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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª B 2017.1 COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista SALVADOR

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

Turma 4ª B – 2017.1

COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista

SALVADOR

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TEMA: FATORES ASSOCIADOS COM O DÉFICIT COGNITIVO APÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NOME ALUNO (A): AFONSO PARANHOS SILVA SANTOS ORIENTADOR (A): PROFA. ADRIANA CAMPOS SASAKI

RESUMO

Déficit cognitivo é uma importante sequela do AVC, podendo se manifestar em diferentes níveis de gravidade, desde déficits cognitivos leves a uma demência propriamente dita. Alguns fatores, tais como: maior idade, sexo feminino, baixa escolaridade, recorrência e gravidade do AVC já foram associados com essa condição. OBJETIVO: O presente estudo visa buscar fatores associados com déficit cognitivo após-AVC. MÉTODOS: Para tanto, foi feito um estudo de corte transversal em um amostra de 141 pacientes após AVC de um ambulatório de referência em Salvador/BA foi submetida aos testes neuropsicológicos: mini exame do estado mental e o teste de fluência verbal, a fim de determinar déficit cognitivo dessa população. O programa Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 20.0 foi utilizado para tratamento dos dados obtidos. Uma análise descritiva de critérios sociodemográficos e clínicos, bem como uma análise univariada com os testes Qui quadrado/exato de Fisher para comparar os grupos com e sem déficit cognitivo também foi feita. RESULTADOS: Houve uma prevalência de 58,9% de mulheres e média de idade de 56 anos na amostra total, sendo o AVC isquêmico o tipo mais frequente (87,9%). O estudo revela que após o AVC, 20,5% dos pacientes foram diagnosticados com déficit cognitivo pelo mini exame do estado mental (MEEM), enquanto que 39% foram diagnosticados pelo teste de fluência verbal (FV). Foram encontrados como fatores associados ao déficit cognitivo após-AVC a alta escolaridade, maior gravidade do AVC pelo NIHSS e menor capacidade funcional índice de Barthel modificado (IBm). CONCLUSÃO: Dessa forma, observou-se uma prevalência diferente entre os testes de FV e MEEM nesta população e que alta escolaridade, maior gravidade e menor capacidade funcional são fatores associados com déficit cognitivo após AVC, nessa amostra.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Déficit Cognitivo. Fatores de risco.

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TEMA: CAPACIDADE PREDITORA DOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE SÍNDROME

METABÓLICA PARA O DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2

NOME ALUNO (A): AIRTON HIAGO MENEZES PRUDENCIO

ORIENTADOR (A): PROFA. MARISTELA MAGNAVITA OLIVEIRA GARCIA

RESUMO

Introdução: Síndrome Metabólica (SM) é definida pela presença de ao menos três dos seus cinco critérios: glicemia elevada, hipertrigliceridemia, pressão arterial elevada, circunferência abdominal (CA) elevada e HDL-colesterol (HDL-C) baixo. SM é considerada fator de risco cardiovascular e para Diabetes Mellitus (DM). Objetivo: Avaliar a associação entre os critérios da SM e a presença de DM, bem como a sua influência conjunta. Métodos: estudo de corte transversal com coleta prospectiva. Foram admitidos, consecutivamente, 145 pacientes, obrigatoriamente portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e em uso de ao menos 1 droga anti-hipertensiva. Foram excluídos aqueles sem dados laboratoriais suficientes, restando 69 pacientes. HAS já era presente em todos os participantes desse estudo. Os demais critérios foram dicotomizados de acordo com os pontos de corte: CA > 90 cm para homens e > 80 cm para mulheres, triglicérides ≥ 150 mg/dL e HDL-C < 40 para homens ou < 50 para mulheres. A glicemia elevada não foi testada como variável independente por ser, indiscutivelmente, integrante da variável desfecho e definidora do próprio diagnóstico de DM. Resultados: avaliados 69 pacientes, média de 61,3 ± 9,6 anos, 81,4% sexo feminino, 54,4% diabéticos, HDL 47,45 ± 12,0 mg/dL, triglicérides com mediana de 120 (IIQ 88,5 – 179,5) mg/dL, glicemia de jejum com mediana de 104 (IIQ 91 – 140,5) mg/dL. Pressão arterial sistólica (PAS) média de 145,8 ± 20,7 mmHg, pressão arterial diastólica (PAD) média de 82,54 ± 12,2 mmHg. Não houve associação entre cada critério isoladamente com DM: CA elevada (OR = 1,0 IC 95% 0,2 – 3,9); baixo HDL-C (OR 1,5 IC 95% 0,6 – 4,1 p = 0,4); hipertrigliceridemia (OR 1,1 IC 95% 0,4 – 2,9 p = 0,9). Também, nenhuma associação com DM foi detectada ao testar diferentes combinações de critérios: (1) HAS, CA elevada, e hipertrigliceridemia, (2) HAS, CA elevada, e baixo HDL e (3) HAS, CA elevada, baixo HDL e hipertrigliceridemia, sendo, respectivamente, (1) OR 1,1 IC 95% 0,4 – 3,0, p = 0,9, (2) OR 1,6 IC 95% 0,6 – 4,3, p = 0,3 e (3) OR 1,6 IC 95% 0,6 – 4,9, p = 0,4 Conclusão: nessa população, excluindo glicemia, nenhum critério isolado de SM ou combinação de critérios foi preditor do diagnóstico de DM.

Palavras-chave: Síndrome metabólica. Diabetes Mellitus. Preditor.

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TEMA: RESISTÊNCIA A CIPROFLOXACINO EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIAS

COM INFECÇÃO URINÁRIA POR ESCHERICHIA COLI

NOME ALUNO (A): ALDO GONDIM FERREIRA

ORIENTADOR (A): PROF. SÉRGIO LACERDA BARROS DA CRUZ

RESUMO

Contexto A indução de seleção de variedades de Escherichia coli que apresentam resistência a ciprofloxacino em quadros de infecção urinária leva a um aumento na dificuldade do tratamento adequado da doença e necessidade de se prescrever medicamentos cada vez mais novos. Esse tipo de conduta propicia o surgimento de variedades multirresistentes que tornam-se problema de difícil solução para os órgãos de saúde. Metodologia Estudos observacionais dos últimos 15 anos foram identificados por meio de pesquisa em plataformas digitais de busca relacionadas à área de saúde (PubMed, Medline, Cochrane, Portal Periódicos Capes). Dados sobre taxa de resistência a ciprofloxacino por Escherichia coli em estudantes universitárias, ou em idade universitária, apresentando infecção urinária por este agente, foram reunidos e dispostos em forma de tabela. Resultados 498 artigos foram identificados para análise do título e resumo. 8 foram incluídos. Após os critérios de exclusão 4 artigos foram qualificados. Os resultados variaram de 1 amostra resistente entre 161 analisadas até 14 entre 176 analisadas. Conclusão O ciprofloxacino ainda é um útil recurso terapêutico para quadros de cistite por E. coli em estudantes universitárias. No entanto, de maneira alguma deve ser utilizado de forma indiscriminada. Palavras-chave: Escherichia coli. Ciprofloxacino. Sistema Urinário. Resistência a Medicamentos. Revisão.

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TEMA: QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE, EM

SALVADOR – BAHIA, 2015-1016.

NOME ALUNO (A): ALLAN RODRIGUES CORSINI

ORIENTADOR (A): PROF. MARCOS ANTÔNIO DE ALMEIDA MATOS

RESUMO

Introdução: O corpo humano produz naturalmente glicosaminoglicanos. Estes, são constituintes da matriz extracelular e utilizados na síntese de tendões, ossos, cartilagem, pele e do líquido que lubrifica os pulmões e preenche bolsas sinoviais. A mucopolissacarídeos é ocasionada pela deficiência na enzima que degrada os mucopolissacarídeos, ocasionando sua bioacumulação e uma série de acometimentos multissistêmico. Hoje, existem 6 variedades da doença, a depender da enzima que se encontra em déficit: I, II, III, IV, VI e VII. Trata-se uma alteração genética recessiva ligada ao cromossomo X no tipo II e autossômica nas restantes. De acordo com a Rede MPS os subtipos mais prevalentes no país são I, II e IV, sendo o tipo I mais frequente no sul/sudeste e o IV no nordeste. Seu tratamento deve ser multiprofissional, atrelado a reposição enzimática. Está, só existe para os tipos I, II, IVB e VI. Avaliar a qualidade de vida dos portadores desses pacientes é importante para chamar atenção a respeito dos acometimentos causados por essa doença rara, bem como contribuir para a construção de redes de assistência a esses pacientes e qualificação para profissionais a respeito da doença. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com mucopolissacaridose. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, constituído por dois grupos: um controle, constituído por indivíduos sem mucopolissacaridose, e um grupo caso, formado por pacientes com mucopolissacaridose. Os dados dos pacientes do grupo caso foram coletados entre junho de 2015 e julho de 2016 no Hospital Santa Izabel da Santa Casa de Misericórdia da Bahia e dos indivíduos do grupo controle foram coletados em instituições de ensino como creches, escolas, colégios públicos e universidades, utilizando o questionário PedsQL para qualidade de vida. Este aborda variáveis referente aos domínios saúde física, saúde psicossocial, relações emocionais, relações sociais e relações escolares. As variáveis numéricas foram evidenciadas por média e desvio padrão e as categóricas por frequência absoluta e frequência relativa. Para avaliar diferenças entre os grupos foi utilizado o teste Qui-quadrado para dados qualitativos, e o teste t de Student para dados quantitativos. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Santa Izabel da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, sob Parecer n.°925.989/2014 e CAAE n.°38746914.5.0000.5520. Resultados: Foi aplicado o questionário junto a 24 indivíduos doentes (16 do sexo masculino e 8 do feminino), e 48 indivíduos saudáveis (com mesmo número para sexos masculino e feminino). No grupo caso as médias de idade; peso e altura foram respectivamente iguais a 12 anos; 24,9kg e 1,05m. No grupo controle foi encontrado para as mesmas variáveis, respectivamente, 12 anos, 45,24kg e 1,46m. A qualidade de vida foi significativamente pior no grupo caso para os domínios capacidade física e relações sociais. Conclusão: A Mucopolissacaridose é uma patologia que interfere diretamente na qualidade de vida. Principalmente no que diz respeito a capacidade física e social.

Palavras-chave: mucopolissacaridose; avaliação, qualidade de vida.

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TEMA: PERFIL DA MORTALIDADE POR FIBROSE CÍSTICA NAS REGIÕES

BRASILEIRAS, DE 2005 A 2014

NOME ALUNO (A): AMANDA CRISPINA ANTAS DE MATOS CARDOSO

ORIENTADOR (A): PROFA. MARIA AMENAIDE CARVALHO ALVES DE SOUSA

RESUMO

Cardoso ACAM. Perfil da mortalidade por Fibrose Cística nas regiões brasileiras, de 2005 a 2014 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017. INTRODUÇÃO: A Fibrose Cística (FC) é uma doença genética autossômica recessiva, multissistêmica e de curso geralmente letal, que afeta principalmente indivíduos caucasianos. As mutações que causam a patologia acarretam alterações no transporte iônico, ocasionando doença pulmonar, insuficiência pancreática, obstrução intestinal, cirrose biliar e ausência/obstrução dos canais deferentes. Seu diagnóstico é realizado através de dosagem da tripsina imunorreativa, realizada na triagem neonatal, e dosagem de cloro no suor. Seu prognóstico e mortalidade estão associados a fatores como diagnóstico precoce e disfunção orgânica. Observa-se aumento da sobrevida dos pacientes com FC, especialmente em países desenvolvidos, mas ainda faltam estudos epidemiológicos amplos acerca da patologia no Brasil. OBJETIVO: Descrever as características epidemiológicas dos óbitos por FC, no Brasil, de 2005 a 2014. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal com dados agregados e secundários. Foram utilizadas as informações sobre os óbitos por FC do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e a projeção da população residente para 2000-2030, do IBGE. Os óbitos foram selecionados por região de residência, ano do óbito, sexo, faixa etária, faixa etária menor que um ano, raça/cor e escolaridade. Realizou-se o cálculo do coeficiente de mortalidade para o período, por sexo e faixa etária. Para avaliar a tendência do coeficiente de mortalidade, foi realizada

regressão linear através do SPSS, calculando-se R2, e p-valor. RESULTADOS: No período estudado, foram notificados 1289 óbitos por FC no país. A maior proporção de óbitos da série temporal ocorreu em 2014 e a menor em 2008. A região Sudeste destacou-se com o maior número de óbitos e a Centro-Oeste com o menor. Observou-se maior proporção de óbitos entre brancos e menores de 1 ano. Verificou-se tendência de crescimento do coeficiente de mortalidade para ambos os sexos no período do estudo e, em relação ao coeficiente de mortalidade por faixa etária, observou-se aumento de risco de mortalidade por FC no período, exceto na faixa etária de 0 a 4 anos. CONCLUSÃO: Na série temporal estudada, observou-se grande proporção de óbitos em 2014, na região Sudeste e em indivíduos da cor/raça branca. Em relação ao sexo, o número de óbitos em homens e mulheres foi próximo. Dentre os casos com dados de escolaridade informados, a maior proporção de óbitos encontrou-se em indivíduos com baixa escolaridade. Tratando-se de coeficiente de mortalidade, observou-se tendência de crescimento para ambos os sexos, com significância estatística, e para quase todas as faixas etárias, com significância estatística para: 10 a 14, 20 a 29, 30 a 39, 70 a 79 e 80 anos e mais. Os resultados apresentados devem contribuir com o conhecimento das características epidemiológicas dos óbitos pela FC, assim como a necessidade de serviços especializados e diagnóstico precoce, através da triagem neonatal, para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, visando à redução das taxas de mortalidade.

Palavras-chave: Fibrose Cística. Mortalidade. Epidemiologia. Brasil.

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TEMA: O USO DA TDCS COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA O ZUMBIDO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): AMANDA DOS HUMILDES MAIA SANTOS

ORIENTADOR (A): PROFA. ADRIANA CAMPOS SASAKI

RESUMO

INTRODUÇÃO: O zumbido, definido como uma percepção sonora não relacionada a uma fonte externa de estimulação, é considerado o terceiro pior problema que pode acometer o ser humano, diminuindo a qualidade de vida da população em torno de 1%. Devido à subjetividade do diagnóstico e suas diversas etiologias, o estabelecimento de um tratamento eficaz é complicado. É neste contexto que surge a Transcranial Direct Current Stimulation (tDCS), que devido ao seu baixo custo e se apresentar como uma forma não invasiva, é um método de escolha interessante para o tratamento de tal comorbidade. OBJETIVO: Avaliar a resposta terapêutica do zumbido ao tDCS. METODOLOGIA: Seguindo as recomendações do protocolo PRISMA, foi realizada a revisão sistemática da literatura, através do uso dos seguintes descritores: zumbido, tDCS, ensaio clínico randomizado e seus respectivos correlatos em inglês além do uso do Medical Subject Headings (MeSH). A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE/PUBMED, Lilacs, Scielo. Os critérios de inclusão foram: pacientes maiores de 18 anos sem outras comorbidades associadas, que diagnosticaram o zumbido através do diagnóstico do especialista ou através da aplicação de escalas e critérios previamente validados aplicados por médico não especialista e utilização do tDCS por pelo menos 2 sessões. Para avaliação da qualidade dos estudos foi utilizado o checklist CONSORT. RESULTADOS: Foram encontrados 4.165 estudos, sendo selecionados após a aplicação dos critérios de inclusão um total de seis, obtendo-se uma amostra de 602 pacientes com sítios de estimulação variáveis. A partir dos critérios avaliativos utilizados por cada estudo, houve uma resposta positiva ao tDCS em 14.86% dos participantes. CONCLUSÃO: A resposta terapêutica do zumbido ao tDCS permanece sem definição exata, devido à falta de estudos sobre o assunto e também pela abordagem heterogênea do diagnóstico e da aplicação terapêutica. Os resultados encontrados corroboram a necessidade de mais estudos, principalmente envolvendo a população brasileira, para que sejam criadas padronizações no tratamento assim como protocolos de prevenção Palavras-chave: Zumbido. tDCS. Estimulação transcraniana direta.

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TEMA: PREVALÊNCIA DO AUTISMO EM SÍNDROMES GENÉTICAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA NOME ALUNO (A): AMANDA FREITAS ALVES ORIENTADOR (A): PROFA. MILENA PEREIRA PONDÉ

RESUMO

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neuro desenvolvimento, definido por alterações na interação social recíproca, na comunicação social e associado a um comportamento repetitivo e foco de interesses restrito. A associação do TEA com síndromes genéticas tem ganhado importância nos últimos anos, uma vez que sua prevalência tem se mostrado maior do que na população em geral. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi determinar com quais síndromes genéticas o autismo está mais associado através de uma revisão integrativa da literatura. Vinte e seis síndromes genéticas que tinham associação conhecida com o autismo foram selecionadas. Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed e BVS com o uso de descritores específicos. Foram selecionados os estudos descritivos e de delineamento transversal, coorte e caso-controle, com amostra maior que 10 participantes, escritos na língua portuguesa, inglesa ou espanhola, que apresentavam em seu desfecho a associação do autismo com a síndrome genética pesquisada. Os estudos selecionados foram posteriormente avaliados qualitativamente através do Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) e quantitativamente através de um formulário contendo informações objetivas acerca do estudo. Trinta e três estudos compuseram a amostra final dessa revisão, contemplando 16 síndromes. Apenas as síndromes de Joubert e Noonan não apresentaram prevalência de autismo, enquanto as outras síndromes apresentaram valores que variaram de 4% até 87%, consistentemente maiores do que a prevalência do autismo na população em geral. As síndromes de Smith-Lemli-Opitz, de Angelman, de Lange, neurofibromatose, distrofia miotônica e esclerose tuberosa foram as que apresentaram os maiores valores de prevalência. Identificar as síndromes genéticas que mais se associam ao autismo torna-se importante tanto no âmbito da prática clínica, ao permitir diagnosticar a presença do autismo em determinada síndrome genética e vice-versa, quanto no âmbito da pesquisa científica, ao permitir o desenvolvimento de estudos voltados para a busca da etiologia por trás dessas síndromes, que poderia explicar também a etiologia do autismo.

Palavras-chave: Transtorno do espectro autista. Transtorno autístico.

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TEMA: AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTROLE GLICÊMICO EM PACIENTES

DIABÉTICOS TIPO II DE ALTO RISCO

NOME ALUNO (A): ANA CAROLINA GOMES DE CARVALHO

ORIENTADOR (A): PROFA. SIMONE SOUZA DA ROCHA MATOS

RESUMO

OBJETIVOS: Analisar a aquisição de conhecimento e controle glicêmico em pacientes portadores de diabetes tipo 2, considerados de alto risco, antes e depois de um programa de educação utilizando metodologia participativa. METODOLOGIA: Estudo analítico com um braço retrospectivo e outro prospectivo, com 63 pacientes portadores de diabetes tipo 2 matriculados nos grupos do programa educativo Doce Conviver do Centro de Referência em Endocrinologia e Diabetes do Estado da Bahia, durante o período de janeiro de 2015 a junho de 2016. Na coleta de dados utilizou-se o questionário DKN-A para avaliação do conhecimento sobre diabetes antes e depois da intervenção educacional. RESULTADOS: A população caracterizou-se por adultos e idosos, variando entre 28 e 79 anos, com predomínio do sexo feminino (69,8%), pardos (60,3%), com renda mensal de até um salário mínimo (52,5%) e com até o 1º grau completo (52,4%). Todos os participantes apresentavam pelo menos uma complicação clínica ou comorbidade associada ao diabetes, sendo as mais frequentes Hipertensão (87,3%), Dislipidemia (76,2%) e Neuropatia (54%). Quanto ao conhecimento dos pacientes acerca de sua doença, houve aumento significativo (p < 0,001) no escore global médio do conhecimento, além de diminuição no nível de hemoglobina glicada (p=0,029), após a intervenção. Foi encontrado também uma maior relação do aumento do conhecimento com o grau de instrução do paciente, apresentando um p = 0,007. CONCLUSÃO: O presente estudo foi importante, pois evidenciou que a educação participativa é capaz de mudar o comportamento dos pacientes, mesmo aqueles considerados refratários aos protocolos terapêuticos tradicionais. A proposta educativa também evidenciou melhora do controle clínico dos diabéticos, baseado no nível de hemoglobina glicada, além de associar o grau de instrução como dado sociodemográfico de maior significância para o crescimento educacional. Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Educação em Saúde. Conhecimento.

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TEMA: INFLUÊNCIA DE MUTAÇÕES NA p53 NO DESENVOLVIMENTO DA

CICATRIZAÇÃO HIPERTRÓFICA E QUELOIDES: REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): ANA CAROLINA SANTANA RIBEIRO DE OLIVEIRA ORIENTADOR (A): PROF. ROGÉRIO GRIMALDI SAMPAIO

RESUMO

Introdução: O desenvolvimento de cicatrizes hipertróficas e queloides, processos hiperproliferativos da derme, ainda tem sua gênese indefinida apesar dos muitos estudos recentes. Alguns têm tentado relacionar a influência de mutações na proteína p53 com a cicatrização anormal em seres humanos como uma possível causa, tendo em vista seu papel de regulador apoptótico. E, por se tratarem de variações anormais da cicatrização que implicam na estética e capacidade funcional do membro acometido, faz-se relevante conhecer o papel das mutações na proteína como desencadeadoras das lesões para fundamentar estratégias eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Objetivo: Avaliar a influência biomolecular de mutações na proteína p53 na cicatrização hipertrófica e queloide, na pele humana. Metodologia: Seguindo as recomendações do protocolo PRISMA, foi realizada a revisão sistemática da literatura com busca na base de dados eletrônicos do PubMed. Os critérios de inclusão foram: estudos que abordassem a relação entre mutações na p53 e o desenvolvimento da cicatrização hipertrófica e/ou de queloides; publicados nos últimos 20 anos; em inglês ou português. A avaliação da qualidade dos estudos baseou-se na iniciativa STROBE. Resultados: Dos 609 trabalhos identificados nesta revisão sistemática, quatro artigos foram incluídos para análise, resultando na amostra total de 67 participantes. Dentre os quatro artigos selecionados, um não atendeu aos critérios mínimos de qualidade na avaliação metodológica. A prevalência de mutações na proteína p53 encontrada nas amostras de queloides e cicatrizes hipertróficas variou bastante entre os estudos, assim como as características da população estudada. Em contrapartida, os tipos de mutações descritas nas amostras foram semelhantes. Conclusão: Identificou-se uma variedade de relações entre mutações na proteína p53 e o desenvolvimento de queloide e/ou cicatriz hipertrófica, sugerindo que ainda não há um consenso da causalidade entre esses dois mecanismos. Os resultados apenas reforçam a necessidade de maior investigação do potencial mutagênico da p53 em processos dérmicos humanos, tendo em vista a incidência dessas lesões na população geral. Assim, será possível a intervenção terapêutica ou mesmo profilática no desenvolvimento de cicatrizes hipertróficas e queloides. Palavras-chave: Cicatriz hipertrófica. Queloide. Mutação. p53.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA E EXPOSIÇÃO À QUEIMA DE BIOMASSA EM PACIENTES NÃO-TABAGISTAS

NOME ALUNO (A): ANA CECÍLIA BAHIA BOMFIM ORIENTADOR (A): PROF. GUILHARDO FONTES RIBEIRO

RESUMO

Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma síndrome respiratória que tem como característica a obstrução progressiva do fluxo aéreo das vias aéreas inferiores com consequente remodelamento de caráter não totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é geralmente gradativa e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos inalados. Tendo em vista o uso crescente da queima de material orgânico para obtenção de energia, com consequente emissão de gases no meio ambiente, é relevante apresentar a relação do desenvolvimento da DPOC com a exposição à este fator de risco. Objetivo: Estudar a associação entre a exposição à queima de biomassa e o declínio da função pulmonar em pacientes não-tabagistas e portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Metodologia: Este trabalho consiste em uma revisão sistemática de literatura. Através da utilização do formulário PRISMA e dos descritores em saúde “COPD”, “biomass” e “pollution” foi desenvolvida esta revisão com pesquisa nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e PubMed. Os critérios de inclusão do estudo foram: estudos que abordem a incidência de DPOC em população exposta à queima de biomassa; estudos publicados no idioma português, espanhol e inglês; estudos que aplicaram exame espirométrico na população para diagnostico de DPOC; estudos realizados em seres humanos. Foram excluídos da amostra: Estudos realizados com tabagistas; estudos realizados em menores de 18 anos; artigos de revisão: revisão sistemática e meta-análise; estudos sem grupo controle. A qualidade dos artigos foi avaliada pelo formulário STROBE. Resultados: A função pulmonar da amostra analisada apresentou uma média de Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) igual a 67,8 e do índice Capacidade Vital Forçada/VEF1 igual a 46,7; representando declínio notável ao exame. A população estudada foi composta por mulheres de idade avançada, tendo como média 68 anos. O sintoma mais prevalente dos estudos foi apontado como a dispneia, e em seguida a tosse; constituindo um reflexo da obstrução contínua das vias aéreas. Conclusão: A partir da análise entre artigos presentes nesta revisão sistemática, pôde-se observar que a exposição prolongada à fumaça proveniente da queima de biomassa se compõe como um importante fator desencadeador de declínio na função pulmonar em não-fumantes. Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Filtros Biológicos. Poluentes do ar. Espirometria

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TEMA: PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES COM HIPERTIREOIDISMO QUE NECESSITARAM TRATAMENTO COM IODO RADIOATIVO ATENDIDOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA EM ENDOCRINOLOGIA. SALVADOR-BAHIA, 2012-2016 NOME ALUNO (A): ANDERSON FLÔRES DE OLIVEIRA ORIENTADOR (A): PROFA. CAROLINE BULCÃO SOUZA

RESUMO

Introdução: O hipertireoidismo é uma condição clínica na qual o paciente possui uma alta taxa de hormônio tireoidiano no organismo. As drogas comumente usadas no tratamento do hipertireoidismo são o metimazol e propiltiuracil. Nem todos os pacientes atingem o eutireoidismo com as essas drogas, necessitando assim de outros tratamentos como o radioiodo. Objetivos: Realizar um estudo piloto para traçar o perfil clínico dos pacientes com hipertireoidismo que necessitaram de tratamento com iodo radioativo em um ambulatório dentro de um Centro de Referência em Salvador-Bahia. 2012-2016. Metodologia: Revisão de prontuário de 40 pacientes com hipertireoidismo que necessitaram de tratamento com iodo radioativo. Os dados foram tabulados e colocados em um banco de dados no Excel. Resultados: Da totalidade pacientes acometidos por hipertireoidismo, 36 (90%) eram do sexo feminino e quatro (10%) do masculino. A doença de Graves foi a etiologia do hipertireoidismo mais comum no presente estudo, com 72,5% dos pacientes acometidos, seguida por bócio multinodular tóxico e pela doença de Plummer com 20% e 7,5% respectivamente. Somente dois pacientes (5%) foram acometidos por oftalmopatia de Graves no estudo. A mediana dos valores hormonais, ao diagnóstico, foi: para TSH 0,01 (0,0002-0,07), T4L 4,99 (0,91-37,1)e T3 de 291,5 (98-616). A droga mais utilizada para o tratamento inicial clínico foi o Metimazol, e o uso de betabloqueador foi confirmado em 45% dos pacientes. A média de tempo do tratamento clínico até encaminhar para o iodo radioativo foi de 30,57 meses, e a dose média de radioiodo utilizada foi de 14,53 (+6,9). A totalidade dos pacientes submetidos ao tratamento com ¹³¹I evoluiu para hipotireoidismo. Conclusão: a melhor caracterização desta população acometida por hipertireoidismo e que necessitou de tratamento com iodo radioativo, pode nos ajudar a realizar uma identificação precoce do mais adequado tratamento disponível desde o momento do diagnóstico. Palavras-chave: Hipertireoidismo, Iodo Radioativo, Tireoide.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DA BAHIA

DURANTE O PERÍODO DE 2001 A 2015

NOME ALUNO (A): ANDRÉ CHAVES RIBEIRO ORIENTADOR (A): PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

RESUMO

Ribeiro AC. Perfil epidemiológico da hanseníase no estado da Bahia durante o período de 2001 a 2015 [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017. Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa negligenciada que, quando diagnosticada tardiamente, causa incapacidades físicas. Ainda hoje ela figura como importante problema de saúde pública no Brasil, segundo país com maior número absoluto de casos. Apesar dos esforços nacionais em controlar a doença, a taxa de detecção da enfermidade é elevada, especialmente em regiões com precárias condições de vida, como é o caso de algumas áreas do estado da Bahia. Assim, conhecer o perfil epidemiológico da hanseníase na Bahia é importante para subsidiar a definição de estratégias de contenção da doença pelos serviços de saúde. Objetivo: Descrever as características dos pacientes com hanseníase na Bahia durante o período de 2001 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal, com dados secundários agregados, obtidos a partir da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisados os casos notificados de hanseníase no período de 2001 a 2015 por ano da notificação, macrorregião de saúde de residência, faixa etária, escolaridade, raça/cor, sexo, forma clínica, classe operacional de notificação, grau de incapacidade de notificação e tipo de saída. O processamento e a análise dos dados foram a partir dos softwares TabWin (DATASUS) e Excel (Microsoft®). Os dados foram apresentados em números absolutos e relativos e agregados através do cálculo de indicadores. Para a apresentação dos dados utilizou-se recursos gráficos e tabulares. Resultados: Foram notificados 49.498 casos de hanseníase na Bahia durante o período do estudo. As regiões com maior notificação proporcional de casos foram a Leste (18,92%) e a Norte (18,45%), porém as maiores taxas de detecção na série histórica ocorreram nas regiões Oeste, Norte e Extremo Sul. Essas mesmas macrorregiões foram as que obtiveram maiores coeficientes de casos novos diagnosticados com grau II de incapacidade. As notificações foram proporcionalmente maiores no sexo masculino (50,97%), em pardos (52,65%), em indivíduos com ensino fundamental incompleto (45,80%), com forma dimorfa (25,59%), classificação multibacilar (54,23%), ausência de incapacidade ou grau 0 (62,59%), na faixa etária de 20-34 anos (26,28%) e a maioria dos pacientes teve alta por cura (78,87%). Conclusão: O presente estudo levanta algumas fragilidades na contenção da hanseníase no estado da Bahia. A taxa de detecção da doença é elevada, o diagnóstico é tardio e a taxa de cura encontra-se abaixo da meta nacional. Assim, ficou evidente a necessidade de envidar esforços para melhoria dos serviços e a capacitação das equipes nas regiões prioritárias do estado. Palavras-chave: Hanseníase. Epidemiologia. Dermatologia. Bahia.

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TEMA: IMPORTÂNCIA DA TUBERCULOSE NO COMPROMETIMENTO NEUROLÓGICO NA INFECÇÃO PELO HTLV-1

NOME ALUNO (A): ANDRESSA DOS REIS SALES

ORIENTADOR (A): PROF. EDGAR MARCELINO CARVALHO FILHO

RESUMO

Introdução: A infecção pelo vírus linfotrópico humano tipo 1 (HTLV-1) está relacionada a uma maior predisposição à infecção tuberculosa, em contrapartida essa co-infecção está relacionada a uma maior taxa de incidência da mielopatia associada ao HTLV-1 ou paraparesia espástica tropical (MAH/PET). Entretanto, nenhum estudo anterior determinou como a tuberculose influencia na MAH/PET. Objetivo: Elucidar se a coinfecção HTLV-1 e tuberculose predispõe a uma maior gravidade da mielopatia e predispõe o aparecimento da MAH/PET. Método: Foram descritos todos os pacientes do ambulatório que tinham o diagnóstico de HTLV-1 confirmado pelo Western-Blot e diagnóstico de HAM/TSP pelo neurologista e que aceitaram participar do estudo. Os pacientes foram classificados em com tuberculose (aqueles com passado de tuberculose confirmado pela presença de bacilos álcool-ácido resistentes na baciloscopia), tuberculose latente (aqueles que negaram história clinica pregressa de tuberculose e apresentavam PPD reator) e sem tuberculose (pacientes sem passado de tuberculose e PPD não reator). A comparação da gravidade da mielopatia foi realizada através das escalas ODMS (escala de Osame para disfunção motora) e EDSS (escala expandida do estado de incapacidade de Kurtzke) e contou com 38 pacientes, as escalas foram analisadas em três períodos, o do diagnóstico de MAH/PET, o período atual e o intermediário a estes dois, a comparação entre a primeira e última avaliação das escalas em um mesmo grupo foi realizada através do teste de Wilcoxon e a comparação da escala final entre os grupos foi realizada através do teste Mann Whitney Signed Ranks. Com o objetivo de determinar se a tuberculose influenciava no aparecimento da mielopatia 7 pacientes com passado clinico de tuberculose foram interrogados sobre os sintomas neurológicos e urológicos que apresentavam antes e após o diagnóstico de tuberculose, a frequência dos sintomas nos dois momentos foi comparada com o teste Mann Witney Signed Ranks e o período entre a infecção pelo Micobacterium tuberculosis e o aparecimento dos sintomas neurológicos foi descrita através da mediana e intervalo interquartil. Resultados:A escala ODMS apresentou a mesma gravidade final nos grupos com tuberculose e sem tuberculose. A escala EDSS aumentou entre a avaliação inicial e final no grupo com tuberculose (de 3 para 6) e diminuiu no grupo sem tuberculose (de 6 para 4), entretanto a comparação entre esses grupos não foi significante, p = 0,14. O diagnóstico de tuberculose antecedeu o de MAH/PET em 100% dos pacientes, p = 0,01, 71,4% dos pacientes somente passaram a apresentar sintomas neurológicos e urológicos após a tuberculose (p = 0,05). Conclusão: A tuberculose não está associada à maior gravidade da MAH/PET. A tuberculose predispõe o aparecimento da MAH/PET Palavras-chave: HTLV-1, tuberculose, mielopatia, MAH/PET, EDSS, ODMS.

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TEMA: FREQUÊNCIA DE NEOPLASIA GÁSTRICA NA CIDADE DE SALVADOR NO PERÍODO DE 2011 A 2012: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DADOS DO DATASUS E SERVIÇO DE REFERÊNCIA AO ATENDIMENTO PRIVADO

NOME ALUNO (A): ANNA PAULA BRITO DE ANDRADE E SOUZA ORIENTADOR (A): PROFA. LOURIANNE NASCIMENTO CAVALCANTE.

RESUMO

Souza APBA. Frequência de Neoplasia Gástrica Na Cidade de Salvador no Período de 2011 a 2012: Estudo comparativo entre dados do DATASUS e serviço de referência ao atendimento privado [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017. INTRODUÇÃO: A neoplasia gástrica é a segunda neoplasia mais frequente no mundo, gerando grande morbidade. OBJETIVO: Avaliar a frequência do diagnóstico de neoplasia gástrica na população de Salvador-BA procedente de um hospital de referência da rede privada e por meio de dados obtidos do DATASUS. METODOLOGIA: O estudo do tipo corte transversal, retrospectivo, realizado por coleta de dados no Hospital São Rafael e DATASUS, em Salvador-BA. No hospital São Rafael, pacientes submetidos a exame de endoscopia digestiva alta, por qualquer motivo, e que obtiveram no laudo da endoscopia lesões suspeitas de neoplasia gástrica no período de 01 janeiro de 2011 a 31 dezembro de 2012, foram inicialmente incluídos no estudo. Posteriormente, foram excluídos todos os que não realizaram biópsias na endoscopia. Foram realizadas análises de prontuários, de laudos endoscópicos e anatomopatológicos. Dados também foram obtidos do DATASUS incluindo diagnósticos de Neoplasia Gástrica notificados nos anos de 2011 e 2012. RESULTADOS: No serviço de referência ao atendimento privado, foi analisado um total de 10.836 endoscopias nos anos de 2011 e 2012, sendo encontradas 1290 (11,9%) lesões suspeitas de neoplasia gástrica. A análise patológica revelou 20 de casos de câncer, representando 1,6% dos pacientes com lesões suspeitas e 0,18% daqueles submetidos a endoscopia digestiva alta. Desses 20 pacientes, 10 (50,00%) foram submetidos a tratamento cirúrgico, com confirmação do achado neoplásico pelo exame histopatológico das peças cirúrgicas, sendo o adenocarcinoma, o tipo histológico mais frequente. O total de registros de neoplasias gástricas através do DATASUS foi de 1008 casos, não sendo possível calcular a incidência por falta de dados da população total avaliada no DATASUS. Tanto o DATASUS quanto o serviço de referência, apresentaram o sexo masculino com a maior frequência do diagnóstico de neoplasia gástrica: 55,36% e 65,00%, respectivamente. No hospital referenciado ao atendimento privado, houve predomínio dos homens com diagnóstico de neoplasia (p = 0,008, IC 95% 1,36 – 8,4) e risco 3,4 vezes maior em relação as mulheres. Em referência a faixa etária, foi observado que tanto no DATASUS quanto no serviço de referência houve maior proporção de casos entre 50-59 anos (25,00% e 24,21%) e 60-69 (25% e 27,18%) anos. No hospital de referência ao atendimento privado, houve associação estatisticamente significante entre presença de neoplasia e localização no antro (p <0,0001), porém não foi encontrada associação com infecção por Helicobacter pylori, a despeito da presença da bactéria em 70% dos 20 pacientes com achado de neoplasia gástrica. CONCLUSÃO: A comparação entre o número proporcional de lesões suspeitas e confirmadas de neoplasia gástrica em hospital referenciado ao atendimento privado e casos de neoplasia notificados no SIH-SUS é significativa e estima a importância da frequência da neoplasia gástrica na nossa população. Neste estudo, a neoplasia gástrica foi mais frequente entre indivíduos do sexo masculino, com idade >50 anos em ambas populações, notando-se, também, a relevante proporção de infecção por H. pylori, concordando com dados da literatura. O adenocarcinoma foi o tipo histológico mais frequente, chamando atenção que a maioria dos pacientes já apresentava lesão avançada ao diagnóstico, limitando as possibilidades terapêuticas curativas. Palavras-chave: Neoplasia gástrica. Endoscopia. Helicobacter pylori.

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TEMA: QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA SUBMETIDOS À ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): ANTONIO COSME FRANCA CONRADO SANTANA

ORIENTADOR (A): PROFA. CRISTINA AIRES BRASIL

CO-ORIENTADOR: DR. EUTÍMIO AIRES BRASIL

RESUMO

Introdução: A insuficiência venosa crônica (IVC) é uma doença comum na prática clínica, de baixa mortalidade, definida como uma disfunção no sistema venoso decorrente da hipertensão venosa, a qual é causada por incompetência valvular e/ou obstrução venosa. Portadores dessa condição apresentam, geralmente, edema depressível, sensação de peso e dor nos MMII, principalmente, no final do dia. As úlceras são outras manifestações encontradas nessa patologia de morbidade importante e que leva a uma piora da qualidade de vida do indivíduo. O diagnóstico é essencialmente clínico, porém exames complementares, como o duplex scan, podem ser utilizados para confirmação. A escleroterapia com espuma densa vem ganhando relevância no manejo desta patologia, nos últimos anos, como uma forma alternativa ao tratamento cirúrgico convencional, devido, principalmente, ao relativo melhor custo-benefício, por ser mais simples e menos invasiva. Objetivo: avaliar a qualidade de vida em pacientes com IVC submetidos ao tratamento por escleroterapia com espuma. Avaliar a resposta clínica ou melhora dos sinais e sintomas do tratamento por escleroterapia com espuma. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática de literatura, fundamentada em pesquisa de artigos nas bases de dados eletrônicos: Lilacs, Pubmed e Scielo. Resultados: houve melhora da qualidade de vida após o tratamento com espuma em quatro dos cinco estudos avaliados, sem diferença significativa quando comparado aos outros métodos de tratamento. A resposta clínica ao tratamento foi satisfatória. Conclusão: A escleroterapia com espuma melhora a qualidade de vida de pacientes portadores de IVC. Houve melhora dos principais sinais e sintomas após tratamento com espuma densa. Palavras-chave: Insuficiência venosa crônica. Qualidade de vida. Escleroterapia. Escleroterapia com espuma. Revisão sistemática.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO NOS

ESTUDANTES DE MEDICINA

NOME ALUNO (A): ARISTIDES MACHADO SOUZA

ORIENTADOR (A): PROFA. CAROLINE ALVES FEITOSA

RESUMO

INTRODUÇÃO: Estudos recentes indicam elevada prevalência de problemas de saúde mental

entre estudantes universitários. Visto que esse problema acarreta potencialmente em diminuição

do rendimento acadêmico e profissional, faz-se necessária uma avaliação da magnitude do

fenômeno e dos possíveis fatores de risco associados, contribuindo potencialmente para a

elaboração de estratégias voltadas para a promoção da saúde mental dos discentes. O estudo

teve como objetivo estimar a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão entre os

estudantes de medicina de uma instituição privada da cidade de Salvador - BA.

METODOLOGIA: Estudo transversal compreendendo 385 estudantes no curso de medicina da

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, durante o semestre de 2017.1, que responderam o

questionário online disponibilizado no E-mail institucional. Os questionários utilizados foram:

WHO-QOL (avaliação da qualidade de vida); e HAD (investigação dos níveis de ansiedade e

depressão).

RESULTADOS: O estudo encontrou uma frequência de 51,3% de sintomas ansiosos e 25,3%

sintomas depressivos. Cerca de 70% dos estudantes reportaram níveis regulares ou ruins de

qualidade de vida. Os principais fatores associados aos sintomas de ansiedade foram: tabagismo

(OR:3,2, p:0,045); Uso de drogas psicotrópicas (OR:2,4, p:0,015); Diagnóstico psiquiátrico prévio

(OR:3,28, p<0,001); todos os domínios de qualidade de vida (OR:4,89, p<0,001). Os sintomas de

depressão associaram-se a todos esses fatores e também ao sexo feminino (OR:1,92, p:0,02).

CONCLUSÕES: Dada a elevada frequência de sintomas de ansiedade e depressão entre os

estudantes, torna-se necessária a formulação e intensificação das estratégias voltadas para

melhoria da saúde mental dos discentes. Além disso, recomenda-se que os aspectos relacionados

à qualidade de vida sejam trabalhados visando a melhoria da saúde dos futuros profissionais

médicos.

Palavras-chave: ansiedade; depressão; saúde mental; discentes; estudantes de medicina.

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TEMA: IMPACTO DA SEPSE NO TEMPO DE PERMANÊNCIA EM UTI DE PACIENTES

COM LESÃO RENAL AGUDA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): BRUNA CAROLINA SILVA VIEIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. CONSTANÇA MARGARIDA SAMPAIO CRUZ

RESUMO

A associação entre LRA e sepse tem uma alta taxa de incidência em pacientes criticamente enfermos. Existem evidências científicas que mostram que tanto a sepse quando a LRA são preditores do longo tempo de permanência em UTI. O objetivo deste estudo é, através de revisão sistemática (RS), confrontar o tempo de permanência de paciente com LRA séptica e LRA não-séptica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foram realizadas buscas em bases de dados como MEDLINE/ PubMed, Embase, The Cochrane Library, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), além da busca manual, e selecionados estudos observacionais em seres humanos da literatura inglesa, publicados nos últimos dez anos que avaliaram pacientes adultos (> ou = 18 anos) com LRA, associada ou não a sepse, internados em UTI e que relatam o tempo de permanência em UTI dessa população. Trabalhos com vieses metodológicos explícitos foram excluídos. A amostra final foi composta de 3 artigos. Os trabalhos revelaram que a sepse aumentou o tempo de permanência em UTI de pacientes com LRA. Em um dos artigos, a mediana do tempo de permanência em UTI nos pacientes com LRA séptica foi de 10 dias e com LRA não séptica 9.5 dias. Em outro, a mediana do tempo de permanência em UTI nos pacientes com LRA séptica foi de 16 dias e com LRA não séptica 9 dias. No terceiro, no subgrupo dos sobreviventes, mediana do tempo de permanência em UTI nos pacientes com LRA séptica foi de 3.8 dias e com LRA não séptica 2.8 dias. No subgrupo dos pacientes que não sobreviveram, a mediana do tempo de permanência em UTI de LRA séptica foi de 3.9 dias e com LRA não séptica 3.7 dias. Portanto, o presente estudo concluiu que a presença da sepse aumenta o tempo de permanência em UTI de pacientes com LRA e que q LRA séptica é um importante preditor de morbimortalidade para pacientes gravemente enfermos. Palavras-Chave: Lesão Renal Aguda. Sepse. Tempo de Internação. Unidade de Terapia Intensiva

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR SEPSE NEONATAL EM SALVADOR, BAHIA, NO PERÍODO DE 2000 A 2014. NOME ALUNO (A): CAMILA ROCHA RENZZO

ORIENTADOR (A): PROFA. ANA PAULA DE SOUZA LOBO MACHADO

RESUMO

Introdução: A sepse neonatal é uma síndrome clínica caracterizada por sinais sistêmicos de infecção acompanhada por bacteremia no primeiro mês de vida, sendo uma patologia grave que, se não diagnosticada e tratada precoce e adequadamente, pode evoluir para o óbito. O diagnóstico de sepse neonatal é difícil porque não há teste diagnóstico definitivo e, em recém-nascidos, os sinais iniciais de sepse podem ser inespecíficos ou mínimos, corroborando com altos índices de mortalidade, visto a capacidade de evolução para formas graves e letais. Dessa forma, é fundamental identificar os principais fatores de risco para mortalidade de recém-nascidos por sepse neonatal susceptíveis na população estudada, avaliando fatores maternos e neonatais que possam influenciar significativamente. Objetivo: Descrever a taxa de mortalidade de recém-nascidos por sepse neonatal em Salvador no período de 2000 a 2014. Metodologia: O estudo tem uma abordagem descritiva, realizado por meio de um estudo ecológico com dados secundários extraídos do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde referente a população de Salvador, Bahia. Resultados: Na análise de tendência temporal da taxa de mortalidade houve redução significativa, sendo perfil dos óbitos relacionado ao nível de escolaridade da mãe, tipo de gravidez, duração da gestação, peso ao nascer, sexo, idade da mãe e o tipo de parto. O perfil predominante da população avaliada foi composto por mães em idade fértil, alfabetizadas de maneira incompleta, que tiveram gestação única, com idade gestacional entre 28 e 31 semanas, prematuros do sexo masculino, que nasceram com peso inferior a 1.000g. Conclusão: Observou-se uma redução na taxa de mortalidade por sepse neonatal podendo esse fato ser atribuído ao avanço tecnológico e no ramo das pesquisas buscando preservar, com qualidade, a saúde materna e do recém-nascido, sendo fundamental a manutenção desse perfil, dando ênfase à melhor abordagem da gestante e do bebê. Do mesmo modo, faz-se necessário aumentar o nível de escolaridade populacional, aproximando a sociedade do conhecimento preventivo. No geral, adotar medidas básicas que visam reduzir a mortalidade infantil e materna. Palavras-chave: Sepse, Mortalidade infantil, Morte perinatal, Perfil de saúde.

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TEMA: EVENTOS INFECCIOSOS EM LACTENTES E PRÉ-ESCOLARES COM DOENÇA FALCIFORME ACOMPANHADOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM TRIAGEM NEONATAL DA BAHIA NOME ALUNO (A): CAMILLA PIMENTEL RABELO DE SOUZA

ORIENTADOR (A): PROF. NEY BOA SORTE

RESUMO

SOUZA, Camilla. Eventos infecciosos em lactentes e pré-escolares com doença falciforme acompanhados em um Serviço de Referência em Triagem Neonatal da Bahia. 2017. Medicina – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador – Bahia.

Introdução: A doença falciforme (DF) corresponde a patologia hematológica monogênica de maior prevalência no mundo. A mortalidade associada a esta doença em menores de cinco anos se deve, principalmente, por quadros de sequestro esplênico, anemia aguda por crise hemolítica e infecções. Objetivo: Caracterizar os eventos infecciosos ocorridos em lactentes e pré-escolares com diagnóstico precoce de doença falciforme obtido na triagem neonatal. Metodologia: coorte retrospectiva aberta, com 506 crianças com diagnóstico de anemia falciforme (SS) ou hemoglobinopatia SC (SC), nascidas entre Janeiro de 2002 e Junho de 2011, cujo diagnóstico foi obtido pela triagem neonatal. Foram consideradas as consultas realizadas até a idade de 60 meses. As infecções foram classificadas por sítio da infecção ou como “infecções sem sítio específico”, quando este não pode ser determinado. Resultados: Dos 506 pacientes estudados, 280 (55,3%) tinham hemoglobinopatia SS, 258 (51%) eram do sexo feminino e 289 (57,1%) tiveram infecção registrada. Os eventos infecciosos corresponderam a 44,2% (1034 eventos) dos 2340 eventos registrados. Destes, a maioria (67,4%; 697/1034) teve o sítio da infecção descrito, sendo o trato respiratório baixo (51,6%) e alto (19,2%) os mais frequentes. Houve uma maior frequência de eventos infecciosos entre as crianças com hemoglobinopatia SS (p<0,001). Em especial para o trato respiratório inferior e a sepse, essas relações foram, respectivamente, de 2,8 e 5,0 vezes maiores em relação as crianças SC. Conclusão: Eventos infecciosos são muito incidentes em crianças com doença falciforme, sendo mais frequentes naquelas com hemoglobinopatia SS e afetando, principalmente, o trato respiratório inferior.

Palavras-chave: Anemia Falciforme. Doença da Hemoglobina SC. Infecções. Estudos de

Coortes.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA BAHIA NO

PERIODO DE 2005 A 2016

NOME ALUNO (A): CAROL PRATES FONSECA

ORIENTADOR (A): PROFA. ALCINA ANDRADE

RESUMO

Introdução: A Leishmaniose visceral (LV) é uma doença crônica e sistêmica, caracterizada por afetar desproporcionalmente as comunidades mais pobres em países endêmicos. O Brasil tem registrado 90% dos casos em toda a América Latina e o estado da Bahia é um dos mais acometidos, com prevalência de 43,23%. Apesar de ser uma zoonose que predomina em áreas rurais, atualmente está em franco processo de urbanização. Com o intuito de conhecer a magnitude da doença, é de fundamental importância descrever o perfil epidemiológico da patologia, a fim de se atentar aos perfis de risco multivariados e dessa forma, tentar auxiliar no diagnóstico precoce e planejamento de medidas de prevenção e controle. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da Leishmaniose Visceral na Bahia no período de 2006 a 2015. Metodologia: estudo observacional descritivo de série temporal com dados secundários obtidos a partir da base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação/SINAN acessada através do Portal de Vigilância da Saúde no endereço eletrônico www.suvisa.ba.gov.br. As variáveis do estudo

foram: sexo, faixa etária, macrorregião de residência, mês de início dos sintomas, escolaridade, co-infecção com HIV, diagnostico parasitológico e imunológico IFI e classificação final. Os dados foram analisados de forma descritiva, utilizando-se números absolutos e relativos. Foi calculado coeficiente de incidência da Leishmaniose Visceral por ano, por macrorregião de residência, por sexo e por faixa etária. Os dados foram apresentados em tabelas e gráficos. O SPSS foi utilizado para realização da regressão linear a fim de avaliar a tendência do coeficiente de incidência e de mortalidade calculando-se os respectivos R2, β e p-valor. Considerou-se valores de p< 0,05 como estatisticamente significantes. Resultados: Durante o período do estudo foram notificados 5.438 casos de LV na Bahia, a maior parte residia na macrorregião Centro Norte (22,97%) e Centro Leste (22,71%). Dentre os métodos diagnósticos observou-se que 47,77% dos casos não realizaram o estudo de imunoflorescencia e 67,28% o parasitológico. Foram encontrados 1,6% dos pacientes com HIV associado a LV. A maior frequência de casos foi encontrada em pacientes de baixa escolaridade (32,83% não concluíram o ensino médio), do sexo masculino (59,62%) e na faixa etária entre 01 a 4 anos de idade (29,82%). Em relação ao mês do início dos sintomas encontrou-se aumento do número de casos no mês de janeiro. Foi observado forte correlação entre o tempo e o coeficiente de incidência da LV, mostrando regressão linear positiva, ou seja, o número de casos de LV aumenta com o tempo. Por fim 63,68% dos casos de LV na Bahia foram confirmados. Conclusão: A Leishmaniose Visceral é uma doença grave, crônica e endêmica na Bahia, que se mostrou intrinsecamente relacionada com condições socioeconômicas, culturais e nutricionais, condições estas precárias em diversas áreas do estado. No entanto, observou-se que, apesar de possuir elevada incidência e de se apresentar em expansão a LV ainda se encontra essencialmente negligenciada. A partir desse foi possível identificar as aéreas mais acometidas e os perfis mais vulneráveis para a patologia, o que pode auxiliar o Sistema Único de Saúde no desenvolvimento de medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento mais eficazes para a LV. Palavras-chave: Leishmaniose Visceral. Perfil sociodemográfico. Bahia.

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TEMA: EFEITO DO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR EM DESFECHOS DE PACIENTES COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

NOME ALUNO (A): CAROLINA DE DEUS LEITE

ORIENTADOR (A): PROF. GILSON SOARES FEITOSA-FILHO

RESUMO

Leite CD. Efeito do processo de Acreditação Hospitalar em desfechos de pacientes com Síndrome Coronariana Aguda [trabalho de conclusão de curso]. Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia; 2017. INTRODUÇÃO: A acreditação hospitalar possui como objetivo a padronização dos cuidados aos pacientes, visando melhoria de sua qualidade. Em dezembro de 2015, um hospital de referência em Cardiologia esteve sob processo de avaliação e obteve nível 3 ONA (excelência) na linha de cuidados com pacientes com Síndrome Coronária Aguda (SCA). OBJETIVO: Comparar mortalidade hospitalar e desfechos clínicos (reinfarto, parada cardiorrespiratória -PCR e choque cardiogênico), tempos de internação em UCO (T UCO) e hospitalar (T Hosp) de pacientes com SCA antes e após a acreditação ONA 3. MÉTODOS: Registro prospectivo e sistemático de pacientes internados com SCA em unidade coronariana de um hospital de referência em cardiologia de Fevereiro de 2015 a Agosto de 2016, contabilizando 186 pacientes no período pré-acreditação (período 1) e 186 pacientes no período pós-acreditação (período 2). Foram feitas as análises descritivas dos resultados e para análise estatística foram utilizados os testes de Mann-Whitney, Qui-Quadrado e Teste Exato de Fisher. RESULTADOS: Foram atendidos um total de 372 pacientes com SCA, sendo 186 no período 1, dos quais 47 (25,3%) com Supra-ST (SCACSST) e 186 pacientes no período 2, dos quais 70 (37,6%) com Supra-ST. A média de idade foi de 65,9 anos (±12,2). Quanto ao tempo de internação na UCO, houve uma redução de 3 dias no período 1 (IIQ:2-4) para 2,5 dias no período 2 (IIQ: 2-4), apresentando p=0,088. Em relação ao tempo de internação hospitalar, também foi verificada uma redução de 8 dias no período 1 (IIQ: 5-12,25) para 6 dias no período 2 (IIQ:4-11) – p=0,004. Nas análises se tipos de SCA, houve redução significativa somente no tempo de internação hospitalar dos pacientes com SCA sem supra de ST (SCASSST): de 8 para 6 dias (p=0,001). Nos demais, a mediana do T UCO se manteve na SCASSST (3 dias; p=0,427) e diminuiu na SCACSST (3 para 2 dias, p=0,052). Sobre o T Hosp, também houve tendência de redução na SCACSST (8 para 7 dias, p=0,734). Os pacientes do período 2 tiveram uma tendência de redução da mortalidade (de 14 para 12 casos) e de choque cardiogênico (de 8 para 6 casos; p=0,684 e 0,586, respectivamente) e um aumento do número de casos de reinfarto (de 5 para 11 casos; p=0,125) e PCR de qualquer tipo (de 14 para 15 casos; p=0,847). Ainda, houve um aumento do número de desfechos combinados (Reinfarto, PCR, choque cardiogênico e óbito) – de 20 para 24 casos; p=0,521. CONCLUSÃO: Após processo de acreditação ONA 3, houve tendência de redução dos tempos de internação na UCO e Hospitalar, mostrando redução do tempo hospitalar na amostra geral e de pacientes com SCASSST. Ainda, houve tendência de redução de uma parte dos desfechos clínicos analisados, porém sem relevância estatística. Palavras-Chave: Acreditação. Hospitalar. Síndrome. Coronariana. Aguda. Organização. Nacional. De. Acreditação. Unidade. Coronariana.

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TEMA: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE PACIENTES COM PÉ DIABÉTICO TRATADOS CLINICAMENTE EM SALVADOR- BA DE 2008 A 2015 NOME ALUNO (A): CLARA NASCIMENTO PASSOS SILVA ORIENTADOR (A): PROF. LEONARDO CORTIZO DE ALMEIDA CO- ORIENTADOR: CRISTINA AIRES BRASIL

RESUMO

Referência: SILVA, Clara Nascimento Passos. Análise epidemiológica de pacientes com pé diabético tratados clinicamente em Salvador-BA de 2008 a 2015. Trabalho de conclusão de curso de Medicina – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia, 2017. O pé diabético pode ser definido como um conjunto de alterações nas quais isquemia, neuropatia e infecção levam a alteração tecidual e úlceras, podendo chegar a amputação. No Brasil, o elevado número de casos, associado ao baixo poder diagnóstico no Sistema Único de Saúde, elevam os custos, aumento o período de internação e aumentam a morbimortalidade da doença. O objetivo desse trabalho é caracterizar epidemiologicamente o tratamento do pé diabético em Salvador-BA, para que possam ser desenvolvidas estratégias de melhoria da qualidade de saúde e atendimento ao portador de diabetes melitus. Os dados foram coletados do banco de dados DATASUS, no período de 2008 a 2015. Os resultados encontrados foram um aumento na taxa de internação nos últimos anos, sabendo que o pé diabético apresenta uma média elevada de dias de internação, aumentando também os custos médio por internação, chegando a 1055,84 reais, maior valor nos últimos 8 anos. Além de elevada taxa de mortalidade e crescente numero de óbitos, sabendo que em países em desenvolvimento essa taxa chega a 50% após 3 anos de cirurgia de amputação. O resultado da pesquisa corrobora com as informações encontradas nas escassas pesquisas nacionais sobre o assunto, mostrando a importância de políticas públicas voltadas para pacientes portadores da diabetes e suas complicações.

Palavras-chave: Diabetes melitus. Amputação. Saúde pública.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR TRANSTORNOS PSICÓTICOS NO MUNICÍPIO DE SALVADOR NO PERÍODO DE 2008 A 2016 NOME ALUNO (A): CLÁUDIO NEVES SILVA DOMINGUES ORIENTADOR (A): PROF. ESDRAS CABUS MOREIRA.

RESUMO

Domingues, CNS. Prevalência de Internações Hospitalares por Transtornos Psicóticos no Município de Salvador no Período de 2008 a 2016 [Monografia]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; 2017.

Os transtornos psicóticos, tendo a esquizofrenia como a doença principal pertencente a esse grupo, prejudicam a qualidade de vida de um indivíduo adulto decorrente do prejuízo de funções mentais importantes para o bom funcionamento cerebral. Por se tratar de uma doença crônica e incapacitante, o presente estudo visa analisar a prevalência hospitalar conforme o sexo e o custo desses transtornos na população de Salvador entre 2008 a 2016. Assim, foi realizado um estudo descritivo observacional com dados agregados e secundários de uma série temporal disponibilizados pelo sistema de informações hospitalares do sistema único de saúde (SIH-SUS) em sua plataforma eletrônica DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, associado a dados populacionais disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE. Por meio deste estudo obteve-se um total de 11.479 internações no período (2008-2016), sendo 8.127 masculinas, 3.352 femininas e uma redução geral do número de internações de 60,3% no período citado. Os mais recentes dados indicam que no ano de 2016 houve uma prevalência de 2,8 internações para cada 100 mil habitantes, no sexo masculino uma taxa de 3,7 para cada 100 mil e no feminino 2,1 para cada 100 mil soteropolitanas. O montante total gasto no período foi de R$20.651.459,36, sendo R$13.331.744,63 gastos para o sexo masculino e R$7.319.714,73 para o feminino e obteve-se uma redução de 71,71% nos gastos totais em 2016. Portanto, através da análise desses dados, chegou-se à conclusão de que houve uma diminuição da prevalência e dos gastos relacionados a internações hospitalares por algum transtorno psicótico em Salvador, simultaneamente ao intervalo, houve um aumento no número de redes de atendimento alternativo no País, resultante da reforma psiquiátrica, e um maior financiamento desses serviços pelo governo federal, decorrente da mudança do raciocínio terapêutico em favor da desinstitucionalização dos doentes mentais em extenso histórico de internação hospitalar. Palavras-chave: Transtornos Psicóticos. Esquizofrenia. Reforma dos Serviços de Saúde. Epidemiologia.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR ASMA NA REGIÃO

NORDESTE DO BRASIL, 2010 A 2016

NOME ALUNO (A): DANIEL PAZOS PINTO ORIENTADOR (A): PROFA. CAROLINA BITTENCOURT MOURA DE ALMEIDA

RESUMO

Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade (HR) das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. Visto o exposto, este estudo apresentou como objetivo primário o de analisar o perfil epidemiológico das internações por Asma no Sistema Único de Saúde na Região Nordeste do Brasil no período de 2010 a 2016 e como objetivos secundários descrever a distribuição dos casos segundo faixa etária e sexo e descrever a tendência temporal dos casos por Estado. Quanto a metodologia utilizada trata-se de um estudo descritivo de série temporal utilizando dados secundários agregados. O estudo abrange a região Nordeste do Brasil, onde a mesma é constituída por 9 estados, sendo eles Bahia (BA), Pernambuco (PE), Alagoas (AL), Sergipe (SE), Rio Grande do Norte (RN), Ceará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Piauí (PI), e possui uma área de 1.554.291,607 km2 no total. Para obter dados mais fidedignos sobre as internações hospitalares, optou-se por realizar a coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) informações estas que estão disponíveis na base de dados do DATASUS do Ministério da Saúde. As variáveis utilizadas foram: faixa etária (0 a 9 anos, 10 a 19, 20-39 anos, 40-59 anos, 60-79 anos e 80 + anos) e sexo (feminino e masculino). Para as variáveis quantitativas, foram analisadas segundo a média com desvio padrão. Para as qualitativas a distribuição percentual. Para verificação da tendência temporal utilizou-se a regressão linear simples. As análises foram feitas no programa Microsoft ® Excel ® 2016 MSO Versão 16.0.6741.2048 e no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 21). Os dados foram apresentados sob a forma de tabelas e gráficos. No estudo, foi observada uma redução do número total de internações por asma em todos os estados da região Nordeste, um maior número de casos na faixa etária 0-9 anos bem como maior número global de casos do sexo feminino. Com base nos resultados disponibilizados neste estudo, foi possível identificar que a asma ainda é uma doença que gera um grande fardo total para o Sistema Único de Saúde no Brasil, pois, o número de internações provocadas pelas exacerbações da doença, associadas ou não as comorbidades que a mesma oferece, apesar de apresentar diminuição nos últimos anos, continua extremamente alto. Levando isso em consideração, os Estados localizados na Região Nordeste, local foco desta pesquisa, devem atentar-se para as necessidades deste público em questão, principalmente no que diz respeito à atenção primária, ou seja, nos atendimentos ofertados dentro das unidades básicas de saúde, bem como no controle domiciliar da doença através da distribuição gratuita de medicações de maneira regular. Diante dos fatos aqui expostos é possível afirmar que os objetivos propostos para este estudo, foram alcançados. Palavras–chave: Asma. Doença Crônica. Brasil.

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TEMA: HOSPITALIZAÇÃO POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM IDOSOS NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL,2008-2016

NOME ALUNO (A): DANIEL QUADROS DE SOUZA JÚNIOR ORIENTADOR (A): PROFA. LUCIOLA M. L.CRISOSTOMO

CO-ORIENTADOR: PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são responsáveis pelos maiores números de mortes no Brasil e no mundo. Os fatores de risco mais comumente associados ao desenvolvimento de tais patologias são a hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo e hábitos de vida. As DCV também são importantes causas de internações, gerando elevados custos aos cofres públicos. A população mais susceptível a internações são a de idosos e há maior frequência do sexo masculino. Objetivos: Descrever a frequência de internações em idosos por DCV nas regiões do Brasil no período de 2008-2016, e, comparar em relação a sexo e estratos etários. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados secundários do SIH/SUS e do IBGE. As variáveis de interesse do estudo foram: número de internações por hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, infarto cerebral, infarto agudo do miocárdio e outras doenças hipertensivas em relação à população residente no período, e, em relação a sexo e faixa etária maior que 60 anos. Foram calculadas proporções relativas e descritos números absolutos apresentados através de tabelas e gráficos. Resultados: Entre os anos de 2008 e 2016, ocorreram 1.170.738 internações hospitalares no Brasil, das quais, 54% acometeram o sexo masculino. A taxa de internações hospitalares por faixa etária apresentou maior valor no subgrupo de 60-69 anos com 575.536 de um total de 1.170.738 hospitalizações. A proporção de internações entre as regiões apontou Sudeste e Norte com o maior e menor número de internamentos respectivamente, sendo 498.700 casos naquela e 44.573 nesta. Conclusões: A frequência de internações por DCV em idosos nas regiões do Brasil foi elevada no período estudado; a região sudeste, o sexo masculino e o estrato etário de 60-69 anos apresentaram maiores taxas de internações hospitalares.

Palavras-chave: Doença cardiovascular. Idoso. Internações. Hospitalização. Regiões do Brasil.

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TEMA: A OBESIDADE COMO FATOR DE RISCO PARA O CÂNCER COLORRETAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): DANIELA DE ARAÚJO SAMPAIO

ORIENTADOR (A): PROFA. MARIA CONCEIÇÃO SAMPAIO

RESUMO

Introdução: O câncer colorretal é a neoplasia maligna que afeta o intestino grosso e/ou o reto, encontra-se entre os cinco cânceres mais prevalentes no Brasil. O excesso de peso e obesidade está aumentando dramaticamente em muitas partes do mundo, sua relação com o aumento da prevalência do câncer colorretal vem sendo estudado e apontado por vários estudos realizados nos últimos anos. O impacto da inflamação crônica e hiperinsulinemia na obesidade são mecanismos prováveis que facilitam o desenvolvimento da carcinogênese colorretal. Objetivo: Avaliar o papel da obesidade como risco para a formação do câncer colorretal. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, fundamentada em pesquisa de artigos nas bases de dados eletrônicos: LILACS, MEDLINE e SCIELO. Resultados: Os quatro artigos selecionados mostraram aumento do risco de câncer colorretal no sobrepeso e obesidade. Há maior relação na incidência de tumores no cólon, principalmente no cólon distal. No reto, a associação não foi esclarecida. Nas análises separadas por sexo, o risco de câncer colorretal nos homens obesos demonstrou-se mais forte do que nas mulheres obesas. Conclusão: Tendo em vista os resultados concordantes encontrados na literatura a obesidade já é vista como um importante fator facilitador para o câncer colorretal. Necessita-se de estudos com pesquisas mais rigorosas nas medições dos dados antropométricos dos participantes estudados, para que se possa melhor concluir os resultados encontrados.

Palavras-chave: câncer colorretal; obesidade; revisão sistemática.

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TEMA: UTILIZAÇÃO CLÍNICA DE ELETROCONDICIONADOR PARA ENURESE NOTURNA: ENSAIO CLÍNICO DE FASE 1 NOME ALUNO (A): DANIELLE DE NOVAIS ALVES ORIENTADOR (A): PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR

RESUMO

A enurese noturna (EN) é causa de problemas emocionais em crianças, principalmente quando ela ocorre pelo menos duas vezes por semana e a partir dos 6 anos de idade. A partir desta idade está indicado o tratamento. Os tipos de tratamento mais usados são o medicamentoso, por meio do DDAVP, Imipramina e Oxibutinina e o de condicionamento, por meio do alarme de enurese. O DDAVP tem uma taxa de cura de apenas 30%, apesar de ser indicado em nível 1 de evidência científica. Além disso, é caro e o seu uso pode ser necessário por meses ou anos. A Imipramina é um antidepressivo tricíclico, tem uma chance de cura da EN menor do que o DDAVP, apesar também de seu uso ser suportado por estudos com nível 1 de evidência. Em razão do risco de cardiotoxicidade e superdose, é um tratamento de segunda linha. A Oxibutinina não é eficaz para a EN monossintomática em estudos randomizados. O alarme de enurese tem sido considerado o mais eficaz tratamento da EN no longo prazo, com taxa de sucesso de cerca de 50% a 70% naqueles que se adaptam ao método. O alarme de enurese é constituído por um sensor de umidade que ativa um circuito sonoro. Portanto, o alarme apita quando o sensor de umidade é ativado por urina. Com isso, a criança tende a se condicionar, passando a ser capaz de controlar o enchimento vesical noturno evitando, a EN. O grande problema do alarme de enurese é que crianças com EN têm geralmente dificuldade de despertar e não acordam nos primeiros dias ou semanas com o som do alarme. Crianças e pais muitas vezes ficam frustrados, de modo que cerca de 40% das famílias desistem do uso desse aparelho. Na nossa instituição (Centro de Distúrbios Miccionais na Infância – CEDIMI), inventamos um aparelho de condicionamento que tem o objetivo de evitar as inconveniências do alarme de enurese. Chamamos esse novo aparelho de Eletrocondicionador. O Eletrocondicionador consta de um sensor de umidade semelhante ao alarme. O que difere ambos é que quando o sensor é ativado por urina, ao invés de ativar apenas o circuito sonoro, ele ativa também um circuito elétrico que contrairá a musculatura perineal, evitando a perda urinária. Dois eletrodos de superfície (adesivos) são colocados em uma roupa íntima que a criança irá usar durante a noite e a criança não sente dor com o estímulo, apenas um leve formigamento. O sensor de umidade também ativa o alarme no smartphone (aparelho e smartphone conectados por aplicativo). O objetivo dessa pesquisa é realizar um ensaio clínico fase 1, no qual a segurança e características do aparelho serão avaliadas, além disso se iniciará a avaliação da eficácia desse tratamento. Todos os participantes deverão apresentar EN primária, monossintomática, com pelo menos 12 episódios no mês. Palavras-chave: Enurese Noturna. Eletrocondicionador. Distúrbio Miccional.

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TEMA: FATORES IDENTIFICÁVEIS NO PRÉ-OPERATÓRIO PREDITORES PARA A

OCORRÊNCIA DE APENDICITE COMPLICADA

NOME ALUNO (A): DANIELLE FREITAS SERAFIM

ORIENTADOR (A): PROFª. ANA CELIA DINIZ CABRAL BARBOSA ROMEO

RESUMO

Serafim DF. Fatores Identificáveis no Pré-Operatório Preditores para a Ocorrência de Apendicite Complicada [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017. INTRODUÇÃO: As apendicites simples e complicadas apresentam diferentes condutas, mortalidade, desfechos pós-operatórios e custo de internação. Contudo, não está totalmente bem estabelecido o papel do exame clínico, radiológico e laboratorial na diferenciação das duas entidades para melhor manejo do paciente. OBJETIVO: Elencar os fatores identificáveis no pré-operatório preditores para a ocorrência de apendicite complicada. METODOLOGIA: Através da realização de um estudo observacional descritivo comparativo, foram analisados retrospectivamente 320 pacientes submetidos à apendicectomia no período entre os anos de 2014-2015. Foram coletadas características gerais da amostra, sinais e sintomas, dados vitais da admissão, exames laboratoriais, exames de imagem e desfechos pós-operatórios. As informações coletadas foram armazenadas em banco de dados do sistema Statistical Package for the Social Sciences versão 14. Para as variáveis quantitativas, foi realizado cálculo da média e desvio padrão, calculando o valor de p pelos testes t de student ou Wilcoxan-Mann-Whitney. Enquanto para as variáveis quantitativas, foram calculadas as frequências e percentuais e realizado o teste estatístico qui-quadradrado. Foi considerado um resultado significante quando obtido um valor de p < 0,05. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Ana Nery, protocolo n° 1.770.407 de 11 de Outubro de 2016. RESULTADOS: Nos sinais e sintomas apresentados pelos pacientes, foi observado que o tempo de dor abdominal (p<0,002), maior frequência cardíaca (p<0,020) e ocorrência de febre (p<0,014) foram maiores com valores estatisticamente significantes no grupo de apendicite complicada. No que se refere aos exames laboratoriais coletados, os valores de leucócitos totais (LT) (p<0,001), segmentados (p<0,037), gama glutamil transferase (GGT) (p<0,013) e fosfatase alcalina (FA) (p<0,012) obtiveram valores superiores no grupo de pacientes com apendicite complicada. Pacientes com apendicite não complicada obtiveram valores de alanina aminotransferase (ALT) superiores (p<0,037). A ocorrência de linfonodomegalia e coleções periapendiculares evidenciadas através da ultrassonografia total de abdome também foram fatores que estiveram relacionados com a apendicite complicada. A visualização na tomografia computadorizada de abdome total esteve mais relacionada à apendicite complicada quando evidenciado um maior diâmetro de apêndice e a presença de coleções e/ou gás-extraluminal. CONCLUSÃO: Diversos foram os fatores identificados como preditores no pré-operatório para a ocorrência de apendicite complicada: presença de um maior tempo de dor, maiores valores de frequência cardíaca, presença de febre, maiores valores de LT, GGT e FA, linfonodomegalia e coleções na ultrassonografia e/ou maior diâmetro do apêndice, presença de coleções e/ou gás extraluminal na tomografia computadorizada. Palavras-chave: Apendicite Complicada. Fatores Preditores. Diagnóstico.

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TEMA: PERFIL DA MORBIMORTALIDADE DE ACIDENTES COM MOTOCICLISTAS EM SALVADOR-BAHIA 2004 A 2014: UM ESTUDO ECOLÓGICO NOME ALUNO (A): DOUGLAS DE ALMEIDA TEDESCO

ORIENTADOR (A): PROF. SIDNEY CARLOS DE JESUS SANTANA

CO-ORIENTADORA: PROFA. CAROLINE ALVES FEITOSA

RESUMO

Introdução: Os acidentes de trânsito são um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. Acometem as faixas etárias mais jovens e produtivas da população, com enormes repercussões econômicas, sociais e emocionais a longo prazo. A mortalidade entre motociclistas brasileiros mostrou crescimento de mais de 700% de 1998 a 2008 se destacando como grave problema de saúde. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo descrever o perfil da morbimortalidade de acidentes com motociclistas em Salvador - BA no período de 2004 a 2014. Métodos: Foi realizado levantamento descritivo de série temporal com dados secundários de internação hospitalar, mortalidade e frota de veículos, obtidos do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) e foram analisados no EXCEL® 2015 e SPSS versão 14. Resultados: Ocorreram 431 mortes em todo período estudado, representando um crescimento de 1132% em 2014 com relação a 2004. O risco de morte é em média 14 vezes maior entre os homens em relação as mulheres, mostrando também maior crescimento. A faixa etária entre 20 a 39 anos concentra o maior do número de vítimas (73,1%). A taxa de motorização por mil habitantes mostrou crescimento de 238% evidenciando maior número de motocicletas em circulação. Os números de internações e gastos com motociclistas acidentados mostrou aumento de 231% e 292% respectivamente em 2014 com relação a 2004 com crescimento médio anual de R$ 53.629,80. Conclusão: O estudo concluiu que os acidentes são um crescente problema de saúde pública, sendo fundamental o acompanhamento destes indicadores e o desenvolvimento de intervenções específicas, intersetoriais e multiprofissionais como por exemplo: aumento da fiscalização no uso do capacete, melhoria das vias e serviços de saúde, aprimoramento na formação do condutor, implantação no uso de ABS (Anti-lock Breaking System) nos freios de motocicletas com baixa cilindradas e medidas outras que contribuam para um trânsito melhor, com mais fluidez e ao mesmo tempo mais seguro para todos.

Palavras-chave: Motocicletas. Acidentes de Trânsito. Morbimortalidade. Indicadores.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E DÉFICIT COGNITIVO EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): ADRIANA VIANA DA MOTTA

ORIENTADOR (A): PROFA. ISA CRISTINA SALLES

RESUMO

Introdução: A AOS é a doença mais grave do espectro de perturbações respiratórias relacionadas ao sono e sua prevalência em crianças varia de 1-5%, ocorrendo mais em pré-escolares, época do pico de crescimento do tecido linfoide. O primeiro trabalho que destacou o link entre AOS consequências na performance acadêmica foi publicado por David Gozal em 1998, e desde então muitos trabalhos demonstraram a associação entre AOS e morbidade cognitiva e comportamental, porém ainda parecem existir muitos problemas metodológicos nos trabalhos publicados até então, adicionando diversos fatores de confusão na avaliação da casualidade entre AOS e déficit cognitivo. É importante destacar que nem toda criança com AOS apresenta déficit cognitivo ou comportamental, por isso pode-se inferir que existem fatores de susceptibilidade interagindo na expressão fenotípica da doença. Objetivo: Verificar se existe associação entre apneia obstrutiva do sono e déficit cognitivo em crianças. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática. Foram realizadas buscas na fonte de dados eletrônica PubMed utilizando os seguintes descritores: “Obstructive sleep apnea”, “cognition disorders” e “child”. Resultados: A presente revisão de literatura analisou três trabalhos de coorte que compararam o desempenho cognitivo de 164 crianças diagnosticadas polissonograficamente com AOS com um grupo controle de 128 crianças. Todos os estudos encontraram resultados estatisticamente significantes em no mínimo 42% das variáveis cognitivas analisadas. Dois estudos encontraram resultados estatisticamente significantes nas crianças com AOS em funções executivas e os três estudos encontraram resultados estatisticamente significantes para atenção em crianças com AOS comparadas com o grupo controle. Cada um dos estudos utilizou um IAH diferente como critério diagnóstico para AOS. Conclusão: A associação entre déficit cognitivo e AOS em crianças existe, e funções executivas e atenção parecem ser as mais afetadas. É necessário uma padronização do IAH utilizado para diagnosticar AOS pediátrica. Palavras-chave: Apneia obstrutiva do sono. Deficit cognitivo. Crianças.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO BRASIL NO PERÍODO

DE 2007 A 2015

NOME ALUNO (A): ELENA ANTUNES DE VASCONCELOS

ORIENTADOR (A): PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

RESUMO

Vasconcelos EA. Perfil epidemiológico das hepatites virais no Brasil no período de 2007 a 2015 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017.

Introdução: As hepatites virais são doenças infecciosas de distribuição universal causadas por agentes etiológicos diversos que apresentam hepatotropismo. Apesar de possuírem semelhanças clínico-laboratoriais, caracterizam-se por diferenças evolutivas e epidemiológicas. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas dos casos notificados de Hepatites Virais no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal com dados agregados e secundários. Foram utilizadas as informações sobre os casos confirmados de hepatites virais do Sistema Informação de Agravos de Notificação/SINAN, além da população residente pelo Censo 2010 do IBGE. Foram selecionadas as notificações por região de residência, ano, sexo, faixa etária, raça/cor, forma clínica, situação gestacional, escolaridade, classificação final, classificação etiológica, mecanismo de infecção e sorologias entre os anos de 2007 a 2015. Os dados foram apresentados em números absolutos e relativos. Realizou-se o cálculo do coeficiente de incidência para o período, por sexo e faixa etária. O SPSS foi utilizado para realização da regressão linear a fim de avaliar a tendência do coeficiente de incidência e de mortalidade calculando-se os respectivos R2, β e p-valor. Considerou-se valores de p< 0,05 como estatisticamente significantes. Resultados: Houve maior proporção de notificações no ano de 2013, destacando-se a região Sudeste com maior volume de casos e a região Centro-Oeste com a menor concentração. Verificou-se que a maior proporção dos casos foi de vírus B e C, na forma crônica, entre 40-59 anos e no sexo masculino. Verificou-se tendência de declínio do coeficiente de incidência no período do estudo. A mortalidade foi mais elevada no sexo masculino e em ambos os sexos a tendência é ascendente. Conclusão: A tendência do coeficiente de incidência por região apresentou resultados com significância estatística nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste com tendências de declínio. No que se refere ao coeficiente de incidência por faixa etária, houve significância estatística para a tendência de redução nos grupos de 0 a 4, 5 a 9, 10 a 14 e 15 a 19 anos. Os coeficientes de mortalidade por região de residência das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste demonstraram tendência ascendente estatisticamente significante. As hepatites virais estão entre as doenças endêmico-epidêmicas que apresentaram grandes mudanças em sua epidemiologia nos últimos anos, sendo a situação no Brasil ainda incerta. Mesmo com os avanços já conquistados na prevenção, no diagnóstico e no controle da doença, ainda são necessários grandes investimentos para o seu manejo adequado.

Palavras-chave: hepatite viral. Perfil epidemiológico. Brasil.

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TEMA: ACHADOS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO ENCÉFALO EM PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE

NOME ALUNO (A): EMILY RIBEIRO DE MORAES CARNEIRO

ORIENTADOR (A): PROFA. CAROLINA FREITAS LINS

CO-ORIENTADOR: PROF. MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA MATOS

RESUMO

As mucopolissacaridoses (MPS) são um grupo de doenças genéticas, caracterizadas por deficiência enzimática que compromete a degradação dos mucopolissacarídeos, provocando seu depósito sistêmico. Existem quinze tipos de MPS, divididos em sete fenótipos. São comumente encontradas lesões osteoarticulares, cardiovasculares, visuais, auditivas e neurológicas. Dentre os exames de acompanhamento dessa patologia, cita-se a ressonância magnética (RM) do encéfalo. Apesar do conhecimento sobre as manifestações clínicas da MPS, existe um déficit na literatura no que tange aos achados de imagem dos diferentes fenótipos. Os objetivos do estudo foram descrever os achados de exames de RM do encéfalo em pacientes acometidos por MPS e realizar a análise interobservador dos achados nos diferentes fenótipos. Trata-se de um estudo observacional descritivo, de corte transversal, cujos critérios de inclusão foram pacientes com idade superior a seis anos e diagnóstico de MPS. Os critérios de exclusão foram qualquer contraindicação a realização de RM, bem como vigência de outras enfermidades do segmento encefálico. Os pacientes selecionados realizaram RM do encéfalo, sendo avaliados: ventriculomegalia, hidrocefalia, alterações na substância branca, alargamento dos espaços perivasculares de Virchow-Robin (VRS), lesões no corpo caloso, atrofia cortical e subcortical, alterações da fossa posterior, morfologia da sela túrcica, cistos de aracnoide, desmielinização e redução da coluna aérea do cavum. Para a análise estatística foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Science (SPSS). Alguns resultados foram expressos em média ± desvio padrão e percentuais. E o índice Kappa foi utilizado para a análise interobservador. Para todos os testes estatísticos foi considerado o valor de p<0,05 para significância estatística. Participaram do estudo 15 pacientes, sendo um do tipo I, dois do tipo II, um do tipo IV e onze do tipo VI. O sexo masculino representou 73,3% da amostra e a média de idade foi de 13,6 anos (+/-4,2). Todos os pacientes apresentaram alterações, destacando-se a redução da coluna aérea do cavum e a alteração da morfologia da sela túrcica, que estiveram presentes em todos os participantes, com substancial concordância interobservador (kappa=0,6). Treze participantes apresentaram ventriculomegalia, nove alargamento dos espaços perivasculares e oito atrofia cortical e subcortical. O paciente com o maior número de alterações era do tipo VI. Conclui-se que a comparação fenotípica dos achados de ressonância magnética do encéfalo ainda é limitada, mas possui substancial correlação interobservador. Outros estudos abrangendo todo o espectro das MPS são necessários para conhecimento dos padrões de alteração e controle dos acometimentos neurológicos.

Palavras-chave: Mucopolissacaridose. Ressonância Magnética. Encéfalo.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE POR ZIKA, NA BAHIA, EM 2015 E 2016

NOME ALUNO (A): FERNANDO BRANDÃO ALCÂNTARA SANTOS

ORIENTADOR (A): PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

RESUMO

INTRODUÇÃO: A febre Zika é uma doença infecciosa, predominantemente assintomática, e causada pelo vírus Zika. Além disso, sua apresentação clínica clássica é inespecífica: febre moderada, rash cutâneo, artralgia e conjuntivite, fato que leva a ser confundida com a Dengue e a febre Chikungunya. A transmissão do vírus Zika, por sua vez, era inicialmente associada apenas à atividade do vetor Aedes sp. Novas formas de transmissão, porém, passaram a ser consideradas. No Brasil, a ineficácia das ações para prevenção e controle do mosquito Ae. Aegypti, levando à continua exposição a este vetor, fez com que o número de casos da febre Zika continuasse aumentando. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico da febre Zika, na Bahia, entre 2015 e 2016. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, observacional, com dados agregados e secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação\SINAN, no período de janeiro/2015 a dezembro/2016. O estudo foi realizado na Bahia e seus Núcleos Regionais de Saúde/NRS e foram analisadas as variáveis: sexo, faixa etária, NRS de residência, raça/cor, escolaridade, classificação final, critério de confirmação, evolução. Os dados foram analisados em números absolutos e relativos. Calculou-se o coeficiente de incidência por ano, NRS de residência, sexo e faixa etária. RESULTADOS: No período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016, foram notificadas, na Bahia, 93.748 casos de febre Zika. As áreas com as maiores concentrações de casos foram os NRS Sul, Leste e Centro-Leste sendo, 33,1%, 18,1% e 16,0% do total de casos, respectivamente. O padrão sazonal de distribuição dos casos de Zika por mês, chamou atenção a concentração de casos nos meses de fevereiro (19,7%) e março (21,8%). A distribuição dos casos por sexo revelou uma predominância em indivíduos do sexo feminino (65,2%). A maior proporção de casos de febre Zika foi nas faixas de 20 a 34 anos (28,1%), 35 a 49 anos (22,7%) e 50 a 64 anos (13,4%), havendo aumento do coeficiente de incidência para todas as faixas etárias entre 2015 e 2016. CONCLUSÃO: No Estado da Bahia, os NRS Sul, Leste e Centro-Leste foram os que proporcionalmente mais apresentaram casos de Zika em 2015 e 2016, sendo o maior aumento entre os dois anos observado no NRS Sul. O coeficiente de incidência por faixa etária, demonstrou um maior risco de se infectar por Zika para o grupo de pessoas acima de 65 anos. A distribuição mensal de notificação por Zika demonstrou padrão sazonal coincidente com o verão, nos meses de fevereiro e março. Um segundo pico foi verificado no mês de julho.

Palavras-chave: Zika, Bahia, Núcleo Regional de Saúde.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES QUE EVOLUIRAM PARA ÓBITO POR CÂNCER DE ESÔFAGO NA BAHIA DE 2005 ATÉ 2014

NOME ALUNO (A): GABRIEL ABREU OLIVEIRA

ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

Introdução: O câncer é um grande problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos como em subdesenvolvidos, sendo uma doença um pouco mais expressiva nos desenvolvidos em decorrência da sua população mais envelhecida. O processo da globalização aproxima cada vez mais as economias e sociedades, promovendo uniformização das condições de trabalho, nutrição e consumo. Essa reorganização global promove alterações nos padrões saúde-doença e o reflexo disso é a diminuição da mortalidade por doenças infecciosas em detrimento das doenças crônico-degenerativas. O câncer de esôfago é uma neoplasia extremamente agressiva, relativamente incomum e de alta mortalidade. Constitui-se como a oitava neoplasia mais incidente em termos mundiais, sendo a sexta causa de morte por câncer no mundo. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes que evoluíram para óbito por câncer de esôfago na Bahia, no período de 2005 até 2014, descrever a tendência temporal da taxa de mortalidade por sexo e faixa etária e verificar o número médio de anos potenciais de vida perdidos, no total e por sexo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de agregados utilizando dados secundários. Foram estudados todos os indivíduos que foram a óbito por câncer esofágico no estado da Bahia e que estavam registrados no atlas online de mortalidade do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foi construído um banco de dados no Programa Excel do Office e analisados segundo a sua distribuição por média, desvio padrão e variação de acordo com os pressupostos de normalidade Resultados: Foram identificadas 3.816 mortes por câncer de esôfago no Estado da Bahia no período estudado, sendo a maioria 2.839 (74,4%) no sexo masculino e naqueles com idade entre 60-69 anos, 1.081(28,3%). A tendência temporal de mortalidade tanto no sexo masculino como no feminino se apresentou de forma ascendente. Com relação ao número de anos potenciais de vida perdido (APVP) foi possível observar que a faixa etária dos 50-59 anos de idade foi a de maior APVP, com 14.565 anos no total, sendo a maior quantidade pertencente aos indivíduos do sexo masculino (11.745) em comparação aos do sexo feminino (2.820) da mesma faixa etária. Conclusão: O estudo demonstrou altos índices de mortalidade pelo câncer de esôfago e números elevados de APVP, demonstrando então que ainda existem falhas significativas nas políticas de saúde voltadas para atenção primária. Nessa perspectiva, é necessário um enfoque ainda maior em campanhas de conscientização contra álcool e tabagismo, assim como, profissionais qualificados para promover prevenção, diagnóstico e tratamento de maneira adequada.

Palavras-chave: Câncer. Epidemiologia. Óbitos

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TEMA: PERFIL DOS PACIENTES COM INJÚRIA RENAL AGUDA APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NOME ALUNO (A): GABRIEL DE MAGALHÃES FREITAS

ORIENTADOR (A): PROF. MAURICIO BRITO TEIXEIRA

RESUMO

FREITAS, GM. Perfil dos pacientes com Injúria Renal Aguda após Infarto Agudo do Miocárdio. [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017.

Introdução: Injúria Renal Aguda (IRA) pode ser definida como um decréscimo abrupto e, em geral reversível, da função renal. A Síndrome Cardiorrenal (SCR) está inserida nesse contexto, pois é definida como uma condição de coexistência de disfunção cardíaca e de disfunção renal. Dentre as classificações, destaca-se a SCR tipo 1, na qual a disfunção cardíaca aguda culmina em lesão renal. A intervenção coronariana percutânea no tratamento de infarto agudo do miocárdio aumenta a incidência de nefropatia pelo mecanismo de isquemia e diminuição da filtração glomerular e também pelos altos volumes de contraste que são utilizados. Conhecer o perfil dos pacientes que foram submetidos a angioplastia coronariana pode auxiliar no entendimento dos fatores associados ao desenvolvimento de IRA nesses pacientes. Objetivos: Descrever o perfil dos pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST que foram submetidos a angiografia coronariana e estimar a incidência de injúria renal aguda nessa amostra. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo em que os dados foram coletados em prontuário eletrônico do hospital Ana Nery. O período de internamento considerado foi de 01 de janeiro de 2015 a 05 de janeiro de 2016. Os pacientes foram analisados quanto idade, sexo, presença de comorbidades, exames laboratoriais, etilismo e tabagismo, bem como medicamentos da primeira prescrição. As variáveis foram dispostas no programa Excel do Microsoft Office® e analisados no SPSS versão 14. Foi considerado um valor de p<0,05 para todos os testes. Resultados: A amostra foi de 149 pacientes, 40,93% deles desenvolveram IRA. O perfil dos pacientes da amostra era em sua maioria do sexo masculino, 61,7%, e idosos. Quanto às comorbidades, percebeu-se diferença entre os grupos IRA e Não IRA em relação a diabetes mellitus (40,98% versus 21,59%, p=0,011). Quanto às variáveis laboratoriais, houve diferença entre os grupos em relação ao clearance de Creatinina calculado pelo MDRD e nível sérico de plaquetas. Em relação à primeira prescrição, houve diferença entre os grupos quanto o uso de Inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) e Beta Bloqueador, com um uso maior desses medicamentos nos pacientes do grupo Não IRA. Conclusão: O perfil da amostra era composto por pacientes do sexo masculino, idosos e a maior parte portador de Hipertensão Arterial Sistêmica, não tabagistas e não etilistas. Quando aos grupos IRA e Não IRA percebeu-se uma maior relação de IRA com a presença de diabetes mellitus e com uma tendência significativa de menor níveis séricos de plaquetas. Por fim, os pacientes do grupo Não IRA tiveram uma proporção maior no uso de IECA e Beta bloqueador na primeira prescrição. Palavras-chave: Lesão Renal Aguda. Infarto do Miocárdio. Angioplastia

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR INFLUENZA

NAS REGIÕES BRASILEIRAS (2000 A 2014)

NOME ALUNO (A): GABRIELA DA SILVA OLIVEIRA CERQUEIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. CIBELE MARIA RIBEIRO DOURADO

RESUMO Introdução: A Influenza é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, que consiste em um problema de saúde mundial. A gripe é altamente contagiosa e capaz de gerar internações e óbitos, especialmente na população mais susceptível, que compreende idosos, crianças, imunocomprometidos e gestantes. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico das internações e óbitos por Influenza no Sistema Único de Saúde, nas regiões do Brasil, no período correspondente à 2000 a 2014, em relação às seguintes variáveis: região de residência, faixa etária e sexo. Estimar o custo total correspondente às internações por Influenza no período. Métodos: Este consiste em um estudo descritivo de série temporal utilizando dados secundários provenientes do DATASUS. Os dados referentes às internações hospitalares foram obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e os dados sobre os óbitos foram provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS (SIM/SUS) considerando a 10ª Revisão do Código Internacional de Doenças (CID10) para Influenza devida a vírus

identificado da gripe aviária (J.09), Influenza devida a outro vírus da influenza identificado (J.10) e Influenza devida a vírus não identificado (J.11). Resultados: No período de 2000 a 2014 foram registradas no Brasil 534.750 internações por Influenza, ocorrendo um aumento de 1.230% no número total dessas internações no período. O maior coeficiente da taxa de internamentos foi apresentado pela região Sul. A faixa etária que demonstrou maior proporção de internamentos foi a de 1 a 9 anos (30,67%). O sexo masculino apresentou a maior proporção de internamentos (52,41%). Ocorreram 5.367 óbitos por gripe e um aumento de 82,1% no número total desses óbitos nos 15 anos estudados. O maior coeficiente de mortalidade do período ocorreu na região Sul. A faixa etária maior que 80 anos apresentou maior proporção de óbitos (25,4%). A maior proporção de óbitos foi registrada no sexo feminino (52%). Conclusão: O número de óbitos e internações e o custo total das internações por Influenza no período estudado elevou-se. Contudo, o coeficiente de internamentos mostrou-se relativamente estável, enquanto que o coeficiente de mortalidade apresentou discreta tendência ao aumento. A monitorização epidemiológica da gripe no país mostra-se importante, pois permite avaliar a efetividade da vacinação contra influenza, medida esta fundamental na redução da morbimortalidade pela doença. Palavras-chave: Influenza. Internações. Óbitos. SUS.

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TEMA: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E RESPOSTA IMUNE EM PORTADORES DE

HTLV-1 COM BAIXA E ALTA CARGA PRÓ-VIRAL

NOME ALUNO (A): GABRIELA FERNANDES COSTA

ORIENTADOR (A): PROF. EDGAR MARCELINO DE CARVALHO FILHO

RESUMO

Costa GF. Manifestações clínicas e resposta imune em portadores do HTLV-1 com baixa e alta carga pró

viral [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017.

Introdução: Os mecanismos e as consequências da infecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T Humanas tipo 1 (HTLV-1) ainda não foram totalmente esclarecidos. Altos níveis de carga pró-viral (CPV), bem como elevada produção de citocinas pró-inflamatórias, tem papel na patogênese da principal entidade clínica associada à essa infecção, a mielopatia associada ao HTLV-1 ou paraparesia espástica tropical (MAH/PET). Todavia, existe uma parcela de indivíduos sem MAH/PET que tem valores de CPV que se sobrepõem aos indivíduos com MAH/PET. A comparação das manifestações clínicas, bem como da resposta imune, entre indivíduos portadores do HTLV-1 com alta e baixa CPV é de grande relevância para a melhor compreensão de como se dá a evolução da infecção nesses indivíduos. Objetivos: O presente estudo visou comparar a evolução clínica, da CPV e da resposta imune em indivíduos portadores do HTLV-1 com baixa e alta CPV. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional longitudinal. Foram avaliados 39 indivíduos infectados pelo HTLV-1 divididos em dois grupos (caso e controle). Os grupos foram formados por indivíduos portadores do vírus, sem MAH/PET ou provável MAH/PET, pareados por sexo e idade (±5anos), e classificados de acordo com a CPV alta e baixa na admissão, utilizando o ponto de corte de 5% (50 mil cópias de HTLV-1/106 células). Sinais e sintomas clínicos foram avaliados através da aplicação de questionário e de escalas de comprometimento neurológico. Aspectos laboratoriais foram avaliados através da técnica ELISA para quantificação de citocinas e PCR em tempo real para determinação da CPV, além de análise retrospectiva de dados do prontuário. Resultados: Não foi encontrada diferença significante entre os grupos com elevada e baixa CPV em relação a idade e sexo, tempo de acompanhamento ambulatorial, via de infecção e forma de encaminhamento. Não houve diferença no que concerne à presença de sinais e sintomas urológicos, reumatológicos, odontológicos e neurológicos, exceto no parâmetro “dificuldade de caminhar” (p=0,04). Além disso, também não houve diferença na pontuação dos grupos nas escalas de comprometimento neurológico. Juntos, estes resultados indicam que não há diferença clínica relevante entre portadores com alta e baixa CPV. Outrossim, foram verificados níveis elevados de TNF no grupo de portadores com alta CPV no período da admissão, com diferença significante em relação aos portadores de baixa CPV (p=0,047), sugerindo uma associação entre CPV e produção de TNF. Além disso, foi demonstrado que houve diminuição da CPV (p=0,01) e dos níveis de TNF (p=0,01), comparando o ano de admissão e o período entre 2014 e 2016, no grupo de portadores com elevada CPV, o que sugere um controle da infecção pelo sistema imune destes pacientes. Conclusão: Esses resultados podem indicar que indivíduos infectados pelo HTLV-1 com elevada CPV e produção de citocinas podem se manter assintomáticos. A observação de que, nos indivíduos com alta CPV, a intensidade da infecção diminuiu com o passar do tempo, indica a existência entre estes indivíduos de uma subpopulação de células com capacidade de controlar a infecção pelo HTLV-1, diminuindo os níveis de CPV e impedindo o desenvolvimento de MAH/PET. Palavras-chave: Virus 1 Linfotrópico T humano. Portador. Carga pró-viral.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE BAIXA IODURIA EM GESTANTES HIPERTENSAS DE ALTO RISCO EM MATERNIDADE PÚBLICA

NOME ALUNO (A): GABRIELA SANTOS CAMPOS

ORIENTADOR (A): PROFA. OLÍVIA CARLA BOMFIM BOAVENTURA

RESUMO

Introdução: O iodo é de fundamental importância para a síntese de hormônios tireoidianos que são relevantes para todo o funcionamento metabólico do corpo. Desordens por deficiência de iodo são um grupo de doenças que particularmente nocivas para gestantes, sendo a causa mais comum de retardo mental evitável. O método mais fidedigno para avaliar o status nutricional de iodo é a dosagem de iodo urinário, sendo este um bom indicador da ingestão nutricional de iodo na dieta. Objetivo: Avaliar a prevalência de baixa iodúria em gestantes de alto risco hipertensas na maternidade pública em Salvador-BA no período de Janeiro de 2015 a Junho de 2016 e comparar prevalência de baixa iodúria de gestantes alto risco hipertensas com não hipertensas. Metodologia: Foi incluído no estudo gestantes hipertensas voluntárias, internadas no período estudado, que não apresentavam doença tireoidiana atual ou prévia, não faziam uso de levotiroxina ou qualquer outra droga a base de iodo e não foram submetidas a exames com contraste iodado em intervalo menor que 3 meses. Foi aplicado um questionário previamente validado com informações socioeconômicas, demográficas e de saúde e, posteriormente, colhidas amostras urinarias das gestantes. A urina foi analisada em laboratório baseada na reação de Sandell-Kolthoff. Os dados foram digitados e organizados com auxílio de um banco de dados e utilização do software Statistical Package for Social Sciences 14 (SPSS). Resultados: Participaram do estudo 77 gestantes hipertensas com mediana de idade de 31 anos, a maioria se intitulou negra/preta ou parda (93,6%) e 88,4% ganhavam até dois salários mínimos de renda familiar mensal. A idade gestacional foi classificada em trimestre, e a grande maioria estava no 3º trimestre (72,7%). Com relação ao IMC apenas 32,5% das participantes estavam no grupo de peso considerado normal. A hipertensão gestacional foi o tipo mais comum apresentado (53%), seguido por hipertensão crônica (38%). Quanto à iodúria, apenas 12% apresentavam nível adequado, sendo 15% mais que adequado e 73% insuficiente. Quando comparadas gestantes hipertensas e não hipertensas o único valor estatisticamente significante foi a mediana de idades de 31 para hipertensas e 28 para não hipertensas com p= 0,002. Em relação à iodúria ambos os grupos tiveram a maior casuística de níveis inadequados, sendo o valor de hipertensas (73%) maior que o de não hipertensas (55,6%), contudo o valor de p=0,112. Conclusão: Apesar de o Brasil ser considerado suficiente em iodo, o presente estudo demostra que a prevalência de baixa iodúria em gestantes de alto risco hipertensas encontrado em maternidade pública de referência em Salvador é elevada e quando comparada com não hipertensas esse valor é ainda maior.

Palavras-chave: Gravidez. Gestação. Alto risco. Iodo. Tireoide.

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TEMA: IMPACTO DA ELETROESTIMULAÇÃO PARA – SACRAL DE SUPERFÍCIE NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE HAM/TSP COM BEXIGA HIPERATIVA NOME ALUNO (A): GIOVANNA SANTA BARBARA ALMEIDA

ORIENTADOR (A): PROF. NEY BOA SORTE

RESUMO

Objetivo: Avaliar se a eletroestimulação para-sacral tem interferência na qualidade de vida e nos sintomas dos indivíduos portadores de HAM/TSP com bexiga hiperativa. Metodologia: Estudo longitudinal, tipo ensaio terapêutico, sem grupo de comparação e aberto, realizado com 21 pacientes com diagnóstico de HAM/TSP e bexiga hiperativa. Foram excluídos do estudo pacientes com estudo urodinâmico demonstrando hiporreflexia vesical, disssinergia detrusora esfincteriana e resíduo pós-miccional elevado, pacientes com sorologia positiva para HIV e/ou vírus da Hepatite C, portadores de diabetes mellitus, acidente vascular cerebral, doença de Parkinson e com obstrução do trato urinário. O tratamento fisioterápico consistiu em 30 sessões individuais com fisioterapia com eletroestimulação para -sacral de superfície. Para a avaliar a qualidade de vida, todos responderam ao King’s Health Questionnaire (KHQ), antes e após o tratamento. Os dados foram descritos em frequências, médias, desvio-padrão, medianas, mínimos-máximo. Os escores do KHQ comparados pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas, com nível de significância de 0,05. Resultados: A média (DP) de idade foi de 53,5 (13,0) anos e 67% eram do sexo feminino. Após o tratamento houve melhora significativa nos escores dos domínios do KHQ percepção geral da saúde (57,9±22,3 versus 31,8±19,2; p<0,001), limitações das atividades diárias (53,17±34,8 versus 34,1±36,9; p=0,032), limitações físicas (58,3±38,1 versus 40,9±38,7; p=0,014) ) e as medidas de gravidade (55,5±34,0 versus 37,1±28,6; p<0,005). Conclusão: A qualidade de vida de pacientes com bexiga neurogênica tratadas com fisioterapia com eletroestimulação para-sacral pode melhorar em diversos aspectos, quando avaliada com um instrumento específico, como o KHQ. Palavras-chave: Vírus 1 Linfotrópico T Humano. Qualidade de vida. Paraparesia Espástica Tropical. Incontinência urinária.

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TEMA: INCIDÊNCIA DE INTERNAÇÕES POSSIVELMENTE ASSOCIADAS À

SÍNDROME CONGÊNITA DE ZIKA

NOME ALUNO (A): GUILHERME SILVEIRA DIAS

ORIENTADOR (A): PROFA. RENATA BAHIA PITANGUEIRA DE MATOS

RESUMO

Introdução: A Síndrome do Zika Congênita (SZC) vem sendo reportada em crescente número de casos após o período de surto de infecção por esse vírus no país, em 2015. Objetivo: comparar a incidência das internações associadas a manifestações clínicas possivelmente relacionadas à SZC e hipotetizar o perfil de apresentação clínica dessa síndrome. Métodos: trata-se de um estudo seccional, de caráter descritivo, com dados secundários extraídos do período entre 2013 e 2016 no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde. Foi analisada a incidência de internações hospitalares em menores de 1 ano que apresentaram afecções auditivas, oftalmológicas, do sistema nervoso e osteomuscular possivelmente associados à SZC. Resultados: comparando 2013-14 e 2015-16, malformações congênitas do sistema nervoso apresentou aumento de 3.006 para 4.579 casos; malformações e deformidades osteomusculares aumentaram de 5781 para 6773 casos. Morbidades associadas a visão não aumentaram e perda auditiva aumentou de 10 para 17. Conclusão: As afecções do sistema nervoso e osteomuscular foram as que apresentaram maior aumento consecutivamente. Os dados disponíveis a cerca de afecções auditivas, oftalmológicas e deformidade congênita de pés não demonstraram aumento ou crescimento significativo.

Palavras-chave: Microcefalia, infecção pelo Zika virus, arbovirus

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TEMA: EFEITOS DA INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA ANATOMIA RADIOLÓGICA NA RELAÇÃO ESTUDANTE-RADIOLOGIA NOME ALUNO (A): GUSTAVO VILASBÔAS DE ARAÚJO

ORIENTADOR (A): PROFA. CAROLINA FREITAS LINS

RESUMO

Araújo GV, Lins CF. Efeitos da introdução do eixo Anatomia Radiológica na relação estudante-radiologia. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 2017.

O ensino da radiologia nas escolas de medicina varia muito quanto à organização do curso, na forma de abordagem e importância dada a essa área na formação de médicos generalistas. Com isso, a inserção da Radiologia no ciclo básico atrelado ao ensino da anatomia tem se destacado. Dessa forma, foi realizada uma revisão do currículo de medicina no ano de 2015, na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Ocorreu a implantação da Anatomia Radiológica no componente curricular de Introdução à Técnica Operatória, atrelada ao ensino da Anatomia Topográfica, a partir do semestre 2015.1, para as turmas do terceiro semestre. Este trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da implementação do eixo Anatomia Radiológica na relação estudante-radiologia. Assim, foi realizado um estudo de corte transversal com a turma do terceiro semestre do curso de medicina da EBMSP, na segunda metade de 2016. Foram incluídos todos os alunos de graduação que cursavam o terceiro semestre, sendo excluídos aqueles com formação prévia em técnicos/ tecnólogos em radiologia ou biomédicos. Foram aplicados três questionários (Avaliação do curso Anatomia Radiológica pelo estudante; Conhecimentos radiológicos; Opinião sobre a especialidade radiologia), com questões do tipo verdadeiro/ falso ou perguntas utilizando como resposta a escala de Likert. Os questionários foram disponibilizados virtualmente. Todos os participantes foram voluntários, sendo recolhido de cada um o termo de consentimento para participação na pesquisa. Os alunos mostraram-se satisfeitos com disciplina Anatomia Radiológica, considerando-a excelente. Na avaliação quantitativa (conhecimentos radiológicos), os graduandos alcançaram uma média de acertos de aproximadamente 88%, além de terem apresentado alto grau de intimidade com a especialidade Radiologia (média de acerto de 80%). Todos os acadêmicos acharam que o médico precisa ter alguma familiaridade com a Radiologia, sendo essa especialidade bastante utilizada na prática médica. As mudanças curriculares se mostraram eficazes em relação ao aprendizado do conteúdo pelos estudantes e à satisfação dos mesmos com o eixo. O estudo também constatou um alto grau de intimidade dos acadêmicos com a especialidade Radiologia, bem como eles demonstraram entendimento na importância da mesma para a prática futura da medicina generalista.

Palavras-chave: Radiologia. Ensino. Graduação. Anatomia Radiológica.

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TEMA: O USO DAS TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM OTOPLASTIAS EM HOSPITAL

PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR-BA ABRIL DE 2014 A ABRIL DE 2016 –

ESTUDO EXPLORATÓRIO

NOME ALUNO (A): HANNAH DE BARROS DRATOVSKY

ORIENTADOR (A): PROFA. CRISTINA MARIA GOMES GIL DE MENEZES

CO-ORIENTADOR: PROF. EDUARDO FONSECA GUSMÃO

RESUMO

Introdução: A orelha proeminente é decorrente de uma malformação congênita com ausência total ou parcial de anti-hélice, hipertrofia de concha ou aumento do ângulo cefaloauricular isolados ou combinados. A cirurgia empregada na sua correção é a otoplastia, que visa a correção estética e a melhora na qualidade de vida do paciente. A otoplastia possui baixas taxas de complicação associadas. Métodos: Estudo retrospectivo com 27 pacientes submetidos à otoplastia em hospital pediátrico de referência em Salvador, BA, no período de abril de 2014 a abril de 2016. Os dados foram registrados no Statistical Package for Social Science for Windows IBM-SPSS® Statistics 23, onde foi feita a análise estatística. Resultados: 100% dos pacientes foram submetidos à técnica de Mustardè; 48,1% à ressecção de concha; e 77,7% à técnica de Furnas. A combinação das três técnicas foi feita em 40,4% e apenas 14,8% dos pacientes foi submetido a uma técnica única. 7,4% dos pacientes apresentaram como complicação a recidiva e 7,4% a apresentaram formação de queloide no sítio de incisão. Conclusões: Foi observada uma maior frequência na realização da técnica combinada de Mustardè, com ressecção de concha e ponto de Furnas. Houve dois casos de recidivas e em dois pacientes houve formação de queloide no local da incisão. Não foram observados casos de infecção, hematoma ou deiscência de suturas no estudo. Palavras-chave: Procedimentos Cirúrgicos Otológicos. Cirurgia Plástica. Crianças.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS COM UROLITÍASE NO BRASIL NO PERÍODO ENTRE 2010 A 2015 NOME ALUNO (A): IAN CANTALICE BRANCO

ORIENTADOR (A): PROF. EDSON LUIZ PASCHOALIN CO-ORIENTADORES: PROF. RAPHAEL PASCHOALIN PROF. MARCUS VINÍCIUS BRITO DE SANTANA

RESUMO

Branco IC. Perfil epidemiológico dos pacientes internados com urolitíase no Brasil no período entre 2010 a 2015 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017. Introdução: A urolitíase (ou litíase urinária) é a terceira mais incidente doença do trato urinário, perdendo somente para patologias e processos infecciosos prostáticos. O primeiro relato de urolitíase ocorre em 8.000 a.C., onde encontrou-se cálculos urinários presentes nas pelves de múmias egípcias e o conhecimento acerca do tema vem se expandindo até os dias de hoje, com as descobertas mais modernas sobre as técnicas de imagem utilizadas. Atualmente sabe-se da importância epidemiológica de dois fatores específicos para o desenvolvimento de urolitíase: a dieta utilizada e a herança individual hereditária, além de diversos outros fatores. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das internações por Urolitíase no Sistema Único de Saúde nas Regiões Geográficas do Brasil no período de 2010 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal com dados secundários agregados. Foram obtidos os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), além da população residente pelo Censo 2010 do IBGE. Foram avaliados o número de internações e óbitos hospitalares por urolitíase, a média de permanência, o valor médio por internação, correlacionando com o período estudado, faixa etária, sexo, cor/raça e região brasileira. Resultados: Houve maior proporção de internações e óbitos hospitalares por urolitíase na Região Sudeste. O tempo médio de permanência para pacientes internados com urolitíase não sofreu muitas alterações, nem ao longo dos anos, nem de acordo com a região estudada. O maior valor médio de internação encontrado pertenceu à Região Centro-Oeste. A faixa etária acima de 50 anos de idade foi a que mais possuiu internações e óbitos hospitalares por urolitíase durante o período estudado. Em relação ao tempo médio de permanência por faixa etária, receberam especial destaque as faixas etárias extremas - menor que 10 anos e maior que 50 anos. Não houve diferenças significativas dos dados quanto ao sexo dos pacientes. Quase metade das internações hospitalares por urolitíase são pertencentes à cor/raça branca. O Coeficiente de Letalidade por Urolitíase no Brasil apresentou um aumento no período estudo, sendo maior na faixa etária acima de 50 anos. O Coeficiente de Mortalidade do Brasil não sofreu variações significativas. Conclusão: A maior proporção de internações e óbitos hospitalares por urolitíase, durante o período estudado, são da faixa etária acima de 50 anos de idade, da cor/raça branca, da Região Sudeste, independente do sexo do paciente. O tempo médio de permanência não sofreu alterações significativas e o valor médio de internação por urolitíase possuiu crescimento constante em todas as regiões brasileiras. Não houveram mudanças na probabilidade de morte por urolitíase no Brasil durante o período estudado. Palavras-chave: Urolitíase. Perfil epidemiológico. Brasil.

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TEMA: CONHECIMENTO DAS GESTANTES DE RISCO HABITUAL SOBRE OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO NOME ALUNO (A): IASMILLE DA ROCHA MALVAR

ORIENTADOR (A): PROF. DAVID COSTA NUNES JUNIOR

RESUMO

INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é uma estratégia de promoção à saúde que traz benefícios para a mulher que amamenta a curto (redução de peso, menor sangramento pós-parto) e a longo prazo (menor incidência de câncer de mama e de ovário), além de ser responsável por prevenir doenças no lactente, diminuindo a morbimortalidade nessa faixa etária. Portanto, a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida e delegam ao pré-natal a função de orientar e fomentar a prática da amamentação nas gestantes. OBJETIVOS: Pesquisar o conhecimento das gestantes, matriculadas no pré-natal do Ambulatório Docente Assistencial da Bahiana (ADAB), sobre os benefícios da amamentação para a mãe e lactente. METODOLOGIA: Estudo tipo corte transversal descritivo quantitativo realizado no ADAB, situado no munícipio de Salvador/BA. A coleta de dados foi feita, entre os meses de Agosto e Outubro de 2016, com gestantes matriculadas no pré-natal do local, através de uma entrevista com questionário referente a dados sociodemográficos, condições gravídicas, além de questões sobre o desejo de amamentar e conhecimento sobre os benefícios da amamentação. RESULTADOS: Das 60 gestantes entrevistadas todas afirmaram que o aleitamento materno era importante. Dentre as 26 mulheres que já tinham filhos apenas 1 não havia amamentado e sobre o desejo de amamentar na gestação atual 98,3% das gestantes do estudo desejam amamentar. Quanto aos benefícios do aleitamento materno, todas as gestantes afirmaram que o leite materno protege o lactente e a maioria, 55 gestantes (91,7%) afirmou que existem benefícios para a mãe. Contudo, apenas 36 gestantes (60%) responderam que foram orientadas no pré-natal atual sobre a importância do aleitamento materno. CONCLUSÃO: As gestantes atendidas no ADAB conhecem a maioria dos benefícios do aleitamento para a mãe e lactente, ainda que seja necessária uma melhor abordagem do tema na assistência pré-natal do local, incluindo novas estratégias para informar essas mães, como as salas de espera. Além disso, conclui-se que amamentar previamente não é uma experiência negativa, já que o desejo de amamentar foi igual em ambos os grupos. Palavras-chave: Aleitamento materno. Conhecimento. Gestantes. Saúde da criança. Saúde materna. Prevenção de doenças.

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TEMA: PREVALÊNCIA DO NÃO CONTROLE TERAPÊUTICO DA HIPERTENSÃO EM

MULHERES COM EXCESSO DE PESO

NOME ALUNO (A): IASMIN CARDOSO LEDO

ORIENTADOR (A): PROFA. MARISTELA MAGNAVITA OLIVEIRA GARCIA

RESUMO

Introdução. A obesidade é uma doença que atinge o Brasil e muitos outros países, sendo considerada fator de risco para doenças cardiovasculares, especialmente quando associada à hipertensão arterial e diabetes. A maioria dos obesos é portadora de pressão elevada, o que piora ainda mais o quadro do paciente, já que a hipertensão é considerada um dos maiores fatores de risco modificáveis para doenças cardiovasculares fatais e não fatais, como IAM e AVC. Por isso, justifica-se importância de avaliar o controle terapêutico da hipertensão em pacientes acompanhados ambulatorialmente e identificar os potenciais fatores associados à inefetividade do tratamento, bem como traçar estratégias para evitar as conseqüências da hipertensão não controlada em pacientes com excesso de peso. Objetivos. Avaliar a efetividade terapêutica no tratamento da hipertensão em mulheres com sobrepeso e obesidade em um ambulatório especializado em Salvador- Ba no ano de 2014 a 2016. E a partir disso, identificar os fatores potencialmente influenciadores da hipertensão não controlada da população em estudo. Métodos. Trata-se estudo observacional, retrospectivo, descritivo e analítico realizado em mulheres portadoras de excesso de peso em tratamento de hipertensão, atendidas em ambulatório de referência. Foi utilizada a estatística descritiva, teste t de Student não pareado para variáveis numéricas de distribuição normal, teste de Mann Whitney para aquelas com distribuição não normal e teste do Qui Quadrado para as variáveis categóricas, tendo como programa para a análise estatística dos dados o software Statistical Package for Social Sciences, versão 23.0 para Windows e win pepi para cálculo amostral. Resultados. A maior parte das hipertensas estudadas encontrava-se controlada quanto a pressão arterial diastólica (PAD) (72,3%), enquanto que o controle da pressão arterial sistólica (PAS) foi encontrado em próximo da metade (51,1%). A análise demonstrou idades significativamente mais elevadas no grupo de PAD controlada (57,4 ± 10,0 anos), (P = 0,03). Importante registrar os hábitos de vida, como restrição do consumo de sal, como o principal fator influenciador do controle da PAD. No grupo de hipertensas controladas, 54,4% fazia controle da ingesta sódica. Conclusão. Foi encontrada elevada prevalência de hipertensão não controlada nessa população de mulheres com sobrepeso, tendo sido identificado algumas associações importantes para o descontrole da pressão arterial, principalmente relacionadas com hábitos de vida, como a não restrição do consumo de sal. Adicionalmente, maior número de tomadas de comprimido esteve relacionada com maior controle da pressão arterial sistólica, o que pôde se relacionar a uma característica dessa população especifica de maior aderência ao tratamento medicamentoso.

Palavras-chave: Mulher. Hipertensão. Sobrepeso

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TEMA: PERFIL BIOLÓGICO, SOCIAL E OBSTÉTRICO DA MORTALIDADE MATERNA

NA BAHIA, DE 2004 A 2014

NOME ALUNO (A): INGRID TRINDADE SLVA COELHO

ORIENTADOR (A): PROFA. CRISTINA AIRES BRASIL

RESUMO

Introdução: A mortalidade materna (MM) corresponde a um indicador de saúde do país. A maior parte desses óbitos são resultantes da soma de fatores biológicos, sociais e obstétricos que são causas evitáveis. Objetivo: analisar o perfil da MM no estado da Bahia, no período de 2004-2014 Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade – SIM para as variáveis maternas. Para obter o número de nascidos vivos foi acessado o Sistema de Nascidos Vivos – SINASC, alojados na plataforma do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram incluídas todas as mortes notificadas no sistema DATASUS, sendo limitado na faixa etária de 10-49 anos, no período de 2004-2014, que foram óbitos residentes no Estado da Bahia por diversas causas no ciclo gravídico-puerperal. Resultados: Observou-se elevação na razão de mortalidade materna (RMM) no período de 2004 a 2009, seguindo com queda de 2010 a 2012. Houve um pico na RMM em 2013 (65,40) e em 2014 apresentou RMM igual a 56,85. A raça negra (preto e pardo) foi a mais acometida (75,36%). Os óbitos se concentram na faixa etária de 20-29 anos (40,17%), seguida de 30-39 anos (36,51%). Do total, 50,87% eram solteiras, 60,25% foram por causas obstétricas diretas, sendo a ordem de mais prevalente causa: Hipertensão (17,88%), Infecções (8,79%), Hemorragia (5,86%), Aborto (4,91%), HIV (2,56%). Conclusão: Conclui-se que a MM é um grave problema de saúde pública na Bahia, sendo necessário mudanças nos serviços para eliminar essas mortes evitáveis.

Palavras-chave: Mortalidade Materna. Complicações do Trabalho de parto. Atenção à saúde. Saúde da Mulher.

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TEMA: FATORES ASSOCIADOS A INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NAS

REGIÕES BRASILEIRAS, ENTRE 2007 E 2013

NOME ALUNO (A): ISABELA MAGALHÃES RAMOS

ORIENTADOR (A): PROFA. MILENA BASTOS BRITO

RESUMO

Introdução: A Sífilis Congênita (SC) é uma doença há muito tempo conhecida e de fácil tratamento. A prevenção inclui o tratamento das gestantes e seus parceiros e um acompanhamento pré-natal adequado. Entretanto, ela permanece como um grande desafio de saúde pública, sempre mantendo alto coeficiente de incidência no Brasil. Objetivos: Analisar fatores sócio-demográficos associados a Sífilis congênita nas regiões da federação brasileira. Estimar o coeficiente de incidência, coeficiente de mortalidade e descrever as características da Sífilis congênita por região brasileira no período de 2007 a 2013. Métodos: Trata-se de um estudo, observacional, com dados agregados e secundários. Resultados: O predomínio de novos casos ocorre na região Sudeste com 41,2% dos casos totais. A maioria dos casos foi em recém-nascidos do sexo feminino (47,4%), da cor parda (45,8%), com idade de até 6 dias de vida (95,2%). A maioria das gestantes possuía 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (25,5%) e realizaram assistência pré-natal (79,7%). Em relação ao tratamento do parceiro, 63,3% não realizou. O coeficiente de incidência variou de 1,03 a 4,41 casos/1000 nascidos vivos, entre 2007 e 2013, demonstrando tendência de crescimento. Já o coeficiente de mortalidade variou de 0,42 a 16,61 óbitos/1000 nascidos vivos no período, porém, a tendência linear foi de decréscimo. Conclusão: A partir da análise do estudo, ficou evidente que a SC permanece como uma doença de alta incidência no Brasil e a tendência é de crescimento. No entanto, a mortalidade parece estar sendo controlada, com uma tendência de decréscimo no seu coeficiente. Palavras-chave: Sífilis Congênita; incidência; mortalidade; Brasil.

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TEMA: COMPARAÇÃO ENTRE DIETAS COM RESTRIÇÃO DE CARBOIDRATOS E

COM RESTRIÇÃO DE GORDURAS NO COMBATE À OBESIDADE: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): ISADORA BARRETO DELLA CELLA

ORIENTADOR (A): PROF. PEDRO FLAVIO COSTA MOTTA

RESUMO

A obesidade é um problema de saúde pública mundial, cuja incidência vem aumentando de forma contínua e progressiva, podendo levar a inúmeras consequências para o indivíduo. Por conta disso, hoje há uma grande preocupação quanto ao combate à obesidade e as suas complicações. Sendo assim, muitos estudos vêm sendo realizados para definir qual seria a melhor forma dietética para seu controle e tratamento. À vista disso, essa revisão sistemática tem como objetivo comparar dietas com restrição de carboidratos e com restrição de gorduras para analisar a eficácia de ambas em relação a algumas variáveis, como perda de peso, LDL-colesterol, HDL-colesterol, triglicerídeos, glicemia em jejum e pressão arterial. Para isso, foram analisados em três diferentes bancos de dados estudos de intervenção randomizados publicados do período de 2002 a 2016, e, após passarem por avaliação de qualidade, oito artigos foram selecionados para o presente estudo. Após a avaliação desses artigos, foi possível observar que dietas com restrição de carboidratos demonstraram maior eficácia em relação à perda ponderal, à elevação dos níveis de HDL-c e à diminuição dos níveis de triglicerídeos, de glicemia de jejum e dos níveis pressóricos. A única variável em que houve um maior benefício aparente com a restrição de gorduras foi a diminuição dos níveis de LDL-c, embora não tenha sido possível realizar avaliações qualitativas, apenas quantitativas. Sendo assim, conclui-se que uma dieta com restrição de carboidratos pode ser uma alternativa mais eficaz do que uma dieta com restrição de gorduras no combate à obesidade e à síndrome metabólica. No entanto, a realização de estudos mais aprofundados é essencial para avaliar alterações em outros marcadores metabólicos importantes, mas que ainda não foram avaliados em estudos já existentes, além de estudos com maior período de intervenção para avaliar modificações a longo prazo. Palavra-chave: Obesidade; Síndrome metabólica; Comparação de dietas; Restrição de carboidratos; Restrição de gorduras.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE ALIMENTAÇÃO NA LACTÂNCIA E OBESIDADE INFANTO-JUVENIL: REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA

NOME ALUNO (A): JOANNA DE OLIVEIRA SOUZA CERQUEIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. ISABEL CARMEN FONSECA FREITAS

RESUMO

Referência: CERQUEIRA, Joanna de O.S. Associação entre alimentação na lactância e obesidade infanto-juvenil: Revisão sistemática de literatura. 2017. 38p. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2017. Introdução: A fase de lactância corresponde ao período em que o trato gastrointestinal, os rins, o fígado e o sistema imunológico encontram-se no momento de maturação. Dessa maneira, a alimentação nesse período deve ser corretamente planejada para se adequar às limitações fisiológicas e necessidades dos lactentes; estudos mostraram evidências de que fatores nutricionais e metabólicos na fase inicial do desenvolvimento humano têm efeito na saúde da criança e do adolescente, inclusive na vida adulta. Sabe-se que a obesidade é um estado de acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo assim prejudicial à saúde e, portanto, fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças. A obesidade possui diversos fatores contribuindo no seu aparecimento, tanto genéticos quanto ambientais, sendo o comportamento alimentar incluído nestes últimos. Presume-se, portanto que o comportamento alimentar inadequado às demandas e limitações fisiológicas nos primeiros anos de vida constitui-se fator importante para o desenvolvimento da obesidade em crianças e adolescentes. Objetivo: Revisar a literatura buscando a existência da associação entre a alimentação na lactância e a ocorrência de obesidade ou sobrepeso em crianças e adolescentes. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura de acordo com os critérios PRISMA; os artigos selecionados estavam contidos nas bases LILACS, SCIELO, MEDLINE e biblioteca COCHRANE e preencheram os critérios STROBE. Para a busca foram utilizados os descritores Nutrição do lactente, Obesidade, Sobrepeso, Crianças e Adolescentes e os respectivos vocábulos em inglês e espanhol; foram incluídos no estudo artigos publicados entre os anos de 2009 e 2015, nos idiomas português, espanhol e inglês e que relacionaram a alimentação na fase de lactância com a obesidade ou sobrepeso em crianças e adolescentes; as variáveis de interesse foram ano de publicação, autores, tipo de estudo, faixa etária incluída no estudo, resultados e país onde foi realizado o estudo. Resultados: Dos 576 trabalhos identificados na presente revisão sistemática, 5 foram incluídos na mesma, sendo identificados os principais resultados: introdução precoce da alimentação complementar e associação com excesso de peso, tempo insuficiente de aleitamento materno exclusivo, alimentação complementar inadequada para a idade, excesso de peso associado ao não aleitamento materno exclusivo ou predominante, inadequação quantitativa de micronutrientes em lactentes que não recebiam aleitamento materno. Conclusão: Diante do exposto na presente revisão sistemática e de acordo com a maioria dos estudos aqui evidenciados, conclui-se que há uma associação entre a alimentação na fase de lactância e o desenvolvimento da obesidade ou sobrepeso em crianças e adolescentes. Tal associação é decorrente dos principais erros alimentares cometidos em tal fase da vida, sendo eles: O aleitamento materno exclusivo insuficiente ou inexistente (até os 6 meses de vida), a introdução precoce de alimentação complementar e a alimentação complementar inadequada em sua composição para a idade da criança. Palavras-chave: Nutrição do lactente. Obesidade. Sobrepeso. Crianças. Adolescentes.

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TEMA: AVALIAÇÃO DOS PREDITORES DE MORTALIDADE EM PACIENTES IDOSOS NA UTI NOME ALUNO (A): JUAN CARLOS DE ARRUDA OLIVEIRA

ORIENTADOR (A): PROF. NIVALDO MENEZES FILGUEIRAS FILHO

RESUMO

Introdução: A idade média da população mundial está aumentando com o passar do tempo. O envelhecimento populacional resulta no aumento da prevalência de comorbidades tornando o idoso um paciente de maior complexidade. As unidades de terapia intensiva (UTI) são um recurso caro e escasso, porém possuem papel fundamental no suporte aos pacientes de alta complexidade. Os escores prognósticos Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3), Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II), e Charlson Comorbidity Index (CCI) auxiliam na predição da mortalidade de pacientes internados na UTI. Objetivo: Avaliar fatores preditores de mortalidade hospitalar em uma população de pacientes idosos internatos em UTI geral de um hospital terciário. Método: Trata-se de um estudo prospectivo observacional de Coorte, realizado em uma UTI, geral, com 30 leitos em Salvador, Bahia, Brasil. A coleta dos dados foi realizada diariamente em todos os pacientes admitidos e internados na unidade no período de março de 2010 até maio de 2013. Foram coletados: idade; gênero; tipo da admissão; duração da internação; valores de escores como SAPS 3, APACHE II e CCI; comorbidades preexistentes e mortalidade. Para estudo da associação variáveis independentes e o desfecho, foi realizada análise inferencial uni e multivariada, por regressão logística. A análise discriminatória de cada variável significativa foi realizada através da análise da área sob a curva recebedora de caracteres (AUROC). Resultados: Foram analisados 1036 pacientes, sendo 555 (53,6%) mulheres. Média de idade foi 74,81 ± 9,17 anos; mediana do tempo de internamento foi de 4 dias (IIQ: 2 - 8). A mortalidade na unidade foi de 16% (166 pacientes). Com relação aos escores prognósticos a média do SAPS 3, a mediana do APACHE II e a mediana do CCI foram respectivamente: 47,14 ± 9,66; 13 (IIQ: 10 - 17) e 1 (IIQ: 0 - 2). As comorbidades mais frequentes na amostra foram Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (73,65%), Diabetes Mellitus (DM) (29,44%), Acidente Vascular Encefálico (AVC) (19,69%); Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) (9,17%); Insuficiência Cardíaca (IC) (7,92%) e Insuficiência Renal Crônica (IRC) (6,27%). Após análise estatística, as variáveis preditoras de mortalidade, seus valores de p e AUROC foram: HAS (AUROC: 0,431 e p < 0,0001), AVE (AUROC: 0,533 e p = 0,017) e IRC (AUROC: 0,527 e p = 0,005); além de idade (AUROC: 0,61 e p = 0,001), tempo de internamento (AUROC: 0,78 e p = 0,001), SAPS 3 (AUROC: 0,73 e p = 0,001), APACHE II (AUROC: 0,75 e p = 0,00) e CCI (AUROC: 0,59 e p = 0,001). Conclusão: Na amostra estudada foram preditores de mortalidade as comorbidades AVE e IRC; além de idade mais avançada, maior tempo de internamento, escores SAPS 3, APACHE II e CCI mais elevados. Entretanto os marcadores com melhor discriminação foram tempo de internamento, APACHE II, SAPS 3 demonstrando que o uso dos escores prognósticos tende a apresentar melhores valores discriminatórios para a predição de mortalidade. Palavras-chave: Idosos. Comorbidade. UTI. Escores Prognósticos. Preditores de Mortalidade.

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TEMA: HIDROXIUREIA E VELOCIDADE DO FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): JÚLIA NASCIMENTO DENOVARO

ORIENTADOR (A): PROFA. ISA MENEZES LYRA

RESUMO

Introdução: Pacientes com anemia falciforme que apresentam velocidades do fluxo sanguíneo cerebral maiores do que 200cm/s têm um maior risco de acidentes vasculares encefálicos (AVE). Embora tenha sido documentado que a hidroxiureia tem o potencial de diminuir esse risco por reduzir as velocidades, as evidências ainda são limitadas. Esse trabalho foi desenvolvido com o intuito de reunir resultados dos estudos mais atuais sobre o tema, que justifiquem o uso da hidroxiureia como droga que atue na prevenção de AVE em pacientes com anemia falciforme. Objetivo: Descrever a relação existente entre a velocidade do fluxo sanguíneo cerebral e o uso de hidroxiureia na anemia falciforme para a prevenção de AVE. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão sistemática de literatura. As buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo com os descritores Anemia Falciforme, Hidroxiureia e com Doppler Transcraniano. Foram considerados elegíveis os estudos que utilizaram como método de investigação o ensaio clínico randomizado, nos idiomas inglês ou português, publicados nos últimos 10 anos (2006 a 2016) e realizados em humanos. A qualidade metodológica dos artigos foi avaliada através do check-list sugerido pelo CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials), sendo selecionados aqueles que contemplaram pelo menos 20 itens (80%). Resultados: Apenas três estudos alcançaram de maneira satisfatória os critérios de eleição. Em relação às velocidades do fluxo sanguíneo cerebral no Doppler transcraniano, houve redução no grupo intervenção nos estudos de Ware et al. (145 para 138 cm/s) e Hankins et al. (183,5 para 168 cm/s), comparado ao grupo controle (145 para 143 cm/s e 181,8 para 202,2 cm/s, respectivamente). Para Wang et al., o menor aumento foi encontrado no grupo intervenção (126 para 146 cm/s) comparado ao grupo controle (118 para 150 cm/s). A conversão para velocidades anormais apenas ocorreu no estudo de Hankins et al., três episódios no grupo controle. AVE foi relatado em dois estudos, de Ware et al. e de Wang et al., sendo seis AIT no primeiro (três em cada grupo) e um AVE isquêmico no segundo (grupo controle). Ware et al. encontraram aumento da hemoglobina fetal (HbF) de 8,8 para 24,4% no grupo intervenção, enquanto o grupo controle permaneceu com 10,3%; para Hankins et al., a redução foi de 11,8 para 18,8% no grupo intervenção e de 9,8 para 9,2% no grupo controle; Wang et al. apresentaram uma menor redução no grupo intervenção, de 25,9 para 22,4/%, havendo redução de 26 para 17,1% no grupo controle. Conclusão: Os estudos envolvendo a hidroxiureia e as velocidades do fluxo sanguíneo cerebral concretizam o papel desse medicamento na redução das velocidades. Entretanto, as evidências disponíveis ainda não são suficientes para afirmar a relação direta entre hidroxiureia e a prevenção de AVE isquêmico nos pacientes com anemia falciforme. Uma vez que as velocidades elevadas estão associadas a uma menor ocorrência de acidentes cerebrovasculares, a hidroxiureia permanece como uma possível alternativa à terapia atual de escolha. Palavras-chave: Anemia Falciforme. Hidroxiureia. Doppler Transcraniano

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TEMA: LAVADO PERITONEAL DIAGNÓSTICO: TÉCNICA ABERTA VERSUS TÉCNICA FECHADA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): JULIA TAVARES PEREIRA

ORIENTADOR (A): PROF. RINALDO ANTUNES BARROS

RESUMO

INTRODUÇÃO: No contexto de pacientes vítimas de trauma, dois exames são indicados para investigar possíveis sangramentos intra-abdominais: o Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD) e o Focused Assessment Sonography in Trauma (FAST). Apesar de igualmente indicados, há uma forte tendência a se utilizar o FAST em detrimento do LPD, o que levanta questões sobre o adequado conhecimento acerca da realização do lavado e suas vantagens. OBJETIVO: Avaliar a acurácia das técnicas aberta e fechada do LPD para o diagnóstico de lesão intraperitoneal secundária a trauma abdominal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática com busca feita nas bases de dados PubMed/Medline e Bireme, associada a busca manual. Foram incluídos artigos que compararam a aplicação da técnica fechada com a técnica aberta do LPD em pacientes vítimas de trauma. RESULTADOS: Dos 39 artigos encontrados, 4 ensaios clínicos randomizados foram incluídos no estudo. Nas referências encontradas, a técnica fechada não apresentou falsos-negativos em nenhum dos estudos e apenas em um trabalho apresentou 1 falso-positivo. Nos trabalhos que avaliaram o tempo do procedimento, a técnica fechada apresentou menor tempo para realização. CONCLUSÃO: A técnica fechada demonstrou vantagens em relação à acurácia e tempo de realização do procedimento. Palavras-chave: Lavado Peritoneal Diagnóstico. Trauma. Sangramento Intra-abdominal.

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TEMA: ZIKA E MICROCEFALIA PELA MÍDIA BRASILEIRA: O PARADIGMA CIENTÍFICO

NO DISCURSO DOS JORNALISTAS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE

NOME ALUNO (A): JULIANE LOPES FERREIRA DOS SANTOS

ORIENTADOR (A): PROFA. DENISE SILVA MATIAS

CO-ORIENTADORA: ME. NAUANA NOVAES

RESUMO

Em 2015 o Brasil foi surpreendido por um suposto aumento da incidência de microcefalia, que foi prontamente associada pelo Ministério da Saúde à infecção pelo vírus Zika durante a gestação. A provável associação entre Zika e microcefalia se tornou um tema de grande notoriedade para a saúde pública, alcançando ampla repercussão popular através da mídia nacional e internacional. Considerando-se a importância da imprensa como veículo de comunicação e sua significativa participação no processo de formação da opinião pública, essa pesquisa se propôs a descrever a presença do paradigma científico no pensamento de profissionais de saúde, pesquisadores ou jornalistas que informam ao público leigo a respeito de causalidade biológica. Para tanto, foi realizado um levantamento das notícias disponibilizadas na plataforma digital do jornal Folha de São Paulo, que continham o termo chave "zika e microcefalia" e foram publicadas entre 11 de novembro de 2015 a 04 de março de 2016, período em que havia pouca elucidação científica sobre o assunto. As notícias foram classificadas quanto à presença ou ausência da certeza sobre a relação entre Zika e microcefalia em seu conteúdo e quanto à ideia central nos títulos das matérias. Das 387 notícias analisadas, 51,4% relacionaram o Zika como fator causal da microcefalia, enquanto 32,8% consideraram a presença da incerteza da relação. A partir do enfoque temático dos títulos dos noticiários, constatou-se que o jornal privilegiou temas relacionados às repercussões decorrentes das doenças, representando 79,1% das matérias, onde predominou o relato de medidas de controle. Considerando-se a origem das notícias foi significativo o uso de fontes oficiais, apresentadas em 82% das notícias. Foi notório o enfoque do noticiário na divulgação e manutenção da mensagem de que Zika causava microcefalia, mesmo nas notícias que ainda consideravam a incerteza e também foram identificadas dificuldades no processo de divulgação de informações científicas, causando confusão na interpretação dos leitores sobre as informações noticiadas. Entre as medidas de controle noticiadas, observou-se uma extensa divulgação sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, de modo que a prevenção da infecção por Zika vírus pareceu ser considerada a única forma de prevenção para a microcefalia reforçando também a ideia de causalidade entre Zika e microcefalia. Outro aspecto intensamente divulgado foi o aconselhamento para que as mulheres em idade fértil evitassem engravidar naquele período. O agravante nessas recomendações é que elas podem ter influenciado mulheres grávidas a cogitar a interrupção da gestação, mediante o receio de contrair Zika e ter bebês com microcefalia. Por fim, o embasamento da grande maioria das notícias publicadas em fontes oficiais foi crucial para a percepção de que os jornalistas não transformaram, por eles próprios, a relação entre Zika e microcefalia de hipótese para causalidade.

Palavras-chave: Zika vírus, Microcefalia, comunicação em saúde.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIMORTALIDADE POR ASMA NA BAHIA, NA FAIXA ETÁRIA DE 5 A 19 ANOS, NO PERÍODO DE 2008 A 2015 NOME ALUNO (A): JULIANE MOREIRA FERREIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. ANA PAULA DE SOUZA LOBO MACHADO

RESUMO

Ferreira JM. Perfil epidemiológico da morbimortalidade por asma na Bahia, na faixa etária de 5 a 19 anos, no período de 2008 a 2015 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2017. Introdução: A asma é uma patologia presente em 300 milhões de pessoas no mundo, com projeção de acometer cerca de 400 milhões de pessoas até 2025. É caracterizada pela hiperresponsividade de vias aéreas inferiores, quando submetidas a diversos alérgenos e irritantes. É a doença crônica mais comum da infância, apresentando também alto custo para a Saúde Pública no Brasil, sendo necessários ainda mais estudos e estratégias públicas, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Descrever as características das internações por asma no estado da Bahia, no período de 2008 a 2015, na faixa etária de 5 a 19 anos. Metodologia: Estudo descritivo, de série temporal com dados agregados e secundários. Foram utilizados dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e do IBGE, a partir do Censo de 2010. Foram analisadas as variáveis: ano de internamento, macrorregião de residência, faixa etária, sexo e custo médio por internamento. Considerando a mortalidade, avaliou-se: ano do óbito, sexo, faixa etária e macrorregião de residência. Os dados relativos ao número de internações e óbitos foram agregados através do cálculo de proporções e de indicadores a partir do Microsoft Excel 2016 e o SPSS. Sendo um estudo que utilizou dados de domínio público, não houve necessidade de termo de consentimento livre e esclarecido ou de submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Houve redução do número de internações ao longo dos anos analisados, sendo a Macrorregião Sul a responsável pela maior proporção de internamentos em praticamente todo o período estudado. A faixa etária de 5 a 9 anos e o sexo masculino apresentou a maior proporção de internações nos anos analisados. Além disso, houve um aumento do custo médio de internamento no decorrer do período, especialmente na faixa etária de 5 a 9 anos. A Macrorregião Leste apresentou maior proporção de óbitos, e, apesar disto, o coeficiente de mortalidade mostrou-se decrescente nos anos analisados, sendo maior nos homens e na faixa etária de 10 a 14 anos. Conclusão: São necessários mais estudos em relação aos internamentos por asma em todas as Macrorregiões, visto que esses são concentrados apenas nas Macrorregiões Leste e Centro-leste, apesar dos altos índices de internamentos nas outras restantes. Além disso, uma melhor análise de custo-efetividade dos internamentos é necessária, tendo em vista a tendência crescente desta variável no período estudado.

Palavras-chave: Asma. Hospitalização. Óbito. SUS.

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TEMA: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA NO ENSINO DA PSIQUIATRIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): KÉVIA SOUSA RÊGO

ORIENTADOR (A): PROFA. ISA CRISTINA SALLES

CO-ORIENTADORA: PROFA. DOLORES GONZÁLEZ BORGES DE ARAÚJO

RESUMO

Introdução: Tem-se atrelado o cinema à psiquiatria teoricamente há pouco mais de um século, o que não é, portanto, um fato recente. Sua contribuição para a melhoria da educação médica vem sendo estudada em vários países do mundo nos últimos anos, tanto com alunos do curso de medicina, quanto com residentes de psiquiatria. Objetivo: analisar a utilização do cinema no ensino da psiquiatria e se há, a partir disso, melhorias na aprendizagem tanto de estudantes de medicina quanto de residentes da área. Metodologia: a partir de buscas realizadas nas bases de dados eletrônicas do PubMed/Medline, Lilacs e Scielo, nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa, foram utilizadas as palavras-chave: cinema, professional-patient relations, psychiatry. Após os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados três artigos para serem trabalhados nesta revisão sistemática, todos eles avaliados a partir do questionário da iniciativa STROBE14. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos 10 anos; estudos realizados com alunos da graduação e pós-graduação; utilização do cinema no ensino da psiquiatria. Foram excluídos, por sua vez, artigos de revisão. Resultados: a partir das palavras-chave utilizadas nesta revisão sistemática, foram encontrados 11 artigos na base de dado Medline/PUBMED e mais 14 artigos na busca manual. Deste total, apenas três contemplaram os critérios de inclusão e exclusão propostos. Foi analisada uma amostra total de 1270 participantes, dentre homens e mulheres, estudantes de medicina e residentes de psiquiatria. A duração das pesquisas variou de 10 semanas a três anos e foram utilizados métodos de ensino baseados em: projeção de filmes, discussões em grupos, além do acesso a materiais complementares acerca do tema em análise. Dos trabalhos selecionados, um atendeu aos critérios mínimos analisados a partir da iniciativa STROBE14. A partir da análise dos estudos encontrados na literatura e separados para esta revisão, pôde-se verificar que, de fato, a utilização do cinema no ensino da psiquiatria, seja durante na graduação, ou na pós-graduação, gera resultados favoráveis quando leva em consideração o crescimento educacional dos alunos perante o doente e também perante à doença psiquiátrica. Conclusão: percebe-se, portanto, que a associação de cinema e psiquiatria foi responsável por desenvolver, entre os estudantes pesquisados, atitudes benéficas no que se refere à doença e ao doente psiquiátrico. Entretanto, novos estudos devem ser feitos a fim de verificar se esse resultado é condizente com a realidade brasileira. Palavras-chave: Cinema. Relação médico-paciente. Psiquiatria.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE CABEÇA E PESCOÇO E HPV: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA COM METANÁLISE NOME ALUNO (A): LAÍS EMANUELLA CARNEIRO COELHO

ORIENTADOR (A): PROF. LEONARDO FREITAS BOAVENTURA RIOS

CO-ORIENTADORA: PROFA. LILIANE ELZE FALCÃO LINS KUSTERER

RESUMO

OBJETIVO – Apesar da associação do Papilomavírus humano (HPV) com os carcinomas epidermóides do trato aerodigestório de cabeça e pescoço (CECCP) já ter sido bem estabelecida, ainda há na literatura divergências em relação a mesma. O objetivo desse estudo foi desenvolver uma revisão integrativa da literatura com metanálise para verificar a associação entre HPV e o CECCP e identificar os fatores que poderiam justificar um melhor prognóstico/sobrevida dos pacientes HPV positivos. MÉTODOS – Realizou-se uma busca nas bases de dados MEDLINE e LILACS, utilizando as palavras-chave “carcinoma de cabeça e pescoço” e “HPV” e “Head and Neck Neoplasms’ or ‘squamous cell carcinoma of head and HPV”. Foram selecionados nove estudos, sendo seis de caso-controle e três coortes abordando a infecção do HPV em pacientes com (CECCP). A partir daí, os seis casos controles foram analisados para as metanálises, que confirmavam o status HPV via PCR nos tumores CECCP genericamente e restritos a orofaringe (CEC/OF). Os trabalhos selecionados foram organizados relacionados aos sítios anatômicos respectivamente em duas tabelas (Tabela 3 e 4), para análise do Odds Ratio (OR), pela análise de DerSimonian-Laird, no BioEstat 5.3. RESULTADOS – Três casos controles foram incluídos na Tabela 3, cuja metanálise focada nos CECCP genericamente evidenciou que o HPV no grupo com CECCP não foi superior ao grupo controle (OR 2,201; CI 95%: 0.549 a 8,820; p < 0,0001); os outros três casos controles foram incluídos na Tabela 4, cuja metanálise focada no CEC/OF também evidenciou que o HPV no grupo com CEC/OF não foi superior ao grupo controle (OR 2,067; CI 95%: 0.678 a 6,301; p < 0,0001) e nas três coortes foram analisadas variáveis relacionadas a sobrevida/prognóstico dos paciente com CECCP e HPV positivos. CONCLUSÃO – Os estudos incluídos na presente revisão demonstraram individualmente associação entre as duas manifestações; porém as metanálises não demostraram essa associação, provavelmente em função do número limitado de estudos incluídos.

Palavras-chave: Carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço. HPV. Metanálise. Associação. Prognóstico.

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TEMA: GRAU DE EMPATIA E RESILIÊNCIA NA FORMAÇÃO DO ACADÊMICO DO CURSO DE MEDICINA NOME ALUNO (A): LARISSA DE SOUZA OLIVEIRA

ORIENTADOR (A): PROF. ME. RINALDO ANTUNES BARROS

RESUMO

Introdução: O estabelecimento de uma boa relação médico-doente é sedimentado em uma diversidade de competências das quais se inclui a empatia médica, que significa reconhecimento das emoções do paciente, sendo uma competência multidimensional, tomando a perspectiva do doente acerca do problema apresentado. A resiliência é definida como um processo de adaptação positiva diante de um contexto desfavorável, no qual o indivíduo demonstra uma notável capacidade de superar condições adversas. A avaliação do grau de empatia e resiliência permite identificar os déficits durante a formação acadêmica e, com isso, desenvolver alguma estratégia para melhorar a educação médica. Objetivo: Avaliar o grau de empatia e resiliência do acadêmico de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública em Salvador – Bahia, no ano de 2014. Metodologia: Estudo descritivo e analítico feito no ano de 2014, na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em todos os semestres do curso. Foram aplicados o questionário sócio-demográfico, a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal - EMRI e o questionário sobre resiliência, feito com base na Resilience Scale (RS14). A descrição dos resultados foi feita por meio de percentagem simples e análise de variáveis contínuas por estatística descritiva com medidas de porcentagem com tendência central. Resultados: 148 questionários, com predomínio do ciclo básico (88) e do sexo feminino (97). Na avaliação global da empatia, foram obtidas uma média geral de todo o Curso de 71,65, com 72,61 no ciclo básico, 72,79 no profissionalizante e 69,56 do internato. Ao analisar a ENRI, com base no sexo, obteve-se uma média geral do sexo feminino de 73,045 e do masculino de 66,257. Na avaliação do escore global do questionário RS14, foram obtidas uma média geral de 48,5, com valor no ciclo básico de 40,09, do profissionalizante 42,05 e do internato 63,37. Ao avaliar a RS14, com base nos sexos, obtiveram-se as médias de 40,281 para as mulheres e 47,643 para os homens. Conclusão: A empatia foi maior na população feminina do curso e, em relação aos ciclos houve, uma leve diminuição no ciclo do internato. Em relação a resiliência, foram obtidos níveis muito baixos em todos os ciclos, com uma variação maior na população feminina do internato.

Palavras-chave: Educação médica. Empatia. Resiliência Psicológica.

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TEMA: DIVERTICULITE AGUDA NÃO COMPLICADA: CONDUTA OBSERVACIONAL VERSUS ANTIBIOTICOTERAPIA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): LEONARDO MATOS PEIXOTO

ORIENTADOR (A): PROF. RINALDO ANTUNES BARROS

RESUMO

INTRODUÇÃO: A diverticulite aguda é uma doença que aparece em cerca de 5% dos indivíduos portadores de doença diverticular. A fisiopatologia mais comumente descrita é a resultante da obstrução do divertículo, habitualmente por material fecal, gerando um quadro inflamatório, que pode se apresentar como diverticulite complicada ou não complicada. Na diverticulite não complicada, os guidelines preconizam conduta em ambiente ambulatorial com o uso de antibióticos, para todos os pacientes, em esquema de duração média de 10 dias, mesmo sem esta conduta estar embasada por evidências na literatura. OBJETIVO: Avaliar a necessidade de antibioticoterapia nos pacientes com diverticulite aguda não complicada. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática com busca feita nas bases de dados PubMed/Medline e Bireme, associada a busca manual. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, ensaios clínicos, estudos de coorte e estudos de caso controle que compararam o a conduta observacional com o uso de antibióticos na diverticulite aguda não complicada. RESULTADOS: Foram encontrados 140 artigos com a estratégia de busca e 2 artigos com a busca manual. Dos 142 artigos pré-selecionados, 6 foram incluídos no estudo. Não foi encontrada, nos 6 estudos, diferença estatisticamente significante comparando dados de mortalidade, ocorrência de diverticulite complicada, recorrência de diverticulite e necessidade de cirurgia comparando os pacientes submetidos à conduta observacional e os submetidos à antibioticoterapia. Em dois estudos, foi encontrada diferença estaticamente significante no tempo de internação desde a admissão no hospital. CONCLUSÃO: As evidências reunidas na literatura demonstram que não há necessidade de antibioticoterapia para os pacientes com diverticulite aguda não complicada, sendo a conduta observacional uma opção eficaz e segura para essas situações.

Palavras-chave: Diverticulite Aguda. Não Complicada. Antibióticos. Tratamento.

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TEMA: AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO PERCENTUAL DE ÓBITOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM ADULTOS JOVENS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2015

NOME ALUNO (A): LEOPOLDO ANDRADE DOS SANTOS NETO

ORIENTADOR (A): PROFA. ANA CRISTINA OLIVEIRA ANDRADE

RESUMO

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é primeira causa de mortes no Brasil, de acordo com a base de dados do DATASUS, que registra cerca de 100 mil óbitos anuais devidos à doença. Apesar de poder ocorrer em praticamente qualquer idade, a frequência dos IAMs sobe progressivamente com o aumento da idade, não deixando, no entanto, de acometer a população adulto jovem, no auge de sua vida produtiva. Objetivo: Descrever a evolução dos percentuais de óbitos no Brasil, em pacientes adultos jovens vítimas de infarto agudo no miocárdio do Brasil, no período de 2008 a 2015. Métodos: Trata-se de estudo descritivo no Brasil e suas regiões com dados agregado a partir de dados secundários do DATASUS em indivíduos adultos-jovens, no período de 2008 a 2015, utilizando as variáveis de faixa etária, sexo, cor, número de óbitos e distribuição por região e unidades da federação. A análise e apresentação dos dados obteve-se através do cálculo das proporções e letalidade hospitalar. Resultados: O gênero feminino apresentou percentual menor de acometimento de IAM. Corroborando com outros estudos, relacionando-se a região, os dados demonstraram que a região sudeste era a que possuía para o período de estudo, as maiores percentuais de IAM do país, em detrimento da região Centro-Oeste, podendo isto ser explicado pela concentração populacional desta região e pelo estilo de vida mais inadequado da população. No que concernia a etnia, foram encontrados poucos estudos que abordassem o tema, mas de acordo com os dados levantados nas plataformas do DATASUS a população branca era mais acometida pelo Infarto Agudo do Miocárdio do que a população negra. Conclusão: No Brasil os percentuais de IAM em pacientes adultos jovens, embora pequeno em relação a idade mais avançada, representa significância pela precocidade da idade que acomete. O gênero masculino apresentou o maior percentual de óbitos hospitalares havendo um leve incremento no período estudado. Na população estudada, a região sudeste apresentou maior percentual de óbitos, e a região centro-oeste o menor percentual de óbitos hospitalares. O grupo étnico branco apresentou os maior número de óbito enquanto a população preta manteve os menores índices. Palavras-chave: Percentual de Óbitos; Infarto Agudo do Miocárdio; Adultos Jovens.

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TEMA: PROGNÓSTICO TARDIO DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA DECORRENTE DE TROMBOSE DE STENT VERSUS MECANISMO DE INSTABILIZAÇÃO DE PLACA ATEROSCLERÓTICA

NOME ALUNO (A): LETÍCIA LARA FONSECA

ORIENTADOR (A): PROF. LUÍS CLÁUDIO LEMOS CORREIA

RESUMO

Objetivo: Testar a hipótese de que síndrome coronariana aguda (SCA) cujo mecanismo fisiopatológico é trombose de stent apresenta pior prognóstico do que indivíduos cujo mecanismo é instabilização de placa aterosclerótica. Métodos: Pacientes com critérios objetivos de SCA, submetidos a coronariografia durante o internamento, foram incluídos no estudo. Trombose de stent foi definida angiograficamente por trombo no interior ou 5 mm adjacente ao stent. Durante o internamento, foi registrado o desfecho composto de óbito cardiovascular, infarto não fatal ou angina refratária. Após a alta, o desfecho composto de óbito cardiovascular, reinternamento por infarto ou reinternamento por angina foi registrado com 1 mês, 6 meses, 12 meses e a cada ano subsequente. Resultados: Incluídos 485 pacientes, idade 64 ± 14 anos, 59% do sexo masculino, 24% com SCA com supradesnivelamento do segmento ST. Foram diagnosticados 10 pacientes com trombose de stent. O escore prognóstico GRACE não diferiu entre os pacientes com e sem trombose de stent (115 ± 25 versus 119 ± 39, p = 0,73). Na fase hospitalar, o grupo trombose de stent não apresentou o desfecho combinado, enquanto o grupo sem trombose apresentou 13% de eventos, entretanto, essa diferença não foi significativa (p = 0,23). O tempo de seguimento após a alta foi semelhante entre os grupos trombose e não trombose (447 ± 485 dias versus 535 ± 381 dias), tendo sido observada incidência de 44% de eventos combinados no grupo de trombose, significativamente superior à incidência de 17% nos demais pacientes (p = 0,028). Análise de sobrevida confirmou o resultado, com média estimada de tempo livre de eventos de 331 dias (95% IC = 207 – 455) para o grupo trombose, comparado a 1236 dias (95% IC = 1132 – 1340) para o grupo sem trombose de stent (hazard ratio = 5,7; 95% IC = 2,1 – 16; P < 0,001). Conclusão: A despeito de favorável evolução na fase aguda, pacientes admitidos com trombose de stent possuem maior risco de eventos cardiovasculares tardios, quando comparados a pacientes com SCA não relacionada à trombose de stent. Palavras-chave: Síndrome Coronariana Aguda. Trombose de Stent. Placa Aterosclerótica.

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TEMA: INFLUÊNCIA DA INJÚRIA RENAL AGUDA NO PROGNÓSTICO DE PACIENTES APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

NOME ALUNO (A): LETÍCIA MASCARENHAS MAIA DE CARVALHO

ORIENTADOR (A): PROF. MAURÍCIO BRITO TRIXEIRA

RESUMO

Carvalho, LMM. Influência da injúria renal aguda no prognóstico de pacientes após infarto agudo do miocárdio. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2017. Introdução: A injúria renal aguda (IRA) é uma patologia definida como deficiência aguda da função renal, e está relacionada com alterações morfológicas ou funcionais do rim. A IRA pode ser ocasionada por uma disfunção cardíaca, o que é conhecido como Síndrome Cardiorrenal. Essa síndrome pode ocorrer por mecanismos hemodinâmicos, inflamatórios e por iatrogenia (medicamentos ou pelo contraste). A angiografia coronariana é um exame bastante utilizado em doenças arteriais coronarianas, como infarto agudo do miocárdio (IAM). Alguns estudos sugerem que pacientes que desenvolvem IRA no período pós-infarto tendem a ter pior prognóstico. Objetivo: Comparar o prognóstico de pacientes que foram submetidos ao cateterismo pós IAM e que desenvolveram IRA com os que não desenvolveram IRA em relação ao tempo de internação em UTI, necessidade de diálise e mortalidade. Metodologia: Trata-se de uma coorte de caráter retrospectivo, realizada através de análise de dados de pacientes que tiveram IAM com supradesnivelamento de segmento ST e foram submetidos a angiografia coronariana para angioplastia primária. Os pacientes foram avaliados quanto as suas características clínicas e demográficas. Resultados: Foram avaliados 149 pacientes, 92 (61,7%) do sexo masculino, com média de idade de 60,4 + 12,1 anos. Tivemos 61 (40,9%) casos de IRA, sendo 46 (75,4%) classificados como KDIGO 1, 7 (11,5%) KDIGO 2 e 8 (13,1%) KDIGO 3. Entre os classificados como KDIGO 3, 5 (62,5%) necessitaram de diálise. Foram 11 óbitos, sendo 10 no grupo IRA, representando 16,4% desses pacientes, e 1 no grupo não IRA (1,14%) (p=0,001). Os pacientes com IRA também tiveram um maior tempo de permanência na UTI (3,96 + 3,48 dias versus 2,31 + 3,09 dias, p=0,01). Dos 24 pacientes com instabilidade hemodinâmica 15 estavam no grupo IRA e 9 no grupo não IRA (p=0,019). Conclusão: Através do estudo, concluiu-se que pacientes com IAM com supradesnivelamento de ST que desenvolveram IRA tiveram pior prognóstico quando avaliados quanto ao tempo de internação e mortalidade. Notamos também uma associação entre instabilidade hemodinâmica e lesão renal. Palavras-chave: Meios de Contraste. Prognóstico. Lesão Renal Aguda. Angiografia. Infarto do Miocárdio.

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TEMA: MORBIMORTALIDADE DE ADOLESCENTES COM DOENÇA FALCIFORME NA

BAHIA ANTES E DEPOIS DA TRIAGEM NEONATAL: O QUE NOS DIZ O DATASUS?

NOME ALUNO (A): LETÍCIA SOARES DE ARAÚJO ANDRADE

ORIENTADOR (A): PROF. NEY BOA SORTE

RESUMO

Introdução: A anemia falciforme é a doença hereditária monogênica mais comum no Brasil. Desde 2001, políticas de saúde pública vem sendo implantadas na tentativa de melhorar o padrão de morbimortalidade da doença, como a inclusão dos testes diagnósticos para hemoglobinopatias no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). A Bahia, estado com maior população negra do país, apresenta a maior incidência nacional de doença falciforme em nascidos vivos (1:650), porém não há ainda análise epidemiológica que verifique os impactos da triagem neonatal no registro de óbitos e internamentos por adolescentes neste estado. Objetivos: Analisar, comparativamente, os perfis de morbimortalidade por doença falciforme em adolescentes de 10 a 19 anos de idade que residem no estado da Bahia em diferentes períodos de tempo: 6 anos antes da inclusão dos exames diagnósticos da doença na triagem neonatal (1996 – 2002) e 12 anos após (2003 – 2014), avaliando ainda, de forma secundária, as alterações ocorridas neste perfil de morbimortalidade. Metodologia: Estudo de agregados, observacional, de série temporal, tendo como objeto de análise dados de internamentos e óbitos, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com motivação associada à anemia falciforme. Dados referentes à população de adolescentes residentes na Bahia foram obtidos do site do IBGE. Foram incluídas todas as AIHs aprovadas de pacientes de 10 a 19 anos de idade com diagnósticos relacionados aos códigos CID da doença em questão, assim como todas as declarações de óbito cujas causa de base tenham sido os “Transtornos falciformes”. Os dados foram descritos, em seus valores absolutos e percentuais, sob a forma de gráficos. Regressão linear foi utilizada para descrever a tendência temporal das taxas calculadas. Resultados: Foram identificados, nos dezoito anos estudados, um registro de 2.740 internamentos e 146 óbitos de adolescentes por complicações secundárias à anemia falciforme. Houve um crescimento no número de internamentos ao longo dos anos, sendo que o período posterior à implantação dos exames para diagnóstico da doença na triagem neonatal (2003 – 2014) representou a maior parte deste crescimento, com aumento de em média 29,8 internamentos/ano. Com relação aos óbitos, houve um aumento médio de 0,31 mortes/ano de 1996 a 2014, com menor média deste aumento no período pós-triagem, de 0,24 óbitos/ano, quando comparado ao pré-triagem, de 0,42 óbitos/ano. Apesar disto, os óbitos em números absolutos se apresentaram em maior quantidade anualmente no período posterior. Observou-se que as taxas de hospitalizações apresentaram um crescimento significativo, principalmente a partir de 2006, em detrimento das taxas de mortalidade, que mantiveram uma baixa variabilidade e menor crescimento ao longo dos anos. Conclusão: Parece ter havido um melhor registro da doença falciforme nos laudos de internamento e nas declarações de óbito após a implantação da triagem neonatal, mesmo não sendo os adolescentes, provavelmente, identificados por essa política. Provavelmente, muitos outros fatores ainda influenciam para uma melhor visibilidade da doença, ressaltando a importância do correto preenchimento das AIHs e das declarações de óbito pelo médico. Palavras-chave: Morbimortalidade. Anemia Falciforme. Adolescentes. Série temporal.

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TEMA: ANÁLISE DO CUSTO DE INTERNAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

NÃO NEOPLÁSICAS MAIS PREVALENTES EM UM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM

PNEUMOLOGIA

NOME ALUNO (A): LORENA VARJÃO OLIVEIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. ANA CLÁUDIA COSTA CARNEIRO

RESUMO O presente estudo teve como objetivo identificar e analisar os custos de internamento hospitalar por doenças respiratórias, tais como DPOC, asma, pneumonia, tuberculose e fibrose cística, num hospital de referência em pneumologia em Salvador- Ba, o Hospital Especializado Octavio Mangabeira (HEOM/SESAB). Foi realizado um estudo descritivo de corte transversal através da coleta de dados realizada nos espelhos de custos anexados aos prontuários de pacientes internados durante o ano de 2015. Neles foram analisadas algumas variáveis como o sexo do paciente, a patologia causadora da internação, faixa etária. Foi aplicada análise estatística acerca de diversas variáveis, utilizando a mediana após a verificação da sua normalidade através de histograma, a distribuição percentual, além de ser realizada tabulação cruzada no intuito de obter uma análise comparativa/ descritiva. O Brasil possui investimento em saúde inferior à média mundial o que evidencia a importância do levantamento de custos hospitalares e de medidas estratégicas para melhor investir o dinheiro público. Observamos no nosso estudo que o sexo masculino foi responsável pelo maior número de internamentos, sendo a pneumonia a patologia mais observada, o custo médio de internamento foi de R$ 697,78. Este variou de acordo com diversos aspectos como, a faixa etária do paciente sendo maior gasto na faixa adulta, tempo do tratamento, patologia causa da internação, a tuberculose se destacando como doença mais dispendiosa, presença de comorbidades, realização de procedimentos especiais e internação em UTI, sendo esses três últimos aspectos responsáveis por um aumento significativo dos custos de internação. Esta pesquisa, faz um apanhado da realidade de custos da saúde brasileira e seus poucos investimentos, evidenciando a necessidade de investigar e traçar estratégias para melhoria do sistema de saúde focando na prevenção. Nosso trabalho alerta para os custos do internamento, visando sensibilizar gestores para um olhar preventivo sobre a saúde.

Palavras-chave: Planejamento em saúde, prevenção e análise de custo.

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TEMA: LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA – UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS

NOME ALUNO (A): LUCAS ABREU BARREIRO

ORIENTADOR (A): PROF. JOSÉ HENRIQUE SILVA BARRETO

RESUMO

Barreiro LA; Barreto JHS. Estudo de sobrevida em crianças portadoras de leucemia linfoblástica aguda em um serviço de referencia para o tratamento do câncer infato-juvenil no estado da bahia. [Trabalho de conclusão de curso]. Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 2017 Analisou-se o tempo de sobrevida livre de doença após remissão (SLD) em crianças portadoras de leucemia linfoblástica aguda (LLA), acompanhadas em um Serviço de Referência para o Diagnóstico e Tratamento do Câncer Infantil, em Salvador, Bahia, no período de janeiro de 1985 a dezembro de 2000. Foram avaliados os dados de 497 pacientes com diagnóstico de LLA, confirmados por mielograma e tratados segundo os protocolos terapêuticos do Grupo Brasileiro para o Tratamento da Leucemia na Infância (GBTLI-LLA), sendo que 468 foram elegíveis para o estudo. Desses, 258 eram pertencentes ao ensaio GBTLI-LLA 85, e outros 210, ao GBTLI-LLA 93. As variáveis estudadas para a SLD incluíram o protocolo empregado, tempo de início dos sintomas até o diagnóstico, idade ao diagnóstico, sexo, leucometria inicial, existência de massa tumoral em mediastino, existência de infiltração do sistema nervoso central, presença de blastos na medula óssea no 28º dia da terapia de indução e grupo de risco, definido em baixo ou alto risco de acordo com critérios estabelecidos nos protocolos. O Método de Kaplan-Meier e o Modelo de Regressão de Cox foram aplicados para obter estimativas das funções de sobrevida e de razão de falha (HR). Notou-se diferença em SLD quando foram comparados os protocolos empregados, com maior valor médio do tempo de remissão para o grupo GBTLI-LLA 85, correspondendo a HR=0,7696 e intervalo de confiança a 95% de 0,5054 – 1,1718, embora estatisticamente não significante. Esperava-se encontrar maior chance de recaídas para indivíduos do sexo masculino e para aqueles com idade inferior ou igual a 12 meses e superior ou igual a 120 meses. Os resultados mostraram não existir diferenças para chance de recair entre os sexos (p=0,968), idade (p=0,759) e grupo de risco (p=0,720). A variável leucometria inicial mostrou ser o mais importante fator prognóstico para recaída (p=0,0095), fazendo parte, juntamente com o protocolo empregado, do modelo final da análise. Independentemente de fatores imunofenotípicos, genéticos e biomoleculares, o diagnóstico precoce permitirá um tratamento mais brando, menos tóxico e com menos chance de recaída da doença, aumentando as probabilidades de cura. Os dados apresentados estão de acordo com aqueles obtidos no estudo nacional do GBTLI, e as informações geradas servirão para ampliar os conhecimentos sobre esta doença, evidenciando suas características regionais. Palavras-chave: câncer, leucemia linfoblástica aguda, infância, sobrevida

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TEMA: RELAÇÃO ENTRE A FREQUÊNCIA DO USO DE PARACETAMOL E O DESENVOLVIMENTO DE HEPATOTOXICIDADE

NOME ALUNO (A): LUCAS ARAÚJO TRINDADE SUFFREDINI

ORIENTADOR (A): PROFA. MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO

RESUMO

Introdução: Os efeitos adversos relacionados à lesão hepática induzida por drogas ou DILI são de extrema importância de saúde pública, sendo altamente prevalentes na sociedade e principais responsáveis pela retirada das drogas do mercado. A necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre o mecanismo hepatotóxico assim como a busca por medidas de controle de morbimortalidade vinculadas à hepatotoxicidade justificam a realização do estudo. Objetivos: Estudar a epidemiologia dos efeitos e eventos adversos por hepatotoxicidade induzida pelo paracetamol, verificar se existe diferença entre as diversas faixas etárias e identificar a frequência relatada de hepatotoxicidade grave. Metodologia: Estudo de revisão sistemática com base nas fontes de dados em Lilacs, Cochrane SciELO, Bireme e PubMed. De 33 artigos publicados nos anos de 2011 a 2016, nos idiomas português, inglês e espanhol foram selecionados 8 observacionais para análise crítica dos resultados. O critério metodológico de análise dos artigos foi o STROBE, pois se priorizou estudos observacionais. A construção da revisão foi baseada no protocolo PRISMA. Resultados: A hepatotoxicidade grave foi minoria nos estudos, tendo a maior parte dos casos apresentado bom desfecho apenas com tratamento clínico. Foi observado uma grande prevalência e incidência de hepatotoxicidade no sexo feminino e na população adulta jovem, na faixa dos 30 anos. Como principal evento adverso foi identificada a falência hepática aguda. Na revisão geral dos estudos foram contabilizados 226 óbitos, 112 transplantes e 2084 desfechos clínicos bem sucedidos, o que corresponde a uma taxa de sucesso na sobrevida geral de aproximadamente 86,9%, já incluindo os transplantados sobreviventes. Conclusão: A automedicação inapropriada com a livre oferta de medicamentos associada com questões psicossociais tem sugerido importante efeito no aumento de casos de overdose intencional e acidental, e por consequência, DILI, sendo mais frequente no sexo feminino e na faixa etária dos 30 anos. Desse modo há necessidade de intervenções de políticas públicas de saúde no melhor entendimento do nexo causal para esse grupo de risco. Palavras-chave: Hepatite aguda. Paracetamol. Lesão hepática. Hepatotoxicidade.

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TEMA: ESCOLHA PROFISSIONAL VERSUS RESILIÊNCIA DO ESTUDANTE DE MEDICINA DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA

NOME ALUNO (A): LUCAS DE ANDRADE PEDREIRA

ORIENTADOR (A): PROF. RINALDO ANTUNES BARROS

RESUMO

INTRODUÇÃO: Atualmente o profissional e estudante de medicina encaram uma série de desafios complexos. A angústia e o sofrimento do acadêmico de medicina parecem ser causados por uma série de razões que afetam diretamente na sua resiliência durante o curso. Não se sabe, porém, se esta aflição já está presente desde o início do curso, em sua escolha e se esta influencia no grau de resiliência do acadêmico. OBJETIVO: Avaliar a relação, entre os ciclos da graduação, do motivo da escolha profissional com a resiliência do estudante de medicina durante graduação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. METODOLOGIA: Trata-se de Estudo descritivo e analítico, com análise prospectiva de questionários aplicados aos acadêmicos de medicina da EBMSP, através de uma plataforma virtual online, em Salvador, Bahia (BA), no ano de 2014. Os estudantes do Curso de Medicina da EBMSP, foram convidados a participar da pesquisa e responder os questionários: dados sócio-demográficos e a Escala de Resiliência de Wagnild & Young. RESULTADOS: Foram considerados um total de 148 (cento e quarenta e oito) estudantes do Curso de Medicina da EBMSP representativos do semestre acadêmico de 2014.2. Quando ponderada a satisfação pessoal com relação ao sentimento de felicidade, 146 (98,65%) alunos se sentem felizes com a escolha profissional e 02 (1,35%) se enquadram como infelizes. Os estudantes do Internato obtiveram uma média de resiliência muito baixa (63,38), enquanto os do ciclo intermediário e básico obtiveram uma média baixa (42,05 e 30,37 respectivamente). Os acadêmicos do Internato obtiveram uma maior porcentagem (33% e 50%) comparado aos outros ciclos, quando avaliado a influência familiar e remuneração respetivamente como motivo de escolha profissional. O desejo de ajudar o próximo do ciclo básico, intermediário e internato foram 85,23%, 62,5% e 50% respectivamente. CONCLUSÃO: Os estudantes de medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Público, possuem um grau de resiliência insatisfatório, com pior resultado no internato. Percebeu-se proporcionalidade entre o grau de resiliência mais baixo durante o último ciclo, e os motivos relacionados à remuneração e influência familiar, os quais tiveram um peso maior nesses estudantes. Palavras-chave: Resiliência. Escolha profissional. Felicidade.

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TEMA: ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM CRIANÇAS E

ADOLESCENTES EM UM HOSPITAL PÚBLICO NA BAHIA

NOME ALUNO (A): LUCAS VIANA ALVES CASTRO

ORIENTADOR (A): PROF. DILTON RODRIGUES MENDONÇA

RESUMO

Castro LVA, Mendonça DR. Acidentes por animais peçonhentos em crianças e adolescentes em

um hospital público na Bahia. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Curso de Medicina, Escola

Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2017.

Introdução: as intoxicações agudas por animais peçonhentos em crianças e adolescentes

representam um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Objetivos:

descrever as intoxicações agudas por animais peçonhentos em crianças e adolescentes,

identificando as características epidemiológicas, os principais grupos envolvidos e a evolução

clínica dos pacientes. Métodos: estudo descritivo, de série temporal em crianças e adolescentes

de 0 a 14 anos, atendidas no Hospital Geral Roberto Santos e pelo Centro Antiveneno da Bahia,

vítimas de intoxicações, no período de 1º de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2012. A coleta

de dados foi realizada nos prontuários e nas fichas de notificação, sendo estudadas as variáveis

que compreenderam as características dos eventos e dos grupos de animais envolvidos, a

evolução clínica e os desfechos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva

através do programa SPSS 21.0. Resultados: foram selecionados 657 casos de intoxicação

exógena aguda, sendo 186 (28,3%) causados por animais peçonhentos, predominando o sexo

masculino (59,1%), em pacientes de 5 a 14 anos (69,9%), com procedência de Salvador (75,3%).

Os acidentes predominaram no outono (31,2%) e no inverno (26,4%), de 14h a 21h59min (52,6%)

e nas residências (49,5%). Na cidade de Salvador, a maior parte dos acidentes ocorreu no distrito

sanitário Cabula/Beiru (25,2%). Os envenenamentos no distrito Barra/Rio Vermelho foram

causados principalmente pelos escorpiões (75%), enquanto que o distrito de Cajazeiras registrou

a maior frequência de acidentes ofídicos (7,2%). Os principais grupos de animais descritos foram

os escorpiões (28,5%), as serpentes (25,8%) e as aranhas (14%). A principal espécie

escorpiônica foi a T. stigmurus (30,2%), enquanto que o gênero predominante de serpente foi o

Bothrops (72,9%). A dor (46,7%) e o edema (26,3%) foram as principais manifestações locais em

acidentes por escorpiões e serpentes, enquanto que as manifestações sistêmicas variaram de

acordo com cada grupo descrito. A maioria dos envenenamentos foi classificada como leve

(66,7%) e 100% dos casos evoluíram para a cura sem sequelas. Conclusão: os acidentes por

animais peçonhentos em crianças e adolescentes são mais frequentes na faixa etária de 5 a 14

anos, no sexo masculino, em Salvador, e causados por escorpiões. Os principais gêneros de

escorpiões e serpentes foram Tytius e Bothrops, respectivamente. As manifestações locais mais

frequentes foram dor e edema, sendo que as sistêmicas variaram de acordo com o grupo

envolvido. A maioria dos envenenamentos foi classificada como leve e não houve nenhuma

evolução para o óbito. As estratégias de combate e prevenção de novos acidentes por animais

peçonhentos no estado da Bahia, com base no perfil epidemiológico descrito, podem reduzir a

morbidade e mortalidade desses acidentes.

Palavras-chave: Intoxicações. Animais peçonhentos. Crianças. Acidentes.

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TEMA: O PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES COM DIAGNÓSTICO

DE HIV ADMITIDAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE SALVADOR NO ANO DE

2013

NOME ALUNO (A): LUCIANA ALMEIDA SANTOS PEIXOTO

ORIENTADOR (A): PROFA. CIBELE MARIA R. DOURADO

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil clínico-epidemiológico das gestantes com diagnóstico de HIV no ano de 2013 em um centro de referência de Salvador-BA. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com dados secundários. Possui tamanho amostral de 48 gestantes. Os dados foram coletados dos prontuários das gestantes portadoras de HIV admitidas no centro de referência no ano de 2013, tabulados e descritos com base em variáveis estatísticas. Todos os aspectos éticos foram respeitados. Houve predomínio de mulheres em idade reprodutiva (média de 28,25 anos), pardas (58,3%), solteiras (62,5%), com ensino médio concluído (29,2%) e parceiro fixo (85,4%). A categoria de exposição destacada foi a sexual (10,4% fazia uso habitual de preservativo). Houve baixa incidência de infecções oportunistas (8,3%), com predomínio de carga viral abaixo de cem mil cópias (91,7%) e contagem de linfócitos TCD4 acima de 500 células (43,7%) no momento do diagnóstico. Refletindo o diagnóstico em fase assintomática da doença. Conhecer o perfil atual das gestantes diagnosticadas com HIV é fundamental para promover ações direcionadas de prevenção da infecção e, consequentemente, diminuir as taxas de transmissão vertical da doença. Palavras-chave: Perfil de Saúde. Gestantes. HIV. Epidemiologia Descritiva. Brasil.

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TEMA: TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO

ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2004 A 2014

NOME ALUNO (A): LUISA FERREIRA SILVA LOPES

ORIENTADOR (A): PROFA. ANDRÉA QUEIROZ VILAS BOAS

RESUMO

Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro câncer mais comum entre mulheres brasileiras. O principal fator de risco para essa neoplasia é a infecção persistente por tipos altamente oncogênicos do papilomavírus humano (HPV). A evolução para malignidade é lenta e gradativa e por isso o câncer de colo de útero é, dentre os tipos de neoplasia, aquele cujas medidas de rastreamento se mostram mais efetivas. No Brasil, as primeiras iniciativas profissionais para diagnóstico precoce e detecção de lesões precursoras vieram a partir de 1940, mas mesmo após 70 anos a cobertura dessas medidas não é tão efetiva quanto deveria. Em concordância, não se observam quedas significativas nas taxas de mortalidade pelo câncer do colo do útero no Brasil, onde elas se encontram muito superiores à de países desenvolvidos. As maiores taxas de mortalidade são encontradas nas regiões menos desenvolvidas do Norte e Nordeste, como a Bahia. A ausência de estudos atuais no estado e para reforçar a magnitude dessa neoplasia para que se possa aperfeiçoar as estratégias de rastreamento e prevenção justificam a necessidade de uma análise mais detalhada do assunto. Objetivo: Descrever a tendência de mortalidade por câncer de colo de útero no estado da Bahia entre os anos de 2004 a 2014 por ano de ocorrência, por macrorregião e por faixa etária. Metodologia: Estudo descritivo agregado de série temporal, com banco de dados sobre mortalidade do Sistema de Informação sobre Mortalidade e demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados foram descritos em número absolutos, proporções, médias e desvio padrão e foram utilizados o software IBM Statistical Package for the Social Sciences e o Microsoft Excel para realização de gráficos e tabelas, a regressão linear simples e a verificação da tendência temporal do indicador taxa de mortalidade Resultados: observou-se um discreto aumento (β=0,014) na tendência da taxa de mortalidade por câncer cervical na Bahia no período, com taxa média de 5,56 óbitos/100.000 mulheres. No Brasil, a taxa de mortalidade média foi de 5,06 óbitos/100.000 mulheres e o país também apresentou tendência ao aumento da taxa (β=0,058). Na Bahia, de 2004 a 2014, foi encontrada uma tendência de aumento da mortalidade ao longo do aumento da faixa etária (β=3,966), tendo a faixa de 80 anos ou mais atingindo a média de 24,57 óbitos/100.000 mulheres no período. Todas as macrorregiões de saúde da Bahia apresentaram tendência ao aumento das taxas de mortalidade no período, tendo a macrorregião Sul alcançado a maior média no período, 5,88 óbitos/100.000 mulheres. Conclusão: Na Bahia, observou-se uma tendência discreta ao aumento da taxa de mortalidade por câncer de colo de útero. Esse aumento se mostrou mais pronunciado em regiões menos desenvolvidas. É necessário aprimorar a qualidade das notificações dos óbitos para ratificar esse achado. As taxas ainda se encontram elevadas se comparadas a outros estados, medidas devem ser tomadas para guiar a distribuição de recursos e esforços para melhorar a prevenção e detecção precoce do câncer cervical. O aumento da taxa com o decorrer da faixa levanta o questionamento quanto a necessidade de reavaliação das estratégias de rastreamento, principalmente no que tange a faixa etária preconizada para o exame. Palavras-chave: Neoplasias do Colo do Útero. Mortalidade. Bahia.

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TEMA: USO DE MEDICAÇÕES EM PESSOAS VIVENDO COM HTLV-1 ATENDIDAS EM

UM CENTRO DE REFERÊNCIA, EM SALVADOR - BAHIA

NOME ALUNO (A): LUÍSA GUEDES BRAGA

ORIENTADOR (A): PROF. NEY BOA SORTE

RESUMO

Objetivos: Identificar o perfil de uso de medicações em pacientes com HTLV-1 atendidos em um centro de referência, em Salvador- BA. Adicionalmente, classificar as medicações de acordo com seu tipo farmacológico e compará-las de acordo com o diagnóstico de HAM-TSP. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal no qual foi aplicado um questionário em 80 pacientes matriculados no Centro de HTLV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, entre março de 2015 e março de 2016.Resultados: A amostra de conveniência foi composta, em sua maioria, por mulheres (70%), não brancas (91,3%), com idade entre 40 e 59 anos (46,8%).As queixas álgicas e urinárias foram mais recorrentes (31,3% e 38,8%, respectivamente). Dos pacientes estudados, 48,8% faziam uso diários de medicamentos, sendo os mais utilizados: anti-hipertensivos (94,8%), antidepressivos (25,6%) e relaxantes musculares (13,3%). Conclusões: O perfil de medicações utilizadas pelos pacientes do estudo é variado, o que confirma o tratamento sintomático que é prescrito aos pacientes com HTLV-1. Na amostra, apesar de todos serem soropositivos para HTLV-1, apenas 1 teve diagnóstico definido de HAM-TSP, segundo os critérios de De Castro-Costa.

Palavras-chave: Vírus Linfotrópico T Humano 1. Uso de medicamentos. Epidemiologia

descritiva.

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TEMA: QUALIDADE DE VIDA EM DIABÉTICOS TIPO 2 DE ALTO RISCO ANTES E APÓS PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA EDUCATIVO NOME ALUNO (A): LUÍZA HAGE PEREIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. SIMONE SOUZA DA ROCHA MATOS

RESUMO

Introdução: Diabetes Mellitus (DM) é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade da insulina exercer adequadamente suas ações (...). Os sintomas característicos são: polidipsia, poliúria, borramento da visão e perda de peso”. A Qualidade de Vida (QV) é definida, também pela OMS, como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Estudos da QV em diabéticos revelaram que a presença de complicações crônicas da doença se relacionava com níveis inferiores de QV. A Educação em Saúde tem se mostrado elementar na conquista da adesão ao tratamento do DM. A QV, por sua vez, possui relação com a adesão ao tratamento, sendo maior nos indivíduos com boa resposta à terapia do DM. Objetivos: Avaliar os efeitos de um programa educativo baseado na metodologia participativa, em indivíduos diabéticos tipo 2 de alto risco, comparando os valores da QV antes e após a intervenção educacional. Metodologia: Estudo prospectivo, quasi-experimental, cuja amostra constituiu-se de pacientes diabéticos tipo 2 portadores de complicações crônicas participantes dos grupos de educação no período de junho de 2015 a março de 2016. No primeiro momento foi aplicada entrevista inicial para coleta de dados sociais, biológicos e clínicos dos participantes, e foi aplicado o questionário D-39 – instrumento utilizado para avaliar a QV de pacientes diabéticos, dividindo esta em cinco domínios e dois itens específicos. Foram realizados um total de cinco encontros educativos com quinze dias de intervalo entre cada. Um mês após a última oficina educativa o questionário D-39 foi novamente aplicado aos participantes. Os dados foram digitados e, então, analisados pelo software “Statistical, Package for Social Sciences 14.0” (SPSS). As variáveis dependentes foram os escores do D-39, os quais foram agrupados em domínios e divididos em escores “Pré-Educação” e “Pós-Educação”, permitindo a comparação pelo teste t de student pareado, utilizando-se como valor estatisticamente significante p <0,05. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: Foram entrevistados um total de 63 pacientes. A média de idade foi de 58,37 anos. Houve uma maior proporção do sexo feminino, cor da pele parda, renda familiar de até um salário mínimo, escolaridade até o primeiro grau e de tempo de diagnóstico superior a dez anos. Dentre as complicações crônicas e comorbidades, houve maior prevalência de Hipertensão Arterial, Dislipidemia e Neuropatia. Quanto às variáveis dependentes, foi observada melhora estatisticamente significante dos domínios “Controle do DM”, “Sobrecarga Social” e “Qualidade de Vida”. Conclusão: A intervenção educacional baseada na metodologia participativa foi capaz de produzir melhoras na QV de pacientes diabéticos tipo 2 de alto risco – com complicações crônicas da doença, longo tempo de diagnóstico, baixa renda e pouca escolaridade.

Palavras-Chave: Diabetes Mellitus. Qualidade de Vida. Educação em Saúde.

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TEMA: FENÓTIPO AMPLIADO DO AUTISMO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): LUIZA SANTANA DE FREITAS

ORIENTADOR (A): PROFA. MILENA PEREIRA PONDÉ

RESUMO

Referência: Freitas, LS. Fenótipo Ampliado do Autismo: Uma Revisão Sistemática. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017. O Fenótipo Ampliado do Autismo (FAA) é composto por traços subclínicos associados aos principais componentes do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), observados em parentes de indivíduos autistas, sugerindo a herança genética do transtorno. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi caracterizar o FAA buscando identificar os limites entre o diagnóstico de TEA e o de FAA a partir de uma revisão sistemática de artigos sobre o tema. METODOLOGIA: As buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas PubMed, LILACS, Scielo e Cochrane Library, do ano de 2000 a dezembro de 2016, nos idiomas inglês ou português, por meio da expressão, e sua tradução correspondente, broader austim phenotype. Foram considerados inelegíveis estudos científicos observacionais que continham questionários específicos para um grupo populacional e que não eram específicos em relação ao tema proposto. A qualidade metodológica do estudo foi avaliada pelo protocolo STROBE. RESULTADOS: Ao final da análise foram incluídos 06 estudos. Todos os estudos possuem amostra mista de homens e mulheres. A amostra variou de 31 a 2036 pacientes com autismo e indivíduos controle. Todos os estudos tiveram como desenho corte transversal. Cinco estudos são de origem norte-americana e um de origem inglesa. Os métodos de avaliação divergiram entre os estudos, assim como os fenótipos observados no FAA. Todas as características descritas, no entanto, fazem parte da tríade do autismo: déficits na comunicação e interação social, e padrões de comportamentos, interesses e atividades repetitivos e restritos. CONCLUSÃO: Concluiu-se então que tais características corroboram o componente genético do transtorno do espectro do autismo a partir da apresentação em parentes dos indivíduos portadores, principalmente os de primeiro grau, de maneira similar qualitativamente, mas não suficientes para um diagnóstico. Tal conhecimento promove uma base para futuras definições de probabilidade de desenvolvimento do transtorno, diagnóstico precoce e tratamento, a partir do descobrimento dos genes associados, da sua expressão e relação com fatores ambientais, assim como do seu mecanismo de transmissão.

Palavras-chave: Fenótipo ampliado do autismo. Transtorno do Espectro Autista. Transtorno Autístico.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS RECÉM-NASCIDOS COM MICROCEFALIA EM

SALVADOR-BAHIA ENTRE JUNHO DE 2015 E JUNHO DE 2016

NOME ALUNO (A): LUMA CARDOSO GURGEL DE SOUZA

ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

Souza LCG. Perfil Epidemiológico dos Recém-Nascidos com Microcefalia em Salvador-Bahia entre Junho de 2015 e Junho de 2016 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017.

Introdução: No final de 2015 ocorreu um aumento súbito no número de recém-nascidos com microcefalia no Brasil. Estudos atribuem esse aumento à infecção materna pelo Zika vírus durante a gestação. Considerando as consequências relacionadas à microcefalia, viu-se a necessidade de se estudar o perfil epidemiológico desses bebês. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico perinatal das crianças com suspeita de microcefalia. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo realizado com os dados secundários do Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP), com os casos de bebês nascidos com microcefalia entre Junho de 2015 e Junho de 2016 em Salvador, Bahia. Foram analisadas variáveis como: tipo de gravidez, perímetro cefálico, semana epidemiológica de nascimento, sexo, peso e comprimento ao nascer, período de detecção da microcefalia, sorologias realizadas durante a gestação e critério de confirmação. Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 21). As variáveis quantitativas foram analisadas através da média, desvio padrão e distribuição percentual, e as quantitativas pela distribuição percentual. O projeto foi submetido à apreciação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Maternidade Climério de Oliveira e aprovado sob o nº 1.536.331 de 09/05/2016. Resultados: Foram notificados no período estudado 480 casos de microcefalia em Salvador, com letalidade de 1,3%. As notificações foram iniciadas na 24ª semana epidemiológica de 2015, chegando ao seu ápice na 48ª semana do mesmo ano, sendo observado um leve aumento na tendência temporal de nascimento desses bebês (R²=0,059). Os mesmos foram, em sua maioria, filhos de mães jovens, entre 20-29 anos (44%), residentes de distritos sanitários com um nível socioeconômico mais baixo, como Cabula/Beiru (15,8%) e Subúrbio Ferroviário (13,3%). Os bebês foram predominantemente do sexo feminino (61,7%), de gestação única (93,1%) e parto a termo (89,2%). Um terço das mães apresentou exantema durante a gestação, mas apenas 13 realizaram exame sorológico para diagnóstico de infecção por Zika vírus. O diagnóstico da microcefalia ocorreu em mais de 80% dos casos em período pós-parto, e mais da metade dos bebês ainda não haviam passado por avaliação complementar no momento da obtenção dos dados. Conclusão: A microcefalia é um importante problema de saúde pública no Brasil principalmente por conta das suas sequelas permanentes e consequente dependência desses pacientes. Sugere-se a inserção de um programa mais eficaz de controle do principal fator responsável pelo aumento do número de casos de microcefalia, que é a infecção por Zika vírus, através do controle da infestação do seu vetor, o Aedes aegypti.

Palavras-chave: Microcefalia, Anormalidades Congênitas, Zika vírus.

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TEMA: PERFIL BIOLÓGICO E SOCIAL DE CRIANÇAS INTERNADAS POR DOENÇAS INFECCIOSAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NOME ALUNO (A): MARIANA SEIXAS GOUVEIA CABRAL ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

CABRAL, Mariana. Perfil biológico e social de crianças internadas por doenças infecciosas em hospital de referência. 2017. Estudo descritivo. Medicina - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-Bahia. Introdução: Os países desenvolvidos sofreram transição epidemiológica nos últimos anos, substituindo a prevalência de doenças infecciosas por doenças crônico degenerativas. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, essa transição está ocorrendo tardiamente e, apesar da diminuição, a ocorrência de doenças infecciosas ainda é alta, sendo a segunda causa de internamento e a quarta de morte na pediatria. Além disso, há uma discrepância nacional e regional em relação à incidência de mortalidade infantil. No Brasil, essa incidência é maior nas regiões Norte e Nordeste e, na cidade de Salvador, as áreas mais afetadas são: o norte, regiões centrais e periféricas. Objetivos: Analisar as internações por doenças infecto contagiosas em hospital de referência no ano de 2015, em um grupo de crianças e adolescentes residentes em Salvador, descrevendo o perfil biológico e social das crianças internadas, as principais doenças que levaram a internações e sua evolução e a frequência temporal dos internamentos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, utilizando dados secundários, disponibilizados pelo Hospital Couto Maia. Foram incluídas crianças de 1 a 14 anos internadas no ano de 2015 e excluídos aqueles que não foram encontrados. As informações foram compiladas em banco de dados construído no Statistical Package for Social Science for Windows IBM-SPSS® Statistics 21 o qual foi também utilizado para análise de frequências simples e percentual. Para confecção dos gráficos foram utilizados Excel® do Microsoft Office for Windows versão 10. Resultados: Foram identificadas 100 crianças. Sendo a maior parte do sexo masculino. A faixa etária mais frequente foi de 10 a 14 anos, com 38%, seguida de crianças de 5-9 anos, com 36%. A composição familiar que prevalecia era de até 5 membros. A renda familiar foi ignorada em 97% dos prontuários. As casas eram próprias e de alvenaria. O saneamento básico e abastecimento de água por rede pública foram frequentes, mas essas variáveis não foram informadas em 62% dos casos. As crianças residiam mais nos distritos de Itapagipe, São Caetano- Valéria, e do Subúrbio ferroviário. As maiores ocorrências de internações foram no mês de janeiro, maio e julho e as principais causas foram: meningite e suas complicações, seguido de infecções de pele (celulite) e varicela. Os pacientes evoluíram com cura em 91% dos casos. Conclusão: O custo social e econômico de crianças internadas por doenças infecciosas é grande para a sociedade. É necessário conhecer o perfil biológico das crianças internadas para reconhecer fatores de risco e investir na prevenção de doenças.

Palavras-chave: Doenças Infecciosas. Internamentos. Crianças.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS ANOMALIAS CONGÊNITAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO EM MENORES DE 1 ANO NA BAHIA NO PERÍODO DE 2006 A 2015

NOME ALUNO (A): MARIANA XAVIER ARAÚJO DE OLIVEIRA

ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

Introdução: as cardiopatias congênitas são malformações que ocorrem durante a vida intrauterina, acometendo os grandes vasos sanguíneos e/ou coração, e levando a alteração da anatomia e fisiologia normal do sistema cardiovascular. Estas malformações podem ser consequência de alterações genéticas bem como devido a drogas ou doenças teratogênicas, como a rubéola. O diagnóstico precoce, portanto, da cardiopatia é relevante na identificação dos recém-nascidos que necessitam de tratamento clínico e/ou cirúrgico, além da decisão precoce da equipe médica em relação aos cuidados ao paciente. Objetivos: descrever as características demográficas e biológicas das crianças nascidas com cardiopatias congênitas no Estado da Bahia no período de 2006 a 2015; descrever o perfil obstétrico das mães e descrever a taxa de letalidade das malformações. Metodologia: estudo descritivo de série temporal, com dados secundários disponibilizados na plataforma da Superintendência de Proteção e Vigilância da Saúde (SUVISA) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), no qual foram analisadas as seguintes variáveis relativas à mãe: faixa etária no momento do nascimento da criança, anos

de estudo da mãe, duração da gestação, número de consultas pré-natal e tipo de parto; relativas à criança: sexo, peso ao nascer, APGAR no 1o tempo, APGAR no 5o tempo. Foram computados, tabulados e analisados dados de janeiro de 2006 a dezembro de 2015. Resultados: no período do estudo foram identificados 294 casos com malformações congênitas do aparelho circulatório. A taxa de incidência do período foi de 0,138/1000 nv. Em relação ao número de consultas do pré-natal, houve predomínio de mulheres com um número superior a 7 consultas (57,14%). A maioria das mães tiveram a idade gestacional entre 37 a 41 semanas (65,98%), e as mães encontravam-se na faixa etária de 25 a 29 anos (26,53%). Segundo a escolaridade da mãe, a maioria apresenta uma faixa de 8 a 11 anos de estudo (44,21%). Verificou-se, também, um predomínio de parto cesáreo 220 (74,83%). Em relação ao APGAR, a maioria 153 (52,04%) apresentou resultados na faixa de 8 a 10 no 1o minuto, 214 (72,79%), no 5o minuto, respectivamente. Houve predomínio de recém-nascidos com peso entre 3000 a 3999g (38,44%). Por fim, foi analisado a letalidade no período foi 28,9%. Ainda, calculou-se a letalidade por ano, variando de 24,0 em 2008 a 46,4% em 2012. Conclusão: neste estudo, verificou-se o perfil epidemiológico de crianças menores que 1 ano a termo, com peso ao nascer entre 3.000 a 3.500g, APGAR no 1º e 5º minuto dentro da normalidade, sem predomínio do sexo. Em relação à mãe, tiveram parto cesáreo, realizaram pré-natal, idade entre 25 e 34 anos e 8 a 11 anos de estudo. Ainda, observou-se a taxa de letalidade continua alta na Bahia.

Palavras-chave: Epidemiologia. Cardiopatias congênitas. Aparelho cardiovascular. Malformações.

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TEMA: EVENTOS VASO-OCLUSIVOS EM LACTENTES E PRÉ-ESCOLARES COM DOENÇA FALCIFORME ACOMPANHADOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM TRIAGEM NEONATAL DA BAHIA NOME ALUNO (A): MARINA LORDELO BORBA

ORIENTADOR (A): PROF. NEY BOA SORTE

RESUMO

Introdução: A doença falciforme corresponde a patologia hematológica monogênica de maior prevalência no mundo. No Brasil, a maior incidência ocorre no estado da Bahia. A vaso-oclusão é o mecanismo fundamental na doença falciforme e tem repercussão clínica variável, incluindo complicações agudas como crises álgicas, sequestro esplênico, síndrome torácica aguda e acidente vascular cerebral. Objetivo: Caracterizar os eventos vaso-oclusivos ocorridos em lactentes e pré-escolares com diagnóstico de doença falciforme que obtiveram precocemente o diagnóstico por meio da triagem neonatal. Metodologia: coorte retrospectiva conduzida no Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) da APAE-Salvador com crianças de até 60 meses de idade. Foram estudadas 536 crianças com diagnóstico de anemia falciforme (SS) ou hemoglobinopatia SC (SC). Os dados referentes aos eventos clínicos foram coletados pela revisão nos prontuários dos pacientes. Análise estatística descritiva foi utilizada e realizada utilizando o pacote estatístico STATA®, versão 13.0. Resultados: A maioria das crianças (55,3%) tinham hemoglobinopatia SS e eram do sexo feminino (51%). As infecções e os eventos vaso-oclusivos álgicos foram os principais quadros clínicos descritos, com respectivamente, 44,1% e 41,6%. Em relação aos eventos vaso-oclusivos, observou-se uma maior ocorrência em pacientes SS, quando comparados aos pacientes com hemoglobinopatias SC (p<0,001), sendo a dactilite, até o segundo ano de vida, o mais freqüente evento, e as crises álgicas, após essa idade. Eventos mais graves como AVC e intervenção cirúrgica foram descritos, mas representando menos de 2% do total de eventos. Conclusão: A incidência de eventos clínicos secundários a Doença Falciforme é elevada em lactentes e pré-escolares na Bahia que foram triados pelo teste do pezinho. Entre os eventos vaso-oclusivos, a crise álgica correspondeu ao evento predominante, seguido pela dactilite e o sequestro esplênico, Síndrome torácica aguda e o AVC. Pacientes com padrão de hemoglobina SS tiveram maior frequência de crises em comparação com os pacientes SC.

Palavras-chave: Anemia falciforme. Lactente. Eventos vaso-oclusivos. Estudo de coorte.

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TEMA: OPÇÕES FARMACOLÓGICAS PARA CERATITE POR MICOBACTÉRIAS NÃO-TUBERCULOSAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA NOME ALUNO (A): MARINA MOURA COSTA SPÍNOLA

ORIENTADOR (A): PROFA. MÔNICA FRANCA RIBEIRO

CO-ORIENTADOR: PROFA. HALLEY JOSÉ SPÍNOLA

RESUMO

INTRODUÇÃO: As ceratites são infecções da córnea, que normalmente acontecem pós-trauma, cirúrgico ou não, ou em indivíduos imunossuprimidos e que podem ter como agente etiológico micobactérias não-tuberculosas (MNTs). O diagnóstico das ceratites por MNTs é feito pelos aspectos clínicos em associação à identificação do patógeno. Não existe um consenso na literatura com relação ao tratamento farmacológico. OBJETIVOS: O objetivo primário é identificar as opções terapêuticas farmacológicas para ceratites por micobactérias não-tuberculosas e, o secundário, descrever os aspectos clínicos das ceratites provocadas por micobactérias não-tuberculosas. METODOLOGIA: Um total de 214 artigos foram encontrados através da pesquisa nas fontes Capes, LILACS, PUBMED e Biblioteca Cochrane, utilizando-se as combinações de palavras chave "ceratite” e “micobactérias não-tuberculosas”, em português, inglês e espanhol, destes, após o uso dos critérios de exclusão, 4 artigos foram selecionados. RESULTADOS: Partindo-se das 4 publicações selecionadas foram reunidos neste estudo 5 casos clínicos. Em todos havia história de trauma corneano, cirúrgico ou não. Todos os 5 pacientes foram submetidos à técnica diagnóstica não invasiva e em todos foi identificada MNT, sendo que em 3 foi identificada a espécie e em 2 casos chegou-se apenas até a identificação de gênero. Os tratamentos farmacológicos foram feitos com antimicrobianos das classes das quinolonas, aminoglicosídeos e macrolídeos. Em um dos casos foi usado um corticoide e em dois foi feita associação com anti-inflamatório não esteroide. CONCLUSÃO: O tratamento farmacológico da ceratite por MNTs é de longo prazo, mas não existe consenso sobre duração, variando neste estudo, 3 semanas a 6 meses. Os quimioterápicos mais empregados, de acordo com esta revisão, são das classes dos aminoglicosídeos, macrolídeos e quinolonas e, em alguns casos, da combinação destas classes. O uso de anti-inflamatórios não-esteroidais e esteroidais não é consensual. Quanto aos aspectos clínicos, observam-se características comuns a outras ceratites infecciosas, como hiperemia conjuntival, sensação de corpo estranho, dor, reação de câmara anterior, defeito epitelial e infiltrado estromal. Palavras-chave: ceratite. micobactéria não tuberculosa. MNT.

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TEMA: ANÁLISE DA ORIENTAÇÃO MÉDICA SOBRE DIREÇÃO AUTOMOBILÍSTICA EM PACIENTES COM EPILEPSIA NA CIDADE DE SALVADOR NOME ALUNO (A): MATHEUS REIS ROSA

ORIENTADOR (A): PROF. HUMBERTO CASTRO LIMA FILHO

CO-ORIENTADOR: PROFA. LILIANE LINS KUSTERER

RESUMO

Rosa. M.R., F. H.C.L. Análise da orientação médica sobre direção automobilística em pacientes com epilepsia na cidade de Salvador. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Curso de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2017. Introdução: O ato de dirigir impõe desafios diários para muitas pessoas com epilepsia (PCE), porém esta atividade é fundamental para a autoestima, socialização e emprego, aspectos centrais para a vida moderna. No Brasil, para a PCE poder dirigir ela deverá estar em acompanhamento neurológico e livre de crises epilépticas no mínimo há 12 meses quando estiver em uso regular de medicamentos, enquanto que para aprovação de candidato em esquema de retirada de medicação este deverá estar no mínimo há dois anos sem crise convulsiva. Neste contexto a orientação médica apresenta papel fundamental ao melhor encaminhamento deste. Objetivos: Descrever a orientação feita por residentes de neurologia e neurologistas à pacientes com epilepsia em relação a direção de automóveis. Métodos: Estudo transversal descritivo, com residentes de neurologia e neurologistas da cidade de Salvador, com coleta primária de dados a partir de questionário on-line. O desfecho de interesse do estudo foi o conhecimento médico sobre o tema e foi utilizada a variável quantitativa índice de acerto afim de representar este resultado. As frequências de acertos foram analisadas pelo programa IBM/SPSS. Resultados: A média de idade dos respondentes foi de 40 anos. O percentual de acerto das questões que abordam o tempo livre de crises estabelecido no código de trânsito brasileiro para que a PCE possa dirigir foi de 56%, no caso das PCE que estão em uso regular da medicação, e 41%, no caso daqueles em processo de retirada da medicação. Apenas 50% dos médicos afirmaram utilizar a Diretriz nacional para direção de veículos automotores por pessoas com epilepsia como fonte para dar orientações, e 50% afirmaram que nem sempre orientam seus pacientes sobre o tema. Os neurologistas que se formaram até o ano de 2005 tiverem desempenho melhor que os que se formaram ou se formarão a partir de 2006. Contudo esta associação não foi estatisticamente significante. Conclusão: O presente estudo encontrou que um número significante de médicos desconheciam o conteúdo da Diretriz nacional para direção de veículos automotores por pessoas com epilepsia. É necessário um número maior de estudos com uma amostra maior de participantes para que possam ser feitas análises que identifiquem fatores associados ao desconhecimento da diretriz e do código de trânsito brasileiro. Palavras-Chave: Epilepsia. Direção.

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TEMA: USO DE TELESSAÚDE EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO DISTRITO SANITÁRIO DE BROTAS – SALVADOR – BAHIA NO ANO DE 2016 NOME ALUNO (A): MAYARA CINTIA DE JESUS SILVA

ORIENTADOR (A): PROFA. MARTA SILVA MENEZES

RESUMO

Referência: SILVA, Mayara Cintia de Jesus Silva. Uso de Telessaúde no Distrito Sanitário de Brotas – Salvador - Bahia em 2016. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2017

Introdução: Telessaúde envolve o uso de telecomunicações e tecnologia virtual para prestar cuidados de saúde fora de um espaço físico tradicional. No Brasil, o Programa de Telessaúde Brasil Redes foi implantado em 2011 e, desde então, as Unidades Básicas de saúde têm sido habilitadas com equipamentos e conectividade para uso do serviço. Por isso, é interessante investigar seu uso nesse nível de atenção. Objetivos: Identificar a real utilização dos recursos de Telessaúde nas unidades de saúde da família do distrito sanitário de Brotas em Salvador no ano de 2016, verificar o conhecimento das equipes de saúde da família sobre Telessaúde, apontar o perfil dos profissionais das Unidades, descrever a percepção dos funcionários sobre o uso desse recurso, identificar as principais demandas de consulta por especialidades. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório quantitativo descritivo, realizado nas Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário de Brotas em Salvador (Santa Luzia, Candeal Pequeno e Vale de Matatu) no ano de 2016. Foram aplicados questionários que continham em três partes: dados gerais sobre os funcionários, conhecimento sobre Telessaúde e demanda por especialidades, no período de setembro de 2016 a novembro de 2016. Resultados: Foram obtidos 70 questionários. A maioria da amostra foi composta pelo sexo feminino e maior parte exercia função de agente comunitário de saúde. A média de idade foi de aproximadamente 40,1 anos, tendo desvio padrão de 9,96. Metade da amostra disse já ter ouvido falar ou conhecer o Telessaúde previamente à pesquisa. Dessa parcela, nove pessoas responderam que na sua Unidade o recurso estava disponível, apenas cinco pessoas disseram já ter recebido capacitação em Telessaúde, enquanto dez disseram já ter utilizado algum serviço de Telessaúde, sendo que cinco entrevistados responderam já ter solicitado teleconsultorias. Dentre os motivos para não utilização, 45% dos respondentes disseram que foi porque não conhecia recurso. Ginecologia e cardiologia foram as especialidades mais solicitadas pela comunidade, já as com maior dificuldade de agendamento foram cardiologia, ginecologia e urologia. Conclusão: Por meio desse estudo, infere-se que os recursos de telessaúde são pouco utilizados nas Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário de Brotas em Salvador. A falta de conhecimento sobre o recurso parece ser o principal motivo da não utilização. A maioria dos profissionais foi do sexo feminino, e amostra foi formada principalmente por agentes comunitários. Cardiologia e Ginecologia são as especialidades com maior demanda.

Palavras-chave: Telessaúde; Educação médica; Atenção primária à Saúde.

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TEMA: CARACTERÍSTICAS DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA EM SALVADOR ENTRE 2004 E 2014 NOME ALUNO (A): PAULA CHIARA SAMPAIO FRÓES

ORIENTADOR (A): PROFA. MÁRCIA SACRAMENTO CUNHA MACHADO

RESUMO

Introdução: A gestação de adolescentes tornou-se, nas últimas décadas, um importante problema de saúde pública em vários países do mundo. Entre os múltiplos fatores de risco envolvidos na questão da gravidez na adolescência, destacam-se os aspectos socioeconômicos, diminuição global da idade média da menarca e da primeira relação sexual, ausência de consultas ginecológicas prévias e de acesso aos métodos contraceptivos. No Brasil, no ano de 2014, 18,88% dos nascidos vivos foram provenientes de mães de 10 a 19 anos e estima-se que, um a cada cinco nascidos vivos por ano é filho de adolescentes. Atualmente existem divergências na literatura acerca da relação da gravidez na adolescência com desfechos negativos na gestação, porém, sabe-se que uma assistência pré-natal adequada é fundamental para a saúde materna e fetal. Dessa forma, é necessária a realização de um panorama da gravidez na adolescência na cidade de Salvador, Bahia, onde faltam estudos que abordem essa questão, de forma que as ações, estratégias e intervenções desenvolvidas em relação à mesma posteriormente estejam mais adequadas à realidade local. Objetivo: Caracterizar a gravidez na adolescência em Salvador no período de 2004 a 2014. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, de série temporal, baseado em dados populacionais secundários. Resultados: Durante o período de estudo, foram registrados 65.258 nascidos vivos de mães adolescentes, sendo 4,63% destes de mães entre 10 e 14 anos e 95,37% das mesmas entre 15 e 19 anos. A maioria dos nascidos vivos nas duas faixas etárias maternas nasceram entre 37 e 41 semanas de gestação, com peso na faixa das 2.500 a 2999 gramas e score de Apgar no primeiro e quinto minuto entre 8 e 10. Nas gestações de adolescentes, a maior parte dos partos é do tipo vaginal e são realizadas entre 4 e 6 consultas no pré-natal. Conclusão: O estudo evidenciou que, no período considerado, a grande maioria das gestantes de Salvador está na faixa etária dos 15 aos 19 anos e não há diferenças significativas entre as características da gestação entre as adolescentes de 10 a 14 anos e as mesmas de 15 a 19 anos, sendo que a maioria é a termo, os nascidos vivos possuem peso e Apgar no primeiro e quinto minuto adequados, a maior parte dos partos é vaginal e são realizadas menos consultas no pré-natal que o recomendado. Palavras-chave: Gravidez; Adolescência; Salvador.

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TEMA: PANORAMA DAS CIRURGIAS DE IMPLANTE DE MARCA-PASSO E

CARDIOVERSORES-DESFIBRILADORES NAS REGIÕES BRASILEIRAS NOME ALUNO (A): PAULO EDMILSON MORAIS NETO

ORIENTADOR (A): PROFA. IZA CRISTINA SALES

RESUMO

MORAIS NETO, P. E, SALLES, IC. Panorama das cirurgias de implante de marca-passo e cardioversores desfibriladores nas regiões brasileiras. [Trabalho de Conclusão de Curso] Curso de Medicina , Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2017. Introdução: As doenças cardiovasculares constituem uma das principais causas de morte em todo o mundo, necessitando tratamento que possa diminuir a mortalidade desses pacientes, assim a indicação e utilização de marca-passo e cardiovesrsores desfibriladores (CDI) de forma preventiva surge como opção e se destacam como um dos principais tratamentos que mudam a mortalidade. Objetivos: Avaliar o custo para a saúde relacionada a cirurgia de implante de marca-passo e cardioversores-desfibriladores entre as regiões brasileiras, correlacionando com o número de procedimentos realizados, tempo médio de internamento e taxa de mortalidade. Metodologia: Estudo descritivo de série temporal, utilizando dados obtidos do Departamento de Informação e Informática do Sistema único de saúde (DATASUS) do ministério da saúde, entre os períodos de 2010 e 2015 das 5 regiões brasileiras, avaliando as seguintes variáveis: número de internações, tempo médio de internação, taxa de mortalidade e total de verba destinado a cirurgia de implante de marca-passo e cardioversores-desfibriladores no SUS – Sistema de Informação hospitalares (SIH/SUS), no subitem geral por região. Resultados: O total de internações no Brasil foi de 131.927. A região Sudeste concentrou o maior número de internamentos, 61.727, representando 46,7% do total. Em relação ao valor total gasto pelas regiões, houve uma pequena variação entre o período estudado, e novamente a região Sudeste apresentou os maiores valores, gastando cerca de 99 milhões por ano entre 2010 e 2015. Quando observado o tempo médio de internação, as regiões apresentaram média parecida, com destaque para a região Centro-oeste com a maior média, 5,2 dias, e para a região Nordeste, com 3,6 dias. A taxa de mortalidade no procedimento foi baixa em todo o Brasil, seguindo uma tendência de diminuição no intervalo estudado, com destaque para a região Sul, com a maior taxa de mortalidade. Conclusão: O presente estudo comparou o panorama das cirurgias de implante de marca-passo e CDI nas 5 regiões brasileiras, concluindo que a utilização de marca-passo e CDI é um procedimento bastante utilizado no Brasil, diminuindo a taxa de mortalidade, além disso possui elevada segurança e alto custo para o SUS, necessitando de uma rigorosa politica de indicações e novas técnicas para otimizar seu uso e funcionamento. Palavras-chave: Marca-passo. Cardiodesfibrilador. Doenças cardiovasculares. Prevenção.

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TEMA: MORBIMORTALIDADE POR PNEUMONIA NA BAHIA NO PERÍODO DE 2005 A 2015 NOME ALUNO (A): PEDRO VICTOR RODRIGUES DE PAULA GOMES

ORIENTADOR (A): PROFA. ELIANA DIAS MATOS

RESUMO

Gomes PVRP. Morbimortalidade por pneumonia na Bahia no período de 2005 a 2015. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Salvador, Bahia: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2017.

Introdução: A pneumonia é uma condição clínica caracterizada por uma infecção, que pode ser causada por bactérias, vírus e fungos. Classificada em: pneumonia adquirida na comunidade (PAC), pneumonia adquirida no hospital (PAH),diversos fatores de risco coadjuvam para o seu surgimento, destacando-se o comprometimento do estado nutricional, tabagismo, insuficiência cardíaca, alcoolismo, além da influência de condições socioeconômicas e demográficas . São importantes causas de morbidade e mortalidade em crianças, especialmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. As taxas de internação por pneumonia no Brasil são elevadas causando consumo de grande parte dos recursos direcionados para a área da saúde. Objetivos: Avaliar as taxas de morbimortalidade por pneumonia na Bahia no período de 2005 a 2015 ,segundo sexo e faixa etária, afim de reforçar a importância de direcionar maior atenção para essa área. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal, utilizando dados agregados. Os dados sobre internação por pneumonia foram obtidos no Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) para o estado da Bahia, no qual as taxas de internação hospitalar foram calculadas por 100 mil habitantes da população residente no estado da Bahia, segundo o IBGE. Para verificação da tendência temporal do indicador taxa de internação foi realizada a regressão linear simples. Resultados: Observou-se tendência decrescente das internações em todos os grupos analisados. As taxas de internações foram maiores no sexo masculino e na faixa etária menor que 1 ano. Em relação à mortalidade houve aumento de 117,21% da taxa total em 11 anos, sendo o sexo masculino e a faixa maior que 70 anos os que apresentaram maiores taxas. Houve tendência ao decréscimo da taxa de mortalidade nas faixas menores que 14 anos e tendência crescente nas demais. Conclusão: As taxas de morbimortalidade na Bahia são elevadas. Esse cenário poderá servir de embasamento para os gestores no sentido de subsidiarem propostas de ações de saúde e conhecimento da real gravidade da pneumonia, para formulação e implementação de estratégias de intervenção adequada, com foco no tratamento preventivo para evitar internamento e reduzir a morbimortalidade dessa doença no estado

Palavras-chave: Morbimortalidade. Pneumonia. Taxas. Sexo. Faixa Etária.

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TEMA: IMPACTO DO ESTADIAMENTO E DOS SINTOMAS NA QUALIDADE DE VIDA DE PORTADORES DE DPOC NOME ALUNO (A): PRISCILA CUNHA DE CARVALHO

ORIENTADOR (A): PROF. AQUILES ASSUNÇÃO CAMELIER

RESUMO

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. É causada principalmente pelo tabagismo, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. A limitação do fluxo aéreo é classificada através da espirometria, no entanto, essa classificação espirométrica parece não ter forte relação com os sintomas e com a percepção da qualidade de vida relatada pelo paciente. Assim, estudos que avaliem o impacto da doença na vida desses indivíduos e os compare com os resultados da espirometria se fazem importantes para que se criem planos terapêuticos eficazes. Objetivos: Avaliar se o estadiamento pela espirometria identifica diferentes escores de qualidade de vida mensurados pelo AQ20 em portadores de DPOC acompanhados ambulatorialmente, e se há relação entre o escore de qualidade de vida do AQ-20 e o escore de intensidade dos sintomas do CAT. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo observacional, transversal. Resultados: A amostra desse estudo foi composta por 50 pacientes predominantemente de pacientes do sexo masculino (62%), e a média de idade foi de 63,12 ± 11,3. Em relação à classificação pela espirometria, 23 pacientes foram classificados como GOLD 2, outros 23 como GOLD 3 e 4 como GOLD 4, não havendo nenhum paciente com classificação GOLD 1. A média do questionário de qualidade de vida AQ20 foi de 40,8% ± 27,2%, e do questionário de sintomas CAT foi de 15,02 ± 9,74. Não foi encontrada relação significativa entre o resultado do AQ20 e a limitação ao fluxo aéreo pela espirometria (p=0,4), porém encontrou-se relação significativa entre o escore AQ20 e o CAT (p=0,04). Conclusão: Não foi encontrada relação significativa entre o estadiamento espirométrico e a qualidade de vida, mas pôde-se observar relação significativa entre a qualidade de vida e a intensidade dos sintomas.

Palavras-chave: DPOC. Qualidade de Vida. Sintomas. Espirometria.

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TEMA: RESPOSTA MOTORA Á DEEP BRAIN STIMULATION NA DOENÇA DE

PARKINSON: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): PRISCILA DE ALMEIDA PINTO

ORIENTADOR (A): PROFA. LORENA ROSA SANTOS DE ALMEIDA

RESUMO

Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa crônica e o tratamento deve

ser iniciado quando ocorre prejuízo funcional. A Levodopa revolucionou o tratamento mas seu uso a longo

prazo resulta em complicações motoras. A deep brain stimulation (DBS) desde a década de 80, vem se

desenvolvendo e crescendo como opção terapêutica para controle dos sintomas motores. Estudos que

investiguem a efetividade da DBS na DP são essenciais para uma maior segurança dos profissionais de

saúde e suporte na decisão do paciente. Objetivos: Avaliar a resposta motora de indivíduos com doença de

Parkinson à deep brain stimulation e comparar com a resposta à terapia medicamentosa otimizada. Analisar

a resposta motora ao deep brain stimulation na doença de Parkinson e comparar com a resposta à terapia

medicamentosa. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática da literatura, em que foram incluídos

ensaios clínicos randomizados com grupo controle. As buscas pelos estudos foram realizadas nas bases de

dados: PubMed, SciELO e LILACS. Incluíram-se ensaio clínicos randomizados, publicados entre 2006 e

2016, nos idiomas: português e inglês, cuja população eram pacientes diagnosticados com Parkinson

idiopático, com mais de 18 anos. O desfecho analisado nessa revisão foi a resposta motora, avaliada pelos

estudos através da UPDRS-III. Para avaliação da qualidade dos artigos selecionados foi aplicado o checklist

do CONSORT. Resultados: cinco artigos atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos para a revisão

sistemática. Três deles incluíram pacientes em estágios avançados da doença e dois pacientes em estágios

iniciais. A amostra total obtida foi de 597 pacientes, com predominância do sexo masculino (72,19%). Em

relação ao desfecho motor, quatro estudos encontraram superioridade terapêutica da DBS em relação a

terapia medicamentosa e um estudo não encontrou diferença significativa entre os dois grupos. Conclusão:

quanto aos sintomas motores os resultados sugerem superioridade terapêutica da DBS em relação a

terapia medicamentosa. O estudo que não encontrou diferença significativa na função motora entre os

grupos, incluiu pacientes em estágios iniciais da doença.

Palavras-chave: DBS. Deep brain stimulation. Parkinson. Systematic review.

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Priscila de Almeida Pinto, Amanda M. dos Humildes, Lorena Santos. Motor response to deep brain

stimulation in Parkinson’s disease: A systematic review. [Monograph]. Department of Medicine, Escola

Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2017.

TEMA: ASPECTOS CONTEXTUAIS E SOCIAIS QUE INFLUENCIAM NA DESUMANIZAÇÃO DO MÉDICO NA SUA PRÁTICA CLÍNICA

NOME ALUNO (A): RAISSA DAMASCENO BARRETO DA SILVA

ORIENTADOR (A): PROFA. MÔNICA DA CUNHA OLIVEIRA

RESUMO

O presente trabalho visa identificar quais são os aspectos que envolvem a vida pessoal, social, contextual ou profissional do médico, que o estereotipa como frio, desapegado e “desumano” na prática médica, e que os distância dos pacientes. Desta forma então, descrever os fatores que poderiam levar a uma “má medicina” e comparar os objetivos das Diretrizes Curriculares Nacionais com o que foi encontrado na pesquisa em relação a temática da humanização nas faculdades. Esta pesquisa foi feita através de uma revisão integrativa da literatura com coleta de dados realizada por meio de levantamento bibliográfico no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde, no Scientific Electronic Library Online e no US National Library of Medicine National Institutes of Health. O trabalho foi separado em 4 braços, cada um com suas respectivas palavras-chaves. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em português e inglês, artigos completos, públicos, que abordassem o tema referente à presente revisão e artigos publicados de 2000 a 2016, com limites em humanos, porém, em algumas bases foi necessária a inclusão de outros filtros. Após os critérios de inclusão, foram excluídos incialmente artigos que não se relacionavam com a temática da pesquisa através do título e depois dos resumos. Os artigos restantes foram separados em aqueles que contêm fatores e os que ajudariam na argumentação. Os do 1º grupo foram analisados pelo guideline validado por URSI, 2005, que foi adaptado para a obtenção dos fatores e acrescentado pontuações, para a criação de uma média aritmética usada como nota de corte. Essa pesquisa foi realizada em setembro de 2016 e revisada na primeira semana de outubro. No primeiro braço, após a junção dos artigos das 3 bases de pesquisa e exclusão dos repetidos, foram encontrados 50 artigos para o 1º grupo e 18 para o 2º. No segundo braço, 17 e 3 respectivamente. No terceiro, 34 e 10, e por fim, no quarto braço, 12 e 4. Totalizou-se 106 artigos (6 repetidos), que foram submetidos a análise e 8 destes como apresentavam apenas 1 fator, foram excluídos. Após a média de 5,43 pontos, 46 artigos fizeram parte da amostra final. Destes, 17 foram publicados entre 2001 e 2009 e 29 dentre 2010 e 2015, 35 foram publicados no Brasil, 23 eram pesquisas qualitativas e no total, 82 aspectos foram observados na literatura como influenciadores da desumanização na prática médica. Conclui-se que os fatores encontrados estão interligados e que a “desumanização” do médico não é algo simples. O desenvolvimento do profissional frio e desapegado está sujeito a aspectos que podem ocorrer antes da sua entrada na faculdade, e que ao longo do seu percurso e com o encontro da realidade, foi observada a sua mudança comportamental. Dos artigos encontrados também, pode-se concluir que as DCNs ainda não estão completamente colocadas em prática. Como essa revisão foi baseado em artigos, é necessária uma pesquisa mais profunda com a observação do comportamento desses profissionais.

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Palavras-chave: Relação Médico-paciente. Qualidade de Vida (AND) do Médico. Humanização da Assistência. Desumanização.

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TEMA: PERFIL DE CONSUMO E CONDICIONAMENTOS EM PACIENTES FUMANTES DURANTE TRATAMENTO DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO

NOME ALUNO (A): RAMON GIL GALVÃO RODRIGUES DE OLIVEIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. MARISTELA RODRIGUES SESTELO

RESUMO

Oliveira RGGR. Perfil de consumo e condicionamentos em pacientes fumantes durante tratamento de cessação do tabagismo em ambulatório especializado [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2017. INTRODUÇÃO: O tabagismo é considerado como a principal causa evitável de morte e doença no mundo ocidental. O condicionamento de tabaco é composto por comportamentos que estão associados ao consumo da droga, frequentemente, presentes no cotidiano de indivíduos com dependência nicotínica. Visando reduzir a grande quantidade de fumantes, surgem os grupos terapêuticos que são responsáveis pelo tratamento do tabagismo. A população de tabagistas frequentadoras destes grupos tem próprio perfil clínico e possui características comportamentais que remetem ao desejo de fumar, devendo ser identificadas. OBJETIVOS: analisar o perfil de pacientes, acompanhados em ambulatório especializado de apoio ao tabagista, em relação à forma de consumo e condicionamentos de tabaco, correlacionando diversos fatores com possível sucesso ou falha do tratamento. METODOLOGIA: estudo observacional e transversal, utilizando amostra de 150 pacientes atendidos entre 2013 e 2016 no Ambulatório Docente Assistencial da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (ADAB), em Salvador (Bahia), onde foram utilizados testes estatísticos descritivos, principalmente frequência simples e percentual, para analisar variáveis sociodemográficas e relacionadas à história e condicionamento de tabaco, obtidos através de dados secundários. RESULTADOS: A maioria da população estudada é composta por indivíduos do sexo feminino, com idade média de 54,1 anos, solteiros, com ensino médio completo. A maior parcela dos pacientes já tentou cessar o tabagismo em tentativas prévias (83,3%) e 94% da amostra relatou presença atual ou prévia de alguma comorbidade. A média de idade de início do tabagismo foi de 16,9 anos e o número médio de cigarros consumidos por dia foi de 19 cigarros. Houve identificação de gatilhos desencadeadores da vontade de fumar, sendo os mais comuns uso de café (84,56%), situações de tristeza (81,8%) e uso de bebida alcóolica (69,8%). A maior concentração de gatilhos encontra-se nos indivíduos que mantém o uso do tabaco após buscar ajuda no ambulatório. Os principais motivos citados para fumar foram estresse, tristeza e ansiedade, correspondendo a 34% da população. Além disso, quatro gatilhos foram citados, simultaneamente, como barreiras à abstenção: uso de café, consumo de bebida alcoólica, telefonar e sair com amigos. CONCLUSÃO: Condicionantes de tabaco, principalmente gatilhos e barreiras, foram encontrados em grande número de tabagistas. Faz-se necessário entendimento sobre esses fatores – aliados a informações relacionadas à história do consumo de tabaco – para intervenção significativa em grupos terapêuticos destinados a tratamento do tabagismo. Palavras-chave: Tabagismo. Condicionamento. Gatilhos. Cessação tabágica.

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TEMA: MORTALIDADE ASSOCIADA À SEPSE DE ACORDO COM A PRESENÇA DE LESÃO RENAL AGUDA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): RICARDO SILVA BRITO

ORIENTADOR (A): PROFA. JANINE MAGALHÃES OLIVEIRA MOREIRA

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Sepse é uma síndrome com disfunção orgânica muito prevalente em

todo o mundo e importante fator de mau progóstico para pacientes graves, levando a uma

mortalidade global de 46% e, no brasil, alcançando 58,5%. Dentre as disfunções

associadas a ela, uma das mais prevalentes é a Lesão Renal Aguda (LRA), responsável

por agravo no quadro de 42,1% dos pacientes portadores de sepse. Alguns estudos estão

disponíveis na literatura principalmente no que diz respeito à mortalidade elevada para

cada uma dessas patologias. No entanto, são necessárias mais informações sobre a

influência do desenvolvimento da Lesão Renal Aguda na mortalidade de pacientes

internados que já possuem sepse, comparados àqueles que não desenvolvem a LRA.

OBJETIVO: Definir se a presença da LRA em pacientes sépticos está associada a uma

maior mortalidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática com busca feita

nas bases de dados PubMed, Medline, SciELO e LILACS, associada a busca manual.

Foram incluídos estudos de coorte que acompanharam a mortalidade em pacientes

internados portadores de Sepse e LRA Séptica. RESULTADOS: Foram encontrados 189

artigos incialmente, dos quais 4 foram incluídos no estudo. Todos os 4 estudos avaliados

apresentaram mortalidade maior em pacientes que apresentaram a associação entre LRA

e Sepse quando comparados aos portadores apenas de Sepse. Em um dos estudos, a

classificação inicial não apresentou influência no desfecho, mas sim a evolução dos

pacientes. CONCLUSÃO: As evidências reunidas na literatura demonstram que há

aumento de mortalidade nos pacientes com sepse que desenvolvem LRA associada, mas

os mecanismos para tal evolução permanecem pouco esclarecidos, assim como o

tratamento ideal.

Palavras-chave: Sepse. Lesão Renal Aguda. Mortalidade. Pacientes Graves.

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TEMA: SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE

SALVADOR-BA

NOME ALUNO (A): TAILINE RIBEIRO CRUZ

ORIENTADOR (A): PROF. PAULO ROBERTO LIMA MACHADO

RESUMO

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que representa um grave problema de saúde pública no Brasil. A falta de capacitação dos profissionais e conscientização da população acerca da doença dificulta o diagnóstico e tratamento precoce, propiciando o desenvolvimento de danos irreparáveis, além da estigmatização dos pacientes. O objetivo desse trabalho foi definir um perfil epidemiológico na cidade de Salvador-Ba para o futuro desenvolvimento de estratégias mais eficazes para o controle e eliminação da doença. Os dados coletados foram provenientes do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), entre os anos de 2006 e 2012. Os resultados encontrados foram: um maior número de casos notificados no sexo feminino, predomínio de casos notificados em maiores que 15 anos e redução da taxa de incidência em menores de 15 anos. Notou-se, também, maior número de casos notificados com a forma multibacilar. Em relação ao coeficiente de detecção e prevalência houve uma discreta diminuição das taxas ao longo do tempo. Apesar da discreta redução, a taxa de prevalência apresenta-se estabilizada. Os dados também mostram melhora na medida do grau de incapacidades após tratamento. Porém, houve grande número de dados ignorados ou não avaliados. Portanto, deve-se investir nos serviços de saúde, na qualificação dos profissionais, na sensibilização da população para que o diagnóstico e tratamento da hanseníase seja cada vez mais precoce, prevenindo agravos e promovendo melhores condições para os doentes. Além disso, é preciso melhorar o preenchimento das notificações compulsórias para obter um controle epidemiológico efetivo. Palavras-Chave: Hanseníase. Lepra. Prevalência. Epidemiologia

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TEMA: CONHECIMENTO DAS GESTANTES SOBRE A INFECÇÃO PELO ZIKA VÍRUS NA GESTAÇÃO

NOME ALUNO (A): TAÍS PAIVA DA COSTA

ORIENTADOR (A): PROF. DAVID DA COSTA NUNES JUNIOR

RESUMO

Na atualidade, as arboviroses são de grande interesse para a comunidade científica internacional, pois cresce o número de casos de doenças causadas por estes vírus. A infecção pelo Zika vírus (ZIKV) na gestação, tem sido associada a complicações, como microcefalia congênita, paralisia cerebral, epilepsia e retardo no crescimento cognitivo, motor e na fala. De acordo com o conhecimento atual, a única forma de evitar a doença é a prevenção. Sabendo que o conhecimento permite melhor adesão a procedimentos profiláticos, procurou-se avaliar o conhecimento das gestantes de risco habitual atendidas em um ambulatório docente assistencial sobre a infecção pelo Zika vírus e sua repercussão na gestação. Foi um estudo do tipo corte transversal descritivo quantitativo desenvolvido em um ambulatório de Salvador (BA). A população foi composta por 60 gestantes de risco habitual atendidas no período de setembro a outubro de 2016. A amostra foi elaborada pelo método de conveniência. A coleta de dados aconteceu com instrumentos estruturados, formados por questões referentes aos dados sociodemográficos e sobre o entendimento das mulheres acerca da infecção pelo Zika vírus. A análise desses dados foi descritiva, com verificação da média e desvio padrão das variáveis contínuas, e a frequência das variáveis categóricas. Utilizou-se o software SPSS versão 22.0 para Windows. Os resultados evidenciam que a população estudada era composta por gestantes com idade média de 28,2 anos (± 5,72), principalmente pardas e negras (88,6%), casadas ou em união estável (56,7%), com renda familiar de até 3 salários mínimos (71,7%), trabalhavam com vínculo formal (41,7%) e possuíam ensino médio (53,3%). Em relação ao Zika vírus, 96,7% disseram saber como ocorre a transmissão da doença, sendo a picada pelo mosquito Aedes aegypti citada por todas (100%). A relação sexual foi citada por 27,6%. Os sinais e sintomas mais referidos foram exantemas maculopapulares (77,8%), cefaleia (66,7%) e prurido (61,1%). A complicação mais citada foi a microcefalia (98,3%). Sobre a prevenção, 93,3% diz saber como se prevenir. Todas as medidas preventivas foram citadas com frequência maior que 60%, sendo que o uso do repelente foi a mais mencionada (96,5%). Das gestantes que disseram saber se prevenir, 51,8% referiram sempre fazer alguma dessas medidas em seu dia a dia. Dessa forma, conclui-se que a população estudada conhece a infecção pelo Zika vírus (principal via de transmissão, formas clínicas e medidas preventivas), mas não realiza a prevenção.

Palavras-chave: Zika vírus; gravidez; prevenção.

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TEMA: TRATAMENTO DOS PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL INTERNADOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA (2010 -2014) NOME ALUNO (A): TALES SOARES PAGLIARINI

ORIENTADOR (A): PROFA. TAÍS SOARES SENA

RESUMO

Introdução: A Leishmaniose Visceral (LV), ou Calazar, é uma doença parasitária sistêmica causada pelo protozoário Leishmania infantum, que se constitui um problema da saúde pública com estimativa de 200 mil a 400 mil novos casos por ano mundialmente, sendo fatal em 95% dos casos não tratados. Atualmente ainda é considerada uma doença tropical negligenciada que possui tratamento baseado em drogas de alto custo e toxicidade. Objetivo: descrever aspectos epidemiológicos, demográficos, clínicos e laboratoriais dos pacientes tratados para LV em hospital de referência em infectologia na Bahia entre 2010 e 2014. Método: estudo descritivo de corte transversal realizado no Hospital Couto Maia incluindo pacientes com casos confirmados de calazar por testes específicos ou critério clínico-epidemilógico que obtiveram alta no serviço e possuíam exames admissionais e de desfecho para hemograma. Foram avaliadas variáveis como sexo, idade, faixa etária, município de procedência, tempo de internação, presença de comorbidades, coinfecção por HIV, tratamento específico utilizado, registro de reações adversas, tempo de resolução de febre, evolução do tamanho de vísceras. Foi realizada análise descritiva de frequência das variáveis qualitativas e médias e medianas das quantitativas. Os dados dos exames laboratoriais foram estratificados e comparados por grupo de tratamento assim como dados de evolução de visceromegalias. Os dados foram apresentados em valores absolutos, proporções, tabelas e gráficos. Resultados: No período do estudo, foram incluídos 114 internações, das quais 61,4% foram do sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi de 18 a 49 anos e a mediana de idade foi 21,08. Os municípios de maior procedência foram Cabaçeiras do Paraguaçu (11,4%) e Jaguaripe (6,1%). Da amostra, 15% dos pacientes possuíam comorbidades, mais frequentes de natureza cardiovascular (36%) e observou-se alto número na ausência de registros/laudos para coinfecção por LV/HIV (64,9%). Na estratificação do trabalho, 65,8% dos pacientes foram tratados com antimônio pentavalente, 32,5% com anfotericina B lipossomal e 1,8% com anfotericina B desoxicolato até o final da internação. O tempo médio de internação foi 33,57 dias e 23,4 dias com resolução da febre em seis dias (mediana) e 7,5 dias (mediana) para pacientes tratados com antimônio e L-AmB, respecivamente. Houve redução de vísceras em 92,9% tratados com glucantime e em 79,4% tratados com L-AmB, ocorrendo também redução acima de 50% em 89,3% do primeiro grupo e 56,5% do segundo. Os exames laboratoriais de hemograma, plaquetometria, transaminase glutâmico-oxalacética, albumina e atividade de protrombina apresentaram melhora estatisticamente significante na evolução das internações dos dois grupos de tratamento de forma semelhante. Os eventos adversos mais frequentes nos tratados com antimônio foram cardiotóxicos e nefrotóxicos no grupo tratado com anfotericina B lipossomal. Conclusão: Os dados do trabalho são coerentes com a literatura, relativos ao incremento dos parâmetros hematológicos, melhora da função renal e hepática, além da redução das visceromegalias e perfil de eventos adversos, para as principais medicações utilizadas para o tratamento específico da doença. Sugere-se a realização de estudos adicionais com amostras maiores e metodologias mais robustas, a fim de se comparar tais efeitos e verificar a possibilidade de superioridade de uma terapêutica sobre a outra.

Palavras-Chave: Leishmaniose Visceral. Anfotericina B. Antimonio.

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TEMA: PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ASSOCIADO AO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE NOME ALUNO (A): TALISSA STÉFANIE SILVA ABREU RIBEIRO DOS SANTOS

ORIENTADOR (A): PROFA. MILENA PEREIRA PONDÉ

RESUMO

Santos TSSAR, Pondé MP. Perfil clínico de pacientes com transtorno do espectro autista associado ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Salvador. Monografia [Graduação em Medicina] – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; 2017. Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são uns dos transtornos do neurodesenvolvimento mais frequentes. A ocorrência destes transtornos em comorbidade (TEA+TDAH) vem sendo cada vez mais observada na prática médica e possui grande importância na apresentação clínica desses pacientes. Objetivo: Analisar a correlação entre a comorbidade Transtorno de TDAH e o perfil clínico dos pacientes com TEA. Material e Métodos: estudo de caso-controle, realizado pela análise de dados extraídos de fichas clínicas de pacientes atendidos no LABIRINTO (Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em Autismo) no período de janeiro de 2013 a maio de 2016. Todos os pacientes possuem diagnóstico de TEA e o grupo caso tem diagnóstico de TEA e TDAH. A análise dos dados foi realizada através da ferramenta SPSS versão 22. Foram feitas análises de frequência e a significância estatística avaliada pelo Teste de Qui-quadrado de Pearson. Resultados: foram analisados 52 pacientes, sendo 22 controles (TEA) e 30 casos (TEA+TDAH). A maioria da amostra foi masculina (TEA+TDAH: 76,7% vs. TEA: 68,2%), com predomínio na faixa etária de 2 a 6 anos (TEA+TDAH: 80% vs. TEA: 59,1%). As diferenças estatisticamente significativas foram observadas na presença de maior número de queixas do aparelho digestivo nos casos (TEA: 18,2% vs. TEA+TDAH: 46,7%, p=0,033) e predomínio nos casos de antecedentes médicos de disartria (TEA: 45,5% vs. TEA+TDAH: 73,3%, p=0,041), agitação psicomotora (TEA: 36,4% vs. TEA+TDAH: 66,7%, p=0,03) e dificuldade de concentração (TEA: 61,9% vs. TEA+TDAH: 86,7%, p=0,04). Conclusão: as características sociodemográficas não foram diferentes para as crianças com TEA associado ou não ao TDAH. A presença da comorbidade TDAH, no entanto, associou-se a uma maior prevalência de alterações no aparelho digestivo, bem como agitação psicomotora, disartria e dificuldade de concentração em pacientes com TEA.

Palavras-Chave: TDAH. TEA. Comorbidade. Perfil clínico. Agitação psicomotora. Disartria. Dificuldade de concentração

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TEMA: INTERVENÇÕES EDUCACIONAIS PARA ENSINO DA CUSTO-CONSCIÊNCIA

PARA ESTUDANTES DE MEDICINA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

NOME ALUNO (A): THAIS MARTINELLI TORRES HABIBE

ORIENTADOR (A): PROFA. MARTA SILVA MENEZES

RESUMO

O aumento de custos em saúde ocorre em quase todos os países por conta do mau uso de informações e desperdícios na prática médica diária. Com isso, há teorias que defendem a necessidade de uma abordagem em prol da custo-consciência na raiz do problema: a formação médica. Desta forma, o presente trabalho visa identificar intervenções para disseminação da custo-consciência entre os estudantes de medicina. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa com busca e análise sistematizada. Foram utilizadas as bases de dados PUBMED, BVS, ERIC, Cochrane library e Google Acadêmico. A busca foi realizada dia 20 de outubro de 2016. Foram incluídos estudos quase-experimentais e experimentais que promoveram intervenções de cunho educacional relacionados a custo-consciência e tiveram estudantes de medicina como população-alvo. Foram excluídos os artigos com abstract indisponível, fuga ao tema e aqueles que não avaliaram a intervenção realizada. RESULTADOS: Dos 813 artigos encontrados, foram removidos os duplicados e lidos os títulos e resumos, restando 29 artigos para obtenção e leitura do texto completo. Foi optado por incluir mais 02 artigos. Nessa segunda etapa, 23 dos 31 artigos foram excluídos. Totalizaram-se, portanto, 08 publicações incluídas nesta revisão sistemática. Dos 8 artigos analisados, apenas dois foram realizados fora dos EUA; cinco estudos foram quase-experimentais e três experimentais; dois estudos foram realizados na sala de aula, quatro no hospital e dois na atenção primária. Considerando a disciplina: quatro no internato, dois foram na atenção básica, e um em habilidades clínicas. Um dos estudos promoveu a intervenção com alunos de medicina do primeiro ano, dois com alunos do terceiro ano, dois com alunos do quarto ano e um com alunos quinto ano. Dos oito estudos, seis apresentaram como foco da intervenção o tema custo-consciência de uma forma mais abrangente. Dos dois restantes, houve aprofundamento em custos medicamentosos e custos de procedimentos. Dois estudos realizaram workshop, vídeos, apresentação de estratégia específica, cartão de bolso e treinamento com pacientes. Estes dois estudos estão inclusos nos quatro estudos que realizaram discussão sobre o tema; três estudos utilizaram material computadorizado e apenas um estudo utilizou a aula expositiva como única estratégia. A maioria dos autores utilizou-se de questionários, sendo que dois utilizaram a escala Likert e um deles associou a escala Needs. Dois estudos realizaram avaliação subjetiva e um realizou prova baseada em caso clínico. Todos os estudos apresentaram resultados claros e muito prováveis de serem verdadeiros e foram considerados relevantes pelos avaliadores. CONCLUSÃO: Os resultados são heterogêneos e dependem do método educacional e tipo de avaliação aplicados, porém demonstram-se fracos em intervenções com poucas atividades práticas. Portanto, são necessárias intervenções práticas entre o terceiro e quinto ano do curso e a realização de análise mais aprofundada e particular de cada estudo selecionado.

Palavras-chave: Custo-consciência. Estudantes de Medicina. Custo-efetividade. Valor. Escolas

Médicas.

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TEMA: IMPACTO DA PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA NAS VIAS AÉREAS EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): THAÍS SILVA ARAÚJO

ORIENTADOR (A): PROFA. DRA. IZA CRISTINA SALLES

RESUMO

Introdução: Existe elevada incidência de fibrilação atrial (FA) em pacientes com síndrome da

apneia obstrutiva do sono (SAOS). Porém, ainda não se sabe se existe uma relação de

causalidade entre eles. Objetivo: Avaliar o impacto do uso da pressão positiva continua nas vias

aéreas (CPAP) em pacientes com FA e SAOS. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática,

onde as buscas foram realizadas nas fontes de dados eletrônicas PubMed, Embase, The

Cochrane Library, Web of Science, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde, por meio da

combinação dos descritores: atrial fibrillation AND sleep apnea AND continuous positive airway

pressure. Também foi realizada busca manual. Foram adotados os seguintes critérios de inclusão:

ensaios clínicos randomizados que utilizaram eletrocardiograma para análise da FA e CPAP como

intervenção; conduzidos em adultos, do sexo masculino e/ou feminino, publicados no período de

2007 a 2017. A qualidade dos estudos foi avaliada através do CONSORT 2010 e atingiram pelo

menos 70% dos aspectos analisados. Resultados: Das 469 referências reunidas pela estratégia

de busca e após a análise metodológica, foram selecionados 3 estudos para a revisão

sistemática, sendo dois deles duplo cego. A amostra totalizou 446 pacientes. Ao analisar os

efeitos da retirada do CPAP em pacientes com SAOS previamente tratados, encontrou-se

prolongamento e aumento da dispersão da repolarização cardíaca, situações que podem

predispor a arritmias, dentre elas a fibrilação atrial. Dentre os marcadores eletrocardiográficos

analisados, destaca-se o intervalo QT que representa o correlato eletrocardiográfico da

repolarização ventricular e incluindo o período vulnerável para taquicardias de reentrada. Dois dos

três ensaios clínicos presentes nesta revisão, não encontraram relação do uso do CPAP com a

prevenção da ocorrência de FA. No estudo de Craing et al, houve diminuição na frequência

cardíaca de 24h e na média (P <0,001, P <0,002, respectivamente) no grupo de CPAP terapêutico

quando comparado com o grupo subterapêutico. Esse fato pode decorrer da redução da atividade

simpática nesses pacientes, que poderia contribuir para a redução do risco cardiovascular.

Conclusão: Verificou-se que a retirada do CPAP em pacientes com SAOS ocasiona aumento da

dispersão da repolarização cardíaca, contribuindo para a ocorrência de FA nesses pacientes.

Palavras-chave: Fibrilação atrial. Síndrome da apneia obstrutiva do sono. Pressão positiva

contínua nas vias aéreas.

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TEMA: INTERNAMENTOS E ÓBITOS EM CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME NO

ESTADO DA BAHIA: O PAPEL DO PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL

NOME ALUNO (A): THAMIRES LOPES DOMINGUEZ

ORIENTADOR (A): PROF. NEY CRISTIAN AMARAL BOA SORTE

RESUMO

A anemia falciforme é a doença hereditária mais frequente no Brasil. No ano de 2001, o rastreio das

hemoglobinopatias em neonatos foi instituído como obrigatório pelo Programa Nacional de Triagem

Neonatal (PNTN). Objetivo: Descrever as taxas de internações hospitalares e óbitos registradas como

associadas à Doença Falciforme (DF) em crianças de 0 a 9 anos no estado da Bahia, nos anos de 1996 a

2014, considerando os períodos prévio e posterior à implantação do exame de eletroforese de hemoglobina

no PNTN (2002). Método: Foram utilizadas as informações sobre internações do Sistema de Informações

Hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS) e de óbitos do Sistema de Informações sobre

Mortalidade (SIM), disponíveis na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de

Saúde (DATASUS). As taxas de internamento foram calculadas pela razão entre o número de

internamentos registrados com os CIDs referentes à Doença Falciforme (DF) e a população de 0 a 9 anos

dos respectivos anos, expressas por 100.000 crianças de 0 a 9 anos. As taxas de mortalidade foram

calculadas pela razão entre o número de óbitos registrados com os CIDs referentes a doença falciforme e a

população de 0 a 9 anos dos respectivos anos, expressas por 100.000 crianças de 0 a 9 anos. Linhas de

tendência linear foram utilizadas para cálculo da variação média anual das taxas. Resultados: No primeiro

período (1996 a 2002), houve um aumento médio anual aproximado 15 internamentos/ano (taxa média de

2,5 internamentos por DF/100.000 crianças de 0 a 9 anos). No segundo período (2003 a 2014), observou-se

um aumento três vezes superior, cerca de 45 internamentos/ano (taxa média de 14,5 internamentos por

DF/100.000 crianças de 0 a 9 anos). Um aumento da taxa média de mortalidade cerca de 2 vezes foi

observado entre 1996-2002 e 2003-2014 sendo, respectivamente, de 0,23 e 0,47 óbitos por DF/100.000

crianças de 0 a 9 anos. Conclusão: Uma alteração no padrão da morbi-mortalidade com aumento

progressivo dos números absolutos e taxas de hospitalização no período posterior à implantação da triagem

neonatal foi encontrada. Os números absolutos de óbitos e taxas de mortalidade sofreram um aumento no

período posterior ao início do PNTN, apresentando tendência à estabilização.

Palavras-Chave: Anemia Falciforme. Triagem Neonatal. Hemoglobinopatias. Indicadores de

Morbimortalidade. Doença da Hemoglobina SC.

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TEMA: DROGAS ANTI-HIPERTENSIVAS E CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM AFRODESCENDENTES NOME ALUNO (A): VICTOR DE ARAÚJO ROCHA

ORIENTADOR (A): PROFA. CONSTANÇA MARGARIDA SAMPAIO CRUZ

RESUMO

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial altamente prevalente em todo o mundo. Existem diversas classes medicamentosas para tratamento da HAS, mas, em afrodescendentes, deve-se buscar medicamentos que proporcionem uma maior excreção de sódio e água. OBJETIVOS: Verificar as frequências de classes de anti-hipertensivos utilizados em afrodescendentes e correlacionar o controle pressórico com as associações mais usadas na amostra. MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal com base em análise de banco de dados. Foi utilizado o controle da pressão arterial como variável dependente e o tipo de droga anti-hipertensiva utilizada como variável exposição. Utilizou-se o SPSS Statistics 22.0 para análises estatísticas, sendo utilizados o teste t-student para comparar médias e o qui-quadrado para comparar proporções. RESULTADOS: Foram estudados 158 pacientes, com idade média de 57,33 anos, em sua maioria mulheres (69%). Ao avaliar o controle da pressão arterial, obteve-se significância estatística em três combinações de anti-hipertensivos. A associação de antagonistas dos canais de cálcio (ACC) e tiazídico, obteve um p<0,01 e uma odds ratio de 11,397 para o controle da hipertensão arterial, enquanto que a associação de bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA) e betabloqueadores obteve p<0,01 com uma odds ratio de 0,068 para o controle da pressão arterial e a associação de ACC, tiazídico, BRA e betabloqueadores obteve p<0,01 e odds ratio de 1,157 para o controle da pressão arterial. CONCLUSÃO: As classes de medicamentos anti-hipertensivos mais utilizadas na amostra estudada foram diuréticos tiazídicos e bloqueadores do receptor de angiotensina. Houve eficácia do controle da pressão arterial com as associações ACC/tiazídico e ACC/tiazídico/BRA/betabloqueador e ineficácia com a associação BRA/betabloqueador. Palavras-chave: Drogas anti-hipertensivas. Hipertensão arterial sistêmica. Controle da pressão arterial.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR EPILEPSIA NA BAHIA ENTRE O PERIODO DE 2006 A 2016 NOME ALUNO (A): VICTOR RIBEIRO DA PAIXÃO

ORIENTADOR (A): PROF. HUMBERTO DE CASTRO LIMA FILHO

RESUMO

PAIXAO, VICTOR. Perfil Epidemiológico das Internações por Epilepsia na Bahia entre o Período de 2006 a 2016. 2017.41. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina)- Escola Bahiana de Saúde Pública, 2017. Introdução: A epilepsia acomete 1% da população mundial. A apresentação clínica depende da localização da anormalidade epileptiforme, do padrão de propagação da atividade ictal, das medicações em uso, dentre outros fatores. A nova classificação da ILAE de 2017 possibilita o diagnóstico em diferentes ambientes clínicos, em níveis de certeza e descrição. O diagnóstico fundamenta-se nos dados da história clínica, achados eletroencefalográficos e de neuroimagem. Embora, haja bom controle com o tratamento medicamentoso, ainda há grande lacuna no acesso ao cuidado médico. A epilepsia, além de causar as crises epilépticas, provoca graves impactos sociais e psicológicos, repercutindo ainda, no aumento da mortalidade nessa população. Nesse contexto, as principais causas de internação são: estado de mal epiléptico, primeira crise, trauma e internação para realização e avaliação de cirurgia para epilepsia. O impacto econômico desta condição vem aumentando ao longo dos últimos anos. A identificação e intervenção precoces, bem como acesso ao tratamento são os principais fatores para a redução dos custos e do impacto socioeconômico da doença. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e o custo das internações por epilepsia na Bahia no período de 2006 a 2016. Método: Estudo descritivo de agregados utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Foram avaliadas as variáveis número de internações por epilepsia entre 2006 e 2016, segundo sexo, faixa etária, cor de pele, macrorregião de saúde e custo das internações no estado da Bahia. Os dados foram analisados utilizando-se estatística descritiva, com resultados apresentados em valores absolutos, proporções, tabelas, gráficos e imagens. Resultados: No período estudado, foram registradas 27.837 internações devido a epilepsia. Destas, 59,5% eram de pacientes do sexo masculino e 40,5% do sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi entre 5-19 anos com 22,1% dos casos. Em relação a cor da pele, 52,5% não tinham registro dessa informação. O custo total das internações por epilepsia no Estado da Bahia foi de R$ 10,1 milhões. Em relação a macrorregião de saúde, a que apresentou maior número de casos foi a Leste com 23,3% das internações. A região Leste configura como a macrorregião com maior custo das internações, sendo responsável por 48,6% dos gastos. Dentre as faixas etárias analisadas, a população menor que um ano apresentou um aumento de 1,3 vezes entre o ano de 2015 e 2016 quando analisado o estado da Bahia como um todo. Ao analisar este dado por macrorregião, observou-se um aumento de 1,6 vezes nas macrorregiões Leste e Centro-Leste no mesmo período. Essas foram as regiões onde houve maior número de notificações de casos de Zika-Vírus. Conclusão: Nesse estudo, observou-se o crescimento do número de internações e dos custos relacionados a epilepsia nos últimos 10 anos. Na faixa etária menor que um ano de idade houve um aumento significativo no número de internações por epilepsia no ano de 2016, nas regiões de maior incidência de infecções por Zika-Virus. Fica evidente que a epilepsia é um problema de saúde pública e requer políticas para prevenção, diagnóstico e tratamento. Palavras-chave: Epilepsia. Perfil epidemiológico. Custo. Internações. Bahia.

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TEMA: INTERNAÇÕES POR ASMA NA BAHIA ENTRE 2005 E 2015

NOME ALUNO (A): VITOR BRITO LEAL

ORIENTADOR (A): PROFA. ELIANA DIAS MATOS

RESUMO

Leal VB, Matos ED. Internações por Asma na Bahia entre 2005 e 2015. [Trabalho de

Conclusão de Curso]. Salvador, Bahia: Faculdade de Medicina, Escola Bahiana de

Medicina e Saúde Pública, 2017.

Introdução: A asma é uma das doenças inflamatórias crônicas das vias aéreas de maior importância no mundo devido ao seu grande número de acometimentos e ao prejuízo à qualidade de vida que traz ao doente, caso não seja devidamente controlada com tratamento adequado. No Brasil, a asma é uma das doenças que estão na lista das causas de internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP), e está relacionada a altas taxas de internações e consequente elevado custo para o Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Avaliar a tendência das taxas de internação por Asma na Bahia entre os anos de 2005 e 2015, descrevendo e analisando a sua distribuição por sexo, faixa etária e macrorregião de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal, utilizando dados agregados. Os dados sobre internação por asma foram obtidos no Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) para o estado da Bahia, no qual as taxas de internação hospitalar foram calculadas por 100 mil habitantes da população residente no estado da Bahia, segundo o IBGE. Para verificação da tendência temporal do indicador taxa de internação foi realizada a regressão linear simples, utilizando-se como valor estatisticamente significante p<0,05. Resultados: Durante o período estudado foram registradas um total de 371.095 internações por Asma no estado da Bahia, com uma variação de 47.050 em 2005 para 18.462 no ano de 2015, o que representa um decréscimo de 60,8%. Para todas as variáveis analisadas (sexo, faixa etária e macrorregião de saúde) as taxas de internações se apresentaram com tendência ao declínio. O sexo masculino apresentou maior taxa média anual (237,9/100.000 habitantes), assim como a faixa etária dos menores de 5 anos (992,8/100.000 habitantes) e a macrorregião Centro-Norte do estado (537,7/100.000 habitantes). Conclusão: O presente estudo evidenciou que apesar das taxas de internações por asma tenderem ao declínio para todas as variáveis analisadas, esses indicadores permanecem elevados, trazendo a necessidade da implementação de políticas públicas que atuem junto a atenção primária à saúde com o objetivo de reduzir cada vez mais o número de hospitalizações pela doença.

Palavras-chave: Asma. Hospitalizações. Atenção primária à saúde.

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TEMA: MORTALIDADE POR DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2005 - 2014

NOME ALUNO (A): DANIEL RIBEIRO GUTIERREZ MARTINS

ORIENTADOR (A): Prof.ª IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO

Objetivo: Estimar as taxas de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica no Estado da Bahia nos anos de 2005 a 2014, na população a partir dos 20 anos de idade. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de serie temporal, com dados secundários do Ministério da Saúde (MS), obtidos a partir da plataforma DATASUS do Departamento de Informática do SUS. Para este estudo será utilizada a divisão do estado em macrorregiões para melhor compreensão da mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica. Foram analisadas as seguintes variáveis: número de óbitos no período, macrorregião de saúde de residência, sexo, faixa etária, escolaridade e cor/raça. Os dados foram apresentados em números absolutos e relativos. Utilizou-se ainda o cálculo dos coeficientes para avaliar o risco de morrer. Resultados: Durante o período de estudo, foram registrados 11.853 óbitos que tiveram como causa básica a doença pulmonar obstrutiva crônica no estado da Bahia. O Coeficiente de Mortalidade, demonstrou na Bahia um aumento do risco de morrer ao longo dos anos, elevando-se de 5,82 óbitos/100.000 habitantes em 2005 para 9,83 óbitos/100.000 em 2014. A proporção de óbitos foi crescente a medida em que se avança a idade O risco de morrer por esta doença aumentou em ambos os sexos, sendo mais evidente no sexo feminino. Conclusão: A mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica apresentou aumento do risco no decorrer do período estudado no Estado da Bahia. Os óbitos foram mais frequentes nas idades avançadas, a cor/raça parda, o sexo masculino e a baixa escolaridade.

Palavras-chave: DataSUS. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Mortalidade. Epidemiologia.