curso de gestores cap 9- desafios das vigilâncias

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 9. Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da saúde  Marismary Horsth De Seta, Elizabete Vianna Delamarqu e e Lenice G. da Costa Reis Aqui buscamos sintetizar as trajetórias das vigilâncias do campo da saúde e discutir os desafios – nem todos privativos das vigilâncias – que elas precisam enfrentar. A despeito das novas regulamentações emi- tidas no SUS, assume-se que as quatro vigilâncias apresentam-se em diferentes estágios de desenvolvimento e de implementação no SUS, quando se observam: todas as vigilâncias na mesma esfera de governo, seja na esfera federal, estadual ou municipal; cada uma das vigilâncias nas três esferas de governo. De um jeito ou de outro, em ambas as situações a constatação é a mesma: todas as vigilâncias requerem esforços para seu aprimoramento. Como nosso foco é gestão, e gestão na saúde, renova-se o cuidado de não se chegar a uma conclusão definitiva, segundo a qual existiria um modelo institucional e de organização de práticas para as vigilâncias que seja “o melhor modelo”. Assume-se que as vigilâncias têm muito a fazer no seu próprio campo de ação, de modo a contribuir para as demais áreas de prática compreendi- das no sistema de saúde brasileiro. Enumerar essas contribuições é tarefa delicada, que sempre dará margem, no mínimo, a uma complementação ou a uma retificação imediata. É que são tantas as possíveis contribuições das vigilâncias que, mal concluída a versão preliminar, os acréscimos já têm de ser feitos... Assume-se assim que o apontamento das contribui- ções gera um resultado que tende a ser sempre parcial e provisório.

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9. Trajetórias, desafios eperspectivas das vigilâncias

do campo da saúde Marismary Horsth De Seta, Elizabete Vianna Delamarque

e Lenice G. da Costa Reis

Aqui buscamos sintetizar as trajetórias das vigilâncias do campo dasaúde e discutir os desafios – nem todos privativos das vigilâncias – queelas precisam enfrentar. A despeito das novas regulamentações emi-tidas no SUS, assume-se que as quatro vigilâncias apresentam-se emdiferentes estágios de desenvolvimento e de implementação no SUS,quando se observam:

� todas as vigilâncias na mesma esfera de governo, seja na esferafederal, estadual ou municipal;

� cada uma das vigilâncias nas três esferas de governo.

De um jeito ou de outro, em ambas as situações a constatação é a mesma:todas as vigilâncias requerem esforços para seu aprimoramento. Comonosso foco é gestão, e gestão na saúde, renova-se o cuidado de não sechegar a uma conclusão definitiva, segundo a qual existiria um modeloinstitucional e de organização de práticas para as vigilâncias que seja “omelhor modelo”.

Assume-se que as vigilâncias têm muito a fazer no seu próprio campo deação, de modo a contribuir para as demais áreas de prática compreendi-

das no sistema de saúde brasileiro. Enumerar essas contribuições é tarefadelicada, que sempre dará margem, no mínimo, a uma complementaçãoou a uma retificação imediata. É que são tantas as possíveis contribuiçõesdas vigilâncias que, mal concluída a versão preliminar, os acréscimos játêm de ser feitos... Assume-se assim que o apontamento das contribui-ções gera um resultado que tende a ser sempre parcial e provisório.

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Qualificação de Gestores do sus

Mas uma coisa é clara: as vigilâncias são componentes setoriais da promoção da saúde e estão submetidas aos mesmos desafios, num contexto em que predominam demandas sociais por melhorias no acesso ena qualidade do cuidado.

Para início de conversa: contribuições dasvigilâncias...

Sergio Arouca (Fundação oswaldo cruz, 2006), em um registro em vídeode uma de suas falas, relembrou o processo de construção dos postuladoda Reforma Sanitária e elencou as questões apontadas na 8ª ConferênciaNacional de Saúde que permaneciam, ainda em 2001, como questõea serem enfrentadas: vigilância sanitária, saúde do trabalhador, meioambiente, ciência e tecnologia. Ou seja, a maioria das vigilâncias – e, povezes, áreas que com elas têm interfaces – carece de maior atenção. Poi

discutir Ciência e Tecnologia do ponto de vista da saúde sem consideraas quatro vigilâncias empobrece e limita suas perspectivas. Cada umadelas é capaz de contribuir com aportes relevantes:

� a epidemiológica, por se preocupar com os processos deadoecimento e com os agravos;

 � a ambiental e a em saúde do trabalhador, porque a ciência e seusdesenvolvimentos/experimentos, e principalmente a tecnologia,dizem muito ao ambiente e aos ambientes de trabalho, comoproteção ou como danação;

� a sanitária, pela sua contribuição para que possamos ter produtose serviços mais seguros e de melhor qualidade, tanto os do próprioSUS quanto os externos a ele.

Essa contribuição da vigilância sanitária se dá pelo seu caráter de avaliação da qualidade, bem como pelo que ela desempenha no processode desenvolvimento, incorporação e de controle do uso das tecnologiasque inclui o monitoramento de eventos adversos. E, em caso de ocorrência desses eventos, ela busca minimizar seus efeitos na sociedadedeterminando o cancelamento de registro, a retirada do mercado ou alimitação do uso a determinados grupos e sob algumas condições etc.

A vgâca saáa ega camp da Avaaçã em Sade, ãse esge a ee. reazad avaaçã de sevçs as dmesõesda segaça e da qadade, se see amm cc de avaaçãde ecgas (pcesss e pds). é ada ma avaaçã exea(PePe e a., 2006), ema ã ecessaamee váa.

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Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da

Por tudo isso, Arouca (Fundação oswaldo cruz, 2006) afirmou que avigilância sanitária contribui para a estruturação e a qualificação doSUS. E pode contribuir para a melhoria da gestão na medida em que ogestor, atento à qualidade dos serviços que oferece à população, exerceseu papel de prestador, mas também de regulador. Todas as vigilâncias

podem contribuir, e muito, em especial a sanitária e a epidemiológica.Afinal, nem todo controle de infecção nos serviços de saúde – mas boaparte dele – se vale do sistema de vigilância existente (ativo ou passivo) e da investigação realizada nos moldes da vigilância epidemiológica.

Tipos de sistemas de vigilância

Vigilância passiva – em cm fe de fmaçã a fcaçãespâea. é de me cs e ma smpcdade, sed mas veáveà sfcaçã, qe pde spea s 50%.

Vigilância ativa – caaceza-se pe esaeecme de m cade, a evas egaes, ee a eqpe da vgâca e as fesde fmaçã, geamee csídas p cícas pcas e pvadas,aaós e hspas.

Sistema passivo “parcialmente ativado” – ssema passv avadem pae pe ca de e ega cm ma fe cm m meedzd de fes de fmaçã qe ceazam aedme degade me de cass d agav je d ssema.

Fe: Wadma (1998).

Para pesquisar

A axa de fecçã hspaa pde se zada cm ma apxmaçãda qadade d sevç de sade. Cas seja ecessá caa es emm hspa, mpae sae cm desempeh desse sevç emeaçã a ce da fecçã hspaa. Cm ges d SuS, pesqsee espda:

1. Qa sevç, a esfea fedea, espde pe ce de fecçã emsevçs de sade e pea qadade e segaça asfsa?

2. n se esad e se mcíp, qem espde p essas ações?

3. Cm e dad se fecçã hspaa ds hspas dse mcíp?

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Qualificação de Gestores do sus

É importante lembrar que cabe à vigilância sanitária regular boa partedas tecnologias em saúde. Medicamentos, grande parte dos equipamentos, aparelhos, materiais, artigos de uso ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial destinados a prevenção, diagnóstico, tratamentoreabilitação ou anticoncepção são passíveis não apenas de registro no

órgão de vigilância sanitária federal, a Anvisa, mas também estão sujeitos a um grande conjunto de regulamentos e normas. É ainda responsa

 bilidade da vigilância sanitária monitorar sua utilização para identificaeventos inesperados ou adversos (PePe et al., 2006).

A trajetória das vigilâncias do campoda saúde

Conforme você pôde observar ao longo do Capítulo 8, e aqui sistematizaros Sistemas Nacionais das Vigilâncias e seus componentes apresentam

características e funcionamentos particulares decorrentes, sobretudo, desuas trajetórias diferenciadas.

Pode-se dizer que as propostas dos distintos Sistemas Nacionais das Vigilâncias, todos eles instituídos no âmbito do Sistema Único de Saúde, padecemde problemas comuns às demais áreas do SUS e de problemas específicode seu campo de atuação. Há, em sua trajetória, desafios e perspectivas.

Alguns deles, como os de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, embora formalmente instituídos, ainda carecem de uma estruturação que os torne mais efetivos em suas ações. No caso da saúde dotrabalhador, há um forte conteúdo de assistência e de pesquisa, e atéo momento encontra-se em construção uma rede onde também seassiste, e não um sistema.

Os potenciais conflitos decorrentes do que asvigilâncias fazem e com o que lidam

Um grande desafio decorre do fato de que algumas vigilâncias lidamcom os processos de produção e seus efeitos na saúde, sendo áreas ondeas contradições entre capital, trabalho e saúde exigem maior capaci

dade de intervenção do Estado para reduzir desigualdades, melhorar aqualidade de vida e contribuir na construção da cidadania.

Embora a capacidade de intervenção seja diferenciada entre as vigilâncias, a sanitária, a ambiental e de saúde do trabalhador relacionam-se

Cm vsaemee,sã ds ssemas

acas das qavgâcas d camp dasade: Ssema nacade Vgâca Saáa e Ssema naca deVgâca em Sade,qe ega as vgâcasepdemógca, ameae a sade d aahad.

Vse as “tajeóas dasvgâcas” edeeçwww.esp.fcz./vsa

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Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da

mais estreitamente aos processos de produção e desenvolvimento. Per-meiam as grandes questões dessas três vigilâncias:

 � contradições nas relações entre capital e trabalho; produçãoe consumo; e produção e meio ambiente e entre as diversasconcepções sobre os modelos de desenvolvimento;

� relações de força que se estabelecem entre quem produz ou prestaserviço (cuida) e quem regula;

 � necessidade de enfrentar monopólios e oligopólios e suasestratégias, num contexto de desenvolvimento desigual entrepaíses.

Um exemplo em que o desenvolvimento desigual entre países geraquestões a serem enfrentadas pelas vigilâncias, no caso pela sanitária

 junto com a ambiental, é o envio por via marítima de carregamentos

de lixo tóxico (certos resíduos industriais, principalmente) de paísesdesenvolvidos para outros menos desenvolvidos.

Monopólios e oligopóliossã ems qe se efeema sações de dmí demecad e de ssemas deccêca ee empesasesse mesm mecad. ompó ma saçã

em qe a fea dmadap ma ca empesa.uma saçã de mpópde se cada, p exemp cas das paees demedcames. o gpó ma saçã em qe mpeqe me de empesadma m mecad e cadama deas em capacdadepaa fecá-.

Paa sae mascse sísda ee e

dcmes qe aemda Cveçã da basea(assada em 1989 paamped qe países csexpassem se x óxcpaa s mas pes); da

Cveçã de redã(se ssâcas qímcada Cveçã de Escm(se pees gâcpessees). Vse ama pága hp://www.geepeace.g/as/ e a feamea de scas.

Essas três vigilâncias, além de terem que considerar os determinantese condicionantes biológicos, físicos, químicos, mecânicos ou ergonômi-cos, têm que lidar com determinantes socioambientais, com a organi-zação do Estado e a implementação de suas políticas públicas, especial-mente as políticas sociais, no mundo globalizado.

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Qualificação de Gestores do sus

Especificamente sobre a vigilância em saúde do trabalhador, diz-seque ela não é uma prática puramente técnica e padronizada, mas sim

 política de saúde, complexa, ampla, permeada por interesses confli

tuosos e profundamente inserida na sociedade. E mais: que é perigosoequiparar a vigilância em saúde do trabalhador às concepções restrita

de vigilância da saúde, de vigilância das doenças e agravos e à vigilânciaepidemiológica. Se essa vigilância for assim reduzida, perde-se a competência para intervir nos ambientes de trabalho (PinHeiro et al., 2005apud macHado, 1996).

Para refletir

Em eaçã às caaceíscas qe esã gfadas paágaf ae,pega-se: ss ce só cm a vgâca em sade d aahad?nas avdades de vgâca epdemógca se mcíp vcê

vsma cfs? Qas?

Esses preceitos podem ser extrapolados para o conjunto das vigilâncias. Como integrantes do campo da promoção da saúde, elas sãoidealmente voltadas a fortalecer direitos e participação... E isso nãoé fortalecimento do poder (empowerment ) dos consumidores/cidadãostrabalhadores na luta pela preservação de sua saúde? A vigilância epidemiológica tem um nível mais baixo de conflitos e seu maior desafioé sua própria constituição.

é pecs chama a aeçã paa a pdade de ha s cfs defma mas esagca. As psções ds dfeees aes em sempe sãaagôcas. Em deemads mmes, em face de ceas sações,pde have cvegêca de eesses.

Qa a ss, veja aga m exemp da vgâca saáa.

A ea de ccaçã pds de axa qadade ameaexgêcas saáas paa a pesaçã de sevçs paa a pdçãde es de csm qe afeam a sade, a vgâca saáa pde em efe saead d mecad, qe faece aqees pdes qe

aaham ceamee e c paa pege a sade da ppaçã.Ademas, se m pd sad s sevçs de sade, a vgâcasaáa c paa qafca a aeçã pesada esses sevçs.

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Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da

O desafio de transformar as práticas dasvigilâncias: articulação intra e intersetoriale controle social

Transformar as práticas das vigilâncias do campo da saúde continuasendo um desafio de grande monta, uma vez que elas se inserem naspráticas de um Estado que é modificado pela correlação de forças histó-ricas e sociais e, muitas vezes, quanto maior e melhor sua ação, maioresos conflitos que são gerados. A vigilância sanitária, conforme foi visto,por seu poder de polícia administrativa, é, dentre as vigilâncias, a quemais diretamente se defronta com os interesses econômicos.

Com a breve abordagem do processo de trabalho realizada no Capítulo 7,pode-se perceber o desafio que é incluir nesse processo de mudança depráticas os demais atores sociais: cidadãos, consumidores e trabalhado-

res. Ao pensar as vigilâncias como práticas sociais, torna-se necessárioque esses atores atuem como sujeitos.

Isso ainda não é uma realidade para nenhuma das vigilâncias, emboraa saúde do trabalhador tenha buscado incluir as representações de tra-

 balhadores. Mas, mesmo nela, a participação do trabalhador não é umaquestão fácil e é grande o desafio para a inclusão de representantes dosetor informal, público e rural (PinHeiro et al., 2005).

Na vigilância sanitária também é frágil a participação da sociedade eesse tema quase não faz parte das pautas de discussão nos conselhos de

saúde nas diferentes esferas (luccHese, 2001). Precisam ser fortalecidasas iniciativas de alguns conselheiros no sentido de promover a discus-são sobre outras questões que não as da assistência à saúde.

A gestão participativa na vigilância da qualidade da água é um desa-fio, segundo Freitas e Freitas (2005). De acordo com esses autores, oentendimento de participação muitas vezes é tido, por gestores e tra-

 balhadores da saúde, como informação à população e aos conselhos desaúde e do meio ambiente sobre a qualidade da água. Essa informaçãoé fornecida por meio de relatórios mensais, em tempo posterior, sendo

insuficiente para a prevenção das doenças.

A proposta de Vigilância da Saúde, já abordada no Capítulo 7, temcomo pressuposto, em uma de suas vertentes, a modificação nas práti-cas sanitárias. Não se pretende aqui discutir amplamente o conceito deVigilância da Saúde e suas vertentes, que podem ser aprofundadas emalguns textos (mendes, 1993; Paim, 1993; teixeira; Paim; vilasBoas, 1998;

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teixeira, 2002; teixeira; costa, 2003). Essa discussão também precisariaser reforçada à luz da questão federativa, nesta federação desigual.

Cabe, entretanto, ressaltar que a discussão sobre o modelo de práticas das vigilâncias vem se dando em variados fóruns, entre os atore

políticos, com um conjunto heterogêneo de propostas sobre o encaminhamento do processo de reorganização dessas práticas das vigilânciasAinda não há consenso do ponto de vista teórico-conceitual nem doponto de vista político-organizacional. Os rearranjos institucionais nadiferentes esferas de governo têm sido avaliados mais frequentementecomo uma mudança de organograma do que como uma real mudançade práticas (teixeira; costa, 2003).

De fato, ainda não se tem uma avaliação dos poucos processos de reorganização das estruturas das vigilâncias ocorridas em alguns estados emunicípios objetivando a uma desejada ação mais integral – em vez de

mais articulada – das vigilâncias do campo da saúde. Mas já despontamresultados por vezes paradoxais. Concretamente, ou têm sido criadaagências estaduais e municipais de formatos e denominações diversacom um único traço em comum – a ausência do conjunto de características que tornou a construção da Anvisa um caso peculiar na saúde –ou o resultado tem sido o rebaixamento dos serviços na estrutura decisória das secretarias com interposição de mais níveis hierárquicos. Issodificulta o processo decisório em qualquer organização, tornando-omais centralizado, por isso mais lento e, potencialmente, ainda menopermeável ao controle social (ainda mais que três das vigilâncias têm

potenciais conflitos a enfrentar). Se a organização institucional é frágilos resultados e as articulações intra e intersetoriais também tendem aser precários e frágeis.

Evams sa emintegralidade, ps maexpessã mpecsa, p sesmps sgfcads, d

va psv qe caega e dadfcdade em avaa se efevacace. re Mas afma qe,s exs egas, csa apeas em “ega”. Ccdamscm Mas (2001) qadafma qe a egadade maadea de a, m cj devaes pe qa vae a.

A Avsa m cas peca,ps, dfeeemee da Agêcanaca de Sade Spemea, f de ma efma sca.tamm dfeeemee dasagêcas esadas e mcpas,em ama admsava efacea e ses dgees gzamde esadade, cm vms Capí 8.

Para refletir

Cm vcê avaa mde aa das pácas em vgâcas adadem se mcíp/esad, d p de vsa ds avaçs acaçads,ds desafs qe efea e de sas fagdades?

O desafio da tomada de decisão com base nainformação

A limitação e a falta de integração dos Sistemas de Informação das Vigilâncias sanitária, em saúde do trabalhador e ambiental, que possam searticulados aos demais sistemas já existentes, dificultam a tomada de

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Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da

decisões e o monitoramento da situação de saúde no que diz respeitoaos seus objetos de atuação por meio de indicadores. No caso da vigi-lância ambiental em saúde e da saúde do trabalhador, há um avançorepresentado pela elaboração do Painel de Indicadores (Pisast).

Santana e Nobre (2005) referem algumas questões sobre a construçãode sistemas de informação de saúde do trabalhador. A comunicaçãoobrigatória por parte das empresas, dos acidentes e/ou doenças do tra-

 balho restringe-se aos trabalhadores segurados; no SUS, a notificação éobrigatória, por meio do Sistema de Informações de Agravos de Noti-ficação (Sinan), apenas em alguns estados e municípios. Referem serainda raro o diagnóstico correto de acidentes e/ou doenças do trabalho.

Como fatores operacionais que dificultam a construção de bons siste-mas de informação em saúde do trabalhador, pode-se citar a imprecisãona padronização e codificação do registro da ocupação e cobertura da

Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), limitada aos emprega-dos do mercado formal, em regime de CLT.

A Conferência Nacional de Vigilância Sanitária (2001) apontou a ine-xistência de um sistema de informação em vigilância sanitária articu-lado com os diversos sistemas de informação em saúde (Relatório Final,2001). O Sistema de Informações de Vigilância Sanitária (Sinavisa),proposto há algum tempo, e a elaboração de cadastros municipais eestaduais de estabelecimentos sujeitos à vigilância têm sido uma dasprioridades para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. A vigilância

sanitária, como prática avaliativa que pretende agir como uma “inteli-gência”, necessita de sistemas de informação fidedignos, que indiquemo universo de sua atuação e informem os efeitos na saúde decorrentesdo uso de tecnologias e insumos.

Cm sem ssema de fmaçã fmazad, ges deveasae qas sevçs de sade esã devdamee cecads peavgâca saáa e cmpem as mas qe assegam m padãmím aceáve de qadade. Essa fmaçã pde faca a decsãse cedecames ( descedecames), caaçã de es

e de sevçs, e se vesmes qe qafqem a ede de sevçsccada à dspsçã d cdadã.

Pode-se dizer, de maneira mais ampla, que o debate sobre a questão dasInformações em Saúde tem sido intenso no campo da saúde coletiva,mas que a vigilância epidemiológica é a que mais se beneficia dos siste-mas nacionais de informação mais voltados à sua prática.

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Ainda assim, o aperfeiçoamento dos sistemas de informação, o relacionamento e a compatibilidade entre as bases e o desenvolvimento dealguns sistemas específicos que informem sobre os objetos das vigilâncias constituem-se num importante desafio para a gestão das vigilânciasno seu processo de tomada de decisões.

O desafio do monitoramento e da vigilânciaativa em prol da melhoria da qualidade e dasegurança de produtos e serviços

De acordo com o que é definido no art. 200 da Constituição Federal de1988, como já foi visto, cabe ao SUS o controle e a fiscalização de procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde. Esse controle deve incluir o monitoramento, isto é, a observação contínua docomportamento desses elementos na vida cotidiana, sob as condiçõe

normais de uso. O monitoramento deve servir de base para o aprimoramento do registro de produtos, das normas técnicas e das orientações.

Vale lembrar que para o registro de um produto são realizados ensaio

clínicos sob condições controladas, com número reduzido de indivíduosestando sempre excluídos os idosos, as gestantes, as crianças e os portadores de algumas enfermidades. Assim, alguns efeitos desses produtosprocedimentos só aparecem quando utilizados em larga escala e, muitavezes, combinados com outras intervenções. É em função do extremodinamismo da tecnologia na área da saúde que hoje a chamada vigilância pós-comercialização ganha relevância e torna-se elemento imprescindível no processo regulatório, na perspectiva da proteção à saúde.

Ao longo dos últimos anos, a esfera federal e alguns estados vêm trabalhando para desenhar e implementar os programas de monitoramentoAssim como acontece nos países mais desenvolvidos, atualmentea Anvisa vem desenvolvendo, com a colaboração de alguns estadosmunicípios e unidades hospitalares, os programas, por exemplo, defarmacovigilância, hemovigilância e tecnovigilância, considerados prioritários para a vigilância pós-comercialização.

Ensaio clínico qaqe pesqsaqe, dvda cevamee,evva se hma, defma dea dea, emsa adade paes dee,cd maej de fmações maeas (BRAsil, 1998).

Farmacovigilância a cêcaeava à deecçã, avaaçã,cmpeesã e peveçã dsefes advess qasqepemas eacads amedcames. Ema hajapevsã desse p de vgâcaa le . 6.360/76, apeass ms as ea em sdmpaada cm pgama. Demd aág, desevveam-se

s cces de hemvgâca eecvgâca paa s evesadvess eacads à zaçãde sage e hemcmpeese as eqpames mdcs,especvamee.

Vgâca pós-cmecazaçã m esd d s e ds efes –pcpamee ds efes advess – ds medcames após a eaçãpaa cmecazaçã. Esse em , às vezes, sad cm sôm defamacepdemga, mas ese m pde se eevae amm paas esds “p-cmecazaçã”. Hje se s cpa s pdse ecgas de eesse da sade.

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Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da

uma das esagas paa vaza esse p de vgâca a rede deHspas Seea, qe jeva e fmações qafcadas a espeda qadade ds pds e d se pef de sc/eefíc. Am desev cm ssíd as ações de egaçã de mecad, pjec paa a meha da qadade da aeçã à sade p me da

sca ava e da vesgaçã de eves advess, em cm de meddaspaa edçã e ce de scs eacads a ecgas em sade.

Essas atividades, quando necessário, geram alertas sanitários para todoo sistema de saúde ou de vigilância ou para áreas específicas do SUS.

Uma estratégia importante – tanto na vigilância sanitária quanto naambiental – tem sido o monitoramento de alguns produtos e ambientesvisando à identificação, mediante metodologias analíticas laboratoriais,

de desvios de qualidade e de contaminantes.Por fim, podemos dizer que, sendo o monitoramento geralmente oacompanhamento sistemático de indicadores construídos com o apoiode sistemas de informação, a vigilância epidemiológica é a que mais se

 beneficia por ter sistemas nacionais de informação voltados à sua prática.

O desafio da pesquisa e da produçãode conhecimento

A cooperação entre serviços, universidades e institutos de pesquisa no

desenvolvimento de pesquisas e na formação de recursos humanos paraas vigilância(S) em saúde constitui ainda um desafio e tem-se colocadocomo uma perspectiva ainda bastante tímida, principalmente para avigilância sanitária.

Mas, em todas as vigilâncias, a prática interdisciplinar e multiprofissio-nal pode contribuir para a construção do conhecimento, a construção edesenvolvimento de indicadores e a identificação de fatores, sejam eles

 biológicos ou não, interferindo na saúde dos cidadãos, consumidorese trabalhadores e comprometendo o desenvolvimento sustentável e a

qualidade de vida.A pesquisa em saúde mobiliza muitos atores, de origens diversas, comvisões, interesses e linguagens distintas. Construir uma agenda de prio-ridades para pesquisa na área da saúde tem sido uma tarefa árdua;pressupõe estabelecer consensos e compartilhar recursos.

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Qualificação de Gestores do sus

O investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no campode atuação das vigilância(S) em saúde, especialmente nas vigilânciasanitária, em saúde do trabalhador e ambiental, ainda está aquém danecessidades; isso compromete o desenvolvimento de métodos paraavaliação e gerenciamento dos riscos à saúde e estruturação dos siste

mas de vigilância. A situação em relação a esse ponto é bastante melhopara a vigilância epidemiológica, conforme pudemos ver no desenvolvimento do SNVE, com a cooperação com as instituições e especialmentcom a Abrasco. A SVS conta com uma rede acadêmica de centros cola

 boradores, mas também de profissionais da área da pesquisa.

O desafio do financiamento em busca daequidade

Embora tenha crescido bastante, ainda é baixo o financiamento para

o campo das vigilâncias, especialmente se comparado ao volume derecursos consumidos, por exemplo, pela assistência. A Vigilância Epidemiológica ainda é a que percebe maiores recursos, seja por meio derepasses regulares e automáticos, seja por meio do Projeto VigiSUSA implementação da Renast tem contado com recursos financeiroextrateto transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde a estados e municípios, que permitiram a habilitação de 11 Cerest até agosto de 2005(dias; HoeFel, 2005), perfazendo agora cerca de 180 centros.

É importante implementar sistemas nacionais cooperativos em que aesferas de governo participem de forma integrada e que estejam organi

zados e distribuídos equitativamente no país, negociando por meio dainstâncias de pactuação constituídas. Tais sistemas devem contemplaalguns princípios: da transparência na ação regulatória; da transversalidade e intersetorialidade; da ética e da precaução; e da complementaridade das ações (aBrasco, 2004).

A realidade já demonstrada é a de desintegração e desarticulaçõesintrassetoriais na esfera da saúde, com arranjos institucionais de maioou menor facilidade de estruturação dos serviços estaduais e municipais, dependentes das características político-administrativas e socio

culturais de cada localidade. Há, portanto, variações locais que dependem do porte do município ou estado, da forma organizacional e daestrutura de cada secretaria de saúde, da importância que a promoçãoou proteção da saúde tem na cultura local, da organização da sociedadcivil e da participação social nas definições das políticas de saúde, pointermédio dos conselhos de saúde.

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Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da

Em 2004, o estado da arte do Sistema Nacional de Vigilância Sanitáriaera assim caracterizado:

vem se conformando como um arranjo restrito aos serviços devigilância sanitária, com baixo grau de coesão entre os com-ponentes federal e estadual, incipiência do componente mu-

nicipal e precário controle social. Além de um serviço fede-ral robusto, torna-se necessário prosseguir na estruturação deórgãos que aumentem a cobertura e a efetividade do sistemapela ação colaborativa entre seus componentes, respeitando oprincípio da interdependência sistêmica [...] (aBrasco, 2004).

Pode-se extrapolar esse diagnóstico para as demais vigilâncias, especial-mente as de saúde do trabalhador e ambiental. A vigilância epidemioló-gica, por sua história e por não interferir diretamente nas contradiçõescapital – trabalho – saúde, encontra-se em estágio mais avançado queas demais.

Para refletir

Vcê pdea defca ações caavas em se mcíp/esadqe esaam em ampaçã da cea e efevdade das vgâcas?

Vcê já pes qe s eefícs geads peas ações dasvgâcas pdem se sfíds mesm p aqees qe ãdemadam deamee s sevçs de sade, acaçad a adadeda ppaçã?

O desafio da implantação de rede delaboratório para qualificar as ações

Cabe ressaltar a importância e o desafio de estruturar e implementar aRede de Laboratórios Oficiais de Saúde Pública para que possam atuarem todas as quatro vigilâncias do campo da saúde. Lucchese (2001)considera a fragilidade da Rede de Laboratórios de Controle de Qua-lidade em Saúde (Lacen) um dos nós críticos do Sistema Nacional deVigilância Sanitária, uma vez que, sendo de fundamental importânciapara a finalização das ações fiscalizadoras da Visa, os Lacen têm difi-

culdades para a realização das ações laboratoriais: falta de padrões, demétodos analíticos, de equipamentos e de pessoal.

Da mesma maneira, Lacaz, Machado e Porto (2002) consideram que aexistência de estrutura de referência laboratorial específica é um fator

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Qualificação de Gestores do sus

de estabilidade e de crescimento das experiências em saúde dos trabalhadores. Segundo esses autores, mesmo

na região Sudeste a existência de estrutura institucional relativamente bem desenvolvida não se traduz em retaguarda laboratorial ampla, dada a sua fragmentação e subaproveitament

decorrentes da inexistência de uma efetiva rede de laboratórios de toxicologia e avaliação ambiental, bem como de mecanismos claros de financiamento destas estruturas e das açõedos serviços (lacaz; macHado; Porto, 2002).

De qualquer forma, já se enunciou no capítulo anterior que se contacom algum recurso para os Lacen e para o INCQS se estruturarem, demodo a melhor atender às vigilâncias. Todavia, é necessário remarcar adiferença entre um procedimento analítico laboratorial para cada umadas áreas dos sistemas das vigilâncias.

O desafio da estruturação e qualificação dasequipes

A operação desses sistemas nacionais exige uma equipe multiprofissional, com pessoal em quantidade suficiente e com a qualificação necessária ao desenvolvimento das ações. Essa ainda não é a realidade namaioria das vigilâncias.

Assim é que Pinheiro (1996) refere a existência de um número restrito einsuficiente de profissionais de saúde para atuar na saúde do trabalhadorNo campo da Vigilância Sanitária, o Censo Nacional dos Trabalhadorede Vigilância Sanitária, realizado em 2004, registrou que 13,4% domunicípios pesquisados não possuíam nenhum profissional de vigilânciasanitária. Além disso, demonstrou disparidades regionais importantesum maior contingente de pessoal de nível médio ou elementar (67,2%)dos quais 59,2% com até cinco anos de trabalho na vigilância sanitária.

De fato, apenas mais recentemente, especialmente a partir do ano 2000é que os serviços de vigilância sanitária nas diversas esferas de governotêm realizado concurso público para a (re)composição de suas equipesPela natureza da ação da vigilância sanitária, já discutida aqui, pode-se

compreender que a existência de uma equipe multidisciplinar, cominvestidura pública, cônscia do seu papel na sociedade e qualificadapara o exercício de sua função, é condição importante para a melhoefetividade do SNVS e do SUS como um todo.

Constitui-se, portanto, em um enorme desafio a formulação de uma

 política de recursos humanos que contemple o aumento, a diversi

ficação e a qualificação da força de trabalho e a estabilidade nas trê

esferas de governo.

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Trajetórias, desafios e perspectivas das vigilâncias do campo da

Integra ainda esse desafio a superação de um fosso entre os profissio-nais das quatro vigilâncias e entre os profissionais da Anvisa e os deestados e municípios. As diferenças abarcam a existência de carreira eo patamar salarial dos profissionais que trabalham com vigilância naesfera federal. Os servidores da Anvisa integram uma carreira especí-

fica, de regulação, comum a todas as outras agências.

O desafio de compartilhar atribuições eresponsabilidades para produzir mudanças

Finalmente, um desafio de monta é fortalecer o caráter intersetorial das

vigilâncias do campo da saúde, construindo, de fato, a desejada e necessáriainteração com órgãos de outros campos organizacionais externos à saúde.

Pinheiro (1996) relaciona o baixo envolvimento da Previdência Social

com o campo da saúde, no que tange à saúde do trabalhador, à existênciade alguns pontos de atrito intersetoriais, especialmente com o Ministériodo Trabalho, e à resistência do grande empresariado às ações do SUS. Emgrande parte, essa tensão permanece nos dias atuais, embora tenha dimi-nuído, pelo menos em alguns estados. Pinheiro et al. (2005) consideramque é ainda incipiente e pontual o envolvimento de outros setores – comomeio ambiente, educação e agricultura – com a saúde do trabalhador.

Isso também pode ser aplicado às vigilâncias epidemiológica e sanitáriaquando se observam seu processo de trabalho e o escopo das intervenções.Os exemplos são muitos. Assim, ações de controle de vetores, estreitamente

vinculadas ao meio ambiente, raramente são desenvolvidas em conjunto,do mesmo modo que as questões relacionadas ao uso de agrotóxicos aindacarecem de boa articulação entre a saúde, o meio ambiente e a agricultura.

Paa csda ses checmes

1. Csdead as dfeees ajeóas das vgâcas d camp dasade, epeseadas as has de emp, defqe mmes qevcê csdea cm s mas macaes paa a cfmaçã d Ssemade Vgâca Saáa e ds Sssemas de Vgâca Epdemógca e

de Vgâca em Sade Amea. P qê?

2. Cm a cpaçã d ce sca d SuS e da pacpaçãppa em acecd em se mcíp?

3. Pce defca em “o cas de Aa a cdade: qe s hsã veem, caçã e cp seem?” desafs a execíc dasvgâcas e ações de speaçã paa cada m dees.

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