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Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2014.1 O Cursinho da Faculdade de Medicina da UFC Enem 2º Dia Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12demaio.ufc.br 1 PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua portuguesa em que você se posiciona a respeito do seguinte tema: os benefícios da prática esportiva. Selecione, organize, relacione e interprete, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos. A importância do esporte na vida das pessoas e sociedade. O esporte é essencial para o desenvolvimento saudável das pessoas. Por isso, as autoridades brasileiras devem investir nessa área, porque reduz a probabilidade de aparecimento de doenças e ajuda na inclusão social. Diante disso, a prática esportiva é de suma importância para qualquer pessoa, em todas as idades. Com sua prática constante, ela atua na prevenção de diversas doenças como cardíacas, diabetes e obesidades. Ainda, o esporte aumenta a capacidade mental, fortalecimento dos músculos e retarda o envelhecimento dos indivíduos. Neste aspecto, o esporte traz benefícios incalculáveis à sociedade: tira os adolescentes da rua, ajuda na prevenção e combate à droga. Assim, temos menos delitos realizados por menores e consequentemente há melhoria na segurança pública. Além disso, o esporte aumenta o espírito de equipe, disciplina e respeito. Pesquisas comprovaram cientificamente que as atividades físicas desenvolvem o auto estimo e o desenvolvimento no trabalho. Diante dos fatos mencionados, somos obrigados a crer que o esporte contribui para melhoria na saúde das pessoas e na inclusão social. Logo, as autoridades brasileiras devem investir forte no esporte não somente nas escolas, mas também nos clubes e nas ruas. Portanto, com essas e outras medidas, espera-se que a prática esportiva alcance os indivíduos em toda sociedade. http://redacao.livre-forum.com/t218-a-importancia-do-esporte-na-vida-das-pessoas-e-sociedade Na adolescência, as pessoas são influenciadas pelo consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros que também influenciam as demais faixas etárias, gerando conflitos internos que desviam valores e aprendizagens antes obtidos. É neste processo que o esporte mostra sua grande contribuição à sociedade. Cada esporte possui suas particularidades que envolvem as pessoas e as fazem optar por qual praticar. Os esportes influenciam no desenvolvimento saudável dessas e os distanciam da mentalidade distorcida que hoje se prega no mundo, e ainda faz com que as pessoas se distanciem da criminalidade que está presente em todos os locais de forma bastante organizada e sedutora. Existem inúmeras instituições sem fins lucrativos que criam centros de esportes em áreas de baixa renda a fim de focar a atenção dos jovens e adolescentes e ainda distanciá-los da marginalidade e das criminalidades existentes no mundo. O crime organizado existe como organização estruturada e presente em todos os lugares, como sentinelas buscando novas vidas, o esporte tem a importante e difícil missão de mostrar que nem sempre o caminho mais fácil é o correto. http://www.alunosonline.com.br/educacao-fisica/importancia-do-esporte.html A prática de esportes e exercícios físicos é recomendada por especialistas para o desenvolvimento do corpo e da mente e o incentivo deve começar desde a infância. As crianças estão aptas para o esporte logo nos primeiros meses de vida. Com cinco ou seis meses, assim que conseguem movimentar bem os braços e as pernas, já podem começar o seu envolvimento com o mundo esportivo. Nessa fase o esporte indicado é a natação que estimula o desenvolvimento neuromotor, fortificação da musculatura, aumento da capacidade cardíaca, além de ajudar crianças com problemas respiratórios. http://www.acolhida.org.br/esporte-na-infancia-a-importancia-do-incentivo-saudavel/

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Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2014.1

O Cursinho da Faculdade de Medicina da UFC Enem – 2º Dia

Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12demaio.ufc.br

1

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um

texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua portuguesa em que você se posiciona a respeito do seguinte tema: os

benefícios da prática esportiva. Selecione, organize, relacione e interprete, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a

defesa do seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.

A importância do esporte na vida das pessoas e sociedade.

O esporte é essencial para o desenvolvimento saudável das pessoas. Por isso, as autoridades brasileiras devem investir nessa

área, porque reduz a probabilidade de aparecimento de doenças e ajuda na inclusão social.

Diante disso, a prática esportiva é de suma importância para qualquer pessoa, em todas as idades. Com sua prática constante, ela

atua na prevenção de diversas doenças como cardíacas, diabetes e obesidades. Ainda, o esporte aumenta a capacidade mental,

fortalecimento dos músculos e retarda o envelhecimento dos indivíduos.

Neste aspecto, o esporte traz benefícios incalculáveis à sociedade: tira os adolescentes da rua, ajuda na prevenção e combate à

droga. Assim, temos menos delitos realizados por menores e consequentemente há melhoria na segurança pública. Além disso, o

esporte aumenta o espírito de equipe, disciplina e respeito. Pesquisas comprovaram cientificamente que as atividades físicas

desenvolvem o auto estimo e o desenvolvimento no trabalho.

Diante dos fatos mencionados, somos obrigados a crer que o esporte contribui para melhoria na saúde das pessoas e na inclusão

social. Logo, as autoridades brasileiras devem investir forte no esporte não somente nas escolas, mas também nos clubes e nas ruas.

Portanto, com essas e outras medidas, espera-se que a prática esportiva alcance os indivíduos em toda sociedade.

http://redacao.livre-forum.com/t218-a-importancia-do-esporte-na-vida-das-pessoas-e-sociedade

Na adolescência, as pessoas são influenciadas pelo consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros que

também influenciam as demais faixas etárias, gerando conflitos internos que desviam valores e aprendizagens antes obtidos. É neste

processo que o esporte mostra sua grande contribuição à sociedade.

Cada esporte possui suas particularidades que envolvem as pessoas e as fazem optar por qual praticar. Os esportes influenciam

no desenvolvimento saudável dessas e os distanciam da mentalidade distorcida que hoje se prega no mundo, e ainda faz com que as

pessoas se distanciem da criminalidade que está presente em todos os locais de forma bastante organizada e sedutora.

Existem inúmeras instituições sem fins lucrativos que criam centros de esportes em áreas de baixa renda a fim de focar a atenção

dos jovens e adolescentes e ainda distanciá-los da marginalidade e das criminalidades existentes no mundo. O crime organizado

existe como organização estruturada e presente em todos os lugares, como sentinelas buscando novas vidas, o esporte tem a

importante e difícil missão de mostrar que nem sempre o caminho mais fácil é o correto.

http://www.alunosonline.com.br/educacao-fisica/importancia-do-esporte.html

A prática de esportes e exercícios físicos é recomendada por especialistas para o desenvolvimento do corpo e da mente e o

incentivo deve começar desde a infância. As crianças estão aptas para o esporte logo nos primeiros meses de vida. Com cinco ou

seis meses, assim que conseguem movimentar bem os braços e as pernas, já podem começar o seu envolvimento com o mundo

esportivo. Nessa fase o esporte indicado é a natação que estimula o desenvolvimento neuromotor, fortificação da musculatura,

aumento da capacidade cardíaca, além de ajudar crianças com problemas respiratórios.

http://www.acolhida.org.br/esporte-na-infancia-a-importancia-do-incentivo-saudavel/

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões 91 a 135

Questões 91 a 95 (OPÇÃO ESPANHOL)

TEXTO 1

Menos ozono, más problemas

El hecho de que nos acostumbremos a hablar del peligro

generado por el “agujero” de la capa de ozono estratosférico, no

le resta gravedad a la situación.

El debilitamiento de esa protección planetaria contra los

rayos ultravioletas del Sol es una realidad tan peligrosa como

indiscutible. Muchas instituciones y algunas personalidades han

tratado de restarle importancia o han puesto en tela de juicio el

contenido de muchos informes con el único objetivo de ganar

tiempo contra la aplicación de medidas restrictivas de diversas

actividades productivas muy lucrativas.

Si bien existen muchas preguntas sin respuestas, todas las

fuentes serias coinciden en lo medular. Varios gases liberados

por la sociedad destruyen la capa de ozono y ello conspira

directamente contra nuestro futuro.

Otro punto indiscutido es el referido al descenso de los

niveles de ozono en la zona antártica. La Organización Mundial

de Meteorología informó el año pasado que más del 60% de la

capa de ozono en la zona central de la Antártica fue destruida,

creando un agujero con un área mayor que toda Europa.

El comportamiento de la capa aun es un misterio. Por

periodos se debilita y luego se fortalece. Pero los bajos índices

sin precedentes registrados entre septiembre y octubre, están

marcando un comportamiento evolutivo en un sentido

claramente negativo para la humanidad.

El País (Adaptado)

91. Segundo o texto, o problema da camada de ozonio:

a) não inspira muita preocupação.

b) é uma dificuldade momentânea.

c) está se intensificando.

d) é mais grave na Europa.

e) não tem solução.

Comentário

Resposta: c

O texto 1 deixa bem claro em todos os parágrafos o problema da

camada de ozonio, e ainda conclui o texto afirmando que os

baixos índices sem precedentes registrados em meses anteriores

estão marcando um comportamento evolutivo claramente

negativo para a humanidade.

TEXTO 2

92. Pesquisas comprovam que o cigarro é um dos produtos de

consumo mais vendidos no mundo, diante desta realidade e com

base na leitura do texto ao lado pode-se afirmar que:

a) as crianças também têm direito de escolher se querem ou não

fumar.

b) o autor se mostra a favor do direito de fumar, ao dizer que a

escolha é de cada um.

c) o autor é contra os cigarros, porém, defende que a escolha é de

cada um.

d) os danos que o cigarro pode causar é ainda pior para as

crianças.

e) o texto alerta que fumar é prejudicial também para os

fumantes passivos, como as crianças, por exemplo.

Comentário

Resposta: e

O texto 2 traz uma foto de criança e aborda como tema

determinante o fumo, alertando em toda sua estrutura que fumar

é prejudicial também para os fumantes passivos, como as

crianças, por exemplo.

TEXTO 3

93. Com uma leitura atenta do texto podemos perceber que o

autor:

a) Faz um texto crítico sobre a atual situação do fenômeno

bullying e do comportamento dos estudantes nas escolas

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espanholas.

b) Faz um texto narrativo sobre as causas e consequências do

bullying.

c) Alarma para os frequentes casos de bullying.

d) Informa sobre o bullying ao mesmo tempo que divulga uma

clínica de saúde.

e) Reconhece que não há formas de combater o bullying.

Comentário

Resposta: d

Após análise do texto 3, percebemos que o mesmo tem como

intenção principal não só informar sobre o bullying, mas também

divulgar uma clínica de saúde.

94. Observando o texto, podemos dizer que:

a) Os agressores não têm família.

b) As vítimas, por sofrerem de depressão, acabam chamando a

atenção de seu agressores.

c) A forma como a família educa seus filhos pode gerar

prováveis vítimas.

d) Pessoas que sofrem bullying são fracassadas.

e) Os agressores sofrem por se sentirem culpados.

Comentário

Resposta: c

Com uma leitura atenta, rapidamente identificamos a resposta da

questão de número 4 que informa que a forma como a família

educa seus filhos pode gerar prováveis vítimas de bullying.

TEXTO 4

Más de 300.000 niños están movilizados en

conflictos en todo el mundo. Su sitio está en la escuela,

no en la guerra. Partiendo de esta afirmación, la

UNESCO ha creado la unidad de Asistencia Educativa de

Emergencia. En la fase de reconstrucción nacional, la

unidad ayuda a crear infraestructuras y programas

educativos y formativos adecuados. (FUENTES, UNESCO, nº 108, enero, 2008).

95. O título que mais identifica o assunto do texto é:

a) em todo o mundo.

b) o melhor lugar.

c) na escola, não na guerra.

d) a fase nacional.

e) crianças e proteção.

Comentário

Resposta: c

O melhor título para o texto 4 é “na escola, não na guerra”, é o

título que melhor se adequa a situação abordada no texto.

96.

Levando em conta as informações do primeiro quadrinho,

identifique a alternativa que apresenta a palavra

que também sofreu alterações na acentuação gráfica devido à

regra mencionada.

a) plateia

b) heroico

c) gratuito

d) baiuca

e) caiu

Comentário

Resposta: d

A palavra “baiuca” é paroxítona, sendo o “u” vogal tônica

antecedida por ditongo, logo, perde também o acento.

97. O texto a seguir foi extraído da seção “Barbara responde”, na

qual a irreverente jornalista se propõe a “esclarecer” as dúvidas

dos leitores. Leia-o com atenção.

RIGOR GRAMATICAL

“Aprendi que oxítonas terminadas em ‘i’ e ‘u’ não são

acentuadas. Mas, e aquele banco cujo nome é oxítono e termina

em ‘u’ acentuado, por que ele pode?”

Pasquala Pascácia

Sei, sei. Quer dizer que você compareceu à aula das oxítonas,

mas perdeu aquela que ensinava que com nome próprio cada um

faz como bem entende, né, madame? (Revista da Folha, 25/03/2007)

Analisando a pergunta da leitora e a resposta da jornalista, e

considerando as regras oficiais de acentuação gráfica, é possível

concluir que

a) A palavra em questão — Itaú — não é oxítona, mas

proparoxítona. Segundo as regras de acentuação gráfica em

vigor, todos os proparoxítonos são acentuados.

b) Embora a palavra seja realmente oxítona, a razão pela qual ela

é acentuada é outra: acentuam-se as letras “i” e “u” quando

formarem hiatos tônicos, sozinhos ou acompanhados de “s”.

c) Trata-se de uma exceção à regra. O mesmo ocorre com a

palavra “Pacaembú”.

d) A resposta da jornalista está correta, uma vez que um fato

semelhante ocorre com a grafia de seu nome, que deveria ter

acento agudo: Bárbara.

e) A palavra recebe acento agudo por ser uma paroxítona

terminada em “u”.

Comentário

Resposta: b

Acentuam-se as letras “i” e “u” quando formarem hiatos tônicos,

sozinhos ou acompanhados de “s”. Não trata-se de exceção como

a jornalista respondeu, mas sim de outra regra.

Texto para as questões 98, 99 e 100.

A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa

dizendo que vira no campo dois dragões da independência

cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

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A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele

veio contando que caíra no pátio um pedaço de lua, todo cheio

de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de

queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem a sobremesa como foi

proibido de jogar futebol durante quinze dias.

Quando o menino voltou falando que todas as

borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e

queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo

céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr.

Epaminondas abanou a cabeça:

— Não há o que fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um

caso de poesia.

(Andrade, Carlos Drummond de. O sorvete e outras histórias.

São Paulo: Ática, 1993)

98. O período “Desta vez Paulo não só ficou sem a sobremesa

como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias” foi

corretamente parafraseado em

a) Desta vez Paulo ficou sem a sobremesa porque foi proibido de

jogar futebol durante quinze dias.

b) Desta vez Paulo não ficou sem a sobremesa, contudo foi

proibido de jogar futebol durante quinze dias.

c) Desta vez Paulo não ficou sem a sobremesa, portanto foi

proibido de jogar futebol durante quinze dias.

d) Desta vez Paulo ficou sem a sobremesa e foi proibido de jogar

futebol durante quinze dias.

e) Desta vez Paulo ficou sem a sobremesa, quando foi proibido

de jogar futebol durante quinze dias.

Comentário

Resposta: d

“Desta vez Paulo ficou sem a sobremesa e foi proibido de jogar

futebol durante quinze dias.” O “E” mostra adição de ideias, bem

como na questão em que o autor diz “não só... como...”. Paulo

ficou sem sobremesa e também foi proibido de jogar futebol.

99. No texto ocorre o discurso direto (Indicado pelo uso do

travessão, mostrando a fala do Dr. Epaminondas). Transposto

adequadamente para o discurso indireto, teríamos:

a) Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça e disse a

Dona Coló que não havia o que fazer, pois aquele menino era

mesmo um caso de poesia.

b) Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça dizendo

que Dona Coló não há o que fazer, sendo o menino um caso

mesmo de poesia.

c) Como não haveria o que fazer, após o exame, o Dr.

Epaminondas abanou a cabeça olhando para Dona Coló. Esse

menino é mesmo um caso de poesia.

d) Disse o Dr. Epaminondas, após o exame, que Dona Coló não

há o que fazer e que este menino é mesmo um caso de poesia.

e) Após o exame, o Dr. Epaminondas lamentou que o menino

fosse mesmo um caso de poesia. Dona Coló nada poderia fazer.

Comentário

Resposta: a

Retirando o travessão e passando a fala do Doutor para o

discurso indireto, em que outra pessoa narra o ocorrido, ficaria:

“Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça e disse a

Dona Coló que não havia o que fazer, pois aquele menino era

mesmo um caso de poesia.”

100. De acordo com a frase do doutor Epaminondas, o termo que

melhor caracteriza o menino é

a) alienado.

b) imaginativo.

c) curioso.

d) mentiroso.

e) dispersivo.

Comentário

Resposta: c

Como o doutor entende as comparações poéticas que o menino

diz, deduz-se que ele acredita que o menino é imaginativo.

Texto para as questões 101 a 102

Os donos da comunicação

Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha que se

cuidem porque os donos da comunicação duram muito mais. Os

ditadores abrem e fecham a imprensa, os presidentes xingam a

TV e os reis da Espanha cassam o rádio, mas, quando a gente

soma tudo, os donos da comunicação ainda tão por cima.

Mandam na economia, mandam nos intelectuais, mandam nas

moças fofinhas que querem aparecer nos shows dos horários

nobres e mandam no society que morre se o nome não aparecer

nas colunas.

Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, mas

só de longe. E ninguém fala mal deles por escrito porque quem

fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos

“veículos” deles. Isso é assim aqui, na Bessarábia e na Baixa

Betuanalândia. Parece que é a lei. O que também é muito justo

porque os donos da comunicação são seres lá em cima. Basta ver

o seguinte: nós, pra sabermos umas coisinhas, só sabemos delas

pela mídia deles, não é mesmo? Agora vocês já imaginaram o

que sabem os donos da comunicação que só deixam sair 10% do

que sabem?

Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz

terrorismo, todas essas besteiras. Corajoso mesmo, eu acho, é

falar mal de dono de comunicação. Aí tua revolução fica xinfrim,

teu terrorismo sai em corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do

jornal em quatro linhas.

(Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.)

101. Para Millôr Fernandes, no texto apresentado, os donos da

comunicação são

a) produtores de tecnologia de informação e comunicação.

b) dirigentes de órgãos governamentais que regem a

comunicação no país.

c) proprietários de veículos de comunicação em massa.

d) apresentadores de telejornais e programas populares de

televisão.

e) funcionários executivos de empresas de publicidade.

Comentário

Resposta: c

Os “donos da comunicação” são os proprietários dos meios de

comunicação de massa, que têm o poder de controlar o que a

imprensa divulga.

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102. Millôr Fernandes emprega com conotação irônica o termo

inglês society, para referir-se a

a) pessoas dedicadas ao desenvolvimento da sociedade.

b) pessoas que fazem caridade apenas para aparecer nos jornais.

c) sociedades de atores de teatro, cinema e televisão.

d) norte-americanos ou ingleses muito importantes, residentes no

país.

e) indivíduos presunçosos da chamada alta sociedade.

Comentário

Resposta: e

Society — forma reduzida de high society — era o termo

corrente na linguagem dos colunistas sociais para designar o

grupo social dos ricos exibicionistas e festeiros — a chamada

“alta” sociedade.

103. Com a frase Parece que é a lei, no segundo parágrafo, o

humorista tenta explicar que

a) as pessoas poderosas se unem em sociedades secretas.

b) o poder dos donos da comunicação parece ter força de lei.

c) parece que a lei não existe no mundo da comunicação.

d) o poder dos grandes empresários emana de uma lei que os

protege.

e) as leis não foram criadas para proteger os cidadãos.

Comentário

Resposta: b

O autor faz entender que por toda parte se impõe o poder dos

“donos da mídia” (como hoje se diria, com o emprego de um

anglicismo).

104. As repetições, o uso de palavras e expressões populares, a

justaposição fluente de ideias, dispensando vírgulas, e as ironias

constantes atribuem ao texto de Millôr Fernandes

a) tom descontraído e bem-humorado.

b) dificuldade de leitura e compreensão.

c) feição arcaica e ultrapassada.

d) estilo agressivo e contundente.

e) imagens vulgares e obscenas.

Comentário

Resposta: a

A informalidade (o “tom descontraído”) e o humor, notáveis no

texto, são característicos de Millôr Fernandes.

105. No último período do texto, a discrepância dos possessivos

teu e tua (segunda pessoa do singular) com relação ao pronome

de tratamento você (terceira pessoa do singular) justifica-se

como

a) possibilidade permitida pelo novo sistema ortográfico da

língua portuguesa.

b) um modo de escrever característico da linguagem jornalística.

c) emprego perfeitamente correto, segundo a gramática

normativa.

d) aproveitamento estilístico de um uso do discurso coloquial.

e) intenção de agredir com mau discurso os donos da

comunicação.

Comentário

Resposta: d

É típico da linguagem coloquial brasileira a mistura de pronomes

possessivos e oblíquos de segunda e terceira pessoas em

referência à forma de tratamento você, que designa a segunda

pessoa (o interlocutor), mas flexiona o verbo na terceira.

106.

No texto, a expressão "não dá pra acreditar" possui duplo sentido

e foi empregada de forma intencional para criar humor. Pelo

contexto, o sentido mais adequado para essa expressão é:

a) não confiável, pois não se pode acreditar em suas mentiras.

b) incrível, pois ela possui qualidades tão respeitosas que torna-

se difícil acreditar.

c) não acreditada, pois apenas o seu genro, Hagar, acredita no

que ela diz.

d) incrédula, pois não acredita no que outras pessoas dizem.

e) inacreditável, pois constantemente diz coisas surpreendentes.

Comentário

Resposta: a

Ao dizer que “ela mente”, o personagem mostra que “não dá pra

acreditar” é sinônimo de não merecer crédito, não ser confiável.

107. Compare o poema narrativo de Jorge de Lima com o quadro

“Guernica”, de Pablo Picasso.

“Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a

noiva, abraçado com a hélice. E o violinista, em que a morte

acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu

estradivárius. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na

explosão. Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande

Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo

nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a

nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida

porque vem sem vida. Vejo três meninas caindo rápidas,

enfunadas, como se dançassem ainda. (...) Ó amigos, o paralítico

vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem

com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus.

E há poetas míopes que pensam que Deus é o arrebol." (LIMA, Jorge de. "Poesia". Nossos Clássicos 26. Rio de Janeiro: Agir, 1963. p.

64-65.) (Arrebol: vermelhidão do pôr-do-sol.)

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6

(www.infoescola.com)

Assinale a alternativa correta:

a) Tanto o poeta quanto o pintor acalentam esperanças ingênuas

quanto à superação das tragédias do cotidiano no mundo

moderno.

b) Ambos os artistas revelam conformismo diante dos

acontecimentos trágicos, representados pelo desastre aéreo e pela

guerra.

c) A quebra das figuras no quadro e a enumeração rápida das

figuras no poema evidenciam uma opção estética que se pauta

pela harmonia figurativa na pintura e pela linearidade discursiva

no texto literário.

d) Em ambas as obras os artistas abdicam de uma ótica subjetiva,

apresentando de maneira racional e neutra as tragédias do mundo

moderno.

e) Cada uma das duas obras retrata, com linguagem distinta, o

assombro dos artistas diante de realidades trágicas do mundo

moderno.

Comentário

Resposta: e

Os dois artistas demonstram inconformismo diante dos

acontecimentos, demonstrando em linguagens distintas o

assombro diante da tragédia.

Textos para a próxima questão.

Esparsa - ao desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar

No Mundo graves tormentos;

E para mais me espantar,

Os maus vi sempre nadar

Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim

O bem tão mal ordenado,

Fui mau, mas fui castigado,

Assim que só para mim

Anda o mundo concertado. (CAMÕES, Luís de. Redondilhas. Rio de Janeiro: Obras incompletas, Aguilar, 1963, pp. 475-6.)

Nós

Ai daqueles que nascem neste caos,

E, sendo fracos, sejam generosos!

As doenças assaltam os bondosos

E - custa a crer - deixam viver os maus! (VERDE, Cesário. O livro de Cesário Verde, 9ª ed. Lisboa: editora Minerva, 1952, p.122)

108. Vocábulos como bom e bem, mau e mal, em virtude da

variedade de seu uso em nossa língua, não podem ser

classificados senão após se examinar o contexto de cada frase.

Isto se verifica nos poemas em pauta. Com base nestas

observações:

a) Em “Os bons vi sempre passar...”, a palavra destacada

assume a classe de substantivo.

b) Na frase “os bons homens são altruístas”, a palavra em

destaque está na mesma condição da opção anterior;

c) Em “os maus vi sempre nadar...” , a palavra em

destaque assume a classe de adjetivo;

d) “mal” tem a mesma condição de classe morfológica em

“O bem tão mal ordenado” e “ele tem o mal de falar

muito”.

e) Na passagem a seguir, todos os vocábulos destacados

assumem a mesma classe gramatical: “E, sendo fracos,

sejam generosos! - As doenças assaltam os bondosos”.

Comentário

Resposta: a

No item a e no item c, os vocábulos destacados funcionam

como substantivos (Notar artigo antes da palavra). No item b,

“bons” é adjetivo que caracteriza “homens”. No item d, “mal” na

primeira frase é adjetivo e na segunda é substantivo, portanto

não são da mesma classe. Já no item e, “fracos” e “generosos”

são adjetivos e “bondosos” é substantivo.

POÇAS D´ÁGUA

As poças d´água são um mundo mágico

Um céu quebrado no chão

Onde em vez de tristes estrelas

Brilham os letreiros de gás Néon.

(Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo, Globo, 1994.)

109. Levando-se em conta o texto como um todo, é correto

afirmar que a metáfora presente no primeiro verso se

justifica porque as poças

a) estimulam a imaginação.

b) permitem ver as estrelas.

c) são iluminadas pelo Néon.

d) se opõem à tristeza das estrelas.

e) revelam a realidade como espelhos.

Comentário

Resposta: a

A poça no chão, mostrando reflexos do mundo exterior,

permite recriar o próprio ceú do eu-lírico, a partir de

elementos fornecidos e distintos do céu.

Texto para as questões 110 a 111

Palavras, palavras, palavras

Um amigo erudito, que ocasionalmente vem visitar

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meu enfisema, como não tem fundos para flores ou

presentes, me traz o prazer de sua presença e um papo -

monólogo ou preleção, a bem dizer - sobre seu assunto

favorito: vida, paixão e morte das palavras.

Sabe que eu tenho o mesmo gosto por elas que ele, embora

indigno de beijar seus pés incalustres (obsoleto, português

do Brasil: livre de calos). Sempre que posso tomo nota

depois de pedir a devida vênia (outro termo nosso em vias

de extinção) e fico por uns dias pesquisando e, que me

resta?, meditando.

Meu amigo, que ensina inglês para emigrantes lusos e

brasileiros recém-chegados à Grã-Bretanha (pois é, nem

todo mundo está indo embora), gosta de se dizer poliglota,

embora mais de uma vez tenha me explicado, e eu sempre

esquecendo, a contradição existente na confecção do termo

formado por poli + glota. "Trata-se de um idiotismo lusitano

seiscentista", já me explicou e, tamanha sua verve formal e

presença avassaladora, que eu já me esqueci. Em matéria de

idiotismos minha cota já se esgotou.

(...) Mas eu tenho minha forma de apoquentá-lo. Como o

dileto (Dileto não é seu verdadeiro nome) se encontra fora

do país natal, que é o mesmo meu, gosto de atazaná-lo, ou

melhor, espicaçar sua mente viva, com os neologismos que

pesco aqui e ali nas águas bravias do mare nostrum

cibernético.

Já o pus frente a frente com brasileirismos atuais que o

deixaram rubro de vergonha ou ódio, pois ele é difícil de

distinguir quando se queima. Taquei-lhe brasileirismos

atuais como bullying, point, fashion week, os irmãos Loxas

e Lunda e vi-o deixar minha casa falando sozinho

entredentes, como se tivesse sido assaltado pelo mundo.

(... )De certa feita, fui contra as regras do jogo e deixei-o

zonzo por desconhecer o significado de biringaço, que, após

revelar-me sua total ignorância, danou-se quando eu

expliquei tratar-se de lusitanismo obsoleto significando, nas

altas camadas sociais do século 17, uma espécie de guarda-

costas alugado a preços de arrasar.

Palavras. Há nelas, embutida, uma tremenda luta corporal.

Urge dela participar, mesmo passando rasteira.

(regionalismo, Brasil).

(http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1093251-ivan-lessa-palavras-palavras-

palavras.shtml)

110. Considerando-se a temática central explorada no texto

de Ivan Lessa, é possível identificar a predominância da

função

a) apelativa, já que destaca o receptor.

b) emotiva, já que destaca o emissor.

c) referencial, já que destaca a informação.

d) metalinguística, já que destaca o código.

e) poética, já que destaca a mensagem.

Comentário

Resposta: d

O texto fala sobre temporalidade das palavras e a forma

como elas incrustam a amizade entre o autor e seu amigo

professor

111. Assinale a alternativa cujo fragmento transcrito

apresente reflexão semelhante à exposta no texto de Ivan

Lessa:

a) “Palavra eu preciso/ preciso com urgência” (Sérgio Brito,

Marcelo Fromer)

b) “Lutar com palavras é a luta mais vã/ Entanto lutamos

mal rompe a manhã” (Carlos Drummond de Andrade)

c) “É proibido não rir dos problemas/ não lutar pelo que se

quer/ abandonar tudo por medo” (Pablo Neruda)

d) “Sonhar/mais um sonho impossível/ lutar quando é fácil

ceder/ vencer o inimigo invencível” (Chico Buarque)

e) “Ia e vinha/ e a cada coisa perguntava/ que nome tinha”

(Sophia de M. B. Andresen)

Comentário

Resposta: b

O texto retrata o aspecto efêmero da utilização das palavras

e mostra também as inovações e modificações que a língua

sofre com o decorrer do tempo.

112. A análise do léxico empregado no texto permite

afirmar que

a) a escolha de termos rebuscados comprova o elevado nível

cultural que o autor afirma ter.

b) há um jogo entre termos sofisticados e coloquiais, que

sugere o contraste entre o saber do amigo e o do autor.

c) o amigo emprega incorretamente termos difíceis, eruditos,

apenas com o intuito de confundir o autor.

d) a erudição do amigo, comprovada pelo seu vasto

conhecimento linguístico, contrasta com sua humildade.

e) a preferência do autor por termos arcaicos evidenciam sua

crítica ao discurso retórico erudito.

Comentário

Resposta: b

O texto é permeado por elogios e tom de respeito, até

mesmo reverência do autor para com seu amigo.

113. Leia as seguintes definições dadas para “idiotismo”, de

acordo com o dicionário Aulete:

1. Qualidade ou estado de idiota; idiotice, idiotia.

2. Ling. Construção ou locução particular a uma língua.

Nas duas ocorrências de “idiotismo” no texto, o autor

empregou o termo

a) de forma ambígua em cada uma delas.

b) com o sentido de “idiotice” na primeira e de “construção

particular a uma língua” na segunda.

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c) de forma ambígua especificamente na primeira.

d) exclusivamente como conceito linguístico apenas na

primeira.

e) para associar ao amigo a “qualidade de idiota”.

Comentário

Resposta: d

Na segunda ocorrência, fica claro que ele põe em questão

sua própria inteligência ao não entender uma explicação do

amigo.

Texto para as questões 114, 115 e 116.

Amor

(Clarice Lispector)

Um pouco cansada, com as compras deformando o novo

saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume no

colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no

banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.

Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e

sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si,

malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha

era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O

calor era forte no apartamento que estavam aos poucos

pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma

cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a

testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela

plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas

essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida

conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o

tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o

marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto

importuno das empregadas do edifício. Ana dava a tudo,

tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de

vida.

Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as

árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava

de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida

do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se

ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande

tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo

vagamente artístico encaminhara-se há muito no sentido de

tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto

pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima

desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de

aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência

harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.

No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz

firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por

caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a

surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O

homem com quem casara era um homem verdadeiro, os

filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude

anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. […]

114. De acordo com o texto, pode-se afirmar que a

personagem Ana

a) sintetiza as qualidades da mulher burguesa e rica, que se

responsabiliza pelo lar e em momento algum questiona suas

atribuições.

b) é símbolo da mãe e da esposa de classe baixa, que vê

nas tarefas do lar a verdadeira forma de ser feliz, mas almeja

ser independente.

c) representa a mulher de classe média que cuida de suas

tarefas, mas não sente prazer nisso, pois é incomodada por

sua família.

d) é produto de uma sociedade feminista, o que se pode

confirmar pela autonomia que tem para realizar suas tarefas.

e) constitui a referência do lar de classe média, no qual

tem como missão a tarefa de organizá-lo e de cuidar dos

familiares.

Comentário

Resposta: e

Algumas informações fornecidas pelo texto permitem

circunscrever o universo social da personagem ao ambiente

de classe média. Ela anda de bonde, o que a distancia de

uma representação burguesa; dedica-se exclusivamente às

tarefas cotidianas de um lar medianamente próspero, no qual

“crescia a mesa com comida”. A “mão pequena e forte” com

que Ana conduz esse lar, composto tanto de objetos

inanimados (como o “fogão enguiçado”) quanto de seres

humanos (marido e filhos), explicita seu papel organizador,

referido pela alternativa correta.

115. No texto, afirma-se que Ana “plantara as sementes” e

“E cresciam árvores”. Mais adiante: “Certa hora da tarde as

árvores que plantara riam dela”. Essa última frase, tomada

em conjunto com as anteriores, traz ao texto um tom de

a) comicidade.

b) profecia.

c) perplexidade.

d) ironia.

e) indignação.

Comentário

Resposta: d

O vocábulo “sementes” funciona como metáfora para os

componentes do universo doméstico em que Ana se insere.

Ela as planta com sua “mão pequena”, vendo-as crescer,

transformar-se em “árvores” e ganhar vida. Aos poucos,

tudo parece existir sem que seu controle efetivamente seja

exercido. Nesse processo de independência, aqueles

componentes parecem rir dela, como a tratar com desdém o

papel organizador representado por Ana — de onde vem a

ironia que a alternativa correta atribui ao gesto.

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116. “Certa hora da tarde era mais perigosa.”

De acordo com o texto, essa informação deve ser entendida

como

a) um cansaço que envolvia Ana, depois de ter-se

dedicado intensamente às tarefas do lar.

b) um desconforto de Ana, pois sua importância se perdia

nesse período, quando não era requisitada nas tarefas do lar.

c) uma irritação de Ana em relação à família, por não ter o

reconhecimento devido pelas tarefas que exercia.

d) uma forma de Ana reafirmar seu papel e sua

importância no seio familiar, pois todos dependiam dela.

e) um incômodo que Ana sentia, devido tanto ao excesso

de tarefas que desempenhava quanto ao modo rotineiro de

realizá-las.

Comentário

Resposta: b

A hora da tarde que se mostra mais “perigosa” é aquela que

evidencia a diminuição da importância de Ana na ordem

doméstica. Quando tudo parece pronto e arrumado, a dona

de casa se vê diante da ameaça de sentir-se cada vez menos

necessária.

117. No cartum apresentado, o significado da palavra escrita

é reforçado pelos elementos visuais, próprios da linguagem

não verbal.

A separação das letras da palavra em balões distintos

contribui para expressar principalmente a seguinte ideia:

a) dificuldade de conexão entre as pessoas

b) aceleração da vida na contemporaneidade

c) desconhecimento das possibilidades de diálogo

d) desencontro de pensamentos sobre um assunto

e) empatia fácil entre as pessoas

Comentário

Resposta: a

A fragmentação da palavra explora o sentido da palavra

SOLIDÃO. A falta de interação, conexão é visível e

enfatizada na figura de muitas pessoas que estão no mesmo

ambiente, mesma condição, sem, contudo, conseguirem

interagir.

118.

Com relação à tirinha, assinale a alternativa correta.

a) A reação do paciente revela a falta de entendimento do

discurso expresso pelo médico sobre seu estado de saúde.

b) A sátira se faz presente, no último quadrinho, ao demonstrar

um erro cometido pelo médico.

c) Há uma crítica aos médicos que se preocupam mais com a

beleza física do que com a saúde.

d) O efeito do humor se apoia na polissemia presente na

expressão “beleza interior”.

e) O segundo quadrinho é marcado pelo uso da linguagem

denotativa.

Comentário

Resposta: d

O humor está no uso conotativo da expressão “beleza interior”

utilizada pelo paciente, mas que foi entendida em seu aspecto

denotativo pelo médico.

Textos para as questões 119 e 120

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

[...]

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

De Primeiros cantos (1847)

Gonçalves Dias

Canto do regresso à pátria

Minha terra tem palmares

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10

Onde gorgeia o mar

Os passarinhos daqui

Não cantam como o de lá

Minha terra tem mais rosas

E quase que mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas

Eu quero tudo de lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte pra São Paulo

Sem que veja a Rua 15

E o progresso de São Paulo

Oswald de Andrade

119. Entre os recursos que um autor de “Canção do Exílio” usa

para dar mais expressividade ao texto, existe a zeugma. Uma das

formas de elipse, a zeugma consiste na supressão de um

vocábulo, já enunciado em frase anterior, por estar subentendido.

O verso que apresenta zeugma é

a) Sem qu’inda aviste as palmeiras.

b) Em cismar, sozinho, à noite.

c) As aves, que aqui gorjeiam.

d) Nossa vida mais amores.

e) Nosso céu tem mais estrelas.

Comentário

Resposta: a

Os autores tratam do mesmo tema, que é a volta para o lugar de

origem, sendo o 2º texto uma paráfrase. Na paráfrase as palavras

são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo

texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou

alguns sentidos do texto citado. Não pode ser paródia, pois não

há ironia ou zombaria no texto.

120. Observando as relações de intertextualidade entre os textos

“Canção do exílio” e “Canção do regresso à pátria”, pode-se

afirmar que:

a) Os dois textos tratam do mesmo tema, que é a volta para o

lugar de origem, sendo o 2º texto uma paráfrase.

b) Ambos os textos tratam do mesmo tema que é o desejo de

vingança contra aqueles que separaram os autores de seus locais

de origem.

c) Os textos tratam do mesmo tema, a saudade do lar, sendo o 2º

uma paródia, pois o texto é carregado de ironia e humor.

d) Os textos tratam de diferentes temas, mas o segundo traz uma

citação do primeiro.

e) Os textos não possuem nenhuma relação de intertextualidade,

pois o primeiro autor está exilado em Portugal e tem saudade do

Brasil, enquanto o segundo autor tem saudade apenas da cidade

de São Paulo.

Comentário

Resposta: a

Os autores tratam do mesmo tema, que é a volta para o lugar de

origem, sendo o 2º texto uma paráfrase. Na paráfrase as palavras

são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo

texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou

alguns sentidos do texto citado. Não pode ser paródia, pois não

há ironia ou zombaria no texto.

121. Leia o trecho abaixo.

Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo,

Nada que eu veja vale o que eu não vejo.

Nesses versos do poeta provençal Bernart de Ventadorn (século

XII), vertidos para o português pelo poeta Augusto de Campos, é

evidente o predomínio da função poética da linguagem, notável

nos ritmos, nos jogos sonoros e no fraseado. Ao lado dessa

função, destaca-se a presença da

a) função emotiva.

b) função conativa.

c) função referencial.

d) função metalinguística.

e) função fática.

Resposta: a

122. Nos versos transcritos na questão anterior, a função poética

da linguagem é visível em diversos recursos utilizados na

estruturação artística do texto. Entre eles, não se encontram

a) rimas.

b) aliterações (repetições de consoantes).

c) assonâncias (repetições de vogais tônicas).

d) metro decassilábico.

e) metáforas.

Resposta: e

123. Qual a função da linguagem predominante no texto abaixo,

adaptado de uma bula de remédio?

Durante o tratamento com Cloridrato de Benzidamina drágeas e

solução oral (gotas), as pessoas mais sensíveis à benzidamina

podem apresentar, ainda que raramente, ansiedade, insônia,

agitação, convulsões e alterações visuais. Podem ocorrer

também náusea e sensação de queimação retroesternal. Informe

imediatamente o seu médico caso ocorram reações adversas

desagradáveis com o uso do produto.

a) Função emotiva.

b) Função conativa.

c) Função referencial.

d) Função metalinguística.

e) Função poética.

Resposta: c

124. Texto para a questão.

As últimas pessoas a ver Ossip Mandelstam, o poeta russo que

morre num campo de concentração na época de Stálin,

lembram-se dele diante de uma fogueira, na Sibéria, em meio à

desolação, rodeado por um grupo de prisioneiros a quem

fala de Virgílio*. Evoca a leitura de Virgílio, e essa é a

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última imagem do poeta. A cena reforça a ideia de que há

alguma coisa que deve ser preservada, alguma coisa que a

leitura acumulou como experiência social. Não se trataria de

exibição de cultura, mas, ao contrário, de cultura como resto,

como ruína, como exemplo extremo do desprovimento. (...) A

leitura se opõe a um mundo hostil, como os restos ou

lembranças de outra vida.

(Ricardo Piglia. O último leitor. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.)

* Virgílio: poeta latino, viveu em Roma no século I a.C. É um dos maiores

clássicos da literatura ocidental.

No texto anterior, a leitura é considerada como uma forma de

a) enriquecimento cultural.

b) enriquecimento pessoal.

c) solidariedade entre os homens.

d) resistência à opressão.

e) afirmação de superioridade.

Resposta: d

Texto para a questão 125.

E as palavras que denominam as menores frações de

tempo? “Momento” vem do latim momentum, “movimento”, e

refere-se ao balanço do pêndulo dos relógios. Tanto que a física

chama esse movimento pendular de “momento angular”. Cada

ida ou vinda do pêndulo é um “momento”.

Ou seja, um “momento” não era, na sua origem, o

mesmo que um tempo infinitesimal, mas uma duração suficiente

para que algo se movesse de forma perceptível aos olhos. Já

“instante” (do latim instans) significa “insistente, que perdura”.

Não é paradoxal que o instante seja justamente o intervalo de

tempo mais fugaz que existe?

(Aldo Bizzocchi. O instante do momento. Revista Língua, n. 15, jan. 2007.)

125. De acordo com o texto, pode-se inferir que as palavras

a) têm seu sentido subvertido na Física.

b) podem mudar de significado no decorrer do tempo.

c) são usadas de forma errada em algumas ciências.

d) em latim eram mais precisas do que em português.

e) não são eficientes na definição de tempo.

Resposta: b

Texto para a questão 126.

Uns, com os olhos postos no passado,

Veem o que não veem; outros, fitos

Os mesmos olhos no futuro, veem

O que não pode ver-se.

Por que tão longe ir pôr o que está perto –

A segurança nossa? Este é o dia,

Esta é a hora, este o momento, isto

É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora

Que nos confessa nulos. No mesmo hausto

Em que vivemos, morreremos. Colhe

O dia, porque és ele.

(Ricardo Reis)

126. Sobre os versos acima, não se pode dizer:

a) Diante da fugacidade do tempo, a exortação a aproveitar o

presente propõe nossa identificação com ele.

b) Criticam tanto aqueles que se prendem ao passado como

aqueles que fixam seus olhos no futuro.

c) Exprimem consciência da brevidade da vida e da

inevitabilidade da morte, daí a valorização do momento presente.

d) “Interminável hora” é metáfora de morte, justificativa para o

aproveitamento do momento presente.

e) “Colhe o dia” é a tradução de uma das expressões mais

célebres da poesia lírica: carpe diem, do poeta latino Horácio.

Resposta: d

Texto para a questão 127.

A ficção é compensação e consolo pelas muitas limitações e

frustrações que fazem parte de todo destino individual e fonte

perpétua de insatisfação, pois nada mostra de forma tão clara o

quão minguada e in consistente é a vida real quanto tornar a

ela, depois de haver vivido, nem que seja de modo fugaz, a outra

vida...

(Mário Vargas Llosa)

127. O termo ficção, no texto, só pode ser diretamente associado

a uma das seguintes expressões. Assinale-a.

a) “minguada e inconsistente”

b) “limitações e frustrações”

c) “destino individual”

d) “vida real”

e) “a outra vida”

Resposta: e

Texto para as questões 128 a 129.

Há uma diferença fundamental entre as [torcidas] organizadas

brasileiras e os hooligans ingleses. Ninguém na Inglaterra

assume que é hooligan. Os caras são anônimos. Muitas vezes, a

polícia se surpreende ao localizar o sujeito que barbarizou num

estádio e descobrir que ele é um calmo chefe de família. Apesar

de não serem pobres e carentes como os brasileiros, os

hooligans também são os pobres coitados da Inglaterra. Muitos

pesquisadores tentam descobrir o que leva os hooligans a serem

tão violentos. Às vezes, me parece uma vontade estúpida de

buscar fortes emoções regada a muito álcool. Uma caneca de

cerveja europeia tem quatro vezes mais álcool que um chope

brasileiro. E os ingleses bebem muito. Então, os caras enchem a

cara e partem para a violência. Agora, no Brasil, a coisa é

espantosa. Os chefes de torcida organizada têm cartão de

visitas, sede, assessor de imprensa. São entrevistados no rádio e

na tevê. Expulsaram os torcedores das grandes partidas e

viraram personalidades. As torcidas organizadas explodiram no

Brasil a partir do final dos anos 60. Acho que isso tem alguma

relação com a ditadura militar. De qualquer modo, penso que as

torcidas seriam menos violentas se os dirigentes brasileiros não

errassem tanto e não roubassem o clube dessa maneira.

(Alex Bellos)

128. De acordo com o texto, só não se pode afirmar que

a) os hooligans, como os integrantes das torcidas organizadas,

são vítimas de injustiças sociais.

b) os hooligans têm identidade clandestina, ao contrário

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12

das torcidas organizadas.

c) um hooligan pode, fora do estádio, ser um cidadão

perfeitamente adaptado à sociedade.

d) a violência dos hooligans parece associada ao consumo

excessivo de álcool.

e) fatores socioeconômicos podem ter relação com as ações das

torcidas organizadas brasileiras.

Resposta: a

129. Em “os caras enchem a cara”, a linguagem está sendo usada

em seu sentido conotativo, figurado, assim como em:

a) “Os chefes de torcida organizada têm cartão de visita,...”

b) “Os caras são anônimos.”

c) “Agora, no Brasil, a coisa é espantosa.”

d) “Às vezes, me parece uma vontade estúpida de buscar fortes

emoções regada a muito álcool.”

e) “E os ingleses bebem muito.”

Resposta: d

Leia o texto a seguir e responda às questões 10 e 11.

Ambiciosa

Para aqueles fantasmas que passaram,

Vagabundos a quem jurei amar,

Nunca os meus braços lânguidos traçaram

O voo dum gesto para os alcançar ...

Se as minhas mãos em garra se cravaram

Sobre um amor em sangue a palpitar ...

– Quantas panteras bárbaras mataram

Só pelo raro gosto de matar!

Minha alma é como a pedra funerária

Erguida na montanha solitária

Interrogando a vibração dos céus!

O amor dum homem? – Terra tão pisada,

Gota de chuva ao vento baloiçada ...

Um homem? – Quando eu sonho o amor de um Deus! ...

(Adaptado de: ESPANCA, F. Sonetos. São Paulo: Martin Claret, 2007. p.78.)

130. Com base no poema, considere as afirmativas a seguir:

I. A elevação do eu lírico acima da mediocridade das pessoas

comuns revela a harmonia com a natureza e com a sociedade.

II. O erotismo do eu lírico feminino se materializa em um

interlocutor com quem pode sentir-se plenamente realizada.

III. O desejo por um “outro”, sublimado e inatingível, revela a

insatisfação do eu lírico diante da ausência de um amor pleno.

IV. A intensidade do conflito íntimo do eu lírico é percebida

quando ele expõe seu desejo amoroso.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta: c

131. No verso “minha alma é como a pedra funerária” (verso 9),

temos um recurso poético denominado:

a) Antítese.

b) Metáfora.

c) Símile.

d) Sinestesia.

e) Anáfora.

Resposta: c

Leia o texto a seguir e responda às questões de 132 a 134.

Tabuleta nova

Referido o que lá fica atrás, Custódio confessou tudo o

que perdia no título e na despesa, o mal que lhe trazia a

conservação do nome da casa, a impossibilidade de achar outro,

um abismo, em suma. Não sabia que buscasse; faltava-lhe

invenção e paz de espírito. Se pudesse, liquidava a confeitaria. E

afinal que tinha ele com política? Era um simples fabricante e

vendedor de doces, estimado, afreguesado, respeitado, e

principalmente respeitador da ordem pública ...

– Mas o que é que há? perguntou Aires.

– A república está proclamada.

– Já há governo?

– Penso que já; mas diga-me V. Excia.: ouviu alguém

acusar-me jamais de atacar o governo? Ninguém. Entretanto ...

Uma fatalidade! Venha em meu socorro, Excelentíssimo. Ajude-

me a sair deste embaraço. A tabuleta está pronta, o nome todo

pintado “Confeitaria do Império”, a tinta é viva e bonita. O

pintor teima em que lhe pague o trabalho, para então fazer outro.

Eu, se a obra não estivesse acabada, mudava de título, por mais

que me custasse, mas hei de perder o dinheiro que gastei? V.

Excia. crê que, se ficar “Império”, venham quebrar-me as

vidraças?

– Isso não sei.

– Realmente, não há motivo; é o nome da casa, nome de

trinta anos, ninguém a conhece de outro modo ...

– Mas pode pôr “Confeitaria da República” ...

– Lembrou-me isso, em caminho, mas também me

lembrou que, se daqui a um ou dois meses, houver nova

reviravolta, fico no ponto em que estou hoje, e perco outra vez o

dinheiro.

– Tem razão ... Sente-se.

– Estou bem.

– Sente-se e fume um charuto.

Custódio recusou o charuto, não fumava. Aceitou a

cadeira. Estava no gabinete de trabalho, em que algumas

curiosidades lhe chamariam a atenção, se não fosse o

atordoamento do espírito. Continuou a implorar o socorro do

vizinho. S. Excia., com a grande inteligência que Deus lhe dera,

podia salvá-lo. Aires propôs-lhe um meio-termo, um título que

iria com ambas as hipóteses, – Confeitaria do Governo”.

– Tanto serve para um regímen como para outro.

– Não digo que não, e, a não ser a despesa perdida ...

Há, porém, uma razão contra. V. Excia. sabe que nenhum

governo deixa de ter oposição. As oposições, quando descerem à

rua, podem implicar comigo, imaginar que as desafio, e

quebrarem-me a tabuleta; entretanto, o que eu procuro é o

respeito de todos.

(ASSIS, J. M. M. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Jackson, 1959. p. 251-

253.)

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13

132. É correto afirmar que o texto é narrado

a) por Machado de Assis, simpatizante do absolutismo,

revelando através do narrador seu descontentamento com a

Proclamação da República, dado o fato de ter destituído o

imperador.

b) por Custódio, proprietário de uma confeitaria na rua do

Catete, que reclama dos gastos que lhe foram impostos pela

Proclamação da República, uma vez que deverá pagar duas vezes

a pintura da tabuleta.

c) por Conselheiro Aires, diplomata aposentado, que se condói

da situação do humilde confeiteiro que, por não saber da situação

política do país, acabou sofrendo prejuízos com a pintura da

tabuleta de sua confeitaria.

d) em terceira pessoa, atuando o narrador como sintetizador do

estado de espírito de Custódio e da intervenção do Conselheiro

Aires frente às solicitações do vizinho.

e) em primeira pessoa por um narrador que, irritado com a não

participação do povo brasileiro nos acontecimentos políticos do

país, cria uma situação ficcional capaz de revelar as

consequências da alienação.

Resposta: d

133. No diálogo estabelecido entre Custódio e Conselheiro

Aires, as palavras proferidas pelo confeiteiro deixam

transparecer toda sua ansiedade no que diz respeito

a) à possibilidade de ser preso e perseguido pelo governo.

b) às possíveis manifestações populares a acarretarem

insegurança pública.

c) às acusações que lhe foram impostas pelos republicanos.

d) à ausência de participação popular no novo sistema de

governo.

e) aos seus prejuízos financeiros resultantes da Proclamação da

República.

Resposta: e

134. Sobre o texto, considere as afirmativas a seguir:

I. A representação que se faz das mudanças políticas contrapõe

uma preocupação individual (Custódio) a uma indiferença

coletiva (povo).

II. Conselheiro Aires não se compromete com qualquer sistema

de governo, preocupando-se apenas em auxiliar Custódio.

III. O narrador reafirma a tradição de que o novo, sempre

desestabilizador, não necessita ser questionado, cabendo ao

indivíduo aceitá-lo.

IV. O uso do discurso direto, além de tornar a narrativa

dramática, dispensa intervenções do narrador.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta: a

Leia o fragmento de poema reproduzido a seguir:

OS DOENTES

I Como uma cascavel que se enroscava,

A cidade dos lázaros dormia...

Somente, na metrópole vazia,

Minha cabeça autônoma pensava!

Mordia-me a obsessão má de que havia,

Sob os meus pés, na terra onde eu pisava,

Um fígado doente que sangrava

E uma garganta de órfã que gemia!

Tentava compreender com as conceptivas

Funções do encéfalo as substâncias vivas

Que nem Spencer, nem Haeckel compreenderam...

E via em mim, coberto de desgraças,

O resultado de bilhões de raças

Que há muitos anos desapareceram!

(ANJOS, Augusto dos. Eu & outras poesias. Rio de janeiro – Belo Horizonte:

Civilização / Itatiaia, 1982, p. 80.)

135. Considerando-se a parte I do poema “Os doentes”,

transcrito acima, é correto afirmar que, na obra de Augusto dos

Anjos,

a) a vida, o homem e a existência são abordados com base nas

teorias cientificistas, refletindo sua angústia diante da

possibilidade de que todos os seres sejam conduzidos ao cósmico

através da morte.

b) a temática do cosmos em dissolução, da morte e da putrefação

encontra dissonância com os versos decassílabos fortemente

cadenciados e com uma linguagem cujos termos esdrúxulos

exprimem a postura do poeta diante da existência.

c) a vida, o homem e a existência são abordados com uma

postura existencial, refletindo sua angústia diante da fatalidade

de que todos os seres são conduzidos ao Mal e ao Nada.

d) a temática do cosmos em evolução constante, associada a uma

linguagem de rigor formal, com versos esdrúxulos e clareza

vocabular, esboça a fatalidade existencial do Mal e do Nada.

e) a temática do cosmos em desenvolvimento constante e

irreversível leva o ser à plenitude celestial, e nega toda a

existência carnal, apresentando o homem apenas como espírito.

Resposta: c

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Questões 136 a 180

136. A Escala de Magnitude de Momento (abreviada como

MMS e denotada como Mw), introduzida em 1979 por Thomas

Haks e Hiroo Kanamori, substituiu a Escala de Richter para

medir a magnitude dos terremotos em termos de energia

liberada. Menos conhecida pelo público, a MMS é, no entanto, a

escala usada para estimar as magnitudes de todos os grandes

terremotos da atualidade. Assim como a escala Richter, a MMS é

uma escala logarítmica. Mw e M0 se relacionam pela fórmula:

Onde M0 é o momento sísmico (usualmente estimado a partir dos

registros de movimento da superfície, através dos sismogramas),

cuja unidade é o dina.cm.

O terremoto de Kobe, acontecido no dia 17 de Janeiro de

1995, foi um dos terremotos que causaram maior impacto

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14

no Japão e na comunidade científica internacional. Teve

magnitude Mw = 7,3.

U.S. GEOLOGICAL SURVEY.Historic Earthquakes.

Disponível em: http://earthquake.usgs.gov. U.S. GEOLOGICAL

SURVEY. USGS Earthquake MagnitudePolicy. Disponível em:

http://earthquake.usgs.gov. Mostrando que é possível determinar

a medida por meio de conhecimentos matemáticos, qual foi o

momento sísmico M0 do terremoto de Kobe em (dina.cm)?

a) 10-5,10

b) 10-0,73

c) 1012,00

d) 1021,65

e) 1027,00

Comentário

Resposta: e

MW = –10,7 + 2/3log10(M0) (*)

MW = 7,3 (**)

Substituindo-se (**) em (*), teremos:

7,3 = –10,7 +2/3 log10(M0) ou

18 = 2/3 log10(M0)

log10(M0) = 27 e M0 = 10 elevado a 27

137. Um professor aplicou duas provas, cada uma valendo 10. O

combinado com seus alunos era que a média final de cada um

seria calculada utilizando-se peso 1 na nota da primeira prova e

peso 2 na nota da segunda prova. Na hora de fazer os cálculos da

média de um aluno, o professor trocou os pesos entre as duas

provas, obtendo média igual a 5. Corrigido o erro, a média do

aluno subiu 1 ponto. Nas condições do problema, a nota que esse

aluno tirou na segunda prova superou sua nota da primeira prova

em quantos por cento?

a) 10%

b) 25%

c) 50%

d) 75%

e) 100%

Comentário

Resposta: d

Segundo o enunciado, a média foi calculada errada, com os

pesos invertidos. A primeira nota tendo peso 2e a segunda

peso 1:

No entanto a média deveria ser calculada tendo a primeira nota

peso 1 e a segunda peso 2:

Note que com os pesos corretos a média passou

de 5 a 6 conforme o enunciado.

Vamos tratar as equações eliminando assim as frações:

N1 X 2 + N2 X 1/ 1+2 = 5

2N1 + N2 = 15

N1 X 1 + N2 X 2/1 +2 = 6

N1 + 2N2 = 18

Como temos duas variáveis com duas equações, vamos montar

um sistema de equações com duas variáveis para identificarmos

o valor de cada nota obtida pelo aluno:

Vamos eliminar N2 multiplicando a primeira equação por -2 e

somando à segunda equação, obtendo assim o valor de N1:

-4N1 -2N2 = -30

N1 + 2N2 = 18

-3N1 = -12

Agora podemos obter o valor de N2 substituindo N1 pelo seu

valor

4 + 2N2 =18

2N2= 14 ; N2=7

Agora sabemos que o aluno teve nota 4 na primeira prova e

nota 7 na segunda prova.

Como o enunciado pergunta quantos por cento a segunda nota é

maior que a primeira, precisamos dividir a diferença entre a

segunda e a primeira, pela primeira nota:

Esta divisão resulta em 0,75 que é o valor procurado, mas na

forma decimal, precisamos então multiplicá-lo por100% para

convertê-lo na forma percentual:

138. A razão entre os números (x+3) e 7 é igual à razão entre os

números (x-3) e 5. Nessas condições, o valor de x é?

a)18

b)14

c)12

d)8

e)6

Comentário

Resposta: a

Neste caso temos que resolver uma igualdade entre razões a qual

denominamos proporção.

O enunciado nos dá a seguinte proporção:

Em toda proporção com termos não nulos, o produto dos

extremos é igual ao produto dos meios, em função disto temos:

5(x +3) = 7 (x-3)

5x + 15 = 7x – 21

139. Joel foi contratado para vender um de notebook, cujo preço

unitário é de R$ 1.800,00. Por mês, ele recebe uma quantidade

fixa de R$ 600,00. Para além desse valor, recebe ainda uma

comissão de 10% do preço de cada notebook vendido. Para

receber, num mês, exatamente R$ 4.200,00, qual é o

número de notebooks que ele deverá vender?

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15

a) 12

b) 15

c) 18

d) 20

e) 25

Comentário

Resposta: d

Precisamos saber qual é o valor a receber em comissões,

descontando-se o valor fixo de R$ 600,00, depois sabendo

quantos reais são recebidos de comissão em cada venda, vamos

calcular o número necessário de vendas para que Joel possa

atingir a sua meta.

Para que Joel receba R$ 4.200,00 no total, descontado o salário

fixo, ele precisa obter R$ 3.600,00 em comissões:

Em cada venda ele acumula R$ 180,00 em comissão:

Logo para acumular R$ 3.600,00 em comissões, com parcelas

de R$ 180,00 por venda, ele precisará realizar 20 transações para

atingir a sua meta:

140. Um elevador pode levar 25 adultos ou 30 crianças. Se 20

adultos já estão no elevador, quantas crianças podem ainda entrar

nesse elevador?

a) 2

b) 5

c) 6

d) 8

e) 10

Comentário

Resposta: c

A resolução desta questão se baseia na razão do número de

crianças que o elevador pode transportar, para o número de

adultos da sua capacidade de transporte.

A referida razão é:

Esta razão nos informa que no lugar de 1 adulto podemos

transportar 1,2 crianças.

Como no elevador já estão 20 adultos e cabem no máximo 25,

os 5 adultos que faltam para completar a lotação do elevador

podem ser substituídos por 6 crianças:

141. Quando questionada sobre quantos filhos possuía, Violeta

respondeu:

- Cada filho meu do sexo masculino tem tantas irmãs como

irmãos e o número de irmãos de cada uma das minhas filhas é o

triplo do número de irmãs que ela tem.

A resposta de Violeta permite que se conclua corretamente que,

no total, ela tem quantos filhos?

a) 2

b) 3

c) 4

d) 5

e) 6

Comentário

Resposta: d

H: o número de filhos e letra M para número de filhas.

O trecho "Cada filho meu do sexo masculino tem tantas

irmãs como irmãos" nos indica que o número de filhos é uma

unidade superior ao número de filhas, pois se retirando um dos

filhos, já que ninguém é irmão de si mesmo, os filhos restantes

ficam em quantidade igual ao número de filhas:

Já o trecho "o número de irmãos de cada uma das minhas

filhas é o triplo do número de irmãs que ela tem" nos leva à

seguinte fórmula:

Onde H é o número de irmãos de cada uma das filhas e M -

1 é o número de irmãs que cada irmã tem, pois assim como

no caso dos irmãos, ninguém é irmã de si mesma. Obviamente o

triplo do número de irmãs de cada irmã é 3(M - 1).

Temos então um sistema com duas equações e duas variáveis:

Na segunda equação substituindo H por M + 1 temos:

M +1 = 3M -3

2M=4

M=2

Já que o número de filhas é igual a 2, o número de filhos é:

E em sendo o número de filhos igual a 3, o número total de

filhos é:

142. A soma da idade do pai e do filho é igual a 44 anos.

Considerando que a idade do pai está para a idade do filho assim

como 8 está para 3, quando o filho nasceu o pai tinha quantos

anos?

a) 18

b) 20

c) 25

d) 32

e) 35

Comentário

Resposta: b

A solução deste problema será encontrada segundo as

propriedades fundamentais das proporções.

Vamos chamar de a a idade do pai e de b a idade do filho. O

enunciado diz que a está para b, assim como 8 está para 3. Em

função da segunda propriedade fundamental das proporções

temos:

Sabemos que a soma de a com b resulta em 44, assim

como 8 mais 3 resulta em 11. Substituindo estes valores

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16

na proporção temos:

44/B = 11/3

132 = 11B

B= 12

A+B = 44

A= 44-12

A= 32

Como atualmente o pai tem 32 anos, subtraindo os 12 anos da

idade do filho encontraremos a idade do pai quando o filho

nasceu:

143. Jogar baralho é uma atividade que estimula o raciocínio.

Um jogo tradicional é a Paciência, que utiliza 52 cartas.

Inicialmente são formadas sete colunas com as cartas. A primeira

coluna tem uma carta, a segunda tem duas cartas a terceira tem

três cartas, a quarta tem quatro cartas e assim sucessivamente até

a sétima coluna, a qual tem sete cartas, e o que sobra forma o

monte, que são as cartas não utilizadas nas colunas.

A quantidade de cartas que forma o monte é:

a) 21

b) 24

c) 26

d) 28

e) 31

Comentário

Resposta: b

A quantidade de cartas que forma o monte é

x = 52 – (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7)

x = 52 – 28

x = 24

144. O dono de uma sapataria sabe que, para não ter prejuízo, o

preço de venda de seus produtos deve ser aumentado em no

mínimo 20%. Porém ele prepara a tabela de preços com o preço

de venda acrescentado em 80%. Nessa situação, o maior

desconto que ele pode conceder ao cliente, para não ter prejuízo,

é de, aproximadamente quanto?

a) 25%

b) 30%

c) 33%

d) 45%

e) 50%

Comentário

Resposta: c

Esta questão basicamente requer que se saiba trabalhar com

acréscimos e descontos percentuais

.

O valor de um produto sem qualquer acréscimo ou desconto

equivale a 100% do mesmo.

Se dermos um aumento de 20% passará a 120%:

Com um aumento de 80% passará a 180%:

120% e 180% são respectivamente 1,2 e 1,8 na forma decimal:

Dividindo 1,2 por 1,8 obtemos aproximadamente 0,666, que na

forma de porcentagem dá 66,6%, que arredondaremos

para 67%, já que o enunciado pede um valor aproximado.

Este percentual de 67% representa quantos por cento, do total

de 100% do valor do produto, sobrarão após o desconto máximo

sem que haja prejuízo. Portanto o maior desconto que poderá ser

concedido será de 33%:

145. Carlos aplicou R$ 1.680,00 em uma poupança e

R$ 1.120,00 em outra, ambas durante o mesmo período de

tempo, no mesmo banco. Se, no final desse período, as duas

juntas renderam R$ 980,00, então, a aplicação de menor valor

rendeu?

a) R$ 112,00

b) R$ 196,00

c) R$ 294,00

d) R$ 392,00

e) R$ 588,00

Comentário

Resposta: d

Dados os números a, b, c e d, todos diferentes de zero e que

formam nesta ordem uma proporção, de acordo com a segunda

propriedade das proporções temos que:

Vamos então criar algumas associações entre os dados do

enunciado e estas variáveis:

c se refere ao rendimento da maior aplicação e d ao rendimento

da menor.

Agora vamos realizar as substituições:

Como já era de se esperar, chegamos a uma proporção onde a

soma das aplicações está para a menor aplicação, assim como

a soma dos rendimentos está para o menor rendimento, que é

desconhecido.

Chegamos então a uma regra de três e vamos resolvê-la:

(1680,00 +1120,00) d = 1120,00 x 980,00

2800 d = 1120,00 x 980,00

D = 392

146. Reparte-se 1.875 em partes diretamente proporcionais aos

números 9, 10 e 11. Qual é diferença entre a maior e a menor

parte?

a) 62,5

b) 100

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c) 125

d) 162,5

e) 187,5

Comentário

Resposta: c

A partir do enunciado temos que:

p1 = 9 . K

p2 = 10 . K

p3 = 11 . K

p1 + p2 + p3 = 1875

Vamos encontrar o valor da constante K substituindo o valor

de p1, p2 e p3 na última expressão:

9k + 10k+11k = 1875

K= 1875/30

K = 62,5

A maior parte será p3 que é igual a 11k e a menor parte

será p1 que é igual a 9k, portanto a diferença entre a maior e a

menor parte é:

Como K = 62,5 temos que:

147. Uma empresa aluga bicicletas para passeios na orla de certa

cidade. O cliente paga R$ 12,00 pela primeira hora e mais

R$ 2,00 a cada período de 15 minutos adicionais, completos ou

não. Por exemplo, uma pessoa que utilizar a bicicleta por 1 h e

25 min pagará R$ 16,00 (a primeira hora mais dois períodos de

15 minutos). João alugou uma bicicleta e pagou R$ 22,00 pelo

passeio, mas poderia ter passeado por mais 7 minutos pelo

mesmo preço. Durante quanto tempo João utilizou a bicicleta?

a) 1 hora e 43 minutos

b) 1 hora e 50 minutos

c) 2 horas

d) 2 horas e 8 minutos

e) 2 horas e 15 minutos

Comentário

Resposta: d

O fato de João ter gasto R$ 22,00, significa que ele alugou uma

bicicleta por mais de uma hora, pois ultrapassou

em R$ 10,00 os R$ 12,00 cobrados pela primeira hora.

Estes R$ 10,00 significam que João poderia utilizar a bicicleta

por até 5 períodos de 15 minutos além da primeira hora:

Ou seja, estes 5 períodos de 15 minutos correspondem

a 75 minutos:

Mas no último período de 15 minutos, 7 minutos deixaram de ser

utilizados, logo ele utilizou apenas 68 minutos:

Ora, como 1 hora contém 60 minutos e nos períodos excedentes

ele passeou por 68 minutos, isto significa que nestes períodos ele

passeou por 60 + 8 minutos, isto é, 1 hora e 8 minutos.

Acrescentando a hora inicial, temos então que:

João utilizou a bicicleta por 2 h 8 min.

148. O triplo do quadrado do número de filhos de Pedro é igual a

63 menos 12 vezes o número de filhos. Quantos filhos Pedro

tem?

a) 1 filho

b) 2 filhos

c) 3 filhos

d) 5 filhos

e) 6 filhos

Comentário

Resposta: c

Sendo x o número de filhos de Pedro, temos que 3x2 equivale

ao triplo do quadrado do número de filhos e que63 -

12x equivale a 63 menos 12 vezes o número de filhos.

Montando a sentença matemática temos:

3x2 = 63 - 12x

Que pode ser expressa como:

3x2 + 12x - 63 = 0

Temos agora uma sentença matemática reduzida à

forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada equação do 2° grau.

Vamos então encontrar as raízes da equação, que será a solução

do nosso problema:

Primeiramente calculemos o valor de Δ:

B2 – 4ac

144 + 756= 900

Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que a equação

possui duas raízes reais distintas. Vamos calculá-las:

- 12 +- 30/6

A raízes encontradas são 3 e -7, mas como o número de filhos de

uma pessoa não pode ser negativo, descartamos então a raiz -7.

149. Há dois números cujo triplo do quadrado é a igual 15 vezes

estes números. Quais números são estes?

a) 0 e 5

b) 0 e 15

c) 5 e 15

d) 3 e 15

e) 5 e 9

Comentário

Resposta: a

Em notação matemática, definindo a incógnita como x, podemos

escrever esta sentença da seguinte forma:

3x2 = 15x

Ou ainda como:

3x2 - 15x = 0

A fórmula geral de resolução ou fórmula de Bhaskara, pode

ser utilizada na resolução desta equação, mas por se tratar de

uma equação incompleta, podemos solucioná-la de uma outra

forma.

Como apenas o coeficiente c é igual a zero, sabemos que esta

equação possui duas raízes reais. Uma é igual azero e a

outra é dada pelo oposto do coeficiente b dividido pelo

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coeficiente a. Resumindo podemos dizer que:

Temos então:

Portanto, os números são 0 e 5

150. Quais são as raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0?

a) -4 e -8

b) 4 e 6

c) 4 e 8

d) -6 e -8

e) 6 e 8

Comentário

Resposta: e

Quais são os dois números que somados totalizam 14 e que

multiplicados resultam em 48?

Sem qualquer esforço chegamos a 6 e 8, pois 6 + 8 = 14 e 6 . 8 =

48.

Para simples conferência, vamos solucioná-la também através da

fórmula de Bhaskara:

Δ= b2 – 4ac

Δ= 4

X= 14 +-2/ 2

As raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0 são 6 e 8.

151. Abrindo-se uma torneira A, um reservatório ficará cheio

em 3 horas. Abrindo-se a torneira B, encherá o reservatório em 2

horas. Em quanto tempo conseguiremos encher o reservatório

caso as duas torneiras sejam abertas simultaneamente?

a) 1,2 hora

b) 2,5 horas

c) 1,3 hora

d) 1,4 hora

e) 0,5 hora

Comentário

Resposta: a

Uma maneira de se resolver a questão é a seguinte: sempre que

quisermos achar o tempo em que duas torneiras enchem um

reservatório quando abertas ao mesmo tempo, iremos calcular

esse tempo como sendo uma fração em que o numerador será o

produto dos tempos e o denominador será a soma.

Logo,o tempo será de

t=2x3/(2+3)=6/5=1,2 hora

A primeira torneira enche 1/3 do recipiente por hora. A segunda,

½

Ambas= 1/3 + ½ = 5/6 por hora

1 hora – 5/6

X -------- 6/6

X= 6/5

X = 1,2

152. O salário de um vendedor é composto de uma parte fixa no

valor de R$ 800,00, mais uma parte variável de 12% sobre o

valor de suas vendas no mês. Caso ele consiga vender R$ 450

000,00, calcule o valor de seu salário.

a) R$ 27.400,00

b) R$ 28.700,00

c) R$ 45.000,00

d) R$ 54.000,00

e) R$ 54.800,00

Comentário

Resposta: e

f(x) = 12% de x (valor das vendas mensais) + 800 (valor fixo)

f(x) = 12/100 * x + 800

f(x) = 0,12x + 800

f(450 000) = 0,12 * 450 000 + 800

f(450 000) = 54 000 + 800

f(450 000) = 54 800

O salário do vendedor será de R$ 54 800,00.

153. De uma sacola contendo 15 bolas numeradas de 1 a 15

retira-se uma bola. Qual é a probabilidade desta bola ser

divisível por 3 ou divisível por 4?

a) 2/5

b) 3/5

c) 7/15

d) 8/15

e) 7/10

Comentário

Resposta: c

Vamos representar por E3 o evento da ocorrência das bolas

divisíveis por 3:

E3 = { 3, 6, 9, 12, 15 } E por E4 vamos representar o evento da ocorrência das bolas

divisíveis por 4:

E4 = { 4, 8, 12 } O espaço amostral é:

S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 } A probabilidade de sair uma bola divisível por 3 é:

A probabilidade de sair uma bola divisível por 4 é:

Como estamos interessados em uma ocorrência ou em outra,

devemos somar as probabilidades, mas como explicado no

tópico união de dois eventos, devemos subtrair a probabilidade

da intersecção, pois tais eventos não são mutuamente exclusivos.

Como podemos ver, o número 12 está contido tanto

em E3 quanto em E4, ou seja:

A probabilidade da intersecção é:

1/15

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Portanto:

P (E) = P(E3) + P(E4) – 1/15

5/15 + 3/15 – 1/15

7/15

154. Um casal pretende ter filhos. Sabe-se que a cada mês a

probabilidade da mulher engravidar é de 20%. Qual é a

probabilidade dela vir a engravidar somente no quarto mês de

tentativas?

a) 10,24%

b) 12,04%

c) 14,24%

d) 20,00%

e) 80,00%

Comentário

Resposta: a

Sabemos que a probabilidade da mulher engravidar em um mês é

de 20%, que na forma decimal é igual a 0,2. A probabilidade

dela não conseguir engravidar é igual a 1 - 0,2, ou seja, é igual

a 0,8.

Este exercício trata de eventos consecutivos e independentes

(pelo menos enquanto ela não engravida), então a probabilidade

de que todos eles ocorram, é dado pelo produto de todas as

probabilidades individuais. Como a mulher só deve engravidar

no quarto mês, então a probabilidade dos três meses anteriores

deve ser igual à probabilidade dela não engravidar no mês, logo:

0,1024 multiplicado por 100% é igual a 10,24%.

155. Calcule o Log3 5 sabendo que o Log3 45 = 3,464974?

a) 0,384997

b) 1,464974

c) 2,464974

d) 3,464974

e) 12,464974

Comentário

Resposta: b

O Log3 45 é fornecido pelo enunciado. Precisamos de algum

outro logaritmo fácil de calcular, que nos permita

doLog3 45 chegar ao Log3 5.

Uma forma de partindo de 45 chegarmos a 5, é

dividirmos 45 por 9.

Como podemos facilmente calcular o Log3 9, vamos recorrer à

propriedade do logaritmo de um quociente para solucionarmos

esta questão.

A partir do explicado acima podemos escrever que:

Então, recorrendo à propriedade do logaritmo de um quociente

temos:

O , visto que 3 elevado ao quadrado é igual a 9:

Portanto, ao substituirmos os valores conhecidos chegamos ao

resultado desejado:

Log 5= log 45 – log 9

3,464974 - 2

Log3 5 = 1,464974

156. 30% da população de uma cidade litorânea mora na área

insular e os demais 337.799 habitantes moram na área

continental. Quantas pessoas moram na ilha?

a) 144771

b) 367799

c) 439138

d) 439139

e) 482570

Comentário

Resposta: a

Sabemos que 30% da população da cidade mora na ilha e o

restante 100 % - 30%, ou seja, 70% mora no continente.

Como 70% corresponde a 337.799habitantes, podemos montar

uma regra de três para calcularmos quantos habitantes

correspondem aos 30% que moram na ilha:

337.799 está para 70, assim como x está para 30:

X= 337799 . 30/ 70

X = 144771

Podemos resolver este exercício de uma outra forma. Se

multiplicarmos337.799 por 100 e dividirmos este produto por 70,

iremos encontrar o número total de habitantes da cidade:

Ao calcular 30% de 482.570 iremos encontrar o número de

habitantes da ilha:

157. Os senhores A, B e C concorriam à liderança de certo

partido político. Para escolher o líder, cada eleitor votou apenas

em dois candidatos de sua preferência. Houve 100 votos para A e

B, 80 votos para B e C e 20 votos para A e C. Em consequência:

a) venceu A, com 120 votos.

b) venceu A, com 140 votos.

c) A e B empataram em primeiro lugar.

d) venceu B, com 140 votos.

e) venceu B, com 180 votos.

Comentário

Resposta: e

Votos recebidos pelo candidato A = 100 + 20 = 120

Votos recebidos pelo candidato B = 100 + 80 = 180

Votos recebidos pelo candidato C = 80 + 20 = 100

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158. A dízima periódica simples 0,024024… pode ser escrita

como:

a) 24/99

b) 24/999

c) 240/299

d) 24/1000

e) 240/1000

Comentário

Resposta: b

Para cada algarismo que compõe a dizima colocaremos um 9 no

denominador. Não há parte não periódica nesse caso, portanto:

024-0 / 999

24/999

159. O retângulo a seguir de dimensões a e b está decomposto

em quadrados. Qual o valor da razão a/b?

a) 5/3

b) 2/3

c) 2

d) 3/2

e) 1/2

Comentário

Resposta: a

Considerando que o lado b= X

O lado a = x+y

A base do segundo maior quadrado é igual a

2 bases dos quadrados menores.

Portanto y = 2b

E y+b=x

X+y/x = y+b+y/y+b

2y+b/y+b = 4b+b/2b+b = 5b/3b = 5/3

160. Comprei 4 lanches a um certo valor unitário. De outro tipo

de lanche, com o mesmo preço unitário, a quantidade comprada

foi igual ao valor unitário de cada lanche. Paguei com duas notas

de cem reais e recebi R$ 8,00 de troco. Qual o preço unitário de

cada produto?

a) R$ 6,00

b) R$ 8,00

c) R$ 10,00

d) R$ 12,00

e) R$ 16,00

Resposta: d

161. Rafael mora no Centro de uma cidade e decidiu se mudar,

por recomendações médicas, para uma das regiões: Rural,

Comercial, Residencial Urbano ou Residencial Suburbano. A

principal recomendação médica foi com as temperaturas das

"ilhas de calor" da região, que deveriam ser inferiores a 31°C.

Tais temperaturas são apresentadas no gráfico:

Escolhendo, aleatoriamente, uma das outras regiões para morar,

a probabilidade de ele escolher uma região que seja adequada às

recomendações médicas é:

a) 1/5

b) 1/4

c) 2/5

d) 3/5

e) 3/4

Resposta: e

162. Determine um número real "a" para que as expressões (3a +

6)/ 8 e (2a + 10)/6 sejam iguais.

a) 4

b) 16

c) 20

d) 22

e) 24

Resposta: d

163. Duas pequenas fábricas de calçados, A e B, têm fabricado,

respectivamente, 3000 e 1100 pares de sapatos por mês. Se, a

partir de janeiro, a fábrica A aumentar sucessivamente a

produção em 70 pares por mês e a fábrica B aumentar

sucessivamente a produção em 290 pares por mês, a produção da

fábrica B superará a produção de A a partir de:

a) março

b) maio

c) julho

d) setembro

e) novembro

Resposta: d

164. Programado para soar de 20 em 20 minutos, um relógio

soou às 10 h e 30 min. A partir desse horário quantos toques

serão dados até às 15 h e 30 min?

a) 51

b) 31

c) 25

d) 15

e) 11

Resposta: d

165. Maria tem uma dívida de R$ 540,00 e pretende

saldá-la pagando R$ 50,00 no 1o mês, R$ 55,00 no 2o

mês, R$ 60,00 no 3o mês e assim, sucessivamente,

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aumentando o pagamento em R$ 5,00 a cada mês. A sua dívida

estará totalmente paga no:

a) 14o mês.

b) 12o mês.

c) 10o mês.

d) 8o mês.

e) 6o mês.

Resposta: d

Texto para questões 166 e 167:

Medições realizadas mostram que a temperatura no interior da

terra aumenta, aproximadamente, 3 ºC a cada 100 m de

profundidade. Num certo local, a 100 m de profundidade, a

temperatura é de 25 ºC. Nessas condições, podemos afirmar que:

166. A temperatura a 1500 m de profundidade é, em ºC:

a) 70

b) 45

c) 42

d) 60

e) 67

Resposta: e

167. Encontrando-se uma fonte de água mineral a 46 ºC, a

profundidade dela será igual a:

a) 700 m

b) 600 m

c) 800 m

d) 900 m

e) 500 m

Resposta: c

168. O preço a pagar pela locação de um automóvel é composto

de duas partes: uma tarifa fixa diária de R$ 40,00 e uma quantia

de R$ 0,15 por quilômetro rodado. O preço a ser pago pela

locação de um destes automóveis por 5 dias e rodando 1200 km

será, em reais, igual a:

a) 200,00.

b) 350,00.

c) 420,00.

d) 220,00.

e) 380,00.

Resposta: e

169. Um táxi começa uma corrida com o taxímetro marcando R$

4,00. Cada quilômetro rodado custa R$ 1,50. Se, ao final de uma

corrida, o passageiro pagou R$ 37,00, a quantidade de

quilômetros percorridos foi:

a) 22

b) 11

c) 33

d) 26

e) 34

Resposta: a

170. Numa barraca de feira, uma pessoa comprou maçãs,

bananas, laranjas e pêras. Pelo preço normal da barraca, o valor

pago pelas maçãs, bananas, laranjas e pêras corresponderia a

25%, 10%, 15% e 50% do preço total, respectivamente. Em

virtude de uma promoção, essa pessoa ganhou um desconto de

10% no preço das pêras. O desconto assim obtido no valor total

de sua compra foi de:

a) 7,5%

b) 10%

c) 5%

d) 15%

e) 17,5%

Resposta: c

171. Numa loja, o preço de um produto tem um desconto de 15%

se for pago à vista ou um acréscimo de 5% se for pago com

cartão de crédito. Tendo optado pelo cartão, uma pessoa pagou

R$ 80,00 de acréscimo em relação ao que pagaria, com desconto,

à vista. Então a soma dos preços do produto à vista com

desconto e no cartão é:

a) R$ 700,00

b) R$ 740,00

c) R$ 760,00

d) R$ 720,00

e) R$ 780,00

Resposta: c

172. Uma loja de artigos para presente sempre colocou seus

produtos à venda aplicando 50% a mais sobre o preço de custo.

No entanto, devido à recessão, ela anunciou uma liquidação com

20% de desconto sobre todos os produtos para pagamentos à

vista. Nesse caso, o lucro da loja na venda à vista de cada

produto será de:

a) 10%

b) 20%

c) 30%

d) 40%

e) 50%

Resposta: b

173. Em uma pesquisa, foram consultados 600 consumidores

sobre sua satisfação em relação a uma certa marca de sabão em

pó. Cada consumidor deu uma nota de 0 a 10 para o produto, e a

média final das notas foi 8,5. O número mínimo de

consumidores que devem ser consultados, além dos que já

foram, para que essa média passe para 9, é igual a:

a) 250.

b) 300.

c) 350.

d) 400.

e) 450.

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Resposta: b

174. A média aritmética das alturas de cinco edifícios é de 85

metros. Se for acrescentado a apenas um dos edifícios mais um

andar de 3 metros de altura, a média entre eles passará a ser:

a) 85,6 m

b) 86 m

c) 85,5 m

d) 86,6 m

e) 85,3 m

Resposta: a

175. A média aritmética das notas dos alunos de uma classe de

40 alunos é 7,2 . Se a média aritmética das notas das meninas é

7,6 e a dos meninos é 6,6 , então o número de meninas na classe

é:

a) 20.

b) 18.

c) 22.

d) 24.

e) 25.

Resposta: d

176. Sorteado ao acaso um número natural n, 1 < n< 99, a

probabilidade de ele ser divisível por 3 é:

a) 2/3

b) 1/3

c) 1/9

d) 1/ 2

e) 1/ 4

Resposta: b

177. Uma instituição financeira oferece um tipo de aplicação tal

que, após t meses, o montante relativo ao capital aplicado é dado

por M(t) = C 20,04 t, onde C > 0. O menor tempo possível para

quadruplicar uma certa quantia aplicada nesse tipo de aplicação

é:

a) 5 meses.

b) 2 anos e 6 meses.

c) 4 anos e 2 meses.

d) 6 anos e 4 meses.

e) 8 anos e 5 meses.

Resposta: c

178. Um programa computacional, cada vez que é executado,

reduz à metade o número de linhas verticais e de linhas

horizontais que formam uma imagem digital. Uma imagem com

2048 linhas verticais e 1024 linhas horizontais sofreu uma

redução para 256 linhas verticais e 128 linhas horizontais. Para

que essa redução ocorresse, o programa foi executado k vezes. O

valor de k é:

a) 3

b) 4

c) 5

d) 6

e) 7

Resposta: a

179. O número N de bactérias de uma cultura é dado, em função

do tempo t, em horas, por N(t) = 105 x 2

4t. Supondo log2 = 0,3 ,

o tempo necessário para que o número inicial de bactérias fique

multiplicado por 100 é:

a) 2 horas e 2 minutos

b) 2 horas e 12 minutos

c) 1 hora e 40 minutos

d) 1 hora e 15 minutos

e) 2 horas e 20 minutos

Resposta: c

180. Considere que em julho de 1986 foi constatado que era

despejada uma certa quantidade de litros de poluentes em um rio

e que, a partir de então, essa quantidade dobrou a cada ano. Se

hoje a quantidade de poluentes despejados nesse rio é de 1

milhão de litros, há quantos anos ela era de 250 mil litros?

a) Nada se pode concluir, já que não é dada a quantidade

despejada em 1986.

b) Seis.

c) Quatro.

d) Dois.

e) Um.

Resposta: d