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1 Cursos Online EDUCA www.CursosOnlineEDUCA.com.br Acredite no seu potencial, bons estudos! Curso Gratuito Noções Básicas Dinâmicas de Grupo Carga horária: 60hs

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Cursos Online EDUCA

www.CursosOnlineEDUCA.com.br

Acredite no seu potencial, bons estudos!

Curso Gratuito

Noções Básicas Dinâmicas

de Grupo

Carga horária: 60hs

2

Conteúdo Introdução

O Sentido dos Gansos

Histórico da Dinâmica de Grupo

Conceitos Básicos em Dinâmica de Grupo

Descoberta do Grupo "T"

Tipos de Grupos

Aprendendo a Trabalhar em Grupo

Algumas Dicas

Dinâmica: Memorizar Nomes

Dinâmica: As Fotografias

Dinâmica: A Cor do Sentimento

Dinâmica: O Espelho

Dinâmica: Valores

Dinâmica: Autoconfiança

Dinâmica: Auto-Retrato

Dinâmicas Variadas 1

Dinâmicas Variadas 2

Dinâmicas Variadas 3

Dinâmicas Variadas 4

Dinâmicas Variadas 5

Dinâmicas Variadas 6

Dinâmicas Variadas 7

Bibliografia/Links Recomendados

3

Introdução

O mundo hoje avança rapidamente em todos os sentidos,

principalmente no que diz respeito aos avanços científicos e

tecnológicos. Poderíamos indagar, então, qual a relação destes

avanços com as relações humanas? Quais as conseqüências destes

avanços para a vida do indivíduo na sociedade? Precisamos estar

convictos de que ele, ao contrário das demais espécies animais,

necessita da interação para existir e, por isso, a maior condição para

a sobrevivência do ser humano está na vida em grupo. A tecnologia

influi diretamente na vida do homem e principalmente na sua forma

de conviver.

Diante destes questionamentos, iniciaremos nossos estudos sobre as

Relações Humanas e a Dinâmica dos Grupos. Certamente você deve

estar refletindo sobre o significado da expressão “Dinâmica de

Grupo”. Elucidaremos esta questão a seguir.

Na medida em que nos propomos a estudar as dinâmicas dos grupos,

iremos nos deparar com sua estrutura, suas origens, bem como as

suas necessidades e as relações entre seus componentes. O estudo

das relações humanas vem a ser exatamente o estudo das relações

entre os componentes dos mais variados grupos, sua atuação e a

troca que existe entre estes membros. Estes conceitos serão tratados

detalhadamente no decorrer deste módulo.

De modo geral, participamos, a todo momento, de algum grupo e

cada grupo do qual fazemos parte tem sua dinâmica própria. Estes

grupos se compõem de variáveis, ou melhor dizendo, de um conjunto

de variáveis, que provocam energia e geram ações diversas que, por

sua vez, dão origem a situações e comportamentos entre seus

membros, que irão definir a personalidade destes grupos.

Precisamos entender esses fenômenos, os agentes, a atmosfera e o

comportamento grupal, pois só desta forma poderemos atuar e

interagir neles. Para alcançar esses objetivos, estudamos a Dinâmica

dos Grupos com o fim de provocar estas mudanças consideradas

necessárias, reforçando as atitudes grupais, de modo que possamos

nos relacionar, inclusive profissionalmente.

Para trabalhar e coordenar a participação das pessoas nos grupos,

sejam eles educacionais ou organizacionais, estudaremos as técnicas

de Dinâmica de Grupo.

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É muito importante que cada ser humano tenha ciência de sua real

importância para o outro tanto quanto tenha para si próprio. O

estudo das relações interpessoais se constitui como fundamental na

busca de práticas que viabilizem um melhor convívio entre as

pessoas, permitindo uma maior harmonia entre as mesmas.

Esta visão fica bem clara no texto, a seguir, citado por Serrão e

Baleeiro (1999), destacado do texto de Joyce em Finnegan´s Wake e

que bem ilustra a dinâmica nos grupos.

“Quando olhamos por alto as pessoas, ressaltam suas diferenças:

negros e brancos, homens e mulheres, seres agressivos e passivos,

intelectuais e emocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários.

Mas, à medida que compreendemos os demais as diferenças

desaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: as mesmas

necessidades, os mesmos temores, as mesmas lutas e desejos. Todos

somos um”.

(Baleeiro, 1999: 15)

Em função desta unicidade, que aproxima as pessoas, é que hoje

dedica-se grande parte das pesquisas ao estudo das relações

humanas e ao estudo do indivíduo nos grupos, em seus ambientes de

trabalho e em outras formas grupais. As organizações falam em

“gestão de pessoas” – estudar os motivos que as levam a atuar de

determinada forma e a reagir de maneiras diversas - o que se

constitui no foco das atenções de muitos estudiosos desta área.

Com as inúmeras mudanças trazidas pelos avanços da ciência e do

processo de globalização, o ambiente de trabalho, a família e outros

grupos dos quais fazemos parte, transformam-se também. Os

profissionais precisam estar atentos à crescente complexidade com

que essas transformações se refletem na área das Relações

Humanas.

Uma das condições para a sobrevivência harmônica do ser humano

está na convivência social. A própria concepção biológica do homem é

feita em grupo – por um casal. A satisfação das necessidades básicas

5

de um bebê, dá-se no seio de um grupo – a família. O processo de

socialização e de aprendizado, também ocorre em grupo – a escola.

Essas são algumas das razões para compreendermos a importância

que o grupo tem na vida do ser humano e para percebermos que o

profissional que lida com ele tem, por obrigação e por necessidade,

que se esforçar para compreender melhor a dinâmica relacional,

complexa, que ocorre nos grupos; daí, a importância do estudo das

Relações Humanas e da Dinâmica de Grupo.

Se, neste momento, você pegar um papel e uma caneta e listar todas

as coisas, desde as mais simples até aquelas mais complexas, que

você realiza durante um dia de sua vida, certamente você irá

perceber que a maior parte delas você realiza em grupos, seja

participando efetivamente de uma tarefa ou simplesmente estando no

convívio dos mesmos. Experimente!

E que grupos seriam esses? Como poderíamos defini-los?

Assim como Ferrão e Baleeiro (1999) nos apontam que “um grupo é

como um rio que tem força e vida próprias”, pois sabemos que por

mais que nos mergulhemos em suas águas, aproveitando “suas

correntes e possibilitando a descoberta de suas riquezas submersas,”

não se pode “esgotar seus mistérios” (id. p.35), assim também

sabemos que todos os grupos, dos quais participamos,

possuem uma dinâmica própria, composta por um conjunto de

variáveis que dão energia e sinergia, provocando a ocorrência de

ações. São essas variáveis e fenômenos, que dão aos grupos uma

atmosfera grupal e os comportamentos diferenciados dos membros

do grupo.

Conhecer bem os agentes, fenômenos, processos, a atmosfera e

comportamento grupal é de fundamental importância para o

profissional que trabalha com Dinâmica de Grupo, em qualquer

contexto. Este conhecimento é essencial para que você esteja apto a

aceitar esse desafio, que foi muito bem descrito por Áurea Castilho,

6

“Só aqueles que têm a coragem de correr o risco de se expor é que

estão preparados para trabalhar em grupos. Diferentemente do

processo individual, a interface grupal exige sem dúvida muito mais

do facilitador que um nível de percepção, intuição e visão gestáltica,

e estas são postas à prova a cada instante pelo grupo, através do seu

julgamento, pressões, resistência, coesão e normas, com as quais o

facilitador terá que saber lidar a cada momento. Mas é preciso que

aqueles que lideram o grupo se sintam internamente bastante

preparados para compreender o que se passa com ele e analisar as

relações desse fenômeno com sua condição e realidade pessoal,

criando para si um nível de consciência exata de sua posição e

situação existencial, dentro do contexto do grupo, ante o momento

vivido. Em outras palavras, [que se tenha uma visão teórica e real do

movimento do grupo”.

(Áurea Castilho, 1997)

E a que essas colocações de Castilho nos levam? O que é importante

se ter, a priori, para se (con)viver em grupo? Como os sujeitos, que

compõem um grupo, se vêem e são vistos dentro do mesmo? Quais

as condições necessárias para se viver de forma harmônica num

grupo, buscando alcançar um objetivo comum?

Para responder essas perguntas, deveremos analisar alguns

princípios que embasam as relações grupais, tais como:

• a própria construção identitária dos sujeitos;

• as questões de relações entre os diferentes parceiros;

• a existência de valores e atitudes para o reconhecimento

satisfatório entre os diferentes elementos que formam o grupo.

Utilizamos a Fábula dos Gansos para propor uma reflexão,

procurando extrair questões pertinentes aos assuntos aqui

desenvolvidos e outros mais a serem pensados, que você poderá

destacar, compondo idéias que o levem a busca de maior

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aprofundamento sobre os seus próprios conceitos e valores, ao

mesmo tempo que, sem a pretensão de desgastar todas as

possibilidades de análise que ele sugere, poderemos utilizá-lo,

posteriormente, para iluminar outras reflexões.

Para melhor compreender o que queremos dizer, leia o texto e os

comentários sobre cada parágrafo, na lição 2.

O Sentido dos Gansos

No outono, quando se vê bando de gansos voando rumo ao Sul,

formando um grande V no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu

sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada

ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave

imediatamente de trás. Ao voar em forma de V, o bando se beneficia

de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando

sozinha.

Comentário:

Pessoas que têm a mesma direção e sentido de comunidade podem

atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil, pois viajam se

beneficiando de um impulso mútuo.

Sempre que um ganso sai do seu bando, sente subitamente o esforço

e a resistência necessários para continuar voando sozinho.

Rapidamente, ele entra em outra formação para aproveitar o

deslocamento de ar provocado pela ave que voa imediatamente à sua

frente.

Comentário:

Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, manter-nos-íamos em

formação com os que lideram o caminho para onde também

desejamos seguir.

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Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da

formação e outro ganso assume a liderança.

Comentário:

Vale a pena nos revezarmos em tarefas difíceis, e isto serve tanto

para as pessoas quanto para os gansos que voam rumo ao Sul.

Os gansos de trás gritam, encorajando os da frente para que

mantenham a velocidade.

Comentário:

Que mensagens passamos quando gritamos de trás?

Finalmente, quando um ganso fica doente ou ferido por um tiro e cai,

dois gansos saem da formação e o acompanham para ajudá-lo e

protegê-lo. Ficam com ele até que consigam voar novamente ou até

que morra. Só então levantam vôo sozinhos ou em outra formação, a

fim de alcançar seu bando.

Comentário:

Se tivéssemos o sentido dos gansos também ficaríamos um ao lado

do outro.

Na história dos gansos, aprendemos com a própria natureza sobre a

importância de se pertencer a um grupo, onde cada um faz a sua

parte para contribuir para o sucesso e a sobrevivência do grupo como

um todo.

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Até o momento, falamos muito sobre os grupos e as suas relações,

mas você saberia dizer a partir de que momento o grupo e,

particularmente suas dinâmicas, passaram a ser objeto de estudos,

como uma preocupação do ser humano, buscando melhorar as

relações sociais, em geral?

Na tentativa de compor um perfil do estudo de grupos e suas

relações, tentaremos aqui fazer uma breve recomposição histórica da

dinâmica de grupo, buscando contextualizá-la no espaço e no tempo,

em termos de seu aparecimento, desenvolvimento e principais

expoentes na área.

Histórico da Dinâmica de Grupo

Podemos iniciar nossa viagem no tempo, no século XIX, quando a

Psicologia tornara-se objetiva e experimental com a criação dos seus

primeiros laboratórios, entre 1880 e 1890, voltando-se para a

compreensão da personalidade individual, enquanto que a Sociologia,

criada oficialmente no século XIX, por Augusto Comte, orientara-se

para o estudo das instituições políticas, dos fenômenos coletivos dos

grandes grupos humanos e das mentalidades sócio-culturais.

Nessa época, percebe-se que a evolução dessas duas ciências

caminhava para um meio tempo, voltando-se para o estudo dos

pequenos grupos, onde a Psicologia interessava-se pelos problemas

do comportamento em grupos, enquanto a Sociologia identificava as

subculturas, nas culturas, acabando por definir, assim, as

competências de atuação entre as duas ciências irmãs a partir do

enfoque de seus interesses, para explorar esse novo campo.

É, então, em Comte (1793-1857), que vemos surgir a denominação

Psicologia Social, destinada a estudar problemas do comportamento

dos pequenos grupos, enquanto a Sociologia se ocupava dos estudos

dos grandes grupos humanos e de suas culturas. Ele dizia que o

homem é, ao mesmo tempo, conseqüência e causa da sociedade.

Dürkheim, dedicado principalmente a pesquisa científica, procurou

definir a autonomia da Sociologia, mostrando que ela deveria testar

hipóteses, reformular teorias, analisar os problemas de comunicação,

verificar interações, devendo ocupar-se dos macrogrupos.

Em contrapartida, Kurt Lewin afirmava que somente através do

estudo dos pequenos grupos poderíamos compreender o macrogrupo.

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Foi Lewin quem abriu novos caminhos para a Psicologia Social,

transformando-a em uma ciência experimental autônoma,

diferenciando-a, desta forma, da Sociologia e da Psicologia.

Nessa época, a Psicologia Social estava inserida na Sociologia e na

Biologia, uma vez que o social deveria absorver o psíquico, segundo

as tendências, então, dominantes. Com a criação dos seus primeiros

laboratórios, no final desse século, a Psicologia torna-se

experimental, voltando seus interesses para a compreensão da

personalidade individual.

Vejamos, então, quem foi Kurt Lewin.

Lewin era psicólogo prussiano que, por ser judeu, imigrou para os

Estados Unidos, desde 1933, saindo da Alemanha devido ao fato

desta estar sob o regime nazista, em ascensão. O próprio fato de

pertencer a um grupo minoritário dentro da sociedade alemã, sendo

perseguido ideologicamente dentro da mesma, segundo o anti-

semitismo nazista, utilizou essa experiência como fonte de

movimentação, constituindo-se num tema de estudos importantes em

sua obra.

Através de seus estudos foi possível compreender melhor como o

indivíduo vive ligado, inevitavelmente, a grupos. Grupos estes que

podem ser classificados quanto ao número de pessoas como menores

(a família, os grupos de vizinhos, dos colegas da escola, de

religiosos) ou maiores (as classes sociais, as sociedades) dos quais

faz parte. O indivíduo estará, na maioria das vezes, com seu destino

interligado com os outros indivíduos pertencentes aos grupos que

convive. Ele irá atuar de acordo com a sua própria personalidade,

desenvolvendo papéis, tendo seu “status” próprio, suas motivações,

seus interesses, seus preconceitos e opiniões, em constante interação

com os outras indivíduos.

De modo geral, as pessoas são dotadas de sua historicidade, escritas

por suas vivências pessoais e profissionais, bem como por suas

características de personalidade e, ao se encontrarem numa situação

de interação grupal, terão não apenas ações e reações individuais

como, também, serão influenciadas pelo grupo.

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Lewin é reconhecido principalmente pelo desenvolvimento da teoria

de campo, cuja proposição básica é que o comportamento humano é

função do indivíduo e do seu ambiente. Isto significa que o

comportamento de uma pessoa está relacionado tanto às

características pessoais quanto à situação social na qual está

inserida.

C = i x a

Sua teoria de campo consistiu na observação e manipulação de

variáveis em situações complexas, envolvendo grupos de pessoas.

Utilizavam a pesquisa social empírica, a ação social e a avaliação

controlada das situações grupais. Lewin partiu da premissa que,

cientificamente, não havia, naquela ocasião, técnicas de exploração e

instrumental conceitual que possibilitassem fazer experiências que

envolvesse a sociedade de forma global, como também, os grandes

conjuntos sociais. Segundo ele, seria mais válido fazê-lo por etapas,

provavelmente longas, desmontando psicologicamente os

mecanismos de integração e de crescimento dos diferentes tipos de

micro grupos, explorando toda a problemática presente no psicológico

social, elencadas aos poucos através da observação dos fatos,

buscando-se evidenciar certos comportamentos constantes na

formação e evolução dos grupamentos dos seres humanos.

Ele foi o principal responsável pelo avanço dos estudos da Dinâmica

de Grupo. Sua atuação, a partir da década de 30, foi determinante

para a Psicologia Social e, conseqüentemente, para o estudo da

mesma. Atualmente, ainda podemos notar suas influências nas

pesquisas e publicações sobre o assunto. A partir de 1944, ele iniciou

suas pesquisas, buscando caracterizar os domínios da Dinâmica de

Grupo, consagrando esta expressão até os dias de hoje.

A Dinâmica de Grupo surge da GESTALT da Psicologia Topológica de

Kurt Lewin, insistindo na interdependência das forças existentes

dentro do grupo, estabelecendo uma teoria dinâmica da

personalidade. Parte dos princípios da teoria de campo para criar uma

nova ciência de interação humana – a Dinâmica de Grupo – tomando-

se por base o conceito de dinâmica dado pela física, em oposição a

estática.

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E qual é o conceito de Dinâmica de Grupo? Será ela uma

metodologia de ensino? Conceitos Básicos em Dinâmica de Grupo

• Estuda as interações (influências mútuas) entre as pessoas que

estão juntas para divertir-se ou para trabalhar. Pode ser chamada de

Microssociologia (Lauro de Oliveira Lima, em Por que Dinâmica de

Grupo)

• A dinâmica de grupo constitui um campo de pesquisa voltado ao

estudo da natureza do grupo, às leis que regem o seu

desenvolvimento e às relações indivíduo-grupo e grupo-instituições

(Minicucci,1977).

TÉCNICA DE ENSINO / METODOLOGIA

• Conjunto de técnicas e metodologias que tratam do fenômeno

do comportamento humano em grupos. Sua orientação é busca de

mudanças de comportamento, tendo em vista a afetividade do

desempenho grupal. É muito utilizada em seções de treinamento, em

razão de sua flexibilidade e valor como agente de mudanças. (Flávio

de Toledo e B. Milione – Dicionário de Recursos Humanos)

• A autêntica dinâmica de grupo, que deveria ser a “dinâmica do

futuro, segundo Lima, deve superar aquilo que Paulo Freire considera

o “caráter essencialmente narrativo” da relação professor-aluno, que

supõe um sujeito narrador: o professor, e supõe objetos pacientes

que estudam: os alunos. Na verdadeira dinâmica de grupo não há

“interlocutores” e “ouvintes”, mas apenas “interlocutores, cada qual

em condições iguais de dizer a sua palavra.” No mundo agitado em

que vivemos, marcado pela massificação, é urgente que se criem

espaços para que a pessoa humana possa desabrochar, a caminho de

sua plenitude; espaços onde se busque ultrapassar as formas de

relacionamento marcadas pela máscara, pelos mecanismos

inconscientes, pela agressividade, pela competição e pela

denominação. Isto só poderá acontecer através da experiência do

outro através da vivência grupal, num clima de liberdade, de

aceitação, de diálogo, de encontro, de comunicação, de comunhão.

Este é o sentido da dinâmica de grupo. (Balduíno A . Andreola –

Dinâmica da Vida e Didática do Futuro).

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Descoberta do Grupo \"T\"

Texto original: Sociedade Brasileira de Psicoterapia, Dinâmica de

Grupo e Psicodrama

No verão de 1946, em Nova Bretanha (Connecticut), mais

especificamente na escola estadual para formação de professores

primários, foi realizado uma sessão sob os auspícios da comissão

interética de Connecticut, do Ministério da Educação e do Centro de

Pesquisas sobre a Dinâmica de Grupo. O objetivo era formar

animadores no seio de organismos locais criados pela comissão.

As finalidades “pessoais” dos representantes do centro ( Kurt Lewin e

Ronald Lippitt), responsáveis técnicos da sessão, eram testar diversas

hipóteses concernentes aos efeitos comparados das conferências e

dos estudos de casos sobre os comportamentos e suas mudanças.

Os participantes, em número de 30, eram divididos em grupos de 10,

empregando seu tempo entre estudos de casos com jogos de papéis

e exposições magistrais. Um observador do centro era indicado para

cada grupo e preenchia as folhas de observação das interações e da

dinâmica, que destinadas às próprias pesquisas da equipe Kurt Lewin,

não deveriam ser retransmitidas aos participantes.

Desde o início, Lewin organizara sessões matinais de trabalho, que

reuniam os animadores oficiais e os observadores para verificar as

observações e discuti-las.

Alguns participantes que moravam na escola pediram para assistir a

essas reuniões de trabalho e, após discussões, foram admitidos.

Kenneth Benne afirmou:

“A equipe dos animadores não previra os efeitos sobre os

participantes da descrição de seus comportamentos nem a maneira

pela qual seria preciso orientar as relações entre nossa equipe e os

ouvintes voluntários. Aberta a discussão, o efeito foi elétrico.

Primeiramente, foi-nos preciso inexoravelmente abrir essas reuniões

às pessoas interessadas e logo todas as passaram a comparecer. As

reuniões prolongaram-se durante três horas. Os participantes

declararam que elas eram essenciais e ninguém mais se preocupou

de esquecer o programa previsto, os casos que preparamos, aqueles

trazidos pelos membros, os jogos de papéis etc.”.

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Pareceu aos animadores que haviam descoberto, fortuitamente, um

poderoso meio de formação e de mudança que pode ser assim

formulado: quando os integrantes de um grupo são confrontados

objetivamente com dados concernentes a seu próprio comportamento

e seus efeitos e quando participam, de uma maneira não defensiva,

de uma reflexão comum sobre esses dados, podem completar mui

significativamente sua formação sobre o conhecimento de si, sobre as

atitudes de respostas dos outros a seu respeito, sobre o

comportamento do grupo e o desenvolvimento dos grupos em geral.

Então nasceu a idéia de substituir o conteúdo “um outro lugar e um

outro dia” (que caracteriza “os casos” ou “os exemplos” que ilustram

as exposições) pela análise do “aqui e agora” concernente ao

comportamento dos próprios membros do grupo.

A partir de 1947, proliferaram os estudos e pesquisas sobre a

dinâmica dos pequenos grupos, surgindo várias vertentes de

pensamentos, que consideravam diferentes aspectos. Daí o

aparecimento de diversas denominações, sem que se possa

discriminar qualquer critério diferenciador estável que justifique a

diversidade, como por exemplo, os diferentes objetivos de

intervenção do coordenador.

As denominações mais empregadas são:

• treinamento em Laboratório;

• treinamento de Sensibilidade;

• treinamento em Relações Humanas;

• grupo de Encontro;

• grupo de Treinamento;

• grupo de Desenvolvimento Interpessoal.

Tipos de Grupos

GRUPO SOCIAL

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• Conjunto de indivíduos permanentemente associados em

processo de interação social.

GRUPO PRIMÁRIO

• A família, o grupo de brinquedos, a aldeia, a vila, os grupos de

amizades, são exemplos de grupos primários. Neles as relações

sociais são íntimas e pessoais, os contatos são primários (diretos,

intensos). Os indivíduos se conhecem de modo íntimo e pessoal e

entre eles se desenvolvem fortes laços sentimentais (M.B.L. Della

Torre - O homem e a Sociedade, 1990)

• São aqueles que se caracterizam pela aceitação e colaboração

íntima de homem para homem. São primários em vários sentidos,

mas sobretudo no sentido de que são fundamentais para formar a

natureza e os ideais sociais do indivíduo. A associação psicológica

íntima desperta certo grau de fusão das individualidades, num

conjunto, de tal forma que o

“eu, pelo menos até certo ponto, reside na vida comum e nos

objetivos comuns do grupo. Talvez a forma mais simples de

descrever esse sentimento de totalidade seja dizer que o grupo é um

“nós.”

(Charles Cooley)

GRUPO SECUNDÁRIO

• Neste as relações não são pessoais e nem há entre os indivíduos

laços sentimentais fortes, pois os contatos são secundários. Muitas

vezes também as relações são estabelecidas por contatos indiretos

(cartas, telefone, telegrama etc.) ou diretos, mas sem intimidade,

como os que ocorrem entre os passageiros e o motorista de um

ônibus. As relações são formais, impessoais e distantes, já que se

trata de meios para alcançar os fins em vista.

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Podemos citar, como exemplos de grupos secundários, as

organizações burocráticas e as associações voluntárias (associações

de classe, grêmios etc). O funcionário ideal é aquele que desempenha

seu cargo sem paixão ou ódio, portanto de modo mecânico e técnico.

Porém, dentro dos grupos secundários formam-se estruturas

informais com características dos grupos primários.

GRUPO PSICOLÓGICO OU PSICOGRUPO

-> Integrado por pessoas que se conhecem, que procuram objetivos

comuns, possuem ideologias semelhantes e interagem com

freqüência. A associação e interação entre os membros constituem a

finalidade principal de seus membros.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL OU SOCIOGRUPO

• Sistema integrado de pessoas e grupos que visam um mesmo

fim último, podendo, no entanto, dispensar as características do

grupo psicológico. As relações entre os membros existem

principalmente em função de os membros trabalharem juntos em

vista a alcançar algum objetivo.

EQUIPE

“Pode-se considerar equipe um conjunto que compreende seus

objetivos e está engajado em alcançá-los, de forma compartilhada. A

comunicação entre os membros é verdadeira e opiniões divergentes

são estimuladas. A confiança é grande, assumem-se riscos. As

habilidades complementares dos membros possibilitam alcançar

resultados, os objetivos compartilhados determinam seu propósito e

direção. Respeito, mente aberta e cooperação são elevados. O grupo

investe constantemente em seu próprio crescimento”.

(Fela Moscovici)

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Aprendendo a Trabalhar em Grupo

O QUE É UM GRUPO?

Segundo Pichon-Riviére,

“pode-se falar em grupo quando um conjunto de pessoas movidas

por necessidades semelhantes se reúnem em torno de uma tarefa

específica”.

No cumprimento e desenvolvimento das tarefas, deixam de ser um

amontoado de indivíduos para cada um assumir-se enquanto

participante de um grupo, com um objetivo mútuo.

Isto significa também, que cada participante exercitou sua fala, sua

opinião, seu silêncio, defendendo seus pontos de vista. Portanto,

descobrindo que, mesmo tendo um objetivo mútuo, cada participante

é diferente. Tem sua identidade. Neste exercício de diferenciação -

cada indivíduo vai introjetando o outro dentro de si. Isto significa que

cada pessoa, quando longe da presença do outro, pode “chamá-lo”

em pensamento, a cada um deles e a todos em conjunto. Este fato

assinala o início da construção do grupo enquanto composição de

indivíduos diferenciados. O que Pichon denomina de “grupo interno”.

“O indivíduo é um ser “geneticamente social”.

(Wallon)

A identidade do sujeito é um produto das relações com os outros.

Neste sentido todo indivíduo está povoado de outros grupos internos

na sua história. Assim como, também, povoado de pessoas que o

acompanham na sua solidão. Deste modo estamos sempre

acompanhados de um grupo de pessoas que vivem conosco

permanentemente.

A influência deste grupo interno permanece inconsciente. Algumas

vezes no que chamamos de pré-consciente, não nos damos conta que

estamos repetindo, reproduzindo estilos, papéis, que têm que vir com

vínculos arcaicos onde outros personagens jogam por nós.

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Todos estes integrantes do nosso mundo interno estão presentes na

hora de qualquer ação, na realização de uma tarefa. Por isso, nosso

ser individual nada mais é que um reflexo, onde a imagem de um

espelho que nos devolvem a de um “eu” que aparenta unicidade mas

que está composto por inumeráveis marcos de falas, presença de

modelos de outros.

COMO SE FORMA ESTA ESTRUTURA?

Segundo Pichón-Riviere, a estrutura dos grupos se compõe pela

dinâmica dos 3D.

depositado o depositário

o depositante

• depositado é algo que o grupo, ou um indivíduo, não pode

assumir no seu conjunto e o coloca em alguém, que por suas

características permite e aceita.

• depositário é aquele que recebe nossos depósitos, que

recebem os conteúdos dos quais nos desembaraçamos.

• depositante somos nós mesmos.

Podemos observar em qualquer grupo (secundário) de adultos como

distribuem-se estes papéis e tarefas implícitas:

• há os que se encarregam sempre de romper os silêncios

embaraçosos;

• os que, com uma piada ou uma saída criativa, desfazem uma

tensão;

• os que sempre estão contra ou fazem o “advogado do diabo”;

• os que se encarregam de carregar as culpas e, ao mesmo

tempo reclamando, aceitam o depósito de “bode expiatório”;

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• os que chegam sistematicamente atrasados;

• os que interrompem para sair;

• os que sempre discordam de algo, nunca estão de acordo;

• aqueles a quem tudo lhes parece ótimo e encarregam-se das

tarefas de que os demais se omitem.

Este movimento de depósito começa na família, com o projeto

inconsciente dos pais.

Através do mecanismo de projeção nos livramos de aspectos nossos

que nos desagradam, pois não admitimos que também fazem parte

de nós. Se estou com medo, em lugar de admitir, reconhecer MEU

medo, digo: “tu me dás medo” ou “tua proposta é atemorizante”.

Caso esta afirmação coincida (encontre) um sujeito a quem sempre

lhe é dado esse papel (atemorizante) nosso mecanismo projetivo se

verá inteiramente satisfeito. O depositário recebeu e se encarregará

de “viver” o meu medo. Meu medo não estará mais no meu interior e

será produto, culpa daquele que me atemoriza.

OS COMPONENTES DO GRUPO

São cinco os papéis que constituem um grupo, segundo a

denominação de Pichón-Riviere:

-> Líder de mudança – aquele que se encarrega de levar adiante as

tarefas, enfrentando conflitos, buscando soluções, arriscando-se

sempre diante do novo.

-> Líder de resistência – aquele que sempre “puxa” o grupo para

trás, freia avanços, depois de uma intensa discussão ele coloca uma

pergunta que remete o grupo ao início do já discutido. Sabota as

tarefas, levantando sempre as melhores intenções de desenvolvê-las,

mas poucas vezes as cumpre, assume sempre o papel de “advogado

do diabo”.

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IMPORTANTE:

O líder de mudança e o líder de resistência não podem existir um sem

o outro. Os dois são necessários para o equilíbrio do grupo. Para cada

maior acelerada do líder de mudança, maior o freio do líder de

resistência. Para produzir assim o contrapeso às propostas do outro.

O Bode Expiatório – é quem assume as culpas do grupo. Serve-se

de depositário a esses conteúdos livrando o grupo do que lhe provoca

o mal-estar, medo, ansiedade, etc.

Os Silenciosos – são aqueles que assumem as dificuldades dos

demais para estabelecer a comunicação, fazendo com que o resto do

grupo se sinta obrigado a falar. Num grupo falante, se “queima”

quem menos pode sobreviver ao silêncio... Aqueles que calam

representam essa parte nossa que desejaria calar mas não pode.

No trabalho da coordenação, sua facilidade ou dificuldade em

coordenar os silenciosos dependerá de seu grau de escuta do silêncio

do outro e do seu próprio.

É necessário um exercício apurado de observação e leitura sobre o

que os silenciosos falam para poder possibilitar, assim, a ruptura do

papel de “ocultamento”, de omissão. A coordenação deverá estar

atenta para não permitir uma relação hostil que obriga os silenciosos

a falarem, pois deste modo não estará respeitando sua “fala”, mas

também não cair na armadilha da marginalização: “eles nunca falam

mesmo”, o que favorece a omissão.

O Porta-voz- é quem se responsabiliza em ser a “chaminé” por onde

emergem as ansiedades do grupo. Através da sensibilidade apurada

do porta-voz, ele consegue expressar, verbalizar, dar forma aos

sentimentos, conflitos que, muitas vezes, estão latentes no discurso

do grupo. O porta-voz é como uma antena que capta de longe o que

está por vir. Em muitas situações, o porta-voz pode coincidir com

uma das expressões de liderança.

GRUPO É ...

21

Esta trama grupal onde se joga com papéis precisos, às vezes

estereotipados, outras inabaláveis, não é um amontoado de

indivíduos.

Mais complexo que isso.

Grupo é o resultado da dialética entre a história do grupo (movimento

horizontal) e a história dos indivíduos com seus mundos internos,

suas projeções e transferências (movimento vertical) no suceder da

história da sociedade em que estão inseridos.

APRENDENDO A TRABALHAR EM GRUPO

• Como desenvolver a capacidade de obtenção de um melhor

desempenho nas atividades de grupo?

• Como se modifica o comportamento do indivíduo na situação

grupal?

Sem dúvida, em uma reformulação de comportamento grupal é

necessário descongelar atitudes, desaprender normas de agir, enfim

reeducar-se.

Sabe-se que toda mudança é difícil, pois existem barreiras à

aquisição de novos comportamentos e ao abandono de atitudes

congeladas.

Na aquisição de um comportamento grupal mais eficiente, sem

dúvida algumas tarefas ou etapas intermediárias se fazem

necessárias como:

22

• desenvolvimento da percepção do outro;

• papéis desempenhados;

• atitudes grupais;

• mecanismos de resistência à atração efetiva;

• desenvolvimento de comportamentos de liderança;

• compreensão dos problemas de comunicação.

Quando se fala em aprender a trabalhar em grupo, fala-se em

educação, isto é: “educação não significa ensinar as pessoas a

saberem o que não sabem... significa ensiná-las a procederem como

elas não procedem.”

O aprendizado do trabalho social de grupo é a primeira meta do

trabalho grupal, pois só assim terá sua eficácia e seu rendimento

aumentados. Em termos de conceitos estamos colocando o termo

educação no sentido de desenvolvimento de habilidades.

O aprendizado da pessoa total abrange idéias, valores, princípios,

atitudes, sentimentos e comportamentos concretos. É necessário

descobrir que os chamados problemas de relações humanas não são

apenas provocados pelo comportamento de outras pessoas, mas que

as ações de um indivíduo constituem também parte da situação do

problema, sendo que talvez, seja seu próprio desempenho que esteja

causando distorções.

Para maiores aprofundamentos sobre o que conversamos, sugerimos

que você escolha alguns dos livros citados na bibliografia ou ainda os

artigos do site anteriormente citado. Procure já ir pensando no tema

de sua monografia e no que estes poderão auxiliá-lo servindo de

apoio para a elaboração da mesma.

Algumas Dicas

Por que trabalhar com dinâmicas de grupo?

23

As dinâmicas possibilitam vivências, que ao serem refletidas e

partilhadas gestam um parendizado pessoal e grupal libertador,

possiblitando,dentre outras coisas:

o Autoconhecimento com ser único e social;

o Exercício de escuta e acolhida do outro como ser diferente;

o Experiência de abertura ao outro e participação grupal;

o Percepção do todo e das partes, tanto da vida como da

realidade que nos cerca;

o Desenvolvimento da consciência crítica;

o Confronto e avaliação da vida e da prática;

o Tomada de decisão de modo consciente e crítico;

o Sistematização de conteúdos, sentimentos e experiências;

o Construção coletiva do saber.

Para quem vai orientar a dinâmica

É fundamental:

Conhecer todos os passos da dinâmica para aplicá-la com

segurança;

Ter clareza de aonde se quer chegar, qual o objetivo e a função

da dinâmica dentro do processo a ser desenvolvido, entendendo-a

como um instrumento;

Possibilitar um clima de espontaneidade em que os

participantes sintam-se livres e à vontade para participar da

experiência feita;

Perceber o nível de relações e entendimento do grupo, pois

nem toda dinâmica se adapta bem a qualquer grupo. Ela pode ser um

24

instrumento enriquecedor se for bem utilizada e se o grupo estiver

em condições de vivenciá-la;

Observar as expressões corporais, sobretudo as expressões

faciais dos participantes no decorrer da dinâmica, para valorizar os

sentimentos e reações de cada um;

Qualquer que seja o resultado alcançado com uma dinâmica,

ele é o objeto da reflexão e da aprendizagem, pois dinâmica não tem

resultado errado;

As dinâmicas podem ser adaptadas de acordo com a realidade e

o tamanho do grupo. E não se esqueça de que a preparação da

dinâmica já é uma dinâmica a ser refletida e avaliada.

Dinâmica: Memorizar Nomes

MEMORIZAR NOMES (APRESENTAÇÃO)

OBJETIVOS: Memorizar os nomes dos membros de um grupo.

Integrar melhor o grupo favorecendo o conhecimento mútuo.

PROCEDIMENTOS:

É bom que todos estejam em círculo.

Cada um dirá seu próprio nome acrescentando um adjetivo que

tenha a mesma inicial seu nome. Por exemplo: Ricardo risonho.

O seguinte repete o nome do companheiro com o adjetivo e

apresenta-se acrescentando um adjetivo ao próprio nome. E

assim sucessivamente. Por exemplo: Ricardo risonho, Ana

alegre, Mário moreno ....

Ao final partilha-se a experiência: como cada um se sentiu ao

dizer o próprio nome, o adjetivos, etc..

Dinâmica: As Fotografias

AS FOTOGRAFIAS

OBJETIVOS:

Ampliar o conhecimento de si e interpessoal. Promover a participação

de todos com maior espontaneidade.

25

MATERIAL:

Fotografias que sejam realistas, não sejam personagens conhecidos,

sejam grandes, todas em preto e branco ou todas coloridas.

PROCEDIMENTOS:

Espalhar as fotografias no chão e convidar as pessoas a circular em

volta das figuras fazendo com que cada uma se fixe numa delas, a

qual tenha com que se identifique.

Definida a fotografia, cada pessoa pega sua foto e volta ao seu lugar

de origem.

Depois cada participante falará sobre sua escolha espontaneamente,

sobre como a fotografia se identifica com ele.

Finalmente, avaliar como cada um se sentiu e o que descobriu de

novo com a dinâmica conversando um pouco mais sobre o que foi

vivenciado:

Houve alguma revelação que surpreendeu alguém (ou que foi dito

pela pessoa que se apresentou)?

O que você sentiu no momento de escolher sua gravura?

Gostaria de ter escolhido alguma que outra pessoa pegou?

Dinâmica: A Cor do Sentimento

CONHECIMENTO PESSOAL: A COR DO SENTIMENTO

OBJETIVOS:

Identificar os próprios sentimentos e expressá-los, partilhando-os

com o grupo.

MATERIAL:

Guardanapos ou tiras de papel crepom de cores variadas.

PROCEDIMENTOS:

26

Durante os primeiros cinco minutos o animador solicita às pessoas

participantes que se concentrem, fechando os olhos, procurando uma

interiorização e uma conscientização acerca dos próprios sentimentos

no momento.

Decorridos os cinco minutos, e abrindo os olhos, o animador pede

que cada pessoa, em silêncio, escolha um guardanapo, relacionado a

cor dele com os sentimentos do momento.

Prosseguindo, formam-se subgrupos obedecendo às cores do

guardanapo, resultando daí grupos numericamente variados.

Cada membro desses grupos irá explicar para o seu grupo o

relacionamento encontrado entre a escolha da cor do guardanapo e

os seus sentimentos do momento, levando para este exercício de 15

a 20 minutos.

Terminada esta etapa do exercício, todos se despedem uns dos

outros, e o animador solicita que todos procurem expressar seus

sentimentos do momento, através de uma forma dada ao

guardanapo. O importante não é tanto se a forma dada ao

guardanapo seja muito exata, mas o que esta forma representa.

A seguir formam-se novos subgrupos, ajuntando os membros pela

semelhança das formas dadas ao guardanapo, e durante alguns

minutos cada irá expor ao grupo o significado do formato dado.

Desfeitos os subgrupos, seguem-se, em plenário, os comentários

acerca da vivência deste exercício.

Dinâmica: O Espelho

O ESPELHO

OBJETIVOS:

Despertar para a valorização de si. Encontrar-se consigo e com seus

valores.

MATERIAL:

27

Um espelho escondido dentro de uma caixa. O ambiente deve ser de

silêncio e interiorização.

PROCEDIMENTO:

O coordenador motiva o grupo: “Vocês devem pensar em alguém que

lhes seja de grande significado. Uma pessoa muito importante para

você, a quem você gostaria de dedicar maior atenção em todos os

momentos, alguém que você ama da verdade... com quem

estabeleceu íntima comunhão... que merece todo seu cuidado, com

quem está sintonizado permanentemente... Entre em contato com

esta pessoa, com os motivos que a tornam tão amada pôr você, que

fazem dela o grande sentido da sua vida...” (Deixar um tempo para

esta interiorização)

Agora vocês vão encontrar-se aqui, frente a frente com esta pessoa

que é o grande significado de sua vida.

Em seguida, o coordenador orienta para que todos se dirijam ao local

onde está a caixa (um por vez). Todos deverão olhar o conteúdo e

voltar silenciosamente para seu lugar, continuando a reflexão sem se

comunicar com os demais.

Finalmente, faz-se a partilha dos próprios sentimentos, das reflexões

e conclusões de cada um. É muito importante conversar sobre os

objetivos da dinâmica.

Dinâmica: Valores

VALORES

OBJETIVOS:

Reconhecer seus próprios valores e os valores dos outros. Partilha.

MATERIAL:

Cartões onde devem estar escritos valores, os mais diversos

possíveis.

28

PROCEDIMENTOS:

Cada participante recebe um cartão com um determinado valor (de

preferência, um valor que ele possa ter); por exemplo: otimismo,

alegria, esperança, solidariedade, justiça, gratuidade, partilha,

sinceridade, honestidade, etc..

Alguns instantes de reflexão pessoal.

Cada participante vai dizer então se possui ou não este valor

apresentado pelo cartão, justificando-se.

Ao final da dinâmica, é bom que cada um compartilhe como se sentiu

no correr da dinâmica, bem como os valores que descobriu em si e

nos outros companheiros.

Dinâmica: Autoconfiança

AUTOCONFIANÇA

OBJETIVO:

Avaliar a autoconfiança e a sensibilidade dos diversos sentidos.

MATERIAL:

Vendas ou pedaços de tecido para vendar os olhos.

PROCEDIMENTOS:

Formam-se duplas com todo o grupo.

Em cada dupla, uma pessoa fecha os olhos e a outra a conduz para

dar um passeio fazendo-a tomar contato com a realidade e objetos

que a cercam, sem serem vistos. Se possível passar por situações

diversas, como escada, gramado, no meio de cadeiras, tocarem

objetos, flores com cheiro, etc..

Depois de 5 a 7 minutos, invertem-se os papéis.

No final avalia-se a experiência, descobertas e sentimentos.

Questões que podem ajudar:

29

Como se sentiu ? Por que ? Como foi conduzido ? Foi capaz de

identificar algo ? Que importância deu aos diversos sentidos? Quando

caminhamos no dia-a-dia deixamos nos tocar pela realidade que nos

cerca ? Como reagimos diante de situações diversas como por

exemplo diante de um policial, de um grupo de meninos de rua, num

ambiente escuro, quando acaba a energia, etc.? O que achou da

dinâmica ?

Dinâmica: Auto-Retrato

AUTO – RETRATO

OBJETIVOS:

Confrontar-se com a auto – imagem. Proporcionar maior

conhecimento e aceitação de si mesmo/a.

MATERIAL:

Papel e caneta ou pincel para todos.

PROCEDIMENTOS:

Pedir para cada pessoa desenhar a si mesma. Recusar desculpas de

que não se sabe desenhar direito ou qualquer outra que seja. O

importante é que cada um desenhe como sabe, mesmo que pareça

engraçado. Inicialmente reagirão com risadas, mas aos poucos cada

um deverá expressar no papel como se vê.

Quando todos tiverem concluído seu desenho, partilhar em grupos a

experiência e o desenho.

No final avaliar como se sentiram fazendo a experiência. Como é a

aceitação do próprio corpo ? De que tem vergonha e por quê ? Como

se sente agora, após mostrar o desenho para os outros e partilhado

os sentimentos ?

Dinâmicas Variadas 1 O DESEJO MÁGICO

OBJETIVOS:

30

Identificar as preocupações e os interesses mais importantes do

grupo, como base para uma maior compreensão e programação.

MATERIAL:

Papel e caneta. Quadro-negro e cartolinas.

PROCEDIMENTOS:

O coordenador formulará a seguinte pergunta : “Escreva três coisas

que são mais importantes em relação a este grupo”. Em outras

palavras: “Quais as três últimas coisas que você deixaria em relação

a este grupo?”

Durante cinco a oito minutos todos responderão, por escrito, a esta

pergunta. A seguir o coordenador perguntará: “Se tivessem um

desejo mágico e pudessem mudar três coisas em relação a este

grupo, o que mudariam?”

As respostas devem ser colocadas no verso da folha, usando para

isso mais cinco a oito minutos. Nas discussão que seguir, todos

poderão pronunciar-se, em primeiro lugar, sobre os aspectos que não

podem mudar, que já são positivos e é importante conservar em

relação ao grupo. E, logo após, sobre o desejo mágico.

Discute-se, a seguir, sobre as coisas que precisam e poder ser

mudadas imediatamente no grupo.

No final avaliam-se os sentimentos e encaminhamentos feitos para

melhorar a vida do grupo.

TROCANDO OS CRACHÁS

OBJETIVOS:

Conhecer os integrantes do grupo, “quebrar o gelo”, chamar à

participação e ao movimento.

31

MATERIAL:

Crachás para todos, contendo os nomes de cada um.

PROCESSO:

No início do encontro, distribuem-se os crachás normalmente, de

forma que cada um receba o seu próprio nome.

Após algum tempo, recolher novamente os crachás e colocá-los no

chão, com os nomes voltados para baixo. Cada um pega um para si;

caso peque o próprio nome, deve trocar.

Colocar o crachá com outro nome e usá-lo enquanto passeia pela

sala.

Enfim procurar o verdadeiro dono do nome (crachá) e entregar a ele

seu crachá. Aproveitar para uma pequena conversa informal;

procurar se conhecer algo que ainda não conhece do colega.

Partilhar a experiência no grande grupo.

RÓTULOS

OBJETIVOS:

Questionar a facilidade com que rotulamos as pessoas, tentando

julgá-las menos por seu conteúdo intrínseco e pessoal do que pela

eventual “ embalagem “ simbolizada por seus trajes, hábitos, família,

situação intelectual ou social, etc.

MATERIAL:

Crachás que sejam como rótulos para os participantes, com os

dizeres:

a) Sou engraçado: ria

b) Sou tímido: ajude-me

32

c) Sou mentiroso: desconfie

d) Sou surdo: grite

e) Sou criativo: ouça-me

f) Sou pouco inteligente: ignore-me

g) Sou muito poderoso: bajule-me

PROCESSO:

Os participantes são divididos em grupos de cinco ou seis elementos.

Cada participante receberá seu rótulo já colado na testa (de modo

que ele não leia antes e nem durante a dinâmica).

Motivar todos a discutir soluções possíveis para algum problema

determinado, contando que, durante a discussão levem em

consideração o rótulo que cada um está usando.

Discutir o tema proposto, considerando o outro a partir do rótulo.

Concluir a experiência avaliando e partilhando os sentimentos vividos

e o que isso tem a ver com nossa vida, como rotulamos as pessoas e

como melhorar nossa comunicação.

VIRAR PELO AVESSO

OBJETIVOS:

Despertar o grupo para a importância da organização, pois eficiência

não é questão de força, e não há problema sem solução.

MATERIAL:

Não é necessário.

33

PROCESSO:

Forma-se um círculo. Todos de mãos dadas.

O animador propõe para o grupo um desafio: o grupo deverá ficar

voltado para fora e de costas para o centro do círculo sem soltar as

mãos. Este detalhe é importante: ninguém pode soltar a s mãos em

hora nenhuma. Se alguém já conhece a dinâmica, deve ficar de fora

observando ou então não tomar iniciativa no grupo.

O grupo deverá buscar alternativas até atingir o objetivo.

Nota: O grupo todo deve passar por baixo dos braços, entre duas

pessoas. Como? Alguém toma a iniciativa e vai entrando no círculo

até passar debaixo dos braços da pessoa que está do outro lado do

círculo. E leva consigo as outras pessoas sem soltar as mãos. Quando

todo mundo passar, basta os dois últimos virarem também, que

todos ficarão de costas formando um novo círculo ainda de mãos

dadas.

Se for o caso pedir para desvirar o círculo sem soltar as mãos. Só

dará certo se repetir o mesmo processo. Serve para verificar se o

grupo assimilou o aprendizado.

Analisar a dinâmica. As questões abaixo poderão ajudar:

a) O que viram?

b) Como se sentiram?

c) Foi fácil encontrar a saída?

d) Alguém desanimou?

e) O que isso tem a ver com o nosso dia-a-dia?

f) Nossa sociedade precisa ser transformada?

g) O que podemos fazer? Como?

34

DINÂMICA DO NÓ

OBJETIVOS:

Ajudar o grupo a compreender o processo vivido na solução de um

determinado problema. Criar novas expectativas com relação a algum

problema de difícil solução.

MATERIAL:

Toca-fitas e música a vontade.

PROCESSO:

Os participantes formam um círculo e se dão as mãos. É importante

lembrar que, sempre que for pedido para dar novamente as mãos,

deverão repetir exatamente com estão: a mão esquerda para quem

segura a mão esquerda e a direita para quem segura a direita.

Após esta observação, o grupo deverá, ao som de uma música,

caminhar um pouco, livremente.

A um sinal do animador, o grupo forma um único bloco no centro do

círculo e, sem sair do lugar, cada participante deverá dar novamente

a mão direita para quem segurava a mão direita e a mão esquerda

para quem segurava a mão esquerda (como no início). Com certeza,

ficará um pouco difícil à distância entre aqueles que estavam

próximos no início, mas o animador tenta motivar para que ninguém

mude de lugar ou troque o companheiro com o qual estava de mãos

dadas.

Assim que todos já estiverem ligados aos mesmos companheiros, o

animador pede que voltem à posição natural, porém sem soltarem as

mãos em silêncio. ( O grupo deverá desamarrar o nó feito e voltar ao

círculo inicial, movimentando-se silenciosamente).

Após algum tempo, se não conseguirem voltar à posição inicial, o

animador “libera a comunicação” entre as pessoas e deixa mais

alguns minutos. Caso ainda seja muito difícil, o animador poderá

35

subir numa cadeira e “assessorar o desamarramento” dando

sugestões e mostrando os possíveis caminhos.

Enfim, partilha-se a experiência vivenciada. Destacar as dificuldades,

os sentimentos experimentados no início, no momento do nó e ao

final, após desatá-lo.

Nota: Sempre é possível desatar o nó completamente. Porém, se o

grupo for muito numeroso, pode se mais difícil. Portanto, sugerimos:

se o grupo ultrapassar trinta participantes, poderão ser feitos dois

círculos.

O SALTO

OBJETIVOS:

Reforçar a memorização dos nomes dos membros do grupo.

Energizar e alongar, fisicamente, descontrair e desinibir .

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

Forma-se um grande círculo, todos em pé.

Cada participante deve dar um impulso, correndo até o centro do

círculo, saltar, dando um soco no ar e gritar o seu nome.

Pode-se fazer repetidas vezes, em tons e formas diferentes, cada

participante.

No final, após todos terem se apresentado, saltam, juntos, gritando

(cada um), o seu nome, ao mesmo tempo.

36

CARTAZ

OBJETIVOS:

Favorecer a desibinição, aprofundar o conhecimento entre os

membros do grupo e estimular a criatividade.

MATERIAL:

Papel e lápis (podem ser lápis coloridos).

PROCESSO:

Distribuir papel e lápis para cada participante do grupo, que estará

posicionado em círculo.

Orientar que cada pessoa deverá fazer um desenho – qualquer

desenho – que represente algo de si. Não importa que não se saiba

desenhar; deve ser bastante espontâneo.

Marcar um tempo de dez minutos para cada um confeccionar o seu

cartaz

Uma vez concluídos os cartazes, casa pessoa deve sair do seu lugar,

mostrar o cartaz, de forma visível, aos demais membros do grupo e

proceder a sua apresentação, nome e explicação do desenho.

MINHA OUTRA METADE ESTÁ EM VOCÊ

OBJETIVOS:

Promover a aproximação das pessoas do grupo, incentivar o diálogo e

novas amizades.

MATERIAL:

37

Cartelas de cores variadas, tamanho aproximadamente de 10 x 15

cm, em número suficiente, de modo a não faltar prá ninguém.

Escrever em cada cartela, uma frase significativa (pode ser parte de

uma música, versículo bíblico, um pensamento, uma palavra apenas,

etc.)

Exemplos:

“Eu sem você, só sou desamor.”

“Você é especial para mim.”

“Nada se compara à nossa amizade.”

“Amigo é coisa prá se guardar...”

Cortar as cartelas ao meio, de modo que a frase fique dividida.

PROCESSO:

Inicia-se com a distribuição das duas metades das cartelas, tendo o

cuidado para que todos recebam.

Estabelecer um tempo para as pessoas procurarem suas metades.

À proporção que cada dupla se encontrar, procurará um lugar para

conversar: o ponto de partida é a frase escrita na cartela.

Após dez minutos, mais ou menos, o facilitador solicita que algumas

duplas falem sobre a experiência ( o que sentiram como foi o

encontro, etc.).

Dinâmicas Variadas 2

MINHA CARACTERÍSTICA MAIOR

OBJETIVOS:

Favorecer a comunicação verbal, criar um clima de empatia e

estimular o processo de conhecimento do outro.

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MATERIAL:

Papel e lápis.

PROCESSO:

O facilitador explica que “todos nós temos características são mais

marcantes e visíveis aos outros”.

Distribuir papel e lápis, onde cada pessoa, escreverá uma frase que

resume aquilo que ela é e o que faz de melhor.

Exemplo:

(José) “ Sou um batalhador incansável pela justiça.”

(Roberta) “ Sou sensível à miséria e não me canso de ajudar os

pobres.”

Fixar os papéis no peito, e todos, ao som de uma música (suave)

passeiam pela sala, lendo as frases dos demais.

Solicitar que formem pares ou tríades com as pessoas cujas frases

lhes chamaram a atenção.

Retornar após (mais ou menos) quinze minutos para o grupo maior,

onde os membros de cada dupla (ou tríade) apresentam um ao outro,

salientando os aspectos positivos do encontro.

ROMPENDO O CERCO

OBJETIVOS:

Constatar as dificuldades existentes quando queremos ultrapassar

alguma dificuldade, enquanto as pessoas ao nosso redor dificultam

ainda mais ou não ajudam.

Observar a perseverança e resistência dos participantes, diante de

uma situação de pressão.

39

Trabalhar um relacionamento.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO: Formar um círculo, de modo que os membros fiquem

com os braços entrelaçados e firmes.

Pedir um voluntário, sem dar explicações.

Explicar que a dinâmica tem duas orientações básicas:

- O voluntário deverá tentar, por todos os meios, sair do

círculo;

- Cabe aos demais, que estão firmemente no círculo, impedir

que o voluntário saia.

Pedir que o de dentro troque com outra pessoa, repetindo o

procedimento mais algumas vezes.

Ao final, seguem-se alguns comentários para reflexão do grupo:

1. O que você sentiu ao ser voluntário, tentando sair do círculo e

enfrentando tamanha dificuldade?

2. Qual o sentimento do grupo? Houve vontade de ceder? Surgiu

sensação de sadismo? Compaixão?

3. O que significa romper o cerco?

4. O que isso tem a ver com a realidade do nosso dia-a-dia?

5. Quais as palavras “mágicas” do relacionamento humano?

Licença

Desculpe

40

Por favor

Obrigado

Amo você

Volte sempre

Disponha

POSSO ENTRAR?

OBJETIVOS:

Promover o entrosamento dos membros do grupo que estiverem mais

“deslocados” e levar os participantes a refletirem sobre as razões que

levam um grupo a ser “fechado”, de difícil acesso.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

Uma vez percebido quem está deslocado no grupo, o facilitador

orienta a formação de um círculo ( ou mais de um, se for o caso),

onde os participantes ficam com os braços entrelaçados fortemente.

As pessoas que irão formar o círculo deverão ser convidadas uma a

uma, justamente para deixar de fora aquelas que irão tentar entrar

no círculo.

Após a formação do círculo, cada pessoa que estiver fora vai tentar

entrar.

A função dos que estiverem formando o círculo é não permitir, sob

hipótese nenhuma, a entrada do “intruso” no círculo.

Tendo conseguido ou não, o facilitador deve substituir a pessoa que

tentou entrar no círculo (se for mais de uma que ficou sentada), até

que todas tenham participado.

41

Ao final, todos sentam no chão e é aberto espaço para o

questionamento:

Quais os sentimentos experimentados durante o exercício?

Qual a sensação de não ser escolhido para participar do círculo?

O que você sentiu ao não conseguir entrar no grupo?

O que você sentiu ao conseguir?

Durante o questionamento, o facilitador deve (se não tiver

acontecido) promover o entrosamento, de forma calorosa, dessa(s)

pessoa(s) ao grupo.

O PRESENTE DA ALEGRIA

OBJETIVOS:

Exercitar a verbalização das qualidades do outro, num clima de

confiança pessoal e mostrar que um presente não tem que ser,

necessariamente, algo material.

MATERIAL:

Papel e lápis.

PROCESSO:

Estando o grupo sentado em círculo, inicia-se uma exposição sobre a

importância de dar e receber presentes:Queremos, com esta

dinâmica, mostrar que um presente pode ser uma palavra , um

gesto, um carinho, um incentivo, um beijo, enfim. Coisas do nosso

comportamento para com os outros e que têm um valor incalculável.

De modo que vamos dizer para a pessoa que está aqui conosco quais

as qualidades. Quais os aspectos do seu comportamento, da sua

maneira de ser que nós admiramos.

Portanto, agora, cada pessoa escreverá na sua papeleta, de uma a

três qualidades – algo que você percebe do seu nível de

42

relacionamento ou que percebeu aqui no grupo – para a pessoa da

sua direita.

Orientar, também, que a papeleta não deverá ter destinatário nem

remetente, ou seja, nem escrever o seu nome, nem o nome da

pessoa para a qual você está escrevendo.

É importante escrever uma mensagem que se enquadre bem na

pessoa, ao invés de um comentário generalizado.

O facilitador deverá recolher as papeletas, dobradas.

Redistribuir as papeletas, de modo que nenhuma pessoa pegue a sua

própria (todos deverão ficar, nessa etapa, com as papeletas

trocadas).

Desse momento em diante, cada pessoa deverá ler o que está escrito

na papeleta da sua mão, oferecendo como presente, a qualquer

pessoa do grupo.

Deve sair do lugar e dar um abraço nessa pessoa.

Todas as pessoas do grupo oferecerão os seus “presentes” às demais.

Uma pessoa poderá ter vários “presentes”.

Alguém poderá não receber nada.

Ao final, quando todos tiverem verbalizados o que escreveram,

poderão ser feitos alguns comentários adicionais, sobre quais os

sentimentos de cada um, em relação ao que aconteceu.

ABRIGO SUBTERRÂNEO

OBJETIVOS:

Questionar sobre conceitos e valores morais, trabalhar a questão do

preconceito no grupo e exercitar uma atividade de consenso.

MATERIAL:

43

Caneta ou lápis e uma cópia do “abrigo subterrâneo” para cada

participante.

PROCESSO:

Dividir o grupo em subgrupos de cinco pessoas.

Distribuir uma cópia do “abrigo subterrâneo” para cada participante.

Orientar que cada pessoa deverá proceder a sua decisão individual,

escolhendo até seis pessoas (da lista do abrigo) de sua preferência.

Em seguida, cada subgrupo deverá tentar estabelecer o seu

consenso, escolhendo, também, as suas seis pessoas.

Ao final, o facilitador sugere retornar ao grupão, para que cada

subgrupo possa relatar os seus resultados.

Proceder os seguintes questionamentos:

Quais as pessoas escolhidas de cada subgrupo?

Qual o critério de escolha/eliminação?

Qual(is) o(s) sentimentos que vocês vivenciaram durante o exercício?

Solução: Uma escolha livre de preconceitos seria promover um

sorteio.

ABRIGO SUBTERRÂNEO

Você está correndo um sério perigo de vida. Sua cidade está sendo

ameaçada de um bombardeio. Você recebe a ordem de que deverá

acomodar em um abrigo subterrâneo apenas seis pessoas ,

entretanto há doze precisando entrar no abrigo. Abaixo, estão quais

as pessoas e suas características. Faça a sua escolha. Apenas seis

poderão entrar no abrigo:

44

( ) Um violinista, 40 anos, viciado

( ) Um advogado, 25 anos.

( ) A mulher do advogado, 24 anos, que acaba de sair do manicômio.

Ambos preferem ou ficar juntos no abrigo, ou fora dele.

( ) Um sacerdote, 75 anos.

( ) Uma prostituta, com 37 anos.

( ) Um ateu, 20 anos, autor de vários assassinatos.

( ) Uma universitária, 19 anos, que fez voto de castidade.

( ) Um físico, 28 anos, que só aceita entrar no abrigo se

puder levar consigo sua arma.

( ) Um declamador fanático, 21 anos , baixo QI.

( ) Um homossexual, 47 anos, geólogo.

( ) Um débil mental, 32 anos, que sofre de ataques epiléticos.

( ) Uma menina, 12 anos, baixo QI.

CÍRCULO E BEIJO

OBJETIVOS:

Promover a aproximação entre os participantes, quebrar

preconceitos, estimular o toque e o afeto e exercitar a motricidade.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

Formar um círculo de mãos dadas.

45

Cada pessoa dirige-se, sem soltar as mãos, a uma outra pessoa do

grupo, no sentido oposto e beija- a no rosto (ou não).

As pessoas com as quais ela está de mãos dadas resistem em

acompanhá-la, puxando-a para trás, porém vão cedendo aos poucos

(sensação de resistência e, ao mesmo tempo, alongamento

muscular).

A pessoa escolhida dá continuidade à dinâmica, obedecendo ao

mesmo procedimento, até que todos tenham repetido o exercício.

Ao final, sempre é bom o facilitador sugerir uma boa sessão de

abraços.

ESPELHO

OBJETIVOS:

Exercitar a percepção do outro, através do olhar, estabelecer empatia

e quebrar a resistência de proximidade.

MATERIAL:

Aparelho de som e cd ou fita de música instrumental.

PROCESSO:

Formar duplas, cujos membros devem se colocar frente a frente, e

cada um unirá a palma da sua mão à palma da mão do outro.

Colocar uma música suave, instrumental.

Orientar os participantes, dizendo-lhes que eles estão diante de um

espelho e que irão passar suas mãos ao longo de todo espelho.

Fazer movimentos circulares bem alongados e abrangentes.

Ficar olhando nos olhos do outro.

46

Após alguns segundo, o facilitador sugere que cada dupla se despeça

com um abraço.

Procure outra pessoa e formar nova dupla, repetindo o exercício.

Variação de procedimentos:

Depois do período de várias trocas, o facilitador pode sugerir juntar

duas duplas e estas farão o exercício a quatro; depois, um grupo de

quatro se junta a outro grupo de quatro; os oito se juntarão a outro

grupo de oito; até que , ao final, forme-se um círculo único, criando

uma sincronia nos movimentos. Na finalização, o facilitador sugere

que todos aplaudam, utilizando a mão do outro.

RELÂMPAGO

OBJETIVOS:

Desfazer as “panelinhas” , formar novas parcerias e amizades e

descontrair e “acordar” o grupo.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

O facilitador solicita que peguem suas ‘bagagens” ( bolsas, material,

pastas, etc.).

“Observe e grave quem é a pessoa que está à sua direita e à sua

esquerda.

Vou contar, até cinco e todos deverão trocar de lugar, de modo que

ninguém fique perto de quem estava antes.

Quem se sentar por último paga uma prenda.”

Quando estiverem novamente acomodados:

“ Cumprimente e dê boas vindas ao seu novo vizinho.” Dinâmicas Variadas 3

47

COSTA COM COSTA

OBJETIVOS:

Desencadear no grupo o processo de descontração.

Facilitar o entrosamento e alongar o corpo, despertando-o e criando

maior disposição para os trabalhos grupais.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

Formar duplas que devem ficar posicionadas costa com costa, bem

juntinha.

Pegar as mãos um do uotro, por cima, de modo a ficarem bem

esticados os braços.

Segurando as mãos, dobrar bem devagar para a frente, ficando com

o corpo do parceiro sobre as costas.

“ Ter cuidado com os limites e a idade do outro.”

Dobrar para a direita e para a esquerda, também.

Efetuar cada movimento mais de uma vez( pelo menos três).

Soltar as mãos, sem descolar os corpos.

Começar a virar, lentamente, sem descolar, de forma que os dois de

cada dupla fiquem frente a frente, bem juntinhos.

Juntar as mãos, palma com palma.

Ir abrindo os braços, com as mãos coladas, bem devagar, forçando

para frente (forças opostas), ficando em forma de cruz (braços

abertos).

48

Deslizar as mãos e fechar os braços em torno do corpo do

companheiro, abraçando-o.

Todo esse ritual... só para um abraço. Que bom! “aproveite e abrace

tantas pessoas quantas você queira e possa.”

O MELHOR DE MIM

OBJETIVOS:

Proporcionar aos participantes uma auto-avaliação.

Projetar a auto-imagem, utilizando criatividade e recursos lúdicos.

Oferecer aos demais companheiros um pouco de si.

Estabelecer empatia.

MATERIAL:

Cartolinas de cores variadas e suaves, revistas usadas, cola,

tesouras, fita crepe, pincéis coloridos.

PROCESSO:

Etapa um ( início do evento)

Colocar o material à disposição dos participantes e dizer-lhes que

devem construir um cartaz, utilizando esses recursos e que retrate ou

represente o melhor de cada um.

Usar a criatividade e elaborar, com frases, figuras, aquilo – em forma

de cartaz - que diga ou sintetize o melhor de vocês.

Ao ser concluído, o facilitador orienta que cada participante deve fixar

o seu cartaz na parede.

Os cartazes deverão ficar fixados até o final do evento.

Etapa dois (final do evento)

49

O dono de cada cartaz deverá retirá-lo da parede e dizer para o

grupo o que significa.

Em seguida, deve oferecer o seu “melhor de mim” a um dos

participantes do grupo, ressaltando o quanto aquela pessoa é

especial, por isso merece o seu cartaz.

Escolher uma boa música de fundo para o momento de entrega de

cartazes.

Se for possível, comentar sobre o sentimento de ter sido escolhido

e/ou de estar preparando algo para alguém.

EM BUSCA DO OLHAR

OBJETIVOS:

Trabalhar o aprofundamento da integração do grupo.

Incentivar o toque e exercitar a comunicação não-verbal.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

O facilitador solicita ao grupo que todos fiquem de pé em círculo a

uma distância razoável. Em seguida, pede-se que as pessoas se

concentrem e busquem olhar para todos no círculo.

O facilitador poderá escolher uma música sentimental, leve, que

favoreça o encontro não-verbal, até sintonizar numa pessoas cujo

olhar lhe foi significativo.

Ao encontro desses olhares, as pessoas se deslocam lentamente

umas para as outras, indo se encontrar no centro do grupo. Abraçam-

se , tocam-se e cada uma irá se colocar no lugar da outra.

50

O exercício prossegue, até que todos tenham se deslocado em busca

de alguém, podendo, ainda cada pessoa fazer seus encontros com

quantas pessoas sinta vontade.

Normalmente, essa experiência é de uma riqueza extraordinária.

Barreiras são quebradas, pedidos de perdão são feitos, tudo isso sem

que se diga uma palavra. Cabe ao facilitador Ter sensibilidade para a

condução de troca de experiências não verbais. Essa dinâmica

também p e excelente para encerramentos de atividades grupais em

que pessoas passaram algum tempo juntas.

PAPEL AMASSADO

OBJETIVOS:

Levar os participantes a refletir sobre o seu aprendizado e avaliar a

experiência vivenciada – o quanto foi válida e o quanto agregou de

novo ao nível dos seus conhecimentos anteriores.

MATERIAL:

Uma folha de papel em branco, som com CD ou tape-deck e a

gravação da música “Como uma onda” ( Lulu Santos ou Leila

Pinheiro).

PROCESSO:

Informar que todos se preparem, pois “iremos realizar a prova final,

de mensuração do nível de aprendizado do grupo”.

Distribuir uma folha de papel em branco para cada participante.

Pedir-lhes que deixem todo o material sobre as cadeiras, inclusive as

canetas ou lápis, e “venham para formarmos um grande círculo”.

Orientar para que amassem, o máximo que puderem, a folha de

papel.

Iniciar a música e , em seguida, solicitar que “voltem as suas folhas

ao que eram antes, ou seja, desamassem-nas”.

Deixar a música tocar um bom pedaço.

51

Diz o facilitador: “ Ninguém, jamais, consegue tomar um banho

num mesmo rio duas vezes... isso significa que, por mais

simples, elementar ou superficial que uma experiência possa

nos parecer, sempre é possível aprender-se algo novo com

ela. Espero que vocês tenham aprendido algo diferente aqui e

que a folha de papel das suas vidas nunca mais sejam as

mesmas de quando vocês entraram aqui, no início desse

evento. Que saiam modificados por algum aprendizado.”

Criar oportunidade para abraços e despedidas.

TERRA, CÉU E MAR

OBJETIVOS:

Aquecer e exercitar o senso de direção, percepção de espaço e,

naturalmente, descontrair.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

O facilitador convida o grupo a formar uma fila única, uma atrás da

outra, alinhadas da menor para a maior.

A fila deverá formar-se a partir de uma distância de, mais ou menos,

um metro de onde está o facilitador.

Começa a orientação: “a fila onde vocês estão é denominada TERRA,

à sua direita é o CÉU e à sua esquerda é o MAR”.

Quando eu disser: TERRA! Todos irão para a terra... CÉU! Todos irão

para o céu... MAR! Todos irão para o mar. Aqueles que “titubearem”

ou deixarem de ir, vão sendo excluídos”.

Aos vencedores (ou aos três finalistas) oferecer um prêmio.

52

ESTOURANDO BALÕES

OBJETIVOS: Este é um exercício de competição, onde vencerá

aquele que conseguir manter-se, até o final, com os balões cheios,

presos à cintura (ou pelo menos um).

MATERIAL:

Balões coloridos, barbante.

PROCESSO:

Distribuir dois balões (bexigas) para cada participante.

Distribuir, também, um pedaço de barbante suficientemente grande

para amarrá-lo à cintura, junto com os balões.

Encher os dois balões e prendê-los ao barbante, um de cada lado da

cintura.

Cada pessoa deve tentar estourar os balões da outra, protegendo ao

mesmo tempo, os seus balões.

Deve-se utilizar, apenas, as mãos – evitar, portanto, objetos que

possam provocar acidentes (palitos, unhas, alfinetes, etc.).

BALÕES NO AR

OBJETIVOS:

Excelente momento para integração do grupo, processo de

reencontro , congraçamento, celebração. É ideal para grandes

auditórios.

MATERIAL:

Balões coloridos.

53

PROCESSO:

Distribuir um balão para cada pessoa (se possível prender cada balão

com um pedaço de durex sobre cada cadeira).

Orientar para que todos encham os seus balões.

O exercício consiste:

Opção 1: Jogar os balões para cima, não os deixando cair, apenas

utilizando a cabeça.

Efetuar a troca de balões com outras pessoas, tantas quantas forem

possível.

Opção 2: Jogar os balões para cima, não os deixando cair, utilizando

uma das mãos.

Efetuar a troca de balões com outras pessoas, tantas quantas forem

possível.

Ao final, realizar um momento de celebração, estourando os balões

ao mesmo tempo.

O FEITIÇO CAIU EM MIM

OBJETIVOS:

Exercício de integração do grupo, Podendo no entanto, ser utilizada

em grupos já conhecidos, objetivando o lazer e a descontração.

MATERIAL:

Tiras de papel e lápis para cada participante.

PROCESSO:

Orientar para que todos fiquem sentados em círculo.

54

Distribuir papeletas e lápis para cada participante.

“Cada pessoa escreverá na sua papeleta alguma coisa que gostaria

que o vizinho da direita fizesse. Pode ser qualquer coisa : imitar

alguém, cantar uma música, imitar um animal, etc.”

“Você deve escrever o seu nome”

Recolher todas as papeletas, dar o mote: “Aquilo que você não quer

para si, não deve desejar para os outros... portanto, o que você

escreveu na sua papeleta, quem vai executar é você”!

Iniciar por voluntários, até que todos tenham concluído.

RETIRANDO AS CADEIRAS

OBJETIVOS:

Exercitar a agilidade, percepção e, quem sabe, até o preconceito

(sentar um no colo do outro?!... isso não vai dar certo!).

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

Formar um círculo com cadeiras, todas voltadas para fora.

A quantidade de cadeiras deve ser o equivalente ao número de

participantes menos uma.

Sugerir que todas as pessoas fiquem circulando ao redor das

cadeiras, ao som de uma música bem ritmada.

Quando a música parar, todos procuram sentar; sobrará alguém, que

deverá assentar-se, de alguma forma – ninguém pode ficar em pé

fora do círculo.

Volta a música, o grupo reinicia a caminhada circular e o facilitador

tira mais uma cadeira... pára a música e todos procuram sentar de

novo.

55

A cada etapa repete-se o procedimento, até que só exista uma

cadeira.

Afinal, este é o desafio: um objetivo único para todos. Criatividade,

companheirismo e determinação são ingredientes imprescindíveis

para aplicação desta técnica.

O PRESENTE/ EU GOSTO DO FULANO PORQUE....

OBJETIVOS:

Excelente para ser aplicada após intervalos longos (depois do almoço

ou após uma seqüência de atividades que venham a provocar

cansaço mental).

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

Formar um círculo, bem amplo, o mais espaçado possível, com

cadeiras.

Sugerir que todos guardem o seu material, tudo o que estiver sobre

as cadeiras ou no colo, não esquecer de colocar os nomes nas suas

pastas ou apostilas, porque “ isso aqui vai virar uma grande

confusão.

Solicitar um voluntário e orientar que ele fique no centro do grupo,

em pé.

Retirar do círculo a cadeira que ele (o voluntário) estava sentado.

Proceder o início do exercício dizendo que “sempre ficará alguém

sobrando, uma vez que foi retirada uma cadeira”.

“Quem ficar no centro, deverá dizer – sem demora, agilmente – bem

alto, o seguinte:

56

“Eu trouxe um presente para pessoa que....” ou “Eu gosto de

(Nome da pessoa) porque está usando...”

Exemplos de opções:

...estiver de jeans.

...usa óculos.

...tem duas orelhas.

...usa brincos.

Usar de toda criatividade possível.

Todas as pessoas que se enquadrarem no que for dito, devem trocar

de lugar, rapidamente, inclusive a que estiver no centro ; sempre

sobrará alguém, que deverá continuar a brincadeira.

As pessoas que sobrem no centro, a partir de duas vezes, pagarão

uma prenda especial (imitar um animal, dançar uma música), ao final

ao critério do grupo.

CAIXINHA DE SURPRESAS

OBJETIVOS:

Despertar e exercitar a criatividade do grupo.

MATERIAL:

Caixinha com tiras de papel onde se deve escrever previamente

algumas tarefas engraçadas, som com cd ou gravador.

PROCESSO:

Formar um círculo. A caixinha deverá circular de mão em mão, até

que o som da música pára simultaneamente.

Aquele que estiver com a caixinha no momento em que a música

parar, deverá tirar de dentro da caixinha uma papeleta coma tarefa e

executá-la.

57

Continuar a brincadeira até enquanto estiver interessante.

LARANJA NO PÉ

OBJETIVOS:

Agradável, aguça o nível de atenção nas pessoas e estimula o

espírito de solidariedade.

MATERIAL:

2 laranjas.

PROCESSO:

Assentar os participantes, em duas filas de cadeiras.

Uma laranja é colocada sobre os pés (que estão unidos) da primeira

pessoa de cada fila, que procurará passar a laranja sem a deixar cair,

para os pés da segunda pessoa e assim por diante.

Se a laranja cair, a brincadeira prosseguirá, do ponto em que caiu,

utilizando o tempo que for preciso.

Será vencedor o grupo que terminar primeiro.

Dinâmicas Variadas 4

VOCÊ ME AMA ?

OBJETIVOS:

Outra técnica boa para ser aplicada após intervalos longos,

utilizando-se do mesmo princípio da técnica O presente.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

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Formar um círculo, bem amplo, o mais espaçado possível, com

cadeiras.

Solicitar um voluntário e orientar que ele fique no centro do grupo,

em pé.

Retirar do círculo a cadeira que ele (o voluntário) estava sentado.

“Quem ficar no centro, deverá dizer – sem demora, agilmente – bem

alto, o seguinte:

Você me ama? A pessoa interrogada responderá: Sim, amo. O

voluntário perguntará: Por quê ? O outro responderá alegando

alguma coisa que o voluntário usa. Ex: Porque você usa tênis.

No momento em que disser que ele sua tal coisa, todos do círculo que

estiverem usando também, deverão mudar de lugar, inclusive o

voluntário.

O participante que ficar sem cadeira reinicia a brincadeira, dirigindo-

se a outra pessoa: “Você me ama?” “Sim, amo você.” “Por quê?”

“Porque você usa óculos”.... e assim por diante

VOU PRÁ ILHA

OBJETIVOS:

Exercitar a percepção do grupo.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

Iniciar com o seguinte mote – “Eu vou prá ilha e vou levar comigo

uma bicicleta... o que é que você leva?”

Cada participante terá que descobrir que só entra na ilha quem levar

algo ou alguém que comece com a letra “b”. O facilitador pode

repetir a mesma regra, ou seja, utilizando palavras que comecem

com “c” ou “f”. Aqueles que forem acertando, não devem revelar

para o vizinho. É importante que cada um “saque” e perceba.

Variações:

59

“Eu vou prá ilha e vou levar um óculos... o que é que você leva?” A

regra agora é algo que o vizinho da direita esteja usando (se estiver

sendo usada a ordem da esquerda para a direita).

“Eu vou prá ilha e vou levar um caqui ... o que é que você leva?” A

regra agora é qualquer palavra que comece com a primeira letra do

nome da pessoa (C de Celso, M de Milton).

Ao final, faz-se a revelação e conversa-se sobre o exercício, tirando-

se as conclusões que forem convenientes para o momento. As

pessoas que não conseguiram acertar não significa, necessariamente,

que não têm percepção ou que têm menos que as demais.

Basta botar a mente para criar e poderão surgir as melhores idéias:

palavras com a mesma inicial, algum objeto que esteja na sala, etc.

CRUZADA OU DESCRUZADA

OBJETIVOS:

Outra técnica para exercitar a percepção do grupo.

MATERIAL:

Uma tesoura.

PROCESSO:

Formar um círculo, com o grupo assentado em cadeiras.

O facilitador mostra uma tesoura e diz que irá passá-la para o

vizinho, que passará para o outro vizinho e, assim, até chegar ao

último.

Ao passar a tesoura, cada pessoa deve verbalizar a

palavra “CRUZADA” ou “DESCRUZADA”.

A tesoura pode estar aberta (descruzada) ou fechada (cruzada).

O segredo, na verdade, está na posição das pernas do vizinho:

60

Quando for dito cruzada, mesmo que a tesoura esteja fechada, se as

pernas do vizinho, para quem estiver sendo passada a tesoura,

estiverem descruzadas, será dita a palavra “descruzada” e , assim

por diante.

O REPOLHO

OBJETIVOS:

Esta é uma forma bem criativa para mensurar o nível de

conhecimento das pessoas, em relação a determinado assunto ou

tema.

MATERIAL:

Elaborar previamente, questionamentos (perguntas, afirmativas, para

as pessoas concordarem ou discordarem, etc.) em folhas de papel –

um em cada folha. Enrolar cada folha, uma pós outra, de modo que

todas fiquem como que envolvendo uma a outra, formando uma bola,

assemelhada a um “repolho”.

PROCESSO:

Formar um círculo, e começar a passar o “repolho”.

Colocar uma música bem ritmada e ficar de costas para o grupo.

Parando a música, quem estiver com o “repolho” na mão deverá

retirar a primeira folha, ler o que está escrito e responder.

Senão souber a resposta, passa para o próximo.

E, assim. Sucessivamente, até que a última folha seja respondida.

Variação desta dinâmica:

Pode-se dividir em dois grupos e ao invés de passar para o vizinho,

passa-se para o grupo oponente.

61

FORMANDO GRUPOS

OBJETIVOS:

Esta é uma forma aquecida para preparar e, até mesmo, estimular os

participantes – principalmente os mais sonolentos – para o estudo de

algum tema ou tópicos de alguma apostila. Pode-se utilizar esta

dinâmica para formação de subgrupos de projetos, de modo que

sejam evitadas as ”panelinhas”.

MATERIAL:

Não é necessário.

PROCESSO:

(opção 1)

Formar um círculo, numerar os participantes, supondo que se queira

formar cinco grupos: 1,2,3,4,5...1,2,3,4,5....1,2,3,4,5....

Ao final, com todas as pessoas tendo recebido um número, orientar

que sejam formados os grupos: “ Todas as pessoas que tem o

número um, ficam neste canto.... as que têm o número dois, ficam

naquele canto... etc.

(opção 2)

O facilitador coloca no chão (ou numa mesa ou cadeira) cartelas com

cores variadas, de modo que seja na quantidade de participantes do

grupo.

As cartelas devem ser em quantidades iguais ( ou quase iguais,

considerando quando o grupo for ímpar).

Todas as cartelas deverão estar viradas para baixo, não permitindo

que os participantes vejam as cores.

Sugerir que cada pessoa pegue uma cartela e fique com ela.

62

As pessoas que estiverem com as cartelas vermelhas formarão um

grupo, as que estiverem com as cartelas amarelas outro, e assim por

diante.

Orientar que cada grupo nomeie um relator para a apresentação do

resultado do grupo (se for o caso).

MURAL

OBJETIVOS:

Esta é uma dinâmica baseada nos fundamentos da Andragogia

(educação de adultos). É uma forma bem dinâmica e eficaz para

assimilação de determinados conteúdos e conceitos.

MATERIAL:

Texto para leitura, cola, tesoura, cartolinas, lápis coloridos, revistas,

pincéis atômicos, etc.

PROCESSO:

Inicialmente, distribuir o texto ou material de leitura, onde será

embasada a elaboração do mural.

Separar a turma em pequenos grupos, de até seis participantes.

Orientar para que cada pessoa faça uma leitura bem geral,

destacando os aspectos mais significativos do texto (ou material

recebido).

Em seguida, fazer os destaques junto com o grupo, de modo a

estabelecer um consenso.

Utilizando o material recebido e toda a criatividade possível, elaborar

um “Cartaz Andragógico”, representando a idéia central estabelecida

pelo grupo.

63

Podem ser acrescentados títulos, frases de legenda, desenhos à mão

livre, etc.

Cada grupo, ao final, elegerá um relator e fará sua apresentação.

BRAINSTORMING

OBJETIVOS:

Esta é uma forma andragógico-construtivista (educação de adultos),

onde o facilitador procura explorar o máximo a experiência

acumulada e o interesse dos participantes. Tem por objetivos

estimular o interesse pela novidade, pela aventura de criar algo, criar

clima esportivo, agradável e provocante, de expectativa. Criar

diretrizes e normas e aglutinar as melhores idéias.

MATERIAL:

Flip-chart e pincéis coloridos, lápis e papel.

PROCESSO:

Definir o tema-assunto.

Escolher alguém ou solicitar um voluntário (ou o próprio facilitador)

para fazer as anotações no flip-chart.

Instigar os participantes a falarem sobre o assunto ou

questionamento proposto.

Efetuar, em voz alta, com o grupo, a leitura do que foi gerado.

Normas do exercício:

Ninguém julga ninguém. Ninguém critica ninguém.

Elimine a autocrítica: todos podem errar.

Vale mais errar do que omitir-se e calar.

Quanto mais idéias melhor.

Seja breve.

64

Variação da dinâmica:

Ao invés da atividade falada, proposto o problema, cada um escreve

numa folha durante dois ou três minutos, todas a soluções que lhe

ocorre. Depois as folhas começam a circular. Cada um lê as soluções

de cada folha, e acrescenta outras.

Dinâmicas Variadas 5

O AVESTRUZ

OBJETIVOS:

Ilustrar formas de comunicação – estilo autoritário ou participativo. É

realizada em duas etapas.

MATERIAL:

Papel em branco e caneta.

PROCESSO:

O exercício é desenvolvido em duas etapas, na primeira, o facilitador

demonstra muito autoritarismo. Na segunda etapa, já demonstra

flexibilidade, fluidez na comunicação e bom relacionamento com as

pessoas.

Primeira etapa:

Iniciar de forma autoritária: “Estou trazendo uma recomendação da

Diretoria, para ser realizado um projeto dentro das diretrizes que

passarei a colocar para todos, a partir de agora... todas as

orientações estão muito claras, foram feitas com a mais criteriosa

segurança, portanto não aceito questionamentos, nem perguntas...

tudo está muito claro!”

“Vamos portanto, às orientações do projeto:

1. No centro da sua folha de papel, desenhe um elipse, com,

aproximadamente 5 cm de diâmetro.

2. Na parte interna, superior, à direita, desenhe o sinal

matemático “maior que”, tendo, aproximadamente, 0,5 cm (meio

centímetro) de raio.

65

3. Tocando a linha externa, direita, do elipse, iniciar duas retas

paralelas, ascendentes, levemente inclinadas para a direita, com uma

distância entre si de 0,7 cm (zero, vírgula sete centímetros) e 2,5 cm

de comprimento.

4. Ligada (ou tocando) a parte superior das duas retas, desenhe

um círculo com –mais ou menos – 1 cm de diâmetro.

5. Dentro do círculo, desenhe um outro círculo, bem menor com –

mais ou menos – 3mm de diâmetro.

6. Inicie na parte inferior externa, um pouco à direita, do círculo

maior duas retas de 0,5 cm (meio centímetro), cada que se juntarão

formando um vértice.

7. Tendo como vértice a parte externa, esquerda, do elipse, inicie

três retas de 0,7 cm (zero, vírgula sete centímetros), de modo que

uma fique reta, uma inclinada para cima e a outra inclinada para

baixo.

8. Iniciando na parte inferior, externa, do elipse, tocando-o,

desenhe duas retas descendentes, paralelas entre si em 2 cm e

comprimento de 3 cm.

9. Tendo como vértices as extremidades inferiores das retas, inicie

em cada um dos vértices, três retas de 0,5 cm – a primeira é

extensão da reta maior e as outras duas, uma inclinada para a direita

e a outra inclinada para a esquerda.

Segunda etapa:

Iniciar de forma bem descontraída, dizendo que “ Vamos realizar um

projeto e preciso da ajuda de todos vocês. Portanto, vou transmitir

algumas diretrizes que recebi da Diretoria, mas que poderemos fazer

os ajustes que forem necessários para que o projeto seja um

sucesso. Daí, gostaria de ter a participação e a crítica de todos vocês.

Vamos lá?”

“No centro de sua folha de papel, desenhe um elipse, com,

aproximadamente 5 cm de diâmetro”.

66

Com certeza surgirá a pergunta: “ O que é um elipse? “ “É um

círculo oval, meio inclinado”.

A partir daí, todas as etapas, de 1 a 9 serão repetidas, porém sendo

demonstradas e tiradas todas as dúvidas.

Com certeza, a construção do “projeto” será bem mais participativa e

mais fácil, surgindo assim. A figura do avestruz.

O JOGO DOS QUADRADOS

OBJETIVOS:

Levar os participantes a refletirem sobre a necessidade de

cooperação, comunicação clara, formas de tratamento, flexibilidade e

negociação.

MATERIAL:

Envelopes com os jogos do quadrado.

PROCESSO:

Formar cinco grupos.

Preparar os envelopes, previamente, de modo que o de número 5

fique normal (todas as peças juntas) e que nos outros quatro as

peças sejam embaralhadas, misturadas entre os envelopes.

Distribuir os envelopes, aleatoriamente, pedindo que “não abram,

ainda.”

“ Da atenção de vocês, dependerá quase 100% da eficácia desse

exercício.”

“Se alguém já conhece o método ou o resultado desta atividade, por

favor, não revele... deixe que as pessoas descubram.”

O facilitador pode utilizar as pessoas que, porventura, conheçam a

dinâmica, para fazerem o papel de observadores.

Proceder as instruções: “Quaisquer outros aspectos que não

estiverem enquadrados nas regras que vamos lhes passar serão

permitidos.”

Regra nº1: “Não pode falar! Qualquer outra forma de comunicação ,

que não seja verbal é permitida.”

67

Regra nº 2: “Não pode rasgar, dobrar, amassar, quebrar ou riscar

nenhuma das peças nem o envelope.”

Regra nº3: “Vocês vão construir, cada grupo, um quadrado, com o

material que está dentro do envelope de vocês.”

Se os grupos não perceberem que terão de efetuar a troca, o

facilitador pode dizer depois de algum tempo: “Nem sempre a

solução para os nossos problemas está em nossas mãos!” ... até que

todos se movimentem, em silêncio, e concluam o exercício, formando

cinco quadrados.

Os quatro grupos que estão trocados ficam intrigados porque um

grupo terminou tão rápido (justamente o grupo que não estava com

as peças trocadas).

Depois que todos tiverem terminado, voltar ao grupão original e

proceder os comentários, sentimentos e aprendizado.

O GRÁFICO DA MINHA VIDA

OBJETIVOS:

Dar a todos os participantes uma oportunidade de fazer um feedback

de sua vida. Todos poderão expressar suas vivências e sentimentos

ao grupo.

MATERIAL:

Folhas de papel em branco, lápis ou caneta.

PROCESSO:

O animador do grupo inicia explicando os objetivos do exercício. A

seguir, distribuirá uma folha em branco para cada participante. Todos

procurarão traçar uma linha que, através de ângulos e curvas,

represente fatos da própria vida. Os fatos podem limitar-se a um

determinado período da vida: por exemplo, os últimos três meses ou

o último ano.

O gráfico pode expressar vivências e sentimentos do tipo religioso,

familiar, grupal ou social.

68

A seguir, um a um irá expor ao grupo seu próprio gráfico, explicando

os pontos mais importantes.

Terminado o exercício, seguem-se os comentários e depoimentos dos

participantes.

OUTRAS FORMAS

1. Descrever cinco acontecimentos mais marcantes da própria vida,

e apresentá-los ao grupo, em ordem de sua importância.

2. Descrever com dez palavras os traços da própria personalidade

que mais marcam a vida.

3. Que epitáfio você gostaria para seu túmulo?

EFICIÊNCIA DE UM TRABALHO DE EQUIPE

OBJETIVOS:

Demonstrar rapidez num trabalho de equipe. Desenvolver agilidade

mental e capacidade de raciocínio e desenvolver a imaginação e a

criatividade.

MATERIAL:

Uma cópia da “corrida de carros”, lápis ou caneta.

PROCESSO:

Dividir os participantes em diversos grupos de cinco a sete membros

cada.

A tarefa de cada grupo consiste em resolver na maior brevidade

possível, o problema da “corrida de carros” , conforme explicação na

folha, que será entregue a cada grupo.

69

A seguir, lê-se, em voz alta, o conteúdo da folha e inicia-se o

exercício.

Todos os grupos procurarão resolver o problema, com a ajuda da

equipe.

Obedecendo às informações constantes da própria “corrida de

carros”, a solução final deverá apresentar a ordem em que os

mesmos carros estão dispostos com a respectiva cor, conforme chave

anexa.

Será vencedor da tarefa o grupo que apresentar por primeiro a

solução do problema.

Terminado o exercício, cada grupo fará uma avaliação acerca da

participação dos membros da equipe, na tarefa grupal.

O animador poderá formar o plenário com a participação de todos os

membros dos grupos, para comentários e depoimentos.

SOLUÇÃO DA CORRIDA DE CARROS

1. O Shadow, cor azul.

2. O Mclaren, cor verde.

3. O March, cor vermelha.

4. O Ferrari, cor creme.

5. O Lola, cor cinza.

6. O Lotus, cor amarela.

7. O Isso, cor preta.

8. O Tyrrell, cor marrom.

70

CORRIDA DE CARROS

Oito carros, de marcas e cores diferentes, estão alinhados, lado a

lado, para uma corrida. Estabeleça a ordem em que os carros estão

dispostos, baseando-se nas seguintes informações:

1. O Ferrari está entre os carros vermelhos e cinza.

2. O carro cinza está a esquerda do Lotus.

3. O Mclaren é o segundo carro à esquerda do Ferrari e o primeiro

à direita do carro azul.

4. O Tyrrell não tem carro à sua direita e está logo depois do carro

preto.

5. O carro preto está entre o Tyrrell e o carro amarelo.

6. O Shadow não tem carro à esquerda: está à esquerda do carro

verde.

7. À direita do carro verde está o March.

8. O Lotus é o segundo carro à direita do carro creme e o segundo

à esquerda do carro marrom.

9. O Lola é o segundo carro à esquerda do Iso.

SOLUÇÃO CRIADORA DE UM PROBLEMA

OBJETIVOS:

Observar atitudes grupais na solução de um problema e explorar

influências interpessoais na solução dos mesmos.

MATERIAL:

Papel, lápis ou caneta.

PROCESSO:

O animador esclarece que se trata da solução criadora de um

problema, para o qual deve ser procurado um consenso. Todos

deverão prestar atenção acerca do processo da discussão, pois no

final será analisado pelo grupo.

71

A seguir, o animador expõe o problema a ser solucionado pelos

grupos, durante dez minutos: “Anos atrás, um mercador londrino

teve o azar de ficar devendo uma grande soma de dinheiro a outra

pessoa, que lhe fez um empréstimo. Este se encantou pela jovem e

linda filha do mercador. Propôs-lhe então um acordo. Disse que

cancelaria a dívida do mercador, se pudesse desposar-lhe a filha.

Tanto o mercador quanto sua filha ficaram apavorados. Aí a pessoa

que havia emprestado o dinheiro propôs que se deixasse a solução do

caso à Providência. Para tal, sugeriu colocarem um seixo preto e

outro branco dentro de uma bolsa de dinheiro vazia, e a moça

deveria então retirar um dos seixos. Se retirasse o seixo preto tornar-

se-ia sua esposa e a dívida de seu pai seria perdoada. Se retirasse o

seixo branco, permaneceria como pai e mesmo assim a dívida seria

perdoada. Mas, recusando-se a retirar o seixo, o pai seria atirado na

prisão e ela morreria de fome. O mercador concordou, embora

constrangido. Eles estavam num caminho cheio de seixos, no jardim

do mercador. O credor abaixou-se para apanhar os dois seixos e ao

fazê-lo apanhou dois pretos e colocou-os na bolsa do dinheiro, que foi

visto pela moça. Pediu então à moça que retirasse o seixo que

indicaria não só a sua sorte, como também a de seu pai.” Cabe então

ao grupo encontrar a solução que a moça encontrou para poder

continuar em companhia de seu pai e Ter a dívida perdoada.

Solução: A moça do conto meteu a mão na bolsa e retirou um seixo.

Porém, antes de olhá-lo, desajeitada, deixou-o cair no caminho onde

ele logo se perdeu no meio dos outros.

Após dez minutos, o animador pede aos grupos a solução encontrada

e solicita que expliquem o processo usado para chegar a conclusão.

Enquanto todos não tiverem encontrado a solução, pode-se continuar

o trabalho, ficando os grupos, que terminarem como observadores,

sem interferir nos debates.

A seguir, forma-se o plenário para comentários acerca do

comportamento dos membros do grupo de discussão, focalizando as

atitudes de:

a) membros que pouco participaram;

b) pessoas que dificilmente aceitaram as idéias dos outros;

72

c) elementos que ficaram nervosos, inseguros durante o debate;

d) demonstração de inibição, etc.

CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER

OBJETIVOS:

Comparar os resultados de uma decisão individual com uma decisão

grupal e explorar valores que caracterizam um líder.

MATERIAL:

Uma cópia das características de um líder, para cada participante ,

lápis ou caneta.

PROCESSO:

O animador, caso o número de participantes for acima de doze,

formará grupos para facilitar o trabalho, distribuirá uma cópia das

características de um líder. Durante um tempo, todos procurarão

fazer a seleção das características, colocando-as em ordem de

prioridade.

Uma vez terminado o trabalho individual, a animador determina que

se faça uma decisão grupal. Em casa grupo se fará a indicação de um

relator, a quem cabe anotar a decisão do grupo, para posteriormente

ser relatado no plenário.

Numa discussão final, todos os relatores dos grupos apresentam em

plenário o resultado da decisão grupal.

RELAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER

Abaixo há uma lista de doze características de um líder. Seu trabalho

será de enumerar essas características, colocando nº 1, para aquela

característica que no seu entender é a mais importante, nº 2, para a

segunda característica mais importante, até o nº 12, para aquela que

no seu entender é menos importante para um líder.

73

a. Mantém a ordem durante todo o tempo da reunião.

b. É amigo e social.

c. Tem idéias novas e interessantes: é criativo.

d. Sabe escutar e procura compreender as outras pessoas.

e. Procura fazer entender a todos.

f. É firme decidido.

g. Admite abertamente seus erros.

h. Promove oportunidade para que todos membros ajudem na

solução dos problemas.

i. Sabe elogiar com freqüência e raras vezes critica

negativamente.

j. Gosta de conciliar.

k. Segue rigorosamente as regras e procedimentos.

l. Nunca manifesta rancor e insatisfação.

Dinâmicas Variadas 6

EXERCÍCIO DO EXAME PESSOAL

OBJETIVOS:

Conscientizar-se acerca das estratégias usadas nas situações de

conflito, examinar os métodos usados para resolver os conflitos e

introduzir estratégias para negociar e apresentar habilidade nas

negociações.

MATERIAL:

Lápis e papel para todos os participantes.

74

PROCESSO:

Os participantes são convidados, pelo animador, a fazer um exercício

de fantasia, com o objetivo de examinar suas estratégias na solução

de conflitos individuais. Durante aproximadamente cinco minutos, o

animador conduzirá o grupo através da fantasia que se segue.

O animador convida para que todos tomem uma posição confortável,

fechem os olhos, procurando recolher-se, desligando-se do resto,

relaxando completamente.

Em continuação, o animador começa dizendo: “Todos estão agora

caminhando pela rua, e de repente observam, a certa distância, que

se aproxima uma pessoa familiar a eles. Eis que a reconhecem.

È uma pessoa com a qual estão em conflito. Todos sentem que

devem decidir rapidamente como enfrentar a pessoa. À medida que

esta se aproxima, uma infinidade de alternativas se estabelece na

mente de todos. Decidem agora mesmo o que fazer e o que irá

acontecer. E o animador para a fantasia. Aguarda um pouco. A seguir

dirá: “ A pessoa passou. Como se sentem? Qual o nível de satisfação

que estão sentindo agora?”

Continuando, o animador pede às pessoas que voltem à posição

normal e abram os olhos.

Assim que o grupo retorna da fantasia, durante cinco minutos todos

responderão por escrito às seguintes perguntas: a) Em que

alternativas pensou? b) Qual a alternativa que escolheu? c) Que nível

de satisfação sentiu ao final?

Cada participante deverá a seguir comentar com outros dois colegas

as respostas dadas às perguntas anteriores, ficando um encarregado

de fazer uma síntese escrita.

Ainda em continuação, o animador conduzirá os debates em plenário

onde serão relatadas as sínteses dos grupos. Observa-se, em geral,

que as estratégias mais empregadas se resumem em evitar, adiar e

confrontar os conflitos.

75

Por último através da verbalização, cada participante expõe suas

reações ao exercício realizado, e o animador fará um comentário

sobre o problema dos conflitos.

PÔR-SE NA PELE DO OUTRO: O ESPELHO

OBJETIVOS:

Conscientizar as pessoas acerca da dificuldade que existe em

compreender os outros e mostrar que a falta de comunicação é

muitas vezes um problema de falta de compreensão.

MATERIAL:

Lápis ou canta e papel branco.

PROCESSO:

O animador explica inicialmente o que se entende pela expressão:

“Pôr-se na pele do outro.” Como é o outro, na própria pele? Como

compreendê-lo para melhor comunicar? Etc.

Em continuação, o animador pede que formem grupos a dois, para

poderem vivenciar a situação de “espelho” como parceiro. Este

exercício tem três fases:

1ª fase: O parceiro “A” procura executar uma ação (tomar um café,

trabalhar no escritório, escrever uma carta, etc.) e o colega “B” o

imitará em todos os gestos, com o seu ritmo, suas emoções e com

toda a precisão.

2ª fase: Invertem-se os papéis. O parceiro “B” começa a ação e o

“A” o imita em tudo.

3ª fase: Nessa fase, é sempre a situação do espelho. Após algum

tempo de concentração de um sobre o outro, cada um procurará ser,

ao mesmo tempo, aquele que inicia o gesto e fará a vez do espelho,

imitando os gestos do outro. Ninguém saberá o que irá acontecer.

Observa-se que as duas pessoas farão ao mesmo tempo as duas

coisas.

Finalmente as duas pessoas comentarão a experiência vivida, pondo

em comum as seguintes observações:

76

a) A dificuldade de estar atento durante todo o tempo.

b) A concentração sobre o outro.

c) O gesto externo, revelando o movimento interno.

d) Quem toma a iniciativa de um gesto? Quem o imitará?

O BONECO

OBJETIVOS:

União do grupo, trabalho em equipe e sentido de equipe.

MATERIAL:

2 folhas de papel para cada participante. hidrocor, fita adesiva, cola e

tesoura.

PROCESSO:

Cada membro do grupo deve desenhar em uma folha de papel uma

parte do corpo humano, sem que os outros saibam.

Após todos terem desenhado, pedir que tentem montar um boneco

(na certa não vão conseguir pois, Terão vários olhos e nenhuma

boca...).

Em seguida, em outra folha de papel, pedir novamente que

desenhem as partes do corpo humano (só que dessa vez em grupo)

Eles devem se organizar, combinando qual parte cada um deve

desenhar.

Em seguida, após desenharem, devem montar o boneco. Terminada a

montagem, cada membro deve refletir e falar sobre como foi montar

o boneco. Quais a dificuldades, etc. ...

Variação desta dinâmica: Construção de um castelo, dividir os

participantes em 03 grupos, pedir que um grupo construa a base ( os

alicerces) do castelo, o outro as paredes e o último as torres.

77

COMPRIMIDO PARA A FÉ

OBJETIVOS:

Reflexão sobre o isolamento em relação aos outros, o fato de não

estar “imerso” no mundo, ter medo de se entregar as mesquinharias

e com se dá a graça de Deus nas nossas vidas.

MATERIAL:

Três copos com água. Três comprimidos efervescentes. (aqueles com

envelope).

PROCESSO:

1. Colocar três copos com água sobre a mesa.

2. Pegar três comprimidos efervescentes, ainda dentro da

embalagem.

3. Pedir para prestarem atenção e colocar o primeiro comprimido com

a embalagem ao lado do primeiro copo com água.

4. Colocar o segundo comprimido dentro do segundo copo, mas com

a embalagem.

5. Por fim, retirar o terceiro comprimido da embalagem e colocá-lo

dentro do terceiro copo com água.

6. Pedir que os participantes digam o que observaram.

A TROCA DE UM SEGREDO

OBJETIVO:

Fortalecer o espírito de amizade entre os membros do grupo.

78

MATERIAL:

Lápis e papel para os integrantes.

PROCESSO:

O coordenador distribui um pedaço de papel e um lápis para cada

integrante que deverá escrever algum problema, angústia ou

dificuldade por que está passando e não consegue expressar

oralmente. Deve-se recomendar que os papéis não sejam

identificados a não ser que o integrante assim desejar. Os papéis

devem ser dobrados de modo semelhante e colocados em um

recipiente no centro do grupo. O coordenador distribui os papéis

aleatoriamente entre os integrantes. Neste ponto, cada integrante

deve analisar o problema recebido como se fosse seu e procurar

definir qual seria a sua solução para o mesmo. Após certo intervalo

de tempo, definido pelo coordenador, cada integrante deve explicar

para o grupo em primeira pessoa o problema recebido e solução que

seria utilizada para o mesmo. Esta etapa deve ser realizada com

bastante seriedade não sendo admitidos quaisquer comentários ou

perguntas. Em seguida é aberto o debate com relação aos problemas

colocados e as soluções apresentadas.

Possíveis questionamentos:

- Como você se sentiu ao descrever o problema?

- Como se sentiu ao explicar o problema de um outro?

- Como se sentiu quando o seu problema foi relatado por

outro?

- No seu entender, o outro compreendeu seu problema?

- Conseguiu por-se na sua situação?

- Você sentiu que compreendeu o problema da outra pessoa?

- Como você se sentiu em relação aos outros membros do

grupo?

- Mudaram seus sentimentos em relação aos outros, como

conseqüência da dinâmica?

79

VARINHAS QUE NÃO QUEBRAM

OBJETIVOS:

União do grupo. A fé como força que pode agregar, unir e dar

resistência às pessoas.

MATERIAL:

Um feixe de 16 varinhas (pode-se usar palitos de churrasco).

PROCESSO:

1. Pedir que um dos participantes pegue uma das varinhas e a

quebre. ( o que fará facilmente).

2. Pedir que outro participante quebre cinco varinhas juntas num só

feixe

(será um pouco mais difícil).

3. Pedir que outro participante, quebre todas as varinhas que

restaram, se não conseguir, poderá chamar uma outra pessoa para

ajudá-lo.

4. Pedir que todos os participantes falem sobre o que observaram e

concluíram.

5. Terminar com uma reflexão sobre a importância de estarmos

unidos.

TEIA DA AMIZADE

OBJETIVOS:

Apresentação do grupo, trabalhos em equipe, mútuo conhecimento,

descontração e a importância de cada um assumir a sua parte na

vida.

80

MATERIAL:

Um rolo (ou novelo) de lã ou fio.

PROCESSO:

Dispor os participantes em círculo.

O coordenador toma nas mãos um novelo de linha ou lã e, em

seguida, prende a ponta do mesmo em um dos dedos de sua mão.

Pedir para as pessoas prestarem atenção na apresentação que ele

fará de si mesmo. Assim, logo após apresentar-se brevemente,

dizendo quem é, de onde vem, o que faz etc., joga o novelo para

uma dessas à sua frente.

Essa pessoa, apanha o novelo e, após enrolar a linha em um dos

dedos, irá repetir o que lembra sobre a pessoa que acabou de se

apresentar e lhe atirou o novelo. Após fazê-lo, essa segunda pessoa

irá se apresentar e assim se dará sucessivamente, até que todos

digam ao grupo seus dados pessoais e se conheçam.

Pedir para as pessoas dizerem o que observaram, o que sentiram, o

que significa aquela teia, o que aconteceria se alguém soltasse um

dos fios.

A PALAVRA IMÃ

OBJETIVOS:

Incentivar a participação de todos, descontração, colocar

sentimentos escondidos para fora e libertar a parcela de verdade que

todos temos em nossa mente.

MATERIAL:

Cartolina e pincéis atômicos.

81

PROCESSO:

Dispor os participantes sentados em círculo. O coordenador deverá

escrever no centro de uma cartolina a palavra-chave, o tema do

encontro: Amor.

Pedir para cada participante escrever em torno da palavra-chave,

aquilo que lhe vier à cabeça.

No final da dinâmica, todos conversarão sobre o que escreveram, o

que sentiram.

BRINCADEIRA DE PEGA-PEGA

OBJETIVOS:

Levar os parceiros ao mútuo conhecimento, dinamizar uma reunião

quando a atenção dos participantes estiver decaindo e recreação em

diversos grupos.

MATERIAL:

Papel (folhas), pincel atômico, relação de “palavras secretas” e fita

adesiva.

PROCESSO:

Dividir o grupo em duplas e pedir que os pares fiquem de frente um

para o outro.

Colar, nas costas de cada um, uma folha com uma palavra e cada um

deverá procurar ler nas costas do companheiro a palavra secreta

escrita, sem deixar que ele leia a sua antes.

A brincadeira termina quando todos souberem as palavras secretas

de seus parceiros.

Importante: fazer tudo para ler a palavra do companheiro, mas

também fazer tudo para esconder a sua palavra dos olhos dele.

82

O DESABROCHAR DA VIDA

OBJETIVOS:

A necessidade de abertura, a demonstração dos sentimentos, o

desabrochar para a vida em grupo.

MATERIAL:

Flores de papel conforme modelo, e copos com água.

PROCESSO:

Colocar os copos com água no chão da sala ou sobre uma mesa, em

número correspondente ao número de flores distribuídas fechadas.

Pedir que cada participante coloque sua flor – previamente entregue -

dentro do copo com água, mantendo-a fechada. Pedir para que

observe o que acontece.

83

Aos poucos as flores irão se abrindo. Umas mais rapidamente que as

outras.

Pedir para dizerem o que sentiram, comparando o que está escrito

dentro da flor.

A QUEIMA DOS VÍCIOS

OBJETIVOS:

Afirmação da proposta de reforma íntima, encerramento de

encontros.

MATERIAL:

Papel, canetas, recipiente para colocar fogo e fósforos.

PROCESSO:

Distribuir papéizinhos entre os participantes, pedindo que cada um

coloque neles seus vícios ou defeitos a serem vencidos.

Após uma oração, acender o fogo no recipiente e pedir que cada um

queime seu papel com o propósito de reforma íntima.

Pode-se também ao final cantar uma música.

O LIXO E A CRUZ

OBJETIVOS:

Revisão de vida, importância da aceitação das dificuldades da vida e

aulas sobre vícios e defeitos.

MATERIAL:

Folhas de papel ou jornal para dobraduras conforme modelo.

84

85

PROCESSO:

Distribuir uma folha para cada participante, pedir que repitam as

mesmas dobras que o organizador via fazendo na folha.

Pedir que todos façam o recorte na parte menor da dobra.

Colocar o pedaço maior no bolso sem abrir e o pedaço menor jogar

no lixo.

Pedir a todos que falem dos lixos que precisam ser “jogados fora”.

No final, solicitar que abram o pedaço do bolso. Para surpresa

teremos ali o desenho de uma cruz.

Falar sobre o esforço para conseguirmos vencer os vícios e defeitos

da nossa vida.

A LIÇÃO DA PEDRA

OBJETIVOS:

86

A importância de enxergarmos as coisas como são realmente,

discorrer sobre a superficialidade de nossos julgamentos, o perigo

dos preconceitos e como podemos enxergar a beleza interior

MATERIAL:

Uma pedra cortada e uma folha de jornal amassado.

PROCESSO:

Arranjar uma pedra de tamanho médio, brilhante de um lado e

áspera e feia na maior parte.

Colocar a parte lisa, bonita, para baixo, sobre uma folha de jornal

amassado. Perguntar a todos o que estão vendo? Descrever o objeto,

como é e que impressão causa?

Virar a pedra para cima e mostrar o lado bonito. Perguntar

novamente.

AS TRÊS MISTURAS

OBJETIVOS:

Demonstrar os diferentes modos de participação, o modo como as

pessoas do grupo se posicionam frente ao outro e a necessidade de

se “dissolver” sem perder a identidade.

MATERIAL:

Três copos com água, um punhado de areia, um pouco de óleo de

cozinha e um pouco de vinho ou refresco vermelho.

PROCESSO:

87

Colocar os três copos com água no chão da sala ou sobre uma mesa.

No primeiro misturar algumas gotas de óleo, no segundo misturar um

pouco de areia e no terceiro um pouco de vinho ou suco.

Pedir para os participantes dizerem o que observam. Pedir para

comparar os copos com o grupo e as misturas com os diferentes tipos

de pessoa.

Dinâmicas Variadas 7

A LIÇÃO DA PLANTA

OBJETIVOS:

Dinâmica para casais em crise, alicerçar amizades e fortalecer

vínculos do grupo.

MATERIAL:

Uma plantinha meio murcha num vaso ou um galho enterrado e um

copo com água.

PROCESSO:

Contar para os participantes a seguinte estória, enquanto molha o

vaso com o copo de água.

“ Em uma localidade, um casal estava prestes a separar-se. Já

dormiam em camas separadas.

Resolveram dar-se mais uma chance, procurando a ajuda de um

homem sábio do lugar onde viviam.

Este lhes deu uma pequena plantinha e lhes disse que a plantassem

no jardim de sua casa. Caso a plantinha não morresse, vivesse, o

casamento estaria salvo.

O problema é que na região havia uma grande seca.

Com medo que a plantinha não vingasse, a esposa levantou-se de

madrugada com uma caneca de água para molhá-la; afinal, ela

queria salvar seu casamento. Saiu em silêncio para que seu esposo

não a visse molhar a planta. Para sua surpresa, lá chegando, o

marido já estava molhando a plantinha em plena madrugada. Os dois

se abraçaram diante da planta e se reconciliaram.”

88

Deixar que o grupo comente a estória, o que acharam...

CÍRCULOS CONCÊNTRICOS

OBJETIVOS:

Observar atentamente o comportamento do grupo para posteriores

observações.

MATERIAL:

Papel e caneta para os participantes.

PROCESSO:

O animador divide o grupo em dois, para que metade represente o

grupo de ação e a outra, o grupo de observação.

O grupo de ação permanece sentado em círculo concêntrico interno e

o de observadores, em círculo concêntrico externo.

O grupo de ação inicia um debate sobre algum tema (poderão ser

demonstradas situações de trabalhos na Casa Espírita).

O animador orientará o grupo de observadores acerca daquilo que

deverão observar nos membros do grupo de ação. Assim o

observador poderá anotar quem não participa, quem monopoliza,

quem deseja participar e não tem oportunidade, etc.

No final o grupo de observadores, apresentará suas observações, e

prossegue-se trocando de posição os participantes, quem for do

grupo de ação passará para o de observadores, e vice- versa.

EXERCÍCIO DA QUALIDADE

OBJETIVOS:

89

Conscientizar os membros do grupo para observar as boas qualidades

nas outras pessoas e despertar as pessoas para qualidades até então

ignoradas por elas mesmas.

MATERIAL:

Lápis e papeletas.

PROCESSO:

O animador iniciará dizendo, que na vida diária, na maioria das vezes

as pessoas observam não as qualidades, porém os defeitos do

próximo. Nesse instante, cada qual terá a oportunidade de realçar

uma qualidade do colega.

O animador distribuirá uma papeleta e uma caneta para cada

participante, cada qual deverá escrever na papeleta a qualidade que

no seu entender caracteriza seu colega da direita.

A papeleta deverá ser anônima, sem nenhuma identificação. A seguir

o animador solicita que todos dobrem a papeleta para ser recolhida,

embaralhada e redistribuída.

Feita a redistribuição, começando pela direita do animador, um a um

lerá em voz alta a qualidade que consta na papeleta, procurando

entre os membros do grupo, a pessoa que no seu entender é

caracterizada por esta qualidade. Cada participante só poderá

escolher uma pessoa.

Ao escolher a pessoa deverá dizer porque tal qualidade a caracteriza.

Pode ser que uma pessoa seja apontada mais de uma vez como

portadora de qualidades, porém no final cada um dirá que qualidade

escreveu para o companheiro da direita. Poderão ser feitos

depoimentos.

A TEMPESTADE MENTAL

90

OBJETIVOS:

Gerar grande número de idéias ou soluções acerca de um problema,

evitando-se críticas e avaliações, até o momento oportuno.

MATERIAL:

Papel, caneta, quadro negro ou cartolina.

PROCESSO:

O animador iniciará, dando um exemplo prático. Formar subgrupos

de aproximadamente seis pessoas. Cada subgrupo escolherá um

secretário que anotará tudo.

Formados o subgrupos, a animador dirá as regras do exercício: não

haverá crítica durante o exercício, acerca do que foi dito; quanto mais

extremada a idéia melhor, deseja-se o maior número de idéias.

1ª Fase: O animador apresenta o problema a ser resolvido. Por

exemplo: um navio naufragou, e um dos sobreviventes nadou até

alcançar uma ilha deserta. Como poderá salvar-se? O grupo terá 15

minutos para dar idéias.

2ª Fase: Terminado, o animador avisa que terminou o tempo e que a

crítica é proibida. Inicia-se a avaliação das idéias e a escolha das

melhores.

3ª Fase: No caso de haver mais subgrupos, o animador pede que

seja organizada uma lista única das melhores idéias.

4ª Fase: Forma-se o plenário. Processa-se a leitura das melhores

idéias, e procura-se formar uma pirâmide cuja base serão as idéias

mais válidas.

REUNIÃO NÃO VERBAL

OBJETIVOS:

Incentivar o uso de outra forma de comunicação que não a verbal.

91

MATERIAL:

Não será necessário.

PROCESSO:

O animador inicia, explicando que os pensamentos e sentimentos

devem ser expressos segundo um estilo.

As descobertas científicas são escritas em linguagem técnica; a

música é escrita e executada; outros sentimentos criativos são

pintados, cantados, dançados, falados, representados. Seja de que

modo for, a pessoa comunica sua experiência através do uso ou

postura de seu corpo ou de alguma parte do mesmo.

A seguir os participantes são avisados pelo animador de que não

podem expressar-se com palavras escritas ou faladas.

Os membros do grupo são orientados para que se amontoem na sala,

procurando relacionar-se entre si durante quinze minutos, sem

palavras.

Decorrido o tempo, seguem-se os comentários acerca da experiência

vivenciada, podendo cada qual expressar em palavras suas

descobertas e os seus sentimentos.

QUALIDADE DO LÍDER DEMOCRÁTICO

OBJETIVOS:

Conscientizar os membro dos grupo sobre as qualidades que são

básicas de um líder democrático. Possibilitar os participantes a uma

tarefa grupal, no sentido de conseguir uma unanimidade em relação

a definições que caracterizam o líder democrático.

MATERIAL:

Lápis ou caneta e uma cópia da relação das definições e das

qualidades (anexa) .

92

PROCESSO:

O animador inicia falando sobre os três tipos de líderes, o autocrático,

o anárquico e o democrático. Procurará enfatizar as características do

líder Democrático. Formará grupos de cinco a sete elementos,

distribuirá uma cópia das DEFINIÇÕES E QUALIDADES DO LÍDER

DEMOCRÁTICO, para cada participante.

Solicita a seguir que cada grupo consiga chegar a uma unanimidade

em relação à definição e à qualidade correspondente, colocando o

número da definição ao lado da qualidade.

Volta-se para o grupo maior, onde os grupos apresentarão as

conclusões do exercício.

O animador poderá escrever no quadro negro ou cartolina a ordem

correta da qualidade com a devida definição.

Finaliza-se o exercício com uma avaliação e depoimentos.

Chave:

1. Seguro 9. Previsor

2. Acolhedor 10. Confiança nos outros

3. Desinteressado 11. Dá apoio

4. Disponível 12. Eficaz

5. Firme e suave 13. Sociável

6. Juízo e maduro 14. Sincero

7. Catalisador 15. Corajoso

8. Otimista 16. Democrático

93

QUALIDADES DO LÍDER DEMOCRÁTICO

(DEFINIÇÕES)

1. Sabe o que fazer, sem perder a tranqüilidade. Todos podem

confiar nele em qualquer emergência.

2. Ninguém sente-se marginalizado ou rejeitado por ele. Ao

contrário, sabe agir de tal forma que cada um se sente importante e

necessário no grupo.

3. Interessa-se pelo bem do grupo. Não usa o grupo para

interesses pessoais.

4. Sempre pronto a atender.

5. Mantém-se calmo nos debates, não permitindo abandono do

dever.

6. Distingue bem a diferença entre o falso e o verdadeiro, entre o

profundo e o superficial, entre o importante e o acessório.

7. Facilita a interação do grupo. Procura que o grupo funcione

harmoniosamente, sem dominação.

8. Pensa que o bem sempre acaba vencendo o mal. Jamais

desanima diante da opinião daqueles que só vêem perigo, sombra e

fracassos.

9. Sabe prever, evita improvisação. Pensa até nos menores

detalhes.

10. Acredita na possibilidade de que o grupo saiba encontrar por si

mesmo as soluções, sem recorrer sempre à ajuda dos outros.

11. Dá oportunidade para que os outros se promovam e realizem.

Pessoalmente, proporciona todas as condições para que o grupo

funcione bem.

12. Faz agir. Toma a sério o que deve ser feito. Obtém resultados.

94

13. É agradável. Cuida de sua aparência pessoal. Sabe conversar com

todos.

14. Diz o que pensa. Suas ações correspondem com suas palavras.

15. Enfrenta as dificuldades. Não foge e nem descarrega o risco nos

outros.

16. Busca a verdade com o grupo, e não passa por cima do grupo.

QUALIDADES

Coloque o número das definições acima, nas qualidade que seguem

de acordo com a sua descrição:

Otimista Desinteressado

Democrático Sincero

Seguro Firme e suave

Eficaz Catalisador

Corajoso Juízo maduro

Disponível Confiança nos outros

Acolhedor Dá apoio

Sociável Previsor

CARTA A SI PRÓPRIO

95

OBJETIVOS:

Levantamento de expectativas individuais, compromisso consigo

próprio, percepção de si, auto conhecimento, sensibilização, reflexão,

motivação e absorção teórica.

MATERIAL:

Envelopes, papel e caneta para cada participante.

PROCESSO:

Individualmente, cada participante escreve uma carta para si próprio,

como se estivesse escrevendo para seu melhor amigo.

Dentre os assuntos, abordar, como se sente no momento, o que

espera da reunião, como espera estar daqui a 30 dias.

O facilitador distribui envelopes e pede para que cada participante

enderece a si próprio. Recolhe os envelopes colando-os perante o

grupo e após 30 trinta dias remete ao participante.

QUEM SOU EU

OBJETIVO:

Tornar os membros do grupo conhecidos rapidamente, num ambiente

relativamente pouco inibido.

MATERIAL:

Papel escrito com o título quem sou eu?, caneta para cada

participante e fita adesiva.

PROCESSO:

Durante dez minutos cada um escreve cinco itens em relação a si

mesmo, que facilitem o conhecimento. A folha escrita será fixada na

blusa dos participantes. Os componentes do grupo circulam

livremente pela sala, ao som de uma música suave, enquanto lêem a

96

respeito do outro e deixa que os outros leiam o que escreveu a

respeito de si.

Logo após reunir 2 ou 3 colegas, com quais gostariam de conversar

para se conhecerem melhor. Nesse momento é possível lançar

perguntas que ordinariamente não falariam. No final avaliar como se

sentiram e para que serviu o exercício.

DINÂMICAS DE RECREAÇÃO E INTEGRAÇÃO

OBJETIVOS:

As dinâmicas de recreação e integração se encaixam no campo das

relações humanas e servem para:

Integrar a pessoa no meio social; Desenvolver o conhecimento mútuo e a participação grupal;

A busca da convivência com colegas da mesma idade; Desenvolver ocupação para o tempo ocioso;

Adquirir hábitos de relações interpessoais; Desinibir e desbloquear;

Desenvolver a comunicação verbal e não verbal; Descobrir habilidades lúdicas;

Desenvolver adaptação emocional; Descobrir sistemas de valores;

Dar evasão ao excesso de energia e aumentar a capacidade mental.

MATERIAL:

Quando for necessário está especificado na própria dinâmica.

A MÁQUINA

1. Todos os participantes permanecem em pé, formando um

círculo.

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2. O animador solicita que todos construam uma máquina em

movimento, usando somente seus próprios corpos.

3. A seguir orienta, dizendo que um dos participantes irá dar início,

fazendo movimentos repetitivos, com os braços, um no alto outro

para baixo, ritmando, acompanhamento o movimento com um som

de boca.

4. Os outros participantes ajuntam-se um a um, procurando imitar

os movimentos do colega, com parte da máquina, acrescentando

seus próprios movimentos e sons de boca.

5. O exercício continua até que todos se tenham integrado,

imitando os diferentes movimentos e sons.

UMA CARGA ELÉTRICA

1. O animador solicita que um voluntário se retire da sala, onde

todos estão sentados em forma circular.

2. Na ausência do voluntário, o animador explica que durante o

jogo todos devem permanecer em silêncio, e que um do grupo “terá

uma carga elétrica”.

3. Quando o voluntário colocar sua mão sobre a cabeça do

participante “com carga elétrica”, todos darão um grito.

4. O ausente é chamado e o animador lhe dará a seguinte

explicação: “ Um dos presentes tem uma carga elétrica. Fique pois

bem concentrado, e vá tocando cabeça por cabeça dos participantes,

para descobrir quem está com a carga elétrica. Assim que encontrar

a pessoa avise.

A MENSAGEM DE SILVA

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MATERIAL:

Duas canetas e duas folhas de papel.

1. Todos os participantes estão sentados, formando duas colunas. A

uns cinco metros de distância umas da outra.

2. O animador lerá, à parte, uma mesma mensagem , para os dois

participantes que encabeçam as colunas.

3. A mesma mensagem é lida três vezes, e devagar.

4. Os dois jogadores voltam para sua respectiva coluna e

retransmitem oralmente a mensagem recebida, no ouvido do

segundo jogador da fileira, e este para o ouvido do terceiro, e assim

por diante.

5. Finalmente, o último de cada fileira deverá entregar por escrito a

mensagem recebida.

O ENCONTRO FATAL

MATERIAL: Dois objetos da própria sal onde se realiza o jogo.

1. Todos os participantes estão sentados, formando um círculo.

2. Por indicação do animador, dois colegas vizinhos escolhem

algum objeto.

3. A um sinal dado, cada objeto passa de mão em mão, mas em

direção inversa.

4. A certa altura, o animador pede que sejam devolvidos, em

direção contrária, os dois objetos.

5. Caso algum dos jogadores ficar com os dois objetos na sua mão,

o mesmo é eliminado do jogo.

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O ANEL

MATERIAL: Varetas para cada participante e dois anéis.

1. organizam-se no início duas equipes iguais de participantes.

2. As duas equipes são formadas em duas filas, alternando se

possível, homem com mulher.

3. Cada jogador terá um palito (ou vareta) na sua boca.

4. O animador dará um anel para cada jogador que encabeça a

fileira e com o anel no palito procura passar o mesmo para o palito do

colega seguinte, sem a ajuda das mãos, mas unicamente com a boca.

5. Será vencedora a equipe que terminar primeiro.

A CAÇA

1. O animador organiza os participantes sentados em círculo, sem

espaço vazio.

2. O jogo consiste em contar a caça feita em algum lugar. Todas a

s vezes que o animador disser que caçou um pássaro, dando o

mesmo nome do pássaro (pomba, periquito, papagaio...) todos

devem levantar-se e girar sobre si mesmos, retomando a seguir o

seu assento.

3. Mas assim que o narrador disser que caçou um anima

quadrúpede, todos devem levantar-se e mudar de lugar. Nesse

ínterim, e aproveitando a confusão, o animador procura ocupar um

assento, e quem ficar sem cadeira, continua a narração, como acima.

UMA HISTÓRIA SEM FIM

1. Todos os participantes estão sentados em forma de círculo.

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2. O animador inicia a narração de uma história, assim por

exemplo: “ O homem para sobreviver precisa comer....”

3. Quem encabeçar o círculo deverá repetir o que foi dito pelo

animador e acrescentar mais uma coisa.

4. E assim sucessivamente, quem não souber continuar, sai fora do

jogo.

EXERCÍCIO DE MEMÓRIA

1. Todos os jogadores estão sentados, possivelmente no chão, em

forma circular.

2. O animador indica um primeiro jogador, que sai de seu lugar e

toca qualquer objeto da sala e, ao mesmo tempo, diz-lhe o nome.

3. Retorna para o seu lugar e toca no seu vizinho, e este por sua

vez irá tocar no objeto que seu colega tocou, diz-lhe o nome e toca

um segundo objeto, também dizendo o nome.

4. Volta para seu lugar e toca no seu colega seguinte que se dirige

para o objeto do primeiro, ao tocá-lo diz o nome, toca no objeto do

segundo

5. colega, diz o nome e toca um terceiro objeto, dizendo

igualmente o nome, e retorna para o seu lugar, continuando assim o

jogo.

6. O jogador que lembrar e tocar o maior número de objetos será

vencedor.

A CORRESPONDÊNCIA

1. O animador organiza os participantes, ou sentados ou em pé,

em forma circular.

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2. À certa altura, o animador dirá: “Chegou correspondência para

quem estiver de chinelo.... de óculos... de sapatos pretos... de blusa

azul... de calça comprida...”

3. Quem for assim caracterizado, deve mudar imediatamente de

lugar.

NÚMEROS

1. Os participantes se encontram nomeio da sala, ou numa área ao

ar livre, caminhando desordenadamente, batendo palmas ao mesmo

tempo.

2. Em dado momento, o animador dará ordem para parar formando

simultaneamente subgrupos de duas, três ou cinco pessoas, devendo

todos ficar atentos ao número indicado pelo animador.

3. Os jogadores, ao escutar a ordem, formam os subgrupos

solicitados , colocando as mãos por cima dos ombros dos colegas.

4. As pessoas que sobrarem, que não conseguiram formar os

subgrupos indicados, saem do jogo.

5. Desfazem-se os subgrupos e recomeçam todos a caminhada,

batendo palmas, até nova ordem dada pelo animador.

A TEMPESTADE

1. Organiza-se um círculo, todos sentados, não devendo sobrar

cadeira vazia.

2. O animador se coloca no centro do círculo e diz: “Estamos em

um barco, que se encontra no alto mar, rumo desconhecido”. Quando

disser: “Olá a direita” , todos deverão mudar de lugar sentando na

cadeira do vizinho da direita. Quando disser: “Olá à esquerda”, todos

se sentarão na cadeira do vizinho da esquerda.

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3. O animador dará várias ordens, ora para a direita, ora para a

esquerda. A certa altura exclamará: “Tempestade”. Nesse momento

todos deverão mudar de lugar, indistintamente, procurando ocupar

uma cadeira qualquer.

4. Após uma terceira ou quarta ordem, o animador aproveitará a

confusão, ocupando uma das cadeiras, e quem ficar sem assento,

continuará a coordenação do jogo.

AS FRUTAS

MATERIAL: Algumas frutas que podem ser de plástico.

1. Os jogadores estão todos sentados, em forma circular.

2. No centro do círculo, colocam-se algumas frutas, tais como:

laranjas, mamão, limões, caquis e só uma tangerina.

3. O animador sopra no ouvido de cada participante o nome de

uma fruta diferente, mas nome de uma das frutas, soprará no ouvido

de vários participantes.

4. Depois o animador dirá, em voz alta, o nome de uma fruta, e a

pessoa com este nome corre em busca da mesma.

5. Finalmente o animador dirá o nome da tangerina, e todos com

este nome correrão buscá-la.

EXPRESSÃO DE AMIZADE

1. O animador organiza os participantes sentados em forma

circular.

2. Quem inicia o jogo dirá: “Amo meu amigo (amiga) com A porque

é atencioso”. O seguinte deve dizer “Amo meu amigo com B porque é

bondoso”, ou qualquer adjetivo que comece pela letra B.

3. O terceiro começa a frase com a letra “C” e assim

sucessivamente.

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4. Quem não souber continuar, sai do jogo.

O SALTO DO CANGURU

MATERIAL: Duas bolas.

1. Organizam-se duas equipes, com número igual de participantes,

e ambas se colocam por detrás de uma linha de partida, formando

fila.

2. Todos os jogadores formam um túnel com as pernas bem

abertas.

3. O jogador que encabeça a fila de cada equipe, a um sinal dado,

lança a bola pelo “túnel” até alcançar o último jogador, que a recolhe

e prende por entre os joelhos, saltando procurando entregá-la para o

segundo jogador da fila.

4. Este segundo jogador da fila lança a bola novamente pelo

“túnel”, e o jogo prossegue.

5. Será vencedora a equipe que terminar por primeiro.

OS TRÍPEDES

1. Organizam-se subgrupos de três jogadores.

2. O jogador do meio se coloca na direção oposta de seus dois

colegas, amarrando-se sua perna esquerda com a perna esquerda do

colega da esquerda, e a direita. Com a perna direita, do colega da

direita.

3. A um sinal dado pelo animador, os subgrupos de três procuram

correr assim, até alcançar a linha de marcação, que fica a certa

distância, voltando a seguir até a linha de partida. Quem chegar por

último perde.

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O JOGO DAS GARRAFAS

MATERIAL: 20 garrafas ou caixas de papelão.

1. Organizam-se duas equipes de jogadores que se colocam em

coluna, atrás de uma linha de partida.

2. As duas colunas se colocam à distância de uns três a quatro

metros, uma da outra, na mesma direção da linha de partida.

3. A uma distância de 10 metros, o animador coloca, na mesma

direção das duas colunas, umas oito a dez garrafas vazias, ou caixas,

em pé.

4. A um sinal do animador, o primeiro jogador de cada coluna corre

ao encontro das garrafas ou das caixas, e coloca deitada uma a uma

as garrafas ou caixas, e retorna imediatamente para a sua coluna,

tocando a mão do segundo jogador da mesma coluna.

5. Este por sua vez corre na direção das garrafas ou caixas,

colocando-as em pé, novamente, retornando imediatamente para sua

coluna correspondente, batendo na mão do terceiro jogador que

continua o jogo.

6. A coluna de jogadores que terminar por primeiro será a

vencedora do jogo.

A CORRIDA DA BOLINHA

MATERIAL: Duas raquetes e duas bolinhas de pingue pongue.

1. Organizam-se duas equipes de jogadores que se colocam em

fila, atrás de uma linha de partida.

2. A uma distância de seis metros se marca uma linha de chegada.

3. Cada equipe terá uma raquete e uma bola de pingue pongue ou

bolinha de papel.

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4. A um sinal dado, o primeiro jogador de cada equipe movimenta

a raquete, procurando empurrar a bolinha até a linha de chegada.

5. Assim que alcançar a linha de chegada, sem tocar a bola com a

mão, levanta a bolinha e corre de volta, entregando a bola e a

raquete para o segundo jogador da fila, que recomeça o jogo, e assim

sucessivamente até que todos tenham jogado.

6. É vencedora a equipe que terminar por primeiro.

OS TRÊS CEGOS

1. Organizam-se filas de 6 a 7 pessoas, de acordo com o número

de participantes.

2. Ao primeiro jogador de cada fila vendam-se os olhos, e o

segundo coloca suas mãos por cima do ombro do primeiro, e os

seguintes se seguram pela cintura.

3. A um sinal dado, inicia-se a marcha, sendo conduzidos pelo

jogador que encabeça a fileira, com os olhos vendados.

4. A meta de cada fila é alcançar a linha de chegada, marcada

anteriormente pelo animador.

5. É interessante escutar o diálogo que se estabelece ao serem

guiados por um cego.

AS BOLAS CIRCULANTES

MATERIAL: Duas bolas.

1. os participantes são divididos em duas equipes, sendo

importante assinalar bem quem é de uma equipe quem é de outra.

2. Os jogadores forma um círculo único, e a um sinal dado, no

encontro das duas equipes, o animador solta duas bolas, em sentido

inverso.

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3. As bolas são passadas, de mão em mão, até que cheguem no

outro cruzamento das duas equipes.

4. O jogador que receber as duas bolas não pode deixá-las cair,

mas devolvê-las novamente em sentido inverso.

5. Ganha pontos quem não deixar cair a bola. Se algum jogador se

atrapalhar e deixar cair a bola, perde a equipe q quem o jogador

pertence.

Bibliografia/Links Recomendados

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