CULTURA DO MILHO

5 – CLIMA E SOLO

5.1- CLIMA

NECESSIDADE DE ÁGUA

O rendimento da cultura é prejudicado por deficiência ou excesso de água

PERÍODO CRÍTICO

Pendoamento – Polinização: determina o número de óvulos

fertilizados.

As variações no consumo de água por uma cultura de

milho depende:

- Cultivar;

- Época de semeadura;

- População de plantas;

- Região e do ano agrícola.

Tabela: Evapotranspiração máxima e diária nos diferentes subperíodos

do desenvolvimento do milho híbrido PIONEER X – 307 (Média de 4 anos).

Subperíodo Duração (dias) Evapotranspiração (mm)

Total Diária

S - E 6 13,4 2,1

E – 30 dias 30 86,8 2,9

30 D – P 31 165,3 5,4

P – ES 6 40,4 7,0

ES – GL 21 136,0 6,5

GL – MF 30 131,0 4,3

S - MF 124 572,9 4,6

S = SemeaduraE = Emergência30 D = dias após emergência

P = PendoamentoES = EspigamentoGL = Grão LeitosoMF = Maturidade Fisiológica

ÁGUA

- Exigência: 350 a 500 mm/ciclo, bem distribuídos;

- Consumo diário: 3 mm/dia até 6-7 folhas estabelecidas e5 a 7,5 mm/dia no espigamento e maturação;

- Fase mais crítica: 15 dias antes e 15 dias após pendoamento;

- Uma semana de déficit no florescimento: perdas de 50%;

- Uma semana de déficit após polinização: perdas de 25 a 32%;

MANEJO DA ÁGUA DISPONÍVEL

- Época de semeadura;

- Preparo do solo;

- Sistema de cultivo (exemplo: plantio direto);

- Densidade radicular;

- Profundidade das raízes.

Não irrigado Irrigado

Arf (2018)

Arf (2018)

Irrigado Não Irrigado

Inoculação de Azospirillum brasilense – Aplicação foliar

Com Sem

Fonte: Portugal (2012)

Chapadão do Sul – 2011/12

Chapadão do Sul – 2011/12

Chapadão do Sul – 2011/12

Chapadão do Sul – 2011/12

Chapadão do Sul – 2011/12

Efeito da deficiência hídrica por ocasião do pendoamento

Fonte: Menegati et al. (2012).

Deficiência hídrica em milho – Eldorado do Sul (RS)

Irrigação apenas no período mais crítico (2 a 3 semanasantes e após o espigamento) – Eldorado do Sul (RS)

Fonte: Menegati et al. (2012).

Irrigação do milho em área de várzeas úmidas

Na região Sul do Brasil a pesquisa busca alternativas

para rotação de culturas com arroz nas várzeas úmidas

O milho é uma das culturas que tem sido utilizadas

Fonte: VIII Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado (2013).

Sementes de Arroz Preto e Arroz Vermelho

Milho em área de várzeas úmidas no Rio Grande do Sul

Milho em área de várzeas úmidas no Rio Grande do Sul

Sulco para drenagem em área de várzeas úmidas

Fonte: VIII Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado (2013).

VENTO

Aumento na demanda por água – suscetibilidade à estiagens

curtas;

Tombamento – até 7 folhas a planta se recupera praticamente

sem perda no rendimento.

Arf (2018)

Arf (2018)

TEMPERATURA

Limites: 10 a 42 oC

Condições ideais: - Intervalo diurno de 25 a 30 oC

- Mínima diurna de 19 oC

- Mínima noturna de 12 oC

- Máxima noturna de 24 oC

Florescimento à maturação: - maior que 26 oC acelera as fases

- menor que 15 oC retarda as fases

Pólen: maior que 32 oC reduz a germinação e a vida útil.

MANEJO DA TEMPERATURA

- Época de semeadura;

- Latitude;

- Altitude.

Temperatura

Noturna

Produtividade

(t/ha)

17 oC 10,2

18 oC 10,5

29 oC 6,1

LUZ

Saturação luminica: não tem

Maior exigência: no florescimento + 15 dias, onde 90% da

fotossíntese é destinada à produção de grãos

MANEJO DA LUZ

- Disposição foliar;

- População de plantas;

- Distribuição das plantas na área.

Fonte: Ferreira (2011).

5.2 – SOLOS PARA MILHO

O milho é adaptado a solos de reação ligeiramente ácida

ou neutra e ainda:

- Rico em nutrientes;

- Bem drenados;

- Profundos e permeáveis;

- Boa retenção de água e nutrientes.

Existem características dos solos que podem ser limitantesao cultivo do milho:

- Inclinação acentuada;- Baixa permeabilidade;- Mudança abrupta de textura;- Textura arenosa em todo o perfil;- Pequena profundidade efetiva;- Baixa disponibilidade de nutrientes;- Alta saturação em alumínio;- Baixa capacidade de troca catiônica;- Pedregosidade;- Riscos de inundação.