cultura: ‘somos todos capitÃes – salgueiro maia, … · impacto negativo na natureza. a...

3
Fundado em 1891 por João Arruda • Director: João Paulo Narciso SEXTA-FEIRA, 13 DE JULHO DE 2012 ANO: CXXI NÚMERO: 6317 CULTURA: ‘SOMOS TODOS CAPITÃES – SALGUEIRO MAIA, PÁGINAS DA VIDA’, EM EXPOSIÇÃO NA GALERIA 102 – CORREIO DO RIBATEJO, ATÉ 27 DE JULHO Escola de Saúde forma profissionais há 40 anos T. 243 323 304 Portela das Padeiras T. 243 356 000 SOC. DE PNEUS DE SANTARÉM LDA. TUDO EM PNEUS AO MELHOR PREÇO PNEUS L Moita Flores despede-se da presidência da autarquia SOCIEDADE, PÁG. 03 SAÚDE, PÁG. XI PUB FORTIFICAÇÕES DE ELVAS SÃO PATRIMÓNIO MUNDIAL O presidente da Câmara de Elvas considera a classificação uma mais-valia para o desenvolvi- mento da economia local, já que irá provocar uma “afluência muito substancial” de turistas. A clas- sificação da fortificação de Elvas como Património da Humanidade, na categoria de bens culturais, ocorreu na 36.ª sessão do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). REGIÕES, PÁG. 12-13 PUB CAMPANHA DE ASSINATURAS ASSINE O CORREIO DO RIBATEJO E GANHE VALIOSOS PRÉMIOS! 10.000 ASSINANTES Edição, 6.ª-feira • Preço: € 0,60 • Semanário Regional T. 243 370 364 • 243 333 116 • F. 243 333 258 Redacção: Rua 1º de Dezembro, 26 • AP 323 • 2000-096 Santarém Aponte seu smartphone com um software leitor que faça a interpretação deste código e veja mais! PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL. PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL Cavaco Silva inaugurou, sexta-feira, o parque de escultura contemporânea do Almourol que reúne esculturas de grandes dimensões de 11 artistas nacionais. Todos os segundos sábados de cada mês, um grupo de entusiastas dos automóveis clássicos reúne-se em Santarém. Os encontros, que se realizam há dois anos, surgiram “da necessidade de encontrar um sítio onde os apaixonados dos clássicos” se pudessem reunir. CULTURA, PÁG. 29 SOCIEDADE, PÁG.07 Barquinha é “prova de que a Cultura não está confinada aos grandes centros” PAÚL DA GOUCHA DE LIXEIRA A SANTUÁRIO NATURAL O Paúl da Goucha é uma zona húmida repleta de vida selvagem, que poucos conhecem fora das fronteiras do concelho de Alpiarça. Recentemente limpo e recu- perado, atrai espécies de animais cada vez mais raras na região. AMBIENTE, PÁG.10-11 O protocolo para a reparação da Es- trada do Casalinho (EM 557), que liga a Nacional 3 à freguesia de Casével e a outras localidades contíguas anda “perdido nos gabinetes há dois anos”. Após boicotes às eleições, cartazes, protestos e manifestações, foi apenas conseguida “uma mão cheia de nada”, lamenta Carlos Trigo, presidente da Junta. SOCIEDADE, PÁG.06 “Estrada de ninguém” é dor de cabeça para muita gente Entusiastas dos clássicos reúnem-se em Santarém

Upload: vukhanh

Post on 09-Feb-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Fundado em 1891 por João Arruda • Director: João Paulo Narciso

SEXTA-FEIRA, 13 DE JULHO DE 2012ANO: CXXI NÚMERO: 6317

CULTURA: ‘SOMOS TODOS CAPITÃES – SALGUEIRO MAIA, PÁGINAS DA VIDA’, EM EXPOSIÇÃO NA GALERIA 102 – CORREIO DO RIBATEJO, ATÉ 27 DE JULHO

Escola de Saúde forma pro� ssionais há 40 anos T. 243 323 304

Portela das PadeirasT. 243 356 000

SOC. DE PNEUS DE SANTARÉM LDA.

TUDO EM PNEUS AO MELHOR PREÇO

PNEUS LMoita Flores despede-se da presidência daautarquia

SOCIEDADE, PÁG. 03 SAÚDE, PÁG. XI

PUB

FORTIFICAÇÕES DE ELVAS SÃO PATRIMÓNIO

MUNDIAL

O presidente da Câmara de Elvas considera a classi� cação uma mais-valia para o desenvolvi-

mento da economia local, já que irá provocar uma “a� uência muito substancial” de turistas. A clas-

si� cação da forti� cação de Elvas como Património da Humanidade, na categoria de bens culturais,

ocorreu na 36.ª sessão do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a

Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). REGIÕES, PÁG. 12-13

PUB

CAMPANHA DE ASSINATURAS

ASSINE O

CORREIO DO RIBATEJO

E GANHE VALIOSOS

PRÉMIOS!

10.000 ASSINANTES

Edição, 6.ª-feira • Preço: € 0,60 • Semanário RegionalT. 243 370 364 • 243 333 116 • F. 243 333 258Redacção: Rua 1º de Dezembro, 26 • AP 323 • 2000-096 Santarém

Aponte seu smartphone com um software leitor que faça a interpretação deste código e veja mais!

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE

PLÁSTICO OU PAPEL.PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL

Cavaco Silva inaugurou, sexta-feira, o parque de escultura contemporânea do Almourol que reúne esculturas de grandes dimensões de 11 artistas nacionais.

Todos os segundos sábados de cada mês, um grupo de entusiastas dosautomóveis clássicos reúne-se em Santarém. Os encontros, que se realizam há dois anos, surgiram “da necessidade de encontrar um sítio onde os apaixonados dos clássicos” se pudessem reunir.

CULTURA, PÁG. 29

SOCIEDADE, PÁG.07

Barquinha é “prova de que a Cultura não

está confi nada aos grandes centros”

Fundado em 1891 por João Arruda • Director: João Paulo Narciso

pro� ssionais há 40 Moita Flores despede-se

SOCIEDADE, PÁG. 03

PAÚL DA GOUCHADE LIXEIRA A SANTUÁRIO NATURALO Paúl da Goucha é uma zona húmida repleta de vida selvagem, que poucos conhecem fora das fronteiras do concelho de Alpiarça. Recentemente limpo e recu-perado, atrai espécies de animais cada vez mais raras na região. AMBIENTE, PÁG.10-11

O protocolo para a reparação da Es-trada do Casalinho (EM 557), que liga a Nacional 3 à freguesia de Casével e a outras localidades contíguas anda “perdido nos gabinetes há dois anos”. Após boicotes às eleições, cartazes, protestos e manifestações, foi apenas conseguida “uma mão cheia de nada”, lamenta Carlos Trigo, presidente da Junta.

SOCIEDADE, PÁG.06

“Estrada de ninguém” é dor de cabeça para muita gente

Entusiastas dos clássicos reúnem-se em Santarém

Edição n.º 6.317 | 13 de Julho de 2012 AMBIENTE10

O Paúl da Goucha é uma zona hú-mida localizada entre Alpiarça e Al-meirim que durante largos anos este-ve sujeita à pressão humana e serviupara o despejo de lixo. Consideradoum dos locais mais poluídos do con-celho de Alpiarça, a situação levou àredução da biodiversidade, numa zonaaluvial atravessada pela Ribeira doVale de Atela. O Paúl, que ocupa umaárea total de 29,5 hectares, terá cercade 11 mil anos de existência, segundoa datação de carbono 14.

“A exploração humana do Paúl éposterior e surge já numa fase muitorecente da história natural”, explicaAna Mendes, bióloga do Instituto Su-perior de Agronomia (ISA). “Esta zonafoi inicialmente procurada pelos pri-meiros homens, como local de reco-lha e caça de alimento, e já nos tem-pos modernos para agricultura”. Final-mente, “há cerca de 40 anos terá sidoabandonada a cultura de arroz, tendoa natureza reocupado o local com avegetação natural que o caracteriza”,assegura.

Dominado por zonas de salgueiralarbustivo e áreas de caniçal, em redordo Paúl existe uma floresta de monta-do de sobro. A zona central do Paúl,que se encontra, relativamente, bemconservada, sempre foi procurada pelapopulação como local de lazer, sobre-tudo para a prática de caça e pesca,passeios de bicicleta ou a cavalo. Jáas áreas limítrofes têm sido palco deactividades motorizadas, causando umimpacto negativo na natureza.

A ‘Pedreira do Hilário’Com a requalificação ambiental em

vista, a Câmara Municipal de Alpiar-ça (CMA), proprietária da área, con-correu a um projecto europeu paradevolver a qualidade ambiental aoPaúl da Goucha.

Fortemente pressionado pela polui-ção, a lixeira existente no local foi se-lada e acabou-se com o licenciamentode extracção de inertes, sobretudoareias e cascalhos, que ocorria há vá-rios anos na conhecida ‘Pedreira doHilário’.

Apesar de a autarquia ter ficado coma responsabilidade financeira e o de-

ver de implementar os objectivos pro-postos no terreno, coube a Ana Men-des coordenar a nível nacional o Pro-jecto Ripidurable, programa ambien-

tal europeu destinado a proteger, res-taurar e promover uma estratégia degestão sustentável de matas ribeiri-nhas.

Paúl da Goucha em Alpiarça

De lixeira a santuário natural

Em Alpiarça existe uma zona húmida cheia de vida, quepoucos conhecem fora das fronteiras do concelho. OPaúl da Goucha alberga uma biodiversidade única, ondevivem aves, mamíferos, répteis ou insectos que não seencontram em mais nenhum local da região

A biodiversidade em água doce éa mais ameaçada em todo o mundo.Em Portugal, 40 por cento dos rios ealbufeiras sofrem os efeitos da po-luição e todos os ecossistemas deágua doce encontram-se sob risco. Aactividade humana é a principal res-ponsável pela contaminação dos ha-bitats, que registam elevados índicesde degradação ecológica nas zonasripícolas.

Floresta ou mata ripícola são locaisonde as plantas crescem, sobretudo,ao longo de um curso de água. Sãozonas ribeirinhas de extrema impor-tância em termos ecológicos, dado oseu papel na conservação dos solose na preservação da biodiversidade,influenciando os ecossistemas aquá-ticos. Explique-se que a palavra “ri-beirinho” deriva do latim ‘ripa’, oque significa ribeira.

Rios, lagos, estuários ou mares são

O ISA foi responsável pelo levanta-mento e caracterização do local, ondese recuperou a vegetação ribeirinha,com a plantação de espécies autócto-nes da região, após o reperfilamentodas margens do Paúl. O objectivo eraclassificar o local como Área de Pai-sagem Protegida de âmbito regional,o que até agora ainda não aconteceu.O Paúl continua sem qualquer protec-ção legal.

“Para recuperar o espaço foi neces-sário, numa primeira fase, retirar os li-xos e entulhos superficiais, e realizarmovimentos de terreno, tornando asmargens menos íngremes e dandooportunidade à flora e vegetação decolonizarem o espaço”, recorda a bió-loga.

Depois da limpeza e dos movimen-tos de terras, “foram realizadas plan-tações de árvores e arbustos que seconsideraram reunir as condições maisadequadas para cada local”. Em zo-nas mais húmidas foram colocadosfreixos, salgueiros, amieiros e chou-pos, enquanto que em zonas mais se-cas foram colocados pinheiros e me-dronheiros. Tudo, “para desencadearmais rapidamente o processo de colo-nização por parte da natureza”, lem-bra.

Habitat a protegerAna Mendes explica que o Paúl da

Goucha possui “uma enorme impor-tância natural, não só no contexto por-tuguês mas também ao nível europeu,sendo considerado um habitat priori-tário para a conservação da natureza”,segundo directivas da União Europeia.

A área, “apresenta o maior salguei-ral de Portugal e um dos escassíssi-mos bosques paludosos de grande di-mensão, que se conservam no Sul daPenínsula Ibérica”, para além de ser oúnico sítio onde existe “uma turfeirabaixa com cerca de onze mil anos”,procurada por “várias espécies de ver-tebrados com estatuto de ameaça,como por exemplo a águia pesqueira,íbis preta e garça-vermelha”, revela abióloga.

A regeneração ambiental permitiu achegada de novas espécies animais,

Ecossistemas de água doce ameaçadosalguns dos ecossistemas aquáticosque cobrem 70 por cento da superfí-cie do planeta. A perda de diversida-de nestes meios afecta, inevitavel-mente, a purificação das águas e ocontrole de doenças. A cobertura ve-getal permite ainda evitar a erosãodo solo.

As margens destes ecossistemas ri-beirinhos são corredores naturais queabrigam numerosas espécies vegetaise animais. Como zonas de drenagemnatural, permitem a recarga dos len-çóis freáticos que tanto podem abas-tecer a população com água para finsdomésticos, como ter uso agrícola eindustrial.

Com a fauna e a flora de água doceem declínio acentuado, o desapare-cimento destas espécies regista-se aum ritmo quatro a seis vezes supe-rior ao de outras espécies terrestresou marinhas.

Depois de recuperado, o Paúl atrai cada vez mais espécies

FOTO

AN

A M

END

ES

FOTO

JO

ÃO

MA

NU

EL B

ORG

AS

11AMBIENTE Edição n.º 6.317 | 13 de Julho de 2012

que encontraram aqui alimento e zo-nas de refúgio. A requalificação incluiuainda a criação de infra-estruturas,como um centro de interpretação e doisobservatórios de aves, para além de te-rem sido, igualmente, criados percur-sos pedestres. Sem aproveitamento,estas estruturas encontram-se, actual-mente, ao abandono. Parte da vegeta-ção plantada, foi entretanto roubada,segundo o relatório da intervenção.

Apesar disso, “temos que ter ematenção que um projecto de requalifi-cação de um espaço como uma antigapedreira não é um ‘jardim’, pelo que agestão natural do espaço é realizadapela natureza”, sublinha Ana Mendes.

Só “o facto de o espaço não ter re-gredido para a situação anterior é po-sitivo, o que atesta também que a pró-pria população ao ver a intervençãorealizada o deixou de usar como lixei-ra”, congratula-se.

Paúl animalO projecto Ripidurable envolveu 10

parceiros – entre universidades e or-ganizações não governamentais – dequatro países: Portugal, Espanha,França e Grécia, que levaram a cabotodo o planeamento de restauro e deinterpretação do Paúl da Goucha, en-tre 2005 e 2008.

Em termos de fauna, o levantamen-to efectuado identificou 11 espécies depeixes. Apenas duas delas são endé-micas, enquanto a maioria são tidascomo exóticas e assumem comporta-mentos invasores nas lagoas do Paúl,onde existem em elevada densidade,caso da perca-sol, pimpão, carpa, bar-bo, achigã ou o peixe-gato.

Considerado como um local de im-portância ornitológica elevada, foramreferenciadas 173 espécies de aves, 25destas com estatuto de protecção ‘vul-nerável’, segundo o Livro Vermelhodos Vertebrados de Portugal (LVVP).Pelo menos 82 destas espécies nidifi-cam no local, como a andorinha-das-barreiras, o tartaranhão-caçador, abe-lharucos, ou diversas espécies de rou-xinóis e garças. Foram ainda observa-das cegonhas, colhereiros, bútios, pe-neireiros, milhafres e águias, como acalçada, pesqueira ou cobreira.

Em termos de mamíferos, foramidentificados 30 espécies diferentes,

onde se incluem, pelo menos, quatrotipos de morcegos, dois com o estatu-to de ‘em perigo’, segundo o LVVP.Foram ainda descobertos alguns mu-saranhos e as esquivas lontras. Todosestes animais são referidos no anexoII da Convenção de Berna, onde seencontram as espécies da fauna estri-tamente protegidas.

Para além destes animais, foram,igualmente, identificadas 14 espéciesde anfíbios e 17 tipos de répteis.

Ameaças no PaúlActualmente, segundo Ana Mendes,

as principais ameaças ao Paúl, conti-nuam a ser “a deposição de lixos eentulhos”, uma prática ilegal, “mas ofacto de a vigilância ser reduzida re-sulta em que hoje em dia ainda se pos-sam observar este tipo de comporta-mentos”. Os despejos contaminam olocal e afectam a qualidade da água.

Outra ameaça, prende-se com o aba-te de árvores, que “poderá ser alvo delicenciamento”. No entanto, “o factodo Paúl se encontrar no limite de áreainundável do rio Tejo confere-lhe al-guma protecção em termos ambientais,já que o licenciamento desta activida-de terá de ser deferido pelas entidadesoficiais”, diz ainda a bióloga.

Apesar de a importância do Paúl daGoucha ser do conhecimento de “umnúmero restrito de alpiarcenses e ri-batejanos”, este é, igualmente, “reco-nhecido nos meios da conservação danatureza e pelas universidades, o queé atestado pelos numerosos estudos deque a zona já foi alvo em diversasáreas”. A docente do ISA, realça queo local “é ainda procurado como zonade observação de aves por parte atéde estrangeiros”.

Para Ana Mendes, “são evidentes asmelhorias ambientais”, do Paúl, “queevoluiu de uma lixeira, com muitopouca vida, para a situação actual,onde se pode observar uma vasta quan-tidade de vegetação junto das zonasmais húmidas”.

“É interessante constatar que, apósum pequeno auxílio inicial, a nature-za possui a capacidade de se recupe-rar a si própria, mesmo após as agres-sões sofridas no passado”, conclui abióloga.

Carlos Quintino

Desde o reinado de D. João I queexistem referências ao rio Alpiarça,que aparece sempre associado àabundância de peixe. Alguns apon-tam que terá sido esse o motivo paraque o curso de água tenha sido inte-grado na coutada real, até ao séculoXVIII.

No Dicionário Geográfico, de1747, o padre Luiz Cardoso apontaa fertilidade das terras situadas juntoàs margens do rio Alpiarça, onde seregistava uma abundância de peixe,

Alpiarça, terra fértilsobretudo fataças e barbos. À seme-lhança do rio, também a charneca deAlpiarça foi coutada real de caça.Existem registos que indicam que novale da Atela se caçavam raposas,perdizes e javalis.

Localizado na margem esquerda dorio Tejo, o concelho de Alpiarça pos-suiu apenas uma freguesia com umaárea total de 96,5 quilómetros qua-drados, e uma densidade populacio-nal de 85 habitantes por quilómetroquadrado.

O Paúl da Goucha tem uma fauna e uma flora quase únicas na região.À esquerda, uma lontra, um dos animais mais esquivos desta zona húmida

FOTO

S J

O M

AN

UEL

BO

RG

AS