cultura da bananeira_2009

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  • 7/31/2019 Cultura Da Bananeira_2009

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    Disciplina: FRUTICULTURA TROPICAL

    CULTURA DA BANANEIRA

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    PRODUO

    ndia: 16 milhes tEquador: 6,4 milhes tBrasil: 6,3 milhes t

    O Brasil o principal consumidor de banana domundo e o terceiro maior produtor;

    A cultura cobre 527 mil hectares, enquanto a ndia

    mantm 444 mil e tem o dobro da produo.rea de plantio maior, mas a produtividade ainda baixa, diante do desempenho dos outros pases quelideram o mercado global.

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    MERCADO MUNDIAL

    Segundo a SECEX e MAPA:EXPORTAES:

    2 Fruta mais exportada pelo Brasil: 2006 (165.933.967mil t =US$ 32 milhes). Somente pouco mais de 1% se destina exportao; O mercado interno brasileiro consome, por ano, praticamente 99%

    da produo. Principais compradores:Argentina e o Uruguai. O preo mdio histrico da fruta nacional exportada de

    US$0,14/kg. O Equador, principal exportador mundial, alcana preo mdio

    de US$1,25/kg e fatura, anualmente, mais de US$1,4 bilhes Nichos de produo especfica para exportao: Nordeste, So

    Paulo e Santa Catarina (EUROPA)

    IMPORTAES

    Brasil importa banana de outros pases, principalmente doEquador, para atender ao de mercado interno.

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    PERDAS

    Segundo IEA-SP (Instituto de Economia Agrcola-SP):1973/74: 33%(mercado varejista da cidade de So Paulo),( 1/3 do volume que chegava aos entrepostos).1991/92: cau para10%, (ainda pode ser bastante reduzida)

    Processo de produo: 13% descarte:

    (frutos menores e abaixo do padro mnimo de qualidade)Processo da porteira at o entreposto atacadista: mais 20%,(passando pelospacking-house: por motivos diversos.)

    Desta forma, apenas cerca de 63% da produo tericapossvel chega efetivamente nas mos do consumidor final.

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    SITUAO DA BANANICULTURA NO ESTADO DE MT

    Variedades : ma, terra, nanica,prata, etc.

    -PREDOMINNCIA DA MA (80%)FARTA FELHACO (10%)PRATA E CAVENDISH (10 %)

    rea plantada/2002 : 17.000 haProduo/2002 : 95.000 kgProdutividade: 5. 588 kgSistema de cultivo: abertura/destocaDestino: Mercados Locais Regionais, NacionaisImportncia Social :

    Gera renda mensal as famlias - fixao no campo Gera empregos Fonte de energia, vitaminas, sais minerais e fibras.

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    Potencial Fsico e Financeiro de compra e consumo per capita de

    Banana no mercado interno de Mato Grosso.

    Consumo Potencial Potencial

    Produto per capita Fsico Financeiro

    Kg/ms t/ano R$ 1,00

    Banana Nanica 0,210 6.298,78 6.109.824,00

    Banana Prata 0,060 1.792,52 2.097.252,00

    Banana Ma 0,234 7.023,64 8.217.666,00

    Bala de banana 0,022 665,96 3.169.992,00

    Banana cristalizada 0,002 53,08 329.088,00

    Banana gelia 0,003 80,57 389.964,00 Doce de banana 0,006 187,02 461.940,00

    Banana calda 0,003 81,19 591.096,00

    TOTAL 16.182,76 21.366.822,00

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    CONSIDERAES SOBRE O MERCADO PARA BANANA

    O mercado se mostra vivel para uma potencial produo

    originada em MT; Foco: grandes centros consumidores das regies: Sudeste, Braslia

    e Goinia;

    Os preos praticados no mercado de consumo popular, pode

    tornar apertada as margens de lucro dos produtores,especialmente se esta for a principal alternativa;

    Para quaisquer mercados fundamental estudar alogstica dadistribuio e planej-la de forma a que se transforme

    efetivamente numa vantagem comparativa para a produo daregio.

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    DESCRIO DA PLANTA DA BANANEIRA

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    CORTE LONGITUDINAL DORIZOMA (CAULE)

    sh - bainhas imbricadas(pseudocaule)s - filhote em formaoc crtex

    cc - cilindro centralgp - gema apical (ponto decrescimento)cb - razes iniciais do filhoter - razes emitidasri - razes em formao

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    INFLORESCNCIA

    PitocaBrcteas

    Flor masculinaFlor feminina

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    CACHO/FRUTOS (PARTENOCRPICOS)

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    CLASSIFICAO BOTNICA

    Classe: Monocotyledoneae Ordem: Scitaminales

    Famlia: Musaceae Gneros: Musa Espcies: Musa acuminata(A)

    Musa balbisiana(B)

    A banana deve ser referida como Musa sp, seguido do Grupo genmico

    Grupamento genmico:caracterizado pelas letras A (M. acuminata)e B (M. balbisiana)

    Grupos Genmicos: AA, AAA, AAB, ABB, AAAB, AAAA.

    OBS.: A maioria dos cultivares possui triploidia o que confere a partenocarpia,resultando em frutos sem sementes.

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    TABELA 1. Grupo genmico e subgrupo das principiascultivares de banana no Brasil. Cruz das Almas, BA, 1994.

    Grupo Subgrupo CultivaresgenmicoAA - OuroAAA - Yangambi1AAA Cavendish Nanica, Nanico, Grand Nine, WilliansAAA Gros Michel Gros Michel, Highgate

    AAB - MaAAB - Prata An ou EnxertoAAB - MysoreAAB Prata Prata, Branca, PacovanAAB Terra Terra, Terrinha, Pacova, DAngola

    AAB Figo Figo Vermelho, Figo CinzaAAAB - Ouro da MataAAAB - Pioneira2

    1 Cultivar recomendada pelo CNPMF.

    2 Hbrido lanado pelo CNPMF.

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    Caractersticas de alguns cultivares de Banana

    Caractersticas Prata Pacov Prata-an Ma Nanica Nanico

    Grupo AAB AAB AAB AAB AAA AAAPorte alto alto Mdio/baixo Mdio/alto baixo Mdio/baixoEspaamento(m) 3x3 3x3 2,5x2,5 3x2,5 2x2 2,5x2,5Perfilhamento bom bom bom timo mdio MdioCiclo (dias) 500 500 430 450 390 390Peso cacho (Kg) 14 16 14 15 25 30

    N de frutos 82 85 100 86 225 300N de pencas 7,5 7,5 7,6 6,5 10 11Comp. do fruto(cm) 12,7 14 13 12,9 17 23Peso do fruto(g) 101 122 110 115 140 150Produtiv. (t/ciclo) 13 15 24 10 25 25Sigatoka amarela S S S MR S SMal do Panam MS MS MS S R R

    Moko S S S S S SNematides R R R R S SBroca do Rizoma MR MR MR MR S S

    Fonte: Coleo Plantar Banana Embrapa (1994)1 sem irrigaoS = suscetvel; MS = suscetibilidade moderada; MR = resistncia moderada; R =resistente

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    REAO DE CULTIVARES S PRINCIPAISDOENAS DA BANANEIRA

    Cultivar GrupoGenmico Sigatoka-negra Sigatoka-amarela Mal-do-panam Moko

    Caipira AAA R* R R STap Maeo AAB R R R SPrata Zulu AAB R R S SPrata Ken AAAB R R R SFHIA 18 AAAB R MS S SFHIA 01 AAAB R MS - SFHIA 02AM AAAA R R R SPELIPITA ABB R R R S

    *R = Resistente; S = Suscetvel; MS = Moderadamente suscetvel.

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    OUTRAS CLASSIFICAES

    QUANTO AO PORTE:- Baixo - at 2,0m ex. Nanica- Mdio - 2 3,5m ex. Ma- Alto mais de 3,5m ex. Prata

    QUANTO AO USO:

    - Exportao Nanico

    - Mesa in natura- Ma- Mesa cozida ou frita Terra- Doce - Cavendishii e Platanos

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    SUBGRUPO CAVENDISH

    -Restos florais persistentes-Sensvel :

    Sigatocas Amarela e NegraBroca do Rizoma ou Moleque da bananeira

    VARIEDADE GRAND NINE

    SUBGRUPO CAVENDISH

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    SUBGRUPO CAVENDISH

    VARIEDADE NANICO

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    VARIEDADE CAIPIRA

    Frutos de sabor doce (suave) e combaixa acidez, consumo ao natural;

    Porte mdio/alto; Potencial produtivo: 40 t/h; Ampla adaptabilidade, porm no

    suporta baixas temperaturas.

    resistente : Sigatoka-amarela Sigatoka-negra Mal-do-Panam e Broca-do- rizoma,

    GRUPO MA

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    GRUPO MA

    VARIEDADE MA

    *Moderadamente Resistente :Sigatoka amarela

    *Suscetvel: Mal-do-Panama, moko

    *Altamente suscetvel Sigatokanegra.

    VARIEDADE TROPICAL

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    VARIEDADE TROPICALSEMELHANAS COM A MA:

    PRODUTIVIDADE: 10 a 20 t/haPORTE: plantas maiores que da cultivarMa,

    FRUTOS:quando maduros, apresentam cascaamarela, polpa esbranquiada e sabordoce, com baixa acidez, que se confundemcom os da banana Ma

    Variedade Tropical Ma

    SST ( Brix) 25,8 26,8

    Ph 4,31 4,33ATT(%) 0,55 0,64SST/ATT 46,9 41,00EmbrapaMandioca e Fruticultura,

    Cruz das Almas-BA, 2003.

    Caracterizao da bananeira Tropical quanto reao aos principais

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    Caracterizao da bananeira Tropical quanto reao aos principais

    problemas fitossanitrios que afetam a bananeira.

    Doenas/Pragas Comportamento

    Sigatoka-amarela ResistenteSigatoka-negra Suscetvel

    Mal-do-Panam ToleranteBroca-do-rizoma Mod. suscetvelNematides Mod. suscetvel

    Fonte: Embrapa Mandioca e Fruticultura,Cruz das Almas (2003)

    GRUPO MA

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    GRUPO MA

    Resistente :Mal-do-Panama, Sigatocas amarelae Negra

    Suscetvel / portadora de Viroses

    Produtividade: 15 25 t / hPencas e frutos muito prximosPolpa amarelada de saboragridoce

    VARIEDADE MYSORE

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    VARIEDADE BRS - CONQUISTA

    *Origem:Mutao da Tapmaeo, que mutao da Mysore

    *Resistente :- Sigatoca Negra- Mal do Panama

    *Produtividade: 20 35 t / h

    *Bom N de perfilhos

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    GRUPO PRATA

    VARIEDADE PRATA

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    GRUPO TERRA

    VARIEDADE TERRA

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    VARIEDADE Thap Maeo FRUTOS de 12 cm, com sabor

    levemente cido, prpria paraconsumo ao natural;

    Porte mdio/alto

    Potencial produtivo 40 t/h (sobcondies de irrigao).

    Ampla adaptabilidade.

    Resistente:SigatokaamarelaSigatoka-negraMal-do-Panam;

    Mdia suscetibilidade aosnematides e broca-do-rizoma

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    GRUPO OURO

    VARIEDADE OURO DA MATA

    EXIGNCIAS CLIMTICAS

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    EXIGNCIAS CLIMTICAS

    TEMPERATURA TIMA= 26-28C, mnimas no inferiores a 15C e mximas no superiores

    a 35C

    PRECIPITAO 1200-1800 mm/ano. (100mm por ms no mnimo) Deficincia: diferenciao floral e incio da frutificao: a roseta foliar se

    comprime, dificultando ou at mesmo impedindo o lanamento dainflorescncia.

    LUMINOSIDADE requer alta luminosidade, o fotoperodo no influir no seu crescimento e frutificao. Cultivos de banana grupo Cavendish bem exposto luz: colheita com 8

    meses e meio; sob pouca luminosidade, o ciclo pode chegar a 14 meses.

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    VENTO

    Ventos inferiores a 30 Km/h, normalmente no prejudicam a planta.

    Os prejuzos causados pelo vento variam com a sua intensidade:

    chilling, no caso de ventos frios; Desidratao da planta em conseqncia de grande evaporao;

    Fendilhamento das nervuras secundrias; Diminuio da rea foliar pela dilacerao da folha fendilhada; Rompimento de razes; Quebra da planta e Tomabamento da planta.

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    NUTRIO E ADUBAO

    Em ordem decrescente, a bananeira absorve os seguintes nutrientes :- macronutrientes : K N Ca Mg S P

    - micronutrientes : Cl Mn Fe Zn B Cu.

    Extrao de nutrientes minerais por hectare: 633kg de K ou 759,6kg de K2O ou 1266kg de cloreto de potssio 148kg de N ou 740kg de sulfato de amnia

    21kg de Ca ou 29,4kg de CaO ou 122kg de calcrio dolomtico(24% CaO) 21,7kg de Mg ou 36,0kg de MgO ou 255kg de calcrio (16% MgO) 20,4kg de P ou 46,92kg de P2O5 ou 234,6kg de superfosfatosimples

    SOLOS:Saturao de bases V = 70%PH em torno de 6,5

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    Em mdia um bananal retira, por tonelada de frutos :

    1,9 Kg de N ; 0,23 Kg de P ; 5,2 Kg de K ; 0,22 Kg de Ca e 0,30 Kg de Mg.

    As quantidades de nutrientes que retornam ao solo (pseudocaules, folhas erizomas) aps a colheita:

    170 Kg de N/ha/ciclo ; 9,6 Kg de P/ha/ciclo ; 311 Kg de K/ha/ciclo ; 126 Kg de Ca/ha/ciclo; 187 Kg de Mg/ha/ciclo e 21 Kg de S/ha/ciclo, na poca da colheita.

    SINTOMAS DE DEFICINCIAS

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    DEFICINCIA DE POTSSIO

    ltimas folhas secas e cadas

    Cloroses amarelo enxofre

    Secamento de pontas comenrolamento da nervura principal

    Ferrugem na pgina inferior da folha

    (foto: L. Gasparotto).

    SINTOMAS DE DEFICINCIAS

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    DEFICINCIA DE NITROGNIO

    Encurtamento na distncia da insero dos pecolos das folhas

    foto: A. Moreira).

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    DEFICINCIA DE FSFORO

    foto: L. Gasparotto.

    Necrose de borda cor achocolatada commoldura viva bem definida

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    DEFICINCIA DE CLCIO

    Necrose de borda quase preta de molduraamarela que descolore para a nervura Nervuras secundrias speras

    DEFICINCIA DE MAGNSIO

    Faixa desverdecida ao longo da nervura de borda evoluindo para aprincipal Observada nas folhas mais velhas

    foto: L. Gasparotto.

    foto: L. Gasparotto.

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    DEFICINCIA DE ENXOFRE

    Folhas recm abertas amarelo-plido

    brilhante

    DEFICINCIA DE BORO

    Folhas deformadas(limbos incompletos).

    foto: L. Gasparotto.

    Deficincia de boro (foto: A. Moreira).

    DEFICINCIA DE FERRO DEFICINCIA DE MANGANS

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    Foto: A. Moreira).

    Foto: A. Rangel

    Foto: A. Moreira).

    DEFICINCIA DE ZINCO

    - Folhas amarelas,quase brancas.

    - Limbo com clorose em forma de pente nos bordos.

    FOLHAS JOVENS:pigmentao avermelhada na face inferior;FRUTOS TORTOS E PEQUENOS, com ponta em forma demamilo (Cavendish) e de cor verde-plida.

    RECOMENDA ES PARA AMOSTRAGEM DO SOLO

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    Para uma coleta representativa, deve-se adotar os seguintes procedimentos:(a) Antes do preparo das covas, a rea deve ser percorrida em ziguezague e cada

    talho de amostragem separado do outro por cerca de 20 m.(b) Em cada talho, colhe-se com trado ou enxado, em cada ponto, uma amostra de

    meio quilo a 0 cm - 20 cm e outra a 20 cm - 40 cm.(c) As amostras simples so misturadas num balde, o que vai fornecer as compostas

    para cada profundidade, separadamente (cada amostra composta: 20 simples).

    PARA BANANAL ESTABELECIDO

    1- O talho homogneo percorrido em duas diagonais formando um X, e em cadadiagonal so escolhidas sistematicamente 5-6 plantas para coleta do solo.2- Para cada bananeira, so coletadas, ao lado da planta filha, duas subamostras

    de solo (uma a 0 cm - 20 cm e outra a 20 cm - 40 cm).3 - Uma subamostra realizada na faixa adubada ( 40 cm) e outra fora da faixa

    adubada.

    4 - Deve-se acondicionar as amostras de solo em sacos limpos, utilizar baldes bemlavados e ao trmino da coleta realizada em cada talho, as ferramentas devemser lavadas com hipoclorito de sdio para no contaminar as outras reas compatgenos que porventura existam no talho anteriormente amostrado.

    Amostragem para anlise foliar

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    g pColetar a 3 ou 4 folha completamente formada a partir do pice, no iniciodo florescimento.Utiliza-se a poro mediana da folha, excluindo a nervura principal.

    Teores padronizados de nutrientes na parte interna do limbo da terceira folha notdi d i fl i d b t ( t i t i l d f i )

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    p pestdio da inflorescncia descoberta (amostra internacional de referncia)

    Elemento Deficincia baixo timo toxidez

    N (%) 1,6 2,1 2,0-2,5 2,7-3,6

    P (%) 0,12-0,16 0,16-0,27

    K (%) 1,3-2,6 2,7-3,2 3,2-5,4

    Ca (%) 0,15 0,66-1,20

    Mg (%) 0,07-0,25 0,27-0,60

    S (%) 0,16-0,30

    Cl (%) 0,90-1,80 3,5

    Fe (ppm) 80-360

    Mn(ppm) 40-150 200-1.800 >3.000

    Zn(ppm) 6-17 20-50

    Cu(ppm)

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    ADUBAO ORGNICA (estimula o desenvolvimento das razes).

    Doses/cova: esterco bovino de curral (10 a 15 litros/cova); esterco degalinha (3 a 5 litros/cova) ou torta de mamona (2 a 3 litros/cova).

    A cobertura do solo com resduos vegetais de bananeiras (folhas epseudocaules):

    ADUBAO FOSFATADA (estimula o crescimento das razes)

    A bananeira no necessita de grandes quantidades de fsforo (P): teores

    de P acima de 30 mg dm-3 dispensam a adubao fosfatada. Plantio: Dose recomendada: (40 a 120 kg de P205/ha) na cova. Manuteno: Anualmente aplica-se P em meia-lua em frente planta

    filha e neta.

    ADUBA O DE COBERTURA:

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    ADUBAO NITROGENADA Dose: 160 a 400 kg de N mineral/ha/ano, dependendo da produtividade

    esperada.

    1 aplicao: 30 a 45 dias aps o plantio.

    ADUBAO POTSSICA (nutriente mais importante na qualidade dosfrutos).

    Dose:varia de 100 a 750 kg de K20/ha dependendo do teor no solo. 1 aplicao: 3 ou 4 ms aps o plantio. Caso o teor de K no solo

    seja inferior a 59 mg.dm-3, iniciar a aplicao aos 30 dias, juntamentecom a primeira apticao de N. Solos com teores de K acima de 234 mg.dm-3 dispensam a adubao

    potssica.Adubao com micronutrientes ( B e Zn: maior freqncia de deficincia

    nas bananeiras.) Como fonte, aplicar no plantio 50 g de FTE BR12 por cova. Para teores de boro no solo inferiores a 0,2 mg.dm-3, deve-se aplicar 5

    kg de B/ha, para teores de zinco no solo inferiores a 0,5 mg.dm-3, recomenda-se

    15 kg de Zn/ha

    para teores de Mn no solo inferiores a 20 mg.dm-3, deve-se aplicar 5 kgde Mn/ha.

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    Parcelamento das adubaes

    O parcelamento vai depender da textura e daCTC, do regime hdrico da regio e do manejoadotado.

    Em solos arenosos e com baixa CTC: parcelarsemanalmente ou quinzenalmente; Em solos mais argilosos: as adubaes com N

    e K podem ser feitas mensalmente ou a cadadois meses, principalmente nas aplicaes viasolo.

    Localizao dos fertilizantes

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    Localizao dos fertilizantes As adubaes em cobertura devem ser feitas em crculo, numa faixa de 10

    a 20 cm de largura e 20 a 40 cm distante da muda, aumentando-se adistncia com a idade da planta.

    No bananal adulto, os adubos so distribudos em meia-lua em frente planta filha e neta.

    Em terrenos inclinados, a adubao deve ser feita em meia-lua, do lado decima da cova.

    Localizao do adubo nas bananeiras: A. Planta nova e B. Planta adulta.

    A B

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    CLASSIFICAO DAS MUDAS:**Chifro: tipo ideal de muda,com 60 a 150 cm de altura, j

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    co 60 a 50 c de a tu a, japresentando uma mistura defolhas lanceoladas com folhascaractersticas de planta adulta.

    Chifre: 50 a 60 cm de altura e

    folhas lanceoladas.Chifrinho: 20 a 30 cm de altura etm unicamente folhaslanceoladas.

    Adulta: rizomas em fase dediferenciao floral, com folhaslargas, porm ainda jovens.

    Rizoma com filho aderido:muda de grande peso que exigecuidado em seu manuseio.

    Pedao de rizoma: tipo de muda

    oriundo de fraes de rizoma comno mnimo uma gema bementumescida e peso de 800 g.

    Guarda-chuva: mudaspequenas, rizomas diminutos,folhas tpicas de plantas adultas.

    (pouca reserva aumentam adurao do ciclo vegetativo).

    As mudas tipo chifro e aquelas provenientes depropagao acelerada (in vivo e in vitro) devem seras preferidas para o plantio, por serem mais

    vigorosas, proporcionando ciclo curto e melhorescolheitas.

    Tipos de mudas de bananeira: chifro, chifre,chifrinho e muda micropropagada.

    PRODUO DE MUDAS

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    CARACTERSITCA DA PLANTA MATRIZ: Vigorosas,timas condies fitossanitrias, idade no seja superior aquatro

    anos e que no apresente mistura de variedadese presena de plantasdaninhas de difcil erradicao (tiririca)

    MTODO: As mudas so obtidas vegetativamente, desenvolvidas a partir de gemas do seu

    caule subterrneo, o rizoma :

    VIVEIROS:

    Localizao: distantes do bananal e de outros cultivos Espaamento: 2 x 2m; 3 x 1 x 1,5m com mudas jovens, vigorosas, sadias e com

    peso entre 2000 e 3000g.

    MTODOS DE PROPAGAO:

    Propagao natural (nvel Fazenda); Fracionamento do Rizoma; Propagao Acelerada In Vitro ou Micropropagao.

    Produo de mudas na fazenda

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    ETAPAS DA OBTENO DE MUDAS:1) LIMPEZA DO RIZOMA:

    Devem ser lavados, descorticados, removendo-se todas as razes e ostecidos apodrecidos com o uso de faca ou faco, visando eliminao oureduo de inculo contido nas mudas.

    2) TRATAMENTO DO RIZOMA: QUMICO: imerso da mudas em soluo de Furadan 350 SC, na dosagem

    de 400 mL/100L de gua por 10 minutos.

    TERMOTERAPIA: Aps o descorticamento e lavagem, submeter os rizomasa temperatura de 65C, por 5 minutos, ou 55C, por 20 minutos.

    3) TRATAMENTO DAS MUDAS Soluo de hipoclorito de sdio (1%) por 10.

    RECOMENDAES: Utilizar solos que ainda no tenham sido cultivados com bananeiras. Usar mudas comprovadamente isentas de pragas e doenas. Fazer desinfeco das ferramentas no viveiro, ao passar de uma planta a

    outra.

    Produo de mudas por Fracionamento do Rizoma

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    ETAPAS:

    a) Arranquio das plantas com rizoma bem desenvolvido.b) Limpeza do rizoma: remoo de razes e partes necrosadas, de forma a eliminarbrocas e manchas pretas que apaream.c) Eliminao de parte das bainhas do pseudocaule, de modo a expor as gemasentumescidas.d) Fracionamento do rizoma em tantos pedaos quantas forem as gemas existentes.e) Plantio dos pedaos de rizoma em canteiros devidamente preparados com matria

    orgnica (enterra-se completamente o rizoma).

    Espaamento: 20 cm entre sulcos por 5 cm entre fraesDurante toda a fase de canteiro, para manter o solo sempre mido, o que asseguraum ndice de pegamento em torno de 70%.Transferncia para o campo: inicia a partir do 3 ms, devendo ser levadas com todo

    o sistema radicular.

    OBS.: As gemas apresentam diferentes estdios de desenvolvimento fisiolgico, atransferncia para campo

    MICROPROPAGAO OU PROPAGAO IN VITRO

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    MTODO:

    Cultivo de segmentos muito pequenos de plantas, os chamados explantes em Laboratrio, apartir dos meristemas apicais retirados de mudas tipo chifrinho;

    VANTAGENS:

    Apresenta a mais alta eficincia dentre os mtodos de multiplicao;

    As mudas de laboratrio so geneticamente uniformes, mais vigorosas, permitem tratosculturais e colheitas mais uniformes. So ainda mais produtivas e evitam a disseminaode pragas e doenas.Rendimento de 150 a 300 mudas por matriz, num perodo de 6 a 8 meses.

    MICROPROPAGAO OU PROPAGAO IN VITRO

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    ETAPAS:

    a)Coleta de mudas;

    b) Preparo do explante: preparar blocos de 1 cm de rizoma e 2 cm de pseudocaule;c) Desinfestao, em cmara de fluxo laminar;d) Exciso do explante: tamanho de 0,5 cm de rizoma e 1 cm de pseudocaule;e) Incubao em meio de cultura sem fitohormnios;f) Eliminao dos explantes contaminados (Durante 30 primeiros dias);g) Transferncias dos explantes sadios para meio com 4 mg/L de benzilaminopurina(BAP), visando a formao de brotos adventcios;h) enraizamento das plntulas em meio de cultura sem fitohormnios;i) transferncia das plantas para substrato, em casa de vegetao, para o endurecimento;j) plantio das mudas no campo, de preferncia em perodo de chuvas ou sob irrigao.

    OBS.: As mudas micropropagadas, aps climatizadas por um perodo de 45 a 60 dias, solevadas para o local de plantio

    Formao das mudas produzidas por biotecnologia (em laboratrios).

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    Mudas tipo A (8 A 12 cm)caixa de isopor, com 1.000 mudas

    de pequenos tubetes prismticospara plantio imediato nos copos deplsticos

    Muda tipo B (12 a18cm) crescendono copo de

    plstico comsubstrato.

    Muda tipo C

    (18 a 25cm)

    PLANTIO DAS MUDAS DE LABORATRIO EM SACOLAS DE POLIETILENO

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    Muda de laboratrio

    desenvolvida no copo deplstico, recm plantada nosaco preto. Muda desenvolvida no copo

    de plstico e plantada no sacopreto aos 30 dias.

    PLANTIO DAS MUDAS DE LABORATRIO EM SACOLAS DE POLIETILENO

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    Mudas com 3 a 5 cm de alturaplantadas em bandejas, comtubetes de 10cm (em estufas)

    Mudas com 10 a15 cm de altura(tamanho ideal parase plantar a muda

    no saco preto)

    Muda tubeto pronta para

    entrega com 20 a 25 cm,

    Plantio e Replantio

  • 7/31/2019 Cultura Da Bananeira_2009

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    Covas: 40 cm x 40 cm x 40 cm.

    Talhes:

    divididos conforme tipo das mudas:tipo (chifro), seguidas de outrotipo (chifre) sucessivamente.

    P/ solos de drenagem rpida:*Covas mais fundas (atrasar o seusolapamento).

    P/ terrenos declivosos:Para mudas do tipo chifrinho,chifre, chifro:

    a cicatriz do corte que a separouda planta me fique junto parede da cova, na parte maisbaixa do terreno.

    ESPAAMENTO DE PLANTIO

  • 7/31/2019 Cultura Da Bananeira_2009

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    Porte Cultivares EspaamentoBaixo Nanica, Grande Naine, Nanico, Prata An 2,0 x 2,0m; 2,5 x 2,0m; 2,5 x 2,5m;a mdio Figo Ano e Pioneira 3,0 x 2,0 x 2,0m e 4,0 x 2,0 x 2,0m

    Semi-alto Ma, Tap Maeo, Capipira, DAngola, 3,0 x 2,0m; 3,0 x 2,5m e 4,0 x 2,0 x 2,5mTerrinha, Figo Cinza

    Alto Terra, Prata e Pacovan 3,0 x 3,0m; 4,0 x 2,0; 4,0 x 3,0m e4,0 x 2,0 x 3,0m

    Plantio da bananeira emfileiras duplas.

    PRTICAS CULTURAISCAPINA l i

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    CAPINA: manual ou qumica.

    Herbicida DoseKg/h

    Litro/ha

    Forma de aplicao

    Diuron 0,7-2,0 Pr e ps-emergencia

    Glifosato 1,9-2,9 Ps-emergencia

    Paraquat 0,3-0,6 Ps-emergencia

    Fusilade 1,5-2,0 Ps-emergencia

    Ametrina 2,0-3,0 Pr e ps emergencia

  • 7/31/2019 Cultura Da Bananeira_2009

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    DESBASTE Eliminao do excesso de rebentos. poca: 4, 6 e 10 meses do plantio (fase de formao

    quando os filhos atingem de 20 a 30 cm de altura). Mtodo: corta-se a parte area do filho rente ao solo,

    com penado ou faco. Em seguida, extrai-se a gemaapical com o aparelho lurdinha, que proporciona 100%de eficincia e um rendimento de servio 75%. superiorao dos mtodos tradicionais

    DESFOLHA Eliminao de folhas secas, mortas, ou aquelas que,

    mesmo ainda verdes, ou parcialmente verdes, estejamcom o pecolo quebrado.

    ESCORAMENTO

    Evita a perda de cachos por quebra ou tombamento daplanta. Pode-se usarvara de bambu, fios depolipropileno.

    O amarrio dos fios feito na parte superior da planta,na base dos pecolos, entre a terceira e quarta folha,sendo os extremos livres amarrados em plantas opostas.

    Desbaste da bananeirautilizando a lurdinha.

    Desfolha da bananeiracom podo.

    ELIMINAO DO CORAO

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    Quebra ou corte efetuado 10 a 15cm abaixo da ltima penca, quandoesta apresenta os dedos voltadospara cima.

    2 semanas aps a emisso docacho.

    VANTAGENS:

    Aumenta o peso do cacho, melhorasua qualidade e acelera a maturao

    dos frutos; reduz os danos por tombamentodas bananeiras;

    reduz o ataque e o esconderijo detripes e abelha-arapu, que afeta aqualidade dos frutos, causamferimentos facilitando a ao dospatgenos.

    No caso do moko, a eliminao docorao importante porque aabelha arapu e vespas do gneroPolybiapodem disseminar abactria.

    PRTICAS CULTURAISEnsacamento do Cacho

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    (cultivos para exportao)VANTAGENS:

    aumentar a velocidade decrescimento dos frutos;

    evitar o ataque de pragas comoabelha arapu, tripes etc; melhorar a qualidade geral da fruta,

    ao reduzir os danos relacionadoscom raspes, queimaduras no frutopela frico de folhas dobradas,escoras e processo de corte do

    cacho e seu manuseio.

    OUTRA PRTICA CULTURAL Eliminar a ltima penca, deixando-

    se apenas um dedo, que permitira circulao normal de seiva,evitando o ataque de doenas.

    - Sistema de cabos areos para otransporte das frutas at os galpesde embalagem, evitando assim omanuseio da fruta.

    Ensacamento do cacho

  • 7/31/2019 Cultura Da Bananeira_2009

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    PRINCIPAIS PRAGAS E DOENAS:

    - Broca da bananeira (Cosmopolites sordidus)

    - Nematides (Rodopholus similis, Meloidogyne spp.,

    Helicotylenchus muticinctus e Pratylenchus coffeae)- Mal-do-Panam (Fusarium oxysporumf. sp. Cubense)

    - Sigatoka Amarela (Mycosphaerella musicola)

    - Sigatoka Negra (Mycosphaerella fujiensis)

    Broca-do-rizoma - Cosmopolites sordidus(Germ.)(Coleoptera: Curculionidae)Besouro preto (11 mm de comprimento e 5 mm de largura)

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    Besouro preto (11 mm de comprimento e 5 mm de largura).Durante o dia, os adultos ficam em ambientes midos esombreados junto s touceiras, entre as bainhas foliares e nosrestos culturais.DANOS: as larvas constroem galerias no rizoma, debilitandoas plantas e tornando-as mais sensveis ao tombamento,desenvolvimento limitado, amarelecimento e secamento dasfolhas, reduo no peso do cacho e morte da gema apical.

    Figura: Danos provocados pelalarva da broca-do-rizoma dabananeira.

    Figura Adulto da broca-do-rizoma da

    bananeira. Foto: Nilton F. Sanches

    Figura: Armadilhas deferomnio. Recomenda-se quatroarmadilhas/ha para o monitoramento dabroca, devendo-se renovar o sach

    contendo o feromnio a cada 30 dias.

    CONTROLE:- Mudas sadias (convencionaisou micropropagadas)

    - Iscas atrativas tipo telha ouqueijo confeccionadas complantas recm-cortadas:-Monitoramento: 20 iscas/ha-Controle: 50 a 100 iscas/ha ,com coletas semanais erenovao quinzenal dasiscas. Os insetos capturadospodem ser destrudosmanualmente.- As iscas podem ser tratadascom inseticida biolgico(Beauveria bassiana),

    dispensando-se a coleta dosinsetos.

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    Tripes da ferrugem dos frutos - Chaetanaphothripsspp., CaliothripsbicinctusBagnall,Tryphactothrips lineatusHood (Thysanoptera: Thripidae)

    Figura . Danos provocados pelotripes da erupo dos frutos.

    Figura: Danos provocados pelo tripes daferrugem dos frutos.Fonte: Simmonds (1959)

    MAL DO PANAM

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    Fusarium oxysporiumf. sp. cubense(E.F. Smith) Sn e Hansen

    Planta com mal-do-Panam, exibindoamarelecimento progressivo das folhasmais velhas em direo s mais novas eposterior quebra junto ao pseudocaule.

    Escurecimento dos vasos, observadopor meio de corte realizado nopseudocaule de plantas afetadas pelomal-do-Panam.

    CONTROLE MAL DO PANAM

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    CULTIVARES RESISTENTES: subgrupo Cavendish e do subgrupo Terra, a Caipira, ThapMaeo e Prata (Pacovan) Ken.

    MEDIDAS PREVENTIVAS:

    Evitar plantios em reas com histrico de ocorrncia do mal-do-Panam.

    Utilizar mudas comprovadamente sadias e livres de nematides.

    Corrigir o pH do solo, mantendo-o com nveis timos de clcio e magnsio, que socondies menos favorveis ao patgeno.

    Dar preferncia a solos com teores mais elevados de matria orgnica; isso aumenta aconcorrncia entre as espcies, dificultando a ao e a sobrevivncia de F. oxysporumfsp. cubenseno solo.

    Manter as populaes de nematides sob controle; eles podem ser responsveis pelaquebra da resistncia ou facilitar a penetrao do patgeno, atravs dos ferimentos.

    Manter as plantas bem nutridas, guardando sempre uma boa relao entre potssio,clcio e magnsio.

    Erradicar plantas doentes com herbicida glifosate na dosagem de 1 ml do produtocomercial injetado no pseudocaule de plantas adultas e/ou chifro. Evita a propagaodo inculo na rea de cultivo.

    Na rea erradicada, aplicar calcrio ou cal hidratada.

    MOKO DA BANANEIRA

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    Ralstonia solanacearumSmith (Pseudomonas solanacearum), raa 2

    Frutos exibindo os sintomas de podrido seca,observada na polpa, tpica dos casos de moko.

    Frutos e pseudocaule atacados com ossintomas de moko da bananeira.

    Pseudocaule de bananeira comescurecimento dos feixes vasculares,inclusive os localizados no cilindro central,causado pelo moko.(Foto: L. Gasparotto)

    MAL DE SIGATOKA Sigatoka-negra um ascomiceto conhecido comoMycosphaerella fijiensis Morelet (fase

    d )/P fiji i (M l t)

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    Sigatoka-amarela, mostrando coalescimentodas leses com necrose do tecido foliar.

    Folha de uma planta afetada pela Sigatoka-

    negra exibindo alta densidade de leses enecrose do tecido.

    Estrias marrons causadas pela Sigatoka-negra,observadas na face inferior da folha.

    Mycosphaerella musicola, Leach (forma perfeitaou sexuada)/Pseudocercospora musae(Zimm)Deighton (forma imperfeita ou assexuada).

    sexuada)/Paracercospora fijiensis (Morelet)Deighton (fase anamrfica).

    COLHEITA

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    POCA: em mdia 12 meses aps oplantio

    PONTO DE COLHEITA: depende deaspectos morfolgicos e fisiolgicos

    MTODOS PARA ESSA AVALIAO:a) grau fisiolgico de maturidade(VISUAL):

    b) dimetro do fruto: (mdia 30mm).*Correlao entre dimetro do fruto dodedo central da 2 penca e o grau de corte(medio com um calibrador para bananascom destino exportao).

    c) dimetro do fruto por idade:Marca-se a data de colheita, em semanas:(12, 14 ou 16), aps o cacho emitir aultima penca.

    Colheita do cacho da bananeira.

    DETALHES SOBRE A COLHEITA

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    O mtodo do dimetro do fruto poridade est estreitamente relacionado como conhecimento detalhado dos ciclos(plantio/florescimento, plantio/ colheita eflorescimento/colheita).

    A colheita do cacho sem o controle daidade resulta numa mescla de frutos devrias idades na mesma caixa eessas diferenas de idade podemalcanar at 50 dias.

    A idade de corte do cacho para seumelhor aproveitamento nem sempre amesma, mudando do acordo com

    diversos fatores.O calibre timo aquele em que o frutodescartado por maturao eengrossamento esteja entre 1 e 2%.

    Ps-colheita

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    ETAPAS (no galpo de beneficiamento): DESPISTILAGEM: retirados os restos florais (pistilos) e detritos grosseiros como frutos

    podres, brcteas. feita com os cachos ainda pendurados e prximos do local.

    DESPENCAMENTO: feito com facas ou esptulas bem afiadas para no ferir a penca

    LAVAO (1 tratamento): as pencas so mergulhadas em um tanque com soluo desulfato de alumnio, adicionada de detergente neutroobjetivos: a retirada de impurezas, poeira e cica aderida s frutas, cicatrizar os cortes eflocular e precipitar os resduos orgnicos.(aumenta a vida de ps-colheita em 40/50%)

    PRODUTO / DOSAGEM:

    MOREIRA (1987) recomenda 2 litros de detergente para cada 1.000 litros de gua.

    Como a exsudao da cica maior no vero, Recomenda-se 500g de sulfato de alumniopara cada 1.000 litros de gua, no inverno, e aumenta-se esta concentrao quando overo se aproxima. (SOTO, 1985).

    Confeco dos buqus:

    as pencas so subdivididas em no mnimo 3 e no mximo 8 dedos. Elimina-se as frutas mal colocadas no buqu, muito curvas, defeituosas, geminadas, comferidas, rachadas e cortadas e as pencas deformadas.

    As pencas so colocadas sobre mesas estofadas com pequenos colches de espuma aoserem cortadas.

    A subdiviso das pencas facilita o acondicionamento e a comercializao das frutas.

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    Ps-colheita

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    2 tratamento fitossanitario: Imerso em gua e sulfato de alumnio( 5 a 10 minutos)

    seleo dos buqus por tamanho: em um segundo tanque onde feita atravs da

    movimentao da gua.

    Pelo simples fato de mergulhar a fruta em um tanque com gua pode-se abaixar atemperatura interna da fruta e evitar uma sobrecarga do sistema de resfriamento eum aquecimento excessivo da cmara em seguida ao carregamento (BLEINROTH,

    1984).

    TRATAMENTO ANTIFNGICO DOS BUQUS: Aps a pesagem para evitarpodrides posteriores, dando maior tempo de conservao fruta.

    Pode ser realizado por nebulizao ou pulverizao.

    Thiabendazole com 1 a 2 g.L-1, na imerso, na pulverizao e no sistema dechuveiro e 2 a 4 g.L-1, na nebulizao.

    Aps o tratamento antifngico pode-se fazer a colocao de selos nos buqus,com a marca do produto, e acondicionar as frutas nas embalagens, colocadas emcmaras frigorficas.

    AMADURECIMENTOMTODOS:

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    MTODOS:*CMARAS DE CLIMATIZAO(Salas fechadas, com reguladores de umidade etemperatura).Umidade relativa: 70 90%Temperatura: em torno de 18CProduto: etileno 0,1% ou 28 L para cada 28m3da cmara.Cuidados: primeiras 24 hs cmara fechada,depois ventilar por 15 a 20minutos.Tempo: 36 horas

    (no final, apenas as pontas das bananas estoamarelas, depois de 2 dias encontra-se todaamarelada).

    *CLIMATIZAO CAIPIRA(caixote, uma caixa dgua, ou um quartinho)Pulverizar gua sobre as bananas e umrecipiente colocar as pedras de carbureto declcio (em contato com a umidade liberaetileno), fechando a cmara por dois dias.

    *SOLUO DE ETHEPHON 10ml/L guaAs pencas em caixas plsticas so subergidas

    dentro da soluo de ethephon por10minutos.Tanque de 1000L comporta 250 pencas.

    Classificao, Embalagem e Comercializao

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    Programa Paulista para melhoria dos Padres Comerciais e Embalagens deHortifrutigranjeiros, criado pela Ceagesp, Ministrio da Agricultura e

    Abastecimento, Secretaria da Agricultura e Abastecimento e Governo do Estadode So Paulo, e se refere ao grupo Cavendish, do qual fazem parte os cultivaresNanica, Nanico e Gran Naine.

    A classificao consiste na separao das bananas de acordo com:tamanho (comprimento e calibre), forma de apresentao e categoria.O Grupo, como j foi citado, compreende os cultivares do grupo Cavendish

    (Nanica, Nanico e Gran Naine).Classe: classificao pelo comprimento e o dimetro da fruta.- Classe I ou comprimento- Classe II ou dimetro

    Sub Classe: classificao feita de acordo com a forma de apresentao>,br> -

    Dedo: 1 a 2 frutos- Buqu: 3 a 9 frutos- Penca: mais de 9 frutos

    Categoria: consiste no estabelecimento de limites de tolerncia a defeitos gravese leves para cada categoria de qualidade, permitindo a classificao em: - Extra- Categoria I- Categoria II- Categoria III

    CLASSIFICAOGarantia detransparncia na comercializao

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    Classificao a separao do produtoem lotes homogneos, obedecendo apadres mnimos de qualidade ehomogeneidade. Os lotes de banana socaracterizados por seu grupo varietal,classe (tamanho), subclasse (estdio dematurao), modo de apresentao ecategoria (qualidade).

    RTULO Garantia do responsvel

    O rtulo identifica o responsvel peloproduto e a sua origem. A rotulagem obrigatria e regulamentada peloGoverno Federal. O rtulo deve conter adescrio do produto de acordo com asregras estabelecidas pelas normas declassificao.

    GRUPO O i d

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    GRUPO Organizao doscultivares

    Os cultivares comerciais debanana so hbridos de duasespcies: a Musa acuminata(genoma A) e a Musa balbisiana(genoma B). A nomenclatura dogenoma estabelece os GruposVarietais, que agrupamcultivares de caractersticassemelhantes.

    CLASSE Garantia de homogeneidade detamanhoO agrupamento em classes garante a

    SUBCLASSEGarantia de homogeneidade de maturao

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    O agrupamento em classes garante ahomogeneidade de tamanho entre frutos domesmo lote. A classe da banana determinada pelo comprimento do fruto.

    A mistura de classes na mesma embalagem permitida, desde que todas as classes sejamidentificadas no rtulo. Na categoria Extra no

    permitida a mistura de classes. tolerada apresena de 10% de frutos fora da(s) classe(s)especificada(s) no rtulo, desde quepertencentes s classes imediatamentesuperior ou inferior.

    SUBCLASSE Garantiade homogeneidade de

    maturao

    tolerada a presena de 5% de unidades deapresentao fora da Subclasse especificadano rtulo, desde que pertencentes s

    Subclasses imediatamente superior ou inferior.

    CATEGORIA Garantia ded i d lid d

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    padro mnimo de qualidade

    Qualidade a ausncia de

    defeitos. As categorias descrevema qualidade de um lote debanana, atravs da diferena detolerncia aos defeitos graves eleves em cada uma delas. Oprodutor deve eliminar osprodutos com defeitos graves,antes de seu embalamento. Paracada categoria, de acordo com ogrupo, h um dimetro (calibre)mnimo exigido por fruto. Nacategoria Extra no permitida amistura de classes.

    DEFEITOS GRAVESMuito prejudiciais aod

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    produto

    Defeitos graves inviabilizam o consumo edepreciam muito a aparncia e o valor do

    produto.

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    DEFEITOS LEVESPoucoprejudiciais ao produto

    Defeitos leves no impedem oconsumo do produto, masdepreciam o seu valor.

    DEFEITOS VARIVEISA gravidade depende daintensidadeOs defeitos variveis podem ser graves leves ou

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    Os defeitos variveis podem ser graves, leves oudesconsiderados (ignorados) em funo de suaintensidade de ocorrncia.

    APRESENTAOCaracterizao da forma de apresentao

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    Caracterizao da forma de apresentao

    Acondicionamento, embalagem

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    g A embalagem deve oferecer

    proteo, boa apresentao,

    informaes sobre o produto,racionalizao do transporte earmazenagem.

    A banana deve ser acondicionadaem embalagem padronizada (torito,caixa de madeira ou papelo)

    paletizaveis, limpas e secas com at18 kg do produto.

    * Essas tambm so informaes doreferido Programa.

    A comercializao de bananas emcacho tende a desaparecer e evoluirpara os do tipo dedo ou buqu,como j foi citado

    COEFICIENTES TCNICOS E CUSTOSMo-de-obra para implantao de um hectare de banana

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    Atividades Unidade Quantidade

    Preparo de reaRoagem D/h 15Queima/encoivaramento D/h 10Marcao e abertura de cova D/h 30Adubao e fechamento de cova D/h 15

    Plantio e replantioPlantio D/h 5Replantio D/h 1

    Tratos culturais no primeiro anoCapinas D/h 30

    Adubao de cobertura D/h 5Desbaste e desfolha D/h 15Aplicao de herbicida D/h 12

    Fonte: IDAM, 2000

    COEFICIENTES T CNICOS E CUSTOSNecessidade de mudas e insumos para um hectare, no espaamento 3 x 3m no primeiroano

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    ano.Insumos Unidade Quantidade N de sacosMudas Um 1.111 -

    Adubo orgnico (galinha poedeira) Kg 5.555 186

    Calcrio dolomtico Kg 445 9Superfosfato triplo Kg 112 2,3Sulfato de amnio Kg 740 15Cloreto de potssio Kg 1200 24Sulfato de zinco Kg 22 0,4FTE Br 12 Kg 60 1,2Fonte: Embrapa Amaznia Ocidental, 2001

    Coeficientes para a implantao de um hectare de banana em terra mecanizadaAtividades Unidade QuantidadeDestoca (capoeira-trator D6) H/t 4

    Arao H/t 4Gradagem* H/t 8

    Abertura de covas H/t 22

    * Realizar a 1 gradagem logo aps a arao, quando ocorrer germinao das sementes no solo(40-60 dias), realizar a 2 gradagem, evitando-se a concorrncia das plantas daninhas naimplantao do plantio.