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vem ajudar a tirar a minha roupa, Fulô!

Essa negra Fulô!

Essa negrinha Fulô ficou logo pra mucama pra vigiar a Sinhá pra engomar pro Sinhô!

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô! (Era a fala da Sinhá) vem me ajudar, ó Fulô, vem abanar o meu corpo que eu estou suada, Fulô! vem coçar minha coceira, vem me catar cafuné, vem balançar minha rede, vem me contar uma historia, que eu estou com sono, Fulô!

Essa negra Fulô!

―Era um dia uma princesa que vivia num castelo que possuía um vestido com os peixinhos do mar, entrou na perna dum pinto o Rei-Sinhô me mandou que vos contasse mais cinco‖.

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô! vai botar para dormir esses meninos, Fulô! ―Minha mãe me penteou minha madrasta me enterrou pelos figos da figueira que o Sabiá beliscou‖.

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô! (Era a fala da Sinhá

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(Chamando a negra Fulô) Cadê meu frasco de cheiro que teu Sinhô me ,andou? ¬Ah! Foi você que roubou! Ah! Foi você que roubou!

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

O Sinhô foi ver a negra levar couro do feitor. A negra tirou a roupa. O Sinhô disse: Fulô! (A vista se escureceu que nem a negra Fulô)

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô! Cadê meu lenço de rendas, Cadê meu cinto, meu broche, Cadê meu terço de ouro Que teu Sinhô me mandou? Ah! Foi você que roubou. Ah! Foi você que roubou.

Essa negra Fulô! O Sinhô foi açoitar Sozinho a negra Fulô. A negra tirou a saia E tirou o cabeção, De dentro dele pulou Nuinha negra Fulô.

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô! Cadê, cadê teu Sinhô Que Nosso Senhor me mandou? Ah! Foi você que me roubou, Foi você, negra Fulô?

Essa negra Fulô! Jorge de Lima – Livro didático público p 45

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TREM DE FERRO Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força... Oô... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho De ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar! Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra mata minha sede Oô... Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui

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Nasci no sertão Sou de Ouricuri Oô... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente...

Manuel Bandeira – Livro didático público

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O GRILO

Vive na noite Cantando, cantando

Sempre a mesma canção Poucos o ouvem

Ou lhe dão atenção Eu o escuto

E acho tão lindo!

Grilo, você não se cansa? Ah! Grilo, descansa!

Grilo, me escuta Vou lhe contar um segredo:

Só você canta pra mim. mesmo sem entendê-lo

é bom que seja assim.

Eu e o Grilo sozinhos na noite.

Não! Há um companheiro, o Silêncio

ele não fala, só sabe escutar e assim, eu e o Silêncio na noite

escutamos o Grilo cantar!

Grilo, você também sofre? Chora?

Qual a cor da sua lágrima?

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A minha é transparente. Gostaria de ver você se lamentar

talvez eu me consolaria quem sabe até riria

ao ver um grilo chorar?

O silêncio é tão bom! Você gosta, ou não?

Dizem que os grilos só cantam quando há poucos a escutar.

Tenho sorte Ouço um concerto de graça,

na praça com o grilo Grilo, oh! Grilo

Nunca deixe de cantar! Grilo, se algum dia

você aprender a falar, conte prá mim

por que nesta vida há tanto sofrer, e tanto pesar?

Sabe? Eu queria ser uma ―grila‖

e em dueto interpretar com você essa linda canção

tão simples, singela num ritmo marcado tipicamente grilado:

―cri, cri, cri‖ E assim, hipnoticamente,

Afugentar tantos ―grilos‖ da vida.

Ah, Grilo, o que será de mim? Não sei mais cantar,

já não tenho mais alma nem consigo sonhar. Um futuro glorioso?

Ao menos um final feliz?

Onde ficaram minhas ilusões, onde foi que as perdi?

Em quais pedras do caminho, em que espinhos me feri? Onde foram parar, oh Grilo

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as rosas que eu colhi?

Seria tão bom se pudesse ... Quero ser como você, Grilo

Simples e perseverante Cantar todo dia

A mesma canção Cujo único refrão

Seja ―amor e alegria‖.

Márcia Mocci 2010 VITÓRIAS (publicado na revista Travessias) O que é uma vitória? Uma derrota a menos Uma ilusão a mais Um dia para comemorar A incerteza do amanhã Vitória... sentimento de poder Satisfação? Ledo engano! Pois frágil desapego Presa do mais leve vento Bonança antes da tempestade! Há que se comemorar, Vamos! A vitória é efêmera Brindemos, pois. Dura pouco Sempre após uma vitória Vem a dura realidade Com suas tristes verdades E escolhas reais. Aproveitemos os sorrisos E o brilho no olhar Tiremos muitas fotos Como é lindo, que alegria! Mas é só hoje Amanhã? Não mais vitórias Lutas, escolhas, escolhas, escolhas...

Márcia Mocci 2009

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VIDAS Vidas cansadas Vidas vazias Vidas que passam E não têm poesia! Vozes que falam Ventos que assopram Visões e vislumbres Vem logo, a galope. Vivemos felizes Até que um dia A voz da razão Nos tira a alegria São vozes que passam O vento as leva Pra longe, tão longe Que não voltam mais... Viver é lembrar Voltar é amar Amar é sofrer Também é viver A vida é sonhar!

Márcia Mocci 2007

5.1. POEMAS DE ISMAEL RIBEIRO

My teacher Marisa

I have a teacher The teacher of my heart. She is a wonderful person That I will never forget. For ways that I walked I didn’t meet somebody That was like her In English understanding.

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Yet I wait some day To learn a little finger Of what my teacher knows. So she will look at me With a lot of contentment And I will thank her forever. Ismael Ribeiro da Silva, 30 de março de 2000 - 13h 25min. ACRÓSTICO Papai me disse que, para Romper o pesadelo da Matemática, O melhor método é Facilitar o processo, Estudando com uma pessoa Sábia, pronta para ajudar, Sorrir para o aluno nas horas Oportunas, em que ele, Realmente, necessita de Apoio, para entender as potenciações. Então, eu descobri que no CEFET, Lá em Cornélio Procópio, Atualmente há uma professora que Incentiva a seguirmos a teoria do grande Newton, sendo assim, pra lá já Estou me transferindo. Ismael Ribeiro da Silva, 21 de abril de 2000 - 21h Don’t go, Marisa, Don’t go! Don’t go, our dear teacher, Don’t give your classes for other. If you go away, we will cry, And we will lose the will of studying. When you enter in the classroom, Your eyes bring us a green, That makes our gladness reborn. So, teacher, don’t leave us! If exists someone that knows English,

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This person only can be you. Oh, Marisa, stay with your pupils! All time that you teach us anything, Our memory is illuminated for a sunbeam. Don’t make us die, please! Ismael Ribeiro da Silva, 23 de maio de 2000 - 22h. VERSOS LOBATAIS

Se queres conhecer um mundo novo, Abre as Memórias da Emília e verás Tudo à frente como sonho juvenil.

Se queres um exemplo de meiga revolução,

Entra no Poço do Visconde e sumirás Numa veia de petróleo cultural.

Se queres perder esse corpanzil,

Espera um pouco que a Emília já vai Mexer na Chave do Tamanho pra te definhar.

Se queres dar asas à imaginação, Admite que um burro possa falar

E um paquiderme gramática ensinar.

Ismael Ribeiro da Silva, 25 de setembro de 1999 LÍNGUA PORTUGUESA

Bendita sejas tu, Língua Portuguesa, sempre és varonil companheira.

Tu trouxeste real grandeza à união luso-brasileira.

Sempre foste por mim admirada,

antes dos meus primeiros passos. Uma criança que era carregada

pela mãe com fortes braços.

Com orgulho te anunciarei, direi que tens muita valia.

Enquanto Deus, meu grande Rei, permitir que eu veja a luz do dia.

O teu estudo é eficaz,

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nunca cessa de prosperar. Infinitos conhecimentos ele traz para o homem que se esforçar.

Tu és amiga inseparável

daquele que te pronuncia. Cada um é responsável

por adquirir mais sabedoria.

Ismael Ribeiro da Silva, janeiro de 1996. ORAÇÃO DE UM SEM-TERRA

Senhor, escuta o meu lamento, pelo teu imenso poder. Tu dominas até o vento e poderás me atender.

Tu sabes, ó Deus vivente,

que prometem a reforma fazer. Mas tudo acontece unicamente

através do teu querer.

Eu sou um dos mais sofridos porque pertenço à classe pobre.

Espero que o número dos pedidos a cada momento se dobre.

Deus além de ti não há

que possa ferir o coração daquele que cheio está

mas não reparte com seu irmão.

Tu não precisas de intermediário para fazer milagres, ó Senhor!

Permite que o latifundiário tenha pena do trabalhador.

Ismael Ribeiro da Silva, 1995

O MUNDO DA GRAMÁTICA

Ó fonemas, letras, morfologia, mensageiros da alegria.

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Estais presentes até na Geografia, na História e na Biologia.

De admirar-vos eu tenho a mania

porque sem vós o estudo seria monótono, sem tanta valia,

certamente nada se aproveitaria.

Vós trazeis novidade a cada dia para quem procura a sabedoria

e sente por vós grande simpatia.

O homem primitivo jamais imaginaria o desenvolvimento que hoje se avalia

com referência à ortografia.

Ismael Ribeiro da Silva, 1996

O REI LEÃO

Ó leão, tu és o rei na selva e no sertão.

Eu sei que a vida perderei se for apanhado por tua mão.

Tu és a fera mais valente

sempre feroz e persistente. O teu rugido do oriente

assusta o povo do ocidente.

Tua presença, ó leão, chama muita atenção

de quem tem compreensão que precisa queimar o chão.

O respeito a ti é universal

como se fosses o dono das leis. Mas tu és um animal

criado por Deus, o Rei dos reis.

Ismael Ribeiro da Silva

ÀS DROGAS

Maldita tu és, ó cocaína! Que mata o ser humano.

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E tua amiga heroína À juventude só traz engano.

Vai para os confins, ó nicotina! Não perturbes a humanidade. Tu és como a ave de rapina Que destrói sem piedade.

Pensas que me esqueci de ti,

Ó crack amaldiçoado?! A vida de muitos tu tens atrapalhado.

As pessoas que têm bom senso,

Não querem nada convosco, suas serpentes! Pois conhecem os ―lucros‖ de vós provenientes.

Ismael Ribeiro da Silva, 1 º de junho de 1999.

SE EU FOSSE...

Se eu fosse o Sol pra te bronzear Ou a Lua pra te ofuscar Ou a noite pra te ocultar Ou o dia pra te iluminar Ou o mar pra te banhar Ou a brisa pra te afagar

Ou a chuva pra te molhar Ou um sino pra te acordar Ou um colibri pra te beijar

Não seria eu mesmo pra te adorar.

Ismael Ribeiro da Silva, 25 de setembro de 1999.

MÃE NATUREZA

O que é utopia? Será ganhar na loteria?

Ficar rico da noite para o dia? Comprar um avião e ir para a Turquia?

Fazer todo mês uma romaria? Comunicar-se por telepatia?

Mudar o nome da Joana para Luzia? Aspirar suave perfume na estrebaria?

Tornar-se experto em Teologia? Desvendar os mistérios da Filosofia?

Fazer concreto o abstrato da Psicologia? Encontrar Freud ali na padaria?

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Discutir com Machado a importância da cartomancia? Sonhar que o colibri deixe de ser ave arredia?

Concorrer com Lobato na fantasia? Ressuscitar Shakespeare com sua dramaturgia? Galgar o Monte Olimpio e fartar-se de ambrosia?

Eis o que a Mãe Natureza responderia: ―Utopia nada mais seria

que o adolescente comportar-se como deveria‖.

Ismael Ribeiro da Silva, 30 de setembro de 1999.

N DEFINIÇÕES

O que é viver? Será o oposto de morrer? Pegar um livro para ler?

E conceitos sintáticos aprender? Contemplar alguém ao nascer?

E dar-lhe mesada para o suster? Ao Islamismo se converter?

Questionar a impessoalidade do verbo haver? De todos os males se precaver?

Os bens extraviados reaver? Todos os dias ao templo comparecer?

Achar-se justo e se enaltecer? O céu, que não é meu, ao próximo prometer?

Viajar para a Espanha e se espairecer? Lutar para socialmente ascender?

Infinitos romances escrever? A uma doutrina filosófica obedecer?

E a um conjunto de regras se submeter? Quem sou eu para me atrever? Deixa isso para Freud resolver.

Ismael Ribeiro da Silva, 03 de outubro de 1999.

DINÁ NOSSA*

Diná nossa, que estás no Campus, respeitado seja o teu conhecimento.

Venha a tua docência. Seja feita a tua avaliação,

assim de texto como de gramática. A sintaxe nossa de cada dia nos dá hoje.

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E perdoa-nos as nossas dúvidas, assim como nós perdoamos aos colegas duvidosos.

E não nos induzas à redundância, mas livra-nos do cacófato, porque teu é o Direito, e o saber, e as Letras,

até quando Deus permitir... Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 03 de janeiro de 2000.

*Texto em homenagem à professora Diná. Ela leciona Língua Portuguesa na Faculdade de Cornélio Procópio e atua como advogada.

MARISA NOSSA**

Marisa nossa, que moras na Rua 15, reconhecido seja o teu mérito.

Venha o teu paternalismo. Sejam feitos os teus trabalhos, assim de

Língua como de Literatura. O Inglês nosso de cada dia nos dá hoje.

E perdoa-nos a nossa má pronúncia, assim como nós perdoamos aos maus pronunciadores.

E não nos induzas ao ócio, mas livra-nos do comodismo, porque teu é o comprometimento,

e a honra, e a didática, ainda que não para sempre... Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 07 de janeiro de 2000

**Texto em homenagem à professora Marisa. Ela leciona Inglês na FAFICOP e

no CEFET.

LELI NOSSO***

Leli nosso, que és amigo de Platão, bem ornados sejam os teus óculos. Venha o teu amor pela sabedoria.

Sejam cumpridos os teus objetivos, assim no Campus como na Fafi.

À reflexão nossa de cada dia nos guia hoje. E perdoa-nos a nossa falta de senso crítico,

assim como nós perdoamos aos amigos que não filosofam.

E não nos induzas ao niilismo, mas mostra-nos o caminho iluminista, porque teu é o ponderar, e o

matutar, e o conhecimento dos radicais gregos, enquanto contemplares o percurso do carro de Apolo... Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 25 de fevereiro de 2000 - 21h.

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***Texto em homenagem ao professor João Donizeti Leli. Ele leciona Filosofia

na FAFICOP e no CEFET em Cornélio Procópio. VANDERLÉIA NOSSA****

Vanderléia nossa, que és rainha da leitura, bem orientados sejam os teus discípulos.

Venha a tua bibliofilia. Sejam realizadas as tuas pesquisas, assim de Camões como de Pessoa.

O Bakhtin nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos o nosso pouco conhecimento,

assim como nós perdoamos a quem não conhece A Cartomante. E não nos induzas a Paulo Coelho, mas abre-nos o caminho lobatiano,

porque teu é o referencial teórico, e o painel comparativo, e a análise dissertativa,

enquanto a obra literária for de plurissignificação... Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 29 de fevereiro de 2000 - 13h 30min.

****Texto em homenagem à professora Vanderléia, que leciona Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa na Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências

e Letras de Cornélio Procópio

EDENIR NOSSA*****

Edenir nossa, que fazes Doutorado, bem guardados sejam os teus apontamentos.

Venha a tua afinidade para com Saussure. Sejam divididos os teus trabalhos,

assim de pronome anafórico, como de orações completivas. A Lingüística nossa de cada dia nos dá hoje.

E perdoa-nos a nossa gramatiquice, assim como nós perdoamos a quem diz que o ―teiado quebrô‖.

E não nos induzas à maluquice, mas ensina-nos a organização, porque tua é a capacidade, e a força de vontade,

e a responsabilidade, até conheceres a língua angelical... Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 29 de fevereiro de 2000 - 14h 45min

*****Texto em homenagem à professora Edenir. Leciona Lingüística na FAFICOP.

BIA NOSSA******

Bia nossa, que pintas todos os setes, incomparável seja a tua imaginação.

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Venham os teus aviõezinhos. Seja admirado o teu talento,

assim no álbum como na revista. O Bia-bá nosso de cada dia nos dá hoje.

E perdoa-nos o nosso desperdício de tinta, assim como nós perdoamos a quem se diz ―incapaz‖. E não nos induzas à insegurança, mas reforça-nos

com tuas divinas mensagens, porque teu é o Método Biônico, e as espinhas de peixe, e os movimentos de cachoerinha,

até cumprires a tua missão colorida... Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 29 de fevereiro de 2000 - 15h 20min

******Texto em homenagem à artista plástica Bia Moreira. Autora da Revista Bia Moreira o Bia-bá da Pintura e do Álbum o Bia-bá do Risco.

MÃE NOSSA

Mãe nossa, que és o tronco da família, abençoadas sejam as tuas mãos protetoras.

Venha o teu cuidado pela moralidade. Seja enaltecida a tua honra, não só agora,

mas a todo o momento. Os conselhos nossos de cada dia nos dá hoje.

E não nos imputa a nossa imaturidade, assim como nós entendemos os irmãozinhos adolescentes.

E não deixe de adquirir a Revista Bia Moreira, mas esforça-te na arte da pintura, porque teu é o gosto pela beleza,

e a apreciação estética, e o manuseio dos pincéis, até encontrares o Artista Supremo... Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 27 de março de 2000 - 13h 50min

ESTUDAR É PREPARAR-SE PARA A VIDA

Quando a gente é criança não tem muita confiança

de que estudar e aprender faça parte do viver.

Durante a adolescência

se esquece da obrigação de estudar com persistência

para conseguir boa remuneração.

Quando chega a maioridade cai na realidade:

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quanto tempo já passado! e a gente prejudicado.

O supletivo felizmente pode dar uma demão

para quem de boa mente estudar com dedicação.

Queira Deus que eu vá adiante

sem tropeços encontrar. Espero que um dia eu cante a vitória que vou alcançar.

Ismael Ribeiro da Silva, 30 de novembro de 1996.

PRIMAVERA

Oh! quão belas são as manhãs do período primaveril...

Vejo pássaros bicando romãs e borboletas cor-de-anil.

Quanta alegria espalhada

entre as flores do meu jardim, faz feliz a meninada

o perfume do jasmim.

O beija-flor, que é veloz, está colhendo as doçuras

e ouvindo a linda voz do canário lá nas alturas.

Quem é dono dessa beleza,

senão o nosso Criador? Ele tem a maior riqueza,

que é o seu imenso amor.

Ismael Ribeiro da Silva, 02 de dezembro de 1996.

LITERATURA

Em ti predominam, ó Literatura! as coisas da Terra e do céu.

São incomparáveis à tua doçura os mais preciosos favos de mel.

Da palavra tu és a arte,

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seja em grego ou latim... O teu sabor exala por toda parte

como o aroma do jasmim.

Os teus fundamentos são meigos e nos oferecem riquíssimo saber.

Ao chegar o conhecimento aos leigos, eles se gloriam de prazer.

As letras são poucas isoladamente

e não causam a menor emoção. Mas, unindo-as de repente,

surge todo tipo de expressão.

Tudo isso é dádiva divina que recebemos do Criador...

Ismael Ribeiro da Silva, setembro de 1996,

Fui e voltei = período composto.

Naquela maravilhosa tarde de verão, os homens públicos prometeram dedicação ao problema do menor abandonado = período simples.

Moral da história: tamanho não é documento.

Ismael Ribeiro da Silva, julho de 1998.

RIMA POBRE, POBRE...

Que saudade daquela ocasião que não mais há de voltar.

Eu chegava à Congregação e junto à porta procurava sentar.

Algumas balas no bolso eu gostava de carregar.

Terça, quinta, sábado, domingo, todo dia sem faltar.

Ajoelhando para orar,

as balas sumiam devagarzinho. Quem será que estava a apreciar?

Só podia ser o Zezinho.

Era um menino magrinho, filho do irmão Miguel.

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Ele tocava um pistonzinho que era de se tirar o chapéu.

O menino já bem crescidinho

e nada de batizar. Foi aí que o irmão Chiquinho

não mais o deixou tocar.

O Zezinho para longe inventou de se mudar.

Sempre fico recordando, não consigo me conformar.

Naquele tempo eu só pensava

nas coisas espirituais. Dia e noite me preocupava

com o fim do mundo e tudo o mais.

Agora a frieza tomou conta, parece que está tudo terminado.

Como posso sentir alegria se estou endividado?

Às vezes fico me questionando: por que por tanta prova passar? Será que tenho ―costas largas‖

para tudo isso suportar?

E a doença da minha mãe, será que ainda vai sarar?

Para Deus tudo é possível, mas é preciso Nele confiar.

O que abranda o desespero é a esperança no coração

de um dia cessar tudo e ir para a eterna mansão.

Do contrário já teria caído em alguma contradição,

sem saber se tinha conseguido receber de Deus o perdão.

Ismael Ribeiro da Silva, 19 de setembro de 1998.

ALGUNS PRESIDENTES

Quando Getúlio era ditador, quinze anos, governou severamente.

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Depois, através do eleitor, retornou como presidente.

Vargas era homem de bom coração,

a favor do povo sempre lutou. Mas, por causa da muita pressão,

infelizmente se suicidou.

Café Filho foi seu sucessor, em seguida, Carlos Luz.

Nereu Ramos, sem pavor, à presidência se conduz.

Juscelino teve o cuidado

de fundar Brasília com emoção. Mas o povo foi prejudicado pelo aumento da inflação.

Jânio Quadros usou uma vassourinha,

como símbolo atraente. Mas não pense que essa ―historinha‖

comprou o povo facilmente.

Castelo Branco com maldade, contra João Goulart se levantou.

Sem nenhuma piedade para o Uruguai o exilou.

No Regime Militar,

muitos foram exilados. Mas não pode comparar

aos que foram sepultados.

A população tinha medo dos horrores da Ditadura.

Mas, chegando Figueiredo, trouxe leve abertura.

Alguém cantava e dizia:

―Quero a volta do meu povo‖. Só por meio da Anistia

pôde contemplá-lo de novo.

Também o Indulto de Natal, assinado pelo presidente,

veio trazer afinal, liberdade a muita gente.

Mas só isso não podia

deixar o povo tão contente,

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porque agora queria eleger seu presidente.

Então surgiu um movimento

chamado de ―Diretas-já‖. Um pedido tão sedento

dificilmente haverá.

Tancredo Neves foi eleito ainda não pelo povo.

De presidir não teve jeito porque partiu para um mundo novo.

Sarney assumiu a presidência

muito bem intencionado. Quem tiver competência

faça melhor que o plano cruzado.

Para um tal de Fernando, somente o povo conseguiu votar.

Mas ainda ―governando‖ precisou lhe arrancar.

Esse tal é Collor de Melo,

o cassador de marajá. Seu governo foi tão belo

que jamais repetirá.

Ismael Ribeiro da Silva, 06 de outubro de 1996.

CONSTITUIÇÃO ISMAELITA I Todo homem tem direito a analisar um período composto, seja por coordenação seja por subordinação. Toda mulher tem direito a conjugar os verbos regulares, anômalos e defectivos da Língua Portuguesa. Toda criança tem livre acesso aos paradigmas verbais e nominais, agentes da passiva, pleonasmos, zeugmas, antíteses e catacreses. Todo adolescente poderá classificar os vários tipos de sujeito, predicado verbal, nominal e verbo-nominal. Todo recém-casado não será dispensado de reconhecer as diferentes funções da linguagem. Todo católico pode levar uma vida cheia de morfologia, como saber distinguir os substantivos simples dos compostos, os comuns dos próprios, os primitivos dos derivados e os coletivos dos epicenos. Todo protestante, independentemente de qualquer religião, deverá conhecer todas as regras de acentuação e ortografia.

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Todo viajante, seja para onde for, deverá carregar consigo pelo menos dois manuais de gramática, para que possa deliciar-se com as saborosas colocações pronominais. Todo pedreiro tem direito ao conhecimento de que a colher que usa para construir as casas é uma palavra homônima homógrafa do verbo colher, que, embora a escrita seja a mesma, a pronúncia é diferente e o significado é totalmente oposto. Todo trabalhador rural deve saber que na palavra trator ocorre um encontro consonantal, enquanto na palavra chapéu temos um dígrafo. Todo leitor deverá dar mais atenção às orações subordinadas substantivas e adjetivas, não dispensando as adverbiais. Toda viúva deverá colocar na urna do seu falecido alguns lembretes fonéticos, para que ele saiba cumprimentar corretamente seus colegas de eternidade. Todos os brasileiros ficam incumbidos de respeitar e colocar em prática estes parágrafos, para que estejam de acordo com a Constituição Ismaelita.

Ismael Ribeiro da Silva, 17 de junho de 1998. CONSTITUIÇÃO ISMAELITA II De acordo com o código gramático-penal de 18 de dezembro de 1971, cogitam-se possibilidades de uma nova inquisição, à maneira medieval, para todas as pessoas, sem distinção de raça, sexo, cor ou crença, que colocarem vírgula entre o sujeito e o predicado, a não ser em casos de termos acessórios intercalados. Serão infligidas as penas cabíveis a quem infringir as regras de concordância verbal. Quem for pegado dizendo que foi pego em flagrante pela namorada ao aspirar o fragrante perfume da colega terá 24 horas para provar que o verbo pegar é abundante. Fica terminantemente proibido o uso do acento grave nas frases em que o fenômeno da crase não for detectado. Para os delinqüentes, a pena varia de 5 a 8 anos de reclusão. É crime inafiançável a contração de uma preposição com o artigo antes do sujeito de uma oração, portanto está na hora de os estudantes prestigiarem mais as normas da nossa magnífica Língua Portuguesa. Será organizada uma comissão para fulminar os alunos do 3º grau, principalmente os de Letras, que confundirem o adjunto adnominal com o complemento nominal.

Ismael Ribeiro da Silva, 25 de maio de 1999

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GRAMÁTICA

Abençoada sejas, irmã Gramática, por seres uma heroína.

Sempre és a mais simpática, quando se fala em disciplina.

Aquele que te despreza, não sabe se valorizar.

Até quando o padre reza, orações coordenadas perfumam o altar.

Ainda que pareças contraditória,

permanecerás em minha memória, pois imensa é a tua glória.

És do aluno o braço forte,

desde o Sul ao Norte, até o momento da morte.

Ismael Ribeiro da Silva, meados de 1996.

ACRÓSTICO Você é mais que uma Amiga nas horas Necessárias De o aluno Estudar Rigidamente a obra Lobatiana. É você quem nos Incentiva ao Amor à Literatura. Ismael Ribeiro da Silva, 07 de abril de 2000 - 0h 50min ARMANDO NOSSO

Armando nosso, que estás no CEFET, Bem aplicados sejam os teus conhecimentos. Venham os teus logaritmos. Sejam feitas as tuas equações, assim do 1º como do 2º grau. A álgebra nossa de cada dia nos dá hoje.

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E perdoa-nos a nossa pouca compreensão, Assim como nós perdoamos a quem não sabe a tabuada. E não nos induzas ao individualismo, mas incentiva-nos à socialização, porque teu é o espírito coletivo, e a pesquisa científica, e o domínio geométrico, enquanto fores seguidor de Pitágoras... Amém. Ismael Ribeiro da Silva, 10 de abril de 2000 - 13h 08 min. CLÁUDIO NOSSO

Cláudio nosso, que és amante de Clarice, Bem aproveitada seja a tua metodologia. Venham a nós os teus seminários. Sejam feitas as tuas resenhas, tanto críticas como descritivas. Os fichamentos nossos de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos o nosso desconhecimento de Leminsk, Assim como nós perdoamos a quem não conhece Monteiro Lobato. E não nos induzas à decoreba gramatical, mas incentiva-nos à livre produção de texto, porque teu é o espírito crítico, e o projeto pedagógico, e os Parâmetros Curriculares, enquanto fores seguidor de Demerval Saviani. Amém.

Ismael Ribeiro da Silva, 14 de setembro de 2000 - 16h 25min

Heureca! - Mamãe, o que é filosofia? - Não sabe? - ? - Especula de rodinha.

Ismael Ribeiro da Silva, 17 de setembro de 2000 - 23h.

5.2 - POEMAS DOS ALUNOS DA 4ª SÉRIE

POESIA DE AMOR Quando olho para o sol iluminando toda terra, Lembro do seu sorriso que a todos alegra. Quando olho para o céu vejo as estrelas brilhar, Lembro do seu lindo olhar. Quando olho para a lua bela de admirar,

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Lembro de você por quem acabei de me apaixonar.

Ananda Rodrigues dos Santos A MINHA MÃE Minha mãe ta me chamando Diz a ela que já vou, Estou lendo uma cartinha, Que o meu amor mandou.

Isabela Zaganski de Melo

A COPA DO MUNDO Começou a copa Começou a alegria Tempo de paz e harmonia Começou a copa Começou a emoção Vibrando e torcendo pela sua seleção Escutem a música, escutem a alegria Todos juntos como uma família Brasil país penta campeão Na África com muita vibração Vamos em busca do hexa campeão.

Antonio Carlos da Silva Junior

AMOR Quando te vi, parei Quando sorriste, me apaixonei. Quando me tocaste, me apaixonei Por ti me apaixonei e Essa paixão continuarei Enquanto viverei Pois nunca desistirei.

Isabelly Stein

PASSARINHO NA JANELA Toc-toc! Na janela – será que é o vento?

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_ Por favor, abra-me, por um momento! A neve cai forte, e o vento é malvado, Com fome e o frio, vou morrer congelado! Boa gente, ó, abram, me deixem entrar, Eu vou ficar quieto, vou me comportar! Deixaram que entrasse, na sua aflição _ Ele só procurava migalhas de pão... Viveu lá, alegre, por várias semanas. Mas, assim que o sol espiou nas ventanas, Ficou o passarinho parado e tristonho. Abriram-lhe, psht! _ e voou, como um sonho!

Emilly Caroline Ramos

NA SOMBRA Na sombra do guarda-chuva Uma história vou contar, No sol eu vou estar Com guarda-chuva para não se queimar Debaixo do guarda-chuva eu vou chorar Para as lagrimas não se acumular, Num reibeirão minhas lágrimas vão se derramar E com o guarda-chuva sempre vou estar.

Nathália Pereira da Silva

A SEREIA Que mundo misterioso há lá no fundo do mar Conchinhas, algas, ouriços e peixinhos a nadar! Caminhando pela praia vi uma linda sereia Tamanho susto levei caí de costas na areia.

Wilian Matheus de Melo Moreno

O CAMINHÃO Tem caminhão que pega leite, Caminhão que pega pão, Caminhão que pega açúcar e macarrão. Tem caminhão pequeno E caminhão grandão.

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Tem caminhão amarelo, caramelo Vermelho e verde limão. Tem homem que dirigi caminhão Que até fica com dor na mão. Tem homem que é ladrão Que rouba caminhão Com a chave na mão. Tem homem que tem muita paixão Pelo caminhão. E assim termina a viagem do caminhão.

Joana Pereira Silva Branco

A VELHA Uma velha muito velha Mais velha que o meu chapéu Foi pedido em casamento levantou as mãos ao céu Porque era muito encalhada.

Isabela Zaganski de Melo

DOR DE CABEÇA Dia quente noite fria Tempestade ventania Nota baixa na lição Problema de preocupação Sorvete fora de hora Saúde que vai embora Pedra que acerta na gente Tudo isso de repente Meu amigo nunca esqueça Pode dar dor de cabeça

Luiz Felipe A COPA Rola, rola pelo campo É a bola a rolar na copa Quando seu time faz um gol O país inteiro grita

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Com muita alegria e explosão no coração Os jogadores no ritmo da bola Vão correndo até fazer um gol E quando estão na copa seu país inteiro fica nas suas mãos Dá-lhe Brasil porque vai ser hexa campeão.

Ana Carolina Mendonça Cremonese

OS AMIGOS Amigos para sempre Que bom ter E o amor de uma paixão É bom reviver Um dia de sol O meu amigo dormiu no meu lençol Um dia de calor O meu amigo sorriu Um dia para sempre ser Meu amigo não vai sofrer.

Maria Augusta Pereira Silva Branco

A FEIRA Segunda fui a feira Terça cheguei lá Quarta eu fiz a feira Para quinta torna volta Sexta cheguei em casa Para sábado me barbear Domingo desci Para segunda torna volta

Mabily Moretti da Silva

O SOL E A LUA O sol chega e eu vou brincar E com o meu amigo eu vou dançar Eu adoro o sol eu adoro a lua e eu não vejo a hora passar Para o meu amigo chegar

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Brenda

O IOIÔ Sobe desce o ioiô Sem ficar cansado Subindo e descendo sem parar O ioiô é bonito lindo de si ver Subindo e descendo O ioiô é um brinquedo Legal de se brincar Brincando com ele Sem tristeza vou ficar Sobe desce meu Lindo e bonito ioiô A brincadeira não vai parar.

Letícia Pereira Méier

A BRUXINHA E O SAPÃO Uma bruxinha achou Uma varinha de condão E um belo homenzarrão Depois no castelo Fez uma celebração Quis casar-se as pressas Com aquele seu varão Na hora do beijo O feitiço foi ao chão E em vez do homem Beijou mesmo o sapão.

Jhoneri Birger Marques

O IOIÔ O ioiô roda, redondo ele é Se redondo não fosse, quadrado seria Se quadrado não fosse, três lados teria Mas se fosse quadrado

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Na mão do menino quadradaria Mas na mão do menino triangularia Mas menino não brinca com quadrado Não brinca com coisa que tem três lados A mão do menino fecha em circulo Perfeito para ioiô Imagine como seria ridículo O filho, a mãe e o vô triangulo Com cordinha um brinquedo sem gracinha.

Arthur Augusto

A BORRACHA E EU Um belo dia eu estava escrevendo E na mesma hora, relendo E eu fui para a escola e lá errei nas palavras A minha borracha amiguinha Apagou a minha letrinha E eu tive que escrever tudo de novo E fiz uma letra bem grandona A minha borracha amigona Apagou a minha letrona.

Pedro Henrique Pelizer

VIVER Viver é chegar onde tudo começa! Amar é ir onde nada termina! Viva... como se fosse cedo! Reflita... Como se fosse tarde! Sinta o que você diz... com carinho Diga o que você pensa com esperança Pense no que você faz com fé Faça o que você deve Fazer... com Amor!

Antonio Felipe

6 - ATIVIDADE C

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Ler para os alunos pode ser uma boa estratégia de tentar motivá-los

para que eles façam as suas leituras em voz alta com mais desenvoltura e

segurança. O professor também precisa ―ensaiar‖ o texto que será lido, pois só

assim poderá fazer uma boa leitura interpretativa. Ninguém consegue ler com

fluência em voz alta um texto pela primeira vez. Um dos poemas pode ser O

Caso do Vestido de Drummond, outro A morte de Nanã de Patativa do Assaré.

O primeiro, numa perspectiva baseada no método de Stanislavisk, o segundo

sob influência brechitiana de interpretação.

Essa busca da justa medida de interpretar um verso de um poema e o

contato com algumas teorias teatrais transformam-se num bom exercício,

talvez essencial para tentar aproximar o aluno da complexidade poética

presente em um poema (dramaticidade, eloquência, nível de interpretação). No

caso específico da teoria teatral, a escolha recai sobre Brecht e Stanislavisk,

pois esses teóricos apresentam propostas interpretativas completamente

adversas entre si. É necessário mostrar ao aluno o método de um e de outro.

Um dos grandes encenadores russo foi Konstantin Sergeievich

Aleskseiev (1863-1938), mundialmente conhecido pelo pseudônimo de

Stanislavisk, (Kusnet, 1968, p. 11-13). O seu método consistia numa total

entrega do ator à personagem, o qual teria que ―encarnar‖ a personagem como

se fosse ela mesma. Nessa perspectiva, a encenação se aproxima da tragédia

sob o ponto de vista mais clássico do termo. Bertolt Brecht (1898–1956)

revolucionou o teatro no século XX, mudando toda a forma de criar, de pensar

e de encenar. Criou suas teorias paralelamente às práticas colocadas em cena

nos palcos, testando a eficácia de seu método. Surgem as teorias brechitianas

propondo uma reformulação nos modelos praticados. Cria a teoria do

distanciamento (em alemão Verfremdungseffkt), que os alemães chamam

―efeito V‖, que é a quebra da ilusão dramática, também uma ruptura com a

linearidade aristotélica. Brecht denomina de distanciamento épico, uma vez que

o gênero épico antigo se refere à narração. Com o distanciamento crítico, seu

teatro leva os espectadores a analisar o mundo em que vivem e a tentar

modificá-lo, porquanto só o distanciamento pode fomentar a reflexão sobre

causas e consequências sociais que estão presentes no mundo.

A dialética brechitiana consistia em provocar o riso, porém suscitar uma

profunda reflexão sobre a realidade (Peixoto, 1994, p .237-259). O ator, na

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concepção de Brecht, não devia encarnar a personagem como se fosse ela

própria, e sim ―narrar‖ o que a personagem vivera. Justamente o oposto do

método de Stanislavisk, que prega uma total identificação entre o ator e a

personagem (Magaldi, 1997, pp. 29-33). A aplicabilidade de teorias teatrais se

fará necessária, dada a particularidade dessa sequência pedagógica, que é a

leitura literária interpretativa. Determinados poemas pedem uma identificação

mais intensa entre ator e personagem, outros podem exigir uma postura mais

reflexiva, um distanciamento que possa fomentar mudanças estruturais no

social.

Vale dizer também que a utilização de teorias literárias com teorias

teatrais se justifica, pois se complementam na realidade de uma sala de aula.

Todo professor é um pouco ator e, na realização das suas atividades, pode

fazer uso dessa habilidade para tentar trazer o aluno para o universo literário,

despertando o gosto diante da oportunidade de conhecer.

Ninguém há de gostar daquilo que desconhece. Sendo assim, oferecer

ao estudante a oportunidade de contato com a Literatura Brasileira, pelo viés

dos poemas, prioritariamente, pode ser uma maneira de consolidar o gosto

juvenil, bem como de atender as necessidades curriculares. São alunos que

irão para o ensino médio e que precisam estar aptos a um aprimoramento dos

estudos literários, que é a realidade encontrada no segundo grau.

CASO DO VESTIDO

Nossa mãe, o que é aquele

Vestido, naquele prego?

Minhas filhas, é o vestido

De uma dona que passou.

Passou quando, nossa mãe?

Era nossa conhecida?

Minhas filhas, boca presa.

Vosso pai evém chegando.

Nossa mãe, dizei depressa

Que vestido é esse vestido.

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Minhas filhas, mas o corpo

Ficou frio e não o veste.

(Drummond, 1998)

A MORTE DE NANÃ

Eu vou contá uma histora

Que eu não sei como comece

Pruquê meu coração chora,

A dô no meu peito cresce

E fico ouvindo o lamento

De minha arma dilurida,

Pois é bem triste a sentença

De quem perdeu na isistença

O que mais amou na vida.

Já to veio, acabrunhado,

Mas inriba deste chão,

Fui o mais afortunado

De todos fios de Adão.

Dentro de minha pobreza,

Eu tinha grande riqueza:

Era uma querida fia,

Porém morreu muito nova.

Foi sacudida na cova

Com seis ano e doze dia.

(CARVALHO, 2006)

7 - ATIVIDADE D

Na atividade D é necessário organizar os alunos em equipe de cinco a

sete membros, sortear as equipes a fim de elaborar um cronograma para

apresentações semanais. Nessa oportunidade, além de ser necessária a

análise dos poemas escolhidos, também é preciso que haja técnicas de

interpretação. As equipes que necessitarem de um apoio maior do professor,

com relação aos ensaios, poderão ser atendidas em reuniões de contraturno.

Essa atividade pressupõe que o aluno pesquise poemas em várias

fontes e, com esse exercício de leituras múltiplas, objetiva-se alcançar um

maior contato entre o aluno e as obras poéticas. A competência interpretativa

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será desenvolvida como uma necessidade básica, para que se realize uma

leitura fluente das obras escolhidas.

8 - ATIVIDADE E

Quanto à atividade E, a estipulação de um tempo mínimo e máximo tem

como objetivo coibir os excessos (que seriam bem-vindos), como também

forçar a leitura de um número maior de poemas. Caso contrário, um aluno

poderia escolher um Haicai e se daria por satisfeito, pois teria lido um poema

na íntegra. O exercício de criatividade por parte dos alunos deve ser elogiado,

pois assim outras equipes se empenharão em realizar um bom trabalho.

A salutar concorrência que pode surgir entre as equipes deve ser

direcionada para a melhoria do nível das pesquisas e dos trabalhos

apresentados. O professor deve exigir o respeito aos colegas que ocuparem a

frente da sala para realizar as leituras, pois hoje é a vez de uma determinada

equipe, a próxima semana será de outra.

9 – ATIVIDADE F

No que se refere à atividade F, devido ao número de mais ou menos

quarenta alunos por turma, se faz necessária a divisão em dois grupos para o

debate oral. O grupo de verbalização faz uso da oralidade, enquanto o grupo

de observação simplesmente ouve. Após um tempo pré-estipulado, invertem-se

os papéis; quem falava passa agora a só ouvir. O interessante desse debate,

sob a perspectiva da temática da obra estudada, é fornecer elementos à

produção textual, que virá na sequência.

10 – ATIVIDADE G

No que tange à atividade G, a produção de texto poderá ser individual e

pode fazer parte do conjunto de avaliações do bimestre. Pode-se exigir textos

narrativos, dissertativos ou poéticos, no entanto é bom que todos produzam

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sob os moldes da mesma tipologia textual. É praticamente impossível escrever

acerca do que não se conhece nem domina. O debate surge com intuito de

fornecer elementos para que o aluno tenha condições de planejar a estrutura

de seu texto.

11- SUGESTÕES DE LEITURA

Devido à impossibilidade de se usar textos literários na íntegra, em

virtude da Lei dos Direitos Autorais, seguem abaixo algumas sugestões de

leitura e organização de uma antologia para os alunos, conforme Hélder

Pinheiro em Poesia na sala de aula:

A ideia de selecionar dezenas de poemas e organizar uma antologia nasceu da constatação de que quase não há livros de poemas adequados ao leitor jovem. Sabemos o quanto é discutível a questão da adequação. (PINHEIRO, 2007, p. 43)

Na sondagem diagnóstica (roteiro para elaboração de texto e caderno de

enquete), ocasião em que se estabelece a verificação do horizonte de

expectativas, já é possível perceber o gosto da turma e também de cada aluno,

individualmente. A organização da antologia pode atender, inicialmente, a esse

gosto detectado, no entanto deve-se ir apresentando poemas mais elaborados

para buscar um aprofundamento, em busca da ampliação do horizonte de

expectativas. (AGUIAR: BORDINI, 1993 p. 95-99)

11.1 – Agrupamentos temáticos:

1 - Amor

a) ― Amor é fogo...‖ soneto de Camões;

b) ―Amar‖ - Carlos Drummond de Andrade.

c) ―Soneto de Amor Total‖ Vinícius de Moraes;

d) ―Indivisíveis‖ – Mário Quintana.

2 - Solidão: (Poesia e prosa poética)

a) ―Da solidão‖ – Cecília Meireles.

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b) ― Canção‖ – Mário de Andrade

c) ― Apelo‖ – Dalton Trevisan

d) ―Solidão‖ Vinícius de Moraes.

3 - Social

a) ―Não há vagas‖ – Ferreira Gullar;

b) ―O bicho‖ – Manuel Bandeira

c) ― Causa-Mortis‖ – Stela Carr

d) ―Crônica das favelas brasileiras‖ – Carlos Drummond de Andrade.

5 - Guerra

a) ―A bomba‖ – Carlos Drummond

b) ―A bomba atômica – Vinícius de Moraes

12- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mais uma etapa do PDE está sendo concluída, o que prova a relevância

no aprofundamento dos estudos para melhorar, em muito, a qualidade das

aulas ministradas. Assim, com o Material Didático pronto para ser entregue,

fica evidente que as pesquisas e estudos hão de continuar em conformidade

com as necessidades reais em sua aplicabilidade. Umas determinadas salas

de aula, bem como cada aluno individualmente, pedem especial atenção no

que tange ao aprendizado, por isso, o professor deve ser um contínuo

pesquisador.

No caso específico do ensino da Literatura, no segundo segmento do

primeiro grau, o professor deve ter com ponto de partida as práticas lúdicas,

para que os alunos vejam a arte literária pelas suas características artísticas,

criativas e, num processo de leitura contínua, buscar a formação social e

subjetiva dos adolescentes.

A prioridade dada aos textos poéticos se justifica por sua

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plurissignificação, o que torna o exercício de interpretação mais complexo.

Iniciar um aprofundamento pelos poemas pode ser uma maneira de

desenvolver no aluno a sensibilidade para a interação entre obra e leitor, o que

o habilitaria para a leitura de textos mais longos.

As sequências pedagógicas propostas, tanto no Projeto de Intervenção

quanto como no Material Didático, podem sofrer pequenas alterações em

conformidade com as necessidades reais em sua aplicabilidade, levando

sempre em conta a necessidade de desenvolver o aprendizado no aluno. Os

pressupostos teóricos aqui apresentados também podem sofrer algumas

modificações, novamente considerando as necessidades reais de uma sala de

aula.

A aplicabilidade do Projeto de Intervenção com a utilização do Material

Didático proposto não deve ser um planejamento fechado em si mesmo,

porque, por uma questão de direitos autorais, muitas obras não podem ser

utilizadas na mídia, podendo ser usadas perfeitamente em uma sala de aula.

Considerando que, uma das finalidades da existência da escola é formar

cidadãos críticos, que possam interagir com a comunidade em que vivem. A

leitura pode funcionar como um instrumento de libertação ou de ampliação das

convicções pessoais. O texto literário pode fomentar esse desenvolvimento da

sensibilidade para se entender o mundo, tanto numa perspectiva histórica

quanto na contemporaneidade. Assim, a sociedade e a escola talvez só

consigam formar adultos melhores, se desenvolver nos alunos o gosto pelas

artes, e, no caso específico deste trabalho, o prazer estético que a Literatura

pode proporcionar.

13- REFERÊNCIAS

ANDRADE, C. D. José & outros. 9ª Ed. Rio de Janeiro - RJ: Best seller, 2006.

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AGUIAR, V. T e BORDINI, M. G. Literatura a formação do leitor. 2ªed. Porto

Alegre - RS: Mercado Aberto, 1993.

BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 34ª ed. São Paulo-SP: Cultrix,

1994.

_______ Reflexões sobre a arte. 5ª ed. São Paulo-SP: Ática, 1995.

CARVALHO, G. Antologia poética de Patativa do Assaré. São Paulo-SP:

Edições Demócrito Rocha, 2006.

KUSNET, E. Iniciação à arte dramática. São Paulo-SP: Brasiliense, 1968.

MELLO E SOUZA, A. C. Literatura e sociedade. 8ªed. São Paulo - SP:

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_______ Na sala de aula. 8ª ed. São Paulo-SP: Ática, 2002.

_______ et al. A personagem de ficção. São Paulo-SP: Perspectiva, 1981.

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