cursos no c.e.i.c. editorial senhor, por que...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Ano IX - Edição 152 - MAIO / 2016 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio pág.6 pág.2 pág.3 pág.4 pág.7 pág. 12 Do Outro Lado: Van Durst Clareando as Ideias com Kardec: Justiça da reencarnação pág. 14 Elucidações: Evangelho e Exclusivismo pág. 13 A Família: Presença dos Avós pág. 10 Na Seara Mediúnica: Conduta Deus Causa Primeira: Pensa em Deus Homenagem: Perto de Deus Vida – Dádiva de Deus: Suicídas também Céu e Inferno: Impossibilidade material das penas eternas Nesta Edição : pág. 16 Reflexão: Amizade Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) pág. 5 pág. 7 pág. 6 pág. 3 pág. 8 SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00 Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Aten- dimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Trata- mento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da Mediunidade QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte). 4 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 4 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 4 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. Editorial Senhor, por que choras? Certo dia começara Eurípedes Barsanulfo a observar-se fora do corpo físico, em ad- mirável desdobramento, quando se reconheceu na presença do Cristo. Vendo que Jesus chorava, perguntou-lhe: “– Senhor, por que choras? Choras pelos descrentes do mundo?”(¹). E a resposta de Jesus foi: “– Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amar. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...” (¹). Vamos refletir... Em que situação nos encontramos: descrentes ou conhecedores pra- ticantes – ou não – do Evangelho de Jesus? “São chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para regeneração da Humanidade... (²) “Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento univer- sal a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se...” (³). A base desse progresso será o Evangelho de Jesus. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade que nos levam a cumprir a Lei Maior de Deus: a do Amor. Jesus: o caminho, a verdade e a vida. Deus nos abençoe. (¹) Seção Eurípedes Barsanulfo – Apóstolo da Caridade, desta edição. (²) A Gênese, Allan Kardec, capítulo XVIII, item 1. (³) A Gênese, Allan Kardec, capítulo XVIII, item 6.

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Ano IX - Edição 152 - MAIO / 2016www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

pág.6

pág.2

pág.3

pág.4

pág.7

pág. 12

Do Outro Lado:Van Durst

Clareando as Ideias com Kardec:Justiça da reencarnação

pág. 14Elucidações:Evangelho e Exclusivismo

pág. 13

A Família:Presença dos Avóspág. 10

Na Seara Mediúnica:Conduta

Deus Causa Primeira:Pensa em Deus

Homenagem:Perto de Deus

Vida – Dádiva de Deus:Suicídas também

Céu e Inferno:Impossibilidade material das penas eternas

Nesta Edição :

pág. 16Reflexão:Amizade

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

pág. 5

pág. 7

pág. 6

pág. 3

pág. 8

SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Aten-dimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Trata-mento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da MediunidadeQUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).4 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos4 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).4 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C. Editorial

Senhor, por que choras?Certo dia começara Eurípedes Barsanulfo a observar-se fora do corpo físico, em ad-

mirável desdobramento, quando se reconheceu na presença do Cristo. Vendo que Jesus chorava, perguntou-lhe:

“– Senhor, por que choras?– Choras pelos descrentes do mundo?”(¹).E a resposta de Jesus foi:“– Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amar. Choro por

todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...” (¹).Vamos refletir... Em que situação nos encontramos: descrentes ou conhecedores pra-

ticantes – ou não – do Evangelho de Jesus?“São chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que

grandes acontecimentos se vão dar para regeneração da Humanidade... (²)“Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação

limitada a certa região ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento univer-sal a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se...” (³).

A base desse progresso será o Evangelho de Jesus. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade que nos levam a cumprir a Lei Maior de Deus: a do Amor.

Jesus: o caminho, a verdade e a vida.Deus nos abençoe.

(¹) Seção Eurípedes Barsanulfo – Apóstolo da Caridade, desta edição.(²) A Gênese, Allan Kardec, capítulo XVIII, item 1.(³) A Gênese, Allan Kardec, capítulo XVIII, item 6.

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Maria, Mãe de Jesus, Francisco Cândido Xavier e Yvonne do Amaral Pereira, Coordenador: Edison Carneiro, Editora Aliança.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do mês:

Justiça dasaflições

Dia : 01 / 05 / 2016 - 16 horasCulto no Lar de

Selma Vieira

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletIm Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no link

InformatIvo do CeIC

Sugestão de Leitura

Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Je-sus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máxi-mas seriam um contrassenso; mais ainda: seriam um engo-do. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. E, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que so-frem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa al-guma haverem feito que justi-fique essas po-sições? Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os ma-les sejam tão desigualmente repar-tidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no fu-turo pode consolar e infundir paciên-cia, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfei-

ções. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é so-beranamente bom e justo, não pode

agir capricho-samente, nem com parciali-dade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa

e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os ho-mens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela com-pletamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espi-ritismo, Allan Kardec, capítulo V, item 3, Editora FEB.

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa

há de ser essa causa.

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 3

Pensa em Deus e segue o teu cami-nho.

Se estás conscientizado de teu de-ver, guarda a paz dos ensinos vividos com elevação, pensa em Deus e ca-minha esperançoso, certo de que sua luz te envolve, como igualmente o faz com os demais filhos.

Por certo, outros ainda caminharão nas sombras, afeitos à escuridão, in-capazes de suportar as sacrossantas claridades do seu Amor.

Pensa em Deus, trabalha e confia. Um dia, eles também estarão palmi-lhando o caminho do amor fraterno, com os corações quais lâmpadas ra-diosas, a postos no cumprimento da Lei, que pede esforço e união.

Pensa em Deus nos momentos de teus afazeres espirituais. Teu espírito é por demais consciente para entender a grandeza da presença Divina junto àqueles que se fazem presentes no

mundo, em seu Santo Nome.Ontem, pensavas em abandonar

tudo, ou te sentias triste em face de acontecimentos repetidos, banhados em fel e vinagre.

Pensa em Deus. E, a exemplo do Mestre, teu padrão e tua glória, excla-ma também: - “Vencerei o mundo!”.

Sim, vencê-lo-ás, vencendo a per-turbação, o atordoamento, guardan-do serenidade e, na alegria do justo, pensa, ainda e sempre com o Criador, em fazer crescer a sua obra, crescendo com ela.

Meditemos no santo e fraterno amor que nos deve unir e prossigamos, doando um pouco de nós mesmos, pois até agora temos pedido o cálice

das ilusões baratas e passageiras.

Voltemo-nos para o Pai. A pátria do Evangelho está pe-dindo a colaboração de todos os filhos atentos ao dever de semear para o futuro.

Abriguemos a esperança em nos-sos corações e, unidos ao Senhor das Alturas, digamos aos que sofrem, mergulhados em sombras e sombrias perspectivas: - “Deus está contigo,

Que é Deus?Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4, Editora FEB.

...Meditemos no santo e fraterno amor que nos deve unir e

prossigamos, doando um pouco de nós mesmos...

Ele te guiará e te proverá de tudo que careces, desde que não te entregues ao desânimo nem ao pessimismo. Luta confiante e a vitória será tua.”

Pensemos em Deus, guardando a sua Paz em nossos corações.

Bezerra

(Página psicografada pela médium Maria Cecília Paiva, na noite de 14 de junho de 1978, na Federação Es-pírita Brasileira, no Rio de Janeiro – RJ).

Fonte: Reformador – janeiro 1979

Deus - Causa Primeira

Pensa em Deus

loCal: Centro espírIta Irmão ClarênCIo

Encontros Espíritas

260 enContro eurípedes Barsanulfo

data: 22/05/2016Em Maio

Em Maio230 enContro espírIta soBre medIunIdade

data: 20/06/2016

Em Junho

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 4

Revista Espírita

Sobre a não perfeição dos seres criados

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"O homem já deve nesta encarnação cultivar o hábito das coisas elevadas, das coisas superiores, das emoções maiores, para corrigir em seu espírito as tendências ainda animalescas que residem nele. Façamos isso, e já estaremos começando a destruir o sentimento de dor, angústia e guerra que reside no homem terreno"

Por que Deus não criou perfeitos todos os seres? Em virtude mesmo da lei do progresso. É fácil compreen-der a economia desta lei. Aquele que marcha está no movimento, isto é, na lei da atividade humana; aquele que não progride, que por essência se acha estacionário, incontestavel-mente não pertence à gradação ou à hierarquia humanitária. Explico-me e me compreendereis facilmente. O homem que nasce numa posição mais ou menos elevada, acha em sua situação nativa um dado estado de ser. Pois bem! Ele está certo de que se sua vida inteira se passasse nessa condição de ser, sem que lhe tivesse trazido modificações por sua ação ou pela de outrem, declararia que sua existência é monótona, en-fadonha, fatigante; numa palavra, insuportável. Acrescento que ele teria perfeita razão, considerando--se que o bem só é bem relativa-mente ao que lhe é inferior. Isto é tão certo que se puserdes o homem num paraíso terrestre, num paraíso onde não se progrida mais, em dado tempo ele achará sua existência in-

Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras prece-dentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplica-ção”.

sustentável e aquela morada um impiedoso inferno. Daí resulta, de maneira absoluta, que a lei imutá-vel dos mundos é o progresso ou o movimento para frente, isto é, todo Espírito que é criado está inevita-velmente submetido a essa grande e sublime lei da vida; consequente-mente, tal é a própria lei humana.

Só existe um ser perfeito e não pode existir senão um: Deus! Ora, pedir ao Ser Supremo a criação de Espíritos perfeitos, seria pedir-lhe que criasse algo semelhante e igual a Ele. Formular semelhante proposi-ção não será condená-la previamen-te? Ó homens! Por que perguntar sempre a razão de ser de certas ques-tões insolúveis ou acima do entendi-mento humano? Lembrai-vos sem-pre de que só Deus pode ficar e viver na sua imobilidade gigantesca. Ele é o suprassumo de todas as coisas, o alfa e o ômega de toda a vida. Ah! Crede, meus filhos, jamais busqueis erguer o véu que cobre esse grandio-so mistério, que os maiores Espíritos da Criação não abordam sem estre-mecer. Quanto a mim, humilde pio-

neiro da iniciação, tudo quanto vos posso afirmar é que a imobilidade é um dos atributos de Deus, ou do Criador e que o homem e tudo que é criado têm, como atributo, a mo-bilidade.

Compreendei, se puderdes com-preender, ou então esperai que che-gue a hora de uma explicação mais inteligível, isto é, mais ao alcance do vosso entendimento.

Não trato senão desta parte da questão, pois apenas quis provar que não tinha ficado estranho à vossa discussão. Sobre todo o resto, repor-to-me ao que foi dito, já que todos me pareceram da mesma opinião. Daqui a pouco falarei de outros ca-sos que foram assinalados (os casos de Poitiers).

Erasto

(Sociedade Espírita de Paris, 5 de fevereiro de 1864 – Médium: Sr. d’Ambel).

Fonte: Revista Espírita, Allan Kar-dec, março/1864, Editora FEB.

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 5

Perto de DeusHomenagem Especial

Entre a alma, prestes a reencarnar na Terra, e o Mensageiro Divino tra-vou-se expressivo diálogo:

– Anjo bom – disse ela -, já fiz numerosas romagens no mundo. Cansei-me de prazeres envenenados e posses inúteis... Se posso pedir algo, desejaria agora colocar-me em serviço, perto de Deus, embora deva achar-me entre os homens...

– Sabes efetivamente a que aspi-ras? Que responsabilidade procu-ras? – replicou o interpelado.

– Quando falham aqueles que ser-vem à vida, perto de Deus, a obra da vida, em torno deles, é perturbada nos mais íntimos mecanismos.

– Por misericórdia, anjo amigo! Dar-me-ás instruções... - Consegui-rás aceitá-las?

– Assim espero, com o amparo do Senhor. - O Céu, então, conceder-te--á o que solicitas.

– Posso informar-me quanto ao trabalho que me aguarda?

– Porque estarás mais perto de Deus, conquanto entre os homens, recolherás dos homens o tratamento que eles habitualmente dão a Deus...

– Como assim?– Amarás com todas as fibras de

teu espírito, mas ninguém conhe-cerá, nem te avaliará as reservas de ternura!... Viverás abençoando e servindo, qual se carregasses no próprio peito a suprema felicidade e o desespero supremo. Nunca te fartarás de dar e os que te cercarem jamais se fartarão de exigir...

– Que mais?– Dar-te-ão no mundo um nome

bendito, como se faz com o Pai Ce-lestial, contudo, qual se faz igual-mente até hoje na Terra com o Todo--Misericordioso, reclamar-se-á tudo de ti, sem que se te dê coisa alguma. Embora detendo o direito de fulgir à luz do primeiro lugar nas assem-bleias humanas, estarás na sombra do último... Nutrirás as criaturas queridas com a essência do próprio sangue; no entanto, serás apartada geralmente de todas elas, como se o mundo esmerasse em te apunhalar o

coração. Muitas vezes, serás obriga-da a sorrir, engolido as próprias lá-grimas, e conhecerás a verdade com a obrigação de respeitar a mentira... Conquanto venhas a residir no rego-zijo oculto da vizinhança de Deus, respirarás no fogo invisível do sofri-mento!...

– Que mais?– Adorarás as outras criaturas

para que brilhem nos salões da be-leza ou nos torneios da inteligência; entretanto, raras te guardarão na memória, quando erguidas ao faus-to do poder ou ao delírio da fama. Produzirás o encanto da paz; toda-via, quando os homens se inclinem à guerra, serás impotente para afastar--lhes o impulso homicida... Por isso mesmo, debalde chorarás quando se decidirem ao extermínio uns dos ou-tros, de vez que te acharás perto do Todo-Sábio e, por enquanto, o Todo--Sábio é o Grande Anônimo, entre os povos da Terra...

– Que mais?– Todas as profissões no Planeta

são honorificadas com salários cor-respondentes às tarefas executadas, mas o teu ofício, porque estejas em mais íntima associação com o Eterno e para que não comprometas a Obra da Divina Providência, não terá compensações amoedadas. Outros seareiros da Vinha terrestre serão

beneficiados com a determinação de horários especiais; contudo, já que o Supremo Pai serve dia e noite, não disporás de ocasiões para descanso certo, porquanto o amor te colocará em permanente vigília!... Não me-dirás sacrifícios para auxiliar, com absoluto esquecimento de ti; no en-tanto, verás teu carinho e abnega-ção apelidados, quase sempre, por fanatismo e loucura... Zelarás pelos outros, mas os outros muito dificil-mente se lembrarão de zelar por ti... Farás o pão dos entes amados... Na maioria das circunstâncias, porém, serás a última pessoa a servir-se dos restos da mesa, e, quando o repouso felicite aqueles que te consumirem as horas, velarás, noite adentro, so-zinha e esquecida, entre a prece de Deus, e, em razão disso, terás por dever agir com o ilimitado amor com que Deus ama...

- Anjo bom – disse a Alma, em pranto de emoção e esperança -, que missão será essa? O Emissário Di-vino endereçou-lhe profundo olhar e respondeu num gesto de bênção:

– Serás mãe!...

Irmão X

Fonte: Mãe, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 6

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração.Conta para depósito:

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Vida - Dádiva de Deus

Suicídio – Solução Ineficaz“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 14).

Suicidas também

"Acautela-te, nas atitudes e comportamentos sadios, preservando a

dádiva do corpo com que a Vida te honra no processo inevitável da evolução."

O suicídio lento, desgastante e fatal, porém, passa despercebido.

Pululam, na atualidade, em todos os níveis sociais e econômicos, as víti-mas da autodestruição, por equívocos morais, excessos físicos e leviandades espirituais.

Fumantes inveterados, toxicôma-nos irresponsáveis, alcoólatras siste-máticos, sexólatras atônitos padecen-do de estranhas e rudes obsessões, já se encontram a largo trecho da estrada do suicídio infeliz.

Há outras formas de anulamento da vida física, a que se entregam inume-

ráveis vítimas inermes. ... No entanto, há tanta beleza e

amor convidando à vida! *

Acautela-te, nas atitudes e compor-tamentos sadios, preservando a dádiva do corpo com que a Vida te honra no

Os vapores da ira cultivada per-turbam o equilíbrio da emoção.

Os tóxicos da angústia vitalizada envenenam os centros da harmonia psíquica.

As viciações mentais ou físicas mantidas interferem no metabolismo fisiopsicológico.

A insatisfação demorada desarticu-la o ritmo da máquina orgânica.

A rebeldia sistemática dá gênese a enfermidades complexas.

A ociosidade responde por inúmeros distúrbios psíquicos.

A ansiedade contínua leva às alie-nações.

O ciúme envilece o ca-ráter e desconcerta a vida.

A avareza tisna o discer-nimento e perturba a orga-nização fisiológica.

Quantos cultivam estes e outros semelhantes vírus perigosos adoecem, avançando, in-sensatamente, para o autocídio total.

*O suicídio, que decorre do gesto

alucinado, levando a vítima a perder os contornos da realidade, choca e produz comoção geral.

processo inevitável da evolução. Ora e medita, anulando as cons-

trições negativas de que sejas ob-jeto.

Ama e serve indistintamente, arre-bentando as algemas morais e emo-cionais que desejem reter os teus mo-vimentos nobres.

... E em qualquer situação, segue Jesus, sustentado na fé imortalis-ta, guardando a certeza de que tudo quanto te aconteça ocorre sempre para o teu bem, se te souberes con-duzir na difícil circunstância. Por fim, tem em mente que a madrugada

colore a treva, suave-mente, enquanto a som-bra campeia, e que a res-surreição ditosa chegará somente após a passa-gem pelo túmulo, onde todos despertam para a realidade insofismável

da vida.

Joanna de Ângelis

Fonte: Alerta, psicografia de Dival-do Pereira Franco, lição28, Editora LEAL.

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 7

Na Seara Mediúnica

Conduta

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"A tristesa é morbo prejudicial ao organismo, peste que consome a vida." "Ama e contribui em favor do progresso."

Fonte: Amorterapia.Espírito : Joanna de Ângelis.Psicografia : Divaldo Franco.

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é ine-rente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

E como entender o serviço mediú-nico, criando-se predisposições ínti-mas favoráveis ao êxito na sua rea-lização? Mediunidade não é apenas campo experimental com laboratório de fórmulas mágicas. É solo de serviço edificante tendo por base de trabalho o sacrifício e a renúncia pessoal. Mé-diuns prodígios sempre os houve na Humanidade. Também passaram inú-teis como aves de bela plumagem que o tempo destruiu e desconsiderou. Com o Espiritismo, que fez renascer o Cristianismo puro, somos informa-dos da mediunidade-serviço santifi-cante e com essa bênção descobrimos a honra de ajudar.

Não te empolgues apenas com as notícias dos Mundos Felizes. Há mui-ta dor em volta de ti e, até atingires as Esferas Sublimes, há muito que fazer.

Almas doentes em ambos os planos enxameiam em volta da mediunidade.

Dedicando-te à seara mediúnica não esqueças de que todos os come-ços são difíceis e de que a visão co-lorida e bela somente surge em toda a sua grandeza aos olhos que se acos-tumaram às paisagens aflitivas onde o sofrimento fez morada...

Para que os Mentores Espirituais possam utilizar-te mais firmemente faz-se necessário conhecer tua capa-cidade de serviço em favor dos seme-

lhantes. Antes de pretenderes ser instrumen-

to dos desencarnados, acostuma-te a ser portador da luz clara da esperança onde estejas e com quem estejas...

(Espírito e Vida, Cap. Na Seara Me-diúnica, Joanna de Angelis/Divaldo P. Franco - LEAL).

***

Que procedimentos e atitudes ado-tará o médium para conquistar a segurança nas passividades? Equi-líbrio — sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, dificil-mente conseguem, os filtros psíqui-cos, coar a mensagem que provém do Mundo Maior; Conduta — Não fundamentada a vida em uma con-duta de austeridades morais, só mui raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os Mentores Elevados; Concentração — Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir interiormente, e sentir a mensagem que flui através das suas faculdades mediúnicas, poderá conseguir, o trabalhador, registrá-la com fidelidade; Oração — Não exercitan-do o cultivo da prece como clima de serenidade interior, ser-lhe-á difícil abandonar o círculo vicioso das co-

municações vulgares, para ascender e alcançar uma perfeita identificação com os instrutores da Vida Melhor; Disposição — Não se afeiçoando à valorização do serviço em plena sin-tonia com o ideal espírita, compreen-sivelmente, torna-se improvável a colheita de resultados satisfatórios no intercâmbio mediúnico; Humil-dade — Escasseando o autoconheci-mento, bem poucas possibilidades o médium disporá para uma completa assimilação da mensagem espiritual, porquanto, nos temperamentos re-beldes e irascíveis, a supremacia da vontade do próprio instrumento anu-la a interferência das mentes nobres desencarnadas; Amor — Não estan-do o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres fraternos em nome do amor que edifica, torna--se, invariavelmente, medianeiro de Entidades perniciosas com as quais se compraz. (Intercâmbio Mediúnico, Cap. 12, João Cléofas/Divaldo P. Franco--LEAL)

Fonte: Qualidade na Prática Mediú-nica - Projeto Manoel Philomeno de Miranda, Copilado por João Neves, 1ª parte, questões 17 e 18, Editora LEAL.

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Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

Até aqui, só temos combatido o dog-ma das penas eternas com o raciocínio. Demonstremo-lo agora em contradição com os fatos positivos que observa-mos, provando-lhe a impossibilidade.

Por este dogma a sorte das almas, ir-revogavelmente fixada depois da mor-te, é, como tal, um travão definitivo aplicado ao progresso.

Ora, a alma progride ou não? Eis a questão: - Se progride, a eternidade das penas é impossível.

E poder-se-á duvidar desse progres-so, vendo a variedade enorme de ap-tidões morais e intelectuais existentes sobre a Terra, desde o selvagem ao homem civilizado, aferindo a diferen-ça apresentada por um povo de um a outro século? Se se admite não ser das mesmas almas, é força admitir que Deus criou almas em todos os graus de adiantamento, segundo os tempos e lugares, favorecendo umas e destinan-do outras a perpétua inferioridade - o que seria incompatível com a justiça, que, aliás, deve ser igual para todas as criaturas.

É incontestável que a alma atrasada moral e intelectualmente, como a dos povos bárbaros, não pode ter os mes-mos elementos de felicidade, as mes-mas aptidões para gozar dos esplen-dores do infinito, como a alma cujas faculdades estão largamente desen-volvidas. Se, portanto, estas almas não progredirem, não podem em condições mais favoráveis gozar na eternidade senão de uma felicidade, por assim di-zer, negativa.

Para estar de acordo com a rigorosa justiça, chegaremos, pois, à conclu-são de que as almas mais adiantadas são as atrasadas de outro tempo, com progressos posteriormente realizados. Mas, aqui atingimos a questão magna da pluralidade das existências como meio único e racional de resolver a di-

ficuldade. Façamos abstração, porém, dessa questão e consideremos a alma sob o ponto de vista de uma única exis-tência.

Figuremos um rapaz de 20 anos, desses que comumente se encontram, ignorante, viciado por índole, céptico, negando sua alma e a Deus, entregue à desordem e cometendo toda sorte de malvadeza. Esse rapaz encontra-se, depois, num meio favorável, melhor; trabalha, instrui-se, corrige-se gradual-mente e acaba por tornar-se crente e piedoso. Eis aí um exemplo palpável do progresso da alma durante a vida, exemplo que se reproduz todos os dias. Esse homem morre em avançada ida-de, como um santo, e naturalmente certa se lhe torna a salvação. Mas qual seria a sua sorte se um acidente lhe pusesse termo à existência, trinta ou quarenta anos mais cedo? Ele estava nas condições exigidas para ser conde-nado, e, se o fosse, todo o progresso se lhe tornaria impossível.

E assim, segundo a doutrina das pe-nas eternas, teremos um homem salvo somente pela circunstância de viver mais tempo, circunstância, aliás, fragi-líssima, uma vez que um acidente qual-quer poderia tê-la anulado fortuitamen-te. Desde que sua alma pôde progredir em um tempo dado, por que razão não mais poderia progredir depois da mor-te, se uma causa alheia à sua vontade a tivesse impedido de fazê-lo durante a vida? Por que lhe recusaria Deus os meios de regenerar-se na outra vida, concedendo-lhos nesta? Neste caso, o arrependimento veio, posto que tardio; mas se desde o momento da morte se impusesse irrevogável condenação, esse arrependimento seria infrutífero por todo o sempre, como destruídas seriam as aptidões dessa alma para o progresso, para o bem.

O dogma da eternidade absoluta das

penas é, portanto, incompatível com o progresso das almas, ao qual opõe uma barreira insuperável. Esses dois princí-pios destroem-se, e a condição indecli-nável da existência de um é o aniqui-lamento do outro. Qual dos dois existe de fato? A lei do progresso é evidente: não é uma teoria, é um fato corrobora-do pela experiência: é uma lei da Na-tureza, divina, imprescritível. E, pois, que esta lei existe inconciliável com a outra, é porque a outra não existe. Se o dogma das penas eternas existisse verdadeiramente, Santo Agostinho, S. Paulo e tantos outros jamais teriam visto o céu, caso morressem antes de realizar o progresso que lhes trouxe a conversão.

A esta última asserção respondem que a conversão dessas santas persona-gens não é um resultado do progresso da alma, porém, da graça que lhes foi concedida e de que foram tocadas.

Porém, isto é simples jogo de pala-vras. Se esses santos praticaram o mal e depois o bem, é que melhoraram; logo, progrediram. E por que lhes teria Deus concedido como especial favor a graça de se corrigirem? Sim, por que a eles e não a outros? Sempre, sempre a doutrina dos privilégios, incompatível com a justiça de Deus e com seu igual amor por todas as criaturas.

Segundo a Doutrina Espírita, de acordo mesmo com as palavras do Evangelho, com a lógica e com a mais rigorosa justiça, o homem é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritis-mo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kar-dec, 1ª parte, capítulo VI, itens 18 a 21, Editora FEB.

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”. (O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

Impossibilidade material das penas eternas

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Educação — Senda de Luz

InfânciaA infância é o sorriso da existência no horizonte da vida.

Representa esperança que o pessi-mismo não pode modificar. É men-sagem de amor para o cansaço no refúgio do desencanto, a fulgir no sacrário da oportunidade nova.

É experiência em começo que nos compete orientar e conduzir.

É luz a agigantar-se aguardando o azeite do nosso desvelo.

É sinfonia em preparação... , nota solitária que o Músico Divino utilizará na sucessão dos dias para a grande mensagem ao mundo conturbado.

Atendamos o infante oferecendo, à manhã da vida, a promessa de um futuro seguro.

Nem a energia improdutiva; nem o carinho pernicioso; nem a assistên-cia socorrista prejudicial às fontes do valor pessoal; nem a negligencia em nome da confiança no Pai de Todos; nem a vigilância que deprime; nem o arsenal de descuidos em respeito fal-so ao futuro homem...

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, com-preendida e praticada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”. (LE, q. 685- nota de Kardec).

“Só a Educação poderá reformar os homens”. (LE, q. 796)

Mas, acima de tudo, comedimen-to de atitudes com manancial farto de recursos pessoais e exemplos fecun-dos, porquanto, as bases do futuro encontram-se na criança de hoje, tanto quanto o fru-to do porvir dormi-ta na flor perfuma-da de agora.

Cuidemos do infante, ofere-cendo o carinho fraterno dos nos-sos recursos, confiados de que, um dia, seremos convidados a oferecer ao Pai Misericordioso o resultado da nossa atuação junto àquele cuja guarda esteve aos cuidados do nosso coração.

Bezerra de Menezes

Fonte: Compromissos Iluminativos, psicografia de Divaldo Pereira Fran-co, Editora LEAL.“A primeira ideia que uma criança precisa ter é a diferença entre o bem e o mal. E a principal função do edu-cador é cuidar para que ela não con-funda o bem com a passividade e o mal com a atividade”. (Maria Montessori)

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A Família na Visão Espírita

O milagre da vida orgânica através da fecundação favorece a multiplica-ção dos seres vivos, facultando, no reino hominal, a existência da conste-lação familiar.

A sucessão natural daqueles que chegam em relação aos que já se en-contram e aos que retomaram, forma a colmeia humana de diferentes níveis etários, permitindo que as experiên-cias sejam transferidas de uma para outra geração.

A educação, no entanto, não se res-tringe às informações que são pas-sadas pelos responsáveis familiares, ampliando-se da instrução à formação de hábitos, à correção de condutas equivocadas, à construção de novos costumes ético-morais que a convi-vência plasma nos aprendizes...

Todavia, para que a educação al-cance a finalidade a que se destina, faz-se necessário que os arquivos do inconsciente do educando possuam os tesouros que devem ressumar os estí-mulos dos preceptores, incorporando--se ao eu consciente que os vivenciará saudavelmente.

Nesse conjunto de experiências no lar, os avós desempenham significati-va importância, quando compreendem a função que lhes corresponde, não as extrapolando sob pretexto algum. Quando isso sucede, perturbações e destrambelhos nos relacionamentos ocorrem na estrutura doméstica.

É inadiável a compreensão dos deveres que a cada qual competem, de forma que não se interfiram reci-procamente nas realizações que lhes não dizem respeito. A convivência saudável deve estruturar-se na consi-deração que deve ser mantida entre os membros do mesmo clã, ninguém desejando superar os limites que lhe estão impostos, sob justificativas sal-vacionistas, sempre de resultados pre-judiciais...

Cabem aos pais as graves responsa-bilidades a respeito da orientação dos filhos e da edificação da família que constituem.

Habitem ou não os avós no mesmo núcleo, a sua deve ser uma conduta afável, sem interferências diretas no comportamento dos educadores. A sua experiência é-lhes válida, no que diz respeito aos seus compromissos em relação aos demais membros do clã, havendo cessado, ao concluir a educação dos filhos e deixando-os agora assumir os próprios deveres.

As rixas descabidas e defluentes do egoísmo e demais paixões, cons-tituem péssimo exemplo de compor-tamento coletivo, por culminarem em sentimentos inamistosos e ódios, mui-tas vezes desastrosos para todos que se encontram envolvidos na mesma família.

De maneira idêntica, os apegos ex-cessivos aos filhos, masculinos ou fe-mininos, geram conflitos com os seus parceiros, expressando as íntimas in-satisfações e frustrações anteriores, agora disfarçadas, que se exteriorizam na condição de sogros falsamente pro-tetores. Inseguros, esses genitores de-sejam realizar o que não conseguiram quando lhes competia educar sauda-velmente, e a imaturidade, os precon-ceitos, os tormentos pessoais não lhes permitiram fazer.

Quando os filhos elegem os par-ceiros, aos quais se unem, não neces-sitam da intervenção dos genitores, devendo arcar com as consequências da sua escolha. Como tiveram a liber-dade de identificar-se com outrem que lhe parece ideal para a convivência, é justo que sejam responsabilizados pelo relacionamento, especialmente no que diz respeito à convivência ínti-ma, que ninguém tem o direito de in-terferir, em face da sua complexidade e significados individuais.

Assim, cabe-lhes a assunção dos deveres em relação à prole, não a transferindo para os atuais avós, cuja contribuição não deve ir além da con-dição de cooperadores quando solici-tados, de apoio e de carinho, eximin-do-se a grave postura de acobertar erros dos netos, de agir equivocada-mente em relação a eles, acreditando que a orientação dos genitores está incorreta...

Basta uma reflexão singela para dar-lhes sentido à conduta: gostariam que, anteriormente, os seus pais inter-ferissem na maneira como se conduzi-ram em relação aos filhos?!

Não fazer a outrem o que não gos-tariam que lhes fosse feito, continua sendo uma regra áurea de convivência em todo grupo social, especialmente no familial.

Filhos, especialmente femininos, aturdidos e irresponsáveis, desejando viver em desregramento sexual, quan-do se tornam mães, sem estrutura, ao invés de haverem tomado providên-cias para evitar a fecundação e não o fizeram, entregam às mães os filhos do desamor e da leviandade, como se fossem crias abandonadas, partindo para novas e desvairadas condutas.

Infelizmente, algumas genitoras que se fazem superprotetoras dessas filhas insensatas, tomando-lhes os rebentos, estimulam-nas ao prosse-guimento da inconsequência que, às vezes, raia pela desventura, assim aju-dando-as em mais comprometimentos morais e espirituais.

Insistissem para que assumissem o dever em relação à prole e seriam, pelo menos, em parte, coarctadas na falsa liberdade, ante o dever de ex-perienciar a vivência ao lado desses seres que reiniciam a jornada terrestre em situação afligente.

A ignorância de muitas dessas al-mas maternas, avós por imposição do

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

Presença dos avós

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descompasso moral dos filhos, tam-bém desconhecedores dos códigos de honra, responde pelas extravagâncias desses órfãos de pais vivos...

Como, normalmente, nas classes social e economicamente menos fa-vorecidas, os pais seguem adiante ignorando os filhos que geram, sendo quase sempre as mulheres as vítimas da situação tormentosa.

Em sentido oposto, entre pais mais esclarecidos e melhormente aquinhoa-dos economicamente, quando as filhas optam pela conduta inconsequente e engravidam, logo assumem a postura salvacionista de cuidarem do filhinho que nasce, a fim de que receba todo o conforto e assistência, olvidam-se que o mais eficiente e natural amor é o da própria mãe, que não deve ser substi-tuída pela avó exageradamente assis-tencialista.

É certo que existem situações que constituem exceções e devem ser consideradas com seriedade, sem pie-guismos, sem exageros, com a ternura e o sentimento que a situação propi-cia.

A reencarnação, no entanto, coloca no proscênio terrestre as mesmas per-sonagens, que trocam de papel, para reajustamento, aprendem no turbilhão

dos conflitos o respeito e a disciplina que são necessários para a libertação do egoísmo e da rebeldia que os ca-racterizam.

Aos avós, pois, está facultada a tarefa de amar os netos, mas cuida-dosamente, a fim de não os tornar soberbos, especiais, em relação às outras crianças, aprendendo a alargar a família consanguínea com aqueles que sofrem carência, desenvolvendo o germe do amor universal num con-junto ampliado.

O conceito repetido de que os avós são pais por segunda vez, não os cre-dencia a que exonerem os genitores biológicos a respeito dos cuidados para com os seus descendentes, cada familiar, portanto, desincumbindo-se do dever que lhe diz respeito.

A figura antes venerada dos avós, atualmente substituída pela proteção de pessoas mais jovens na progeni-tura, permanecerá para sempre como digna de respeito dos filhos, espe-cialmente quando a idade provecta e enfermidades tomarem suas energias, credores de amor e de cuidados, con-forme o fizeram quando se desincum-bindo dos compromissos de família no passado próximo.

Multiplicam-se, nos dias atuais, sob

pretextos e justificações descabidos, o abandono aos pais idosos, afasta-dos dos netos, atirados em prisões douradas - lares para terceira idade - onde não são visitados ou o são uma vez por ano, ou mesmo abandonados nos tugúrios da miséria onde residem, longe dos netinhos que lhes constitui-riam, com a inocência e garrulice pe-culiares à infância, motivos de alegria e de felicidade...

Na construção familiar, também ocorre, em não poucas ocasiões, se-rem empurrados para os porões, os quartos dos fundos dos lares confortá-veis, e proibidos de aparecerem para não causarem constrangimentos aos filhos, saudáveis e ingratos, desfilan-do nas reuniões domésticas da ilusão com os seus amigos...

Todos, porém, envelhecem, enfer-mam e morrem - é lei da vida.

Os avós, na família, são bênçãos de amor que nunca se devem transformar em focos de dissensão ou de malque-rença.

Joanna de Ângelis

Fonte: Constelação Familiar, psico-grafia de Divaldo Pereira Franco, li-ção 6, Editora LEAL.

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Clareando as Ideias com Kardec

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Justiça da reencarnaçãoEm que se funda o dogma da reencarnação?

“Na justiça de Deus e na re-velação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sem-pre aberta a seus filhos uma por-ta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicida-de eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem re-missão.”

Nota de Kardec - Todos os Es-píritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou con-cluir numa primeira prova. Não obraria Deus com equidade, nem de acordo com a Sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriun-

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

dos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irrevogavel-mente depois da morte, não se-ria uma úni-ca a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todas dispen-sa. A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existên-cias sucessivas, é a única que corresponde à ideia que for-mamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam. O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure con-

soladora esperança na doutri-na da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode con-tar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele.

Sustém-no, porém, e lhe reani-ma a coragem a ideia de que aquela inferioridade não o de-serda eternamente do supremo bem e que, mediante novos es-forços, dado lhe será conquistá--lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar pro-veito? Entretanto, essa experi-ência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 171, Edi-tora FEB.

Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios

de alcançá-la,

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Do Outro lado da Vida

Van DurstAntigo funcionário falecido em Antuérpia, em 1863, com oi-tenta anos de idade.

Nota - Pouco depois do seu de-cesso, tendo um médium pergunta-do ao seu guia se poderia evocá-lo, responderam-lhe: “Este Espírito lentamente se refaz da sua per-turbação, e, conquanto possa res-ponder-vos imediatamente, muitas mágoas lhe custaria tal comunica-ção. Peço-vos espereis ainda uns quatro dias, pois até lá ele saberá das boas intenções manifestadas a seu respeito, e a elas corresponde-rá amistosa e gratamente.”.

Decorridos os quatro dias re-cebemos a comunicação seguin-te:

“Meu amigo, bem leve na balan-ça da eternidade foi o fardo da mi-nha existência, e, no entanto bem longe estou de ser feliz. A minha condição humilde e relativamente ditosa é de quem não fez o mal, sem que por isso visasse à perfei-ção. E se pode haver pessoas fe-lizes numa esfera limitada, eu sou desse número. O que sinto é não ter conhecido o que ora conheceis, porque a minha perturbação não se prolongaria por tanto tempo, seria menos dolorosa.

De fato, ela foi grande; viver e não viver, estar rudemente preso

A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espírito retoma a vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiritual, ou seja, seu perispírito. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 153, 150 e 150-a).

ao corpo sem poder servir-se dele, ver os que nos foram caros, sentin-do extinguir-se o pensamento que a eles nos prende, oh! que coisa horrível! Que momento cruel esse em que o aturdimento nos empolga e constrange, para desfazer-se em trevas logo após! Sentir tudo, para estar um momento depois aniqui-lado! Quer-se ter a consciência do seu eu, sem encontrá-la; não exis-tir, e sentir que se existe!

Perturbação profunda! Depois, transcorrido um tempo incalcu-lável de angústias contidas, sem forças para senti-las, depois, digo, desse tempo que parece intermi-nável - o renascimento gradual da vida, o despertar de uma nova aurora em outro mundo! Nada de corpo material nem de vida terres-tre! Vida, sim, mas imortal!

Não mais homens carnais, po-rém formas diáfanas, Espíritos que deslizam, que surgem de todos os lados, que vos cercam e que não podeis abranger com a vista, por-que é no infinito que flutuam! Ter ante si o Espaço e poder franqueá--lo à vontade! Comunicar-se pelo pensamento com tudo que vos en-volve! Que vida nova, meu amigo, nova, brilhante e cheia de ventura! Salve, oh! salve, eternidade que me conténs em teu seio!... Adeus, Terra que por tanto tempo me re-tiveste afastado do elemento natu-ral da minha alma! Não... eu nada

mais de ti dependia, porque és a terra do exílio, e a maior das feli-cidades que dispensas nada vale! Soubesse eu o que sabeis, e quão fácil e agradável me seria a inicia-ção na vida espiritual! Sim, por-que saberia, antes de morrer, o que mais tarde somente deveria conhe-cer, no momento da separação, de forma a desprender-me facilmen-te. Estais vós outros no caminho, porém, certificai-vos de que todo o adiantamento é pouco. Dizei-o a meu filho tantas vezes quantas bastem para que se instrua e creia, porque, do contrário, a nossa sepa-ração continuará aqui.

Amigos, adeus a todos vós; espero-vos, e, enquanto estiver-des na Terra, virei muitas vezes instruir-me convosco, visto como sei menos ainda que muitos den-tre vós. Notai que aqui onde estou, sem velhice que me enfraqueça nem entraves de qualquer espé-cie, aprenderei mais depressa e facilmente. Aqui se vive às claras, caminhando com desassombro, tendo ante os olhos horizontes tão belos que a gente se torna impa-ciente por abrangê-los. Adeus, deixo-vos, adeus.

Van Durst.”

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo II, Edi-tora FEB.

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos

horários das Reuniões Públicas Noturnas.

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Elucidações Doutrinárias

Quase todos os santuários reli-giosos divididos entre si, na esfera dogmática, isolam-se indebitamente, disputando privilégios e primazias. E até mesmo nos círculos da atividade cristã, o espírito de exclusivismo tem domi-nado grupos de escol, desde os primeiros séculos de sua constituição.

Em nome do Cristo, mui-tas vezes a tirania política e o despotismo intelectual or-ganizaram guerras, atearam fogueiras, incentivaram a perseguição e entronizaram a morte.

Pretendendo representar o Mestre, que não possuía uma pedra onde repousar a cabeça dolorida, o Impera-dor Focas estabelece o Pa-pado, em 607, exalçando a vaidade romana.

Supondo agir na condição de seus defensores, Godo-fredo de Bulhão e Tancre-do de Siracusa organizam, em 1096, um exército de 500.000 homens e estimu-lam conflitos sangrentos, combatendo pela reivindi-cação de terras e relíquias que recor-dam a divina passagem de Jesus pela Terra. Acreditando preservar-lhe os princípios salvadores, Gregório IX, em 1231, consolida o Tribunal da In-quisição, adensando a sombra e for-talecendo criminosas flagelações, no campo da fé religiosa. Convictos de garantir-lhe a Doutrina, os sacerdotes punem com o suplício e com a morte valorosos pioneiros do progresso pla-netário, quais sejam Giordano Bruno e João Huss.

Semelhantes violências, todavia, não passam de manifestações do espí-

rito belicoso que preside as inquietu-des humanas.

Cristo nunca endossou o dogmatis-mo e a intransigência por normas de

ação.Afirma não haver nascido para des-

truir a Lei Antiga, mas para dar-lhe fiel cumprimento.

Não hostiliza senão a perversidade deliberada.

Não guerreia.Não condena.Não critica.Combate o mal, socorrendo-lhe as

vítimas.Dá-se a todos.Ensina com paciência e bondade o

caminho real da redenção.Começa o ministério da palavra,

conversando com os doutores do Templo, e termina o apostolado, pa-lestrando com os ladrões.

A ninguém desdenha e os transvia-dos infelizes lhe merecem mais calorosa atenção.

Prepara o espírito dos pescadores para os gran-des cometimentos do Evangelho, com admirá-vel confiança e profunda bondade, sem exigir-lhes qualquer atestado de pu-reza racial.

Auxilia mulheres des-venturadas, com sereni-dade e desassombro, em contraposição com os preconceitos do tempo, trazendo-as, de novo, à dignidade feminina.

Não busca títulos e, sim, inclina-se, atencioso, para os corações.

Nicodemos, o mestre de Israel, e Bartimeu, o cego desprezado, rece-bem dEle a mesma ex-pressão afetiva.

A intolerância jamais compareceu ao lado de Jesus, na propagação da

Boa Nova.O isolacionismo orgulhoso, na es-

fera cristã, é simples criação humana, fadado naturalmente a desaparecer, porque, na realidade, nenhuma dou-trina, quanto o Cristianismo, trouxe, até agora, ao mundo atormentado e dividido os elos de amor e luz da ver-dadeira solidariedade.

Emmanuel

Fonte: Roteiro, psicografia de Fran-cisco Cândido Xavier, lição 18, Edi-tora FEB.

“Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo”. “O véu se levanta a seus olhos à medida que ele se depura”. “A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu”. ( O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 17, 18 e 19).

Evangelho e Esclusivismo

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 15

Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

Memórias de um Suicida – 1955

“... Jesus saiu e viu um cobrador de impostos chamado Levi, que es-tava na coletoria. Jesus disse para ele: ‘Siga-me’. Levi deixou tudo, levantou-se e seguiu Jesus. Levi ofereceu-lhe (a Jesus), então, uma grande festa em sua casa e com eles estava à mesa numerosa multidão de publicanos e outras pessoas. Os fari-

seus e seus escribas murmuravam e diziam aos discípulos dele: ‘Por que comeis e bebeis com os publi-canos e com os pecadores? ’ Jesus, porém, tomando a palavra, disse--lhes: ‘Os sãos não têm necessida-de de médico e sim os doentes; não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento’.”.

(Lucas, capítulo 5, VV 29 a 32).

Esclarecendo: “Os cobradores de impostos

eram desprezados e marginaliza-dos porque colaboravam com a do-minação romana, cobrando impos-to e, em geral, aproveitando para roubar. Jesus rompe os esquemas

sociais que dividem os ho-mens em bons e maus, puros e impuros. Chamando um cobrador de impostos para ser seu discípulo e comen-do com os pecadores, Jesus mostra que sua missão é reunir e salvar aqueles que a sociedade hipócrita rejei-ta como maus”.

Fonte: Bíblia Sagrada, Novo Testamento, edição pastoral, Edições Pau-linas.

Relembrando as Passagens de Jesus

E assim nos relatam os evangelistas.

Refeição com os pecadores na casa de Levi

Essa portentosa obra está distri-buída em três partes: Os Réprobos, Os Departamentos, A Cidade Uni-versitária. Esteve, por vários anos, aguardando encaminhamento para publicação, conforme instruções recebidas pela médium. Léon Denis assistiu a elaboração da obra, prefa-ciando-a a partir da 2ª edição, tendo sido incumbido, pelos maiores da espiritualidade, do exame, revisão e compilação de toda ela. Memórias de um Suicida descreve a condição do Espírito que busca a desencar-nação através do suicídio. Focaliza as experiências tormentosas vivi-das por este, para que reflitamos nas conseqüências de tal ato. Em sua 1ª parte, relata os padecimentos

do Espírito após a desencarnação voluntária, relacio-nando as regiões, os seus habitantes e os sofrimentos atrozes a que são arrastados. São os Réprobos do “Vale dos Suicidas”. É ainda nesta 1ª par-te que Camilo narra o trabalho de resgate e socorro dos irmãos infortunados, pelos “Servos de Maria”, descrevendo o local, o tratamento e as im-pressões vividas pe-los assistidos. Na 2ª e 3ª partes, focaliza os trabalhos

de instrução necessários para uma nova reencarna-ção, onde todos buscarão a reabi-litação. Conclui, enfocando a lei de causa e efeito, enfatizando a re-encarnação como meio para resgatar os débitos adquiri-dos.

Fonte: O Voo de uma Alma, Augusto Marques de Frei-tas, Editora CELD.

Colaboração: Fátima Branquinho

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Clareando / Ano IX / Edição 152 / Maio . 2016 - Pág . 16

Reflexão

SabiaVocê ?

“Foi então que a raposa apareceu:- Bom dia, disse a raposa.- Bom dia, respondeu o principezi-

nho.- Quem és tu? Perguntou o princi-

pezinho.- Sou a raposa, dis-

se a raposa.- Vem brincar co-

migo, propôs o prin-cipezinho. Estou tão triste....

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me ca-tivaram ainda.

Após uma reflexão ele perguntou:

- Que quer dizer cativar?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os ho-mens, disse o prin-cipezinho. Que quer dizer cativar?

- Os homens, disse a raposa, tem fu-zis e caçam. E são incômodos! Criam galinhas também. Tu procuras gali-nhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer cati-var?

- É uma coisa bem esquecida, disse

Amizadea raposa. Significa “criar laços”.

- Criar laços?- Exatamente, disse a raposa. Tu não

és para mim senão um garoto igual a cem mil outros garotos. E eu não te-

nho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.

- Começo a compreender, disse o principezinho.

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o principezinho.

- Por favor, cativa-me! Disse ela.- Bem quisera, disse o principezi-

nho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a des-cobrir e muitas coi-sas a conhecer.

- A gente só co-nhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!”

Fonte: O Pequeno Príncipe, Saint Exu-

péry.

Complementação doutrinária:“A vida social está em a Natureza. Deus fez o homem para viver em so-ciedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.” (O Li-vro dos Espíritos – questão 766).

“Os livros de História do Brasil têm uma enorme dívida a saldar com esta fantástica figura brasileira que foi Mariano José Pereira da Fonseca (1773-1848), o Marquês de Maricá. Esse admirável personagem, que não recebe mais de duas ou três linhas em qualquer desses livros, foi o primeiro a divulgar as bases da Doutrina Espírita no Brasil, antes mesmo dos fenômenos en-volvendo as Irmãs Fox e da publicação do primeiro livro de Allan Kardec”.“... pregava em seus livros muitos dos ensinamentos que, só mais tarde, foram transmitidos ao Codificador, através das mensagens

recebidas por vários médiuns”.Vejamos algumas de suas Máximas:

• “Os mundos, como os homens, são também mortais”.• “Pode haver e é provável que haja, nos outros sistemas e

mundos, criaturas vivas que, não sendo impassíveis pela sua organização corporal, se tornem tais pela sua supe-rior inteligência”.

• “Os homens enganam-se com a ideia de um progresso material e intelectual que esperam neste mundo, e que só pode verificar-se em outros e outras vidas”.

• “Um casulo é o túmulo de uma lagarta e o berço de uma borboleta; também a morte para o homem é o princípio de uma nova e melhor vida”.

Fonte: Memória Espírita. Papéis Velhos e Histórias de Luz, João Marcus Weguelin, volume 4, Edições Léon Denis.

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Progressão dos mundos

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

“Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade. Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra...”. (E.S.E., XXVIII, item 9)

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Doação

Bem-Vinda

"E u sou um espírito alegre; alegria faz parte da minha vida... Porque lida com os mortos, o médium não tem que ser um velório ambulante." Fonte: "Orações de Chico Xavier" - Carlos A. Baccelli

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, ani-mados e inanimados, foram submeti-dos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coi-sas, é apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para re-nascer e nada sofre o aniquilamento.

Ao mesmo tempo em que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos

em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas dife-rentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imper-ceptíveis para cada geração, e a ofe-recer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda

do progresso. Marcham assim, pa-ralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada em a Natureza permanece esta-cionário. Quão grandiosa é essa ideia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam!

Segundo aquela lei, este mundo es-teve material e mo-ralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se al-çará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos

seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus.

Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Es-piritismo, Allan Kardec, capítulo III, item 19, editora FEB.

...nada em Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é

essa ideia e digna da majestade do Criador!

FESTA

JUNINA

19/06/2016

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Eurípedes Barsanulfo - Apóstolo da Caridade

“Começara Eurípedes Barsanul-fo, o apóstolo da mediunidade, em Sacramento, no Estado de Minas Gerais, a observar-se fora do corpo físico, em admirável desdobramen-to, quando certa feita, à noite, viu a si próprio em prodigiosa volitação. Embora inquieto, como que arrasta-do pela vontade de alguém num tor-velinho de amor, subia, subia...

Subia sempre. Queria parar e descer, reaver o

veículo carnal, mas não conseguia. Braços intangíveis tutelavam-lhe a sublime excursão. Respirava outro ambiente. Envergava forma leve, res-pirando num oceano de ar mais leve ainda... Viajou, viajou, à maneira de pássaro teleguiado, até que se reco-nheceu em campina verdejante. Re-parava na formosa paisagem, quan-do, não longe, avistou um homem que meditava, envolvido por doce luz.

Como que magnetizado pelo des-conhecido, aproximou-se...

Houve, porém, um momento em que estacou trêmulo.

Algo lhe dizia no íntimo para que não avançasse mais...

E, num deslumbramento de júbilo, reconheceu-se na presença do Cristo.

Baixou a cabeça, esmagado pela honra imprevista, e ficou em silên-cio, sentindo-se como um intruso, incapaz de voltar ou seguir adian-te.

Recordou as lições do Cristianis-mo, os Templos do Mundo, as ho-menagens prestadas ao Senhor, na literatura e nas artes, e a mensagem d’Ele a ecoar entre os homens, no curso de quase vinte séculos...

Ofuscado pela grandeza do mo-mento, começou a chorar...

Grossas lágrimas banhavam-lhe o rosto, quando adquiriu coragem e er-gueu os olhos, humilde.

Viu, porém, que Jesus também

chorava... Trespassado de súbito sofrimento,

por ver-lhe o pranto, desejou fazer algo que pudesse reconfortar o Ami-go Sublime... Afagar-lhe as mãos ou estirar-se à maneira de um cão leal aos seus pés...

Mas estava como que chumbado ao solo estranho...

Recordou, no entanto, os tormen-tos do Cristo a se perpetuarem nas criaturas que até hoje, na Terra, lhe atiram incompreensão e sarcasmo...

Nessa linha de pensamento não se conteve. Abriu a boca e falou, supli-cante:

__ Senhor, por que choras?O interpelado não respondeu.Mas desejando certificar-se de que

era ouvido, Eurípedes reiterou:__ Choras pelos descrentes do

mundo?Enlevado, o missionário de Sacra-

mento notou que o Cristo lhe respon-dia agora com o olhar. E, após um instante de atenção, respondeu em voz dulcíssima:

__ Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amar. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...

Eurípedes não saberia descrever o que se passou então.

Como se caísse em profunda som-bra, ante a dor que a resposta lhe trouxera, desceu, desceu...

E acordou no corpo de carne.Era madrugada. Levantou-se e não

mais dormiu.E, desde aquele dia, sem comuni-

car a ninguém a divina revelação que lhe vibrava na consciência, entregou--se aos necessitados e aos doentes, sem repouso sequer de um dia, ser-vindo até a morte”.

Fonte: A Vida Escreve, Hilário Silva, pelo médium Francisco Cândido Xa-vier, Editora FEB.

O Encontro de Jesus com Eurípedes Barsanulfo

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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Suplemento Infantojuvenil

A ociosidade

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :

a estante de lIvros,JanIna trapp, edItora ferGs.

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)

Quando em pequenos, meu irmão e eu éramos va-dios e preguiçosos. Todo pretexto nos servia para fal-tarmos com os nossos deveres, cabular as aulas e ficar vagabundeando pelos pomares, campos ou quartei-rões da cidade onde vivíamos.

Evidentemente nossos pais se aborreciam com aquilo, mas, em lugar de nos castigar ou partir para uma agressão física, esperavam o momento certo para nos advertir mais seriamente, sem saírem do tra-tamento amorável e paciente que nos dispensavam.

Esse momento chegou quando, em certo dia, de-pois do almoço, nos preparávamos para mais uma vadiagem. Nossa mãe não se dirigiu a mim, mas a meu irmão. Desconfiado e expectante, fiquei a espe-rar pelo que se ia dar. Em seu tom de voz habitual e como que ocasionalmente, ela disse:

- Meu filho, será que você poderia me fazer um favor?

- Pois não, mamãe! Eu percebi que meu irmão também não estava se-

guro do que se ia dar. Mamãe prosseguiu: - Eu gostaria que você fosse até aquele terreno bal-

dio e viesse me contar o que existe ali. O terreno ficava quase em frente à nossa casa e

nós o conhecíamos muito bem, pois servia aos nossos constantes lazeres. Entretanto, mesmo assim ele aten-deu e poucos minutos depois ele voltava.

- Mamãe, ali só existem lixo e porcaria. Metais en-ferrujados, papéis, vidros quebrados, arames, garra-fas. Nada que se aproveite.

Como se não tivesse ouvido a última observação, mamãe perguntou:

- Mas, não haverá uma serventia para aquelas coi-sas?

- Ah! Mamãe, está claro que não. Voltando-se para mim ela pediu: - Agora você, meu filho. Vá até o portão do jardim

e venha me contar o que existe nos outros terrenos. Aquilo também era claro, mas, como meu irmão,

obedeci. E voltei logo, dizendo: - Nos outros terrenos há casas, pomares e jardins. - Que coisa! Disse mamãe pensativa. Porque será

que se acumularam tantas coisas inúteis no terreno baldio?

Eu e meu irmão, triunfantes respondemos quase que ao mesmo tempo:

- Ora, mamãe, porque ele está vazio. - Pobre terreno! Exclamou mamãe. Não sendo

aproveitado para nada, transformou-se em deposito de lixo. Isso dá o que pensar, pois é como os dias de nossa vida. Se não soubermos aproveitá-los, vão se enchendo de coisas inúteis. Uma vida ociosa é como um terreno baldio: recolhe tudo que é ruim e imprestável. É por isso que, na vida do homem tra-balhador, que sabe encher bem os seus dias, não há lugar para os vícios, maldades, e enganos de qual-quer espécie.

Mamãe não tinha terminado ainda de dizer e meu irmão e eu já nos entreolhávamos rubros de vergonha.

É escusado dizer que modificamos. E, ao longo dos anos, em diversas circunstâncias da vida, quando se nos apresenta qualquer ociosidade, nos lembramos daquele terreno vazio, cheio de papéis velhos, cacos de vidros e lixo. Tudo inaproveitável.

Do livro " E, para o resto da vida...", Autor: Wallace Leal V. Rodrigues, Editora: O Clarim