curso de engenharia mecânica – automação e sistemas...
TRANSCRIPT
Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas
SUBSTITUIÇÃO DA TECNOLOGIA DO COMPONENTE DE
AQUECIMENTO DA CAIXA DE AR CONDICIONADO
VEÍCULAR COM DIMINUIÇÃO DE CUSTO DE PRODUÇÃO
Vitor Lima Chinotti
Campinas – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
ii
Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas
SUBSTITUIÇÃO DA TECNOLOGIA DO COMPONENTE DE
AQUECIMENTO DA CAIXA DE AR CONDICIONADO
VEÍCULAR COM DIMINUIÇÃO DE CUSTO DE PRODUÇÃO
Vitor Lima Chinotti
Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Dr. Ivaldo Leão Ferreira, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Orientador : Prof. Ivaldo Leão Ferreira
Campinas – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
iii
Substituição da tecnologia do componente de aquecim ento da
caixa de ar condicionado veicular com diminuição de custo de
produção
Vitor Lima Chinotti
Monografia defendida e aprovada em 09 de Dezembro de 2008 pela Banca
Examinadora assim constituída:
Prof. Dr. Ivaldo Leão Ferreira (Orientador)
USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.
Prof. Dr. Guilherme Bezzon (Membro Interno)
USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.
Prof. Dr. Mirian de Lurdes Mota Melo (Membro Intern o)
USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.
iv
“Vim, vi, venci”
(Julio César)
v
Dedicatória
“Dedico este trabalho de conclusão aos
meus pais e todos que, ao meu lado,
ajudaram a concluir uma etapa
importante no período de aprendizado”.
vi
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus e meus pais que sempre me incentivaram e me deram
todo o suporte necessário durante esse período de profundo aprendizado.
Agradeço ao Professor Dr. Ivaldo Leão Ferreira que além de lecionar o conteúdo do
programa de graduação com ânimo e vontade impressionantes, sempre se preocupou em
direcionar seus alunos pelos caminhos que levam ao sucesso pessoal e conseqüentemente
ajudam a trazer felicidade para cada um de nós.
Aos colegas de trabalho que não pouparam experiências e conhecimentos para
aprimorar cada linha apresentada aqui, superando os limites de companheiros de trabalho e
tornando-se mestres no que diz respeito a minha formação profissional.
vii
Sumário
Lista de Siglas .......................................................................................................................... xi
Lista de Figuras ...................................................................................................................... xii
Lista de Tabelas ..................................................................................................................... xiv
Resumo .................................................................................................................................... xv
Abstract .................................................................................................................................. xvi
1 CAPÍTULO ........................................................................................................................ 1 1.1 Introdução...................................................................................................................... 1 1.2 Objetivo ......................................................................................................................... 3 1.3 Justificativa.................................................................................................................... 3 1.4 Revisão Bibliográfica .................................................................................................... 3
1.4.1 Condução ................................................................................................................ 4 1.4.2 Convecção .............................................................................................................. 6 1.4.3 Trocadores de calor compacto ................................................................................ 7
2 CAPÍTULO ...................................................................................................................... 13
DIFERENÇAS DO PROCESSO ENTRE TECNOLOGIA MECÂNICA E BRASADA 13
2.1 O processo Mecânico .................................................................................................. 13 2.1.1 Fabricação do radiador ......................................................................................... 14
2.2 O processo de brasagem .............................................................................................. 19 2.2.1 Fabricação do radiador ......................................................................................... 19
3 CAPÍTULO ...................................................................................................................... 25
DIFERENÇAS NO PROCESSO DE TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE AS TECNOLOGIAS: MECÂNICA E BRASADA .................................................................... 25
3.1 A Troca térmica ........................................................................................................... 25 3.1.1 Tecnologia mecânica ............................................................................................ 25 3.1.2 Tecnologia brasada ............................................................................................... 28
4 CAPÍTULO ...................................................................................................................... 31
A SUBSTITUIÇÃO DO RADIADOR BRASADO PELO MECÂNICO .. ........................ 31 4.1 Testes Mecânicos ........................................................................................................ 31
4.1.1 Pressão Ciclada ..................................................................................................... 31 4.1.2 Choque térmico .................................................................................................... 33 4.1.3 Estouro .................................................................................................................. 36 4.1.4 Corrosão ............................................................................................................... 37
4.2 Eficiência Térmica ...................................................................................................... 38 4.2.1 Eficiência calorífica .............................................................................................. 38
5 CAPÍTULO ...................................................................................................................... 41
ANÁLISE TÉCNICA E FINANCEIRA ............................................................................... 41
viii
5.1 Modificações e custos ................................................................................................. 41 5.1.1 Modificações ........................................................................................................ 41 5.1.2 Investimentos ........................................................................................................ 43 5.1.3 Retornos estimados ............................................................................................... 44
6 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 45
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 47
ix
Lista de Símbolos
A área, m� �� área da superfície interna, m�
�� área da superfície externa, m�
�� média logarítmica da área, m�
���
área livre de escoamento na matriz do trocador de calor compacto (área mínima de seção transversal para escoamento através da matriz, m�
��� área frontal do trocador de calor, m�
pc calor específico a pressão constante, J/kg · K diâmetro hidráulico, m
� diâmetro interno, m
� diâmetro externo, m
Dpar perda de carga do ar, daPa
Dp 20 perda de carga do ar corrigido 20 ºC, daPa
Dpliq perda de carga do líquido, daPa
Dtliq diferença de temperatura do líquido, ºC
�� fator de incrustração interno
�� fator de incrustração externo
G velocidade mássica, kg/s · m� H coeficiente de transferência de calor por convecção, W/m�· K;
constante de Plank ℎ�
coeficiente de transferência de calor, da corrente interna, W/(m� ∙ ºC)
ℎ� coeficiente de transferência de calor, da corrente externa,
W/(m� · ºC) �� fator j de Colburn para transferência de calor
K condutividade térmica, W/m · K; constante de Boltzmann �� vazão em massa, kg/s
P pressão, N/m�
�� número de Prandtl
Pot potência, KW
Pmax Pressão máxima, bar
Pmin Pressão mínima, bar
x
Q transferência de energia, J Qar vazão do ar, m³/h; Kg/h
Qliq vazão do líquido, l/h Q taxa de transferência de calor, W
q′ taxa de transferência de calor por unidade de comprimento, W/m "q fluxo de calor, W/m�
R resistência térmica Re número de Reynolds
�� número de Stanton
T temperatura, K
T tempo s; espessura do tubo, m
Tar temperatura do ar, ºC
Tar out temperatura de saída do ar, ºC
Tliq temperatura do líquido, ºC
U componente da velocidade média da massa do fluido, m/s
�� coeficiente global de troca térmica
V volume m�; velocidade do fluido, m/s
Var velocidade do ar, m/s
�� volume específico de entrada, m�/kg
�� volume específico de saída, m�/kg
�� volume específico médio, m�/kg � condições locais sobre uma superfície
Letras Gregas
� área da superfície do trocador de calor por unidade de volume, m�/ m�
�� eficiência global de um conjunto de aletas
ρ massa específica, kg/m�
� razão entre a área mínima da seção transversal do trocador de calor e a área frontal
xi
Lista de Siglas
EXP Engenharia Experimental
GMV Global Motor Ventilation
IT Instrução de Trabalho
KHD Know How Document
MLDT Média Logarítmica de Diferença de Temperatura
NOCOLOK Non Corrosive Locking
NUT Número de Unidades de Transferência
NVF Norma VALEO para HEATERS
PDT Plano de Desenvolvimento Tecnológico
R&D Research and Development
xii
Lista de Figuras
FIGURA 1-1 – ESQUEMA DA PASSAGEM DE FLUXO DE AR ATRAVÉS DA CAIXA DE AR ................... 2
FIGURA 1-2 - ESQUEMA DE CONDUÇÃO DE CALOR EM REGIME PERMANENTE EM PAREDE PLANA 4
FIGURA 1-3 - TROCADOR DE CALOR COMPACTO .......................................................................... 9
FIGURA 2-1 - ESQUEMA CONSTRUTIVO DE UM TROCADOR MECÂNICO ....................................... 14
FIGURA 2-2 - DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DO PROCESSO DE TREFILAÇÃO DOS TUBOS DOS
TROCADORES... .................................................................................................................. 14
FIGURA 2- 1 - PARTE TRASEIRA DA PRENSA... ............................................................................ 15
FIGURA 2- 2 - RAMPA DE POSICIONAMENTO DA ALETA E TUBO, PARTE FRONTAL DA PRENSA (A),
ALARGADORA (B)... ........................................................................................................... 16
FIGURA 2- 3 - JUNTA POSICIONADA NO COLETOR... .................................................................... 17
FIGURA 2- 4 - CRAVAÇÃO DA CAIXA NO COLETOR... .................................................................. 18
FIGURA 2-5 - DISPOSITIVO DE ESTANQUEIDADE. ... .................................................................... 18
FIGURA 2-8 - ESQUEMA DA COMPOSIÇÃO DA LIGA DE BRASAGEM... .......................................... 19
FIGURA 2-9 - ESQUEMA CONSTRUTIVO DE UM TROCADOR BRASADO... ...................................... 20
FIGURA 2-10 - FOLHA DE ALUMÍNIO ANTES DA CONFORMAÇÃO (A),
ALETA JÁ CONFORMADA (B)...............................................................................................21
FIGURA 2-11 - POSICIONADEIRA, NO DETALHE COLETOR JÁ POSICIONADO AGUARDANDO AS
ALETAS E TUBOS.... ............................................................................................................ 21
FIGURA 2-12 - “C” DE BRASAGEM (PRETO), MANTENDO O TUBO, A ALETA E O COLETOR
POSICIONADOS PARA O PROCESSO DE BRASAGEM .............................................................. 22
FIGURA 2-13 - FORNO DE BRASAGEM ....................................................................................... 22
FIGURA 2-14 - POSICIONAMENTO DA JUNTA NO COLETOR BRASADO (A), CRAVAÇÃO DA CAIXA
PLÁSTICA NO COLETOR (B) ................................................................................................ 23
FIGURA 3-1 - EMBUTIMENTO E CORTE DA COLMÉIA DE UM RADIADOR MECÂNICO .................... 25
FIGURA 3-2 - ESQUEMA DAS TROCAS TÉRMICAS NO RADIADOR MECÂNICO .............................. 26
FIGURA 3-3 - NA PONTA DA ALETA NÃO EXISTE CONTATO COM O TUBO (A), NÃO EXISTE
CONTATO ENTRE TUBO E ALETA (B) .................................................................................. 26
FIGURA 3-4 - ESQUEMA DO ESCOAMENTO DO FLUIDO .............................................................. 27
FIGURA 3-5 - ESQUEMA DE FLUXO DE LÍQUIDO E DE AR ATRAVÉS DA SEÇÃO DO TROCADOR. .... 28
FIGURA 3.6 - ESQUEMA DAS TROCAS TÉRMICAS NO RADIADOR BRASADO ................................. 29
FIGURA 3-7 - CONTATO ENTRE TUBO E ALETA NA TECNOLOGIA BRASADA ................................ 29
xiii
FIGURA 3-8 - A: CONTATO TUBO ALETA RADIADOR MECÂNICO – É POSSÍVEL VISUALIZAR UM
ESPAÇO ENTRE O TUBO E A ALETA; B: CONTATO TUBO ALETA RADIADOR BRASADO - O
CONTATO ENTRE AS PARTES É PERFEITA ............................................................................ 30
FIGURA 4-1 - TANQUE DE ESTANQUEIDADE .............................................................................. 33
FIGURA 4-2 - GRÁFICO DE PRESSÃO POR TEMPO... ..................................................................... 34
FIGURA 4-3 - (A) CICLO BRASADO: GRÁFICO DO CICLO TÉRMICO GERADO PELA CÂMARA DE
TESTE DURANTE O ENSAIO... .............................................................................................. 36
FIGURA 4-4 - CURVA DE ESTABILIZAÇÃO... ............................................................................... 37
FIGURA 4-5 - POSICIONAMENTO DO RADIADOR NO BANCO AEROTÉRMICO... ............................. 39
FIGURA 5-1 - DETALHE DO RADIADOR DENTRO DA CAIXA DE AR... ............................................ 42
FIGURA 5-2 - RADIADOR BRASADO (A) E RADIADOR MECÂNICO (B)... ....................................... 43
FIGURA 5-3 - REGIÃO SUPERIOR E INFERIOR DO MOLDE... .......................................................... 44
xiv
Lista de Tabelas
TABELA 2-1 - AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA PROCESSO ENCONTRAM-SE
RESUMIDOS NA TABELA 2-1 ............................................................................................... 24
TABELA 4-1 - VALORES OBTIDOS NOS ENSAIOS DE PERFORMANCE ............................................ 40
TABELA 5-1 - DIMENSÕES FUNCIONAIS DO RADIADOR ............................................................... 43
TABELA 5-2 - VALORES PARA A IMPLANTAÇÃO DA MODIFICAÇÃO ............................................ 44
TABELA 5-3 - ESTIMATIVA DE RETORNO FINANCEIRO ................................................................ 45
xv
CHINOTTI, Vitor Lima. Substituição da tecnologia do componente de aquecimento da caixa
de ar condicionado veicular com diminuição de custo de produção. 65p. Monografia – Curso
de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas da Universidade São Francisco, Câmpus de
Campinas.
Resumo
Recentemente, diferentes tecnologias para radiadores automotivos foram
desenvolvidas devido à exigência de elevado desempenho relativo à sua aplicação. Desde o
início, a preocupação com a eficiência, qualidade e desempenho do produto foram
considerados a fim de manter ou melhorar o nível alcançado com outras tecnologias. Neste
trabalho serão demonstradas as principais diferenças no processo de fabricação entre um
radiador mecânico e brasado bem como suas respectivas trocas térmicas. Também serão
abordados os ensaios mecânicos para avaliação da durabilidade do componente e o ensaio
térmico para a avaliação da respectiva eficiência, comparando assim, a tecnologia mecânica
com a brasada. Será avaliado o impacto do componente em sua aplicação dentro da caixa de
ar condicionado podendo assim, avaliar financeiramente os investimentos necessários para a
modificação e os lucros obtidos com a substituição da tecnologia.
xvi
Abstract
Recently, different technologies for automotive radiators have been developed due to
demand for high performance in their application. The main concern has always been about
the efficiency of the product, quality as a whole in order to keep or even improve the
excellence level already achieved with other technologies. This work will show the biggest
manufacturing process difference between mechanic radiators and brazed radiators, as well as
their thermal exchanges. This work will also approach the mechanical bench tests on the
component’s durability and thermal bench test for performance evaluation, comparing both
technologies, mechanical and brazed. The impact of the component will be evaluated in its
application inside the air conditioning module, so that it’s possible to financially evaluate the
necessary investments to change the technologies and the profits obtained with the technology
change.
1
1 CAPÍTULO
1.1 Introdução
A caixa de ar veicular tem como objetivos funcionais principais: prover segurança ao
usuário, quando se necessita utilizar o sistema de ar para desembaçar o pára-brisa, e prover
conforto térmico aos usuários do veículo, que está relacionado ao aquecimento da cabine
durante o inverno ou resfriamento durante o verão.
Desse modo, por desenvolver funções de segurança e de conforto para o usuário final do
veículo, faz com que a caixa de ar seja um sistema importante para o valor agregado do
automóvel.
Atualmente, a VALEO SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA, para a qual foi
desenvolvido este trabalho, possui uma fatia de 17% do volume mundial do mercado de
sistemas de conforto, o restante do mercado é divido por outras cinco grandes empresas
automotivas. Estima-se que até 2010 esta fatia passe de 17% para 20% do mercado, além de
reduzir o número de concorrentes de cinco para quatro.
Atualmente, a caixa de ar possui um radiador de aquecimento ou heater de tecnologia
brasada e a proposta deste trabalho será a demonstração, através de ensaios em bancadas, da
possibilidade de substituição da tecnologia brasada pela tecnologia mecânica, a qual é
consideravelmente mais barata, todavia comparativamente menos eficiente.
A Figura 1-1 mostra uma representação esquemática simples, de caixa de ar veicular, a
arquitetura é determinada conforme o espaço interno do veículo e a entrada de ar do carro,
podendo variar significativamente de acordo com o modelo do veículo.
Figura 1-1 – Esquem
O princípio de funcionamento pode ser explicado da seguinte maneira; o ar externo se
choca contra o pára-brisa e é sugado pelo dispositivo GMV, composto de um motor elétrico
mais turbina, e então é forçado em direção ao evaporador, que é o componente de
resfriamento. Após atravessar o evaporador o ar pode seguir dois caminhos, e quem determina
esse caminho é a portinhola de mistura. Essa portinhola, quando acionada fecha a região do
heater, fazendo com que o ar frio saia pelos dutos dos pés, de ventilação e
de pára-brisas. Quando a portinhola não é acionada, isto é, região do
aberta, o ar será direcionado para ele e ocorrerá uma troca térmica, fazendo com que o ar que
flui pelos dutos seja aquecido.
O heater pode ser constr
na caixa de ar ou a mecânica. O que difere uma tecnologia da outra é o processo de
fabricação.
A fabricação do heater
constituintes aleta e tubos, ou seja, união metalúrgica dos mesmos. O processo de solda que
ocorre durante a brasagem faz com que os componentes tenham contato p
que melhora a eficiência da troca t
metalúrgica e sim mecânica entre as partes, pois a fabricação deste é totalmente mecânica, o
que promove a ausência de contato em algumas regiões entre os tubos e as aletas inutilizado
as devido a formação de uma camada de ar isolante reduzindo, desta for
troca térmica, e, por conseguinte, sua eficiência.
Esquema da passagem de fluxo de ar através da caixa de ar
O princípio de funcionamento pode ser explicado da seguinte maneira; o ar externo se
brisa e é sugado pelo dispositivo GMV, composto de um motor elétrico
mais turbina, e então é forçado em direção ao evaporador, que é o componente de
sfriamento. Após atravessar o evaporador o ar pode seguir dois caminhos, e quem determina
esse caminho é a portinhola de mistura. Essa portinhola, quando acionada fecha a região do
, fazendo com que o ar frio saia pelos dutos dos pés, de ventilação e
brisas. Quando a portinhola não é acionada, isto é, região do
o ar será direcionado para ele e ocorrerá uma troca térmica, fazendo com que o ar que
flui pelos dutos seja aquecido.
pode ser construído a partir de duas tecnologias, a brasada que atualmente esta
na caixa de ar ou a mecânica. O que difere uma tecnologia da outra é o processo de
heater brasado necessita de um processo de solda por brasagem dos
aleta e tubos, ou seja, união metalúrgica dos mesmos. O processo de solda que
ocorre durante a brasagem faz com que os componentes tenham contato p
a eficiência da troca térmica. Já no processo mecânico,
metalúrgica e sim mecânica entre as partes, pois a fabricação deste é totalmente mecânica, o
que promove a ausência de contato em algumas regiões entre os tubos e as aletas inutilizado
as devido a formação de uma camada de ar isolante reduzindo, desta for
troca térmica, e, por conseguinte, sua eficiência.
2
a da passagem de fluxo de ar através da caixa de ar
O princípio de funcionamento pode ser explicado da seguinte maneira; o ar externo se
brisa e é sugado pelo dispositivo GMV, composto de um motor elétrico
mais turbina, e então é forçado em direção ao evaporador, que é o componente de
sfriamento. Após atravessar o evaporador o ar pode seguir dois caminhos, e quem determina
esse caminho é a portinhola de mistura. Essa portinhola, quando acionada fecha a região do
, fazendo com que o ar frio saia pelos dutos dos pés, de ventilação e do desembaçador
brisas. Quando a portinhola não é acionada, isto é, região do heater encontra-se
o ar será direcionado para ele e ocorrerá uma troca térmica, fazendo com que o ar que
uído a partir de duas tecnologias, a brasada que atualmente esta
na caixa de ar ou a mecânica. O que difere uma tecnologia da outra é o processo de
brasado necessita de um processo de solda por brasagem dos
aleta e tubos, ou seja, união metalúrgica dos mesmos. O processo de solda que
ocorre durante a brasagem faz com que os componentes tenham contato perfeito entre si, o
não ocorre esta união
metalúrgica e sim mecânica entre as partes, pois a fabricação deste é totalmente mecânica, o
que promove a ausência de contato em algumas regiões entre os tubos e as aletas inutilizado-
as devido a formação de uma camada de ar isolante reduzindo, desta forma, a superfície de
3
1.2 Objetivo
Este trabalho tem como objetivo a substituição da tecnologia do radiador de aquecimento
brasado pelo mecânico. Para tanto, a transferência de calor deve ser monitorada e utilizada
como parâmetro para definir a melhor tecnologia, avaliando a relação eficiência térmica e o
custo de fabricação deste componente. Para atingir este objetivo, neste trabalho propõe-se
uma alteração no projeto do trocador mecânico que elevará sua eficiência a níveis
comparativos ao da tecnologia brasada, mantendo economicamente seus custos a patamares
inferiores ao da tecnologia que se deseja substituir. Será necessário, desta forma, um estudo
detalhado em bancadas de ensaio, uma vez que a eficiência do trocador deve ser mantida após
a troca de tecnologia a níveis de eficiência semelhantes aos atuais com a tecnologia brasada,
além de acarretar uma redução significativa nos custos do produto final.
1.3 Justificativa
Levando em consideração as diferentes condições climáticas do Brasil, os níveis de
eficácia do componente brasado e o seu respectivo elevado custo, tanto do produto quanto do
processo de fabricação, possibilita desenvolver um produto que atenda as exigências do
mercado a um custo menor.
1.4 Revisão Bibliográfica
Em um trocador de calor compacto, assim comumente chamado, é possível identificar
duas formas de troca de calor, a condução e a convecção. Uma definição simples para
transferência de calor, “transferência de calor é a energia em trânsito devido a uma diferença
de temperatura” (INCROPERA, 1998). Se houver uma diferença de temperatura entre os
meios, haverá troca de calor. Quando existe uma diferença de temperatura num meio estático,
que pode ser um sólido ou um fluido ocorrerá troca por condução, devido ao gradiente de
temperatura, porém quando existe um fluido em movimento, líquido ou gás, ocorrerá troca de
calor por convecção.
1.4.1 Condução
A troca de calor por condução ocorre devido à atividade atômica e molecular, a condução
é devida a transferência de energia de partículas mais energéticas para partículas de menor
energia. A temperatura em qualquer ponto do material está relacionada a energia molecular, e
esta energia está relacionada aos movimentos das moléculas, isto é, a medida do gr
agitação cinética destas. Quanto mais alta for esta energia, maior será a temperatura do
material. Isto se dá devido aos intensos choques com as moléculas vizinhas, ocorrendo uma
transferência de energia das moléculas de maior para as d
1998).
É possível quantificar os processos de transferência de calor em termos de equações de
taxas de transferência de calor apropriadas. Essas equações são usadas para calcular
quantidade de energia transferida por unidade de tempo. Para
calor, a equação da taxa de transferência de calor é conhecida por lei de Fourier. Para
parede plana unidimensional
uma distribuição de temperatura T(x), a equação da
Figura 1-2 - Esquema de condução de calor em regime permanente em parede plana
A troca de calor por condução ocorre devido à atividade atômica e molecular, a condução
transferência de energia de partículas mais energéticas para partículas de menor
energia. A temperatura em qualquer ponto do material está relacionada a energia molecular, e
esta energia está relacionada aos movimentos das moléculas, isto é, a medida do gr
agitação cinética destas. Quanto mais alta for esta energia, maior será a temperatura do
material. Isto se dá devido aos intensos choques com as moléculas vizinhas, ocorrendo uma
transferência de energia das moléculas de maior para as de menor energi
É possível quantificar os processos de transferência de calor em termos de equações de
taxas de transferência de calor apropriadas. Essas equações são usadas para calcular
quantidade de energia transferida por unidade de tempo. Para o processo de
calor, a equação da taxa de transferência de calor é conhecida por lei de Fourier. Para
parede plana unidimensional, em estado estacionário, conforme a Figura
uma distribuição de temperatura T(x), a equação da taxa de transferência de calor é dada por:
dx
dTkq x −="
Esquema de condução de calor em regime permanente em parede plana
4
A troca de calor por condução ocorre devido à atividade atômica e molecular, a condução
transferência de energia de partículas mais energéticas para partículas de menor
energia. A temperatura em qualquer ponto do material está relacionada a energia molecular, e
esta energia está relacionada aos movimentos das moléculas, isto é, a medida do grau de
agitação cinética destas. Quanto mais alta for esta energia, maior será a temperatura do
material. Isto se dá devido aos intensos choques com as moléculas vizinhas, ocorrendo uma
e menor energia (INCROPERA,
É possível quantificar os processos de transferência de calor em termos de equações de
taxas de transferência de calor apropriadas. Essas equações são usadas para calcular
processo de condução de
calor, a equação da taxa de transferência de calor é conhecida por lei de Fourier. Para uma
conforme a Figura 1-2 que apresenta
ansferência de calor é dada por:
Equação 1-1
Esquema de condução de calor em regime permanente em parede plana
5
onde o fluxo de energia xq" é a taxa de transferência de calor na direção x por unidade de
área perpendicular à direção da transferência, sendo proporcional ao gradiente de temperatura,
dx
dT, nesta direção. A constante de proporcionalidade k é uma propriedade de transporte
conhecida como condutividade térmica ( )kmW ×/ , sendo uma característica do material da
parede. O sinal de menos é uma conseqüência do fato de que o calor é transferido no sentido
da diminuição de temperatura.
Para o regime transiente, a equação de condução de calor envolve o termo relacionado ao
balanço térmico da quantidade de calor que entra e sai do volume de controle a taxas
diferentes e a fração referente ao acúmulo ou perda de energia térmica no mesmo, referente à
variação de entalpia por unidade de tempo, ou seja,
( )t
Tc
t
h p
∂∂
=∂∂ ρ
Equação 1-2
Por conseguinte, tem-se a diferença ou gradiente dos fluxos de calor que entram e sai do
volume de controle, desta forma,
( ) ( )
∂∂
∂∂=
∂∂=
∂∂
x
Tk
xq
xt
Tcpρ
Equação 1-3
Digite a equação aqui.ou,
( )
∂∂
∂∂=
∂∂
x
Tk
xt
Tcpρ
Equação 1-4
Sendo necessárias duas condições de contorno, ou condições espaciais, e uma condição
inicial, ou temporal para resolver esta equação diferencial parcial.
Para problemas mais gerais, que envolvam também fluxos de calor convectivo, o termo
referente ao transporte convectivo deve ser adicionado, e a equação diferencial parcial se
torna a equação da energia,
6
( ) ( )q
x
Tk
xx
Tcu
t
Tc pp ′+
∂∂
∂∂=
∂∂
+∂
∂ ρρ
Equação 1-5
Esta equação geralmente é resolvida de forma analítica, semi-analítica e numericamente,
pelo fato também do campo de velocidade ser normalmente uma incógnita, juntamente com
as equações da conversão da massa ou da continuidade, equações do momento nas respectivas
direções x, y e z, podendo ainda ser adicionada uma equação do transporte de espécies
químicas. Este conjunto de equações é chamado de equações de Navier-Stockes, e formam o
conjunto básico dos problemas de escoamento de fluido (VERSTEEG E MALALASEKERA,
1995).
1.4.2 Convecção
A convecção existe através da combinação da condução de calor, armazenamento de
energia e movimento do fluido ou gás, sendo esta, uma transferência de calor entre uma
superfície sólida e um meio fluido, podendo ser um líquido ou gás.
A transferência por convecção ocorre pela diferença de energia térmica que existe entre a
superfície e o fluido. No movimeto das partículas, causado pelo impacto destas em algo
istatico, como se fosse representar a situaçõ de ium gtorcedor ou ewspectador assisindo o seu
espetáculo parado, quando de repente uma multidão apressada passa à sua volta, isso fará com
que mesmo não querendo se movimentar o espectador moveu-se alguns centímetros ou até
uns metros. Mesmo se pensar que os centímetros no meio de uma multidão sejam poucos mas
já é suficiente para abalar o regime alor fluirá por condução para as partículas do fluído que
estão em contato direto com a superfície. A energia transferida para essa camada do fluído
servirá para aumentar a energia interna e a temperatura das partículas, então estas partículas
fluidas se moverão para uma região de menor temperatura no fluido onde se misturarão e
transferirão uma parte da energia para o restante do fluido. Segundo FRANK KREITH, “O
fluxo, nesse caso, é tanto de fluido como de energia. A energia é na realidade armazenada
nas partículas fluidas e transportada como resultado do movimento de massa destas. Esse
mecanismo não depende, para sua operação, meramente de uma diferença de temperatura e,
desta forma, não concorda estritamente com a definição de transmissão de calor” (KREITH,
1969).
7
A transmissão de calor por convecção pode ser classificada como convecção natural e
convecção forçada, na qual o movimento do fluido se dá por um agente externo, uma bomba
ou um ventilador, que é o caso do estudo. A expressão a seguir é conhecida como lei do
resfriamento de Newton, onde A é a área da superfície de troca, h é o coeficiente de
transferência de calor por convecção, dependente das condições da camada limite,
influenciada pela geometria da superfície, pela natureza do movimento do fluido, pelas
propriedades termofísicas e de transporte de fluido (INCROPERA e DEWITT, 2003).
( )∞−= TThAQ .
Equação 1-6
1.4.3 Trocadores de calor compacto
O que distingue um trocador de calor do outro é a configuração do escoamento e o tipo da
construção. Os trocadores de calor mais simples podem ter os fluxos de fluido quente e frio
que se movem no mesmo sentido ou em sentidos opostos, com tubos concêntricos (ou tubo
duplo). Podem ter arranjos de correntes paralelas, onde os fluidos quentes e frios entram pela
mesma extremidade, escoam no mesmo sentido e saem pela outra extremidade. Nos arranjos
de correntes contrárias, os fluidos entram por extremidades opostas, escoam em sentidos
opostos e saem por extremidades distintas. Outra configuração possível é o fluxo cruzado,
onde o fluido escoa perpendicularmente ao outro e com ou sem aleta. O que distingue uma
configuração da outra é o fato do fluido que escoa pelo lado externo do trocador se misturar
ou não com o interno. No sistema aletado o ar não se mistura, pois as aletas não permitem o
movimento na direção (y) que é perpendicular ao escoamento do liquido na direção (x), nesse
caso a temperatura do fluido varia na direção x e y. No sistema não-aletado o movimento do
ar é permitido tanto em (x) quanto em (y), nesse caso a temperatura do fluido varia na direção
do escoamento principal.
Na análise da transferência de calor nos trocadores, varias resistências térmicas, no
percurso do fluxo de calor do fluido quente para o frio, se combinam para constituir um
coeficiente global de troca térmica U.
Considerando a resistência térmica total R ao fluxo de calor, através de um tubo e entre a
corrente externa e interna, e que seja composta pelas resistências temos os seguintes dados:
8
+ = 1(��ℎ�) + 1
2 ��+ 1
��ℎ�
Equação 1-7
Onde,
�� , �� = áreas das superfícies externas e internas, respectivamente, (��)
�� = 4564789645/47
= média logarítmica da área, ( ��)
ℎ� , ℎ� = coeficiente de transferência de calor, da corrente interna e externa,
respectivamente, (W/(�� · ºC))
k = condutividade térmica do material do tubo, (W/(m · ºC))
R = resistência térmica entre a corrente interna e a externa
t = espessura do tubo, (m)
E levando em conta o coeficiente global de troca térmica U₀, baseado na superfície
externa do tubo, é definido por:
�� = 1�� + = 1
:���� ; : 1ℎ�
; + : ����; :12; + 1
ℎ�
=
= 1:�� ; : 1
ℎ�; + < 1
22> � ?@ :�� ; + 1ℎ�
Equação 1-8
����
= �21 ?@ �
� � − � = 2t
Equação 1-9
E � e � são os diâmetros internos e externos do tubo, (m).
9
No uso dos trocadores de calor, a superfície de transferência acumula poeira, gorduras e
óxidos, e estes acrescentam resistências térmicas ao fluxo de calor. Essas camadas adicionais,
ou incrustações, são geralmente consideradas na forma do fator de incrustação F (�� · ºC/W).
Considerando então a transferência de calor com o fator de incrustação:
+ = 1��ℎ� + ��
��+ 1
2 ��+ ��
��+ 1
��ℎ�
Equação 1-10
Onde,
�� e �� = são os fatores de incrustação (resistência unitária de incrustação) nas
superfícies internas e externas do tubo.
Baseando-se na superfície externa do tubo o coeficiente global de troca térmica U:
�� = 1:�� ; : 1
ℎ�; + :�� ; �� + <�22> ?@ :�� ; + �� + 1/ℎ�
Equação 1-11
No estudo dos trocadores de calor para automóveis, conforme apresentado na Figura
1-3, que utilizam a configuração de fluxo cruzado com aletas, são denominados do tipo
compacto. O termo compacto empregados em trocadores de calor é definido como sendo “A
razão entre a área da superfície de transferência de calor, num dos lados do trocador de
calor, e o volume que pode ser empregado como medida da compacticidade do trocador de
calor” (ÖZIŞIK, 1990). Um trocador de calor, com densidade de área superficial em um dos
lados maior do que cerda de 700 m2/m3, é classificado como trocador de calor compacto,
independentemente de seu projeto estrutural.
Figura 1-3 - Trocador de calor compacto
10
Um trocador de calor com uma densidade de área superficial de 1.100 m2/m3, e os
trocadores de calor de cerâmica vítrea que tem densidade da ordem de 6.600 m2/m3, são
considerados trocadores de calor compactos. Os pulmões humanos, com uma densidade de
área da ordem de 20.000 m2/m3, são os trocadores de calor e de massa mais compactos
(ÖZIŞIK, 1990). Por outro lado, os trocadores do tipo tubular plano e os do tipo casco e tubos
têm densidade da área superficial na faixa de 70 a 500 m2/m3, e não são considerados,
portanto, compactos.
A grande necessidade do mercado automotivo está relacionada ao volume, peso e
eficiência do sistema operando no veículo, impulsionados por isso os sistemas compactos se
fazem necessários, já que o alto valor de compacticidade reduz volume e peso do trocador de
calor e para um aumento especifico no desempenho térmico, utilizam-se altas nos trocadores.
“Num trocador de calor de gás para líquido, por exemplo, o coeficiente de transferência de
calor do lado do gás é uma ordem de grandeza mais baixa do que do lado do líquido. Por
esta razão, são utilizadas aletas no meio gasoso para se ter um projeto equilibrado de
transferência de calor; onde a superfície de transferência de calor do lado do gás torna-se
muito mais eficiente e compacta” (ÖZIŞIK, 2003).
Os trocadores de calor de tubo aletado são utilizados quando se necessita uma grande
área de superfície de transferência de calor por unidade de volume é desejada e pelo menos
um dos dois fluidos é um gás, suas duas configurações típicas são com tubos cilíndricos e
outra com tubos chatos, essa configuração de trocadores podem ser utilizados numa ampla
faixa de variação de pressão do fluido nos tubos, porém não ultrapassando 30 atm, e podem
operar em temperaturas que variam desde as baixas, até cerca de 870 ºC, dependendo da
aplicação e projeto. Sua densidade máxima de compacticidade é cerca de 330 m2/m3, menor
que a dos trocadores de placa aletada e área de secção de escoamento são tipicamente
pequenas ( 5 mm), o regime de escoamento é usualmente laminar.
Os resultados da transferência de calor são correlacionados em termos do fator ј de
Colburn ��=�� ���/� onde �� número de Stanton e �� Prandtl, o número de Reynolds, em que
os números de tanto de Stanton (�� = h/BCD), quanto o de Reynolds (+� = Gdh/u) são
baseados na máxima velocidade mássica,
B ≡ FG�HI = FG�JK�JJ
= ���JK
= ����JK
Equação 1-12
11
Onde,
� = a razão entre a menor área livre de escoamento do espaço das aletas (seção transversal
perpendicular à direção do escoamento), ���, à área frontal, ���, área do trocador de calor.
= o diâmetro hidráulico da passagem do escoamento.
� = área superfície de transferência de calor por volume total do trocador de calor.
��/A= a razão entre a área da superfície da aleta e a área total da superfície de transferência
de calor (utilizada para calcular a efetividade da temperatura �� . Para o dimensionamento do trocador de calor, � é utilizado para determinar o volume
necessário do trocador de calor, logo após a área total da superfície de transferência de calor
ser determinada. Em cálculos de desempenho, este coeficiente é utilizado para determinação
da área da superfície a partir do conhecimento do volume do trocador de calor.
Para o dimensionamento de um trocador de calor compacto, informações empíricas,
fornecidas pelo clássico trabalho de Kays e Lundu, (KAYS e LONDON, 1984) seriam
utilizadas para determinar o coeficiente médio de convecção das superfícies aletadas. Desta
forma, o coeficiente global de transferência de calor é, então, determinado, utilizando–se os
métodos MLDT ou ε-NUT.
O método MLDT (Média Logarítmica de Diferença de Temperatura), na análise do
trocador de calor é utilizado quando se conhece previamente os valores de temperatura de
entrada do fluido, sendo as temperaturas de saída especificadas como dados de projeto. Desta
forma, o valor de ∆LMN do trocador pode ser obtido. Se somente as temperaturas de entrada
forem conhecidas, faz-se necessário um procedimento MLDT iterativo, sendo neste caso
utilizado o método de efetividade NUT (Número de Unidades de Transferência).
A queda de pressão associado ao escoamento através do banco de tubos aletados pode ser
calculada a partir da expressão:
∆P = B���2 Q (1 + ��) R�S
��− 1T + U �
�JJ����
V Equação 1-13
12
Onde,
�� , �S = são os volumes específicos de entrada e saída do fluido
�� = (�� + �S)/2
O primeiro termo do lado direito da equação 1.13 leva em conta os efeitos cumulativos da
variação de pressão devido à aceleração não-viscosa do fluido e a desaceleração na entrada e
saída do trocador. Os efeitos são reversíveis, e, se a variação na massa especifica do fluido
puder ser desprezada, isto é, (�S ≅ ��), então este termo é desprezível. O segundo termo leva
em conta todas as perdas devido ao atrito do fluido no trocador de calor. Para uma dada
configuração do trocador, o fator de atrito é dado como uma função do número de Reynolds.
A equação 1.13 não leva em conta as perdas irreversíveis devido aos efeitos viscosos na
entrada e na saída do trocador de calor. As perdas dependem da natureza do duto utilizado
para o transporte dos fluidos para e a partir do trocador de calor.
13
2 CAPÍTULO
DIFERENÇAS DO PROCESSO ENTRE TECNOLOGIA MECÂNICA
E BRASADA
Neste capítulo, serão demonstradas as principais diferenças no processo de fabricação
entre as tecnologias mecânica e a brasada.
2.1 O processo Mecânico
A concepção e a industrialização do primeiro radiador com processo de fabricação
mecânico foi concretizado em 1967 pela sociedade SOFICA que em 1980 passou a fazer parte
do grupo VALEO, (VALEO, 2000).
O radiador mecânico, Figura 2-1, é composto de um feixe de aletas e de tubos de
alumínio, onde são montadas às suas extremidades caixas plásticas de água, cravadas sobre
um coletor metálico.
As seguintes inovações foram trazidas por esta nova tecnologia:
• Ausência de solda, as montagens são realizadas mecanicamente;
• Utilização de uma junta multifuncional que assegura a impermeabilidade da
caixa e a fixação dos tubos sobre o coletor;
• Uso de caixas de água plásticos modeladas por injeção (inovação estendida
para o radiador brasado);
• Redução importante do peso pela utilização do alumínio;
• Custo de fabricação inferior graças à ausência do método de brasagem;
• Vantagem energética e ambiental (os fornos de ar utilizados para produção das
partes brasadas eram muito poluentes e consumiam considerável quantidade de
energia elétrica).
Figura 2
2.1.1 Fabricação do radiador
2.1.1.1 Trefilação dos tubos
Os tubos utilizados nos radiadores são conformados a frio, por meio do processo de
trefilação. Neste processo, conforme mostra a Figura 2
matriz de trefilar o que causa um e
da matriz na presença de um mandril, com isso ocorre uma redução na secção transversal do
tubo. A fieira originará a dimensão externa do tubo e o mandril a espessura desejada da
parede do tubo. Esta dimensão é consideravelmente importante para a eficiência do trocador
de calor, uma vez que se comportará como uma resistência térmica a passagem de calor.
Figura 2- 6 – Diagrama esquemático do processo de trefilação dos tubo
Figura 2-1 - Esquema construtivo de um trocador mecânico
Fabricação do radiador
Trefilação dos tubos
Os tubos utilizados nos radiadores são conformados a frio, por meio do processo de
trefilação. Neste processo, conforme mostra a Figura 2-2, o tubo é
matriz de trefilar o que causa um esforço de compressão indireta devido às reações na parede
da matriz na presença de um mandril, com isso ocorre uma redução na secção transversal do
tubo. A fieira originará a dimensão externa do tubo e o mandril a espessura desejada da
dimensão é consideravelmente importante para a eficiência do trocador
de calor, uma vez que se comportará como uma resistência térmica a passagem de calor.
Diagrama esquemático do processo de trefilação dos tubos dos trocadores.
14
Esquema construtivo de um trocador mecânico
Os tubos utilizados nos radiadores são conformados a frio, por meio do processo de
é tracionado através da
sforço de compressão indireta devido às reações na parede
da matriz na presença de um mandril, com isso ocorre uma redução na secção transversal do
tubo. A fieira originará a dimensão externa do tubo e o mandril a espessura desejada da
dimensão é consideravelmente importante para a eficiência do trocador
de calor, uma vez que se comportará como uma resistência térmica a passagem de calor.
s dos trocadores.
15
2.1.1.2 Estampagem de aletas
A matéria-prima utilizada na produção das aletas é composta por uma liga de alumínio
laminada de espessura 0,07 mm, e largura específica de cada aleta, a qual é fornecida em
bobinas de aproximadamente 900 kg. Uma mesma aleta pode ser utilizada em diversos
radiadores, o que difere uma das outras é apenas a quantidade de aleta no trocador de calor.
A folha de alumínio é posicionada no sistema de alimentação da prensa, de acordo com a
Figura 2-3, o qual transporta a folha até o ponto de estampagem com avanços pré-ajustados
dependendo do tipo de aleta a ser produzido. A ferramenta em um sistema de estampo
progressivo realiza a cada etapa uma operação (corte, dobra, conformação do passo, repuxo,
etc).
Após estampagem e corte as aletas são transportadas através de uma rampa até o posto de
utilização, sendo estas posicionadas para a inserção do tubo, que será explicado na fabricação
do feixe.
Figura 2- 7 - Parte traseira da prensa
Os principais problemas do processo de estampagem de aletas estão relacionados a não
estampagem dos furos (nos quais serão introduzidos tubos, má formação de gola), formação
de rebarba, persianas fechadas, persianas com rebarbas, espaçador com dimensão fora do
especificado, o que promove grande número refugos, com conseqüente perda de matéria-
prima, horas máquinas, e caso passe pelo controle de qualidade poderá originar produtos
finais defeituosos.
2.1.1.3 Fabricaç ão do feixe
Após o corte final da aleta, que é acum
Figura 2-4, coloca-se um gabarito para realizar a contagem das aletas, esse gabarito é garantia
da quantidade das aletas do radiador. Um número diferente de aletas em relação ao
especificado pode acarretar sério
de ar.
Após a contagem das aletas, as mesmas são posicionadas num dispositivo para inserção
dos tubos, esta operação é realizada manualmente, retira
aletas, e ambos são posicionados na máquina alargadora, segundo apresenta a Figura 2
máquina tem como principal função, determinar o passo do radiador e expandir os tubos, para
que haja contato na interface tubo/aleta. Neste processo a máquina compacta a colméi
que ela atinja a sua dimensão final. Isto é o que determina o passo de aleta do radiador. Após
esta compactação, o cabeçote da máquina se movimenta fazendo que um feixe
com um expansor na sua extremidade atravesse os tubos expandi
garantindo o contato perfeito entre o
a quantidade de tubos de cada radiador, e a expansão que ocorre é de aproximadamente 0,5
mm, o que fará com que o tubo tenha uma interferência
acordo com as condições de tolerância exigidas pelo projeto.
Figura 2- 8 - rampa de posicionamento(b).
ão do feixe
Após o corte final da aleta, que é acumulada numa rampa da máquina como mostrado na
se um gabarito para realizar a contagem das aletas, esse gabarito é garantia
da quantidade das aletas do radiador. Um número diferente de aletas em relação ao
especificado pode acarretar sérios problemas de eficiência do componente no conjunto caixa
Após a contagem das aletas, as mesmas são posicionadas num dispositivo para inserção
dos tubos, esta operação é realizada manualmente, retira-se o feixe, constituído por tubos e
os são posicionados na máquina alargadora, segundo apresenta a Figura 2
máquina tem como principal função, determinar o passo do radiador e expandir os tubos, para
que haja contato na interface tubo/aleta. Neste processo a máquina compacta a colméi
que ela atinja a sua dimensão final. Isto é o que determina o passo de aleta do radiador. Após
esta compactação, o cabeçote da máquina se movimenta fazendo que um feixe
m um expansor na sua extremidade atravesse os tubos expandindo
perfeito entre o tubo e a aleta. O número de agulhas varia de acordo com
a quantidade de tubos de cada radiador, e a expansão que ocorre é de aproximadamente 0,5
mm, o que fará com que o tubo tenha uma interferência de aproximadamente 0,2 mm, de
acordo com as condições de tolerância exigidas pelo projeto.
pa de posicionamento da aleta e tubo, parte frontal da prensa
16
ulada numa rampa da máquina como mostrado na
se um gabarito para realizar a contagem das aletas, esse gabarito é garantia
da quantidade das aletas do radiador. Um número diferente de aletas em relação ao
s problemas de eficiência do componente no conjunto caixa
Após a contagem das aletas, as mesmas são posicionadas num dispositivo para inserção
se o feixe, constituído por tubos e
os são posicionados na máquina alargadora, segundo apresenta a Figura 2-4. Está
máquina tem como principal função, determinar o passo do radiador e expandir os tubos, para
que haja contato na interface tubo/aleta. Neste processo a máquina compacta a colméia para
que ela atinja a sua dimensão final. Isto é o que determina o passo de aleta do radiador. Após
esta compactação, o cabeçote da máquina se movimenta fazendo que um feixe de “agulhas”
do-os, e desta maneira
O número de agulhas varia de acordo com
a quantidade de tubos de cada radiador, e a expansão que ocorre é de aproximadamente 0,5
de aproximadamente 0,2 mm, de
aleta e tubo, parte frontal da prensa (a), alargadora
17
Os principais problemas da fabricação do feixe de tubos são: a quantidade de aletas
menor ou maior, as trincas oriundas da expansão dos tubos, o passo menor ou maior em
decorrência da pressão da máquina, e, finalmente, gola rachada devido à pressão da máquina.
2.1.1.4 Colméia com coletor
A colméia é composta pelo feixe, apresentado anteriormente, coletor e junta. O coletor
tem como função fazer a união entre a colméia, e as caixas plásticas, apresentadas
posteriormente. A fim de garantir a união estanque utiliza-se uma junta de borracha.
A seqüência de montagem deve ser realizada da seguinte forma:
a) Prepara-se dois conjuntos de juntas e coletores (Figura 2.5), encaixando a junta
manualmente, e posicionando os conjuntos na ferramenta de evasamento;
b) Posiciona-se colméia na ferramenta de evasamento;
c) Aciona-se a prensa hidráulica para realizar a operação de evasamento, operação esta
que consiste na expansão da extremidade do tubo, a qual garante a união rígida e estanque
entre a colméia e conjunto coletor/junta.
Figura 2- 9 – Junta posicionada no coletor.
18
2.1.1.5 Cravação da caixa plástica
Nesta operação é realizada a união das caixas aos coletores através da dobra dos dentes
do coletor no pé da caixa, com uma pressão suficiente para garantir a estanqueidade do
produto, como mostra a Figura 2-6.
Figura 2- 10 - Cravação da caixa no coletor.
2.1.1.6 Teste de estanqueidade
Trata-se de um ensaio para constatação da qualidade e funcionalidade do produto, onde
se aplica uma determinada pressão de ar no radiador, e então, se verifica a existência de
algum vazamento, conforme Figura 2-7. Encontrando-se estanque o produto, este então
identificado com informações pertinentes ao produto, tais como modelo, hora, dia de
produção e o lote.
Figura 2-11 - Dispositivo de estanqueidade.
19
2.2 O processo de brasagem
Brasagem é a união metalúrgica de metais usando-se metal de enchimento fundido.
Quando no estado fundido, o metal de enchimento propaga-se entre as superfícies próximas
montadas, formando um filete ao redor da junta, e no resfriamento forma uma junta
metalúrgica muito resistente (argamassa). O metal de enchimento funde-se a uma temperatura
acima de 450°C, mas abaixo da temperatura de fusão do metal base.
Na Figura 2-8 abaixo, podemos ver um esquema da composição da liga de brasagem
demonstrando as posições do “Cladding” e os materiais mais comumente utilizados.
Figura 2-8 - Esquema da composição da liga de brasagem.
A brasagem sob atmosfera controlada foi desenvolvida pela ALCAN em 1978 sobre a
marca registrada de NOCOLOK (Non Corrosive Locking) com um fluxo não corrosivo para o
processo de brasagem (VALEO, 2004)
2.2.1 Fabricação do radiador
No processo de fabricação do radiador brasado as aletas ficam posicionadas entre os
tubos, de perfil achatado, como mostra a Figura 2-9. O tubo, de perfil chato, não é
desenvolvido pela empresa. Com isso o primeiro processo de fabricação é o da aleta.
20
Figura 2-9 – Esquema construtivo de um trocador brasado.
2.2.1.1 Conformação da aleta
Diferente da fabricação da aleta mecânica, a aleta brasada não passa por um processo de
estampagem, todavia, por um processo de conformação. Isto significa que a aleta brasada
possui apenas a operação de corte da persiana, dobra do “pico e vale” e corte da aleta no
comprimento desejado, a dimensão varia de acordo com o tamanho da colméia. A matéria-
prima utilizada na fabricação da aleta é uma liga de alumínio, fornecida em bobinas podendo
alcançar 300 kg. A espessura de aleta, da mesma forma que a mecânica, é de 0,07 mm.
Posiciona-se então a bobina no sistema de alimentação da máquina, a folha de alumínio
passará pelo molete que conformará o perfil das persianas e a dobra do “pico e vale”, como
apresentado na Figura 2-10.
Figura 2-10 – Folha de alumínio antes da conformação (a), aleta já conformada (b).
A aleta brasada possui largura bem menor que a mecânica, pois como explicado
anteriormente, no radiador
entre tubos.
2.2.1.2 Fabricação da colméia
O processo brasado não possui feixe, isso porque o feixe é composto de tubo mais aleta.
Após a conformação e corte da aleta, estas são diretamente e
chamada posicionadeira, de acordo com a Figura 2
e a cada aleta que cai acrescenta
resultado é um tubo e uma aleta, um tubo e uma
a quantidade exata do radiador. Posteriormente, a posicionadeira recua e insere o coletor nos
tubos.
Figura 2-11 - Posicionadeira, no detalhe coletor já posicionado aguardando as aletas e tubos.
Folha de alumínio antes da conformação (a), aleta já conformada (b).
A aleta brasada possui largura bem menor que a mecânica, pois como explicado
anteriormente, no radiador mecânico o tubo passa por dentro da aleta, na brasada a aleta fica
Fabricação da colméia
O processo brasado não possui feixe, isso porque o feixe é composto de tubo mais aleta.
Após a conformação e corte da aleta, estas são diretamente encaminhadas para uma máquina
chamada posicionadeira, de acordo com a Figura 2-11. Na posicionadeira coloca
e a cada aleta que cai acrescenta-se um tubo. Todas estas operações são automáticas, e o
resultado é um tubo e uma aleta, um tubo e uma aleta, e assim por diante, até que se complete
a quantidade exata do radiador. Posteriormente, a posicionadeira recua e insere o coletor nos
osicionadeira, no detalhe coletor já posicionado aguardando as aletas e tubos.
21
Folha de alumínio antes da conformação (a), aleta já conformada (b).
A aleta brasada possui largura bem menor que a mecânica, pois como explicado
mecânico o tubo passa por dentro da aleta, na brasada a aleta fica
O processo brasado não possui feixe, isso porque o feixe é composto de tubo mais aleta.
ncaminhadas para uma máquina
11. Na posicionadeira coloca-se o coletor
se um tubo. Todas estas operações são automáticas, e o
aleta, e assim por diante, até que se complete
a quantidade exata do radiador. Posteriormente, a posicionadeira recua e insere o coletor nos
osicionadeira, no detalhe coletor já posicionado aguardando as aletas e tubos.
22
O próximo passo é a retirada da colméia pelo “C” de brasagem, esta ferramenta irá
acompanhar o radiador durante o processo de brasagem, uma vez que os tubos estão apenas
posicionados no coletor e não existe interferência mecânica entre os tubos e as aletas, na
Figura 2-12 podem-se observar os “Cs” prendendo as colméias para que sejam brasadas.
Figura 2-12 - “C” de brasagem (preto), mantendo o tubo, a aleta e o coletor posicionados para o processo de brasagem.
2.2.1.3 Brasagem
O processo brasagem ocorre na seqüência, com a colméia posicionada no “C” de
brasagem, estes são posicionados no forno, mostrado na Figura 2-13.
Figura 2-13 – Forno de brasagem
23
Esse processo consiste, resumidamente, em elevar e baixar a temperatura do forno. Com
o aquecimento, o metal de enchimento propaga-se entre as superfícies próximas montadas,
formando um filete ao redor da junta aleta/tubo e no resfriamento forma uma junta
metalúrgica muito resistente, denominada de argamassa. O metal de enchimento funde-se a
uma temperatura acima de 450 °C, mas abaixo da temperatura de fusão do metal base. Com
esse processo se obtém a colméia brasada.
2.2.1.4 Junta e cravação
Uma vez brasada a colméia, coloca-se a junta diretamente no coletor e realiza-se o
processo de cravação da caixa plástica, exatamente como no processo mecânico, como
mostrado na Figura 2-14.
Figura 2-14 - Posicionamento da junta no coletor brasado (a), cravação da caixa plástica no coletor (b).
Em alguns produtos brasados, a caixa de água é de alumínio, sendo, portanto, brasada
com todo o conjunto aleta, tubo e coletor. Neste caso o produto não necessita de junta
emborrachada, e, desta forma, deixa o forno de brasagem sendo encaminhado diretamente
para o teste de estanqueidade.
2.2.1.5 Teste de estanqueidade
O ensaio de estanqueidade do trocador com tecnologia brasada é exatamente igual ao
processo de estanqueidade do radiador mecânico.
24
Em uma análise do processo mecânico em relação ao processo brasado, foi possível
verificar a rapidez na fabricação de um radiador mecânico, se for considerado a trefilação, a
estampagem de aletas e as montagens do radiador, o processo totalizará 30 minutos por peça.
Se o processo brasado for considerado, um radiador seria produzido a cada 2 horas. Estes
estudos foram realizados no setor de industrial da empresa.
As vantagens e desvantagens de cada processo encontram-se resumidos na Tabela 2-1.
MECÂNICO BRASADO
VANTAGENS VANTAGENS
PROCESSO RÁPIDO
FÁCIL
BAIXO CUSTO (PROCESSO)
AUTOMATIZADO (ESTÁVEL)
ALTO CONTROLE DAS OPERAÇÕES
NÃO HÁ PERDA DE MATERIAL
DESVANTAGENS DESVANTAGENS
INSTABILIDADE NO PROCESSO
CONTROLE DE OPERAÇÕES
PROCESSO MANUAL
PERDA DE MATERIAL (ESTAMPAGEM)
PROCESSO LENTO
ALTO CUSTO (PROCESSO)
IMPACTOS AMBIENTAIS
3 CAPÍTULO
DIFERENÇAS N
ENTRE AS TECNOLOGIAS
Este capítulo tem como objetivo demonstrar os processos de transmissão de calor que
ocorrem no radiador. Aqui também será possível avaliar a
transmissão de calor da tecnologia brasada em relação à mecânica.
3.1 A Troca térmica
3.1.1 Tecnologia mecânica
A troca térmica do trocador compacto se dá pelo processo de fluxo cruzado, onde um
fluido escoa perpendicular ao
Figura 3-1 –
Durante a transferência térmica,
parede do tubo que, por sua vez, transfere calor por condução do tubo para a aleta e esta,
finalmente, troca calor por con
Figura 3-2.
DIFERENÇAS NO PROCESSO DE TRANSMISSÃO DE CALOR
ENTRE AS TECNOLOGIAS : MECÂNICA E BRASADA
Este capítulo tem como objetivo demonstrar os processos de transmissão de calor que
ocorrem no radiador. Aqui também será possível avaliar a superior eficiência do processo de
transmissão de calor da tecnologia brasada em relação à mecânica.
A Troca térmica
Tecnologia mecânica
A troca térmica do trocador compacto se dá pelo processo de fluxo cruzado, onde um
fluido escoa perpendicular ao outro, conforme a Figura 3-1.
Embutimento e corte da colméia de um radiador mecânico.
Durante a transferência térmica, o líquido troca calor por convecção e condução com a
parede do tubo que, por sua vez, transfere calor por condução do tubo para a aleta e esta,
troca calor por convecção com o ar, conforme representação esquemática da
25
ISSÃO DE CALOR
: MECÂNICA E BRASADA
Este capítulo tem como objetivo demonstrar os processos de transmissão de calor que
superior eficiência do processo de
A troca térmica do trocador compacto se dá pelo processo de fluxo cruzado, onde um
Embutimento e corte da colméia de um radiador mecânico.
o líquido troca calor por convecção e condução com a
parede do tubo que, por sua vez, transfere calor por condução do tubo para a aleta e esta,
vecção com o ar, conforme representação esquemática da
Figura 3-
Dessa maneira tem-se uma condição perfeita de troca térmica, como pode ser visto na
Figura 3-2. Observa-se que o contato entre o tubo e a aleta é fundamental para que a troca
térmica por condução aconteç
Mas nem sempre existe um contato perfeito entre as partes metálicas. Como
Capítulo 2, na confecção do feixe
processo que fazem com que o contato entre o tubo e a
de contato pode ser ocasionad
expansão inadequada do tubo
problemas levantados no item
Figura 3-3 – Na ponta da aleta não existe contato com o tubo (a), não existe contato entre tubo e aleta (b).
-2 – Esquema das trocas térmicas no radiador mecânico
se uma condição perfeita de troca térmica, como pode ser visto na
se que o contato entre o tubo e a aleta é fundamental para que a troca
térmica por condução aconteça da maneira eficiente.
Mas nem sempre existe um contato perfeito entre as partes metálicas. Como
na confecção do feixe de tubos (item 2.1.1.3), existem algumas variáveis de
processo que fazem com que o contato entre o tubo e a aleta não seja perfeito.
pode ser ocasionada por má formação da gola, devido à presença de rebarbas,
do tubo, entre outros, como mostra a Figura 3
problemas levantados no item 2.1.1.3, interferem diretamente na troca térmica do radiador.
Na ponta da aleta não existe contato com o tubo (a), não existe contato entre tubo e
26
mecânico.
se uma condição perfeita de troca térmica, como pode ser visto na
se que o contato entre o tubo e a aleta é fundamental para que a troca
Mas nem sempre existe um contato perfeito entre as partes metálicas. Como visto no
, existem algumas variáveis de
não seja perfeito. Esta ausência
gola, devido à presença de rebarbas, ou a
como mostra a Figura 3-3. Os principais
diretamente na troca térmica do radiador.
Na ponta da aleta não existe contato com o tubo (a), não existe contato entre tubo e
Na Figura 3-2 pode ser verificada uma redução significativa na área de contato, onde é
possível perceber também um distanciamento do tubo com a gola da aleta. Ainda, podem
ocorrer casos, no qual é possível verificar uma distância de até 2 mm da gola com o
neste caso não existe troca térmica por condução. Esta imperfeição do produto, conseqüência
do processo de fabricação, faz com que o radiador tenha diminuição de sua eficiência com
relação àquelas fornecidas por ensaios de bancada.
A eficiência do radiador pode ser melhorada através de algumas ações como, por
exemplo, aumentar a área do feixe, acrescentando mais tubos, conseqüentemente existirá um
aumento no comprimento das aleta, o que, por conseguinte, promoverá um aumento na área
de troca térmica do radiador. No caso do radiador específico deste trabalho, esta alternativa
não é passível de execução devido ao reduzido espaço físico do radiador dentro do aparelho
de ar condicionado.
Uma ação possível, e que não causa impacto no
nos tubos. Estes turbuladores, em forma de espiral, são introduzidos dentro dos tubos, para
fazer com que o líquido percorra o tubo alterando o regime de seu fluxo de laminar para
turbulento, como mostrado na Figura 3
Figura 3
No regime laminar o fluido escoa com uma velocidade que aumenta gradualmente da
superfície do tubo para o centro, não há mistura do fluido, pois as linhas de corrente não se
cruzam, e a transferência de
regime turbulento a velocidade aumenta bruscamente logo após a camada limite viscosa e as
linhas de corrente do fluxo são irregulares fazendo com que o fluido troque calor também por
convecção.
2 pode ser verificada uma redução significativa na área de contato, onde é
possível perceber também um distanciamento do tubo com a gola da aleta. Ainda, podem
ocorrer casos, no qual é possível verificar uma distância de até 2 mm da gola com o
neste caso não existe troca térmica por condução. Esta imperfeição do produto, conseqüência
do processo de fabricação, faz com que o radiador tenha diminuição de sua eficiência com
relação àquelas fornecidas por ensaios de bancada.
adiador pode ser melhorada através de algumas ações como, por
exemplo, aumentar a área do feixe, acrescentando mais tubos, conseqüentemente existirá um
aumento no comprimento das aleta, o que, por conseguinte, promoverá um aumento na área
do radiador. No caso do radiador específico deste trabalho, esta alternativa
não é passível de execução devido ao reduzido espaço físico do radiador dentro do aparelho
Uma ação possível, e que não causa impacto no packaging, é a utiliz
nos tubos. Estes turbuladores, em forma de espiral, são introduzidos dentro dos tubos, para
fazer com que o líquido percorra o tubo alterando o regime de seu fluxo de laminar para
turbulento, como mostrado na Figura 3-4.
Figura 3-4 – Esquema do escoamento do fluido.
No regime laminar o fluido escoa com uma velocidade que aumenta gradualmente da
superfície do tubo para o centro, não há mistura do fluido, pois as linhas de corrente não se
cruzam, e a transferência de calor é predominantemente por condução. Enquanto que no
regime turbulento a velocidade aumenta bruscamente logo após a camada limite viscosa e as
linhas de corrente do fluxo são irregulares fazendo com que o fluido troque calor também por
27
2 pode ser verificada uma redução significativa na área de contato, onde é
possível perceber também um distanciamento do tubo com a gola da aleta. Ainda, podem
ocorrer casos, no qual é possível verificar uma distância de até 2 mm da gola com o tubo,
neste caso não existe troca térmica por condução. Esta imperfeição do produto, conseqüência
do processo de fabricação, faz com que o radiador tenha diminuição de sua eficiência com
adiador pode ser melhorada através de algumas ações como, por
exemplo, aumentar a área do feixe, acrescentando mais tubos, conseqüentemente existirá um
aumento no comprimento das aleta, o que, por conseguinte, promoverá um aumento na área
do radiador. No caso do radiador específico deste trabalho, esta alternativa
não é passível de execução devido ao reduzido espaço físico do radiador dentro do aparelho
, é a utilização de turbuladores
nos tubos. Estes turbuladores, em forma de espiral, são introduzidos dentro dos tubos, para
fazer com que o líquido percorra o tubo alterando o regime de seu fluxo de laminar para
No regime laminar o fluido escoa com uma velocidade que aumenta gradualmente da
superfície do tubo para o centro, não há mistura do fluido, pois as linhas de corrente não se
calor é predominantemente por condução. Enquanto que no
regime turbulento a velocidade aumenta bruscamente logo após a camada limite viscosa e as
linhas de corrente do fluxo são irregulares fazendo com que o fluido troque calor também por
No caso do regime turbulento, a perda de carga ocorrerá do lado do líquido, mas como
este fluxo é oriundo do líquido do motor, não existe uma perda de carga muito grande ao
passar pelo radiador, o que possibilita facilmente a aplicação de turbuladores.
3.1.2 Tecnologia brasada
A troca térmica na tecnologia brasada tem o mesmo conceito da tecnologia mecânica, um
fluxo perpendicular ao outro, como observado na Figura 3
eficiência de 19% (1,1 KW)
Figura 3-5 – Esquema de fluxo de líquido e de ar através da seção do trocador.
Os mesmos modos de transferência de calor observados no sistema mecânico ocorrem no
sistema brasado, onde o líquido troca calor por convecção com a parede do tubo qu
vez, transfere calor por condução do tubo para a aleta e esta, finalmente, troca calor por
convecção com o ar, como apresentado na Figura 3
so do regime turbulento, a perda de carga ocorrerá do lado do líquido, mas como
este fluxo é oriundo do líquido do motor, não existe uma perda de carga muito grande ao
passar pelo radiador, o que possibilita facilmente a aplicação de turbuladores.
Tecnologia brasada
A troca térmica na tecnologia brasada tem o mesmo conceito da tecnologia mecânica, um
fluxo perpendicular ao outro, como observado na Figura 3-5. Esta tecnologia apresenta uma
eficiência de 19% (1,1 KW) maior que a tecnologia mecânica.
Esquema de fluxo de líquido e de ar através da seção do trocador.
Os mesmos modos de transferência de calor observados no sistema mecânico ocorrem no
sistema brasado, onde o líquido troca calor por convecção com a parede do tubo qu
vez, transfere calor por condução do tubo para a aleta e esta, finalmente, troca calor por
convecção com o ar, como apresentado na Figura 3-6.
28
so do regime turbulento, a perda de carga ocorrerá do lado do líquido, mas como
este fluxo é oriundo do líquido do motor, não existe uma perda de carga muito grande ao
passar pelo radiador, o que possibilita facilmente a aplicação de turbuladores.
A troca térmica na tecnologia brasada tem o mesmo conceito da tecnologia mecânica, um
5. Esta tecnologia apresenta uma
Esquema de fluxo de líquido e de ar através da seção do trocador.
Os mesmos modos de transferência de calor observados no sistema mecânico ocorrem no
sistema brasado, onde o líquido troca calor por convecção com a parede do tubo que, por sua
vez, transfere calor por condução do tubo para a aleta e esta, finalmente, troca calor por
Figura 3.6
O que faz com que esta tecnologia
existente entre tubo e aleta, no contato mecânico mostrado. No caso da tecnologia mecânica,
em muitos pontos não ocorre contato entre as partes metálicas e em outros o contato é muito
pequeno. Este tipo de problema não ocorre na tecnologia brasada, onde é possível obter um
contato maior e mais homogêneo entre o tubo e a aleta, como mostrado na Figura 3
Figura
Figura 3.6 – Esquema das trocas térmicas no radiador brasado
O que faz com que esta tecnologia seja mais eficiente que a mecânica é o contato
existente entre tubo e aleta, no contato mecânico mostrado. No caso da tecnologia mecânica,
em muitos pontos não ocorre contato entre as partes metálicas e em outros o contato é muito
oblema não ocorre na tecnologia brasada, onde é possível obter um
contato maior e mais homogêneo entre o tubo e a aleta, como mostrado na Figura 3
3-7 - Contato entre tubo e aleta na tecnologia brasada.
29
Esquema das trocas térmicas no radiador brasado.
seja mais eficiente que a mecânica é o contato
existente entre tubo e aleta, no contato mecânico mostrado. No caso da tecnologia mecânica,
em muitos pontos não ocorre contato entre as partes metálicas e em outros o contato é muito
oblema não ocorre na tecnologia brasada, onde é possível obter um
contato maior e mais homogêneo entre o tubo e a aleta, como mostrado na Figura 3-7.
Contato entre tubo e aleta na tecnologia brasada.
Na Figura 3-8 é possível observar na comparação do contato entre tubo e aleta das duas
tecnologias. Apesar de existir uma área de contato, praticamente com a mesma dimensão
entre os dois radiadores, pode
mecânico existe um pequeno espaço, o que diminui a área de troca térmica por condução.
Figura 3-8 - A: contato tubo aleta radiadortubo e a aleta; B: contato tubo
Diante desse fato, é possível entender porque a transmissão de calor na tecnologia
brasada é mais eficiente que a correspondente na mecânica. Porém a tecnologia mecânica
permite grande flexibilidade na adequação do componente p
eficiência. O simples fato da inserção de um turbulador, na tubulação do radiador permite que
o componente atinja resultados de eficiência mais satisfatórios para a aplicação.
possível observar na comparação do contato entre tubo e aleta das duas
tecnologias. Apesar de existir uma área de contato, praticamente com a mesma dimensão
entre os dois radiadores, pode-se observar que o contato brasado é mais homogêneo, e o
ste um pequeno espaço, o que diminui a área de troca térmica por condução.
A: contato tubo aleta radiador mecânico – é possível visualizar um espaço entre o B: contato tubo aleta radiador brasado - o contato entre as partes é perfeita.
Diante desse fato, é possível entender porque a transmissão de calor na tecnologia
brasada é mais eficiente que a correspondente na mecânica. Porém a tecnologia mecânica
permite grande flexibilidade na adequação do componente para se atingir níveis maiores de
eficiência. O simples fato da inserção de um turbulador, na tubulação do radiador permite que
o componente atinja resultados de eficiência mais satisfatórios para a aplicação.
30
possível observar na comparação do contato entre tubo e aleta das duas
tecnologias. Apesar de existir uma área de contato, praticamente com a mesma dimensão
se observar que o contato brasado é mais homogêneo, e o
ste um pequeno espaço, o que diminui a área de troca térmica por condução.
é possível visualizar um espaço entre o entre as partes é perfeita.
Diante desse fato, é possível entender porque a transmissão de calor na tecnologia
brasada é mais eficiente que a correspondente na mecânica. Porém a tecnologia mecânica
ara se atingir níveis maiores de
eficiência. O simples fato da inserção de um turbulador, na tubulação do radiador permite que
o componente atinja resultados de eficiência mais satisfatórios para a aplicação.
31
4 CAPÍTULO
A SUBSTITUIÇÃO DO RADIADOR BRASADO PELO MECÂNICO
A decisão de se substituir a tecnologia de um radiador brasado por uma de radiador
mecânico, na caixa de ar é baseada em estudos detalhados do componente. Tão importante
quanto o estudo da eficiência térmica das diferentes tecnologias, como será visto neste
capítulo, os testes de durabilidade devem ser realizados e aprovados conforme norma interna
da empresa VALEO, (NORMA PDT NVF 10 001, revisão C de 04/09/2002). Esta norma
interna específica também os testes que devem ser realizados.
Cabe ao engenheiro de projeto determinar quais ensaios serão necessários para a
validação do componente. Este capítulo será dividido em duas partes; na primeira serão
apresentados os ensaios mecânicos e na segunda parte os ensaios térmicos.
A fim de melhorar a compreensão dos ensaios, serão abordados, primeiramente, os
ensaios mecânicos e posteriormente, os ensaios térmicos. Na prática são realizados na
seqüência inversa a aqui apresentada, pois é necessário primeiramente obter uma boa
eficiência térmica para posteriormente ser avaliado o componente mecanicamente.
4.1 Testes Mecânicos
Testes de durabilidade mecânica conforme NORMAL INTERNA PDT NVF 10 001
revisão C de 04/09/2002.
4.1.1 Pressão Ciclada
O Objetivo deste teste é simular a pressão que é exercida sobre o componente durante a
circulação do líquido em seu interior. Para a realização deste ensaio é necessário que o
radiador seja primariamente submetido a um teste de estanqueidade.
32
4.1.1.1 Ensaio de estanqueidade
• Equipamento apresentado na Figura 4-1, tanque de estanqueidade MURI;
Figura 4-1 – Tanque de estanqueidade.
Para a realização deste ensaio são necessários os seguintes preparativos:
• As amostras devem estar montadas na mesma posição de instalação no veículo
(horizontal);
• Com um dos bocais do radiador vedado, submetê-lo a pressão de 3,5 bar, com ar
comprimido, sob água, durante 3 minutos;
• A realização do ensaio é a temperatura ambiente;
• Como critério de aprovação não poderá ocorrer vazamento visível (bolhas) sob água.
4.1.1.2 Ensaio de ciclo de pressão
• Número de amostras: Duas amostras mecânicas e duas amostras brasadas;
• Equipamento de teste: máquina de pressão ciclada;
• Fluído de teste: 100% etileno glicol;
• Pressão do teste: Pmin = 0,2 ± 0,1 bar; Pmax = 2,5 ± 0,1 bar;
• Temperatura do fluido: 130 ± 3 ºC;
• Quantidade de ciclos: 1.000.000 ciclos;
• Freqüência de teste: 36 ± 01 com (ciclos por minuto);
• Curva definida por norma: Figura 4-2.
• Critério de aprovação: após a conclusão dos ciclos as amostras dever
e aprovadas novamente no ensaio de estanqueidade, conforme condições já descritas
no pré-teste.
• Resultados: todas as amostras excederam 1.000.000 de ciclos e submetidas ao ensaio
de estanqueidade não apresentaram vazamento durante o test
Após a realização do ensaio de estanqueidade as amostras retornaram para o teste de
pressão ciclada para realizar o monitoramento do máximo de ciclo que cada tecnologia
suportaria, os dois tipos de radiadores falharam na junção do tubo com o coletor
limite mínimo estipulado pela norma e
quantidade de ciclos alcançada por ambos foram:
• Radiador brasado: 1.203.137 CICLOS
• Radiador mecânico: 1.050.566 CICLOS
4.1.2 Choque térmico
O objetivo deste ensaio é avaliar a resistência do radiador sob ciclos de choque térmico
pela circulação de fluido. No caso específico deste ensaio, este foi realizado pelo laboratório
de teste prestador de serviço chamado SERCOVAN com sede na França
A empresa realizou somente os ensaios de estanqueidade pré e pós
Para a realização deste ensaio é necessário que o radiador seja primariamente submet
teste de estanqueidade conforme item 4.1.1.1.
Figura 4-2 – Gráfico de pressão por tempo.
Critério de aprovação: após a conclusão dos ciclos as amostras dever
e aprovadas novamente no ensaio de estanqueidade, conforme condições já descritas
todas as amostras excederam 1.000.000 de ciclos e submetidas ao ensaio
de estanqueidade não apresentaram vazamento durante o teste.
Após a realização do ensaio de estanqueidade as amostras retornaram para o teste de
pressão ciclada para realizar o monitoramento do máximo de ciclo que cada tecnologia
suportaria, os dois tipos de radiadores falharam na junção do tubo com o coletor
mínimo estipulado pela norma e, portanto, ambos foram satisfatoriamente aprovados. A
quantidade de ciclos alcançada por ambos foram:
Radiador brasado: 1.203.137 CICLOS
Radiador mecânico: 1.050.566 CICLOS
Choque térmico
saio é avaliar a resistência do radiador sob ciclos de choque térmico
pela circulação de fluido. No caso específico deste ensaio, este foi realizado pelo laboratório
de teste prestador de serviço chamado SERCOVAN com sede na França
mpresa realizou somente os ensaios de estanqueidade pré e pós- teste.
Para a realização deste ensaio é necessário que o radiador seja primariamente submet
teste de estanqueidade conforme item 4.1.1.1.
33
Critério de aprovação: após a conclusão dos ciclos as amostras deverão ser submetidas
e aprovadas novamente no ensaio de estanqueidade, conforme condições já descritas
todas as amostras excederam 1.000.000 de ciclos e submetidas ao ensaio
Após a realização do ensaio de estanqueidade as amostras retornaram para o teste de
pressão ciclada para realizar o monitoramento do máximo de ciclo que cada tecnologia
suportaria, os dois tipos de radiadores falharam na junção do tubo com o coletor além do
, portanto, ambos foram satisfatoriamente aprovados. A
saio é avaliar a resistência do radiador sob ciclos de choque térmico
pela circulação de fluido. No caso específico deste ensaio, este foi realizado pelo laboratório
de teste prestador de serviço chamado SERCOVAN com sede na França na cidade de Cestas.
teste.
Para a realização deste ensaio é necessário que o radiador seja primariamente submetido a um
34
4.1.2.1 Ensaio de choque térmico
• Número de amostras: uma amostra mecânica e uma amostra brasada;
• Equipamento de teste: caixa de proteção; sensor de pressão BOURDON 0 – 10 bar;
termopares tipo T; medidor de vazão DANFOSS 0 – 10000 l/h;
• Fluído de teste: 100% mono etileno glicol (tanque frio 50% - tanque quente 50%);
• Pressão do teste: 1 ± 0.5 bar;
• Temperatura do fluido: tanque frio T1 = -40 ºC; tanque quente T2 = + 120 ºC
• Quantidade de ciclos: 250 ciclos;
• Curva do ensaio: Na Figura 4-3 apresenta os resultados do ensaio de choque térmico
para: (a) ciclo brasado e (b) ciclo mecânico. As amostras foram submetidas
primeiramente a um ciclo quente (+120 ºC) e completando a seqüência de ensaio ao
ciclo frio (-40 ºC) com um pico máximo de pressão de 1,1 bar.
Figura 4-3 – (a) Ciclo brasado:ensaio.
Figura 4-3 – (b) Ciclo mecânico: gráfico do ciclo térmico gerado pela câmara de teste durante o ensaio.
• Critério de aprovação: as amostras deverão ser submetidas e aprovadas
ensaio de estanqueidade, conforme condições já descritas no pré
• Resultados: todas as amostras atingiram 250 ciclos conforme curva do ensaio Figura
4-3 e submetidas ao ensaio de estanqueidade não apresentaram vazamento durante o
teste de estanqueidade
(a) Ciclo brasado: gráfico do ciclo térmico gerado pela câmara de teste durante o
(b) Ciclo mecânico: gráfico do ciclo térmico gerado pela câmara de teste durante o
Critério de aprovação: as amostras deverão ser submetidas e aprovadas
ensaio de estanqueidade, conforme condições já descritas no pré-
todas as amostras atingiram 250 ciclos conforme curva do ensaio Figura
3 e submetidas ao ensaio de estanqueidade não apresentaram vazamento durante o
estanqueidade conforme item 4.1.1.1.
35
gráfico do ciclo térmico gerado pela câmara de teste durante o
(b) Ciclo mecânico: gráfico do ciclo térmico gerado pela câmara de teste durante o
Critério de aprovação: as amostras deverão ser submetidas e aprovadas novamente ao
-teste;
todas as amostras atingiram 250 ciclos conforme curva do ensaio Figura
3 e submetidas ao ensaio de estanqueidade não apresentaram vazamento durante o
36
4.1.3 Estouro
O Objetivo deste teste é simular e monitorar a máxima pressão que o componente pode
suportar antes do rompimento mecânico.
Para a realização deste ensaio é necessário que o trocador seja primariamente
submetido a um teste de estanqueidade
4.1.3.1 Ensaio de estouro
• Número de amostras: duas amostras mecânicas e duas amostras brasadas;
• Equipamento de teste: Tanque de estanqueidade MURI;
• Fluído de teste: ar;
• Temperatura do fluido: 23 ± 5 ºC;
• Pressão de resistência: sem ocorrer estouro: incrementar pressão a taxa de 5 bar/
minuto até 8 bar, permanecer durante 1 minuto, continuar o ensaio até a máxima
pressão;
• Curva definida por norma: Figura 4-4;
Figura 4-4- Curva de estabilização.
• Critério de aprovação: Não poderá ocorrer vazamento de água com pressão inferior a 8
bar;
37
• Resultados: todas as amostras suportaram a pressão de 8 bar por 1 minuto de teste. O
radiador brasado suportou uma pressão 50% maior que o mecânico. Ambos radiadores
falharam na junção do tubo com o coletor.
4.1.4 Corrosão
Este ensaio tem como objetivo avaliar a resistência do material em um ambiente salino.
Para a realização deste ensaio é necessário que o radiador seja primariamente submetido a
um teste de estanqueidade conforme item 4.1.1.1.
4.1.4.1 Ensaio de corrosão
• Número de amostras: uma amostra mecânica e uma amostra brasada;
• Equipamento de teste: Câmara EQUILAM 1000L;
• Solução de teste: Concentração da solução 5 ± 1 % NaCl; pH da solução 6,5 – 7,2;
• Temperatura da câmara: 35 + 1,1 ºC; 35 – 1,7 ºC;
• Temperatura do saturador: 48 – 49 ºC;
• Duração do ensaio: 96 horas;
• Critério de aprovação: as amostras não poderão apresentar corrosão vermelha e
deverão ser submetidas e aprovadas novamente ao ensaio de estanqueidade, conforme
condições já descritas no pré-teste;
• Resultados: as amostras foram submetidas ao ensaio de estanqueidade e não
apresentaram vazamentos. Oxidação leve em todos os componentes, ausência de
oxidação vermelha em coletores, aletas e tubos.
A partir dos resultados dos ensaios, foi possível comprovar que apesar das duas
tecnologias apresentarem falhas num mesmo ponto comum, como descrito nos itens 4.1.1.2 e
4.1.3.2, ou seja, na região do tubo com o coletor, o radiador brasado obteve um desempenho
nos testes de durabilidade superior ao radiador mecânico. Isso acontece porque na tecnologia
mecânica a união do tubo com o coletor é devido apenas à expansão da extremidade do tubo,
e interferência do tubo com a junta de borracha, conforme apresentado no item 2.1.1.4. Já na
tecnologia brasada esta união é realizada pelo processo de brasagem de todo o conjunto
colméia mais coletor, como apresentado no item 2.2.1.2
robusta o suficiente para suportar pressões maiores que a tecnologia mecânica.
4.2 Eficiência T érmica
A principal função do teste é a quantificação da troca térmica gerada pelo radiador de
aquecimento. Esse ensaio é realizado no banco aerotérmico, onde é possível o controle da
umidade, temperatura e pressão do ar, vazão e temperatura do líquido, et
do ensaio posiciona-se o componente na janela de teste, perpendicular ao fluxo de ar,
direciona-se então o ar somente na colméia do componente, os termopares serão posicionados
para o monitoramento da temperatura, de acordo com a Figur
é possível mensurar a potência dissipada pelo radiador.
Figura 4-
4.2.1 Eficiência calorífica
Este ensaio é realizado de acordo com a
revisão C de 04/09/2002, e MODO OPERATÓRIO DO BANCO TÉRMICO
24/09/2007. Detalhes do teste não foram autorizados pelo departamento de engenharia da
empresa VALEO por se tratar de segredo industrial.
mo apresentado no item 2.2.1.2 e, portanto, a tecnologia brasada é
robusta o suficiente para suportar pressões maiores que a tecnologia mecânica.
érmica
A principal função do teste é a quantificação da troca térmica gerada pelo radiador de
aquecimento. Esse ensaio é realizado no banco aerotérmico, onde é possível o controle da
umidade, temperatura e pressão do ar, vazão e temperatura do líquido, et
se o componente na janela de teste, perpendicular ao fluxo de ar,
se então o ar somente na colméia do componente, os termopares serão posicionados
para o monitoramento da temperatura, de acordo com a Figura 4-5. Assim, conhecendo o
é possível mensurar a potência dissipada pelo radiador.
-5 - Posicionamento do radiador no banco aerotérmico
Eficiência calorífica
do de acordo com a NORMAL INTERNA
, e MODO OPERATÓRIO DO BANCO TÉRMICO
Detalhes do teste não foram autorizados pelo departamento de engenharia da
empresa VALEO por se tratar de segredo industrial.
38
portanto, a tecnologia brasada é
robusta o suficiente para suportar pressões maiores que a tecnologia mecânica.
A principal função do teste é a quantificação da troca térmica gerada pelo radiador de
aquecimento. Esse ensaio é realizado no banco aerotérmico, onde é possível o controle da
umidade, temperatura e pressão do ar, vazão e temperatura do líquido, etc. Para a realização
se o componente na janela de teste, perpendicular ao fluxo de ar,
se então o ar somente na colméia do componente, os termopares serão posicionados
5. Assim, conhecendo o ∆T
no banco aerotérmico.
NORMAL INTERNA, PDT NVF 10 001,
, e MODO OPERATÓRIO DO BANCO TÉRMICO, IT-EXP-001 de
Detalhes do teste não foram autorizados pelo departamento de engenharia da
39
• Número de amostras: uma mecânica e uma brasada;
• Equipamento de teste: Banco Aerotérmico ATB2; Termopares tipo K;
• Fluído de teste: 100% água;
• Temperatura do fluido: entrada do ar 25 ºC; entrada do líquido 85 ºC;
• Vazão do ar: 360 Kg/h;
• Vazão do líquido: 600 l/h;
• Critério de aprovação: não há critério de aprovação específico, cada projeto possui um
objetivo de eficiência relacionada à temperatura de saída do ar na colméia, de acordo
com especificação do cliente a que se destina. No caso do estudo o objetivo foi
aproximar, ao máximo o valor de 74,2 ºC, determinado por meio de ensaios no
radiador brasado.
• Resultados: a potência do radiador é calculada conforme NORMA PDT NVF 10 001,
revisão C de 04/09/2002.
Todos os dados que compõe a tabela foram coletados automaticamente pelo banco
aerotérmico, conforme Tabela 4-1.
Tabela 4-1 – Valores obtidos nos ensaios de desempenho.
ENSAIO RADIADOR BRASADO TEMPERATURA DO AR NA SAÍDA DA COLMÉIA 74,2º - ATUAL Qar Qar Var Dpar Dp 20 Qliq Dpliq Tar Tliq Dtliq Pot T ar out
(m³/h) (Kg/h) (m/s) (daPa) (daPa) (l/h) (daPa) (°C) (°C) (°C) (KW) °C 304,6 360,8 3,1 20,6 18,4 595,7 378,2 27,6 85,6 7,9 5,9 74,2
ENSAIO RADIADOR MECÂNICO (8 Tubos c/ Turbulador ) TEMPERATURA DO AR SAÍDA DA COLMÉIA 70,9º - PROPOSTA 1
Qar Qar Var Dpar Dp 20 Qliq Dpliq Tar Tliq Dtliq Pot T ar out (m³/h) (Kg/h) (m/s) (daPa) (daPa) (l/h) (daPa) (°C) (°C) (°C) (KW) °C
303,1 359,0 3,3 20,7 18,9 601,3 572,4 26,3 86,8 6,4 4,6 70,9 Diferença do atual -21,9% -4,4%
ENSAIO RADIADOR MECÂNICO (9Tubos c/ Turbulador ) TEMPERATURA DO AR NA SAÍDA DA COLMÉIA 70º - PROPOSTA 2
Qar Qar Var Dpar Dp 20 Qliq Dpliq Tar Tliq Dtliq Pot T ar out (m³/h) (Kg/h) (m/s) (daPa) (daPa) (l/h) (daPa) (°C) (°C) (°C) (KW) °C
303,6 359,7 3,0 17,5 16,0 598,3 550,2 27,4 84,3 6,2 4,8 70,0 Diferença do atual -19,3% -5,7%
40
Pode-se observar na Tabela 4-1 que os valores obtidos no ensaio de eficiência ou eficácia
térmica do radiador brasado, alcançaram os 74,2°C de temperatura do ar na saída da colméia
do radiador a uma potência de 5,9KW.
• Proposta 1: radiador mecânico com 8 tubos e com turbulador; atingiu 70,9°C de
temperatura do ar na saída da colméia, ou seja, 4,4% inferior ao brasado com uma
potência de 4,6 KW, 21,9% inferior ao radiador atual;
• Proposta 2: radiador mecânico com 9 tubos e com turbulador; atingiu 70,0°C de
temperatura do ar na saída da colméia, ou seja, 5,7% inferior ao brasado com uma
potência de 4,8 KW, 19,3% inferior ao atual;
Apesar da proximidade nos valores encontrados entre a proposta 1 (radiador com 8 tubos)
e a proposta 2 (radiador com 9 tubos), torna-se mais viável ao projeto, a utilização do radiador
com 9 tubos, que obteve valores de performance próximos ao radiador com 8 tubos. Outro
fator importante na decisão é o fato do radiador com 8 tubos não estar em produção, sendo,
portanto, necessário o desenvolvimento de toda uma linha de radiador mecânico para a
fabricação deste componente.
Já o radiador com 9 tubos encontra-se em produção, porém atualmente não utiliza
turbuladores em sua linha, então será necessário a introdução de mais uma operação no
processo de fabricação do radiador.
5 CAPÍTULO
ANÁLISE TÉCNICA E FI
5.1 Modificações e custos
5.1.1 Modificações
Depois de todos os testes
modificações necessárias para a adaptação do radiador na caixa de ar.
A Figura 5-1 mostra a região onde o radiador é montado na caixa de ar. Esta região
deverá ser adaptada para receber o radiador mec
Figura 5
ANÁLISE TÉCNICA E FI NANCEIRA
Modificações e custos
Depois de todos os testes realizados e aprovados conforme normas são definidas as
modificações necessárias para a adaptação do radiador na caixa de ar.
1 mostra a região onde o radiador é montado na caixa de ar. Esta região
deverá ser adaptada para receber o radiador mecânico.
Figura 5-1 – Detalhe do radiador dentro da caixa de ar.
41
realizados e aprovados conforme normas são definidas as
1 mostra a região onde o radiador é montado na caixa de ar. Esta região
Detalhe do radiador dentro da caixa de ar.
42
(a) (b)
Figura 5-2 – Radiador brasado (a) e radiador mecânico (b).
De acordo com o dimensional da Tabela 5-1:
Tabela 5-1 – Dimensões funcionais do radiador.
O radiador brasado possui dimensões funcionais maiores no comprimento e na largura e
menores na espessura da colméia. Com base nestes dados, a modificação será realizada da
seguinte forma:
• Nervuras serão criadas na região inferior da caixa de ar a fim de reduzir o
espaço entre o radiador e a caixa de ar;
• Nervuras serão criadas na lateral da caixa para reduzir o espaço entre a lateral
da caixa e o radiador;
• O espaço de encaixe será expandido para compensar o aumento na espessura
do componente;
• Um perfil será criado na região superior para a correta fixação do componente
dentro da caixa de ar
Figura 5-2 - (a) RADIADOR BRASADO
Dimensão da colméia do radiador 168.7 mm 166.7 mm 37 mm
Área funcional da superfície: 2.8 dm²
Figura 5-2 - (b) RADIADOR MECÂNICO Dimensão da colméia do radiador 157 mm 161 mm 42 mm
Área funcional da superfície: 2,5 dm²
Figura 5
Tais adaptações são extremamente necessárias para um perfeito encaixe do radiador, pois,
além de permitirem a montagem do componente, evitam que pequenos espaços, providos
pelas diferenças dimensionais, entre a caixa e o radiador, possa
quando a caixa estiver operando no regime completamente frio (ar condicionado na posição
ligado).
5.1.2 Investimentos
Na Tabela 5-2, encontram
realização da substituição do
parte de engenharia e a modificação do ferramental necessário ao processo de fabricação.
Tabela 5-2 – Valores para a implantação da modificação
Protótipo em SLSHoras de engenhariaTeste de validação em bancada
Molde
TOTAL
Figura 5-3 – Região superior e inferior do molde.
Tais adaptações são extremamente necessárias para um perfeito encaixe do radiador, pois,
além de permitirem a montagem do componente, evitam que pequenos espaços, providos
pelas diferenças dimensionais, entre a caixa e o radiador, possam causar fuga de ar quente
quando a caixa estiver operando no regime completamente frio (ar condicionado na posição
Investimentos
2, encontram-se os valores dos custos e investimentos necessários para a
realização da substituição do radiador brasado pelo mecânico. Nestes custos, estão inclusos a
parte de engenharia e a modificação do ferramental necessário ao processo de fabricação.
Valores para a implantação da modificação.
R&D Protótipo em SLS
R$ 140.000,00 de engenharia Teste de validação em bancada
INVESTIMENTOS
R$ 250.000,00
R$ 390.000,00
43
Tais adaptações são extremamente necessárias para um perfeito encaixe do radiador, pois,
além de permitirem a montagem do componente, evitam que pequenos espaços, providos
m causar fuga de ar quente
quando a caixa estiver operando no regime completamente frio (ar condicionado na posição
se os valores dos custos e investimentos necessários para a
radiador brasado pelo mecânico. Nestes custos, estão inclusos a
parte de engenharia e a modificação do ferramental necessário ao processo de fabricação.
R$ 390.000,00
44
5.1.3 Retornos estimados
As estimativas de retornos financeiros encontram-se na Tabela 5-3, onde estes valores
baseiam-se num volume de produção anual equivalente a 50.000 carros por ano.
Tabela 5-3 – Estimativa de retorno financeiro.
Volume atual do projeto 50.000/ ano Redução no custo por unidade -R$ 9,50 Redução por ano -R$ 475.000,00 Pay back 9 meses Expectativa de aumento até dezembro de 2009 + 70.000/ano
45
6 CONCLUSÃO
Pela alteração da tecnologia de radiador brasado pela tecnologia de radiador mecânico,
são possíveis de serem obtidos os seguintes benefícios:
• Processo de produção mais simples e rápido e eficiente;
• Baixo custo de produção;
• Redução nos impactos ambientais;
• A eficiência térmica, em alguns casos, é muito próxima àquela da tecnologia
brasada;
• A durabilidade do componente encontra-se dentro das especificações
estabelecidas nas normas industriais da VALEO (nome da empresa completo);
• Haverá uma redução significativa no custo do produto final;
As principais limitações da tecnologia mecânica em relação à brasada, podem ser citadas
como sendo:
• Queda brusca na eficiência térmica do radiador caso não haja um controle
robusto no processo de fabricação do feixe devido à instabilidade natural do
processo de fabricação;
• Necessidade de grandes modificações no componente para se obter elevadas
eficiências térmicas;
• O processo de fabricação não permite a completa automação das operações de
fabricação;
• Existe uma perda considerável de material durante a estampagem;
• A resistência mecânica do componente é consideravelmente inferior ao radiador
brasado.
A substituição da tecnologia brasada pela mecânica está baseada em diversas situações do
projeto, algumas das quais para se atingir um desempenho menor, caso ocorra um super
dimensionamento do componente, ou em outras, como apresentado neste projeto, na redução
46
dos custos do componente final com pequena perda de eficiência térmica e resistência
mecânica.
Desta forma, com a substituição proposta, pode-se atingir níveis de desempenho térmico
próximos ao radiador de tecnologia brasada, o que fará com a eficácia do componente final
tenha uma redução aproximada de 4 °C no produto final. Todavia, haverá concomitantemente
uma redução nos custos na ordem de R$ 475.000,00/ ano, conforme apresentado na Tabela 5-
3. Conseqüentemente, baseando-se nos dados técnicos e financeiros apresentados neste
trabalho, conclui-se que a substituição da tecnologia brasada pela mecânica na fabricação dos
radiadores de caixa de ar condicionado veicular, vulgo HEATERS, se torna viável tanto do
ponto de vista da competitividade mercantil quanto sob a ótica ambiental de produção mais
limpa.
47
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ÖZIŞIK, M. NECATI.; Transferência de Calor: Um texto Básico, Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan S. A, 1990.
[2] KREITH, FRANK.; Princípios da Transmissão de Calor, 3. ed. São Paulo: EDGAR
BLÜCHER LTDA, 1969.
[3] INCROPERA, FRANK P.; DEWITT, DAVID.; Fundamentos de Transferência de
Calor e Massa, 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1998.
[4] GORDON VAN WYLEN.; Fundamentos da Termodinâmica Clássica – Tradução da
4ª Edição. 4. ed. São Paulo: EDGAR BLÜCHER LTDA, 2003
[5] KAYS, W. M.; LONDON, A.L.; Compact Heat Exchangers, 3. ed.: McGRAW-HILL,
1984.
[6] VERSTEEG, H.; MALALASEKERA, W.; An introduction to computational fluid
dynamics: The finite volume method. Ed: Longman Scientific & Techinical, 1995.
[7] MIDDLEMAN, STANLEY.; An introduction to mass and heat transfer: principles of
analysis and design. New York: John Wiley, 1998.
[8] MORAN, M..; SHAPIRO, H.; Princípios de Termodinâmica para Engenharia. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
[9] LAMARTINE, BEZERRA DA CUNHA.; Conformação plástica dos metais:
introdução e trefilação: notas de aula. Itatiba: Universidade São Francisco, 1992.
Apostila.
[10] VALEO SISTEMAS AUTOMOTIVOS.; Norma interna, PDT NVF 10 001, revisão C,
2002.
48
[11] VALEO SISTEMAS AUTOMOTIVOS.; Norma Interna, PDT KHD, revisão A, 2000.
[12] VALEO SISTEMAS AUTOMOTIVOS.; Modo Operatório do Banco Térmico, IT-EXP-
001, 2007.
[13] A Discovery Company. How Car Cooling Systems Work. Disponível em:
http://auto.howstuffworks.com/cooling-system.htm. Recuperado em 05/11/2008.