cuidados a ter na plantaÇÃo de ervas aromÁticas (1)

8
Cuidados a ter na plantação de ervas aromáticas

Upload: miguelpenso

Post on 24-Jul-2015

510 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Cuidados a ter na plantação de ervas

aromáticas

Pági

na1

Índice:

Cultivo de ervas aromáticas Cuidados

Conservação Solo

Adubação Plantação

Pragas e doenças Rega Sol

Multiplicação Preservação Preparação

Alguns exemplos Bibliografia

CUIDADOS A TER NA PLANTAÇÃO DE ERVAS AROMÁTICAS:

Cultivo de ervas aromáticas

Pági

na2

É fácil cultivar ervas aromáticas, seja num pequeno canteiro, seja mesmo em vasos ou floreiras. Compre sementes das que quiser cultivar e semeie em linhas de cerca de 1,5 cm de profundidade a espaços de 25 cm. Desbaste as plantas à medida que forem crescendo para impedir a acumulação excessiva. As sementes de salsa demoram um mês ou mais a germinar; a imersão das sementes em água durante 12 horas antes da sementeira pode acelerar a germinação.

O alecrim, a salva, o tomilho, a erva-cidreira, a hortelã e o estragão são plantas perenes; a manjerona comporta-se em climas frios como anual e em climas amenos como perene; a salsa, a angélica e o cebolinho são plantas bienais, e o funcho, a segurelha e os coentros são plantas anuais.

Cuidados

Mantenha o vaso ou o canteiro livre de ervas daninhas. Evite que nos canteiros as perenes vicejantes, como a hortelã e a erva-cidreira, se propaguem excessivamente fazendo uma cercadura de telhas. Em alternativa, plante-as num balde velho sem fundo enterrado no chão. A salsa e a angélica precisam de mais humidade que a maioria das outras ervas aromáticas; assim, regue-as a períodos regulares e com mais frequência no tempo seco. Aplique um pouco de adubo no final da estação de crescimento.

Conservação de ervas aromáticas

A maioria das ervas aromáticas pode ser colhida quando em botão e prestes a florir para secar e consumir no Inverno. Colha numa manhã quente e seca, depois de o orvalho ter desaparecido, mas antes de o sol aquecer demais. São estas as condições em que o teor de óleos essenciais é mais elevado. Colha com cuidado, uma variedade de cada vez, deitando fora as folhas mortas ou murchas. Outra forma de conservar as ervas aromáticas é por congelação. A alfavaca, o cebolinho, o funcho, a hortelã e a salsa, ervas não perenes, congelam bem. Lave e seque as ervas e ponha-as em sacos de plástico rotulados e fechados e coloque-os no congelador. As ervas cortadas podem ser congeladas com um pouco de água numa cuvete para cubos de gelo. Quando a água tiver solidificado, meta os cubos em sacos de plástico bem fechado e guarde no congelador até um máximo de seis meses. Para utilizar, ponha um cubo ou dois num passador fino e deixe correr água fria sobre os cubos.

Pági

na3

Solo

Precisa ser leve, fofo e poroso, bem drenado e arejado. A receita ideal é: 1/3 de terra comum, 1/3 de adubo orgânico (estrume também serve) e 1/3 de areia grossa lavada. Se for plantar em vaso ou jardineira, forrar o fundo com cascalho para garantir a drenagem.

Adubação

A adubação orgânica é a mais indicada para este tipo de cultivo. O composto, húmus de minhoca, por exemplo, deve ser incorporado à terra. É necessário repetir a operação a cada 30 dias se as plantas estiverem em vasos e 45 dias para os canteiros.

Plantação

Algumas ervas podem ser semeadas em local definitivo, como o manjericão, outras devem ser colocadas em sementeiras e depois transplantadas, como a cebolinha. É importante escolher sementes de boa qualidade, com alto poder de germinação.

Pragas e doenças

No geral, as ervas são bastante resistentes ao ataque de pragas e doenças. Algumas servem até como repelentes para insectos. Esses, por sinal, podem ser combatidos com a tradicional calda de fumo: corte 20 cm de fumo de corda e deixe de molho em 1/2 litro de água por 24 horas. Dilua 5 colheres dessa calda em 1 litro de água na hora da aplicação.

Regas

As ervas devem ser cuidadosamente molhadas no início de seu desenvolvimento. Depois, evita-se regas escassas ou muito frequentes. O melhor é aguar de forma farta sempre no início da manhã ou no final da tarde. Terra encharcada pode ser fatal para as plantas.

Sol

As plantas precisam de no mínimo quatro horas diárias de sol para terem um bom desenvolvimento.

Pági

na4

Multiplicação

Algumas plantas podem ser multiplicadas por meio da estaca, do caule ou por divisão de touceira. Observar se a planta-mãe está livre de pragas e doenças. Elimine as ervas daninhas e afofe a terra periodicamente.

Preservação

A melhor época para cortar as ervas é quando elas começam a florescer. Podar as plantas anuais até a metade e as perenes por até um terço de seu tamanho. Amarrar os galhos em ramos e colocar em lugar quente, seco e bem arejado. Cuidado: a secagem ao sol elimina o sabor e desbota as ervas. Esse processo leva, em média, duas semanas. Depois de secar, sacudir os galhos para retirar as sementes, colocar num recipiente de vidro bem fechado e usar para aumentar a plantação.

PREPARAÇÃO DAS ERVAS AROMÁTICAS

Algumas ervas - o cebolinho, o cerefólio e o coentro - possuem caules moles, mas na sua maioria as folhas têm de ser separadas dos caules antes de serem usadas. As folhas e os raminhos pequenos são usados inteiros em saladas ou como guarnição, mas a maior parte das folhas é picada, cortada em tiras ou triturada, dependendo do prato a ser preparado. Deve-se conservar as folhas inteiras até pouco tempo antes de precisar delas, para que os seus sabores não se dissipem.

As ervas aromáticas são picadas consoante o prato a que se destinam. As ervas finamente picadas incorporam-se bem com os outros ingredientes. Dão sabor imediato porque grande parte da sua superfície vai ficar exposta, permitindo que os óleos essenciais se misturem na comida, mas podem perder o seu sabor durante o processo de cozedura. As ervas grosseiramente picadas mantêm a sua identidade, sabor e textura por mais tempo e resistem melhor à cozedura do que as ervas picadas muito finas, mas são menos atractivas num prato com uma textura macia. Antes de as picar deve-se certificar que as ervas estão completamente secas, senão ficam com inestético aspecto pastoso. Pode-se usar uma meia-lua, uma picadora ou uma faca bem afiada para as picar. Na picadora é mais difícil obter folhas picadas de maneira uniforme.

Cortadas em tiras finas e servidas como guarnição têm o nome de chiffon ade (assim como qualquer legume).

Pági

na5

As ervas podem ser trituradas reduzindo-as a uma pasta, usando um pilão e um almofariz. Poderá obter-se um resultado mais macio de forma mais rápida numa picadora.

A secagem não se adequa a todas as ervas aromáticas. As que possuem caules lenhosos e folhas rijas, como o alecrim, o tomilho, os orégãos e a lúcia-lima, secam melhor e mantêm bem o seu sabor, ao passo que as ervas que têm folhas e caules moles, como o manjericão, a salsa, o cerefólio e a manjerona, perdem o seu sabor quase por completo. A hortelã constitui uma excepção; apesar de ter folhas macias, seca bastante bem. A maneira tradicional de secar ervas é pendurá-las em molhos, mas elas também secam bastante bem no micro-ondas. (existem equipamentos próprios para desidratar as ervas).

Para obter o melhor sabor, deve-se colher as ervas pouco antes de os botões das flores abrirem, altura em que os óleos essenciais se encontram mais concentrados, e além disso deve-se apanhar as ervas de manhã cedo.

As ervas penduradas num local bem ventilado secam no espaço de alguns dias, no máximo uma semana. Deve-se evitar a incidência directa da luz solar ou o calor demasiado, porque vão provocar a evaporação dos óleos essenciais.

As ervas moles que não secam muito bem podem ser congeladas. As ervas congeladas conservam a sua fragância durante 3-4 meses. Podem ser usadas em sopas, guisados, estufados e molhos.

Os vinagres e os azeites aromatizados são uteis para fazer molhos, temperos para saladas e marinadas e também para se adicionarem a sopas e guisados pouco antes de os servir. O manjericão, o endro, o alho, a alfazema, a lúcia-lima, o alecrim, o estragão e o tomilho fazem excelentes vinagres. Para os azeites o manjericão, o louro, o endro, o alho, a hortelã, os orégãos, o alecrim, a segurelha ou o tomilho.

As manteigas de ervas fornecem um tempero rápido para o peixe grelhado ou frito, para a criação e a carne, para os legumes cozidos ou cozidos a vapor, para além de fazerem excelentes sanduíches.

ALGUNS EXEMPLOS:

CEBOLINHO:

Cultivo e cuidados: semeada ou envasada, o cultivo do cebolinho requer um solo rico em nutrientes e com elevada exposição solar.

Pági

na6

Na Primavera limpam-se as folhas em preparação para a nova rebentação e no Verão os cuidados prendem-se com uma rega adequada. No Outono, esta planta pode ser retirada da terra, envasada e colocada numa janela, para continuar a desenvolver, mesmo no Inverno. A colheita deve ser moderada, uma vez que a sua folhagem é frágil e enfraquece facilmente.

COENTROS:

Cultivo e cuidados: semeados preferencialmente em Abril, os coentros requerem uma terra solta e permeável, num local protegido mas solarengo. Durante a fase de crescimento pedem água abundante e a sacha periódica do solo. Depois de florescer em Junho, as sementes necessitam de um período de maturação que se prolonga até ao Outono – nessa altura, colhem-se os coentros antes de espigarem, caso contrário, todas as suas folhas caem.

FUNCHO:

Cultivo e cuidados: quando comparado com outras ervas aromáticas, o funcho apresenta um processo de desenvolvimento bem mais longo e que ascende aos dois anos – no primeiro forma pequenos arbustos que, no ano seguinte, dão lugar às hastes, às flores e respectivas sementes. O funcho deve ser semeado ao ar livre a partir de Abril, num local com solo solto e muito solarengo.

HORTELÃ-PIMENTA:

Cultivo e cuidados: a hortelã-pimenta pode ser plantada com ramificações das suas próprias raízes e o seu crescimento veloz requer um canteiro delimitado ou então um vaso. Pouco tolerante em relação ao Inverno, está no seu auge nos meses mais quentes do ano.

MANGERICÃO:

Cultivo e cuidados: plantado com recurso a sementes, o manjericão exige muito sol, terra nutrida e permeável, de preferência longe dos caracóis e protegida contra a geada, nomeadamente a primaveril. A colheita deve ser sempre feita a partir da zona superior da planta, um gesto que favorece a sua produção. Deve ser replantada de 4 em 4 anos.

Pági

na7

OREGÃO:

Cultivo e cuidados: o cultivo do orégão pode ser realizado através de sementes ou divisão, desde que feito num solo solto, protegido e ensolarado. Para garantir o seu florescimento, a poda deve ser feita na Primavera, prolongando-se o seu cultivo até ao Inverno, desde que protegido da geada.

SALSA:

Cultivo e cuidados: a sua produção é facilmente conseguida através de semente ou divisão, num terreno solto e solarengo; e subsiste tanto no Verão como no Inverno (desde que resguardada do frio ou então envasada e levada para os peitoris interiores das janelas). Quanto mais intenso for o cultivo, mais fresca se mantém a planta. Uma vez florescida, dá-se a maturação das sementes e, no final, a morte da planta – por este motivo, deve-se alterar constantemente o local de cultivo da salsa.

TOMILHO:

Cultivo e cuidados: plantado com recurso a sementes ou simplesmente envasado, o tomilho é um amante do calor e cresce ostensivamente. Florescendo a partir de Maio, altura em que apresenta pequenas flores azuis, pode ser aproveitado logo nesta fase, uma vez que é quando apresenta o melhor paladar. Subsiste também nos meses mais frios do ano desde que coberto com uma protecção ventilada.