cultura do feijoeiro

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ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE ORIZONA CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA DE NÍVEL MÉDIO DISCIPLINA: Culturas Anuais PROF.: César Antônio da Silva CULTURA DO FEIJOEIRO Orizona – GO 2008

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Arquivo de aula: Cultura do FeijoeiroEFAORI - Escola Família Agrícola de Orizona, 2008

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  • ESCOLA FAMLIA AGRCOLA DE ORIZONACURSO TCNICO EM AGROPECURIA DE NVEL MDIO

    DISCIPLINA: Culturas AnuaisPROF.: Csar Antnio da Silva

    CULTURA DO FEIJOEIRO

    Orizona GO2008

  • Famlia: Leguminosas

    Origem: regies elevadas do Mxico eAmrica Central (Guatemala e Costa Rica).

    Alimento bsico da populao brasileira:fonte protica.

    Produo no Brasil no atende a demanda.

    CULTURA DO FEIJOEIRO

  • Brasil: maior produtor e maiorconsumidor mundial.

    Consumo per capita no Brasil:16 kg/habitante/ano.

    Produtividade mdia no Brasil:732 kg ha-1

    reas irrigadas: 3000 kg ha-1

    IMPORTNCIA ECONMICA DO FEIJOEIRO

  • Cultura tropical: Gois apresenta condiespara produzir o ano todo;

    Cultura pouco tolerante seca;

    300 a 400 mm de gua durante todo o ciclo;

    2 a 3 mm dia-1 na fase vegetativa e de 4 a 5mm dia-1 durante florescimento eenchimento de gros.

    EXIGNCIAS CLIMTICAS DO FEIJOEIRO

  • Exige perodo secodurante a colheita;

    Chuvas na colheitaprejudicam qualidadedo feijo.

    EXIGNCIAS CLIMTICAS DO FEIJOEIRO

    Precipitaes apenas at a maturidadefisiolgica.

  • SOLOS IDEAIS PARA O FEIJOEIRO No se desenvolve bem em solos

    encharcados e cidos.

    pH ideal: 6,0 a 7,0

    Plantio em nvel e construo de terraos,evitar terrenos muito inclinados.

    Recomendvel a rotao de culturas,cobertura morta, adubao verde(estilosante, mucuna) e plantio direto.

  • EXIGNCIAS NUTRICIONAIS DO FEIJOEIRO

    Planta exigente em nutrientes, em funo do ciclocurto;

    Sistema radicular pouco profundo: nutrientes devemser colocados disposio das plantas.

    Quantidade nutrientes exportados (1000 kg gros):35,5 kg de N; 4,0 kg de P; 15,3 kg de K;

    3,1 kg de Ca; 2,6 kg de Mg e 5,4 kg de S.

  • EXIGNCIAS NUTRICIONAIS DO FEIJOEIRO Maior exigncia de N: 35 aos 50 dias ps

    emergncia (florescimento) absoro de 2,0 a 2,5kg/ha/dia;

    Maior absoro de P: 30 aos 55 dias (abertura debotes florais ao trmino do florescimento).

    Demanda de P acentua-se no final do florescimentoe incio de formao das vagens (absoro 0,2 a0,3 kg/ha/dia).

  • EXIGNCIAS NUTRICIONAIS DO FEIJOEIRO

    Potssio: 2 perodos de grande demanda: Entre 25 e 35 dias (diferenciao botes florais); Entre 45 e 55 dias da emergncia (final do

    florescimento).

    Diagnose foliar: coletar de 30 a 40 folhas porhectare, no tero mediano das plantas. Coletar folhas sadias, poca do florescimento.

  • PREPARO DO SOLO Arao: arado de discos ou de aivecas;

    VANTAGENS:- Mistura melhor o solo que o aivecas;- Podem ser usados em terrenos com

    grande quantidade de razes;- Rompe camadas compactadas (10 - 20

    cm)

    DESVANTAGENS:- Consumo de combustvel, baixo

    rendimento;- Uma roda do trator passa pelo sulco

    recm aberto, causando compactao;- Menor eficincia quando a leiva

    tombada morro acima;

  • ARADO DE AIVECAS

    VANTAGENS:

    - Melhor penetrao em condiesadversas;

    - Melhor qualidade de servio em reasplanas (vrzeas drenadas);

    - Faz melhor enterrio de ervas;

    DESVANTAGENS:

    - As mesmas desvantagens do aradode discos;

    - Regulagem mais difcil que o arado dediscos;

    - Superfcie do solo fica livre devegetais (risco de eroso)

  • Grade Aradora PesadaGRADES

    Super Grade Aradora com Pneus

    VANTAGENS:

    - Utilizada em reas com altainfestao de ervas, plantastrepadoras;

    - Simples e de fcil regulagem;

    - Menor consumo de combustvelem relao ao arado

    DESVANTAGENS:

    - Trabalho raso (15 a 20 cm),no rompe camadascompactadas a 25 cm.

    - Compacta ou espelha maiso solo abaixo daprofundidade de operao.

  • Grade Niveladora ou Destorroadora

    GRADES

    - Funo de uniformizar o terreno;

    - Eliminar possveis ervas daninhas, finalizando o preparo para a semeadura;

    - Pequeno espaamento entre os discos (20 cm) facilita o destorroamento.

  • Calagem: elevar sat. bases a 70%;

    Adubao de plantio: P e K: no sulco semeadura (ao lado e abaixo

    da semente); N: parcelar em plantio e cobertura, distribuir

    em filete, de 15 a 30 dias aps emergncia;

    Feijoeiro responde muito bem adubao orgnica.

    CORREO DO SOLO E ADUBAOCORREO DO SOLO E ADUBAOCORREO DO SOLO E ADUBAO

  • SEMENTES

    Qualidade (poder germinativo, ausnciade doenas) fundamental;

    Na impossibilidade de conseguir sementemelhoradas, o agricultor deve fazercatao (eliminar impurezas, grosmanchados, ardidos ou defeituosos).

    SEMENTES

  • CULTIVARES DE FEIJOEIRO COMUM

    Lanada em 2001, para ES, RJ, MG, GO/DF, MS,MT, SP, PR, SC e RS;

    Produtividade mdia de 19% superior scultivares tradicionalmente plantadas;

    Porte ereto e resistncia ao acamamento;

    Resistncia ao mosaico comum e a 19 raas dofungo da antracnose.

    Reao intermediria ferrugem, crestamentobacteriano e mancha angular.

    Culinria: excelente aspecto visual, cocorpida, com caldo grosso.

    BRS Valente

    Embrapa Arroz e FeijoCULTIVARES DE FEIJOEIRO COMUM

    Embrapa Arroz e Feijo

  • BRS Radiante

    Lanada em 2001, para GO/DF, MG eMS;

    Gros rajados (cor vinho em fundo begeclaro), de tamanho grande. Peso mdiode 100 gros de 43,5g;

    Porte ereto e resistncia aoacamamento.

    Tolerante ao odio e resistente ao mosaico;

    Reao intermediria antracnose e ferrugem;

    Uniformidade de colorao e tamanho de gro, excelentes qualidadesculinrias e tima aparncia aps o cozimento.

  • BRS Timb

    Feijo comercial roxo, alta produtividade,lanado em 2002 (DF, GO, MG, MS, MT);

    Porte ereto, resistncia ao acamamento;

    Resistncia ao mosaico comum, ferrugem ealgumas raas de antracnose;

    Resistncia intermediria mancha angular e ao crestamentobacteriano;

    Massa de 100 gros, de 19 g; coco de 30 min.

    Espera-se uma retomada do cultivo de feijo roxo, em funo desua resistncia s principais doenas (menor aplicao defungicidas).

  • BRS Vereda

    Feijo de gro comercial rosinha,lanada em 2002 (GO/DF, MS e MG) p/vrios sistemas de produo;

    Porte semi-ereto;

    Resistente ferrugem, ao mosaico, e a 4 raas do fungo da antracnose;

    Moderadamente resistente mancha angular;

    Excelente qualidade tecnolgica e industrial do gro.

    O gro rosinha confere a esta cultivar um valor agregado nacomercializao, maior que os tipos tradicionais carioca e preto.

  • BRS Marfim

    Feijo grupo comercialmulatinho, lanado em2002, para GO/DF, BA.

    Porte semi-ereto;

    Resistente ao mosaico comum e a 4 raas de antracnose;

    10 a 20% mais produtiva que as demais cultivares do mesmo grupocomercial;

    Massa de 100 gros, de 26 g.

    Tipo de gro atende tradicional demanda de consumo do Nordestebrasileiro.

  • BRS-MG Talism

    Grupo comercial carioca, lanada em2002 para o Estado de Minas Gerais,com extenso para o Paran em 2004;

    Resistncia ao mosaico comum e adois pattipos do fungo da antracnose.

    Resistncia intermediria mancha angular e ao crestamentobacteriano;

    Suscetvel ferrugem e ao mosaico dourado;

    Porte prostrado, ciclo 75 a 85 dias e massa de 100 gros, de 26 g.

  • BRS Pontal

    Grupo comercial carioca, indicada em2003 para as safras das guas, seca einverno em GO, DF, MF, MT e MS;

    Porte semi-prostrado, ciclo normal (87-90dias), massa de 100 gros, de 26 g;

    resistente ao mosaico comum;

    resistente a 11 pattipos da antracnose; resistncia intermediriaa 6 pattipos;

    Reao intermediria ferrugem e ao crestamento bacteriano;

    Suscetvel mancha angular e ao mosaico dourado;

    Vem atender a demanda de feijo tipo carioca, por sua resistncia antracnose, alto potencial produtivo.

  • BRS Requinte

    Tipo carioca ou feijo Prola,lanado em 2003 p/ regio docerrado (GO, DF, MG, MT e MS),safras da seca e de inverno;

    Reduzido escurecimento dotegumento do gro, durantearmazenamento;

    Boas qualidades culinrias, tempode coco reduzido (25 min.);

    Ciclo de 87 a 90 dias e massa de 100 gros, de 24 g;

    Antracnose: resistente a 9 pattipos, resistncia intermediria a 7,e suscetvel a 8 raas;

    Resistente ao mosaico comum e suscetvel ferrugem, manchaangular, crestamento bacteriano e mosaico dourado;

    Colorao clara do gro por perodo de tempo prolongado.

  • BRS Grafite

    Tipo preto, lanado em 2003 (GO, DF,MG e RJ) para safra de outono/inverno;

    Porte semi-ereto, ciclo normal (87 a 93dias), massa de 100 gros, de 25 g;

    Resistncia ao mosaico comum eferrugem;

    Antracnose: resistente a 9 pattipos; resistncia intermediria a 6,e suscetvel a 9 raas;

    Reao intermediria mancha angular e suscetibilidade aocrestamento bacteriano e ao mosaico dourado;

    Este lanamento vem atender a uma demanda por cultivares detipo preto, resistente antracnose e de alto potencial produtivo naregio de cerrado.

  • BRS Campeiro

    Primeira cultivar de feijo preto obtidavia mutao induzida por radiaogama, indicada em 2003, para safrasdas guas e seca, no PR, SC e RS;

    Boas qualidades culinrias, caldo da cor marrom chocolate;

    Porte semi-ereto, ciclo 87 a 93 dias, massa de 100 gros, de 25 g;

    Resistncia intermediria a quatro pattipos de Colletotrichumlindemuthianum, ferrugem e mancha angular;

    Resistente ao mosaico comum, suscetvel ao crestamentobacteriano e ao mosaico dourado;

    Alto potencial produtivo (em mdia, 32% superior s cultivaresDiamante Negro e FT Nobre).

  • BRS Horizonte

    Tipo carioca, indicada para as safrasdas guas, seca e outono/inverno emGO e DF, e para as safras das guas eda seca em PR e SC, em 2004;

    Boas qualidades culinrias;

    Porte ereto, ciclo normal (75 a 85 dias) e massa de 100 gros, de 28 g.

    Resistente ao mosaico comum e a 5 pattipos da antracnose;

    Reao intermediria ferrugem, suscetvel ao crestamentobacteriano, mancha angular e mosaico dourado.

    Este lanamento vem atender demanda por cultivares tipocarioca, de porte ereto e resistentes antracnose.

  • BRS Supremo

    Gro tipo preto;

    Lanada para GO e DF, safras dasguas e outono/inverno em GO eDF, e das guas e seca em PR eSC (em 2004);

    Porte ereto, ciclo normal (80-86dias) e massa de 100 gros 25 g.

    Resistncia ferrugem, mosaico comum e a 5 pattipos deColletotrichum lindemuthianum;

    Reao intermediria mancha angular e suscetibilidade aocrestamento bacteriano e ao mosaico dourado.

  • BRS Pitanga

    Tipo comercial de gro roxinho;

    Indicada em 2004 para as safras daseca e outono/inverno em GO e DF;

    Uniformidade de colorao dosgros e boas qualidades culinrias;

    Porte ereto, ciclo normal (81-84dias) e massa de 100 gros 20 g.

    Resistncia ao mosaico comum e a 4 pattipos de Colletotrichumlindemuthianum.

    Reao intermediria ferrugem. suscetvel mancha angular,crestamento bacteriano e mosaico dourado.

  • Cultivar DIAMANTE NEGRO

    Grupo Comercial: PretoCiclo (florao): 50 diasCiclo (Colheita): 90 diasPorte da planta: EretoCor do gro: PretoCor da flor: VioletaEspaamento: 45-50 cmPeso de 100 sementes: 21,3 grConsumo de sementes: 65 Kg/haPoten. de produtividade: 3.500 Kg/ha

    Populao: 230.000 a 250.000 pl/ha

    Caractersticas

    Reao s Doenas

    Mancha Angular: IntermediriaAntracnose: IntermediriaFerrugem: IntermediriaCrestamento Bacteriano Comum:

    Moderadamente resistente

    Murcha de Fusarium: Suscetvel

    Mosaico Dourado: SuscetvelMosaico Comum: Resistente

  • Cultivar NOVO JALO

    Caractersticas

    Grupo Comercial: Manteigo (tipo jalo)Ciclo (florao): 27 diasCiclo (Colheita): 72 diasPorte da planta: Semi-eretoCor da flor: RseaCor do gro: AmareladaEspaamento: 40-50 cmPeso de 100 sementes: 35,5 gr

    Consumo de sementes: 115 kg/ha

    Potencial de produtividade: 3.500 kg/ha

    Populao: 350.000 pl/ha

    Reao s Doenas

    Mancha Angular: Moderadamente resistente

    Antracnose: Suscetvel

    Ferrugem: Moderadamente resistente

    Crestamento Bacteriano Comum:

    Moderadamente resistente

    Murcha de Fusarium: Suscetvel

    Mosaico Dourado: SuscetvelMosaico Comum: SuscetvelOdio: Suscetvel

  • FEIJO-CAUPI OU FEIJO-DE-CORDA(Vigna unguiculata L. Walp.)

    Uma das culturas maisimportantes das regiesNorte e Nordeste doBrasil;

    Combate desnutrio;

    Gros so consumidos na forma seca ou verde.

  • Cultivar PROLA

    CULTIVARES DE FEIJOEIRO COMUMEmbrapa Arroz e Feijo

    Caractersticas

    Grupo Comercial: CariocaCiclo (florao): 46 diasCiclo (Colheita): 95 diasPorte da planta: Semi-eretoCor da flor: Branca

    Cor do gro: Bege claro com rajas marrom-claras

    Espaamento: 45-50 cmPeso de 100 sementes: 27 gConsumo de sementes: 80 kg/haPotencial de produtividade: 4.000 kg/ha

    Populao: 230.000 a 250.000 pl/ha

    Mancha Angular: IntermediriaAntracnose: SuscetvelFerrugem: IntermediriaCrestamento Bacteriano Comum:

    Suscetvel

    Murcha de Fusarium:

    Moderadamente resistente

    Mosaico Dourado: SuscetvelMosaico Comum: Resistente

    Reao s Doenas

    Caractersticas

    Reao s Doenas

  • POCAS DE CULTIVO

    Ciclo curto, possvel colher trs safras: Feijo das guas (out./jan.), maior risco de

    doenas, chuvas na colheita;

    Feijo da seca (fev./abr.);

    Feijo de inverno (maio/set.): irrigao

    Plantio consorciado: milho (evitarsombreamento do milho), caf.

  • TIPOS DE SEMEADURA Pode se cultivado no SPD ou SPC:

    SPD: requer intervalo entre dessecao esemeadura;

    Herbicidas de ps-emergncia: glifosato,paraquat, diuron, 2-4-D, chlorimuron-ethyl,carfentrazone, fomesafen, acifluorfen.

    Dosagem: grau de infestao, idade e espciede invasoras.

    Aplicaes: uma ou duas (fazer repassequando h efeito guarda-chuva).

  • TCNICAS DE APLICAO DE HERBICIDAS

    Regular e calibrar o pulverizador, verificarpossveis entupimentos de bicos;

    Evitar pulverizar na presena de orvalho ouchuva, ventos fortes (> 8 km h-1) ou UR < 60%;

    No aplicar quando as invasoras estiverem emdficit hdrico (< translocao do produto);

    Usar sempre os EPIs (luvas, mscaras,vestimentas adequadas) e ler instrues de usodo produto.

  • RECOMENDAES DE SEMEADURA Espaamento: 50 a 60 cm entre linhas, e 12 a

    15 sementes/m, para obter na colheita de 10 a12 plantas/m;

    Populao: 240 mil plantas/ha. Menor largurade entrelinhas facilita controle de ervas;

    Profundidade semeadura: 3 a 5 cm;

    Quantidade de sementes por hectare: dependedo tamanho dos gros;

  • TRATOS CULTURAIS

    Rotao de culturas (comgramneas);

    Irrigao: permite produzir oano todo;

    Capinas: enxada, cultivador. No feijoeiro, a competiocom ervas pequena;

    Adubao de cobertura: apenas em solos com baixoteor de matria orgnica;

  • Fsforo: folhas inferiores com coloraoverde plida e as superiores com tons verdesmais escuros.

    DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

  • DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

    Magnsio: folhas mais velhas com cloroseinternerval que progride do centro para osbordos do fololo.

  • Boro: secamento dos pontos de crescimento.

    DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

  • Mangans: folhas novas com cloroseinternerval caracterizando um reticulado grosso.

    DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

  • Cobre: folhas novas com tonalidade escura eenrugamento dos bordos.

    DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

  • Lagartas: elasmo (Elasmopalpus lignosellus) e rosca

    Danos da lagarta elasmo. Danos da lagarta rosca.

    O adulto das lagartas uma mariposa;

    Lagarta elasmo: perfura as plntulas na regio do colo, construindo galerias no seu interior.

    Lagarta rosca: secciona o caule das plantas logo acima da superfcie do solo, matando-as.

  • Vaquinha (Diabrotica speciosa)

    Besouro pequeno, de cor esverdeada,com trs manchas amarelas em cada asa;

    Os adultos que tm o maior potencial dedano ao se alimentarem das folhas;

    Fmeas pem os ovos no solo. Larvaspodem penetrar nas razes do feijoeiro edanific-las, servindo de porta de entradapara patgenos do solo, como Fusariumsp.

    Controle: inseticidas.

  • Mosca branca (Bemisia tabaci)

    Inseto adulto parasitando uma folha de feijoeiro (A). Populao de B.tabaci parasitando a superfcie foliar (B).

    (A) (B)

  • PRAGAS DO FEIJOEIRO

    Acanthoscelides obtectus: inserem osovos na vagens.

    Zabrotes subfasciatus: ovopositamdiretamente sobre gros no depsito

    CARUNCHOS: duas espcies.

    As larvas penetram na sementes causando danos. Os adultos no atacam os gros, sendo os danos ocasionados

    unicamente pelas larvas. Reduo no peso gros, no poder germinativo e na qualidade

    alimentcia (sabor desagradvel).

  • CONTROLE DE PRAGAS DO FEIJOEIRO Manejo Integrado de Pragas (MIP): controle biolgico (joaninha).

    Inseticidas recomendados para o controle das principais pragas dofeijoeiro: Carbaril, Monocrotofs, Paratiom metlico, Dimetoato,Metamidofs e Triclorfom.

    Escolha do produto, dose e no de aplicaes deve-se no nvelpopulacional da praga, no estdio de desenvolvimento do feijoeiro ecusto;

    Levar em considerao a relao benefcios/riscos.

    Carunchos: armazenar em garrafas PET, embalar em sacos plsticos;

  • MOSAICO COMUM (VMCF) - Agente causal: vrus

    DOENAS DO FEIJOEIROPodem ser causadas por fungos, bactrias e vrus.

    Transmitido pela semente, edentro da lavoura disseminadopor vrias espcies de pulges(Myzus persicae);

    Enrolamento das folhas;

    reas verde-claro intercaladas por reas verdes normais;

    Controle: cultivares resistentes, de sementes sadias e controle do insetovetor (aplicaes de inseticidas fosforados).

  • MOSAICO DOURADOAgente causal: vrus (VMDF)

    Sintomas iniciais: salpicamentoamarelo vivo nas folhas mais novas,tomando todo o limbo foliar;

    O vrus transmitido pela moscabranca (Bemisia tabaci);

    Maior intensidade no feijo "da seca",maior populao de mosca branca;

    Pode causar perdas > 80% na produo quando a infeco ocorreat 30 dias aps a emergncia;

    Controle: cultivares resistentes, poca adequada de plantio, aplicaode inseticidas para eliminar a mosca branca.

  • Tambm conhecido por fogo selvagem.

    CRESTAMENTO BACTERIANO(Xanthomonas axonopodis pv. Phaseoli)

    Controle: cultivares resistentes, rotao deculturas, eliminao de restos culturais epulverizaes foliares com oxicloreto decobre.

  • Nas hastes, vagense sementes, asleses so decolorao escura.

    ANTRACNOSE (Colletotrichum lindemuthianum)

    Enegrecimento das nervuras

  • Controle: usar sementes sadias, cultivares resistentes, pulverizarfungicidas recomendados (Benomyl, Tiofanato metlico, Mancozeb)e fazer tratamento de sementes (Benomyl, Captan).

    ANTRACNOSE (Colletotrichum lindemuthianum)

    Doena de maior importncia nacultura do feijoeiro;

    Temperaturas amenas (14 a 20oC)e alta umidade relativa favorecema doena;

    Patgeno pode sobreviver em restos culturais. Sementeinfectada a principal fonte de disseminao da doena.

  • PODRIDO RADICULAR SECA(Fusarium solani f. sp. phaseoli)

    Condies favorveis: alta compactao e umidade do solo, quediminuem a difuso de oxignio, e a alta temperatura (22 a 32oC).

  • PODRIDO CINZENTA DA HASTE (Macrophomina phaseolina)

    Maior severidade em regies secas equentes e em solos compactados;

    Fungo transmitido pela semente,pode sobreviver no solo e em restosde cultura por perodos prolongados;

    Raquitismo, clorose e desfolhamentoprematuro;

    Vagens em contato com o solo, socontaminadas, sementes nogerminam, adquirem cor negra.

  • PODRIDO RADICULAR (Rhizoctonia solani)

    Pode atacar as sementes, asquais apodrecem no soloantes ou durante agerminao;

    Estrangulamento na base docaule, tombamento deplntulas;

    Dificulta translocao da seivae reduz a absoro de gua.

    Plantas mais suscetveis a perodos de estiagem.

  • MELA DO FEIJOEIRO(Thanatephorus cucumeris)

  • MANCHA ANGULAR (Phaeoisariopsis griseola)

    Controle: rotao de culturas, poca adequada de plantio, uso desementes sadias e tratamento qumico (Mancozeb).

    Sintomas: no caule, folhas e vagens.

    favorecida por temperatura entre 18-25oC e alta umidade;

  • Manifesta-se principalmente nas folhas do feijoeiro

    FERRUGEM (Uromyces phaseoli)

    Pequenas pstulas de cor ferrugem em ambas as superfcies das folhas,rodeadas por um halo amarelo;

  • FERRUGEM (Uromyces phaseoli)

    Folhas severamente atacadastornam-se amarelas, secam ecaem.

    Controle: uso de cultivares resistentes, poca adequada de plantio etratamento qumico (Mancozeb, Oxycarboxin).

    Condies favorveis: temperatura entre 20 e 27oC e alta umidade,intercalada por perodos de baixa precipitao e grande quantidade deorvalho.

  • MOFO BRANCO (Sclerotinia sclerotiorum)

    Controle: rotao de culturas, sementes sadias, tratamento de sementes(Benomyl, Captan) e pulverizao de fungicidas (Tiofanato metlico +Chlorothalonil).

    Ampla faixa de hospedeiros e pode sobreviver por vrios anos no solo. favorecido por alta umidade, baixa temperatura e pouca aerao.

    Sintomas nas hastes, folhas evagens, principalmente prximasdo solo;

    Manchas aquosas, podridomole (densa massa de micliobranco);

    Ocorre principalmente emregies de clima frio e mido;

  • MURCHA DE ESCLERCIO (Sclerotium rolfsii) Sintomas iniciais: manchas

    escuras e encharcadas no colo,estendendo-se raiz principal(podrido recoberta por micliobranco;

    Amarelecimento e desfolha e murcha repentina;

    Controle: uso de sementes sadias,tratamento qumico das sementes(Benomyl, Captan), rotao deculturas e maior espaamento.

    Temperatura e umidade elevadafavorecem a doena ;

  • NEMATIDE DE GALHAS (Meloidogyne spp.)

    Dimetro superior ao dasrazes sadias;

    Definhamento, amarelecimentodas folhas e murcha nas horasmais quentes do dia.

    Controle: rotao de culturas, uso de cultivares resistentes.

    Preveno: retirar solo aderido nos implementos utilizados em reascom histrico de nematide, evitando a disseminao para novas reas.

  • Cultivares resistentes;

    Uso de sementes sadias;

    Tratamento de sementes

    Rotao de culturas: plantas supressoras e coberturamorta - especialmente Brachiaria brizantha e B.ruzisiensis, por dois anos ou mais, como no SistemaSanta F;

    PRINCIPAIS MEDIDAS DE CONTROLE DE DOENAS NO FEIJOEIRO

  • CONTROLE DE DOENAS

    Fungos de solo possuem estruturas deresistncia chamadas de esclerdios (no casode S. sclerotiorum, R. solani, T. cucumeris e M.phaseolina) ou clamidosporos (F. solani e F.oxysporum).

    Como as estruturas de resistncia estoenterradas, dificilmente so alcanadas pelosfungicidas.

  • COLHEITACOLHEITA Umidade para colheita 18% (ciclo de 90 a 100 dias);

    Acamamento de plantas, maturao desuniforme, baixaaltura de insero e deiscncia de vagens) tm dificultado oemprego de colhedoras convencionais.

    Operaes de colheita manual e semi-mecanizada: Arranquio;

    Enleiramento;

    Trilhagem na debulhadora;

    Existem no mercado, cultivares eretas que permitem colheitamecanizada, porm h quebramento de gros.

  • CLASSIFICAO, ARMAZENAMENTO E COMERCIALIZAO

    Classificao: em 5 tipos (depende da qualidade);

    Feijo abaixo do padro (que no encaixa no tipo 5) desclassificado;

    Teor de umidade dearmazenamento (12%);

    Consumidores tm prefernciapor feijes novos (menor tempode cozimento).