informativo pioneer 256

24
I n f o r m a t i v o I n f o r m a t i v o www.pioneersementes.com.br MANEJO TÉCNICO Lançamento dos híbridos superprecoces Pioneer para a safrinha 6 MERCADO AGRÍCOLA Apesar da crise global, mercado do milho ainda se mostra atrativo 18 NUTRIÇÃO ANIMAL Silagem de milho safrinha 4 A mais nova e eficiente combinação de tecnologias Bt MATÉRIA ESPECIAL 10 www.pioneersementes.com.br Ano XVI - Nº 34 Dicas para uma safrinha de rei. ADMINISTRAÇÃO RURAL

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Page 1: Informativo Pioneer 256

I n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v o

www.pioneersementes.com.br

MANEJOTÉCNICO

Lançamento dos

híbridos superprecoces

Pioneer para a safrinha

6

MERCADOAGRÍCOLA

Apesar da crise global,

mercado do milho ainda

se mostra atrativo

18

NUTRIÇÃOANIMAL

Silagem de milho

safrinha

4

A mais nova e

eficiente combinação

de tecnologias Bt

MATÉRIAESPECIAL 10

www.pioneersementes.com.br

Ano XVI - Nº 34

Dicas para umasafrinha de rei.

ADMINISTRAÇÃO RURAL

Page 2: Informativo Pioneer 256

EDITORIAL®Roberto de Rissi - Diretor-executivo da Pioneer Brasil

ano de 2011 ficará marcado na memória de todos os

produtores de milho e soja do Brasil como o ano dos

sonhos. Outro dia, conversando com um produtor, ele

me disse: “2011 foi, para mim, o melhor ano do milho desde que

comecei a trabalhar com a cultura, há 30 anos”. De fato, em

2011 tivemos uma combinação de fatores extremamente positivos para a cultura do

milho: a formação das lavouras a um custo muito favorável, o acesso à tecnologia Bt nas

genéticas de ponta, altas produtividades em larga escala e preços remuneradores. Até a

crise econômica que vem afetando o mundo, especialmente os países europeus e os

Estados Unidos, tem movimentado a taxa cambial no sentido de favorecer as exporta-

ções brasileiras, compensando a pontual queda dos preços internacionais dos grãos. Na

soja tivemos mais um recorde na área plantada e na produção. O Brasil caminha a pas-

sos largos para superar, num futuro próximo, os EUA e passar a ser o maior produtor e

exportador de soja do mundo.

O mais interessante ainda é que os fundamentos para o “sonho” de 2011 continua-

rão presentes para a próxima safra. A demanda por alimentos continua muito forte,

constituindo-se numa megatendência deste século. A população mundial continua

crescendo fortemente e seremos mais de 9 bilhões de pessoas para serem alimentadas

nos próximos 30 anos. Os riscos climáticos continuam presentes. A demanda por fontes

energéticas renováveis continua em ascensão. Os estoques mundiais de grãos estão em

níveis muito baixos, especialmente do milho. Todos esses fatores, aliados ao potencial

do Brasil para produção de alimentos, colocam a agricultura nacional no primeiro plano

do panorama internacional. O Brasil é ainda um dos poucos países do mundo cuja

produção pode crescer, tanto pela adoção de tecnologia quanto pela incorporação de

novas áreas, preservando ainda nossas reservas florestais. Nossos produtores, com sua

capacidade inovadora e empreendedora, formam sistemas de produção, - como por

exemplo Soja/Milho Safrinha -, tornando nossa agricultura cada vez mais competitiva,

mesmo havendo várias desvantagens em relação aos maiores países produtores de grãos

como fertilidade do solo, logística e infraestrutura de transportes. Para a agricultura

brasileira, o futuro chegou!

Temos que continuar nossa marcha para sermos o maior produtor e exportador de

soja do mundo. Temos que continuar desenvolvendo a cultura do milho, para que o

Brasil também se torne um grande e confiável exportador de milho. Temos todas as

condições para, em curto prazo, nos tornarmos o segundo maior exportador de milho

do mundo, superando nossa vizinha Argentina. Para tanto, precisamos de políticas

agrícolas que reduzam os gargalos logísticos da produção com aumento da nossa capa-

cidade de estocagem e melhoria da nossa infraestrutura de transporte. Dentro das

porteiras, nosso produtor está fazendo sua parte, mas fora delas ainda temos que evo-

luir muito para nos tornarmos a potência agrícola dos sonhos dos brasileiros.

Estamos plantando a safra 2011/12 e junto com ela o otimismo do crescimento.

Certamente iremos, mais uma vez, bater novo recorde de área plantada de soja, ter uma

recuperação muito forte da área de milho verão, perdida em 2009/10, e continuar em

ascensão com a área de milho safrinha. Nós, da Pioneer, continuamos investindo na

geração de novas tecnologias, apoiando, inovando e levando novos conhecimentos aos

produtores para que nossa agricultura seja cada vez mais forte.

Quero agradecer, mais uma vez, a todos os clientes pela crescente e rápida aceita-

ção de nossos produtos e serviços, fazendo com que a Pioneer seja a marca número um

do mercado brasileiro de sementes e a principal e maior operação da Pioneer fora dos

EUA.

Muito obrigado!

2

PIONEERMulticanalO

Hotsite Safrinha

Atualmente, a safrinha representa

mais de 35% da produção nacional de

milho e elevadas respostas em produti-

vidade têm sido alcançadas combinan-

do genética e biotecnologia com ade-

quadas práticas de manejo.

Diante da crescente importância

da safrinha no mercado de milho, a

Pioneer traz mais uma novidade espe-

cial para você: o Hotsite Safrinha.

Neste hotsite especial, a Pioneer

apresenta uma série de informações

técnicas para o melhor desenvolvimento

de sua lavoura; informações sobre

híbridos Pioneer indicados para a sua

região, com ênfase aos pontos fortes de

cada produto e posicionamento técni-

co; e ainda o lançamento dos híbridos

superprecoces - P3340H, P3161H e

P3431H.

Para finalizar a visita ao hotsite,

você poderá conferir mais de 300 resul-

tados de lavouras comerciais, conhe-

cendo assim produtores rurais que já

plantam Pioneer e os resultados alcan-

çados por eles.

Acesse www.pioneersementes.

com.br/pioneersafrinha/index.html e

f ique por dentro das informações

importantes para que a sua safrinha

seja um sucesso.

Page 3: Informativo Pioneer 256

®GENTE QUE PLANTA PIONEER®GENTE QUE PLANTA PIONEER

Antonio Marcos Galli

Foto

: ar

quiv

o C

liente

Nascido em Palotina/PR, o filho de produtores rurais, Antonio

Marcos Galli, trabalha no mesmo ramo dos pais desde os 22 anos de

idade. Há 18 anos plantando híbridos Pioneer, o produtor comprova

no campo o sucesso e a eficiência de uma parceria de longa data.

Prova disto é que, sozinho, Antonio planta em três regiões diferentes

do Brasil: Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Em sua propriedade, no Paraná, dos 1.060 hectares de lavoura,

Antonio destina 588 hectares para o plantio de milho safrinha. A pro-

dutividade média da lavoura na última safrinha chegou em 101 sc/ha,

com população de plantas de 51.000 pl/ha no espaçamento de 45 cm.

Este resultado foi alcançado com a colheita do híbrido 30F53H.

®Utilizando a tecnologia Herculex I de controle de insetos, o pro-

dutor não encontrou maiores dificuldades para proteger sua lavoura.

“Para controle de percevejo, utilizei o

tratamento de Sementes Industrial Pioneer ®com Cruiser e, em parte das áreas, foi

necessário uma aplicação complementar

em pós-emergência devido à alta pressão

desta praga. Já para a lagarta-do-cartucho

não foi necessário fazer aplicação comple-® mentar. A tecnologia Herculex I foi sufi-

ciente para o controle”, afirma Antonio.

Dentre as vantagens observadas com o

plantio de híbridos com a tecnologia ®Herculex I, Antonio cita “a maior seguran-

ça e garantia, principalmente em anos

quando a pressão de pragas é alta ou

quando a lavoura passa por período de

stress climático. Nestes casos, o controle de

pragas nos milhos convencionais torna-se

mais difícil e oneroso”.

Além disso, a combinação do plantio

de híbridos Bt, com o Tratamento de Sementes Industrial Pioneer,

confere ao produtor praticidade e segurança na aplicação da dose

certa, garantia de produto e qualidade do tratamento.

Marca, potencial produtivo, qualidade de grãos e preço são os

principais fatores que o produtor Antonio Marcos Galli leva em consi-

deração ao escolher os híbridos que irá plantar. Ele acredita que a

diferença para um resultado satisfatório, após a escolha da semente,

está em promover melhoria constante da fertilidade do solo. Além

disso, segundo Antonio, “é necessário que o produtor fique sempre

atento às novas tecnologias, aos sistemas de manejo como espaça-

mento, formas de adubação, novos híbridos, máquinas e implementos

agrícolas. Não se deixar levar por modismos. Fazer o básico, o famoso

feijão com arroz, bem feito”, completa.

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

Cruiser - Marca registrada da Syngenta Crop Protection, Basiléia, Suíça.

“ É necessário que o produtor fique

sempre atento às novas tecnologias,

aos sistemas de manejo como

espaçamento, formas de adubação,

novos híbridos, máquinas e

implementos agrícolas ”

3

Page 4: Informativo Pioneer 256

milho é a cultura mais expressiva

destinada à produção de silagem,

uma vez que permite produções

elevadas de Matéria Seca (MS) por área

com alta concentração energética, sendo,

por isso, ingrediente indispensável no

arraçoamento de vacas leiteiras, principal-

mente, e de boa parte dos confinamentos

de gado de corte.

Pesquisas de mercado no Brasil esti-

maram que a área da cultura de milho

destinada à ensilagem foi de, aproximada-

mente 980.000 hectares na safra de verão

de 2009/2010 e de cerca de 450.000

hectares na safrinha. Cabe lembrar, por

exemplo, que estados como Goiás e Mato

Grosso do Sul, onde se concentram confi-

namentos de gado de corte, e a região

oeste do Paraná, maior bacia leiteira do

estado, têm na safrinha a grande maioria

das suas lavouras de milho.

O cultivo de milho safrinha vem apre-

sentando grandes avanços tecnológicos

nesses últimos anos. Atualmente, ela

representa mais de 35% de toda a produ-

ção de milho nacional, ocupando mais de

4,5 milhões de hectares com produtividade 4

Foto

: ar

quiv

o P

ionee

r

NUTRIÇÃO ANIMAL

O

1João Ricardo Alves Pereira média acima de 3.500 kg/ha. Somente nos

últimos 15 anos a área de milho safrinha

teve incremento de mais de 3 milhões de

hectares e as produtividades médias prati-

camente dobraram no período. Durante o

processo de profissionalização da safrinha,

alguns aspectos técnicos foram decisivos

para o incremento de produtividade. Entre

eles, a seleção e plantio de cultivares de

soja precoce como estratégia de antecipar

o plantio da safrinha e minimizar alguns

efeitos de estresse como estiagem e gea-

das; a seleção de híbridos adequados à

época de plantio, combinando-se diferen-

tes híbridos, cujas características principais

como potencial produtivo, precocidade e

defensividade sejam complementares; a

adequação da população de plantas que,

de forma geral, apresentou os melhores

resultados numa população final na faixa

entre 55.000 e 62.000 plantas/ha; a redu-

ção de espaçamento entre linhas, de 90

para 45 cm, que tem por objetivo melhorar

a distribuição espacial das plantas na

lavoura, visando aumentar a interceptação

da radiação solar e reduzir a evaporação da

água do solo pelo fechamento mais rápido

da cultura (Seleme, 2011).

Assim, é cada vez mais evidente que

agilidade na colheita é um dos fatores

fundamentais para garantir qualidade na

silagem produzida. Se nas lavouras de

verão as temperaturas mais elevadas acele-

ram a maturação da cultura, que associada

aos períodos frequentes de chuva dificul-

tam e atrasam a colheita, nas lavouras de

safrinha a colheita deve ser rápida em

função do ciclo precoce da cultura e aos

maiores riscos de perdas por doenças ou

geadas. Outro fator importante é que as

lavouras de safrinha, ou mesmo de verão,

plantadas com espaçamento entre linhas

reduzido, exigem plataformas de colheita

apropriadas, com discos de corte rotativos

independentes da orientação da linha de

plantio. A vantagem nesse aspecto é que é

cada vez mais comum a terceirização de

serviços para empresas especializadas que

utilizam máquinas forrageiras autoprope-

lidas.

“ É cada vez mais evidente

que agilidade na colheita é

um dos fatores fundamentais

para garantir qualidade na

silagem produzida. ”

Silagem demilho safrinha

Page 5: Informativo Pioneer 256

Quando comparados os custos de

colheita por área de uma lavoura de milho

para produção de silagem (Tabela 1),

verifica-se que a colheita com forrageira

autopropelida tem custo cerca de 15%

menor que o uso de ensiladeira acoplada

de uma linha e 9% menor que a de duas

linhas. Isso se deve ao maior rendimento de

colheita, o que acaba compensando o

maior custo por hora máquina. Contudo, é

possível a produção de silagem de boa

qualidade utilizando-se ensiladeiras acopla-

das (uma ou duas linhas). Ciente da menor

eficiência de colheita, o produtor deve fazer

um bom planejamento de plantio, visando

escalonamento da colheita.

Trator 70-90cv 4x4

Trator 90-110cv 4x4

John Deere 7350/

New Holland 9050Ensiladeira 1 linha

Ensiladeira 2 linhas*

6,10

6,90

8,60

89,50

12,20

Deprec.Equipamento

Componentes do custo - R$/hora

0,20

0,80

1,00

10,00

0,40

Seguro

3,30

6,10

7,50

72,70

6,50

Juros

5,50

6,50

8,10

76,70

10,80

Manut.

-

18,90

24,60

104,00

-

Comb.

15,10

39,20

49,80

352,90

29,90

Total/hora

107,501

-

-

90,801

1100,00

Total/ha

Tabela 1. Custos de máquinas e equipamentos empregados na produçãode silagem de milho

Fonte: Fundação ABC (2011) * Acoplada a um trator de 110 cv

Figura 1. Sistema de Combinação de Híbridos para produção de silagemde milho na safrinha

Híbrido C

Híbrido A

Ponto de corte

Janeiro fevereiro março abril maio Junho

Híbrido B

JanelaJanela

JanelaJanela

JanelaJanela

Cabe lembrar que os principais benefí-

cios decorrentes da agilidade na colheita

estão na possibilidade de obtenção de

forragem de melhor qualidade. O milho

quando colhido no momento ideal, expres-

so pelo teor de Matéria Seca da planta e

pelo estágio de maturação do grão, tem

impacto significativo sobre a qualidade da

silagem. Em geral, esse ponto na lavoura

de milho se dá quando os grãos atingem o

estádio de farináceo-duro, tendo a planta

inteira teores de Matéria Seca variando

entre 32 e 38%, quando já tem na planta

cerca de 95% do seu potencial produtivo

de grãos.

Trabalhos de pesquisa evidenciaram

que técnicas de manejo de lavoura, asso-

ciando-se redução de espaçamento e popu-

lação adequada ao híbrido recomendado,

possibilitaram aumento nas produtividades

de silagem de milho de 8 a 12% em média.

Para melhor se avaliar as opções de

terceirização de serviços de colheita, na

Tabela 1 são apresentados custos de opera-

ção para máquinas forrageiras para ensila-

gem de milho. Quanto ao valor cobrado

pelas empresas prestadoras de serviço de

colheita com forrageiras autopropelidas, o

valor médio gira em torno de R$ 420,00 a

480,00/hora máquina.

Foto

: ar

quiv

o P

ionee

r

51

Zootecnia UEPG/Castro-PR. ([email protected])

Professor Adjunto do Depto. de Zootecnia - Curso de

No entanto, fica evidente a dificuldade

de colher lavouras dentro dessa faixa ideal

consideradas as dificuldades como perío-

dos frequentes de chuva e a maturação

acelerada da cultura no verão e a precoci-

dade e riscos de perdas, por doenças ou

geadas, na safrinha. As formas de amenizar

esses riscos consistem, basicamente, em se

fazer um bom planejamento agronômico a

fim de se possibilitar maior janela de corte

associando-se práticas como a combinação

de híbridos de diferentes ciclos com escalo-

namento de plantio, de modo que apresen-

tem, de maneira sequenciada, os momen-

tos ideais para corte (Figura 1). Numa

segunda, etapa proceder todas as etapas

da ensilagem como corte, transporte e

compactação, de maneira rápida e eficien-

te, o que certamente tem reflexo positivo

sobre a qualidade da silagem produzida.

Foto

: ar

quiv

o P

ionee

r

Page 6: Informativo Pioneer 256

6

MANEJO TÉCNICO

dos híbridossuperprecoces

para a

Lançamento

o longo dos anos, a observação do comportamento dos

híbridos de milho plantados nas regiões de safrinha tem

revelado que a opção por defensividade com potencial

produtivo tem sido a decisão técnica e econômica mais correta

nestes ambientes. Além da defensividade com produtividade já

conhecida e aprovada pelo agricultor, agora o Sistema de ®Combinação de Híbridos da Pioneer para a safrinha ficou ainda

mais forte. Chegaram os híbridos superprecoces P3340H, P3161H ® e P3431H que, combinados com a tecnologia Herculex I, propor-

cionam maiores produtividades com estabilidade.

Desenvolvidos a partir do programa de melhoramento genéti-

co da Estação de Pesquisa de Toledo/PR, cujo foco é desenvolver

híbridos superprecoces para as áreas de safrinha do Paraná, sul do

MS e região do Vale do Paranapanema/SP, os híbridos P3340H,

P3161H e P3431H foram testados em mais de 350 locais durante 4

anos. Mais do que isso, durante este período, profissionais da

assistência técnica e produtores destas regiões, através dos Times

de Avanço de Produtos Pioneer, visitaram os ensaios, participaram

das avaliações e discussões sobre os híbridos, contribuindo e vali-

dando o lançamento dos mesmos para o mercado de safrinha.

A

1Rafael Barbieri Seleme

Safrinha Estação de Pesquisa

Toledo

Área de cobertura/ação:

Foco de trabalho:

Oeste e Norte do Paraná

Sul do Mato Grosso do Sul

Vale do Paranapanema/SP

Precocidade

Potencial Produtivo

Defensividade

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

safrinha

®Pioneer

Foto: arquivo Pioneer

Page 7: Informativo Pioneer 256

Especialmente na safrinha 2011, cuja instabilidade climática

foi muito grande, onde se observou uma forte estiagem durante o

desenvolvimento da cultura seguido de fortes geadas, os híbridos

superprecoces P3340H, P3161H e P3431H comprovaram seu alto

rendimento e estabilidade frente os principais competidores deste

segmento. Confira os resultados:

Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 48 locais nos plantios do cedo, normal e tardio

Gráfico 1. Produtividade média do híbrido P3340H

versus híbridos concorrentes na safrinha

6.500

6.200

5.900

5.600

5.300

5.000Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha)

5.89

5

5.65

3

6.10

3

P3340H

P3340H DKB330YG AG9010YG

Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 48 locais nos plantios do cedo, normal e tardio

Gráfico 3. versus híbridos concorrentes na safrinha

Produtividade média do híbrido P3431H

7.000

6.500

6.000

5.500

5.000

Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha)

5.89

5

5.65

3

6.34

3

P3431H

P3431H DKB330YG AG9010YG

Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 48 locais nos plantios do cedo, normal e tardio

Gráfico 2. versus híbridos concorrentes na safrinha

Produtividade média do híbrido P3161H

6.300

6.100

5.900

5.700

5.500

5.300

Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha)

5.89

5

5.65

3

5.98

5

P3161H DKB330YG AG9010YG

P3161H

CONTINUA NAS PÁGINAS 8 E 9.

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

P3340H

P3161H

P3431H

7

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

Page 8: Informativo Pioneer 256

8

MANEJO TÉCNICO

Veja ainda os resultados da combinação dos híbridos P3340H,

P3161H e P3431H em comparação com os competidores em duas

épocas de plantio na safrinha passada.

Observe que, nos plantios do cedo e normal, a combinação

dos híbridos superprecoces P3340H, P3161H e P3431H resultou

num incremento de produtividade de 4,9 sc/ha em relação ao

DKB330YG e cerca de 12 sc/ha em relação ao AG9010YG. Já nos

plantios tardios, as diferenças ficaram ao redor de 3,3 sc/ha e 4,3

sc/ha, respectivamente. Os resultados comprovam: os híbridos

superprecoces Pioneer oferecem maior estabilidade e segurança

para a safrinha.

Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 24 locais

Gráfico 5. Produtividade dos híbridos nos plantiosde março (normal/tardio)

5.600

5.400

5.000

5.200

4.800

Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha)

5.23

1

5.17

4

5.43

2

SCH Pioneer DKB330YG AG9010YG

P3431H

P3161H

P3340H

Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 24 locais

Gráfico 4. Produtividade dos híbridos nos plantiosde janeiro e fevereiro (cedo/normal)

7.000

6.600

6.800

6.400

6.200

6.000

5.800

Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha)

6.55

9

6.13

2

6.85

5

P3431H

P3161H

P3340H

SCH Pioneer DKB330YG AG9010YG

®A Pioneer ofereceuma linha completa

de produtos paraa safrinha

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

Foto: arquivo Pioneer

Page 9: Informativo Pioneer 256

No seu planejamento, considere a utilização de híbridos com

características complementares aos híbridos superprecoces como

forma de reduzir os riscos e proteger o seu investimento. Para ®

isto, a Pioneer oferece uma linha completa de produtos para a

safrinha. Veja abaixo:

Nos plantios de janeiro até meados de fevereiro (cedo/normal),

os melhores resultados são obtidos em populações de plantas ao

redor de 60 a 65 mil plantas/ha. Já nos plantios de final de

fevereiro e março (normal/tardio), recomenda-se população de

plantas entre 55 mil e 60 mil plantas/ha.

Para mais informações sobre o posicionamento e recomenda-

ções técnicas dos híbridos de milho da Pioneer contate o seu

Representante de Vendas local/distribuidor ou acesse www.pioneer

sementes.com.br

30F53H P3646HPOTENCIAL PRODUTIVO

P3340H P3161H P3431HPRECOCIDADE

30K73H P4285HDEFENSIVIDADE

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

91

Técnico da Pioneer Sementes

Engenheiro Agrônomo, Gerente de Marketing

Page 10: Informativo Pioneer 256

10

Foto

: ar

quiv

o P

ionee

r

MATÉRIA ESPECIAL

A mais nova e eficientecombinação de tecnologias Bt

introdução do milho Bt no Brasil

é um exemplo global do profis-

sionalismo do agricultor brasilei-

ro, sempre disposto a adotar tecnologias

que lhe tragam novas soluções a problemas

graves como o ataque de lagartas no mi-

lho, reduzindo riscos e aumentando as pos-

sibilidades de incrementar a sua produti-

vidade, melhorar a qualidade do produto

final e a lucratividade.

Fiel à sua tradição de parceira com o

agricultor e ao seu perfil de empresa inova-

dora como canal de novas tecnologias, a ®Pioneer inovou, combinando dois produ-

tos testados e aprovados pelos produtores - ® ®o milho Herculex I e o milho YieldGard -,

TMgerando a tecnologia Optimum Intra-TMsect , uma nova geração e, portanto, uma

evolução da tecnologia Bt em milho.TM TMA tecnologia Optimum Intrasect é

a mais nova e eficiente tecnologia Bt, com a

mesma segurança e com benefícios adicio-

nais obtidos pela combinação de duas

diferentes proteínas Bt: a Cry1F e a Cry1Ab.

Esta combinação de duas diferentes proteí-

nas, eficientes e estáveis, traz ao mercado

1Goran Kuhar

A

melhor espectro de controle de lagartas

que atacam a cultura do milho. A tecnolo-

gia foi obtida por cruzamento convencional

das tecnologias individuais, sendo caracte-

rizada como uma combinação de eventos.TM TMA tecnologia Optimum Intrasect ,

como todo novo produto da Biotecnologia

Agrícola, foi submetida à aprovação da

Comissão Técnica Nacional de Biossegu-

rança (CTNBio), órgão ligado ao Ministério

da Ciência, Tecnologia e Inovação, formado

por especialistas de diversas áreas da ciên-

cia e representantes de diversos órgãos

governamentais, que atestou sua seguran-

ça para saúde humana e animal, bem

como para o meio ambiente.

A presença nas plantas de milho,

simultaneamente, das proteínas Cry1F e

Cry1Ab, propicia excelente controle das

principais pragas tais como a lagarta-do-

cartucho (Spodoptera frugiperda), a broca-

da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) e a

lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus).

Ainda, complementado com melhor con-

trole da lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)

e da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), e o

controle de pragas secundárias como a

lagarta-das-vagens (Spodoptera eridania) e

a lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax), que

podem aparecer na lavoura e, assim ganhar

importância econômica em virtude do

controle das pragas principais.

As recomendações de manejo perma-

necem as mesmas já conhecidas para os

produtos que contêm apenas uma pro-

teína: utilizar o Tratamento de Sementes

Industrial, que controla pragas não atingi-

das pelo Bt tais como os percevejos e asso-

ciar a essas tecnologias, um correto manejo

de insetos na palhada pré-plantio, o que

aumenta a probabilidade de sucesso na

produção. Também não se pode deixar de

fazer o monitoramento constante da lavou-

ra para verificar a presença de insetos e

danos nas plantas e, caso seja identificado

um nível de dano econômico, fazer uso de

inseticidas químicos devidamente registra-

dos para esse uso junto ao Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Para a preservação da eficiência da

tecnologia, também não podemos es-

quecer as medidas de manejo da resistência

de insetos aos métodos de controle. No TM TM caso do milho Optimum Intrasect

recomenda-se o uso de uma área de

refúgio equivalente a 5% (cinco por cento)

da área total plantada, em distância não

superior a 800 metros.

Page 11: Informativo Pioneer 256

P1630YH

P1630YHR

Além das duas proteínas Bt, o milho TM TMOptimum Intrasect ainda tem ferramentas

que auxiliam no melhor manejo das plantas

daninhas. Uma delas é a tecnologia Liberty ®Link de tolerância a herbicidas formulados

com Glufosinato de Amônio presente no ® milho Herculex I. A outra tecnologia que

poderá ser incorporada como ferramenta ®adicional é a tecnologia Roundup Ready de

®tolerância aos herbicidas Roundup , aumen-

tando ainda mais o espectro de controle das

plantas daninhas.®Os híbridos da marca Pioneer , que tra-

TM TMzem a tecnologia Optimum Intrasect ,

serão identificados pela combinação de letras

YH quando a combinação for constituída ® ®pelas tecnologias Herculex I e YieldGard , ou

pelas letras YHR quando a combinação for ® formada pelas tecnologias Herculex I,

® ®YieldGard e Roundup Ready . As letras sem-

pre ficarão após o seu respectivo número num

tamanho 40% menor do que os números.

Veja os exemplos: P1630YH ou P1630YHR.

Vários híbridos da marca Pioneer estão

em fase de registro no Registro Nacional de

Cultivares do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento e já deverão ser

comercializados a partir desta próxima safri-

nha, em pequena escala.

Da mesma forma que com outros milhos

geneticamente modificados, no uso do milho TM TMOptimum Intrasect é fundamental obser-

var a norma de coexistência entre milho con-

vencional e milho transgênico, estabelecida opelo Governo Federal (Resolução Normativa n

4 da CTNBio). Ela estabelece as distâncias que

devem ser observadas entre seu campo de

milho geneticamente modificado (Bt ou outras

tecnologias) e o campo de milho convencional

do seu vizinho. É importante ressaltar que essa

prática não tem nada a ver com segurança do

produto, atestada por sua aprovação para uso

comercial e, sim, simplesmente respeitar o

direito do vizinho de não ter seu milho polini-

zado por plantas de milho transgênico.

A norma prevê apenas o isolamento por

distância, sendo que os campos devem ser

separados por cem metros de distância, ou

alternativamente por 20 metros, caso se colo-

que uma bordadura de dez linhas de milho

convencional, de mesmo porte e ciclo do TMhíbrido, contendo a tecnologia Optimum

TMIntrasect . Essa bordadura pode contar como

área de refúgio, desde que atenda ao tama-

nho de área necessário. Importante ressaltar

que o Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento está fiscalizando a adoção das

medidas de coexistência.

11

P1630 ®

+ YieldGard®

+ Herculex I ®+ Roundup Ready

P1630 ®

+ YieldGard ®+ Herculex I

® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pelaDow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pelaDow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

1 Gerente de Registro e Regulamentação da Pioneer Sementes

Page 12: Informativo Pioneer 256

12

MATÉRIA

Escala Davis - Visual Rating Scales for Screening Whorl-Stage Corn for Resistance to Fall Armyworm, F. M. Davis, USDA-ARS, Crop Science Research Laboratory, Mississippi State University, MS 39762

De 4 a 7 lesões alongadas grandes, maiores que 2.5 cm de comprimento, em algumasfolhas do cartucho e folhas expandidas e/ou alguns furos pequenos a médios, de formato uniforme a irregular (membrana consumida), no cartucho enas folhas expandidas5

De 4 a 7 lesões alongadas pequenas oumédias de 1.3 a 2.5 cm em algumas folhas do cartucho e folhas expandidas

MÉDIO

Lesões muito pequenase pequenas circulares nas folhas do cartucho2

De nenhum dano até 3 lesões muito pequenas nas folhas do cartucho

8 ou mais lesões alongadas de todos os tamanhos presentes na maioria das folhas do cartucho, além de muitos furos médios a grandes de formato uniforme a irregular nas folhas do cartucho e expandidas8

8 ou mais lesões alongadas de todos ostamanhos presentes em várias folhas do cartucho, além de furos de formato uniforme a irregular nas folhas do cartucho e expandidas

nível de dano

BAIXO nível de dano

ALTO nível de dano

1

7

4

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s: a

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6

3

9

Evento

YHR

YH

acima de 90%

entre 60% e 90%

entre 40% e 60%

abaixo de 40%

EXCELENTE

BOM

REGULAR

FALHO

NÍVEIS DE CONTROLEDE INSETOS:

Nota: os níveis de controle das pragas-alvo e pragas secundárias podem variarem função do híbrido, condições de manejo, clima e pressão dos insetos

Excelente Excelente BomExcelente

® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

Lagarta-do-CartuchoSpodoptera frugiperda

Lagarta-elasmoElasmopalpus lignosellus

Lagarta-roscaAgrotis ipsilon

Broca-da-cana-de-açúcarDiatreae saccharalis

Page 13: Informativo Pioneer 256

Bom Bom Bom

Tolerância a herbicidas

Glufosinatode amônio

Glifosato

Sim

Sim

Sim

Não® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

Pragas Secundárias

Lagarta-da-espigaHelicoverpa zeae

Lagarta-das-vagensSpodoptera eridania

Lagarta-do-trigoPseudaletia sequax

Época ideal de controle

1º ínstar (3mm)

2º ínstar (5-7mm)

3º ínstar (8-10mm)

4º ínstar (11 a 15mm)

5º ínstar (até 25mm)

(até 40mm)

Du Pont do Brasil - Estação Experimental.

Lagarta neonata

Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

ESPECIAL

Momento de decisão de aplicação

17% de plantas no nível de dano 4Dano nas folhas (até V8)

3% de plantas cortadasDano rente ao solo (até V6)

De 4 a 7 lesões alongadas em várias folhas do cartucho e expandidas e/ou vários furos uniformes a irregulares nas folhas do cartucho e expandidas

Pequenas lesões circulares e algumas pequenas lesões alongadas (formato de retângulo), lesões de até 1.3 cm de comprimento nas folhas do cartucho

Cartucho e folhas expandidas quase ou totalmente destruídos

13

Page 14: Informativo Pioneer 256

14

ADMINISTRAÇÃO RURAL

Foto

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r

produção de milho no Brasil tem

se caracterizado pela divisão da

produção em duas épocas de

plantio. Os plantios de verão, ou primeira

safra, são realizados na época tradicional

durante o período chuvoso, que varia entre

fins de agosto, na região Sul, até os meses

de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-

Oeste. A safrinha refere-se ao milho de

sequeiro, plantado em fevereiro ou março,

quase sempre depois da soja precoce, pre-

dominantemente na região Centro-Oeste e

nos estados do Paraná e São Paulo.

Atualmente, a cultura do milho safrinha

no Brasil é responsável por aproximadamen-

te 40% da produção nacional deste cereal.

1Luis Carlos Tessaro

A

Com essa vasta região de cultivo de

milho safrinha, observa-se que o período de

cultivo é bem diferente quando comparado

ao verão, principalmente pela disponibili-

dade hídrica, que é bem menor, além da

redução na quantidade de horas de luz

durante o desenvolvimento da cultura.

A região do Brasil Central é uma das

que mais cresceu na produção nos últimos

anos e um dos estados que mais vêm ampli-

ando a área e com aumentos de produtivi-

dade é o estado do Mato Grosso. Um dos

fatos mais marcantes e responsável pela

grande expansão do milho safrinha, neste

estado, foi o aparecimento da ferrugem da

soja em 2002.

A ferrugem obrigou as empresas a

investirem em pesquisa para obter mate-

riais com alto potencial de produção e com

ciclo mais precoce, permitindo, desta forma,

aos produtores continuarem a produzir

soja, porém com número menor de pulveri-

zações para o controle da doença. Em

função do encurtamento do ciclo dos mate-

riais de soja, abriu-se uma janela muito

interessante para um segundo cultivo,

ocupado com o milho safrinha.

O grande desafio está na colheita de

soja no mês de janeiro, normalmente em

condições de muita chuva, e a semeadura

do milho safrinha, com a melhor janela indo

até o final de fevereiro. Isto é, um período

aproximado de 40 a 50 dias. A capacidade

operacional e o planejamento são requisitos

fundamentais nas propriedades que pos-

suem a oportunidade do duplo cultivo.

A importância da capacidade operacional e do planejamentono sucesso da

safrinha

Page 15: Informativo Pioneer 256

Um dos pontos principais para o

sucesso da safrinha está relacionado à

época de plantio. O ciclo do milho é defini-

do pela soma térmica diária - acúmulo de

graus dia - , intervalos de apenas 7 dias

podem significar diferenças de até 20 dias

no ciclo final da cultura do milho, decisivo

no sucesso ou insucesso da lavoura.

Pela capacidade operacional de plan-

tio e colheita é que deverá ser feito o pla-

nejamento do tamanho da área de soja,

que servirá para o cultivo de milho safrinha

na sucessão.

Como comentado anteriormente, a

janela de plantio do milho safrinha é de

aproximadamente 40 a 50 dias, num

período em que o clima chuvoso dificulta

as operações de colheita da soja e o plantio

do milho. No Brasil Central, a restrição da

data-limite de plantio da safrinha é pelo

período de seca e na safrinha do Sul do

Brasil a limitação é, principalmente, pela

geada.

Todos esses detalhes fazem com que o

agricultor tenha especial atenção na opera-

ção de plantio, de forma a assegurar a

população de plantas desejada na ocasião

da colheita. Neste contexto, as plantadei-

ras/semeadoras representam importante

elemento dentro do processo de produção,

uma vez que a produtividade de milho é

afetada de forma significativa pelo fator

estande.

Planejamento

a) Conhecimento do clima e época de plantio

b) Capacidade operacional

Para isso, o planejamento e a estratégia

são fundamentais nesse processo. Com a

integração dos processos e cultivos, não se

olha mais a cultura isolada - soja e milho -,

mas sim o sistema de cultivo e os resultados

por área e ano agrícola.

É fundamental para o produtor conhe-

cer o regime de chuvas da região. Com as

informações de precipitação é possível

planejar a época ideal de plantio da soja,

além de estimar a data-limite de plantio do

milho safrinha, sem comprometer a sua

produtividade, principalmente pelo período

sem chuvas, no caso do Brasil Central.

15CONTINUA NAS PÁGINAS 16 E 17.CONTINUA NAS PÁGINAS 16 E 17.

A plantadeira pode atuar como ele-

mento restritivo ao desenvolvimento da

cultura do milho, uma vez que de pouco

adianta utilizar sementes de alta qualidade

genética, fazer bom preparo do solo, man-

ter a fertilidade adequada e controlar pra-

gas e plantas daninhas, se não se obtém a

quantidade de sementes distribuídas para

um estande final adequado por híbrido e

por hectare. Dessa maneira, se o objetivo é

aumentar a produtividade da cultura, a

regulagem da semeadora passa a merecer

atenção especial.

Dimensionar o número de plantadeiras

destinadas ao plantio de milho bem como a

quantidade de máquinas para a colheita da

soja, além de estrutura de secagem e arma-

zenagem, já que a soja não suporta muito

tempo no campo no período de colheita

com umidade/chuva, são pontos funda-

mentais para o planejamento e sucesso do

sistema soja precoce + milho safrinha.

Com a colheita de soja em janeiro sob

forte condição de chuva e com solo enchar-

cado, produtores, técnicos, agrônomos e

consultores têm que ficar atentos ao pro-

blema de adensamento/compactação dos

solos. Isso especialmente no Brasil Central,

onde a condição climática com altas tem-

peraturas e umidade favorecem a rápida

decomposição da palhada produzida,

deixando o solo exposto em pouco tempo.

Portanto, não existe uma camada significa-

tiva de palha para absorver o peso das

colhedeiras de soja, em solos que variam de

30 a 60% de argila. Esse adensamento

exerce forte influência negativa no desen-

volvimento radicular do milho.

Outro ponto importantíssimo é a

capacidade operacional de pulverização

que tem que ser muito bem dimensiona-

da/avaliada, uma vez que após a colheita

da soja permanece grande quantidade de

percevejos nos talhões. Paralelamente ao

plantio do milho, o produtor deverá realizar

o controle dos percevejos nos estágios

iniciais de desenvolvimento da safrinha.

Page 16: Informativo Pioneer 256

16

ADMINISTRAÇÃO RURAL

Além do conhecimento do clima, o

produtor deverá fazer a correta escolha de

materiais de soja, visando atingir o máximo

potencial produtivo das lavouras.

Dificilmente o produtor fará 100% de

plantio de milho safrinha sobre a sua área

de soja. Portanto, a escolha de diferentes

ciclos de soja e características de tolerância a

pragas, doenças, nematoides e chuva na

colheita são pontos importantes para alcan-

çar altas médias de produtividade em toda a

propriedade.

A área plantada com materiais de soja

com ciclo precoce permitirá uma janela

maior de plantio de safrinha. O produtor

tem que estar atento ao período de plantio

na melhor janela, adquirir sementes de alta

qualidade e protegê-las com fungicidas e

inseticidas para garantir o correto estande

da lavoura, uma vez que o plantio no cedo,

em condições de poucas chuvas, será propí-

cio ao ataque de pragas e doenças nestas

sementes.

A escolha por materiais de soja transgê-

nicos também tem facilitado a questão

operacional porque permitirá sua colheita

praticamente no limpo. Desta forma, per-

mite agilidade no plantio da safrinha.

Sem contar que as lavouras de soja com ® o gene Roundup Ready não deixarão resi-

dual de herbicidas que poderiam prejudicar

o desenvolvimento e potencial do milho que

c) Conhecimento e escolha dos materiais de soja e híbridos de milho

será plantado na sequência. Com a liberação

comercial do cultivo de milho com o gene ® Roundup Ready e a aplicação do herbicida

glifosato em pós-emergência, facilitará mais

ainda o manejo de ervas no talhão. A ®Pioneer já está comercializando vários

híbridos de milho com combinação das ® ® tecnologias Herculex I e Roundup Ready

para a próxima safra verão e safrinha.

No caso da escolha dos híbridos de

milho, que serão plantados após a colheita

da soja, esta deverá levar em consideração

alguns aspectos fundamentais. O ambiente

de safrinha está associado à irregularidade

climática, à imprevisibilidade de ocorrência

de fatores climáticos como seca e geada e

da intensidade das doenças.

Entender que estes fatores interagem

entre si, fazendo com que a opção que

considera apenas a característica de produti-

vidade ou precocidade, pode ser de alto

risco, principalmente quando não está

associada à defensividade.

O Sistema de Combinação de Híbridos

(SCH) é a mais segura opção, pois leva em

consideração potencial produtivo, precoci-

dade, estabilidade e sanidade/defensi-

vidade, já que infelizmente ainda não se

conseguiu desenvolver um híbrido que

reúna todas estas características.®A Pioneer possui programas de melho-

ramento específicos para a obtenção de

híbridos para a safrinha. Atualmente, vários

híbridos têm se destacado como o 30F90H,

30S31H, 30P70H, 30F35H, P3646H, P3340H,

P3161H, P3431H, dentre outros.

® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

Pelo pequeno período de colheita da

soja e plantio da safrinha, ganhar alguns

dias é fundamental para o sucesso das duas

culturas. E inúmeros trabalhos têm de-

monstrado perda de rendimento na safri-

nha pelo atraso no plantio.

Apesar disto, “acelerar” o plantio não é

a melhor alternativa. Para o milho, a veloci-

dade ideal de plantio é de 4 a 6 km/h

independente do espaçamento entre linhas

e sistema de distribuição de sementes.

Portanto, uma das técnicas para garan-

tir alguns dias no melhor período do plan-

tio da safrinha é realizar a dessecação da

soja, quando esta atinge o estágio de

maturação fisiológica. Desta forma, é possí-

vel antecipar a sua colheita em até 7 dias.

d) Antecipação da colheita da soja

Page 17: Informativo Pioneer 256

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r

O período de plantio da safrinha é

pequeno e sob condições de clima, normal-

mente, desfavorável. Por isso, é importante

que o parque de máquinas esteja adequado

ao tamanho de área que se pretende culti-

var com as culturas de soja precoce e milho

safrinha.

Como atualmente a área de cultivo

com milho safrinha está em expansão, é

aconselhável que os produtores observem se

o número de tratores e plantadeiras é sufi-

ciente para executar as atividades de plantio

dentro das recomendações técnicas.

Além da quantidade de máquinas e

equipamentos, é fundamental que as

mesmas estejam revisadas e calibradas para

a perfeita execução do plantio e demais

tratos culturais.

Atualmente, no Brasil Central, em

função do tamanho das propriedades, os

produtores estão adotando estratégias

para conseguirem plantar grandes áreas,

aumentando o rendimento operacional na

melhor janela da safrinha como, por exem-

plo, o plantio sem adubo na linha.

Já é frequente a não utilização de

adubação na linha de plantio do milho

safrinha, priorizando o rendimento opera-

cional. O adubo normalmente é jogado na

e) Capacidade operacional versus

Qualidade operacional

17

Em função de tudo o que foi apresen-

tado, fica claro que o bom planejamento, a

escolha de variedades de soja e híbridos de

milho, a data de plantio, a capacidade ope-

racional e a qualidade operacional são fato-

res importantes no resultado final das la-

vouras de milho safrinha. E que, cada vez

mais, a safrinha se mostra uma excelente

alternativa de segundo cultivo para uma

boa parte dos produtores de soja do Brasil.

Conclusão

cultura da soja, que antecede ao milho ou

a adubação é feita após o plantio do milho

e é denominada de adubação de cobertura.

Importante deixar claro para produto-

res, técnicos e consultores, que não são

todas as áreas que permitem fazer tal

técnica de adubação, apenas nas áreas

classificadas de alta fertilidade.

Feita a avaliação da capacidade opera-

cional, também é importante observar a

qualidade operacional, começando pela

mão-de-obra que irá executar as operações.

Os profissionais que operam as máquinas e

equipamentos devem estar bem treinados e

qualificados.

Todo o investimento em insumos, au-

mento de área, oportunidades de negócio

deverá também passar pela reciclagem/trei-

namento dos funcionários da fazenda.

Cada vez mais o potencial produtivo

das lavouras de soja e milho dependerão de

sementes de excelente qualidade, na quan-

tidade exata por hectare, atingindo o estan-

de adequado para cada condição de solo e

data de plantio. Para isso, a qualidade de

plantio será determinante para o sucesso ou

insucesso de cada safra.

1 Gerente de Produto e Tecnologia da Pioneer Sementes

Page 18: Informativo Pioneer 256

18

MERCADO AGRÍCOLA

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rap

hik

á um bom tempo o mercado do

milho não atravessava um período

tão favorável de preços quanto o

momento atual. O cenário de preços altos

ocorre tanto no âmbito internacional quan-

to no âmbito doméstico e, apesar da turbu-

lência no mercado financeiro global, os

preços do milho têm sido resistentes a

maiores quedas - ao contrário do que

acontece com outras commodities em

momentos de pânico - o que demonstra a

solidez de seus fundamentos.

A queda na expectativa da produção

norte-americana de milho na safra 2011/

2012 está dando sustentação aos preços

do cereal em função da manutenção dos

estoques apertados nos Estados Unidos. A

relação estoque/consumo (relação que

demonstra o percentual da demanda que

pode ser atendida pelo nível atual dos

estoques de passagem) de milho estaduni-

dense é estimada em apenas 6,7% contra

uma média histórica de 22,4%.

Neste cenário, os preços futuros do

milho negociados na Bolsa de Chicago

(CBOT) estão se mantendo em patamares

bastante elevados. O preço médio do pri-

meiro vencimento em 2011 (até o dia 11

de novembro) foi de US$ 6,91/bushel, o

que representa uma valorização de 61,4%

em relação ao mesmo período de 2010.

1Leonardo Sologuren

H

A valorização dos preços internacio-

nais do milho também estão relacionados

à demanda aquecida pelo grão, principal-

mente por parte da China. Estima-se que o

país asiático poderá importar cerca de 3,0

milhões de toneladas de milho no ano

safra 2011/2012, o que superaria todas as

expectativas do mercado, já que tal mon-

tante era aguardado apenas para daqui a

5 anos.

A alta dos preços internacionais do

milho é totalmente favorável ao mercado

brasileiro, uma vez que gera competitivi-

dade às nossas vendas externas. Esta

competitividade pode ser observada pelo

resultado das exportações brasileiras de

milho em 2011. No acumulado deste ano

(janeiro a outubro), as exportações bra-

sileiras de milho totalizaram 7,74 milhões

de toneladas, o que representa um cres-

cimento de 9,8% em relação às vendas

externas registradas no mesmo período de

2010.

A competitividade das vendas exter-

nas deverá pressionar ainda mais os esto-

ques de milho no Brasil, que já se mostram

apertados. Caso o país exporte cerca de

9,2 milhões de toneladas de milho em

2011, os estoques de passagem do cereal

serão de apenas 4,3 milhões de toneladas,

o que representaria cerca de 25 dias de

consumo (considerando a demanda ex-

portadora).

A demanda aquecida aliada a um

quadro de oferta apertada tem mantido

os preços do milho no mercado doméstico

em patamares elevados. No estado do

Mato Grosso, os preços médios praticados

Fonte: CBOT Elaboração: Clarivi 0Obs.: preços do 1 vencimento

900

720

540

180

360

0

01/10 05/10 09/10 01/11 05/11 09/11

US$

¢/b

ush

el

Gráfico 1. Preços do milho na CBOT

Apesar da crise global, mercado do milho ainda se mostra atrativo

Page 19: Informativo Pioneer 256

vada com safrinha, por sua vez, deverá

totalizar 6,2 milhões de hectares, o que

representaria uma alta de 5,8% frente à

área cultivada no ano agrícola 2010/2011.

O aumento da área cultivada não,

necessariamente, implica dizer que os

preços deverão recuar. A permanência dos

preços altos no mercado internacional

continuaria gerando competitividade às

vendas externas de milho por parte do

Brasil, o qual escoaria o seu excedente de

produção. No entanto, é aconselhável

aproveitar os atuais preços praticados no

mercado para as operações de travamento

de preços.

neste ano (até o mês de outubro) estão

100% superiores em relação ao mesmo

período do ano passado, enquanto os

preços médios no Rio Grande do Sul supe-

ram em 56,8% os preços praticados no

mesmo período de 2010.

A valorização dos preços no mercado

doméstico deverá ocasionar aumento da

área plantada na campanha agrícola

2011/2012, tanto na safra de verão quan-

to na safra de inverno. Estima-se que a

área cultivada com milho na safra de verão

deverá registrar um crescimento de 12,9%

em relação à safra passada, o que totaliza-

ria 8,65 milhões de hectares. A área culti-

Isto implica dizer que os preços do

milho no mercado internacional (os quais

impactam diretamente na competitividade

de exportação do Brasil) ainda estão sujeitos

a fortes oscilações em virtude do delicado

quadro econômico do mundo (principal-

mente das economias desenvolvidas) e esta

oscilação pode vir na forma de queda das

cotações.

Buscando evitar o risco de preços,

passa a ser interessante ao produtor rural a

busca de ferramentas de gerenciamento de

risco. Neste cenário destacam-se os merca-

dos a termo e os mercados de opções sobre

futuros.

Apesar do cenário favorável ao merca-

do, há um risco macroeconômico global

que não pode ser ignorado. O agravamento

da crise na zona do euro, aliado à dificulda-

de de recuperação econômica dos Estados

Unidos, ainda poderão ocasionar graves

consequências aos mercados financeiros

globais.

Este temor poderá levar os investidores

a um processo de venda generalizada dos

contratos futuros, tanto em virtude da inter-

pretação de que a demanda será arrefecida

em um contexto de desaceleração econô-

mica no mundo quanto em virtude de um

quadro de menor liquidez financeira.

Fonte: Clarivi Obs.: mercado disponível

25,00

21,00

17,00

9,00

13,00

5,00jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

R$

/sc

de 6

0 k

g

Gráfico 2. Preços do milho no MT

201120102009

Fonte: Clarivi Obs.: mercado disponível

35,00

30,00

25,00

15,00

20,00

10,00jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

R$

/sc

de 6

0 k

g

Gráfico 3. Preços do milho no RS

201120102009

19

O mercado a termo nada mais é do

que a pré-fixação de um preço estabeleci-

do com a ponta compradora, onde o preço

pré-acordado será honrado no momento

de entrega do produto. Empresas proces-

sadoras de carnes e tradings estão realizan-

do este tipo de modalidade em diversas

regiões do país.

Já o mercado de opções sobre futuros

pode ser realizado através da Bolsa de

Mercadorias e Futuros (BM&F) e a ferra-

menta funciona como um seguro de pre-

ço. Adquire-se a opção de venda do milho

a um determinado preço, cuja referência é

o valor de algum contrato futuro do cereal

negociado na Bolsa. Caso o preço do con-

trato futuro fique abaixo do preço de exer-

cício da opção, então pode-se exercer a

opção e ganhar a diferença entre o preço

cotado no contrato futuro e o preço esta-

belecido na opção. Caso o preço do con-

trato futuro fique acima do preço de exer-

cício da opção, então a mesma não será

exercida e o comprador da opção terá

como único gasto o valor do prêmio pago

no momento da aquisição do contrato.

1

diretor da Consultoria Clarivi

Engenheiro-agrônomo, Mestre em Economia e Sócio-

Foto

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quiv

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ionee

r

Page 20: Informativo Pioneer 256

Há muito tempo vem se falando da mudança de poder econô-

mico, em que os países considerados emergentes passaram a ocupar

uma fatia ainda maior do PIB mundial. Há pouco tempo, a OCDE

(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)

divulgou estudo, mostrando que a participação dos países emergen-

tes no PIB mundial passou de 38% em 2000 para 49% em 2010 e

deverá atingir 57% em 2030. O estudo divulgou ainda que na déca-

da de 2000, o número de países emergentes saltou de 12 para 65.

Este estudo analisou as transformações estruturais na economia

nos últimos 20 anos, mostrando a migração da riqueza econômica

dos países historicamente ricos para os países emergentes, fenôme-

no denominado de “Deslocamento da Riqueza”. O PIB da China e da

Índia cresceu na década de 2000 de três a quatro vezes mais do que

a média dos 31 países que integram a OCDE.

Em setembro de 2008, quando o mundo se deparou com a

quebra do Lehman Brothers, a grande pergunta que se fazia era:

quais seriam as consequências para economia mundial, principal-

mente como seria o comportamento dos países emergentes diante

de uma crise surpreendente e sem precedentes? E, neste contexto,

além de conceitos e termos das áreas de economia e finanças, incluí-

mos no nosso vocabulário diário, novas palavras e adaptamos ex-

pressões de outras áreas distantes para tentar avaliar o cenário

econômico. Termo emprestado da física, Resiliência é um conceito,

que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais de

acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem

ocorrer ruptura. Este termo define bem o comportamento da econo-

mia brasileira diante da crise de 2008/2009, pois nossa economia foi

a última a entrar e a primeira a sair dela.

Concluímos 2010 como a sétima maior economia do planeta

com um PIB ligeiramente superior a US$ 2.0 trilhões e crescimento

de 7,5%, o maior desde 1986. E, segundo o Goldman Sachs, deve-

mos nos tornar a quarta maior economia em 2050.

Agora, diante de um novo cenário turbulento na economia

mundial, a Revista Exame, em sua edição de outubro/2011, trouxe

uma matéria onde seus editores conversaram com 8 dos mais con-

ceituados analistas econômicos internacionais. Nesta conversa, as

“perguntas-chave” foram: O que acontecerá com o mercado global?

A velha Europa terá forças para se levantar? Os Estados Unidos

mostrarão, mais uma vez, sua notável resiliência para lidar com

momentos críticos? O que acontecerá com a máquina chinesa, hoje

o grande motor do crescimento da economia mundial? E a mais

importante: como o Brasil se comportará diante de um cenário

global mais hostil e complexo?

Ao ouví-los, segundo a reportagem da Revista Exame, chega-se

a duas conclusões:

1. Na melhor das hipóteses, o mundo desenvolvido andará de

lado nos próximos anos, com inescápaveis consequências para

o crescimento;

2. O Brasil e suas empresas sofrerão, sim, os efeitos da crise,

mas hoje estão no lado mais ensolarado da economia global.

E, para o agronegócio, o que esta crise pode representar para o

Brasil? Com certeza teremos desafios, mas teremos muito mais opor-

tunidades. Mesmo com menor crescimento na economia mundial,

alguns fundamentos permanecem inalterados, pois a combinação do

aumento de população, aumento de renda e mudança de hábito

alimentar, especialmente no continente asiático, exige que o mundo

aumente a produção de alimentos em 70% para atender uma popu-

lação que deverá chegar a 9,3 bilhões de pessoas em 2050. É neste

cenário que o agronegócio brasileiro mostra a sua força, principal-

mente quando olhamos os números alcançados no primeiro semestre

de 2011, quando a balança comercial do agronegócio brasileiro

registrou superávit de US$ 34,7 bilhões de janeiro a junho. O valor

representa crescimento de 20,5% no saldo de negócios externos do

setor em relação ao mesmo período de 2010, quando o total foi de

US$ 28,8 bilhões. As exportações totalizaram US$ 43,1 bilhões, o que

representa elevação de 23,4% em relação ao mesmo período de

2010. Destaque mais uma vez para o complexo soja, carnes, setor

sucroalcoleiro, produtos florestais e café que, juntos, representaram

82,4% do total das exportações.

Diante de todas estas considerações, enxergamos um horizonte

de oportunidades para o agronegócio brasileiro, pois quando o assun-

to é produção de alimentos, as duas maiores potências econômicas,

China e EUA, dormem com muitas perguntas e acordam sem nenhu-

ma certeza. Dentre elas, podemos destacar as duas principais questões:

1. Na disputa dos dois “Fs”, (FUEL e FEED), como os EUA irão

equilibrar a balança por demanda de milho? Deixar de exportar

milho para atender a demanda interna, ou importar etanol do

Brasil?

2. Como a China atenderá a demanda interna de proteína ani-

mal? Nos últimos 20 anos, enquanto o mundo elevou o consumo

de ração em 33,7%, a China aumentou em 162,3%.

Enquanto chineses e americanos convivem com estas dúvidas, o

agricultor brasileiro convive com a certeza de que o AGRONEGÓCIO

BRASILEIRO É DEFINITIVAMENTE RESILIENTE.

Portanto, com ciclos econômicos cada vez mais curtos e intensos,

cabe ao produtor brasileiro manter a postura de sucesso que o trouxe

até aqui. Este sucesso foi construído pautado em fundamentos sóli-

dos, buscando o controle de variáveis que estão em suas mãos.

Dentre elas podemos destacar:

- Rotação de culturas e sistema integrado de produção

- Opção por genética superior

- Manejo para altos rendimentos

- Adoção de tecnologia de vanguarda como OGM

- Escolha por empresas que fornecem sementes de alta qualidade

e disponibilizam tratamento industrial.

A História tem provado que os produtores, que assim planejam

suas lavouras, superam com LUCRATIVIDADE todas as adversidades e

vencem todos os ciclos. Para tanto, lembramos:

PLANTAR É OPCIONAL...

MAS...PLANTAR COM TECNOLOGIA É OBRIGATÓRIO!

Pois, não há CRISE QUE RESISTA À PRODUTIVIDADE!20

CENÁRIO INTERNACIONAL

PANORAMAINTERNACIONAL

®Francisco Sampaio - Diretor Regional de Vendas da Pioneer Sementes

Page 21: Informativo Pioneer 256

s empresas e o trabalho no meio

rural estão num processo de

permanente transformação e

aprimoramento. Conforme especialistas, o

trabalho rudimentar, baseado na mão-de-

obra dos agricultores e na tração animal,

era o recurso para se trabalhar com agricul-

tura até a década de 1950. O cenário

começou a mudar com a introdução da

mecanização na década de 70 e a busca de

produtividade, o que tornou o Brasil um

expoente na produção agrícola.

SEGURANÇA NO TRABALHO

A

1Marco Aurélio Juliano

Conhecendoum pouco da

O Capítulo V da CLT (Consolidação das

Leis Trabalhistas), através da Portaria

3214/78, editou as Normas Regulamenta-

doras, entre elas aquelas que visavam

atender particularidades do meio rural

(NRRs). Mais tarde, a partir de 3 de março

de 2005, foi publicada a Portaria nº 86,

denominada Norma Regulamentadora de

Segurança e Saúde no Trabalho, Agricultu-

ra, Pecuária, Silvicultura, Exploração Flores-

tal e Aquicultura, concebida a partir da

formação de uma comissão permanente

com representação do Ministério do Traba-

lho, Confederação Nacional da Agricultura

e representações dos empregados. Vale

ressaltar que a Constituição Federal de

1988 igualou os direitos sociais e trabalhis-

tas dos trabalhadores urbanos e rurais.

As estatísticas oficiais mostram dados

assustadores com relação ao número de

acidentes e doenças ocupacionais, aquelas

que o trabalhador adquire no ambiente de

trabalho. Ações de fiscalização do Ministé-

rio do Trabalho e Emprego no campo e

necessidade de atender a Convenção 184

da Organização Internacional do Trabalho

(OIT) fizeram com que se estabelecesse

uma legislação específica para o meio rural.

Por conseguinte, diante da variedade

de exigências, um tanto inovadoras, trazi-

das pela NR-31, resta ao empregador rural 21

ou equiparado cumprir as regras estabeleci-

das para garantir a boa saúde e a seguran-

ça pessoal dos seus empregados. Dentre as

providências mais importantes a serem

tomadas, destacam-se as seguintes: garan-

tir as condições adequadas de trabalho,

higiene e conforto bem como avaliação dos

riscos e causas de acidentes e doenças

relacionadas com o trabalho. Para auxiliar o

empregador rural neste processo, a norma

prevê a formação de uma Comissão Interna

de Prevenção de Acidentes no Trabalho

Rural (CIPATR), obrigatória nos estabeleci-

mentos rurais com mais de 20 funcionários,

dimensionada conforme tabela da NR-31.

O objetivo desta Norma Regulamenta-

dora é o de compatibilizar o planejamento

e o desenvolvimento das atividades no

campo com as condições de segurança e

saúde no meio ambiente do trabalho. Para

reforçar este objetivo, a norma traz em seu

conteúdo regras que referem à responsabi-

lidade solidária, incluindo cooperativas de

produção ou parceiros rurais que se juntem

para desenvolver tarefas.

Portanto, a evolução das relações de

trabalho passa, certamente, pelas melho-

rias de condições de trabalho no campo,

que visa manter a saúde de seus colabora-

dores.

1 ®Técnico de Segurança da Pioneer Sementes

Page 22: Informativo Pioneer 256

22

SEÇÃO

Foi aprovado em 11 de agosto de 2011 pela CTNBio, o pedido de liberação comer-TM TMcial da tecnologia Optimum Intrasect , que combina duas tecnologias de milho Bt

® ® TM TMconhecidas como Herculex I e YieldGard . A tecnologia Optimum Intrasect de

proteção contra insetos representa uma evolução da tecnologia Bt, pois oferece maior

espectro de controle das lagartas que atacam a cultura do milho. Esta tecnologia

possui excelente nível de controle para a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda),

lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) e broca-da-cana-de-açúcar (Diatreae saccha-

ralis). Ainda, oferece bom controle da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) e lagarta-da-

espiga (Helicoverpa zeae), além de ser eficiente contra as pragas secundárias: a lagar-

ta-das-vagens (Spodoptera eridania) e a lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax). Esta

combinação poderá ser comercializada em associação com a tecnologia Roundup ®Ready , resultando ainda em lavouras de maior potencial produtivo, comodidade e

TM TMconveniência para os produtores. A tecnologia Optimum Intrasect de proteção

contra insetos estará disponível nos híbridos Pioneer a partir de 2012.

Em fevereiro deste ano, a Pioneer abriu as portas das suas unidades

de produção e estações de pesquisa de milho e soja localizadas em

Formosa/GO e Brasília/DF para receber um grupo de 15 produtores e

agrônomos provenientes dos EUA. Os americanos tiveram a oportunidade

de conhecer todos os trabalhos e investimentos realizados pela Pioneer

Brasil desde a pesquisa genética, desenvolvimento de produtos até a pro-

dução de sementes. Presenciaram o empenho da Pioneer na busca do

aprimoramento de seus produtos e estrutura para atender a demanda do

mercado, oferecendo ao produtor alta tecnologia, logística, suporte ao

cliente e, principalmente, melhor qualidade genética, física e fisiológica das

sementes. Visitaram alguns clientes e parceiros da Pioneer em Goiás,

Distrito Federal e Minas Gerais e, também, participaram de dias de campo.

O grupo ficou entusiasmado ao saber dos resultados atingidos pelos

produtores brasileiros.

Já no mês de agosto, a Pioneer recebeu um grupo de 26 peruanos,

formado por produtores, agrônomos e técnicos de revendas, que tam-

bém estiveram presentes nas unidades em Formosa/GO e Brasília/DF e

visitaram alguns parceiros, onde tiveram a oportunidade de ver na

prática os trabalhos e investimentos realizados no país. A tecnologia e

maquinário utilizados no campo surpreendeu a todos os integrantes

do grupo.

®

Pioneer Brasil recebe grupo de agricultoresdos Estados Unidos e da América Latina

® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

Pioneer tem pedidode liberação comercial aprovado pela CTNBio

Page 23: Informativo Pioneer 256

®

PIONEER

Repetindo o sucesso dos anos anteriores, a Pioneer levou, durante

o ano de 2011, produtores de soja e milho de todo Brasil para conhe-

cerem a maior feira agrícola dos Estados Unidos - A Farm Progress

Show. Além de terem a oportunidade de conhecer a feira, onde pude-

ram visitar estandes de empresas de sementes, defensivos, maquinários

e universidades americanas, os produtores tiveram acesso a uma agen-

da montada especialmente para seus interesses. Os grupos puderam

conhecer a Bolsa de Chicago, onde são realizadas as negociações de

contratos de grãos, visitaram propriedades de produtores de milho e

soja americanas e conheceram a sede da Pioneer e suas lideranças.

Foram 6 grupos que puderam trocar informações e fazer amizades

durante a viagem. Para 2012, a Pioneer está programando ofere-

cer essa possibilidade novamente, uma vez que as visitas são

muito bem avaliadas pelos produtores participantes.

Após o lançamento do híbrido P3340H na última safrinha, o

Sistema de Combinação de Híbridos ficou ainda mais forte com o

lançamento dos híbridos superprecoces P3161H e P3431H. Com

características especiais para a safrinha, principalmente do Paraná,

Mato Grosso do Sul e São Paulo, como o pendoamento e ciclo

superprecoce, os híbridos P3161H e P3431H apresentam elevado

potencial produtivo aliado a um excelente nível de tolerância às prin-

cipais doenças. O P3161H é um híbrido simples, superprecoce com

elevado potencial produtivo e tolerância à ferrugem polissora. Já o

P3431H é um híbrido simples que combina superprecocidade com

alto potencial produtivo e qualidade de grãos.

®

Pioneer levagrupo de produtores

aos Estados Unidos

®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.

®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.

Lançamentos Pioneerpara a safra 2011/2012

Não é de responsabilidade dos autores nenhum dano direto ou indireto, relacionado ou proveniente de qualquer ação ou omissão, resultante de qualquer informação

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os direitos reservados. Esta publicação não poderá ser reproduzida ou transmitida, no todo ou em parte, de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou

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DuPont do Brasil S/A - Divisão Pioneer Sementes.

Editor: Cláudio de Miranda Peixoto

Jornalista Responsável: Hélio Etges, DRT-RS 5918Coordenação: Camila Barreto

Editoração e arte: Oggi/Graphik - Prod. Gráf. e Eletr. Ltda. - Fone: (51) 3715-5782

As

Unidade de Santa Cruz do Sul: A/C Informativo Pioneer, Rodovia BR 471, km 49

CEP 96.810-971 - Cx. Postal 1009 - Santa Cruz do Sul - RS - Fone: (51) 3719.7700

solicitações de recebimento do Informativo Pioneer deverão ser feitas para a

E-mail exclusivo do Boletim Informativo Pioneer: [email protected]

Informativo da Pioneer Sementes

Com distribuição gratuita para seus clientes

Tiragem: 100.000 exemplares

Dezembro de 2011

EXPEDIENTE

® Marcas registradas da Pioneer Hi-Bred.

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