curso regular de contabilidade … · por quase oito anos, serviço de intendência, onde exerci...

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www.thcursos.com.br CURSO EM PDF - 2015 CURSO REGULAR DE CONTABILIDADE GERAL Prof. Eduardo Waga 1 AULA 1 - DEMONSTRATIVA APRESENTAÇÃO Olá, alunos. Tudo bem? Sou o Prof. Eduardo Waga e estou aqui para ajudá-los com a disciplina CONTABILIDADE GERAL. Este curso foi desenvolvido com a matéria básica que é cobrada nos principais concursos para contador, área fiscal, tribunais de contas, controladorias e também destina-se aos interessados em realizar o exame de suficiência. Irei acompanhá-los na conquista da tão sonhada vaga e, para isso, além da parte teórica cobrada nos principais certames, disponibilizarei a resolução de centenas de questões de concursos recentes. Ao longo do curso, tentarei utilizar uma linguagem bem coloquial, como se estivéssemos conversando. É bem verdade que, às vezes, faço uso de umas palavras mais rebuscadas (olha aí!!!), mas nem tanto, e acho que peguei esse hábito do meu pai, que fala o português tão complicado que, por vezes, parece outro dialeto. Agora, vamos a um breve histórico sobre a minha vida acadêmica e profissional: Comecei minha vida universitária cursando Direito no IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais), até o dia em que percebi que não era esta carreira que eu pretendia para o resto de minha vida e tranquei o curso. Decidi que queria ser servidor público e, para me preparar, ingressei no curso de Ciências Contábeis da extinta FABEC (Faculdade da Academia Brasileira de Educação e Cultura), que, àquela época, era administrada pela Academia do Concurso Público e o foco não poderia ser diferente: concurso público. Me formei em 2012, e, dentre outros resultados positivos, fui aprovado em 2° lugar para o cargo de Analista de Controle Interno da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, cargo que exerço até hoje.

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CURSO REGULAR DE CONTABILIDADE GERAL Prof. Eduardo Waga

1

AULA 1 - DEMONSTRATIVA

APRESENTAÇÃO

Olá, alunos. Tudo bem?

Sou o Prof. Eduardo Waga e estou aqui para ajudá-los com a disciplina

CONTABILIDADE GERAL.

Este curso foi desenvolvido com a matéria básica que é cobrada nos principais

concursos para contador, área fiscal, tribunais de contas, controladorias e

também destina-se aos interessados em realizar o exame de suficiência. Irei

acompanhá-los na conquista da tão sonhada vaga e, para isso, além da parte

teórica cobrada nos principais certames, disponibilizarei a resolução de centenas

de questões de concursos recentes.

Ao longo do curso, tentarei utilizar uma linguagem bem coloquial, como se

estivéssemos conversando. É bem verdade que, às vezes, faço uso de umas

palavras mais rebuscadas (olha aí!!!), mas nem tanto, e acho que peguei esse

hábito do meu pai, que fala o português tão complicado que, por vezes, parece

outro dialeto.

Agora, vamos a um breve histórico sobre a minha vida acadêmica e profissional:

Comecei minha vida universitária cursando Direito no IBMEC (Instituto Brasileiro

de Mercados e Capitais), até o dia em que percebi que não era esta carreira que

eu pretendia para o resto de minha vida e tranquei o curso.

Decidi que queria ser servidor público e, para me preparar, ingressei no curso de

Ciências Contábeis da extinta FABEC (Faculdade da Academia Brasileira de

Educação e Cultura), que, àquela época, era administrada pela Academia do

Concurso Público e o foco não poderia ser diferente: concurso público.

Me formei em 2012, e, dentre outros resultados positivos, fui aprovado em 2°

lugar para o cargo de Analista de Controle Interno da Secretaria de Fazenda do

Estado do Rio de Janeiro, cargo que exerço até hoje.

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Além disso, sou pós-graduado em Auditoria e Controladoria pela Universidade

Cândido Mendes.

Antes de ser aprovado para o meu cargo atual, fui oficial do Exército Brasileiro

por quase oito anos, serviço de Intendência, onde exerci diversas funções

administrativas.

Na Secretaria de Fazenda, já trabalhei como analista na Auditoria Geral do

Estado e fui diretor de contabilidade da Secretaria de Obras. Hoje em dia, sou

contador na Secretaria de Estado de Governo. Frisa-se que os cargos de

contador, independente da secretaria onde são exercidos, pertencem à

Secretaria de Fazenda.

Feitas as devidas apresentações, falemos um pouco de nosso curso:

Procurarei dar atenção aos principais tópicos cobrados nos concursos para as

áreas de contador, de controle e fiscal. Temos que dar atenção especial às

atualizações que ocorreram na contabilidade nos últimos anos, principalmente

com relação aos pronunciamentos e interpretações técnicas do Comitê de

Pronunciamentos Contábeis.

É claro que não abordaremos todos os tópicos existentes na Contabilidade Geral,

afinal, este não é o objetivo.

E qual é o nosso objetivo? Embasar seu conhecimento na matéria para que,

quando o edital do concurso de seu interesse seja lançado, você já esteja, no

mínimo, com a maior parte do caminho percorrido, tendo apenas que aparar

pequenas arestas.

Para aqueles que desejam se aprofundar ainda mais no tema, recomendo o livro

“Contabilidade Geral – Teoria e mais de 1.000 questões” do autor Ed Luiz

Ferrari. Este livro possui cerca de 1.300 páginas e aborda todos os aspectos da

Contabilidade Geral.

O diferencial deste curso é que, além da parte teórica, compreenderá a

resolução de centenas de questões de concursos.

O nosso cronograma de aulas é o seguinte:

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AULA CONTEÚDO POSTAGEM

AULA 1

DEMO

Aspectos introdutórios (Conceito, objeto, objetivos,

finalidade, funções da contabilidade, campo de

aplicação, usuários da informação contábil, técnicas

contábeis), Princípios de contabilidade (aprovados pelo

Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução CFC

n.º 750/1993, atualizada pela Resolução CFC nº

1.282/2010), Regime de Competência e Regime de

Caixa.

Imediata

AULA 2

Características qualitativas da informação contábil-

financeira útil (CPC 00), Patrimônio (conceito e

composição), Componentes Patrimoniais: Ativo,

Passivo e Patrimônio Líquido. Diferença entre capital e

patrimônio. Equação Fundamental do Patrimônio.

21/09/2015

AULA 3

Atos e Fatos Contábeis (permutativos, modificativos e

mistos). Contas (Conceito, Estrutura, Débito, Crédito e

saldo), Contas Patrimoniais e de Resultado. Teoria das

Contas. Escrituração e Lançamentos Contábeis:

Sistema de Partidas Dobradas, Fórmulas e elementos

básicos. Livros de escrituração: Diário e Razão. Erros

de escrituração e suas correções. Balancete de

verificação.

05/10/2015

AULA 4 Operações Típicas (definição das operações e

escrituração) 12/10/2015

AULA 5

Balanço Patrimonial (BP): obrigatoriedade e

apresentação. Grupos e subgrupos. Classificação das

contas, Critérios de avaliação do Ativo e do Passivo,

avaliação dos Investimentos.

26/10/2015

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AULA 6

Apuração de resultados. Demonstração do resultado

do exercício: estrutura, características e elaboração de

acordo com a Lei nº 6.404/1976.

09/11/2015

AULA 7

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

(DMPL) e Demonstração dos Lucros e Prejuízos

Acumulados (DLPA), ambas de acordo com a Lei nº

6.404/1976.

23/11/2015

AULA 8

Demonstrações Contábeis: Demonstração dos Fluxos

de Caixa (DFC): métodos direito e indireto. Notas

explicativas às demonstrações contábeis.

07/11/2015

AULA 9 Depreciação, Amortização e Exaustão. Operações com

mercadorias (Conceitos, Apurações e Inventários) 14/12/2015

É importante dizer que este curso se destina aos profissionais graduados em

qualquer nível superior, não necessitando ser contador para sua compreensão.

Assim, para algumas pessoas, alguns assuntos abordados podem parecer

básicos demais, mas sua exposição é importante para o nivelamento de

conhecimento e para que ninguém tenha dificuldades em assuntos que serão

apresentados posteriormente.

É extremamente difícil ser concursando e sei disso pois, apesar de já ter

conquistado minha aprovação, ainda o sou. Temos que abnegar de diversões e

prazeres do dia-a-dia, mas, acreditem em mim, quando seu nome estiver na

lista de APROVADOS e sua convocação for publicada em Diário Oficial, tudo terá

valido à pena.

Caso deseje entrar em contato para solucionar qualquer dúvida, não hesite, meu

e-mail é [email protected] e sempre procuro respondê-los diariamente.

Finalmente, vamos a nossa aula demonstrativa.

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CONTEÚDO DESTA AULA – SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO À MATÉRIA 6

2. CPC 00 – PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1) 8

3. CONCEITO DE CONTABILIDADE 9

4. OBJETO DA CONTABILIDADE 12

5. CAMPO DE APLICAÇÃO 13

6. FUNÇÕES DA CONTABILIDADE 15

7. FINALIDADE E USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 16

8. TÉCNICAS CONTÁBEIS OU RAMOS DA CONTABILIDADE 17

8.1. ESCRITURAÇÃO 17

8.2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 17

8.3. AUDITORIA 18

8.4. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 18

9. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 19

10. QUESTÕES DE CONCURSOS 40

11. QUESTÕES DE CONCURSOS – GABRITO COMENTADO 52

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1. INTRODUÇÃO À MATÉRIA

Há muito tempo, a base para o estudo da contabilidade geral ou societária

é a Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conhecida como Lei das

Sociedades por Ações ou Lei das Sociedades Anônimas.

Em decorrência da globalização e da abertura dos mercados, fez-se

necessário alinhar as normas contábeis brasileiras às normais internacionais.

Grandes empresas, ao abrir seu capital em bolsas de valores no exterior, eram

obrigadas a elaborar novos balanços que se adaptassem às normas

internacionais, ou seja, a mesma empresa elaborava demonstrações contábeis

de acordo com a legislação vigente no Brasil e outras, de acordo com a

legislação internacional. Em contrapartida, pelo mesmo motivo, era um

complicador para investidores do exterior analisarem a saúde econômica e

financeira das empresas nacionais.

Na tentativa de adaptar a Lei n° 6.404/76 às normas internacionais,

foram editadas as Leis n° 11.638/2007 e 11.941/2009. O resultado foi

insatisfatório em decorrência da redação divergente, mal realizada ou

incompleta de diversos artigos.

Como então solucionar as divergências criadas?

A própria Lei das Sociedades por Ações estabelece que as normas

expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que façam referências às

demonstrações financeiras das companhias abertas, deverão ser elaboradas em

consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos

principais mercados de valores mobiliários. Desta forma, implicitamente, a Lei

determina que as normas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis devem ter

preferência sobre a referida lei nos pontos de divergência, já que tais

pronunciamentos devem ser aprovados pela CVM.

Em nível internacional, diversos já foram os institutos responsáveis pela

edição das normas técnicas contábeis. Com o passar do tempo, os nomes foram

mudando, novos foram criados e, para evitar confusão, serão informados os

institutos existentes na atualidade.

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O 1° comitê de pronunciamentos contábeis internacionais era chamado de

IASC (Internacional Accounting Standards Committee), criado em 1973 por dez

países e suas normas expedidas eram chamadas de IAS (Internacional

Accounting Standard). Em 01/04/2001, foi criado, na mesma estrutura do IASC,

o IASB (International Accounting Standards Board), objetivando o

aprimoramento da estrutura técnica de formulação e validação dos novos

pronunciamentos internacionais, que passaram a se chamar IFRS (International

Financial Reporting Standard). Apesar da mudança de nomenclatura, diversas

IAS permanecem em vigor.

A partir de 1° de janeiro de 2005, todas as empresas da Europa, em

forma de empresas abertas, obrigatoriamente passaram a adotar as normas do

IFRS na publicação de suas demonstrações contábeis consolidadas.

No Brasil, o prazo inicial para adoção era 1° de janeiro de 2009, devendo

ser aplicado a todas as sociedades anônimas abertas e também as de capital

fechado de médio e grande portes, além dos bancos em geral. No entanto, tal

prazo foi postergado para o ano de 2010.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), foi criado em 2005

pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) n° 1.055/2005,

sendo uma entidade autônoma que objetiva o estudo, preparo, emissão e

divulgação de normas técnicas contábeis, visando a convergência da

Contabilidade brasileira aos padrões internacionais.

São os seguintes os produtos fornecidos pelo CPC:

Pronunciamentos Técnicos: chamados de “CPCs”, como o CPC 01 –

Redução ao Valor Recuperável.

Orientações Técnicas: chamadas de “OCPCs”, como a OCPC 01 –

Entidades e Incorporação Imobiliário.

Interpretações Técnicas: chamadas de “ICPCs”, com a ICPC 01 –

Contratos de Concessão.

Por último, ainda referente à convergência às normas internacionais de

contabilidade, o CFC emitiu, em 2011, a resolução n° 1.328, dispondo sobre as

regras que regulam a nova Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade.

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Com isso, a tendência atual dos concursos públicos é que a cobrança da

Lei n° 6.404/76 fique em segundo plano, figurando em primeiro plano os

OCPCs, ICPCs e, principalmente, os CPCs.

2. CPC 00 – PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1)

No dia 02/12/2011, o CPC emitiu a primeira revisão (R1) do

Pronunciamento Técnico 00 – Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura

Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.

Esta estrutura conceitual, conhecida como FRAMEWORK, não é

oficialmente um pronunciamento técnico, mas analisa em detalhes a estrutura

conceitual de preparação e apresentação das demonstrações contábeis no

padrão internacional. Vejamos como o próprio CPC trata este assunto:

“ Esta Estrutura Conceitual não é um Pronunciamento Técnico

propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para

qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Nada

nesta Estrutura Conceitual substitui qualquer Pronunciamento Técnico,

Interpretação ou Orientação.

Pode haver um número limitado de casos em que seja observado um

conflito entre esta Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico, uma

Interpretação ou uma Orientação. Nesses casos, as exigências do

Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos devem

prevalecer sobre esta Estrutura Conceitual. Entretanto, à medida que futuros

Pronunciamentos Técnicos, Interpretações ou Orientações sejam desenvolvidos

ou revisados tendo como norte esta Estrutura Conceitual, o número de casos de

conflito entre esta Estrutura Conceitual e eles tende a diminuir. “.

O CPC 00 já é uma regra em concurso público e isso é até lógico, já que

trata de todos os conceitos iniciais, e, por esse motivo, sempre estaremos

mencionando as informações que o compõe.

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Sempre que eu fizer menção a algum assunto tratado

em algum pronunciamento técnico, trarei ao lado a

logomarca do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

Farei isso para alertá-los da importância do assunto,

já que os CPCs estão em foco nas provas de concurso.

Viu a logomarca? Já sabe que é importante.

3. CONCEITO DE CONTABILIDADE

Quando o assunto é “Conceito de Contabilidade”, é muito comum

utilizarmos uma definição antiga, estatuída em 1924 no 1° Congresso Brasileiro

de Contabilistas: Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de

orientação, controle e registro relativas à administração econômica.

Mais recentemente, em 1986, no pronunciamento do IBRACON (Instituto

Brasileiro de Contadores) aprovado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários),

a contabilidade foi conceituada como um sistema de informação e avaliação

destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza

econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto

de contabilização.

É claro que a contabilidade evoluiu muito desde então, mas destes

conceitos podemos chegar a algumas conclusões importantes para a

continuidade do nosso estudo.

1) A contabilidade é uma ciência. Mais precisamente, é uma ciência social, e

não exata. É raro, mas é possível encontrarmos na prova uma questão

que tente confundir o candidato apontando a contabilidade como uma

metodologia, técnica ou como qualquer outra definição incorreta.

2) É uma ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e

registro dos atos e fatos administrativos de uma administração

econômica. Deve controlar o patrimônio.

3) É um sistema de informações, devendo prover seus usuários visando à

tomada de decisões.

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Esquematizando:

A decoreba dos conceitos apresentados sobre contabilidade não é o

objetivo do estudo. No decorrer das aulas deverão ser absorvidas diversas

informações e o aluno ainda possui outras matérias a estudar. Já pensou se

tiver que decorar tudo? Impossível.

Lembre-se sempre: mais importante que a decoreba é o entendimento do

assunto, sua sistemática.

(FEPESE/Contador/COREN-SC/2007) Quanto aos conceitos/definições de

Contabilidade, é incorreto afirmar que:

a) A Contabilidade é uma ciência.

b) A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de

controle e de registro dos atos e fatos de uma entidade.

c) A Contabilidade Prática envolve o uso de técnicas ou procedimentos por meio

dos quais a Contabilidade Teórica é posta em prática.

d) A Contabilidade é uma ciência que desenvolveu uma metodologia para

controlar o patrimônio aziendal, apurar o rédito das atividades aziendais e

produzir informações aos usuários sobre a situação patrimonial, financeira e

CONTABILIDADE

(ciência)

OBJETO: patrimônio

OBJETIVO: controlar o patrimônio (meio)

FINALIDADE: prestar informações gerenciais (Objetivo final)

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econômica da entidade.

e) A palavra Contabilidade deriva do Grego computare (contar, computar,

calcular), sendo considerada uma ciência exata.

Comentários:

a) Correto. Conforme estudamos a Contabilidade é uma ciência social.

b) Correto. Vimos o conceito definido no 1º Congresso Brasileiro de

Contabilidade em 1924: “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as

funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma

administração econômica”.

c) Correto. Esse processo ocorre em todas as ciências. A Contabilidade teórica

estuda os princípios e regras de conduta a serem seguidos, já a Contabilidade

prática, por sua vez, envolve o uso de técnicas ou procedimentos por meio dos

quais a Contabilidade Teórica e seus princípios são postos em prática.

d) Correto. Atente que a Contabilidade é uma ciência que desenvolveu uma

metodologia. É diferente de afirmar que a Contabilidade é uma metodologia.

Além disso, controlar o patrimônio e apurar o rétido (resultado) são as funções

administrativa e econômica da Contabilidade.

e) Assertiva incorreta. A palavra Contabilidade deriva do larim compurate,

porém, nem precisavamos desse conhecimento para acertar a questão. Bastava

saber que a Contabilidade é uma ciência social, não exata.

Gabarito – letra “e”.

4. OBJETO DA CONTABILIDADE

Como vimos, o objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades.

Agora, me respondam: o que é o patrimônio?

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Neste momento do estudo, basta que saibamos que o patrimônio de uma

entidade é o conjunto de bens, direitos e obrigações.

BENS

Bens são as coisas capazes de satisfazer as necessidades de quem o detém. É tudo aquilo que

possui utilidade e pode ser quantificado monetariamente.

No Balanço Patrimonial, são classificados no ATIVO.

Exemplos: Caixa, Conta Banco, Veículos, Imóveis.

DIREITOS

São todos os créditos (haveres) de uma empresa contra terceiros.

No Balanço Patrimonial, são classificados no ATIVO.

Exemplos: Duplicatas a recebes, em decorrência da negociação de mercadorias.

OBRIGAÇÕES

São todos os débitos (dívidas), de curto ou longo prazo, da empresa com terceiros.

No Balanço Patrimonial, são classificados no PASSIVO.

Exemplos: Salários a pagar, financiamentos a

pagar, IRRF a recolher.

(ESAF/IRB/2004) O objeto da contabilidade está presente na única opção

correta.

a) Ativo

b) Capital Social

c) Passivo

d) Patrimônio

e) Patrimônio Líquido

Comentários:

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Como vimos, o objeto da Contabilidade é o Patrimônio, que compreende o

conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade.

Gabarito: letra “d”

5. CAMPO DE APLICAÇÃO

O campo de aplicação de contabilidade são todas as entidades que

possuam patrimônio e o administrem de modo organizado. Essas entidades

podem ser pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos.

Entidades são unidades econômico-administrativa e também podem ser

chamadas de AZIENDAS, palavra de origem italiana que equivale a FAZENDA.

As aziendas são classificadas de acordo com os seus objetivos e podem

ser:

1) Aziendas econômicas: fins lucrativos. Objetivam o lucro. Exemplo:

empresas.

2) Aziendas sociais: não possuem fins lucrativos, tais com os entes da

federação (União, Estados e Municípios).

3) Aziendas econômico-sociais: o “lucro” obtido não é destinado aos

sócios da entidade, sendo reempregado à finalidade de constituição da

entidade. Exemplo: associações de moradores, associações

representativas de classes trabalhistas.

(ESAF/SUSEP/Agente Executivo/2006) O campo de atuação da Contabilidade é

a entidade econômico-administrativa, cuja classificação, quanto aos fins a que

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se destinam, faz-se, corretamente, dividindo-as em:

a) pessoas físicas e pessoas jurídicas.

b) entidades abertas e entidades fechadas.

c) entidades públicas e entidades privadas.

d) entidades civis e entidades comerciais.

e) entidades sociais, econômicas e econômico-sociais

Comentários:

As aziendas são entidade econômico-administrativas e são classificadas de

acordo com os seus objetivos, podendo ser:

1) Aziendas econômicas: fins lucrativos. Objetivam o lucro. Exemplo:

empresas.

2) Aziendas sociais: não possuem fins lucrativos, tais com os entes da

federação (União, Estados e Municípios).

3) Aziendas econômico-sociais: o “lucro” obtido não é destinado aos sócios da

entidade, sendo reempregado à finalidade de constituição da entidade.

Exemplo: associações de moradores, associações representativas de classes

trabalhistas.

Gabarito: letra “e”.

6. FUNÇÕES DA CONTABILIDADE

Função Administrativa: controlar o patrimônio da entidade, que pode

ser analisado pelo seu aspecto dinâmico ou estático.

Como veremos mais à frente, o aspecto dinâmico se refere à “fotografia”

dos bens, direitos e obrigações da azienda em determinado momento. É o

seu balanço patrimonial.

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O aspecto dinâmico são os registros das mutações que ocorrem no

decorrer das atividades da entidade, como o pagamento de uma dívida, o

financiamento de um imóvel, o desconto de uma duplicata a receber e

etc.

Função Econômica: apurar o resultado, ou seja, apurar o lucro ou

prejuízo da entidade no período.

É importante salientar que muitas questões de concursos apresentam as

funções de controlar o patrimônio e de apurar o resultado como uma das

finalidades da contabilidade. Devemos estar atentos às opções apresentadas e

escolher a que melhor convier.

(CESPE/Secretário Executivo/FUB/2011) A finalidade da contabilidade é

assegurar o controle do patrimônio administrativo, devendo o administrador

apoiar-se nos dados por meio dela obtidos para tomar decisões que envolvam

bens, direitos e obrigações da empresa, bem como para apurar os resultados

positivos (lucros) ou negativos (prejuízos).

CERTO ERRADO

Comentários:

Questão correta. Como dito, as funções da contabilidade representam os seus

objetivos meios. Quando a questão estiver se referindo à finalidade (objetivo

fim) será feita menção ao fornecimento de informações aos usuários visando à

tomada de decisões.

Gabarito: Certo.

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7. FINALIDADE E USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

Já vimos sucintamente que a finalidade da contabilidade é prestar

informações gerenciais visando à tomada de decisões. Veremos agora a

finalidade de acordo com o “CPC 00 – Pronunciamento Conceitual Básico (R1)”:

“ Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que

prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam

fornecer informações que sejam úteis na tomada de

decisões econômicas e avaliações por parte dos

usuários em geral, não tendo o propósito de atender

finalidade ou necessidade específica de determinados

grupos de usuários “.

Ok, professor. Mas para quem esta informação é prestada? Quem deverá

tomar a decisão?

A resposta é mais simples do que parece. As informações são prestadas a

todas as pessoas ou entidades interessadas na situação patrimonial ou

econômica da entidade. Como diz o texto, aos usuários em geral, sem atender

finalidade ou necessidade específica de determinado grupo.

Vejamos alguns dos usuários em geral:

Governo: todos pagamos nossos impostos e para viabilizar a fiscalização

tributária o governo necessita de informações contábeis. Além disso,

devem ter ciência de como foram aplicadas as subvenções recebidas pela

entidade.

Investidores/acionistas/sócios: Necessitam de informação contábil para

avaliação da rentabilidade e segurança do investimento.

Bancos e financeiras: Necessitam de informação contábil para avaliar a

capacidade da entidade em pagar os empréstimos e financiamentos

obtidos.

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Administradores, diretores e executivos: Necessitam informação contábil

de forma detalhada e constante visando à tomada de decisões para o

planejamento a ser traçado para o futuro.

Vale salientar que a lista apresentada não é exaustiva, ou seja, existem

outros usuários nas informações contábeis, tais como o público em geral,

clientes, fornecedores, empregados e etc.

8. TÉCNICAS CONTÁBEIS ou RAMOS DA CONTABILIDADE

São quatro as técnicas contábeis, conforme segue:

8.1. Escrituração:

É o registro de todos os fatos contábeis, que são aqueles que afetam o

patrimônio da entidade, sendo seus registros efetuados em livros próprios

(livros de escrituração).

De acordo com o caput do Art. 177 da Lei 6.404 /1976:

“ Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em

registros permanentes, com obediência aos preceitos da

legislação comercial e desta Lei e aos princípios de

contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos

ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as

mutações patrimoniais segundo o regime de competência. ”.

8.2. Demonstrações Contábeis:

Evidenciam a situação patrimonial, financeira ou econômica da entidade.

De acordo com o art. 176 da Lei n° 6.404 /1976, ao fim de cada exercício

social, a entidade elaborará as seguintes demonstrações financeiras:

- Balanço Patrimonial (BP);

- Demonstração dos Lucros e Prejuízos acumulados (DLPA);

- Demonstração do Resultado de Exercício (DRE);

- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);

- Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

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Além destas, as companhias abertas são obrigadas a elaborar a

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), a qual poderá incluir

a DLPA.

Junto com as demonstrações, são apresentadas as Notas Explicativas, que

contemplam informações relevantes que não constam nas demonstrações.

O pronunciamento Técnico “CPC 26 – Apresentação das Demonstrações

Contábeis”, que trata sobre o assunto, ainda inclui a Demonstração dos

Resultados Abrangentes (DRA).

Não se desesperem!!! Neste capítulo estamos introduzindo uma série de

informações valiosas e muitas delas, com esta, serão objeto de detalhamento

em aula posterior.

8.3. Auditoria:

Visa a verificação da fidelidade das informações contábeis, podendo

detectar erros ou fraudes, e, por fim, emitir um parecer ou relatório sobre as

informações fornecidas pelo sistema contábil e controles internos da entidade

auditada.

O §3o do art. 177 estabelece que “As demonstrações financeiras das

companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de

Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por

auditores independentes nela registrados.”

8.4. Análise das Demonstrações Contábeis:

Visa estudar a situação econômica e financeira da entidade, através da

decomposição e comparação das demonstrações contábeis. Objetiva interpretar,

individual e conjuntamente, os índices e quocientes calculados a partir de itens

extraídos dessas demonstrações.

Ocorre após a publicação e da auditoria das demonstrações, afinal, como

analisaremos dados que ainda não foram publicados ou que ainda não possui o

parecer de um auditor independente atestando a fidedignidade das informações

ali contidas?

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(ESAF/Analista Contábil Financeiro/SEFAZ/CE/2006) Para alcançar seus

objetivos precípuos, a Contabilidade utiliza técnicas formais específicas.

Assinale abaixo o grupo que discrimina essas técnicas.

a) Registro contábil, Balanços e Auditoria.

b) Escrituração, Demonstração, Auditoria e Análise de Balanços.

c) Livros contábeis Diário e Razão, Inventários, Orçamentos e Balanços.

d) Escrituração, Lançamentos, Balancetes, Balanços, Inventários e Auditoria.

e) Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Demonstração

de Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração de Origem e

Aplicação de Recursos.

Comentários:

A única assertiva que compreende as 4 (quatro) técnicas contábeis estudadas é

a “b”: Escrituração, Demonstrações Contábeis, Auditoria e Análise das

demonstrações contábeis (balanço).

Todas as outras assertivas, apesar de listar temas relacionados à Contabilidade,

fogem das técnicas solicitadas no enunciado.

Gabarito – letra “b”.

9. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

Os Princípios de Contabilidade foram estatuídos pela Resolução do CFC n°

750, de 29 de dezembro de 1993. Mais recentemente, em 2010, a Resolução n°

1.282 promoveu algumas importantes alterações.

Princípio é toda proposição diretora, à qual toda norma subsequente deve

estar subordinada.

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Atualmente, após a Resolução n° 1.282, são seis os princípios contábeis,

conforme segue:

Resolução n° 750/1993 Resolução n° 1.282/2010

- Princípio da Entidade - Princípio da Entidade

- Princípio da Continuidade - Princípio da Continuidade

- Princípio da Oportunidade - Princípio da Oportunidade

- Princípio do Registro pelo Valor Original

- Princípio do Registro pelo Valor Original

- Princípio da Atualização Monetária

-

- Princípio da Competência - Princípio da Competência

- Princípio da Prudência - Princípio da Prudência

Observem que existiam 7 (sete) Princípios Contábeis e, após a última Resolução,

esta quantidade foi reduzida para 6 (seis). O antigo princípio da Atualização

Monetária perdeu este status e agora integra o hall de características do

princípio do Registro pelo Valor Original.

Vamos agora comentar, passo-a-passo, a Resolução n° 750/93, já atualizada

pela Resolução n° 1.282/10.

CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1° Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por esta

Resolução.

§1° A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício

da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

Contabilidade (NBC).

Logo no art. 1° já encontramos a primeira modificação provocada pela

Resolução n° 1.282. Antes, os princípios eram chamados de Princípios

Fundamentais da Contabilidade. Atualmente, são tratados apenas como

Princípios de Contabilidade.

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Conforme estabelecido no §1°, os Princípios são de observância

obrigatória no exercício da profissão, ou seja, tanto quem a exerce, quanto

quem a regula, elaborando leis e normatizações, não podem ignorá-los.

§2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a

essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

Este é o conceito da “essência sobre a forma”, onde em uma situação

concreta, ou seja, real/prática, devemos analisar a essência da transação para

verificar se o fato administrativo em questão é objeto de registro contábil.

Um exemplo típico é a operação de leasing (arrendamento mercantil). O

leasing pode ser operacional ou financeiro. Caso transfira, além do controle, os

riscos e benefícios inerentes à propriedade, será financeiro, caso contrário, será

operacional.

O que é transferir os riscos e benefícios? Bem resumidamente, podemos

definir como os atributos da propriedade. A entidade que possui o controle do

bem, apesar de juridicamente não possuir a propriedade, é responsável por

todos os riscos que o envolvem, como por exemplo o custo da manutenção e

outros. Por conseguinte, é também responsável pelos benefícios que pode vir a

obter, inclusive sendo altamente provável que a empresa adquirirá o bem ao

final do contrato. Quando isso ocorrer, a essência da transação é um

financiamento, sendo assim, o bem deverá ser alvo de registro contábil.

Em oposição, o leasing operacional funciona com um aluguel, e o locador

detém todos os riscos e benefícios daquele bem. Logo, para a entidade locatária,

o bem não deve ser registrado no patrimônio e o desembolso mensal é tratado

como uma mera despesa.

Concluindo, em virtude do conceito de essência sobre a forma, esta é uma

exceção à regra da contabilidade de registrar apenas os bens, direitos e

obrigações (patrimônio) da entidade.

Como curiosidade, este assunto é tratado pelo CPC 06 – Operações de

Arrendamento Mercantil.

CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

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Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e

teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento

predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem,

pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é

o patrimônio das entidades.

Veja que neste artigo, o patrimônio das entidades é reconhecido como

sendo o objeto da contabilidade.

Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.

1.282/10)

I) o da Entidade;

II) o da Continuidade;

III) o da Oportunidade;

IV) o do Registro pelo Valor Original;

V) o da Atualização Monetária; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

VI) o da Competência; e

VII) o da Prudência.

Está fácil demais... Lembram que já vimos as informações deste artigo no início

deste tópico?

Continuemos o estudo e vamos ver o que significa cada princípio...

SEÇÃO I – O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação

de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,

independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma

sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins

lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com

aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

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Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é

verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não

resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-

contábil.

Vamos por partes. Como se inicia uma sociedade?

Inicialmente, existe uma reunião de intenções entre os futuros sócios. O

assunto é debatido e após a verificação da viabilidade da sociedade dá-se o

registro na Junta Comercial do Estado, para as sociedades empresárias, ou, no

caso das sociedades simples, através do registro no Cartório Civil de Pessoas

Jurídicas.

Calma gente, essas informações são a título de informação e para facilitar

o entendimento e não constam em nosso edital. Por esse motivo estão

apresentadas de forma bem sucinta, sem adentrar muito em detalhes sobre as

características de uma sociedade.

Com esse registro, cada sócio se compromete a integralizar um montante

para o início das operações da nova entidade e, a partir deste momento, começa

a valer o Princípio da Entidade. O patrimônio para constituição da empresa, seja

ele em dinheiro, veículos, equipamentos ou quaisquer outros, pertence agora à

empresa, pessoa jurídica, e não mais aos seus sócios, pessoas físicas.

Este é o pilar do Princípio da Entidade: a autonomia patrimonial da pessoa

jurídica, ou seja, a separação do patrimônio dos sócios do patrimônio da pessoa

jurídica.

Se João das Couves, integralizou um caminhão, no valor de R$80.000,00,

para a empresa utilizar em suas operações de transporte de mercadoria, não

pode mais a pessoa física João das Couves utilizar este bem para suas

atividades particulares em determinados dias da semana. O bem não mais o

pertence. Do mesmo modo, apesar de recorrente, o empresário individual não

deve utilizar o dinheiro da empresa com a finalidade de efetuar o pagamento de

contas pessoais.

Com relação ao parágrafo único deste artigo, vamos dividi-lo em duas

partes:

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1) “O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é

verdadeira.”

Essa é de fácil interpretação: O patrimônio pertence à entidade, mas a

entidade não pertence ao patrimônio, ou seja, o caixa da empresa

pertence à entidade, mas a entidade não pertence ao caixa da empresa.

Caso contrário, ao liquidar o caixa da empresa estaríamos também

liquidando a empresa, certo?

2) “A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta

em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-

contábil.”

Esta segunda parte costuma ser cobrada na literalidade, o que não

significa que não precisamos entendê-la.

Conforme o CPC 36 – Demonstrações Consolidadas, como veremos mais à

frente, em alguns casos a legislação manda que sejam elaboradas

demonstrações consolidadas entre determinadas entidades, como

empresas controladas e coligadas. Assim, as várias demonstrações

contábeis, do mesmo tipo, de várias entidades são reunidas em apenas

uma demonstração. Nesse caso, não teremos uma nova entidade, mas

somente uma unidade de natureza econômico-contábil.

(ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) João Aniceto comprou um

caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as prestações até a quitação

final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto

aceitou entregar o caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros

sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já que foi ele,

João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e pagando-o até a quitação.

O desejo de João Aniceto não pode ser atendido, porque o Mercadinho é uma

sociedade empresária e tem que observar os princípios fundamentais de

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contabilidade. A regra que determina que o caminhão não é mais do João,

mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:

a) continuidade.

b) competência.

c) oportunidade.

d) prudência.

e) entidade.

Comentários:

O pilar do Princípio da Entidade é a autonomia patrimonial da pessoa jurídica,

ou seja, a separação do patrimônio dos sócios do patrimônio da pessoa jurídica.

Assim, a partir do momento que o caminhão foi integralizado à entidade, ele

deixou de ser do João, mesmo que ele seja o dono da empresa.

Gabarito: letra “e”.

SEÇÃO II – O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em

operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos

componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada

pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos

(conjunto de bens e direitos) e dos passivos (obrigações) da empresa.

Resumidamente, registramos o ativo pelos valores de entradas dos bens

ou direitos. Por exemplo, se a empresa adquiriu um imóvel no valor de

R$100.000,00, esse será o valor de seu registro no balanço patrimonial,

subtraído da depreciação acumulada e eventuais ajustes. Isto ocorre tendo em

vista que a empresa irá continuar com suas operações normais.

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A partir do momento que é sabida a não continuidade (extinção da

empresa), não mais interessa saber quanto a empresa pagou por seus bens, e

sim por quanto ela os venderá para quitar suas obrigações (passivos).

Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade a

preços de entrada para uma contabilidade a preços de saída.

Com relação às dívidas de longo prazo (passivo), se não há continuidade,

elas possuem seus vencimentos antecipados. Quem esperará mais 10 anos, por

exemplo, para cobrar uma dívida de uma empresa que está falida?

(CEPERJ/Contador/IPAM/RJ/2010) Ao ser constituída, os administradores de

uma determinada empresa esperam que ela opere por um período de tempo

indeterminado até que surjam fortes evidências em contrário. Essa afirmação

está baseada no seguinte princípio fundamental.

a) entidade.

b) oportunidade.

c) prudência.

d) continuidade.

e) materialidade.

Comentários:

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em

operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos

componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

Gabarito: letra “d”.

SEÇÃO III – O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

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Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras

e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na

divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,

por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade

da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O conceito de TEMPESTIVIDADE está relacionado ao de velocidade,

rapidez. Do mesmo modo, INTEGRIDADE, se relaciona com confiabilidade.

Assim, ao mesmo tempo que uma informação deve ser rápida

(tempestividade), também deve ser completa (íntegra). Isso é importante para

que a informação seja prestada corretamente, facilitando a tomada de decisão

de determinado grupo.

A ponderação exigida no parágrafo único é fundamental. De nada adianta

a informação ser produzida rapidamente, porém sem objetividade, sem todas as

informações necessários, podendo acarretar em uma má decisão tomada.

Traçando um paralelo, quantas vezes em nosso dia-a-dia tomamos uma má

decisão em virtude da falta de informação?

De igual forma, continua não adiantando uma informação completa,

extremamente detalhada, porém, sem rapidez, muito tempo após a ocorrência

do fato. Por isso é fundamental a ponderação entre a oportunidade e a

confiabilidade da informação prestada.

exemplo, para cobrar uma dívida de uma empresa que está falida?

(FCC/Analista Contábil/TRE-SE/2007) De acordo com a Resolução CFC 750/93,

o Princípio Fundamental de Contabilidade, que se refere simultaneamente à

tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,

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determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta,

independentemente das causas que as originaram, é o da:

(A) Entidade.

(B) Competência.

(C) Integridade.

(D) Oportunidade.

(E) Continuidade.

Comentários:

Atentem que esta é uma questão de 2007, sendo assim, o enunciado retrata

exatamente o que o Art. 6° da Resolução n° 750 de 1993 dispunha. A

Resolução n ° 1.282 de 2010 atualizou os Princípios Contábeis e o citado artigo

passou a vigorar com o seguinte texto:

“Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras

e tempestivas.”

De todo modo, as palavras chaves permanecem as mesmas: integridade e

tempestividade. Falou nelas, falou no princípio da oportunidade.

Gabarito: letra “d”.

SEÇÃO IV – O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os

componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores

originais das transações, expressos em moeda nacional.

Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original. É o chamado

custo histórico. Conforme exemplo recente, se um imóvel é adquirido pelo valor

de R$100.000,00, este é o valor que deverá ser registrado.

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Além disso, os valores deverão ser expressos em moeda nacional. Assim,

se existe uma dívida ou uma aquisição negociada em moeda estrangeira, deve

ser feita a conversão para moeda nacional.

E, adivinhem, existe um pronunciamento técnico a esse respeito. É o CPC

02 – Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações

contábeis.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos

e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem

pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que

são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são

registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da

obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no

curso normal das operações; e

Já exemplificamos o custo histórico acima e acredito que seu

entendimento é fácil. Porém, não custam novos exemplos, certo?

Suponhamos que determinada empresa adquira, para pagamento a prazo,

matéria-prima para a fabricação de seus produtos, no valor de R$10.000,00.

Este é o nosso custo histórico, já que é o quanto será necessária para a

liquidação deste passivo (obrigação) no curso normal das operações. É o valor

que sairá de caixa ou equivalente de caixa (banco, por exemplo).

Veremos agora as variações do custo histórico, e, antes que me

perguntem (mas podem me perguntar mesmo assim), não é fácil notar a

diferença entre as suas definições, e, em alguns casos, elas nem existem.

São 5 (cinco) as variações possíveis: custo corrente, valor realizável,

valor presente, valor justo e atualização monetária (lembram que este último já

foi um princípio?).

Vamos tentar explicá-los o máximo possível:

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II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os

componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações

decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos

equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações

contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes

de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na

data ou no período das demonstrações contábeis;

Vamos esclarecer um pouco mais?

No ativo, os bens e direitos já foram adquiridos e estão registrados pelo

seu custo histórico. Mantenhamos o exemplo de que uma fábrica adquiriu

matéria prima, no valor de R$10.000,00, para a elaboração de seus produtos.

Chegamos à época de fechamento dos balanços e a empresa permanece

com essa matéria prima em estoque. Por qual valor devemos apresentá-la no

balanço patrimonial?

O custo corrente da mercadoria é o seu preço de reposição no mercado,

ou seja, quanto pagaríamos hoje para repor esta matéria prima.

Além disso, devemos seguir uma regra básica: custo ou mercado, o

menor entre eles.

Assim, se atualmente o valor de mercado (valor de reposição) da matéria

prima é R$5.000,00, esse será o valor que deverá ser registrado e teremos que

realizar um ajuste, reconhecendo uma perda (despesa), já que é o menor valor

comparado ao de custo (histórico).

Em contrapartida, se o valor de mercado for de R$15.000,00, deveremos

adotar o de custo, que foi o menor, no valor de R$10.000,00. Nesse caso, não

há ajuste a ser feito.

Ok, então atenção à definição simplificada: custo corrente é o valor que

deveria ser pago se o ativo fosse adquirido na data da demonstração contábil ou

o valor para que o passivo seja liquidado, sem desconto, na mesma data.

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b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma

ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de

caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as

correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

Professor, a definição não é muito parecida com a do custo corrente? Sim,

caro aluno, é muito parecida. A diferença está no custo para realização (venda)

do ativo. Vamos um fato concreto?

Suponhamos que além de professor, eu tenho uma loja de produtos

diversos e adquiri o equivalente a R$50.000,00 em mercadorias para venda.

Como contabilizarei estas mercadorias em meu estoque?

CPC 16 – Estoques:

“ 9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem

ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor

realizável líquido, dos dois o menor “.

Nós já sabemos o que é o valor de custo (histórico). Agora aprenderemos

o que é o valor realizável líquido, segundo o mesmo CPC 16:

“ Valor realizável líquido é o preço de venda estimado

no curso normal dos negócios deduzido dos custos

estimados para sua conclusão e dos gastos estimados

necessários para se concretizar a venda. “

Esse é mais fácil de ser entendido. Se meu estoque no valor de

R$50.000,00, só puder ser vendido pelo valor de R$45.000,00, com custos e

despesas para sua realização que totalizam R$5.000,00, então o meu valor

realizável líquido será de R$40.000,00.

Alguma dúvida?

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do

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fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no

curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor

presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera

seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da

Entidade;

É um conceito existente em matemática financeira. Devemos “trazer” a

valor presente tanto as nossas dívidas (passivo – financiamentos a pagar),

quanto os nossos direitos (ativo – duplicatas a receber, por exemplo).

É o valor total da dívida ou direito, descontado dos juros que seriam

pagos ou recebidos se a liquidação apenas ocorresse na data de vencimento. Por

exemplo, se tenho uma duplicata a receber no valor de R$20.000,00, com juros

sobre este valor de R$1.500,00, então o meu valor presente será de

R$18.500,00.

A Lei 6.404/76 trata deste assunto:

“Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados

segundo os seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de

longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os

demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído

pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão

avaliados de acordo com os seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no

passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente,

sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). ”.

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo

liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem

favorecimentos; e

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Se voltarmos à conceituação de “custo de mercado” e somarmos a isso a

definição encontrada na Lei 6.404/76, concluiremos que são muito semelhantes:

“ Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados

segundo os seguintes critérios:

§ 1° Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor

justo: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço

pelo qual possam ser repostos, mediante compra no

mercado; ”

Podemos também encontrar uma definição no CPC 16:

“ Valor justo é o preço que seria recebido pela venda

de um ativo ou que seria pago pela transferência de

um passivo em uma transação não forçada entre

participantes do mercado na data de mensuração.

(Alterada pela Revisão CPC 03) “

Preciso explicar mais? Sim? Então tá.

O valor justo de um ativo ou passivo é aquele negociado entre partes

interessadas, conhecedoras do mercado e independentes entre si. Nesta

negociação inexistem fatores que pressionem alguma das partes a concretizar a

negociação, e, nestas condições, o valor justo será o custo de mercado. A

negociação é fechada naturalmente: Quer vender? Ok, eu quero comprar.

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda

nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o

ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não

representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações

originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim

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de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes

patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente

o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a

aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do

poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela

Resolução CFC nº. 1.282/10)

O texto da Resolução é autoexplicativo.

Não custa repetir para fixar: A atualização monetária, antes da Resolução

1.282 /2010 era considerada um Princípio de Contabilidade. Após, houve uma

mudança e a tornou uma “espécie”, uma variação do custo histórico, do

Princípio do Registro pelo Valor Original.

SEÇÃO VI – PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e

outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,

independentemente do recebimento ou pagamento.

O princípio da competência estabelece que as receitas e despesas devem

ser reconhecidas de acordo com o seu fato gerador (momento em que são

realizadas).

Na contabilidade existem dois regimes: o de caixa e o de competência.

Em regra, o regime que deve ser utilizado é o de competência, que é o

que pressupõe o princípio de mesmo nome.

No regime de competência, as receitas e despesas são apropriadas no

momento em que são realizadas, de acordo com o período a que se referem.

Assim, se uma empresa possui despesas com salários que vencem em fevereiro

de 2015, porém, se referem ao mês de janeiro, essas despesas devem ser

registradas como já ocorridas, independentemente do seu efetivo pagamento,

que pode se dar com atraso. O mesmo ocorre com relação às receitas.

Da mesma forma, se realizarmos a antecipação de pagamento de

funcionários em setembro de 2015, por serviços que eles somente prestarão em

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outubro do mesmo ano, a despesa com salário somente será lançada em

outubro. Em setembro, no ato do pagamento antecipado, deverá ser registrado

um direito da entidade, que não mais existirá no momento do reconhecimento

da despesa que se dará em outubro.

Assim, o foco do regime de competência se dá sob o período em que a

despesa incorreu, independentemente de seu efetivo pagamento ou não.

O regime de caixa funciona inversamente, importando a data do

pagamento ou recebimento, independente se a despesa já foi realizada ou não.

Assim, se o salário do ano de 2015 for integralmente pago pela empresa em

dezembro de 2014, esse é o mês que este regime considera realizada a

despesa, não tendo o que se falar de um direito a ser registrado em decorrência

da antecipação salarial. O mesmo raciocínio é aplicado com relação as receitas,

logo, se a receita de venda é recebida, antecipadamente, em janeiro, este é o

mês de reconhecimento, sem importar quando se dará a efetiva entrega do

material.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da

confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela

Resolução CFC nº. 1.282/10)

O parágrafo único do mesmo artigo estabelece que as receitas e despesas

correlatas, ou seja, que ocorrerem ao mesmo tempo, devem ser assim

registradas. Exemplificando, no momento da venda de mercadorias, a entidade

deve registrar, simultaneamente, a receita da venda realizada e a despesa do

custo de mercadorias vendidas.

Por último, apesar de, em regra, a Contabilidade adotar o regime de

competência, é possível que as micros ou pequenas empresas adotem o regime

de caixa, conforme dispõe o Art. 61 da Resolução n° 94 do Comitê Gestor do

Simples Nacional:

“ Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá

adotar para os registros e controles das operações e

prestações por ela realizadas, observado o disposto no art.

61-A: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 2º,

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4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 10 e 11) (Redação dada pela Resolução

CGSN/SE nº 115, de 4 de setembro de 2014)

I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua

movimentação financeira e bancária;

§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do

Livro Diário e do Livro Razão, dispensa a apresentação do

Livro Caixa. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2 º,

inciso I e § 6 º). ”.

O livro caixa escritura as receitas e despesas conforme ocorrem os seus

pagamentos. Já os livros diário e razão coadunam com o princípio da

competência. Como dito, é uma exceção à regra do Princípio de Competência e

serve para “simplificar a vida” do micro ou pequeno empresário, que, por sua

essência, possui uma estrutura muito reduzida, como por exemplo, a padaria do

Seu João.

(CEPERJ/Agente Legislativo/Volta Redonda/2006) Ao fazer o registro no Balanço

Patrimonial de Provisão para Férias e 13o Salário, o Contador observa o

Princípio Fundamental da Contabilidade denominado:

A) Competência

B) Entidade

C) Prudência

D) Registro pelo valor original

Comentários:

Os registros contábeis devem obediência ao Princípio da Competência, que reza

que os fatos devem ser registrados de acordo com a sua realização,

independente do efetivo pagamento.

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Assim, o fato gerador tanto das Férias, quanto do 13º salários são os meses

trabalhados pelos funcionários. Se trabalhou, tem direito. Logo, os registros das

provisões devem ocorrer mensalmente, independente que o pagamento só se

dará em meses subsequentes.

Gabarito: letra “a”.

SEÇÃO VII – O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os

componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se

apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O entendimento é simples: quando se apresentam alternativas igualmente

válidas para o valor de um mesmo ativo (bens e direitos) ou passivo

(obrigações), deve-se escolher sempre o menor para o ativo e o maior

para o passivo. Por exemplo, se a entidade é réu em uma ação judicial e o

setor jurídico dê como certa a sua perda, estimando a indenização a ser paga

entre R$10.000,00 e R$15.000,00, o Princípio da Prudência estabelece que, por

se tratar de um passivo, seja registrado o maior dentre os valores.

Por outro lado, se a entidade possui o montante de R$50.000,00 de

duplicatas a receber, mas estima seguramente que 10% desse valor não será

recebido, deveremos provisionar o valor referente à R$5.000,00 em perdas, em

respeito ao princípio da prudência.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau

de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em

certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam

superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo

maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos

componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

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Deve ser retratada a realizada da empresa. O exercício da Prudência não

permite, por exemplo, a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a

subavaliação deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação deliberada de

passivos ou despesas, pois as demonstrações contábeis deixariam de ser

neutras (CPC 00, englobando uma das caraterísticas qualitativas fundamentais

das demonstrações contábeis, que serão vistas na próxima aula), e, portanto,

não seriam confiáveis.

O emprego da Prudência pressupõe certo grau de certeza e confiança, não

podendo os valores serem aplicados ao bel prazer da entidade.

Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas

alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de

1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista.

(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Dispus este artigo apenas para demonstrar que a observância dos

Princípios de Contabilidade é obrigatória e, caso ignorados, trarão consequências

ao contabilista.

(CEPERJ/Contador/Vassouras/2009) O princípio fundamental de contabilidade

que, ao ser aplicado, busca o menor valor para o patrimônio líquido da

organização, é denominado:

A) contingência

B) competência

C) atualização monetária

D) prudência

Comentários:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os

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componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se

apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Como veremos na próxima aula, o Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo

Exigível, logo, se optamos pelo menor valor possível para o Ativo e o maior

possível para o Passivo, entre opções igualmente válidas, estaremos buscando

o menor valor para o patrimônio líquido.

Gabarito: letra “d”.

FIM DA AULA

Pessoal, espero que vocês tenham gostado da aula e absorvidos o máximo de

informações possível.

Nesta aula pudemos ver juntos os seguintes assuntos: Aspectos introdutórios

(Conceito, objeto, objetivos, finalidade, funções da contabilidade, campo de

aplicação, usuários da informação contábil, técnicas contábeis), Princípios de

contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução

CFC n.º 750/1993, atualizada pela Resolução CFC nº 1.282/2010), Regime de

Competência e Regime de Caixa.

Lembro que esta é somente uma introdução ao assunto e espero que

continuemos juntos até a aprovação no seu concurso alvo.

Por fim, vamos treinar nosso conhecimento adquirido e resolver algumas

questões de concurso.

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10. QUESTÕES DE CONCURSOS

1. (ESAF/TTN-1994) "O patrimônio, que a contabilidade estuda e

controla, registrando todas as ocorrências nele verificadas."

"Estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações

sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado

econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial."

As proposições indicam, respectivamente

a) o objeto e a finalidade da contabilidade

b) a finalidade e o conceito da contabilidade

c) o campo de aplicação e o objeto da contabilidade

d) o campo de aplicação e o conceito de contabilidade

e) a finalidade e as técnicas contábeis da contabilidade

2. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única

opção que contém uma afirmativa falsa.

a) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do

patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as

variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades

econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins.

b) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo "a ciência que estuda,

registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades

com fins lucrativos ou não"

c) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a entidade

econômico administrativa, seja ou não de fins lucrativos.

d) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens,

direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-administrativa.

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e) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da Contabilidade, o

patrimônio é o seu campo de aplicação

3. (ESAF/TTN/1992) A palavra azienda é comumente usada em

Contabilidade como sinônimo de fazenda, na acepção de:

a) conjunto de bens e direitos

b) mercadorias

c) finanças públicas

d) grande propriedade rural

e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes

de administração e disponibilidade

4. (ESAF/TTN/1992) É função econômica da Contabilidade

a) apurar lucro ou prejuízo

b) controlar o patrimônio

c) evitar erros ou fraudes

d) efetuar o registro dos fatos contábeis

e) verificar a autenticidade das operações

5. (ESAF/SEFAZ/PI/2001) Estão excluídas do campo de

aplicação da contabilidade:

a) as reuniões de pessoas sem organização formal, ausência de finalidade

explícita e inexistência de quaisquer recursos específicos.

b) as sociedades não registradas ou que não possuam atos constitutivos

formais.

c) as entidades que explorem atividades ilícitas ou não estejam

autorizadas a funcionar.

d) as organizações estrangeiras que tenham sede no exterior.

e) as pessoas jurídicas dispensadas pelo Fisco do cumprimento das

obrigações relativas à escrituração.

6. (ESAF/Técnico de Finanças e Controle/1996) Decomposição,

comparação e interpretação dos demonstrativos do estado

patrimonial e do resultado econômico de uma entidade é:

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a) função econômica da Contabilidade

b) objeto da Contabilidade

c) técnica contábil chamada Análise de Balanços

d) finalidade da Contabilidade

e) função administrativa da Contabilidade

7. (FEPESE/AFRE-SC/2010) O objeto da contabilidade é:

a) o patrimônio das entidades.

b) a apuração do resultado das entidades.

c) o planejamento contábil das entidades.

d) o controle e o planejamento das entidades.

e) o fornecimento de informações a seus usuários de modo geral.

8. (CESGRANRIO/Analista/EPE/2010) Sobre conceitos, objeto, função e

objetivos da Contabilidade, analise as afirmações a seguir.

I - O principal objetivo da contabilidade consiste em identificar as

contas de apuração dos custos e resultados.

II - A função administrativa tem por objetivo o controle do patrimônio.

III - O objeto da contabilidade é o patrimônio que compreende apenas a

parte positiva do balanço.

IV - Os bens corpóreos e os incorpóreos são classificados no passivo.

Está correto APENAS o que se afirma em:

a. II.

b. III.

c. I e III.

d. II e IV.

e. I, III e IV.

9. (IDECAN/Contador/Município de Vilhena-ES/2013) A contabilidade é

uma ciência social que tem por objeto de estudo o patrimônio das

entidades econômico-administrativas. Em relação ao patrimônio, é

correto afirmar que:

a) as obrigações são valores que a entidade tem a receber de terceiros.

b) é estudado pela contabilidade nos seus aspectos qualitativos e quantitativos.

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c) o patrimônio, para a contabilidade, é somente o que a entidade possui em

forma de bens.

d) os direitos correspondem ao capital de terceiros, ou seja, valores que

a entidade tem a pagar.

e) os bens constituem-se em coisas de propriedade da entidade que estão em

poder de terceiros.

10. (FEPESE/Contador/Pref. Florianópolis/2006) Quanto aos conceitos

de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

a) A Contabilidade Comercial é aquela que estuda os fenômenos dos custos, ou

seja, investimentos feitos para que se consiga produzir ou adquirir um bem de

venda ou um serviço.

b) A Contabilidade Criativa é aquela que, servindo dos próprios instrumentos de

levantamento e interpretação dos dados quantitativos da empresa, pode

informar, orientar e guiar a administração para que possa efetuar as alternativas

de gestão e tomar as decisões de modo mais conveniente.

c) A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais sob o

aspecto do fim aziendal.

d) A Contabilidade de Seguros é aquela aplicada às aziendas familiares, ou seja,

ao controle das casas ou dos lares.

e) A Contabilidade Gerencial é o estudo da Contabilidade Teórica, ou seja, a

dissertação científica das leis contábeis.

11. (CONSULPLAN/Analista/Contabilidade/TSE/2012) A contabilidade

foi definida no I Congresso Brasileiro de Contabilidade como: “a ciência

que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro

relativo aos atos e fatos da administração econômica.”

São objetivos da contabilidade, EXCETO:

a) Fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o

desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade.

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b) Auxiliar o maior número de usuários em suas avaliações e tomadas de

decisão financeira.

c) Apresentar os resultados da atuação da administração na gestão de entidade

quanto aos recursos que lhe foram confiados.

d) Auxiliar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário da

empresa e o desempenho dos gerentes.

12. (FUNDATEC/Auditor do Estado/CAGE-RS/2014) A partir da Teoria

Contábil, considera-se objeto da contabilidade:

a) Os atos e fatos patrimoniais.

b) O patrimônio das entidades.

c) As entidades públicas e privadas.

d) Os atos e fatos da gestão.

e) As entidades empresariais e sem fins lucrativos.

13. (FEPESE/Auditor Fiscal de Tributos Mun. de Florianópolis/2014)

Assinale a alternativa que apresenta as técnicas aplicadas em ciências

contábeis.

a) Receitas, Despesas, Ativo e Passivo

b) Ativo + Passivo = Patrimônio Líquido

c) As contas do ativo (bens e direitos) são, em regra, de natureza devedora

d) Os fatos mistos representam a junção dos fatos permutativos e modificativos

e) Escrituração, análises, demonstrações contábeis e auditoria

14. (CESPE/Analista/Perito/Contabilidade/MPU/2010) Com base nos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item subsequente.

O patrimônio não é objeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que

ciências como a administração e a economia também se interessam pelo

patrimônio, mas é a única que restringe o estudo do patrimônio a seus aspectos

quantitativos.

CERTO ERRADO

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15. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única opção

que contém uma afirmativa verdadeira.

a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo

estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo

Histórico.

b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver duas ou

mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que

representar um maior ativo ou um menor passivo.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser

incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem

os recebimentos ou pagamentos respectivos.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos

com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade,

pelo seu valor completo.

e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária” que

reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não

o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas de uma

“atualização” dos valores.

16. (ESAF/IRB/2006) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo

o princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que,

até que surjam evidências em contrário,

a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro.

b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos

administrativos.

c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.

d) as operações passíveis de registro contábil devem ter sequência em diversos

períodos.

e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos.

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17. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) A Padaria Pilão Ltda. - ME

utiliza um sistema de controle de seus negócios bastante simplificado:

as receitas correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as

despesas correspondem às saídas de caixa, como salários pagos,

pagamento de contas de água, luz, aluguel, impostos e compras

efetuadas, quase sempre, a vista ou a prazos curtíssimos. A implantação

de um sistema tão simples de controle em uma indústria de médio porte

não poderia ser aceita por não atender ao Princípio Contábil

a) da Competência de Exercícios.

b) do Custo como Base de Valor.

c) da Continuidade.

d) do Conservadorismo.

e) da Prudência.

18. (CEPERJ/Contador/DEGASE/RJ/2012) As provisões, sejam do ativo

ou do passivo, e que representam valores cujas perfeitas quantificações

dependem de fatos ainda não concretizados, devem ser contabilizadas

em obediência aos seguintes princípios da contabilidade:

A) valor original, competência e continuidade.

B) continuidade, valor original e entidade.

C) prudência, continuidade e materialidade.

D) valor original, competência e oportunidade.

E) prudência, oportunidade e competência.

19. (ESAF/Analista Contábil/SEFAZ/CE/2006) Assinale abaixo a opção

que contém a assertiva verdadeira.

a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social

as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento,

enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem

efetivamente realizadas.

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b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente

válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for

do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem

adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a menos

que o valor tenha sido alterado já na época da compra.

d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de

patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto de

bens, direitos e obrigações de uma pessoa.

e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois o

menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da Consistência.

20. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2002) Assinale a opção

correta.

a) Como resultado da observância do princípio da Oportunidade, o registro das

variações patrimoniais deve ser feito sempre que forem tecnicamente

estimáveis, mesmo não existindo razoável certeza de sua ocorrência.

b) O princípio da Entidade reconhece que o patrimônio pertence à Entidade mas

a recíproca não é verdadeira, embora a agregação de patrimônios autônomos

resultem em nova Entidade.

c) O princípio da Prudência determina a adoção do maior valor para os

componentes do Ativo e do menor valor para os componentes do Passivo

sempre que se tenham duas alternativas válidas de valor.

d) Notas Explicativas são informações adicionais destinadas a esclarecer

aspectos relevantes dos demonstrativos contábeis como, por exemplo, os

principais critérios de avaliação, os investimentos relevantes e não relevantes

em outras sociedades; as taxas de juros e os vencimentos das obrigações de

curto e longo prazo.

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e) Depreciação Linear é o método de depreciação que consiste em dividir o valor

do bem depreciável pelo número de anos de sua vida útil, para amortização de

seu valor, mediante paulatina transferência para o resultado.

21. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Fortaleza/2003)

Assinale o princípio fundamental da contabilidade que reconhece o

Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia

patrimonial e a necessidade de diferenciação de um patrimônio

particular no universo dos patrimônios existentes.

a) Entidade

b) Registro pelo Valor Original

c) Prudência

d) Continuidade

e) Atualização Monetária

22. O princípio contábil que se relaciona diretamente à quantificação

dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, além de

constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração

de resultados é o Princípio:

a) da Continuidade.

b) do Registro pelo valor original.

c) da Oportunidade.

d) da Entidade.

e) da Prudência.

23. (FCC/Analista Contábil/TRE-MS/2007) A empresa Alfa manufatura

calçados, sendo que o processo produtivo se inicia com a compra do

couro em peles e termina com a confecção final dos calçados. A empresa

iniciou suas atividades em 01.01.2006. Em 31.12.2006 todos os custos

de mão de obra direta e custos indiretos de fabricação referentes ao

exercício de 2006 haviam sido apropriados ao resultado do exercício. Na

contagem física dos inventários constatou-se que um quinto de toda a

produção de calçados do exercício não havia sido vendida.

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De acordo com estas informações podemos afirmar que a empresa Alfa

nas suas demonstrações contábeis NÃO observou o Princípio

Fundamental de Contabilidade – Resolução CFC no 750;

a) Entidade.

b) Oportunidade.

c) Competência.

d) Atualização Monetária.

e) Prudência.

24. (FCC/Analista Legislativo/Contador/2007) A Cia. Astral tem como

sócio presidente o Sr. Carlos Alberto. A empresa, neste último exercício,

vem atravessando sérias dificuldades financeiras em função de dois

outros concorrentes terem se instalado na mesma região, disputando

mercado que anteriormente era somente seu.

O Sr. Carlos Alberto habitualmente apresenta suas despesas pessoais

para serem contabilizadas e pagas pela empresa. Ao fazer isso o Sr.

Carlos Alberto está infringindo o Princípio/Norma Contábil

a) da continuidade.

b) do conservadorismo.

c) da entidade.

d) do custo como base de valor.

e) da competência.

25. (FCC/Assembleia Legislativa do Estado de SP/2011) A empresa

Correção S.A. tem a prática de dar garantia de um ano de seus produtos

a seus clientes. A média de reclamações é de 2%, mas a empresa

constitui provisão de 5% para atender ao princípio da prudência. O

procedimento realizado pela empresa é

a) adequado, pois apresenta a posição mais conservadora que a empresa pode

adotar, resultando na menor situação econômico financeira que a empresa pode

obter.

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b) inadequado, visto que reconhece uma provisão excessiva superavaliando o

passivo e apresentando demonstrações contábeis não confiáveis, devido à falta

de neutralidade.

c) correto, visto que as estimativas e provisões são de responsabilidade do

contabilista, que deve adotar o procedimento que melhor lhe resguarde, quando

for questionado.

d) permitido, desde que apresente uma posição econômico-financeira mais

conservadora, com valores que conduzam a uma visão de valor inferior ao que

efetivamente a empresa tenha.

e) proibido, em decorrência de estar fundamentado na essência e não na forma,

gerando uma subavaliação dos passivos.

01 A

02 E

03 E

04 A

05 A

06 C

07 A

08 A

09 B

10 C

11 D

12 B

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51

13 E

14 ERRADO

15 D

16 A

17 A

18 E

19 D

20 E

21 A

22 A

23 C

24 C

25 B

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52

11. QUESTÕES DE CONCURSOS – GABARITO COMENTADO

1. (ESAF/TTN-1994) "O patrimônio, que a contabilidade estuda e

controla, registrando todas as ocorrências nele verificadas."

"Estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações

sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado

econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial."

As proposições indicam, respectivamente

a) o objeto e a finalidade da contabilidade

b) a finalidade e o conceito da contabilidade

c) o campo de aplicação e o objeto da contabilidade

d) o campo de aplicação e o conceito de contabilidade

e) a finalidade e as técnicas contábeis da contabilidade

Comentários:

Vimos que o objeto da contabilidade é o patrimônio. Além disso, a finalidade da

contabilidade é fornecer informações aos usuários visando auxiliar na tomada de

decisões.

Gabarito: letra “a”

2. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única

opção que contém uma afirmativa falsa.

a) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do

patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as

variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades

econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins.

b) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo "a ciência que estuda,

registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades

com fins lucrativos ou não"

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53

c) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a entidade

econômico administrativa, seja ou não de fins lucrativos.

d) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens,

direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-administrativa.

e) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da Contabilidade, o

patrimônio é o seu campo de aplicação

Comentários:

a) Correto. A finalidade da Contabilidade é prestar informações aos usuários

internos e externos.

b) Correto. A questão está conceituando a Contabilidade, que conforme o 1

Congresso Brasileiro de Contabilidade, em 1924, "é a ciência que estuda e

pratica as funções de orientação, controle e registro relativas à administração

econômica". Repare ainda que a contabilidade é uma ciência.

c) Correto. O campo de aplicação da contabilidade é a azienda, ou seja, entidade

econômico-administrativa, pessoa física ou jurídica, com ou sem fins lucrativos.

d) Correto. O objeto da contabilidade é o patrimônio, que é o conjunto de bens,

direitos e obrigações.

e) Errado. A questão inverteu os conceitos. O Objeto da contabilidade é o

patrimônio e o campo de aplicação é a entidade econômico-administrativa.

Gabarito: letra “e”

3. (ESAF/TTN/1992) A palavra azienda é comumente usada em

Contabilidade como sinônimo de fazenda, na acepção de:

a) conjunto de bens e direitos

b) mercadorias

c) finanças públicas

d) grande propriedade rural

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e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes

de administração e disponibilidade

Comentários:

A letra E é a correta, exatamente como está descrita.

Gabarito: letra “e”

4. (ESAF/TTN/1992) É função econômica da Contabilidade

a) apurar lucro ou prejuízo

b) controlar o patrimônio

c) evitar erros ou fraudes

d) efetuar o registro dos fatos contábeis

e) verificar a autenticidade das operações

Comentários:

Função Administrativa da Contabilidade: controlar o patrimônio.

Função econômica Contabilidade: Apurar o resultado (lucro ou prejuízo do

período).

Gabarito: letra “a”.

5. (ESAF/SEFAZ/PI/2001) Estão excluídas do campo de

aplicação da contabilidade:

a) as reuniões de pessoas sem organização formal, ausência de finalidade

explícita e inexistência de quaisquer recursos específicos.

b) as sociedades não registradas ou que não possuam atos constitutivos

formais.

c) as entidades que explorem atividades ilícitas ou não estejam

autorizadas a funcionar.

d) as organizações estrangeiras que tenham sede no exterior.

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e) as pessoas jurídicas dispensadas pelo Fisco do cumprimento das

obrigações relativas à escrituração.

Comentários:

O campo de aplicação de contabilidade se aplica a todas as entidades que

possuam patrimônio e o administrem de modo organizado. Essas entidades

podem ser pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos.

Logo, se estamos falando de uma reunião de pessoas sem organização formal,

sem objetivo específico e com inexistência de recursos, não há o que se falar em

contabilidade.

Gabarito: letra “a”.

6. (ESAF/Técnico de Finanças e Controle/1996) Decomposição,

comparação e interpretação dos demonstrativos do estado

patrimonial e do resultado econômico de uma entidade é:

a) função econômica da Contabilidade

b) objeto da Contabilidade

c) técnica contábil chamada Análise de Balanços

d) finalidade da Contabilidade

e) função administrativa da Contabilidade

Comentários:

a) A função econômica da contabilidade é apurar o resultado.

b) O objeto da contabilidade é o Patrimônio.

d) A finalidade da contabilidade é prestar informações aos seus usuários.

e) A função administrativa da contabilidade é controlar o patrimônio.

Gabarito: letra “c”.

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7. (FEPESE/AFRE-SC/2010) O objeto da contabilidade é:

a) o patrimônio das entidades.

b) a apuração do resultado das entidades.

c) o planejamento contábil das entidades.

d) o controle e o planejamento das entidades.

e) o fornecimento de informações a seus usuários de modo geral.

Comentários:

O objeto da Contabilidade é o Patrimônio, entendido como o conjunto de bens,

direitos e obrigações.

Gabarito: letra “a”

8. (CESGRANRIO/Analista/EPE/2010) Sobre conceitos, objeto, função e

objetivos da Contabilidade, analise as afirmações a seguir.

I - O principal objetivo da contabilidade consiste em identificar as

contas de apuração dos custos e resultados.

II - A função administrativa tem por objetivo o controle do patrimônio.

III - O objeto da contabilidade é o patrimônio que compreende apenas a

parte positiva do balanço.

IV - Os bens corpóreos e os incorpóreos são classificados no passivo.

Está correto APENAS o que se afirma em:

a. II.

b. III.

c. I e III.

d. II e IV.

e. I, III e IV.

Comentários:

I - Assertiva incorreta. O principal objetivo da contabilidade é sua finalidade, ou

seja, prestar informações aos seus usuários visando à tomada de decisões.

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II - Assertiva correta. A função administrativa da contabilidade é controlar o

patrimônio.

III - Assertiva incorreta. O objeto da contabilidade é o patrimônio, que

compreende os bens e direitos (ATIVO) e as obrigações (PASSIVO).

IV - Bens corpóreos e incorpóreos são espécies de bens e devem ser

classificados no Ativo do Balanço Patrimonial.

Gabarito: letra “a”.

9. (IDECAN/Contador/Município de Vilhena-ES/2013) A contabilidade é

uma ciência social que tem por objeto de estudo o patrimônio das

entidades econômico-administrativas. Em relação ao patrimônio, é

correto afirmar que:

a) as obrigações são valores que a entidade tem a receber de terceiros.

b) é estudado pela contabilidade nos seus aspectos qualitativos e quantitativos.

c) o patrimônio, para a contabilidade, é somente o que a entidade possui em

forma de bens.

d) os direitos correspondem ao capital de terceiros, ou seja, valores que

a entidade tem a pagar.

e) os bens constituem-se em coisas de propriedade da entidade que estão em

poder de terceiros.

Comentários:

a) Os direitos são os valores que a entidade tem a receber de terceiros.

b) É exatamente isso, o patrimônio é estudado em seus aspectos qualitativos

(qualidade, classificação) e quantitativos (valoração).

c) O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações.

d) As obrigações correspondem ao capital de terceiros, ou seja, valores que a

entidade tem a pagar.

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e) Os bens estão em propriedades da própria entidade.

Gabarito: letra “b”.

10. (FEPESE/Contador/Pref. Florianópolis/2006) Quanto aos conceitos

de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

a) A Contabilidade Comercial é aquela que estuda os fenômenos dos custos, ou

seja, investimentos feitos para que se consiga produzir ou adquirir um bem de

venda ou um serviço.

b) A Contabilidade Criativa é aquela que, servindo dos próprios instrumentos de

levantamento e interpretação dos dados quantitativos da empresa, pode

informar, orientar e guiar a administração para que possa efetuar as alternativas

de gestão e tomar as decisões de modo mais conveniente.

c) A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais sob o

aspecto do fim aziendal.

d) A Contabilidade de Seguros é aquela aplicada às aziendas familiares, ou seja,

ao controle das casas ou dos lares.

e) A Contabilidade Gerencial é o estudo da Contabilidade Teórica, ou seja, a

dissertação científica das leis contábeis.

Comentários:

a. Errada. Trata-se do conceito de Contabilidade de Custos.

b. Errada. Trata-se do conceito de Contabilidade Gerencial.

c. Certa. A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais sob

o aspecto do fim aziendal.

d. Errada. Trata-se do conceito de Contabilidade Familiar.

e. Errada. A base teórica da Contabilidade é estudada pela disciplina de Teoria

da Contabilidade.

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Você necessita saber detalhadamente os diversos ramos da contabilidade. Basta

que o aluno saiba o conceito da contabilidade.

Gabarito: letra “c”.

11. (CONSULPLAN/Analista/Contabilidade/TSE/2012) A contabil

idade foi definida no I Congresso Brasileiro de Contabilidade como: “a

ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e

registro relativo aos atos e fatos da administração econômica.”

São objetivos da contabilidade, EXCETO:

a) Fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o

desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade.

b) Auxiliar o maior número de usuários em suas avaliações e tomadas de

decisão financeira.

c) Apresentar os resultados da atuação da administração na gestão de entidade

quanto aos recursos que lhe foram confiados.

d) Auxiliar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário da

empresa e o desempenho dos gerentes.

Comentários:

A assertiva incorreta é a letra D, que se refere a funções administrativas que

cabem aos administradores e diretores da empresa, não se relacionando aos

objetivos da Contabilidade.

Gabarito: letra “d”.

12. (FUNDATEC/Auditor do Estado/CAGE-RS/2014) A partir da Teoria

Contábil, considera-se objeto da contabilidade:

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a) Os atos e fatos patrimoniais.

b) O patrimônio das entidades.

c) As entidades públicas e privadas.

d) Os atos e fatos da gestão.

e) As entidades empresariais e sem fins lucrativos.

Comentários:

Este tipo de questão já está fácil, certo? O Objeto da contabilidade é o

patrimônio da entidade, que compreende o conjunto de bens, direitos e

obrigações.

Gabarito: letra “b”.

13. (FEPESE/Auditor Fiscal de Tributos Mun. de Florianópolis/2014)

Assinale a alternativa que apresenta as técnicas aplicadas em ciências

contábeis.

a) Receitas, Despesas, Ativo e Passivo

b) Ativo + Passivo = Patrimônio Líquido

c) As contas do ativo (bens e direitos) são, em regra, de natureza devedora

d) Os fatos mistos representam a junção dos fatos permutativos e modificativos

e) Escrituração, análises, demonstrações contábeis e auditoria

Comentários:

A única assertiva que cita as técnicas contábeis existentes é a letra "e". Todas

as demais apresentam tópicas relacionados à Contabilidade, porém, que fogem

do tema solicitado no enunciado.

Gabarito: letra “e”.

14. (CESPE/Analista/Perito/Contabilidade/MPU/2010) Com base nos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item subsequente.

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O patrimônio não é objeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que

ciências como a administração e a economia também se interessam pelo

patrimônio, mas é a única que restringe o estudo do patrimônio a seus aspectos

quantitativos.

CERTO ERRADO

Comentários:

A questão acerta em afirmar que o patrimônio não é objeto de estudo

EXCLUSIVO da contabilidade, afinal, outras ciências também o estudam. O erro

da questão é restringir o estudo do patrimônio, pela Contabilidade, aos seus

aspectos quantitativos. Como vimos, a Contabilidade estuda também os

aspectos patrimoniais qualitativos.

Gabarito: Errado

15. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única opção

que contém uma afirmativa verdadeira.

a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo

estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo

Histórico.

b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver duas ou

mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que

representar um maior ativo ou um menor passivo.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser

incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem

os recebimentos ou pagamentos respectivos.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos

com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade,

pelo seu valor completo.

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e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária” que

reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não

o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas de uma

“atualização” dos valores.

Comentários:

a) Item incorreto. Não existe a correlação entre contrato social e princípio da

continuidade. O Contrato Social não fixa o tempo de funcionamento da Entidade.

O Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação

no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do

patrimônio levam em conta esta circunstância.

b) Item incorreto. O Princípio da prudência estabelece que dentre duas opções

igualmente válidas, devemos optar pela que apresenta o menor valor para o

Ativo e o maior valor para o Passivo.

c) Item incorreto. A definição apresentada é do regime de caixa.

e) Item incorreto. O princípio da atualização monetária foi revogado pela

resolução 1.282/2010 do CFC, sendo incorporado ao princípio do registro pelo

valor original.

Gabarito: letra “d”.

16. (ESAF/IRB/2006) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo

o princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que,

até que surjam evidências em contrário,

a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro.

b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos

administrativos.

c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.

d) as operações passíveis de registro contábil devem ter seqüência em diversos

períodos.

e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos.

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Comentários:

Trata a questão do princípio da continuidade, segundo o qual:

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em

operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos

componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada

pela Resolução CFC nº. 1.282/10).

Gabarito: letra “a”.

17. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) A Padaria Pilão Ltda. - ME

utiliza um sistema de controle de seus negócios bastante simplificado:

as receitas correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as

despesas correspondem às saídas de caixa, como salários pagos,

pagamento de contas de água, luz, aluguel, impostos e compras

efetuadas, quase sempre, a vista ou a prazos curtíssimos. A implantação

de um sistema tão simples de controle em uma indústria de médio porte

não poderia ser aceita por não atender ao Princípio Contábil

a) da Competência de Exercícios.

b) do Custo como Base de Valor.

c) da Continuidade.

d) do Conservadorismo.

e) da Prudência.

Comentários:

A questão retrata o regime de caixa, que somente pode ser adotado pelas

micros e pequenas empresas. As entidades de médio porte, devem adotar a

integralidade do Princípio da Competência, que, conforme Art. 9º: "O Princípio

da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos

sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do

recebimento ou pagamento.".

Gabarito: letra “a”

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18. (CEPERJ/Contador/DEGASE/RJ/2012) As provisões, sejam do ativo

ou do passivo, e que representam valores cujas perfeitas quantificações

dependem de fatos ainda não concretizados, devem ser contabilizadas

em obediência aos seguintes princípios da contabilidade:

A) valor original, competência e continuidade.

B) continuidade, valor original e entidade.

C) prudência, continuidade e materialidade.

D) valor original, competência e oportunidade.

E) prudência, oportunidade e competência.

Comentários:

As provisões, sejam do ativo ou do passivo, que representam valores cujas

perfeitas quantificações dependem de fatos ainda não concretizados, como por

exemplo, de uma decisão judicial, são registradas em obediência ao Princípio da

Prudência.

Ao realizar a provisão, o contabilista estará atendendo simultaneamente a

outros dois princípios. O da competência, já que o fato gerador que originou o

processo judicial já ocorreu e o Princípio da Oportunidade, visando fornecer

informações íntegras e tempestivas, já que sendo uma informação relevante,

poderá alterar a tomada de decisão de determinado grupo de usuários.

Gabarito: letra “e”.

19. (ESAF/Analista Contábil/SEFAZ/CE/2006) Assinale abaixo a opção

que contém a assertiva verdadeira.

a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social

as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento,

enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem

efetivamente realizadas.

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b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente

válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for

do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem

adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a menos

que o valor tenha sido alterado já na época da compra.

d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de

patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto de

bens, direitos e obrigações de uma pessoa.

e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois o

menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da Consistência.

Comentários:

a) Falso. Pelo Princípio da Competência são consideradas do exercício social as

despesas nele realizadas, independente de seu efetivo pagamento.

b) Falso. Entre dois valores igualmente válidos, o Princípio da Prudência

estabelece que deverá ser adotado o menor dos dois para o Ativo e o maior para

o Passivo.

c) Falso. O Princípio Contábil do custo como base de valor ou Princípio Contábil

de Registro pelo Valor Original estabelece que os ativos são registrados pelo

custo. Se o preço de aquisição ou mercado houver sido alterado já na data da

compra, isto não importará. O que importa é o quanto se pagou no momento

pela aquisição da mercadoria.

d) Verdadeiro. O princípio Contábil da entidade está intimamente relacionado ao

objeto da Contabilidade que é o patrimônio (conjunto de bens, direitos e

obrigações da entidade).

e) Falso. Não existe o Princípio Contábil da Consistência.

Gabarito: letra “d”.

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20. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2002) Assinale a opção

correta.

a) Como resultado da observância do princípio da Oportunidade, o registro das

variações patrimoniais deve ser feito sempre que forem tecnicamente

estimáveis, mesmo não existindo razoável certeza de sua ocorrência.

b) O princípio da Entidade reconhece que o patrimônio pertence à Entidade mas

a recíproca não é verdadeira, embora a agregação de patrimônios autônomos

resultem em nova Entidade.

c) O princípio da Prudência determina a adoção do maior valor para os

componentes do Ativo e do menor valor para os componentes do Passivo

sempre que se tenham duas alternativas válidas de valor.

d) Notas Explicativas são informações adicionais destinadas a esclarecer

aspectos relevantes dos demonstrativos contábeis como, por exemplo, os

principais critérios de avaliação, os investimentos relevantes e não relevantes

em outras sociedades; as taxas de juros e os vencimentos das obrigações de

curto e longo prazo.

e) Depreciação Linear é o método de depreciação que consiste em dividir o valor

do bem depreciável pelo número de anos de sua vida útil, para amortização de

seu valor, mediante paulatina transferência para o resultado.

Comentários:

a) Errado. O Princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras

e tempestivas.

b) Errado. O princípio da Entidade reconhece que o patrimônio pertence à

Entidade mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de

patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de

natureza econômico-contábil.

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c) Errado. O princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os

componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do Passivo sempre

que se tenham duas alternativas válidas de valor.

d) Errado. A palavra-chave para as Notas Explicativas é RELEVÂNCIA. As notas

devem conter informações relevantes dos demonstrativos contábeis, sendo

assim, é incorreto afirmar que as devem constar informações de investimentos

não relevantes em outras sociedades.

e) Correto. Este é o conceito de depreciação linear, que apesar de não ter sido

tratado, podemos chegar à conclusão por exclusão das demais assertivas.

Gabarito: letra “e”.

21. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Fortaleza/2003)

Assinale o princípio fundamental da contabilidade que reconhece o

Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia

patrimonial e a necessidade de diferenciação de um patrimônio

particular no universo dos patrimônios existentes.

a) Entidade

b) Registro pelo Valor Original

c) Prudência

d) Continuidade

e) Atualização Monetária

Comentários:

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade

e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um

Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,

independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma

sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins

lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com

aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

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Gabarito: letra “a”.

22. O princípio contábil que se relaciona diretamente à quantificação

dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, além de

constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração

de resultados é o Princípio:

a) da Continuidade.

b) do Registro pelo valor original.

c) da Oportunidade.

d) da Entidade.

e) da Prudência.

Comentários:

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação

no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do

patrimônio levam em conta esta circunstância.

Gabarito: letra “a”

23. (FCC/Analista Contábil/TRE-MS/2007) A empresa Alfa manufatura

calçados, sendo que o processo produtivo se inicia com a compra do

couro em peles e termina com a confecção final dos calçados. A empresa

iniciou suas atividades em 01.01.2006. Em 31.12.2006 todos os custos

de mão de obra direta e custos indiretos de fabricação referentes ao

exercício de 2006 haviam sido apropriados ao resultado do exercício. Na

contagem física dos inventários constatou-se que um quinto de toda a

produção de calçados do exercício não havia sido vendida.

De acordo com estas informações podemos afirmar que a empresa Alfa

nas suas demonstrações contábeis NÃO observou o Princípio

Fundamental de Contabilidade – Resolução CFC no 750;

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a) Entidade.

b) Oportunidade.

c) Competência.

d) Atualização Monetária.

e) Prudência.

Comentários:

O parágrafo único do Artigo 9° da Resolução estabelece que as receitas e

despesas correlatas, ou seja, que ocorrerem ao mesmo tempo, devem ser assim

registradas. Assim, no momento da venda de mercadorias, a entidade deve

registrar, simultaneamente, a receita da venda realizada e a despesa do custo

de mercadorias vendidas.

Gabarito: letra “c”.

24. (FCC/Analista Legislativo/Contador/2007) A Cia. Astral tem como

sócio presidente o Sr. Carlos Alberto. A empresa, neste último exercício,

vem atravessando sérias dificuldades financeiras em função de dois

outros concorrentes terem se instalado na mesma região, disputando

mercado que anteriormente era somente seu.

O Sr. Carlos Alberto habitualmente apresenta suas despesas pessoais

para serem contabilizadas e pagas pela empresa. Ao fazer isso o Sr.

Carlos Alberto está infringindo o Princípio/Norma Contábil

a) da continuidade.

b) do conservadorismo.

c) da entidade.

d) do custo como base de valor.

e) da competência.

Comentários:

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade

e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um

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Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,

independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma

sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins

lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com

aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Gabarito: letra “c”.

25. (FCC/Assembleia Legislativa do Estado de SP/2011) A empresa

Correção S.A. tem a prática de dar garantia de um ano de seus produtos

a seus clientes. A média de reclamações é de 2%, mas a empresa

constitui provisão de 5% para atender ao princípio da prudência. O

procedimento realizado pela empresa é

a) adequado, pois apresenta a posição mais conservadora que a empresa pode

adotar, resultando na menor situação econômico financeira que a empresa pode

obter.

b) inadequado, visto que reconhece uma provisão excessiva superavaliando o

passivo e apresentando demonstrações contábeis não confiáveis, devido à falta

de neutralidade.

c) correto, visto que as estimativas e provisões são de responsabilidade do

contabilista, que deve adotar o procedimento que melhor lhe resguarde, quando

for questionado.

d) permitido, desde que apresente uma posição econômico-financeira mais

conservadora, com valores que conduzam a uma visão de valor inferior ao que

efetivamente a empresa tenha.

e) proibido, em decorrência de estar fundamentado na essência e não na forma,

gerando uma subavaliação dos passivos.

Comentários:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os

componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se

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apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O exercício da Prudência não permite, por exemplo, a criação de reservas

ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação deliberada de ativos ou receitas,

a superavaliação deliberada de passivos ou despesas, pois as demonstrações

contábeis deixariam de ser neutras.

Gabarito: letra “b”.