curso de especialização em engenharia de...

191
1 Curso de Especializa Curso de Especializaç ão ão em em Engenharia de Seguran Engenharia de Seguranç a a do Trabalho do Trabalho Edi Ediç ão 2009 ão 2009- 2010 2010

Upload: lamquynh

Post on 01-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

Curso de EspecializaCurso de Especializaççãoãoemem

Engenharia de SeguranEngenharia de Segurançça a do Trabalhodo Trabalho

EdiEdiçção 2009ão 2009--20102010

2

Fatores ambientais IFatores ambientais I

RuRuíído e vibrado e vibraççõesões

3

DisciplinaDisciplina

zSerão realizados exercícios durante as aulas. Estes exercícios farão parte da avaliação.

zSerá realizada uma avaliação finalsobre o conteúdo da disciplina.

4

ApresentaApresentaçção da disciplinaão da disciplina

zRuído em ambientes de trabalhoð Introdução à física do somð Interação do som com o ser humanoðMedição do somð Normas de exposiçãoðMedidas de controle de ruído

5

ApresentaApresentaçção da disciplinaão da disciplina

zVibrações em ambientes de trabalhoð Conceitos básicos de vibraçãoð Efeitos da vibração no ser humanoð Normas de exposiçãoðMedição de vibraçõesðMedidas de controle de vibrações

6

Revisão inicialRevisão inicial

7

zA definição de logaritmo é

onde n é a base do logaritmo, e pode ter qualquer valor.

( ) anxa xn =⇒=log

( )( )

( )( )( )

=⇒−∞=

=⇒=

=⇒=

=⇒=

=⇒=

∞− 00log

101log162416log

000.000.1106000.000.1log

000.1103000.1log

0

42

610

310

nn

n

n

LogaritmosLogaritmos

8

LogaritmosLogaritmos

zAlgumas operações com logaritmos

zOutras propriedades

( ) ( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )abababa

baba

nb

n

nnn

nnn

loglog

logloglog

logloglog

=

=−

⋅=+

( ) ( ) anann aann

n === loglog1log

9

LogaritmosLogaritmos

zOs valores mais usuais de n são:ð n = e ≈ 2,72 ⇒ logaritmo natural ou neperiano,

normalmente identificado apenas por lnð n = 10 ⇒ logaritmo base 10, normalmente

identificado apenas por logð n = 2 ⇒ utilizado em gráficos de bandas de

freqüência

10

Escalas logarEscalas logaríítmicastmicas

zAs escalas logarítmicas são úteis para representar alguns tipos de fenômenoðMuito utilizadas em ruído e vibraçõeszEscala decibel (dB)zRepresentação gráfica de espetros de freqüência

11

Escalas logarEscalas logaríítmicastmicas

zGráficosð Escala linear

ð Escala log(abscissas)

12

Escalas logarEscalas logaríítmicastmicas

zGráficosð Escala linear

ð Escala log(ordenadas eabscissas)

13

Escalas logarEscalas logaríítmicastmicas

zGráficosð Escala linear

ð Escala log(ordenadas)e log2(abscissas)

14

Propriedades do ArPropriedades do Ar

zPressão: Po = 1 atm = 1 bar = 100.000 N/m2

zTemperatura: To = 20 oCzMassa específica: ρo = 1,2 Kg/m3

zVelocidade do som no arð Geral:

ð Gás ideal:

ρPc ⋅= 4,1

+=

⋅=

C em ra temperatu, 273

1332

K. em absoluta ra temperatu, 05,20

o

o

tc

Tc

15

Som e RuSom e Ruíídodo

Fundamentos teóricos

16

ObjetivosObjetivos

zO que exatamente é o som? zO que é ruído?zComo podemos quantificar

o som? zComo o som é percebido? zComo o som viaja entre a

fonte e o receptor?

17

zO som é a sensação gerada no ouvido por uma flutuação de pressão que se propaga em um meio elástico.ðRelação entre um fenômeno físico e a

percepção deste fenômeno pelo ser humano

zSentido responsável por grande parte da informação que recebemosðComunicação, percepção do mundo,

entretenimento, emoção

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

18

zRuído: um som indesejado ou molesto. ð Esta diferenciação é subjetiva, sujeita a

interpretações pessoais. zExemplo: uma música agradável para uns

pode ser extremamente desagradável para outros.

ð No caso do ruído produzido em ambientes de trabalho, a diferença entre as pessoas costuma ser o quanto o ruído incomoda.

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

19

zFenômeno Físicoð O som é uma onda elástica longitudinal, que

viaja com velocidade definida e possui determinadas características de freqüência e amplitude.

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

20

zEsquema do mecanismo de propagação de uma onda elástica longitudinalðA direção do movimento

da matéria é igual ao da propagação da energiaðComprimento de onda λðAmplitude de

deslocamentoðPeríodo: tempo que a

onda leva pra completar um ciclo

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

21

zRepresentação gráfica de uma onda elástica longitudinalð Mostra a flutuação da pressão sonora, em um determinado

ponto, ao longo do tempo.ð A representação não está relacionada com a direção do

movimento das partículas

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

22

zO que uma onda elástica precisa para ser som?ð O que define se a onda é ou não audível é a sua

freqüência, e a amplitude da flutuação de pressão que ela provoca.

zUnidades:ðPressão: N/m2

2 x 10-5 N/m2

0 dB

limiar da audibilidade limiar da doraudibilidade

200 N/m2

140 dB

convenção

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

23

zO que uma onda elástica precisa para ser som?ð O que define se a onda é ou não audível é a sua

freqüência, e a amplitude da flutuação de pressão que ela provoca.

zUnidades:ðFreqüência: ciclos/s ou Hertz (Hz)

16-20 Hz 15-20 KHz

infra-som ultra-somaudibilidade

Tf 1

=⇒

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

24

zQuanto maior a amplitude, mais forte ou alto é o som.

zQuanto maior a freqüência, mais agudo é o som. O somgrave tem baixa freqüência.

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

25

z Outras propriedades do somð A velocidade em que o som se propaga varia em função do

meio e de sua temperatura. Para um gás ideal a relação é:

onde t é a temperatura em oC

ð Relação entre o comprimento de onda λ, a velocidade do som c e a freqüência f:

fc .λ=

2731332 tc +=

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

26

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

zExercícioð Calcule a velocidade do som no ar para as

temperaturas de 10 oC e 40 oC.

2731332 tc +=

27

z Velocidade do som em diversos meios na temperatura ambiente.

Material Velocidade do som(m/s)

ar 343

água 1440

tijolo 3650

madeira de lei 5260

aço 6100

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

28

z Intensidade sonorað Quantidade de energia que atravessa, por segundo,

uma unidade de superfície perpendicular à direção de propagação do som.

ð Unidade para intensidade sonora: W/m2

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

29

zFaixa de intensidades que o ouvido humano "mede":ð Intensidade mínima (limiar da audição):10-12 W/m2

ð Intensidade máxima (limiar da dor): 1 W/m2

zA representação linear é pouco convenienteð Extensa faixa de valores;

ð O ouvido humano tem uma sensação não linear (lei da psico-física de Weber-Fachner):

“Sensação cresce com o logaritmo do estímulo”

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

30

zEscala de som em decibelðNível de intensidade sonora:

I = intensidade sonoraI0 = 10-12 W/m2

=

=→

=

=→

=

=→

120dordalimiar0audiçãodelimiar

log10

12dordalimiar0audiçãodelimiar

log

10dordalimiar1audiçãodelimiar

0

0

120

II

II

II

(dB) log100

10

=

IINIS

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

31

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

z I ∝ P2

z A faixa de pressões que o ouvido humano "mede" é:ð Pressão mínima (limiar da audição): 2. 10-5 N/m2

ð Pressão máxima (limiar da dor): 20 N/m2

z Nível de pressão sonora

p0 = 2. 10-5 N/m2

][log20log10 20

2

dBpp

ppNPS

o

==

32

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

zExercícioð A medição do ruído produzido por uma máquina

resultou em 87 dB. Qual a intensidade do som produzido por essa máquina. Qual a pressão sonora? (I0=10-12 w/m2 e P0 = 2.10-5 N/m2).

(dB) log100

10

=

IINIS

][log20

log10 20

2

dBpp

ppNPS

o

=

==

33

z Operações com decibéis - Somað Supondo em um ambiente duas máquinas (fontes sonoras),

cada uma produz NIS1 e NIS2, qual o nível resultante?

ð NPS resultante

ð Generalizando

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

0

11 log10

IINIS =

+= 1010

21

1010log10NISNIS

RNIS

= ∑

i

NIS

R

i

NIS 1010log10

0

22 log10

IINIS =

34

zOperações com decibéis - SomaðA soma pode ser feita com a seguinte tabela:

zse a diferença é maior do que 10 dB, o nível resultante é aproximadamente igual ao nível de pressão mais alto.

ðExemplozConsiderar duas fontes sonoras de 70 e 75 dB.

A diferença entre elas é 5 dB. Pela tabela, o nível de intensidade sonora resultante é de 1,2 dB + 75 dB = 76,2 dB.

0,40,50,60,81,01,21,51,82,12,63Valor a somar ao nível mais alto

109876543210Diferença NPSA-NPSB

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

35

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

zOperações com decibéis - SomaðTambém é possível utilizar o gráfico abaixo:

36

zExercício - Soma de decibéisðSuponha que as fontes A, B, C, D, E, F e G produzam,

isoladamente, em um ponto da sala os NPS indicados. Calcule o NPS quando todas as fontes estão funcionando juntas.

A = 85 dBB = 81 dBC = 82 dBD = 80 dBE = 87 dBF = 94 dBG = 94 dB

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

0,40,50,60,81,01,21,51,82,12,63Somar ao nível mais alto

109876543210Diferença NPSA-NPSB

37

zOperações com decibéis - Subtraçãoð Determinação do nível de uma fonte específicaz1. Mede-se o NPSt do ambiente com todas as fontes

ligadas;z2. Desliga-se a máquina cujo NPS se quer estimar e

mede-se o ruído resultante (NPSf);z3. A diferença entre as duas medições é uma

estimativa do ruído causado pela máquina

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

)1010log(10NPS 10NPS

10NPS

m

ffm

−=+

38

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

z Operações com decibéis - SubtraçãoðPode-se utilizar o gráfico abaixo:

39

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

zExercício – Subtração de decibéisð Uma lixadeira esta em meio a outras máquinas. O NPS

quando todas as máquinas estão funcionando é de 100 dB. Desligando-se apenas a lixadeira, o NPS cai para 96 dB no mesmo ponto de medição. Determine o NPS produzido pela lixadeira isoladamente.NPStudo ligado = 100 dBNPSlixadeira desligada = 96 dB

40

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicoszRelação entre a variação do nível sonoro e a

percepção humana

Mudança no nível de pressãosonora (dB)

3

5

10

15

20

Mudança na percepção

Apenas perceptível

Notável diferença

Duas vezes mais alto

Grande mudança

Quatro vezes mais alto

41

zFontes de ruído comuns

42

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

zFontes de ruído comuns

Limiar de audibilidade0

muito fracaSussurros, trabalhos intelectuais em um quarto.1020

fracaCasa silenciosa ou escritório individual, auditório médio, conversação baixa.

3040

moderadoCasas barulhentas, escritórios médios, conversação média, rádio com volume baixo.

5060

barulhentoEscritório barulhentos, ruas com ruído médio, rádio com volume médio, fábrica com ruído médio.

7080

muito barulhento, estrondosa

Ruas extremamente barulhentas, fábricas barulhentas, plataformas de trens sem absorvedores de som, apitos de polícia.

90100

EnsurdecedorTrovão, artilharia, rebitador, trem em ferrovia elevada, fábrica de caldeiras110Limiar de sensibilidade120

SensaçãoFontedB

43

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicosz Níveis sonoros observados em algumas atividades

z Limiar da dor 120z Martelamento de chapas de aço 110z Cabina de avião 100z Máquina de rebitar 100z Ruído numa rua central, movimentada 95z Interior de uma fábrica barulhenta 90z Martelo pneumático 95z Orquestra sinfónica a 10 metros de distância 85z Rádio tocando alto 80z Escritório barulhento 75z Conversação normal 60z Escritório 55z Interior de residência na cidade 45z Interior de residência num sítio ou fazenda 25z Conversação em voz baixa 20z Murmúrio 15z Limiar da audibilidade 0

4480Canto de um profissional90Potência máxima80Grito de mulher85Grito de homem70Mulher falando em público, esforçando-se75Homem falando em público, esforçando-se60Mulher falando em público, sem esforçar-se 65Homem falando em público, sem esforçar-se50Mulher conversando normalmente55Homem conversando normalmente25Mulher conversando tranqüilamente30Homem conversando tranqüilamente20Nível mínimo, murmurar

Nível sonoro em dBAtividade

zNíveis sonoros produzidos por pessoasðMedições a um metro de distância, em locais sem

reverberação (câmaras anecoicas). As condições de reflexão do ambiente podem influenciar muito esses valores.

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

45

zFormas de representar uma onda sonora

ðAmplitude x

tempo

ðAmplitudex

freqüência

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

46

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

z Espectros de freqüênciaðTom puro – onda sonora composta por um único

componente de freqüência (ex.: Diapasão)

47

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

z Espectros de freqüênciaðOs sons normalmente são mais complexos, compostos por

vários componentes de freqüência

48

125 Hz250 Hz

1000 Hz2000 Hz

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

zEspetros de freqüênciaðPara o ouvido humano, cada duplicação da

freqüência é interpretada como um intervalo similar zA diferença percebida entre 125 Hz e 250 Hz é similar

à percebida entre 1000 Hz e 2000 Hz

49

zRepresentação do espectro sonoro em bandas de freqüência

ðBandas de oitava

ðBandas de 1/3 de oitava

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

50

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

zFrequências Centrais (em Hz) das bandas de oitava e 1/3 de oitavaOitavas λ (m) Terços de oitava

16 21,25 12,5 16 2031,5 10,80 25 31.5 4063 5,39 50 63 80

125 2,72 100 125 160250 1,36 200 250 315500 0,68 400 500 630

1000 0,34 800 1000 12502000 0,17 1600 2000 25004000 0,085 3150 4000 50008000 0,043 6300 8000 10000

16000 0,021 12500 16000 20000

51

Som Som –– conceitos bconceitos báásicossicos

dB556368676460Grito

dB535149484440Máquina de escrever mecânica

dB657278808184Trem elétrico

dB125129132136135132Avião a jato quatro motores

Hz400020001000500250125

z Faixas de freqüência do som de algumas fontes sonoras conhecidas

52

Comportamento do ouvido humanoComportamento do ouvido humano

z Curvas de igual sensação sonorað O ouvido humano é um "instrumento" que transforma as

pressões em sensações auditivas, porém de sensibilidade limitada. A faixa de freqüência do ouvido humano éaproximadamente de 16 a 16000 Hz e é chamada de áudio -freqüência.

ð O som, porém, não é percebido com a mesma eficiência em todas as freqüências da faixa audível. O ouvido responde mal às freqüências extremas do espectro audível.

ð Experimentos permitiram traçar as chamadas curvas de igual sensação sonora em função da freqüência do som. Partindo de 1000 Hz como referência, estas curvas mostram o quando de energia sonora é necessário em outras freqüências para gerar no ouvido a mesma sensação sonora.

53

Comportamento do ouvido humanoComportamento do ouvido humano

z Curvas de igualsensação sonora(equal loudnesscontours)

54

Comportamento do ouvido humanoComportamento do ouvido humano

zEste comportamento do ouvido gera uma dificuldadeðMedidas de nível sonoro, em dB, de duas fontes

sonoras compostas por freqüências diferentes, podem ter o mesmo valor e, no entanto, a percepção do som pelo ouvido ser completamente diferente.

zSolução utilizadaðDar pesos diferentes para as freqüências diferentes

que compõe o som, em função do comportamento do ouvido, utilizando curvas de ponderação

55

Comportamento do ouvido humanoComportamento do ouvido humano

zAs curvas de ponderação foram traçadas com base em algumas das curvas de igual sensação sonora.

56

Comportamento do ouvido humanoComportamento do ouvido humano

zOriginalmente, várias curvas de ponderação foram traçadas, para vários níveis das curvas de igual sensação sonora.

57

Comportamento do ouvido humanoComportamento do ouvido humano

zPorém, experimentos acabaram mostrando que a curva A e a que melhor faz o ajuste entre o valor físico do som e a percepção deste som pelo ser humano, na maioria dos casos.zAlém da curva A, a curva C também revelou-se útil

em alguns casos, como em ruído de impacto.

58-11,2-11,1-9,320000-8,5-8,4-6,616000-6,2-6,1-4,312500-4,4-4,3-2,510000-3,0-2,9-1,18000-2,0-1,9-0,16300-1,3-1,20,55000-0,8-0,71,04000-0,5-0,41,23125-0,3-0,21,32500-0,2-0,11,22000-0,10,01,016000,00,00,612500,00,00,010000,00,0-0,88000,0-0,1-1,96300,0-0,3-3,25000,0-0,5-4,84000,0-0,8-6,63150,0-1,3-8,62500,0-2,0-10,9200-0,1-3,0-13,4160-0,2-4,2-16,1125-0,3-5,6-19,1100-0,5-7,4-22,580-0,8-9,3-26,263-1,3-11,6-30,250-2,0-14,2-34,640-3,0-17,1-39,431,5-4,4-20,4-44,725-6,2-24,2-50,520-8,5-28,5-56,716-11,4-33,2-63,712,5-14,3-38,2-70,410

Escala CEscala BEscala AFreqüência

Curvas de ponderaCurvas de ponderaçção na ão na freqfreqüüência ência -- Tabela de Tabela de

valoresvaloreszExercícioðOs valores da tabela foram

medidos em dB(Lin). Calcular o NPS em dB(A).

zResultado:72

8000

70

4000

83,37570727580dB

Total20001000500250125f [Hz]

--1,111,20-3,2-8,6-16,1Fator

83,372707570727580dB

70,9

8000

71

4000

79,676,27068,866,463,9dB(A)

Total20001000500250125f [Hz]

59

∫=T

rms tpT

p0

2 )(1

MediMediçção de não de nííveis sonorosveis sonorosz A medida mais utilizada da pressão sonora é o seu valor

eficaz ou valor r.m.s (root mean square):

onde t é o tempo de integração. z O uso do r.m.s. é necessário porque o som é uma flutuação

da pressão atmosférica (variação em torno de um ponto de equilíbrio).

z Em medições feitas com medidores de pressão sonora, o tempo de integração costuma ser:

resposta lenta ⇒ t ≅ 1sresposta rápida ⇒ t ≅ 0,1 a 0,2 s

60

][dtpp

t110logL

t

0 20

2

eq dB∫=

MediMediçção de não de nííveis sonorosveis sonoros

z O nível de pressão sonora é obtido a partir do valor médio quadrático da pressão sonora durante o intervalo correspondente ao tempo de integração:

onde t é o tempo de integração, p é a pressão sonora instantânea e p0 é a pressão sonora de referência(2x10-5 N/m²).

61

zMuitas vezes existe o interesse em determinar o nível sonoro médio de um período mais longo. Para isso é utilizado o nível equivalente Leq. O Leq pode ser determinado pela fórmula anterior, aumentando-se o tempo de integração, ou pela média de vários níveis instantâneos:

onde Li é o nível de pressãosonora em dB, determinadopela equação anterior, utilizando resposta rápida.

= ∑

n

1

10L

Aeq

i

10n110logL

MediMediçção de não de nííveis sonorosveis sonoros

62

PropagaPropagaçção do somão do som

zCampo próximo, campo livre e campo reverberante

63

PropagaPropagaçção do somão do som

z Fontes sonorasð Em um meio homogêneo, a propagação do som é estudada

considerando três tipos de fontes ideais:z Pontuaisz Lineares

z planas.

64

z Fonte sonora pontual ð As ondas possuem uma geometria esférica. A relação entre

intensidade sonora, potência sonora e pressão e a distância da fonte é

I = Intensidade Sonora [W.m-2]W = Potência Sonora [W]p = Pressão sonora [N.m-2]ρ0 = densidade do ar [1,18 kg.m-3]c = velocidade do som [340 m.s-1]

ð O produto ρ0c = 401 (Rayls) é a impedância acústica do meio.

PropagaPropagaçção do somão do som

cp

r4WI

0

2rms

2 ρ=

π=

65

zFonte sonora pontualð A propagação do som é esférica, e a energia sonora a uma

distência qualquer é inversamente proporcional à área da esfera. Se NWS representa o nível de potência sonora pontual, a r metros o NPS resulta:

ð Esta expressão é conhecida como a lei de 6 dB de redução relativa com a distância. E também pode ser escrita como segue [Gerges,2000] :

onde DI é o Índice de diretividade.

PropagaPropagaçção do somão do som

11)log(20 −−+= rDINWSNPS pontual

24log10

rQNWSNPS pontual π

+=

QDI log10=

66

PropagaPropagaçção do somão do som

zDiretividade e índice de diretividade

67

zPara um piso duro e reflexivo (Q=2)ð Se NWS representa o nível de potência sonora a

um metro de distância, a r metros o nível de pressão sonora NPS resulta [Gerges,2000]:

8)log(20 −−= rNWSNPS pontual

PropagaPropagaçção do somão do som

68

zFontes sonoras lineares(dutos, etc)ðPode-se considerar uma linha composta por

infinitas fontes sonoras pontuais. O comportamento é encontrado integrando-se o efeito de cada fonte da linha. ðPara uma fonte sonora em linha de comprimento

L, o nível sonora a uma distância r será [Gerges, 2000]:

ou)rL2log(10DINWSNPS π−+=

8)rLlog(10DINWSNPS −−+=

PropagaPropagaçção do somão do som

69

zVariação da pressão sonora com a distância, de fontes cilíndricas e pontuais (ou esféricas)

PropagaPropagaçção do somão do som

70

PropagaPropagaçção do somão do som

zFontes sonoras planasð Considerando um plano com fontes pontuais, a propagação

do som ocorre em uma onda aproximadamente plana, de forma que a pressão sonora é

NPS = NWSz Na prática as máquinas são fontes sonoras muito complexas

e com diretividade variada.

71

zEstes modelos são bastante simples, porém prestam-se para a solução de problemas práticos de controle de ruído.zQuando intervenham no fenômeno grandes

distâncias, ou seja, controle com objetivos ambientais, o vento e as condições atmosféricas proporcionam uma propagação não uniforme das ondas, como se apresenta nos tópicos seguintes.

PropagaPropagaçção do somão do som

72

PropagaPropagaçção do somão do som

zDiversos fatores de atenuação do som:ð Absorção do arð Absorção devido a neblina, chuva, neveð Atenuação em paredes e árvoresð Atenuação pelo efeito do ventoð Atenuação pelo efeito de gradientes de temperaturað Atenuação devido a turbulências atmosféricasð Efeito do solo

73

PropagaPropagaçção do somão do som

zEfeitos atmosféricosð AbsorçãozA absorção do som refere-se a atenuação na

intensidade sonora como o resultado da passagem através de um meio, como o ar. Na prática a absorção resulta numa redução sonora por metro de distancia, este efeito se torna muito importante quando há grandes distancias.

ð VentozO som se incrementa favor do vento e se reduz

contra o vento. Este fato não é somente o resultado da velocidade do vento, mas também da deformação que o vento impõe à frente de onda esférica.

74

PropagaPropagaçção do somão do som

zEfeito da Temperaturað Conseqüência da diferença de velocidade do som

em função da variação da temperatura do ar com a altitude.

75

zExercícioðMáquina instalada sobre um piso refletor, produz 115

dB(A) a 1,5 m de distância. Estimar o NPS a 60 m de distância.

PropagaPropagaçção do somão do som

11)log(20 −−+= rDINWSNPS pontual

2log10

==

QQDI

76

ExercExercííciocio

zExercício

77

O sistema auditivo humanoO sistema auditivo humano

Noções básicas do funcionamento

78

O sistema auditivo humanoO sistema auditivo humano

zDividido em dois subsistemasð Periférico – transforma a onda mecânica em sinais

ou códigos neurais;ð Central – subsistema responsável pela

interpretação destes sinais.

79

O sistema auditivo humanoO sistema auditivo humano

zSub sistema periféricoð Ouvido externozCapta as ondas sonoras e conduz até o tímpano

ð Ouvido médiozAmplifica mecanicamente o movimento do tímpano

ð Ouvido internozConverte o sinal mecânico em sinal neural

80

O sistema auditivo humanoO sistema auditivo humano

zEsquema do ouvidoð As propriedades

acústicas doouvido externosão parcialmenteresponsáveispela respostaem freqüênciado sistemaauditivo

81

O sistema auditivo humanoO sistema auditivo humano

zOuvido médioð Transmite e amplifica o movimento do tímpano para

a entrada do ouvido interno (janela oval), através dos ossos conhecidos comoestribo, marteloe bigorna.

82

O sistema auditivo humanoO sistema auditivo humano

zOuvido internoð Transformação do sinal mecânico (onda elástica)

em sinal neural (elétrico)zÓrgão de Corti (células ciliadas)

83

O sistema auditivo humanoO sistema auditivo humano

zCada freqüência é percebida em uma região diferente do ouvido interno

84

ComparaComparaçção da audião da audiçção humana e de animaisão humana e de animais

85

Efeitos do ruEfeitos do ruíído no ser humanodo no ser humano

zRelação entre a Intensidade do Ruído e os Efeitos Subjetivos

OR

DE

M D

E S

EVE

RID

ADE

NÍVEL DE PRESSÃO SONORA

NÍVEL D

E MO

LÉSTIAS

Alguma resposta comunitária

Resposta pobre

Nulo

NÍVEL D

E RISC

O

Interferência com:

- o trabalho

- a comunicação escrita e visual

- a comunicação oral

- com o sono NÍVEL D

E PERIG

O

Lesões Temporárias

Morte

Choque e Trauma

Lesões Permanentes

ZONA DETRANQUILIDADE

ZONA DEEFEITOS SUBJETIVOS

86

Efeitos do ruEfeitos do ruíído no ser humanodo no ser humanoz Zona de efeitos subjetivos

ð Somáticosð Químicosð Psicológicos (mais significativos)ð sonoð atençãoð concentraçãoð irritabilidadeð ansiedadeð inibiçãoð medoð neurose

87

Efeitos do ruEfeitos do ruíído no ser humanodo no ser humano

zZona de efeitos subjetivosð predisposição a outros tipos de risco ( diminuição do

tato, suor excessivo, úlceras ou acidentes por distração).

88

Efeitos do ruEfeitos do ruíído no ser humanodo no ser humano

zZona de lesão temporáriað Toda a lesão temporária é cumulativað Quem já sofreu lesão temporária, já tem

predisposição para lesão definitivazZona de lesões permanentesð Destruição total das células ciliadas do órgão de

Corti do ouvido internoð Perdas maiores em freqüências altasð Dificuldades de comunicação

89

Perda auditivaPerda auditiva

zAudiometriað Audiometria é o estudo metrológico da audição, que

determina as possibilidades acústicas do ouvido de um indivíduo;

ð A audiometria é realizada separadamente para cada ouvido;

ð Avalia o limiar de audição. Pode também avaliar o limiar da dor;

ð O resultado de uma audiometria é expresso através de um audiograma.

90

Perda auditivaPerda auditiva

z Audiogramað Gráfico com os NPS (em dB) mínimos para determinar uma

sensação sonora (limiar de audição) em função da freqüência (em Hz), para um determinado indivíduo. Em alguns casos, pode também apresentar os valores máximos suportáveis (limiar da dor);

ð O exame de grande número de pessoas normais do ponto de vista auditivo e com idade entre 18 e 25 anos permitiu determinar as curvas de limiar de audição e de dor normais naquela população;

ð A área compreendida entre as curvas dos limiares de audição e de audição intolerável representa a “área de audição”.

91

Perda auditivaPerda auditiva

zResultado de umaaudiometria

92

Perda auditivaPerda auditiva

zAudiograma

93

Perda auditivaPerda auditiva

zTipos de perda auditiva ocupacional

Quando existe, simultaneamente, comprometimento da orelha externa e/ou média além da orelha interna (cóclea). Não se confunde com a perda auditiva híbrida

Perda Auditiva Mista

Qualquer redução quantitativa da audição (acuidade auditiva) podendo acometer freqüência isolada ou grupo de freqüências, geralmente graduada em discreta ou leve, moderada, severa e surdez total (anacusiaou cofose). Quanto ao tipo, pode ser sensório-neural, condutiva, mista e híbrida. Analisada, essencialmente, através da audiometria tonal.

Surdez ou

perda auditiva ou

"Disacusia"

Contribuem fatores genéticos e ocupacionaisHíbrida

Decorrente de alterações da orelha externa e/ou média Condutiva

Perdas decorrentes de alteração coclear (órgão de Corti) ou retro-coclear Sensório-neural ou Neurossensorial

94

Perda auditivaPerda auditiva

z Definições usuaisð PAIR – perda auditiva induzida pelo ruído

z Também demoninada Disacusia, hipoacusia ou surdez ocupacional, é causada por exposição prolongada a níveis elevados de ruído.

ð Trauma acústicoz Perda auditiva súbita, causada por exposição a níveis de ruído

muito altos. Em geral, acompanha um zumbido. Podem ocorrer lesões no tímpano, hemorragia ou danos na cadeia ossicular.

ð Mudança temporária no limiar auditivo (TTS)z Mudanças auditiva temporária. A audição retorna ao normal

após o repouso acústico.

95

Usualmente, mesmo amplificada a conversa não é ouvidaAcima de 90extremoF

A conversa deve ser amplificada para ser ouvida70 a 90SeveroE

Dificuldade freqüente com conversa alta55 a 70MarcanteD

Dificuldade freqüente com conversa normal40 a 55ModeradoC

Dificuldade apenas com conversa fraca25 a 40SuaveB

Dificuldade insignificante com conversa fracaAbaixo de 25InsignificanteA

Habilidade em entender uma conversa normalNível médio de perda de audição dB

Grau de Deficiência

Classe

zGrau de deficiência auditivað“perda parcial ou total das possibilidades auditivas

sonoras, variando em graus e níveis”ðO índice é a média nas freqüências de 500 Hz, 1 kHz

e 2 kHz

Perda auditivaPerda auditiva

96

AVALIAAVALIAÇÇÃO DA EXPOSIÃO DA EXPOSIÇÇÃO ÃO OCUPACIONAL AO RUOCUPACIONAL AO RUÍÍDODO

97

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zDefinições preliminaresð Ruído Contínuo Estacionário - ruído com

variações de nível desprezíveis durante o período de observação.

ð Ruído Contínuo Não Estacionário - ruído cujo nível varia significativamente durante o período de observação.

ð Ruído Intermitente - ruído cujo nível cai ao valor de fundo (ruído de fundo) várias vezes durante o período de observação, sendo o tempo em que permanece em valor constante acima do ambiente da ordem de segundos ou mais.

98

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

z Definições preliminaresð Ruído de Impacto ou Impulsivo - ruído que apresenta

picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

ð Ciclo de trabalho ou ciclo de exposição - Conjunto de atividades desenvolvidas pelo trabalhador em uma seqüência definida e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho;

ð Situação Acústica - cada parte da jornada de trabalho, na qual as condições ambientais se mantêm constantes, de forma que os parâmetros a serem medidos possam ser considerados definidos.

99

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zNormas e limites de exposiçãoðNR-15

* Para uma exposição de 8 horas diárias sem proteção auditiva.** Sem proteção adequada.

RUÍDO

Contínuo ou intermitente

Impacto

NR-15Anexo 1

NR-15Anexo 2

Limite detolerância 130 dB(L)

120 dB(C) (Fast)

Limite deTolerância*

85 dB(A)

Risco grave e iminente**140 dB(L)

130 dB(C) (Fast)

Risco grave e iminente**115 dB(A)

100

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zNormas e limites de exposiçãoð NHO-01

z “O Decreto presidencial 4.882, de 18/11/03, assinado pelo presidente da República, que altera dispositivos do Regulamento da Previdência Social, em seu parágrafo 11, transforma em referência oficial as Normas de Higiene Ocupacional elaboradas e editadas pela Fundacentro.”

“§ 11. As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os limites de tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.”

101

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacionalz Ruído contínuo ou intermitente

ð NR-15z incremento de duplicação: q = 5

(aumento de 5 dB diminui o tempopermitido de exposição pela metade)

z critério de referência (Leq para umajornada de trabalho de 8h): CR = 85

z Tempo de exposição

ð A NR-15 não permite exposição a ruídos acima de 115 dB(A) se o uso de proteçãoadequada.

7 minutos1158 minutos11410 minutos11215 minutos 11020 minutos10825 minutos10630 minutos105

10410210098969594939291908988878685

Leq dB(A)

35 minutos45 minutos

1 hora1 hora e 15 minutos1 hora e 45 minutos

2 horas2 horas e 15 minutos2 horas e 40 minutos

3 horas3 horas e 30 minutos

4 horas4 horas e 30 minutos

5 horas6 horas7 horas8horas

Máxima exposição diária

( ) ( )5

85

2

8

2

8−− =⇒=

eqeq Lq

CRL TT

102

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zRuído contínuo ou intermitenteð NHO-01zIncremento de duplicação: q = 3zCritério de referência: CR = 85 dB(A)zNível de exposição normalizado:

NE = nível representativo da exposição diáriaTe = tempo de exposição diária em minutos

+=

480log10 eTNENEN

103

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zRuído contínuo ou intermitenteð NHO-01

0,4611530,00970,5911437,79960,7411347,62950,9311260,00941,1811175,59931,4811095,24921,87109120,00912,36108151,19902,97107190,48893,75106240,00884,72105302,38875,95104380,97867,50103480,00859,44102604,768411,90101761,958315,00100960,008218,89991209,528123,81981523,9080

Tempo máximo diário permissível

(Tn) (Minutos)

Nível de ruído dB(A)

Tempo máximo diário permissível

(Tn) (Minutos)

Nível de ruído dB(A)

104

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zNa prática, um trabalhador pode não ficar todo o período exposto a um nível de ruído constante. Écomum existirem variações no NPS durante a jornada de trabalho.

zPor essa razão, utiliza-se o conceito de dose de ruído. ð Dose: parâmetro utilizado para caracterização da

exposição ocupacional ao ruído,expresso em porcentagem de energia sonora, tendo como base o valor máximo da energia sonora diária admitida, definido a partir de referências preestabelecidas.

105

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

z Dose de ruído

C = Tempo real de exposição ao ruído com um determinado nívelT = Tempo máximo permitido para este nívelðA diferença entre dose de ruído e Leq é que a dose é expressa

em porcentagem de exposição diária permitida e o Leq éexpresso em decibéis.

ðNíveis inferiores a 85 dB(A) (pela NR-15) e 80 dB(A) (pela NHO-01) não serão considerados no cálculo da dose.

ðQuando o valor da dose ultrapassar 1 (100%), o limite de exposição diário foi excedido.

n

n

TC

TC

TCD +++= ...

2

2

1

1

106

zRelação entre dose e LeqðNR-15zq = 5, CR = 85 dB(A)

ðNHO-01zq = 3, CR = 85 dB(A)

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

( ) hTdoseLTdose

L eqeq 8,06,0

117,5log06,0

117,58log=

+=⇒

+

=

⋅⋅=⇔+

⋅= 3

85

2100480

85100

480log10NE

e

e

TDD

TNE

107

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zComparação das normas brasileira (NR-15), européia e Norte Americana.

zA NHO-01 tem limites iguais aos danorma européia.

CR

1151101051009590

Leq(EUA, q=5)dB(A)

15 min10011030 min97105

1 h941002 h91954 h88908 h8585

Tempo de exposição diária máxima

Leq(Europa, q=3)dB(A)

Leq(Brasil, q=5)dB(A)

( )q

CRLeqT −=

2

8

108

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zEstimativa da dose de ruídoð É possível estimar a dose e ruído a partir de

medições com tempos inferiores à jornada de trabalho. Neste caso, a estimativa é feita por uma regra de três simples

ð Exemplo: A dose encontrada com um tempo de avaliação de 6:30 h é 87%. Qual a dose para 8h?

ð IMPORTANTE: A extrapolação só é válida se a amostra é representativa do ciclo de trabalho!!!

%10785,6

878 =⋅=hD

109

ExercExercííciocio

zUm trabalhador é exposto, sem proteção adequada, durante uma jornada de trabalho de 8 horas, aos seguintes níveis de ruído:

90 dB(A) 4 horas95 dB(A) 2 horas80 dB(A) 2 horas

1. Calcule a dose e o Nível de Ruído Equivalente pelas duas normas.2. A atividade é insalubre ou não, segundo NR-15? E pela NHO-01?

( )06,0

117,5log +=

doseLeqn

n

TC

TC

TCD +++= ...

2

2

1

1 85100

480log10 +

⋅=

DT

NEe

110

ExercExercííciocioz DOSE

ð NR-15:

ð NHO-01:

z Níveis equivalentes

z Esta exposição _______________ um risco para a saúde do trabalhador.

111

ExercExercííciocio

zUm operador de prensa hidráulica executa suas tarefas do seguinte modo

a. Calcular a dose de ruído para o turno completo.b. Calcular a dose de ruído no caso de o trabalhador

ter realizado apenas a primeira e a última tarefa.c. Calcular o nível equivalente (8h) nos dois casos.

480 min1h (60 min)85Inspeção da Peça3º

240 min2h (120 min)90Ajuste da Peça2º

360 min5h (300 min)87Montagem da Peça1º

TEMPO MÁXIMO PERMITIDODURAÇÃONÍVEL DE RUÍDO dB(A)TAREFAORDEM

n

n

TC

TC

TCD +++= ...

2

2

1

1

06,0

117,58log +

= Tdose

Leq

112

ExercExercííciocio

a.

b.

c.

a.

b.

c.

113

ExercExercííciocio

zUm trabalhador foi monitorado com um dosímetrodurante um ciclo de trabalho. Este ciclo tem duração de 30 minutos. A jornada de trabalho é de 8h. A dose a que o trabalhador foi exposto neste ciclo foi de 6,4 %. Verifique se o trabalhador estádentro dos limites estabelecidos na NR-15. Calcule o nível equivalente e a dose para a jornada de trabalho.

06,0

117,58log +

= Tdose

Leq

114

ExercExercííciocio

zPor extrapolação:

zPelo Leq:

zResultado: a atividade _________________o limite estabelecido pela NR-15

115

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zRuído de impactoð NR-15: z“...picos de energia acústica de duração inferior a 1

(um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo”.zMedição: ðSem ponderação e resposta ajustada para pico ou

impacto. Neste caso, o limite de tolerância será de 130 dB(Lin)ðSe o equipamento tiver o ajuste para medição de pico

ou impacto, deve ser utilizada a curva de ponderação C e a resposta rápida, e o limite de tolerância será de 120 dB(C).

116

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zRuído de impactoð NHO-1:zLimite diário

Np = nível do pico máximo admissível, medido em dB(Lin) com a resposta do medidor ajustada para medição de nível de pico.

n = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada diária de trabalho

][log10160 dBnNp ⋅−=

117

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zRuído de impactoð NHO-1zResultados da

fórmula anterior

ð Critérios de avaliação- Nível de pico > Np => nível e pico excedido- (Np-3) < Nível de pico < Np => acima do nível de

ação- Nível de pico > 140 dB => não é permitida exposição

sem proteção adequada

100140501133251112612513963013231621251581387941313981124199137100013050111232511361258129630912231613515841287943121398134199512710000120

nNpnNpnNp

118

AvaliaAvaliaçção da exposião da exposiçção ocupacionalão ocupacional

zExercícioð Observou-se que um trabalhador foi exposto a 50

pulsos de ruído com 130 dB, durante um ciclo de trabalho, com duração de 30 min. A jornada de trabalho é de 8h, e o trabalhador realiza a mesma tarefa durante todo o período. O nível de exposição está dentro do permitido pela NHO-1?

119

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zMedidores de nível de pressão sonoraðMicrofone calibrado e com resposta planað Parte eletrônica/elétrica para receber e tratar o sinal

do microfone e mostrar os resultadosð Calibradorð Acessórios: espuma de proteção, suporte, filtros de

espectro (bandas de freqüência)

120

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zMedidores de NPSð Avaliação de ambientes (determinação de potencial

de risco)ð Avaliação de máquinas e equipamentosð Para ser usado na determinação da

dose, tem que ser utilizado com umcronômetro e/ou um registrador

121

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zMedidores de NPSð Esquema básico

AMPLIFICADORFILTROS

DE COMPENSAÇÃOA, B, C ou D

AMPLIFICADORRETIFICADOR

MEDIDOR

122

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zMedidores de NPSð Tipos de medidoreszTipo 0, 1 e 2: indica a precisão do instrumentozA NR-15 não especifica qual tipo deve ser utilizadozRecomenda-se como especificação mínima:ðANSI S1.4-1971 (R 1976) tipo 1ð IEC 651/1979 - tipo 1

123

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zCalibradoresð Emitem um nível conhecido (94 dB ou 114 dB) em

uma freqüência conhecida (1000 Hz)ð Devem ser utilizados sempre que se fizer uma

medição, no início e no final da mediçãoð Esta calibração não elimina a necessidade de

aferição periódica do instrumento pelo Inmetro ou algum laboratório credenciado

124

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zMedidores de NPSð Filtro por bandas de freqüênciazPermitem conhecer o espectro de freqüências do

som no ambientezBandas de Oitava ou 1/3 oitavazDevem ser utilizados quando é

necessário realizar algum tipo de tratamento do ruído ambiental (barreiras, isolamento).

125

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zMedidores de NPSð Outros recursos e acessórioszData logger: registro de informações para análise

posterior. Pode ser um software de computador, que será ligado ao medidor pela porta serial, usb ou algum dispositivo especial. Medidores mais sofisticados podem ter esse recurso internamente.zAquisição de dados: permite utilizar o medidor como

um microfone calibrado. Este recurso é utilizado para análises avançadas do ruído e da acústica de ambientes. Exige um sistema de aquisição digital.

126

Procedimentos de mediProcedimentos de mediçção ão

zNBR 10151z Instrumentosð Sonômetro com microfone em conformidade com a

especificação de tipo 0, 1 ou 2 da IEC 60651;ð Calibrador de freqüência e nível conhecidos que

atenda a norma IEC 60942, devendo ser de classe 2 ou melhor;

ð Chave de fenda para o ajuste da sensibilidade;ð Protetor de vento para o microfone;ð Tripé (opcional).

127

Procedimentos de mediProcedimentos de mediçção ão

zCondições MeteorológicasðMedições não devem ser realizadas com ventos

fortes ou com chuva, que podem resultar em uma diferença de menor que 10 decibéis entre o ruído de fundo e o nível de ruído a ser medido;

ð As condições de temperatura e/ou umidade devem estar de acordo com as especificações do equipamento de medição.

128

Procedimentos de mediProcedimentos de mediçção ão

zAjustes do medidorð Selecionar corretamente a faixa de intensidadeszTipicamente, os medidores de NPS medem o ruído

numa faixa que varia entre 20 dB e 60 dB, e permitem que o usuário ajuste esta faixa;ðUm medidor que faça medições em uma faixa de 50

dB, pode ter ajustes para as faixas 30-80 dB, 50-100 dB e 80-130 dB. O usuário tem que verificar se a faixa selecionada é adequada à situação.

ð Ajustar a velocidade de respostazTempo que o medidor utiliza para integrar os valores

(resposta rápida, resposta lenta, pico).

129

Procedimentos de mediProcedimentos de mediçção ão

zColocação do medidorðMicrofone apontado para a fonte de ruídoð Afastar de barreiras que possam interferir na

propagação do som

130

Procedimentos de mediProcedimentos de mediççãoão

zCaracterísticas operacionaisð A medição será feita em condições operacionais

normais ou habituaiszritmo usual de trabalhozPresença dos fatores habituais que contribuem para

o processo ou operaçãozTrabalhador em suas condições usuais de

exposição, em termos de indumentária, equipa mentos de proteção individual não associados ao ruído, postura, etc

ð O procedimento de medição deve interferir o mínimo possível nas tarefas normais da situação avaliada.

131

Procedimentos de mediProcedimentos de mediçção ão

zNo interior de edificaçõesð Para avaliação de equipamentoszAs medições devem ser realizadas a uma distância

de no mínimo 1,0 m de qualquer superfície como paredes, teto, piso e móveis;zOs níveis de pressão sonora devem ser o resultado

da média aritmética dos valores medidos em no mínimo 3 posições distintas, afastadas entre si de pelo menos 0,5 m

ð Para avaliação de exposição do trabalhadorzO mais próximo possível do trabalhador

132

Procedimentos de mediProcedimentos de mediçção ão

zMedições no exterior de edificaçõesð Deve-se prevenir o efeito do vento no microfone

com o uso de um protetor;ð As medições devem ser realizadas a uma altura de

aproximadamente 1,2 m do piso e pelo menos 2,0 m de qualquer superfície refletora (devendo ser descrito em relatório quando na impossibilidade de tal especificação);

133

Procedimentos de mediProcedimentos de mediçção ão

zEm qualquer medição de ruído que vise avaliar alguma fonte específica, o ruído de fundo (nível de ruído com a fonte em questão inoperante) deve ser, no mínimo, 10 dB menor do que o ruído que seráavaliado.

134

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zDosímetrosð Similar a um medidor de pressão sonora, porém

tem algumas características e funções específicas

135

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zDosímetrosð Devem atender à norma ANSI S1.25-1991 ou suas

revisões e ter classificação mínima do tipo 2ð O captador (microfone) é ligado ao aparelho por um

fio, permitindo uma fixação adequada ao trabalhador;

ð Tem a capacidade de armazenar dados de Leq de longos períodos, como uma jornada de trabalho.

ð Registra o tempo de medição e calcula a doseð Dependendo da sofisticação do aparelho os

resultados são apresentados em formas de gráficos, médias ponderadas, projeções no tempo, etc

136

MediMediçção de ruão de ruíídodoz Dosímetros

ð Colocação do microfonez Recomenda-se a gola da camisaz Dispositivo de fixação deve acompanhar o aparelho

ð Ajustes do aparelhoz Ajuste do critério de nívelðNormalmente as opções são 80, 84, 85 ou 90 dBðNorma brasileira: 85 dB

z Ajuste do Leq máximo permitidoðOpções normais: 115 dB, 130 dBðNorma brasileira: 115 dB

z Ajuste do intervalo de duplicaçãoðOpções normais: 3, 4 e 5ðNorma brasileira: 5

137

MediMediçção de ruão de ruíídodo

zDosímetrosðMedição de toda a jornada de trabalhozMonitoramento constante durante toda a jornada do

trabalhador

ðMedição do ciclo de trabalhozNeste caso, a dose de ruído para toda a jornada de

trabalho deve ser estimada

138

Protetores auditivosProtetores auditivos

139

Protetores auditivosProtetores auditivos

zPrincipais tipos de protetoresð a - Tipo conchað b - Tampão descartávelð c - Tampão Pré-moldadoð d - Tampão Moldável

140

Protetores auditivosProtetores auditivosz Tipo concha: compostos de uma haste curva que pressiona entorno do

ouvido duas conchas plásticas com material absorvente no seu interior. É indicado quando o operário passa por zonas ruidosas e silenciosas e precisa tirar o protetor. Podem também estar ligados a um capacete.

z Tampão descartável: É de baixo custo e indicado para um uso permanente. Se insere no canal externo do ouvido. Pode ser feito de poliuretano, fibra de vidro, algodão parafinado, etc. Se ajustam bem ao ouvido e são os mais populares atualmente.

z Tampão Pré-moldado: fabricado em vinil ou outro elastômero. são moles, porém de formato fixo, não se expandem, são fornecidos de diferentestamanhos para permitir adaptação individual. Indicado para uso em tempo prolongado, embora possam se tornar desconfortáveis. Devem ser lavados periodicamente.

z Tampão Moldável: Fabricado em borracha de silicone, tem sua forma final feita no próprio canal do ouvido. São tecnicamente os melhores pela sua adaptação personalizada.

141

Protetores auditivosProtetores auditivos

z Transmissão sonora com os protetores auricularesð 1 - Canais de arð 2 - Proteção contra vibraçãoð 3 - Transmissão pelos

materiaisð 4 - Condução óssea

e de tecidosð 5 - Pavilhão auditivoð 6 - Conduto

142

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAspectos mais importantes dos protetoresð AtenuaçãozO quanto o protetor é capaz

de reduzir o nível do som incidente no ouvido;

ð ComodidadezFundamental para que o

protetor seja corretamente usado;

143

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoFreqüência (Hz) Tipo de proteção

125 250 500 1000 2000 4000 8000

Tampões (premodados)

10-30 10-30 15-35 20-35 20-40 30-45 25-45

Tampões de espuma (a atenuação depende da

profundidade de inserção) 20-35 20-35 25-40 25-40 30-40 40-45 35-45

Tampões semi-insertados 10-25 10-25 10-30 10-30 20-35 25-40 25-40

Tipo concha 5-20 10-25 15-30 25-40 30-40 30-40 25-45

Tampões e auriculares em combinação 20-40 25-45 25-50 30-50 35-45 40-50 40-50

Redução ativa de ruído 15-25 15-30 20-45 25-40 30-40 30-40 ----

Capacetes de motocicletas 0-5 0-5 0-10 0-15 5-20 10-30 15-35

144

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð A atenuação é função da freqüência, e deve ser

informada com um espectro (tabela ou gráfico) em bandas de oitava;

ð Esta característica também se encontram resumidas em um índice chamado NRR (NoiseReduction Rating);

ð Todas as informação são fornecidas pelo fabricante.

145

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð Cálculo a partir dos dados de atenuação em função

da freqüência

64,963,079,284,082,886,479,9NPS c/ protetor (98% confiança)

56,956,072,277,076,880,474,9NPS c/ protetor (84% confiança)

243423221974Atenuação - 2σ3241302925139Atenuação - σ

8777665Desvio padrão40483736311914Atenuação média

88,997,0102,2106,0101,893,483,9NPS8000400020001000500250125Freqüências

146

Protetores auditivosProtetores auditivos

4.14.74.03.32.72.83.34.03.6Std. Deviation45.646.243.741.139.037.938.134.834.0Mean Value dB800063004000315020001000500250125Frequency HZ

NRR 31

zTipo tampão descartável

147

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð Cálculo a partir do NRRzDeve-se medir o nível de ruído no ambiente na

escala C:NPSprot (db(A))= NPS (dB(C)) - NRR

ð Caso o nível de ruído do local seja conhecido apenas em dB(A), pode-se estimar a proteção:

NPSprot (db(A))= NPS (db(A))- NRR + 7

148

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð A NIOSH recomenda ainda um fator de correção

para o NRR informado do protetor em função do tipo:zTipo concha => diminuir em 25% o NRRzInserção moldável => diminuir em 50% o NRRzOutros de inserção => diminuir em 70% o NRR

149

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð Uso combinado de protetores

1.00 10.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

Auricular

Tampão

Auricular + Tampão

150

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð Exercício: A tabela a seguir mostra o nível de ruído a

que está exposto um trabalhador durante uma jornada de 8h.

Verifique se o protetor tipo concha que ele utiliza, cujos dados estão na tabela a seguir, proporciona atenuação suficiente. Utilize o método por freqüências e o NRR.

--1,111,20-3,2-8,6-16,1Curva “A”--0,3-0,8-0,2000-0,2Curva “C”

86,98000

109,197,0103,4106,0100,194,585,2NPS (dB)Total400020001000500250125Freqüências

151

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð Exercício: método “longo”

Curva “A”86,9

8000109,197,0103,4106,0100,194,585,2Leq (dB)Total400020001000500250125Freqüências

Leq (dB(A))Atenuação média

Atenuação - σAtenuação - 2σ

Desvio padrão (σ)

NPS c/ protetor (84% confiança)NPS c/ protetor (98% confiança)

152

Protetores auditivosProtetores auditivos

zAtenuaçãoð Exercício: Pelo NRR

NPSprot (db(A)) = NPS (dB(C)) - NRR =

ð Aplicando a recomendação da NIOSH (diminuir em 25% o NRR para este tipo de protetor) resultazNPSprot (db(A)) =

Leq (dB(C))Curva “C”

86,98000

109,197,0103,4106,0100,194,585,2Leq (dB)Total400020001000500250125Freqüências

153

Protetores auditivosProtetores auditivos

zComodidadeð “O melhor protetor é o que

se utiliza”ð É importante a opinião do

usuáriozComodidade na hora da

colocação e no final dajornada de trabalhozFacilidade do usozEficácia percebida na

atenuação do ruído

154

Protetores auditivosProtetores auditivos

zO tempo de “não uso” não éproporcional ao decréscimo da atenuação

zOs exemplos são para jornadasde 8 horas.

14171922351417192234141719223314171921321417192131141719213014171821291417182128141718212714171820261416182025141618202414161719231316171922131617182113151618201315161719131515171812141516171214141516

30 min

15 min

10 min

5 min

tempo de não de usodurante a jornada

NRR do produto

NRR EM FUNÇÃO DO TEMPO DE ABSTENÇÃO AO USO DO PROTETOR AURICULAR

155

Protetores auditivosProtetores auditivos

z NR 6 – Equipamento de proteção individualð Cabe ao empregador quanto ao EPI :

z a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; z b) exigir seu uso;z c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão

nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

z d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

z e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;z f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção

periódica; e, z g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

156

Protetores auditivosProtetores auditivos

zNR 6 – Equipamento de proteção individualð Cabe ao empregado quanto ao EPI:za) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que

se destina; zb) responsabilizar-se pela guarda e conservação; zc) comunicar ao empregador qualquer alteração que

o torne impróprio para uso; e, zd) cumprir as determinações do empregador sobre o

uso adequado.

157

Medidas de controle de ruMedidas de controle de ruíídodo

Visão geral

158

Controle de ruControle de ruíídodo

z Formas de atuarð Na fonte

z Suprimir a fonte do ruídoz Isolar a fonte de ruído

ð Na propagaçãoz Afastar a fonte do receptorz Colocar barreiras acústicasz Fazer um tratamento acústico do ambiente

ð No receptorz Isolar o ambiente das fontes externasz EPI (equipamento de proteção individual) ou EPC (equipamento

de proteção coletivo

159

Controle de ruControle de ruíídodo

zSuprimir a fonte do ruídoð Remover a fonte do localzviabilidade

ðManutençãozEliminação de folgaszBalanceamentoszAjustes geraiszSubstituição de

máquinas antigas

160

Controle de ruControle de ruíídodo

zSuprimir a fonte do ruídoð Cuidado na aquisição de

novos equipamentoszAnalisar e dar preferência

a equipamentos que produzammenos ruído

ð Isolamento de vibraçõeszA vibração de um sistema

mecânico é a origem doruído.zEvitar a transmissão do ruído

via estrutura

161

Controle de ruControle de ruíídodo

z Isolamento da fonte de ruídoð Enclausurar zCriar um ambiente acusticamente “fechado” para

colocar uma fonte de ruído importantezUso de materiais que possuam

características acústicasadequadas;

162

Controle de ruControle de ruíídodo

z Isolamento da fonte de ruídoð A estanqueidade é um dos fatores mais importantes

em isolamento acústico. Pode-se pensar assim: porque onde passa ar, passa som. São aspectos importantes em um tratamento acústico:zJuntas e fissuras em painéis, perda de rigidez e

furos;zPortas e janelas que não fecham bem;zTubos e dutos, ventilações e chaminés.

ð Todo um tratamento de insonorização pode se perder se não há estanqueidade.

163

Controle de ruControle de ruíídodo

z Isolamento da fonte de ruídoð VantagenszGrande redução do nível de pressão sonora;zPode ser instalado em máquinas já existentes;

ð DesvantagenszInterferência com o ambientezProblemas de viabilidade técnica (necessidade de

ventilação)zCusto elevado

164

Controle de ruControle de ruíídodo

zColocar barreiras acústicasð Uma barreira é todo objeto que bloqueia o receptor

da linha de visão da fonte sonora;ð Barreiras podem ser

utilizadas junto comum tratamento absorvente

ð Não tem a mesmaatenuação doenclausuramento

165

Controle de ruControle de ruíídodo

zFazer um tratamento acústico do ambienteð Tratamento absorventezRevestimento das superfícies utilizando materiais

com alta absorção acústicazA atenuação alcançada com este tipo de tratamento

é limitada

zAfastar a fonte do receptorðMover a fonte para um local afastado das pessoas

166

Controle de ruControle de ruíídodo

zEPCð Criar um ambiente isolado

do ruídoð Observar questões de

ventilação e circulação de pessoas

zEPIð Não deveria ser a solução

preferencial, mas é a maispraticada no dia a dia.

167

Tratamento de uma Tratamento de uma mmááquinaquina

168

Controle de ruControle de ruíídodo

zO controle do ruído é uma solução coletiva do problema, e deve ter prioridade, sempre que possível, sobre as soluções de proteção individualð É a solução mais eficaz, quando implementada

corretamente;ð Elimina problemas com o uso de EPI;ð Nem sempre é possível ou viável.

169

Programa de conservaPrograma de conservaçção auditivaão auditiva

Protocolo baseado nas recomendações propostas pela OSHA

170

Programa de conservaPrograma de conservaçção auditivaão auditiva

z Aspectos fundamentaisð Avaliação e monitoramento da exposição ao

ruído;ð Medidas de controle ambiental e organizativos;ð Avaliação e monitoramento audiológico;ð Uso de protetores auriculares;ð Aspectos educativos;ð Avaliação da eficácia do programa.

171

Programa de conservaPrograma de conservaçção auditivaão auditiva

zBenefíciosð EmpregadozPrevenção da PAIR (perda auditiva induzida pelo

ruído);zMelhoria da qualidade de vida: a perda auditiva é um

sério problema social;zRedução de problemas no organismo associados ao

ruído;zMelhoria no trabalho: habilidade de dar e receber

informações, sinais de alerta, concentração;zEvitar restrições de mercado em função da perda

auditiva.

172

Programa de conservaPrograma de conservaçção auditivaão auditiva

zBenefíciosð EmpregadorzAumento da produtividade do empregado, pela

redução do estresse e da fadiga relacionados ao ruído;zDiminuição dos índices de acidente na empresa;zPromoção da imagem da empresa;zVersatilidade dos empregados;zRedução da rotatividade de pessoal;zRedução de gastos com pagamentos de

indenizações;

173

Programa de conservaPrograma de conservaçção auditivaão auditiva

zOrganização

Avaliação do ruído

Sem risco Área de risco

Redução de Leq

Redução do nível de ruído Redução do tempo de exposição

Redução do ruído na fonte

Trajetória detransmissãointerrompida

Isolamentodas pessoas

Refúgiosprotegidos

do ruído

Rotação deocupação

Proteção daaudição

Especificação do ruídopara novas instalações

Educação, supervisãoe monitoramento audiométrico

174

AvaliaAvaliaçção e monitoramento da exposião e monitoramento da exposiçção ao ruão ao ruíídodo

z Objetivosð Conhecer o ambiente de trabalho: presença de ruído, de

produtos químicos ototóxicos, ritmo jornada e todos os aspectos relacionados à organização do trabalho;

ð Avaliar se o ruído interfere na comunicação oral e no reconhecimento de sinais acústicos necessários ao trabalho;

ð Identificar grupos de trabalhadores expostos, por níveis de exposição, isto é, submetidos a maior ou menor risco;

ð Identificar as fontes emissoras de ruído para possibilitar seu controle;

ð Estabelecer prioridades para o controle;ð Avaliar a eficácia dos controles propostos.

175

AvaliaAvaliaçção e monitoramento da exposião e monitoramento da exposiçção ao ruão ao ruíídodo

z Instrumentos utilizadosðMedidor de nível de pressão sonora – permite

avaliar a existência de risco e mapear o ruído no ambiente

ð Dosímetro – permite avaliar a exposição na jornada diária e semanal.

ð Analisador de freqüência – possibilita a análise espectral do ruído, que se usa para orientar o controle.

176

AvaliaAvaliaçção e monitoramento da exposião e monitoramento da exposiçção ao ruão ao ruíídodo

z Metodologiað As medições devem obedecer normas técnicas (NBR-

10151) sobre condições do equipamento, posição do microfone, variação temporal e espacial da fonte e outras variáveis;

ð A medição deve ser precedida de um estudo preliminar para ver qual a melhor forma de se coletar os dados;

ð Para avaliar os níveis de exposição do trabalhador, pode-se medir o NPS e os tempos de exposição e os níveis correspondentes e em função destes aplicar a Portaria 3214/78 NR-15 anexo 1 e 2 ou a NHO-01;

ð A avaliação também pode ser feita com um Dosímetrode ruído, que integra e armazena todos os dados em, dose, porcentagem de dose, ou em um nível equivalente;

177

AvaliaAvaliaçção e monitoramento da exposião e monitoramento da exposiçção ao ruão ao ruíídodo

z Metodologiað Para uma medição comum de nível de pressão sonora,

um medidor tipo 2, contendo as escalas A e C e circuito de resposta lenta (SLOW) e rápida (FAST) é suficiente para realizar mapeamentos e estudos preliminares;

ð Para especificar um tratamento acústico ou em estudos mais aprofundados do risco de exposição, deve-se medir o espectro do ruído em bandas de freqüências (oitava, 1/3 de oitavas ou mais estreita);

ð Os equipamentos devem estar calibrados;

178

AvaliaAvaliaçção e monitoramento da exposião e monitoramento da exposiçção ao ruão ao ruíídodo

z Metodologiað O microfone deve ser colocado onde estaria a cabeça do operário,

na ausência deste;ð Se o trabalhador estiver presente, o microfone deve ser colocado a

dez centímetros do pavilhão auditivo e direcionado de acordo com a orientação do fabricante (ver o manual do aparelho).

ð O corpo do técnico que mede deve ficar o mais longe possível do microfone para não introduzir interferências, e de forma alguma ficar entre a fonte geradora e o trabalhador;

ð Em caso de dosimetria, o microfone deve estar colocado na gola da camisa do trabalhador e direcionado com base em informações do fabricante do equipamento. A posição do microfone deve ser registrada nos relatórios.

179

Medidas de controle ambiental e organizativas Medidas de controle ambiental e organizativas

zMedidas de controle ambientalð Introduzem modificações em equipamentos,

alterações na emissão de ruídos na fonte ou na transmissão, visando reduzir o ruído que chega ao ouvido do trabalhador.

Lubrificação, balanceamento e instalação se suportes amortecedores.Redução da vibração nas estruturas

Colocação de materiais fonoabsorventesRedução de reflexão/reverberação

Colocação de barreirasInterrupção do trajeto

Instalação de silenciososRedução de ruído na emissão

MedidasExemplos

180

Medidas de controle ambiental e organizativas Medidas de controle ambiental e organizativas

zMedidas Organizativasð Visam alterar o esquema de trabalho ou das

operações reduzindo a exposição do trabalhador ao ruído.

ð Exemplos:zFuncionar com determinadas máquinas em turnos ou

horários com menor número de pessoas presentes;zRedução da jornada de trabalho;zRedução do ritmo;zAlternância para funções compatíveis.

181

AvaliaAvaliaçção e monitoramento ão e monitoramento audiolaudiolóógicogico

zRealizar exames audiométricos e eventualmente outros testes, para avaliar a situação auditiva do trabalhador e a eficácia das medidas de controle.ð Escolha dos trabalhadores e do período do examezAntes de iniciar atividades em ambiente com ruído

igual ou maior a 80 dB (audiograma de base);zAnualmente, em todos os exposto a ruído entre 80 e

100 dB;zSemestralmente, em trabalhadores expostos em

nível de ruído superior a 100 dB;zPor ocasião da saída do emprego.

182

AvaliaAvaliaçção e monitoramento ão e monitoramento audiolaudiolóógicogico

zCondições técnicasð O exame deve ser feito por técnico treinadoð O audiômetro deve estar calibradoð Deve ser feito em ambiente silencioso

183

AvaliaAvaliaçção e monitoramento ão e monitoramento audiolaudiolóógicogico

zRegistro de dados (ficha do exame)ð Nome, idade e sexoð Objetivo do exame (entrada, anual, semestral,

saída).ð Aparelho utilizado e data de calibraçãoð Condições do ambiente ð Gráfico ou tabela para registro por freqüência de

limiares por Via aérea (VA) e por Via Óssea(VO).ð Uso do protetor auricular e há quanto tempoð Classificação

184

AvaliaAvaliaçção e monitoramento ão e monitoramento audiolaudiolóógicogico

zProcedimentoð Classificar alteraçõesð Cópia do exame entregue ao trabalhadorð A direção da empresa não deve ter acesso ao

prontuário médico e nem ao resultado do exame.ð Alterações na audição exigem procedimentos

adequados.

185

IndicaIndicaçção de protetores auriculares ão de protetores auriculares

zO objetivo de um programa de controle de ruído dever ser sempre a redução das causas do ruído, porém há casos em que se faz necessário a adoção de protetores auriculares.

186

IndicaIndicaçção de protetores auriculares ão de protetores auriculares z Indicações para uso correto de protetores

ð Em condições de uso ideal, o protetor que age via aérea nunca atenua mais de 40-50 dB, e atua em determinadas freqüências.

ð Os protetores que incluem capacete ou elmo, agindo também na via óssea, chegam a atenuar 50-60 dB, em condições ideais e para certas freqüências

ð A atenuação de cada protetor vária com a freqüência, sendo maior em freqüências médio-altas. Deve ser observada a atenuação oferecida em função da freqüência.

ð O protetor deve apresentar efetiva redução da energia sonora, atenuando as freqüências mais presentes no local de trabalho.

ð O protetor deve permitir as freqüências mais presentes da voz, para não impedir a comunicação verbal.

ð Deve ser de material inerte e confortável.

187

Aspectos educativosAspectos educativos

zO trabalhador deve conhecer os riscos da exposição, assim com as medidas de controle ambiental, organizativas e pessoais.

zEnvolver o trabalhador na implantação das medidas é essencial para o seu sucesso.

188

AvaliaAvaliaçção e eficão e eficáácia e eficiência do programacia e eficiência do programa

zDever ter três aspectos básicos:ð Avaliação da qualidade dos componentes do

programað Avaliação dos dados do exame audiológicoð Opinião dos trabalhadores

189

ExposiExposiçção ao ruão ao ruíídodo

zObjetivos desta parte de disciplinað Entender o que é som e o que é ruídoð Saber como quantificar o somð Saber como medir o somð Saber como medir o efeito do som no ser humanoð Entender o uso de EPI contra ruídoð Noções do que se pode fazer para interferir na

questão do ruído em um ambiente de trabalho

190

RuRuíído na Internetdo na Internet

z http://www.saudeetrabalho.com.br/t-ruido.htmz http://www.avatec.com.br/bol_047.htmz http://www.osha.gov/z http://www.cdc.gov/niosh/homepage.htmlz http://www.nonoise.org/z http://www.mte.gov.br/Empregador/segsau/Legislac

ao/Normas/z http://www.fundacentro.com.br/

191

BibliografiaBibliografia

zBeranek, L. L., 1988. “Noise Reduction”, PeninsulaPublishing, Los Altos, USA.

zGerges, S. N. Y., 1992. “Ruído: fundamentos e controle”, Imprensa Universitária da UFSC, Florianópolis, Brasil.