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receba o informativo | contato | facebook vitruvius | pt|es|en 26 mil Curtir busca ok pesquisa guia de livros jornal revistas em vitruvius arquitextos | arquiteturismo | drops | minha cidade | entrevista | projetos | resenhas online 134.04 ano 12, jul. 2011 revistas buscar em arquitextos ok arquivo | expediente | normas arquitextos ISSN 18096298 Industrialização da construção no Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS) A construção dos hospitais da Rede Sarah: uma tecnologia diferenciada através do Centro de Tecnologia da Rede Sarah – CTRS Marieli Azoia Lukiantchuki , Michele Caroline Bueno Ferrari Caixeta, Márcio Minto Fabricio e Rosana Caram A fábrica e o arquiteto João Filgueiras Lima João Filgueiras Lima, conhecido popularmente como Lelé, formouse em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1956. O primeiro momento de sua trajetória profissional foi entre os anos de 1957 a 1965, coincidindo com a época em que surgiu o plano de Brasília. Recémformado, aos 25 anos Lelé vai para Brasília trabalhar sendo responsável pela construção da superquadra 108 Sul. Um grave problema enfrentado na construção da nova capital brasileira foi o tempo. Brasília precisava ser construída antes do término do mandato de Juscelino Kubitschek, ou seja, em um período de cinco anos. Diante desse fato, foi necessária a introdução de métodos racionalizados que se apresentavam como a maneira mais adequada para seguir o ritmo acelerado da construção da nova capital (1). A construção industrializada nesta época estava mais difundida no Leste Europeu. Diante disso, em 1963, a Universidade de Brasília, sob o intermédio de Darcy Ribeiro, patrocinou uma viagem a Europa para Lelé verificar os sistemas construtivos e, com isso, adquirir conhecimento necessário à implantação de uma fábrica de préfabricados do CEPLAN (Centro de Planejamento da UnB). As técnicas da préfabricação indicavam um novo caminho para a arquitetura, e essa viagem teve uma grande importância para que ele pesquisasse o que os estrangeiros estavam realizando com relação à préfabricação. No entanto, a produção desenvolvida pelos países visitados por Lelé não poderiam ser integralmente aplicados a nossa cultura. Essa tecnologia deveria ser convertida para a realidade brasileira, englobando desde a organização físicaespacial até a execução e a montagem dos elementos préfabricados (2). A construção da nova capital representou para Lelé o seu ponto de partida, incorporando os conceitos de préfabricação que orientaram os seus futuros projetos. A experiência de Brasília foi, sem dúvida, o grande acontecimento que despertou o seu interesse em realizar pesquisas no campo da industrialização e préfabricação, configurandose como um momento decisivo que até hoje responde pelas gradativas transformações da sua produção (3). Em 1963, o arquiteto e sua esposa Alda Rabello Cunha, sofreram um acidente automobilístico, ficando dois meses internados no hospital de Brasília. Isso possibilitou o convívio e a amizade entre Lelé e o médico Aloysio Campos da Paz Junior, que havia voltado da Inglaterra e dirigia o serviço de ortopedia do hospital. Aloysio tem uma visão de que o mais importante em um hospital é o ser humano, e a partir dessa visão humanista se estabeleceu uma identidade entre os dois. Identidade que mais tarde se tornou profissional, transformandose em parceria na criação da Rede Sarah (4). 134.04 sinopses como citar idiomas original: português compartilhe 134 134.00 Teoria e prática do partido arquitetônico Mario Biselli 134.01 Jornalismo, arquitetura e mercado editorial: quem faz e como faz jornalismo em arquitetura no Brasil Gustavo Sobral 134.02 Mise à jour: duas culturas e algumas cidades, cinquenta e cinco anos depois Adson Cristiano Bozzi Ramatis Lima 134.03 O Museu Histórico e Arquivo Municipal de Presidente Prudente SP Patrimônio, projeto e identidade na cidade contemporânea Hélio Hirao e Rodrigo Morganti Neres 134.05 Quando o design exclui o Outro Dispositivos espaciais de segregação e suas manifestações em João Pessoa PB Patrícia Alonso de Andrade 134.06 ReadyMade City David Sperling jornal notícias agenda cultural rabiscos eventos concursos seleção Hospitais da Rede Sarah [Reprodução do acervo do CTRS] em vitruvius

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14/04/2015 arquitextos 134.04: Industrialização da construção no Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS) | vitruvius

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134.04 ano 12, jul. 2011

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arquitextos ISSN 18096298

Industrialização da construção no Centro de Tecnologia daRede Sarah (CTRS)A construção dos hospitais da Rede Sarah: uma tecnologia diferenciadaatravés do Centro de Tecnologia da Rede Sarah – CTRSMarieli Azoia Lukiantchuki , Michele Caroline Bueno Ferrari Caixeta, MárcioMinto Fabricio e Rosana Caram

A fábrica e o arquiteto João Filgueiras Lima

João Filgueiras Lima, conhecido popularmente como Lelé, formouse emArquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1956. O primeiromomento de sua trajetória profissional foi entre os anos de 1957 a 1965,coincidindo com a época em que surgiu o plano de Brasília. Recémformado,aos 25 anos Lelé vai para Brasília trabalhar sendo responsável pelaconstrução da superquadra 108 Sul. Um grave problema enfrentado naconstrução da nova capital brasileira foi o tempo. Brasília precisava serconstruída antes do término do mandato de Juscelino Kubitschek, ou seja, emum período de cinco anos. Diante desse fato, foi necessária a introdução demétodos racionalizados que se apresentavam como a maneira mais adequadapara seguir o ritmo acelerado da construção da nova capital (1).

A construção industrializada nesta época estava mais difundida no LesteEuropeu. Diante disso, em 1963, a Universidade de Brasília, sob ointermédio de Darcy Ribeiro, patrocinou uma viagem a Europa para Leléverificar os sistemas construtivos e, com isso, adquirir conhecimentonecessário à implantação de uma fábrica de préfabricados do CEPLAN (Centrode Planejamento da UnB). As técnicas da préfabricação indicavam um novocaminho para a arquitetura, e essa viagem teve uma grande importância paraque ele pesquisasse o que os estrangeiros estavam realizando com relação àpréfabricação. No entanto, a produção desenvolvida pelos países visitadospor Lelé não poderiam ser integralmente aplicados a nossa cultura. Essatecnologia deveria ser convertida para a realidade brasileira, englobandodesde a organização físicaespacial até a execução e a montagem doselementos préfabricados (2).

A construção da nova capital representou para Lelé o seu ponto de partida,incorporando os conceitos de préfabricação que orientaram os seus futurosprojetos. A experiência de Brasília foi, sem dúvida, o grande acontecimentoque despertou o seu interesse em realizar pesquisas no campo daindustrialização e préfabricação, configurandose como um momento decisivoque até hoje responde pelas gradativas transformações da sua produção (3).

Em 1963, o arquiteto e sua esposa Alda Rabello Cunha, sofreram um acidenteautomobilístico, ficando dois meses internados no hospital de Brasília.Isso possibilitou o convívio e a amizade entre Lelé e o médico AloysioCampos da Paz Junior, que havia voltado da Inglaterra e dirigia o serviçode ortopedia do hospital. Aloysio tem uma visão de que o mais importante emum hospital é o ser humano, e a partir dessa visão humanista se estabeleceuuma identidade entre os dois. Identidade que mais tarde se tornouprofissional, transformandose em parceria na criação da Rede Sarah (4).

134.04 sinopses como citar

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original: português

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134.00Teoria e prática dopartido arquitetônicoMario Biselli

134.01Jornalismo, arquiteturae mercado editorial:quem faz e como fazjornalismo emarquitetura no BrasilGustavo Sobral

134.02Mise à jour: duasculturas e algumascidades, cinquenta ecinco anos depoisAdson Cristiano BozziRamatis Lima

134.03O Museu Histórico eArquivo Municipal dePresidente Prudente SPPatrimônio, projeto eidentidade na cidadecontemporâneaHélio Hirao e RodrigoMorganti Neres

134.05Quando o design excluio OutroDispositivos espaciaisde segregação e suasmanifestações em JoãoPessoa PBPatrícia Alonso deAndrade

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Hospitais da Rede Sarah [Reprodução do acervo do CTRS]

em vitruvius

14/04/2015 arquitextos 134.04: Industrialização da construção no Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS) | vitruvius

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A rede Sarah foi criada em 1976, com o nome de Subsistema de Saúde na Áreado Aparelho Locomotor, a partir de um documento elaborado por Lelé, pelomédico Aloysio Campos da Paz Junior e pelo economista e engenheiro EduardoKertész, cuja proposta foi amadurecida ao longo de treze anos (5).

A obra arquitetônica de Lelé caracterizase pela busca da racionalização eda industrialização da arquitetura. A partir de sua formação na EscolaMilitar e em uma faculdade mais direcionada para a parte técnica, oarquiteto se desenvolveu nos procedimentos com os préfabricados. Os seusprimeiros estudos foram desenvolvidos utilizando o concreto pesado.Posteriormente, começa a desenvolver estudos dessa tecnologia com argamassaarmada, onde as peças adquiriam uma maior resistência com poucoscentímetros de espessura, tornandoas mais leves e flexíveis e,consequentemente, melhorando as condições técnicas para o transporte.

Lelé consegue adequar os projetos da Rede Sarah às necessidadestecnológicas e ambientais do programa hospitalar, estabelecendo princípiosque estruturam todos os edifícios da rede, como: padronização de elementosconstrutivos, espaços verdes, iluminação e ventilação naturais. O Brasilpor ser um país de clima tropical, e pela grande maioria dos hospitaisdessa rede estar localizados em regiões de clima quente e úmido, o uso daventilação natural, como uma estratégia para se alcançar o confortotérmico, é essencial. Além desse tipo de solução propiciar ambientes maisagradáveis e mais salubres, evita o uso do ar condicionado econseqüentemente o gasto excessivo de energia elétrica.

CTRS e industrialização das construções

O Centro de Tecnologia da Rede Sarah CTRS foi criado através da Rede dehospitais Sarah, buscando estender a rede a todo o território nacional.Seus principais objetivos são: 1) projetar e executar os edifícios da redebaseado na industrialização, buscando economia e rapidez na construção; 2)projetar e executar os equipamentos hospitalares, se estes ofereceremvantagens com relação ao mercado e 3) executar a manutenção dos prédios eequipamentos de todas as unidades da rede (6).

Edifício do CTRS

Foto Marieli A. Lukiantchuki

Os sistemas de préfabricação são aplicados em todas as etapas dosedifícios da rede Sarah, indo desde a superestrutura, até objetoshospitalares, como a camamaca. Posteriormente, esses mesmos sistemas foramutilizados em outros projetos do arquiteto como os centros administrativose os tribunais de contas.

Sempre muito ligado às técnicas construtivas, a préfabricação opossibilitou criar elementos com um repertório formal próprio, e foi naarquitetura hospitalar que ele aperfeiçoou as técnicas da industrialização,desenvolvendo formas mais funcionais e leves. Lelé constrói obras queoferecem a população espaços agradáveis, econômicos e funcionais.

Em 1992, o CTRS começou a funcionar em instalações provisórias, sendosomente em 1993 que surgiram as instalações definitivas. O centro estálocalizado em Salvador, BA, no mesmo terreno do hospital Sarah, em uma áreaampla de aproximadamente 800m de comprimento e 100m de largura, totalizandouma área construída de cerca de 20.000 m2. (7)

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Edifício do CTRS

Foto Marieli A. Lukiantchuki

O centro se desenvolve em prédios térreos interligados, com um pédireto de6 metros, onde funcionam as oficinas de metalurgia pesada, metalurgia leve,argamassa armada, marcenaria e plástico.

Na parte superior das oficinas, têmse mezaninos onde se localizam ossetores técnicos, administrativos e o escritório do arquiteto Lelé,acompanhando toda a produção dos elementos construtivos. A interligação dasoficinas acontece por corredores em dois níveis superpostos, sendo que asuperior atende os escritórios e vestiários, e a inferior serve para oabastecimento e intercomunicação dos setores de produção (8). Essaintegração entre o espaço construído, usuários e produção é fundamentalpara Lelé, e se estabelece desde a concepção do projeto:

Vivemos em um mundo onde a palavrachave é integrar. A arquiteturatem de integrar vários saberes, e fragmentada do jeito que está éum caos. [...] É preciso que as equipes estejam muito azeitadas,trabalhando juntas, discutindo juntas a cada momento. (9)

Foto aérea do CTRS

Esquema desenvolvido sobre imagem de satélite disponível em Google

Earth

Processo de concepção do projeto

A concepção dos hospitais da Rede Sarah acontece de forma multidisciplinar,ou seja, com a participação de profissionais de diversas áreas, comoarquitetos, paisagistas, engenheiros civis, engenheiros mecânicos,engenheiros elétricos, entre outros. O responsável pelo projetoarquitetônico e pela coordenação técnica é o arquiteto Lelé,supervisionando todo o processo de projeto de forma muito minuciosa, o quefacilita as etapas posteriores de execução e de manutenção. Além disso, emcada setor existem profissionais responsáveis pela coordenação da equipe.

É importante ressaltar que em cada setor descrito acima, existem muitosoutros profissionais, como os operários, que trabalham nas oficinas doCTRS. No setor de projetos, têmse outros arquitetos que auxiliam o Leléna confecção dos hospitais, e com relação aos equipamentos hospitalares,existe um profissional exclusivo (10) para resolver a automação dosedifícios, como esquadrias móveis, piscinas de treinamento, entre outros.Além disso, existe a arquiteta paisagista Beatriz Secco que é responsávelpelo paisagismo dos hospitais e o arquiteto contava com a colaboração doartista plástico Athos Bulcão, falecido no ano de 2008, responsável pelaintegração das obras de arte.

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Planta esquemática do CTRS com localização das oficinas

Esquema desenvolvido pelos autores com base no projeto disponibilizado pelo

Acervo CTRS

A concepção do projeto arquitetônico acontece simultaneamente aos outrosprojetos. Durante a definição do esboço do edifício, já ocorre uma reuniãodo arquiteto com o engenheiro estrutural Roberto Vitorino e com oengenheiro mecânico George Raulino, para a compatibilização do projetoarquitetônico com os complementares. Além de, otimizar tempo, esteprocedimento proporciona a integração entre os diferentes projetos desde oinício, proporcionando um melhor funcionamento do edifício na prática.

Como o escritório de Lelé e da maior parte da sua equipe é no CTRS, oprocesso de projeto é facilitado, pois ao mesmo tempo em que se tem oprocesso de concepção de uma peçapréfabricada, em uma oficina ao lado elaé executada pelos operários, analisada e coordenada pelo arquiteto. Ocuidado rigoroso com a concepção do projeto arquitetônico, com a confecçãodas peças préfabricadas e com a execução da obra acontece pelo fato de quetodas as etapas são realizadas pela sua equipe, inclusive a manutenção.

O projeto arquitetônico desenvolvido chega a um excelente nível dedetalhamento. A fim de auxiliar na confecção das peças e posteriormente assuas montagens na obra, são realizados detalhes na escala 1:1, até dosencaixes dos parafusos. Em um hospital, chegase a 10.000 desenhos dedetalhes (11). Além disso, é desenhado um esquema sobre como realizar essamontagem em obra, buscando facilitar a execução do edifício e acelerar suamontagem. Este procedimento é importante, pois o CTRS se localiza na cidadede Salvador, e grande parte dos hospitais da rede estão localizados emoutras cidades, como Rio de Janeiro, Fortaleza, Brasília, entre outras.

Outro aspecto importante é a modulação. Em edifícios complexos, comohospitais, que exigem um método construtivo rápido e racionalizado, apadronização é importante, não somente para aumentar a produtividade, comotambém para a compatibilização dos projetos. Deste modo, nos hospitaisSarah se adotou uma modulação que possibilita uma maior precisão no alcancedas medidas, melhorando o entrosamento entre os diversos projetistas. Amodulação estabelecida é utilizada no projeto arquitetônico e noscomplementares, além do seu uso na confecção das peças préfabricadas,facilitando a comunicação entre os projetos.

Os hospitais da Rede Sarah são um exemplo bem sucedido da utilização desistemas modulados. O arquiteto Lelé afirma que já utilizou vários móduloscomo 1,10m e 1,20m (12), e ele acredita que adotar uma medida para modulo étambém questão de bom senso, devido a dificuldade de definir qual a melhordimensão. Atualmente, é utilizado o módulo de 1,25m e os múltiplos dessenúmero por se apresentar mais adequado, além de uma série de vantagens, queserão abordadas a seguir.

Primeiramente, os módulos adotados de 1,10 e 1,20 apresentaram problemascom relação aos materiais de revestimento de piso, onde são utilizadosbasicamente porcelanato e o prensado melamínico. Na Rede Sarah, com relaçãoaos prensados, são utilizados peças précortadas de 62,5cm, seguindo assima modulação básica de 1,25m. Já as cerâmicas, o tamanho utilizado é 50cm,dificultando o uso do módulo de 1,20m. Isso facilita o assentamento dospisos, racionaliza o consumo dos materiais e reduz o desperdício (13).

As enfermarias do Sarah são grandes salões, permitindo a mobilidade dospacientes. No entanto, quando é necessário privacidade, é possível isolaros leitos. Cada boxe dos leitos possui uma medida de 2,50m, o que também éfacilitado pelo módulo de 1,25m (14).

As instalações elétricas são inseridas em calhas que correm horizontalmentepelas vigas metálicas ou em dutos verticais, servindo inclusive para asredes hidrosanitárias contra incêndio e para o ar condicionado. Dessaforma, as soluções são padronizadas e diminuise a variedade de materiais(15). As paredes de argamassa armada são confeccionas obedecendo a essamodulação, tendo uma largura de 0.625m. Ao contrário das dimensõeshorizontais, não há qualquer modulação na direção vertical, sendo estadeterminada de acordo com a necessidade do projeto (16).

Produção: Centro de Tecnologia da Rede Sarah CTRS

O sistema construtivo dos Hospitais da Rede Sarah é composto porcomponentes préfabricados, basicamente formados por estrutura metálica evedação em argamassa armada, produzidos no CTRS em Salvador. Istopossibilita maior flexibilidade, facilitando as etapas de construção,montagem e principalmente a manutenção e as futuras ampliações dos

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hospitais. Em edifícios de saúde isso se torna importante, pois aflexibilidade possibilita adequação às novas técnicas de atendimento, detratamento e aos novos equipamentos utilizados. Segundo Pressler (2006)(17), apesar de geralmente demandar um investimento inicial mais oneroso, aflexibilidade pode resultar em aumento da eficiência operacional e dosfuncionários, e também economias potenciais em futuros projetos derenovação. No caso dos hospitais da Rede Sarah, o fato da produção serindustrializada reduz este custo inicial, viabilizando empreendimentosflexíveis.

Oficina de Metalúrgica Pesada

Foto Marieli A. Lukiantchuki

A oficina destinada à metalúrgica pesada produz elementos e estruturas maispesadas, utilizando a tecnologia da chapa dobrada, que garante um desenhoespecífico das peças (18).

Na oficina de argamassa armada são produzidas todas as divisórias doshospitais. Na confecção das armaduras são utilizadas telas de açoindustrializadas, e incorporados vergalhões de aço especial para combateros esforços mecânicos e específicos. A argamassa é misturada nasargamassadeiras e distribuída mecanicamente para os postos de fundição. Emseguida, essa argamassa é injetada por gravidade nos moldes metálicosatravés de um funil, sendo despejada dentro das fôrmas. Enquanto as fôrmasestão sendo preenchidas de argamassa armada, vibradores acoplados aosmoldes metálicos garantem uma distribuição homogênea do material, evitandoassim as possíveis bolhas. Depois das fôrmas estarem preenchidas, elas sãoiçadas por pórticos e imersas dentro de tanques com água aquecida, comproteção contra retração, onde ficam por volta de 4 horas, a umatemperatura de 60°C. A água aquecida tem a propriedade de acelerar oprocesso de cura da fôrma (19).

Oficina de Argamassa Armada

Foto Marieli A. Lukiantchuki

Painéis de Argamassa Armada içados

Foto Marieli A. Lukiantchuki

Após a cura, esses moldes são transferidos para um sistema mecânico detranslação onde se realiza a desmontagem. Posteriormente à desfôrma, énecessário dar acabamento às peças, para remoção de rebarbas, lixamento,

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entre outros aspectos que exigem um refinamento. Em seguida, as peças sãotransferidas para o controle de qualidade, e feito isso, as paredes estãoprontas e são encaminhadas ao estoque. Os materiais são condicionados emcaixas, totalmente especificadas para facilitar o trabalho no canteiro e,posteriormente, são transportadas para as obras. O CTRS tem capacidade deprodução equivalente a 3 a 4 ciclos por dia.

A confecção das coberturas é um processo minucioso, uma vez que aarquitetura de Lelé é marcada pelas coberturas curvas, com uso dos sheds. Oraio estabelecido no projeto para os sheds é desenhado no chão para servirde base aos operários. Depois de determinar o raio, as telhas são passadasvárias vezes em uma calandra, até conseguir o raio desejado.Posteriormente, as peças são encaminhadas para a oficina de pintura, onderecebem acabamento e, após a secagem, são embaladas.

Oficina de Pintura

Foto Marieli A. Lukiantchuki

Na oficina de metalúrgica leve, são produzidos os elementos que exigem umacabamento mais rigoroso, como esquadrias, mobiliários e equipamentoshospitalares. Nos primeiros hospitais da Rede Sarah, as esquadrias abriammanualmente e, atualmente, são motorizadas. Esse setor de automação possuium rigor técnico muito grande, sendo todas as peças fabricadas no CTRS, nosetor da mecatrônica e da eletrônica. Como exemplos podemse citar asesquadrias do hospital do Rio de Janeiro, que são todas motorizadas, apiscina desenvolvida pelo arquiteto para treinamento dos pacientes, a camamaca, cuja altura é móvel para facilitar a transferência dos pacientes damaca para a cadeira e o bondinho do hospital de Salvador, que realiza otransporte dos pacientes do ponto mais baixo para o ponto mais alto doterreno. Além disso, os carros que transportam os pacientes também sãodesenvolvidos no CTRS.

Oficina de Metalúrgica Leve

Foto Marieli A. Lukiantchuki

Já a marcenaria é responsável pela fabricação de elementos de acabamento(portas e divisórias) e mobiliários (armários, estantes, mesas, cadeiras,etc.). Por fim, na oficina de plástico são produzidas as cadeiras darecepção, ventiladores, entre outros. Além disso, toda a parte decomunicação visual do hospital, como placas de advertência e indicação, édesenvolvida no CTRS.

O potencial médio de produção do CTRS equivale a execução anual de umhospital de 200 leitos equipado, no valor de 60 milhões de reais. Mas seupotencial máximo pode atingir o dobro: 120 milhões de reais, sem perda dequalidade e de custos de produção. No entanto, a produção mínima paramanter o centro economicamente viável não pode ser inferior a 20 milhõespor ano (20).

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Marcenaria

Foto Marieli A. Lukiantchuki

Transporte

A facilidade do transporte das peças é muito importante no caso doshospitais Sarah, pois todos os componentes são produzidos no CTRS emSalvador e, posteriormente, transportados para o canteiro de obras doshospitais, vencendo grandes distâncias para atingir diversas cidades dopaís. Deste modo, foi necessário considerar a questão do transporte noprocesso de produção. Apesar da fábrica se localizar próxima a um portomarítimo, o transporte considerado mais viável foi o rodoviário, através decaminhões, pois existem hospitais da Rede em diversos estados brasileiros emuitos deles distantes do litoral. Evitase assim que as peças percorram umtrecho de navio e, posteriormente, seja necessário desembarcálas ecarregálas em caminhões, para então serem levadas e descarregadas nocanteiro de obras. Desta forma, a logística se torna mais simples e maisbarata (21).

O transporte também exerce influência sobre o projeto das peças préfabricadas, pois é necessário que as dimensões das mesmas sejam compatíveiscom as dos caminhões. Segundo o engenheiro de estruturas Roberto Vitorino(22), sempre que possível evitase a utilização de caminhões maiores,principalmente aqueles que excedem o comprimento estabelecido pela lei enecessitam de veículo auxiliar para o tráfego. Estes cuidados são tomadospara redução dos custos, sendo que apenas em casos específicos têmseexceções.

Montagem

Caracterizandose como uma construção industrializada, a arquitetura eestrutura dos hospitais da rede Sarah são concebidas considerando a etapade montagem. Isto inclui nos projetos detalhamentos de encaixes, a formacomo as peças serão montadas, que tipo de guindaste será utilizado, o custodesse guindaste, entre outros fatores.

No canteiro de obras, se realiza a montagem das peças produzidas nafábrica, através de encaixes e soldas. Os dados levantados demonstram apreocupação com a facilidade na montagem, como a confecção de esquemas paraevitar erros. Além disto, existe um grande cuidado com a estruturaçãodestes encaixes, para garantir a qualidade da obra.

Durante a produção, são deixadas folgas propositais, ou seja, as peças sãofabricadas com tamanho ligeiramente menor que o módulo. Estas folgas sãoproporcionais às dimensões da peça. Desta forma, evitamse problemasdurante o encaixe e diminuise o desperdício de peças. De acordo com asentrevistas realizadas, estes desacertos se devem, por exemplo, ao corte ouàs dobras das chapas, mas não se admitem erros por falta de atenção. Emcasos de erros que comprometam a qualidade da construção, a peça édevolvida para a fábrica para ser substituída ou arrumada.

Em alguns casos específicos de estruturas mais complexas, como o caso dacobertura do auditório do hospital do Rio, as peças foram prémontadas nafábrica, com présolda nos cantos, para conferência. Após a garantia de queas peças não possuíam defeitos e a montagem estava correta, a estrutura foidesmontada e transportada para o canteiro de obras. Este procedimento sejustifica pelo fato de que possíveis defeitos são detectados na fábrica commaior facilidade, pois, devido à complexidade da estrutura em questão,seria difícil detectar, no canteiro, qual peça está fora de conformidade epoderia ser necessário levar toda a estrutura de volta para a fábrica (23).

Também foi apurada a preocupação da equipe de coordenadores em concentraras atividades mais complexas na fábrica, onde a mãodeobra é maisqualificada e o ambiente de trabalho é mais favorável, tanto no tocante aoconforto quanto aos recursos e à proximidade entre operários, produção, eequipe técnica de arquitetos e engenheiros (24).

O CTRS hoje

Até o ano de 2000, o CTRS produzia outras obras não relacionadas à Rede

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Sarah, tais como edifícios ligados ao governo através de convêniosfederais, como os Tribunais Regionais Eleitorais (TER) e Tribunais deContas da União (TCU). A partir de 2000, o próprio TCU proibiu a construçãode edifícios que não fossem da rede pelo CTRS. Assim, como atualmente nãose tem previsão de novas obras da Rede Sarah, o centro está atendendosomente a manutenção dos hospitais e a fabricação dos equipamentoshospitalares (25).

Devido a essa exigência, o ritmo de produção do CTRS se tornou mais lento.Das cinco oficinas existentes no centro, estão funcionando ativamente três:1) A oficina de metalurgia pesada e leve, que antes eram separadas, hojeestão concentradas no mesmo espaço; 2) marcenaria; e 3) Plástica. A oficinade prémoldados está praticamente parada. Se eventualmente, as reformas emalgumas unidades exigirem o seu uso, temse condição de operála.

Oficinas do CTRS [Dados fornecidos durante o

levantamento de dados no CTRS]

Em função desses fatores, o quadro de funcionários do CTRS teve uma granderedução. Em fases antigas do centro, onde a produção era maior, a equipechegou a ser composta por 800 funcionários. Atualmente, a equipe é compostapor volta de 230 funcionários, sendo que em torno de 40% dos funcionáriosestão na oficina metalúrgica, 30% estão entre as oficinas de marcenaria,plástico, prémoldados e manutenção e, 30% estão nos setoresadministrativos, apoio, segurança, entre outros (26).

Coordenadores por setor do CTRS [Dados fornecidos durante o levantamento de

dados no CTRS]

Em virtude disso, o arquiteto Lelé se desligou do CTRS e, baseado em suasvastas experiências de equipe multidisciplinar e da criação de projetossociais, criou o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat – InstitutoHabitat. O instituto é uma entidade sem finalidade lucrativa, instituídacomo organização não governamental, atuando nas áreas de pesquisa, ensino,projeto, fabricação, montagem e desenvolvimento tecnológico, buscandoconstruir edifícios sociais, não só voltados para edifícios de saúde, que éimpedido pelo CTRS. O programa do novo instituto é composto por oficinas deargamassa armada, serralheria, pintura, marcenaria e usinagem de apoio,além dos setores de administração, projeto, salas de aula e biblioteca(27).

Considerações finais

O Centro de Tecnologia da Rede Sarah se destaca como uma fábrica e umcentro de pesquisas em tecnologia de construção industrializada, produzindoedifícios com velocidade e qualidades diferenciadas em relação à produçãotradicional do setor de construção.

A produção do Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS) em Salvador, BA,pode ser caracterizada como preponderantemente de Ciclo Fechado (28) já queo CTRS responde pela maior parte dos componentes e elementos constituintesdos Hospitais da Rede Sarah. Estes hospitais, com seu sistema construtivoindustrializado em argamassa armada e aço, podem ser considerados como umcaso paradigmático de industrialização fechada com elevada qualidadearquitetônica no Brasil.

Os sistemas fechados apresentam como vantagem a produção em grande sérieutilizando métodos industriais de massa. Isto permite a redução de custospor unidade produzida, e a ampliação da qualidade e do conteúdo tecnológicodo sistema construtivo, garantindo assim a perfeita conectividade e

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http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3975 9/11

integração entre componentes construtivos. A lógica da indústria de massapermite também um maior investimento no projeto e detalhamento do sistemaconstrutivo, pois os investimentos serão diluídos na série de produção.

O modelo de construção baseado em préfabricação e industrialização adotadonos hospitais da Rede Sarah determina que a manutenção seja realizada pelopróprio CTRS, ou seja, reformas e ampliações podem ser realizadas com autilização de peças e componentes fabricados no mesmo local e com as mesmascaracterísticas da construção inicial. Isto caracteriza um serviço agregadode manutenção, que garante qualidade do edifício ao longo de seu ciclo devida e a manutenção mínima da produção do CTRS.

No entanto, a dificuldade de tais sistemas é a necessidade do elevadovolume de produção de componentes construtivos relativamente padronizados,implicando em algum tipo de homogeneização da linguagem estética dosedifícios construídos a partir de um mesmo sistema construtivo. No entanto,como demonstra a produção dos diversos hospitais da Rede Sarah, isso nãoimplica em uma construção sem imaginação ou de baixa qualidade.

Atualmente, o centro se encontra com um ritmo de trabalho reduzido, uma vezque se destina exclusivamente aos hospitais da Rede Sarah e não há previsãode construção de novas unidades. Sendo assim, o CTRS está trabalhandobasicamente para garantir a manutenção das unidades existente, e seencontra, portanto, ocioso. O surgimento do Instituto Habitat visa àexpansão desta tecnologia para outros tipos de edifícios, sem se ater àRede Sarah.

Na indústria em geral, os paradigmas de produção em massa, caracterizadospela industrialização fechada, vem sendo substituídos desde a década de1970 por modelos baseados na flexibilidade dos meios de produção (máquinase contratos de trabalho flexíveis) que permite a fabricação em lotesmenores e customizados aos clientes, de forma a incorporar novos valorescomo: qualidade, produção Just – in – time, sustentabilidade, entre outros.Esses devem ser os novos desafios para produção industrializada daconstrução.

notas

1

GUIMARÃES, A. G. João Filgueiras Lima: o último dos modernistas.

Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade

de São Paulo, São Carlos, 2003.

2

Idem. Ibidem.

3

Idem. Ibidem.

4

LIMA, João Filgueiras. O que é ser arquiteto: memórias profissionais de

Lelé (João Filgueiras Lima); em depoimento a Cynara Menezes. Rio de

Janeiro: Record, 2004, p. 50.

5

Idem. Ibidem.

6

LATORRACA, G. João Filgueiras Lima, Lelé. Lisboa: Blau; São Paulo:

Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 1999.

7

Idem. Ibidem.

8

Idem. Ibidem.

9

ANTUNES, B. “Integração desde o princípio”. In: Revista AU, São Paulo. Out.

2008, p.61.

10

Os sistemas motorizados são projetados por Lelé e desenvolvidos por Hurandy

Matos, responsável pelo setor de metalúrgica leve e mecatrônica do CTRS.

11

Entrevista realizada com o arquiteto João Filgueiras Lima, em 18 de

novembro de 2008.

12

CARVALHO, A. P. A.; TAVARES, I. “Modulação no Projeto Arquitetônico de

Estabelecimentos Assistenciais de Saúde: o caso dos Hospitais Sarah”. In:III Fórum de Tecnologia Aplicada à Saúde, 2002, Salvador. III Fórum de

Tecnologia Aplicada à Saúde, Anais... Salvador: Faculdade de Arquitetura da

Universidade Federal da Bahia, Multgraf, 2002.

13

Idem. Ibidem.

14

Idem. Ibidem.

14/04/2015 arquitextos 134.04: Industrialização da construção no Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS) | vitruvius

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3975 10/11

15

Idem. Ibidem.

16

Entrevista realizada com a arquiteta Adriana Filgueiras Lima, em 04 de

agosto de 2008.

17

PRESSLER, G.R. “Born to flex: Flexible design as a function of cost and

time”. In: Health Facilities Management, Volume 19, Issue 6, June 2006,

Pages 5354, 56, 58.

18

Visita ao CTRS, no dia 19 de Novembro de 2008, guiada pelo arquiteto André

Borém.

19

Visita ao CTRS, no dia 19 de Novembro de 2008, guiada pelo arquiteto André

Borém.

20

ANTUNES, op. cit., p.63

21

Entrevista realizada com engenheiro estrutural Roberto Vitorino, em 19 de

novembro de 2008.

22

Entrevista realizada com engenheiro estrutural Roberto Vitorino, em 19 de

novembro de 2008.

23

Entrevista realizada com engenheiro estrutural Roberto Vitorino, em 19 de

novembro de 2008.

24

Entrevista realizada com engenheiro estrutural Roberto Vitorino, em 19 de

novembro de 2008.

25

Entrevista realizada com a arquiteta Denise Freire Menicucci, em 18 de

Março de 2010.

26

Entrevista realizada com a arquiteta Denise Freire Menicucci, em 18 de

Março de 2010.

27

Entrevista realizada com o arquiteto Lelé, em 16 de Março de 2010.

28

A industrialização pode ser organizada em sistemas Fechados, “[...]

compostos por elementos ou componentes [...] fabricados por um único

fabricante com dimensões e características próprias e unidos única e

estritamente no próprio sistema”; e sistemas Abertos “[...] compostos por

elementos ou componentes, provindos de diferentes fabricantes e que podem

se adaptar ou se integrar uns aos outros e ao próprio sistema”. No sistema

fechado, temos uma organização única que é responsável pelas regras de

compatibilidade entre os componentes e conseqüentemente domina a tecnologia

do produto e seu processo de desenvolvimento. Já no sistema aberto, temos

regras normatizadas ou acordadas de compatibilidade entre as partes, e daí

surge múltiplas possibilidades de combinação e reformulação (CAMARGO, 1975;

SERRANO, 1980) CAMARGO, A. R. Industrialização da construção no Brasil.

1975. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos,

Universidade de São Paulo, São Carlos, 1975; SERRANO, J. S. Alojamiento y

tecnologia: industrialización abierta? Instituto Eduardo Torroja de La

Construction y Del Cemento, Consejo Superior de Investigaciones

Científicas, Madrid, 1980.

sobre os autores

Marieli Azoia Lukiantchuki é Arquiteta e urbanista, graduada pelaUniversidade Estadual de Maringá, mestranda pelo Programa de PósGraduação

em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia da Escola de Engenharia de São

Carlos da Universidade de São Paulo.

Michele Caroline Bueno Ferrari Caixeta é Arquiteta e urbanista, graduadapela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo,

mestranda pelo Programa de PósGraduação em Arquitetura, Urbanismo e

Tecnologia na mesma instituição.

Márcio Minto Fabricio é Engenheiro Civil, Doutor em Engenharia Civil pela

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Professor Associado em

Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia pela Escola de Engenharia de São Carlos

da Universidade de São Paulo.

Rosana Caram é Física, doutora em Engenharia Civil pela Universidade deCampinas, Professora Associada em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia pela

Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.

comentários

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Ivan Souza

Fico feliz por um dia ter feito parte da construção de alguns Hospitais Sarah eposto avançado. Metalurgia pesada setor corte e dobra período 1999 a 2007.Lembranças aos amigos que deixei saudades e abraços...

Responder · Curtir · · 2 de maio de 2014 às 18:131

Nivaldo Pereira Sardinha

Nivaldo Sardinha salvadorFicou feliz em fazer parte do grupo CTRS. Obrigado por vocês fazerem parte daminha vida.

Responder · Curtir · 24 de fevereiro de 2014 às 17:22

Mônica Lorenzutti · 700 seguidores

MUITO BOM MESMO! LELÉ É REI DO SISTEMA PRÉFABRICADO NO BR HEHEHE.

Responder · Curtir · 12 de dezembro de 2012 às 10:51

Raul Viegas · 112 seguidores

muy bom

Responder · Curtir · · 24 de setembro de 2012 às 16:341

Valverde Valverde

Eu tive o prazer de conhecer o Dr. Lelé. Trabalhei no CTRS.

Responder · Curtir · · 8 de agosto de 2012 às 10:452

Juliano Oliveira

Lelé ainda gostaria de conhecelo, é uma inspiração para mim este arquiteto.seus projetos são bem pensados no ser humano.

Responder · Curtir · · 14 de agosto de 2012 às 11:161

Marcos Gomes Silva

Uma pessoa iluminada !!!!!!!!!

Responder · Curtir · · 7 de outubro de 2011 às 17:591

Sergio Jatobá

É sempre bom ver o grande talento de Lelé reconhecido. Junto com Niemeyere Paulo Mendes da Rocha é um dos 3 maiores arquitetos brasileiros(considerando Lucio Costa o maior urbanista)

Responder · Curtir · · 29 de agosto de 2011 às 17:062

Leo Ramos

Lelé... O Cara!

Responder · Curtir · · 17 de agosto de 2011 às 21:322

Monica Carvalho · Quem mais comentou

Arquiteto LELÉ e seu trabalho... Algo muito importante para nossoconhecimento profissional!

Responder · Curtir · · 11 de agosto de 2011 às 05:182

Gabriela Garcia

Lelé É dele que vamos falar no trabalho de Arquitetura... Massa!

Responder · Curtir · · 18 de novembro de 2011 às 09:322

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