currículo e flexibilidade de currículo
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5/11/2018 Currículo e Flexibilidade de Currículo - slidepdf.com
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Currículo e Flexibilidade de Currículo
Cada vez mais as diversidades culturais, étnicas, religiosas, de géneros, etc., para além das
novas tecnologias de informação e comunicação, constituem uma referência central para a ação
das escolas e dos professores. Desde logo é um valor a preservar e a respeitar nas escolas e na
sociedade.
Além disso o desempenho docente tem de ser bastante diversificado, no sentido de que a
educação é para todos e tem de haver igualdade de oportunidades – Escola Inclusiva. A posição
da escola deve ser de proporcionar condições necessárias para que todos possam beneficiar de
uma educação de qualidade, tendo em conta as aspirações e as capacidades de cada um.
Estes pressupostos constituem portanto o suporte da flexibilização curricular e das respostas
alternativas ao currículo.
A escola pretende promover a igualdade de oportunidades, valorizar e promover a melhoria da
qualidade de ensino. Pretende ser democrática e inclusiva, de onde se obtenha o sucesso de
todos os jovens e crianças.
Desta forma importa planear-se uma educação flexível, feita por uma prática global integradora,
que permita responder a todos os alunos de igual forma, quer os que acompanhem o currículo
regular, quer os que necessitem de dinâmicas educativas especiais, para assim obterem o
sucesso.
Nestes termos tem vindo a afirmar-se cada vez mais a noção de escola inclusiva, que visa a
equidade educativa, ou seja garante para todos o acesso à escola e à chegada de resultados da
mesma forma. Assim todas as práticas educativas devem assegurar a diversidade de estratégias
que permitam dar resposta às necessidades educativas dos alunos.
Apesar dos esforços feitos para que todos tenham o ensino e a aprendizagem inclusiva, existem
ainda alguns casos em que as necessidades têm contornos muito específicos, exigindo assim
apoios especializados.
Estes apoios têm como objectivo responder às necessidades educativas especiais dos alunos
com limitações significativas “ao nível da actividade e da participação, num ou vários
domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente,
resultando em dificuldades de mobilidade e da participação social e dando lugar à mobilidade
de serviços especializados para promover o potencial de funcionamento biopsicosocial”
(Decreto Lei 3/2008 de 7 Janeiro).
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As alterações que serão necessárias a estas crianças e jovens implica uma alteração curricular,
fazer adaptações, arranjar estratégias diferentes dentro dos conteúdos, utilizar diferentes
recursos e instrumentos, alterar os processos e os procedimentos e ainda aplicar as tecnologias
de apoio facilitadoras de aprendizagem.
Estas mudanças não são só para os alunos, são também para todos os intervenientes, pais ou
encarregados de educação, professores, técnicos, funcionários e até os próprios colegas. As
escolas devem incluir assim nos seus projectos educativos adequações relativas ao processo
ensino e aprendizagem, para conseguir responder adequadamente e em tempo útil às
necessidades destas crianças e jovens.
Desta forma vem então o trabalho propriamente dito, devem-se conhecer bem os alunos, para
rapidamente se fazer uma referenciação, que pode ser feita por parte dos pais ou encarregados
de educação, dos docentes, dos técnicos que intervém com o aluno ou que tenham conhecimento
das suas necessidades educativas. Depois será entregue ao órgão de administração, para que se
possam rapidamente fazer as adequações necessárias, par que o aluno não possa ser prejudicado
ao nível do desenvolvimento e das suas aprendizagens.
Existem assim medidas educativas a serem utilizadas de forma a promover a flexibilidade de
currículo e a ajudar crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem ou necessidades
educativas especiais. São elas:
Apoio pedagógico personalizado
Adequações curriculares individualizadas
Adequações no processo de matrícula
Adequações no processo de avaliação
Currículo específico individual
Tecnologias de apoio
O Apoio Pedagógico Personalizado visa:
Reforçar as estratégias utilizadas na turma, ao nível da organização, espaço e
actividades a desenvolver.
Estimular e reforçar as competências e aptidões envolvidas na aprendizagem. Por
exemplo, se um ou vários alunos têm de desenvolver uma determinada competência ou
aptidão para chegar à aprendizagem.
Antecipar ou reforçar a aprendizagem de conteúdos leccionados no seio do grupo ou da
turma.
Reforçar e desenvolver uma competência específica.
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As Adequações Curriculares Individuais:
Fazem-se sempre que o Conselho de Turma determinar que aquela ou aquelas crianças
não obtiveram as competências essências para terminar um ciclo.
Podem ainda consistir na introdução de áreas específicas, que não faça parte do
curriculum comum, mas que seja importante para cegos, como aprender a leitura em
braille, orientação e mobilidade, treino da visão, actividades motoras adaptadas, entre
outras, para surdos, como o ensino bilingue, com a introdução de uma primeira língua,
língua gestual, que vai do pré-escolar ao ensino secundário, o português segunda
língua, que vai do pré-escolar ao secundário ou ainda a introdução de uma língua
estrangeira, que vai do terceiro ciclo ao secundário.
Podem ainda introduzir-se conteúdos intermédios, como forma de terminar o ciclo.
Podem ainda ser excluídas algumas actividades, das quais se verifique que o aluno
apresenta dificuldades na execução, tendo em conta a incapacidade do aluno, ou que as
tecnologias ao dispor não são suficientes para alcançar a aprendizagem.
Adequações no Processo de Matricula
As crianças com necessidades educativas especiais de carácter permanente segundo o
decreto-lei, têm direito a beneficiar das condições especiais de matrícula,
independentemente da sua área de residência, ou de fazer um adiamento de matrícula
por um ano e no primeiro ano de escolaridade, desde que devidamente fundamentadas.
Podem ainda matricular-se apenas em algumas disciplinas durante o segundo e terceiro
ciclos, desde que seja assegurado a sequencialidade do regime educativo comum.
Os jovens surdos, cegos ou de baixa visão, têm prioridade de matricula nas escolas
referenciadas para o caso, independentemente da sua área de residência.
As crianças e jovens com perturbações do espectro do autismo ou multidificiência,
podem-se matricular em qualquer escola, que não seja da sua área de residência, e a
escola tem de apoiar, nomeadamente criando unidades de ensino estruturado para ajudar
e facilitar as aprendizagens destes alunos.
Adequação no Processo de Avaliação
As crianças e jovens, tem direito a beneficiar de adequações ao nível da avaliação,
nomeadamente no instrumento de avaliação e certificação e alteração no tipo de prova.
Os alunos com CEI ( Curriculo específico individual) não são sujeitos ao regime de
avaliação comum, pois já estão sujeitos a essas especificidades no seu programa
educativo individual.
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Currículo Específico Individual
Propõe algumas alterações significativas ao currículo comum, podendo-se ajustar ao
nível da introdução, substituição ou eliminação de objectivo e conteúdos, consuante o
nível de funcionalidade do aluno. Dá maior relevância a actividades de cariz funcional ligadas ao contexto da vida do
aluno e a sua transição para o pós escola.
Tecnologias de Apoio
São todos os equipamentos facilitadores que se destinam a melhorar a funcionalidade do
aluno e a reduzir a sua incapacidade, permitindo assim a participação nas suas
aprendizagens e a sua preparação para a sua vida profissional.
Por fim e para que esta flexibilidade se complete há necessidades de cooperação e parcerias com
instituições particulares de solidariedade social, centro de recursos especializados, ou outros que
ajudem a criança com necessidades educativas especiais permanentes, ou a realização de
atividades de enriquecimento curricular nomeadamente atividades físicas e práticas de desporto
adequado, outra que dê resposta ao ensino para invisuais, a integração na vida pós-escola
(emprego), a integração em programas de formação profissional, preparação para integrar
centros de emprego apoiado, em atividades ocupacionais, entre outras.
Só com o nosso desempenho, motivação, trabalho, ensinamentos, sabedoria, união podermos
ajudar cada uma destas crianças ou jovens a sentirem-se iguais, pois é o seu envolvimento que
as torna numa condição de deficiência e não eles próprios.
Nesse sentido é necessário falar em quatro aspectos muito importantes que tem como conceitos
Flexibilidade Curricular, Currículo alternativo e Autonomia.
Primeiro falar em Diversidade e Alternativas Curriculares, temos de pensar na condição do
aluno, os seus modos de vida, as suas necessidades e conceber interacções educativas em
relação a elas, porque cada vez mais nos deparamos com alunos que necessitam dos professores
não numa perspectiva dos ensinamentos mas numa perspectiva universalista. Dar as mesmas
oportunidades a todos.
O segundo são as Características do Currículo Alternativo, a escola procura cada vez mais
atenuar as desvantagens que a sociedade causa, exclusão social dos alunos. E desta forma fá-lo
arranjando estratégias para que todos cheguem ao mesmo destino, que é o destino do
desenvolvimento humano, pessoal e social.
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O terceiro Os professores Face à Flexibilidade Curricular . Eu sei por experiência própria que
está ainda a ser interiorizado este conceito por parte de muitos professores, por comodismo
talvez, mas é o professor o principal ator para que todas as condições sejam dadas aos alunos, é
necessário que tenham bem vincado o valor humano e o quanto é importante para cada aluno os
seus ensinamentos e sabedorias e isso requer alguma autonomia para se dedicar não por uma
questão de ética mas mural.
O quarto e último Flexibilidade Curricular, Currículo Alternativo e Autonomia. No meu ponto
de vista tudo isto só é possível se o próprio sistema deixar, e estes conceitos estão associados a
medidas legislativas que tornam obscuro e passam para segundo plano os aspecto como a
qualidade, a diversidade e a autonomia do ensino.
Em sentido restrito Currículo é um conjunto de matérias a serem ministradas em
determinado curso ou grau de ensino. Assim e neste sentido, o currículo abrange dois
outros conceitos importantes – o de Plano de Estudos e o de Programa de Ensino. No
meu ponto de vista Plano de Estudos é um conjunto de matérias que devem ser
ensinadas, onde se indica o tempo em que se deve ensinar, o Programa de Ensino
são os conteúdos que correspondem a cada matéria, com indicação dos objetivos dos
rendimentos desejados e das atividades sugeridas