curso completo de direito agrário - 8ª ed. 2014€¦ · 12/2/2013 · ... 3344-2920 / 3344-2951...

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  • RuaHenriqueSchaumann,270,CerqueiraCsarSoPauloSPCEP05413-909PABX:(11)36133000SACJUR:08000557688de2a6,das8:30s19:30

    E-mail:[email protected]:www.editorasaraiva.com.br/direito

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    AMAZONAS/RONDNIA/RORAIMA/ACRE

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    SOPAULO

    Av.Antrtica,92BarraFundaFone:PABX(11)3616-3666SoPaulo

  • ISBN978-85-02-21836-9

    Opitz,SilviaC.B.Cursocompletodedireitoagrrio/SilviaC.B.Opitz,OswaldoOpitz.8.ed.rev.eatual.SoPaulo:

    Saraiva,2014.Bibliografia.

    1.Direitoagrrio2.Direitoagrrio-Brasil3.Direitoagrrio-Jurisprudncia-BrasilI.Opitz,Oswaldo.II.Ttulo.

    CDU-347.243(81)

    ndicesparacatlogosistemtico:

    1.Brasil:Direitoagrrio347.243(81)

    DiretoreditorialLuizRobertoCuriaGerenteeditorialThasdeCamargoRodriguesAssistenteeditorialSarahRaquelSilvaSantosProdutoraeditorialClarissaBoraschiMaria

    ProdutormultimdiaWilliamPaivaPreparaodeoriginaisAnaCristinaGarciaeMariaIzabelBarreirosBitencourtBressan

    ArteediagramaoJessicaSiqueiraRevisodeprovasAnaBeatrizFragaMoreira

    ServioseditoriaisCamilaArtioliLoureiro,MarliaCordeiroeSuraneVellenichCapaInterface/SergioLiuzzieGustavoLiuzziProduoeletrnicaKnow-howEditorial

    Datadefechamentodaedio:2-12-2013

    Dvidas?

    Acessewww.editorasaraiva.com.br/direito

    Nenhumapartedestapublicaopoderser reproduzidaporqualquermeioouformasem a prvia autorizao da Editora Saraiva. A violao dos direitos autorais crimeestabelecidonaLein.9.610/98epunidopeloartigo184doCdigoPenal.

    http://www.editorasaraiva.com.br/direito
  • OsAutoresOSWALDOOPITZnasceunacidadedeSantaMaria,RioGrandedoSul,em20demarode1914,

    ondecursouosestudosdeprimeiroesegundograus.Mais tarde veio para Porto Alegre, onde prestou concurso pblico para os Correios e Telgrafos,

    lograndooprimeirolugar.AlitrabalhouparacustearseusestudosdeDireito,graduando-seemCinciasJurdicaseSociaispelaFaculdadedeDireitodaUniversidadedoRioGrandedoSulem1939.PrestouconcursoparaJuizSubstituto,sendonomeadoem12dejulhode1946,eempossadoem12de

    agostodessemesmoano.ServiunascomarcasdePassoFundo,Pelotas,SoLeopoldoe,finalmente,foipromovidoparaaquarta

    entrncia,PortoAlegre,em22dejunhode1957.Em18dejulhode1960,assumiuajurisdiodaVaradeAcidentesdoTrabalho,ondepermaneceupor

    quaseseteanos,idealizandooServioMdicoJudicirio,eondepreparouaobraEstatizaodosegurodeacidentedotrabalho,emtrsvolumes.Em19dejaneirode1967foinomeadosubstitutodedesembargador,juntoCmaraCriminalEspecial

    doTribunaldeJustiadoEstadodoRioGrandedoSul.Em14demarode1968foipromovidoadesembargador,aposentando-se,apedido,em22deabrilde

    1969.Faleceuem13dedezembrode1982,comsessentaeoitoanos,emPortoAlegre.Deixouvivaedoisfilhos:JosAlbertoBarbosaOpitz,cirurgiodentistaeprofessordeanatomiada

    UFRGS(falecido)eSilviaBarbosaOpitz,ProcuradoradoEstadodoRioGrandedoSul(aposentada)eadvogada.SILVIACARLINDABARBOSAOPITZ,filhadeOswaldoOpitzeCarlindaBarbosaOpitz,nasceu

    emSantongelo,RS,em2dejunhode1945.Bacharelou-seemCinciasJurdicaseSociaispelaFaculdadedeDireitodaUniversidadeFederaldo

    RioGrandedoSul,noanode1968.PrestouconcursoparaaProcuradoria-GeraldoEstadoem1976,exercendoocargodeprocuradoradoEstadoatsuaaposentadoria,emmaiode1996.AtualmenteadvogadaemPortoAlegre.

  • RelaodeObrasAcidentesdotrabalhoedoenasprofissionais.1.ed.,1977;2.ed.,1984;3.ed.,1988.*Alienaofiduciriaemgarantia.1978.*ComentriosNovaLeidoInquilinato.1963.ComentriossNovasLeisdoInquilinato.1.ed.,1970;2.ed.,1970;3.ed.,1971;4.ed.,1974.*ContratosagrriosnoEstatutodaTerra.1.ed.,1969;2.ed.,1971;3.ed.,1974.*Contratosdedireitoagrrio.1.ed.,1977;2.ed.,2000.*Direitoagrriobrasileiro.1980.Direitodaeconomiaagrria.1971.*DiretrizesdaLeidoInquilinato.1965.Estatizaodosegurodeacidentedetrabalho:aplicaodaLein.5.136.1968.3v.Integraosocial(PIS).1971.Locaopredialurbana.1.ed.,1979;2.ed.,1981.*Moradalocaopredial.1963.Moranonegciojurdico.1.ed.,1966;2.ed.,1984.*Novosaspectosdoarrendamentoeparceriasrurais.1966.Novosrumosdalocaopredial.1.ed.,1966;2.ed.,1967.Princpiosdedireitoagrrio.1970.*Problemasdelocaocomercialeindustrial.1.ed.,1963;2.ed.,1964;3.ed.(LeideLuvas),1966;4.ed.,1974.*Problemasdelocaopredial.1.ed.,1960;2.ed.,1962.Teoriaeprticadasobrigaes.1973.Tratadodedireitoagrrio.1983.*

  • *ObrasemparceriacomSilviaC.B.Opitz.

  • Ohomemenoaterradeveserabasedetodareformaagrria.RuyCirneLima

  • AbreviaturasAc. AcrdoAC ApelaoCvelAgI AgravodeInstrumentoAgP AgravodePetioAgRg AgravoRegimentalAI AtoInstitucionalAJ ArquivoJudicirioAp. ApelaoArq.For. ArquivoForenseCC CdigoCivilCCom CdigoComercialCF ConstituioFederalCPC CdigodeProcessoCivilCSN ConselhodeSeguranaNacionalCTN CdigoTributrioNacionalDJ DiriodaJustiaDJe DiriodaJustiaeletrnicoDJU DiriodaJustiadaUnioDOU DirioOficialdaUnioEC EmendaConstitucionalEI EmbargosInfringentesET EstatutodaTerraITR ImpostoTerritorialRuralITU ImpostoTerritorialUrbanoJTARS JulgadosdoTribunaldeAladadoRioGrandedoSul(extinto)Jur.Min. JurisprudnciaMineiraLICC LeideIntroduoaoCdigoCivilLINDB LeideIntroduosNormasdoDireitoBrasileiroMS MandadodeSeguranaRDCiv RevistadeDireitoCivilRE RecursoExtraordinrioREsp RecursoEspecialRev.Jur. RevistaJurdica

  • RF RevistaForenseRJRS RevistadeJurisprudnciadoRioGrandedoSulRJTJRS RevistadeJurisprudnciadoTribunaldeJustiadoRioGrandedoSulRSTJ RevistadoSuperiorTribunaldeJustiaRT RevistadosTribunaisRTJ RevistaTrimestraldeJurisprudnciaSTF SupremoTribunalFederalSTJ SuperiorTribunaldeJustiaT. TurmaTASP TribunaldeAladadeSoPaulo(extinto)TFR TribunalFederaldeRecursos(extinto)TJGB TribunaldeJustiadaGuanabara(extinto)TJMG TribunaldeJustiadeMinasGeraisTJPE TribunaldeJustiadePernambucoTJRJ TribunaldeJustiadoRiodeJaneiroTJRS TribunaldeJustiadoRioGrandedoSulTJSC TribunaldeJustiadeSantaCatarinaTJSP TribunaldeJustiadeSoPaulo

  • NDICE

    Abreviaturas

    Nota2edio

    Prefcio

    Introduoaodireitoagrrio

    Captulo1Posiododireitoagrrio

    Captulo2Fontesdodireitoagrrio

    1.Economiaagrcola.Suaorigem.Propriedadeconsorcial

    2.Art.1.255daLein.10.406,de2002(CC/02).Plantioemterrenoalheio.Efeitos.Direitoantigo

    3.Ocupaodeenxamesdeabelhas.CC/16,art.593;CC/02,art.1.263

    4.Caaepesca.Arts.594e599doCC/16.LegislaodeCaaePesca.Direitoromano

    5.Costumecomofontedodireitoagrrio.Art.1.215doCC/16.Arts.21,2,e44doRegulamenton.59.566,de14-11-1966

    6.Direitoromano.Direitodeestirpeedireitodecultura.Importncianodireitoagrrio

    7.Direitogrego.Suacontribuio.Arts.95,IV,e92,3e4,daLein.4.504/64.Jusprotimesis.Direitodepreferncia.Arts.505e504doCC/02

    8.Fonteslegaisdodireitoagrriobrasileiro.Enfiteuse.Arts.683,685,681e692doCC/16.CF/88

    9.Funosocialdapropriedade.Art.170,III,daCF.LeidasSesmarias.Art.2doET

    10.Art.17doET.Terrasdevolutasfederais.Art.11doET.Histriasdassesmarias.SuaaplicaonoBrasil

    11.TerrasdoBrasileaOrdemdeCristo.Terrenosmaninhos.OrdenaesManuelinas.CartaRgiade20-11-1530.Latifndios.Influnciafeudalnacolonizaobrasileira.Possecomomeiodeaquisio

  • 12.Lein.601,de1850.Art.11doET.Respeitoposse.Posselegtima.Art.3daLein.4.947.Possecomculturaefetiva.Art.25doDecreton.1.318,de30-1-1854

    13.TerrasdevolutasdosEstados-Membros

    14.Constituiode1891.Decreton.19.924,de27-4-1931.Decreto-lein.9.760,de5-9-1946,quesubstituioDecreton.19.924

    Captulo3Conceitododireitoagrrio

    1.Cinciassociais.Afinidadesentreelas.Relaododireitoagrriocomoutrascincias.Afinidadecomaeconomiarural

    2.Relaescomatcnicaagrria.Comapolticaagrria.Art.2,2,doET

    3.Afinidadecomodireitocivil.Suafonteprincipal.Art.92,9,doET

    4.Relaocomodireitocomercial.Art.1.364doCC/16.CCde2002

    5.Relaocomodireitoadministrativo

    6.Vinculaocomaeconomiaemgeral

    7.Contatocomodireitoprocessual.Art.107doETeart.275,II,b,doCPC

    8.Relaocomodireitopenal.Art.161doCP.Danoecrime

    9.Afinidadedodireitoagrriocomoutrosramosdodireito

    10.Definiodedireitoagrrio.Explicaodoconceito

    11.Art.1doET

    12.Resultadodasfontesedasafinidadesdodireitoagrrio

    13.Art.1,1,doET.Melhordistribuiodaterra

    Captulo4Prdiorstico

    1.Conceitodeprdiorstico.Divergnciadoutrinria

    2.Elementosdoimvelrural.Teoriasdalocalizaoedadestinao.Prdiorsticonodireitoromano

    3.Art.4doET.Lein.4.504.Conceitolegal.Fundus

    4.PrdioruralparaefeitosfiscaisantesdaLein.5.868/72.Arts.14e15doDecreto-lein.57:reainferioraumhectarenoimvelrural.Art.8daLein.5.868

    5.Art.22daLein.4.947/66.ExignciadoCertificadodeCadastro.Art.46doET

    6.Prdiodemoradiaedeexploraorural.Comoqualific-lo.Hortasegranjas.

  • Impostosdevidosnessescasos

    7.Art.4,I,doET.reacontnua:oqueseja.Sentidodapalavracontnuo

    8.Classificaodoimvelrural.Propriedadefamiliar.Oqueseja.Histriadapropriedadefamiliar.Direitoromano.Impenhorabilidadedapropriedadefamiliar.Bemdefamlia.Lein.3.200,de19-4-1941,art.19.Art.70doCC.Herctumepropriedadefamiliar.Indivisibilidadedapropriedadefamiliar.Direitogrego.Conjuntofamiliar.Sentidodaexpressonodireitoaliengena

    9.Exploraodiretaepessoal.Sentidodaexpresso.Ajudadeterceiros

    10.Agricultornoart.4,I,doET.Art.8,pargrafonico,doDecreton.59.566.CCitaliano,art.1.647.CCportugus,art.1.079.Art.4,II,doET.Absorodetodaforadetrabalho.Sentidodaexpresso

    11.Cultivadordiretonadoutrinaejurisprudnciaitaliana.Direitocomparado

    12.Minifndio.Histriadominifndio.Direitoromano.Direitoibrico.Art.4,IV,doET

    13.Latifndio.Origemdapalavra.Saltus.Legislaoromanasobreamatria.Legislaoportuguesaaotempodacolnia.AliodoProf.RuyCirneLimasobreassesmarias.Latifndioporextensoeporexplorao,noET

    14.Oquenolatifndio,conformeart.4,V,a,doET.CdigoFlorestal:Lein.12.651,de25-5-2012.Art.5doET.Art.50,1,doET

    15.AtividadesdeCaaePesca

    Captulo5Empresarural

    1.Famlia.Conceitonodireitoromano.SentidodapalavranoET

    2.Espciesdefamlia

    3.Famlianosentidoeconmico.Pequenaempresaagrrianaantiguidade

    4.Empresadotipofeudal.Grandescompanhiasmercantis.Mercantilismo

    5.Conceitodeempresaemgeral.Empresanosentidoeconmicoetcnico

    6.Oempresrio.Suafunonaempresacapitalista

    7.Propriedadedaempresa

    8.Aempresaagrria.DefinionoET.Art.4,VI,doET.Empreendimento.Contedodaatividadedaempresa.Empresaindividualecoletiva

    9.RegistrodaempresanoINCRA

  • 10.Naturezajurdicadaempresarural.CC/02,art.984.Art.2,1,daLein.6.404.Sociedadeannima.Suanaturezajurdica

    11.Classificaodoimvelruralcomoempresa

    12.CC/02,arts.981a1.038.Sociedadescivissobformacomercial.CC/02,art.983.Arts.1.045a1.051;1.039a1.044;e1.052a1.087doCC/02.Dissoluodassociedades.Arts.1.033e1.044doCC/02

    13.Empresaruralpblica.Art.10eseu1doET

    14.Art.3doET.Sociedadesabertas.Lein.6.404/76

    15.Art.3daLein.6.404.Designaodasociedadeannima

    16.Propriedadedaterraemcondomnio.Cooperativas.Suanaturezajurdica.CC/02,art.1.093

    17.Classificaodoimvelruralcomopropriedadefamiliar.Pequenaempresarural

    Captulo6Restriesaodireitodepropriedade

    1.Relaesdevizinhana.Servidesnodireitogregoeromano.Origemsagradadaservido

    2.Servidodeaquaeductus.Suahistria

    3.Restrioaodireitodepropriedade.Servides

    4.Decorrnciadanoodeservido.Art.1.378doCC/02.Oquecaracterizaaservido.Utilitas.Contiguidadedosprdios.Perpetuidadedaservido.Causaperptuadaservidonodireitoromano.Indivisibilidadedasservides.Art.1.386doCC/02

    5.Servidesprediaisrsticas.Espcies

    6.Servidodeprdiorsticoencravado.Servidodepassagem.Suaremoticidade.Art.1.285doCC/02.Oquesejaservidodepassagem.Indenizao.Leide9-7-1773.ServidodetrnsitonoCdigodeguas.Art.12doDecreton.24.643,de10-7-1934.Lein.1.507,de26-9-1867

    7.Servidodeaqueduto.Alvarde27-11-1804,11.Art.1.293doCC/02.Art.117doCdigodeguas.Art.130doCdigodeguas

    8.Servidoaolongodasviasfrreas.Art.163doDecreton.15.763,de7-9-1922

    9.Art.151doCdigodeguas

    10.Arts.43a46daLein.7.565,de19-12-1986(CdigoBrasileirodeAeronutica)

  • Captulo7Usucapioconstitucionalrural

    1.Usucapioconstitucionalouprolaboreeusucapioespecial.CF/88,art.191,eart.1daLein.6.969/81.Art.98doET.CC/02,art.1.239.Origem

    2.Quempodeusucapir.Direitoantigo.Leide1375.Art.5daLein.601,de1850.CF,art.191

    3.Possuircomosua.Sentidodaexpressonalei.Ocupaoeposse.Animusdomini.Doutrinabrasileira

    4.Posseporcincoanosininterruptos.Ininterrupto,oqueseja.Interrupodaprescrionousucapiorural.Art.1.244doCC/02.Art.202,I,doCC/02.Art.219,1,doCPC.Efeitosdainterrupo.Qualqueratoinequvoco.Escritoouoral

    5.Usucapio:incapazeseoutros.Prdiorstico.reade50hectares.reainferiorousuperior

    6.Produtividadedaterraemoradapermanente.Requisitosdousucapio.Tnicadesterequisito.Aspectoeconmicodaposse.Art.4,II,doET

    7.Aquisiodapropriedadepelapossecontnuadecincoanos,maiscultivoemoradia

    8.Justottuloeboa-f.Art.1.238doCC.Suaidentidadecomoart.191daCF/88eart.1.239doCC/02

    9.Aquisiodedomnio.Lein.6.969/81.Requerimentoaojuizparadeclararodomnio.Ttulodedomnioetranscrio

    10.Possejusta.Sentidodoart.1.239.Art.1.208doCC.Indagaosubjetivadopossuidor.Art.1.201doCC

    11.Cessodaposse.Impossibilidade.Sucessodaposse.Possibilidade

    12.Composseeusucapiorural

    13.Capacidadeparausucapir.Objetodaposse.Sualiceidade

    14.Comosecontaoprazodecincoanos

    15.Possedeestrangeiroeusucapio.Lein.5.709/71.CF,art.190.Requisitosparaousucapiodeestrangeiro.readesegurananacional.Oportugusemfacedousucapioespecial

    16.Art.12daLein.6.969/81.Efeitos.Smula445doSTF.Aplicaoimediatadoart.191daConstituioFederalde1988.Efeitos

    17.CF/88,art.191,pargrafonico.Propriedade.Bensparticularesebenspblicos.

  • Terrasdevolutaseusucapio.Smula340doSTF.Art.200doDecreto-lein.9.760/49.Decreto-lein.710/38.Lein.6.969/81,art.2

    18.Terrasdevolutas.Conceito.Art.5doDecreto-lein.9.760/49.Lein.601/1850.CF/88,arts.20,II,e26,IV

    19.Art.2daLein.601/1850.Art.1daLein.6.969.Culturaefetivaemoradahabitual.Art.97doET.Art.102doET.Art.99doET.TtulodedomnioexpedidopeloINCRA

    20.INCRAesuafunolegalnoET.Lein.6.383/76.Art.11doET.Aodiscriminatria

    21.Legitimaodasterrasdevolutas.Requisitos.PrefernciaparaaquisionaLein.6.383/76

    22.Terrasparticularesinsuscetveisdeusucapio.Art.3daLein.6.969/81

    23.readesegurananacional.Faixadefronteira.Lein.6.634/79.Decreton.87.040/82.CF/88

    24.reashabitadasporsilvcolas

    25.reasdepreservaoflorestal,biolgicaseecolgicas

    26.ImveisdasForasArmadas.Art.5doDecreton.87.040

    27.ImveisdestinadosaosserviosdasForasArmadas.Art.99,II,doCC.Smula340doSTF.CF,art.191,pargrafonico

    28.Terrenosdemarinhaeacrescidos.Art.26doET.Art.5doDecreton.87.040.CF/88,art.20,VII

    29.Terrenosdemarinhareservados.Conceito.Art.14doDecreton.24.643,de10-7-1934Cdigodeguas.Art.5,4,daLein.4.947/66

    30.Art.4daLein.6.969/81.Forocompetenteparaaaodeusucapio.Art.126daCF/69.IntervenodoMinistrioPblico.CF/88,art.109

    31.Usucapioadministrativo.Art.4,2,daLein.6.969/81

    32.Ritodaaodeusucapio.Art.5daLein.6.969/81.Art.275doCPC.Procedimentosumrio.Lein.9.245/95

    33.Requisitosdopedidoouaodeusucapio.Art.282doCPC.Citaoecientificao

    34.Assistnciajudicirianaaodeusucapio.Art.6daLein.6.969.AplicaodaLein.1.060/50.CF/88,art.5,LXXIV

    35.Invocaodaposseemdefesa,naaoreivindicatria.Smula237doSTF.

  • Alcancedaregradoart.7daLein.6.969

    36.Art.48,VI,doET.ITR.Iseno.Art.8daLein.6.969/81.Art.153,4,daCF/88.Arts.7e9daLein.8.847/94

    37.Perturbaespossedousucapiente.Medidasjudiciais.Art.9daLein.6.969.Art.926doCPC

    38.Art.10daLein.6.969.Art.589,2,doCC/16.Art.1.276,1,doCC/02

    Captulo8Rioseguascorrentesnodireitoagrrio

    1.guapblicaeparticular.Art.5doCdigodeguas.CdigodeHamurabi

    2.guasnalavoura.Decreton.24.643/34.Usodasguaspblicas

    3.Liberdadedousodasguaspblicas

    4.Usoparticulardasguaspblicas.Art.8doCdigodeguas.Art.3doDecreto-lein.852,de11-11-1938

    5.Derivaodasguaspblicas.Autorizao.Resnullius.Art.62doCdigodeguas

    6.Rioqueatravessaapropriedadeparticular.Arts.71e72doCdigodeguas.Propriedadesmarginais

    7.Art.74doCdigodeguas

    8.Prdiosmarginaisedireitosguas

    9.Divisodoprdiomarginal.Efeitos.Art.136doCdigodeguas

    10.Art.77doCdigodeguas.Derivaodaguaempontosuperior.Direitogua

    11.Derivaopeloterrenodovizinho

    12.Prdioribeirinhoeaquisiodeoutropeloseudono.Efeitos.Art.78doCdigodeguas

    13.Efeitosdaautorizaodasguaspblicas.Direitosedeveresdosutentes

    14.DerivaodasguaspblicassemautorizaodoPoderPblico.Efeitos.Aescabveis

    15.Mudanadoleitodorio.Efeitos.Art.1.252doCC/02

    16.Poluiodosrios.Art.111doCdigodeguas

    17.Extinodaderivaodasguas.Casos.Renncia.Caducidade.Resgate.Expiraodoprazoerevogao

  • 18.Imprescritibilidadedasguaspblicas

    19.Terrenosreservados.Art.14doCdigodeguas.Terrenosdeparticulares.Trnsitopelasmargensdosrios.Direitodaadministrao

    20.Servidodeaquedutoemfavordeumprdioparaairrigao.Art.36doCdigodeguas

    21.Estudohistricosobreadistinoentreguaspblicaseparticulares.Umadecisode1896doTJRS.Legislaocomparada

    22.Art.3doCdigodeguas.Perenidadedaguapblica.Art.71doCdigodeguas

    23.Dasnascentes.Oqueso

    24.Usodasnascentes.Aquemcabe.Art.69doCdigodeguas.Funosocialdasguas.Art.90doCdigodeguas

    25.Nascentequevemdeumfosso.Art.91doCdigodeguas

    26.Nascentesnaturaiseartificiais.Art.92doCdigodeguas

    27.Direitosdosribeirinhossguasquefazemlimitescomoutrosprdios.Art.9doCdigodeguas.lveo.Sobras

    28.Obrasnecessriasaoaproveitamentodasguas.Art.71doCdigodeguas.Arts.80e82doCdigodeguas

    29.Servidolegaldeaqueduto.Art.117doCdigodeguas

    30.Presas,audeserepresas.Art.119doCdigodeguas

    31.Autorizaoadministrativaparaderivaodasguaspblicas

    32.Servidocoativa.Meiodeimp-laaoprdioserviente.Indenizaoprvia

    33.Mododecalcularaindenizao.Art.120,3,doCdigodeguas

    34.Art.120,4,doCdigodeguas.guadeinteressepblico

    35.Indenizaoaosdonosdosprdiosservientespordanosfuturos.Cauo

    36.Aquedutoqueatravessaaviapblica.Art.122doCdigodeguas

    37.Art.123doCdigodeguas.Menordanoaoprdioserviente

    38.Art.124doCdigodeguas.Aquedutonoprdiodominante

    39.Aproveitamentodaguaporconcessoporutilidadepblica.Art.125doCdigodeguas

    40.Obrasdoaqueduto.Quemaspaga.Art.126doCdigodeguas

  • 41.Servidoitineris.Art.127doCdigodeguas

    42.Art.128doCdigodeguas

    43.Limitaoaodireitodepropriedade.Art.129doCdigodeguas

    44.Aquedutocercado.Art.130doCdigodeguas

    45.Mudanadoaqueduto.Art.131doCdigodeguas.Art.132doCdigodeguas

    46.Partesdoaqueduto:lveoemargem.Art.133doCdigodeguas

    47.Cessodasguasdoaquedutoporseudono.Art.134doCdigodeguas

    48.Prdiodivididoporheranaedireitosguasdoaqueduto

    49.Aumentodacapacidadedoaqueduto.Art.135doCdigodeguas.Indenizao.Art.120,2,doCdigodeguas

    50.Obrasnecessriasparaimpediroembaraodoaqueduto.Art.137doCdigodeguas

    51.Servidodeguaspordestinaodepaidefamlia

    Captulo9Empresasdeirrigao

    1.Irrigao.Suaimportncianamaiorproduo.Regimejurdico.Suaimportncia

    2.Culturadoarrozegua.Cdigodeguas

    3.Legislaosobreirrigao.LeiFederaln.4.593/64.Outrasleisfederaiseestaduais

    4.Histriadairrigaonospovosantigos

    5.AirrigaonaChina,antigaemoderna

    6.Airrigaonandia

    7.AirrigaodaPrsiaeAssria

    8.AirrigaonoEgito

    9.NaSria

    10.NaFencia

    11.EmCartago

    12.NaGrcia

    13.EmRoma

    14.AirrigaorabeesuacontribuioEspanha

  • 15.NaItlia

    16.NosEstadosUnidos

    17.NoMxicoenaArgentina

    18.NoBrasil

    19.Empresaspblicasdeirrigao.Art.57doET

    20.PolgonodasecaeaLein.4.593/64.Examedestaleieseuregulamento

    21.Art.3daLein.4.593.Art.4doET

    22.LotesagrcolasnaLein.4.593eseupreo.Parcelascomponentesdopreo

    23.Loteresolveleindivisvel.Art.65doET

    24.Art.31daLein.4.593.Empresasprivadasnaadministraodosistemapblicodeirrigao

    25.DistribuioonerosadasguasnosistemadaLein.4.593.Taxas

    26.UmexemplodoxitodairrigaonazonadoCaririparaibano

    27.DecretoFederaln.75.510,de1975,eairrigaonoBrasil.Projetodeirrigao.Conceito

    28.Amortizaodoprojetopelosusurios.Art.5doDecreton.75.510

    29.PropriedadedoPoderPblicodasobrasdeinfraestruturageral(art.4)

    30.Empresaprivadadeirrigao.Conceito

    31.Vantagensdasempresasdeirrigao

    32.Assistnciatcnica

    33.Ensinotcnico

    34.Combatesistemticospragas

    35.Mecanizaodalavoura

    36.Transportedaproduo

    37.Instalaodegrandesengenhos

    38.AirrigaonoRioGrandedoSul.Airrigaoparticular

    39.AirrigaonoEstadodeSoPaulo.Lein.5.042,de1958.Decreton.36.887,de1960.RegulamentoLein.5.042(estadual)

    40.LegislaosobreirrigaonoEstadodoRioGrandedoSul

    41.DecretoEstadualn.30.191,de1981.ClassificaodasguasdoEstadodoRio

  • GrandedoSul

    42.TopografiaesolosdoRioGrandedoSul.Airrigaonessaszonas

    43.EstudocomparativocomascondiesdoNordestebrasileiro

    REFORMAAGRRIACaptulo10HistriadapropriedadenoBrasil

    1.FormaodapropriedaderuralnoBrasil.Caudilhismorural

    2.Agricultura.Suaimportncia

    3.Fimdareformaagrria

    4.Distribuiodaterra.Colonizao.Conceito.Colonizaooficialeparticular

    5.Distribuiodasterraspblicas

    6.Legtimospossuidoresdasterrasfederais.Art.3daLein.4.947/66.Portarian.812/91

    7.Colonizaooficial.Comosefaz

    8.Colonizaoparticular

    9.Regrasobrigatriasnacolonizaoparticular.Projetodecolonizaoesuasformalidades

    10.Usucapio.Art.1.238doCC/02.Art.191daCF/88

    11.Usucapiodasterraspblicas.CF,art.191,pargrafonico

    12.Desapropriaoporinteressesocial

    Captulo11Funosocialdapropriedade

    1.Direitodepropriedade.Suagarantiaconstitucional.Necessidadeouutilidadepblica.Art.5doDecreto-lein.3.365/41.Desapropriao

    2.Desapropriaoporinteressesocial.Limiteaodireitodepropriedade

    3.Desapropriao,formadeaquisiodapropriedade.Confisco

    4.Ordemeconmica.Princpiosgeraisdaatividadeeconmica.Art.170daCF/88

    5.Art.5,XXIV,daCF.Vendaforadadapropriedaderural.Funosocialdapropriedade.Art.2daLein.4.504/64

    6.Direitosubjetivodapropriedade

  • 7.Art.1.228doCC.Funoeconmicadapropriedade

    8.Histriadaexpressofunosocialdapropriedade

    9.Osfisiocrataseacinciasocial

    10.Seguranadapropriedade.Art.5,XXII,daCF

    11.Socialismodectedra.Dirigismoeconmicoeintervenoestatalnaatividadeprivada

    12.DoutrinadeDuguiteafunosocialdapropriedade

    13.Art.2,1,doET.Conceitoeconmicodapropriedade.Art.13doET

    Captulo12Limitaodapropriedade

    1.Desapropriaoelimitaodapropriedade.Distino.Indenizao.Preo

    2.Adesapropriaonodireitoromano.LiodeJhering.AdesapropriaonaIdadeMdia.SculoXVI

    3.FilosofiadadesapropriaonaliodeHugoGrcio

    4.Necessidadepblicanodireitoromano.Jusgentium.Jusnaturalis

    5.Desapropriaoemcasodeperigopblicoiminente

    6.Prviaindenizaodadesapropriaonodireitoromano

    7.Adoutrinadadesapropriaodosglosadoreseps-glosadores.AdesapropriaonoCdigodasPartidasnaEspanha

    8.Movimentorenascentista.Suainfluncianadesapropriao.Expropriao:sentidodapalavra

    9.Desapropriaoporutilidadepblica.Oqueutilidadepblica.Casosdeutilidadepblica

    10.Art.17,a,doET.Competncianadesapropriaoporinteressesocial.Art.184e2daCF.Finsdadesapropriaoporinteressesocial

    11.Imveisisentosdedesapropriaoporinteressesocial

    12.Resquciodoprivilgiodofisco.Art.14doDecreto-lein.554,de25-4-1969.LeiComplementarn.76,de6-7-1993,art.21

    13.Formadeindenizaonadesapropriaoporinteressesocial

    14.Princpiosqueorientamajustaindenizao.Art.12daLein.8.629/93.LeiComplementarn.76/93comalteraesdaLeiComplementarn.88/96

  • 15.ProcessodedesapropriaoconformeaLeiComplementarn.76/93.Requisitosdapetioinicialdedesapropriao.Recursocabveldadecisojudicialquefixaaindenizao

    16.PROTERRA.Decreto-lein.1.179,de6-7-1971

    17.Desapropriaoporinteressesocial.Lein.6.602/78.Competnciaparadesapropriarporinteressesocial.OrientaodoSTFeSTJ

    Captulo13Limitesaodireitodepropriedade

    1.Indivisibilidadedominifndio.Art.65doETeart.8daLein.5.868/72.Princpioslegais

    2.Partilha.Sentidodapalavraemdireito.Divisoabstrataeconcreta.Art.8daLein.5.868

    3.Proibiodedesmembramentodepartesdoprdiorstico.Art.1.314doCC/02

    4.Constituiodominifndioporsucessouniversal.Art.88doCC

    5.Prefernciaconcedidaaocondmino.Art.504doCC.Art.65,3,doET.Faltadeinteressenaexplorao.Arts.1.323e1.325doCC

    6.Efeitosdaindivisibilidadedominifndio(CC/16,art.707;CC/02,art.1.386)

    7.Histriadominifndio.Morgadioseoart.65doET.Estabilidadedafamliarurcola

    8.Proibiodominifndionalegislaoportuguesa,noperodocolonial.Alvarde6-3-1699

    9.Casoemqueosherdeirosoulegatriosnoconcordamcomaadjudicaodesuasparcelas.Efeitos.Sentidodapalavrasucesso

    10.Hiptesededoisherdeirosoulegatriosdesejaremexploraraterra.Soluo.Art.1.322doCC

    11.Art.8daLein.5.868.Comunhoproindiviso.Direitosdoscondminos.Art.1.314doCC.Gravamespossveis

    12.Art.757doCC/16.Sentidodaexpressosefordivisvel.Art.1.420,2,doCC/02

    13.Anticrese.Arts.1.314,pargrafonico,e1.506doCC

    14.Divisibilidadepossvel,quandoumdosconfrontantescondmino

    15.Locaodaparteindivisa.Possibilidade

  • 16.Exceessregrasdosarts.65doETe8daLein.5.868/72.Retrato.Art.1.322,caput,doCC.Art.1doDecreton.62.504,de8-4-1968.Casospossveisdedesmembramentodominifndio.Art.4doDecreton.62.504.Lein.11.446,de5-1-2007

    17.Comodeveprocederquempretendadesmembrarumaparceladeumminifndio.Art.4,pargrafonico,doDecreton.62.504/68

    18.Proteoflorestal.Suahistria

    19.Indivisodosbosques

    20.Bosquesparticulares

    21.LimitaesaodireitodedispordecertasmadeirasnoBrasil.Regulamentode12-12-1605.Lein.1.040,de14-9-1859,art.12.Madeirasreservadas.Leide15-10-1827.Avisosde19-1-1833,de3-11-1833,de17-11-1834ede7-8-1835

    22.Domnioplenodasflorestasbrasileiras.Leisn.12.651en.12.727,de2012.Florestasprotetoras.Florestasdepreservaopermanente

    23.Art.8daLein.12.651/2012.Outrasrestriesaosusosdasflorestas

    24.Florestasdedomnioprivado.Art.12daLein.12.651/2012.Reservalegal

    25.Aquisiodeimvelruralporestrangeiros.Lein.5.709/71eseuRegulamento.CF/88,art.190.Lein.8.629/93,art.23

    SOCIOLOGIAAGRRIACaptulo14EstatutodoTrabalhadorRural

    1.EstatutodoTrabalhadorRural.Conceitodeempregadorural.OempregadoruralnaConstituiode1988

    2.Salriodoempregadorural.Descontoslegaisdossalrios.Refeio.Moradia.Salriodomenor.Lein.5.889/73.Trabalhonoturno.Dcimoterceirosalrio.Direitoaele.Avisoprvio.CF/88

    3.Prescrio.Salrio.Plantaessubsidirias.Art.12daLein.5.889/73.Empregadadomsticarural.Seusdireitos

    4.Empregadosafrista.Contratodetrabalhoporpequenoprazo

    5.Contratodetrabalho.Suaprova

    6.Extinoerescisodocontratodetrabalho

    7.Art.483daCLT.Casosderescisodocontratodetrabalho

  • 8.Justacausapararescisodocontratodetrabalho

    9.Outrasjustascausasparadispensadoempregado.Incompetncia

    10.Abandonodoemprego.Efeitos

    11.Improbidade

    12.Incontinnciadecondutaemauprocedimento

    13.Condenaocriminal:efeitosnocontratodetrabalho

    14.Desdiacomprovada

    15.Embriaguezhabitual

    16.Atoreiteradodeindisciplina

    17.Atolesivodahonraoudaboafama

    18.Conceitodeempregadorrural.Art.3daLein.5.889/73.Exploraoindustrial.Sentidodaexpresso.Equiparaoaoempregadorrural.Art.4daLein.5.889/73eart.2,2,doDecreton.73.626/74

    19.CompetnciadaJustiadoTrabalhoparaconhecerdasreclamaesdosempregadosrurais

    20.PrevidnciaSocialdoempregadorural.Lein.8.213/91.Benefcios.Dependentes.Dependenteeconmico

    21.PrevidnciaSocialdosempregadoresruraiseseusdependentes.Benefcioslegais

    22.Acidentedotrabalhadorrural.Legislao.CF/88,arts.7,XXVIII,e201.Lein.8.212/91eLein.8.213/91.Direitosdosacidentadoseseusdependentes.Despesascomosegurodeacidentesdetrabalho

    23.Sindicalizaorural.AplicaodaCLT(Decreto-lein.5.452/43).Arts.511a535.Art.4doDecreton.73.626,de1974.Mduloruralparaefeitossindicais.Trabalhadorrural.Conceitoparaefeitodeenquadramentosindical.Legalizaodosindicato.Art.520daCLT.Administraodosindicato.Art.522daCLT.Contribuiosindical.Decreto-lein.1.166/71

    POLTICAAGRRIACaptulo15ImpostoTerritorialRural(ITR)

    1.Importnciadapolticaagrria.Isenodetributos(ET,art.66,eDec.-lein.57/66,art.6)

    2.Art.47doET.Tributaoprogressiva

  • 3.ITR.Suacobrana.Competnciaconstitucional.CF/88,art.153,VIe4;art.158,II.Iseno.Lein.9.393/96,arts.2e3.Impostodetransmisso.CF/88,art.155,I,eart.156,IIe2

    4.MedidasdepolticaagrriaadotadaspeloEstado.Espcies.ET,art.73.CF/88,art.187.Lein.8.171,de17-1-1991,art.4

    5.Finalidadedasmedidasdepolticaagrria.Objetivos

    6.Medidasdedistribuiodesementes,mudasetc.Comercializaodosprodutos.ET,arts.76e85.Lein.8.171/91eLein.8.174/91

    7.Assistnciafinanceira.Crditorural.Lein.8.171/91

    8.Objetivosespecficosdocrditorural.Art.48daLein.8.171/91

    9.Exignciaslegaisparaaobtenodocrdito.Art.50daLein.8.171/91

    10.Garantiadocrditorural.Garantiarealepessoal.Penhoragrcola

    11.Penhorpecurio.Lein.492,de1937.Escrituradospenhores:oquedeveconter

    12.Oquepodeserobjetodepenhorrural

    13.Penhormercantil.CC/02,arts.1.447a1.450

    14.CduladeCrditoRural.Decreto-lein.167,de14-2-1967

    15.Penhorindustrial.Decreto-lein.1.271,de16-5-1939

    16.Bilhetedemercadorias

    17.WarranteCDA

    18.Hipoteca

    19.Garantiafidejussria

    20.ExamedoDecreto-lein.1.179,de6-7-1971,art.3

    21.Art.49daLein.8.171/91

    Captulo16Generalidades.Direitodepreferncia.Contratosagrrios

    1.Usoepossedaterra.Art.92doET.RetroatividadedaLein.4.504/64eRegulamento,Decreton.59.566/66.Art.80doRegulamento

    2.Naturezajurdicadaposseeuso.Douso.Sentido

    3.Art.13daLein.4.947/66

    4.Requisitosdoscontratos

    5.Dosquepodemcontratar

  • 6.Consentimento.Conceito.Espcies:expressoetcito

    7.Vciosdoconsentimentooudavontade.Art.92,7,doET;art.19doRegulamento

    8.Objetodoscontratosagrrios

    9.Casofortuitooudeforamaior

    10.Perdadovaloreconmicodoimvelrural

    11.Desapropriaodoimvelrural

    12.Alugueldoarrendamento

    13.Formasdearrendamento

    14.Usopacficodoimvel

    15.Turbaesdeterceiros

    16.Regrasobrigatrias

    17.Clusulapenal.Efeitos

    18.Rescisoeresoluodocontratoagrrio

    19.Pagamentodopreoemprodutos.Art.92,7

    20.Divisibilidadeeindivisibilidadedouso

    21.Contratosmistos

    22.Contratosatpicos.Objetodosarrendamentos

    23.Arrendamentodervoreseflorestas.Naturezadasrvoreseflorestas.Imveloumvel.Produto

    24.Arrendamentoderebanhos,deanimaisedepomares

    25.Arrendamentodeplantasdeviveiro

    26.Arrendamentoefloricultura

    27.Arrendamentodepedreiras

    28.Arrendamentodeguas

    29.Reajustamentodoaluguel

    30.Direitodepreferncia.Direitofrancs

    31.Pactodepreferncia

    32.Condomnioedireitodepreferncia

    33.Faltadenotificao

  • 34.Direitodeprefernciaepluralidadedearrendatrios

    35.Art.46doRegulamento.Suaconstitucionalidade.Direitofrancs.DecisodoSTF.RE86.400.Soluodaespcie

    36.Art.92,3.Notificaoprvia

    37.Ofertasimuladaedireitodepreferncia

    38.Efeitosdafaltadenotificao.Art.92,4,doET

    39.Contraquemdeveserpropostaaaodepreferncia

    40.Direitodeprefernciaeomdulorural

    41.Fraudeesimulaoaodireitodepreferncia

    42.Origemdodireitodepreferncia

    43.Sub-rogaodoadquirente.Art.92,5,doET

    44.Imposiodenusreal

    45.Servides.Espcies

    46.Dousufruto

    47.Extinodousufruto.Efeitos

    48.Causasdeextinodousufruto

    49.Morteourennciadousufruturioearrendamento

    50.Termodousufruto.Efeitos

    51.Usufrutosucessivo

    52.Cessaodacausadousufruto

    53.Destruiodoimvel

    54.Consolidao

    55.Pelonousoounofruiodacoisa

    56.Mauusodoimvel

    57.Rennciaaousufrutoousuaalienao.Efeitosnoarrendamento

    58.Usufrutohereditriodavivaeoarrendamento

    59.Fideicomissoearrendamento

    60.Benfeitoriasfeitaspeloarrendatrioeusufruto

    61.Danecessidadeounodanotificaodoarrendatriopelonu-proprietriooufideicomissrio

  • 62.Notificaoemcasoderennciaoualienaodousufruto

    63.Aodonu-proprietrioparahaveroimvelarrendado

    64.ALein.8.245/91eoET

    65.Direitorealdeuso

    66.Formalidadedoscontratosagrrios.Art.92,8,doET

    67.Art.93doET

    68.Rennciadedireitos.Art.13daLein.4.947,3,4e5

    69.Art.22daLein.4.947/66

    70.Art.38doDecreton.59.566/66.Regulamento

    71.Benspblicos.Renovaodecontratodessesbens

    72.Arrendamentodeimveispblicos

    73.Terrasdevolutas

    74.Terrasindgenas.CF/88.Lein.6.001/73

    75.Outrasmodalidadescontratuais

    76.Contedodoscontratosagrrios.Art.12doRegulamento

    Captulo17Arrendamento.Introduo

    Captulo18Arrendamentorural

    1.OarrendamentoruralnoCC/16.NoET.ConceitodearrendamentoruralnoRegulamento(Dec.n.59.566/66)

    2.Afinidadedocontratodearrendamentocomoutros.Compraevenda

    3.Arrendamentoepromessadecompraevenda.Interpretaodocontrato

    4.Arrendamentoecomodato

    5.Arrendamentoedepsito

    6.Arrendamentoeenfiteuse

    7.Arrendamentoeusufruto

    8.Arrendamentoeanticrese

    9.Arrendamentoruraleurbano

  • 10.Arrendamentoeparceria

    11.Contratoagrriopreliminardeparceriaouarrendamento

    12.AplicaosubsidiriadoCC.Arts.92e95doETeart.88doRegulamento.DireitosedeveresdosarrendadoresearrendatriosnoCCeRegulamento.Arts.40e41doRegulamento

    13.Pagamentodopreodoarrendamento.Moraeseusefeitos.Outrosdireitoseobrigaes

    14.Conceitodeprdiorstico.Imvelrural.Espcies

    15.Prazodocontratodearrendamento.Art.21,1,doRegulamento.Trminodoprazo.Efeitos

    16.Prazonoestipulado.Presunolegal.Retomadaenotificao

    17.Art.95,III,doET.Novasculturas.Art.27doRegulamento

    18.Prorrogaodocontrato.Renovaodocontratodearrendamento.Prefernciarenovao

    19.Oart.95,IV,doETcriouduashiptesesderenovao.Novapropostadoarrendatrio.Motivo

    20.Propostaautnticadoestranhonarenovao.Quemestranhoemfacedoart.95,IV,doET

    21.Prazodanotificaonaprefernciarenovaodocontrato.Naturezadesteprazo

    22.Prazodedesistnciadarenovao.Art.22doRegulamento

    23.Opodenovocontrato.Renovao

    24.Consentimentoparasubarrendar,ceder,emprestar.Subarrendamento

    25.Cessoeemprstimo.OmissonoETeinclusonoRegulamento

    26.Emprstimoecomodato

    27.Substituiodereaporoutra.Acordodevontadedaspartes

    28.Benfeitoriasedireitodereteno.Indenizaodasbenfeitorias

    29.Animaisdecriaentreguesaarrendatrio.Suadevoluo.Art.43doRegulamento

    30.Entregadoimvelfindaalocao.Responsabilidadedoarrendatriopelousopredatrio,dolosoouculposodoimvelrural.Incndio.Efeitos

    31.Extinodoarrendamento.Casos.Art.26doRegulamento

    32.Casosdedespejo.Aodedespejo.Art.32doRegulamento.AplicaodoCPC.

  • Art.107doET.Processodedespejo.Purgaodamora.Clusulasquegarantemaconservaodosrecursosnaturais.Art.13,II,a,doRegulamento.Animaldepequeno,mdioegrandeporte.Sentidodessaspalavras

    33.Recursosnasaesentrearrendadoresearrendatrios

    34.Rito.Aodostrabalhadoresrurais

    35.Preodoarrendamentoemprodutos.Suaproibio.Art.18,pargrafonico,doRegulamento

    36.Basesparaoclculodoarrendamento.Art.95,XII,doET.Preopotencialparaareanoarrendada

    Captulo19Parceriasrurais

    1.Negciosparcirios.Conceito.Capitaletrabalho

    2.Parceria.CC/16.CCom.ET.Conceitodeparceria.Suaevoluo

    3.Aparcerianodireitoromano

    4.Aparcerianodireitoespanhol.Nodireitoargentino.Nodireitocubano.Nodireitoitaliano.Nodireitoportugus

    5.RegrassupressivasnoRegulamento.Art.96,V,doET.Normasobrigatriasnocontratodeparceria.Art.13,VII,c,doRegulamento.Benfeitoriaseacessriosdoimvelcedido.Perdadosfrutos.Art.35doRegulamento

    6.Extinodasparcerias.Casos.Mortedoparceiro.Efeitos

    7.Direitoseobrigaesdoparceiro-outorganteeparceiro-outorgado

    8.Fornecimentodecasademoradiapeloparceiro-outorgante.Art.96,IV,doET,eart.48,1,doRegulamento

    9.Elementoserequisitosdocontratoescritodeparceria

    10.Art.96,VII,doET.Arts.48e34doRegulamento

    11.Conjuntofamiliar.Conceito.Arts.7e8doRegulamento.Matriarelativaaotrabalhadorrural.EstatutodoTrabalhadorRural

    12.Diversasespciesdeparceria.Parceriaagrcola.Art.5doRegulamento.Conceitodeparceriarural

    13.Outrosdireitosedeveresdoparceiro-outorgado.Direitodecaaepesca

    14.Risconaparceria.Prejuzosnascolheitas.Art.36doRegulamento.Perdatotaleparcial.Efeitos

  • 15.Parceriapecuria.Suasparticularidades.Suahistria

    16.Outrasmodalidadesdeparcerias.IncidnciadoET.Lein.11.443/2007

    17.Disposiodosanimaisnaparceriapecuria

    18.Parceriasagroindustrialeextrativa.Lein.11.443/2007

    Captulo20Contratodepastoreio

    1.Origemdopastoreionospovosprimitivos.Propriedadecomunal.Divisoentrefamlias.Usufrutocomum

    2.Importnciadopasto.OpastoreionaBabilnia.CdigodeHamurabi.GadodegrandeepequenoportenesteCdigo

    3.Acomunidadedepastos.Comunidadedagua,pastoematos

    4.Comrciodemulas.SuainfluncianoBrasil.Invernagem

    5.Contratodepastoreio.Conceito.Lein.13.246daR.Argentina.Brevidadedocontrato.OpastoreionaobradeOrtizdeRozas.Opastoreionalegislaouruguaia

    6.Contratodepastagem.Existnciaemnossopas.Casosexaminadospelostribunais.Suacomparaocomodepastoreio.Distinoentreeles.Art.4daLein.13.246/48argentina

    7.Invernagemcomoparceria.Art.4doRegulamento.Suatipicidade.Art.39doRegulamento.Concluses

    8.Contratodecambo

    PARTEPRTICAFRMULASDECONTRATOSAGRRIOSENOTIFICAES

    Arrendamentodeprdiorstico

    Arrendamentodeimvelrural

    Modelodecontratodeparceriaagrcola

    Modelodecontratodeparceriapecuria

    Modelodecontratodeparceriaagroindustrial

    Modelodecartadepropostadearrendamento

    Modelodecartadenotificao

  • Notificaojudicial

    Notificaojudicial

    Pedidoemaodedespejo

    Notificaojudicial

    Modelodecartadenotificao

  • Nota2edioA Emenda Constitucional n. 45/2004 alterou a redao do art. 126 da Constituio

    Federaldeterminandoacriaodevarasespecializadas,pelosTribunaisdeJustia,comcompetncia exclusiva para questes agrrias, a fim de dirimir conflitos fundirios. ApreocupaodolegisladordenotaqueoDireitoAgrrio,comoramoautnomodacinciajurdica,temcrescidovelozmente,devidosobretudoimportnciadaexploraodaterracomoumfatoeconmicoesocial,exigindoqueoDireitosejamaisbemestruturadonessesetor,paraconterosconflitose,dessaforma,possibilitarmelhoraproveitamentodosolo,quandotantassoasnecessidadescrescentesdohomemquedependemdaproduodocampo.Diante desse cenrio, impunha-se, assim, a reedio desta obra, no apenas

    atualizando-aeadaptando-asnormasconstitucionaise legais,mas imprimindo-lheumnovo formato e um novo ttulo, Curso completo de direito agrrio, colocando asquestes agrrias e o Estatuto da Terra da forma mais didtica, objetiva e abrangentepossvel, coma finalidadedepropiciarmaterial de estudoedepesquisa, especialmentepara acadmicos e candidatos a concursos, bem como aos aplicadores do Direito e atodosaquelesqueestejamenvolvidosnasoluodosproblemasagrrios;porissonossapreocupaoemconferirumcunhoprticoobra.Selograrmosalcanartalfim,teremoscumpridocomsatisfaonossoobjetivo.

    SilviaOpitz

  • PrefcioDesdeaquele longnquoanode1922,quandofoicriadaaprimeiracadeiradeDireito

    Agrrio, na Universidade de Pisa, e editada a primeira Revista de Direito Agrrio nomundo,asquestesruraistmsidoobjetodenormasconstitucionaiselegais,deobraseartigos,revelandodezenasdejuristasvoltadosparaseuestudo,impondo-se,noalvorecerdonovomilnio,comoumdosmaisimportantesramosdoDireito,quandoohomemeanatureza,confrontadosdurantetantosetantossculos,veemchegadoomomento,talvezomais crucial, de elaborar umaconvivnciaharmnica e pacfica, racional emetdica,voltadaparaasobrevivnciadeamboseaconservaodasespcies.Oestudodasquestesagrrias,domeioambiente,dodesenvolvimentosustentvel,da

    relaodohomemcomaterra,daproteodoagricultor,daproteodaterra,edetodososassuntosreferentesaomeioruraleaomeioambientedemximaatualidade.Esperamosqueapresenteobracontribuaparaoaprimoramentodosdebatesemtorno

    doDireitoAgrrio.OsAutores

  • IntroduoaoDireitoAgrrioRompendoovetustoliberalismoeconmicoqueseimplantounoregimedasterrasruraisnoBrasil,a

    Lein.4.504,de30-11-1964,ditouoconjuntodemedidasquevisaapromoveramelhordistribuiodaterra. Introduziram-semodificaesde regimedeposseeusoda terra rural,contrriasquelapolticaliberal,afimdeatender-seaosprincpiosdeJustiaSocialeaoaumentodaprodutividade.OEstatutodaTerra (ET) foi o segundo passo para a proteo do agricultor e do trabalhador rural, porque este jrecebera o amparo devido com a Lei n. 4.214, de maro de 1963, que estabelecera o Estatuto doTrabalhadorRural(posteriormentereguladopelaLein.5.889,de8-6-1973).Apesardisso,nota-seaindanoETgrandedosedeautonomiadavontadedoscontratantes(DireitoAgrrio,Lein.4.947,de6-4-1966,art.13)comosinalmarcantedasdoutrinasdoseconomistasmanchesterianos,queforamosgigantesdadefesadaliberdadeeconmicaedanointervenodoEstadonolivrejogodosinteressesindividuais.Uma leituradas leis referidas, relativas reformaagrria,deixaa impressodequeo legislador tevecautelanospreceitosqueadotoucomalgumatimidezat,talvez,porsetratardeumamedidaviolentaquemerecia ponderao e experincia em sua aplicao, para evitar que o excesso de rigidez pudessequebrarouentorpeceraharmoniadosinteressesdosproprietriosedosagricultores.NosepodenegarqueoBrasilumpaseminentementeagrcola,emborasevislumbrejumgrande

    ndice de industrializao;mas no terreno da reforma agrria anda de gatinhas em relao a pasesmais adiantados, tal como a Inglaterra. Nosso ET, combinado com o Trabalhador Rural, pode serequiparado nas suas linhas gerais ao Trade Board Act, de 1909, do Reino Unido. Basta umacomparaoligeiraparaseverificarqueoETbrasileiroadotoumedidasquejeramexigidasnoReinoUnido.Assimtemosemprimeirolugarafixaodosalriomnimolegal;emsegundo,amoradiarurale,emterceiro,apropriedadeeocultivoparcelrio.Notocanteaosalriomnimo,eraelefixadoporumacomissotcnicaqueteriaqueverificaroquanto

    deveriapercebero trabalhador ruralparamanter-se, sustentar sua famliaepagarumamoradiadigna.OutracoisanodispeaLein.5.889(EstatutodoTrabalhadorRural)bemcomoaLein.4.504(ET),emseuart.96,VII,pargrafonico,quandoasseguraaolocador(trabalhadorrural)pelomenosapercepodosalriomnimonocmputodasparcelas.Amedidalegalreferidateveporfimajustar-sescondiesdevidadetodootrabalhadorbrasileiro,poisnenhumalegislaosobreosalriooperrioseradequadasenotiveremconsideraoasnecessidadesdecadaumedesuafamlia,ou,comodizoatoingls,oTribunaldeSalriostemodeverdefix-loimediatamente,pelomenosemumaquantidadequepermitaaocamponssemanter, sustentarsua famliaepagarumavivendadigna.Almdisso,essas leis tmamesma significao da Small Holdings and Allotments Act, de 1907, impedindo que o latifndiocontinueimplantadonoBrasil.OETprocuradesmembraragrandepropriedadedosolo,monopolizadaporumaminoria,adotandoadivisoprevistanoart.4,massemesqueceraproteosocialeeconmicadevidaaosarrendatrioscultivadoresdiretosepessoaisdaterra(Lein.4.947/66,art.13,V).Ocultivoparcelrio tevepor fim,conformesalientouArthurYung, livrarosagricultoresdasmscondiesdosarrendamentos.Estafoiaformadeexploraopreferida,conformecomprovaramasestatsticas.ALei de1907procuroudefender os interesses dos colonos, atendendo assinaladapredileoque

    tinhampelosarrendamentosenecessidadededarasgarantiaslegaisaessescontratosqueviviamquaseexclusivamentesubmetidosboa-f.Foramasseguradasasseguintescondies:1)fixaodeumarendajustaquenoestivessemercdasalternativasarbitrriasdomercado,masfossefundadanacapacidadeprodutivadoimvelrstico,determinadaporperitos.NotocanteaoETbrasileiro,preferiu-seafixao

  • da renda, tomando-se por base o valor cadastral e fixando em 15% (quinze por cento) o preo doarrendamento, excludas as benfeitorias (art. 95, XII); 2) segurana na posse do imvel, para que ocolonoqueocultivabemepagaoarrendamentonopossaserdespejado,comoocorriacomfrequnciaesem nenhuma garantia. Igual medida tomou o ET brasileiro, estabelecendo no s a preferncia narenovaodocontratodearrendamento, como tambmapreferncia, emcasodealienaodo imvelarrendado, visando-se com isso a conservar o arrendatrio ou parceiro agrcola na posse da terracultivada; e, finalmente, 3) a indenizao das benfeitorias realizadas pelo arrendatrio durante otranscursodocontrato.Nooutratambmaseguranaconcedidaaoarrendatrio,aoparceiroagricultoroupensador,pelosarts.95,VIII,e96,V,e,doET.Todas essas condies estabelecidas pela lei trouxeram incalculveis benefcios aos camponeses

    inglesesecriaramumapopulaoruralindependente.Espera-sequeasmedidasidnticasadotadaspeloETeDireitoAgrriocheguemaomesmoresultado.Deve-se lembrar ainda que o despovoamento rural no exclusivo do Brasil, mas foi tambm um

    problemanaInglaterrae tornou-secomuma todosospasescomcertaextenso territorial,devidoaosefeitosdo regime industrial.Por isso,nosepodenegaramanifestanecessidadedo intervencionismoestatal,adotandoasmedidasconstantesnoET.EstaintervenodoEstadosejustificava,mesmoporqueera precria a situao dos operrios do campo que estavam e ainda continuam em condies quasemiserveis.Porisso,oETresolveunosoproblemaeconmico,mastambmojurdico,condensandonasregrasconstantesdaLein.4.504assoluesqueexigemumprincpiodeJustiaSocial.No possvel exporem-se aqui nesta introduo todas as vantagens e benefcios constantes daLei

    Agrria;pormasqueforamdestacadas,comparativamentecomareformaagrriainglesa,servemparaseterumaideiadoquantoseesperadanovaLei.Alm disso, como no nosso pas, na ltima dcada do sculo XIX o Reino Unido teve tambm o

    fenmenodoxodoruralpelafugadocamponsparaacidade,ondeaufeririamelhoressalrioseporqueemalgunscondadososalriopagoeramuitobaixo.Paraimpedirissofoiqueseadotouaimplantaodosalrio legalmnimo para os camponeses, demodo que a relao existente entre a renda lquida dosproprietrioseasomatotaldestinadaasalriopermitisseaumentarestessemqueadiminuiodaquelasefizessesentirparaosproprietrios rurais.Amisriaquecampeianomeioruraloperriode todooPasfoiumdosmotivosquelevouoautordoprojetoaapresent-loaoPoderLegislativo,oqueresultounaLein.4.214eatualmentenaLein.5.889/73,quehojeoEstatutodoTrabalhadorRural.No tocante moradia, teve tambmoReinoUnidograves problemas e foi por isso considerada de

    maior importncia do que a fixao do salrio. Foi sempre um assunto de grande preocupao naInglaterra.Desde1851foiobjetodemltiplasnormaslegaisque,infelizmente,notiveramoresultadoalmejado.Comissestcnicasforamnomeadaseinformaramunanimementequeeraescassaeinsalubreamoradia nos distritos rurais, considerando-se tambm que isso foi causa de misria e mal-estar,fomentando grandemente o xodo rural. Uma das leis que pretendeu resolver esse problema foi aHousingAct,de1890,quenotevemelhorxito,salvonacidade.Teve,noentanto,ograndemritodetornar o problema conhecido em toda sua extenso. Depois disso, pela Housing and Town PlanningAct, de 1909, procurou-se melhorar a situao, construindo-se inmeras casas (cottages), porque ainiciativa privada era muito reduzida e a principal causa disso era a escassez de salrio, que nopermitiapagarrendasremuneradoras:anteesseriscoosproprietriosruraisseabstinhamdeconstruir.Foiadotadotambmcrditoaosconselhosrurais,paraomesmofim,comgrandexito.Poisbem,nossoET tambm visa s mesmas medidas, impondo ainda que o proprietrio rural assegure ao parceiroagricultor ou pensador, que residir no imvel rural, casa de moradia higinica, para atender ao usoexclusivodesuafamlia.NoETtambmtemosnormasarespeito,quandooarrendatrio,proprietrioou

  • parceiro, pensador ou agricultor, d moradia para o trabalhador rural. Dentro dessas medidas,encontram--seasquefavorecemobem-estardos trabalhadoresque labutamna terra,assimcomoodeseusfamiliares (ET,art.2).Opoderpblicoainda temodeverdepromoverecriarascondiesdeacessodotrabalhadorruralpropriedadedaterraeconomicamentetil,depreferncianasregiesondehabitaou,quandoascircunstnciasregionaisoaconselhem,emzonaspreviamenteajustadasnasformasregulamentaresdalei,medianteadesapropriaoporinteressesocial.Aindalhecompetezelarparaqueapropriedadedaterradesempenhesuafunosocial,estimulandoplanosparaasuaracionalutilizao,promovendoajustaremuneraoeoacessodotrabalhadoraosbenefciosdoaumentodaprodutividadeeaobem-estarcoletivo.Oconjuntodetodasessasnormasdenomina-sepolticaagrcola.O ET assegura a todo agricultor o direito de permanecer na terra que cultiva, dentro dos termos e

    limitaesdalei,observadas,semprequeforocaso,asnormasdoscontratosdetrabalho.Entreosmeiosquea leigaranteaoagricultorestaparcela (ou lote)de terra rstica, emreasdestinadas reformaagrria ou colonizaopblica ou privada.Aoproprietrio dessas reas a lei denomina parceleiro.Medida idntica verificou-se na Inglaterra com o processo do cultivo parcelrio. No significou amedidaesqueceraimportnciadosalrioedavivenda,porquesevisavabuscadaindependnciadotrabalhador rural com o objetivo de se conseguir uma agricultura florescente. Para conseguir isso,precisava-se fomentar a populao rural, procurando manter-se a j existente, bem como seusdescendentes,porqueimpossveleraoretornodaquelesquehaviamemigrado.Ocultivoparcelrio,tantonaInglaterracomononossomodernoET,visaacolocaroagricultoremntimocontatocomaterra,demodoaseratradoporela;masparatantoprecisoqueseabramoscaminhosdeacessodoagricultorpropriedade,dando-lheseguranae facilidadenaexploraodo imvel rural.EminmerosartigosdoETdeparamoscomessa finalidade.Exigia-se tambmnoReinoUnidoquenocasodearrendamento -fossem fornecidas aos agricultores pequenas quantidades de terra separadas das moradias, pormprximasdelas,paraplantaespequenasouhortasquesedestinavamalimentaodeseusfamiliares.Outracoisanodispeoart.96,IV,partefinal,queobrigaoproprietrioadaraoparceiroagricultoroupensadorreasuficienteparaahortaecriaodeanimaisdepequenoporte.Se quisermos reter no imvel rural os jovens filhos de agricultores, precisamos criar uma ideia de

    independnciaqueelesno tm; issoseconseguepossibilitando--lhesoacesso terraedando-lhesaesperanadeprosperidadequeavidadacidadenolhesd.Porisso,ocultivoparcelrioreconhecidocomotiltantopelosliberaiscomopelosconservadores.Tantodopontodevistadointeressenacionalcomodosocialocultivoparcelriopreferido:1)por

    facilitarumadistribuiomaisprodutivadaterra,evitando--seassimquemuitosarrendatrioscultivemextensivamente grandes superfcies; 2) por ser mais adequado s necessidades de produo de quenecessitaapopulaonacional,principalmentenasproximidadesdosgrandescentrosconsumidores,taiscomoaves, ovos, leite, verduras etc., que se obtmcommaior economiadoque trazidosdedistantesregies; 3) porque d ocupao a nmero maior de pessoas. Espera-se que, com o ET, se venha averificarumaumentodeprocuradepequenaspropriedadesparaaexploraoagrria,incrementando-seassimaprodutividadedaterraeaproduonacional.OplanodoETnovisaaumasimplesfixaodoagricultor,masaseuamparotcnicoecreditcio.Vai

    maislongeaindaquandoproporcionaamodernizaodosprocessosagrcolascomofimderacionalizara produo e aument-la. Cabe ao poder pblico, nessa interveno saneadora, proporcionar aoagricultor os meios necessrios para que se torne um produtor capaz de vencer as dificuldadesclimticas,bemcomoasincertezasdecolocaodeseuproduto,quesempreficoumercdosmercadosmais prximos. Para tal fim, o novo ET prev amecanizao da lavoura, a eliminao do latifndioimprodutivoeoimpedimentodominifndioexageradopeladivisoordenadadapropriedade.

  • Parasealcanartoaltoobjetivo,torna-senecessrioqueopoderpblicoprovidencieosaneamentoderegiesagrcolas,corrigindoosistemadeguaeconstruindoestradaspavimentadasquepossibilitemoescoamentofcileeconmicodaproduoagrcola.Ocolonodeveteracertezadequeomautempono impedirque transporteseusprodutosparaosmercadosconsumidores,evitando-se,assim,quesesujeite, como ocorre hoje, aos exploradores e intermedirios. Por isso, o poder pblico vedou que oproprietrioexigissedoarrendatrioedoparceiroexclusividadedavendadacolheita.Amecanizaodalavouradesumaimportncia,porquevemsubstituirobraohumanodoagricultor

    que imigraparaacidade,ondeoprocesso industrial lhedmaioresbenefcioseoportunidades.Almdisso,amodeobradotrabalhadorrural,emnossosdias,carademaisparaostrabalhosdocampo;daanecessidadedesubstitu-lapeloprocessomecanizadoqueaumentaaprodutividadesem sacrifciodapessoahumana.

  • Captulo1POSIODODIREITOAGRRIO

    Hojejnosediscuteaexistnciadodireitoagrrio,emfacedasdisposies legaisqueregulamapropriedade territorial rural e os contratos agrrios.Uso e posse do prdio rural esto regulados pornormasconstantesdoETeleisqueointegram.Odireitoagrriogiraemredordedireitoseobrigaesconcernentesaosbensimveisrurais,suaposseedisposio.Nosepodenegarque,depoisdoadventodoET,reconhece-seaexistnciadodireitoagrriocomodisciplinaautnoma,bemcomoseucarterdedireitoespecial,emboraseaceiteaponderaodequesuasnormassoinfluenciadas,muitasvezes,pormateriaistiradosdeoutrosramosdedireito,dembitomaisgeral.Isso,porm,noexcluisuaautonomiaouindependncia,porquenobastanteparalhetiraressacategoriadequeasnormasqueointegramsejamrecolhidasnumaleiounumcdigo(cf.FernandoCampuzano,Rev.deDerechoPrivado,20:363).ConformeCarrara (Diritto agrario, t. 1, p. 28), a autonomia do direito agrrio somente depende daexistnciadenormasepreceitosquederroguemosdodireitocomum,porquesaderrogaorompeovnculohierrquicodedependnciaecolocaemsituaoautnomaumdeterminadoramodedireito.Dentrodessalio,nocabedvidadequeodireitoagrriobrasileiroindependenteouautnomo,

    porque houve derrogao do direito comumno somente em relao aos contratos de arrendamento eparceria como tambm a respeito das limitaes ao direito de propriedade rural e sua distribuio.Embora essa autonomia seja relativa, no deixa de ser o direito agrrio independente, com normas eprincpiospeculiares,porqueodireitouno, easdiversasdivisesque seestabelecemnele somenteservem para ordenar e fracionar a matria e faz-la mais acessvel ao estudo (cf. Zulueta,Derechoagrario,p.5).Oexamedeautonomiadodireitoagrriobrasileiropodeserestudadodospontosdevistalegislativo,

    cientficoedidtico.Nohdvidaque,porforadoart.8,XVII,b,daCF,competeUniolegislarsobredireitoagrrio.desesalientarqueoart.1daLein.4.947,de6-4-1966,estabelecenormasdedireitoagrrio,na

    forma do ET (Lei n. 4.504, de 30-11-1964). Ainda a, caracterizando mais a autonomia do direitoagrrio,estabelecepreceitospeculiaressuamatria,taiscomo:Isobreousooupossetemporriadaterra,naformadosarts.92,93e94daLein.4.504;IIsobrearrendamentoeparcerias,naformados arts. 95 e 96 damesma lei; III sobre obrigatoriedade de clusulas irrevogveis que visem conservaode recursosnaturais; IVsobreproibiode renncia,porpartedoarrendatriooudoparceiro no proprietrio, a direitos ou vantagens estabelecidas em leis ou regulamentos;V sobreproteosocialeeconmicaaosarrendatrioscultivadoresdiretosepessoais(Lein.4.947,art.13).Amatriasobredireitoagrrioestcontidaemleisprprias,jreferidas.Os princpios estabelecidos pelo Estatuto e seus regulamentos formam um todo orgnico, suficiente

    paraconstituiroobjetodeumatrataocientficaautnoma,queimpostanecessariamentepelarazotcnicadosinstitutosmesmos(cf.MariodeSimone,Lineamentididirittoagrario,p.9).OETcontm

  • normas peculiares ao direito agrrio, que no se encontram nos demais ramos de direito. Elas sedestacampeloseucartergeral,noobstanteoempregoderegraspertencentesaoutrosramosjurdicos,comosepodeverpeloestudodesuaafinidadecomeles.Notocanteautonomiadidtica,norestadvidaque,hoje,noBrasilelaestseimpondo,tantoque

    vrias faculdades j tm a ctedra de direito agrrio, dando incio ao grande trabalho patritico dedivulgaodessedireito,antigonaverdade,maspoucoestudado.Actedradaraosnossos juristasaoportunidade de realizar estudos e pesquisas para o aperfeioamento dessa disciplina, dando toda aextensoeamplitudequeelamerecenaatualidade,topreocupadacomoproblemadaterra.

  • Captulo2FONTESDODIREITOAGRRIO

    1.Economiaagrcola.Suaorigem.PropriedadeconsorcialAelaboraojurdica,dealgummodo,superaotempo,fundidoopassado,opresenteeofuturo.D

    novosentidoaoquesedispsnopassadoquandojnemmaissesabemasrazespelasquaisassimsedisps(D.1,3,20).Informaopresente,ordenando-osegundooquefoi(D.1,3,28)esegundooquehdeser (C.1,14,7).E,ao fimeaocabo, reunindo,de talarte,opassadoeo futuroparaafeioaro -presente,oesforodojuristanosenoumesforoemdemandadarealidade,buscadafixao,nummomento dado, do desenho que se afrouxa e dissolve no perene curso do tempo (Ruy Cirne Lima).Nenhumapassagemmaiseloquenteserviriaparaseiniciarumaobrajurdicasobredireitoagrriodoqueessadoeminentemestre.Nopossveloexamedasleisagrriasnacionaisemvigor,semantesfundiropassado com o presente, para que ambos possam iluminar a senda jurdica do futuro. nas fontessubterrneas dos usos e costumes dos agricultores romanos que vamos buscar a linfa de muitasinstituiesjurdicasaindaemvigoremmuitosestatutoslegais,emdiversaspartesdomundorural.Semsepretenderumaindagaohistricaprofunda,-seforadoavoltarasvistas,mesmoquesumariamente,sobreosusosecostumesdaquelescriadoresdedireitoseobrigaesquevenceramotempo,emborao-presentenosaibamaisasrazespelasquaisassimsedisps.Nosepodenegaraimportnciadisso,porquesesabequeaeconomiaagrcolaprecedeudesculosa

    economiaurbana.Aquela tevesuaorigemnaVila,em tornodaqualas famliasdoscultivadoresdaterraseestabeleciamroturandoosoloesemeando-o.Cadafamliapossuaumtratodeterraparaplantar,queerarespeitadopelosdemais,emborafossedeusocomunalagua,opasto,osmonteseasflorestas.Nasce, assim, a chamada propriedade consorcial (ou comunal), que no era pblica,mas privada. AVilaeraumaorganizaoeconmicaagrriade carterunitrio,quenoslegouumaestruturajurdicacujosvestgiosseencontramemnossosrepertrioslegais.Imensa foi a contribuio dessas agrupaes rurais de origem econmica. Constituam um corpo

    fechado de famlias dos antigos fundadores e possuidores das terras (cf. Lattes, Il dirittoconsuetudinariodellecittlombarde,p.154,apudJuanBeneydoPrez,Estudiossobrelahistoriadelrgimenagrario,p.89).Eranormadedireitoconsuetudinrioaproibiodesevenderaestranhosa -propriedade confrontante, criando-se uma preferncia em favor do proprietrio vizinho. Esse costumepassouparaodireitoespanholevamosencontr-loemmuitosFuerosdeEspanhacomonomederetratooupreferncia.Esseinstitutopassouparaodireitoportugusechegouatns:estrepresentadopeloart.8,4,daLein.5.868,de1972.ArazodessedireitoconferidoaoconsortevizinhoestnocarterunitriodaVila.Estaeraindivisvel,comoindivisvelocondomniodecoisaindivisvel.

    2.Art.1.255daLein.10.406,de2002(CC/02).Plantioemterrenoalheio.Efeitos.

  • DireitoantigoAquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietrio, as

    sementes,plantaseconstrues,mastemdireitoindenizao.Nooter,porm,seprocedeudem-f,caso emque poder ser constrangido a pagar os prejuzos (CC, art. 1.255).Esse princpio resulta decertamoderaoresultantedaboa-fedaequidadequeamenizouocostumemedieval-romano,emqueoedificado,semeadoouplantadocediamaosolo,demodoqueoproprietriodofundonotinhamotivoalgum para indenizar o valor daquelas benfeitorias. Passou para oDigesto, 41, 1, 7, 13: Si alienamplantaminmeosoloposuero,meaerit;exdiverso,simeamplantaminalienosoloposuero,illiuserit.Demodoqueaplantaouasemeadurapertenciamaodonodapropriedaderuralporacesso,oquesetornoudepoisumadasformasdeseadquirirodomnio(CC,art.1.248,V).Seapropriedademelhorou,isso se deve a obra natural; somentemais tarde, devido a uma ideia de boa-f, se vai atingindo umasoluomaisjustaquefoialcanadaaindamaistardeepassouparaodireitopositivo.Issosedeuemplena poca da territorializao, pela influncia alem, tendo Grimm, Ficker e Hinojosa advertido equalificadoessedireitodemaisalemoqueodaLex.,porexemplo,ocasodoFueroViejo,IV,3,3,queestabelecenocasodesemeadurasobreterraalheiaodireitodosemeadoraseg-laeaobrigaodoproprietriodenoexigirdo lavradoroutracoisa senoseudireitode terooudequartoqual for aterra(cf.Prez,Estudios,cit.,p.115).

    3.Ocupaodeenxamesdeabelhas.CC/16,art.593;CC/02,art.1.263Sobre a ocupao de enxames de abelhas, temos a regra: So coisas sem dono e sujeitas

    apropriao:()IIIOsenxamesdeabelhas,anteriormenteapropriados,seodonodacolmeia,aquepertenciam,osnoreclamarimediatamente(CC/16,art.593),hojetratadagenericamentenoart.1.263doCC/02.Asabelhassoassimiladasaosprodutosdosolo.OdireitonrdicoregulaodescobrimentodeenxamesouKoppofunder,conferindoumaparteaoinventoreoutra iuresoliaoproprietriodoterreno;quando a descoberta se fazia em terreno do qual o inventor era consorte, isto , em bosque de usocomunal, apropriedadedoenxamesedava somentequandoo inventormarcassearvoreondeele seencontrava,evitandosecontestasseseudireito(cf.Prez,Estudios,cit.,p.120).

    4.Caaepesca.Arts.594e599doCC/16.LegislaodeCaaePesca.DireitoromanoNapropriedadeconsorcial,comovimos,osmonteseasguaseramdodomniocomunal,demodoque

    todos os consortes podiam us-los exercendo livremente a caa e a pesca. Essa propriedade no erapblica,masprivada,daporquesepermitiasomenteaosvizinhosacaaeapescanotrmino,isto,noterreno dependentedoConselho.Quandoapropriedadeseindividualizou,acaaeapescasomentepodiamserexercidascomoconsentimentodoproprietrio.Foia soluoadotadapeloantigoCC(arts.594e599).Amatriaregula-sepelaLein.5.197/67(caa),Decreto-lein.221/67eLein.11.958/2009(pesca).Assoluesdadaspelodireitoromano,noquetangecaa,noeramuniformes.Acaapertenciaao

    caador,querseverificasseacaadaemterrenoprpriooualheio,comousemlicenadodono,porquenohavianenhumarelaoentreoterrenoeoanimalselvagemcaado;pormosenhordoprdiorsticotinhadireitoaumaindenizaocasosofressealgumprejuzo.Aregranoseaplicavaquandosetratavadeanimaldomstico,porqueestenoseadquiriaporocupao,comosedcomosselvagens.Demodoque,em qualquer lugarqueseencontrasse,continuavapropriedadedeseudono,quetinhao direitodereav--lodopoderdequemodetivesse.

  • AregraconsubstanciadanovelhoCCsemelhante,comadiferenadequeperdeessaqualidadedesdeomomento emque seudonodeixede procur-lo (CC, art. 596), ficandocoisa semdono (CC/02, art.1.263).Seodonodeixadeprocuraroanimalquefugiu,estesetornaanimaldecaa,porqueseconsiderava

    resderelicta.Tal condutadoproprietrio faz comqueoanimaldomstico se faa livre.A legislaojustinianadeclaraqueaderelictioconverteacoisaemnullius,demodoqueficavasujeitaocupao(Prez,Estudios,cit.,p.122).

    5.Costumecomofontedodireitoagrrio.Art.1.215doCC/16.Arts.21,2,e44doRegulamenton.59.566,de14-11-1966Ocostumeteveumaimportnciafundamentalnaelaboraodaeconomiaagrriaqueafetouaformao

    dodireitoruralconsuetudinrio,aprincpio,e depoisemformadeleislocais.Ocostumequefazalei, diz-se em documento do sculo XII; da a pluralidade de direitos locais, fato inevitvel naelaboraotradicionaleempricadodireito(cf.PontesdeMiranda,Fonteseevoluododireitocivil,p.55).Ocostumeodireitoecaracterizoutodososordenamentosjurdicosdospovosprimitivos(cf.F.Pergolesi&B.Rossi,Elementididirittoagrario,p.11).Mesmodepoisdecodificadoodireito,ocostumeaindamantevesuagrandeimportncia,passandoaintegrarosrepertrioslegais.Assim,temosem nossa legislao a regra que dispe que o locatrio que sai franquear ao que entra o uso dasacomodaes necessrias a este para comear o trabalho; e, reciprocamente, o locatrio que entrafacilitaraoquesaiousodoquelheformisterparaacolheita,segundoocostumedolugar(CC/16,art.1.215, e Dec. n. 59.566, de 14-11-1966 que regulamenta o ET art. 44). Os usos e costumesregionaisinfluemnoperododesafradeanimaisdeabate(Dec.n.59.566,art.21,2).Comprova-se assim a autoridade do costume e do uso (Consuetudines ususque longaevi non vilis

    auctoritasestC.8,53,2Aautoridadedocostumeedeumlongousorespeitvel).Noexamequesefizerdosinstitutosvigentes,principalmenteemdireitoagrrio,podemosdescobriressnciasvivasdomundoemquesooupelaprimeiravezahora jurdicadeRoma.NemtodoodireitoromanodeRomavive, ainda, em ns, mas vive algo mais do que costumamos suspeitar, em que pese a mudana e amaneiradeestilo.Asubstnciapermaneceaindaqueoprocessosejadiverso.Os costumes medievais que orientaram a agricultura transmitiram uma herana cultural muito

    importanteparaoestudododireitoagrrio.

    6.Direitoromano.Direitodeestirpeedireitodecultura.ImportncianodireitoagrrioOdireitoromano,comojdestacamos,influimuitosobrenossodireito agrrio,detalmodoqueseu

    estudotornamaisfcilcompreenderoregimejurdicoadotadoemnossasleissobreamatria.Nosepodenegartambmquetenhahavidoalgumainflunciagermnicaegrega.AessesdireitosArrigoSolmichamadedireitosdeestirpe,paradistingui-losdosdireitosdecultura.Odireitodeestirperefleteaunidadehistricaquesechamacultura(cf.Prez, Estudios,cit.,p.17).Osdireitosdeestirpeformamasfontesdosdireitosdecultura,quesoosdireitosmodernosquesurgiramcomoprodutodeelementosdeconfiguraoegnesismuitovariadas(cf.Prez,Estudios,cit.,p.17).Aculturaserecebetantodopassadorecentecomodoremoto(cf.Slocum,Sociologiaagrcola,p.7).

    Compreendeaculturaosvaloresmorais,oscostumes,o idioma,as instituies,a tecnologia,as leiseoutras normas que comportemosmembros de um sistema social, no dizer deSlocum. J examinamosalgunsaspectosdeheranaculturalqueinfluramnaformaododireitoagrrionacional.

  • Aculturafrutodomeiosocialesomenteexisteondehsociedade,masnoseconfundecomesta.Sohomempossuiasduasculturaesociedadeaomesmotempo,porqueaculturapeculiaraoserhumano.ComoassinalaKroeber,aculturaeasociedadehumanaconcorrem;assim,qualquerfenmenoqueimpliquerelaesentreospovostem,forosamente,umespaoculturaleoutrosocial(apudSlocum,Sociologia,cit.,p.8).A maneira de proceder dos primitivos agricultores foi fruto de experincias e se transmitiu

    naturalmentedentrodeumasociedaderural.Essasmaneirascorretasde tratara terra transmitem-sedegeraesemgeraes,formandoumacultura.O costume tenazmente aprovado e observado, de outros tempos, tem muitas vezes impedido o

    progresso tcnico,mesmo em pases de alto grau de progresso agrcola.H uma reao constante sinovaestcnicas,eistosepodevernosdiversostiposdeagriculturanassociedadesmodernas.Agentedocampomaisconservadora,daporquemaisdifcil introduzirem-seinovaes.Noobstante,asmudanas nas culturas rurais so muito elevadas no mundo atual, embora em grande parte dosagricultoresaindasubsistaaculturadosprimeiroscolonosimigrantes.No caso do direito brasileiro, no se pode esquecer a contribuio cultural de nossos imigrantes

    europeus, principalmente no tocante tradio agrcola resultante de sculos de ensaios e erros,constituindoabasedeumaagriculturaprspera.Os costumes agrcolas dessas imigraes passaram aos seus descendentes, inclusive o amor ao

    trabalhoeterra,demodoqueseucultivonoeraparaumacolheitas,masparasempre.Todasessasqualidades fizeram com que, na parte sul doBrasil, semantivessem nas propriedades agrcolas, semembargodoseuaspectoconservador.

    7.Direitogrego.Suacontribuio.Arts.95,IV,e92,3e4,daLein.4.504/64.Jusprotimesis.Direitodepreferncia.Arts.505e504doCC/02Como anotamos, o elemento romano uma fonte importantssima para o estudo do direito agrrio,

    constituindoomaispoderosodosfatoresjurdicosqueinfluememnossavidahistrica.Pormnosepode esquecer aqui avaliosa contribuiodo costumeedodireitogrego, principalmente tendo-se emvista que foram eles que transmitiram aos romanos a noo de economia, inclusive a agrria, onde -apareceemsuainfnciaousodaterra,medianteopagamentodeumcnonoualuguel.Algunsinstitutosjurdicosaindaemvigorsoprodutosdascircunstnciaseconmico-sociaisqueherdamosdosgregos.Os gregos eram mais tericos do direito que os romanos, que eram prticos. Uma srie de

    contribuiesjurdicasprivadasencontrasuaexplicaonessacontribuiohelnica.Unestudiodetenidonosharaver,sinduda,unprofundoinflujogriegoenmateriadederechoagrario.

    Lo que Grecia ense a Roma debi conocer primero a todas las tierras sujetas a su dominio. Laeconoma servil, laorganizacinunitariade los fundoso sencillamenteesepredominioabsolutode laagricultura que caracterizaba siempre la ciudad, son detalles que lgicamente conducen a la atencinhacialosproblemasagrarios.Guiraudnota(HistoiredelapropitfoncireenGrce,p.69)quedelpasajedeTucdides,II,16,sededuceclaramentequelosmismosnoblesgriegosnovivanenlaciudadypasabanalgntiempoenel campo,sinoqueenste tenansudomicilioefectivo.Inclusolosguerreroscultivaban la tierra.Un fragmento dePhilocoro asegura que los jefes de familia tomabanparte en lostrabajosagrcolastanactivamentecomosusservidores.EnlaOdiseaXXIV,227-231tambinseadvierteesto: allLarte aparece aUlises ocupado en su vergel: recurdese lo que dice aEurmacos (OdiseaXVIII, 366-375)de trabajar, sin comer, todounda largodeprimaveray traer rectos,magnficos, lossurcosdelarado.Sierarealmentelavidagriega,comoesposibledesconoceruninflujopoderossimoen

  • la regulacin del derecho agrario? Seguramente instituciones de tanto abolengo hispnico como laenfiteusisnacieronyaenaquellapocayseaplicaronsobrelaPennsulaIbrica(cf.Prez,Estudios,cit.,p.29-30).A influnciadaGrciapor intermdiodeRomadestacante, ponderaPrez, tendochegadoatns

    pelocaminhopeninsular.EmRomanohaviaumateoriageraleconmica.Ateoriaagrriatomadaaosgregos(cf.EdgardSalin,emnotadePrez,p.31).Aevidnciadissotemosnasregrasconsubstanciadasnosarts.95,IV,e92,3e4,daLein.4.504.Estabelece-seque, no casode alienaodo imvel arrendado, o arrendatrio temprefernciapara

    adquiri-loemigualdadedecondies.ojusprotimesisquenosveiodaGrciapormeiodeRoma.Significaumdireitodepreferncia,talqualaseestabelece.Consistiadeumpactooudalei.Recebeuseunometcnicodeprotimesispocabizantina,massabe-sequeexistiaemdatamuitoanterior.Desdequeapessoaaquemseconfereodireitoofereceigualdadedecondies,substitui--seaocomprador.Pode ser convencional ou legal. O primeiro teve duas aplicaes: a) em proveito do vendedor

    retrovenda(emptiovenditio),isto,ovendedorpodereservar-seodireitoderecobrar,emcertotempo,o imvel que vendeu (CC, art. 505); b) em proveito de coerdeiros que, ao deixarem pro indiviso oimvel herdado, convencionam que aquele dentre eles que queria vender ou alienar sua parte deverfaz-loaosconsortesousucessores,porumpreodeterminado.Nocasodeviolaodepacto,cabenaprimeira hiptese a ao de venditi e na segunda, a ao familiae erciscundae. Esta figura, emboraalterada,persistenodireito conferidoaocondomnio,nacoisa indivisvelemcasodevenda(CC,art.504).O segundo (legal) teveorigemdos editos dopretor e nasConstituies imperiais que admitiamvriascausasdepreempo,taiscomovenda,arrendamentoeenfiteuse.Assim,emcasodeinsolvnciado devedor, um cognato deste prefere o estranho; um credor tm preferncia sobre o cognato. Entrecredores, prefere-se na aquisio da coisa aquele que tem maior crdito. Entre parentes, os filhosparecempreferir os parentesmais afastados, tal como severifica,mutatismutandis, na remisso dosbensarrematados(CPC,art.787).ConformeumaConstituiodeConstantino,emcasodepropriedadeindivisa,temumconsortedireito

    partedaquelequequeiravend-laaestranho, conformetemoshojeexpressoemnossoCC(art.504).Admitia-semesmoqueacoisaimvelfossedivisvel,poisConstantinoconferiaestedireito,mesmoqueofundosedividisse,paraefeitodepartilha.Houveumtempoemqueserecusouessedireitoaoconsorte.FoipocadeDeocleciano.Havia uma certa dificuldadena aplicaodaquele direito depreferncia conferidoporConstantino,

    visto que os condminos deviam agir simultaneamente, e, caso residissem em jurisdies diversas, oprocessosearrastavaporlongotempo,semesquecertambmqueissoocorria,muitasvezes,pelam-fdos litigantes. Resolve-se a dificuldade em 362, quando Juliano, por uma Constituio, autoriza aocondmino(coproprietrio)agirindividualmente,semprecisarsepreocuparcomosdemais.ahiptesedoart.504donossoatualCC.Essedireitodepreferncia(protimesis)sofreumrevs,novamente,em391,quandoValencianoIIempreendeoutrasmedidas,numaConstituiodirigidaaNicmacoFlaviano,e suprime esse direito em relao aos parentes e consortes (condminos), consagrando ento a plenaliberdadedapropriedadeindividualdemodoapermitirsualivrealienaooudisposio.Notocanteprefernciaconferidaao locatrionoarrendamentoporprazodeterminado,emcasode

    renovao, o art. 95, IV, da Lei n. 4.504 (ET) dispe: em igualdade de condies com estranhos, oarrendatrioterprefernciarenovaodoarrendamento.Aorigemdessedireitoojusprotimesisdetoremotaexistncia.Comovimos,eraeleaplicvelsomenteemcasodevendadacoisacomum,masdepois foi estendido, tambm, ao arrendamento ou locao. Isso se deu primeiro em benefcio dosarrendatrios dos fundi publici, por um rescrito (resoluo rgia) de Arcadius e Honorius. Os

  • arrendatriosantigospreferiamaosnovos,isto,aquelespretendentesouproponenteslocao(comonoart.95, IV,oproprietriodevedarcinciaaoarrendatrioantigodapropostadonovo),desdequeoferecessemiguaiscondies(boascondies).Posteriormente,emoutrorestritode428-429,taldireitofoiestendidoaos arrendatriosdaresprivata, demodoque, seumapessoa alugasse sua propriedaderural por tempodeterminado e, quando se fosse vencer o prazo, umaoutra pretendente oferecesse umaluguelsuperioraovigente,oprimeirolocatriopreferiaaonovoseconcordasseempagaradiferena,isto , em igualdadede condies comeleoestranho relao locatcia.Eraummeiode ter oarrendatrio vinculado terra emanter-se a produo agrcola,mesmoporqueo arrendamento era delongoprazo,emregra,chegandoataperpetuidade.Depois,oarrendamentotornou-setemporrio,contrariamenteenfiteusequepassouperpetuidade.O

    quedetinhaodomniotilenfiteusenogozavadodireitodepreferncia(protimesis)emcasodevendadapropriedadeporpartedosenhorio,comgravesprejuzosparaaagricultura,porqueaenfiteuse,emregra,eradeprazocurto(cincoanos).Poisbem,paraobviarisso,Justinianoconcedeaoproprietriodofundoenfituticoumdireitoigualaoconferidoaoarrendatrio,demodoque,quandooenfiteutaquervenderseudireito(domniotil)aterceiro,primeirodeveoferec-loquele(nu-proprietrio).Eraumasoluonatural,porqueoprimeiroesboodelasedescobrenosarrendamentos(cf.Lafayette,Direitodascoisas,p.396),tantoqueseconfundiam.Temporriosemprincpios,osditosarrendamentosforampouco a pouco revestindo um certo carter de estabilidade que lhes comunicava a qualidade doslocadores pessoas morais de existncia indefinida. Caminhando as coisas neste teor, veio afinalprevalecer o princpio: os arrendatrios no poderiam ser despejados do imvel enquanto pagassempontualmente a renda estipulada. A adoo deste princpio converteu de fato os arrendamentos emperptuos.Paraprotegeraposiojurdicaquedestartesecriouparaosarrendatrios,deu-se-lhesumaaoreal(actiovectigalis).Aconcessodeumatalaoimportavavirtualmenteoreconhecimentoemfavordosarrendatriosdeumdireitorealsobreoimvelsujeitoaoarrendamento(agervectigalis).Estedireitosobreoagervectigalis,comaobrigaodepagarumarendaanual(vectigal),jcontmemsioselementossubstanciaisdaenfiteuse.Maistarde,osimperadores,nointuitodeatraremcultivadoresparaas suas vastas propriedades sitas pela maior parte em regies longnquas, tomaram o conceito dearrend-lasalongosprazoseaindaemperptuoporpreosinferiorestaxacomum.Osparticulareseasigrejas,quetambmpossuamgrandesdomniosnasmesmascondies, imitaramoexemplo.Odireitoqueporvirtudedessesarrendamentosseconcediaaosarrendatriosadquiriuporfimocarterdedireitoreal.Osimveis,daintenocomqueeramfeitososarrendamentos,passaramasechamarenfituticos(praedia emphiteutica) e o direito resultante, direito enfitutico (jus emphiteuticum) (cf. Lafayette,Direito,cit.,p.371).fcilcompreenderaprofundaanalogiaquehaviaentreosprdiosenfituticoseoagervectigalis.

    Em verdade, o jus emphiteuticum confundia-se perfeitamente com o jus sobre o ager vectigalis. Adiferenaeraapenasdenome.Justinianoafinalfundiuemumaasduasinstituies,ficandoconsideradassinnimasasduasdenominaes(cf.Lafayette,Direito,cit.,p.371).Temosassimaorigemdodireitodepreferncia,tantodoarrendatrio, consagradopeloET,comodo

    proprietrioenfitutico,estemaisantigonodireitoptrio,poisvamosencontr-lonoart.683doCC/16.Igual direito se estendia ao foreiro (enfiteuta), quando o senhorio pretendia vender o domnio direto(CC/16,art.684).Deve-seesclarecerqueodireitodepreferncia,emboraseucarterdedireitoreal,conformeLafayette, nouma restrio aodireitodepropriedade, igual servidopredial,masumalimitao.

    8.Fonteslegaisdodireitoagrriobrasileiro.Enfiteuse.Arts.683,685,681e692do

  • CC/16.CF/88Ao lado das fontes consuetudinrias e culturais apontadas, vamos encontrar as decorrentes de leis

    denominadasfonteslegaisdodireitoagrriobrasileiro.O direito agrrio no Brasil nasceu dos descobridores e imigrantes. Tivemos o que o colonizador

    portugustrouxeeenxertounonovocontinente.UmapartegrandedessacontribuiojexaminamosnoContratosnodireitoagrrio(Ed.Sntese),noconcernenteaosarrendamentoseparcerias.Odireitoportugusrecebeuoinfluxododireitoromano,germnicoecannico.Aelesseadicionao

    elemento nacional, o que as condies da vida peninsular e, particularmente, lusitana, revelaram emcostumeseaspiraesspopulaesdePortugal(PontesdeMiranda,Fontes,cit.,p.49).OBrasil regeu-se pelas leis portuguesas at 1917, embora independente desde 1822, representadas

    pelasOrdenaesFilipinasdoanode1603.MesmodepoisdaRepblicaelas foramrespeitadas,poisContinuam em vigor, enquanto no revogadas, as leis do antigo regime, no que explcita ouimplicitamentenoforcontrrioaosistemadegovernofirmadopelaConstituioeaosprincpiosnelaconsagrados(art.89).ALei de 20-10-1823 outra coisa no fizera quandomandou que vigorassem asOrdenaes, Leis e

    Decretos promulgados pelos reis de Portugal at 25-4-1821, enquanto se no organizasse um novoCdigo ou no fossem especialmente alterados. Depois disso aboliram-se os morgados e quaisquervnculos;fez-seareformahipotecria.Aproibiodesedividiroimvelruralemreasdedimensoinsuficientesuaexplorao(ET,art.

    65)nonova,poisominifndiofoiumapreocupaoconstantenapennsula,daanormaexistentenaOrd. doLiv. IV,Tt. 36, 1, que proibia a diviso do terreno foreiro, e oAlvar de 6-3-1669, quemostravaos inconvenientescausadosaosproprietriospelapulverizaodas terras,dizendo:doqualcostume...resultavatonotvelprejuzoaossenhoriosdetaisprazos,fazendo-seapartilhadelescontraaformadosemprazamentos,porcujacausaosditossenhoriosnoconheciamjquemeramoscaseiros,assimpela limitaodas terras,comopelosforosestaremdivididosempartes tomidasquevinhaaficarmaisfcilaossenhoriosdeix-losperderquecobr-los(cf.Lafayette,Direito,cit.,p.416,154,nota4).Apesardisso,ocostumevenceuanormalegaleasdivisescontinuaramemnossopas,tendoossenhoriosdeordinrioseconformadocomessaprtica(cf.Lafayette,Direito,cit.,p.417,nota6).Aenfiteuseinteressasobremodoaodireitoagrrio,porquerecaisobreterrasnocultivadasequese

    destinamaocultivoagrcola,podendoserobjetodecontratosagrrios.Oenfiteutanopodiavenderodomniotilsemprvioavisoaosenhorio;casoofizesse,poderiaeste

    usar de seu direito de preferncia (CC, art. 683). J se dispunha que o enfiteuta que sem acordo dosenhoriovendeumapartedoprazoincorreemcomisso(cf.Lafayette,Direito,cit.,p.416,nota3)(Ord.,Liv.IV,Tt.38).Os bens enfituticos transmitiam-se por herana, mas podiam ser divididos em glebas sem

    consentimentodosenhorio(CC,art.681).Pormortedoenfiteutapassaoprazoaosseusherdeiros,osquaisficampossuindoindivisoatquesefaaapartilha(cf.Lafayette,Direito,cit.,p.416,nota2).Nocasodenohaverherdeiro,aenfiteuseseextinguia,devolvendoodomniotilaosenhoriodireto

    (CC,art.692),salvodireitosdoscredores,inclusiveofisco.Antesdeseestipularisso,jseadotavaomesmo critrio por costume. Antes do CC, era pacfica a doutrina que a subentendia (cf. Pontes deMiranda,Fontes,cit.,p.99).Foi o costume que engendrou a subenfiteuse, a que, depois, haver leis que se refiram, como o

    Decreton.5.581,de31demarode1874,arts.4,7,24,6(cf.PontesdeMiranda,Fontes,cit.,p.99).

  • ACF/88extinguiuaenfiteuserural,prevendoaurbana,aserreguladaporleiordinria,assegurando-seosdireitossocupaesexistentespelaaplicaodeoutramodalidadedecontrato(CF,ADCT,art.49epargrafos),continuandoaenfiteuseparaterrasdaUnio:terrasdemarinhaeseusacrescidos,situadasnafaixadesegurana(CF,ADCT,art.49,3,eLein.9.636,de15-5-1998).

    9.Funosocialdapropriedade.Art.170,III,daCF.LeidasSesmarias.Art.2doETA propriedade deve cumprir sua funo econmico-social (como dizem os arts. 170, III, e 184 da

    Constituiode1988eart.2doET), sobpenade serdesapropriada,porquede interesse social oaproveitamentodetodaapropriedaderuralimprodutivaouexploradasemmanternveissatisfatriosdeprodutividade.velhaapraxedesetiraremasterrascultivveisaosdonos,porasteremabandonadooudesleixado,

    paraserementreguesquelesqueaslavrassemecultivassem.QuandosepublicouaLeidasSesmarias,erajvelhoessecostume(cf.RuyCirneLima,RegimedasterrasdoBrasil,Globo,1933,p.10).Na Lei das Sesmarias, essa praxe fez-se lei escrita, combinando-se, porm, com providncias

    severssimas acerca dos lavradores, nas quais transparece, tambm, a influncia da instituio, aindaentogeneralizada,docolonatoadscritcio.DaprticadedarocultivosterrasdesaproveitadaspelosproprietriosnegligentesedefragmentosdoinstitutodaadscrioseconstituiaLeideD.Fernando.A finalidadedaLeidasSesmarias era aumentar aproduo,pois, se todas as terrasquehaviamno

    Reino fossemcultivadas,haveriapodesobejopara todaagente,enoserianecessrio traz-lodefora.Apropriedaderuraldesempenhasuafunosocialquando:favoreceobem-estardosproprietriose

    dostrabalhadoresquenelalabutam,assimcomodesuasfamlias(ET,art.2,a).Poisbem,outranoera a finalidade da Lei de D. Fernando, que tratou de promover o reerguimento da lavoura, joferecendobraosaosque tivessemterras, joferecendo terrasaosquequisessemlavrar (RuyCirneLima,Regime,cit.,p.13).

    10.Art.17doET.Terrasdevolutasfederais.Art.11doET.Histriasdassesmarias.SuaaplicaonoBrasilOacessopropriedaderuralserpromovidomedianteadistribuioouaredistribuiodeterras(ET,

    art. 17). No que tange s terras devolutas federais, reconhecem-se as posses legtimasmanifestadasatravsdeculturaefetivaemoradahabitual(ET,art.11).acontinuaotradicionaldodireitoagrriobrasileiro herdado dame-ptria portuguesa. Foi sempre uma preocupao constante dar as terras alavrar,aindacontraavontadedodono,desdequeparaobemcomum(cf.RuyCirneLima,Regime,cit.,p. 12). Foi no reinado de D. Fernando I que surgiu a Lei das Sesmarias que se aplicou no Brasil evigorouataResoluode17-7-1822.Suafinalidadeeraadistribuiodasterrasincultas,abandonadasemvirtudedaguerraedacolonizao.Foioperododasconquistasenavegaesquedespovoouoreinoe abriu umvazio, que as riquezas no podiam encher (cf.Coelho daRocha, apudRuyCirneLima,Regime, cit.). Situao idntica verifica-se no ImprioRomano, poca da decadncia: abandono deterras por distintas causas (presso dos impostos principalmente), e se forja a figura da ocupao doagerdesertussobreaideiadaderelictio(cf.Prez,Estudios,cit.,p.122).Alegislaojustinianaimpemedidasparaimpedirqueapropriedaderuralfiqueinculta(Cd.Just.11,59,8e11).Asafinidadesdalegislaodassesmarias,apartirdesteperodo,comaL.11,Tt.deomniagrodeserto,C.,Liv.XI,nopassaram,alis,despercebidasaLobo,queasassinala,fazendooconfrontoentreumaleideD.JooII

  • eoscomentriosdeStrykiusePerezius,sobrealeiromana(cf.RuyCirneLima,Regime,cit.,p.17).As sesmarias passaram das OrdenaesManuelinas s Filipinas, quase sem nenhumamodificao,

    estabelecendo-seentoasnovasbasesdodireitoagrrionoReinoenacolniadoBrasil.Asedefineassesmariascomoasdadasdeterras,casais,oupardieiros,queforam,ousodealgunssenhorios,equejemoutrotempoforamlavradaseaproveitadas,eagoraonoso(OrdenaesManuelinas,Liv.IV,Tt.67,eFilipinas,Liv.IV,Tt.43).Finalidadeprecpuaquelapocafoiorepovoamento,coisaquenoseverificanaconjunturaatualdoBrasilpeloET,dadaagrandedensidadedemogrficadealgumaszonascoloniais,comacentuadaemigraoparaasterrasmaisfrteiseabundantesdeoutraszonasagrcolas.

    11.TerrasdoBrasileaOrdemdeCristo.Terrenosmaninhos.OrdenaesManuelinas.CartaRgiade20-11-1530.Latifndios.Influnciafeudalnacolonizaobrasileira.PossecomomeiodeaquisioAsterrasdoBrasilestavamsobajurisdioeclesisticadaOrdemdeCristo,masnossasterrasque

    nunca foram lavradas e aproveitadas foram includas entre os aludidosmaninhos caracterizados pelasOrdenaes(OrdenaesManuelinas,Liv.I,Tt.67,8,eFilipinas,Liv.IV,Tt.43,9).Eraocasodas terrasdoBrasil.MascomoseproibiaOrdemdeCristoapropriedadedosmaninhosque ficavaimpossibilitada de afor-los aos povoadores, inevitvel se tornava a transplantao do instituto dassesmariasparaaterraachadaporCabral,supostoquemeiolegaldiversonohaviaparaopovoamentodaimensaglebaaindainviolada(cf.RuyCirneLima,Regime,cit.,p.35).OprimeiromonumentodassesmariasnoBrasilacarta-patentedadaaMartimAfonsodeSouzana

    ViladoCratoa20-11-1530,quelhepermitiaconcedersesmariasdasterrasqueachasseesepudessemaproveitar(cf.RuyCirneLima,Regime,cit.,p.36).Posteriormente,D.JooIIItomounovaresoluo,mandandodividiracostadoBrasilemcapitanias,cabendoaseusdonatriosa faculdadedeconcederterras.Essamedidafracassouedeuospioresresultados,implantandoemnossaterraomaiorlatifndioquesepossaimaginar,poistinhacinquentalguasdecosta.Vimos ainda nessas doaes latifundirias clusulas que permitiam a concesso de terras, em

    sesmarias,quelesqueasquisessemcultivar.Aosdonatrios,veda--se-lhes,numapalavra,apropriarem-sedosmaninhosexistentesdentrodoslimitesdesuascapitanias,nolhessendolcitosenoconced-losdesesmarias(cf.RuyCirneLima,Regime,cit.,p.39).ComavindadeTomdeSouzacomoprimeirogovernador doBrasil,modificou-se a legislao sobre as doaes, passando-se s sesmarias, pois sedizia:Dar-se-hodesesmariaconformeoRegimentodoGovernador-Geralasterrasdasribeirasvizinhasapessoas,quetenhampossesparaestabelecerengenhosdeassucar,ououtrascoisas,dentrodeumcertoprazolhesserassignado.Embora essa nova fase, as sesmarias no impediramos latifndios enormes que, por sua vez, eram

    repartidos em tratos entre os povoadores da colnia. A maioria dos grandes latifndios foi feita afidalgos portugueses que estavam acostumados s grandes propriedades da metrpole, como osmorgadios,ossolaresetc.cultivadosporservos.Porisso,nossaterrasomentepodiaserexploradaemformalatifundiria,poisparaelesnopossvelainstituiodeoutrosistematerritorial,nodizerdeOliveiraViana(Evoluodopovobrasileiro).A influncia feudal se faz sentir na colonizao incipiente brasileira, com reflexos at nossos dias,

    porque as concesses de sesmarias interessarammais aos latifundirios daquela poca pelosmotivosapontados.Vmda os erros e distores da distribuio das terras brasileiras, pois no foi adotadonenhum plano a este respeito. Como no podia deixar de ser, o sistema no deu resultado porque oscolonos ficaram abandonados nessa escolha das terras a cultivar e lavrar. Isso se refletiu, como era

  • natural, sobre a propriedade rural em que somente a aquisio jure occupationis podia fazer-lhependant(cf.RuyCirneLima,Regime,cit.,p.43).Assenhorear-sedeumpedaodeterraecultiv-lo,dizomestre,almdetudo,devia,paraosnossoscolonizadores,serprefervelacorrerahierarquiadaadministraoataogovernadore,depois,ataorei,afimdeobterumaconcessodesesmaria(p.43).EssamaneiradeadquiriraterrasefezcostumequenopodedeixardeserreconhecidopelaslegislaesqueseseguiramatoadventodaLeide1850,queprocurouprordemsobreamatria,emboraoregimedassesmariastivesseacabadocomaResoluode17-7-1822.Noperodoquevaidaindependnciaou,melhor,daResoluode17-7-1822ataLein.601,de18-

    9-1850,apossefoiomeiousadoparaaaquisiodapropriedade.Alavouranopdedesenvolver-se,assinalaRibas,senopelaocupaodosterrenosqueseachavamdevolutos(Aespossessrias,p.7).A ocupao (ou posse) fez-se costume entre nossos colonos, demodo que as propriedades das terrasdevolutas se faziam pela ocupao. Apoderar-se de terras devolutas e cultiv-las tornou-se coisacorrenteentreosnossoscolonizadores,etaisproporesessaprticaatingiuquepde,comocorrerdosanos,viraserconsideradacomomeio legtimodeaquisiododomnio,paralelamenteaprincpioe,aps,emsubstituioaonossotodesvirtuadoregimedassesmarias(cf.RuyCirneLima,Regime,cit.,p.56).Comosepodever,conformenosinformaoDr.JosAugustoGomesdeMenezes,emsuasReflexes

    (1860,p.334),omtodoat1822usadoparaadistribuiodasterraspormeiodassesmariaseoquetem-seempregadodeentoparacpormeiodaspossesfoisubstitudopelaLeide1850,commaiorvantagemeconvenincia,querparaoEstado,querparaosparticulares.

    12.Lein.601,de1850.Art.11doET.Respeitoposse.Posselegtima.Art.3daLein.4.947.Possecomculturaefetiva.Art.25doDecreton.1.318,de30-1-1854AntesdaLein.601,de1850,comovimos,aaquisiodapropriedaderuralsefaziapelapossecom

    culturaefetiva,fazendo-secostume.Depoisdasfasesdassesmariasedasposses,passamoscomessalei(601)fasedaleidasterras(cf.JosEduardodaFonseca,RF,38:267).datradiodenossodireitoagrrioorespeitoatodososdireitosadquiridos,demodoquepelaatual

    legislao(ET,art.11),oINCRAficacomautoridadeparareconhecerasposseslegtimasmanifestadaspormeiodeculturaefetivaemoradahabitual,bemcomoparaincorporaraopatrimniopblicoasterrasdevolutas federais ilegalmente ocupadas e as que se encontrarem desocupadas. Essa norma umacontinuaodoquejsevemfazendohmaisdeumsculo,tendocomomarcoinicialaLeideTerrasde1850.Aquitambmsereconheciamaspossesmanifestadasporculturasemoradahabitual(art.5),demodo que foram legitimadas, pois Sero legitimadas as posses mansas e pacficas, adquiridas porocupao primria ou havidas do primeiro ocupante, que se acharem cultivadas, ou comprincpio decultura,emoradahabitualdorespectivo posseiro,oudequemorepresente(v.CF/67,art.171,eET,art.97).Oproblemaqueseapresentamaisrelevantenoart.11doEToquesejaposselegtima.aposse

    decorrentedeconcesseslegaisouamerapossecomcultivoehabitao,queddireitoausucapio?Essaposse