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Aula 00 Estudo de Caso p/ TRT-MG (Analista - todas as áreas) - dicas gerais Professor: Ricardo Torques 00000000000 - DEMO

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Aula 00

Estudo de Caso p/ TRT-MG (Analista - todas as áreas) - dicas gerais

Professor: Ricardo Torques

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ESTUDO DE CASO PARA O TRTMG 2015 ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA DE APOIO

ESPECIALIDADES Aula 00 - Prof. Ricardo Torques

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Apresentação do Curso

Sumário

1 - Aspectos gerais ................................................................................... 2

2 - Cronograma de Aulas ........................................................................... 3

3 - Representação da Aula ......................................................................... 4

3.1 - Orientações de redação de Estudo de Caso ........................................ 4

Tipo da letra e limites textuais .............................................................. 4

Correção de erros ................................................................................ 4

Paragrafação ....................................................................................... 5

3.1 - Análise da proposta ........................................................................ 6

3.2 - Conteúdo teórico ............................................................................ 8

3.3 - Sugestão de redação resposta ....................................................... 15

4 - Considerações Finais .......................................................................... 16

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1 - Aspectos gerais

Nesta AULA 00 vamos apresentar o nosso Curso voltado para o Estudo de Caso para o concurso do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais SEM CORREÇÃO INDIVIDUAL, para os cargos de Analista Judiciário, para as diversas especialidades previstas em edital. Vejamos:

Atenção! Para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária, Oficial de Justiça Avaliador Federal e Área Administrativa temos cursos específicos, com correção individual de questões. Confiram esses cursos nos respectivos links:

ÁREA JUDICIÁRIA e OFICIAL DE JUSTIÇA DE AVALIDOR FEDERAL

https://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/estudo-de-caso-p-trt-mg-analista-area-jud-e-of-just-av-federal-com-correcao-de-3-redacoes-6919/

ÁREA ADMINISTRATIVA

https://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/estudo-de-caso-p-trt-mg-analista-area-administrativa-com-correcao-de-3-redacoes-6946/

Voltando à nossa proposta informo-lhes que se trata de um Curso focado no edital nº 01/2015 do TRT/MG divulgado em 08.05.2015.

O edital foi bastante específico e previu diversas especialidades. Em casa uma dessas especialidades teremos estudo de caso abrangendo o conteúdo teórico constante do edital.

NÃO DOMINAMOS ESSES CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS, contudo temos algumas regras e orientações, as quais podem auxiliar vocês na redação, estruturação e organização das aulas.

A prova de Estudo de Caso será composta por duas questões práticas que versarão sobre os conhecimentos específicos previstos no edital.

Em cada estudo de caso o candidato deverá desenvolver textos dissertativos entre 12 e 20 linhas, os quais deverão apresentar a solução para os casos apresentados.

Engenharia (Mecânica)

Engenharia (Segurança do

Trabalho)Fisioterapia Historiador Medicina

Medicina (Cardiologia)

Medicina (do Trabalho)

Medicina (Psiquiatria) Odontologia Odontologia

(Endodontia)

Odontologia (Pediatria)

Odontologia (Prótese) Psicologia Serviço Social Tecnologia da

Informação

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A aferição da nota levará em consideração a correção gramatical, por ocasião da avaliação do desempenho. Devemos lembrar que, em regra, as provas da FCC distinguem três padrões de correção:

conteúdo estrutura expressão

Evidentemente, nos estudos de caso, o conteúdo comporá a maior parte da nota atribuída ao candidato.

Desse modo, nossas aulas serão estruturadas em duas partes:

(i) Orientações de escrita e técnicas de redação de textos jurídicos.

Essa primeira parte, que abrangerá metade da nossa aula, veremos técnicas de redação, padrões da banca FCC, característica das propostas de Estudo de Caso, perfil de correção e orientações de escrita de textos discursivas.

É importante registrar, ainda, que o edital elenca algumas hipóteses que implicam na anulação do estudo de caso. Veremos técnicas para evitar tais incorrer em alguns dos itens abaixo:

a) fugir à modalidade de texto solicitada e/ou às questões práticas propostas;

b) apresentar textos sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento do texto escrito fora do local apropriado;

c) for assinada fora do local apropriado;

d) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato;

e) for escrita a lápis, em parte ou na sua totalidade;

f) estiver em branco;

g) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível.

(ii) Análise de propostas de Estudo de Caso.

Embora essas propostas não sejam específicas para o conteúdo do edital de vocês será proveitoso para auxiliar na organização e estruturação da resposta, bem como para perceber como será a prova no dia 27.06.

Ok?

2 - Cronograma de Aulas

Nosso curso será organizado em três aulas.

Aula 01 12.06

Aula 02 26.06

Aula 03 10.07

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3 - Representação da Aula

3.1 - Orientações de redação de Estudo de Caso

Tipo da letra e limites textuais

Escrevam de forma legível!

O edital não especifica se é obrigatório o uso de letra cursiva. Dessa forma, vocês poderão usar qualquer tipo de letra, seja cursiva, de forma ou uma mistura dos dois tipos. O que é importante é que o texto seja legível e que cada letra seja inequívoca.

Por exemplo, é muito comum que na escrita de algumas pessoas não seja possível distinguir a letra “o” de “a”. Essas letras têm que ser bem distintas. O examinador não fará esforço algum para entender a redação, qualquer equívoco nesse sentido será considerado como erro de concordância nominal.

Quanto aos limites do texto, devemos ter em mente a folha de respostas. Tudo o que estiver para além da margem será sumariamente desconsiderado. Não é permitido ultrapassar os limites textuais. O que significa isso? Vocês não podem escrever nas margens do texto, tampouco além do limite de linhas.

Se a quantidade de linhas for insuficiente para o seu rascunho ADAPTE seu texto, corte palavras desnecessárias e que não acrescentem conteúdo ao texto, aperte a letra!

Qualquer trecho escrito fora das linhas demarcadas pela banca será desconsiderado, o que poderá prejudicar muito sua redação.

Observe também os limites mínimos. Vocês NÃO PODERÃO escrever menos de 12 linhas, nem mais de 20 linhas. Para cada linha abaixo do mínimo será descontado um valor na sua avaliação final.

RESPEITEM OS LIMITES TEXTUAIS SOB PENA DE ELIMINAÇÃO DO CONCURSO.

Correção de erros

Muitas vezes, ao redigir um texto “à mão”, podemos cometer erros no momento de passar o texto para a folha de respostas. Se isso ocorrer, não entre em pânico! Nesse caso, basta fazer um traço sobre a palavra, pontuação ou expressão equivocada. O examinador considerará como não escrita. A seguir escreva a palavra correta e siga seu texto.

Exemplo:

O Direito Constitucional é diciplina disciplina orientada pela democracia.

De qualquer forma, no momento de passar o Estudo de Caso para a folha de resposta, escrevam devagar, pensando em cada palavra. Dispensem o máximo

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de atenção para esse momento. É certamente a parte mais importante da prova de vocês. De nada adianta usar praticamente o tempo todo para a elaboração de um excelente texto, porém, incorrer em diversos erros na hora da transcrição. Um rascunho perfeito, mas mal passado à limpo poderá significar a anulação da questão. Poderá significar, portanto, jogar fora todo o esforço despendido.

Paragrafação

Não há obrigatoriedade de parágrafos! Como se trata de um uma resposta direta, no qual vocês apresentaram sugestões, o parágrafo não é obrigatório. Contudo, é muito provável que o enunciado apresente uma situação hipotética e pergunte alguns itens a vocês (vide a análise de proposta abaixo). Nesses casos, vocês poderão, sem qualquer prejuízo, utiliza um parágrafo para cada resposta.

Quanto o houver parágrafo, lembrem-se de destacá-los claramente.

É comum iniciarmos o parágrafo a dois centímetros da margem, mas não é um imperativo, sugerimos que deixem um espaço tal de modo que seja inequívoco que se trata do início de um novo parágrafo.

Por exemplo:

O princípio da igualdade revela-se nos direitos de nacionalidade ao assegurar equidade entre brasileiros natos e naturalizados.

Cuidem para não deixarem pouco ou muito espaço de paragrafação. Vejam:

O princípio da igualdade revela-se nos direitos de nacionalidade ao assegurar equidade entre brasileiros natos e naturalizados.

O princípio da igualdade revela-se nos direitos de nacionalidade ao assegurar equidade entre brasileiros natos e naturalizados.

Além disso, é obrigatório é que todos os parágrafos estejam no mesmo alinhamento. Ou seja, se vocês deixaram dois centímetros no início do primeiro parágrafo, não deixem um centímetro no início do segundo parágrafo.

Por exemplo:

O princípio da igualdade revela-se nos direitos de nacionalidade ao assegurar equidade entre brasileiros natos e naturalizados. (...)

A Constituição Federal mitiga o princípio citado ao prever tratamento diferenciado entre brasileiros em situações excepcionais (...).

Um exemplo é a possibilidade de extradição do naturalizado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou por envolvimento em tráfico de entorpecentes. (...)

Ademais, devemos utilizar os parágrafos de forma justificada, de forma que as palavras encostem na margem esquerda e direita. Assim, caso a palavra não caiba na linha será necessário dividir a palavra com o uso de um hífen ou ao sublinhar a última sílaba escrita na linha.

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Por exemplo:

O princípio da igualdade revela-se nos direitos de nacionalidade ao assegurar equidade entre brasileiros natos e naturalizados. (...) A Constituição Federal mitiga o princípio citado ao prever tratamento diferenciado entre brasileiros (...).

Um exemplo é a possibilidade de extradição do naturalizado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou por envolvimento em tráfico de entorpecentes. (...)

É isso! Finalizamos aqui uma pequena demonstração das nossas orientações para a redação dos estudos de caso. Num segundo momento veremos algumas propostas. Lembrem-se essas propostas não versarão sobre os aspectos específicos do curso, mas servem de parâmetro para vocês!

3.1 - Análise da proposta

O estudo das propostas será estruturado da seguinte forma:

1 – análise e estruturação da proposta

Nessa primeira parte faremos uma minuciosa análise das propostas apresentadas. Primeiramente desvendaremos o enunciado, passando pela análise do que devemos abordar na introdução, no desenvolvimento do texto e na conclusão.

2 – conteúdo teórico

Aqui traremos subsídios para a solução do Estudo de Caso apresentado.

3 – orientações de escrita

Nessa parte contextualizaremos as informações e as orientações de escrita dentro da proposta.

4 – sugestão de reposta

Para finalizar o estudo da proposta faremos uma sugestão de redação.

Assim, vocês terão um estudo completo e contextualizado da proposta.

A fim de ilustrar como será nosso curso trazemos um Estudo de Caso, adaptado de recente prova do TRT da 15ª Região, aplicado em 2015.

Kátia ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora a empresa “B” requerendo o reconhecimento do dano moral configurado no fato de seu superior hierárquico a ter constrangido, durante três meses, a revista íntima, tendo a reclamante que se despir para o mesmo. A reclamação trabalhista foi julgada improcedente por falta de provas e Katia interpôs Recurso Ordinário. O Tribunal Regional do Trabalho competente conheceu do recurso mas lhe negou provimento. O acórdão proferido em sede de Recurso Ordinário transitou em julgado no dia 30 de Maio de 2012. Em Novembro de 2013, Simone, ex-colega de trabalho, entregou para Kátia, várias fotografias das revistas íntimas que eram realizadas, fotos estas que não teve, na época, coragem de revelar com medo de perder o emprego.

Nesse caso, responda, fundamentadamente, em no mínimo 12 linhas e no máximo 20 linhas:

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- Kátia poderá ajuizar uma nova reclamação trabalhista?

Bem delimitar os assuntos a serem abordados é essencial em textos discursivos de modo geral. No caso do nosso Edital, que envolve Estudo de Caso com limitação de linhas, isso é fundamental.

O examinador trouxe um caso hipotético e formulou algumas dúvidas a serem respondidas de forma fundamentada. Logo, devemos interpretar a hipótese trazida e organizar a nossa reposta em vista dos questionamentos formulados. É o que faremos em relação à análise das propostas.

Esse procedimento é fundamental para um bom desempenho. Quando percebemos exatamente o que o examinador pretende temos maiores condições que atingir uma boa avaliação. Caso contrário, podemos responder de forma equivocada ou tangenciar o tema, o que implicará prejuízos à avaliação.

Vejamos, assim, o problema trazido:

Kátia ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora a empresa “B” requerendo o reconhecimento do dano moral configurado no fato de seu superior hierárquico a ter constrangido, durante três meses, a revista íntima, tendo a reclamante que se despir para o mesmo. A reclamação trabalhista foi julgada improcedente por falta de provas e Katia interpôs Recurso Ordinário. O Tribunal Regional do Trabalho competente conheceu do recurso mas lhe negou provimento. O acórdão proferido em sede de Recurso Ordinário transitou em julgado no dia 30 de Maio de 2012. Em Novembro de 2013, Simone, ex-colega de trabalho, entregou para Kátia, várias fotografias das revistas íntimas que eram realizadas, fotos estas que não teve, na época, coragem de revelar com medo de perder o emprego.

Do texto acima extraímos:

- KÁTIA reclamante

- EMPRESA “B” reclamada

DISCUSSÃO: dano moral no trabalho

A autora alega que sofreu constrangimento por parte do superior hierárquico que procedeu à revista íntima pelo período de três meses.

Relata que se despia para o superior.

RESULTADO DO JULGAMENTO DA RECLAMATÓRIA: improcedente por falta de provas

RESULTADO DO RECURSO ORDINÁRIO AO TRT: conheceu do recurso, porém no mérito julgou-o improcedente.

TRÂNSITO EM JULGADO: em 30.05.2012

NOVAS FOTOS: em novembro de 2013 teve acesso a fotografias comprobatórias do constrangimento, as quais não teve acesso porque estavam em poder de Simone. Alega-se que Simone não entregou as fotos, pois receava perder o emprego.

Em relação a essa hipótese formula-se um questionamento básico, Kátia poderia fazer algo em razão das novas provas que obteve? A resposta a esse

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questionamento é fundamental para a resolução do problema formulado. Num primeiro momento tendemos a responder negativamente, pois a reclamatória trabalhista ajuizada foi julgada improcedente e já transitou em julgado. Contudo, a situação remete a novos documentos, de que a parte não pode fazer uso.

Aqui entram nossos conhecimentos acerca do conteúdo específico da matéria. Nesse momento devemos lembrar da ação rescisória, que poderá ser ajuizada no processo do trabalho, em razão da previsão expressa nesse sentido na CLT.

Vejamos, entre as hipóteses de admissibilidade da ação rescisória:

Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: (...)

VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; (...)

Devemos notar que a hipótese remete a dois aspectos:

1. DOCUMENTO NOVO DE QUE NÃO PODE FAZER USO; e 2. DOCUMENTO CAPAZ DE ASSEGURAR PRONUNCIAMENTO FAVORÁVEL.

Em relação ao primeiro aspecto vimos que, de fato, trata-se de um documento que a parte não teve acesso, dado o receio de Simone perder o emprego caso revelasse as fotos.

Devemos, ainda, nos questionar quanto ao poder do documento. Fotos das revistas íntimas são capazes de provas o constrangimento. Nos parece que sim! Logo, temos a possibilidade de encaixar a resposta no contexto da ação rescisória.

Portanto:

(i) À primeira pergunta devemos responder negativamente, uma vez que houve o trânsito em julgado da reclamatória. Logo, devido à coisa julgada, não há possibilidade de rediscutir a matéria com nova reclamatória.

(ii) À segunda pergunta devemos responder positivamente, indicando que a medida legal a ser ajuizada é a ação rescisória. Em seguida devemos abordar: natureza jurídica, pressupostos, requisitos e o embasamento legal da ação.

Tranquilo, não?

Vamos, em seguida, tratar do conteúdo teórico pertinente à coisa julgada, à ação rescisória e vamos, também, trazer algumas informações relativas à questão da revista íntima.

3.2 - Conteúdo teórico

Em um Estado Democrático de Direito a segurança jurídica é uma garantia fundamental. Para garanti-la existem diversos instrumentos, com destaque para a coisa julgada, expressamente prevista no art. 5º, XXXVI, da CF:

XXXVI – A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

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Assim, em regra, a ação transitada em julgado não poderá ser desconstituída. Excepcionalmente, a coisa julgada poderá se formar inadequadamente. Em tais situações vislumbra-se a barreira imposta pela coisa julgada. Afirma-se que há uma formação socialmente inadequada da coisa julgada pelo que se permite sua desconstituição, desde que se encaixe numas das hipóteses previstas na legislação.

De acordo com a doutrina, a ação rescisória é uma ação desconstitutiva negativa da sentença transitada em julgado e, eventualmente, acarreta a possibilidade de um novo julgamento do processo. Vamos entender, com calma, os termos acima.

Trata-se de uma ação desconstitutiva negativa, pois tem por finalidade desconstituir a coisa julgada ocorrida na ação originária. Ao contrário do que possamos pensar, a ação rescisória não é um recurso, mas uma ação de conhecimento e específica, que depende da coisa julgada para que seja proposta.

Portanto, sobre a natureza jurídica da ação rescisória, memorize:

Em relação à matéria dispõe o art. 846, caput, da CLT:

Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, EXCETUADOS os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. (Redação dada pela Lei nº 11.495, de 2007)

Portanto, de acordo com a CLT, a ação rescisória na Justiça do Trabalho observará a disciplina do Código de Processo Civil, entre os arts. 485 a 495.

Dessa forma, os pressupostos e requisitos previstos na legislação processual civil para a ação rescisória aplicam-se ao processo do trabalho. Evidentemente que devemos observar também a jurisprudência do TST sobre a matéria, notadamente as Súmulas.

O art. 485 do CPC enumera estritas hipóteses em que é cabível a ação rescisória. Vejamos:

Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

AÇÃO RESCISÓRIA natureza jurídica

ação de conhecimento

de caráter desconstitutivo negativo

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I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;

II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;

III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

IV - ofender a coisa julgada;

V - violar literal disposição de lei;

VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória;

VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;

VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença;

IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa;

§ 1o Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido.

§ 2o É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato.

Notem que o caput do dispositivo acima refere-se apenas às “sentenças de mérito”, o que significa dizer que não é cabível a ação rescisória de despachos ou decisões interlocutórias. Quanto às sentenças homologatórias, que são tradicionais na Justiça do Trabalho, afirma o CPC no art. 486 que elas não poderão ser questionadas por intermédio da presente ação. Contudo, a Súmula TST nº 259 permite o ajuizamento da ação rescisória para impugnar o termo de conciliação.

Súmula 259 do TST

TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT.

Para fins de prova é fundamental memorizar as hipóteses de cabimento da ação rescisória:

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A sentença para ser atacável deve ter transitado em julgado. O trânsito constitui, portanto, pressuposto indispensável para o ajuizamento da ação rescisória. O trânsito em julgado – para fins de concurso público – deve ser entendido como o momento processual em que a decisão proferida atinge estabilidade, sem possibilidade de recurso, seja pelo decurso dos prazos previstos, seja pelo esgotamento das vias recursais. Quando isso ocorrer haverá o trânsito em julgado.

No processo do trabalho, há uma Súmula relevante que explicita regras relativamente à comprovação do trânsito. Vejamos:

Súmula nº 299 do TST

AÇÃO RESCISÓRIA. DECISÃO RESCINDENDA. TRÂNSITO EM JULGADO. COMPROVAÇÃO. EFEITOS (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 96 e 106 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

I - É INDISPENSÁVEL ao processamento da ação rescisória a prova do trânsito em julgado da decisão rescindenda. (ex-Súmula nº 299 – Res. 8/1989, DJ 14, 18 e 19.04.1989)

II - Verificando o relator que a parte interessada não juntou à inicial o documento comprobatório, abrirá prazo de 10 (dez) dias para que o faça, sob pena de indeferimento. (ex-Súmula nº 299 - Res. 8/1989, DJ 14, 18 e 19.04.1989 )

III - A comprovação do trânsito em julgado da decisão rescindenda é pressuposto processual indispensável ao tempo do ajuizamento da ação rescisória. Eventual trânsito em julgado posterior ao ajuizamento da ação rescisória não reabilita a ação proposta, na medida em que o ordenamento jurídico não contempla a ação rescisória preventiva. (ex-OJ nº 106 da SBDI-2 - DJ 29.04.2003)

IV - O pretenso vício de intimação, posterior à decisão que se pretende rescindir, se efetivamente ocorrido, não permite a formação da coisa julgada material. Assim, a ação rescisória deve ser julgada extinta, sem julgamento do mérito, por carência de ação, por inexistir decisão transitada em julgado a ser rescindida. (ex-OJ nº 96 da SBDI-2 - inserida em 27.09.2002)

•sentença dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz•sentença proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente•sentença resultante do dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida•sentença resultante da colusão entre as partes•sentença com ofensa à coisa julgada•sentença que viole a literalidade de lei•sentença fundada em prova falsa apurada em processo criminal oudemonstrada no bojo da ação rescisória

•quando a parte obtiver documento novo cuja existência ignorava ou não podefazer uso à época do processo e que seja capaz de determinar o provimentofavorável

•quando fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em quese baseou a sentença

•sentença fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos dacausa

HIPÓTESES DE CABIMENTO DA AÇÃO RESCISÓRIA

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Da Súmula acima extraímos que a prova do trânsito em julgado é indispensável, sob pena de indeferimento da petição inicial da rescisória, o que comprova tratar-se efetivamente de um pressuposto processual.

A ação rescisória poderá ser ajuizada pela parte no processo originário (tanto o autor como o réu), pelo terceiro juridicamente interessado, bem como pelo Ministério Público do Trabalho, caso não tenha sido ouvido no processo, em que era obrigatória a intervenção ou quando a sentença decorrer de colusão das partes a fim de fraudar a lei.

Além disso, de acordo com o art. 488, caput, a propositura da ação inicial deverá observar os requisitos previstos no art. 282, do CPC. Na inicial o autor deverá requerer a rescisão do julgado e, se for o caso o pedido de novo julgamento. Além disso, exige-se o depósito prévio de 20%, não se aplicando o inc. II do art. 488 abaixo citado:

Art. 488. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 282, devendo o autor:

I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento da causa;

II - depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a título de multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível, ou improcedente.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no no II à União, ao Estado, ao Município e ao Ministério Público.

Desse modo, um dos pressupostos processuais da ação rescisória é o depósito prévio de 20%, a não ser que a parte postulante não tenha condições de arcar com o processo sem prejuízo do próprio sustento.

No processo do trabalho, devemos lembrar que os requisitos da petição inicial observam o art. 282, do CPC, e o art. 840, §1º, da CLT. Vejamos ambos os dispositivos:

art. 282, do CPC:

Art. 282. A petição inicial indicará:

I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;

II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido, com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - o requerimento para a citação do réu.

art. 840, §1º, da CLT:

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma

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breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. (...)

Esses dispositivos, juntos, formam os requisitos necessários da petição inicial da rescisória na Justiça do Trabalho. A exordial, portanto, deverá indicar o juiz ou tribunal a que é dirigida, a qualificação das partes, fatos e fundamentos jurídicos do pedido, o pedido propriamente, valor da causa, provas e o requerimento de citação do réu.

Tendo em vista que o ius postulandi é afastado na ação rescisória trabalhista, do que se extrai da Súmula TST nº 425, entende-se que a simplificação dos requisitos constantes do art. 840, §1º, da CLT, não é suficiente, devendo o autor, representado processualmente por advogado, observar os requisitos do CPC.

Vejamos a Súmula supramencionada:

Súmula nº 425 do TST

JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010

O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, NÃO alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

Mais um aspecto relevante quanto aos requisitos da petição inicial é fixação da competência. A ação rescisória na Justiça do Trabalho será ajuizada perante os tribunais. Em regra, ela será apresentada ao TRT respectivo.

Dessa forma, quanto aos requisitos da petição inicial da ação rescisória devemos lembrar:

Ainda sobre o art. 488, afirma-se que o pedido da ação rescisória deve ser formulado dois pedidos: um primeiro para a rescisão da sentença atacada (juízo rescidente); e um segundo, se for o caso, para um novo julgamento.

Vamos integrar esse conteúdo com o caso trazido na questão do TRT da 15ª Região. Num primeiro momento, tendo em vistas as novas provas obtidas pela empregada, ela postulará a rescisão da sentença transitada em julgado. Esse é

PETIÇÃO INICIAL

observar requisitos do art. 282, do CPC,

combinado com o art. 840, §1º, da CLT

pedido de rescisão e, se for o caso, de novo julgamento (art. 488,

I, do CPC)

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o pedido rescidente (iudicium rescidens). Além disso, a parte deverá pedir um novo julgamento pelo juízo rescisório (iudicium rescissorium). Nesse segundo pedido a parte formulará pedido para que o pleito originário de indenização por danos morais seja reconhecido e a empregadora condenada a indenizar pelos abusos cometidos na revista íntima. Compreendido?

Para facilitar a memorização do estudado, vejamos:

Por fim, é muito relevante observar que a ação rescisória observa um prazo decadencial de dois anos, conforme se extrai do art. 495, do CPC:

Art. 495. O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da decisão.

Esse prazo é contado do dia imediatamente subsequente ao transito em julgado da sentença que se pretende atacar. Na questão do TRT da 15ª Região foi mencionado que a ação transitou em julgado em 30.05.2013. Desse modo, em 01.06.2013, uma sexta-feira, iniciou o prazo de dois anos. Dessa forma, a ação poderá ser ajuizada até 01.06.2015. Correto? Considerando que a parte teve acesso aos documentos em novembro de 2014, ela poderá ajuizar a ação rescisória até primeiro de junho de 2015. No dia dois de junho haverá a extinção do direito de rescisão pela inércia do titular.

Para reforçar o conteúdo, vejamos o item I da Súmula TSE nº 100:

Súmula nº 100 do TST

AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 13, 16, 79, 102, 104, 122 e 145 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

AÇÃO RESCISÓRIA

juízo rescidente (iudicium

rescindens)

pugna-se pela rescisão da

sentença transitada em julgado

juízo rescisório (iudicium

rescissorium)

pugna por novo julgamento

pedido

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I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. (ex-Súmula nº 100 - alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)

Lembre-se:

Finalizarmos assim, o conteúdo teórico pertinente à questão que ora estudamos.

3.3 - Sugestão de redação resposta

Antes de analisarmos a resposta, vamos organizar os argumentos que devem ser abordados para uma resposta completa:

Kátia não poderá ajuizar nova reclamatória trabalhista, em face da coisa julgada material ocorrida em 30.05.2013.

Kátia poderá ajuizar a ação rescisória até 01.06.2015, dado o prazo decadencial de dois anos, para desconstituir a sentença anterior e pedir novo julgamento com base nas fotografias obtidas.

A ação rescisória deverá ser formulada com fundamento no art. 485, VII, uma vez que, posteriormente à sentença, o autor teve acesso a fotografias de que não pôde fazer uso à época da instrução processual. Registre-se que o documento é capaz de assegurar pronunciamento favorável a fim de demonstrar o abuso sofrido.

A ação deverá observar os requisitos constantes do art. 282, do CPC, combinado com o art. 840, §1º, da CLT. Portanto, a inicial deverá ser ajuizada perante o TRT, com qualificação completa das partes, indicação dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, do pedido propriamente, do valor da causa, instruindo o pedido com as fotos obtidas e com o requerimento de citação do réu.

Juntamente com a inicial, é pressuposto processual a demonstração do trânsito em julgado da sentença rescidenda e o depósito prévio no importe de 20% do valor da causa, exceto se houver prova da miserabilidade jurídica do autor.

Vamos lá!

Kátia não poderá ajuizar nova reclamatória, pois a questão foi decidida, com trânsito em julgado em 30.05.2013. Contudo, poderá propor ação rescisória contra a sentença e pleitear novo julgamento. Trata-se de ação de conhecimento com natureza desconstitutiva negativa. O procurador da autora poderá ajuizar a ação até 01.06.2015, em razão do prazo decadencial de dois anos. O pleito deve

PRAZO PARA AJUIZAR A AÇÃO RESCISÓRIA dois anos

decadencial

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ser fundamentado no CPC, que arrola hipóteses nas quais é cabível a ação rescisória. Entre elas está a situação em que o autor obtém documento novo de que não pode fazer uso à época da instrução, desde que seja capaz de assegurar um pronunciamento favorável. Registre-se que as fotografias retratam as revistas íntimas do superior hierárquico, fato não comprovado no processo. A petição inicial deve observar os requisitos constantes do art. 282 do CPC, combinado com o art. 840 §1º da CLT. Portanto, deve ser ajuizada no TRT, com qualificação, indicação dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, do pedido propriamente, do valor da causa, instruindo com as fotos obtidas e com o requerimento de citação do réu. Juntamente com a inicial, é pressuposto processual para a ação a demonstração do trânsito em julgado da sentença rescidenda e o depósito prévio no importe de 20% do valor da causa, exceto se houver prova da miserabilidade jurídica.

20 linhas

4 - Considerações Finais

Este é o nosso Curso voltado para o Estudo de Caso para o TRT/MG, sem CORREÇÕES INDIVIDUAIS. Será uma ótima oportunidade para ADQUIRIR CONHECIMENTOS EM RELAÇÃO À REDAÇÃO DE TEXTOS JURÍDICOS, ORIENTAÇÕES E DICAS DE ESCRITA, BEM COMO PARA TREINAR ALGUMAS PROPOSTAS E, POSTERIORMENTE, COMPARÁ-LAS COM AS NOSSAS ANÁLISES.

LEMBREM-SE! SÃO 200 PONTOS FUNDAMENTAIS PARA OBTER UMA BOA CLASSIFICAÇÃO.

Caso reste alguma dúvida quanto ao nosso curso, entrem em contato. Estamos à disposição para esclarecer eventuais dúvidas, bem como para receber críticas e sugestões.

Um forte abraço e bons estudos a todos!

Ricardo Torques

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