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CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL PROF.DR. MIGUEL HORVATH JÚNIOR

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Page 1: CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL · elaboração dos Planos de Custeio e Prestações da Previdência Social. Há diversos exemplos históricos quanto ao desrespeito ao princípio da

CUSTEIO DA SEGURIDADE

SOCIAL

PROF.DR. MIGUEL HORVATH JÚNIOR

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SEGURIDADE SOCIAL

• 194. A seguridade social compreende umconjunto integrado de ações de iniciativa dosPoderes Públicos e da sociedade, destinadas aassegurar os direitos relativos à saúde, àprevidência e à assistência social.

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Seguridade Social

Saúde (196 a 200, CF)

Seguridade Previdência (201 a 202, CF)

Social

Assistência Social (203 a 204, CF)

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O sistema de seguridade idealizado peloConstituinte tem por finalidade a erradicaçãodas necessidades sociais, assegurando a cadamembro da nossa sociedade o mínimo essencialpara vida em sociedade.

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• Para que as medidas protetivas previstas

na Constituição da República possam ser

asseguradas, estabeleceram-se meios de

custeio da seguridade social, os quais

podem efetivar-se de forma direta ou

indireta.

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A Seguridade Social será financiada por toda asociedade, de forma direta e indireta, nos termosda lei, mediante recursos provenientes dosorçamentos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, e de contribuiçõessociais (art. 195 da CRFB/88).

Formas de Financiamento:

- DIRETO Contribuições sociais- INDIRETO Recursos orçamentários

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FINANCIAMENTO DIRETO

O financiamento direto da Seguridade Social sedá por intermédio das contribuições sociaisprescritas no art. 195 da Constituição da República.

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FINANCIAMENTO INDIRETO

O financiamento indireto da Seguridade Social se dá porintermédio de recursos orçamentários provenientes daarrecadação de outros tributos que não as contribuiçõessociais, fixados na Lei Orçamentária Anual, destinados para aSaúde, Previdência e Assistência Social.

Importante destacar que as receitas dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridadesocial constarão dos respectivos orçamentos, nãointegrando o orçamento da União.

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Financiamento da Seguridade social

• Art.195. A seguridade social será financiada

por TODA A SOCIEDADE, de forma DIRETA EINDIRETA, nos termos da lei, mediante

recursos provenientes dos orçamentos daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, e das seguintes contribuiçõessociais:

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– I - Do empregador, da empresa e da entidade

a ela equiparada na forma da lei, incidentes

sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do

trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,

à pessoa física que lhes preste serviço, mesmo

sem vínculo empregatício;

b) a receita ou faturamento;

c) o lucro

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• II – do trabalhador e dos demais segurados daprevidência social, podendo ser adotadasalíquotas progressivas de acordo com o valor dosalário de contribuição, não incidindocontribuição sobre aposentadoria e pensãoconcedidas pelo Regime Geral da PrevidênciaSocial de que trata o art. 201;EC 103/2019

• III – sobre a receita de concursos de prognósticos

• IV – do importador de bens ou serviços doexterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

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Outras fontes de financiamento

• Competência Residual

• Art. 195, § 4º - A lei poderá instituir outrasfontes destinadas a garantir a manutenção ouexpansão da seguridade social, obedecido odisposto no artigo 154, I.

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Exigências do art.154 ,I da CFCriação de novas contribuições

• Lei complementar

• Não cumulatividade

• Fato gerador e hipótese de incidência diversasdos tributos já criados

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

Princípio da Solidariedade Social;

Princípio da Diversidade da base de Financiamento;

Princípio da Equidade na forma de participação nocusteio;

Regra da Contrapartida - preexistência do custeio

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

• Princípio da Solidariedade Social

• CF/88, art. 195. A seguridade social será financiadapor toda a sociedade, de forma direta e indireta, nostermos da lei, mediante recursos provenientes dosorçamentos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, e das seguintescontribuições sociais: (...)

• Lei nº 8.212/91, art. 10. A Seguridade Social seráfinanciada por toda sociedade, de forma direta eindireta, nos termos do art. 195 da ConstituiçãoFederal e desta Lei, mediante recursos provenientesda União, dos Estados, do Distrito Federal, dosMunicípios e de contribuições sociais.

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

• SOLIDARIEDADE – consiste num sistema de carátercontributivo: dever de toda sociedade verter suas contribuiçõessociais, de forma direta e indireta, mediante recursosprovenientes dos orçamentos da União, Estados, do DistritoFederal, e dos Municípios.

Wladimir Novaes Martinez: “A solidariedade significa acooperação da maioria em favor da minoria, em certos casos,da totalidade em direção a individualidade; cotização de certaspessoas, com capacidade contributiva, em favor dosdespossuídos. Socialmente considerada, é a ajudamarcadamente anônima, traduzindo mútuo auxílio, mesmoobrigatório, dos indivíduos.”

Objetivo: sustentação do Sistema Nacional de SeguridadeSocial.

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

• PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DEFINANCIAMENTO

• Segundo esse princípio as bases de custeio dosistema de seguridade social devem serpluralistas/diversificadas, já que toda a sociedadedeve contribuir.

• A existência de apenas uma fonte de manutenção dosistema poderia criar uma dependência de uma únicaforma de financiamento, além, é claro, de seremnecessários outros sinais de riqueza, pois a existênciade apenas uma única fonte poderia não ser suficientepara o custeio da seguridade.

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

• PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DEFINANCIAMENTO

• Desde os primórdios do sistema, somente uma base definanciamento era responsável pelo custeio da previdênciasocial: a folha salarial.’ Portanto, integrando-se o ‘caput’ do art.195 com o inciso VI do art. 194, houve DIVERSIFICAÇÃO dosSIGNOS DE RIQUEZA ECONÔMICA e da BASE DEFINANCIAMENTO, incluindo até mesmo a UNIÃO.

• A diversidade das bases de financiamento esboça verdadeiraredistribuição interna de recursos, pois estes partem dossetores menos carentes em direção aos mais carentes.

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DEFINANCIAMENTO

A diversidade da base de financiamento possuidupla dimensão:

Diversidade objetiva: diz respeito aos fatossobre os quais incidirão as contribuições

Diversidade Subjetiva: atinente às pessoasnaturais ou jurídicas que verterão as contribuições.

O princípio da diversidade da base de financiamentoencontra-se em perfeita consonância com oprincipio essencial que deve embasar todo osistema da Seguridade Social que é o Princípio daSolidariedade Social.

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

• PRINCÍPIO DA EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃONO CUSTEIO

O Princípio da Equidade na forma de participação e custeio éaplicado nos dois modos de financiamento, o direto e oindireto.

De acordo com o professor Wagner Balera, “a eqüidade seráencontrada desde que haja justa proporção entre as quotascom que cada um dos atores sociais contribua para o sucessoda seguridade”.

A eqüidade decorre do princípio da igualdade, baseando-se nacapacidade econômica dos contribuintes. Embora estejarelacionada com a capacidade contributiva, não se confundecom esta, porque na eqüidade no custeio a idéia relacionada éa da proporcionalidade.

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PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CUSTEIO

• PRINCÍPIO DA EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃONO CUSTEIO

Deve haver proporção entre o risco social assumido pelaatividade econômica desenvolvida e sua contribuição; assimquanto maior o risco maior será sua contribuição

No financiamento indireto, a eqüidade está relacionada com asresponsabilidades constitucionais impostas ao poderespúblicos.

Assim, quanto maior for a atuação do ente federativo no planoda saúde, previdência ou assistência social menor será aquantidade de recurso que o mesmo deverá verter para ocusteio da seguridade.

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REGRAS CONTITUCIONAIS RELATIVAS AO CUSTEIO

REGRA DA CONTRA PARTIDA – art. 195, § 5º da CRFB/88

De acordo com a regra da contrapartida, nenhumbeneficio ou serviço da seguridade social poderá ser criado,majorado ou estendido sem a correspondente fonte decusteio total. Vide art. 125 da Lei nº 8.213/91.

Todavia, é importante ressaltar que a regra da contrapartidanão pode ser vista como um obstáculo à expansão do sistema,mas sim como uma exigência à sua respectiva manutenção.

O sistema não está engessado com essa determinação,podendo se expandir, desde que tal expansão se dê de formaresponsável, baseada em nova fonte de custeio, conformedisposto no art. 195, § 4º, c/c o art. 154, I, ambos da ConstituiçãoFederal.

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REGRAS CONSTITUCIONAIS RELATIVAS AO

CUSTEIO

• A regra da contrapartida torna compulsório oequilíbrio do caixa da entidade previdenciária, poisqualquer providência para criar, majorar ou estenderprestações só terá validade constitucional se previstaem lei a fonte de custeio respectiva. O contrárioprovocaria crise e insegurança jurídica.

• No entanto, o autor considera que tal equilíbriosomente será alcançado quando o financiamento dosistema obedecer a um plano de custeio bemengendrado, baseado em técnicas atuariais.

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O princípio, ou regra, da contrapartida encontra-se previsto no

ordenamento jurídico nacional desde 1960. É preceito constitucional desde

1965, embora não tenha sido devidamente observado quando da

elaboração dos Planos de Custeio e Prestações da Previdência Social.

Há diversos exemplos históricos quanto ao desrespeito ao princípio da

contrapartida. A Lei nº 6.136/74, ao instituir o salário-maternidade, não

criou nova fonte de custeio, mas apenas apropriou-se de 0,3% das

contribuições destinadas ao custeio do salário família (cuja alíquota passou

de 4,3 para 4%, sem qualquer justificativa atuarial). A Lei nº 6.179/74, ao

instituir o benefício da renda mensal vitalícia e assistência médica aos

maiores de 70 anos de idade independentemente de contribuição, muito

contribuiu para a universalidade da seguridade social, mas contribuiu para

o desequilíbrio econômico e financeiro do sistema. A recente Lei nº

9.129/95, ao estender o benefício de auxílio-acidente aos segurados em

decorrência de acidentes de qualquer natureza, não apresentou a

respectiva fonte de custeio total para seu financiamento.

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PLANO DE CUSTEIO

Conceito: é um conjunto de normas jurídicas queprescrevem as receitas a serem vertidas ao sistemae a forma pela qual essas receitas serão geridas.

O plano de custeio consistirá em um conteúdode normas e previsões de despesas e receitasestabelecidas com base em avaliações atuariais edestinadas à planificação econômica do regime eseu consequente equilíbrio técnico-financeiro.

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PLANO DE CUSTEIO

O plano de custeio deve estabelecer o nível decontribuição necessário à constituição dasreservas garantidoras de benefícios, fundos,provisões e à cobertura das demais despesas dosistema (art. 18, caput, da LC nº 109/2001).

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PLANO DE CUSTEIO

Fins do Plano de Custeio:

planificação econômica do regime

busca do equilíbrio técnico-financeiro dosistema

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Natureza Jurídica das Contribuições Sociais

Existem várias teorias que foram utilizadas para explicar a natureza

jurídica das contribuições sociais:

1) Teoria do Prêmio de Seguro – adaptação do conceito de contrato de seguro

do direito privado ao seguro social. O prêmio seria a contraprestação devida

pelo segurado ao segurador em função do risco assumido pelo primeiro.

2) Teoria do Salário – subdividida em três teorias: a) diferido – as contribuições

sociais teriam natureza de salário diferido uma vez que não são pagas

diretamente e imediatamente ao trabalhador; b) social – parte do salário seria

paga diretamente ao trabalhador e parte pelas contribuições previdenciárias

calculadas sobre o salário e que se constituiriam num fundo destinado à

previdência social; c) atual – parte do salário do empregado é entregue

diretamente ao trabalhador e outra parte é imediatamente destinada à

Previdência Social.

3) Teoria do Imposto Especial – as contribuições sociais seriam impostos

especiais por terem destinação específica.

4) Teoria Parafiscal – as contribuições parafiscais visam arrecadar recursos para

encargos não típicos do Estado (arrecadados por pessoa integrante da

Administração Indireta).

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Natureza Jurídica das Contribuições Sociais

5) Teoria Fiscal – a contribuição social tem natureza jurídica de tributo, de acordo

com o conceito prescrito no art. 3º do CTN: prestação pecuniária compulsória,

em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de

ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa

plenamente vinculada.

Em termos de direito positivo (art. 145, 148, 149 e 195, todos da

CRFB/88), a divisão das espécies tributárias é pentapartite: impostos, taxas,

contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições sociais.

A natureza tributária das contribuições sociais, com o advento da

Constituição de 1988, é reconhecida tanto pela jurisprudência como pela

maioria da doutrina.

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Espécies Tributárias:

Impostos

Tributos

TaxasContribuições de

Melhoria

Empréstimos Compulsórios

Contribuições

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Contribuições.

Contribuições

CIDE – Contribuição de

Intervenção no DomínioEconômico

Corporativas

Sociais

Gerais (outras áreas de atuação social)

De Seguridade Social

Outras (Residual)

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COMPETÊNCIA E CAPACIDADE TRIBUTÁRIA

Competência tributária:

“Competência tributária é a parcela de poder conferida pela Constituição a cadaente político (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para a instituiçãode tributos. Apenas os entes políticos, pois, são titulares de competênciatributária.” (Leandro Paulsen)

A atribuição constitucional da competência tributária compreende acompetência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas naConstituição Federal.

Competência tributária = competência legislativa

A competência tributária é indelegável, intransferível e irrenunciável, uma vezque admitir a delegação de competência para instituir um tributo é admitir queseja a Constituição alterada por norma infraconstitucional. No entanto, érazoável admitir a delegação da capacidade tributária ativa, ou seja, transferiras funções de arrecadar ou fiscalizar tributos (administração tributária) a outrapessoa jurídica de Direito Público. Trata-se do instituto da capacidade tributáriaativa ou parafiscalidade.

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Aspectos sobre a Arrecadação - Fundamento teóricoCapacidade tributária ativa:

“Capacidade tributária ativa é a aptidão para ser colocado, por lei, na

posição de sujeito ativo da relação tributária, ou seja, na posição de

credor, com as prerrogativas que lhe são inerentes de fiscalizar o

cumprimento das obrigações tributárias (art. 119 do CTN) (...) Assim, o

sujeito ativo será o próprio ente político do qual a lei instituidora do

tributo emana (posição esta que se presume) ou, se a lei expressamente

designar, outra pessoa jurídica de direito público, ou seja, uma autarquia

ou uma fundação.” (Leandro Paulsen)

Uma coisa é competência tributária (aptidão para instituir o tributo), e

outra é a capacidade tributária (aptidão para ser titular do pólo ativo da

obrigação, ou seja, para figurar como credor da relação jurídica

tributária.

Mero agente de arrecadação: “A posição de arrecadador – assim considerada

a pessoa encarregada do recebimento dos pagamentos efetuados pelos

contribuintes para o repasse ao sujeito ativo, pode ser ocupada por qualquer

pessoa jurídica. É o caso dos bancos, que, por força de contratos com os

sujeitos ativos da obrigações tributárias, estão autorizados a receber

pagamentos de tributos.” (Leandro Paulsen)

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Aspectos sobre a Arrecadação - Fundamento teórico

CTN: Art. 7º. A competência tributária é indelegável, salvoatribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou deexecutar leis, serviços, atos, decisões administrativas em matériatributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público aoutra, nos termos do § 3º do art. 18 da Constituição.

§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégiosprocessuais que competem à pessoa jurídica de direito públicoque a conferir.

§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por atounilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenhaconferido.

§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, apessoas de direito privado, do encargo ou da função dearrecadar tributos.

Art. 8º. O não exercício da competência tributária não a defere apessoa jurídica de direito público diversa daquela que aConstituição a tenha atribuído.

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Aspectos sobre a Arrecadação - Fundamento teórico

Competência tributária (contribuições sociais):

– CF/88: “Art. 149. Compete exclusivamente à União

instituir contribuições sociais, de intervenção no

domínio econômico e de interesse das categorias

profissionais econômicas, como instrumento de sua

atuação nas respectivas áreas, observado o disposto

nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do

previsto no art. 195, § 6º, relativamente às

contribuições a que alude o dispositivo.

– É competência da União instituir contribuições

sociais.

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Receita Federal do Brasil

A Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, que dispõe sobre aAdministração Tributária Federal, estabelece que, além dascompetências atribuídas pela legislação vigente à Secretaria daReceita Federal, cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasilplanejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas atributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento dascontribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo únicodo art. 11 da Lei nº 8.212/91, e das contribuições instituídas a títulode substituição.

A Receita Federal do Brasil começou a funcionar unificada em 02de maio de 2007.

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Receita Federal do Brasil

RECEITA FEDERAL DO BRASIL

UNIFICAÇÃOSecretaria da

Receita Federal

Secretaria da Receita

Previdenciária

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Receita Federal do Brasil

O produto da arrecadação das contribuições sociais especificadasno caput do art. 2º da Lei nº 11.457/07 e acréscimos legais incidentesserão destinados, em caráter exclusivo, ao pagamento de benefíciosdo Regime Geral de Previdência Social e creditados diretamente aoFundo do Regime Geral de Previdência Social (art. 68 da LC nº101/2000).

Nos termos do art. 58 da LC nº 101/2000, a Secretaria da ReceitaFederal do Brasil prestará contas anualmente ao Conselho Nacional dePrevidência Social dos resultados da arrecadação das contribuiçõessociais destinadas ao financiamento do Regime Geral de PrevidênciaSocial e das compensações a elas referentes.

As obrigações previstas na Lei nº 8.212/91, relativas àscontribuições sociais de que trata o caput do art. 2º da Lei nº11.457/07 serão cumpridas perante a Secretaria da Receita Federal doBrasil, ficando extinta a Secretaria da Receita Previdenciária doMinistério da Previdência Social.

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Receita Federal do Brasil

• Observações quanto à RFB:

– A Secretaria da Receita Federal do Brasil é órgão

administrativo , logo não possui personalidade

jurídica e tampouco capacidade tributária ativa;

– Sendo órgão da União Federal, tem-se que é a

União, e não a SRF, a detentora da capacidade

tributária ativa;

– Atecnia legislativa.

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Relação Jurídica de Custeio

O sujeito passivo é quem tem o dever de pagar o

tributo (contribuinte). Contribuinte é aquele que realiza

a situação fática descrita no antecedente da norma

impositiva do tributo.

Há, ainda, a figura do responsável tributário, que é

a pessoa que, não participando diretamente da

situação que constitua o fato gerador da obrigação,

embora a ela seja vinculada, realiza o pressuposto

legal da própria responsabilidade ou o seu fato

gerador.

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Relação Jurídica de Custeio

O objeto é a própria obrigação tributária. A

obrigação, por sua vez, pode ser principal ou acessória.

A obrigação principal surge com a ocorrência do

fato gerador, e tem por objeto o pagamento da

contribuição social.

As obrigações acessórias decorrem da legislação

previdenciária e tem por objeto as prestações positivas

ou negativas, no interesse da arrecadação ou da

fiscalização das contribuições previdenciárias.

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Relação Jurídica de Custeio

O objeto é a própria obrigação tributária. A

obrigação, por sua vez, pode ser principal ou acessória.

A obrigação principal surge com a ocorrência do

fato gerador, e tem por objeto o pagamento da

contribuição social.

As obrigações acessórias decorrem da legislação

previdenciária e tem por objeto as prestações positivas

ou negativas, no interesse da arrecadação ou da

fiscalização das contribuições previdenciárias.

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Obrigações acessórias

Lei 8.212/91

Art. 32. A empresa é também obrigada a:

I - preparar folhas de pagamento das

remunerações pagas ou creditadas a todos

os segurados a seu serviço, de acordo com

os padrões e normas estabelecidos pelo

órgão competente da Seguridade Social;

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Obrigações acessóriasLei 8.212/91

II - lançar mensalmente em títulos próprios desua contabilidade, de forma discriminada, osfatos geradores de todas as contribuições, omontante das quantias descontadas, ascontribuições da empresa e os totais recolhidos;

III - prestar à Secretaria da Receita Federal doBrasil todas as informações cadastrais,financeiras e contábeis de seu interesse, naforma por ela estabelecida, bem como osesclarecimentos necessários à fiscalização

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Obrigações acessórias

Lei 8.212/91

IV - declarar à Secretaria da Receita Federal doBrasil e ao Conselho Curador do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço - FGTS, naforma, prazo e condições estabelecidos poresses órgãos, dados relacionados a fatosgeradores, base de cálculo e valores devidosda contribuição previdenciária e outrasinformações de interesse do INSS ou doConselho Curador do FGTS

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Lei nº 8.212/91

• Art. 11 da Lei nº 8.212/91

“ No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das

seguintes receitas:

I - receitas da União;

II - receitas das contribuições sociais;

III - receitas de outras fontes

Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:

a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada

aos segurados a seu serviço;

b) as dos empregadores domésticos;

c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;

d) as das empresas, incidentes sobre faturamento ou lucro;

e) as incidentes sobre a receita de concurso de prognósticos

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FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

Regime de Capitalização = opera com umaacumulação de fundos para o financiamentodos benefícios futuros.

Regime de Repartição = não acumulação;os trabalhadores de hoje custeiam osbenefícios atuais, e assim sucessivamente.Funciona como um regime de caixa no qual oque se arrecada é imediatamente gasto. Esseregime também é conhecido como PAYG (pay-as-you-go).

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Contribuições Previdenciárias Segurados

Segurados

Empregados Domésticos

Trabalhadores Avulsos

Empregados

Contribuintes Individuais

Facultativo ?? Tributo ou natureza de prêmio

Segurados Especiais

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DESONERAÇÃO DA FOLHA

e depois a reoneraçãoA alteração da legislação tributária incidente sobre a Folha de Pagamento (Desoneração da Folha) foi

efetuada em agosto de 2011, por intermédio da Medida Provisória 540, de 02 de agosto de 2011,

convertida na Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e ampliada por alterações posteriores (Lei nº

12.715/2012, Lei nº 12.794/2013 e Lei nº 12.844/2013 e Lei 13161/2015).

Esta medida consiste na substituição da base de incidência da contribuição previdenciária patronal

sobre a folha de pagamentos, prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei n° 8.212/1991, por uma

incidência sobre a receita bruta.

Motivação: Criação de mecanismo de incentivo à formalização das relações de trabalho;

Competitividade; Captação de ganhos de produtividade do capital, a partir da relação

capital-produto, em importantes setores da economia;

Risco: Não gerar incremento de vagas e/ou formalização (e sim em recomposição

salarial); Transformação da relação capital-produto (desde 90) (variação de

produtividade tem sido significativa); Necessidade de diversificar a incidência de

contribuições nos ganhos de produtividade

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DESONERAÇÃO DA FOLHA

“Art. 195…(EC 42/03)

§12. A lei definirá os setores de atividade econômica para as quais

as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b (receita ou o

faturamento), e IV do caput, serão não-cumulativas.

§13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de

substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na

forma do inciso I, a (folha de salários e demais rendimentos do

trabalho), pela incidente sobre a receita ou o faturamento.”

………

“IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a

lei a ele equiparar.”

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LEI 12.546/2011 e MP 563/2012

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LEI 12.546, 14/ 12/2011

MP 540/11

Setores de tecnologia e informação - 2,5%

Segmento textil - 1,5 %

MP nº 563, de 3 de abril de 2012

Setores de tecnologia e informação - 2,0%

Segmento textil - 1,0 %

Outros segmentos

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• Estima-se que a desoneração semplanejamento prévio tributário custou aoscofres da União aproximadamente 25 bilhõesde Reais/ano.

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• Por intermédio da Lei 13.161/2015 publicada em31/08/2015, a Lei 12.546/2011 que trata da ContribuiçãoPrevidenciária sobre a Receita Bruta (desoneração da folhade pagamento) sofreu diversas modificações.

• Ademais, a CPRB - Contribuição Previdenciária sobreReceita Bruta) cuja aplicação da sistemática era obrigatória,passa a ser de aplicação facultativa.

• Caberá ao contribuinte, avaliando a carga tributáriaincidente nas duas opções (receita bruta ou 20% sobre afolha de salários) poderá optar pela sistemática que melhorlhe convier.

• A opção será anual, efetivada em janeiro de cada ano.tributação é anual, realizada em janeiro de cada ano.

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Principais pontos de alteração

1. Alteração da alíquota de 2% para 4,5%; (desoneração para cima ou reoneração)

2. Alteração da alíquota de 2% para 3% relativos aos serviços de:Call center;Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal,intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacionalenquadrados nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0;Transporte ferroviário de passageiros, enquadrados nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0;Transporte metroferroviário de passageiros, enquadrados na subclasse 4912-4/03 daCNAE 2.0;

3. Alteração da alíquota de 1% para 2,5% para as empresas que fabricam os produtosclassificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados(TIPI)nos códigos referidos no Anexo I

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• 4. Alteração da alíquota de 1% para 1,5% relativos a:• Transporte aéreo de carga e de serviços auxiliares ao transporte aéreo de carga;• Transporte aéreo de passageiros regular e de serviços auxiliares ao transporte aéreo de passageiros

regular;• Transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;• Transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;• Transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;• Transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;• Transporte por navegação interior de carga;• Transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares;• Empresas que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos

organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0;• Transporte rodoviário de cargas, enquadrados na classe 4930-2 da CNAE 2.0;• Transporte ferroviário de cargas, enquadrados na classe 4911-6 da CNAE 2.0;• Jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-

5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0.• Para as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi nos códigos 6309.00, 64.01 a 64.06

e 87.02, exceto o produto classificado no código 8702.90.10.

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• Permanecerão recolhendo sobre o percentual de 1% as empresas que fabricam os produtosclassificados na Tipi nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 02.10.1, 0210.99.00,03.03, 03.04, 0504.00, 05.05, 1601.00.00, 16.02, 1901.20.00 Ex 01, 1905.90.90 Ex 01 e 03.02,exceto o produto classificado no código 0302.90.00.

• A opção pela tributação substitutiva, ocorrerá sempre no mês de janeiro de cada exercício,mediante o pagamento da referida contribuição e será irretratável para todo o ano calendário.

• Excepcionalmente, para o ano de 2015, a opção pela tributação substitutiva será manifestadamediante o pagamento relativo a receita de novembro de 2015.

• Para as empresas de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0, aopção será feita por obra e será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidentesobre a receita bruta relativa à competência de cadastro no CEI ou à primeira competênciasubsequente para a qual haja receita bruta apurada para a obra, e será irretratável até o seuencerramento.

• Permanecerá o recolhimento sobre o percentual de 2% sobre o faturamento atéo encerramento as obras:

• Com matrículas no CEI no período compreendido entre 1o de abril de 2013 e 31 de maio de2013;

Com matrículas no CEI no período compreendido entre junho/2013 até outubro/2013, noscasos em que houve a opção pelo recolhimento com base no faturamento;Com matrículas no CEI a partir de novembro/2013 até 30.11.2015.