cultivo dcogumelo

67
CULTIVO DE COGUMELO Para Início de Negócio

Upload: daniel-ayres

Post on 15-Jul-2015

642 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Cultivo dcogumelo

CULTIVO DE COGUMELO

Para Início de Negócio

Page 2: Cultivo dcogumelo

Apresentação

O Ponto de Partida é um produto do Serviço de Resposta Técnica do SEBRAE-MG. Ele reúneinformações essenciais sobre os vários aspectos da abertura de um negócio, que devem serobservados pelo empreendedor.

Perguntas do tipo “como montar uma fábrica de aguardente?”, “como montar uma escolainfantil?”, “como iniciar uma criação de escargot?” são respondidas pelo Ponto de Partida, quecontempla questões relativas a registro, legislação, tributação, implantação, normas técnicas,matérias-primas, máquinas e equipamentos e outros esclarecimentos.

O Ponto de Partida também orienta sobre a elaboração do Plano de Negócio, instrumento queoferecerá uma visão antecipada de ações e resultados do empreendimento, através da apuraçãode dados relativos a valores de investimento inicial e de impostos, custos fixos e variáveis,pesquisa de mercado e outros.

A equipe de profissionais que elabora o Ponto de Partida tem a preocupação de manter asinformações sempre atualizadas, através de consultas em diversas fontes: bibliotecas, institutosde pesquisa, consultores especializados, Internet, associações e sindicatos.

O SEBRAE-MG dispõe de programas que orientam e capacitam osempreendedores/empresários no desenvolvimento de seus negócios.

Para mais informações, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue (31) 3269-0180.

Page 3: Cultivo dcogumelo

Sumário

Perfil Empreendedor ................................................................................................ 4

Mercado ................................................................................................................... 5

Legislação Específica .............................................................................................. 8

Esclarecimentos Tributários .................................................................................. 13

Microempresa Legislação Federal......................................................................... 17

Microempresa Legislação Estadual ....................................................................... 22

Microprodutor Rural .............................................................................................. 31

Passo a Passo para Registro................................................................................... 34

Marcas e Patentes .................................................................................................. 35

Implantação............................................................................................................ 37

Pergunta Específica ............................................................................................... 49

Finanças ................................................................................................................. 50

Endereços Úteis ..................................................................................................... 57

Sugestões para Leitura........................................................................................... 60

Sugestões de Vídeo................................................................................................ 61

Cursos e Eventos.................................................................................................... 63

Fontes Consultadas ................................................................................................ 65

Fornecedores.......................................................................................................... 66

Page 4: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

4

Perfil Empreendedor

Você não vê a hora de se tornar dono do seu nariz e fazer parte da lista dos empreendedoresque dão certo? Saiba que, para começar um negócio próprio, é fundamental ter o perfilempreendedor. Então, confira se você se encaixa nas características abaixo descritas.

• Capacidade de assumir riscos: não ter medo de desafios, arriscar conscientemente.Calcular detalhadamente as chances do empreendimento ser bem-sucedido.

• Senso de oportunidade: enxergar oportunidades onde os outros só vêem ameaças.Prestar atenção nos "furos" que outros empresários não viram e nos quais você podeatuar de forma eficaz, rápida e lucrativa.

• Conhecimento do ramo: conhecer bem o ramo empresarial escolhido ou, melhor ainda,trabalhar no setor.

• Organização: ter senso de organização e compreender que os resultados positivos sóaparecem com a aplicação dos recursos disponíveis de forma lógica, racional efuncional. Definir metas, executar as ações de acordo com o planejamento e corrigir oserros rapidamente.

• Iniciativa e garra: gostar de inovações. Não esperar pelos outros (parentes, sócios,governo, etc.). Apresentar propostas sem se intimidar.

• Liderança: ter capacidade de influenciar pessoas, conduzindo-as em direção àssuas idéias ou soluções de problemas. Ter habilidade para definir tarefas, orientar,delegar responsabilidades, valorizar o empregado, formar uma cultura naempresa para alcançar seus objetivos. Ser alguém em quem todos confiam.

• Manter-se atualizado: buscar sempre novas informações e aprender tudo o que forrelacionado com o seu negócio (clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes,colaboradores, etc.).

• Ser otimista e saber motivar-se.

Nem sempre uma pessoa reúne todas as características que marcam a personalidade de umempreendedor de sucesso. No entanto, se você se identificou com a maioria delas, terágrandes chances de se dar bem. Mas, se descobriu pouca afinidade com sua vidaprofissional, reflita sobre o assunto e procure desenvolver-se. Busque informações emcentros tecnológicos, cursos, livros e revistas especializadas ou junto a pessoas que atuam naárea.

Page 5: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

5

Mercado

O desejo de abrir uma empresa e a escolha do tipo de atividade são apenas o começo de umlongo processo, antes de se lançar no mercado como empresário. Você precisa saber quaissão as OPORTUNIDADES e quais são os RISCOS que a atividade escolhida oferece. Umestudo do mercado responderá essas indagações.

Para verificar a viabilidade financeira do negócio é necessário outro estudo, que apontará osinvestimentos a serem efetuados e o RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO, através deuma previsão de produção e de vendas e, conseqüentemente, de despesas e de receitas aolongo dos primeiros meses de vida.

O sucesso de qualquer empresa - seja industrial, comercial ou de serviços - depende de váriasdecisões, que você deve tomar antes de abrir as portas para os clientes. Para fundamentaressas decisões, você deverá PESQUISAR E ELABORAR UM PLANO DE NEGÓCIO, com oqual aprenderá muito mais a respeito do ramo da atividade escolhida e seu mercado.

Neste Plano de Negócio, que será bastante útil para o aprimoramento de suas idéias, além deajudá-lo também na tomada de decisões, devem constar os seguintes tópicos:• Análise de Mercado (consumidor, fornecedor, concorrente, avanços tecnológicos -

impacto na abertura da empresa);• Tecnologia a ser utilizada (Como fazer? Processos de produção/fabricação);• Aspectos Financeiros (volume de capital necessário, tempo de retorno do investimento,

viabilidade financeira);• Aspectos organizacionais (definição de funções, conceito de parceria,

responsabilidades dos sócios e colaboradores, relações humanas).

É possível realizar sua própria pesquisa de mercado, através da elaboração de um questionáriocom os dados a serem levantados. Para se inteirar do assunto e obter um levantamento detalhadodo negócio escolhido, sugerimos ao empreendedor que leia publicações específicas ou busqueinformações com consultores das áreas de estatística e pesquisa mercadológica ou comempresas especializadas.

O MERCADO CONSUMIDOR

O mercado consumidor representa o conjunto de consumidores (homens, mulheres, adultosou crianças, empresas públicas ou privadas), que demandam (necessitam ou podem vir aprocurar/comprar) um determinado tipo de produto ou serviço que sua empresa oferece. Ouseja, ele é a fonte de receita da empresa. Portanto, sem mercado consumidor não haveránegócio. Daí a necessidade de identificá-lo, o que pode ser feito através da pesquisa demercado, que é o processo mais utilizado.

Page 6: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

6

Para garantir que o cliente escolha a sua empresa, é preciso conhecê-lo bem e saberexatamente o que ele quer. Oferecer ao cliente o produto que ele deseja será o melhor meio degarantir que as vendas aumentem e sua empresa continue crescendo.

Se você já tem idéia da atividade e do ramo específico aos quais pretende se dedicar,precisa agora descobrir seu mercado consumidor, pois nem todas as pessoas ou empresassão seus clientes potenciais (aqueles que podem comprar os produtos que você vende).

Mesmo que sua empresa tenha vários tipos de consumidores, haverá sempre um grupoem destaque. Para obter as informações que irão ajudá-lo a enxergar mais claramente o seumercado consumidor, procure responder as seguintes perguntas:

- Qual será o principal produto que a sua empresa venderá?- Quem são os seus clientes?

Para conhecer melhor as características do consumidor, procure identificar e listar asseguintes informações sobre ele:

. Qual é o sexo dele? . Qual é a idade dele?

. Em que bairro ele mora?

. Quantas pessoas compõem a família dele?

. Qual é a posição dele na família? (pai, mãe, filho, etc.)

. Ele trabalha?

. Em que bairro ele trabalha?

. Qual é, aproximadamente, a renda média mensal dele?

. Ele estuda?

. Em que bairro ele estuda?

. Qual é o nível de escolaridade dele?

. O que ele mais gosta de fazer?

. Ele possui televisão?

. Ele lê algum jornal? Qual?

. Ele assina alguma revista? Qual?

. O que ele faz nas horas vagas?

- Por que este cliente compra ou compraria os produtos/serviços da sua empresa?- Onde mais os clientes costumam comprar este tipo de produto ou serviço?- Como o cliente avalia o preço e as formas de pagamento da empresa?- Como ele avalia a qualidade do produto da empresa? E o prazo de entrega?- Como ele avalia a qualidade do atendimento?- Quais são os pontos que, na opinião do cliente, poderiam ser melhorados na empresa?

O MERCADO CONCORRENTE

Procure descobrir empresas ou pessoas que ofereçam produtos ou serviços idênticos ousemelhantes aos seus e que concorram direta ou indiretamente com o seu negócio. Pode-se

Page 7: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

7

aprender muito com o levantamento destas informações e com a análise dos acertos e/ou errosdos concorrentes.

Estabeleça prioridades, planeje como obter estas informações e organizá-las, para que sejapossível a análise dos seguintes pontos:

- Quem são os concorrentes? . Quantos são?

. Onde estão localizados?

. Como trabalham? (preço e prazos)

. Como é realizado o atendimento?

. Adotam políticas de pós-venda?

. Como é a qualidade dos produtos e serviços oferecidos?

. Quais são as garantias oferecidas?

. Quanto tempo está no mercado?

- Qual é a posição competitiva dos concorrentes?. Quais são os PONTOS FORTES e os PONTOS FRACOS em relação à sua empresa?. Qual é a capacidade de conseguir melhores preços junto aos fornecedores em funçãodo volume de compras?

Após o levantamento de seus principais concorrentes, compare as características acima comas da sua empresa, utilizando a seguinte escala de pontuação: Muito Bom (5), Bom (4),Regular (3), Ruim (2), Muito Ruim (1).

A concorrência pode ser estimulante, ao invés de ameaçadora, se devidamente pesquisada eanalisada. Isto significa que, além de estar sintonizado com a realidade da empresa, você teráconhecimento da viabilidade futura do negócio.

FORNECEDORES

Lembre-se, também, que os FORNECEDORES são importantíssimos. Portanto, levante todasas informações a seguir:- Quais são os produtos/serviços que sua empresa consome no processo de produção e/ou

comércio?- Quem são os seus principais fornecedores de produtos e/ou serviços listados acima?- Como trabalham seus fornecedores? (preços, prazos praticados, condições de pagamento,

pontualidade na entrega do produto, qualidade, garantia oferecida, relacionamento,localização, facilidade de acesso).

- Além destes fornecedores, você conhece outros, dos quais ainda não compra?

Depois de identificados os itens acima, faça um quadro comparativo das características doseu atual fornecedor com outra empresa que ainda não fornece para a sua. Utilize a mesmaescala citada anteriormente. Analise e descubra quais são as melhores opções para suaempresa.

Page 8: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

8

Legislação Específica

a) Lei n° 8.171, de 17 de janeiro de1991 - Dispõe sobre a política agrícola;

b) Lei nº 5.969, de 11 de dezembro de 1973 - Institui o Programa de Garantia da AtividadeAgropecuária e dá outras providências;

c) Decreto nº 175, de 10 de julho de 1991 - Dispõe sobre o Programa de Garantia daAtividade Agropecuária (Proagro), instituído pela Lei nº 5.969, de 11 de dezembro de 1973,e a que se referem as disposições do Capítulo XVI da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, edá outras providências;

d) Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003 - Dispõe sobre a agricultura orgânica e dáoutras providências;

e) Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989 - Dispõe sobre a extinção de órgão e deentidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis e dá outras providências;

f) Decreto nº 4.756, de 20 de junho de 2003 - Aprova a Estrutura Regimental e o QuadroDemonstrativo dos Cargos em Comissão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis - IBAMA, e dá outras providências;

g) Lei estadual nº 10.594, de 7 de janeiro de 1992 - Cria o Instituto Mineiro deAgropecuária - IMA e dá outras providências;

h) Decreto estadual nº 33.859, de 21 de agosto de 1992 - Baixa o regulamento do InstitutoMineiro de Agropecuária - IMA;

i) Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002 - Dispõe sobre as políticas florestal de proteção àbiodiversidade;

j) Decreto n° 32.535, de 18 de fevereiro de 1991 - aprova o regulamento do imposto sobreoperações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços detransporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (RICMS);

k) Lei nº 10.992, de 29 de dezembro de 1992 - Dispõe sobre microempresa, empresa depequeno porte, microprodutor e produtor de pequeno porte no Estado de Minas Gerais,estabelece tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário,creditício e de desenvolvimento empresarial, a eles aplicáveis, e dá outras providências;

l) Lei nº 10.545, de 13 de dezembro de 1991 - dispõe sobre produção, comercialização euso de agrotóxico e afins e dá outras providências;

Page 9: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

9

m) Lei 6.894, de 16 de dezembro de 1980 - Dispõe sobre a inspeção e fiscalização daprodução e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes oubiofertilizantes, destinados à agricultura, e da outras providências;

n) Lei nº 5.851, de 7 de dezembro de 1972 - Autoriza o Poder Executivo a instituirempresa pública, sob a denominação de Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(EMBRAPA), e dá outras providências.

ATIVIDADES RURAISA exploração de atividades rurais no Estado de Minas Gerais exige do empreendedor ruralconsultar o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), o IEF (Instituto Estadual de Florestas)e a FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente).

As atividades rurais podem envolver o cultivo e a produção de alimentos, com ou semimpacto ambiental, em áreas de preservação ou com alteração do relevo e da vegetação, daflora e da fauna.

ATIVIDADE AGRÍCOLAAtividades rurais são extremamente abrangentes e marcadas por diversificação na culturadesenvolvida, técnica aplicada e utilização ou não de produtos químicos.

Entre as atividades rurais, a atividade agrícola é definida legalmente como a produção,o processamento e a comercialização de produtos, subprodutos, derivados, insumos eserviços, bem como a utilização dos fatores de produção, nos setores agrícola, pecuário,florestal, pesqueiro e agroindustrial (parágrafo único do artigo 1º da Lei estadual nº11.405/94 e parágrafo único do artigo 1º da Lei nº 8.171/91).

Em Minas Gerais, a Lei nº 11.405/94, define os princípios e os objetivos, as ações e osinstrumentos da política agrícola estadual. A legislação estadual mencionada (Lei nº11.405/94) estabelece as competências institucionais e prevê os recursos para odesenvolvimento da atividade agrícola no Estado.

A Lei (federal) nº 8.171/91 define que a política agrícola fundamenta-se nos seguintespressupostos:

I - a atividade agrícola compreende processos físicos, químicos e biológicos, onde os recursosnaturais envolvidos devem ser utilizados e gerenciados, subordinando-se às normas eprincípios de interesse público, de forma que seja cumprida a função social e econômica dapropriedade;II - o setor agrícola é constituído por segmentos como: produção, insumos, agroindústria,comércio, abastecimento e afins, os quais respondem diferenciadamente às políticas públicas eàs forças de mercado;III - como atividade econômica, a agricultura deve proporcionar, aos que a ela se dediquem,rentabilidade compatível com a de outros setores da economia;IV - o adequado abastecimento alimentar é condição básica para garantir a tranqüilidadesocial, a ordem pública e o processo de desenvolvimento econômico-social;

Page 10: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

10

V - a produção agrícola ocorre em estabelecimentos rurais heterogêneos quanto àestrutura fundiária, condições edafoclimáticas, disponibilidade de infra-estrutura,capacidade empresarial, níveis tecnológicos e condições sociais, econômicas e culturais;VI - o processo de desenvolvimento agrícola deve proporcionar ao homem do campo o acessoaos serviços essenciais: saúde, educação, segurança pública, transporte, eletrificação,comunicação, habitação, saneamento, lazer e outros benefícios sociais.

São objetivos da política agrícola (artigo 3º da Lei nº 8.171/91):I - O Estado exerce função de planejamento, que é determinante para o setor público eindicativo para o setor privado, destinado a promover, regular, fiscalizar, controlar, avaliaratividade e suprir necessidades, visando assegurar o incremento da produção e da produtividadeagrícolas, a regularidade do abastecimento interno, especialmente alimentar, e a reduçãodas disparidades regionais;II - sistematizar a atuação do Estado para que os diversos segmentos intervenientes daagricultura possam planejar suas ações e investimentos numa perspectiva de médio e longoprazos, reduzindo as incertezas do setor;III - eliminar as distorções que afetam o desempenho das funções econômica e social daagricultura;IV - proteger o meio ambiente, garantir o seu uso racional e estimular a recuperação dosrecursos naturais;V - promover a descentralização da execução dos serviços públicos de apoio ao setor rural,visando a complementariedade de ações com Estados, Distrito Federal, Territórios eMunicípios, cabendo a estes assumir suas responsabilidades na execução da política agrícola,adequando os diversos instrumentos às suas necessidades e realidades;VI - compatibilizar as ações da política agrícola com as de reforma agrária, assegurandoaos beneficiários o apoio à sua integração ao sistema produtivo;VII - promover e estimular o desenvolvimento da ciência e da tecnologia agrícola pública eprivada, em especial aquelas voltadas para a utilização dos fatores de produção internos;VIII - possibilitar a participação efetiva de todos os segmentos atuantes no setor rural, nadefinição dos rumos da agricultura brasileira;IX - prestar apoio institucional ao produtor rural, com prioridade de atendimento aopequeno produtor e sua família;X - estimular o processo de agroindustrialização junto às respectivas áreas de produção;

ENTIDADES DE FISCALIZAÇÃOO IMA exerce a defesa sanitária, animal e vegetal, na atividade rural explorada para produçãode alimentos.

O IEF e a FEAM são responsáveis pelo licenciamento ambiental, de acordo com opotencial de afetação do meio ambiente que a atividade rural carrega em sua natureza.Algumas atividades rurais, de acordo com seu objeto e dependendo das técnicas utilizadasna produção, não possuem potencial de afetação do meio ambiente, ficandodispensadas de licenciamento ambiental a cargo do IEF ou da FEAM.

Page 11: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

11

Em qualquer hipótese, é recomendável verificar diretamente junto ao IEF e à FEAM sobre aexigibilidade do licenciamento ambiental para exploração da atividade rural; e se exigível olicenciamento ambiental, quais os requisitos para tanto.

Na mesma linha, recomenda-se consultar o IMA para informar sobre hipóteses em que oregistro e autorização da vigilância sanitária são exigidos, quando explorada atividade rural, eos requisitos e exigências para tanto. O IMA tem por finalidade planejar, coordenar,executar e fiscalizar programas de produção, de saúde e de defesa sanitária animal e vegetal;fiscalizar o comércio e o uso de insumos e produtos agropecuários, e os criatórios e abatesde animais silvestres; exercer a inspeção vegetal e a de produtos de origem animal; padronizare classificar vegetais e realizar promoções agropecuárias no Estado, na forma doregulamento e das diretrizes dos Governos Estadual e Federal.

ENTIDADES DE APOIO E DEFESA DA ATIVIDADE AGRÍCOLARecomenda-se também consultar entidades de apoio ao setor, defesa dos interesses da classeeconômica e representação do segmento.

São entidades de grande referência no apoio ao setor de agropecuária a EMBRAPA e aEMATER.

São entidades de defesa dos interesses da categoria econômica e representação do segmentoa FAEMG (Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais) e os sindicatos ruraisdiversos.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) é empresa pública, criadapela Lei nº 5.851/72, vinculada ao Ministério da Agricultura, com personalidade jurídica dedireito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa e financeira. Tem sede eforo na Capital Federal, mantendo em todo território nacional órgãos regionais ou locais,destinados a pesquisas, desenvolvimento de tecnologia e experimentações agropecuárias.

São finalidades da EMBRAPA:I - promover, estimular, coordenar e executar atividades de pesquisa, com o objetivo deproduzir conhecimentos e tecnologia para o desenvolvimento agrícola do Pais;II - dar apoio técnico e administrativo a órgãos do Poder Executivo, com atribuiçõesde formulação, orientação e coordenação das políticas de ciência e tecnologia no setoragrícola.

Outras diversas entidades podem apoiar a atividade nas mais variadas modalidades, aindaque não estejam acima citadas, lembrando por exemplo que o Banco do Brasil financia aprodução agrícola no Brasil.

ImportanteA legislação brasileira está sujeita a alterações constantes. É necessário e indispensável queo empreendedor solicite às autoridades fiscais informações atualizadas sobre exigências erequisitos legais para a regularização da pessoa jurídica e exploração da atividade

Page 12: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

12

econômica. As instruções recebidas sobre legislação devem ser confirmadas junto àsautoridades fiscais e junto ao contador ou contabilista responsável pela escrita fiscal.

Page 13: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

13

Esclarecimentos Tributários

Setor/Atividade: Produtor rural.Tipo de negócio: Cultivo de cogumelo.Principais tributos instituídos em lei: IRPJ, PIS, COFINS, CONTRIBUIÇAO SOCIALSOBRE O LUCRO, ICMS.

As informações sobre tributação apresentadas abaixo são aplicáveisEXCLUSIVAMENTE aos agronegócios explorados através de PESSOA JURÍDICAconstituída para tanto.

Estão relacionados acima tributos instituídos em lei por setor de atividade. Outros tributosserão devidos, conforme situações peculiares ou atividades/operações definidas, cujotratamento diferenciado deverá ser verificado caso a caso.

Tanto o contabilista quanto os órgãos competentes poderão orientá-lo no cumprimento de taisexigências, se for seu caso.

TRIBUTAÇÃOO empreendedor demonstra maior interesse em conhecer, aprender e dominar os assuntosrelacionados à tributação das empresas. Verifica-se que este interesse vai muito além dacuriosidade pelo assunto, mas surge da preocupação com a viabilidade do negócio. Muitosacreditam que a carga tributária a que estão sujeitas as empresas em geral representa umfator impeditivo ao sucesso do negócio; que os tributos que deverão recolher após aconstituição da empresa são excessivamente onerosos, comprometendo o lucro e fadando onegócio à falência. Isso não é verdade e o mito deve ser eliminado.

A atividade tributante é essencial à existência da sociedade, pois permite o custeio de serviçospúblicos e investimentos em educação, saúde, infra-estrutura, saneamento básico,segurança, previdência social, saúde e outros bens indispensáveis. É plenamente possívelrecolher tributos regularmente e possuir um negócio lucrativo e próspero. Aliás, é necessárioque o empreendedor esteja em dia com suas obrigações fiscais para manter seuempreendimento com tranqüilidade e sem medo de receber no estabelecimento a fiscalizaçãofazendária.

As autoridades fiscais devem ser enxergadas como parceiras do empreendedor, das quaisserá possível exigir a contrapartida pelo recolhimento regular e pontual dos tributos,principalmente quanto à prestação dos serviços públicos que toda a sociedade tem direito.

Antes de prosseguir na prestação de informações sobre tributação, é importante esclarecerque o empreendedor pode e deve conhecer a carga tributária a que está sujeito. Todavia, nãopode preocupar-se em aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto e tornar-se umespecialista em tributação, sob pena de perder a condição de cuidar do próprio negócio, não se

Page 14: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

14

dedicando às suas atividades empresariais para tornar-se um estudioso do Direito Tributário-fiscal.É recomendável que o empresário seja dedicado ao sucesso de seu negócio, deixando asquestões fiscais sob responsabilidade do contabilista ou contador que cuida de sua escrita,podendo ainda recorrer ao advogado tributarista para tratar de assuntos tributários maiscomplicados.

Dentro de noções básicas que são do interesse do empreendedor, pode-se iniciar poresclarecer que os tributos são prestações pecuniárias (em dinheiro), que o contribuinte deveao fisco, por força de legislação específica que institui a obrigação.

Os tributos são, por isso, recolhidos necessariamente em dinheiro, não se admitindo pagamentoatravés da entrega de mercadorias ou serviços. E todo tributo é instituído por lei. Os tributossão classificados ou subdivididos em impostos, taxas e contribuições de melhorias. Fica assimfácil entender que imposto e tributo não são a mesma coisa, já que tributo é o gênero, eimposto é uma espécie de tributo.

Alguns estudiosos classificam as contribuições previdenciárias como impostos especiais, eoutros as classificam como categoria específica de obrigação não classificável comotributo. A questão não merece estudo detalhado por conta do empreendedor, cuja obrigação ésaber da existência das contribuições previdenciárias como fator de custo na formação do preçode venda do produto que pretende produzir ou vender, bem como do serviço que há de prestar.

Os tributos são instituídos em leis, que têm origem federal, estadual, distrital (DistritoFederal) ou municipal.

Na organização do Brasil, a Constituição da República define competência a cada órgãotributante para instituir tributos, incumbindo à União, aos Estados federados, DistritoFederal e municípios arrecadar e aplicar seus recursos, sem invadir a competência uns dosoutros. É possível, então, afirmar que o contribuinte está sujeito ao recolhimento de tributosfederais, estaduais e municipais. Os tributos podem ser cobrados em razão de atividadesexecutadas pelas autoridades públicas ou pelas atividades desenvolvidas pelo contribuinte.

São denominados tributos vinculados aqueles oriundos das atividades executadas pelo PoderPúblico, configurando taxas e contribuições de melhoria. É o caso, por exemplo, de taxasque o contribuinte recolhe quando solicita, junto à repartição pública, a emissão dedocumentos e certidões. Os tributos vinculados à atividade do contribuinte são denominadostributos não vinculados e caracterizam impostos e contribuições sociais, podendo ser citadoscomo exemplos o Imposto de Renda e as contribuições para a Previdência Social.

O empreendedor está sujeito, na exploração de suas atividades econômicas, aos seguintestributos:

a) Tributos Federais: IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), IPI (Imposto sobre ProdutosIndustrializados), PIS (Contribuição para o Programa de Integração Social), COFINS

Page 15: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

15

(Contribuição Social sobre o faturamento das empresas) e a CSLL (Contribuição Social sobreo Lucro Líquido);

b) Tributo Estadual: ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação deServiços);

c) Tributo Municipal: ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza);

d) Contribuições Previdenciárias: INSS recolhido sobre a folha de pagamento de seguradosempregados e retirada pró-labore de sócios e administradores, mais pagamentos efetuados aprestadores de serviços autônomos.

As obrigações mencionadas acima não estão classificadas de acordo com a doutrina, haja vistaque os estudiosos do assunto divergem quanto à definição da natureza jurídica dos encargostributário-fiscais. Todavia, a indicação das obrigações na forma acima tem cunho meramentedidático e objetiva apresentar ao empreendedor, de forma simples e prática, suas principaisobrigações oriundas da execução de suas atividades econômicas.

É importante esclarecer também que os tributos não foram exaustivamente identificados,incidindo sobre determinadas atividades ou operações carga tributária que inclui outrasobrigações não mencionadas acima. Em resumo, a carga tributária incidente sobre asempresas varia conforme a atividade explorada e as operações realizadas, podendo variarinclusive quanto ao valor. Recomenda-se ao empreendedor solicitar ao contador ou contabilistaresponsável por sua escrita o estudo específico de seu negócio, a fim de definir comexatidão os tributos que fica obrigado a recolher e o valor de cada um.

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Empresas cuja receita bruta anual não ultrapassa R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentosmil reais) recebem tratamento diferenciado, gozando de benefícios fiscais e, por isso, sendosujeitas a carga tributária reduzida. São classificadas em microempresas ou empresas depequeno porte, conforme o valor da receita bruta anual que realizam.

Este tratamento diferenciado dispensado às micro e pequenas empresas foi instituído pararegulamentar o artigo 179 da Constituição da República, decorrendo de legislaçãoespecífica de origem federal e estadual. A legislação federal institui benefícios fiscaisquanto aos tributos federais e às contribuições previdenciárias, enquanto a legislaçãoestadual institui benefícios quanto aos tributos estaduais.

Os municípios também podem instituir benefícios quanto aos tributos municipais. Recomenda-se ao empreendedor solicitar informações sobre o assunto diretamente junto à Prefeitura domunicípio onde pretende estabelecer a sede da empresa.

Tendo em vista que os benefícios fiscais são instituídos em leis de origem federal e estadual,os critérios para gozo dos benefícios variam de acordo com a origem da lei. Algumas regras

Page 16: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

16

são idênticas para aproveitamento do empreendedor, variando outras conforme há de seesclarecer através do estudo das respectivas leis federal e estadual.

Em nível federal os benefícios fiscais foram instituídos pela Lei nº 9.317, de 05 de dezembrode 1996, tendo a Lei nº 9.841, de 05 de outubro de 1999, instituído o Estatuto damicroempresa e da empresa de pequeno porte. No Estado de Minas Gerais, os benefícios fiscaisquanto aos tributos estaduais foram instituídos pela Lei nº 13.437, de 30 de dezembro de 1999,regulamentada pelo Decreto nº 40.987, de 31 de março de 2000.

Page 17: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

17

Microempresa Legislação Federal

A legislação federal instituiu o SIMPLES e assegura benefícios fiscais exclusivamente quantoaos tributos federais e contribuições previdenciárias. O tratamento diferenciado dispensado aopequeno empreendedor pela Lei nº 9.317/96 (alterada pelas Leis nº 9.732/98, 10.034/00 e11.307/06) permite simplificação na apuração dos tributos e redução significativa da cargatributária.

A legislação classifica como MICROEMPRESA aquela cuja receita bruta anual não ultrapassaR$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), e EMPRESA DE PEQUENO PORTE aquelacuja receita bruta anual ultrapassa o limite de microempresa (R$ 240.000,00), mas nãoultrapassa R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

RECEITA BRUTA ANUAL CLASSIFICAÇÃOAté R$ 240.000,00 MicroempresaAcima de R$ 240.000,00 até R$ 2.400.000,00 Empresa de Pequeno Porte

Os valores acima foram estipulados pela Lei federal nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, queproduziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.

A tabela abaixo indica o valor do percentual a ser aplicado sobre a receita mensal da empresa,conforme sua faixa de enquadramento.

MICROEMPRESAReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)

Até 60.000,00 3Acima de 60.000,00 Até 90.000,00 4Acima de 90.000,00 Até 120.000,00 5Acima de 120.000,00 Até 240.000,00 5,4EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)Acima de 240.000,00 Até 360.000,00 5,8Acima de 360.000,00 Até 480.000,00 6,2Acima de 480.000,00 Até 600.000,00 6,6Acima de 600.000,00 Até 720.000,00 7Acima de 720.000,00 Até 840.000,00 7,4Acima de 840.000,00 Até 960.000,00 7,8Acima de 960.000,00 Até 1.080.000,00 8,2Acima de 1.080.000,00 Até 1.200.000,00 8,6Acima de 1.200.000,00 Até 1.320.000,00 9,0Acima de 1.320.000,00 Até 1.440.000,00 9,4Acima de 1.440.000,00 Até 1.560.000,00 9,8Acima de 1.560.000,00 Até 1.680.000,00 10,2Acima de 1.680.000,00 Até 1.800.000,00 10,6

Page 18: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

18

Acima de 1.800.000,00 Até 1.920.000,00 11,0Acima de 1.920.000,00 Até 2.040.000,00 11,4Acima de 2.040.000,00 Até 2.160.000,00 11,8Acima de 2.160.000,00 Até 2.280.000,00 12,2Acima de 2.280.000,00 Até 2.400.000,00 12,6

Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foram fixados pelaLei nº 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.

Os percentuais mencionados no quadro acima não incluem a alíquota definida para empresasque exploram atividade industrial e são contribuintes do IPI (Imposto sobre ProdutosIndustrializados). Na hipótese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLES e forcontribuinte do IPI, sobre as alíquotas indicadas no quadro acima, deverá adicionar 0,5% (cincodécimos porcento), ficando o quadro assim:

MICROEMPRESA RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)

Sem IPI Com IPIAté 60.000,00 3 3,5Acima de 60.000,00 Até 90.000,00 4 4,5Acima de 90.000,00 Até 120.000,00 5 5,5Acima de 120.000,00 Até 240.000,00 5,4 5,9EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)

Sem IPI Com IPIAcima de 240.000,00 Até 360.000,00 5,8 6,3Acima de 360.000,00 Até 480.000,00 6,2 6,7Acima de 480.000,00 Até 600.000,00 6,6 7,1Acima de 600.000,00 Até 720.000,00 7 7,5Acima de 720.000,00 Até 840.000,00 7,4 7,9Acima de 840.000,00 Até 960.000,00 7,8 8,3Acima de 960.000,00 Até 1.080.000,00 8,2 8,7Acima de 1.080.000,00 Até 1.200.000,00 8,6 9,1Acima de 1.200.000,00 Até 1.320.000,00 9,0 9,5Acima de 1.320.000,00 Até 1.440.000,00 9,4 9,9Acima de 1.440.000,00 Até 1.560.000,00 9,8 10,3Acima de 1.560.000,00 Até 1.680.000,00 10,2 10,7Acima de 1.680.000,00 Até 1.800.000,00 10,6 11,1Acima de 1.800.000,00 Até 1.920.000,00 11,0 11,4Acima de 1.920.000,00 Até 2.040.000,00 11,4 11,9Acima de 2.040.000,00 Até 2.160.000,00 11,8 12,3Acima de 2.160.000,00 Até 2.280.000,00 12,2 12,7Acima de 2.280.000,00 Até 2.400.000,00 12,6 13,1

Page 19: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

19

Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foram fixados pelaLei nº 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.

Algumas empresas são impedidas de optar pelo SIMPLES, mesmo que sua receita esteja dentrodos limites de enquadramento no referido regime especial de tributação. O artigo 9º da Lei nº9.317/96 exclui do SIMPLES, independentemente da receita da empresa, aquela que encontra-se numa das seguintes situações:

I - constituída sob a forma de sociedade por ações;II - cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco de desenvolvimento,caixa econômica, sociedade de crédito, financiamento e investimento, sociedade de créditoimobiliário, sociedade corretora de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulose valores imobiliários, empresa de arrendamento mercantil, cooperativa de crédito, empresas deseguros privados e de capitalização e entidade de previdência privada aberta;III - que se dedique à compra e à venda, ao loteamento, à incorporação ou à construção deimóveis;IV - que tenha sócio estrangeiro, residente no exterior;V - constituída sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da administraçãopública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;VI - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede noexterior;VII - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outraempresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de opção pelo SIMPLES;VIII- de cujo capital participe, como sócio, outra pessoa jurídica;IX - cuja receita decorrente da venda de bens importados seja superior a 50% (cinqüenta porcento) de sua receita bruta total;X - que realize operações relativas a:a) importação de produtos estrangeiros;b) locação ou administração de imóveis;c) armazenamento e depósito de produtos de terceiros;d) propaganda e publicidade, excluídos os veículos de comunicação;e) factoring;f) prestação de serviço de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão-de-obra;XI - que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator,empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista,enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor,consultor, estatístico, administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo,professor, jornalista, publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujoexercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida;XII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;XIII - que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS, cuja exigibilidade não esteja suspensa;XIV - cujo titular, ou sócio que participe de seu capital com mais de 10% (dez por cento), estejainscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, cujaexigibilidade não esteja suspensa;

Page 20: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

20

XV - que seja resultante de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento da pessoajurídica;XVI - cujo titular, ou sócio com participação em seu capital superior a 10% (dez por cento),adquira bens ou realize gastos em valor incompatível com os rendimentos por ele declarados.

As Leis nº 10.034/00 e nº 10.684/03 introduziram importantes alterações na sistemática doSIMPLES.

Por força das leis retro-mencionadas, empresas que exploram atividade de creche e pré-escola,estabelecimentos de ensino fundamental, centro de formação de condutores (auto escola),agências lotéricas e agência terceirizadas de correios, podem optar pelo SIMPLES. Nessescasos, o contribuinte fica obrigado a recolher o imposto mediante acréscimo de 50% (cinquentaporcento), sobre o valor dos percentuais indicados na tabela acima.

Além dos serviços acima relacionados (creche e pré-escola, estabelecimentos de ensinofundamental, auto escola, agências lotéricas e agência terceirizadas de correios), todos os outrosprestadores de serviço, CUJA OPÇÃO PELO SIMPLES SEJA PERMITIDA, também estãoobrigados ao recolhimento do SIMPLES com acréscimo de 50% (cinquenta porcento), sobre ovalor dos percentuais indicados na tabela acima.

Na hipótese da empresa explorar atividade de prestação de serviço, CUMULADAMENTE comoutra atividade estranha a serviço (indústria, comércio ou produtor rural), o acréscimo de 50%(cinquenta porcento), sobre o valor dos percentuais da tabela acima, ocorre para fins deapuração e recolhimento do SIMPLES, quando a receita com os serviços prestados, é igual ousuperior a 30% (trinta porcento) da receita total da empresa.

Nos casos que a legislação impõe acréscimo de 50% (cinquenta porcento) da alíquota, para finsde apuração do SIMPLES, conforme acima mencionado (Leis nº 10.034/00 e nº 10.684/03), atabela passa a ser da seguinte forma:

MICROEMPRESA RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)Até 60.000,00 4,5Acima de 60.000,00 Até 90.000,00 6,0Acima de 90.000,00 Até 120.000,00 7,5Acima de 120.000,00 Até 240.000,00 8,1EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)Acima de 240.000,00 Até 360.000,00 8,7Acima de 360.000,00 Até 480.000,00 9,3Acima de 480.000,00 Até 600.000,00 9,9Acima de 600.000,00 Até 720.000,00 10,5Acima de 720.000,00 Até 840.000,00 11,1Acima de 840.000,00 Até 960.000,00 11,7Acima de 960.000,00 Até 1.080.000,00 12,3

Page 21: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

21

Acima de 1.080.000,00 Até 1.200.000,00 12,9Acima de 1.200.000,00 Até 1.320.000,00 13,5Acima de 1.320.000,00 Até 1.440.000,00 14,1Acima de 1.440.000,00 Até 1.560.000,00 14,7Acima de 1.560.000,00 Até 1.680.000,00 15,3Acima de 1.680.000,00 Até 1.800.000,00 15,9Acima de 1.800.000,00 Até 1.920.000,00 16,5Acima de 1.920.000,00 Até 2.040.000,00 17,1Acima de 2.040.000,00 Até 2.160.000,00 17,7Acima de 2.160.000,00 Até 2.280.000,00 18,3Acima de 2.280.000,00 Até 2.400.000,00 19,9

Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foram fixados pelaLei nº 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.

Os percentuais mencionados no quadro acima não incluem a alíquota definida para empresasque exploram atividade industrial e são contribuintes do IPI (Imposto sobre ProdutosIndustrializados). Na hipótese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLES e forcontribuinte do IPI, sobre as alíquotas indicadas no quadro acima, deverá adicionar 0,5% (cincodécimos porcento).

Page 22: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

22

Microempresa Legislação Estadual

Em Minas Gerais, foi estabelecido tratamento diferenciado e simplificado às microempresas eempresas de pequeno porte, através do SIMPLES MINAS, instituído pela Lei (estadual) n.º15.219, de 7 de julho de 2004, regulamentada pelo Decreto (estadual) n.º 43.924, de 3 dedezembro de 2004.

O SIMPLES MINAS estende benefícios ao empreendedor autônomo e também a algumascooperativas especificadas na legislação aplicável. São cooperativas especificadas na lei, quepodem ser beneficiadas pelo SIMPLES MINAS, somente aquelas formadas por:a) produtores artesanais;b) feirantes;c) comerciantes ambulantes;d) pequenos comerciantes;e) pequenos produtores da agricultura familiar;f) garimpeiros.

O SIMPLES MINAS reduz o valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias eServiços), simplifica o sistema de apuração do imposto mencionado e permite deduzir doICMS apurado depósitos efetuados em benefício do FUNDESE – Fundo de Fomento eDesenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais.

O SIMPLES MINAS permite também abater sobre o ICMS apurado as despesas comprovadaspelo contribuinte com investimentos na aquisição de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal(ECF).

CLASSIFICAÇÃO: MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

A legislação classifica microempresa (ME) como sendo a sociedade empresária ou empresárioindividual, cuja receita bruta anual não ultrapassa R$277.980,00 (duzentos e setenta e setemil, novecentos e oitenta reais); e empresa de pequeno porte (EPP) a sociedade empresáriaou empresário individual cuja receita bruta anual ultrapassa o limite de micro(R$277.980,00) e não ultrapassa R$2.224.644,00 (dois milhões, duzentos e vinte e quatromil, seiscentos e quarenta e quatro reais).

CLASSIFICAÇÃO RECEITA BRUTA ANUALMicroempresa Até R$ 277.980,00Empresa de pequeno porte Acima de R$ 277.980,00 até R$ 2.224.644,00

Na apuração do ICMS, o SIMPLES MINAS obriga o contribuinte a recolher o impostoresultante da somatória de duas operações:

Page 23: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

23

a) Operação de apuração do ICMS resultante da diferença de alíquota entre Estados dafederação;

b) Operação de apuração do ICMS pela aplicação da tabela simplificada de alíquotas variáveisconforme faixa de RECEITA TRIBUTÁVEL (real ou presumida).

O contribuinte é obrigado a recolher o ICMS que resulta da somatória das duas operações acimamencionadas (letras “a” e “b”).

O ICMS que resulta da diferença da alíquota (letra “a”) e o ICMS que resulta da aplicação databela simplificada (letra “b”) são somados, e o resultado (soma) é o valor total do imposto a serrecolhido.

A orientação para a apuração do ICMS segue abaixo, dividida em duas etapas (itens “a” e “b”),sendo a primeira (item “a”) relativa à diferença de alíquota, e a segunda etapa (letra “b”)relativa à aplicação da tabela simplificada.

Na segunda etapa (letra “b”) da orientação abaixo, que refere-se à aplicação da tabelasimplificada, o contribuinte deve estar atento à opção de apurar a RECEITA TRIBUTÁVELREAL ou aplicar o índice sobre a RECEITA TRIBUTÁVEL PRESUMIDA.

A) DIFERENÇA DE ALÍQUOTA ENTRE ESTADOS DA FEDERAÇÃOa.1) O contribuinte soma o valor das notas fiscais de compra de mercadorias que destinam-seà industrialização ou revenda, aplicando sobre o resultado a alíquota de 18% (dezoitoporcento);

a.2) Sobre as notas fiscais somadas para alcançar o resultado acima, o contribuintesoma apenas o valor do ICMS QUE VEM INDICADO EM CADA NOTA FISCAL, comoincluso/incluído no valor total;

a.3) O contribuinte então calcula a diferença entre o resultado obtido na primeira operação(item a.1) e o resultado obtido na segunda operação (item a.2);

a.4) Nos casos em que o valor do imposto indicado em cada nota fiscal como sendoincluso/incluído no valor total (item a.2 acima) for exatamente igual ao valor obtido pelaaplicação da alíquota de 18% (dezoito porcento) sobre as notas fiscais de compra demercadorias (item a.1 acima), NÃO HAVERÁ DIFERENÇA DE ALÍQUOTA a ser somada novalor do ICMS para recolhimento.

B) APLICAÇÃO DA TABELA SIMPLIFICADA - ALÍQUOTAS VARIÁVEIS CONFORMEFAIXA DE RECEITA TRIBUTÁVELO contribuinte apura o ICMS pela aplicação de alíquotas, que variam conforme o valor daRECEITA TRIBUTÁVEL.

A tabela é progressiva. A alíquota do imposto aumenta conforme aumenta também a capacidadede contribuição da empresa. O contribuinte com menor RECEITA TRIBUTÁVEL possuimenor capacidade de contribuir com o ICMS; e o contribuinte com maior RECEITA

Page 24: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

24

TRIBUTÁVEL possui maior capacidade de contribuir com o imposto. Diante disso, a alíquotado imposto aumenta gradativamente, de acordo com o aumento da RECEITA TRIBUTÁVEL.

A tabela também é não cumulativa. As alíquotas aumentam de acordo com o aumento daRECEITA TRIBUTÁVEL, mas são aplicadas progressivamente, SOMENTE SOBRE OVALOR QUE EXCEDE CADA FAIXA de incidência. Desta forma, a alíquota maior incideapenas sobre a maior parcela da RECEITA TRIBUTÁVEL. Para bem esclarecer, basta explicarque a RECEITA TRIBUTÁVEL é dividida em faixas distintas, aplicando-se cada alíquotaespecífica sobre cada faixa específica de RECEITA TRIBUTÁVEL.

O sistema de apuração do ICMS por faixa de RECEITA TRIBUTÁVEL, de acordo com asalíquotas variáveis, progressiva e não cumulativamente, pode ser resumido na seguinte tabela:

FAIXA RECEITA TRIBUTÁVEL ALÍQUOTA1 até R$ 5.675,00 zero2 Somente o que exceder R$ 5.675,00 até R$17.026,00 0,5%3 Somente o que exceder R$17.026,00 até R$45.403,00 2,0%4 Somente o que exceder R$ 45.403,00 até R$113.508,00 3,0%5 Acima de R$113.508,00 4,0%

A tabela acima pode ser RELIDA pelo contribuinte na forma abaixo, que permite a apuração doimposto numa única operação direta, através da qual o ICMS é calculado mediante aplicação daalíquota correspondente à faixa de RECEITA TRIBUTÁVEL, deduzindo-se a parcelarespectiva, em que o saldo final já incluiu os princípios de progressividade e nãocumulatividade, que são característicos do SIMPLES MINAS.

FAIXARECEITA TRIBUTÁVEL ALÍQUOTA

PARCELAA

DEDUZIR

1 até R$5.675,00 zero zero2 Acima de R$ 5.675,00 até R$ 17.026,00 0,5% R$28,303 Acima de R$ 17.026,00 até R$ 45.403,00 2,0% R$283,774 Acima de R$ 45.403,00 até R$ 113.508,00 3,0% R$737,815 Acima de R$ 113.508,00 4,0% R$1.872,88

Os valores constantes das tabelas acima foram atualizados pela Portaria nº 26, de 11 dejaneiro de 2006, do Secretário da Receita Estadual do Estado de Minas Gerais, paravigorar no exercício de 2006.

APURAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁVEL – OPÇÕES: REAL OU PRESUMIDA

A RECEITA TRIBUTÁVEL que serve como base de cálculo do ICMS pode ser REAL ouPRESUMIDA.

Page 25: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

25

A RECEITA TRIBUTÁVEL REAL é o valor total das saídas promovidas pelo contribuinte éregistrado em notas fiscais, cupom fiscal ou outro documento fiscal autorizado pelo PoderPúblico. O contribuinte realiza a somatória das saídas promovidas no mês e registrada emdocumentos fiscais, que corresponde à RECEITA TRIBUTÁVEL REAL sujeita à aplicação dasalíquotas indicadas na tabela acima, variando de acordo com a faixa de incidência.

A RECEITA TRIBUTÁVEL PRESUMIDA é apurada pela somatória de NOTAS DECOMPRAS (entradas), acrescida de um índice específico (varia de acordo com a atividade doempreendedor), que representa a Margem de Valor Agregado (MVA). A legislação permite aocontribuinte presumir o valor da RECEITA TRIBUTÁVEL, utilizando para tanto asCOMPRAS realizadas no mês, acrescidas do índice de valor agregado (MVA) que segue natabela abaixo, variando de acordo com o segmento empresarial ou setor de atividade.

MARGENS DE VALORES AGREGADOS PARA APURAÇÃO DA RECEITAPRESUMIDA

ITEM DESCRIÇÃO MVA1 Extração de minerais metálicos 48%2 Extração de minerais não-metálicos 26%3 Fabricação de produtos alimentícios e de bebidas 58%4 Fabricação de produtos do fumo 70%5 Fabricação de produtos têxteis 35%6 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 30%7 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro e calçados 30%8 Fabricação de produtos de madeira 30%9 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel 26%10 Edição, impressão e reprodução de gravações 26%

11 Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveisnucleares e produção de álcool 70%

12 Fabricação de produtos químicos 26%13 Fabricação de artigos de borracha e plásticos 26%14 Fabricação de produtos de minerais não-metálicos 70%15 Metalurgia básica 70%16 Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos 40%17 Fabricação de máquinas e equipamentos 48%18 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 30%19 Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos 30%

20 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos decomunicações 26%

21Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares,instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automaçãoindustrial, cronômetros e relógios

26%

22 Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias 26%23 Fabricação de outros equipamentos de transporte 26%24 Fabricação de móveis com predominância de madeira 30%

Page 26: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

26

25 Fabricação de móveis com predominância de metal 30%26 Fabricação de móveis de outros materiais 30%27 Fabricação de colchões 30%28 Lapidação de gemas 26%29 Fabricação de artefatos de joalheria e ourivesaria 61%30 Fabricação de instrumentos musicais, peças e acessórios 70%31 Fabricação de artefatos para caça, pesca e esporte 70%

32 Fabricação de mesas de bilhar, de snooker e acessórios, não associada alocação 30%

33 Fabricação de mesas de bilhar, de snooker e acessórios associada alocação 30%

34 Fabricação de brinquedos e de outros jogos recreativos 70%

35 Fabricação de canetas, lápis, fitas impressoras para máquinas e outrosartigos para escritório 46%

36 Fabricação de escovas, pincéis e vassouras 26%

37 Decoração, lapidação, gravação, espelhação, bisotagem, vitrificação eoutros trabalhos em cerâmica, louça, vidro ou cristal 70%

38 Fabricação de produtos diversos 26%39 Reciclagem de outras sucatas metálicas 70%40 Reciclagem de sucatas não-metálicas 31%41 Eletricidade, gás e água quente 70%

42 Representantes comerciais e agentes do comércio de veículosautomotores 26%

43 Serviços de manutenção e reparação de automóveis 36%

44 Serviços de manutenção e reparação de caminhões, ônibus e outrosveículos pesados 34%

45 Serviços de lavagem, lubrificação e polimento de veículos 26%46 Serviços de borracheiros e gomaria 26%

47 Comércio por atacado de peças e acessórios novos para veículosautomotores 30%

48 Comércio por atacado de pneumáticos e câmaras de ar 42%

49 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículosautomotores 26%

50 Comércio a varejo de pneumáticos e câmaras de ar 26%

51 Representantes comerciais e agentes do comércio de peças e acessóriosnovos e usados para veículos automotores 26%

52 Comércio a varejo de peças e acessórios usados para veículosautomotores 26%

53 Comércio por atacado de peças e acessórios para motocicletas emotonetas 26%

54 Comércio a varejo de motocicletas e motonetas 32%55 Comércio a varejo de peças e acessórios para motocicletas e motonetas 30%

56 Comércio a varejo de combustíveis e lubrificantes para veículosautomotores 40%

57 Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 30%

Page 27: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

27

58Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância deprodutos alimentícios, com área de venda superior a 5000 metrosquadrados - hipermercados

26%

59Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância deprodutos alimentícios, com área de venda entre 300 e 5000 metrosquadrados - supermercados

26%

60 Minimercados 26%61 Mercearias e armazéns varejistas 26%62 Comércio varejista de mercadorias em lojas de conveniência 30%63 Lojas de departamentos ou magazines 30%64 Lojas de variedades, exceto lojas de departamentos ou magazines 30%65 Comércio varejista de produtos de padaria e de confeitaria 26%66 Comércio varejista de laticínios, frios e conservas 26%67 Comércio varejista de balas, bombons e semelhantes 26%68 Comércio varejista de carnes - açougues 26%69 Comércio varejista de bebidas 45%70 Tabacaria 26%71 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros 26%72 Peixaria 26%

73 Comércio varejista de outros produtos alimentícios não especificadosanteriormente 40%

74 Comércio varejista de tecidos 30%75 Comércio varejista de artigos de armarinho 30%76 Comércio varejista de artigos de cama, mesa e banho 30%77 Comércio varejista de artigos do vestuário e complementos 30%78 Comércio varejista de calçados 30%79 Comércio varejista de artigos de couro e de viagem 30%

80 Comércio varejista de produtos farmacêuticos sem manipulação defórmula 30%

81 Comércio varejista de produtos farmacêuticos homeopáticos 30%

82 Comércio varejista de produtos farmacêuticos com manipulação defórmula 40%

83 Comércio varejista de artigos de perfumaria, cosméticos e de higienepessoal 30%

84 Comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos 30%85 Comércio varejista de medicamentos veterinários 30%

86Comércio varejista de máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos eeletrônicos de uso doméstico e pessoal, exceto equipamentos deinformática

30%

87 Comércio varejista de artigos fotográficos e cinematográficos 30%88 Comércio varejista de instrumentos musicais e acessórios 30%89 Comércio varejista de discos e fitas 30%90 Comércio varejista de móveis 30%91 Comércio varejista de artigos de colchoaria 38%92 Comércio varejista de artigos de tapeçaria 55%

Page 28: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

28

93 Comércio varejista de artigos de iluminação 30%94 Comércio varejista de outros artigos de utilidade doméstica 40%95 Comércio varejista de ferragens, ferramentas e produtos metalúrgicos 30%96 Comércio varejista de vidros, espelhos, vitrais e molduras 30%97 Comércio varejista de material para pintura 30%98 Comércio varejista de madeira e seus artefatos 30%99 Comércio varejista de materiais elétricos para construção 30%100 Comércio varejista de materiais hidráulicos 30%101 Comércio varejista de cal, areia, pedra britada, tijolos e telhas 30%102 Comércio varejista de materiais de construção em geral 30%

103 Comércio varejista de materiais de construção não especificadosanteriormente 30%

104 Comércio varejista de máquinas e equipamentos para escritório 26%

105 Comércio varejista de máquinas, equipamentos e materiais deinformática 26%

106 Comércio varejista de máquinas, equipamentos e materiais decomunicação 26%

107 Comércio varejista de artigos de papelaria 26%108 Comércio varejista de jornais e revistas 26%109 Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP) 26%110 Comércio varejista de artigos de óptica 50%111 Comércio varejista de artigos de relojoaria e joalheria 33%112 Comércio varejista de artigos de souvenir, bijuterias e artesanatos 30%113 Comércio varejista de bicicletas e triciclos, suas peças e acessórios 30%114 Comércio varejista de artigos esportivos 30%115 Comércio varejista de brinquedos e artigos recreativos 30%

116 Comércio varejista de plantas e flores naturais e artificiais e frutosornamentais 30%

117 Comércio varejista de artigos de caça, pesca e camping 30%118 Comércio varejista de objetos de arte 30%

119 Comércio varejista de animais para criação doméstica, de artigos paraanimais e ração 30%

120 Comércio varejista de peças e acessórios para eletrodomésticos eaparelhos eletrônicos, exceto peças e acessórios para informática 30%

121 Comércio varejista de fogos de artifício e artigos pirotécnicos 30%

122 Comércio varejista de embarcações e outros veículos recreativos, suaspeças e acessórios 30%

123 Comércio varejista de produtos saneantes domissanitários 70%

124 Comércio varejista de outros produtos da Divisão 52 não especificadosanteriormente 70%

125 Comércio varejista de antigüidades 70%126 Comércio varejista de outros artigos usados 70%

127 Reparação e manutenção de máquinas e de aparelhos eletrodomésticos,exceto aparelhos telefônicos 30%

128 Reparação e manutenção de aparelhos telefônicos 30%

Page 29: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

29

129 Chaveiros 30%130 Conserto e restauração de artigos de madeira e do mobiliário 30%131 Reparação de outros objetos pessoais e domésticos 30%132 Hotel 70%133 Apart hotel 70%134 Motel 70%135 Camping 30%136 Pensão 30%137 Outros tipos de alojamento 39%138 Restaurante 50%

139 Choperias, whiskeria e outros estabelecimentos especializados em servirbebidas 50%

140 Lanchonete, casas de chá, de sucos e similares 50%141 Cantina (serviço de alimentação privativo) exploração própria 50%

142 Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente paraempresas 50%

143 Serviços de buffet 70%

144 Outros serviços de alimentação (em trailers, quiosques, veículos e outrosequipamentos) 30%

145 Outros não enquadrados nos itens anteriores 35%

EXCLUSÃO DO SIMPLES MINAS

A legislação estabelece algumas restrições ao enquadramento no regime especial do SIMPLESMINAS. Em determinadas situações, é excluído do SIMPLES MINAS o contribuinte:I - que participe ou cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capitalde outra sociedade empresária, salvo se a receita bruta anual global das empresas interligadasfor inferior ao maior limite de R$2.197.831,00;II - que tenha sido desmembrada ou resulte do desmembramento de outra sociedade empresáriaou da transmutação de qualquer de seus estabelecimentos em sociedade autônoma, salvo se ofato tiver ocorrido até 31 de dezembro de 2003;III - que possua filial ou sociedade empresária interligada situada fora do Estado;IV - de transporte que, mediante contrato, preste serviço para outra transportadora;V - que tenha débito inscrito em dívida ativa, em seu nome ou em nome do seu titular ourepresentante legal, ressalvada a hipótese do crédito tributário em fase de parcelamento, desdeque adimplente ou objeto de discussão judicial, garantido por depósito ou penhora;VI - que seja administrada por procurador;VII - cujo administrador não sócio seja, também, administrador de outra sociedade empresária,salvo se a receita bruta anual global das sociedades administradas for inferior ao maior limite deR$2.197.831,00.

Não se aplica a exclusão do contribuinte que participe com mais de 10% (dez porcento) docapital de outra sociedade empresária, quando a referida participação ocorrer em centrais decompras, em bolsas de subcontratação ou em consórcios de exportação ou de venda no mercadointerno, mesmo que a receita bruta anual global das empresas interligadas for superior aR$2.197.831,00.

Page 30: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

30

Importante:

AS INSTRUÇÕES RECEBIDAS SOBRE OPÇÃO PELO REGIME DEMICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE DEVEM SERCONFIRMADAS JUNTO ÀS AUTORIDADES FISCAIS E JUNTO AOCONTADOR OU CONTABILISTA RESPONSÁVEL PELA ESCRITA FISCAL.

Page 31: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

31

Microprodutor Rural

Lei n.º 10.992, de 29 de dezembro de 1992 – Dispõe sobre microempresa, empresa de pequenoporte, microprodutor e produtor de pequeno porte no Estado de Minas Gerais; estabelecetratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, creditício e dedesenvolvimento empresarial a eles aplicáveis; e dá outras providências.

Lei n.º 14.131, de 20 de dezembro de 2001 – Revigora, com nova redação, os artigos 10,11 e 12da Lei nº 10.992/92.

Lei n.º 15.219, de 7 de julho de 2004 – Estabelece tratamento diferenciado e simplificado àempresa de pequeno porte e ao empreendedor autônomo – Simples Minas – e dá outrasprovidências.

Decreto Estadual n.º 43.080, de 13 de dezembro de 2002 - Regulamento do Imposto sobreOperações de Circulação de Mercadorias e Serviços do Estado de Minas Gerais.

Lei nº 10.406, de 10 de janeiro 2002 – Código Civil.

PRODUTOR RURAL é a pessoa, física ou jurídica, que explora atividade primária com finseconômicos. O produtor rural explora atividade econômica para produção e circulação deprodutos rurais, in natura ou beneficiados, utilizando ou não de meios técnicos, com ou sem oconcurso de colaboradores e auxiliares.

O PRODUTOR RURAL, que explora atividade na condição de PESSOA FÍSICA, édenominado EMPRESÁRIO RURAL; quando explora atividade na condição de PESSOAJURÍDICA, o PRODUTOR RURAL é denominado SOCIEDADE EMPRESÁRIA RURAL.

O empresário rural e a sociedade empresária rural NÃO são obrigados a obter registro na JuntaComercial. O registro na Junta Comercial é FACULTATIVO para o produtor rural.

Temos, então, que o PRODUTOR RURAL pode ser:Pessoa Física: empresário rural;Pessoa Jurídica: sociedade empresária rural.

Sem prejuízo do registro na Junta Comercial, que é facultativo, o produtor rural ESTÁOBRIGADO a obter sua inscrição no Cadastro de Produtor Rural da Secretaria de Estado daFazenda de Minas Gerais, desde que:

I – Se pessoas JURÍDICAS, exerçam atividade rural EM IMÓVEL RURAL;

II – Se pessoas FÍSICAS, exercem a atividade de produtor rural em IMÓVEL RURAL ouIMÓVEL URBANO.

Page 32: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

32

Para PESSOAS JURÍDICAS, que exercem atividade rural EM IMÓVEL URBANO, a inscriçãono Cadastro de Produtor Rural é dispensada, porque a inscrição ocorre no Cadastro deContribuintes do ICMS.

O Regulamento do ICMS (Decreto estadual nº 43.080/2002) dispõe que deverão se inscrever noCadastro de Produtor Rural:I - a pessoa, física ou jurídica, que exercer a atividade de produtor rural, em imóvel rural,seja proprietária, usufrutuária, arrendatária, comodatária ou possuidora, a qualquer título, doimóvel;II - a pessoa física que exercer a atividade de produtor rural em imóvel urbano.

A inscrição do produtor rural é renovada anualmente e ocorre na Administração Fazendária(AF) a que o imóvel está circunscrito, mediante a apresentação dos seguintes documentos:I - Declaração de Produtor Rural (Dados Cadastrais), preenchida em 2 (duas) vias, que tem aseguinte destinação: a) 1ª via - repartição fazendária, b) 2ª via - produtor rural;II - Declaração de Produtor Rural (Demonstrativo Anual), preenchida em 2 (duas) vias;III - prova de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional de PessoaJurídica (CNPJ), conforme o caso;IV - prova de propriedade ou documento que atribua ao produtor rural o direito de posse oude exploração do imóvel, exceto quando a posse do imóvel for por simples ocupação.

O produtor rural deve comunicar à Administração Fazendária (AF) a que estiver circunscrito asocorrências que implicarem alterações de dados cadastrais, mediante apresentação daDeclaração de Produtor Rural (Dados Cadastrais), acompanhada, quando for o caso, dosdocumentos que possam comprová-las. A comunicação deve ser feita até o dia 15 (quinze) domês subseqüente ao da ocorrência do fato ou do registro do ato no órgão competente.

Para fins de cadastramento e inscrição, é considerado autônomo cada imóvel do mesmoprodutor, quando de área contínua, independentemente de sua localização.

Não descaracteriza a continuidade da área a simples divisão do imóvel pela passagem deferrovia ou rodovia ou curso de água, quando não constituam obstáculo à travessia normal depessoas, veículos e animais, e todo o conjunto configure unidade autônoma de produção epossua sede comum.

Mediante requerimento do interessado e a critério do Fisco, podem ser autorizados ocadastramento e a inscrição distintos para um mesmo imóvel de área contínua, quando houversetores de produção isolados, situados em áreas delimitadas e com acessos independentes.

Os estabelecimentos rurais de propriedade ou arrendados por indústria açucareira ou usina deálcool estabelecidas em Minas Gerais, com atividade exclusiva de produção de cana-de-açúcar destinada à industrialização pelos proprietários ou arrendatários, podem ter inscriçãoúnica no Cadastro de Produtor Rural, a ser requerida na Administração Fazendária (AF) a que oestabelecimento centralizador estiver circunscrito.

Page 33: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

33

Quando o imóvel estiver situado em território de mais de um Município, no Estado de MinasGerais, o cadastramento e a inscrição são feitos no Município em que se encontrar sua sedeou, na falta desta, naquele onde se localizar a maior parte de sua área.

Se o imóvel estender-se a outro Estado da Federação (fora dos limites de Minas Gerais), oprodutor deve promover o cadastramento e a inscrição relativamente à área situada emterritório mineiro, ainda que sua sede ou a maior parte da área se encontrem no Estado limítrofe.

Cumpridas as exigências legais, é fornecido ao produtor o Cartão de Inscrição de Produtor, queserá autenticado no seu verso, mediante utilização de protocoladores elétricos automáticos,salvo se emitido por processamento eletrônico de dados.

O produtor rural é responsável pela guarda do Cartão de Inscrição de Produtor e responde portodos os atos praticados em decorrência de sua utilização. No caso de perda ou destruição docartão, o produtor deve requerer a emissão de 2ª (segunda) via, mediante apresentação daDeclaração de Produtor Rural (Dados Cadastrais).

Importante:As instruções recebidas sobre opção pelo regime de microempresa e empresa de pequenoporte devem ser confirmadas junto às autoridades fiscais e junto ao contador oucontabilista responsável pela escrita fiscal.

Page 34: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

34

Passo a Passo para Registro

É obrigatória a inscrição no Cadastro de Produtor Rural para:

I - a pessoa, física ou jurídica, que exercer a atividade de produtor rural, em imóvel rural,seja proprietária, usufrutuária, arrendatária, comodatária ou possuidora, a qualquer título, doimóvel;

II - a pessoa física que exercer a atividade de produtor rural em imóvel urbano.

A inscrição no Cadastro de Produtor Rural deve ocorrer na Administração Fazendária (AF)a que o imóvel estiver circunscrito, mediante a apresentação dos seguintes documentos:I - Declaração de Produtor Rural (Dados Cadastrais), preenchida em duas vias, que terão aseguinte destinação:a - 1ª via - repartição fazendária;b - 2ª via - produtor rural;

II - Declaração de Produtor Rural (Demonstrativo Anual), preenchida em duas vias, queterão a destinação prevista no item anterior;

III - Prova de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional de PessoaJurídica (CNPJ), conforme o caso;

IV - Prova de propriedade ou documento que atribua ao produtor rural o direito de posse oude exploração do imóvel, exceto quando a posse do imóvel for por simples ocupação.

O produtor rural deve comunicar, à Administração Fazendária (AF) a que estiver circunscrito,as ocorrências que implicarem alterações de dados cadastrais, mediante apresentação daDeclaração de Produtor Rural (Dados Cadastrais), acompanhada, quando for o caso, dosdocumentos que possam comprová-las. A comunicação deve ser feita até o dia 15 (quinze) domês subseqüente ao da ocorrência do fato ou do registro do ato no órgão competente.

Para os fins de cadastramento e inscrição, é considerado autônomo cada imóvel domesmo produtor, quando de área contínua, independentemente de sua localização.

Page 35: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

35

Marcas e Patentes

Registrar a marca da empresa significa ter a garantia sobre o uso de um nome (nome defantasia), um sinal visual ou mesmo uma figura.

É a marca que identifica e distingue uma empresa, um produto, uma mercadoria ou um serviçodos demais no mercado em que atua.

O registro da marca é de fundamental importância para a empresa e para o empreendedor,porque:- A marca tem grande valor, agindo como fator básico na comercialização de produtos e

serviços;- A marca se constitui em elemento essencial para a defesa do consumidor, garantindo a

qualidade daquilo a que se aplica e atestando sua autenticidade;- O não registro da marca pela empresa abre espaço para que outros o façam, perdendo a

mesma os referidos direitos;- A marca pode e deve ser contabilizada no ativo da empresa, pois a mesma é um BEM da

empresa.

De acordo com o princípio da propriedade industrial, o registro da empresa na Junta Comercialou no cartório competente garante a exclusividade no uso do nome comercial (razão social,denominação social), mas não garante a proteção no uso da marca ou nome de fantasia.

Por isso, é relevante que seja feito o registro da marca junto ao INPI (Instituto Nacional dePropriedade Industrial), para que seja garantido o uso exclusivo da marca em benefício dotitular da mesma, coibindo seu uso indevido por terceiros.

Para o registro da marca junto ao INPI, inicialmente é providenciada a "busca de marca",objetivando saber se já existe registro anterior em vigência de marca igual ou semelhante àdesejada. Não havendo, é iniciado o processo de registro.

DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA O REGISTRO DE MARCA

- Pessoa JurídicaCópias do Contrato Social, das alterações contratuais, do cartão CNPJ e da declaração damicroempresa (se for o caso);

- Pessoa FísicaCarteira de identidade, CPF e cópia da carteira profissional (se for o caso).

- Marca mistaSe a marca for mista (nome com figura) ou apenas figurativa (apenas figura), é necessárioapresentar 16 (dezesseis) etiquetas na metragem 6cm X 6cm. As etiquetas devem serimpressas em papel ofício e em preto e branco.

Page 36: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

36

- TaxasO INPI cobra taxas pelos serviços que presta, desde o pedido de registro de marca até aexpedição do Certificado de Registro. Os valores variam de acordo com o tipo de serviçopedido e, ainda, de acordo com a característica do usuário do serviço (pessoa física, pessoajurídica, microempresa).

O interessado poderá solicitar mais informações sobre busca e registro de marcas diretamenteno Ponto de Atendimento SEBRAE-MG mais próximo.

Page 37: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

37

Implantação

A grande diversidade de cogumelos comestíveis e a oportunidade de novos negócios têmatraído muitas pessoas ao estudo da viabilidade deste tipo de empreendimento.

O segredo do cultivo de cogumelos é conhecer bem as exigências de cada espécie, fornecendo omeio adequado ao seu desenvolvimento e produção.

O maior obstáculo da produção da maioria das espécies no Brasil é o clima excessivamentequente na maior parte do ano, restringindo o aproveitamento da cultura ao uso de condiçõesartificiais, em câmaras climatizadas. As exceções a este modelo existem, como é o caso dasespécies Shiitake e o Cogumelo do Sol, os quais podem ser cultivados sem a climatizaçãoartificial, na maior parte do País.

A temperatura é uma das exigências mais importantes nos cultivos de cogumelos, variandocom a espécie e o estágio de desenvolvimento do fungo. A ventilação adequada tambémé fundamental, principalmente na fase de frutificação.

Um primeiro esclarecimento muito importante é diferenciar cogumelos e fungos. Oprimeiro é parte do segundo e é característico de apenas algumas espécies de fungos. Trata-se de uma estrutura de reprodução, que produz os esporos, pequenos grãos que sedesenvolvem e perpetuam a espécie.

Os cogumelos comestíveis, apreciados em muitas dietas européias e orientais, vêm crescendode importância nos últimos anos, já que o cultivo dos mesmos possibilita reciclareconomicamente certos resíduos agrícolas e agroindustriais. Sob o ponto de vistanutricional, considerando o elevado conteúdo protéico dos cogumelos comestíveis, seucultivo tem sido apontado como uma alternativa para incrementar a oferta de proteínas àspopulações de países em desenvolvimento e com alto índice de desnutrição. A cultura éconsiderada uma atividade de meio ambiente protegido e tem mostrado um notável incrementoem diversos países.

A literatura especializada cita aproximadamente duas mil espécies potencialmentecomestíveis. Porém, apenas 25 delas são normalmente utilizadas na alimentação humana, e umnúmero ainda menor tem sido comercialmente cultivado.

No Brasil, a primeira espécie cultivada foi o champignon de Paris (AGARICUS BISPHORUS).Segundo a literatura nacional, o início do cultivo em escala comercial parece datar dos anos 50.Não existe uma documentação segura, que permita localizar no tempo o início do cultivo dessaespécie no Brasil, sendo certo, no entanto, que a popularização como hábito alimentar naregião Centro-sul deu-se há cerca de 40 anos.

Outras espécies atualmente cultivadas são o cogumelo gigante ou caetetuba (PLEUROTUSOSTREATUS) e o shiitake (LENTINUS EDODES).

Page 38: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

38

O cogumelo gigante (PLEUROTUS OSTREATUS) é um cogumelo encontrado praticamenteno mundo todo, inclusive nas matas brasileiras. Até a década de 70, o seu consumoera feito basicamente pela coleta diretamente na natureza e, a partir de então, iniciou-se ocultivo em escala comercial.

O cultivo do shiitake (LENTINUS EDODES) é o mais antigo. Segundo a literatura, oconsumo desse cogumelo ocorre há milhares de anos. Seu cultivo foi iniciado háaproximadamente oito séculos, na China, sendo aperfeiçoado, principalmente, pelosjaponeses, que, atualmente, ocupam a posição de maiores produtores mundiais.

No mercado mundial, o shiitake detém o segundo lugar, atrás do champignon de Paris(AGARICUS BISPHORUS).

Embora, recentemente, a farta divulgação tenha despertado grande interesse pelo cogumelocomestível e já existam cultivos altamente especializados, nos quais são empregadosequipamentos sofisticados, no Estado de São Paulo a maior parte dos cultivos é, ainda hoje,rudimentar e conduzida por famílias chinesas provenientes de Taiwan.

Os métodos de plantio mais freqüentemente utilizados são resultado de uma experiênciaherdada por muitas gerações, porém destituídos de aprimoramento técnico em decorrência dafalta de conhecimentos científicos mais aprofundados.

Com relação a produtividade, dados provenientes de Mogi das Cruzes indicam que ela estáem torno de 6 a 8 kg/m². Esta produtividade pode ser considerada baixa, se comparada com ade países da Europa, que atingem de 17-25 kg/m²/ciclo, podendo chegar a até 35 kg/m².

No Brasil, em condições controladas, segundo dados do Rio Grande do Sul, a produtividadepode alcançar até 25 kg/ m².

O ciclo da cultura pode variar de acordo com o sistema de cultivo, mas, em média, demora 84dias, o que permite até quatro ciclos por ano nas mesmas instalações.

Um dos fatores que contribuem para o baixo índice de produtividade são as doenças e osfungos competidores, que ocorrem no substrato (composto), reduzindo o espaço e o alimentodisponíveis ou, ainda, produzindo substâncias tóxicas, que retardam ou impedem odesenvolvimento normal da cultura.

OrigemOs cogumelos comestíveis são fungos pertencentes à classe Basidiomycetes. A maiorparte das espécies comestíveis se enquadram na ordem Agaricales, na qual encontram-seduas das principais famílias: Boletaceae (com as espécies BOLETUS EDULIS e BOLETUSLUTEUS) e Agaricaceae (com as espécies AGARICUS BISPHORUS - champignon - eLENTINUS EDODES - shiitake).

Page 39: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

39

Valor nutritivoOs cogumelos são um alimento de alto valor nutritivo, com quantidade de proteínas quaseequivalente à da carne, baixos teores de carboidratos e de gorduras. Têm teor de proteínassuperior ao da maioria das frutas e legumes e também são fontes ricas de vitamina D, ácidoascórbico (vitamina C), niacina e riboflavina.

CHAMPIGNON (AGARICUS BISPHORUS)Modernamente, desenvolveram-se técnicas de simulação de condições ambientais, nutricionaise reprodutivas, que permitem a produção em larga escala do champignon. Persistem doissistemas básicos de cultivo: o artesanal, baseado na simplificação do sistema, parainvestimentos menos intensivos; e o modelo industrial, que oferece alta produtividade eregularidade, através de maiores investimentos e instalações.

O método artesanal de cultivo resulta em baixa produtividade, produção irregular durante oano e dependência do clima. No caso de Minas Gerais, poucas regiões teriam condições deprodução sob este sistema, uma vez que as temperaturas médias no estado são muito elevadas,mesmo no inverno.

No modelo industrial há melhor controle do processo e maior rendimento. Aprodutividade alcançada é muito superior, com a média nacional atingindo 20 kg por metroquadrado de superfície. Em outros países, com maior rigor e tecnologia, são obtidos até 35 kgpor metro quadrado.

O processo industrial exige mão-de-obra intensa, particularmente na colheita. A compostagemé uma fase muito dispendiosa do trabalho, mas podem ser empregados tratores, quediminuem o trabalho.

Os investimentos para uma instalação, que conte com túneis de pasteurização e câmarasclimatizadas, são relativamente elevados, com o retorno acontecendo em torno de cinco anos.

Câmaras de cultivoO cultivo econômico fica restrito ao uso de câmaras providas de refrigeração. Essas câmarassão construídas com paredes duplas de alvenaria, dotadas de isolamento de isopor entre elas,para garantir a temperatura adequada durante as várias fases do cultivo.

LuzOs cogumelos são saprófitos (alimentam-se de matéria orgânica em decomposição). Umavez que não possuem clorofila, não necessitam de exposição à luz solar. Por esse motivo,são usualmente cultivados em câmaras escuras, sem janelas, que facilitam o controle detemperatura e umidade.

VentilaçãoDeve ser cuidadosamente planejada. A ventilação deficiente pode acarretar um maudesenvolvimento da cultura, ao passo que, sendo excessiva, provoca perda de umidade enova perda de produtividade.

Page 40: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

40

RefrigeraçãoFeita por meio de compressores, a refrigeração é calculada de forma a manter a temperaturaem torno de 20o a 22º C na fase de frutificação. Por ocasião da inoculação, a temperatura éreduzida a 15o-17º C, sendo mantida a estes níveis para o desenvolvimento.

Etapas de produção

1) Preparo da matéria-prima (compostagem)É um processo biológico controlado da transformação de resíduos orgânicos pela degradaçãode nutrientes energéticos, levando à elaboração do húmus. No cultivo do champignon, acompostagem oferece condições de desenvolvimento do micélio no meio emdecomposição, ou seja, na fase intermediária da compostagem.

O processo se inicia com a seleção dos resíduos a serem utilizados, disponíveis napropriedade ou nas proximidades: palha de capim, bagaço de cana, etc., misturados a estercode eqüinos ou de aves.

A mistura de resíduos é controlada por um fator chamado relação carbono/nitrogênio damistura. Este fator indica a proporção de átomos de carbono em relação à de nitrogênio. Amistura ideal deverá ter um fator de 30:1, no máximo. Caso a quantidade de carbono sejasuperior, será necessário adubar os resíduos com nitrogênio, para que o processo decompostagem se realize. Este fator demonstra a necessidade dos microrganismos pornitrogênio, para decompor a matéria orgânica e transformá-la em húmus. Com a relaçãocarbono: nitrogênio em 30:1, o processo de compostagem levará de 20 a 25 dias para secompletar.

O material para compostagem é empilhado em leiras, montes e revirado, periodicamente,durante 22 dias, o que promove a aeração necessária à respiração dos microrganismos. Alémdo oxigênio, é necessário que a umidade da leira seja mantida em torno de 70%. Quandobem conduzido, o processo gera temperaturas entre 75o e 80° C no centro da leira. Essastemperaturas são suficientes para eliminar a maioria dos parasitas patogênicos oriundos doesterco, além de larvas de insetos e nematóides.

2) PasteurizaçãoPara garantir a homogeneidade da temperatura e a eliminação de fungos competidores,realiza-se a pasteurização. Esta consiste em manter um recinto hermeticamente fechado,com ventilação forçada (túnel de pasteurização), e temperaturas de 60o a 62° C, por poucashoras.

A seguir, o composto é submetido a uma faixa de 50° C durante vários dias, período emque se incubam os actinomicetos, microrganismos responsáveis diretos pela nutrição domicélio, que será inoculado no final desta fase, cuja duração é de dez dias.

3) Semeadura e incubação

Page 41: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

41

A inoculação do champignon é a fase de semeadura. Ela é feita com sementes de trigorepletas do micélio de cultura pura (laboratorial), as quais são lançadas no composto, àtemperatura inferior a 30° C.

Em meio ao composto, devidamente preparado, o micélio de champignon semeado proliferarapidamente, formando uma tênue teia na superfície do composto. É a fase de incubação, quetranscorre em câmara com temperatura controlada, para permanecer, no máximo em 25° C. Ocomposto pode estar disposto em caixas, sacos plásticos ou em prateleiras. Nesta fase, corre-se o risco da ação dos fungos competidores, se não houver rigor no controle dacompostagem e da pasteurização. A incubação leva cerca de 15 dias, tempo necessário paraque o fungo colonize todo o composto, e está terminada quando se verifica que ¾ dasuperfície está tomada pelo micélio.

4) Cobertura A seguir, faz-se uma cobertura com uma camada de terra pasteurizada, de pH neutro e de altacapacidade de retenção de água (por exemplo, húmus, turfa). Sua função é induzir afrutificação do cogumelo, ou seja, simular o momento de reprodução - o cogumelo é aforma sexuada do fungo, enquanto o micélio é a forma vegetativa, assexuada.

5) Câmaras de cultivoAs caixas cobertas de terra são, finalmente, transportadas para as câmaras de cultivo, quesão salas providas de isolamento térmico, com temperatura na faixa de 18° C, umidaderelativa superior a 90% e ventilação contínua. Quinze dias depois, nota-se a formação dosprimeiros grãos originários do micélio. O desenvolvimento é rápido, proporcionandocolheitas diárias, durante um período não inferior a 30 dias, até que o composto tenhaesgotado sua capacidade nutricional.

6) ColheitaÉ na colheita que se evidenciam as diferenças entre os sistemas artesanal e industrial. Aprodução do primeiro fica em quatro a cinco quilos por metro quadrado de superfíciecultivada e a do segundo sobe para 20 quilos. Depois da colheita, o cogumelo deve ser tratadocomo um gênero alimentício, que exige conservação semelhante aos vegetais processados(em conserva).7) BeneficiamentoEste processo envolve as etapas de lavagem, inativação enzimática (para o cogumelo nãoescurecer) e cozimento. Geralmente, o produto é apresentado ao consumidor em forma deconserva. Em grandes mercados pode-se encontrá-lo in natura, sob refrigeração, comtempo de prateleira limitado a poucos dias.

SHIITAKE (LENTINUS EDODES)Shiitake significa cogumelo da madeira, em japonês. Para o cultivo no Brasil, é utilizado oeucalipto, cortado em troncos de um metro de comprimento com diâmetro de,aproximadamente, 10 cm. Com essas dimensões, o tronco pode produzir de cinco a seis safras.

Page 42: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

42

Depois de colhidos, os cogumelos devem ser mantidos em geladeira, de preferênciacongelados, ou em freezer. A durabilidade é de 15 dias na geladeira e de até seismeses congelado. Outra opção é a secagem do cogumelo, sendo comercializado comofungi seco.

Etapas de produção

1) Escolha da madeiraÉ aconselhável trabalhar com toras de eucalipto padronizadas (um metro de comprimento por10 cm de diâmetro), que facilitam o manejo. Deve-se dar preferência a árvores de cascagrossa, que retêm mais umidade e oferecem maior volume de matéria orgânica.

2) Exigência de corteEvite a destruição da casca. Mantenha as toras em repouso, em pé, durante dois a três dias,para que percam o excesso de água, que poderia facilitar a proliferação de fungosconcorrentes. Não permita a exposição direta da madeira ao sol. Após dez dias, no máximo,deverá ser feita a inoculação.

3) Preparo da toraOs furos para inoculação devem ter 2,5cm de profundidade, guardando uma distância de 10 a12cm entre eles. Em uma tora padrão cabem cerca de 40 a 50 furos. Para padronizá-los,deve ser usada uma furadeira com broca de 12mm de espessura, dotada de trava automática,para não ultrapassar a profundidade desejada.

4) InoculanteÉ o fungo multiplicado em serragem, em ambiente asséptico de laboratório. Um litro ésuficiente para inocular dez toras, que produzem seis vezes, em média, com uma colheitaaproximada de 400g de cogumelo cada uma, a cada frutificação. O inoculante pode serguardado até 30 dias em geladeira, devendo ser revolvido antes de ser utilizado.

5) Inoculação Todo o trabalho de inoculação deve ser feito à sombra. O material necessário é oinoculador (uma colher ou vareta); parafina industrial para vedação do orifício; fogareiro paraderreter a parafina; cavaletes que sirvam de suporte para as toras. A inoculação deve serevitada em dias chuvosos e de vento forte, quando há maior presença de fungos no ar.

6) ArmazenagemApós inoculadas, as toras são armazenadas em local sombreado, dispostas de forma a facilitara aeração. A umidade deve ser mantida em 80% a 90%. Esta etapa dura seis meses.

7) Choque térmicoApós seis meses, as toras são submetidas a um choque, quando submersas em água durante 11 a12 horas, de maneira a induzir a reprodução do fungo. É recomendável, ainda, que se dêemalguns golpes contra a madeira. Após o choque, as toras devem ser apoiadas

Page 43: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

43

perpendicularmente, uma a uma, ainda em local sombreado. As regas devem ser suspensas,mantendo-se o piso úmido.

8) Frutificação e colheitaOs cogumelos começam a surgir em três ou quatro dias. Concluída a primeira colheita, as torasdescansam por um mês, quando novamente são submetidas ao choque.

SHIMEJI (PLEUROTUS OSTREATUS)De origem japonesa, o shimeji é cultivado em potes plásticos, crescendo na serragem depinheiro. Seu período de crescimento, da semeadura à colheita, dura 30 dias, passando poroito etapas distintas.

No Japão, o shimeji é nativo. Os primeiros brotos aparecem na primavera, quando o solderrete lentamente a neve das regiões frias do centro e do norte do país.Antigamente, em regime de produção familiar, o shimeji era cultivado em toras demadeira, semelhante ao shiitake, em processo muito lento e caro. O melhoramento e aseleção genética viabilizou o cultivo em larga escala.

A semeadura e a colheita são feitas diariamente, de forma contínua, durante todo o ano. Osmaiores cuidados na produção são a higiene total das instalações e o uso de maquinário,para evitar o contato com as mãos.

Etapas de produção

1) Preparo do substrato - a serragem de pinheiro é colocada no misturador com água eaditivos, para formar o composto.

2) O composto é introduzido nos potes plásticos (resistentes a altas temperaturas).3) Os potes são fechados e levados a autoclave, onde permanecem por duas horas a 140o C

para esterilização.4) Retirados, são levados a uma câmara, por uma noite, até atingirem a temperatura de 24o

C, que é mantida.5) No dia seguinte, é feita a semeadura pela máquina própria.6) Os potes são transferidos para um galpão escuro, à temperatura ambiente, por 20

dias, para germinação.7) As tampas são retiradas e os potes são levados para a câmara frigorífica, onde o

desenvolvimento do fungo ocorre à temperatura de 7o a 10° C, no período de uma semanaa 10 dias.

8) São feitas a colheita e a embalagem.9) Parte do composto que resta nos potes é destinado ao replantio, produzindo novo

inóculo. O resto pode ser utilizado como adubo orgânico.

CHAMPIGNON DINAMARQUÊS (PLEUROTUS SSP)O champignon dinamarquês, também conhecido como Cogumelo Gigante, Caetetuba, Hiratake,Shiratake ou Pleurotus, é considerado mais saboroso que o comum.

Page 44: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

44

Embora tenha o mesmo formato do cogumelo comum, cresce mais, atingindo de 10cm a12cm de diâmetro. Escuro e mais rústico, de consistência dura, como a da maçã, é muitosaboroso cru, temperado com sal, azeite e limão, podendo ser usado, ainda, como ochampignon de Paris.

O champignon dinamarquês é menos exigente em termos de temperatura e umidade e seadapta bem em todas as regiões do País. O processo de produção é idêntico ao do champignonde Paris, exigindo menos controle, inclusive no composto. Com tecnologia baixa, o metroquadrado de composto pode render de cinco a seis quilos de cogumelos em 45 dias de colheita.

COGUMELO DO SOL (AGARICUS BLAZEI)Originário do Brasil, o Cogumelo do Sol começou a ser mencionado pela imprensa, a partirde 1996, com a divulgação dos elevados preços que o produto seco começou a atingir nosmercados nacional e internacional.

Apontado como medicinal, o Cogumelo do Sol é usado contra o câncer. No entanto, faltambases científicas que comprovem tal propriedade. No Brasil, ele não pode sercomercializado como medicamento, sendo a grande maioria da produção exportada, sobretudopara o Japão, que adquire o produto desidratado. Os produtores brasileiros, usualmente,comercializam o produto junto aos exportadores, que realizam a venda no exterior. Estamedida torna-se necessária, uma vez que os produtores, geralmente, não possuem volume deprodução compatível com a exportação.

Para os empreendedores que pretendem atuar na produção e comercialização de Agaricusblazei, é preciso ressaltar que a denominação "Cogumelo do Sol", empregada usualmentena identificação da espécie, encontra-se registrada junto ao INPI - Instituto Nacional dePropriedade Industrial como marca.

Portanto, para utilização da denominação, deve ser solicitada autorização junto à empresadetentora da patente sobre a marca. Para mais informações a este respeito, sugerimos aoempreendedor que procure o INPI.

Neste trabalho, por motivos didáticos, a expressão "cogumelo do sol" é empregada paradesignar o cogumelo Agaricus blazei de forma genérica, não sendo referência a qualquermarca específica.

Voltando aos aspectos referentes a comercialização de cogumelo do sol, sugere-se que, demodo a evitar a intermediação dos exportadores, o produtor de cogumelos associe-se acooperativas, para facilitar a comercialização de seus produtos no exterior.

Este cogumelo pode ser cultivado diretamente no solo, preferindo temperaturas mais elevadase alta umidade. Em São Paulo, os maiores rendimentos estão sendo obtidos em estufascom nebulizadores, que promovem rápido desenvolvimento.

Page 45: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

45

Há opção de cultivo em canteiros suspensos ou mesmo em sacos plásticos, semelhante aochampignon.

O cultivo comercial do cogumelo do sol é bastante recente e, portanto, as técnicas deprodução ainda não estão bem definidas. A produtividade obtida nos cultivos tem variadomuito, com alguns produtores conseguindo bons resultados e um produto de boa qualidadefinal.

As varáveis ligadas ao ambiente e ao próprio fungo são responsáveis pela grandevariação de produtividade observada nos cultivos comerciais. O tipo de substrato, a camada decobertura e as características genéticas das várias linhagens do fungo são citadas comoprincipais fatores desta variabilidade e estão em estudos. Torna-se, portanto, impossível aestimativa dos níveis de produção e produtividade no cultivo deste cogumelo.

Alguns técnicos, entretanto, consideram razoável o índice de produtividade de 10%, ouseja, 100kg de substrato fresco produziriam 10kg de cogumelos in natura, o que equivaleriaa cerca de um quilo de cogumelos desidratados.

Etapas de produção

1) Preparo da matéria-prima (compostagem)A compostagem é um processo biológico controlado da transformação de resíduosorgânicos pela degradação de nutrientes energéticos, levando a elaboração do húmus.

O processo se inicia com a seleção dos resíduos a serem utilizados, disponíveis napropriedade ou proximidades: palha de capins, bagaço de cana, etc., misturados a esterco deeqüinos ou de aves.

A mistura de resíduos é controlada por um fator chamado relação carbono/nitrogênio(C/N) damistura. Este fator indica a proporção de átomos de carbono em relação a de nitrogênio. Amistura ideal deverá ter um fator C/N de 30:1, no máximo. Caso a quantidade de carbono sejasuperior, será necessário adubar com nitrogênio os resíduos, para que o processo decompostagem se realize. Este fator demonstra a necessidade dos microrganismos pornitrogênio, para decompor a matéria orgânica e transformá-la em húmus. Com a relaçãocarbono: nitrogênio em 30:1, o processo de compostagem demorará de 20 a 25 dias para secompletar.

O material para compostagem é empilhado em leiras, montes e revirado, periodicamente,durante o tempo de 22 dias, o que promove a aeração necessária à respiração dosmicrorganismos. Além do oxigênio, é necessário que a umidade da leira seja mantida emtorno de 70%. Quando bem conduzido, o processo gera temperaturas entre 75o e 80° C nocentro da leira. Essas temperaturas são suficientes para eliminar a maioria dos parasitaspatogênicos oriundos do esterco, além de larvas de insetos e nematóides.

2) Pasteurização

Page 46: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

46

Para garantir a homogeneidade da temperatura e também a eliminação de fungoscompetidores, realiza-se a pasteurização. Ela consiste em manter um recinto hermeticamentefechado, com ventilação forçada (túnel de pasteurização) e temperaturas de 60o a 62° C,por seis a oito horas.

A seguir, o composto é submetido a uma faixa de 50° C durante vários dias, período emque se incubam os actinomicetos, microrganismos necessários, responsáveis diretos pelanutrição do micélio, que será inoculado no final desta fase, cuja duração é de dez dias.

Dada a dificuldade de produção do composto com as características necessárias aodesenvolvimento do cogumelo do sol, recomenda-se ao empreendedor em início de negócioadquirir o composto pronto de produtores especializados. As sementes, isto é, os grãos detrigo inoculados com o fungo também podem ser adquiridos de terceiros, já que suaprodução exige elevado rigor técnico e laboratório especialmente preparado para odesenvolvimento das sementes.

3) Semeadura e incubaçãoA inoculação do cogumelo do sol é a fase de semeadura. Em meio ao composto,devidamente preparado, é misturado o inoculante do cogumelo do sol, comercializado emsacos plásticos ou potes de vidro ou plástico. A inoculação é feita manualmente, misturando oinoculante homogeneamente ao composto. Recomenda-se utilizar 100kg a 200kg deinoculante para cada dez toneladas de composto.

A fase de incubação ou colonização deve ocorrer sob temperatura de 24o a 26° C, na câmarade cultivo . Os sacos plásticos deverão estar fechados, evitando perda excessiva de umidade,que deve ser mantida em 80% a 90%. Nesta fase, há o risco da ação dos fungos competidores,caso não haja rigor no controle da compostagem e da pasteurização. A incubação leva cercade 20 a 25 dias, dependendo das condições, tempo necessário para que o fungo colonize todo ocomposto, e termina quando é verificado que ¾ da superfície está tomada pelo micélio, umatênue teia branca sobre a superfície do composto.

A presença de fungos competidores pode ser percebida nesta fase, o que indica que o compostonão foi adequadamente pasteurizado.

4) CoberturaA seguir, é feita uma cobertura com uma camada de terra pasteurizada e/ou outros materiaissobre o composto, de pH ao redor da neutralidade e de alta capacidade de retenção de água (porexemplo, húmus, turfa). Sua função é induzir a frutificação do cogumelo, ou seja, simular omomento de reprodução - o cogumelo é a forma sexuada do fungo, enquanto o micélio é aforma vegetativa, assexuada.

5) Câmaras de cultivoOs sacos plásticos cobertos de terra são finalmente transportados para as câmaras de cultivo,que são salas preferencialmente em alvenaria e com piso, nas quais a umidade relativa ésuperior a 90%, a ventilação é contínua e o composto está disposto em prateleiras.

Page 47: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

47

A temperatura e a umidade controladas nas câmaras permitem que o cogumelo seja cultivadoao longo de todo o ano. Em relação à estrutura de produção, é fato que as camas - prateleirasonde o composto inoculado é disposto - proporcionam uma produção superior a verificadaem sacos. Mas, o risco de contaminação nas camas é superior ao dos sacos.

O cultivo desprotegido, direto no solo, é outra opção ao produtor. O inóculo é dispostoem canteiros feitos no solo e a céu aberto.

O solo deve ser previamente preparado para receber o inóculo. O local deve ser limpo, sendoretirada toda a vegetação. A terra de cobertura deverá sofrer correção do pH e pasteurização.

Terra de subsolo normalmente dispensa a pasteurização.

Alguns dias após, nota-se a formação dos primeiros grãos originários do micélio. Estedesenvolve-se rapidamente, proporcionando colheitas diárias, durante um período não inferiora 30 dias, até que o composto tenha esgotado sua capacidade nutricional.

6) ColheitaA colheita deve acontecer antes do cogumelo "abrir o chapéu", já que a concentração denutrientes nesta fase é maior que aquela verificada quando o cogumelo encontra-se totalmenteaberto.

7) BeneficiamentoEste processo envolve as etapas de pré-lavagem, lavagem, escovação, seleção, corte,secagem e embalagem. O processo de beneficiamento do cogumelo deve ser realizado coma utilização de luvas, de modo a evitar a contaminação, inclusive durante a colheita. Emrelação a secagem, um produto com 5% de umidade pode ser conservado por até um ano.

As etapas de colheita e beneficiamento demandam um elevado volume de mão-de-obra por umcurto espaço de tempo. De modo a suprir tal necessidade, o empreendedor pode optar porcontratar mão-de-obra temporária para a realização de tais atividades, tendo o cuidado detreinar os trabalhadores no manuseio do cogumelo, que é extremamente delicado.

Classificação do cogumelo do solNão existe um sistema rígido de classificação do cogumelo do sol, segundo sua qualidade.Contudo, em contato com produtores, foram verificadas as seguintes características gerais decada categoria do produto:

Tipo A - cogumelos secos acima de 5cm de tamanho e coloração amarelo palha;Tipo B - cogumelos entre 3cm e 5 cm e com coloração amarelo dourada;Tipo C - cogumelos abaixo de 3cm, escuros, píleo (chapéu) entreaberto e quebrados.

O produto Tipo A apresenta maior valor de mercado, sendo o menor valor verificado para oscogumelos Tipo C.

Page 48: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

48

ASPECTOS GERENCIAIS

Antes de investir na produção de cogumelos, o empreendedor deve identificar o potencial e operfil do mercado consumidor que pretende atender. Para tanto, é recomendada a realizaçãode uma pesquisa de mercado e de uma análise cuidadosa do mercado e dos concorrentes.

A produção de cogumelos, sobretudo de certas espécies como o cogumelo do sol, évoltada, principalmente, para exportação. Assim, o empreendedor deve analisar acompetitividade de seus produtos no mercado externo, levando em consideração preço,qualidade e volume oferecidos.

Os mercados externos são, usualmente, muito exigentes quanto à qualidade dos produtos. Parafacilitar a comercialização dos produtos no exterior, o produtor deve se esforçar para obterprodutos de elevada qualidade e padronização, comprovadas através de certificados dequalidade reconhecidos internacionalmente como os ISO.

Além disso, o empreendedor deve buscar meios de distribuição de seus produtos no exterior,que sejam adequados às características de seu negócios. Caso sua produção individual nãoapresente um volume compatível com a exportação, recomenda-se a associação com outrosprodutores em cooperativas ou a aquisição da produção de terceiros.

Page 49: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

49

Pergunta EspecíficaÉ possível empregar a denominação Cogumelo do Sol na comercialização de Agaricusblazei?

Resposta - A denominação "Cogumelo do Sol" é marca registrada. Logo, sua utilização porterceiros depende de autorização da empresa detentora dos direitos sobre a marca.

Page 50: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

50

Finanças

Para se administrar uma empresa, além dos conhecimentos do ramo e de uma boa política decomercialização, é absolutamente necessário controlar a movimentação dos recursosfinanceiros. O capital é o sangue que move o organismo empresarial e, como tal, deve ser bemcuidado e constantemente monitorado. São duas as perguntas que, geralmente, o empreendedorse faz: “Qual é o capital necessário para abrir o empreendimento?” e “Como será o desempenhoda empresa?”.

Muitos podem entender que todo o trabalho deve ser feito pelo contador, mas não é bem assim.A função financeira é muito diferente da função contábil, embora exista uma estreita relaçãoentre elas, já que as informações utilizadas são as mesmas. A função financeira tem comofinalidade a tomada de decisões, e a função contábil, o registro das informações acerca da vidafinanceira da empresa. Nas pequenas empresas, a função financeira normalmente está nas mãosdos donos, e a função contábil fica a cargo de um profissional da área. Quando a empresacresce, torna-se necessário que este trabalho seja delegado, surgindo, assim, o responsável pelaexecução dos controles financeiros.

E o que são, afinal, os controles financeiros? São controles que permitem ao empreendedorconhecer e acompanhar a movimentação financeira e tomar as decisões necessárias aoempreendimento, no momento certo.

Quais são esses controles financeiros? São os controles de caixa e bancos, que trazem a posiçãoimediata dos recursos da empresa; os controles de contas a pagar e a receber, que permitemantever os compromissos a pagar e os direitos a receber. Da união desses controles temos oFluxo de Caixa, a ferramenta de previsão cada vez mais indispensável na condução dosnegócios e na gerência eficaz dos recursos financeiros da empresa.

Os conceitos financeiros

O primeiro passo da administração de uma empresa é entender os conceitos financeiros, já que asobrevivência do negócio, muitas vezes, depende do grau de eficiência de sua gerência. Se nãosoubermos, por exemplo, calcular corretamente o preço de venda, poderemos ter:- Baixa competitividade: quando o preço está acima do praticado no mercado, a empresa não

vende e, dessa forma, não sobrevive;- Prejuízo: quando a empresa adota um preço que não cobre seus custos operacionais, ela

vende muito, mas não consegue pagar seus compromissos.

Em ambos os casos o resultado é o fechamento do negócio. Então vamos conhecer algunsconceitos, começando com aqueles necessários no momento de se iniciar um empreendimento.

Quando estamos constituindo um negócio, necessitamos, obrigatoriamente, de capitais para talobjetivo. Na realidade, qualquer empreendimento, seja comercial, industrial ou de prestação deserviços, nada mais é do que a obtenção de recurso para ser aplicado, visando um resultado.Nesse momento, é necessário responder a algumas perguntas, tais como:

Page 51: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

51

- Para iniciar o negócio, quanto de dinheiro será necessário?- Quanto será preciso para manter a empresa funcionando, nos primeiros meses de vida?- Durante quanto tempo será possível prover investimentos e capital de giro com recursos

próprios?- Quando será necessário recorrer a empréstimo e quanto solicitar?- A quem recorrer e em que condições?- Em quanto tempo e como será possível pagar o empréstimo?

Para responder a essas perguntas precisamos conhecer os conceitos fundamentais, desde acriação da empresa até uma análise mais crítica de gestão e desempenho. O conhecimentodesses conceitos poderá auxiliar bastante na gestão do empreendimento.

O primeiro conceito que vamos conhecer é Investimento.

O termo investimento pode ser entendido de maneiras diferentes. Normalmente, entendemoscomo investimento os gastos com compra de matérias-primas, imobilizações de caráterpermanente ou não, aplicações financeiras, etc. Então, podemos dizer que investimento sãotodas as necessidades para se iniciar um empreendimento. A definição do valor do investimentolevará em conta vários aspectos, que incidem diretamente sobre a atividade. O investimento écomposto de:

- Investimento fixoSão todos os bens duráveis (máquinas, equipamentos, linhas de telefone, móveis e utensílios,imóveis, luvas para aquisição do ponto, licenças para franquias, ferramentas, instalações,veículos, etc.) com seus respectivos custos de aquisição, necessários à montagem do negócio.Estão condicionados ao padrão do negócio que se quer abrir e também à disponibilidade docapital para se investir.

- Investimentos pré-operacionaisSão todos os gastos feitos antes de se iniciar operacionalmente o empreendimento. Podem sergastos com projetos arquitetônicos de decoração, iluminação, viabilidade financeira, pesquisade mercado, etc; despesas com a organização da empresa (taxa de registros, livros fiscais,contratos, formulários).

- Capital de giroSão os recursos necessários para fazer frente a todas as despesas geradas pela atividadeprodutiva da empresa (compras, vendas a prazo, giro de estoques, pagamentos de salários,impostos e todos os demais custos e despesas), até que a empresa comece a receber dos clientes.É fundamental que o capital de giro exista e seja bem definido, pois sua falta pode levar oempreendimento ao insucesso.

Apresentamos, a seguir, algumas recomendações importantes para o sucesso de umempreendimento.

Page 52: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

52

1º) O empreendedor não deve imobilizar (empregar todo o capital na montagem do negócio) ese esquecer:- da manutenção do estoque;- do financiamento de clientes;- do pagamento de despesas pré-operacionais.

A falta de capital pode levar o empreendedor a recorrer a empréstimos, geralmente comelevadas taxas de juros, comprometendo o futuro do negócio.

2º) Para evitar que todo o capital fique imobilizado, o empreendedor poderá adquirir uma partedo ativo fixo (maquinário, equipamentos, utensílios, imóveis, etc. necessários para a montagemdo negócio) e tomar atitudes como:- alugar terrenos e construções;- terceirizar transporte;- terceirizar parte da produção;- alugar ou fazer leasing dos equipamentos.

3º) Analisar a viabilidade de aquisição de equipamentos e/ou maquinário usados.

4º) Estudar a possibilidade de financiar maquinário com recursos de longo prazo, por exemplo,operações tipo FINAME.

5º) Ter uma reserva técnica, correspondente a 10% ou mais dos demais custos, que poderá serutilizado para cobrir despesas eventuais e imprevistas.

DEMONSTRATIVO DE INVESTIMENTO INICIAL (exemplo)ITEM DISCRIMINAÇÃO VALOR %1 INVESTIMENTO INICIAL2 CAPITAL DE GIRO2.1 Estoque Inicial2.2 Despesas Fixas2.3 Mão-de-obra3 SOMA (2.1+2.2+2.3)4 DIVERSOS4.1 Registro/Regularização4.2 Divulgação e Marketing5 SOMA (4.1+4.2)6 SUBTOTAL (1+3+5)7 RESERVA TÉCNICA (10%)8 TOTAL (6+7)

Agora que já entendemos o que é investimento, passaremos aos outros conceitos necessáriospara a criação da empresa e também para a análise do seu dia a dia.

Gastos

Page 53: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

53

É o comprometimento financeiro realizado pela empresa na obtenção de produtos ou serviços,representado por entrega imediata (compra à vista) ou promessa de entrega de recursosfinanceiros (compra a prazo) em troca daquele produto ou serviço. Exemplo: gasto com acompra de mercadorias, gastos com salários, etc.

DesembolsoÉ o pagamento resultante da aquisição de bens e serviços. É a “efetivação do gasto”. Podeocorrer antes, durante ou depois da aquisição do bem ou serviço. Exemplo: pagamento decompra de matéria-prima, à vista ou a prazo.

CustosSão todos os gastos realizados efetivamente na produção de um bem ou serviço e que serãoincorporados posteriormente no preço de venda. Exemplo: as matérias-primas são um gasto naaquisição, um investimento no estoque e um custo na produção.

DespesasSão os gastos que se destinam à comercialização dos produtos e serviços e à administração geralda empresa, isto é, referem-se às atividades não produtivas da empresa, mas necessárias para amanutenção de seu funcionamento. São também incorporados no preço de venda. Exemplo:comissão sobre vendas, honorários contábeis, etc.

Como podemos ver, os termos acima têm semelhanças, mas representam conceitos diferentes nagestão de uma empresa. Saber disso é importante para o empreendedor, principalmente adiferenciação entre custos e despesas, pois os custos são incorporados aos produtos, ao passoque as despesas reduzem o lucro.

Passaremos agora os conceitos ligados aos custos da empresa.

Conceitos de custeamento de produtos e serviços

Como já vimos, os custos são gastos relativos a bens e serviços utilizados na produção de outrosbens e serviços. Dessa forma, seus valores são incorporados aos novos bens e serviços. Comoexemplos de custos temos: a matéria-prima, a mão-de-obra utilizada na produção, a energiaelétrica, as máquinas e equipamentos, etc. Vamos definir alguns deles.

- Custos com matéria-primaO custo com matéria-prima representa tudo aquilo que é gasto para produzir um determinadoproduto ou serviço, no que diz respeito a materiais. No caso de uma empresa comercial elerepresenta o custo com as mercadorias para revenda.

- Custos com mão-de-obraSão os custos diretamente relacionados com o trabalho humano em atividades de transformaçãodo produto / serviço. Ou seja, representam o salário dos operários, acrescidos dos encargossociais (FGTS, INSS, 13º salário, férias, etc.) e demais benefícios (assistência médica, cesta

Page 54: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

54

básica, vale-refeição, entre outros). Os funcionários não envolvidos diretamente com a produçãocompõem a mão-de-obra indireta.

Alguns desses custos aumentam em proporção direta com a produção ou a comercialização.Por isso, são chamados de Custos Variáveis. A matéria-prima ou mercadoria é o melhorexemplo desse tipo de custo. Por conseqüência podemos dizer que os custos que não aumentamem proporção direta com a produção ou comercialização são chamados de Custos Fixos e seumelhor exemplo é o aluguel do galpão de produção.

Você poderá ainda, nos seus estudos e pesquisas, se deparar com os conceitos de Custosdiretos e Custos indiretos.

- Custos diretos são aqueles que estão diretamente vinculados aos produtos/serviços. Essescustos surgem com os produtos/serviços e não existem sem eles. Matérias-primas, mercadoriaspara revenda são exemplos.

- Custos indiretos são aqueles que não podem ser facilmente vinculados aos produtos, mas sãovinculados ao seu conjunto e/ou à empresa. Para serem atribuídos aos produtos e serviços essescustos têm que ser rateados, ou seja, divididos entre os produtos e serviços concluídos noperíodo em que os custos foram levantados. Um exemplo desse tipo de custo é o salário dosupervisor de produção.

Porém, como já vimos anteriormente, não só os custos acontecem. Temos ainda as despesas.Então, vejamos alguns conceitos e exemplos de despesas.

Conceitos de despesas

As despesas são diferenciadas dos custos pelo fato de estarem relacionadas com a administraçãogeral da empresa e a comercialização dos produtos e serviços, ao passo que os custos estãoligados à produção.

- Despesas de comercializaçãoSão os gastos relacionados com as vendas da empresa. As despesas de comercialização variamconforme o número de clientes ou volume de vendas. Normalmente, são os impostos, ascontribuições e as comissões de vendedores.. ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (varia por produto e Estado);. ISSQN: Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza;. COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social;. PIS: Programa de Integração Social;. IR: Imposto de Renda;. CS: Contribuição Social;. CPMF: Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira;. Comissões: Comissão de vendedores e encargos financeiros.

- Despesas fixas

Page 55: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

55

São todos os gastos que a empresa terá com a manutenção de suas operações, não relacionadosa qualquer produto ou serviço. Como exemplos podemos citar:. Água, luz e telefone;. Correios e telégrafos;. Material de escritório;. Material de limpeza;. Manutenção de máquinas, aparelhos e veículos;. IPTU e IPVA;. Aluguéis e taxas de condomínio;. Seguros;. Vale-transporte;. Despesas com leasing;. Depreciações;. Despesas administrativas (salário do pessoal administrativo, honorários de diretores, encargossociais);. Despesas de publicidade e propaganda;. Salário fixo de vendedores acrescidos de encargos sociais;. Honorários de terceiros;. Taxas de funcionamento;. Despesas financeiras, juros bancários e IOF;. Outras despesas.

Dentre todas as despesas fixas, a única que iremos conceituar em separado, por ser normalmentea menos conhecida, será a depreciação.

Depreciação é o desgaste natural sofrido por um bem (máquinas, equipamentos, móveis,utensílios, veículos, etc.), durante sua vida útil, pela ação do tempo ou do uso. As taxas dedepreciação e o tempo de vida útil dos bens são determinados pela legislação do Imposto deRenda, cujos critérios, obrigatoriamente, devem ser considerados pela contabilidade fiscal. Adepreciação serve para fazer retornar tudo aquilo que foi investido no empreendimento, já quedeve fazer parte do custo dos produtos e serviços.

Agora podemos pensar em conferir o resultado da empresa e verificar se teremos realmentelucro com nossas operações. Para isso, iremos conhecer os conceitos ligados ao resultado dasoperações do empreendimento.

Conceitos de resultado

Para se avaliar o desempenho da empresa é necessário ter as informações e separá-las demaneira que seja obtida uma visão clara e definida do empreendimento. Para isso, vamos definiralguns conceitos.

- Receita operacionalÉ o faturamento total da empresa com as vendas dos produtos / serviços por ela fabricados ourealizados. Representa o resultado da operação de multiplicação da quantidade de produtos

Page 56: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

56

vendidos pelo seu preço de venda. O preço de venda é o valor encontrado pelo empreendedor,que cobre todos os custos e despesas, deixando ainda uma parcela de lucro e sendo aceito pelomercado.

- LucroÉ a remuneração do capital investido pelo empreendedor no negócio. É representadomatematicamente pelo resultado da operação - receita menos custos e despesas.

- Margem de contribuiçãoRepresenta o quanto sobra das vendas depois de retirados os custos e as despesas variáveis. Amargem de contribuição tem que ser o suficiente para pagar todas as despesas fixas e o lucro.

- Prazo de retornoÉ o tempo necessário para se recuperar todo o capital investido no empreendimento. Seu cálculopode ser feito através da fórmula:

Investimento Prazo de retorno = --------------------------- Lucro mensal

- Ponto de EquilíbrioÉ o momento em que a empresa não tem lucro nem prejuízo. O faturamento realizado conseguecobrir todos os custos e despesas, não sobrando mais nada. O cálculo do ponto de equilíbrio émuito importante para se ter uma noção real da viabilidade do empreendimento. Seu cálculo emunidades pode ser feito através da fórmula:

Despesas e Custos FixosPE (unid.) = ----------------------------------------------------------- Preço de Venda – Custo e Despesas Variáveis

Page 57: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

57

Endereços Úteis

FAEMGAv. Carandaí, 1115 - Funcionários30130-915 - Belo Horizonte - MGTel.: (31) 3074-3054 (4º andar - Biblioteca)Fax (geral): (31) 3074-3030www.faemg.org.br - e-mail: [email protected]

EMATER/MG - EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DOESTADO DE MINAS GERAISAv. Raja Gabáglia, 1626 / Sala 106 - Luxemburgo30350-540 - Belo Horizonte - MGTel:(31) 3349-8320 - Fax: (31) 3296-4990www.emater.mg.gov.br

EPAMIG - EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE MINASGERAISAv. José Cândido da Silveira, 1647 - Cidade Nova31170-000 - Belo Horizonte - MGTelefax:(31) 3488-6281www.epamig.br - e-mail: [email protected]

UFV - UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSAAv. P.H. Rolfs, s/nº Campus UFV36570-000 - Viçosa - MGTelefax: (31) 3899 - 2328Tel: (31) 3899-2530 Fax: (31) 3899-2531www.ufv.br - e-mail: [email protected]

DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA DA UFVProf.ª Maria Catarina Megume KasuyaTel.: (31)3899-2967 / (31) 3899-2970Fax: (31) 3899-2573

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIAProf. Eustáquio Souza Dias - e-mail: [email protected] Universitário - Cx. Postal 3037 - 37200-000 - Lavras - MGTelefax: (35) 3829-1301/3829-1358Oferece curso de fabricação de semente de cogumelo.

AGROINDUSTRIAL FUNGHI LTDAPRODUTORA E INDÚSTRIA PROCESSADORABR 376, KM 34 Cx. Postal: 41 - Ag. Centro83015-970 - São José dos Pinhais - PR

Page 58: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

58

Telefax: (41)634-1224www.funghi.com.br - e-mail: [email protected]

APAN - ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE AGRICULTURA NATURALRua Tibiriçá, 755 - Brooklin Paulista04622-011 - São Paulo - SPTelefax.: (11) 5542-6034www.apan.org.br - e-mail: [email protected]

ESALQ - ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZDEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIAAv. Pádua Dias, 11 - Cx. Postal: 0913418-900 - Piracicaba - SPTel:(19)3429-4124Fax:(19)3434-4839www.esalq.usp.br

CATI/SP - COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRALAv. Brasil, 2340 - Jardim Chapadão13073-178 - Campinas - SPTel: (19) 3743-3700Fax: (19) 3743-3705www.cati.sp.gov.brDIVISÃO AGRÍCOLA DE SOROCABA - CATI / SAARua Gustavo Teixeira, 41218040-430 - Sorocaba - SP

SMA - INSTITUTO DE BOTÂNICASEÇÃO DE MICOLOGIA E LIQUINOLOGIAAv. Miguel Stéfano, 3687 - Água Funda - Cx. Postal: 400504301-012 - São Paulo - SPTel:(11)5073-6300Fax:(11)5577-3678www.ibot.sp.gov.br

IPT - INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICAAv. Prof. Almeida Prado,533 - Cidade Universitária Butantã05508-901 - São Paulo - SPTel: (11) 3767-4000Fax: (11) 3767-4402Atendimento ao cliente: (11) 3767-4126 ou (11) 3767-4456www.ipt.bre-mail: [email protected]

INPI - INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIALPraça Mauá, 0720081-240 - Rio de Janeiro - RJ

Page 59: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

59

Tel.: (21) 2206-3000 - Fax: (21) 2233-5077www.inpi.gov.br

NUTRICOOP - COOPERATIVA DOS PRODUTORES ARTESANAIS DO SETOR DEALIMENTAÇÃO DE BELO HORIZONTE LTDA.Rua Grão Mogol, 333 sala 40 - Mix Shopping - Sion30310-010 - Belo Horizonte - MGTel: (31) 3221-8860Fax: (31) 3221-8860Horário de Atendimento: 9:00 às 17:30e-mail: [email protected]: www.nutricoop.com.br

COOPIFOR - COOPERATIVA DOS INSTRUTORES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EPROMOÇÃO RURALAv. Afonso Pena, 952 sl 430 - Centro30130-003 - Belo Horizonte - MGTel: (31) 3271 8584Fax: (31) 3271-8584e-mail: [email protected]

APROCONOVA - ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE COGUMELOS DO NORTEDE MINAS E VALE DO JEQUITINHONHACaixa Postal:34139400-970 - Montes Claros - MGTel: (38) 3212-6675* Tem como objetivo principal o cultivo de cogumelos comestíveis e medicinais e adivulgação dos mesmos na região da sua brangência e, também, a capacitação dos seusassociados para a produção com boa qualidade.www.aproconova.com.bre-mail: [email protected]

OCEMG - SINDICATO E ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO ESTADO DEMINAS GERAISAv. do Contorno, 5005 - Serra30110-100 - Belo Horizonte - MGTel: (31) 3284-5888Fax: (31) 3227-7972e-mail: [email protected]: www.ocemg.org.br*obs: outros telefones para contato do Setor de Atendimento:(31) 3284-5885(31) 3284-5895

Page 60: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

60

Sugestões para Leitura

CULTIVO DE COGUMELOS COMESTÍVEISAutora: Vera Lúcia BononiAno: 1999 - 2a Edição – 206 páginasEditora: ÍCONERua Lopes de Oliveira, 138 - Barra Funda01152-010 - São Paulo - SPTel: (11)3666-3095www.iconelivraria.com.br

Representante em MG:FRATERR. Teixeira de magalhães,33 floresta.30150 -000 - Belo Horizonte - MGTel: (31) 3226 4392

COGUMELOS: GUIA PRÁTICOAutora: Rebeca KingsleyAno: 1999 - 1a Edição - 64 páginasEditora: NOBELRua Pedroso Alvarenga, 1046 - 9ºAndar - Itaim Bibi04531-004 - São Paulo - SPTel.: (11) 3706-1466 - Fax:(11) 3071-2564www.editora.nobel.com.br

COGUMELOS - CULTIVO E COMERCIALIZAÇÃO SHIITAKE E COGUMELO DOSOLColeção Agroindústria - SEBRAE - MT - Cuiabá – 1998 – 79 páginas – R$ 10,00

Para adquirir esta publicação, deve ser efetuado o depósito na conta corrente doSEBRAE/MT. Em seguida, encaminhe um fax do comprovante de depósito, contendo seusdados completos: nome, endereço, CEP, telefone, CPF e o nome do livro a ser adquirido. Apublicação também pode ser adquirida através de cheque nominal ao Sebrae. Banco do BrasilAgência: 0046-9 - Nº da Conta Corrente: 119.078-4 - Nº Fax: (65) 644-18999.

Page 61: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

61

Sugestões de Vídeo

Título: CULTIVO DE COGUMELOS SHIITAKEDuração: 63 minutosProdutora: CPTAcompanha ManualTrata da técnica simples, de baixo custo e alta rentabilidade. Semente, escolha da madeira einstalações adequadas; manejo, processamento e comercialização.

Título: CULTIVO DE COGUMELO CHAMPIGNONDuração: 62 minutosProdutora: CPTAcompanha ManualMostra todas as etapas do cogumelo mais consumido na Brasil: produção de semente,manejo em instalações rústicas e climatizadas, processamento na propriedade ecomercialização.

Título: CULTIVO DO COGUMELO MEDICINAL AGARICUS BLAZEI (MURRILL)Duração: 68 minutosProdutora: CPTAcompanha ManualApresenta os seguintes assuntos: origem e biologia, produção de sementes, produção docomposto, inoculação e incubação, cultivo desprotegido, cultivo em estufa, processamento ecomercialização.

As fitas acima podem ser adquiridas no:CPT - CENTRO DE PRODUÇÕES TÉCNICASRua José de Almeida Ramos, 37 - Cx. Postal: 01CEP 36570-000 - Viçosa – MGTel.: (31) 3899-7000 Fax: (31) 3899-7091www.cpt.com.br

Título: COGUMELO CHAMPIGNONProdutora: AgrovídeoApresenta os seguintes assuntos: compostagem, inoculação do composto, cobertura docomposto, tratos culturais, colheita e industrialização.

Título: COGUMELO DO SOLProdutora: AgrovídeoMostra o cultivo do cogumelo (em estufas e a campo), plantio, terra de cobertura, tratosculturais, colheita, toalete, desidratação, comercialização e preparo do chá.

Título: COGUMELOS COMESTÍVEISProdutora: Agrovídeo

Page 62: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

62

Traz informações sobre o cultivo de shiitake e do cogumelo shimeji.

Título: COGUMELO SHIITAKEProdutora: AgrovídeoTrata dos seguintes assuntos: semeadura, empilhamento, choque térmico, colheita, secagem,embalagem e comercialização.

Título: COGUMELO PLEUROTUSProdutora: AgrovídeoApresenta informações sobre cogumelos comestíveis, preparo do composto, semeadura,colonização, colheita, dicas de produção e higiene.

As fitas produzidas pela Agrovídeo podem ser adquiridas junto à:VPEL LTDARua Castro Alves, 36280240-270 - Curitiba – PRTelefax: (41) 343-4555www.agrovideo.com.br

Page 63: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

63

Cursos e Eventos1

TÉCNICAS DE CULTIVO DO COGUMELO DO SOLNATUFUNGHI AGROCOMERCIAL LTDACarlos Henrique SilvaProdução de composto orgânico inoculado para plantio de Cogumelo Agaricus Blazei.Escritório:Av. Cristiano Machado, 747 - Cidade NovA31140-660 Belo HorizonteTel.: (31) 3425 5303

FAZENDA BURITI DA CACHOEIRARod. BR 135, Km 7Curvelo - MGTel.: (31) 9958-6558www.natufunghi.com.bre-mail: [email protected]

FAZENDA DO ENGENHOFazenda:Rod. MG 040, Km 4735460-000 - Brumadinho - MG

Escritório:Antônio Henrique Nogueira,43Contagem - MGTel.: (31) 9971-1395 / (31) 3362-0686Fax.: (31) [email protected]

CETEC - Fundação Centro Tecnológico de Minas GeraisSetor de Biotecnologia e Tecnologia Química – SDBAv. José Cândido da Silveira, 2000 - Horto31170-000 - Belo Horizonte - MGTelefones: (31) 3489 2121 ou 3489 2294www.cetec.bre-mail: [email protected]* Curso sobre cultivo de cogumelo:Módulo I - Técnicas de cultivo, mercado e exportação do cogumelo medicinal Agaricus blazeiMurrill – O “cogumelo do sol”Módulo II - Técnicas avançadas de cultivo tradicional e orgânico, boas práticas deprocessamento e rotulagem do cogumelo medicinal Agaricus blazei Murrill – “cogumelo dosol” 1 O interessado deverá entrar em contato com as instituições, a fim de a confirmar as datas e os valores dos cursos.

Page 64: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

64

Módulo III - Técnicas para produção de “semente” do cogumelo medicinal Agaricus blazeiMurrill – O “cogumelo do sol”Módulo IV - Técnicas de produção do composto para o cultivo do cogumelo medicinalAgaricus blazei Murrill – O “cogumelo do sol”

ACI AGRO INDÚSTRIARua D.Noemia 132 Bairro Padre Eustáquio - Cep 30.730-110Belo Horizonte - MGTel. : (31)3081-3213 FAX:(31) 3412-9715SITIO VALE VERDEmunicipio de Pará de MinasSite : www.aciagroindustrias.com.brOferece curso para iniciante do cultivo de cogumelo, e o aluno tem o acesso as empresascompradoras e cooperativas.

AGRO EMPREENDIMENTOS PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDARua Ivarte Maria Mota, 173 Bairro São João Batista31.515-470 Belo Horizonte - MGe-mail : [email protected] o curso para produção de cogumelo; e oferece também o composto a semente para aprodução de cogumelo, montagem de estufa , suporte técnico.

CASTILHO DRUMOND AGRO INDÚSTRIA LTDARua Brasília, 295 Bairro CachoeiraSão José da Lapa - MG Cep 33.350-000Telefax : (31) 3623-7304e-mail : [email protected] : www.ciwabrasil.comOferece curso de cogumelo do sol (agarius ).Assistência Física e Técnica e online, orçamento da construção de estufa.CNPJ: 06.333.265/0001-98

Page 65: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

65

Fontes Consultadas

SEBRAE-MG. Pesquisa de mercado: noções básicas para tomada de decisão. Belo Horizonte:SEBRAE-MG, 1999.

SEBRAE-NA. Pesquisa: O que é e para que serve. Brasília: SEBRAE-NA, 1994.

SEBRAE-MG. Pequenos negócios – Treinamento Gerencial Básico Rural. Belo Horizonte1994.

SILVA, Carlos Henrique.Como Produzir e Comercializar Cogumelos.Palestra realizada no 10ºSalão de Oportunidades, oferecida pelo Sebrae-MG, Belo Horizonte, 2003.

PASCHOLATI, Sérgio Florentino. Cogumelos: cultivo e comercialização (Shitake e Cogumelodo Sol). Cuiabá: Sebrae MT, 1998. 85p.

FAEMG - FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE MINASGERAIS. Disponível em: <http://www.faemg.org.br>. Acesso em: 06 fev. 2006.

TRUFEM, Sandra F. Botelho; BONONI, Vera Lúcia Ramos. Cogumelos Comestíveis. SãoPaulo: Ed. Icone, 1985. 3p.

COMO Cultivar Cogumelos. São Paulo: CWV Vídeo Produções, 1995. Uma fita de vídeo(40mim), VHS, color.

Page 66: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

66

Fornecedores2

FORNECEDORES GENÉRICOS:

COGUMELO

UNESP - BOTUCATUFazenda Lageado - Cx Postal 237Botucatu - SP - 18603-970Tel.: (14) 3811-7205Fax: (14) 3811-7206www.fca.unesp.br* Fornece a semente.* Contato com professora Marli ou João.

FORNECEDORES DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:

ESTUFA RURAL

BRASIL FOILS ISOPLANTES TÉRMICOS LTDA.Rua Capitão Bragança, 112Rio de Janeiro - RJ - 21050-030Tel.: (21) 3868-0660Fax: (21) 3868-0820www.foilsdobrasil.com.bre-mail: [email protected]* Fornece manta laminada para isolamento térmico e impermeabilização de telhados e coberturas, reduz a temperatura nointerior do galpão.

ESTUFAS CLIMATIZADAS LTDAR João Antônio Cardoso 679/102-Ouro PretoBelo Horizonte - MG - 31310-390Tel.: (31) 3498-1088Fax: (31)3498-1088* Elabora projetos, estudo de viabilidade técnica e econômica. Obras de engenharia civil, fundações, construções, edificações,obras complementares. Projetos de arquitetura, cálculo estrutural, instalação elétrica e hidráulica. Fabrica estufas climatizadas,pré-moldados de concreto, argamassa armada, desidratadora. Curso "Faça você mesmo sua Estufa Climatizada".

2 O SEBRAE-MG se isenta de responsabilidades quanto à forma de atuação dessas empresas no mercado.

Page 67: Cultivo dcogumelo

ASSUNTO: CULTIVO DE COGUMELODATA DE ATUALIZAÇÃO: 31/08/2006

67

SECADORA

J S IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS LTDARua Gustavo Kabitschek, 705-Rio VerdeColombo - PR - 83.405-000Tel.: (41) 3663-1377Fax: (41) 3663-1377www.sul.com.br/~jse-mail: [email protected]* Fornece equipamentos para desidratação de frutas, ervas medicinais, tomate, cogumelo.

TREU S/A MÁQUINAS E EQUIPAMENTOSAv. Brasil 21000, Barros FilhoRio de Janeiro - RJ - 21515-000Tel.: (21)2471-5533Fax: (21) 3372-3196e-mail: [email protected]* Fornece secadores de ar comprimido (tirar umidade do ar), área de instrumentação farmacêutica e alimentação parahigienização.

TRATAMENTO DE ÁGUA - MÁQUINAS E EQUIPTOS

CNT AMBIENTAL / FILTOBRÁSRua Itaobim, 154 - Santa InêsBelo Horizonte - MG - 31080-240Tel.: (31) 3486-3300Fax: (31) 3482-4304www.cntambiental.com.bre-mail: [email protected]* Montagem de sistema de tratamento de água, análise de água, estudo de tratabilidade de água, cloração, filtragem, montagemde ETA compacta, tratamento de afluentes e efluentes, limpeza de reservatórios e caixas d´água.* Elaboração e execução, avaliação técnica e econômica, implantação, operação e manutenção de: ETA, ETE sanitária, ETEindustrial, dimensionamentos e especificações de máquinas e equipamentos, sistema de utilidades (hidráulico, gás, vapor),diagnóstico de tratamento e armazenamento de resíduos.