curso de libras -...

15
WHARLLEY MARTINS Intérprete e Instrutor de Libras - FMPB Prolibras 2008 PROJETO APRENDIZ Curso de Libras

Upload: nguyenlien

Post on 10-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

WHARLLEY MARTINS Intérprete e Instrutor de Libras - FMPB Prolibras 2008

PROJETO APRENDIZ Curso de Libras

TEMA DE HOJE

CONCEPÇÕES DE SURDEZ

SURDEZ x SURDO

Surdez :

surdez (ê) - (surdo + -ez) s. f.Privação total

ou parcial do sentido de ouvir.

SURDEZ x SURDO

Surdo:

(latim surdus, -a, um) - adj. s. m.adj. s. m.

1. Que ou quem não ouve ou ouve mal. adj.adj. 2. Que se ouve mal

(ex.: som surdo). = silencioso ≠ sonoro. 3. Que se faz sem ruído ou com

muito pouco ruído. ≠ sonoro. 4. Que não se manifesta abertamente. =

oculto, secreto. 5. Sem ressonância. 6. Que não quer ouvir ou não quer

saber de algo. = indiferente. 7. Fonét. Que é produzido sem vibração

das cordas vocais (ex.: as consoantes [p], [t], [k], [f], [s] são surdas). =

não-vozeado ≠ sonoro, vozeado.

REFLETINDO

RUMORES DE MUDANÇA

SURDO

Médicopatológica

Socioantropológica

• Visão etnocêntrica. • Na tradição da clínica médica, a surdez é vista como uma “deficiência”. • Esforços no sentido de “normalização”, ou seja, no caso do surdo, torná-lo um “ouvinte”, ou de compensar seu déficit por meio de um treino sistemático da audição, da fala, da leitura labial, do uso de próteses, de implantes, de cirurgias, de audiometrias, de exercícios respiratórios, etc. (Lulkin, 1998). • Ênfase sobre a patologia e sobre a necessidade de intervenção clínica, já que a língua oral deve ser adquirida por ser a via de comunicação da comunidade ouvinte.

MEDICOPATOLÓGICA

MEDICOPATOLÓGICA

• Relação direta entre as deficiências auditivas e certos problemas emocionais, sociais, lingüísticos e intelectuais como se fossem inerentes à surdez. • Segundo Skliar (2001), há suposição de que os surdos formam um grupo homogêneo, cujas possíveis subdivisões devem responder à classificação médica das deficiências auditivas. • Ancorado na proposta oralista, reflete uma representação implícita que a sociedade ouvinte construiu do surdo, isto é, uma concepção relacionada com a patologia, tendo o currículo escolar como objetivo dar ao sujeito o que lhe falta: a audição e a oralidade.

MEDICOPATOLÓGICA

• Para Skliar o modelo oralista fracassou pedagogicamente e contribuiu para o processo de marginalização social, com conseqüências sobre a formação da identidade dos surdos.

• Estes desenvolvem, muitas vezes, uma crise de identidade, pois adquirem hora uma identidade “deficitária” quando interagem com ouvintes (não são ouvintes ou são ouvintes com defeito).

• Na educação especial, isso justifica o fracasso do surdo, já que naturalmente sofre de uma limitação sua produção pedagógica é menor.

MEDICOPATOLÓGICA

• Política • Híbridas • Flutuantes • Embaçadas • De transição • Diáspora • Intermediárias

IDENTIDADES SURDAS

• Entende a surdez como uma diferença cultural e não como uma patologia. Um conceito de surdez que considera a identidade cultural e lingüística do surdo. • Nessa visão, uma pessoa surda é alguém que vivencia um déficit de audição que NÃO a impede de adquirir, naturalmente, a língua oral-auditiva usada pela comunidade majoritária, construindo sua identidade assentada principalmente nesta diferença.

SOCIOANTROPOLÓGICA

• Utilizando-se de estratégias cognitivas e de manifestações comportamentais e culturais visuais diferentes das pessoas que ouvem. • Isso significa incluir a experiência da surdez e de considerar os contextos psicossociais e culturais nos quais os surdos se desenvolvem.

SOCIOANTROPOLÓGICA

“A distinção entre surdos e ouvintes envolve mais que uma questão de audiologia, é uma

questão de significado: os conflitos e diferenças que surgem referem-se a formas de ser”

(WRIGLEY 1996; apud Sá, 2002, p. 49)

“Quando aceito a língua de outra pessoa, eu aceitei a pessoa... A língua é parte de nós

mesmo... Quando aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em

mente que o surdo tem direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los (...) temos que permitir-

lher ser surdos...” (Terje Basilier, psiquiatra norueguês, 1993)