cuidados da prescrição da fisioterapia em pacientes ... i.pdf · pressão arterial venosa mista...

59
Cuidados da prescrição da Cuidados da prescrição da fisioterapia em pacientes fisioterapia em pacientes cardiopatas. cardiopatas. João Carlos Moreno de Azevedo João Carlos Moreno de Azevedo

Upload: truongcong

Post on 08-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Cuidados da prescrição da Cuidados da prescrição da

fisioterapia em pacientes fisioterapia em pacientes

cardiopatas.cardiopatas.

João Carlos Moreno de AzevedoJoão Carlos Moreno de Azevedo

Tipos:Tipos:

��Cardiopatias IsquêmicasCardiopatias Isquêmicas

��Cardiopatias Valvulares Cardiopatias Valvulares

��Cardiomiopatias DilatadasCardiomiopatias Dilatadas

AnamneseAnamnese

��Queixa PrincipalQueixa Principal

��História da Doença AtualHistória da Doença Atual

��História Patológica PregressaHistória Patológica Pregressa

��História FisiológicaHistória Fisiológica

��História FamiliarHistória Familiar

Exame FísicoExame Físico

��Ausculta CardíacaAusculta Cardíaca

�� InspeçãoInspeção

��PalpaçãoPalpação

��PercussãoPercussão

��Sinais VitaisSinais Vitais

Cardiopatia IsquêmicaCardiopatia Isquêmica::�� Isquemia Silenciosa;Isquemia Silenciosa;�� Angina Estável;Angina Estável;�� Angina Instável;Angina Instável;�� Angina de Prinzmetal;Angina de Prinzmetal;�� Miocárdio Atordoado ou Disfunção Contrátil Miocárdio Atordoado ou Disfunção Contrátil Isquêmica;Isquêmica;

�� Miocárdio Hibernado;Miocárdio Hibernado;�� Infarto Agudo do Miocárdio;Infarto Agudo do Miocárdio;�� Cardiomiopatia Isquêmica;Cardiomiopatia Isquêmica;�� Arritmias Cardíacas;Arritmias Cardíacas;�� Morte Súbita.Morte Súbita.

Estenose V. MitralEstenose V. Mitral

-- Origina gradiente entre as Origina gradiente entre as

câmaras pré e póscâmaras pré e pós--válvula.válvula.

-- Aumenta a pósAumenta a pós--carga da carga da câmara précâmara pré--válvula.válvula.

-- pode diminuir a pode diminuir a prépré--cargacarga da da

cámara póscámara pós--válvulaválvula. . http://info.med.yale.edu

DISFUNÇÃOCARDÍACA

LESÃOMIOCÁRDICA

SOBRECARGAHEMODINÂMICA

< DÉBITO CARDÍACO

> PRESSÕESDE ENCHIMENTODOS VENTRICULOS

ALTERAÇÕES NA PERFUSÃO

TISSULAR PERIFÉRICA

INSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACA

INSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACA

FORMAS CLÍNICAS

• I.C. aguda

• I.C. crônica

• I.C. direita, esquerda e biventricular

• I.C. de alto débito ou baixo débito

• I.C. sistêmica

• I.C. diastólica

• I.C. anterógrada e retrógrada

Déficit funcional:Déficit funcional:

��Sistema Respiratório ?Sistema Respiratório ?

��Sistema Cardiovascular ?Sistema Cardiovascular ?

��Sistema Musculoesqueletico ?Sistema Musculoesqueletico ?

Monitorização Monitorização

HemodinâmicaHemodinâmica

�� MonitorizaçãoMonitorização dos parâmetros fisiológicos à dos parâmetros fisiológicos à beira do leito de maneira segura, rápida e beira do leito de maneira segura, rápida e confiável confiável

�� O cateter de termodiluição (fluxo dirigido) é O cateter de termodiluição (fluxo dirigido) é um acessório de fundamental importância no um acessório de fundamental importância no diagnóstico, na monitorização e análise diagnóstico, na monitorização e análise terapêutica do paciente criticamente enfermoterapêutica do paciente criticamente enfermo. .

IndicaçõesIndicações

�� Instabilidade oxiInstabilidade oxi--hemodinâmica; hemodinâmica;

�� Choque cardiogênico;Choque cardiogênico;

�� Sépticos;Sépticos;

�� Síndrome de angústia respiratória aguda;Síndrome de angústia respiratória aguda;

�� Pré, per e pósPré, per e pós--operatório de cirurgias operatório de cirurgias cardíacas; cardíacas;

�� Cirurgias em cardiopatas de alto risco.Cirurgias em cardiopatas de alto risco.

O que monitorar ?O que monitorar ?

Variáveis:Variáveis:

�� Debito Cardíaco (DC);Debito Cardíaco (DC);�� Índice Cardíaco (IC);Índice Cardíaco (IC);�� Índice de Resistência Vascular Sistêmica(IRVS);Índice de Resistência Vascular Sistêmica(IRVS);�� Índice de Resistência Vascular Pulmonar (IRVP);Índice de Resistência Vascular Pulmonar (IRVP);�� Trabalho Trabalho SistólicoSistólico do Ventrículo Direito e Esquerdo do Ventrículo Direito e Esquerdo (TSVD, TSVE);(TSVD, TSVE);

�� Pressão Arterial Venosa Mista (PaOPressão Arterial Venosa Mista (PaO22 e e PvOPvO22););�� Saturação de Hemoglobina Arterial e Venosa (Saturação de Hemoglobina Arterial e Venosa (SaOSaO22 e e SvOSvO22););

�� Oferta de Oxigênio (Oferta de Oxigênio (DODO22););

Variáveis: Variáveis:

�� Consumo de Oxigênio (VOConsumo de Oxigênio (VO22););�� Extração de OxigênioExtração de Oxigênio�� Consumo de Oxigênio do Miocárdio (MVOConsumo de Oxigênio do Miocárdio (MVO22))�� Produção de Gás Carbônico (VCOProdução de Gás Carbônico (VCO22))�� Quociente Respiratório (QR)Quociente Respiratório (QR)�� Gasto Energético (GE)Gasto Energético (GE)�� Equivalente Ventilatório (VEquivalente Ventilatório (VEE/VCO/VCO22))�� Pressão Alveolar de Oxigênio (PPressão Alveolar de Oxigênio (PAAOO22))�� Gradiente AlvéoloGradiente Alvéolo--Arterial de OArterial de O2 2

Intervenção no Intervenção no

paciente infartado.paciente infartado.

Goldstein, J. A. et al. N Engl J Med 2000;343:915-922

Angiograms from a Patient with Acute Posterolateral Myocardial Infarction

Reynen, K. et al. N Engl J Med 2003;348:3e

A 45-year-old man with a history of hypertension was admitted to the hospital because of nausea, dizziness, and chest pain

Birnbaum, Y. et al. N Engl J Med 2002;347:1426-1432

Transthoracic Two-Dimensional Apical Four-Chamber Views in a Patient with Ventricular Septal Rupture Complicating an Anterior Acute Myocardial Infarction

Bowers, T. R. et al. N Engl J Med 1998;338:933-940

Echocardiographic Images from a Patient with Acute Inferior Myocardial Infarction and Right Ventricular Ischemia in Whom Angioplasty Was Successful

Birnbaum, Y. et al. N Engl J Med 2002;347:1426-1432

Transesophageal Four-Chamber Views in a Patient with a Ventricular Septal Rupture Complicating an Acute Posterior Myocardial Infarction

DiagnósticoDiagnóstico::

�� História clínica (anamnese)História clínica (anamnese)

�� Exame físicoExame físico

Exames Complementares:Exames Complementares:

�� Eletrocardiograma de 12 derivaçõesEletrocardiograma de 12 derivações

�� Curva enzimática (CKCurva enzimática (CK--Total, CKTotal, CK--MB, Troponina)MB, Troponina)

�� Ecocardiograma TranstorácicoEcocardiograma Transtorácico

�� Cintilografia Cintilografia

�� CinecoronariografiaCinecoronariografia

�� Teste ErgométricoTeste Ergométrico

Classificação de Congestão PulmonarClassificação de Congestão Pulmonar

�� II

�� IIII

�� IIIIII

�� IVIV

Sem congestão pulmonar e sem Sem congestão pulmonar e sem B3B3

Raros estertores crepitantes (< 50% do campoRaros estertores crepitantes (< 50% do campo

pulmonar) com pulmonar) com B3B3 audívelaudível

Edema pulmonarEdema pulmonar

Choque cardiogênicoChoque cardiogênico

��Adaptado de Nicolau, J. C. (2001).Adaptado de Nicolau, J. C. (2001).

KILLIP & KIMBALLKILLIP & KIMBALL

Alterações fisiológicas Alterações fisiológicas provenientes da isquemiaprovenientes da isquemia::

�� Hipóxia (redução do suprimento de O2 Hipóxia (redução do suprimento de O2 para os tecidos);para os tecidos);

�� Acidose metabólica;Acidose metabólica;

�� Acúmulo de matabólitos tóxicos.Acúmulo de matabólitos tóxicos.

Tríade isquêmica:Tríade isquêmica:

�� Disfunção diastólica:Disfunção diastólica:

-- Diminuição da préDiminuição da pré--carga;carga;-- Diminuição na sua capacidade de distender Diminuição na sua capacidade de distender (lei de Frank Starling).(lei de Frank Starling).

�� Disfunção sistólica:Disfunção sistólica:

-- Diminuição na força de contração; Diminuição na força de contração; -- Redução no volume de ejeção.Redução no volume de ejeção.

�� Alterações no eletrocardiograma (ECG):Alterações no eletrocardiograma (ECG):

-- Infradesnível de ST (isquemia). Infradesnível de ST (isquemia). -- Supradesnível de ST (infarto ou isquemia).Supradesnível de ST (infarto ou isquemia).

Reabilitação Cardíaca Fase I:Reabilitação Cardíaca Fase I:

�� Reabilitação intraReabilitação intra--hospitalar imediata, iniciahospitalar imediata, inicia--se na Unidade se na Unidade Coronariana (UC) ou na Unidade de Cirurgia Cardíaca e Coronariana (UC) ou na Unidade de Cirurgia Cardíaca e estendeestende--se até a enfermaria;se até a enfermaria;

�� Enfatizando educação e modificações dos fatores de risco;Enfatizando educação e modificações dos fatores de risco;

�� Exercícios respiratórios e musculoExercícios respiratórios e musculo--esqueléticos esqueléticos preventivos, para tônus muscular e para retomada das preventivos, para tônus muscular e para retomada das atividades de vida diária;atividades de vida diária;

�� Duração de 12 a 21 dias.Duração de 12 a 21 dias.

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS:PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS:

�� IntensidadeIntensidade:: Parâmetro utilizado para a prescrição da Parâmetro utilizado para a prescrição da atividade;atividade;

�� DuraçãoDuração:: Tempo de realização da atividade;Tempo de realização da atividade;

�� FreqüênciaFreqüência:: Quantas vezes por dia ou quantas vezes Quantas vezes por dia ou quantas vezes durante a semana vai ser realizado;durante a semana vai ser realizado;

�� Tipos de ExercíciosTipos de Exercícios:: Exercícios que vão ser utilizados Exercícios que vão ser utilizados nas atividades.nas atividades.

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS

� Atividade: repouso no leito com progressão de

atividade após 12 hs de acordo com a tolerância do

paciente.Oxigênio : 2 l/min por 3 hs

Sinais Vitais - Notificar se :

FC < 90 ≥ 110 bpm

PA < 90 ≥ 150 mmHg

FR < 8 ≥ 22 rpm

Oximetria pulso por 24 hs

“ACC/AHA: Guidelines for the Management

of Patients with Acute Myocardial Infarction”

“ACC/AHA: Guidelines for the Management

of Patients with Acute Myocardial Infarction”

American Heart Association,1999

Fase I

� IAM - início após 12h (não complicado)

� Cardiomiopatas – CF I/II/III (NYHA)

� Estabilidade hemodinâmica

� Progressão gradativa da intensidade

(deitado, sentado, em pé, deambulação, escada)

� Exercícios calistênicos

� Alongamento – atenção à Valsalva

� UCO / UTI

� Consumo Calórico - UTI/UCO = 2/3 METs

� Não realizar exercícios isométricos

- monitorização cardíaca

- monitorização da PA

- oximetria digital

alongalong. MMSS/MMII +. MMSS/MMII +deambdeamb.50mts.50mtsex. ativos MMSS/MMIIex. ativos MMSS/MMIIEm péEm pé

3 a 4METs 3 a 4METs �� STEP 4STEP 4

alongamento MMII + alongamento MMII + deambdeamb. 35mts. 35mtsex. ativos MMSSex. ativos MMSSEm péEm pé

3 a 4METs 3 a 4METs �� STEP 3STEP 3

ex. ativo MMSS/MMIIex. ativo MMSS/MMIIex. ex. diafragdiafrag + MMSS+ MMSSSentadoSentado

2METs2METs�� STEP 2STEP 2

ex. ativo/ativoex. ativo/ativo--assistidoassistidoex. ex. diafragmáticosdiafragmáticosDeitadoDeitado

2METs2METs�� STEP 1STEP 1

Contra-indicações

� Instabilidade hemodinâmica

� Angina pectoris prolongada ou instável

� Insuficiência cardíaca descompensada – CF IV (NYHA)

� Arritmias complexas

� Labilidade pressórica- HAS

� Embolia pulmonar ou sistêmica

� Processo infeccioso ou inflamatório em atividade

� Aneurismas ventriculares