curso fic metrologia dimensional 2018

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GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Desenvolvimento Econômico Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

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Page 1: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Desenvolvimento Econômico

Superintendência Executiva de Ciência e TecnologiaGabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

CURSO FICMetrologia Dimensional

2018

Page 2: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018
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Metrologia DimensionalDezembro 2018

ETAPA II CURSO TÉCNICO EM AÇÚCAR E ÁLCOOL

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Ficha Catalográfica

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ExpedienteGovernador do Estado de GoiásJosé Eliton de Figuerêdo Júnior

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e IrrigaçãoLeandro Ribeiro da Silva

Superintendente Executivo de Ciência e TecnologiaRoberto Gonçalves Freire

Chefe De Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação TecnológicaFernando Jorge de Oliveira

Coordenadora Geral - PronatecCecília Carolina Simeão de Freitas

Coordenador Adjunto Pedagógico PronatecJosé Teodoro Coelho

Supervisão Pedagógica e EaDIsrael Serique dos Santos Maria Dorcila Alencastro Santana

Professor ConteudistaRobson de Almeida Vilela

Projeto GráficoMaykell Guimarães

DesignerAndressa Cruvinel

Revisão da Língua Portuguesa Denise Candine de Brito

Banco de Imagens http://freepik.com

Page 6: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento de Goiás (SED), visam garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecno-

lógico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação

ESTADODE GOIÁS

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Conteúdo InterativoEssa apostila foi cons-truída com recursos que possibilitam a interatividade tais como hiperlinks e páginas com hipertexto.

Pré-requisitos:

Para acessar a interatividade utilize o Inter-net Explorer,

ou

salve o arquivo no computador e abra-o no Acrobat Reader.

SumárioPALAVRAS DO PROFESSOR

UNIDADE 1Metrologia 12

1.1 – Metrologia Legal 131.2 – Metrologia Científica 131.3 – Metrologia Industrial 14

UNIDADE 2Medição 15

2.1 – Unidade 162.2 – Padrão 16

UNIDADE 3Método, Instrumento e Operador 17

3.1– Método 173.2 – Instrumentos e Equipamentos Metrológicos 183.3 – Operador 18

UNIDADE 4Sistema Internacional de Unidades (SI) 20

UNIDADE 5Instrumentos de medição 21

5.1– Paquímetro 215.1.1 – Tipos de paquímetros 22

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5.2 – Micrômetro 225.3 – Rugosímetro 225.4 - Durômetro 235.5 – Relógio comparador 235.6 – Multímetro 235.7 – Megômetro 235.8 – Trena 245.9 – Goniômetro 245.10 – Manômetro 245.11 – Esquadros e gabaritos 245.12 – Verificadores de raios, ângulos e roscas 255.13 – Compassos 25

UNIDADE 6Características dos Sistemas de Medição 26

6.1 – Efeitos da temperatura na Metrologia Dimensional 266.2 – Incerteza na Medição 27

UNIDADE 7Padrões da Calibração 28

7.1 – Padrão (Standard) 287.2 – Calibração (Calibration) 287.3 – Faixa nominal 297.4 – Amplitude da faixa nominal (Span) 297.5 – Faixa de medição (Measuring Range) 297.6 – Escala de um instrumento de medição (Scale of a Measuring Instrument) 297.7– Comprimento de escala 297.8– Divisão de escala (Scale division) 307.9 – Índice (Index) 307.10 – Resolução de um dispositivo mostrador (Resolution of a Displaying Device) 307.11– Erro 307.12 - Exatidão 307.13 – Zona Morta 307.14 – Sensibilidade 30

UNIDADE 8Transformação de medidas 31

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UNIDADE 9Procedimentos para medição 32

9.1 – Condições e Parâmetros Básicos 329.2 – Temperatura 329.3 – Umidade Relativa do Ar 339.4 – Vibração 339.5 – Pressão Ambiente 339.6 – Ruído Acústico 339.7 – Iluminação 349.8 – Manuseio 349.9 – Limpeza 34

UNIDADE 10Calibração de instrumentos 35

UNIDADE 11Aferição 36

UNIDADE 12Manuseando instrumentos de medição 37

12.1 – Uso do Paquímetro Universal Analógico 3712.2 – Micrômetros externos analógicos 3812.3 – Calibradores traçadores de altura 3912.4 – Relógios Comparadores analógicos 40

Referências 41

Bibliografia Básica 41

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Recursos Didáticos

FIQUE ATENTO A exclamação marca

tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam

dúvida, por isso exigem atenção redobrada.

PESQUISE Aqui você encontrará

links e outras sugestões para que você possa conhecer mais sobre

o que está sendo estudado. Aproveite!

CONTEÚDO INTERATIVO

Este ícone indica funções interativas, como hiperlinks e páginas com

hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde

você pode encontrar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu

conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para

facilitar os seus estudos e a sua vida.

VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o

momento em que você pode e deve exercitar todo seu potencial.

Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão

ainda mais estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar

e faz uma recapitulação dos assuntos mais

importantes.

MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área,

por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras

referências externas.

VOCABULÁRIOO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos

dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMEste é o momento

de praticar seus conhecimentos.

Responda as atividades e finalize

seus estudos.

SAIBA MAIS Aqui você encontrará

informações interessantes

e curiosidades. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar um

tópico.

Hiperlinks de texto

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PALAVRAS DO PROFESSOR

Caríssimo (a) estudante! A metrologia está diretamente ligada a uma série de atividades corriqueiras em nossas vidas. Porém, sua organização como uma ciência, e suas possibilidades de atuação, ainda são desconhecidas pela maioria das pessoas.

Com o propósito de desmistificar eventuais complexidades envolvidas na aplicação da metrologia em âmbito pessoal e profissional. Este material irá auxiliar a todos no processo de medição e interpretação de dados, sendo abordados também tópicos sobre a história e desenvolvimento da metrologia na indústria.

Todas as referências consultadas serão disponibilizadas no final da apostila, para que você possa buscar uma atualização permanente.

Eu desejo a você ótimos estudos e muito sucesso em sua vida profissional.

Profº Robson de Almeida Vilela.Goiânia – GO, 2017.

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De acordo com Oliveira (2012), a metrologia é a ciência que estuda as unidades de medida e de processo de medição. Tanto os equipamentos de fabricação como os instrumentos de medida são imperfeitos. Por esse motivo, é impossível produzir objetos com tal precisão. O erro pode ser diminuído, mas não eliminado completamente, pois as imperfeições são inevitáveis, até mesmo pelo desgaste dos equipamentos utilizados.

A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, às dimensões lineares e an-gulares das peças mecânicas. Nenhum processo de usinagem, por exemplo, permite que se obtenha rigoro-samente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a grandeza do erro tolerável, antes de escolherem os meios de fabricação e controle convenientes.

Transações comerciais frequentemente envolvem medições. São exemplos: ao comprar um peixe, uma dona de casa deverá pagar um preço justo com base na medição feita por uma balança; a corrida de um táxi deve ser paga em função do valor indicado no taxímetro; o volume de combustível efetivamente transferido para o tanque de um automóvel deve corresponder à indicação da bomba de combustível. É necessário

Metrologia

UNIDADE 1

1 - Metrologia. http://minasfazciencia.com.br/2017/06/26/metrologia-e-controle-de-qualidade/

VAMOS REFLETIR Quantas vezes você já mediu a sua altura? Ou a área e volume de algum cômodo

de sua casa? A metrologia talvez seja uma das ciências mais presentes em nosso cotidiano, com milhares de aplicações.

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VAMOS REFLETIR Você já reparou em quantas unidades de medidas estão presentes em seu

cotidiano? Desde a quilometragem nos painéis dos veículos, passando pela medição do tempo em seu relógio de pulso, ou então verificando sua massa em uma balança.

garantir que os sistemas de medição envolvidos em transações comerciais estejam funcionando em boas condições. Os erros apresentados devem estar dentro de níveis aceitáveis para que nenhuma das partes envolvidas em uma transação comercial seja significativamente lesada.

O principal papel da Metrologia Legal é proteger o consumidor. Deve assegurar que as unidades de me-didas, métodos e sistemas de medição usados em transações comerciais estejam em conformidade com as exigências técnicas e legais obrigatórias. As medições que interessam ao bem-estar das pessoas na área da saúde, da segurança e do meio ambiente e os produtos pré-medidos também são abrangidas pela Metrolo-gia Legal. No Brasil, as atividades da Metrologia Legal são uma atribuição do Inmetro, que também colabora para a uniformidade da sua aplicação no mundo, para sua ativa participação no Mercosul e na Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML).

As atividades da Metrologia Legal estão concentradas em duas categorias: ações preventivas de proteção ao consumidor e ações fiscalizadoras de proteção ao consumidor. Como ações preventivas de proteção ao consumidor podem ser citadas:l edição de regulamentos técnicos e normas visando a garantia da qualidade metrológica dos sistemas,

medidas, meios e métodos de medição;l verificação inicial e anual desses sistemas e medidas;l padronização das quantidades em que são acondicionados os produtos medidos anteriormente.

1.1 – Metrologia Legal

1.2 – Metrologia Científica

A Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML) descreve o termo “Metrologia Legal” como: parte da metrologia que trata das unidades de medidas, métodos de medição e instrumentos de medição em relação às exigências técnicas e legais obrigatórias, as quais têm o objetivo de assegurar uma garantia pública do ponto de vista da segurança e da exatidão das medições.

A Metrologia Legal permeia todos os níveis e setores de uma nação desenvolvida. Durante a sua vida, as pessoas terão contato com um grande número de instrumentos de medição, como por exemplo as trenas, réguas e termômetros. Mesmo que as vezes de forma esporádica, a medição é um processo fundamental na tomada de algumas decisões corriqueiras, além de colaborar para dar um maior suporte em algumas atividades profissionais.

É o ramo da metrologia destinado à definição e obtenção dos padrões metrológicos nacionais e inter-nacionais, dos instrumentos utilizados em laboratórios e locais de medição. Também se ocupa da pesquisa científica, no sentido do desenvolvimento de melhorias na qualidade do nível metrológico de sistemas e processos. Como exemplo, pode-se citar a obtenção da escala internacional de temperatura para o emprego da grandeza temperatura nos mais variados tipos de termômetros existentes no mercado.

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1.3 – Metrologia Industrial

Compreende os sistemas de medição destinados ao controle dos processos produtivos, garantia da segurança e qualidade dos produtos finais. Tem sua atuação vinculada aos setores de produção e transforma-ção de recursos naturais em bens e serviços para a sociedade. É baseada em uma cadeia hierarquizada de padrões existentes em laboratórios e empresas, esses padrões devem ter rastreabilidade de acordo com seus padrões de origem (nacionais ou internacionais). Para exemplificar, po-demos citar as medidas de comprimento linear que utilizam instrumen-tos a laser e ensaios mecânicos em produtos.

2 - Nível a laser. https://www.amazon.co.uk/Stabila-80LMX-EXTERIOR-LASER-

-Version/dp/B0001GRVIC

https://www.youtube.com/watch?v=CJbYQPayh5A

Aprenda a usar o nível a laser. Assista ao vídeo abaixo: Pedreiros aprendam usar o nível a laser.

MÍDIAS INTEGRADAS

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O conceito de medir traz em si, uma ideia de comparação. Como só se podem comparar “coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que como as demais, está sujeita a contestações:

“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como unidade” (PAULI; ULIANA, 1996).

Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura, pois nesse caso, não se comparam grandezas, mas sim estados.

De acordo com o Inmetro (2012), algumas recomendações são de extrema relevância no processo de medição, como segue abaixo:l acompanhe sempre, com interesse, a medição. Essa atitude desestimula eventual tentativa de fraude;l antes de realizar qualquer medição, verifique se o instrumento parte do “0” (zero);l não compre alguns instrumentos, tais como: termômetro clínico ou medidor de pressão sanguínea, se

não tiver a aprovação do Inmetro;l na bomba medidora você deve estar atento se está utilizando o combustível correto para o tipo do seu

veículo e se o instrumento indicava zero no início do abastecimento. Descer do veículo facilita o acompa-nhamento da medição;l os taxímetros devem iniciar a medição a partir da bandeirada e medir, através de valores monetários constantes;l evite utilizar táxis que sejam de outros municípios, ou que não transmitam grau de confiança;l reclame sempre que se sentir lesado.

Medição

UNIDADE 2

3 - Trena: instrumento comum para medição.http://engenhariae.com.br/viral/aprenda-4-truques-que-vao-te-transformar-num-profissional-da-trena/

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2.1 – Unidade

2.2 – Padrão

De acordo com o Inmetro (2010), unidade consiste em um determinado valor em função do qual outros valores são enunciados. Usando-se a unidade METRO, pode-se dizer, por exemplo, qual é o comprimento de um corredor. A unidade é fixada por definição e independe do prevalecimento de condições físicas como temperatura, grau higroscópico (umidade), pressão, etc.

O padrão é a materialização da unidade; é influenciada por condições físicas, podendo-se mesmo dizer que é a materialização da unidade, somente sob condições específicas. O metro-padrão, por exemplo, tem o comprimento de um metro, somente quando está a uma determinada temperatura, a uma certa pressão e suportado, também de um modo definido. É óbvio que a mudança de qualquer uma dessas condições alterará o comprimento original.

SAIBA MAIS A busca pela padronização de algumas atividades, se revela eficiente no sentido

de adotar um único valor, quando alguns apontamentos conflituosos surgirem. Porém, não se engane! Os padrões de hoje podem ser substituídos, mediante

novos estudos e aplicações.

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3.1– Método

l Medição direta: consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com instrumentos, aparelhos e máquinas de medir. Esse método é, por exemplo, empregado na confecção de peças, protóti-pos, isto é, peças originais utilizadas como referência, ou, ainda, quando o número de peças para executar for relativamente pequeno.

l Medição indireta por comparação: medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça com relação a outra, de padrão ou dimensão aproximada; daí a expressão: medição indireta. Os aparelhos utilizados são chamados indicadores ou comparadores-amplificadores, os quais, para facilitarem a leitura, amplificam as diferenças constatadas, por meio de processos mecânicos ou físicos (amplificação mecânica, ótica, pneumática, etc.).

Um dos mais significativos índices de progresso, em todos os ramos da atividade humana, é a perfeição dos processos metrológicos que neles se empregam, principalmente no domínio da técnica.

O sucessivo aumento de produção e a melhoria de qualidade requerem um ininterrupto desenvolvimen-to e aperfeiçoamento na técnica de medição; quanto maiores são as necessidades de aparatos, ferramentas de medição e elementos capazes.

Na tomada de quaisquer medidas, devem ser considerados três elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.

Método, Instrumento e OperadorUNIDADE 3

4 - Equipamento de metrologia mecânica.https://www.wreducacional.com.br/cursos/industria-e-tecnologia/medicao-em-equipamentos-de-metrologia-mecanica

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3.2 – Instrumentos e Equipamentos Metrológicos

3.3 – Operador

É o dispositivo utilizado para realizar uma medição. No âmbito da Metrologia Legal, os instrumentos de medição são utilizados no comércio, nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente e na definição ou apli-cação de penalidades (efeito fiscal).

Alguns exemplos:No comércio: balança, hidrômetro, taxímetro, bomba medidora de combustível;Na saúde: termômetro clínico, medidor de pressão sanguínea (esfigmomanômetro);Na segurança: cronotacógrafo, medidor de velocidade de veículos, etilômetro;No meio ambiente: analisador de gases veiculares, opacímetro, módulo de inspeção veicular;Efeito fiscal: medidor de velocidade de veículos.A exatidão relativa das medidas depende, evidentemente, da qualidade dos instrumentos de medição

empregados. Assim, a tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará resultado duvidoso, sujeito a contestações. Portanto, para a tomada de uma medida, é indispensável que o instrumento esteja aferido e que a sua aproximação permita avaliar a grandeza em causa, com a precisão exigida.

O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É a parte inteligente na apreciação das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão conseguida. Um bom operador, servindo-se de instrumentos relativamente débeis, consegue melhores resultados do que um operador inábil com excelentes instrumentos.

Deve, pois, o operador conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para adap-tar o método mais aconselhável às circunstâncias e possuir conhecimentos suficientes para interpretar os resultados encontrados.

5 - Balança.https://www.automatizando.com.br/balanca-

-contadora-toledo-3400

6 - Termometro clínico.https://www.extra.com.br/belezasaude/saude/

termometros/g-tech-termometro-clinico-digi-tal-g-tech-th98-ponta-flexivel-26605.html

7 - Etilômetro.https://www.itest.com.br/seguranca-e-me-dicina-do-trabalho/etilometro-bafometro/

bafometroetilometro-c-data-logger-usb-c-im-pressora-alcostop-2010-i.phtml

8 - Opacímetro.http://www.javalsas.com/javalsas/phps/pro-

ductos_det_det.php?titulo=Opac%EDmetro%20Sensors%20LCS%202400

9 - Medição de nivelamento em superfície (piso). https://pixabay.com/pt/edif%C3%ADcio-glazurkarz-cer%C3%A2mica-telhas-1080597/

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM1 – Como podemos definir a metrologia como ciência?2 – Cite algumas aplicações da metrologia em suas atividades cotidianas.3 – De acordo com o Inmetro, fale sobre algumas recomendações no processo de medição.4 – O que é um padrão? Como ele é utilizado no processo de medição?5 – Diferencie o método de medição direta do método de medição indireta por comparação.6 – O que é um instrumento de medição? Cite alguns exemplos.

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Em 1960, a Conferência Geral de Pesos e Medidas sancionou o Sistema Internacional de Unidades (SI), constitui a expressão moderna e atualizada do antigo Sistema Métrico Decimal, ampliado de modo a abran-ger os diversos tipos de grandezas físicas, compreen-dendo não somente as medições que ordinariamente interessam ao comércio e à indústria (domínio da me-trologia legal), mas estendendo-se completamente a tudo o que diz respeito à ciência da medição.

O Brasil adotou o Sistema Internacional de Uni-dades (SI) em 1962. A Resolução n° 12 de 1988 do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), ratificou a adoção do SI no País e tornou seu uso obrigatório em todo o território nacional.

No nosso cotidiano, expressamos quantidades ou grandezas em termos de outras unidades que nos servem de padrão. Um bom exemplo é quando vamos à padaria e compramos 2 litros de leite ou 400 g de queijo. Na ciência, de forma geral, é de extrema importância a utilização correta das unidades de medidas.

Existe mais de uma unidade para a mesma grandeza, por exemplo, 1 metro é o mesmo que 100 cen-tímetros ou 0,001 quilômetros. Em alguns países é mais comum a utilização de graus Fahrenheit (°F) ao invés de graus Celsius (°C) como no Brasil. Isso porque, como não existia um padrão para as unidades, cada pesquisador ou profissional utilizava o padrão que considerava melhor. O grande problema estava nas co-municações internacionais. Como poderia haver um acordo quando não se falava a mesma língua. Para resolver este problema, a Conferência Geral de Pe-sos e Medidas (CGPM) criou o Sistema Internacional de Unidades (SI).

O Sistema Internacional de Unidades (SI) é um conjunto de definições, ou sistema de unidades, que tem como objetivo uniformizar as medições. Na 14ª CGPM foi acordado que no Sistema Internacio-nal teria apenas uma unidade para cada grandeza. No Sistema Internacional de Unidades (SI) existem sete unidades básicas que podem ser utilizadas para derivar todas as outras. Os símbolos e nomes de uni-dades formam um único conjunto básico de padrões conhecidos, aceitos e usados no mundo inteiro. Es-tas sete unidades são:

Sistema Internacional de Unidades (SI)

UNIDADE 4

10 - Sistema Internacional de Unidades.https://www.bipm.org/en/measurement-units/rev-si/

Tabela 1 – Grandezas fundamentais do SI.freepik.com/free-vector/pricing-tables-web-element_967857.htm#term=tabela&page=1&position=0

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5.1– Paquímetro

O paquímetro é um instrumento usado para medir dimensões lineares: internas, externas e de profun-didade. Consiste em uma régua graduada com encosto fixo, na qual desliza uma garra móvel (SENAI, 1999).

Partes principais de um paquímetro:1 – Orelha fixa; 2 – Orelha móvel; 3 – Bico fixo;4 – Bico móvel;5 – Nônio ou vernier (polegada);6 – Parafuso de trava;7 – Cursor;8 – Impulsor;9 – Escala fixa de polegadas;10 – Haste de profundidade.

Para dar uma medida precisa, é indispensável que o instrumento esteja aferido, ou seja, corresponda ao padrão adotado. É necessário também, que ele nos possibilite executar a medida com precisão exigida. Em síntese, a boa medida depende da qualidade do instrumento empregado.

Instrumentos de mediçãoUNIDADE 5

11 - Instrumentos de medição.http://www.cene.mx/es/sin-categoria-es/telecomunicaciones-equipos-de-tecnologias-de-la-informacion-caracteristicas-de-inmunidad-limites-y-metodos-de-medicion/

12 - Paquímetro Analógico.https://www.aiqloja.com.br/paquimetro-universal-mod-mpu-150-marca-metrotools.html

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5.1.1 – Tipos de paquímetros

Paquímetro universal: é utilizado em medições externas, internas e de profundidade. É o tipo de paquímetro mais utili-zado na indústria, conforme exposto na figura 12.

Paquímetro universal com relógio indicador: utilizado quan-do se necessita executar um grande número de medições.

Paquímetro de profundidade: serve para medir a profun-didade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, conforme mos-trado na figura ao lado.

13 - Paquímetro de profundidade.https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1002802547-paquimetro-de-profundi-

dade-600mm-002mm-digimess-_JM

14 - Micrômetro analógico.https://www.mitutoyo.com.br/micrometro-ext-0-25mm.html

15 - Rugosímetro analógico.https://www.tecnoferramentas.com.br/rugosimetro-analogico-0-a-1000µm-reso-

lucao-1µm-norma-abnt-nbr-15488-com-relogio-mitutoyo_tecno-tec_ra001/p

5.2 – Micrômetro

5.3 – Rugosímetro

O micrômetro é um instrumento metrológico, utilizado para realizar a medição das dimensões lineares de um deter-minado objeto com precisão micrométrica. Podem ser classi-ficados conforme seu princípio de leitura (analógica e digital) e quanto às suas formas geométricas, sendo a mais utilizada, a de arco, conforme imagem representada na figura 14.

Instrumento utilizado para inspeção de rugosidade de um material, ou seja, verifica-se no caso em uma área plana no qual a mesma tenha muitas saliências ou irregularidades na continuidade.

https://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-micrometro

Conheça as principais partes do micrômetro, acessando o link abaixo:MÍDIAS INTEGRADAS

Page 23: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

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16 - Durômetro.https://www.tecnoferramentas.com.br/durometro-de-bancada-para-dureza-ro-

ckwell-normal-hra-hrb-hrc-brinell-hb-digimess-400007/p

17 - Relógio comparador.https://www.lojadomecanico.com.br/produto/90802/3/204/relogio-comparador-

-10mm-tramontina-pro-44543002

18 - Multímetro.http://www.baudaeletronica.com.br/multimetro-digital-et1110a-minipa.html

19 - Megômetro.https://www.antferramentas.com.br/megometro-digital-minipa-mi-2705-cat-iii-600-v/p

5.4 - Durômetro

5.5 – Relógio comparador

5.6 – Multímetro

5.7 – Megômetro

Instrumento utilizado para medir a dureza de um material, com utilização em fábricas de aço, metais, forjarias e centros de usinagem.

A dureza é e propriedade característica de um material sólido. Uma das maneiras de avaliar a dureza é através da ca-pacidade de um material penetrar o outro, de acordo com es-cala de dureza escolhida: brinell, rockwell, meyer, vickers, etc.

De acordo com Stefanelli (2010), o relógio comparador é um dos instrumentos de medida analógicos que permitem a medição de grandezas lineares de forma direta (medido dire-tamente a grandeza desejada) ou a indireta (estabelecendo a diferença entre a grandeza desejada e outra conhecida).

A principal função do multímetro é avaliar grandezas elé-tricas como corrente elétrica, potência e tensão elétrica. Pode ser digital ou analógico e é um aparelho utilizado principal-mente em instalações elétricas.

As trenas são medidores de distância. Funcionam de forma digital e à laser, e são desenhadas para serem operadas ape-nas com uma mão, para facilitar o processo de medição.

Page 24: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

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20 - Trena.https://www.shopstarrett.com.br/Trena-de-Bolso-Serie-Starrett---10-metros-(mm)-

---KTS1-10M-S~13982~1351~153~Ferramentas-Manuais~Trenas

21 - Goniômetro.https://www.fisiofernandes.com.br/goniometro-para-medicao-grande/p

22 - Manômetro.https://www.polipartes.com.br/manometro-alta-r22-r134-r404-sra60h/p

5.8 – Trena

5.9 – Goniômetro

5.11 – Esquadros e gabaritos

5.10 – Manômetro

As trenas são medidores de distância. Funcionam de forma digital e à laser, e são desenhadas para serem operadas ape-nas com uma mão, para facilitar o processo de medição.

O goniômetro é um instrumento de medição ou de verifi-cação de medidas angulares. O goniômetro simples, também conhecido como transferidor de grau, é utilizado em medidas angulares, que não necessitam extremo rigor. Sua menor divi-são é de 1° (um grau).

O esquadro é um instrumento em formato de um ângulo reto, aplicado à medição de superfícies planas,

São instrumentos utilizados para medir e indicar a intensi-dade de pressão do ar comprimido, óleo, água, vapor e flui-dos em geral. Muito utilizado nos circuitos pneumáticos e hi-dráulicos, os manômetros têm a função de indicar o ajuste de pressão em um sistema, circuito ou maquinário.

Existem dois tipos principais de manômetros:l Manômetros capsulares (normalmente para medições

de 0 – 1000 mBar).l Manômetros Tipo de Bourdon.

SAIBA MAIS Existem dois tipos de pressão: absoluta e relativa (manométrica).Pressão absoluta: é a soma da pressão manométrica com a pressão atmosférica.Pressão relativa: é a pressão indicada nos manômetros, isenta da pressão

atmosférica. Geralmente utilizada nas escalas dos manômetros, pois através delas as conversões de energia fornecem seus trabalhos.

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25

23 - Esquadros.https://www.youtube.com/watch?v=MGjhgwQunVM

24 - Verificador de roscas.https://www.starrett.com.br/produtodetalhe.asp?codprod=195

25 - Compassos.https://www.starrett.com.br/produtodetalhe.asp?prodnome=Compasso-para-Ferramenteiros-

-com-Pernas-Cilindricas-e-Ajuste-Fino-Series-274,-275,-277&cat=1&linha=0&codprod=323

5.12 – Verificadores de raios, ângulos e roscas

5.13 – Compassos

São instrumentos cuja a função é a medição e verificação de raios internos e externos de peças e objetos mecânicos, ângulos que podem variar de 1° a 45°, medição de passo de roscas mecânicas em milímetros. Normalmente, no caso das roscas, são fabricados com base nas medidas comerciais mais utilizadas na indústria.

Os compassos mecânicos são instrumentos simples, po-rém de extrema importância para a medição de diâmetros e distâncias, ou então para a comparação entre distâncias e medidas usuais. Podem ser divididos em três tipos principais:l Compasso para medidas externas;l Compasso para medidas internas;l Compasso hermafrodita.

cujo ângulo seja de 90°. Geralmente é fabricado em aço, ou em alguns casos em granito. Sua classificação está ligada à sua for-ma e ao seu tamanho, sendo os tipos mais comuns utilizados:l Simples ou plano;l Base com lâmina lisa;l Lâmina biselada.

DICASPara conservação e manutenção do esquadro, valem algumas dicas:l evitar batidas e impactos mais bruscos na utilização dos esquadros;l realizar limpeza periódica e retirada de rebarbas e/ou saliências;l lubrificá-los com produto adequado, e armazená-lo em local livre de contato com outras ferramentas de trabalho.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM1 – Quais são as grandezas fundamentais, de acordo com o Sistema Internacional

de Unidades?2 – O que significa “aferição” de instrumentos de medição?3 – O que é um paquímetro e quais são os tipos mais comuns utilizados na prática?

4 – Para quais situações específicas de medição podemos utilizar o rugosímetro?5 – O que é dureza de um material e quais são as escalas mais comuns para medição?6 – Defina, resumidamente, os instrumentos abaixo:Multímetro; Megômetro; Goniômetro e Manômetro.

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De acordo com Pavani (2009), o comportamento funcional de um sistema de medição é descrito pelas suas características (parâmetros) operacionais e metrológicas. Aqui se define, analisa uma série desses pa-râmetros para uso correto da terminologia e melhor caracterização dos sistemas de medição.

Características dos Sistemas de Medição

UNIDADE 6

26 - Medição.https://engenhariahoje.com/o-que-e-metrologia/

FIQUE ATENTOMuitos termos metrológicos dos sistemas de medição resultam dos nomes dos

instrumentos em língua inglesa, portanto, estudaremos alguns deles no andamento da apostila.

6.1 – Efeitos da temperatura na Metrologia Dimensional

A quase totalidade dos materiais modifica suas dimensões em função da temperatura. Essa proprie-dade é denominada dilatação térmica. A variação das dimensões lineares é proporcional à variação de temperatura. O fator de proporcionalidade é deno-minado coeficiente de dilatação térmica, frequente-mente representado pela letra grega alfa

VOCABULÁRIO

Dilatação térmica: é a proporcionalidade de os materiais modificarem

suas dimensões em função das variações de temperatura a que são sujeitos.

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27 - Trilhos de ferrovia: exemplo de dilatação térmica.https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/514601/para-cumprir-aposta-jovem-deita-nos-trilhos-enquanto-trem-passa-video

6.2 – Incerteza na Medição

Todas as medições são contaminadas por erros imperfeitamente conhecidos, de modo que a significância associada com o resultado de uma medição deve considerar esta incerteza. Incerteza é um parâmetro, asso-ciado com o resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem, razoavelmente, ser atribuídos à quantidade medida. Há problemas associados com esta definição de incerteza de medição. O que é a dispersão de se o valor verdadeiro não pode ser conhecido? Ela também implica que incerteza é somente relevante se várias medições são feitas e ela falha – por não mencionar valor verdadeiro para invocar o conceito de rastreabilidade.

Uma definição mais prática, que é muito usada devido a satisfazer as necessidades da Metrologia Indus-trial e não ser consistente com a anterior é a seguinte: Incerteza é o resultado da avaliação pretendida em caracterizando a faixa dentro do qual o valor verdadeiro de uma quantidade medida é estimado, geralmente com uma dada confiança.

Os laboratórios credenciados devem ter uma política definida cobrindo a provisão de estimativas das in-certezas das calibrações ou testes feitos. O laboratório deve usar procedimentos documentados para a esti-mativa, tratamento e relatório da incerteza. Estes locais devem consultar seu corpo de credenciamento para qualquer orientação específica que possa estar disponível para a calibração ou teste. Os meios pelos quais os laboratórios credenciados devem tratar as incertezas das medições são definidos em detalhe na ISO Guide: Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement.

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28

Padrões da Calibração

UNIDADE 7

28 - Calibração.http://www.ckalibri.com.br/

7.1 – Padrão (Standard)

7.2 – Calibração (Calibration)

Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de medição destinado a definir, re-alizar, conservar ou reproduzir uma unidade de um ou mais valores de uma grandeza para servir como referência.

Conjunto de operações que estabelece, sob condições es-pecificadas, a relação entre os valores indicados por um ins-trumento de medição ou sistema de medição ou valores indi-cados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões.

29 - Padrões e referências.http://www.casadasbalancas.com.br/produto/peso-padrao-classe-f1/23364

30 - Calibração.http://www.mecalab.com.br/calibracao-metrologia

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29

7.3 – Faixa nominal

7.4 – Amplitude da faixa nominal (Span)

7.5 – Faixa de medição (Measuring Range)

7.6 – Escala de um instrumento de medição (Scale of a Measuring Instrument)

7.7– Comprimento de escala

Faixa de indicação em que se pode obter em uma posição específica dos controles de um instrumento de medição.

Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa nominal.

Conjunto de valores de um mensurando para o qual se admite que o erro de um instrumento de medi-ção mantém-se dentro dos limites especificados. Também é conhecido como FO (Faixa de Operação) que é menor ou, no máximo, igual a FI (Faixa de Indicação). A FO pode ser obtida por meio de:l Manual de utilização dos sistemas de medição;l Sinais gravados sobre a escala;l Especificações de normas técnicas.

Conjunto ordenado de marcas, associado a qualquer nu-meração, que faz parte de um dispositivo mostrador de um número de medição. Cada marca é denominada um número de escala.

É o comprimento da linha compreendida entre a primeira e a última marca, passando pelo centro de todas as marcas menores.

31 - Escala de régua.https://www.vidri.com.sv/producto/66403/Termómetro-de-pared-ambiental-metálico.html

http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rbc/

Acesse o link abaixo para pesquisar os laboratórios credenciados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para a calibração de instrumentos.

MÍDIAS INTEGRADAS

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30

7.8– Divisão de escala (Scale division)

7.9 – Índice (Index)

7.10 – Resolução de um dispositivo mostrador (Resolution of a Displaying Device)

7.11– Erro

7.12 - Exatidão

7.13 – Zona Morta

7.14 – Sensibilidade

Parte de uma escala compreendida entre duas marcas sucessivas quaisquer. Característica de um sistema de medição analógico através de um índice.

Exemplo:Manômetro: DE (Divisão de Escala) = 0,1 kgf/cm².Termômetro: DE (Divisão de Escala) = 5°C.Régua Escolar: DE (Divisão de Escala) = 1 mm.

A parte fixa ou móvel de um dispositivo mostrador cuja posição em relação às marcas de escala permite determinar um valor indicado.

É a menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida.

É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em relação ao valor real da variável medida.

Ocorre quando o instrumento de medição dá respostas aproximadas de um valor verdadeiro.

É a máxima variação que a variável pode ter sem que provoque alteração na indicação ou sinal de saída de um instrumento.

É a mínima variação que a variável pode ter, provocando alteração na indicação ou no sinal de saída de um instrumento.

SAIBA MAIS O valor verdadeiro é o valor real atribuído à quantidade. O valor verdadeiro

da quantidade nunca pode ser achado e não é conhecido. O valor atribuído a uma quantidade somente será conhecido com alguma incerteza ou erro. Na prática, o valor

verdadeiro é substituído pelo valor verdadeiro convencional, dado por um instrumento de medição padrão disponível. O objetivo de toda medição é o de obter o valor verdadeiro da variável medida e o erro é tomado como a diferença entre o valor medido e o valor verdadeiro.

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- Transformar polegadas inteiras em milímetros.Para transformarmos um determinado valor

de polegada inteira em milímetros, multiplica-se a quantidade de polegadas desejadas por 25,4 mm.

Exemplo: Transformação de 2” em milímetros.2” x 25,4 = 50,8 mm

- Transformar polegada fracionada em milímetros.Para transformarmos a polegada fracionada em mi-

límetros, primeiramente, fazemos a multiplicação do numerador da fração por 25,4 mm e, em seguida, dividi-mos o resultado pelo denominador. Vamos ver abaixo:

No mesmo exemplo anterior vamos transformar 1/4” em milímetros.(25,4 x 1) / 4 = 6,35 mm

- Transformar polegada fracionada/inteira em milímetros.Quando o número for misto (combinação entre fracionado e inteiro), incialmente se transforma o núme-

ro misto em uma fração imprópria e, depois procede-se como fizemos no exemplo anterior.Exemplo: Transformar 1 3/4” = 4 x 1 + 3 / 4 = 7/4 7/4 = 25,4 x 7 / 4 = 44,45 mm

- Transformar milímetro em polegada.Para se transformar milímetro em polegada, divide-se a quantidade em milímetros por 25,4 e multiplica-

-se o resultado pela divisão (escala) de 128, aproxima-se o resultado para o inteiro mais próximo, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, e a seguir simplifica-se a fração ao menor numerador.

Exemplo: Transformar 9,525 mm em polegadas.(9,525 / 25,4) 128 / 128 = 0,375 x 128 / 128 = 48 / 128

Fazendo uma simplificação da fração, dividindo por 2 o numerador e denominador, teremos:48/128 = 24/64 = 12/32 = 6/16 = 3/8 – 3/8”

Uma outra forma mostramos abaixo:Multiplica-se a quantidade de milímetros pela constante 5,04; dando-se como denominador à parte intei-

ra do resultado da multiplicação a menor fração da polegada, simplificando-se a fração, quando necessário.Exemplo: Transformar 9,525mm em polegadas.9,525 x 5,04 / 128 = 48 / 128Simplificando a fração, dividindo numerador e denominador por 2, teremos:48 / 128 = 24 / 64 = 12 / 32 = 6 / 16 = 3/8 – 3/8”

Transformação de medidas

UNIDADE 8

32 - Transformação de medidas.https://www.youtube.com/watch?v=EhwDO8YQ22I

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32

O ato de medir em si é uma operação simples, entretanto exige que o profissional a frente deste trabalho tome algumas providências e se prepare para tal. Alguns requisitos podem fazer toda a diferença, são eles:l paciência e cautela;l responsabilidade;l sensibilidade;l consciência técnica;l interpretação de resultados;l tomadas de decisões;l instrumento de medição adequado;l pleno domínio sobre as operações do instrumento.

Procedimentos para medição

UNIDADE 9

33 - Medição.http://blog.instrusul.com.br/tipos-de-instrumentos-de-medicao-metrologia/

9.1 – Condições e Parâmetros Básicos

9.2 – Temperatura

A climatização eficiente é um fator indispensável, no processo de medição de peças mecânicas mais pre-cisas. O local de medição deverá satisfazer alguns requisitos, tais como: temperatura uniforme e com certa constância, condições higrométricas reguladas, atenuação de vibrações e oscilações, espaço suficiente para realização das atividades, iluminação e limpeza.

A temperatura exerce uma relevante influência no processo de medição, devido aos efeitos da dilata-ção superficial e volumétrica dos objetos em análise. Portanto, a temperatura de 20°C oferece melhores

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33

9.3 – Umidade Relativa do Ar

9.4 – Vibração

9.5 – Pressão Ambiente

9.6 – Ruído Acústico

A umidade relativa do ar pode ser definida como a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de saturação). Pelo ponto de vista metrológico, tem influência direta no comportamento e na conservação dos materiais de fabricação dos instrumentos, padrões e peças. Limita-se a valores que não excedam 65% U.R., o controle de umidade relativa nos ambientes de medição e/ou calibração.

De acordo com Vaitsman (2011), vibração pode ser entendida como qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto fixo, podendo ser regular, do tipo senoidal ou irregular. São incompatíveis com as medidas de precisão, pois atuam em todas as partes das máquinas, alterando as referências de medição e prejudicando também as imagens óticas. A partir da detecção da existência de vibrações, as máquinas e equi-pamentos devem receber apoios mecânicos em bases capazes de anular os efeitos prejudiciais das vibrações.

Em laboratórios de calibração de massa, a pressão ambiente tem influência no empuxo dos padrões. Por-tanto, o controle da pressão ambiente é importante para as correções das medições e para a estimativa das incertezas das medições. Nos demais laboratórios de metrologia, é usual manter pressão positiva em torno de 10 Pa (10 N/m²).

Recomenda-se que nos locais de medição e aferição, o limite máximo seja de 45 dB (decibéis). Um nível de ruído muito acentuado, poderá interferir prejudicialmente na concentração do operador do aparelho em

condições para a obtenção de uma medição precisa, pois a grande maioria dos instrumentos e padrões são dimensionados nesta temperatura para refletirem o resultado mais real.

SAIBA MAIS O rigor no controle da temperatura de um

determinado ambiente é definido conforme o tipo de medição realizada. Por exemplo:

l Admitem-se variações de 20±0,3°C em ambientes de calibração de blocos padrões;l Admitem-se variações de 20±1°C em ambientes de medição de

peças com máquinas de medir por coordenadas;l Admitem-se variações maiores de temperatura para medições

realizadas com instrumentos manuais em ambiente fabril, quando as tolerâncias envolvidas permitem;l Admitem-se variações de 23±1,5°C em laboratórios de temperatura,

aceleração, pressão/vácuo, vazão e força.34 - Medição de temperatura.https://www.copafer.com.br/termometro-ambiente-tr-

-10-western-p1108534

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questão, sendo que os resultados podem apresentar distorções, de forma que a continuação do processo não seja garantida da maneira correta.

9.7 – Iluminação

9.8 – Manuseio

9.9 – Limpeza

A iluminação ideal é em torno de 1000 lux (lumens por metro quadrado). É importante observar a distri-buição uniforme dos pontos de iluminação no local para evitar os chamados “pontos cegos” e aferir periodica-mente a luminosidade do ambiente.

Os instrumentos, equipamentos e peças devem estar bem protegidos do calor e do ataque químico provo-cado pelo contato da mão humana. Para tal, costuma-se utilizar luvas de malha, pinças e flanelas.

É obrigatória a limpeza meticulosa em todas as medições. Presença de pó, gordura, e partículas diversas podem afetar sensivelmente os resultados obtidos.

https://www.youtube.com/watch?v=kGv9wSsRxVU

Conheça mais sobre as dilatações térmicas. Fator de influência sobre os materiais que compõem as peças e máquinas dos processos de medição. Acesse o link da videoaula abaixo:

MÍDIAS INTEGRADAS

Page 35: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

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Segundo a RDC 217 (2010), calibração é o conjunto de operações que estabelece, sob condições espe-cíficas, a relação entre os valores indicados por um instrumento ou sistema de medição ou valores repre-sentados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. Desta definição, podemos concluir que o processo de calibração é de extrema relevância para garantir a confiabilidade dos resultados obtidos em um processo de medição. A calibração deverá ser realizada somente por profissionais capacitados, e por laboratórios credenciados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Trata-se de uma sequência de opera-ções criteriosas em que a determinação do valor final de leitura dos instrumentos deverá estar em plena conformidade com o parâmetro definido no início dos trabalhos.

Alguns requisitos mínimos devem ser cumpridos durante a calibração de instrumentos, sendo destaca-dos alguns conforme abaixo:l Os padrões utilizados na calibração, deverão estar disponíveis para rastreamento pela Rede Brasileira

de Calibração;l O prazo de validade da calibração, varia de acordo com cada tipo de instrumento, recomendações de

fabricante e criticidade do processo em que está inserido. Pode variar de cerca de 3 meses até um ano;l Certificado de calibração emitido por laboratório credenciado;l O instrumento deverá estar corretamente identificado, tageado (codificado) e controlado em relação

a calibração;l É indispensável a existência de um plano de calibração de instrumentos, com periodicidade e critérios

mínimos definidos;l Treinamento de colaboradores envolvidos com o controle de calibração de instrumentos.

Calibração de instrumentos

UNIDADE 10

35 - Calibração.http://www.accpr.com.br/por-que-fazer-a-calibracao-de-equipamentos-de-medicao/

http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/servicos/calibracao.asp

Conheça os serviços de calibração dos laboratórios metrológicos do Inmetro, acessando o link abaixo. Na mesma página, você também poderá consultar os laboratórios credenciados para realização de serviços de metrologia por todo o Brasil.

MÍDIAS INTEGRADAS

Page 36: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

36

Conceitualmente, podemos definir aferição como um processo de verificação/inspeção de um determi-nado instrumento que já foi calibrado anteriormente. É uma operação fundamental em alguns processos produtivos, sendo que sua realização está vinculada ao grau de criticidade do equipamento ou máquina que irá realizar o trabalho específico.

Nem todo instrumento calibrado precisa ser aferido posteriormente, porém em aplicações em que o ins-trumento exija um alto nível de precisão. Neste caso, a aferição deve ser feita diariamente, antes da primeira utilização do instrumento, para o cumprimento dos requisitos mínimos dos usuários. A aferição é feita atra-vés da comparação e do confronto de resultados oriundos de alguns padrões pré-definidos e certificados.

Os resultados das aferições devem ser registrados em conformidade com o plano de calibração e aferição de instrumentos, devendo conter: dia/hora, condições ambientais e nome do responsável pela execução dos trabalhos. Com relação à periodicidade, amplitude e intervalos de aceitação dos valores obtidos in loco, deverão ser claramente definidos nos procedimentos elaborados para cada aplicação específica.

Aferição

UNIDADE 11

36 - Aferição.http://www.macropesa.com/spanish.htm

SAIBA MAIS O Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) é um órgão cuja finalidade é a defesa do

consumidor no campo da Metrologia Legal e Qualidade Industrial, promovendo ações, fiscalizando e certificando produtos e serviços, obedecendo aos padrões

e normas oficiais vigentes no país e internacionais. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), verifica periodicamente o cumprimento das calibrações e aferições, por intermédio de documentos oficiais emitidos pela indústria farmacêutica.

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Para uma medição mais eficiente, é necessário que seja feito o uso adequado de instrumentos através de ações práticas de operação, além de manutenção periódica. Vamos estudar a partir de agora, alguns proce-dimentos usuais na utilização de alguns instrumentos de medição.

Manuseando instrumentos de medição

UNIDADE 12

36 - Manuseio de instrumento.http://www.kronsi.com.br/portfolio/cuidados-e-manuseio-de-equipamentos-de-medicao/

12.1 – Uso do Paquímetro Universal Analógico

Antes do uso:l Limpe a superfície da escala do instrumento, utilizando óleo para a finalidade;l Mova o cursor em todo o percurso ao longo da guia principal para verificar se desliza suavemente, sem interferência;l Feche as faces de medição após a limpeza e verifique o seguinte: - Faces de medição externa: elas estão em boas condições, se a luz não pode ser vista entre elas quan-

do são mantidas à contraluz. - Se existir sujeiras ou rebarbas nas faces, elas não encostarão e feixes de luz serão vistos entre elas. - Faces de medição interna: elas estão em boas condições, se uma pequena quantidade de luz pode ser

vista entre elas quando são mantidas à contra luz. - Verifique o ponto zero.

Durante o uso:l Leias as graduações olhando na direção perpendicular ao mostrador para evitar erro de paralaxe;l Certifique-se de aplicar uma força constante durante a medição e posicionar a peça o mais próximo

possível da régua;l Não meça uma peça com as faces de medição inclinadas. Procure sentir que as faces de medição estão

bem encostadas.

Page 38: CURSO FIC Metrologia Dimensional 2018

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VOCABULÁRIO Erro de paralaxe: é um erro que ocorre pela observação errada na escala de

graduação causada por um desvio óptico causado pelo ângulo de visão do observador.

Após o uso:l Verifique se há danos no instrumento e, se encontrados, providencie o reparo ou substituição. Limpe o

instrumento. Se for utilizado em um lugar onde a contaminação por óleo de corte for provável, certifique-se de providenciar um tratamento de prevenção da oxidação após a limpeza;l Abra as faces de medição externa por aproximadamente 0,2 a 2 mm, deixe o parafuso de fixação desa-

pertado e, em seguida, guarde o instrumento;l Armazene o instrumento em uma sala livre de calor excessivo e umidade, também livre de poeira e óleo.

FIQUE ATENTOAs recomendações e procedimentos acima, aplicam-se apenas aos paquímetros

analógicos universais. Para os modelos digitais, consulte o manual de operação do fabricante e/ou catálogos técnicos.

12.2 – Micrômetros externos analógicos

Antes do uso:l Verifique se o tambor se move suavemente sem qualquer interferência ou irregularidade, girando todo

o seu curso de capacidade;l Prenda uma folha de papel que não solte fiapos entre as faces de medição, como se fosse medir a sua

espessura e, lentamente, puxe-o sem retirá-lo totalmente. A seguir, solte o papel para remover a poeira ou sujeira aderida às faces de medição;l Lentamente faça o contato das faces de medição, girando o tambor pela catraca e: - Gire a catraca após feito o contato (1,5 a 2 voltas) para aplicar a força constante e faça de 3 a 5 vezes para

estabelecer ponto zero. Se a força for aplicada grosseiramente, o batente será pressionado excessivamente, o que poderá afetar a exatidão da medição.

- Se o ponto zero estiver fora, redefina-o girando a bainha com a chave, batendo na chave delicadamente com um pequeno martelo se necessário;l Ao redefinir o ponto zero de um micrômetro de grande capacidade, faça o ajuste na posição de trabalho

para minimizar a incerteza de medição à deflexão do arco.

Durante o uso:l Leia as graduações na direção perpendicular para evitar o erro de paralaxe;l A espessura das linhas de graduação representam aproximadamente 2 µm (micrometros) para auxiliar a

leitura para a mais próxima 1 µm;l Certifique-se de que o fuso esteja sempre protegido contra impactos;

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12.3 – Calibradores traçadores de altura

Antes do uso:l Fixe o traçador com a porta da coluna principal, quando possível;l Limpe a coluna, superfície de referência da base e face de medição (metal duro) do riscador;l Limpe a superfície lapidada do desempeno de granito em que o calibrador traçador de altura será usado;lMova o cursor em todo o percurso ao longo da coluna para verificar se desliza suavemente, sem interferência;l Encoste suavemente a face de medição do riscador (metal duro) na superfície lapidada do desempeno

de granito e use a escala principal ajustável para definir o ponto zero;l Quando transportar o instrumento segure-o com as duas mãos, sendo uma no cursor e a outra na base.

Durante o uso:l Leia as graduações na direção perpendicular à escala e nônio para evitar erros de paralaxe;l Durante a medição, procure aplicar uma força de medição o mais constante possível.

Após o uso:l Verifique se há danos no instrumento, e se encontrados, providencie o reparo ou substituição. Limpe

o instrumento;l Quando o instrumento não for utilizado durante algum tempo, deixe-o com o riscador sem tocar na

superfície do desempeno, porém evitando que a ponta fique de fora da área do desempeno. Para evitar o risco de danos pessoais por contato acidental com a ponta do riscador;l Tenha especial cuidado, a todo momento, para não deixar a ponta do traçador se projetar sobre a bor-

da da superfície lapidada do desempeno;l Quando for guardar o instrumento por um longo período de tempo, coloque a capa de proteção contra

poeira, caso a tenha disponível;l Armazene o instrumento em uma sala livre de calor excessivo e umidade, e que também seja livre de

poeira e óleo.

l Se utilizar o instrumento por um longo período de tempo, verifique regularmente o ponto zero (se neces-sário, ajuste-o) isso evitará erros devido à expansão térmica.

Se o instrumento for danificado devido a quedas ou for atingido durante o uso, não o utilize e entre em contato com o serviço de assistência técnica para reparo.

Após o uso:l Verifique se há danos no micrômetro e, se encontrados, providencie o reparo ou substituição. Limpe o

instrumento. Se for utilizado em um lugar onde a contaminação por óleo de corte solúvel for provável, certifi-que-se de providenciar um tratamento de prevenção da oxidação após a limpeza;l Para armazenar o instrumento, solte a trava do fuso, separe as faces de medição por aproximadamente

0,2 a 2 mm, e em seguida, coloque-o em lugar adequado;l Armazene o instrumento em uma sala livre de calor excessivo e umidade, também livre de poeira e óleo;l Ao armazenar o instrumento por um longo tempo, aplique óleo para micrômetro no fuso para prevenção

da oxidação.

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40

12.4 – Relógios Comparadores analógicos

Antes do uso:l Use um pano seco ou um pano umedecido com álcool para limpar o fuso sem lubrificação (este fuso

não deve ser lubrificado, apenas limpo);l Mova o fuso em todo o percurso ao longo do seu eixo para verificar se desliza suavemente, sem interferência;l Se o ponteiro do contavoltas estiver significativamente fora de posição no ponto de repouso (em rela-

ção ao ponteiro principal), o mecanismo poderá estar danificado;l Se o ambiente de trabalho for agressivo (com presença de poeira, umidade, óleos de corte, etc.) reco-

menda-se usar os tipos à prova de poeira e água.

Durante o uso:l Não movimente a ponta de contato rapidamente nem aplique força no sentido transversal, caso con-

trário, a exatidão dos resultados pode ser afetada de forma adversa;l Use um dispositivo de fixação (pelo canhão ou pela orelha da tampa traseira) que garanta total estabi-

lidade de posição durante o uso normal;l Fixe o instrumento pela orelha em um suporte quadrado com apoio plano perpendicular.

Após o uso:l Verifique se há danos no instrumento, e se encontrados, providencie o reparo ou substituição. Limpe

o instrumento com um pano seco;l Não lubrifique o fuso. Devido à folga mínima entre eixo e canhão. O acabamento de rugosidade entre

as partes compensa a falta de lubrificação e confere maior exatidão ao instrumento;l Armazene o instrumento em uma sala livre de calor excessivo e umidade, também livre de poeira e óleo.

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BIDOIA, Fernanda de Oliveira. Saiba tudo sobre a diferença entre Calibração e Aferição. Disponível em: <http://www.farmaceuticas.com.br/saiba-tudo-sobre-diferenca-entre-calibracao-e-afericao/>. Acesso em: 19 mar. 2018.

CONSELHOESEGURANCA.BLOGSPOT.COM.BR. O que é vibração: DDS. Disponível em: <http://conselhoesegu-ranca.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-vibracao-dds.html>. Acesso em: 16 mar. 2018.

GONÇALVES, Marco Aurélio Fontoura. Processos Industriais. 3. ed. Santa Maria: UFSM, 2009.

INMETRO. Instrumentos de Medição. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/instrumentos-medicao.asp>. Acesso em: 11 de outubro de 2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n° 17. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0017_16_04_2010.pdf/b9a8a293-f04c-45d1-ad-4c-19e3e8bee9fa>. Acesso em: 19 mar. 2018.

MITUTOYO.COM.BR. Manual de Uso e Conservação de Instrumentos Convencionais. Disponível em: <http://www.mitutoyo.com.br/novosite/download/02folhetos/08%20SmallTools/P12024.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2018.

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Referências

Bibliografia Básica

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