cuidando do cuidador

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Material elaborado pelo Ministério Público

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  • MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE RONDNIA CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA INFNCIA E JUVENTUDE E DA DEFESA

    DOS USURIOS DOS SERVIOS DE EDUCAO

    ________________________________________________________________________

    Rua Jamary, n 1555 Bairro Olaria CEP 76.801-917 Porto Velho/RO (69) 3216-3700

  • MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE RONDNIA CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA INFNCIA E JUVENTUDE E DA DEFESA

    DOS USURIOS DOS SERVIOS DE EDUCAO

    ________________________________________________________________________

    Rua Jamary, n 1555 Bairro Olaria CEP 76.801-917 Porto Velho/RO (69) 3216-3700

    APRESENTAO

    A Lei Federal N 8.069/90 - Estatuto da Criana e do Adolescente - previu a criao do Conselho Tutelar como rgo encarregado pela sociedade de zelar pelos direitos das crianas e adolescentes. A falta de capacitao especializada dos profissionais que atuam junto a estes Conselhos preocupante, na medida em que se constata a precariedade da prestao de seus servios comunidade.

    Considerando que o Conselho Tutelar rgo de existncia obrigatria (inciso III e IV do artigo 88 e 132 do ECA) em todos os municpios e que constituem pressupostos de legitimidade de formulao, execuo e controle das polticas pblicas de atendimento populao infanto-juvenil, o Ministrio Pblico do Estado de Rondnia, atravs do Centro de Apoio Operacional da Infncia, Juventude e Educao, apresenta o Projeto Cuidando do Cuidador, que prope uma ao que fortalea esses rgos na busca pela garantia dos direitos da criana e do adolescente.

  • MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE RONDNIA CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA INFNCIA E JUVENTUDE E DA DEFESA

    DOS USURIOS DOS SERVIOS DE EDUCAO

    ________________________________________________________________________

    Rua Jamary, n 1555 Bairro Olaria CEP 76.801-917 Porto Velho/RO (69) 3216-3700

    JUSTIFICATIVA

    No que tange aos direitos e garantias das crianas e adolescentes, a Constituio Federal, em seu artigo 227, e o Estatuto da Criana e do Adolescente, artigo 4, so bastante incisivos quanto parcela de responsabilidade da sociedade na busca pela garantia desses direitos, ao estabelecer que obrigao da famlia, da sociedade e do Estado garantir e assegurar o exerccio dos direitos fundamentais da criana e do adolescente, seja pela lei ou por outros meios, oportunizando a esses sujeitos um normal desenvolvimento biopsicossocial.

    Com o Estatuto da Criana e do Adolescente, foram assegurados populao infanto-juvenil todos os direitos fundamentais e outros especiais, em razo de sua condio peculiar de pessoa em desenvolvimento. Outra importante mudana introduzida pela Lei 8.069/90 foi a democracia participativa, com a gesto entre governo e sociedade civil e a redistribuio de responsabilidades. Neste contexto surgiram os Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente e os Conselhos Tutelares.

    Desde o ano de 2004, a Promotoria da Infncia e Juventude, juntamente com o Centro de Apoio Operacional da Infncia e Juventude CAO-INF, vem constatando deficincias nas aes dos Conselheiros Tutelares no que se refere ao desempenho de suas atribuies, que atuar na defesa e garantia dos direitos de crianas e adolescentes.

    Investir na orientao e na capacitao dos Conselheiros Tutelares, bem como garantir as estruturas mnimas necessrias para a realizao dos trabalhos desenvolvidos pelo Conselho imprescindvel, principalmente pela urgncia de se reverter a atual situao em que se encontram muitas crianas e adolescentes, principais vtimas das mais diversas formas de violncia.

    Nesse sentido, o Projeto Cuidando do Cuidador pretende uma atuao nos seguintes aspectos: capacitao de conselheiros; fiscalizao das condies de funcionamento dos Conselhos e realizao de campanhas de incentivo ao acompanhamento dos trabalhos dos Conselhos, por parte dos Promotores de Justia, e fornecimento de materiais de apoio elaborados pela equipe tcnica do CAO-INF, aos conselheiros.

  • MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE RONDNIA CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA INFNCIA E JUVENTUDE E DA DEFESA

    DOS USURIOS DOS SERVIOS DE EDUCAO

    ________________________________________________________________________

    Rua Jamary, n 1555 Bairro Olaria CEP 76.801-917 Porto Velho/RO (69) 3216-3700

    OBJETIVOS

    Geral

    Potencializar a ao dos Conselheiros Tutelares, fornecendo tcnicas operacionais necessrias para o pleno exerccio de suas funes, que visam assegurar os direitos das crianas e dos adolescentes, conforme os princpios estabelecidos pela Lei n 8.069/90.

    Especficos Aprimorar os conhecimentos sobre as atribuies e competncias dos Conselheiros;

    Contribuir para mudanas efetivas no atendimento infncia e juventude nos municpios; Esclarecer sobre os aspectos jurdicos na atuao dos Conselheiros Tutelares; Orientar o grupo quanto definio das Polticas Pblicas;

    Desenvolver habilidades voltadas ao atendimento ao pblico;

    Discutir e esclarecer atribuies, funes e papel social do Conselho Tutelar;

    Verificar as condies da infraestrutura dos Conselhos Tutelares;

    Diagnosticar e atualizar a situao de funcionamento dos Conselhos Tutelares, de Direitos e Fundos da Criana e do Adolesceste, em mbito estadual;

    Estreitar as relaes entre Promotorias de Justia e Conselhos Tutelares, a fim de efetivar as aes em benefcio da criana e do adolescente;

    Propiciar atravs de Termos de Ajustamento de Condutas, Aes Civis Pblicas ou outros meios legais, condies para que os Conselhos tenham melhor estrutura para seu funcionamento;

    Subsidiar as Promotorias de Justia nos trabalhos na rea da infncia, juventude e educao, com materiais de apoio.

    PBLICO-ALVO Conselheiros Tutelares do Estado de Rondnia.

    Outros agentes pblicos que tenham interesse em conhecer o trabalho do Conselho Tutelar.

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    DOS USURIOS DOS SERVIOS DE EDUCAO

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    Rua Jamary, n 1555 Bairro Olaria CEP 76.801-917 Porto Velho/RO (69) 3216-3700

    ATIVIDADES

    Capacitao

    Com a criao dos Conselhos Tutelares, a populao infanto-juvenil ganhou seus representantes na defesa e garantia dos direitos, pois a lei garante a criao de, no mnimo, um Conselho Tutelar em cada Municpio, composto de cinco membros eleitos pela comunidade local, pelo perodo de trs anos, podendo haver uma reconduo.

    Ciente de que s fiscalizar as aes do Conselho Tutelar no suficiente para garantir qualidade nos servios prestados por ele comunidade, o Centro de Apoio Operacional da Infncia, Juventude e Educao busca contribuir para o fortalecimento desse rgo no desempenho de suas atribuies, preconizadas nos arts.136 e 95 do ECA, propiciando Capacitao para os Conselheiros.

    O Curso, com carga horria de 16h, acontecer de maneira dinmica com palestras previamente elaboradas pela Equipe Tcnica do CAO-INF, direcionadas especificamente aos Conselheiros Tutelares, abordando os seguintes contedos:

    Valores Humanos no Trabalho

    Polticas Pblicas

    Atribuies do Conselho Tutelar

    Competncias do Conselho Tutelar

    Lei Federal N 8.069/90 ECA - Conselho Tutelar: Definio. De acordo com o pblico ouvinte sero utilizados os seguintes recursos: dinmica em grupo,

    leitura de textos, filmes, cartazes, apresentao teatral, cartilhas, folders, dentre outros.

    Fiscalizao:

    Aderindo Ao Nacional, proposta pelo Frum Nacional dos Coordenadores dos Centros de Apoio Infncia, Juventude e Educao FONCAIJE, o CAO-INF realiza anualmente um diagnstico da situao de funcionamento dos Conselhos Tutelares, Conselhos de Direitos e Fundos no Estado de Rondnia.

  • MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE RONDNIA CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA INFNCIA E JUVENTUDE E DA DEFESA

    DOS USURIOS DOS SERVIOS DE EDUCAO

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    Rua Jamary, n 1555 Bairro Olaria CEP 76.801-917 Porto Velho/RO (69) 3216-3700

    A coleta dos dados acontece por meio de questionrios, enviados s Promotorias de Justia, as quais realizam vistorias nos Conselhos e fornecem as informaes ao CAO-INF, que, por sua vez, organiza um relatrio e o encaminha ao FONCAIJE.

    Na oportunidade do Projeto CAO-Itinerante, os tcnicos do CAO-INF realizam vistorias nos Conselhos Tutelares, com o intuito de encaminhar relatrio aos Promotores, para viabilizar infraestrutura adequada para que o rgo possa melhor atender a comunidade.

    A fiscalizao tambm realizada pelos tcnicos do CAO/INF, quando solicitada pelo Promotor (a) de Justia da comarca.

    As solicitaes devero ser feitas por escrito visando o agendamento de acordo com a ordem cronolgica dos pedidos e disponibilidade financeira da Instituio.

    Campanha Dia do Conselheiro Tutelar 18 de novembro

    Campanha de incentivo s Promotorias de Justia para que realizem visitas aos Conselhos Tutelares dos municpios de sua comarca, a fim de verificar as condies de funcionamento e exigir sua adequao e estruturao, no que for necessrio (recursos humanos, equipamentos, etc.). Para subsidiar as atividades sero fornecidos materiais de apoio s Promotorias de Justia e aos Conselhos, tais como: Estatuto da Criana e do Adolescente, cartilhas elaboradas pelo CAO-INF, folders, cartazes.

    O CAO-INF coordenar as aes dos Promotores de Justia, propondo metas e oferecendo o suporte que se fizer necessrio (sugestes de procedimentos e peas processuais e administrativas, etc.), buscando, sempre que possvel, uma atuao homognea em todo o Estado, evidentemente sem prejuzo da criatividade pessoal e independncia funcional de cada Promotor (a) de Justia.